DISCUSSÕES SOBRE A RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS Camila Esteves Romeiro1 Crisângela Elen de Souza2 Prof. Frederico Wagner Lopes RESUMO Ao decorrer da história os recursos ambientais tem sido usados de maneira inadequada, causando impactos negativos ao meio ambiente, demandando pesquisas e legislações específicas visando à estabilização do uso dos recursos remanescentes. Neste contexto,o lixo é um dos problemas maiores que as prefeituras enfrentam, causando um grande passivo em seus orçamentos. Pensando nisso, antigos lixões vêm sendo substituídos por aterros sanitários, haja visto os problemas de saúde pública, além de impactos em termos ambientais e sociais. A degradação está inerente ao conceito de capacidade de resiliência do meio, sendo que este pode ser considerado natural ou antrópico, podendo atingir, solo, vegetação, ar e água. As tecnologias aplicáveis à recuperação do meio físico degradado (tecnologias de estabilização) podem ser distinguidas em três conjuntos, sendo a revegetação, geotécnicas e remediação, técnicas relacionadas com a viabilidade econômica e técnica, sem desprezar a adequação no que tange qualidade ambiental. Palavras Chave: Áreas degradadas, técnicas de recuperação, resíduos sólidos urbanos. RESUMEN A lo largo de la historia de los recursos del medio ambiente se han utilizado de forma inadecuada, causando impactos ambientales negativos , lo que requiere la investigación y la legislación destinada a la estabilización de la utilización de los recursos restantes específico. En este contexto, los residuos es uno de los mayores problemas que enfrentan los municipios , causando una enorme responsabilidad en sus presupuestos . Pensando en ello, vertederos viejos están siendo reemplazados por los vertederos , se ve los problemas de salud pública y los impactos sobre términos ambientales y sociales. La degradación es inherente al concepto de resiliencia del medio, y esto puede ser considerado natural o antrópico , alcanzando , el suelo , la vegetación , el aire y el agua. Las medidas para la recuperación de las tecnologías de entorno físico degradado ( tecnologías de estabilización ) se pueden distinguir en tres grupos , camilaesteves15@yahoo.com.br – Graduanda em Geografia, bolsa imersão a docência e extensãoPROGRAD Proex Universidade Federal de Minas Gerais 2 crisangelaelen@gmail.com- Graduanda em Geografia, bolsa - PROGRAD Proex Universidade Federal de Minas Gerais. 1 ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 385 con la revegetación , técnicas geotécnicas y remediación relacionados con la viabilidad económica y técnica , sin dejar de lado la idoneidad respecto de la calidad ambiental . Áreas degradadas, técnicas de recuperación , residuos sólido urbano 1 INTRODUÇÃO No decorrer dos séculos, atividades antrópicas desenvolvidas sem critérios de preservação e de sustentabilidade vêm ocasionando a degradação dos ecossistemas. Diante dessa situação, a recuperação de áreas degradadas se torna cada vez mais necessária no intuito de diminuir os efeitos negativos da destruição dos ambientes. As conseqüências da degradação do solo, da poluição das águas, e de muitos outros tipos de danos ambientais, bem como, a tomada de consciência na população da sua dependência do ambiente, em relação aos recursos naturais, induziram nas últimas décadas a estudos científicos; ao desenvolvimento de planos de recuperação e a revisão, criação e ampliação de uma legislação disciplinadora do uso ambiental, como a implementação da Política Nacional do Meio Ambiente, em 1981, no Brasil. No entanto, é necessário maior empenho em pesquisa, não só no que tange a recuperação, mas em todas as áreas cientificas, almejando atingir cenários mais favoráveis a perenização dos recursos naturais, ou seja, a sustentabilidade. O atual modelo social está baseado no elevado padrão de produção e consumo, associado ao crescimento populacional e ao processo de urbanização intenso e desordenado, resultando em problemas graves de saneamento básico, principalmente lixo (BRAGA et al, 2002). De acordo com Lima (2004), lixo pode ser definido como todo e qualquer resíduo que resulte das atividades diárias do homem e sociedade. Diversas destinações podem ser dadas à sua disposição final, todavia, a pior delas é o “lixão”, definido por Braga et al, Op.cit, como o local no qual se deposita o lixo, sem projeto ou cuidado com a saúde pública e o meio ambiente, sem tratamento e sem qualquer critério de engenharia. A disposição inadequada dos resíduos sólidos urbanos representa um grave passivo ambiental para a maioria dos municípios brasileiros, configurando-se, inclusive, como um problema ambiental e de saúde pública, contrariando o Art.225. do Cap. VI, da Constituição Federal de 1988 que assim versa: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, atribuindo ao Poder Público, e também à coletividade, o dever de defendê-lo e preserválo para as presentes e futuras gerações” (BRASIL, 2003). ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 386 Partindo dessas considerações pretende-se com este estudo, a luz da Geografia aplicada à análise ambiental, realizar em um primeiro momento uma breve revisão bibliográfica sobre as definições acerca das áreas degradadas e de seu processo de recuperação; elucidar o atual aspecto legislativo sobre essa abordagem; vislumbrar as possíveis formas de degradação relacionando-as suas respectivas técnicas de recuperação . Posteriormente almeja-se fazer um levantamento dos impactos da degradação por disposição inadequada de resíduos sólidos urbanos, correlacionando com o processo de recuperação nessa especificidade. A relevância dessa temática se justifica dada a sua importância no contexto ambiental, que é uma das áreas de atuação do geógrafo. Além disso, diversos municípios mineiros estão encerrando a atividade de seus lixões e dando início a aterros controlados e/ou sanitários como meta do Programa Minas Sem Lixões, o que ressalta a necessidade de conhecer os critérios desse processo. 2 RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS Diversos têm sido os termos utilizados para conceituar o processo realizado em áreas degradadas visando o retorno de suas características mais próximas antes da ação que as deteriorou. Dentre eles se destacam o termo Recuperação, Reabilitação, Restauração e Remediação. Devido a essa diversidade de conceitos, abordados de com olhares diferentes por autores distintos para definir a temática, faz-se necessário uma revisão bibliográfica a cerca desses conceitos, ressaltando o que é definido pela legislação. 2.1 Definições e embasamento legal Seguindo os objetivos da recuperação, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) apud Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo (2005), apresenta a seguinte classificação, (Fig. 1): Restauração – o conceito de restauração remete ao objetivo de reproduzir as condições originais exatas do local, tais como eram antes de serem alteradas pela intervenção; Recuperação – o conceito de recuperação está associado à idéia de que o local alterado deverá ter qualidades próximas às anteriores, devolvendo o equilíbrio dos processos ambientais; Reabilitação – a reabilitação é um recurso utilizado quando a melhor (ou talvez a única viável) solução for o desenvolvimento de uma atividade alternativa adequada ao uso humano e não aquela de reconstituir a vegetação original, mas desde que seja planejada de modo a não causar impactos negativos no ambiente. ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 387 Segundo Pereira Soares (2008), o termo mais adequado seria Restauração uma vez que, a recuperação pode ser entendida como um conjunto de ações necessárias para que a área volte a estar apta para algum uso produtivo em condições de equilíbrio, já a restauração criaria comunidades ecologicamente viáveis, protegendo e fomentando a capacidade natural de mudança dos ecossistemas. Diferentemente dessa autora, Aurélio (2008), defende que o termo que melhor expressa o resultado final empregado nas áreas degradadas seria Recuperação, por incorporar os sentidos de restauração e reabilitação. Um termo muitas vezes relacionado também ao retorno das características de áreas degradadas é o de Remediação que segundo Jovino (2008), significa “ações e tecnologias que visam eliminar, neutralizar ou transformar contaminantes presentes em subsuperfície (solo e águas subterrâneas). Refere-se a áreas contaminadas.” Com bases nesse conceito consideramos que este termo está mais associado à técnica empregada do que da recuperação em si, como será abordado mais adiante. Segundo Sánchez (2000), recuperação ou reabilitação inclui diferentes níveis de melhoria das condições ambientais pós-atividades degradadora, tais como capacitar a área para um uso produtivo (sustentável) qualquer, incluindo a criação de um ecossistema inteiramente diferente do original. O autor estabelece que: Recuperação é o termo usado para designar o processo genérico de melhoria das condições ambientais de uma área; Reabilitação indica o processo de planejamento para tornar a área degradada apta a um novo uso. As definições dos termos restauração, recuperação e reabilitação são muito próximas, pois todas possuem um objetivo em comum, que é a melhoria das condições ambientais de uma área degrada. Bitar (1997), distingue os termos da seguinte forma: Restauração é a reprodução das condições existentes na área antes da perturbação. Para ele, a possibilidade de restauração é bastante improvável, senão, impossível; Recuperação é utilizada no sentido de estabilizar a área degradada; Reabilitação é a recuperação em que a área degradada é adequada a um novo uso determinado, segundo um projeto prévio. Conforme o texto acima, exposto por Bitar (1997) e Sánchez (2000), será adotado neste trabalho, o termo recuperação de áreas degradadas, uma vez que este está presente na legislação O Artigo 2°, inciso VIII, da Lei n° 6.938, de 31 de agosto de 1981, em seus objetivos, estabelece como princípio a recuperação de áreas degradadas e regulamenta a partir dai o Decreto nº 97.632, de 10 de abril de 1989, que institui o plano de recuperação de área degradada para os setores de mineração. ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 388 A Lei n° 9.985 de 18/07/2000, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação, no artigo 2°, define a recuperação como a “Restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre degradada a uma condição não degradada, que pode ser diferente de sua condição original”. Na mesma Lei o termo Restauração é definido como “restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre degradada o mais próximo possível da sua condição original”. Esse último termo é o mais impróprio a ser utilizado para os processos que normalmente são executados. Pois o retorno ao estado original entende-se que todos os aspectos relacionados com topografia, vegetação, fauna, solo, hidrologia, etc., devem apresentar as mesmas características de antes da degradação. Logo, trata-se de um objetivo praticamente inatingível, ou seja, fazer a restauração de um ecossistema, para consequentemente recuperar sua função, é técnica e economicamente questionável, embora alguns profissionais que atuam na área ambiental tenham equivocadamente essa meta, torna-se necessária uma nova conscientização dos mesmos sobre a inviabilidade deste processo (TAVARES, 2008). FIGURA 1: Representação dos conceitos da intervenção em áreas degrada. Fonte: Bitar e Braga, 1995. 2.2 Possíveis formas de degradação O Manual de Recuperação de Áreas Degradadas pela Mineração do IBAMA (1990) define que: “a degradação de uma área ocorre quando a vegetação nativa e a fauna forem destruídas, removidas ou expulsas; a camada fértil do solo for perdida, removida ou enterrada; e a qualidade e o regime de vazão do sistema hídrico forem alterados. A degradação ambiental ocorre quando há perda de adaptação às características físicas, químicas e biológicas e é inviabilizado o desenvolvimento socioeconômico”. Neves e Tostes (1992, p. 20) colocam a seguinte definição para o ato de degradar: “Degradar é deteriorar, estragar. É o processo de transformação do meio ambiente que leva à perda de suas características positivas e até à sua extinção”. ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 389 Percebe-se em todos estes conceitos que a degradação está inerente ao conceito de capacidade de resiliência do meio. Sendo este definido por Almeida Jr. (2000), como a capacidade de responder e se recuperar, em maior ou menor grau, às tensões impostas a partir do meio circundante. Normalmente, ao pensar em área degradada, faz-se uma associação com o impacto ambiental negativo. Para Bitar e Braga (1995) “áreas degradadas são geradas por intervenções significativas nos processos do meio físico”. A degradação pode ocorrer por ação antrópica ou natural, de várias maneiras e em qualquer tipo de ambiente, como no solo, na vegetação, na água ou qualquer outro. Com relação a isto Kobiyama et al. (2001) definiram degradação como “processos e fenômenos do meio ambiente, naturais ou antropogênicos que prejudicam as atividades de um ou mais organismos”, como pode ser observado na resíduos sólido urbano figura 2.. FIGURA 2: Diagrama dos mecanismos de degradação. Fonte: Florentino Santos et al (2011). Segundo Florentino Santos et al (2011), uma área encontra-se degradada quando, independente do tipo de interferência, seu ambiente, entre outros sintomas, apresenta: Perda da vegetação nativa; Redução ou eliminação da fauna; Incapacidade de regeneração biótica; Destruição da camada fértil; Alteração da vazão e da qualidade das águas superficiais e subterrâneas. As formas como esta degradação pode ocorrer como já citado anteriormente por Kobiyama et al, Op. cit, podem ser de origem natural ou antrópicas. Em relação aos ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 390 oriundos de ações antrópicas a Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo (2005), ressalta que estes estão ligados à falta ou inadequação de planejamento urbano; a disposição inadequada de resíduos urbanos e industriais; ao modelo agrícola (uso intensivo do solo); ao desmatamento; as queimadas e incêndios florestais; a derrubada de zonas ripárias; as atividades industriais como a mineração e a construção de estradas e de obras de grande porte. A partir das atividades elencadas, confirma-se que os impactos dessas não ficam restritos ao solo, como abordados por muitos estudos, atingindo outros elementos como o meio biótico, a fauna, a atmosfera, a qualidade das águas e o meio socioeconômico. 391 2.3 Técnicas de Recuperação O processo de recuperação compreende uma associação de medidas que engloba desde ações geotécnicas e de revegetação até remediações, visando promover o equilíbrio físico, químico e biológico do ambiente (FLORENTINO SANTOS et al, 2011). Para Bitar e Braga (1995) “as tecnologias aplicáveis à recuperação do meio físico degradado (portanto, tecnologias de estabilização), podem ser distinguidas, em três conjuntos básicos, os quais podem ser aplicados de modo integrado em uma dada área”: a) Tecnologias de revegetação, envolvendo desde a fixação localizada de espécies vegetais (herbáceas ou arbóreas) até reflorestamentos extensivos; b) Tecnologias geotécnicas (ou geotecnologias), envolvendo a execução de obras de engenharia (com ou sem estruturas de contenção e retenção), incluindo as hidráulicas, que visam a estabilidade física do ambiente; c) Tecnologias de remediação, envolvendo a execução de métodos de tratamento predominantes químicos (podendo ser biológicos, como biorremediação) destinados a eliminar, neutralizar, confinar, imobilizar ou transformar contaminantes no solo e nas águas (podendo abranger tecnologias de tratamento “in situ”) e, com isso, reaver a qualidade de ambos. Entretanto, que tange os elementos atingidos pela degradação é imprescindível ressaltar que estas tecnologias tratam apenas de recomposição vegetacional, estabilização geo-pedológica e eliminação de poluentes. Segundo Florentino Santos et al, Op. cit, a recuperação de uma área degradada pressupõe a adoção de medidas de melhoria do meio físico que possam restabelecer a mínima condição do local, tal qual ao seu estado original ou em condições de utilização para outro fim, devendo resultar em uma paisagem estável, que promova a auto-suficiência do solo e devolva a sua capacidade produtiva, restabelecendo a fauna, minimizando os níveis de poluição do ar e da água. Esta recuperação representa devolver ao ambiente uma condição de uso conforme as características preexistentes, atribuindo ao mesmo à capacidade de desenvolver uma situação de equilíbrio que permita a formação de um novo ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 solo e de uma nova paisagem, porém compatíveis com os aspectos físicos, estéticos e sociais das áreas adjacentes podendo superar o estado paisagístico de origem. Uma importante questão a se ressaltar é que cada área envolve um processo de recuperação relacionada ao tipo de atividades ali realizadas e aos impactos decorrentes dela. Para exemplificar temos abaixo o (quadro 1). QUADRO 1 - Medidas de recuperação do meio físico em diferentes tipos de empreendimentos. TIPO DE ÁREA DEGRADADA PRINCIPAIS PROCESSOS DE DEGRADAÇÃO (MEIO FÍSICO) Mineração Abandonada em Regiões Urbanas - Escoamento das águas superficiais; - Erosão por sulcos e ravinas; - Escorregamentos; - Deposição de sedimentos e partículas. - Revegetação; - Captação e condução das águas superficiais; - Estabilização de taludes e blocos. Depósito de Resíduos Industriais e Urbanos - Interações físico-químicas no solo (poluição do solo); - Escoamento das águas superficiais; - Movimentação das águas de subsuperfície. - Prospecção do depósito; - Remoção total ou parcial, transporte e disposição dos resíduos; - Tratamento "in situ" do solo; - Descontaminação ou remediação do solo. - Escorregamentos; - Escoamento das águas em superfície. - Captação e condução das águas superficiais; - Estabilização da encosta (com ou sem estruturas de contenção); - Revegetação. Boçorocas Urbanas ou Rurais - Erosão por boçorocas; - Movimentação das águas de subsuperfície. - Controle do uso e ocupação; - Captação e condução das águas superficiais; - Drenagem das águas de subsuperfície/fundo; - Estabilização dos taludes da boçoroca ou aterramento. Ocupação Agrícola Irrigada - Adensamento e compactação do solo; - Acidificação do solo por lixiviação. - Controle da irrigação; - Aragem profunda do solo; - Correção da acidez do solo. Cursos e Corpos d´água Assoreados - Deposição de sedimentos e partículas; - Enchentes e inundações. - Controle da erosão a montante; - Dragagem dos sedimentos; - Obras hidráulicas. Ocupação Habitacional de Encostas em Situações de Risco ALGUMAS MEDIDAS CORRETIVAS 392 (MEIO FÍSICO) Fonte: Bitar e Braga, 1995. Considerando que as etapas anteriores desse estudo que seguiram uma abordagem mais geral, nos dois tópicos seguintes canalizamos os esforços no sentido de salientar as implicações das áreas degradadas no contexto dos resíduos sólidos urbanos. 2.4 Estudo das áreas degradadas por resíduos sólidos urbanos ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 Os impactos ambientais oriundos dos resíduos sólidos urbanos estão intimamente ligados a sua forma de deposição final. A destinação adequada reduz drasticamente seus efeitos. Dentre as formas de disposição dos resíduos sólidos temos os lixões, os aterros controlados, os aterros sanitários e as usinas de triagem e compostagem de lixo. Segundo o Instituto Brookfield (2012), o lixão, também conhecido como vazadouros, é uma área de disposição final de resíduos sólidos sem nenhuma preparação anterior do solo. Neste local, não há sistema de tratamento de efluentes líquidos – o chorume (líquido que escorre do lixo, fruto da decomposição da matéria orgânica) (Fig. 4). Ainda de acordo com o Instituto Brookfield, os aterros controlados seriam uma categoria intermediária entre o lixão e o aterro sanitário. Nestes há uma contenção do lixo que, depois de lançado no depósito, é coberto por uma camada de terra. Este sistema minimiza o mau cheiro e o impacto visual, além de evitar a proliferação de insetos e animais. Porém, não há impermeabilização de base (o que evitaria que o material contamine o solo e as águas subterrâneas), nem sistema de tratamento do chorume ou do biogás (Fig.5). Segundo a NBR 8419/1992 da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, o aterro sanitário é uma técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, que não causa danos à saúde pública e ao meio ambiente, utilizando, para tanto, medidas de minimização dos impactos ambientais. Esse método utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos na menor área possível e reduzi-los ao menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão de cada trabalho, ou intervalos menores, se necessário. O aterro sanitário (Fig.6) deve contar com todos os sistemas de proteção ambiental: impermeabilização de base e laterais; recobrimento diário dos resíduos; cobertura final das plataformas de resíduos; coleta e drenagem de lixiviados; coleta e tratamentos dos gases; drenagem superficial; tratamento de lixiviados; monitoramento ambiental. De acordo com a FEAM (2010), as usinas de triagem e compostagem são locais utilizados para a separação manual dos diversos componentes dos resíduos, que são divididos em grupos, de acordo com a sua natureza: matéria orgânica, materiais potencialmente recicláveis, rejeitos e resíduos especiais (Fig.7). FIGURA 4: Formas de disposição dos resíduos – Lixão. ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 393 Fonte: Agenda 21 – Comperj, 2013. FIGURA 5: Formas de disposição dos resíduos- Aterro Controlado. FIGURA 6: Formas de disposições dos resíduos- Aterro Sanitário Fonte: Agenda 21- Comperj, 2013. Fonte: Agenda 21- Comperj, 2013. . FIGURA 7: Formas de disposição dos resíduos – Usina de triagem e compostagem. Fonte: Prefeitura Municipal de São José da Varginha, 2013. Dessas tipologias apresentadas a que mais gera impactos ambientais são os lixões (Fig. 8). Segundo a FEAM (2010), os lixões acarretam problemas de saúde pública, como a proliferação de vetores de doenças (moscas, mosquitos, baratas, ratos) e em termos ambientais e sociais. Em termos sociais, os lixões a céu aberto interferem na estrutura local, pois a área torna-se atraente para as populações de baixa renda do entorno, que buscam, na ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 394 separação e comercialização de materiais recicláveis, uma alternativa de trabalho, apesar das condições insalubres e subumanas da atividade. Em termos ambientais, os lixões agravam a poluição do ar, do solo e das águas superficiais e subterrâneas através do chorume – líquido de coloração escura, malcheiroso e de elevado potencial poluidor, produzido pela decomposição da matéria orgânica contida nos resíduos, além de provocar poluição visual. Nos casos de lançamento de resíduos em encostas, é possível ainda ocorrer a instabilidade dos taludes pela sobrecarga e absorção temporária da água da chuva, provocando deslizamentos. Há também a geração de gases que causam odores desagradáveis e intensificação do efeito estufa. 395 FIGURA 8: Impactos ambientais causados pelos lixões. Fonte: FEAM, 2010. Ainda de acordo com a FEAM, quando as atividades de um lixão se encerram, esta é feita, muitas vezes, sem critérios técnicos, realizando-se apenas a desativação da disposição de resíduos no local, fechamento e abandono da área. Acarretando o fim da atuação dos catadores e o trabalho infantil, no entanto, a geração de gases, chorume e odores continuam, enquanto houver atividade biológica no interior do maciço de resíduos, podendo causar poluição do ar e das águas, problemas de instabilidade no terreno e degradação do solo. Considerando a grande probabilidade de ocorrer problemas ambientais, a simples interrupção na disposição de resíduos nessas áreas não equaciona o problema, devendo implementar técnicas que minimizem os impactos ambientais. 2.5 Recuperação de Áreas Degradadas por resíduos sólidos urbanos ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 A remoção e o transporte de resíduos para outro local, previamente preparado é uma das técnicas utilizadas para o encerramento de uma área degradada pela disposição inadequada de resíduos. Entretanto essa alternativa só é viável quando a quantidade de resíduos a ser removida e transportada não é elevada, pois essas atividades representam onerosos custos e dificuldades operacionais, que podem inviabilizar o processo (DANTAS DE LIMA, 2005). A remoção dos resíduos é uma alternativa altamente recomendável quando o lixão estiver localizado em área de risco geológico ou geotécnico que possa significar perigo para a população e o meio ambiente (FEAM, 2010). Ainda segundo a FEAM simultaneamente a remoção dos resíduos, deverá ser realizada uma avaliação da contaminação do solo e água subterrânea na área degradada. Em caso de constatação de ocorrência de contaminação deverá ser realizada a sua recuperação com solo natural e revegetação com espécies da região, de acordo com um Plano de Recuperação elaborado por profissional habilitado e avaliação pelo órgão ambiental competente. Outra técnica empregada é transformação de um lixão em aterro controlado/sanitário. Essa técnica visa promover a recuperação gradual da área degradada mantendo sua operação e prolongando a vida útil do aterro, minimizando os seus impactos sócio-ambientais (ALBERTE, CARNEIRO e KAN, 2005). Adota-se essa alternativa levando em consideração a dificuldades em se encontrar novas áreas para disposição de resíduos, ressaltando que sua prática depende da existência de espaço suficiente para disposição de lixo na área por um prazo futuro significativo (Fig.9 e 10). Quando não há possibilidade de se realizar a técnicas citadas acima, seja por recursos técnicos ou financeiros, recorre-se ao encapsulamento dos resíduos dispostos no lixão, sendo esta uma medida de recuperação simplificada. Há ainda as ações de recuperação parcial (Fig. 11) ou completa que vão depender do nível de tratamento realizado, sendo que as ações parciais envolvem apenas o tratamento primário, a partir do secundário são consideradas ações de recuperação completa. FIGURA 9: Disposição final de resíduos em rampa. Fonte: FEAM, 2010. ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 396 FIGURA 10: Disposição final de resíduos em valas. Fonte: FEAM, 2010. De acordo com (ALBERTE, CARNEIRO e KAN, 2005), as ações de recuperação compreendem três fases: Primeiramente a avaliação das condições de comprometimento ambiental do local. Isto pode ser realizado através de análises das águas superficiais / subterrâneas e de sondagens para conhecimento do estágio de decomposição dos resíduos e das condições de estabilidade e permeabilidade do solo. Em um segundo momento a seleção de atividades remediadoras. Essas atividades têm o objetivo de reduzir a mobilidade, toxicidade e volume dos contaminantes e estabilização do solo. São adotadas, nesse contexto, ações de tratamento primário ou físico da área, tratamento secundário e terciário. O tratamento primário do aterro consiste na aplicação de controles físicos que não alteram as características químicas e biológicas dos resíduos e dos contaminantes existentes no local. Esses processos correspondem às ações primárias ou básicas voltadas à estruturação do aterro para a realização do tratamento dos seus resíduos: preparação da infra-estrutura de acessos e circulação do aterro; drenagem de águas pluviais; formação de células; cobertura do lixo compactado; drenagem e retenção de chorume e drenagem e captação de gases. FIGURA 11: Recuperação parcial de lixões. Fonte: FEAM, 2010. O tratamento secundário consiste na aplicação de processos bio-físico-químicos objetivando a redução de volume, toxicidade e mobilidade dos contaminantes nos resíduos. A escolha da concepção a ser seguida no processo dependerá das características da área e da disponibilidade de recursos / tempo para a sua remediação. Os três tipos de concepção de remediação de aterros são: ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 397 Concepção Anaeróbica. Nesse tipo de tratamento as células são providas de sistemas operacionais de drenagem de gases e chorume, com ou sem o sistema de tratamento do maciço baseado na recirculação do chorume. Possui o menor custo, mas o maior tempo de monitoramento para se poder considerar o local como estabilizado; Concepção Biológica. Nesse tratamento o processo de decomposição da matéria orgânica é acelerado com a aplicação de cultura de bactérias e microorganismos específicos desenvolvidos em reatores, que realizam a transformação da fração orgânica sólida em líquidos e gases; Concepção Semi-Aeróbico. Nesse tratamento, além da necessidade obrigatória de sistema de drenagem de gases e chorume (como na concepção anaeróbica), também envolve a condução de ar para a célula de lixo, visto que a digestão é feita por condição aeróbica. Requer menor tempo para decomposição da matéria orgânica O tratamento terciário envolve atividades direcionadas ao tratamento de cada tipo de resíduo (sólido, liquido ou gasoso). As ações visam garantir a adequada destinação dos resíduos resultantes do tratamento primário e secundário da área, que continuarão sendo produzidos no local até sua completa decomposição e compreendem duas macroatividades. Por fim temos a última etapa que consiste no o monitoramento ambiental. Nesta fase, considerada de grande importância no processo, é realizada a avaliação da influência do aterro sobre o meio ambiente e, principalmente, a aferição da eficiência do plano de recuperação do aterro nos três meios afetados pelos impactos do aterro (solo, água e ar). Na recuperação de aterros objetivando o encerramento, independente do desempenho do tratamento dos resíduos, faz-se necessária a conformação da superfície final e dos taludes do aterro. Sugere-se uma inclinação máxima de 33% (ALBERTE, CARNEIRO e KAN, 2005). A Revegetação deve ser realizada com vegetação pioneira objetivando-se minimizar a erosão com o rápido estabelecimento das raízes. Uma vez estabelecida à vegetação pioneira, as vegetações secundária, sucessiva e clímax deve requerer cada vez menos manutenção e menor demanda hídrica (ALBERTE, CARNEIRO e KAN, 2005). A proposta de uso futuro da área deve considerar que os resíduos aterrados ainda permanecem em processo de decomposição após o encerramento das atividades por períodos relativamente longos, que podem ser superiores a 10 anos (FEAM, 1995). 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS Partindo do princípio de que a melhor forma de recuperação de uma área degradada é não precisar fazê-la, é importante realizar trabalhos de educação e conscientização ambiental e, assim, minimizar a intensidade da degradação que pode ocorrer por falta de conhecimento. É necessário trabalhar com planejamento para adotar ISBN: 978-85-99907-05-4 I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014 398 técnicas adequadas da exploração dos recursos naturais e conscientizar a população da relação entre o manejo adequado dos recursos naturais e a qualidade de vida. Reintegrar uma área degradada à função anterior e direcioná-la para novos usos são os principais objetivos de um projeto de recuperação. No entanto, para que um projeto atinja o nível desejado de recuperação, é necessário que este se alicerce em um bom planejamento, e que seja elaborado por profissionais habilitados para tal, pois o conhecimento detalhado dos elementos envolvidos na degradação só se torna possível mediante a elaboração de um trabalho investigativo, que se aprofunde na compreensão das características físicas, químicas e biológicas da área. Neste contexto, a técnica de recuperação a ser implementada nas áreas degradadas por lixões, bem como o tempo necessário para se atingir a completa inertização da massa de lixo é variável, dependendo do grau de comprometimento da área, dos recursos financeiros disponíveis e dos objetivos de uso pretendidos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGENDA 21 COMPERJ. Política Nacional de Resíduos Sólidos prevê acabar com lixões e implantar aterros sanitários até 2014. Articulação local para o desenvolvimento sustentável na região Leste Fluminense. 27 maio 2013. Disponível em: http://www.agenda21comperj.com.br/noticias/aterro-sanitario-e-lixao-qual-diferenca. Acesso em: 27 mar. 2014. ALBERTE, E.P.V.; CARNEIRO, A.P. e KAN, L. Recuperação de Áreas Degradadas por Disposição de Resíduos Sólidos Urbanos. Diálogos & Ciência - Revista Eletrônica da Faculdade de Tecnologia e Ciências de Feira de Santana. Ano III. Feira de Santana, BA: 2005. ALMEIDA Jr., J.M.G. 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