GUIA ADUANEIRO PARA A COPA DO MUNDO FIFA 2014

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GUIA ADUANEIRO
PARA A COPA DO MUNDO FIFA 2014
RECEITA FEDERAL DO BRASIL
Aprovado pela Instrução Normativa RFB nº 1.461, de 31 de março de 2014
APRESENTAÇÃO
O Guia Aduaneiro para a Copa do Mundo FIFA 2014 tem como objetivos
principais informar e orientar sobre os procedimentos aduaneiros a serem
utilizados na Copa do Mundo de 2014. Em linhas gerais, o Guia foi
elaborado com base na Lei nº 12.350, de 2010 (Lei da Copa do Mundo FIFA
2014), no Decreto nº 7.578, de 2011, e nas diversas normativas da Receita
Federal do Brasil que regulamentam as medidas tributárias e aduaneiras
relativas aos bens destinados aos eventos da Copa do Mundo de 2014. O
Guia também complementa as normas nele referidas ao definir termos
utilizados e procedimentos aplicáveis.
As informações e orientações nele contidas se destinam às delegações
estrangeiras de futebol e a outros entes que organizarão e executarão os
eventos da Copa do Mundo Fifa 2014 com os benefícios fiscais instituídos
pela referida lei para as importações, em caráter temporário ou definitivo, e
principalmente para seus operadores logísticos e despachantes aduaneiros
quanto aos trâmites aduaneiros de importações e exportações na condição de
carga. Também servem aos profissionais de imprensa não residentes no
Brasil, quando trouxerem do exterior, em sua bagagem, equipamentos
profissionais para a cobertura jornalística dos eventos.
O Guia está dividido em quatro seções, com informações detalhadas sobre o
tratamento tributário e os procedimentos aduaneiros adotados para bagagem
acompanhada de viajantes e cargas destinadas ao Evento. A Seção 1 trata das
bagagens das delegações estrangeiras e dos profissionais de imprensa e
técnicos de rádio e televisão não residentes no País. A Seção 2 dispõe sobre a
importação de bens sob o regime de admissão temporária pelas delegações
esportivas e demais entes habilitados aos benefícios fiscais concedidos para a
realização da Copa do Mundo de 2014. A Seção 3 trata da importação de
cargas com isenção de tributos pelos mesmos entes referidos na seção
anterior. E, finalmente, a Seção 4 traz regras sobre a importação dessas
cargas por intermédio de empresa de courier internacional (transporte “porta
a porta”).
Outras informações podem ser obtidas no sítio da Receita Federal do Brasil:
http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/GrandesEventos/default.htm.
LEGISLAÇÃO ADUANEIRA BÁSICA DA COPA DO MUNDO FIFA 2014
•
Lei nº 12.350, de 20 de dezembro de 2010
•
Decreto nº 7.578, de 11 de outubro de 2011
•
Decreto nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009
•
Instrução Normativa RFB nº 1.293, de 21 de setembro de 2012
•
Instrução Normativa RFB nº 1.289, de 4 de setembro de 2012
•
Instrução Normativa RFB nº 1.313, de 28 de dezembro de 2012
•
Instrução Normativa RFB nº 1.361, de 21 de maio de 2013
•
Instrução Normativa RFB nº 1.412, de 22 de novembro de 2013
•
Instrução Normativa RFB nº 1.385, de 15 de agosto de 2013
•
Instrução Normativa RFB nº 1.059, de 2 de agosto de 2010
•
Instrução Normativa SRF nº 634, de 24 de março de 2006
•
Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de 2006
•
Instrução Normativa SRF nº 611, de 18 de janeiro de 2006
•
Instrução Normativa SRF nº 225, de 18 de outubro de 2002
•
Instrução Normativa SRF nº 121, de 11 de janeiro de 2002
•
Instrução Normativa SRF nº 28, de 27 de abril de 1994
GLOSSÁRIO
ADE - Ato Declaratório Executivo
ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária
APP - Aplicativo
CE - Conhecimento de Carga Eletrônico
CNPJ - Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica
CPF - Cadastro de Pessoa Física
DARF - Documento de Arrecadação de Receitas Federais
DBA - Declaração de Bagagem Acompanhada
DBV - Declaração de Bens de Viajantes em papel
DE - Declaração de Exportação
DECEX - Departamento de Operações de Comércio Exterior
DI - Declaração de Importação
DIRE - Declaração de Importação de Remessa Expressa
DSE - Declaração Simplificada de Exportação
DSE eletrônica - Declaração Simplificada de Exportação eletrônica
DSE formulário - Declaração Simplificada de Exportação formulário
DSI - Declaração Simplificada de Importação
DSI eletrônica - Declaração Simplificada de Importação eletrônica
DSI formulário - Declaração Simplificada de Importação formulário
ECT - Empresa de Correios e Telégrafos
e-DBV - Declaração Eletrônica de Bens de Viajante
GLME - Guia de Liberação de Mercadoria Estrangeira
ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações.
IN RFB - Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil
IN SRF - Instrução Normativa da Secretaria da Receita Federal
NCM - Nomenclatura Comum do Mercosul
NIC - Número Identificador de Carga
PGS - Programa Gerador de Juntada de Documentos
RAT - Requerimento de Admissão Temporária
RFB - Receita Federal do Brasil
SISCOMEX - Sistema Integrado de Comércio Exterior
SRF - Secretaria da Receita Federal
TDR - Termo de Doação e Recebimento
TR - Termo de Responsabilidade
VIGIAGRO - Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento
SUMÁRIO
SEÇÃO 1 - Importação de bens integrantes de bagagem acompanhada
1.1 - Por viajantes membros das delegações esportivas estrangeiras ......................................8
1.1.1 - Quem são ...............................................................................................................8
1.1.2 - Quais bens estão sujeitos ao tratamento de bagagem ............................................8
1.1.3 - Bens sujeitos a restrições e condições ...................................................................8
1.1.4 - Prazo de permanência dos bens .............................................................................9
1.1.5 - Procedimentos .......................................................................................................9
1.1.5.1 - Bens pessoais apresentados individualmente ...........................................9
1.1.5.1.1 - Retorno de bens ao exterior e porte de valores ......................10
1.1.5.2 - Bens apresentados coletivamente pela delegação .................................10
1.1.5.2.1 - Declaração de Bens de Viajante em papel (DBV) .................10
1.1.5.2.2 - Declaração de Bagagem Acompanhada (DBA) .....................12
1.1.5.2.3 - Retorno de bens ao exterior e porte de valores ......................12
1.1.5.3 - Equipamentos médicos .........................................................................12
1.1.5.3.1 - Declaração de Bens de Viajante em papel (DBV) .................13
1.1.5.3.2 - Declaração Simplificada de Importação (DSI formulário).....13
1.1.5.3.3 - Declaração de Importação (DI) ou Declaração Simplificada de
Importação Eletrônica (DSI eletrônica)...................................................13
1.2 - Por profissionais de imprensa e técnicos de rádio e televisão, não residentes, para
cobertura jornalística dos Eventos da Copa do Mundo FIFA ................................................14
1.2.1 - Quem são .............................................................................................................14
1.2.2 - Quais bens estão sujeitos .....................................................................................14
1.2.3 - Restrições e condições ........................................................................................14
1.2.4 - Prazo de permanência dos bens ..........................................................................14
1.2.5 - Procedimentos ....................................................................................................14
1.2.5.1 - Declaração de Bens de Viajante Eletrônica (e-DBV) ............................14
1.2.5.2 - Declaração de Bens de Viajante em papel (DBV) ................................15
1.3 - Perguntas e Respostas ...................................................................................................15
1.4 - Normas aplicáveis ........................................................................................................16
SEÇÃO 2 - Importação de cargas com suspensão tributária para os eventos relacionados à
Copa do Mundo FIFA 2014 (regime de admissão temporária)
2.1 - Quem são os beneficiários da importação com suspensão tributária ............................17
2.2 - Quais bens estão sujeitos ou vedados ...........................................................................17
2.3 - Restrições e condições ..................................................................................................18
2.3.1 - Importações realizadas pelas Confederações FIFA e Associações estrangeiras
membros da FIFA por intermédio de operador logístico ................................................18
2.4 - Prazo Máximo ...............................................................................................................19
2.5 - Procedimentos ...............................................................................................................19
2.5.1 - Procedimento com base na IN RFB nº 1.293, de 2012 (exclusivo para os entes
habilitados na forma da IN RFB nº 1.289, de 2012) …..................................................20
2.5.1.1 - Instrumento e intermediação de operador logístico ...............................20
2.5.1.2 - Requisito prévio ao registro de Declaração de Importação (DI) ou
Declaração Simplificada de Importação (DSI).....................................................21
2.5.1.3 - Instrução da DI ou DSI ..........................................................................21
2.5.1.4 - Concessão do regime .............................................................................22
2.5.1.5 - Dispensa de garantia pelos tributos suspensos .......................................22
2.5.1.6 - Caso de indeferimento do regime (recurso, cancelamento da DI e outro
despacho) ..............................................................................................................22
2.5.1.7 - Entrega dos bens ao importador .............................................................22
2.5.1.8 - Extinção da admissão temporária de bens importados mediante
doação ...................................................................................................................23
2.5.1.8.1 - Prazo ......................................................................................24
2.5.1.8.2 - Procedimento .........................................................................24
2.5.2 - Procedimento com base na IN RFB nº 1.361, de 2013 .......................................24
2.5.2.1 - Instrumento e intermediação de operador logístico ...............................24
2.5.2.2 - Requisito prévio ao registro de DI ou DSI ............................................25
2.5.2.3 - Instrução da DI ou DSI...........................................................................25
2.5.2.4 - Concessão do regime .............................................................................26
2.5.2.5 - Dispensa de garantia pelos tributos suspensos ......................................26
2.5.2.6 - Caso de indeferimento do regime (recurso, cancelamento da DI e outro
despacho ...............................................................................................................26
2.5.2.7 - Entrega dos bens ao importador .............................................................26
2.5.2.8 - Extinção do regime de admissão temporária .........................................27
2.5.3 - Quadro Comparativo das admissões temporárias com base nas IN RFB nºs
1.361, de 2013, e 1.293, de 2012, com suspensão total dos tributos, no contexto da
Copa do Mundo de 2014 ................................................................................................27
2.6 - Perguntas e Respostas ....................................................................................................28
2.7 - Normas aplicáveis .........................................................................................................33
SEÇÃO 3 - Importação de cargas com isenção tributária para os eventos relacionados à Copa
do Mundo FIFA 2014 (importação definitiva)
3.1 - Quem são os beneficiários da importação com isenção ................................................34
3.2 - Bens a que se aplica e vedações ....................................................................................34
3.3 - Restrições e condições ..................................................................................................35
3.3.1 - Importações realizadas por Confederações FIFA e pelas Associações
estrangeiras membros da FIFA (delegações esportivas estrangeiras) por intermédio de
operador logístico ...........................................................................................................35
3.4 - Transferência de bens a terceiros ...................................................................................36
3.5 - Procedimento .................................................................................................................37
3.5.1- Instrumento e intermediação de operador logístico .............................................37
3.5.2 - Requisito prévio ao registro de Declaração de Importação (DI) ou Declaração
Simplificada de Importação eletrônica (DSI eletrônica) ................................................38
3.5.3 - Instrução da DI ou DSI eletrônica .......................................................................39
3.5.4 - Caso de indeferimento do desembaraço aduaneiro .............................................39
3.5.5 - Entrega da mercadoria ao importador .................................................................40
3.6 - Exportação de bens ........................................................................................................40
3.7 - Perguntas e Respostas ....................................................................................................41
3.8 - Normas aplicáveis ........................................................................................................42
SEÇÃO 4 - Importação de cargas com isenção tributária por intermédio de empresas de
transporte de courier internacional para os eventos relacionados à Copa do Mundo FIFA 2014
4.1 - Quem pode utilizar ........................................................................................................43
4.2 - Quais bens estão sujeitos ou vedados ............................................................................43
4.3 - Restrições e condições ...................................................................................................43
4.4 - Transferência de bens a terceiros ...................................................................................44
4.5 - Procedimento .................................................................................................................45
4.6 - Perguntas e Respostas ....................................................................................................46
4.7 - Normas aplicáveis .........................................................................................................47
ANEXOS - Formulários
1 - Declaração de Bens de Viajante em papel (DBV) .......................................................................48
2 - Declaração de Bagagem Acompanhada - português (DBA) ........................................................51
3 - Declaração de Bagagem Acompanhada - espanhol (DBA) .........................................................54
4 - Declaração de Bagagem Acompanhada - inglês (DBA) ..............................................................56
5 - Formulário de Instrução do Regime Aduaneiro de Admissão Temporária - Anexo II da IN nº
1.293, de 2012 ...................................................................................................................................58
6 - Formulário de Requerimento de Admissão Temporária (RAT) - Anexo I da IN nº 1.361/13 ......59
7 - Declaração Simplificada de Importação formulário (DSI formulário) ........................................61
8 - Instruções para preenchimento da DSI formulário ......................................................................63
9 - Termo de Responsabilidade (TR) .................................................................................................65
10 - Instruções para preenchimento do TR ........................................................................................67
11 - Declaração Simplificada de Exportação eletrônica (DSE eletrônica) ........................................68
ÍNDICE REMISSIVO .....................................................................................................................70
SEÇÃO 1
Importação de bens integrantes de bagagem acompanhada
1.1 - Por viajantes membros das delegações esportivas estrangeiras
1.1.1 - Quem são
Integrantes de delegações esportivas que participarão da Copa do Mundo de 2014, como
jogadores, preparadores técnicos, pessoal médico e correlato, dirigentes e pessoal de apoio em
geral.
Não são considerados como integrantes da delegação os convidados e profissionais de
imprensa que viajam com a delegação. Para os profissionais de imprensa, veja os esclarecimentos
no item 1.2 dessa seção.
O regime de bagagem independe de habilitação da delegação esportiva estrangeira perante a
Receita Federal do Brasil (aduana). São reconhecidas como delegações as Associações estrangeiras
membros da FIFA, ou seja, as seleções de futebol estrangeiras.
1.1.2 - Quais bens estão sujeitos ao tratamento de bagagem
Podem ser importados no regime de tributação especial (RTE) de bagagem os bens, novos
ou usados, de uso pessoal, como as peças de vestuário, os bens comuns da delegação esportiva,
equipamento e material médico, utensílios de cozinha, alimentos e quaisquer outros itens destinados
a suas atividades, inclusive as administrativas.
1.1.3 - Bens sujeitos a restrições e condições
Os bens duráveis na bagagem entram no país no regime de admissão temporária, o que
obriga o seu retorno ao exterior ou à adoção de outra forma de extinção desse regime, como a
doação ou destruição.
Animais de companhia só podem entrar no Brasil com o respectivo certificado veterinário
internacional.
Armas e suas munições só podem ser importadas com a prévia anuência da autoridade
militar.
Bebidas alcoólicas, cigarros, charutos e tabacos estão sujeitos à restrições quantitativas na
importação como bagagem, sendo, respectivamente: 12 (doze) litros, 10 maços com até 20
unidades; 25 unidades e 250 gramas, por viajante.
Vedações ao despacho no RTE: mercadorias para comércio, medicamentos e substâncias
proibidas no Brasil, vegetais e suas partes e produtos de origem animal sem os respectivos
certificados sanitários.
Aparelhos e utensílios médicos para o uso do próprio viajante são permitidos, mas os
8
equipamentos de pessoa profissional da área de saúde só podem ser importados na forma do item
1.1.5.3 abaixo.
Bens que chegam ao Brasil desacompanhados de seus proprietários/possuidores são tratados
como cargas, não podendo ser despachados na forma dessa seção (veja as Seções 2 e 3).
1.1.4 - Prazo de permanência dos bens
Prazo do visto de entrada do estrangeiro não residente no Brasil, ou de até 90 (noventa) dias,
no caso de inexigência de visto de entrada.
1.1.5 - Procedimentos
1.1.5.1 - Bens pessoais apresentados individualmente
Os bens apresentados pessoalmente por qualquer integrante da delegação terão o tratamento
ordinário dado aos bens integrantes de bagagem de viajante internacional não residente no Brasil.
Devem ser declarados por meio da Declaração de Bens de Viajante Eletrônica (e-DBV), que pode
ser preenchida com o uso de tablets e smartphones, cujo APP (Viajante) está disponível na Apple
Store e Play Store. No caso de viajantes que ingressem no país ou dele saíam pelas fronteiras
terrestres, a declaração de bagagem poderá ainda ser realizada por meio dos formulários DBA ou
DBV.
Estão sujeitos à declaração obrigatória os viajante não-residentes que trouxerem bens
estrangeiros de valor global superior a US$ 3.000,00 (três mil dólares dos Estados Unidos da
América).
Ainda devem ser declarados os seguintes bens, independentemente de valor individual ou
global:
•
•
•
•
•
•
•
animais, vegetais, ou suas partes, produtos de origem animal ou vegetal, inclusive alimentos,
sementes, produtos veterinários ou agrotóxicos;
produtos médicos, produtos para diagnóstico in vitro, produtos para limpeza, inclusive os
equipamentos e suas partes, instrumentos e materiais, os destinados à estética ou ao uso
odontológico, ou materiais biológicos;
medicamentos ou alimentos de qualquer tipo, inclusive vitaminas e suplementos
alimentares, excluindo os de uso pessoal;
armas e munições;
bens destinados à pessoa jurídica;
bens, exceto os de uso pessoal (vestuário, cosméticos, material de higiene e limpeza, etc.),
que permanecerão no País (por exemplo, presentes), cujo valor global ultrapasse o limite de
isenção para a via de transporte, isto é:
✔ US$ 500.00 (quinhentos dólares dos Estados Unidos da América) ou o
equivalente em outra moeda, quando o viajante ingressar no País por via aérea ou
marítima; ou
✔ US$ 300.00 (trezentos dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente
em outra moeda, quando o viajante ingressar no País por via terrestre, fluvial ou
lacustre;
bens que excederem os seguintes limites quantitativo para fruição da isenção;
9
bebidas alcoólicas: 12 (doze) litros, no total;
cigarros: 10 (dez) maços, no total, contendo, cada um, 20 (vinte) unidades;
charutos ou cigarrilhas: 25 (vinte e cinco) unidades, no total;
fumo: 250 gramas, no total;
bens não relacionados nos quatro grupos acima:
✗ até 20 (vinte) unidades, com não mais do que 10 (dez) unidades idênticas,
se o seu valor unitário for de até U$ 10,00 (dez dólares dos Estados Unidos
da América); e
✗ até 20 (vinte) unidades, com não mais do que 3 (três) unidades idênticas,
se o seu valor unitário for superior a US$ 10 (dez dólares dos Estados
Unidos da América); e
mercadorias destinadas ao comércio.
✔
✔
✔
✔
✔
•
Até o limite global de US$ 3.000,00 (três mil dólares), o viajante não residente está
dispensado de declarar seus bens, ressalvadas as hipóteses acima referidas.
Valores em espécie portados pelo viajante, acima de R$ 10.000,00 (dez mil reais) ou
equivalente em outras moedas, na entrada do país, também devem ser declarados na e-DBV.
A referida e-DBV poderá ser preparada e transmitida eletronicamente antes mesmo do
embarque para o Brasil, mas, ao desembarcar aqui, o viajante, deverá procurar a Receita Federal do
Brasil (aduana) para registrar essa declaração, para que tenha a regularização da situação de seus
bens ou do porte de valores.
1.1.5.1.1 - Retorno de bens ao exterior e porte de valores
A mesma e-DBV que serve para acobertar a entrada de bens do viajante não residente
servirá para registrar o retorno dos bens e o porte de valores acima de R$ 10.000,00 (dez mil reais)
ou equivalente em outras moedas na saída do país.
Para tanto, o viajante deverá informar, a qualquer momento, nesse documento eletrônico, a
data do retorno ao exterior e o respectivo número do voo, bem como os valores portados.
A apresentação dos bens para a Receita Federal do Brasil (aduana), no seu retorno ao
exterior, pode ser realizada por qualquer outro viajante, ou seja, não é obrigatório que o bem
admitido temporariamente seja apresentado à aduana pela mesma pessoa que a trouxe ao país.
Também é possível que essa reexportação seja feita por meio de despacho aduaneiro com o uso de
Declaração de Exportação (DE) ou Declaração Simplificada de Exportação (DSE).
1.1.5.2 - Bens apresentados coletivamente pela delegação
Esses bens podem ser despachados de duas formas:
1.1.5.2.1 - Declaração de Bens de Viajante em papel (DBV)
Prioritariamente, os bens da delegação esportiva apresentados conjuntamente deverão ser
declarados à Receita Federal do Brasil (aduana) por meio de uma única Declaração de Bens de
Viajante (DBV), em papel, pela pessoa responsável pela bagagem da delegação (art. 18-A da IN
RFB nº 1.293, de 2012), mediante um formulário próprio, que pode ser obtidos no link a seguir:
http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/ins/2013/in13852013.htm (Anexo único da IN RFB nº
10
1.385, de 15 de agosto de 2013) ou no Anexo deste Guia.
Observe-se que, nesse formulário, é possível declarar tanto os equipamentos médicos como
qualquer outro tipo de bem da delegação.
No campo do "Nome Completo" (do viajante), deve ser informado o nome da delegação
estrangeira seguido de um hífen e do nome da pessoa responsável pelo despacho aduaneiro da
bagagem. No campo "Número de Passaporte ou de Documento de Identidade", deve ser informado
o número do passaporte ou do documento de identidade do responsável pelo despacho aduaneiro.
O responsável pela bagagem poderá ser uma das pessoas que integram a delegação
estrangeira ou um despachante aduaneiro que se apresente no momento da chegada da delegação.
Qualquer dessas pessoas deverá acompanhar o procedimento de despacho aduaneiro, inclusive a
inspeção física, até a sua conclusão.
Até o valor de US$ 3.000,00 (três mil dólares), ou o equivalente em outra moeda, por pessoa
da delegação, há dispensa de apresentação dessa declaração. Portanto, à título de exemplo, uma
delegação com 40 pessoas esta dispensada de declarar bens integrantes de sua bagagem até o
montante de US$ 120.000,00, ou o equivalente em outra moeda.
A dispensa de declaração não exime a apresentação dos bens ao controle aduaneiro e a
presença do responsável pela bagagem da delegação para acompanhar a sua inspeção física e
demais atos praticados pela fiscalização aduaneira, devendo estar apto a prestar as informações que
lhe forem solicitadas.
Estão ainda sujeitas à declaração de bens as delegações que trouxerem, independentemente
de seu valor:
•
•
•
armas e munições;
bens destinados à pessoa jurídica; e
equipamentos médicos conforme o procedimento explicado no item 1.1.5.3 abaixo.
A importação de alimentos, medicamentos e materiais médicos não precisam ser declarados
desde que cumpridas as exigências do controle sanitário do Ministério da Agricultura (VIGIAGRO)
e da ANVISA.
Os bens duráveis assim declarados devem retornar ao exterior, devendo ser apresentados ao
controle da Receita Federal do Brasil (aduana) no local de seu embarque ao exterior, previamente a
esse.
Dinheiro em espécie da delegação (não confundir com o dinheiro particular de seus
integrantes) deverá ser declarado quando o seu valor total for superior a R$ 10.000,00 (dez mil
reais) ou o equivalente em outras, por meio do formulário DBV (não sendo possível utilizar DBA).
O dinheiro em espécie particular de integrante da delegação deve ser declarado na forma do
item 1.1.5.1 acima.
Há limites quantitativos para a importação como bagagem acompanhada da delegação, a
saber:
11
•
•
•
•
bebidas alcoólicas: 12 (doze) litros;
cigarros: 10 (dez) maços, contendo 20 (vinte) cigarros cada um;
charutos ou cigarrilhas: 25 (vinte e cinco) unidades; e
fumo: 250 (duzentos e cinquenta gramas).
Esses limites são multiplicados pelo número de integrantes da delegação.
Quantidades superiores a esses limites quantitativos só podem ser importados mediante
importação comum (passíveis de isenção tributária) - veja a Seção 3.
1.1.5.2.2 - Declaração de Bagagem Acompanhada (DBA)
Alternativamente à DBV, os bens da delegação esportiva podem ser apresentados
conjuntamente por meio do formulário de Declaração de Bagagem Acompanhada (DBA), que esta
em fase de extinção, mas ainda estará vigente à época da Copa do Mundo de 2014. Esse formulário
pode ser obtidos nos seguintes links, conforme o idioma correspondente:
Português:
http://www.receita.fazenda.gov.br/publico/Legislacao/Ins/2010/INRFB1059/Anexo1INRFB105920
10.doc
Espanhol:
http://www.receita.fazenda.gov.br/publico/Legislacao/Ins/2010/INRFB1059/Anexo2INRFB105920
10.doc
Inglês:
http://www.receita.fazenda.gov.br/publico/Legislacao/Ins/2010/INRFB1059/Anexo3INRFB105920
10.doc
Francês:
http://www.receita.fazenda.gov.br/publico/Legislacao/Ins/2010/INRFB1059/Anexo4INRFB105920
10.doc
As regras expostas no item 1.1.5.2.1 acima também se aplicam às declarações de bens
realizadas por meio de DBA.
1.1.5.2.3 - Retorno de bens ao exterior e porte de valores
A mesma declaração que serve para acobertar a entrada de bens do viajante não residente
servirá para registrar o retorno dos bens.
O porte de valores acima de R$ 10.000,00 (dez mil reais) ou equivalente em outras moedas
na saída do país deverá ser declarado mediante e-DBV ou em outro formulário de DBV ou DBA.
A apresentação dos bens para a Receita Federal do Brasil (aduana), no seu retorno ao
exterior, pode ser realizada por qualquer outro viajante, ou seja, não é obrigatório que o bem
admitido temporariamente seja apresentado à aduana pela mesma pessoa que a trouxe ao país.
Também é possível que essa reexportação seja feita por meio de despacho aduaneiro com o uso de
Declaração de Exportação (DE) ou Declaração Simplificada de Exportação (DSE).
1.1.5.3 - Equipamentos médicos
Preliminarmente, observe-se que a liberação desses equipamentos pela Receita Federal do
12
Brasil (aduana) está condicionada à anuência da autoridade sanitária. As delegações esportivas
devem buscar informações junto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para
conhecer os casos de permissão de equipamentos e cumprir os procedimentos que devem ser
executados antes de sua chegada no Brasil. Leia e siga as instruções desse órgão na Resolução
ANVISA - RDC nº 2, de 4 de janeiro de 2013.
Esses equipamentos devem ser fisicamente separados dos demais bens e apresentados e
declarados à Receita Federal do Brasil (aduana) sob uma das formas a seguir.
1.1.5.3.1 - Declaração de Bens de Viajante em papel (DBV)
A Declaração de Bens de Viajante em papel (DBV) está disponível no Anexo deste Guia e
no link a seguir: http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/ins/2013/in13852013.htm.
Observe-se que a delegação está dispensada de relacionar os referidos equipamentos
médicos liberados pela ANVISA com o uso do Anexo II da Resolução ANVISA - RDC nº 2, de
2013, desde que a delegação apresente cópia do mesmo para a Receita Federal do Brasil (aduana),
com a informação de valor do equipamento em coluna ao lado da coluna de quantidade. Esta
dispensa não alcança os equipamentos não-médicos, que deverão ser relacionados na DBV, caso a
delegação não esteja dispensada de fazê-lo nos termos do item 1.1.5.2.
1.1.5.3.2 - Declaração Simplificada de Importação (DSI formulário)
A Declaração Simplificada de Importação (DSI formulário), em papel, encontra-se no link a
seguir, assim como no Anexo deste Guia, denominado "DSI formulário".
http://www.receita.fazenda.gov.br/publico/Legislacao/Ins/2006/Anexo2INSRF611.doc
As instruções de uso de formulário encontram-se no Anexo deste Guia, denominado
"Instruções para o Preenchimento da DSI formulário".
Deverá ser ainda assinado Termo de Responsabilidade, conforme modelo constante no link:
http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Ins/2012/in12932012.htm (Anexo III da IN RFB nº
1.293, de 21 de setembro de 2012).
O formulário de TR bem como as instruções de uso do Termo de Responsabilidade
encontram-se no Anexo deste Guia.
Observe-se que a delegação está dispensada de relacionar os referidos equipamentos
médicos liberados pela ANVISA com o uso do Anexo II da Resolução ANVISA - RDC nº 2, de
2013, desde que a delegação apresente cópia do mesmo para a Receita Federal do Brasil (aduana),
com a informação de valor do equipamento em coluna ao lado da de quantidade.
1.1.5.3.3 - Declaração de Importação (DI) ou Declaração Simplificada de Importação
eletrônica (DSI eletrônica)
No caso de importação de bens que permanecerão definitivamente no Brasil, o despacho
deve ser realizado por meio de Declaração de Importação (DI) ou de Declaração Simplificada de
Importação eletrônica (DSI eletrônica), registrada no Sistema Integrado de Comércio Exterior
(Siscomex). Nesse caso, a importação não será considerada como bagagem (veja as instruções da
Seção 3).
13
Os equipamentos médicos sob o regime de admissão temporária não poderão permanecer no
País, devendo ser apresentados à Receita Federal do Brasil (aduana) no momento do regresso da
delegação ao exterior, para baixa das responsabilidades relativas ao regime aduaneiro de admissão
temporária. Alternativamente, se houver a autorização da ANVISA, esses bens podem ser
importados em caráter definitivo.
1.2 - Por profissionais de imprensa e técnicos de rádio e televisão, não residentes, para
cobertura jornalística dos Eventos da Copa do Mundo FIFA
1.2.1 - Quem são
Jornalistas, cinegrafistas e pessoal técnico de instalação, operação e manutenção de rádio e
televisão, não residentes no país.
1.2.2 - Quais bens estão sujeitos
Podem ser importadas como bagagem acompanhada aparelhos e equipamentos, novos ou
usados, de fotografia, rádio e televisão, tais como: câmeras fotográficas e de filmagem,
acompanhadas de quantidades compatíveis de baterias e acessórios; aparelhos portáteis para
gravação e reprodução de som e imagem, acompanhados de quantidade compatível dos
correspondentes meios físicos de suporte das gravações, baterias e acessórios; telefone celular;
binóculo, ferramentas e outros objetos manuais, inclusive computadores portáteis para o exercício
da atividade profissional.
1.2.3 - Restrições e condições
Todos aparelhos e equipamentos referidos acima, suas partes e peças, quando integrantes da
bagagem dos profissionais referidos, só podem ingressar no país sob o regime de admissão
temporária. Isto significa que deverão ser reexportados, ainda que avariados ou inoperantes até o
final do prazo de concessão do regime.
Vedações: equipamentos que possam interferir nas telecomunicações do Brasil.
Bens que chegam ao Brasil desacompanhados de seus proprietários/possuidores, inclusive
por courier, são tratados como cargas, não podendo ser despachados no regime tributário especial
(de bagagem).
1.2.4 - Prazo de permanência dos bens
Prazo do visto de entrada do estrangeiro não residente no Brasil, ou de até 90 (noventa) dias,
no caso de inexigência de visto de entrada.
1.2.5 - Procedimentos
Há dois procedimentos possíveis:
1.2.5.1 - Declaração de Bens de Viajante Eletrônica (e-DBV)
Esses bens de uso profissional devem ser declarados à Receita Federal do Brasil (aduana),
14
no momento de sua chegada no Brasil, por meio da Declaração de Bens de Viajante Eletrônica (eDBV). Essa declaração pode ser preenchida por meio de tablets e smartphones, sendo o respectivo
APP da Receita Federal do Brasil (Viajante) disponível na Apple Store e na Play Store.
A referida e-DBV poderá ser preparada e transmitida eletronicamente antes mesmo do
embarque para o Brasil, mas, ao desembarcar aqui, o viajante, deverá procurar a Receita Federal do
Brasil (aduana) para registrar essa declaração, para que tenha a regularização da situação de seus
bens ou do porte de valores.
Para efeito de retorno dos bens, o viajante deve informar, na mesma e-DBV que acobertou a
entrada (caso não esteja dispensado de declarar), a data e o nº do voo de retorno ao exterior.
Ressalte-se que, até o valor de US$ 3.000,00 (três mil dólares), considerada a totalidade dos
bens em sua bagagem, ou o equivalente em outra moeda, o viajante está dispensado de declarar à
Receita Federal do Brasil (aduana).
1.2.5.2 - Declaração de Bens de Viajante em papel (DBV)
A importação dos bens de que trata esta seção, além do procedimento referido acima, poderá
ser despachada mediante a utilização do formulário da Declaração de Bens de Viajante (DBV)
disponibilizado no link: http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/ins/2013/in13852013.htm, e
no Anexo deste Guia.
Esse formulário deve ser apresentado em duas vias, sendo que a primeira deverá ser mantida
com o viajante e apresentada à Receita Federal do Brasil (aduana) por ocasião de sua viagem de
retorno ao exterior, para fins de encerramento de sua responsabilidade sobre os bens admitidos no
país.
1.3 - Perguntas e Respostas
1) O que são considerados equipamentos médicos ?
Segundo a ANVISA, são: os equipamentos de uso em saúde com finalidade médica, odontológica,
laboratorial ou fisioterápica, utilizados direta ou indiretamente para diagnósticos, terapia,
reabilitação ou monitorização de seres humanos e, ainda, com finalidade de embelezamento e
estética. São compostos em sua maioria por produtos médicos ativos, implantáveis e não
implantáveis. Mas também abrangem equipamentos não ativos, como cadeiras de rodas, macas,
camas hospitalares, mesas cirúrgicas, cadeiras para exame, dentre outros.
2) Quais produtos de origem animal ou vegetal exigem certificado sanitário para serem
importados no Brasil?
Conforme o Guia do Passageiro da Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias
(http://www.aviacaocivil.gov.br/arquivos/guiadopassageiro):
• vegetais e suas partes requerem certificado fitossanitário emitido pela autoridade do país
de origem, que deve ser apresentado à autoridade de controle brasileira no momento da
chegada do viajante no Brasil, como condição para sua liberação pela Receita Federal do
Brasil (aduana), condição que se aplica também aos charutos; e
• produtos de origem animal (como leite, queijos, embutidos de carnes, mel) requerem
15
certificado emitido pela autoridade veterinária do país de origem que deve ser apresentado à
autoridade de controle brasileira no momento da chegada do viajante no Brasil, como
condição para sua liberação pela Receita Federal do Brasil (aduana), condição que atinge
também o tabaco para narguilê contendo mel em sua composição.
3) Quais produtos de origem vegetal podem ingressar na bagagem do passageiro/delegação,
para seu uso e consumo, sem certificado sanitário?
Bebidas e produtos de origem vegetal industrializados, embalados à vácuo, enlatados, em salmoura
e outros conservantes, podem ser importados sem certificado fitossanitário. Isso inclui azeites,
chocolates, erva-mate elaborada, pó para sorvetes e sobremesas, féculas, margarina e pasta de
cacau, café solúvel, café torrado e moído, glicose e açúcar refinado, cigarros.
4) Profissionais de imprensa e técnicos não residentes podem importar bens por meio de
courier ?
Sim, desde que o imposto de importação incidente seja pago (alíquota de 60% do valor do bem,
acrescido de frete, e do seguro se houver) e o valor total dos bens importados não supere a US$
3.000,000 (três mil dólares dos EUA). Além do imposto de importação, a depender do Estado da
Federação onde ocorra a importação, pode ser cobrado o ICMS (imposto estadual sobre circulação
de mercadorias, que incide também na importação de bens, inclusive por pessoas físicas).
São isentos apenas livros, periódicos e documentos. A legislação brasileira de courier não
diferencia bens para importação definitiva e temporária, de modo que, exceto aqueles casos de
isenção, todo bem declarado à Alfandega pela empresa de courier é tributado.
É possível, porém, que a empresa de courier seja contratada para transportar o bem apenas até um
aeroporto no Brasil, sendo que o despacho aduaneiro e liberação do bem pela Receita Federal do
Brasil (aduana), nesse caso, devem ser providenciados pelo importador ou por um despachante
aduaneiro contratado para esse fim. Nessa hipótese, a importação poderá ser realizada no regime de
admissão temporária, conforme a Seção 2 no item 2.5.2.
O despacho para admissão temporária poderá ser realizado por meio declaração de Declaração
Simplificada de Importação (DSI) formulário, obtido no link:
http://www.receita.fazenda.gov.br/publico/Legislacao/Ins/2006/Anexo2INSRF611.doc,
ou
no
Anexo deste Guia, onde também se encontram as respectivas instruções de preenchimento.
1.4 - Normas aplicáveis
Instruções Normativas RFB: nº 1.385, de 15 de agosto de 2013, nº 1.293, de 21 de setembro de
2012; nº 1.059, de 2 de agosto de 2010; e Instrução Normativa SRF nº 611, de 18 de janeiro de
2006.
16
SEÇÃO 2
Importação de cargas com suspensão tributária para os eventos relacionados à
Copa do Mundo FIFA 2014 (regime de admissão temporária)
2.1 - Quem são os beneficiários da importação com suspensão tributária
Podem realizar essas importações (art. 1º da IN RFB nº 1.293, de 2012):
•
•
•
•
•
•
•
•
FIFA;
Subsidiária FIFA no Brasil;
Confederações FIFA;
Associações estrangeiras membros da FIFA;
Parceiros Comerciais FIFA domiciliados no exterior;
Emissora Fonte da FIFA;
Prestadores de Serviço domiciliados no exterior; e
Pessoa física ou jurídica contratada por qualquer dos entes acima referidos como
responsável pela logística ou pelo desembaraço aduaneiro.
2.2 - Quais bens estão sujeitos ou vedados
Podem ser importados os seguinte bens a serem utilizados na organização e execução dos
Eventos relacionados com a Copa do Mundo de 2014 (art. 4º, §1º, da IN RFB nº 1.293, de 2012,
com fundamento no art. 4º, § 1º, da Lei nº 12.350, de 2010):
•
•
•
•
•
equipamento técnico-esportivo;
equipamento técnico de gravação e transmissão de sons e imagens;
equipamento médico;
equipamento técnico de escritório; e
outros bens duráveis, desde que relacionados diretamente com os Eventos.
Os bens podem ser novos ou usados, desde que duráveis. Considera-se durável o bem cuja
vida útil seja superior a um ano. Por vida útil, considera-se, para os fins deste Guia, o prazo de
duração provável do bem em condições ordinárias de utilização.
O regime de admissão temporária, com fundamento no art. 4º, §1º, da IN RFB nº 1.293, de
212, também pode ser aplicado para as importações de bens consumíveis destinados exclusivamente
às Associações estrangeiras membros da FIFA (art. 17-A, da IN RFB nº 1.293, de 2012). Nesse
caso, os bens efetivamente consumidos deverão ser despachados para consumo (nacionalização dos
bens). Caso esse despacho seja realizado até 31 de dezembro de 2015, poderá ser realizado com
isenção tributária (veja a Seção 3 deste Guia).
Os bens utilizados em competições esportivas também podem ser importados
temporariamente tendo como base normativa a IN RFB nº 1.361, de 2013, que lhes garante,
também, a suspensão dos tributos devidos na importação. Contudo, há diferenças nos
procedimentos aduaneiros, conforme se explica no item 2.5 abaixo, entre a primeira e a segunda IN
17
referidas.
Ademais, cabe ressaltar que, pela IN RFB nº 1.293, de 2012, praticamente não há restrições
quanto aos equipamentos que podem ser utilizados na organização e execução dos Eventos,
enquanto que a admissão temporária realizada com base na IN RFB nº 1.361, de 2013, é mais
restrita, tendo em conta que os bens empregados na prestação de serviços ou para o
produção/fornecimento de mercadorias para terceiros só poderão ser submetidos ao regime de
admissão temporária com o pagamento proporcional dos tributos devidos na importação (regime de
admissão temporária para utilização econômica, conforme o art. 7º da IN RFB nº 1.361, de 2013),
como, por exemplo, na admissão temporária de veículos de transporte de passageiros ou de cargas
que circularão em vias públicas.
2.3 - Restrições e condições
Esse regime aduaneiro especial presta-se à importação de bens:
•
•
adequados às finalidades previstas na Lei nº 12.350, de 2010, isto é, para uso exclusivo na
organização e realização dos Eventos relacionados com a Copa do Mundo de 2014,
habilitados pela FIFA ou pela Subsidiária FIFA no Brasil; e
utilizáveis em conformidade com o prazo de permanência solicitado.
Para utilizar o regime de admissão temporária previsto no art. 4º, § 1º, da IN RFB nº 1.293,
de 2012, é necessário que o importador seja habilitado perante a Secretaria da Receita Federal do
Brasil, nos termos da IN RFB nº 1.289, de 2012.
Observe-se que os domiciliados no exterior, para se habilitarem na forma da IN RFB nº
1.289, de 2012, precisam indicar representante inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e de
realizar sua própria inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa de Pessoa Jurídica (CNPJ), conforme
as disposições do art. 4º dessa IN RFB.
A exigência de habilitação na forma da IN RFB nº 1.289, de 2012, não se aplica às
importações no regime de admissão temporária realizadas com fundamento na IN RFB nº 1.361, de
2013.
A relação do Eventos e dos entes habilitados aos benefícios tributários da Lei nº 12.350, de
2012, é pública, e encontra-se disponível no link:
http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/RegimePessoasHabilitadasParaAsCopas/RelacaodasP
JIN1211.htm.
2.3.1 - Importações realizadas pelas Confederações FIFA e Associações estrangeiras
membros da FIFA por intermédio de operador logístico
As importações realizadas por Confederações FIFA e pelas Associações estrangeiras
membros da FIFA (delegações esportivas) por intermédio de um responsável domiciliado no Brasil
contratado para realizar a logística ou o desembaraço aduaneiro, devidamente habilitado na forma
da IN RFB nº 1.289, de 2012, dispensa:
•
a habilitação do contratante domiciliado no exterior na forma dessa IN RFB nº 1.289, de
2012 (art. 3º, §2º, in fine, da Lei nº 12.350, de 2010; combinado com o art. 1º, parágrafo
único, VIII, e com art. 2º, § 8º, I, da IN RFB nº 1.293, de 2012);
18
•
a habilitação do contratante domiciliado no exterior para operar no Siscomex (art. 2º, §5º, II
da IN RFB nº 1.293, de 2012).
A habilitação do operador logístico na forma da IN RFB nº 1.289, de 2012, requerida com o
uso do formulário constante do Anexo II dessa IN, será realizada mediante a expedição de Ato
Declaratório Executivo (ADE) pela Delegacia da Receita Federal (DRF) do Rio de Janeiro 2,
localizada no bairro da Barra da Tijuca, com fundamento no caput do art. 8º da IN RFB nº 1.289, de
2012, e nos termos deste Guia.
Ressalve-se que o operador logístico habilitado na forma do parágrafo acima somente terá
direito às isenções fiscais previstas no art. 9º da Lei nº 12.350, de 2010, se for estabelecido como
sociedade com finalidade específica para o desenvolvimento de atividades diretamente relacionadas
à realização dos Eventos previsto nessa lei. Em caso contrário, o operador logístico apenas poderá
realizar importações com os benefícios dessa lei para a Confederação FIFA ou a Associação
estrangeira membro da FIFA destinatária dos bens importados.
Um operador logístico pode atuar para clientes diferentes, mas os despachos aduaneiros
deverão ser individualizados para cada contratante. Observe-se as orientações do item 2.5.1.
Observe-se que a falta de habilitação na forma da IN RFB nº 1.289, de 2012, da
Confederação FIFA ou Associação estrangeira membro da FIFA, impede a fruição dos demais
benefícios (os relativos aos tributos internos) previstos para os Eventos da FIFA, instituídos pela Lei
nº 12.350, de 2.010.
2.4 - Prazo Máximo
Há duas hipóteses:
•
Admissão temporária com base na IN RFB n º 1.293, de 2012 (exclusivo para os entes
habilitados na forma da IN RFB nº 1.289, de 2012):
✔ o regime poderá ser concedido até 28 de junho de 2016.
•
Admissão temporária com base na IN RFB nº 1.361, de 2013 (art. 13):
✔ pelo prazo de 6 (seis) meses, prorrogáveis por mais 6 (seis) meses
automaticamente; ou
✔ pelo prazo previsto no instrumento de contrato de importação entre o beneficiário
e a pessoa residente ou domiciliada no exterior, prorrogável na mesma medida
deste.
2.5 - Procedimentos
Há dois procedimentos possíveis para a realização das importações em regime de admissão
temporária: com base na IN RFB nº 1.293, de 2012; e com base na IN RFB nº 1.361, de 2013.
Observe-se que, no caso de bens trazidos como bagagem de viajante, também há um procedimento
para admissão temporária, mas não tratado nessa seção que só considera bens importados na
condição de carga, isto é, bens transportados ao Brasil e acobertados por conhecimento de
transporte internacional. Para informações sobre a admissão temporária de bagagem, veja a Seção 1
deste Guia.
Em qualquer situação, a Receita Federal do Brasil (aduana) só age a requerimento do
19
interessado. A simples chegada de uma carga no Brasil não permite que a fiscalização aduaneira
adote providência para o seu desembaraço ou entrega ao importador sem que esse tenha registrado
uma DI ou DSI.
O importador poderá monitorar a situação de suas cargas e a evolução do despacho
aduaneiro registrado em DI por meio do aplicativo Importador da Receita Federal do Brasil na
Apple Store (para dispositivos iOS) ou Play Store (para dispositivos Android).
2.5.1 - Procedimento com base na IN RFB n º 1.293, de 2012 (exclusivo para os entes
habilitados na forma da IN RFB nº 1.289, de 2012)
2.5.1.1 - Instrumento e intermediação de operador logístico
A importação no regime de admissão temporária, com base nessa normativa, permite a
utilização de DI ou DSI eletrônica no SISCOMEX, bem como de DSI formulário (Art. 10 da IN
RFB 1.293, de 2012).
A importação pode ser realizada diretamente pelo beneficiário, ou seja, com a DI ou DSI
registrada em seu próprio nome, desde que o importador esteja estabelecido no país, ou realizada
por um intermédio de um operador logístico, que registrará a declaração de importação no nome
deste. Essa intermediação pode ser realizada sob três formas diferentes:
•
•
•
importação por conta e ordem (IN SRF nº 225, de 2002);
importação por encomenda (IN SRF nº 634, de 2006), exclusiva para a revenda de
mercadorias; e
prestação de serviço de logística.
As duas primeiras formas exigem que o contratante do operador logístico seja pessoa
jurídica estabelecida no Brasil, sendo que a importação por encomenda é restrita para revenda de
mercadorias (não se aplicando, portanto, para o regime de admissão temporária). Nessas duas
hipóteses, o adquirente ou encomendante deve requerer à Receita Federal do Brasil (aduana), nas
formas da IN SRF nº 225, de 2002, ou da IN SRF nº 634, de 2006, conforme o caso, o
reconhecimento de seu vínculo contratual com o importador (operador logístico).
A terceira hipótese – prestação de serviços de logística - pode permitir, em certos casos, que
o contratante do operador logístico não seja estabelecido no Brasil.
As importações por conta e ordem ou por encomenda só podem ser realizadas por meio de
DI, pois o Siscomex exige o número do CNPJ tanto do importador quanto do
adquirente/encomendante.
Exclusivamente, para as importações realizadas em benefício de Confederação FIFA ou
Associação estrangeira membro da FIFA, admite-se que esses entes não precisam ser estabelecidos
no Brasil (ou seja, não precisam ter Base Temporária de Negócios), hipótese na qual seu operador
logístico deve estar habilitado nos termos da IN RFB nº 1.289, de 2012. Nesse caso, o operador
logístico contratado deve identificar o contratante e seu país de domicílio no campo "Informações
Complementares" da DI ou da DSI eletrônica no Siscomex, ou da DSI formulário, bem como o
respectivo Ato Declaratório Executivo (ADE) que habilitou o operador.
O operador logístico, na hipótese acima, deverá também fazer prova, no curso do despacho
20
aduaneiro, de que tem relação contatual para prestar serviços de logística para o ente domiciliado no
exterior, conforme dispõe o art. 2º, § 8º, II, “a”, da IN RFB nº 1.293, de 2012 (veja a resposta à
pergunta 9 nesta seção).
Para essa prova, em substituição ao instrumento de contrato, pode ser utilizada declaração
do contratante domiciliado no exterior, dirigida à Receita Federal do Brasil (aduana), de que o
operador logístico foi contratado para prestar-lhe serviços logísticos e de despacho aduaneiro para
os fins de sua participação na Copa do Mundo de 2014. Observe-se que os documentos pertinentes
deverão ser traduzidos para o português, quando firmados em outro idioma.
2.5.1.2 - Requisito prévio ao registro de Declaração de Importação (DI) ou Declaração
Simplificada de Importação (DSI)
O importador deverá requerer a concessão do regime, em processo eletrônico (e-processo),
instruindo-o com o formulário do Anexo II da IN RFB nº 1.293, de 2012, que também consta do
Anexo deste Guia, e demais documentos de instrução do despacho (referidos no item 2.5.1.3),
previamente ao registro da declaração.
Observe-se que é possível a apresentação digital desses documentos e dos outros que
instruirão o despacho de importação por meio do Programa Gerador de Juntada de Documentos
(PGS), na forma da IN RFB nº 1.412, de 2013. Essa facilidade dispensa a apresentação física de
documentos na Receita Federal do Brasil (aduana). Outras informações poderão ser obtidas no link:
http://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaFisicaeJuridica/SolicitacaoJuntada/DocumentosDigitais/D
efault.htm).
Para o registro da DI ou da DSI, o importador deve cumprir, ainda, os requisitos de
licenciamento segundo as regras do Siscomex aplicáveis a cada um desses instrumentos.
Os requisitos de licenciamento para a DSI eletrônica do Siscomex também se aplicam para
os despachos realizados em DSI formulário, hipótese em que as respectivas anuências serão
consignadas no próprio formulário da declaração.
Uma vez cumprido esse requisito, o importador poderá adiantar o despacho aduaneiro
mediante o registro antecipado da DI. Isto é, o importador NÃO precisa aguardar a chegada e a
armazenagem da carga procedente do exterior para registrar sua declaração no Siscomex (art. 8º da
IN RFB nº 1.293, de 2013). Não é possível o registro antecipado para DSI eletrônica do Siscomex,
tendo em conta sua impossibilidade de retificação.
O número do processo eletrônico acima deverá ser consignado na respectiva DI (campo
“Processo Vinculado”), para vinculação entre ambos (art. 17 da IN RFB nº 1.361, de 2013), e na
hipótese de DSI (art. 17-B da IN RFB nº 1.293, de 2012), onde deverá ser informado no campo
“Informações Complementares”.
2.5.1.3 - Instrução da Declaração de Importação (DI) ou Declaração Simplificada de
Importação (DSI)
Instruem a DI ou DSI:
•
o conhecimento de carga ou aquele que o substitua na forma da legislação aduaneira (por
exemplo: a e-DBV, nas hipóteses de bens trazidos como bagagem destinados a pessoas
21
•
•
•
•
jurídicas, conforme o § 2º do art. 44 da IN RFB nº 1.059, de 2010); MAS não se exige a
apresentação do conhecimento de carga nos despachos acobertados por Conhecimento
Eletrônico (CE) no modal de transporte aquaviário;
o romaneio de carga (packing list) quando se tratar de mercadorias acondicionadas em
volumes;
Termo de Responsabilidade, que deverá ser constituído na própria DI ou DSI eletrônica do
Siscomex, no campo “Informações Complementares”; ou seja, não é exigível documento
avulso (§ 1º do art. 10 da IN RFB nº 1.361, de 2013); e na DSI formulário, deverá ser
utilizado o formulário de TR do Anexo III da IN RFB nº 1.293, de 2012, cujas instruções
para preenchimento encontram-se em Anexo deste Guia - "Instruções para o preenchimento
do TR";
instrumento de mandato do despachante aduaneiro, quando for o caso; e
prova da relação contratual de prestação de serviços de logística, caso o importador seja o
próprio operador logístico.
Não serão exigidos fatura comercial e instrumento de contrato que tenha por objeto os bens
importados: art. 9º e § 3º do art. 16, ambos da IN RFB nº 1.293, de 2012; e inciso II do § 2º do art.
18 da IN SRF nº 680, de 2006.
2.5.1.4 - Concessão do regime
A concessão do regime ocorre mediante o desembaraço da DI ou DSI.
2.5.1.5 - Dispensa de garantia pelos tributos suspensos
A Receita Federal do Brasil (aduana) dispensará a apresentação de garantia para os tributos
suspensos desde que o interessado realize o seu despacho aduaneiro por intermédio de despachante
aduaneiro ou por meio de operador logístico habilitado no Siscomex (§ 3º do art. 4º c/c art. 13 da IN
RFB nº 1.293, de 2012).
2.5.1.6 - Caso de indeferimento do regime (recurso, cancelamento da DI e outro despacho)
O importador tem o direito de, no prazo de 30 dias do indeferimento, apresentar recurso à
autoridade hierárquica superior àquela que proferiu a decisão negativa.
Mantido o indeferimento, poderá ser autorizado, a requerimento do importador, o
cancelamento da DI ou da DSI, o que permitirá que o importador devolva as mercadorias ao
exterior ou registre outra DI ou DSI em outro regime aduaneiro, com o pagamento de tributos ou
com suspensão tributária.
2.5.1.7 - Entrega dos bens ao importador
A entrega dos bens importados ao importador pelo depositário ocorrerá após a autorização
da autoridade fiscal e estará condicionada ainda:
•
•
à apresentação ao depositário (administrador do recinto alfandegário) da Guia de Liberação
de Mercadoria Estrangeira sem Comprovação do Recolhimento do ICMS (GLME), na
forma do Convênio ICM nº 10/81, emitida pela autoridade fazendária dos Estados ou do
Distrito Federal; e
no caso de mercadorias transportadas nos modais aquaviários, à:
22
✔ vinculação no sistema Mercante, pelo importador, do Número Identificador de
Carga (NIC) indicado na declaração de importação ao correspondente
Conhecimento de Eletrônico (CE);
✔ inexistência de retenção pelo armador (por falta de pagamento do frete ou o
pagamento de contribuição por avaria grossa declarada), conforme o ar. 40 da IN
RFB nº 800, de 27 de dezembro de 2007.
A legislação aduaneira (art. 47 da IN SRF nº 680, de 2006) prevê diversas hipótese em que o
importador pode requerer a entrega dos bens importados antes da conclusão da conferência
aduaneira (antes do desembaraço dos bens), por exemplo:
•
•
indisponibilidade de estrutura física suficiente para a armazenagem ou inspeção da
mercadoria no recinto do despacho ou em outros recintos alfandegados próximos; e
necessidade de montagem complexa da mercadoria para a realização de sua conferência
física.
2.5.1.8 - Extinção da admissão temporária de bens importados mediante doação
Ademais das formas de extinção do regime de admissão temporária previstos na IN RFB nº
1.361, de 2013 (veja item 2.5.2.8, neste Guia), a admissão temporária com fundamento na IN RFB
nº 1.293, de 2012, permite a extinção desse regime mediante doação para os seguintes entes, que
receberão esses bens com isenção tributária:
•
•
•
•
a União;
entidades beneficentes de assistência social, certificadas nos termos da Lei nº 12.101, de 27
de novembro de 2009, desde que atendidos os requisitos do art. 14 da Lei nº 5.172, de 25 de
outubro de 1966, e do § 2º do art. 12 da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997;
pessoas jurídicas de direito público; ou
entidades sem fins lucrativos desportivas ou outras pessoas jurídicas cujos objetos sociais
sejam relacionados à prática de esportes, desenvolvimento social, proteção ambiental ou
assistência a crianças, desde que atendidos os requisitos das alíneas "a" a "g" do § 2º do art.
12 da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, e sejam reconhecidas pelos Ministérios do
Esporte, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome ou do Meio Ambiente, conforme
critérios a serem definidos em atos expedidos pelos respectivos órgãos certificantes.
A extinção do regime de admissão temporária mediante doação deve ser formalizada por
meio de um despacho para consumo (importação definitiva), de acordo com o disposto no art. 8º da
IN RFB nº 1.313, de 2013, por aqueles que terão os bens em caráter definitivo e isentos: os
donatários. Essa importação está sujeita à anuência prévia dos órgãos de controle de saúde pública,
meio-ambiente, entre outros, conforme a natureza do bem importado, e conforme o instrumento
utilizado no Siscomex (DI ou DSI eletrônica) – veja as instruções da Seção 3 deste Guia. A
anuência dada para um bem importado em regime de admissão temporária não supre a anuência
para a sua nacionalização. Para efetuar a nacionalização, o importador deve cumprir com as
condições que o Siscomex exige a respeito do licenciamento.
Observe-se também que bens usados admitidos temporariamente deverão obter a
autorização do Departamento de Comércio Exterior (DECEX) para a sua importação em caráter
definitivo, antes do início do respectivo despacho aduaneiro.
23
2.5.1.8.1 - Prazo
O prazo para a realização dessas doações vai até 28 de junho de 2016, isto é 180 (cento e
oitenta dias) contados do término do ano de 2015 (incisos II e III do art. 5º da Lei nº 12.350. de
2010).
2.5.1.8.2 - Procedimento
O importador no regime de admissão temporária (doador) deverá formalizar a doação para
um dos entes passíveis de receberem tais doações com isenção por meio do Termo de Doação e
Recebimento - TDR, na forma do Anexo I da IN RFB nº 1.313, de 2012.
Com base nesse documento, o donatário deverá formalizar um despacho para consumo no
Siscomex (despacho de nacionalização de admissão temporária), utilizando DI ou DSI eletrônica,
após cumprir as exigências relativas ao licenciamento dessa importação. Porém, a utilização de DSI
eletrônica está limitada para o valor total de até US$ 3.000,00 (três mil dólares dos Estados Unidos)
dos bens nela declarados, ou o equivalente em outra moeda (art. 3º, II, da IN SRF nº 611, de 2006).
O doador deverá obter do donatário cópia do extrato da referida DI ou DSI eletrônica
desembaraçada e, juntando essa a uma via original do TDR, deverá requerer à Receita Federal do
Brasil (aduana) a extinção do regime suspensivo mediante conversão em isenção de acordo com o
art. 5º da Lei nº 12.350, de 2010.
Observe-se que o requerimento referido acima deve relacionar os bens objeto do pedido,
descrevendo-os e informando o número da respectiva declaração de admissão temporária (DI/DSI
eletrônica), data de registro e CNPJ do importador (§1º do art. 8º da IN RFB nº 1.313, de 2012).
Outro aspecto formal a ser observado é que os TDR devem receber do doador numeração
sequencial de quatro dígitos, iniciando-se por "0001", seguido de uma barra("/") e pelos 2 (dois)
últimos algarismos que correspondem ao ano de sua emissão.
Esses procedimentos deverão ser realizados em unidade da Receita Federal do Brasil
(aduana) que processem despachos aduaneiros (Alfândegas e Inspetorias, principalmente),
recomendando-se que o doador e donatário o façam na mesma unidade e imediata e
consecutivamente, a fim de se abreviar a execução dos mesmos.
2.5.2 - Procedimento com base na IN RFB nº 1.361, de 2013
2.5.2.1 - Instrumento e intermediação de operador logístico
A importação no regime de admissão temporária, com base nesta normativa, permite a
utilização da DI e DSI eletrônica do Siscomex, como também, tratando-se de bens destinados para
evento esportivo internacional, a utilização da DSI em formulário papel (art. 47 da IN RFB nº
1.361, de 2013), de acordo com o modelo aprovado pela IN RFB nº 611, de 2006, que também
consta do Anexo deste Guia.
De acordo com essa normativa, o regime de admissão temporária também poderá ser
concedido para a entidade promotora do evento a que se destinem os bens ou para a pessoa jurídica
contratada como responsável pela logística e despacho aduaneiro (art. 12, da IN RFB nº 1.361, de
2013).
24
2.5.2.2 - Requisito prévio ao registro de DI ou DSI
O importador deverá requerer a concessão do regime, mediante a apresentação do
Requerimento de Admissão Temporária (RAT), conforme o modelo constante do Anexo I da IN
RFB nº 1.361, de 2013, e do Anexo deste Guia. Para essa finalidade, o importador deverá
formalizar um processo (art. 16 da IN RFB nº 1.361, de 2013).
Observe-se que é possível a apresentação digital desse documento e dos outros que
instruirão o despacho de importação por meio do Programa Gerador de Juntada de Documentos
(PGS), na forma da IN RFB nº 1.412, de 2013. Essa facilidade dispensa a apresentação física de
documentos na Receita Federal do Brasil (aduana). Outras informações poderão ser obtidas no link:
http://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaFisicaeJuridica/SolicitacaoJuntada/DocumentosDigitais/D
efault.htm)
Uma vez cumprido esse requisito, o importador poderá registrar a declaração de importação
antes da chegada dos bens ao País (§ 3º do art. 15 da IN RFB nº 1.361,de 2013). Essa faculdade só é
possível para os despachos aduaneiros realizados por meio de DI, tendo em conta que a DSI
eletrônica do Siscomex não permite retificação.
2.5.2.3 - Instrução da Declaração de Importação (DI) ou Declaração Simplificada de
Importação (DSI)
Instruem a DI ou DSI
•
•
•
•
•
•
o conhecimento de carga ou aquele que o substitua na forma da legislação aduaneira (por
exemplo: a e-DBV, nas hipóteses de bens trazidos como bagagem destinados a pessoas
jurídicas, conforme o § 2º do art. 44 da IN RFB nº 1.059, de 2010); MAS não se exige a
apresentação do conhecimento de carga nos despachos acobertados por Conhecimento
Eletrônico (CE) no modal de transporte aquaviário;
o romaneio de carga (packing list) quando se tratar de mercadorias acondicionadas em
volumes;
cópia do instrumento do contrato que ampara a operação internacional, quando for o caso,
isto é, quando a introdução do bem estrangeiro no país decorrer de uma relação contratual
com direitos e obrigações sobre utilização do bem envolvendo pessoas distintas;
Termo de Responsabilidade que deverá ser constituído na própria DI ou DSI eletrônica do
Siscomex, no campo "Informações Complementares"; ou seja, não é exigível documento
avulso (§ 1º do art. 10 da IN RFB nº 1.361, de 2013); e, no caso da DSI formulário, deverá
ser apresentado Termo de Responsabilidade com o texto padrão (abaixo enunciado);
instrumento de mandato do despachante aduaneiro, quando for o caso; e
prova da relação contratual para prestação de serviços de logística, caso o importador seja o
próprio operador logístico (se já não incluído no dossiê digital).
A fatura comercial não é exigida (inciso II do § 2º do art. 18 da IN SRF nº 680, de 2006).
O Termo de Responsabilidade (TR) a ser constituído no campo "Informações
Complementares" da DI ou DSI eletrônica deverá seguir o seguinte texto padrão:
"Declaro assumir inteira responsabilidade pelo integral cumprimento das
obrigações decorrentes da aplicação do regime aduaneiro especial de admissão
25
temporária aos bens constantes da presente declaração de importação,
comprometendo-me a recolher aos cofres públicos o valor total dos tributos e
contribuições federais suspensos, em caso de descumprimento das regras
estabelecidas para o regime.
Este termo de responsabilidade, que está subscrito pelo preposto/responsável legal
responsável pelo registro desta declaração de importação, mediante mandato com
cláusula específica para subscrevê-lo, é válido enquanto não extinto o regime
aduaneiro especial e abrange o período de concessão inicial e todos os períodos de
prorrogação eventualmente obtidos."
No caso de DSI formulário, o texto acima deverá ser consignado no verso do formulário, e
assinado pelo importador, seu preposto ou representante.
2.5.2.4 - Concessão do regime
A concessão do regime ocorre mediante o desembaraço da DI ou DSI eletrônica no
Siscomex, ou DSI formulário.
2.5.2.5 - Dispensa de garantia pelos tributos suspensos
A Receita Federal do Brasil (aduana) dispensa a apresentação de garantia para os tributos
suspensos (inciso II do § 4º do art. 11 da IN RFB nº 1.361, de 2013) para os bens destinados a
competições e exibições desportivas internacionais.
2.5.2.6 - Caso de indeferimento do regime (recurso, cancelamento da DI e outro despacho)
Neste caso, o importador tem o direito de, no prazo de 10 dias do indeferimento, a
apresentação de recurso à autoridade hierárquica superior àquela que proferiu a decisão negativa.
Mantido o indeferimento, poderá ser autorizado o cancelamento da DI ou da DSI, o que
permitirá que o importador devolva as mercadorias ao exterior ou registre outra DI ou DSI em outro
regime aduaneiro, com o pagamento de tributos ou com suspensão tributária, conforme o caso.
2.5.2.7 - Entrega dos bens ao importador
A entrega da mercadoria pelo depositário ocorrerá após autorização da autoridade fiscal e
estará condicionada ainda:
•
•
à apresentação ao depositário (administrador do recinto alfandegário) da Guia de Liberação
de Mercadoria Estrangeira sem Comprovação do Recolhimento do ICMS (GLME), na
forma do Convênio ICM nº 10/81, emitida pela autoridade fazendária dos Estados ou do
Distrito Federal; e
no caso de mercadorias transportadas nos modais aquaviários, à:
✔ vinculação no sistema Mercante, pelo importador, do Número Identificador de
Carga (NIC) indicado na declaração de importação ao correspondente
Conhecimento de Eletrônico (CE);
✔ inexistência de retenção pelo armador (por falta de pagamento do frete ou o
pagamento de contribuição por avaria grossa declarada), conforme o ar. 40 da IN
RFB nº 800, de 27 de dezembro de 2007.
26
A legislação aduaneira (art. 47 da IN SRF nº 680, de 2006) prevê diversas hipótese em que o
importador pode requerer a entrega dos bens importados antes da conclusão da conferência
aduaneira (antes do desembaraço dos bens), por exemplo:
•
•
indisponibilidade de estrutura física suficiente para a armazenagem ou inspeção da
mercadoria no recinto do despacho ou em outros recintos alfandegados próximos; e
necessidade de montagem complexa da mercadoria para a realização de sua conferência
física.
2.5.2.8 - Extinção do regime de admissão temporária
A extinção desse regime pode ser realizada, conforme as disposições do art. 23 a 29 da IN
RFB nº 1.361, de 2013, mediante:
•
•
•
•
•
reexportação, que exige o registro de exportação, por meio de Declaração de Exportação
(DE) ou Declaração Simplificada de Exportação eletrônica (DSE eletrônica) no Siscomex,
ou ainda por meio de DSE em formulário em algumas hipóteses (como nos casos de bens
trazidos por equipe esportiva estrangeira ou a ela destinados, equipamentos de rádio e
televisão e imprensa em geral, conforme o art. 31, X, combinado com o art. 4º, ambos da IN
RFB nº 611, de 2006);
entrega dos bens importados à Receita Federal do Brasil (aduana), livre de qualquer despesa,
desde que a autoridade aduaneira concorde em recebê-los;
destruição, sob controle aduaneiro, às expensas do beneficiário, sendo que o seu eventual
resíduo, se economicamente utilizável, deverá ser reexportado ou despachado para consumo
como se tivesse sido importado no estado em que se encontre (de resíduo);
transferência para outro regime aduaneiro especial, nos termos da IN RFB nº 121, de 2002;
ou
despacho para consumo (nacionalização dos bens).
Observe-se, que os bens admitidos na forma a IN RFB nº 1.361, de 2013, para a organização
e execução dos Eventos referidos pela Lei nº 12.350, de 2010, também podem ser transferidos para
os mesmos entes referido no item 2.5.1.8, e pelo mesmo procedimento nele previsto, hipótese em
que será reconhecido o direito do donatário à isenção dos tributos suspensos na importação.
2.5.3 - Quadro comparativo das admissões temporárias com base nas IN RFB nºs
1.361, de 2013, e 1.293, de 2012, com suspensão total dos tributos, no contexto da Copa
do Mundo de 2014
QUADRO COMPARATIVO
Enquadramento legal
Prazo do regime
IN RFB nº 1.361, de 2013 (art. IN RFB nº 1.293, de 2012 (art.
2º, inciso I)
12)
• 6 meses prorrogáveis
automaticamente por mais
seis meses; ou
• o prazo previsto no
contrato de importação
prorrogável
na
mesma
medida deste
• Até 28 de junho de 2016
27
É necessário que se comprove o
vínculo do beneficiário com o
evento por qualquer documento
Dispensado
Habilitação do evento
Habilitado por meio do ADE
RFB nº 4, de 6 de junho de
2013
Habilitados os eventos listados
no link:
http://www.receita.fazenda.gov.
br/Legislacao/RegimePessoasH
abilitadasParaAsCopas/Relacao
dasPJIN1211.htm
Habilitação do importador
Dispensada
Necessária, nos termos da IN
RFB nº 1.289, de 2012
Prazo para recurso no caso de
indeferimento
10 dias
30 dias
Bens com vida útil inferior a
um ano
Permitido
Contrato de importação
temporária dos bens
Bens duráveis
Bens consumíveis
Novos ou usados, exceto
utilizados para a prestação
serviços
fornecimento/produção
mercadorias para terceiros
Permitido
apenas
Delegações Estrangeiras
para
se
de
ou
de
Novos ou usados, desde que
relacionados diretamente com
os Eventos a Lei nº 12.350, de
2010
Permitido nos casos de bens
consumidos em competições e
exibições
esportivas
internacionais
Permitido apenas para bens
bens
consumidos
por
Associações
estrangeiras
membros da FIFA, nos Eventos
da Lei nº 12.350, de 2010
Termo de Responsabilidade
Nas
Informações Anexo III da IN nº 1.293, de
Complementares da DI/DSI 2012, e Anexo deste Guia
eletrônica ou Anexo à DSI
formulário - texto padrão
Requerimento
RAT – Anexo I da IN nº Formulário de Instrução do
1.361/13
Regime - Anexo II da IN nº
1.293, de 2012, e Anexo deste
Guia
Dispensada
Garantia
Dispensa
condicionada
à
realização do despacho por
despachante aduaneiro ou à
contratação
de
operador
logístico
habilitado
no
Siscomex
2.6 - Perguntas e Respostas
1) As importações no regime de admissão temporária estão sujeitas às regras de tratamento
administrativo?
28
O tratamento administrativo segue a regras implantadas no próprio Siscomex, de acordo com o
instrumento utilizado, isto é, DI ou DSI eletrônica. Portanto, se na DSI eletrônica não houver
exigência de licenciamento, seguirá o despacho aduaneiro ainda que a mesma situação na DI
contenha essa exigência; e alternando os termos, a exigência de tratamento administrativo na DI
vigorará mesmo que na DSI eletrônica tal exigência não ocorra.
Na DSI papel, a fiscalização observa o tratamento administrativo vigente para a DSI eletrônica nos
casos referidos no art. 21 da IN SRF nº 611, de 2006, isto é: a mercadoria sujeita a controle sanitário
(pela ANVISA ou VIGIAGRO), ambiental (IBAMA e CNEN) ou de segurança (Exército Brasileiro
e Polícia Federal) somente será desembaraçada após a autorização do órgão competente. Qualquer
outra exigência de tratamento administrativo fora das áreas do controle sanitário, ambiental ou da
segurança não se aplica aos despachos em DSI.
2) Como o importador comprova o valor das mercadorias submetidas ao despacho de
admissão temporária ?
Na hipótese de aplicação do procedimento da IN RFB nº 1.293, de 2012, basta a declaração do
próprio importador, não se exigindo, antecipadamente, qualquer documento referindo o valor das
mercadorias.
Observe-se, contudo, que a fiscalização aduaneira poderá, a qualquer momento, mesmo após o
desembaraço, estabelecer outro valor para as mercadorias, com fundamento nas regras de Valoração
Aduaneira vigentes. Nessa hipótese, o importador poderá ser chamado a retificar sua declaração e a
completar o Termo de Responsabilidade.
Na hipótese de aplicação do procedimento da IN RFB nº 1.361, de 2013, o valor declarado deve ter
como base o valor estipulado no contrato (se for o caso), ou em fatura comercial, ou ainda em
qualquer outro documento que consigne o valor do bem (como a fatura proforma). Observe,
contudo, que a fiscalização aduaneira poderá também estabelecer valor diferente do declarado pelo
importador para as mercadorias, com fundamento nas regras de Valoração Aduaneira vigentes
(como, por exemplo, o valor de mercadorias idênticas ou similares).
3) A mercadoria de propriedade de um ente Parceiro Comercial FIFA (PCF) domiciliado no
exterior poderá ser importada no regime de admissão temporária por esse mesmo PCF para o
cumprimento de seu contrato no Brasil?
Sim. No despacho realizado com base na IN RFB nº 1.293, de 2012, essa importação exige a
habilitação do PCF domiciliado no exterior na forma da IN RFB nº 1.289, de 2012, o que requer
indicação de pessoa física, inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas Físicas (CPF), para para
representá-la no Brasil e inscrição de estabelecimento comercial no Cadastro Nacional de Pessoa
Jurídica (CNPJ), nos termos do art. 4º da referida IN. Essa habilitação é a única forma do PCF
pleitear o tratamento de isenção tributária nas importações definitivas.
No despacho realizado na forma da IN RFB nº 1.361, de 2013, esse poderá ser realizado em nome
da entidade promotora do evento ou do operador logístico (nos termos do art. 12,§ 1º, I e II, dessa
IN). Caso os bens comportem tratamento de isenção pela Lei nº 12.350, de 2010, para realizar
importação definitiva com isenção, o PCF deverá ser habilitado conforme acima explicado.
4) Um bem adquirido no exterior por um ente estrangeiro atuando no Brasil nos Eventos da
FIFA, poderá ser despachada no regime de admissão temporária?
29
Sim. Não há qualquer condição relativa à propriedade da mercadoria para sua admissão no regime
de admissão temporária, tampouco ser o bem novo ou usado. Tanto pode ser propriedade antiga do
ente que promove sua importação no Brasil (PCF, a própria FIFA, Associação estrangeira membro
da FIFA, HBS, etc) como pode ter sido adquirida no exterior, nova ou usada, exclusivamente para
um Evento atual no Brasil.
5) Bens que se exaurem completamente por sua utilização podem ser submetidos no regime
de admissão temporária?
O procedimento com base na IN RFB nº 1.293, de 2012, só permite a admissão temporária de bens
consumíveis para as Associações estrangeiras membros da FIFA (delegações estrangeiras de
futebol) .
O procedimento realizado com base na IN RFB nº 1.361, de 2013, permite essa admissão, porém
para os bens destinados às competições e exibições exportivas, excluindo, por exemplo, bens
consumidos em congressos, banquetes, cerimônias de abertura, encerramento, premiação entre
outras. Essa admissão de bens consumíveis é muito comum quando a importação para consumo
não tem isenção e o evento precisa operar com estoque de segurança acima das estimativas de
consumo, como é o caso da importação de combustível e lubrificantes em provas automobilísticas
ou de motociclismo. Ao final do evento, despacha-se para consumo apenas aquilo que foi
efetivamente consumido (pagando-se os tributos devidos), sendo as sobras reexportadas
posteriormente.
Não há restrição a que o importador, à sua conveniência, despache os bens primeiramente em
admissão temporária com base na IN RFB nº 1.361, de 2013, mesmo que sua expectativa principal
(como no caso das competições automobilísticas) seja o consumo das mercadorias.
Bens para consumo para os Eventos referidos na Lei nº 12.350, de 2010, podem, em princípio, ser
despachados de imediato para consumo, inclusive gozando da isenção prevista no art. 3º da Lei nº
12.350, de 2010 (veja a Seção 3 deste Guia).
6) Bens como camisas, meias, bonés, mochilas, jaquetas, chuteiras, luvas de goleiro, bolas e
calçados tipo tênis podem se enquadrar no conceito de bens duráveis, nos termos da Lei n º
12.350, de 2.010?
Sim, uma vez que nas condições ordinárias de uso a que esses bens são normalmente empregados,
sua vida útil provável seja superior a um ano. Observe-se, porém, que, nos termos da referida lei, os
bens duráveis com valor aduaneiro unitário inferior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais) também podem
ser importados definitivamente, com isenção tributária (veja a Seção 3 deste Guia).
7) É possível, dentro do prazo de vigência do regime de admissão temporária nos termos da
IN RFB nº 1.293, de 2012, a transferência de mercadoria para outro regime de admissão
temporária, por exemplo, para utilização econômica nos termos do art. 6º da IN RFB nº 1.361,
de 2013 ? Se aplicável a transferência, seria ao amparo da IN SRF nº 121, de 11 de janeiro de
2002?
Sim, observadas as condições e formalidades para o enquadramento no regime de que trata o art. 6º
da IN RFB nº 1.361, de 2013, é possível a transferência entre regimes, na forma da IN SRF nº 121,
de 2002.
30
8) Uma Associação estrangeira membro da FIFA (seleção de futebol) habilitada para os
benefícios da Lei nº 12.350, de 2010, na forma da IN RFB nº 1.289, de 2012, perde a
possibilidade de realizar despachos com base na IN RFB nº 1.361, de 2013?
Não. Com a habilitação na forma da IN RFB nº 1.289, de 2012, essas seleções podem operar tanto
com base na IN RFB nº 1.293, de 2012, bem como com base na IN SRF nº 1.361, de 2013, no
tocante à admissão temporária, mas neste caso, deverão observar os requisitos e condições
expressos nesta IN.
Observe que para a fruição dos benefícios da importação (arts. 3º e 4º da Lei nº 12.350, de 2013), a
Associação estrangeira membro da FIFA não precisa estar habilitada, se importar e reexportar por
intermédio de operador logístico habilitado.
9) Quais procedimentos devem ser observados pela Confederação FIFA e Associação
estrangeira membro da FIFA, não habilitadas na forma da IN RFB nº 1.289, de 2012, para
contratarem pessoa física ou jurídica como responsável pela logística ou pelo desembaraço
aduaneiro?
Afora a exigência de habilitação do operador logístico nos termos da IN RFB nº 1.289, de 2012, que
deve ser requerida pela FIFA ou Subsidiária FIFA no Brasil na forma de seu art. 8º, não há um
procedimento da Receita Federal do Brasil (aduana) para essa contratação, mas apenas elementos
que decorrem das legislação civil.
Nos termos dessa legislação, o contratado (operador logístico) deve comprovar que tem relação
contratual com a entidade mencionada na pergunta; que a pessoa que representa o operador
logístico tenha os poderes ou mandato para isso; e que o instrumento que comprove a relação
contratual mencione os serviços de que cuida esta pergunta.
Assim, a pessoa que se apresenta como operador logístico contratado deve fazer prova dessa
condição perante a Receita Federal do Brasil (aduana), mediante requerimento onde o qualifica
como operador logístico, o seu responsável ou representante legal, e qualifica a entidade estrangeira
que lhe contratou e o respectivo representante, bem como o objeto da contratação, munido dos
seguintes elementos:
•
de parte do operador logístico:
- cópias do contrato social, estatuto e outros documentos fundacionais da pessoa jurídica
e dos atos de investidura do seu responsável legal (rubricadas pelo requerente);
- cópias dos documentos de identidade das pessoas que assinam o requerimento para a
Receita Federal do Brasil (aduana) e o contrato com a entidade estrangeira (rubricadas
pelo requerente);
- instrumento de mandato para os representantes que assinaram o requerimento e o
contrato, quando for o caso, com os poderes para praticar esses atos;
- cópia do instrumento de contrato ou de declaração da entidade estrangeira que o
operador logístico encontra-se contatado para a realização de serviços para a Copa do
Mundo de 2014 e, se em idioma estrangeiro, sua tradução juramentada no Brasil.
•
da parte da entidade estrangeira contratante:
- cópia do documento de identidade da pessoa que assina o contrato ou declaração de
existência de contrato, com sua assinatura;
31
- cópia do contrato social, estatutos e outros documentos fundacionais da pessoa jurídica
estrangeira e dos atos de investidura do seu responsável legal;
- cópia do instrumento de mandato para o representante assinado pelo responsável,
quando for o caso; e
- traduções juramentadas no Brasil do contrato social, estatutos e outros documentos
fundacionais, do instrumento de mandato e do documento de identidade do signatário
quando for o caso, se os originais estiverem em idioma estrangeiro.
O requerimento deve ainda relacionar todos os documentos e cópias de documentos que o
acompanham, informar o número de páginas de cada um, consignar que todos correspondem à
verdade dos fatos e rubricar todas as folhas.
10) Um bem admitido temporariamente para ser usado nos Eventos FIFA pode ter sua
anuência negada para a sua nacionalização?
Sim. As exigências de anuência para a permanência definitiva de um bem no País podem ser mais
rigorosas do que aquelas aplicadas no momento de sua importação para utilização temporária em
Evento FIFA.
11) Um bem importado admitido temporariamente na condição de novo, precisará de
anuência do DECEX para sua nacionalização (pois então seria usado)?
Nesse caso a Secex orienta, quanto aos bens admitidos para utilização econômica, que para esse
despacho de importação não seja informada, em DI, a condição de "usado" para esse bem (Portaria
SECEX nº 23, de 14 de julho de 2011, art. 43, §4º, I), devendo o importador, no campo
"Informações Complementares" da DI, consignar: "operação dispensada de Licenciamento na forma
da Portaria SECEX nº 2, de 2011”)
12) É necessário que o bem no regime de admissão temporária seja transferido para o
donatário nesse regime antes de ser nacionalizado?
Não. O despacho para consumo (nacionalização) deve ser realizado com base no Termo de Doação
e Recebimento (TDR), conforme estabelecido pela IN RFB nº 1.313, de 2012.
13) Ademais da doação na forma do art. 5º da Lei nº 12.350, de 2010, há outras formas para a
extinção de admissão temporária?
Sim. São formas aceitas e já disciplinadas na legislação aduaneira pela IN RFB nº 1.361, de 2013,
conforme explicado no item 2.5.2.8 deste Guia.
14) Qual será o valor a ser declarado no despacho de nacionalização?
Deverá ser informado o valor estimado do bem à época da doação, com base no seu valor de
mercado.
15) Bens admitidos temporariamente no Brasil, mediante despacho em DI, DSI eletrônica ou
DSI formulário, podem ser reexportados por meio de e-DBV, DBV ou DBA?
Não. O despacho de reexportação dever ser realizado mediante DE, DSE eletrônica ou DSE
formulário. Observe que o despacho de reexportação mediante DSE formulário pode ser realizado
32
nos terminais de passageiros internacionais dos aeroportos, devendo o interessado requerer esse
procedimento à Receita Federal do Brasil (aduana) previamente ao embarque, para o qual se
aconselha pelo menos quatro horas de antecedência a esse.
2.7 - Normas aplicáveis
Instruções Normativas RFB nºs: 800, de 27 de dezembro de 2007; 1.293, de 21 de setembro de
2.012; 1.313, de 28 de dezembro de 2012, Instrução Normativa RFB nº 1.361, de 21 de maio de
2.103;
Instruções Normativas SRF nºs: 225, de 2 de outubro de 2002; 285, de 14 de janeiro de 2003, 611,
de 18 de janeiro de 2006; 634, de 24 de março de 2.006; 680, de 2 de outubro de 2006;
33
SEÇÃO 3
Importação de cargas com isenção tributária para os Eventos relacionados à
Copa do Mundo FIFA 2014 (importação definitiva)
3.1 - Quem são os beneficiários da importação com isenção
Podem realizar essas importações (art. 1º da IN RFB nº 1.293, de 2012):
•
•
•
•
•
•
•
•
a FIFA;
Subsidiária FIFA no Brasil;
Confederações FIFA;
Associações estrangeiras membros da FIFA;
Parceiros Comerciais FIFA domiciliados no exterior;
Emissora Fonte da FIFA; e
os Prestadores de Serviço FIFA domiciliados no exterior;
a pessoa física ou jurídica contratada por qualquer dos entes acima referidos como
responsável pela logística ou pelo desembaraço aduaneiro (art. 1º, parágrafo único, VIII).
3.2 - Bens a que se aplica e vedações
Qualquer tipo de mercadoria (nova ou usada) utilizada na organização e execução dos
Eventos relacionados com a Copa do Mundo de 2014 pode ser importado com isenção, EXCETO os
bens chamados “duráveis” pela Lei nº 12.350, de 2013, com valor superior a R$ 5.000,00 (cinco mil
reais), que poderão ser importados no regime de admissão temporária (veja a Seção 2 deste Guia).
São bens duráveis, nos termos do inciso XIII do art. 2º da Lei nº 12.350, de 2010, os bens
cuja “vida útil” ultrapasse a 1 (um) ano.
Entende-se por “vida útil”, para os fins deste Guia, o prazo provável de duração de um bem
em condições ordinárias de utilização.
Considera-se o valor referido acima como sendo o valor unitário da mercadoria, assim
entendido o seu valor aduaneiro por “unidade de medida estatística”. Em geral, o valor aduaneiro
corresponde ao preço do bem acrescido das despesas de frete e seguros incorridas na importação.
A unidade de medida estatística é informada automaticamente no Siscomex ao se preencher
o campo NCM da Ficha Mercadoria da declaração.
Ressalte-se que a indicação de unidade de medida estatística diferente daquela prevista no
Siscomex para o correspondente código na mercadoria na Nomenclatura Comum do Mercosul
(NCM) é infração, punível com a multa de 1% (um por cento) do valor da mercadoria, e nunca
inferior a R$ 500,00 (art. 84, II da Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001).
Não há restrições quanto ao tipo e à quantidade dos bens passíveis de serem importados,
desde que sejam utilizados para os fins previstos no caput do art. 3º da Lei nº 12.350, de 2010: uso
ou consumo exclusivo na organização e realização dos Eventos oficialmente organizados
chancelados, patrocinados ou apoiados pela FIFA, pela Subsidiária FIFA no Brasil, pelo Comitê
34
Organizador Brasileiro Ltda (LOC) ou pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Ressalve-se,
porém, que há proibições e restrições relativas à defesa sanitária, segurança pública e meio
ambiente, que restringem, por exemplo, a importação de alimentos sem o devidos certificado
sanitário internacional ou de medicamentos e material médico sem a autorização da ANVISA. Para
maiores informações consulte o Sistema de Vigilância Agropecuária (VIGIAGRO) e a Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
3.3 - Restrições e condições
Para utilizar o benefício, é necessária a habilitação do importador perante a Receita Federal
do Brasil (aduana), nos termos da IN RFB nº 1.289, de 2012. E, considerando que os despachos de
importação com isenção tributária só podem ser realizados no Siscomex, o importador também
precisa estar habilitado para operar esse sistema, conforme os procedimentos previstos na IN RFB
1.288, de 2012.
Para a habilitação na forma da IN RFB nº 1.289, de 2012, os entes domiciliados no exterior
precisam indicar representante inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e de realizar sua
própria inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa de Pessoa Jurídica (CNPJ), conforme as
disposições do art. 4º dessa IN.
São condições para o gozo da isenção tributária:
•
•
importação de bens ou mercadorias para uso ou consumo exclusivo na organização ou
realização do evento habilitado pela FIFA ou pela Subsidiária FIFA no Brasil; e
apresentação à Receita Federal do Brasil (aduana), previamente ao despacho aduaneiro, de
relação detalhada dos bens a serem importados contendo as seguintes informações (§2º do
art.10 do Decreto nº 7.578, de 2011):
✔ classificação fiscal dos bens;
✔ indicação do valor unitário dos bens; e
✔ quantidade e destinação finalística dos bens.
3.3.1 - Importações realizadas pelas Confederações FIFA e pelas Associações estrangeiras
membros da FIFA (delegações esportivas estrangeiras) por intermédio de operador logístico
As importações realizadas pelas Confederações FIFA e pelas Associações estrangeiras
membros da FIFA (delegações esportivas) por intermédio de um responsável domiciliado no Brasil
contratado para realizar a logística ou o desembaraço aduaneiro, devidamente habilitado na forma
da IN RFB nº 1.289, de 2012, dispensa:
•
•
a habilitação do contratante domiciliado no exterior na forma dessa IN RFB nº 1.289, de
2012 (art. 3º, §2º, in fine, da Lei nº 12.350, de 2010; combinado com o art. 1º, parágrafo
único, VIII, e com art. 2º, § 8º, I, da IN RFB nº 1.293, de 2012);
a habilitação do contratante domiciliado no exterior para operar no Siscomex (art. 2º, §5º, II
da IN RFB nº 1.293, de 2012).
A habilitação do operador logístico na forma da IN RFB nº 1.289, de 2012, requerida com o
uso do formulário constante do Anexo II dessa IN, será realizada mediante a expedição de Ato
Declaratório Executivo (ADE) pela Delegacia da Receita Federal (DRF) do Rio de Janeiro 2,
localizada no bairro da Barra da Tijuca, com fundamento no caput do art. 8º da IN RFB nº 1.289, de
2012, e nos termos deste Guia.
35
Ressalve-se que o operador logístico habilitado na forma do parágrafo acima somente terá
direito às isenções fiscais previstas no art. 9º da Lei nº 12.350, de 2010, se for estabelecido como
sociedade com finalidade específica para o desenvolvimento de atividades diretamente relacionadas
à realização dos Eventos previsto nessa lei. Em caso contrário, o operador logístico apenas poderá
realizar importações com os benefícios dessa lei para a Confederação FIFA ou a Associação
estrangeira membro da FIFA destinatária dos bens importados.
Um operador logístico pode atuar para clientes diferentes, mas os despachos aduaneiros
deverão ser individualizados para cada contratante. Observe-se as orientações do item 3.5 abaixo.
Observe-se que a falta de habilitação na forma da IN RFB nº 1.289, de 2012, da
Confederação FIFA ou Associação estrangeira membro da FIFA, impede a fruição dos demais
benefícios (os relativos aos tributos internos) previstos para os Eventos da FIFA, instituídos pela Lei
nº 12.350, de 2.010.
3.4 - Transferência de bens a terceiros
Dentro do prazo de 5 (cinco) anos do registro da declaração de importação, bens duráveis,
de valor unitário até R$ 5.000,00 importados com isenção não poderão ser transferidos a terceiros
sem o pagamento dos tributos incidentes na importação, ressalvada a hipótese de transferência,
mediante doação, a pessoa contemplada com isenção tributária prevista no art. 5º da Lei nº 12.350,
de 2010, a saber:
•
•
•
a União ou a outras pessoas jurídicas de direito público;
entidades beneficentes de assistência social, certificadas nos termos da Lei nº 12.101, de 27
de novembro de 2009, desde que atendidos os requisitos do art. 14 da Lei nº 5.172, de 25 de
outubro de 1966, e do § 2º do art. 12 da Lei no 9.532, de 10 de dezembro de 1997;
entidades sem fins lucrativos desportivas ou outras pessoas jurídicas cujos objetos sociais
sejam relacionados à prática de esportes, desenvolvimento social, proteção ambiental ou
assistência a crianças, desde que atendidos os requisitos das alíneas a a g do § 2º do art. 12
da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997.
Caso ocorra essa transferência para pessoa diferente das acima referidas, os valores dos
tributos isentos no momento da importação deverão ser recolhidos, com as seguintes reduções
proporcionais em razão da depreciação do valor dos bens pelo efeito do decurso do tempo (art. 124
e 126 do Decreto nº 6.759, de 2009):
•
•
•
•
•
até doze meses: 0%;
mais de doze e até vinte e quatro meses: 25% ;
mais de vinte e quatro e até trinta e seis meses: 50%;
mais de trinta e seis e até quarenta e oito meses: 75%; e
mais de quarenta e oito e até sessenta meses: 90%.
Após o prazo de cinco anos, a transferência desses bens é isenta de tributação.
Em qualquer hipótese referida neste item, o fato deve ser comunicado à Receita Federal do
Brasil (aduana), para que essa averbe na correspondente declaração de importação, ou no processo
respectivo, a transferência de beneficiário da isenção ou a extinção do benefício fiscal (no caso de
pagamento dos tributos). Essa comunicação deve ser realizada pelo importador, identificando o
36
bem, sua declaração de importação de origem e, no caso de transferência a terceiro com o mesmo
benefício fiscal, deve ser juntado também o Termo de Doação e Recebimento (TDR) referido no
art. 8º , I, da IN RFB nº 1.313, de 2012; e no caso de pagamento dos tributos (extinção do
benefício), é dispensado o TDR, mas exigida a juntada dos correspondentes Documentos de
Arrecadação de Receitas Federais (DARF) recolhidos pelo importador.
3.5 - Procedimento
A importação com benefício da isenção prevista no art. 3º da Lei nº 12.350, de 2010,
observará o rito procedimental da IN RFB nº 1.293, de 2012. Subsidiariamente, aplicam-se as
regras gerais para o despacho aduaneiro de importação da IN SRF nº 680, de 2006, e da IN RFB nº
611, de 2006, relativamente ao uso de DSI eletrônica no Siscomex.
Ressalte-se que a Receita Federal do Brasil (aduana) só age a requerimento do interessado. A
simples chegada de uma carga no Brasil não permite que a fiscalização aduaneira adote providência
para o seu desembaraço sem que o importador tenha registrado uma DI ou DSI eletrônica
apontando o regime aduaneiro pretendido (entreposto, reexportação, consumo, admissão temporária
etc).
Para as importações despachadas mediante DI, o importador poderá monitorar a situação de
suas cargas e a evolução do despacho aduaneiro por meio do aplicativo “Importador” da Receita
Federal do Brasil na Apple Store (para dispositivos iOS) ou Play Store (para dispositivos Android).
3.5.1 - Instrumento e intermediação de operador logístico
A importação para consumo com a isenção do art. 3º da Lei nº 12.350, de 2010, exige o
despacho aduaneiro realizado no Siscomex (art. 7º da IN RFB nº 1.313, de 2012).
O despacho aduaneiro para importação de bens com isenção tributária pode ser realizado
com base em Declaração de Importação (DI), ou Declaração Simplificada de Importação eletrônica
(DSI eletrônica) - art. 10 da IN RFB nº 1.293, de 2012. Contudo, NÃO se pode utilizar DSI
eletrônica:
•
•
para importações em valor superior a US$ 3.000,00 (três mil dólares dos EUA) ou o
equivalente em outra moeda (inciso II do art. 3º da IN RFB nº 611, de 2006);
nas importações realizadas na modalidade “por encomenda” ou por conta e ordem”, nos
termos da Instruções Normativas SRF nºs 634, de 2006, e 225, de 2002, respectivamente, só
admitem formalização por meio de DI, e só podem ser realizadas se o adquirente estiver
estabelecido no Brasil (pois o Siscomex exige o número do CNPJ tanto do importador
quanto do adquirente).
A importação pode ser realizada diretamente pelo beneficiário, ou seja, com a DI ou DSI
eletrônica registrada em seu próprio nome, ou realizada por um intermédio de um operador
logístico, que registrará a declaração de importação no nome deste. Essa intermediação pode ser
realizada sob três formas diferentes:
•
•
•
importação por conta e ordem (IN SRF nº 225, de 2002);
importação por encomenda (IN SRF nº 634, de 2006), exclusiva para a revenda de
mercadorias; e
prestação de serviço de logística.
37
As duas primeiras formas exigem que o contratante do operador logístico seja pessoa
jurídica estabelecida no Brasil, sendo que a importação por encomenda é restrita para revenda de
mercadorias. Nessas duas hipóteses, o adquirente ou encomendante deve requerer à Receita Federal
do Brasil, nas formas da IN SRF nº 225, de 2002, ou da IN SRF nº 634, de 2006, conforme o caso,
o reconhecimento de seu vínculo contratual com o importador (operador logístico).
A terceira hipótese – prestação de serviços de logística - pode permitir, em certos casos, que
o contratante não seja estabelecido no Brasil.
As importações por conta e ordem ou por encomenda só podem ser realizadas por meio de
DI, pois o Siscomex exige o número do CNPJ tanto do importador quanto do
adquirente/encomendante.
Exclusivamente, para as importações realizadas em benefício de Confederação FIFA ou
Associação estrangeira membro da FIFA, admite-se que esses entes não precisam ser estabelecidos
no Brasil (ou seja, não precisam ter Base Temporária de Negócios), hipótese na qual seu operador
logístico deve estar habilitado nos termos da IN RFB nº 1.289, de 2012. Nesse caso, o operador
logístico contratado deve identificar o contratante e seu país de domicílio no campo de Informações
Complementares da DI ou da DSI eletrônica no Siscomex, bem como o respectivo Ato Declaratório
Executivo (ADE) que habilitou o operador.
O operador logístico, na hipótese acima, deverá também fazer prova, no curso do despacho
aduaneiro, de que tem relação contatual para prestar serviços de logística para o ente domiciliado no
exterior, conforme dispõe o art. 2º, §8º, II, “a”, da IN RFB nº 1.293, de 2012 (veja a resposta à
pergunta 9 da Seção 2, deste Guia).
Para essa prova, em substituição ao instrumento de contrato, pode ser utilizada declaração
do contratante domiciliado no exterior, dirigida à Receita Federal do Brasil, de que o operador
logístico foi contratado para prestar-lhe serviços logísticos e de despacho aduaneiro para os fins de
sua participação na Copa do Mundo de 2014. Observe-se que os documentos pertinentes deverão
ser traduzidos para o português, quando firmados em outro idioma.
3.5.2 - Requisito prévio ao registro de Declaração de Importação (DI) ou Declaração
Simplificada de Importação eletrônica (DSI eletrônica) no Siscomex
É condição para essa isenção a apresentação à Receita Federal do Brasil (aduana), prévia ao
registro de DI ou DSI eletrônica, de relação detalhada dos bens a serem importados contendo a
seguintes informações (§ 2º do art.10 do Decreto nº 7.578, de 2011):
•
•
•
a classificação fiscal dos bens;
indicação do valor unitário dos bens; e
quantidade e destinação dos bens.
Essa relação deve ser apresentada na unidade da Receita Federal do Brasil (aduana) onde
ocorrerá o despacho aduaneiro.
Observe-se que é possível a apresentação desse documento e dos outros que instruirão o
despacho de importação por meio do Programa Gerador de Juntada de Documentos (PGS), na
forma da IN RFB nº 1.412, de 2013. Essa facilidade dispensa a apresentação física de documentos
38
na Receita Federal do Brasil (aduana).
Para a entrega digital de documentos por meio do PGS, o interessado, com observâncias dos
termos dos arts. 4º e 5º da IN RFB nº 1.412, de 2013, deverá solicitar a formação de dossiê digital
de atendimento na unidade da RFB onde ocorrerá o despacho aduaneiro, mediante apresentação do
formulário eletrônico denominado "Solicitação de Dossiê Digital de Atendimento". Outras
informações sobre a entrega digital de documentos poderão ser consultadas no link:
http://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaFisicaeJuridica/SolicitacaoJuntada/DocumentosDigitais/D
efault.htm
Para o registro da DI ou da DSI eletrônica, o importador deve cumprir os requisitos de
licenciamento segundo as regras do Siscomex de cada um desses instrumentos, lembrando que não
é possível utilizar a DSI eletrônica para importações com valores acima de US$ 3.000,00 ou o
equivalente em outra moeda.
Uma vez cumprido esse requisito, o importador poderá adiantar o despacho aduaneiro
mediante o registro antecipado da DI, isto é, o importador NÃO precisa aguardar a chegada e a
armazenagem da carga procedente do exterior para registrar sua declaração no Siscomex (art. 8º da
IN RFB nº 1.293, de 2013). Todavia, não é possível o registro antecipado da DSI eletrônica no
Siscomex, tendo em conta sua impossibilidade de retificação.
3.5.3 - Instrução da Declaração de Importação (DI) ou Declaração Simplificada de
Importação eletrônica (DSI eletrônica)
Instruem a DI ou DSI eletrônica:
•
•
•
•
o conhecimento de carga ou aquele que o substitua na forma da legislação aduaneira (por
exemplo: a e-DBV, nas hipóteses de bens trazidos como bagagem destinados a pessoas
jurídicas, conforme o § 2º do art. 44 da IN RFB nº 1.059, de 2010);
o romaneio de carga (packing list) quando se tratar de mercadorias acondicionadas em
volumes;
instrumento de mandato do despachante aduaneiro, quando for o caso (se já não incluído no
dossiê digital); e
prova da relação contratual para prestação de serviços de logística, caso o importador seja o
próprio operador logístico (se já não incluído no dossiê digital).
Não será exigida a fatura para instrução da DI (art. 9º da IN RFB nº 1.293, de 2012).
Não será exigido o conhecimento de carga nos despachos acobertados por Conhecimento de
Eletrônico (CE) nos modais de transporte aquaviário, quando transportada por meios próprios
(semoventes) ou em mãos.
3.5.4 - Caso de indeferimento do desembaraço aduaneiro
Na hipótese de não ocorrer o reconhecimento da isenção, a entrega da mercadoria ficará
condicionada ao recolhimento dos tributos devidos na importação. Caso o importador não concorde
com o recolhimento, poderá apresentar manifestação de inconformidade à Receita Federal do Brasil
(aduana), após o qual ocorrerá a lavratura do auto de infração. A liberação da mercadoria objeto do
auto dependerá do recolhimento dos tributos lançados ou da apresentação de garantia, conforme
disposto na Portaria MF nº 389 de 1976.
39
3.5.5 - Entrega da mercadoria ao importador
A entrega da mercadoria deve ser providenciada pelo importador com a empresa responsável
por sua armazenagem aduaneira. Essa somente a entregará após autorização da autoridade fiscal e
estará condicionada ainda:
•
•
à apresentação ao depositário da Guia de Liberação de Mercadoria Estrangeira sem
Comprovação do Recolhimento do ICMS (GLME), na forma do Convênio ICM nº 10/81,
emitida pela autoridade fazendária dos Estados ou do Distrito Federal;e
no caso de mercadorias transportadas nos modais aquaviários, à:
✔ vinculação no sistema Mercante, pelo importador, do Número Identificador de
Carga (NIC) indicado na declaração de importação ao correspondente
Conhecimento de Carga Eletrônico (CE);
✔ inexistência de retenção pelo armador (por falta de pagamento do frete ou o
pagamento de contribuição por avaria grossa declarada), conforme o ar. 40 da IN
RFB nº 800, de 27 de dezembro de 2007.
A legislação aduaneira (art. 47 da IN SRF nº 680, de 2006) prevê diversas hipótese em que o
importador pode requerer a entrega dos bens importados antes da conclusão da conferência
aduaneira (antes do desembaraço dos bens), por exemplo:
•
•
indisponibilidade de estrutura física suficiente para a armazenagem ou inspeção da
mercadoria no recinto do despacho ou em outros recintos alfandegados próximos; e
necessidade de montagem complexa da mercadoria para a realização de sua conferência
física.
3.6 - Exportação de bens
A qualquer tempo, os bens importados na forma tratada nesta seção, ou adquiridos no mercado
nacional, poderão ser exportados. E estas exportações poderão ser despachadas por meio de:
•
•
•
•
•
•
remessa postal - hipótese em que os trâmites aduaneiros são integralmente realizados pela
Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) -, se o valor dos bens exportados não exceder a
US$ 1.000,00 (mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra
moeda, e desde que a remessa seja feita sem cobertura cambial;
Declaração Simplificada de Exportação formulário (DSE formulário), se o valor dos bens
exportados não ultrapassar a US$ 1.000,00 (mil dólares dos Estados Unidos da América) ou
o equivalente em outra moeda, e desde que a remessa seja feita sem cobertura cambial;
como bagagem acompanhada, se valor dos bens for de até US$ 2.000,00 (dois mil dólares
dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda;
empresa de transporte de courier, se o seu valor não exceder a US$ 5.000,00 (cinco mil
dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda, e desde que a
remessa seja feita sem cobertura cambial;
Declaração Simplificada de Exportação eletrônica (DSE eletrônica), registrada no Siscomex,
pelo exportador ou seu operador logístico, se o valor dos bens não ultrapassar a US$
50.000,000 (cinquenta mil dólares dos Estados Unidos) ou o seu equivalente em outra
moeda;
Declaração de Exportação (DE), registrada no Siscomex, pelo exportador ou seu operador
40
logístico, independentemente de valor.
Observe-se que os despachos realizados por meio de declaração registrada no Siscomex
exigem que aquele que o que registra a declaração esteja estabelecido no Brasil e esteja habilitado a
operar o referido sistema.
3.7 - Perguntas e Respostas
1) Quais procedimentos devem ser observados pela Confederação FIFA e Associação
estrangeira membro da FIFA, não habilitadas na forma da IN RFB nº 1.289, de 2012, para
contratarem pessoa física ou jurídica como responsável pela logística ou pelo desembaraço
aduaneiro?
Afora a exigência de habilitação do operador logístico nos termos da IN RFB nº 1.289, de 2012, que
deve ser requerida pela FIFA ou Subsidiária FIFA no Brasil na forma de seu art. 8º, não há um
procedimento da Receita Federal do Brasil (aduana) para essa contratação, mas apenas elementos
que decorrem das legislação civil.
Nos termos dessa legislação, o contratado (operador logístico) deve comprovar que tem relação
contratual com a entidade mencionada na pergunta; que a pessoa que representa o operador
logístico tenha os poderes ou mandato para isso; e que o instrumento que comprove a relação
contratual mencione os serviços de que cuida esta pergunta.
Assim, a pessoa que se apresenta como operador logístico contratado deve fazer prova dessa
condição perante a Receita Federal do Brasil (aduana), mediante requerimento onde o qualifica
como operador logístico, o seu responsável ou representante legal, e qualifica a entidade estrangeira
que lhe contratou e o respectivo representante, bem como o objeto da contratação, munido dos
seguintes elementos:
•
de parte do operador logístico:
- cópias do contrato social, estatuto e outros documentos fundacionais da pessoa jurídica
e dos atos de investidura do seu responsável legal (rubricadas pelo requerente);
- cópias dos documentos de identidade das pessoas que assinam o requerimento para a
Receita Federal do Brasil (aduana) e o contrato com a entidade estrangeira (rubricadas
pelo requerente);
- instrumento de mandato para os representantes que assinaram o requerimento e o
contrato, quando for o caso, com os poderes para praticar esses atos;
- cópia do instrumento de contrato ou de declaração da entidade estrangeira que o
operador logístico encontra-se contatado para a realização de serviços para a Copa do
Mundo de 2014 e, se em idioma estrangeiro, sua tradução juramentada no Brasil.
•
da parte da entidade estrangeira contratante:
- cópia do documento de identidade da pessoa que assina o contrato ou declaração de
existência de contrato, com sua assinatura;
- cópia do contrato social, estatutos e outros documentos fundacionais da pessoa jurídica
estrangeira e dos atos de investidura do seu responsável legal;
- cópia do instrumento de mandato para o representante assinado pelo responsável,
quando for o caso; e
- traduções juramentadas no Brasil do contrato social, estatutos e outros documentos
fundacionais, do instrumento de mandato e do documento de identidade do signatário
41
quando for o caso, se os originais estiverem em idioma estrangeiro.
O requerimento deve ainda relacionar todos os documentos e cópias de documentos que o
acompanham, informar o número de páginas de cada um, consignar que todos correspondem à
verdade dos fatos e rubricar todas as folhas.
2) A doação de bens duráveis, importados com isenção, para pessoa jurídica referida no art. 5º
da Lei nº 12.350, de 2010, exige despacho de nacionalização, tal como ocorre com a doação de
bens importados no regime de admissão temporária?
Não. Os bens importados com isenção estão nacionalizados desde o seu desembaraço. Portanto, não
há que se falar em novo despacho aduaneiro, porém o doador deve comunicar à unidade da Receita
Federal do Brasil (aduana) a doação, e juntar o TDR referido no art. 8º, I da IN RFB nº 1.313, de
2012, para fins de averbação de transferência de beneficiário da isenção na respectiva declaração de
importação ou no respectivo processo.
3) A transferência de bens duráveis, importados com isenção, para pessoa jurídica diversa da
referida no art. 5º da Lei nº 12.350, de 2010, exige despacho de nacionalização, tal como
ocorre com a doação de bens importados no regime de admissão temporária?
Não. Exige-se o recolhimento dos tributos devidos e a apresentação do correspondente Documento
de Arrecadação de Receitas Federais (DARF), e a identificação do bem objeto do pagamento
tributário e da corresponde DI/adição ou DSI pela qual foi despachado, mediante comunicação para
a unidade da Receita Federal do Brasil (aduana) que executou o despacho aduaneiro, para que essa
unidade averbe na respectiva declaração de importação ou no respectivo processo a extinção do
benefício fiscal. A falta dessa comunicação pode ensejar o lançamento de ofício dos tributos com
acréscimos moratórios em ação de fiscalização pela Receita Federal do Brasil (aduana).
3.8 - Normas aplicáveis
Instruções Normativas RFB nºs 1.313, de 28 de dezembro de 2012, 1.293, de 21 de setembro de
2012, e Instruções Normativas SRF nºs 680, de 2 de outubro de 2006 e 611, de 18 de janeiro de
2006.
42
SEÇÃO 4
Importação de cargas com isenção tributária por intermédio de empresas de
transporte de courier internacional para os Eventos relacionados à Copa do
Mundo FIFA 2014
4.1 - Quem pode utilizar
Podem realizar essas importações (§ 2º do art. 3º da Lei nº 12.350, de 2010):
•
•
•
•
•
•
•
FIFA;
Subsidiária FIFA no Brasil;
Confederações FIFA;
Associações estrangeiras membros da FIFA (delegações esportivas);
Parceiros Comerciais FIFA domiciliados no exterior;
Emissora Fonte da FIFA; e
os Prestadores de Serviço domiciliados no exterior.
4.2 - Quais bens estão sujeitos ou vedados
Qualquer tipo de bem utilizado na organização e execução dos Eventos relacionados com a
Copa do Mundo de 2014 pode ser importado, ressalvado que não se admite essa forma de
importação para:
•
•
•
•
•
bebidas alcoólicas;
fumo e produtos de tabacaria;
armas e munições;
moeda corrente; e
mercadorias destinadas ao comércio ou industrialização.
Não podem ser despachadas na forma própria de courier as importações de bens cujo valor
seja superior a US$ 3.000,00 (três mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em
outra moeda, os quais poderão ser despachados como carga, na forma das Seções 2 ou 3 deste Guia,
conforme se trate de admissão temporária ou importação com isenção tributária, respectivamente.
Para fins de cálculo do valor acima referido (valor aduaneiro), considera-se o valor dos bens
importados acrescido da importância paga (ou a pagar) pelo destinatário à empresa de courier pelo
transporte até o endereço desse no Brasil e, se contratado, da importância do seguro de transporte
internacional paga (ou a pagar) pelo destinatário. As despesas acima referidas suportadas pelo
remetente (incluídas no preço do bem) não são acrescidas ao valor aduaneiro .
4.3 - Restrições e condições
Para utilizar o benefício previsto no art. 3º da Lei nº 12.350, de 2010, é necessária a
habilitação do destinatário dos bens importados perante a Secretaria da Receita Federal do Brasil
(aduana), nos termos da IN RFB nº 1.289, de 2012.
43
Observe-se que os domiciliados no exterior, para se habilitarem na forma da IN RFB nº
1.289, de 2012, precisam indicar representante inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e de
realizar sua própria inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa de Pessoa Jurídica (CNPJ), conforme
as disposições do art. 4º dessa IN RFB.
Essas importações só podem ser realizadas por intermédio de empresas de transporte de
courier habilitadas perante a Secretaria da Receita Federal do Brasil (aduana). Em 28 de fevereiro,
as empresas habilitadas eram:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
AIR LINK EXPRESS LTDA;
CGF TRANSPORTES INTERNACIONAIS LTDA;
CRIFER COURIER TRANSPORTES INTERNACIONAIS LTDA;
CSW EXPRESS TRANSPORTES LTDA;
DHL WORLDWIDE EXPRESS BRASIL LTDA;
DKU REMESSAS EXPRESSAS - EIRELI – EPP;
ENCOMENDAS E TRANSPORTES DE CARGAS PONTUAL LTDA;
FEDERAL EXPRESS CORPORATION;
HALLEY EXPRESS COMISSARIA DE DESPACHOS E REPR. LTDA;
INTERNACIONAL LATINO AMERICANA DE SERVIÇOS LTDA;
LOG3 LOGISTICA LTDA - EPP;
MESSENGER EXPRESS TRANSPORTES INTERNACIONAIS LTDA;
OCS YACON RIO DE JANEIRO SERVIÇOS DE COURIER S/C LTDA;
PHOENEX CARGO AGENCIAMENTO DE CARGA AÉREA LTDA;
QUALITY PLUS CONS ENC E SEV INTL LTDA;
SKY EXPRESS COURIER S/C LTDA;
SKYNET WORLDWIDE EXPRESS SERVIÇOS DE COURIER LTDA;
SKYPOSTAL SERVIÇOS DE COURIER LTDA;
SKYRACER EXPRESS LTDA;
SMART EXPRESS SERVIÇOS EXPRESSOS;
TALUZZO AGENCIAMENTO DE CARGAS EXPRESSAS LTDA;
TAM LINHAS AEREAS S/A;
TEX COURIER LTDA;
TNT EXPRESS BRASIL LTDA;
UPS DO BRASIL REMESSAS EXPRESSAS LTDA; e
WORLD COURIER DO BRASIL TRNSP. INTERNACIONAIS LTDA.
Para conhecer a relação de empresas habilitadas ao transporte de courier, consulte a página
da Receita Federal do Brasil na internet: http://www.receita.fazenda.gov.br/aduana/rts.htm.
4.4 - Transferência de bens a terceiros
Dentro do prazo de 5 (cinco) anos do registro da declaração de importação, bens duráveis,
de valor unitário até R$ 5.000,00 importados com isenção não poderão ser transferidos a terceiros
sem o pagamento dos tributos incidentes na importação, ressalvada a hipótese de transferência,
mediante doação, a pessoa contemplada com isenção tributária prevista no art. 5º da Lei nº 12.350,
de 2010, a saber:
•
a União ou a outras pessoas jurídicas de direito público;
44
•
•
entidades beneficentes de assistência social, certificadas nos termos da Lei nº 12.101, de 27
de novembro de 2009, desde que atendidos os requisitos do art. 14 da Lei nº 5.172, de 25 de
outubro de 1966, e do § 2º do art. 12 da Lei no 9.532, de 10 de dezembro de 1997;
entidades sem fins lucrativos desportivas ou outras pessoas jurídicas cujos objetos sociais
sejam relacionados à prática de esportes, desenvolvimento social, proteção ambiental ou
assistência a crianças, desde que atendidos os requisitos das alíneas a a g do § 2º do art. 12
da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997.
Caso ocorra essa transferência para pessoa diferente das acima referidas, os valores dos
tributos isentos no momento da importação deverão ser recolhidos, com as seguintes reduções
proporcionais em razão da depreciação do valor dos bens pelo efeito do decurso do tempo (art. 124
e 126 do Decreto nº 6.759, de 2009):
•
•
•
•
•
até doze meses: 0%;
mais de doze e até vinte e quatro meses: 25% ;
mais de vinte e quatro e até trinta e seis meses: 50%;
mais de trinta e seis e até quarenta e oito meses: 75%; e
mais de quarenta e oito e até sessenta meses: 90%.
Após o prazo de cinco anos, a transferência desses bens é isenta de tributação.
Em qualquer hipótese referida neste item, o fato deve ser comunicado à Receita Federal do
Brasil (aduana), para que essa averbe na correspondente declaração de importação, ou no processo
respectivo, a transferência de beneficiário da isenção ou a extinção do benefício fiscal (no caso de
pagamento dos tributos). Essa comunicação deve ser realizada pelo importador, identificando o
bem, sua declaração de importação de origem e, no caso de transferência a terceiro com o mesmo
benefício fiscal, deve ser juntado também o Termo de Doação e Recebimento (TDR) referido no
art. 8º , I, da IN RFB nº 1.313, de 2012; e no caso de pagamento dos tributos (extinção do
benefício), é dispensado o TDR, mas exigida a juntada dos correspondentes Documentos de
Arrecadação de Receitas Federais (DARF) recolhidos pelo importador.
4.5 - Procedimento
Na importação por meio de empresa de transporte de courier, esta assume e executa todos os
procedimentos para a entrada dos bens no país e para o seu desembaraço aduaneiro, entregando os
bens importados ao destinatário na condição de nacionalizados, livres para utilização, no endereço
no Brasil consignado pelo remetente.
O remetente deverá entregar ao transportador internacional courier a fatura comercial
(invoice) ou fatura proforma, para fins de comprovar o valor dos bens remetidos aos Brasil, e
apresentar o Ato Declaratório Executivo (ADE) para comprovação da concessão da habilitação do
destinatário perante a RFB. As pessoas habilitadas aos benefícios da Lei nº 12.350, de 2010,
poderão ser consultadas no link:
http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/RegimePessoasHabilitadasParaAsCopas/RelacaodasP
JIN1211.htm
O destinatário dos bens (o importador) não tem qualquer participação nos procedimentos
aduaneiros, e não tem relacionamento com a Receita Federal do Brasil (aduana), mas apenas com a
empresa de courier.
45
Para que a isenção nas importações concedida aos entes referidos acima, pela Lei nº 12.750,
de 2010, seja reconhecida pela Receita Federal do Brasil (aduana), é indispensável que:
•
•
•
•
o remetente, no exterior, informe à empresa de transporte de courier o número de inscrição
do destinatário no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) do destinatário no Brasil;
o remetente instrua a empresa de transporte de courier a informar, na Declaração de
Importação de Remessa Expressa (DIRE), que a importação é isenta de tributação com
fundamento no art. 3º da Lei nº 12.350, de 2010;
o destinatário esteja habilitado aos benefícios da referida lei na forma da IN RFB nº 1.289,
de 2012;
o remente junte à embalagem de remessa ao Brasil, a relação dos bens enviados, com
indicação de seu valor unitário, quantidade e destinação finalística.
A Receita Federal do Brasil (aduana) não pode reconhecer o direito a isenção tributária se
esse não for solicitado pela empresa de transporte de courier, por meio da referida DIRE.
As importações não isentas estão sujeitas à incidência do imposto de importação calculado
pela alíquota de 60% (sessenta por cento do valor aduaneiro dos bens). A depender do estado da
federação do endereço do destinatário, pode haver também a incidência do Imposto sobre
Circulação de Mercadorias (ICMS).
Os tributos devidos são recolhidos pela empresa de transporte, cabendo ao destinatário
ressarci-la por essa despesa, na forma do contrato de transporte.
A importação de documentos não sofre qualquer tributação. Livros, jornais e periódicos
também têm suas importações totalmente isentas de tributos, independentemente de habilitação a
este benefício pelo destinatário, mas estes também sofrem a mesma limitação de valor para
despacho na forma de courier, ou seja, o valor dos mesmos não pode ultrapassar a US$ 3.000,00.
4.6 - Perguntas e Respostas
1) Qual é o prazo de liberação pela Receita Federal do Brasil (aduana) dos bens importados
por meio empresas de transporte internacional de courier?
Geralmente, os bens importados dessa forma são liberados no mesmo dia em que declarados e
apresentados à Receita Federal do Brasil (aduana) pela empresa de courier. Mas, no caso de nos
casos de remessas retidas pela fiscalização da RFB para apresentação de esclarecimentos pelo
destinatário, e de produtos sujeitos a controles sanitários, como equipamentos médicos ou
alimentos, antes da liberação pela Receita Federal do Brasil (aduana), eles devem ser inspecionados
pelos órgãos do Governo Federal que realizam esses controles e terem suas importações autorizadas
por eles, podendo elevar o prazo de liberação para mais de dois dias.
2) Bens importados podem ser despachados na Receita Federal do Brasil (aduana) por meio
de courier pessoa física, isto é, por meio de um viajante internacional que traz em sua
bagagem bens destinados a um terceiro?
Não. Bens procedentes do exterior podem ser trazidos na bagagem acompanhada de um viajante
para uma terceira pessoa destinatária dos mesmos no Brasil, mas NÃO podem ser despachados na
Receita Federal do Brasil (aduana) pelo viajante (courier).
46
Nessa situação, o courier deve declarar, por meio de sua Declaração Eletrônica de Bens de Viajante
(e-DBV), estar portando bens destinados a terceira pessoa, identificando seu destinatário nessa
declaração. Ao chegar ao Brasil, os bens assim declarados serão retidos pela Receita Federal do
Brasil (aduana) e aguardarão que o destinatário identificado na e-DBV promova o seu despacho
aduaneiro, hipótese em que a importação poderá ser realizada de acordo com os procedimentos
descritos nas seções 3 ou 4, conforme se trate de importação no regime de admissão temporária ou
com isenção tributária.
3) Como é determinado o valor dos bens importados?
O valor dos bens deve ser informado pelo remetente à empresa de transporte internacional de
courier e comprovado por meio de fatura comercial (invoice), no caso de remessa que corresponda
a uma operação de compra e venda, ou por meio de fatura proforma, com base no valor do bem
fixado em contrato (de comodato ou arrendamento, por exemplo) ou no valor contábil (no caso de
transferência de bem do patrimônio do remetente para seu próprio uso no Brasil). A fatura ou fatura
proforma deve acompanhar a encomenda.
Para se calcular o valor aduaneiro da importação, no caso de importação tributada, ao valor dos
bens devem ser acrescidos os valores do transporte até o endereço do destinatário e, quando houver,
o do seguro do transporte internacional.
Cabe ressaltar que, na falta de elementos que comprovem o valor dos bens, a fiscalização aduaneira
poderá valorá-los com base em um dos métodos previstos na IN RFB nº 1.073, de 2010.
Na hipótese do valor dos bens ultrapassar a US$ 3.000,00 (três mil dólares), a importação não
poderá ser despachada na forma dessa seção, devendo o seu despacho ser providenciado na forma
da seção 3 ou da seção 4, conforme se trate de importação no regime de admissão temporária ou
com isenção tributária.
4) A empresa de transporte internacional de courier pode atuar também como operador
logístico como referido nas seções 3 e 4?
Sim. Desde que habilitada na forma da IN RFB nº 1.289, de 2012, a empresa de courier pode atuar
como operador logístico.
5) É possível despachar, por meio de empresa de transporte internacional de courier,
importação de bens no regime de admissão temporária?
Não. Mas observe que os bens de valor aduaneiro unitário de até R$ 5.000,00, (cinco mil reais)
podem ser importados pelos entes referidos no art. 3º da Lei nº 12.350, de 2010, com isenção. Dessa
forma, se essa condição for cumprida e do conjunto de bens importados também for inferior a US$
3.000,00, essa importação poderá ser despachada pela empresa de transporte de courier na forma
desta seção (declarada e registrada por meio de DIRE), com isenção tributária.
4.7 - Normas aplicáveis
Instrução Normativa RFB nº 1.073, de 1º de outubro de 2010; Instrução Normativa RFB nº 1.059,
de 2 de agosto de 2010.
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ANEXOS - Formulários
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Instruções para o preenchimento da DSI formulário
1. Importador:
Nome/Nome Empresarial: nome do importador (pessoa física importadora ou delegação
estrangeira).
CPF/CNPJ: não exigível (exigível apenas para Base Temporária de Negócios, se houver).
Matrícula no MRE: não informar.
Endereço Completo: endereço no Brasil (hotel, centro de treinamento etc).
Passaporte/Carteira de Identidade: informar passaporte ou documento de identidade do
importador ou da pessoa da delegação responsável pelo despacho da bagagem.
Natureza do Evento: evento FIFA.
Nacionalidade: país do importador ou da delegação estrangeira.
Data de desembarque: apenas para o caso de bagagem acompanhada, informar a data do
desembarque da delegação no País (dd/mm/aaaa).
Representante Legal: despachante aduaneiro contratado ou pessoa da delegação responsável pelo
despacho da bagagem.
CPF: não exigível para não-residente.
2. Despacho Aduaneiro:
Valor total dos Bens (US$): valor estimado dos bens em dólares dos EUA.
Valor do frete: valor do frete internacional (se bagagem, não informar).
Valor do seguro: valor em dólares dos EUA do prêmio do seguro, caso contratado.
Valor Aduaneiro: soma do valor dos bens, frete e seguro, convertido em Reais pela taxa de câmbio
do dia do registro da declaração na Aduana.
Taxa de conversão: será informada pela Aduana na data do registro de declaração.
Natureza da Operação: informar: “equipamentos de rádio, televisão e para a imprensa em geral”;
ou “bens de delegação esportiva membro da FIFA – Copa do Mundo de 2014”.
Informações Complementares: observar orientações da Aduana no momento do despacho.
3. Dados sobre a Carga:
Transportador: nome da companhia aérea.
Identificação do Veículo: não informar/informar o número do voo, no caso de delegação
estrangeira.
País de Procedência: informar país de procedência.
Data da Chegada: apenas para carga – a data da chegada da carga no Brasil.
Termo de Entrada: não informar.
Nº do Conhecimento/Etiqueta de Bagagem: número do Air Way Bill (se bagagem, não informar).
Quantidade de volumes: informar quantidade de caixas, malas, bolsas e demais volumes.
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Peso Bruto (kg): apenas para carga (se bagagem, não informar).
Peso Líquido (kg): informar no caso de carga (se bagagem, não informar).
Depositário/Armazém: informar o nome do aeroporto (se bagagem, não informar).
4. Relação de bens:
Item: numerar sequencialmente (01, 02, 03...).
Quantidade: informar quantidade estimada do item.
Unidade: informar unidade de medida (peça, par, kg, l, m, etc.).
Descrição: descrever os bens importados; no caso de delegação estrangeira, informar em
conformidade com a lista dos mesmos apresentada à ANVISA. Exemplos: desfibrilador;
eletrocardiógrafo.
Valor FOB (US$): informar o valor estimado do bem, em dólares dos EUA.
Continua em folha suplementar (S/N): a relação de bens que não couber no formulário deverá ser
apresentada
em
folha
suplementar,
conforme
Anexo
III
do
link:
http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/ins/2006/in6112006.htm
Demonstrativo do cálculo de tributos anexo (S/N): informar “N”.
5. Requisição do Ministério das Relações Exteriores: não informar.
6. Controle Sanitário, Ambiental ou de Segurança: espaço reservado para anuência da ANVISA.
7. Uso exclusivo da RFB: espaço reservado para intervenção.
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Instruções para o preenchimento do Termo de Responsabilidade (TR)
1- Prazo - Admissão Temporária: o prazo do regime de admissão temporária, conforme a IN RFB
nº 1.293, de 2012 (28 de junho de 2016), ou IN RFB nº 1.361, de 2013 (seis meses).
2 - Identificação da Delegação Estrangeira: nome da pessoa (física ou jurídica) ou da delegação
esportiva estrangeira.
3 - Identificação do representante ou operador logístico:
Nome: nome da pessoa que representam o beneficiário.
CPF: nº do CPF, no caso de pessoa residente.
Endereço: endereço, no Brasil, da pessoa que representa o beneficiário.
4- Composição do valor do Termo de Responsabilidade
Valor FOB (US$): valor da mercadoria no ICONTERM FOB, em dólar dos EUA.
Valor CIF (US$): valor da mercadoria no INCOTERM CIF (FOB+frete+seguro), em dólar dos
EUA.
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ÍNDICE REMISSIVO
A
- admissão temporária: 8, 14, 16, 17, 18, 19, 20, 23, 24, 25, 27, 28, 34, 37 e 43.
- alimentos: 8, 9, 11, 35 e 46.
- animais: 8,9 e 15.
- ANVISA: 11, 13, 14, 15, 29, 35 e 57.
- armas: 8, 9, 11 e 43.
B
- bagagem: 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 19, 21, 25, 39, 40 e 46.
- bebidas alcoólicas: 8, 9, 12, 16 e 43.
- bens duráveis: 8, 11, 17, 28, 30, 34, 36, 42 e 44.
C
- cargas: 9, 14, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 25, 26, 34, 37, 39, 40 e 43.
- cigarros, charutos e tabacos: 8, 10, 12 e 16.
- courier: 14, 16, 40, 43, 44, 45, 46 e 47.
D
- declaração de bagagem acompanhada (DBA): 9, 11, 12 e 32.
- declaração de bens de viajante eletrônica (e-DBV): 9, 10, 12, 14, 15, 21, 25, 32, 39 e 47.
- declaração de bens de viajante formulário (DBV): 9, 10, 11, 12, 13, 15 e 32.
- declaração de importação (DI): 13, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 28, 29, 32, 37, 38, 39 e 42.
- declaração simplificada de importação eletrônica (DSI eletrônica): 13, 20, 21, 22, 24, 25, 26, 28,
29, 31, 37, 38 e 39.
- declaração simplificada de importação formulário (DSI formulário): 13, 16, 20, 21, 22, 24, 25, 26,
28, 29 e 32.
- delegações esportivas: 8, 11, 13, 17, 18, 28, 30, 34, 35 e 43.
- despachante aduaneiro: 11, 16, 22, 25, 28 e 39.
- doação: 8, 23, 24, 32, 36, 37, 42, 44 e 45.
E
- equipamentos e material médico: 8, 9, 11, 12, 13, 14, 15, 17, 18, 27 e 46.
F
- fatura comercial: 22, 25, 29, 39, 45 e 47.
- formulário de requerimento de Admissão Temporária (IN RFB nº 1.361, de 2013): 21 e 28.
- formulário de requerimento de Admissão Temporária (RAT): 25 e 28.
G
- garantia: 22, 26, 28 e 39.
H
- habilitação na forma da IN RFB nº 1.289, de 2012: 18, 19, 20, 28, 29, 31, 35, 36, 38, 41, 43, 44,
46 e 47.
70
I
- isenção: 9, 12, 16, 17, 23, 24, 27, 29, 30, 34, 35, 36, 37, 39, 42, 43, 44, 45, 46 e 47.
M
- medicamentos: 8, 9, 11 e 35.
O
- operador logístico: 18, 19, 20, 21, 22, 25, 28, 29, 31, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41 e 47.
P
- porte de valores (dinheiro em espécie): 9, 10, 11, 12 e 15.
- profissionais de imprensa: 8, 14 e 16.
R
- redução do valor aduaneiro de bem em função de depreciação: 36 e 45.
S
- siscomex: 13, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 34, 35, 37, 38, 39, 40 e 41.
T
- técnicos de rádio e televisão não residentes: 8, 14 e 16.
- termo de doação e recebimento (TDR): 24, 32, 37, 42 e 45.
- termo de responsabilidade: 13, 14, 15, 22, 25, 26, 28 e 29.
71
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