PGDAS CÁLCULO DO VALOR DEVIDO Maio/2008 1 CÁLCULO DO VALOR DEVIDO Será disponibilizado sistema eletrônico para realização do cálculo simplificado do valor mensal devido referente ao Simples Nacional. (LC123/2006, art. 18, § 15) Conhecido como PGDAS. 2 SIGLAS PA = Período de Apuração (competência do DAS) RBT = Receita Bruta do PA (base de cálculo do DAS) RBT 12 = Receita Bruta Total dos últimos 12 meses anteriores ao PA (excluída a competência do PA) RBT 12 proporcionalizada = critério utilizado nos 12 primeiros meses de atividade da empresa, que corresponde a uma projeção de receita calculada a partir da receita real incorrida. RBA = Receita Bruta Acumulada no ano-calendário corrente, incluída a competência do PA. RBAA = Receita Bruta Acumulada no ano-calendário anterior. 3 RBT12 X RBA RBT12 Finalidade Enquadramento na tabela de faixas de alíquotas no Simples Nacional (*) Apuração Soma da receita dos 12 meses anteriores ao PA (excluída a receita do PA) RBA Verificação do limite para fins de exclusão do Simples Nacional Soma da receita dos meses do ano corrente, incluída a receita do PA (*) Nos 12 primeiros meses de atividade, o enquadramento na tabela de faixas de alíquotas é feito com base na RBT12 proporcionalizada (projeção). 4 BASE DE CÁLCULO X ALÍQUOTA Base de cálculo: 9 receita bruta total mensal auferida de todos os estabelecimentos (matriz + filiais). Alíquota: 9 determinada pela receita bruta acumulada nos 12 meses anteriores ao do período de apuração (excluído o PA) Valor devido no mês = base de cálculo x alíquota (Resolução CGSN 5/2007, arts. 2º e 5º) 5 DETERMINAÇÃO DA ALÍQUOTA RBT12 = RECEITA BRUTA ACUMULADA nos 12 meses anteriores ao do período de apuração (excluído o PA). JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN RBT 12 (Receita Bruta Total nos 12 meses anteriores ao PA) JUL PA 6 REGIME DE COMPETÊNCIA X REGIME DE CAIXA A receita deverá ser informada observando o critério do REGIME DE COMPETÊNCIA. A Lei complementar 123/2006 prevê a tributação com base na receita bruta auferida (regime de competência), abrindo a possibilidade do Comitê Gestor regulamentar a incidência com base na receita bruta total recebida (regime de caixa), situação ainda não regulamentada. (LC 123/2006, art. 18, § 3º; Resolução CGSN 5/2007, art. 2º, § 2º) 7 MATRIZ E FILIAIS X RECOLHIMENTO DO DAS Se a ME ou EPP possuir filiais, o recolhimento dos tributos do Simples Nacional dar-se-á por intermédio da matriz num único DAS. 8 COMPOSIÇÃO DA ALÍQUOTA Somatório dos percentuais dos tributos constantes das tabelas dos Anexos. Receita Bruta em 12 meses (R$) Até 120.000,00 ALÍQUOTA 4,00% IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP INSS ICMS 0,00% 0,21% 0,74% 0,00% 1,80% 1,25% A alíquota a ser aplicada é o somatório dos percentuais dos seguintes tributos: 9 IRPJ……………… 0,00% 9 CSLL ……………. 0,21% 9 COFINS………... 0,74% 9 PIS/PASEP ……. 0,00% 9 INSS………………. 1,80% 9 ICMS……………… 1,25% 9 Alíquota Total = 4,00 % 9 EXEMPLO Considere a empresa Lourdes Ltda. com as seguintes receitas totais mensais: JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL 50.000 50.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 200.000 200.000 200.000 200.000 120.000 PA = Período de apuração = Julho/2008 RBT = Receita Bruta do PA = R$120.000,00 RBT12 = Receita Bruta Total dos últimos 12 meses anteriores ao Período de Apuração RBT12 = receita de julho/2007 + agosto/2007 + ... + junho/2008 RBT12 = 50.000 + 50.000 + 100.000 + 100.000 + 100.000 + 100.000 + 100.000 + 100.000 + 200.000 + 200.000 + 200.000 + 200.000 = R$1.500.000,00 continua... 10 ... continuação EXEMPLO JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL 50.000 50.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 200.000 200.000 200.000 200.000 120.000 RBA = Receita Bruta Acumulada no Ano Calendário Corrente RBA = receita de janeiro/2008 + fevereiro/2008 + ... + julho/2008 RBA = 100.000 + 100.000 + 200.000 + 200.000 + 200.000 + 200.000 + 120.000 = R$ 1.120.000,00 continua... 11 ... continuação EXEMPLO Supondo que a empresa Lourdes Ltda. possua somente receitas decorrentes de revenda de mercadorias não sujeitas à substituição tributária, esta será tributada na forma do Anexo I, Seção I, Tabela 1, da Resolução CGSN 5/2007. Para o cálculo do valor devido, utilizar a alíquota correspondente à faixa de enquadramento da RBT12 (R$ 1.500.000,00) na referida tabela, abaixo transcrita: Receita Bruta Total em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP INSS ICMS De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 10,13% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45% Valor devido do Simples Nacional no PA JULHO/2008 = RBT x alíquota R$ 120.000,00 (RBT) x 10,13% (Alíquota) = R$ 12.156,00 12 TABELAS X ALÍQUOTAS Lei Complementar 123 de 14/12/2006 possui uma tabela de alíquotas em cada Anexo. Anexo I – comércio Anexo II – indústria Anexo III - Serviços e Locação de Bens Móveis Anexo IV – Serviços Anexo V - Serviços Resoução CGSN 5 de 30/05/2007 possui várias tabelas de alíquotas em cada Anexo. Os Anexos foram divididos em Seções, com Tabela(s) dentro de cada Seção. continua... 13 TABELAS X ALÍQUOTAS Exemplo: Resolução CGSN 5 de 30/05/2007 Anexo I – Partilha do Simples Nacional – Comércio B Dividido em 3 seções, contemplando 9 tabelas. Seção I – revenda de mercadorias não sujeitas a substituição tributária B1 tabela Seção II – revenda de mercadorias sujeitas a substituição tributária B 7 tabelas Seção III – revenda de mercadorias para exportação B 1 tabela 14 ENQUADRAMENTO NO SIMPLES NACIONAL 1 – Verificar se a empresa se enquadra na definição de ME ou EPP. 2 – verificar se existe vedação da empresa ao ingresso no Simples Nacional. 3 – Verificar em qual(is) anexo(s) da LC 123/2006 a(s) atividade(s) da empresa se enquadra(m). 4 – Verificar a alíquota correspondente nos Anexos da Resolução CGSN 5/2007. 15 SEGREGAÇÃO DAS RECEITAS Em virtude dos critérios de tributação diferenciada (atividade, produto, substituição tributária…) as receitas deverão ser segregadas (separadas), mensalmente por: estabelecimento tipo de receita (Resolução CGSN 5/2007, art. 3º) 16 SERVIÇOS DE TRANSPORTE MUNICIPAL ANEXO III PASSAGEIROS INTERMUNICIPAL E INTERESTADUAL MUNICIPAL VEDADO ANEXO III LC 123/2006 art. 18, § 5º, XIV LC 123/2006 art. 17, VI LC 123/2006, art. 18, § 5º, VII, na redação da LC 127/2007 – outras atividades CARGAS INTERMUNICIPAL E INTERESTADUAL ANEXO V até 31/12/2007 ANEXO III a partir de 01/01/2008 LC 123/2006 art. 18, § 5º, VI LC 123/2006 art. 18, § 5º, VI, na redação do art. 2º da LC 127/2007 17 ANEXO IV E V LC 123/2006 Nestes dois anexos: 1) A contribuição previdenciária é recolhida integralmente (Segurados + Empresa + RAT…). 2) É dispensado o recolhimento das contribuições para Outras Entidades e Fundos (terceiros). 18 SUBLIMITES ESTADUAIS Estados que adotaram sublimites Valores para os anos-calendário 2007 e 2008 R$ 1.200.000,00 Acre, Amapá, Alagoas, Maranhão, Paraíba,Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins. R$ 1.800.000,00 Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Pará e Pernambuco. O sublimite aplica-se somente ao recolhimento do ICMS e do ISS, não interferindo no recolhimento dos demais tributos, que continuam sujeitos ao teto de R$ 2.400.000,00. PR e SC - não possuem sublimites. (Resolução CGSN 24, de 20/12/2007) 19 INÍCIO DE ATIVIDADES 1º mês - Apuração da base de cálculo e alíquota: No caso de início de atividade no próprio anocalendário da opção, para efeito de determinação da alíquota no primeiro mês de atividade, será considerada como receita bruta total acumulada a receita do próprio mês de apuração, multiplicada por 12 (doze). RBT12 proporcionalizada (projeção) = = receita do PA (RBT) x 12 Este critério aplica-se também no cálculo da Folha de Salários para determinar o fator (r) , do Anexo V, da LC 123/2006 (empresas com menos de 13 meses de atividade). (Resolução CGSN 5, art. 5º, § 2º) continua... 20 INÍCIO DE ATIVIDADES 2º ao 12º mês - Apuração da base de cálculo e alíquota: No caso de início de atividade no próprio anocalendário da opção, para efeito de determinação da alíquota do 2º ao 12º mês de atividade, será considerada como receita bruta total acumulada a média aritmética da receita bruta total dos meses anteriores ao período de apuração, multiplicada por 12 (doze). RBT12 proporcionalizada (projeção) = média receita real dos meses anteriores ao PA x 12 Regra válida também quando início de atividades ocorreu em ano-calendário imediatamente anterior ao da opção. Mesmo critério para cálculo do fator (r), Anexo V, LC 123. (Resolução CGSN 5/2007, art. 5º, § 3º) 21 INÍCIO DE ATIVIDADES Proporcionalização do limite de EPP: Limite de EPP = R$ 2.400.000,00 dividido por 12 = R$ 200.000,00 x (número de meses do início da atividade e o final do respectivo ano-calendário, consideradas as frações de meses como um inteiro). (Resolução CGSN 4/2007, art. 3º) 22 INÍCIO DE ATIVIDADES Anexo V – Folha de salários Empresas com menos de 13 meses de atividade: para determinar a folha de salários anualizada, adotar-se-ão os mesmos critérios utilizados na proporcionalização da receita bruta total acumulada. Ver slides 20 e 21 (Resolução CGSN 5/2007, art. 7º, § 3º) 23 MAJORAÇÃO DE ALÍQUOTA – REGRA GERAL Dentro do Ano- calendário Ano- calendário seguinte A ME e a EPP que ultrapassar, dentro do ano-calendário, o limite de R$ 2.400.000,00, a parcela excedente estará sujeita às alíquotas máximas previstas nas tabelas dos anexos, majoradas em 20%. No ano-calendário seguinte, estará fora do Simples Nacional. (Resolução CGSN 5/2007, art. 9º; Resolução CGSN 4/2007, art. 2º) 24 MAJORAÇÃO DE ALÍQUOTA EXEMPLO RBT em 12 meses (R$) Alíquota IRPJ CSLL COFINS Pis/Pasep INSS ICMS IPI De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 12,11% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95% 0,50% Alíquota a ser adotada: Receita bruta até o limite = 12,11% Receita bruta excedente = 12,11% x 1,2 = 14,452% 25 Efeitos da ultrapassagem do limite de receita bruta no ano-calendário de início de atividades 1) Limite ultrapassado até 20% BTributação – parcela excedente fica sujeita às alíquotas máximas do Simples previstas nas tabelas dos anexos, majoradas em 20%. (Resolução CGSN 5/2007) BExclusão do Simples - a partir do ano calendário-seguinte.(Res. 4) Exemplo: início de atividades – 01/09/2007 Receita Bruta: 09/2007 = 150.000,00; 10/2007 = 200.000,00; 11/2007 = 200.000,00; 12/2007 = 350.000,00 Receita Bruta ano-calendário = 900.000,00 Limite EPP =2.400.000,00 / 12 x 4 (set/out/nov/dez) = 800.000,00 Percentual de ultrapassagem da receita: 12,5% (abaixo de 20%) (Resolução CGSN 5/2007, art. 9º; Resolução CGSN 4/2007, art. 3º) continua... 26 Efeitos da ultrapassagem do limite de receita bruta no ano-calendário de início de atividades 2) Limite ultrapassado acima de 20% BTributação – obedece as normas gerais de incidência aplicadas às empresas não optantes pelo Simples. (Resolução CGSN 5/2007) B Exclusão do Simples - a partir do início de atividades (Resolução 4) Exemplo: início de atividades – 01/09/2007 Receita Bruta: 09/2007 = 150.000,00; 10/2007 = 200.000,00; 11/2007 = 300.000,00; 12/2007 = 350.000,00 Receita Bruta ano-calendário = 1.000.000,00 Limite EPP =2.400.000,00 / 12 x 4 (set/out/nov/dez) = 800.000,00 Percentual de ultrapassagem da receita: 25% (acima de 20%) (Resolução CGSN 5/2007, art. 9º; Resolução CGSN 4/2007, art. 3º) 27 Valor Fixo – ICMS e ISS Os Estados, DF e Municípios poderão adotar valores fixos mensais para as ME que no anocalendário anterior tenham auferido receita bruta anual de até R$ 120.000,00. Requisitos para utilização do valor fixo: - não possuir filial; - não estar no ano-calendário de início de atividade. A ME fica sujeita ao valor fixo durante todo o ano-calendário. (Resolução CGSN 5/2007, art. 12) 28 Valor Fixo – ICMS e ISS ME que iniciou as atividades no anocalendário anterior, terá a média aritmética da receita bruta total desse ano-calendário multiplicada por 12 e comparada com o limite de R$ 120.000,00. O VALOR FIXO SERÁ DEVIDO AINDA QUE TENHA OCORRIDO RETENÇÃO OU SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA DO ICMS E ISS. O valor fixo não exonera o contribuinte do ISS devido a outro Município. (Resolução CGSN 5/2007, art. 12, §§ 4º, 6º, 7º) 29 ISENÇÃO e REDUÇÃO de ICMS e/ou ISS Somente isenção ou redução específica para as ME e EPP, concedidas a partir de 01/07/2007, em virtude da revogação das Leis Estaduais e Municipais que dispunham sobre Regimes Tributários diferenciados. O aplicativo (PGDAS) possui campo específico para a coleta da informação. (Resolução CGSN 5/2007, art. 13) 30 REDUÇÃO de ICMS e/ou ISS Informar no PGDAS o percentual representativo da redução em relação à aliquota estabelecida no Simples Nacional, conforme exemplo a seguir: Exemplo: Supondo que determinado Estado estabeleça que o valor do ICMS devido mensalmente pelas ME e EPP optantes pelo Simples Nacional será determinado considerando-se a receita bruta acumulada nos doze meses anteriores ao do período de apuração (RBT 12) e a respectiva alíquota reduzida, de acordo com uma tabela, em substituição aos percentuais relativos ao ICMS previstos na Lei Complementar 123/2006. continua... 31 REDUÇÃO DE ICMS e/ou ISS Exemplo: TABELA ESTABELECIDA PELO ESTADO Receita Bruta em 12 meses (R$) Alíquota reduzida do ICMS Até 120.000,00 0,70% De 120.000,01 a 240.000,00 0,78% De 240.000,01 a 360.000,00 0,99% continua... 32 REDUÇÃO de ICMS e/ou ISS Exemplo: Para o preechimento do PGDAS, as ME e EPP deverão comparar, manualmente, os percentuais reduzidos de ICMS estabelecidos pelo Estado, com os da LC 123/2006 e calcular o percentual de redução a ser informado no PGDAS. Anexo I Alíquota reduzida ICMS % de redução a ser informado no PGDAS* Até 120.000,00 1,25% 0,70% 44,00% De 120.000,01 a 240.000,00 1,86% 0,78% 58,06% De 240.000,01 a 360.000,00 2,33% 0,99% 57,51% Receita Bruta em 12 meses (em R$) * Percentual de redução = [1 - (alíquota reduzida do ICMS do Estado / alíquota do Anexo I da LC 123/2006)] x 100 = [1 – (0,70 / 1,25)] x 100 = 44,00% ISS - Para informar o percentual de redução do ISS no PGDAS, aplica-se o mesmo raciocínio do ICMS. 33 FIM 34