Informe Técnico nº. 005 – MED/NVP/DVS/CEVS/SES/RS - Versão 001 Assunto: Esclarecimentos sobre a regulamentação de medicamentos fitoterápicos, plantas medicinais, drogas vegetais e derivados vegetais. 1. Introdução A Vigilância Sanitária no Estado de Rio Grande do Sul tem recebido questionamentos e denúncias de irregularidades quanto à fabricação e comercialização de medicamentos, alimentos, chás, plantas medicinais, drogas vegetais, fitoterápicos e classificação das espécies vegetais. Drogas vegetais, derivados vegetais, e/ou medicamentos fitoterápicos são produtos farmacêuticos complexos. A legislação estabelece que todas as atividades (produção, manipulação, importação, exportação, fracionamento, distribuição, transporte e dispensação) da cadeia farmacêutica devem ocorrer de acordo com requisitos mínimos de qualidade, denominados de boas práticas. As exigências sanitárias legais têm como propósito reduzir riscos e danos à saúde da população, pois eventos adversos e desvios de qualidade em medicamentos podem ocasionar problemas à saúde, como por exemplo: alterações na pressão arterial, problemas no sistema nervoso central, fígado e rins, que podem levar a internação hospitalar e até mesmo à morte, dependendo da forma de uso. Apesar de serem utilizados milenarmente pela população, o uso de plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos tem riscos associados e precisam de comprovação de sua segurança (BRASIL, 2010b). Este documento tem o objetivo de apresentar os conceitos e as exigências legais, as listas oficiais, as principais irregularidades sanitárias, os dispositivos legais e regulamentares transgredidos e seu enquadramento, no que tange a produção e comercialização de insumos farmacêuticos, medicamentos fitoterápicos, drogas vegetais e plantas medicinais. Como auxílio para o entendimento, utilizaremos o exemplo do Sene em cada capítulo. 2. Alimentos1 Quando se trata de plantas medicinais, drogas vegetais e fitoterápicos existe uma grande confusão entre os conceitos e a classificação de medicamentos e de alimentos. As normas básicas sobre alimentos, estabelecem a definição de alimento: Decreto-lei Federal nº. 986/1969 Art. 2º [...] Inciso I - Alimento: toda substância ou mistura de substâncias, no estado sólido, líquido, pastoso ou qualquer outra forma adequada, destinadas a 1 Elaborado com base no Informe Técnico nº 45/2010 (RS, 2010) 1 fornecer ao organismo humano os elementos normais à sua formação, manutenção e desenvolvimento. Podemos concluir que alimentos são aqueles produtos com valor nutricional, que tem como objetivo fornecer ao organismo humano os elementos normais à sua formação, manutenção e desenvolvimento. 2.1. Chás A Resolução RDC Anvisa nº. 277/2005, Regulamento Técnico para Café, Cevada, Chá, Erva-Mate e Produtos Solúveis na área de alimentos é a legislação sanitária federal que fixa a identidade e as características mínimas de qualidade dos chás. Esta define “chá” como: Resolução RDC nº. 277/2005 Anexo [...] Item 2.2. Chá: é o produto constituído de uma ou mais partes de espécie(s) vegetal(is) inteira(s), fragmentada(s) ou moída(s), com ou sem fermentação, tostada(s) ou não, constantes de Regulamento Técnico de Espécies Vegetais para o Preparo de Chás. O produto pode ser adicionado de aroma e ou especiaria para conferir aroma e ou sabor. A lista das espécies vegetais e das partes das espécies vegetais permitidas para o preparo de chás foi estabelecida pela ANVISA por meio da Resolução RDC nº. 267/2005, Regulamento Técnico de Espécies Vegetais para o Preparo de Chás. Posteriormente, a Resolução RDC nº. 219/2006 incluiu novas ou retificou nome comum ou nome científico de algumas espécies vegetais. Item Quadro 1 - Espécies Vegetais para o Preparo de Chás NOME COMUM CIENTÍFICO / NOME Parte vegetal utilizada do Legislação Observação 1 Abacaxi / Bromelia ananas L. Infrutescência Inclusão de Espécies Vegetais e Partes RDC Nº. (casca e polpa de Espécies Vegetais para o Preparo 219/2006 dos frutos) de Chás 2 Abacaxi / Bromelia ananas L. Polpa dos frutos RDC Nº. 267/2005 3 Acerola / Malpighia glabra L. Frutos RDC Nº. 267/2005 4 Ameixa / Prunus domestica L. Frutos RDC Nº. 267/2005 5 Amora / Rubus spp Frutos RDC Nº. 267/2005 6 Infrutescência Inclusão de Espécies Vegetais e Partes Ananás / Ananas sativus Schult. RDC Nº. (casca e polpa de Espécies Vegetais para o Preparo & Schult.F. 219/2006 dos frutos) de Chás 7 Banana caturra e banana-nanica Frutos / Musa sinensis L. RDC Nº. 267/2005 8 Banana-da-terra sapientum L. Frutos RDC Nº. 267/2005 9 Banana-de-são-tomé, bananamaçã, banana-ouro, banana- Frutos prata / Musa paradisiaca L. RDC Nº. 267/2005 / Musa 2 10 Baunilha Swart. / Vanilla aromatica 11 Beterraba / Beta vulgaris L. 12 Boldo / Pneumus boldus Molina Folhas (1) Inclusão de Espécies Vegetais e Partes RDC Nº. de Espécies Vegetais para o Preparo 219/2006 de Chás 13 Camomila ou Mazanilha / Matricaria recutita L. e Capítulos florais Chamomilla recutita (L.) Rauscher Retificação do Nome Comum ou Nome RDC Nº. Científico de Algumas Espécies 219/2006 Vegetais Previstas na Resolução-RDC nº. 267, de 22 de setembro de 2005. 14 Capim-limão ou capim-santo ou capim-cidreira ou capim-cidró ou Folhas chá de Estrada / Cymbopogon citratus Stapf RDC Nº. 267/2005 15 Carqueja / Baccharis Folhas genistelloides (Lamarck) Persoon Inclusão de Espécies Vegetais e Partes RDC Nº. de Espécies Vegetais para o Preparo 219/2006 de Chás 16 Cassis ou groselha negra / Ribes Frutos nigrum L. RDC Nº. 267/2005 17 Cenoura / Daucus carota L. Raízes RDC Nº. 267/2005 18 Cereja / Prunus serotina Ehrh Frutos semente) 19 Chá preto ou chá verde ou chá branco/ Camellia sinensis (L.) Folhas e talos Kuntze RDC Nº. 267/2005 20 Chicória / Cichorium intybus L. Folhas e raízes (2) Inclusão de Espécies Vegetais e Partes RDC Nº. de Espécies Vegetais para o Preparo 219/2006 de Chás 21 Retificação do Nome Comum ou Nome Damasco ou Apricot / Prunus Frutos (sem RDC Nº. Científico de Algumas Espécies armeciaca L. sementes) 219/2006 Vegetais Previstas na Resolução-RDC nº. 267, de 22 de setembro de 2005. 22 Erva-cidreira ou melissa / Melissa Folhas e ramos officinalis L. RDC Nº. 267/2005 23 Erva-doce ou anis ou anis doce / Frutos Pimpinella anisum L. RDC Nº. 267/2005 24 Erva-mate ou mate verde ou mate tostado/ Ilex paraguariensis Folhas e talos St. Hil. RDC Nº. 267/2005 25 Estévia / Stevia rebaundiana Bert Folhas (2) Inclusão de Espécies Vegetais e Partes RDC Nº. de Espécies Vegetais para o Preparo 219/2006 de Chás 26 Framboesa / Rubus idaeus L. Frutos RDC Nº. 267/2005 27 Funcho ou erva-doce-nacional / Frutos Foeniculum vulgare Mill. RDC Nº. 267/2005 28 Groselha / Ribes rubrum L. Frutos RDC Nº. 267/2005 29 Guaraná / Paullinia cupana L. Sementes RDC Nº. 267/2005 30 Hibisco / Hibiscus sabdariffa L. Flores RDC Nº. 267/2005 31 Hortelã ou Hortelã Pimenta ou Folhas e ramos Menta /Mentha piperita L. Frutos RDC Nº. 267/2005 Raízes RDC Nº. 267/2005 (sem RDC Nº. 267/2005 RDC Nº. Retificação do Nome Comum ou Nome Científico de Algumas Espécies 219/2006 Vegetais Previstas na Resolução-RDC 3 nº. 267, de 22 de setembro de 2005. 32 Hortelã ou Menta ou Hortelã doce ou Menta doce / Mentha Folhas e ramos arvensis L. Retificação do Nome Comum ou Nome RDC Nº. Científico de Algumas Espécies 219/2006 Vegetais Previstas na Resolução-RDC nº. 267, de 22 de setembro de 2005. 33 Jasmim / Jasminum officinale L. RDC Nº. 267/2005 34 Laranja amarga e laranja-doce / Frutos, casca Citrus aurantium L. ou Citrus RDC Nº. dos frutos, folhas vulgaris Risso e Citrus sinensis 267/2005 e flores Osbeck 35 Limão e limão-doce / Citrus Frutos, casca RDC Nº. limmonia Osbeck ou Citrus dos frutos, folhas 267/2005 limonium Risso e flores 36 Maçã / Pyrus malus L. 37 Mamão ou papaya L. 38 Flores Frutos RDC Nº. 267/2005 Frutos RDC Nº. 267/2005 Manga / Mangifera indica L. Frutos RDC Nº. 267/2005 39 Maracujá-açú / quadrangularis L. Polpa dos frutos RDC Nº. 267/2005 40 Maracujá-azedo / Passiflora Polpa dos frutos edulis F. Flavicarpa Degener RDC Nº. 267/2005 41 Maracujá-doce e maracujá silvestre / Passiflora alata Polpa dos frutos Dryand. RDC Nº. 267/2005 42 Maracujá-mirim, maracujá-roxo e maracujá-de-garapa / Passiflora Polpa dos frutos edulis Sims RDC Nº. 267/2005 43 Marmelo comum / Pyrus cydonia Frutos L. ou Cydonia vulgaris Pers. RDC Nº. 267/2005 44 Marmelo-da-china sinensis Thouin. Frutos RDC Nº. 267/2005 45 Mirtilo / Vaccinium myrtillus L. Frutos RDC Nº. 267/2005 Frutos Retificação do Nome Comum ou Nome RDC Nº. Científico de Algumas Espécies 219/2006 Vegetais Previstas na Resolução-RDC nº. 267, de 22 de setembro de 2005. Frutos Retificação do Nome Comum ou Nome RDC Nº. Científico de Algumas Espécies 219/2006 Vegetais Previstas na Resolução-RDC nº. 267, de 22 de setembro de 2005. 46 papaia / Carica Passiflora / Cydonia Morango / Fragaria spp. 47 Pêra / Pyrus communis L. 48 Pêssego / Prunus persica (L.) Frutos Batsch. caroço) 49 Pitanga / Stenocalyx michelii Frutos e folhas O.Berg ou Eugenia uniflora L. RDC Nº. 267/2005 50 Rosa silvestre Rosa caninaL. Inclusão de Espécies Vegetais e Partes RDC Nº. de Espécies Vegetais para o Preparo 219/2006 de Chás 51 Tamarindo / Tamarindus indica L. Polpa dos frutos Inclusão de Espécies Vegetais e Partes RDC Nº. de Espécies Vegetais para o Preparo 219/2006 de Chás 52 Tangerina, bergamota, mexerica, Casca e frutos laranja cravo e mandarina / RDC Nº. Inclusão de Espécies Vegetais e Partes 219/2006 de Espécies Vegetais para o Preparo ou mosqueta/ (sem RDC Nº. 267/2005 Frutos e flores 4 Citrus reticulata Blanco 53 de Chás Uva / Vitis vinifera L. Frutos RDC Nº. 267/2005 Fonte: Resoluções RDC nº. 267/2005 e RDC nº. 219/2006 2.2. Alimentos não possuem indicações terapêuticas O Decreto-lei nº. 986/1969 estabelece que os produtos com indicação/finalidade medicamentosa/terapêutica são excluídos do disposto no Decreto-lei, não sendo considerados alimentos: Decreto-lei Federal nº. 986/1969 Art. 56. Excluem-se do disposto neste Decreto-lei os produtos com finalidade medicamentosa ou terapêutica, qualquer que seja a forma como se apresentem ou o modo como são ministrados. A Resolução RDC Anvisa nº 277/2005 determina ainda que: Resolução RDC nº. 277/2005 Anexo [...] Item 7.1. Não é permitida, no rótulo, qualquer informação que atribua indicação medicamentosa ou terapêutica (prevenção, tratamento e ou cura) ou indicações para lactente. Portanto, nas definições apresentadas, chá é produto da área de alimentos, composto por espécies vegetais que não podem ter finalidade medicamentosa e/ou terapêutica. Quando ao produto são apontadas indicações terapêuticas, este passa a ser considerado medicamento e a sua fabricação e/ou comercialização obedecem ao disposto na legislação específica de medicamentos. 3. Medicamentos A partir da Lei Federal nº. 6.360/1976 ficam sujeitos à vigilância sanitária os medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos e outros produtos. Os conceitos a seguir estão definidos na legislação específica. 3.1. Insumo farmacêutico Resolução RDC nº. 249/2005 ANEXO Glossário Insumo farmacêutico: droga ou substância aditiva ou complementar de qualquer natureza, destinada ao emprego em medicamento. Resolução RDC nº. 204/2006 ANEXO Glossário Insumo farmacêutico ativo: droga ou substância ativa destinada ao emprego em medicamento. 5 3.2. Medicamentos Lei Federal nº. 6.360/1976 Art. 4º [...] Inciso II - Medicamento - produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. 3.3. Matéria-prima vegetal Lei Federal nº. 6.360/1976 Art. 4º [...] Inciso XII - matéria-prima vegetal: compreende a planta medicinal, a droga vegetal ou o derivado vegetal. 3.4. Planta Medicinal Resolução RDC nº. 10/2010 Art. 3º [...] Inciso XII - planta medicinal: espécie vegetal, cultivada ou não, utilizada com propósitos terapêuticos. 3.5. Drogas Vegetais A Resolução RDC nº. 10/2010, que dispõe sobre a notificação de drogas vegetais junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e dá outras providências, estabelece: Resolução RDC nº. 10/2010 Art. 1º Fica instituída a notificação de drogas vegetais no âmbito da ANVISA, assim consideradas as plantas medicinais ou suas partes, que contenham as substâncias, ou classes de substâncias, responsáveis pela ação terapêutica, após processos de coleta ou colheita, estabilização e secagem, íntegras, rasuradas, trituradas ou pulverizadas, relacionadas no Anexo I desta Resolução. [...] §3º. As plantas medicinais in natura cultivadas em hortos comunitários e Farmácias Vivas reconhecidas junto a órgãos públicos e as drogas vegetais manipuladas em farmácias de manipulação não estão sujeitas à notificação instituída por esta Resolução, devendo atender às condições estabelecidas em regulamento próprio. Art. 2º As drogas vegetais relacionadas no Anexo I são produtos de venda isenta de prescrição médica destinados ao consumidor final. Sua efetividade encontra-se amparada no uso tradicional e na revisão de dados disponíveis em literatura relacionada ao tema. § 1º. 6 Os produtos de que trata esta Resolução destinam-se ao uso episódico, oral ou tópico, para o alívio sintomático das doenças relacionadas no Anexo I dessa Resolução, devendo ser disponibilizadas exclusivamente na forma de droga vegetal para o preparo de infusões, decocções e macerações. § 2º. Não podem ser notificadas drogas vegetais em qualquer outra forma (cápsula, tintura, comprimido, extrato, xarope, entre outros). Art. 3º [...] Inciso V droga vegetal: planta medicinal ou suas partes, que contenham as substâncias, ou classes de substâncias, responsáveis pela ação terapêutica, após processos de coleta ou colheita, estabilização, secagem, podendo ser íntegra, rasurada ou triturada, relacionada no Anexo I dessa Resolução; Art. 6º O fabricante deve adotar, integral e exclusivamente, as informações padronizadas do Anexo I e atualizações posteriores, além de seguir as Boas Práticas de Fabricação e Controle, conforme disposto em regulamento próprio. Portanto, as drogas vegetais relacionadas no Anexo I da Resolução RDC nº. 10/2010 são plantas medicinais ou suas partes, de venda isenta de prescrição médica destinados ao consumidor final, utilizadas apenas no preparo de infusões, decocções e macerações, que devem seguir integral e exclusivamente as informações padronizadas na resolução. Somente nestas condições, os fabricantes devem notificar à ANVISA as drogas vegetais por eles produzidas. A Vigilância Sanitária tem verificado muitos produtos irregulares em comercialização no mercado como o “Chá de Sene”. Para apropriação dos conceitos será utilizado este produto como exemplo. A espécie vegetal Sene, nomenclatura botânica Senna alexandrina Mill., Cassia angustifólia Vahl ou Cássia senna L., é uma planta medicinal. A utilização das folhas (folíolos) ou frutos, para tratamento da constipação intestinal eventual (sua indicação terapêutica), utilizado na forma de decocção (não pode ser na forma de cápsula, tintura, comprimido, extrato, xarope, entre outros), antes de dormir (posologia). Nestas condições, é uma droga vegetal que pode ser notificada com base na Resolução RDC nº. 10/2010. Se for modificada qualquer uma das informações (nomenclatura botânica ou popular, parte ou forma utilizada, posologia, via, uso, alegações terapêuticas, contra indicações, efeitos adversos e informações adicionais de embalagem), a droga vegetal deverá ser objeto de processo de registro como medicamento fitoterápico, de acordo com a Resolução RDC nº. 14/2010, ou de registro simplificado, Instrução Normativa (IN) nº 05/2008, quando seguir o preconizado na lista anexa a IN. 3.6. Derivado vegetal Resolução RDC nº. 14/2010 Art. 2º [...] 7 Inciso III derivado vegetal: produto da extração da planta medicinal in natura ou da droga vegetal, podendo ocorrer na forma de extrato, tintura, alcoolatura, óleo fixo e volátil, cera, exsudato e outros. As plantas medicinais, as drogas vegetais e os derivados vegetais podem ser utilizados como insumos farmacêuticos e/ou como medicamentos. Voltando ao exemplo do produto Sene. No momento em que a droga vegetal Sene passa por processos de extração de seu princípio ativo, através de processos de percolação ou maceração, obtemos um extrato ou uma tintura de Sene, tornando-se um derivado vegetal. 3.7. Infusão Resolução RDC nº. 10/2010 Art. 3º [...] Inciso IX infusão: preparação que consiste em verter água fervente sobre a droga vegetal e, em seguida, tampar ou abafar o recipiente por um período de tempo determinado. Método indicado para partes de drogas vegetais de consistência menos rígida tais como folhas, flores, inflorescências e frutos, ou com substâncias ativas voláteis. [...] Art. 14 A palavra chá não deve ser utilizada para designar o produto, podendo constar apenas nas informações sobre forma de utilização, nos casos em que a empresa citar a expressão "xícara das de chá". A utilização da palavra chá é restrita para produtos classificados como alimentos, que contenham espécies vegetais sem propósitos terapêuticos. A palavra infusão é a preparação de drogas vegetais e, conforme o conceito, utilizada com propósitos terapêuticos, sendo classificada como produto medicamento. Portanto, Sene é medicamento e não é alimento. Deve ser utilizada na forma farmacêutica de rasura para infusão. Portanto, não é permitida a utilização da denominação “Chá de Sene”. 3.8. Medicamentos Fitoterápicos A Resolução RDC nº. 14/2010, que dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos: Resolução RDC nº. 14/2010 Art. 1º [...] § 1º São considerados medicamentos fitoterápicos os obtidos com emprego exclusivo de matérias-primas ativas vegetais, cuja eficácia e segurança são validadas por meio de levantamentos etnofarmacológicos, de utilização, documentações tecnocientíficas ou evidências clínicas. Este conceito é melhor explicitado na Resolução RDC nº. 17/2010: 8 Resolução RDC nº. 17/2010 Art. 5º [...] Inciso XXXIV medicamento fitoterápico: medicamento obtido empregando-se exclusivamente matérias-primas ativas vegetais. É caracterizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade. Sua eficácia e segurança são validadas por meio de levantamentos etnofarmacológicos, de utilização, documentações tecnocientíficas ou evidências clínicas. Não se considera medicamento fitoterápico aquele que, na sua composição, inclua substâncias ativas isoladas, de qualquer origem, nem as associações destas com extratos vegetais. Os medicamentos fitoterápicos são obtidos a partir da industrialização com emprego exclusivo de matérias-primas ativas vegetais, não podendo incluir na sua composição substâncias ativas isoladas, sintéticas ou naturais, nem as associações dessas com extratos vegetais (BRASIL, 2012a). O processo de industrialização tem como objetivo padronizar a quantidade e a forma certa que deve ser usada. Assim como todos os medicamentos, estes devem oferecer garantia de qualidade, ter efeitos terapêuticos comprovados, composição padronizada e segurança de uso para a população, com ausência de contaminações por microorganismos, agrotóxicos e substâncias estranhas. A eficácia e a segurança devem ser validadas através de levantamentos etnofarmacológicos, documentações tecnocientíficas em bibliografia e/ou publicações indexadas e/ou estudos farmacológicos e toxicológicos pré-clínicos e clínicos. A qualidade do medicamento deve ser alcançada mediante o controle das matérias-primas, do produto terminado, materiais de embalagem, formulação farmacêutica e estudos de estabilidade (BRASIL, 2012a). O medicamento fitoterápico é obtido pelo processo de fabricação utilizando derivados vegetais como insumos farmacêuticos, principalmente na forma de extratos ou tinturas. Retornando ao exemplo, quando o solvente do extrato fluido de Sene é removido por processos industriais, obtemos o extrato seco de Sene, insumo farmacêutico utilizado na fabricação de Sene, na forma farmacêutica de cápsula dura. Assim, a espécie vegetal Sene, nomenclatura botânica Senna alexandrina Mill., Cassia angustifólia Vahl ou Cassia senna L., de acordo a sua utilização pode ser classificada como insumo farmacêutico ou como medicamento, conforme Quadro 2. *Quadro 2. Classificação do produto Sene pela forma farmacêutica Planta medicinal Sene Forma farmacêutica Classificação Planta Medicinal/ Rasura de folhas (folíolos) e frutos (folículos) a granel Insumo farmacêutico Droga vegetal Rasura de folhas (folíolos) e frutos (folículos) em embalagem para infusão Droga vegetal notificada (uso terapêutico) Derivado de droga vegetal Extrato e tintura Insumo farmacêutico e/ou medicamento dependendo do uso Medicamento Cápsula Medicamento fitoterápico 9 4. Fabricação de Medicamentos Uma empresa que pretende fabricar insumos farmacêuticos, medicamentos, drogas vegetais, derivados vegetais, e/ou fitoterápicos, deve possuir: 4.1. Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) A Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) é “ato privativo do órgão competente do Ministério da Saúde, incumbido da Vigilância Sanitária dos produtos de que trata o Decreto Federal nº. 79.094/1977, contendo permissão para que as empresas exerçam as atividades sob regime de Vigilância Sanitária, instituído pela Lei nº. 6.360/1976, mediante comprovação de requisitos técnicos e administrativos específicos” (BRASIL, 2012b). Lei Federal nº. 9.782/1999 Art. 7º Compete à Agência proceder à implementação e à execução do disposto nos incisos II a VII do art. 2º desta Lei, devendo: [...] Inciso VII autorizar o funcionamento de empresas de fabricação, distribuição e importação dos produtos mencionados no art. 8º desta Lei e de comercialização de medicamentos; (Redação dada pela MP nº 2.190-34, de 23 de agosto de 2001) A AFE é concedida pela esfera federal (ANVISA), após uma avaliação da legalidade e da verificação da capacidade técnica e operacional de uma empresa constatada por inspeção sanitária. É, então, a permissão para que as empresas produtoras desempenhem as atividades que são discriminadas neste documento com relação aos bens regulados pela Vigilância Sanitária. Desta forma, uma indústria que possui AFE para produção de alimentos não pode produzir medicamento, a não ser que possua outra AFE para a produção de medicamentos. De qualquer forma, a produção de medicamentos deve ocorrer em área específica e aprovada pela vigilância sanitária estadual para medicamentos e não na área de alimentos. As empresas que produzem insumos ou produtos sob vigilância sanitária não necessitam de renovação anual, no caso produção de insumos farmacêuticos, medicamentos, drogas vegetais, derivados vegetais, e/ou fitoterápicos. Já empresas fracionadoras, importadoras, exportadoras, distribuidoras, transportadoras de insumos farmacêuticos e medicamentos, farmácias e drogarias precisam renovar a AFE anualmente, tendo como data base de renovação a data da AFE inicial. 4.2. Alvará Sanitário Alvará Sanitário (licença sanitária): é a avaliação anual do conjunto de requisitos mínimos de capacidade técnica, operacional e de responsabilidade profissional, conforme evidenciado em inspeções sanitárias anuais do órgão estadual, conforme a pactuação do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. No Rio Grande do Sul, o Alvará para fabricação de insumos farmacêuticos, medicamentos, drogas vegetais, derivados vegetais, e/ou fitoterápicos somente é concedido e renovável anualmente pela Vigilância Sanitária estadual (Setor de Medicamentos/NVP/DVS/CEVS/SESRS), após a publicação da AFE. 10 4.3. Boas Práticas Boas Práticas são requisitos técnicos mínimos para a fabricação de produtos sob Vigilância Sanitária e têm como propósito reduzir riscos e danos à saúde da população. Estas têm como objetivo propiciar maiores cuidados com a fabricação e comercialização de medicamentos. As boas práticas de fabricação de medicamentos estão estabelecidas na Resolução RDC nº. 17/2010, cujo Título VIII trata especificamente de medicamentos fitoterápicos. Resolução RDC nº. 17/2010 Art. 13º Boas Práticas de Fabricação é a parte da Garantia da Qualidade que assegura que os produtos são consistentemente produzidos e controlados, com padrões de qualidade apropriados para o uso pretendido e requerido pelo registro. § 1º O cumprimento das BPF está orientado primeiramente à diminuição dos riscos inerentes a qualquer produção farmacêutica, os quais não podem ser detectados somente pela realização de ensaios nos produtos terminados. § 2º Os riscos são constituídos essencialmente por contaminação cruzada, contaminação por partículas, troca ou mistura de produto. Somente poderão notificar ou registrar medicamentos as empresas fabricantes que estejam certificados pela ANVISA quanto ao cumprimento de Boas Práticas de Fabricação para medicamentos. 5. 5.1. Registro/Notificação de produto no Ministério da Saúde Droga vegetal A droga vegetal ou derivado vegetal podem ser encontrados na forma de insumo farmacêutico e de medicamentos: 5.1.1. Insumo farmacêutico: não são objetos de notificação ou registro no Ministério da Saúde/ANVISA quando utilizados na fabricação de medicamentos fitoterápicos. Porém, o fabricante nacional deve cadastrar as drogas vegetais que fabrica e/ou importa, conforme estabelecido na Resolução RDC nº 30/08. Resolução RDC nº 30/08 Art. 1º Fica estabelecida, por meio desta resolução, a obrigatoriedade de todas as empresas estabelecidas no país, que exerçam as atividades de fabricar, importar, exportar, fracionar, armazenar, expedir e distribuir insumos farmacêuticos ativos, cadastrarem junto à ANVISA todos os insumos farmacêuticos ativos com os quais trabalham. 11 5.1.2. Medicamento: somente poderá ser fabricada e/ou importada após notificação prévia na autoridade sanitária. A embalagem das drogas vegetais como medicamento deve ser acompanhada de folheto informativo. Resolução RDC nº. 10/2010 Art. 3º [...] Inciso VI folheto informativo: documento que acompanha o produto, cuja finalidade é orientar o usuário acerca da correta utilização da droga vegetal, nos termos deste regulamento, e não pode apresentar designações, símbolos, figuras, desenhos, imagens, slogans e quaisquer argumentos de cunho publicitário; [...] Inciso XI notificação: prévia comunicação à autoridade sanitária federal (ANVISA) referente à fabricação, importação e comercialização das drogas vegetais relacionadas no Anexo I; 5.2. Medicamentos Fitoterápicos Todo medicamento industrializado deve ser registrado na ANVISA/Ministério da Saúde antes de ser comercializado. Decreto Federal nº. 79.094, de 05 de janeiro de 1977: Art. 3º Para os efeitos deste Regulamento são adotadas as seguintes definições: [...] XXI Registro de Medicamento - Instrumento por meio do qual o Ministério Saúde, no uso de sua atribuição específica, determina a inscrição prévia órgão ou na entidade competente, pela avaliação do cumprimento caráter jurídico-administrativo e técnico-científico relacionada com eficácia, segurança e qualidade destes produtos, para sua introdução mercado e sua comercialização ou consumo; da no de a no Portanto, deve apresentar coerência das indicações terapêuticas proposta com as comprovadas pelo uso tradicional; comprovar a ausência de risco tóxico ao usuário, ausência de grupos ou substâncias químicas tóxicas, ou que estas estejam presentes dentro de limites seguros; entre outras exigências. O registro dos medicamentos fitoterápicos segue o disposto na Resolução RDC nº. 14/2010. Conforme Instrução Normativa nº. 05/2008, os medicamentos obtidos a partir de espécies vegetais que integram a “Lista de medicamentos fitoterápicos de registro simplificado”, nas condições ali definidas e que não necessitam validar suas indicações terapêuticas e segurança de uso, podem ser registrados por meio de registro simplificado. O quadro abaixo especifica cada produto. 12 Quadro 3. Necessidade de notificação/registro dos produtos conforme classificação Produto Classificação pela utilização Legislação Necessita Insumo farmacêutico Resolução RDC nº. 30/08 Cadastro Medicamento RDC nº. 10/10 Notificação prévia Insumo farmacêutico Resolução RDC nº 30/08 Cadastro Atenda integralmente condições definidas na IN nº. 05/2008 Instrução Normativa nº. 05/2008 Registro simplificado Medicamento RDC nº. 14/10 Registro Atenda integralmente condições definidas na IN nº. 05/2008 Instrução Normativa nº. 05/08 Registro simplificado Medicamento RDC nº. 14/10 Registro Planta medicinal/ Droga vegetal Derivado de droga vegetal Medicamento 6. Relação dos produtos 6.1. Relação de drogas vegetais As drogas vegetais estão relacionadas no Anexo I da Resolução RDC nº. 10/2010, onde são classificadas quanto: a nomenclatura botânica e popular, parte utilizada, forma de utilização, posologia e modo de usar, via de administração, alegações (queixas dos pacientes), contra indicações, efeitos adversos, informações tradicionais em embalagem e referências bibliográficas. Conforme o Art. nº. 6º desta Resolução: Resolução RDC nº. 10/2010 Art. 6º O fabricante deve adotar, integral e exclusivamente, as informações padronizadas do Anexo I e atualizações posteriores, além de seguir as Boas Práticas de Fabricação e Controle, conforme disposto em regulamento próprio. As drogas vegetais relacionadas no Anexo I são: Quadro 4. Relação de drogas vegetais Nomenclatura botânica Nomenclatura popular Parte utilizada 1 Achillea millefolium Mil folhas Partes aéreas 2 Achyrocline satureioides Macela; Marcela; Marcela do campo Sumidades floridas 3 Aesculus hippocastanum Castanha-da-índia Sementes com casca 4 Ageratum conyzoides Mentrasto, Catinga de bode Partes aéreas sem as flores 5 Allium sativum Alho Bulbo Item 13 6 Anacardium occidentale Cajueiro Entrecasca 7 Arnica montana Arnica Flores 8 Baccharis trimera Carqueja; Carqueja amarga Partes aéreas 9 Bidens pilosa Picão Folhas 10 Calendula officinalis Calêndula Flores 11 Caesalpinia férrea Jucá, Pau-ferro Favas 12 Casearia sylvestris Guaçatonga, Erva de- bugre, Erva-de-lagarto Folha 13 Cinnamomum verum Canela, Canela-do-Ceilão Casca 14 Citrus aurantium Laranja - amarga Flores 15 Cordia verbenacea Erva-baleeira Folha 16 Curcuma longa Curcuma, Açafroa, Açafrão da Terra Rizomas Cymbopogon citratus Capim santo, Capim limão, Capim cidró, Capim Folhas cidreira, Cidreira 18 Cynara scolymus Alcachofra Folhas 19 Echinodorus macrophyllus Chapéu de couro Folhas 20 Equisetum arvense Cavalinha Partes aéreas 21 Erythrina verna Mulungu Casca 22 Eucalyptus globulus Eucalipto Folhas 23 Eugenia uniflora Pitangueira Folhas 24 Glycyrrhiza glabra Alcaçuz Raiz 25 Hamamelis virginiana Hamamélis Casca 26 Harpagophytum procumbens Garra do diabo Raiz 27 Illicium verum Anis estrelado Fruto 28 Justicia pectoralis Chambá, Chachambá, Trevo-cumaru Partes aéreas 29 Lippia alba Erva-cidreira, Falsa erva- cidreira, Falsa melissa Partes aéreas 30 Lippia sidoides Alecrim-pimenta Folhas 31 Malva sylvestris Malva Folhas e flores 32 Matricaria recutita Camomila Flores 33 Maytenus ilicifolia Espinheira santa Folhas 34 Melissa officinalis Melissa, Erva-cidreira Sumidades floridas 35 Mentha piperita Hortelã-pimenta Folhas e sumidades floridas 36 Mentha pulegium Poejo Partes aéreas 37 Mikania glomerata Guaco Folhas 38 Momordica charantia Melão-de-São-Caetano Folhas, frutos e sementes 39 Passiflora alata Maracujá Folhas 40 Passiflora edulis Maracujá-azedo Folhas 41 Passiflora incarnata Maracujá Partes aéreas 42 Paullinia cupana Guaraná Sementes 43 Peumus boldus Boldo-do-chile Folhas 44 Phyllanthus niruri Quebra-pedra Partes aéreas 45 Pimpinela anisum Anis, Erva doce Frutos 17 14 Plantago major Tanchagem; Tansagem, Tranchagem Plectranthus barbatus Boldo-nacional, Boldoafricano 48 Polygala senega Polígala Raiz 49 Polygonum punctatum Erva-de- bicho, Pimenteira- dágua Partes aéreas 50 Psidium guajava Goiabeira Folhas jovens 51 Punica granatum Romã Pericarpo (casca do fruto) 52 Rhamnus purshiana Cáscara sagrada Casca 53 Rosmarinus officinalis Alecrim Folhas 54 Salix alba Salgueiro Casca do caule 55 Salvia officinalis Sálvia Folhas 56 Sambucus nigra Sabugueiro Flor 57 Schinus terebinthifolia Aroeira-da-praia Casca do caule 58 Senna alexandrina Sene Fruto e folíolos 59 Solanum paniculatum Jurubeba Planta inteira 60 Stryphnodendrom adstrigens Barbatimão Casca 61 Taraxacum officinale Dente de leão Toda a planta 62 Uncaria tomentosa Unha-de-gato Entrecasca 63 Vernonia condensata Boldo-baiano Folha 64 Vernonia polyanthes Assa-peixe Folha 65 Zingiber officinale Gengibre Rizoma 46 47 Hortelã-homem, Folhas Falso-boldo, Folhas Fonte: Resolução RDC nº. 10/2010 – Anexo I 6.2. Relação de medicamentos fitoterápicos de registro simplificado Da mesma forma, as espécies vegetais definidas como medicamentos fitoterápicos de registro simplificado estão relacionadas na Instrução Normativa nº. 05/2008: Quadro 5. Relação de medicamentos fitoterápicos Item Nomenclatura botânica Nome popular Parte usada Derivado de droga vegetal utilizado 1 Aesculus hippocastanum L. Castanha da Índia Sementes Extratos/tintura 2 Allium sativum L. Alho Bulbo Extratos/tintura/óleo 3 Aloe vera (L.) Burm f. Babosa ou áloe Gel mucilaginoso das Extrato obtido do gel folhas 4 Arctostaphylos uva-ursi Spreng. Uva-ursi Folha Extratos/tintura 5 Arnica montana L. Arnica Capítulo floral Extratos/tintura 6 Calendula officinalis L. Calêndula Flores Derivado de droga vegetal Extratos/tintura 7 Centella asiatica (L.) Urban, Centela, asiática Partes aéreas Extratos 8 Cimicifuga racemosa (L.) Nutt. Cimicífuga Raiz ou rizoma Extratos 9 Cynara scolymus L. Alcachofra Folhas Extratos/tintura 10 Echinacea purpurea Moench Equinácea Partes aéreas floridas Extratos Centela- 15 11 Eucalyptus globulus Labill. Eucalipto Folhas Óleo essencial/extratos/ti ntura 12 Ginkgo biloba L. Ginkgo Folhas Extratos 13 Glycyrrhiza glabra L. Alcaçuz Raízes Extratos/tintura 14 Hamamelis virginiana L. Hamamélis Folhas Extrato/tintura 15 Hypericum perforatum L. Hipérico Partes aéreas Extratos/tintura 16 Matricaria recutita L. Camomila Capítulos florais Extratos/tintura 17 Maytenus ilicifolia Mart. ex Reiss. Espinheira-Santa Folhas Extratos/tintura 18 Melissa officinalis L. Melissa, Erva-cidreira Folhas Extratos/tintura 19 Mentha piperita L. Hortelã-pimenta Folhas Óleo essencial 20 Mikania glomerata Sprengl. Guaco Folhas Extrato/tintura 21 Panax ginseng C. A. Mey. Ginseng Raiz Extratos, tintura 22 Passiflora incarnata L. Maracujá, Passiflora Partes aéreas Extratos/tintura 23 Paullinia cupana H.B.&K. Guaraná Sementes Extratos/tintura 24 Peumus boldus Molina Boldo, Boldo-do-Chile Folhas Extratos/tintura 25 Pimpinella anisum L. Erva-doce, Anis Frutos Extratos/tintura 26 Piper methysticum G. Forst. Kava-kava Rizoma Extratos/tintura 27 Polygala senega L. Polígala Raízes Extratos/tintura 28 Rhamnus purshiana DC. Cáscara Sagrada Casca Extratos/tintura 29 Salix alba L. Salgueiro branco Casca Extratos 30 Sambucus nigra L. Sabugueiro Flores Extratos/tintura 31 Senna alexandrina Mill., Cassia angustifólia Vahl ou Cássia Sene senna L. Folhas e frutos Extratos/tintura 32 Serenoa repens (Bartram) J.K. Saw palmetto Small Frutos Extrato 33 Symphytum officinale L. Confrei Raízes Extrato 34 Tanacetum parthenium Sch. Bip. Tanaceto Folhas Extratos/tintura 35 Valeriana officinalis L. Valeriana Raízes Extratos/tintura 36 Zingiber officinale Rosc. Gengibre Rizomas Extratos Fonte: Instrução Normativa nº. 05/2008 Os medicamentos fitoterápicos estão incluídos na Relação Nacional de Medicamentos (RENAME), cuja última atualização foi estabelecida pela Portaria MS/GM nº. 533/2012 e são fornecidos gratuitamente nas unidades básicas de saúde, mediante apresentação de receita médica. Quadro 6. Relação de medicamentos fitoterápicos da RENAME Nome popular Nome científico Indicação Espinheira-santa Maytenus ilicifolia Dispepsias, coadjuvante no tratamento de gastrite e úlcera duodenal Guaco Mikania glomerata Expectorante e broncodilatador Alcachofra Cynara scolymus Colagogos e coleréticos em dispepsias associadas a disfunções hepatobiliares. 16 Aroeira Schinus terebenthifolius Produtos ginecológicos antiinfecciosos tópicos simples Cáscara-sagrada Rhamnus purshiana Constipação ocasional Garra-do-diabo Harpagophytum procumbens Antiinflamatório (oral) em dores lombares, osteoartrite Isoflavona-de-soja Glycine max Climatério (coadjuvante no alívio dos sintomas) Unha-de-gato Uncaria tomentosa Antiinflamatório (oral e tópico) nos casos de artrite reumatóide, osteoartrite e como imunoestimulante Hortelã Mentha x piperita Síndrome do cólon irritável Babosa Aloe vera Queimaduras e psoríase Salgueiro Salix alba Dor lombar Fonte: RENAME 2012 7. Irregularidades sanitárias 7.1. Produtos alvos mais comuns de irregularidades sanitárias Os produtos alvos mais frequentes de produção irregular de espécies vegetais classificadas como drogas vegetais, derivados vegetais ou medicamentos fitoterápicos são: Erva de São João, Espinheira Santa, Ginko Biloba e Sene. É importante ressaltar que os medicamentos que contenham as espécies vegetais Erva de São João (Hypericum perforatum - hipérico) e Ginko Biloba, estão relacionados com restrição de uso, isto é, com venda apenas sob prescrição médica. 7.2. Principais irregularidades sanitárias A seguir estão relacionados exemplos das irregularidades sanitárias mais comuns nesta área. Esta descrição tem o cunho orientativo para avaliação caso a caso pelos fiscais de vigilância sanitária. 7.2.1. Fabricação sem Autorização de Funcionamento (AFE) Descrição da irregularidade sanitária: Produzir, fabricar, fracionar, embalar, armazenar, expedir e vender insumos farmacêuticos, medicamentos, drogas vegetais, derivados vegetais, e/ou fitoterápicos sem autorização do Ministério da Saúde (ANVISA). Dispositivos legais e regulamentares transgredidos: Art. 1º, Art. 2 º, Art. 50 da Lei Federal nº 6360/76, c/c Art. 1º, Art. 2º, Art. 75 do Decreto Federal nº. 79.094/77, c/c Art. 1º e o Anexo I da Resolução RDC nº. 10/10 (no caso de drogas e derivados vegetais), Art. 1º e Anexo da Instrução Normativa ANVISA nº. 05/08 (no caso de medicamentos fitoterápicos). Lei Federal nº 6360/76 Art. 1º Ficam sujeitos às normas de vigilância sanitária instituídas por esta Lei os medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos e correlatos, definidos na Lei número 5.991/73, bem como os produtos de higiene, os cosméticos, perfumes, saneantes domissanitários, produtos destinados à correção estética e outros adiante definidos. Art. 2º 17 Somente poderão extrair, produzir, fabricar, transformar, sintetizar, purificar, fracionar, embalar, reembalar, importar, exportar, armazenar ou expedir os produtos de que trata o Art.1 as empresas para tal fim autorizadas pelo Ministério da Saúde [...]. Art. 50 O funcionamento das empresas de que trata esta Lei dependerá de autorização do Ministério da Saúde, à vista da indicação da atividade industrial respectiva, da natureza e espécie dos produtos e da comprovação da capacidade técnica, científica e operacional, e de outras exigências dispostas em regulamento e atos administrativos pelo mesmo Ministério. Decreto Federal nº. 79.094/77 Art. 1º Os medicamentos, insumos farmacêuticos, drogas, correlatos, cosméticos, produtos de higiene, perfumes e similares, saneantes domissanitários, produtos destinados à correção estética e os demais, submetidos ao sistema de vigilância sanitária, somente poderão ser extraídos, produzidos, fabricados, embalados ou reembalados, importados, exportados, armazenados, expedidos ou distribuídos, obedecido o disposto na Lei nº 6.360/76, e neste Regulamento. (NR) (alterado pelo decreto nº 3.961/01) Art. 2º Para o exercício de qualquer das atividades indicadas no artigo 1º, as empresas dependerão de autorização específica do Ministério da Saúde [...]. Art. 75 O funcionamento das empresas que exerçam atividades enumeradas no artigo 1º dependerá de autorização do órgão de vigilância sanitária competente do Ministério da Saúde, [...] Enquadramento: Artigo 10, Inciso VI da Lei Federal nº 6437/77. Lei Federal nº 6437/77 Artigo 10 Inciso IV extrair, produzir, fabricar, transformar, preparar, manipular, purificar, fracionar, embalar ou reembalar, importar, exportar, armazenar, expedir, transportar, comprar, vender, ceder ou usar alimentos, produtos alimentícios, medicamentos, drogas, insumos farmacêuticos, produtos dietéticos, de higiene, cosméticos, correlatos, embalagens, saneantes, utensílios e aparelhos que interessem à saúde pública ou individual, sem [...] autorizações do órgão sanitário competente ou contrariando o disposto na legislação sanitária pertinente. Penas previstas: advertência, apreensão e inutilização, interdição, cancelamento do registro, e/ou multa. 7.2.2. Fabricação sem Alvará Sanitário (licença sanitária) Descrição da irregularidade sanitária: Produzir, fabricar, fracionar, embalar, armazenar, expedir e vender insumos farmacêuticos, medicamentos, drogas vegetais, derivados vegetais, e/ou fitoterápicos sem ser licenciado pela Vigilância Sanitária Estadual (sem possuir alvará sanitário). Dispositivos legais e regulamentares transgredidos: 18 Art. 1º, Art. 2º, Art. 51 da Lei Federal nº 6360/76, c/c Art. 1º, Art. 2º do Decreto Federal nº 79.094/77, c/c Art. 21 da Lei Federal nº. 5991/73, c/c Art. 556 do Regulamento Aprovado pelo Decreto Estadual nº. 23.430/74. Lei Federal nº 6360/76 Art. 1º Ficam sujeitos às normas de vigilância sanitária instituídas por esta Lei os medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos e correlatos, definidos na Lei número 5.991, de 17 de dezembro de 1973, bem como os produtos de higiene, os cosméticos, perfumes, saneantes domissanitários, produtos destinados à correção estética e outros adiante definidos. Art. 2º Somente poderão extrair, produzir, fabricar, transformar, sintetizar, purificar, fracionar, embalar, reembalar, importar, exportar, armazenar ou expedir os produtos de que trata o Art.1 [...] cujos estabelecimentos hajam sido licenciados pelo órgão sanitário das Unidades Federativas em que se localizem. Art. 51 O licenciamento, pela autoridade local, dos estabelecimentos industriais ou comerciais que exerçam as atividades de que trata esta Lei, dependerá de haver sido autorizado o funcionamento da empresa pelo Ministério da Saúde e de serem atendidas, em cada estabelecimento, as exigências de caráter técnico e sanitário estabelecidas em regulamento e instruções do Ministério da Saúde, inclusive no tocante à efetiva assistência de responsáveis técnicos habilitados aos diversos setores de atividade. Decreto Federal nº 79.094/77 Art. 1º Os medicamentos, insumos farmacêuticos, drogas, correlatos, cosméticos, produtos de higiene, perfumes e similares, saneantes domissanitários, produtos destinados à correção estética e os demais, submetidos ao sistema de vigilância sanitária, somente poderão ser extraídos, produzidos, fabricados, embalados ou reembalados, importados, exportados, armazenados, expedidos ou distribuídos, obedecido o disposto na Lei nº 6.360/76, e neste Regulamento. (NR) (alterado pelo decreto nº 3.961/01) Art. 2º Para o exercício de qualquer das atividades indicadas no artigo 1º, as empresas dependerão de [...] de licenciamento dos estabelecimentos pelo órgão competente da Secretária da Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. Lei Federal nº 5991/73 Art. 21 O comércio, a dispensação, a representação ou distribuição e a importação ou exportação de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos será exercido somente por empresas e estabelecimentos licenciados pelo órgão sanitário competente dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, em conformidade com a legislação supletiva a ser baixada pelos mesmos, respeitadas as disposições desta Lei. Decreto Estadual nº. 23.430/74 Art. 556 Nenhum estabelecimento industrial de fabrico e manipulação de drogas e de outros produtos químicos que interessam à medicina e à saúde pública 19 poderá funcionar sem a prévia licença da autoridade sanitária competente [...]. Enquadramento: Artigo 10, Inciso VI da Lei Federal nº 6437/77. Lei Federal nº 6437/77 Artigo 10 Inciso IV extrair, produzir, fabricar, transformar, preparar, manipular, purificar, fracionar, embalar ou reembalar, importar, exportar, armazenar, expedir, transportar, comprar, vender, ceder ou usar alimentos, produtos alimentícios, medicamentos, drogas, insumos farmacêuticos, produtos dietéticos, de higiene, cosméticos, correlatos, embalagens, saneantes, utensílios e aparelhos que interessem à saúde pública ou individual, sem [...] licença [...] do órgão sanitário competente ou contrariando o disposto na legislação sanitária pertinente. Penas previstas: advertência, apreensão e inutilização, interdição, cancelamento do registro, e/ou multa. 7.2.3. Produzir sem registro/notificação no Ministério da Saúde Descrição da irregularidade sanitária: Produzir e/ou comercializar insumos farmacêuticos, medicamentos, drogas vegetais, derivados vegetais, e/ou fitoterápicos sem registro/registro/registro simplificado/notificação no Ministério da Saúde. Dispositivos legais e regulamentares transgredidos: Art. 12 da Lei Federal nº. 6360/76, c/c Art. 14 do Decreto Federal nº. 79.094/77, c/c Art. 1º e Art. 2º e o Anexo I da Resolução RDC nº. 10/10 (no caso de drogas vegetais notificadas), Art. 1º e Anexo da Instrução Normativa ANVISA nº. 05/08 (no caso de medicamentos fitoterápicos de registro simplificado), Art. 1º da Resolução RDC nº. 14/10 (no caso de registro de medicamentos fitoterápicos). Lei Federal nº. 6360/76 Art. 12 Nenhum dos produtos de que trata esta Lei, inclusive os importados, poderá ser industrializado, exposto à venda ou entregue ao consumo antes de registrado no Ministério da Saúde. Decreto Federal nº. 79.094/77 Art. 14 Nenhum dos produtos submetidos ao regime de vigilância sanitária de que trata este Regulamento, poderá ser industrializado, exposto à venda ou entregue ao consumo, antes de registrado no órgão de vigilância sanitária competente do Ministério da Saúde. Classificação dos produtos como drogas vegetais notificadas: Resolução RDC nº. 10/10 Art. 1º Fica instituída a notificação de drogas vegetais no âmbito da ANVISA, assim consideradas as plantas medicinais ou suas partes, que contenham as substâncias, ou classes de substâncias, responsáveis pela ação terapêutica, após processos de coleta ou colheita, estabilização e 20 secagem, íntegras, rasuradas, trituradas ou pulverizadas, relacionadas no Anexo I desta Resolução. §1º. O disposto nesta Resolução se aplica aos produtos classificados como drogas vegetais relacionadas no Anexo I dessa Resolução. §2º. A fabricação, a importação e a comercialização dos produtos de que trata o parágrafo anterior ficam sujeitos ao disposto nessa Resolução, devendo-se adotar, integral e exclusivamente, as informações padronizadas do Anexo I dessa Resolução. Art. 2º As drogas vegetais relacionadas no Anexo I são produtos de venda isenta de prescrição médica destinados ao consumidor final. Sua efetividade encontra-se amparada no uso tradicional e na revisão de dados disponíveis em literatura relacionada ao tema. § 1º. Os produtos de que trata esta Resolução destinam-se ao uso episódico, oral ou tópico, para o alívio sintomático das doenças relacionadas no Anexo I dessa Resolução, devendo ser disponibilizadas exclusivamente na forma de droga vegetal para o preparo de infusões, decocções e macerações. § 2º. Não podem ser notificadas drogas vegetais em qualquer outra forma (cápsula, tintura, comprimido, extrato, xarope, entre outros). Classificação simplificado: dos produtos como medicamentos fitoterápicos de registro Instrução Normativa ANVISA nº. 05/08 Art. 1º Determinar a publicação da "LISTA DE MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS DE REGISTRO SIMPLIFICADO", conforme anexo. Classificação dos produtos como medicamentos fitoterápicos RDC nº. 14/10 Art. 1° Esta Resolução possui o objetivo de estabelecer os requisitos mínimos para o registro de medicamentos fitoterápicos. Enquadramento: Artigo 10, Inciso VI da Lei Federal nº. 6437/77. Lei Federal nº. 6437/77 Artigo 10 Inciso IV extrair, produzir, fabricar, transformar, preparar, manipular, purificar, fracionar, embalar ou reembalar, importar, exportar, armazenar, expedir, transportar, comprar, vender, ceder ou usar alimentos, produtos alimentícios, medicamentos, drogas, insumos farmacêuticos, produtos dietéticos, de higiene, cosméticos, correlatos, embalagens, saneantes, utensílios e aparelhos que interessem à saúde pública ou individual, sem registro [...] do órgão sanitário competente ou contrariando o disposto na legislação sanitária pertinente. 21 Penas previstas: advertência, apreensão e inutilização, interdição, cancelamento do registro, e/ou multa. 7.2.4. Sem Assistência de Responsável Técnico A fabricação de medicamentos é atribuição privativa dos profissionais farmacêuticos, enquanto a de insumos farmacêuticos pode ser por farmacêutico ou outro profissional legalmente habilitado pelo seu órgão de classe para a atividade. Descrição da irregularidade: Estabelecimento fabricando ou industrializando insumos farmacêuticos, medicamentos, drogas vegetais, derivados vegetais, e/ou fitoterápicos sem assistência de responsável técnico legalmente habilitado. Dispositivos legais e regulamentares transgredidos: Art. 8º e Art. 53 da Lei Federal nº. 6360/76 c/c Art. 9º e Art. 89 do Decreto Federal nº.79.094/77 c/c Art. 1º, Inciso II do Decreto Federal nº. 85.878/81, c/c Art. 556 e Art. 562 do Regulamento Aprovado pelo Decreto nº. 23.430/74. Lei Federal nº. 6360/76 Art. 8º Nenhum estabelecimento que fabrique ou industrialize produto abrangido por esta Lei poderá funcionar sem a assistência e responsabilidade efetivas de técnico legalmente habilitado. Art. 53 As empresas que exerçam as atividades previstas nesta Lei ficam obrigadas a manter responsáveis técnicos legalmente habilitados suficientes, qualitativa e quantitativamente, para a adequada cobertura das diversas espécies de produção, em cada estabelecimento. Decreto Federal nº. 79.094/77 Art. 9º Nenhum estabelecimento que fabrique ou industrialize produtos abrangido pela Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, e por este Regulamento, poderá funcionar sem assistência e responsabilidade efetivas de técnico legalmente habilitado. Art. 89 As empresas que exerçam atividades previstas neste Regulamento ficam obrigadas a manter responsáveis técnicos legalmente habilitados, suficientes, qualitativa e quantitativamente para a correspondente cobertura das diversas espécies de produção, em cada estabelecimento. Decreto Federal nº. 85.878/81 Art. 1º São atribuições privativas dos profissionais farmacêuticos: [...] Inciso II assessoramento e responsabilidade técnica em: a) estabelecimentos industriais farmacêuticos em que se fabriquem produtos que tenham indicações e/ou ações terapêuticas, anestésicos ou auxiliares de diagnóstico, ou capazes de criar dependência física ou psíquica; b) órgãos, laboratórios, setores ou estabelecimentos farmacêuticos em que se executem controle e/ou inspeção de qualidade, análise prévia, análise de 22 controle e análise fiscal de produtos que tenham destinação terapêutica, anestésica ou auxiliar de diagnósticos ou capazes de determinar dependência física ou psíquica; c) órgãos, laboratórios, setores ou estabelecimentos farmacêuticos em que se pratiquem extração, purificação, controle de qualidade, inspeção de qualidade, análise prévia, análise de controle e análise fiscal de insumos farmacêuticos de origem vegetal, animal e mineral; d) depósitos de produtos farmacêuticos de qualquer natureza; Resolução CFF nº. 387/02, regulamenta as atividades do farmacêutico na indústria farmacêutica Decreto Estadual nº. 23.430/74, aprova regulamentação que dispõe sobre a promoção, proteção e recuperação da Saúde Pública Art. 556 Nenhum estabelecimento industrial de fabrico e manipulação de drogas e de outros produtos químicos que interessam à medicina e à saúde pública, poderá funcionar [...] sem ter, na sua direção técnica, farmacêutico devidamente habilitado. Art. 562 É obrigatória a permanência do diretor técnico, legalmente habilitado, por ocasião do preparo e manipulação de especialidades farmacêuticas. Enquadramento: Artigo 10, Inciso XIX da Lei Federal nº 6437/77. Lei Federal nº 6437/77 Artigo 10 Inciso XIX industrializar produtos de interesse sanitário sem a assistência de responsável técnico, legalmente habilitado. Penas previstas: advertência, apreensão, inutilização, interdição, cancelamento do registro e/ou multa. 7.2.5. Utilização de indicações terapêuticas para alimentos Descrição da irregularidade: Produzir alimentos de origem vegetal com indicações terapêuticas, induzindo a serem utilizados como drogas vegetais, derivados vegetais, e/ou medicamentos fitoterápicos. Dispositivos legais e regulamentares transgredidos: Art. 56 do Decreto-Lei Federal nº 986/69, c/c item 7.1 da Resolução RDC nº 277/05. Decreto-Lei Federal nº 986/69 Art. 56 Excluem-se do disposto neste Decreto-Lei os produtos com finalidade medicamentosa ou terapêutica, qualquer que seja a forma como se apresentam ou o modo como são ministrados. Resolução RDC nº 277/05. Item 7.1. Não é permitida, no rótulo, qualquer informação que atribua indicação medicamentosa ou terapêutica (prevenção, tratamento e ou cura) ou indicações para lactentes. Enquadramento: Artigo 10, Inciso XV da Lei Federal nº. 6437/77. 23 Lei Federal nº 6437/77 Artigo 10 Inciso XV rotular alimentos e produtos alimentícios ou bebidas, [...] produtos dietéticos, [...] contrariando as normas legais e regulamentares. Penas previstas: advertência, inutilização, interdição, e/ou multa. 7.2.6. Utilização de expressão “chá” indevidamente: Descrição da irregularidade: Utilizar indevidamente a expressão “chá” para drogas vegetais sujeitas a notificação conforme Resolução RDC nº. 10/10. Dispositivos legais e regulamentares transgredidos: Art. 14 da Resolução RDC nº. 10/ 10. Resolução RDC nº. 10/10 Art. 14 A palavra chá não deve ser utilizada para designar o produto, podendo constar apenas nas informações sobre forma de utilização, nos casos em que a empresa citar a expressão "xícara das de chá". Enquadramento: Artigo 10, Inciso XV da Lei Federal nº. 6437/77. Lei Federal nº 6437/77 Artigo 10 Inciso XV rotular [...] medicamentos, drogas, insumos contrariando as normas legais e regulamentares. farmacêuticos, [...] Penas previstas: advertência, inutilização, interdição, e/ou multa. 7.2.7. Utilização de outras expressões indevidamente: Descrição da irregularidade: Utilizar indevidamente as expressões: “100% Natural”, “Produto Natural”, “Ervas Medicinais”, “Concentrado de Ervas Medicinais” “Isento de registro no MS cfe. Resolução nº. 23/2000 ANVS/MS”; “Produto da Farmacopéia Brasileira”, “Super Ervas”, “Saúde através da Natureza”, “Super Concentrado Natural”, entre outras. Dispositivos legais e regulamentares transgredidos: Art. 5º e Art. 59 da Lei Federal nº. 6360/76 c/c Parágrafo único do Art. 93 do Decreto Federal nº. 79.094/77. Lei Federal nº. 6360/76 Art. 5º Os produtos de que trata esta Lei não poderão ter nomes ou designações que induzam a erro. (Redação dada pela Lei nº. 6.480, de 1º de dezembro de 1977.) Art. 59 Não poderão constar de rotulagem ou de propaganda dos produtos de que trata esta Lei designações, nomes geográficos, símbolos, figuras, desenhos ou quaisquer indicações que possibilitem interpretação falsa, erro ou confusão quanto à origem, procedência, natureza, composição ou qualidade, que atribuam ao produto finalidades ou características diferentes daquelas que realmente possuam. 24 Decreto Federal nº. 79.094/77 Art. 93 [...] Parágrafo único. Não poderão constar da rotulagem ou da publicidade e propaganda dos produtos submetidos ao regime deste Regulamento, designações, nomes geográficos, símbolos, figuras, desenhos ou quaisquer indicações que possibilitem interpretação falsa, erro ou confusão quanto à origem, procedência, natureza, composição ou qualidade, ou que atribuam ao produto, finalidades ou características diferentes daquelas que realmente possua. (Redação dada pelo Decreto nº 83.239 de 6 de março de 1979). Enquadramento: Artigo 10, Inciso XV da Lei Federal nº. 6437/77. Lei Federal nº 6437/77 Artigo 10 Inciso XV rotular [...] medicamentos, drogas, insumos contrariando as normas legais e regulamentares. farmacêuticos, [...] Penas previstas: advertência, inutilização, interdição, e/ou multa. 7.2.8. Rotulagem ou propaganda indevida Descrição da irregularidade: Rotular ou realizar publicidade ou propaganda de insumos farmacêuticos, medicamentos, drogas vegetais, derivados vegetais, e/ou fitoterápicos, com nomes geográficos, símbolos, figuras, desenhos ou quaisquer indicações que possibilitem interpretação falsa, erro ou confusão quanto à origem, procedência, natureza, composição ou qualidade, que atribuam ao produto finalidades ou características diferentes daquelas que realmente possuam; Dispositivos legais e regulamentares transgredidos: Art. 59 da Lei Federal nº. 6360/76 c/c Parágrafo único do Art. 93 do Decreto Federal nº. 79.094/77. Lei Federal nº. 6360/76 Art. 59 Não poderão constar de rotulagem ou de propaganda dos produtos de que trata esta Lei designações, nomes geográficos, símbolos, figuras, desenhos ou quaisquer indicações que possibilitem interpretação falsa, erro ou confusão quanto à origem, procedência, natureza, composição ou qualidade, que atribuam ao produto finalidades ou características diferentes daquelas que realmente possuam. Decreto Federal nº. 79.094/77 Art. 93. [...] Parágrafo único. Não poderão constar da rotulagem ou da publicidade e propaganda dos produtos submetidos ao regime deste Regulamento, designações, nomes geográficos, símbolos, figuras, desenhos ou quaisquer indicações que possibilitem interpretação falsa, erro ou confusão quanto à origem, procedência, natureza, composição ou qualidade, ou que atribuam ao produto, finalidades ou características diferentes daquelas que realmente possua. (Redação dada pelo Decreto nº 83.239 de 6 de março de 1979). Enquadramentos: Artigo 10, Incisos V e/ou XV da Lei Federal nº. 6437/77. 25 Lei Federal nº 6437/77 Artigo 10 Inciso V fazer propaganda de produtos sob vigilância sanitária, alimentos e outros, contrariando a legislação sanitária: Inciso XV rotular alimentos e produtos alimentícios ou bebidas, bem como medicamentos, drogas, insumos farmacêuticos, produtos dietéticos, de higiene, cosméticos, perfumes, correlatos, saneantes, de correção estética e quaisquer outros, contrariando as normas legais e regulamentares. Penas previstas: advertência, inutilização, interdição, proibição de propaganda, suspensão de venda, imposição de mensagem retificadora, suspensão de propaganda e publicidade e/ou multa.(redação dada pela MP nº 2.190-34/01). Obs. Somatório das penalidades previstas nos dois Incisos. 7.2.9. Descumprimento de boas práticas de fabricação Descrição da irregularidade: Descumprir normas legais e regulamentares, medidas, formalidades, outras exigências sanitárias relacionadas às boas práticas de fabricação de insumos farmacêuticos, drogas vegetais, derivados vegetais, e/ou medicamentos (fitoterápicos). Dispositivos legais e regulamentares transgredidos: Art. 1º e 2º da Resolução RDC nº. 17/10. Especificar ainda o(s) artigo(s) não cumpridos das Boas Práticas de Fabricação de acordo com a(s) não conformidade(s) constatada(s). Resolução RDC nº. 17/10 Art. 1º Esta resolução possui o objetivo de estabelecer os requisitos mínimos a serem seguidos na fabricação de medicamentos para padronizar a verificação do cumprimento das Boas Práticas de fabricação de Medicamentos (BPF) de uso humano durante as inspeções sanitárias. Art. 2º Os estabelecimentos fabricantes de medicamentos devem cumprir as diretrizes desta resolução em todas as operações envolvidas na fabricação de medicamentos, incluindo os medicamentos em desenvolvimento destinados a ensaios clínicos. Enquadramentos: Artigo 10, Inciso XXXV da Lei Federal nº 6437/77. Lei Federal nº 6437/77 Artigo 10 Inciso XXXV descumprimento de normas legais e regulamentares, medidas, formalidades, outras exigências sanitárias relacionadas a estabelecimentos e às boas práticas de fabricação de matérias-primas e de produtos sob vigilância sanitária: Penas previstas: advertência, apreensão, inutilização, interdição, cancelamento da autorização de funcionamento, cancelamento do registro do produto e/ou multa; (Acréscimo dado pela MP nº 2.190-34/01). 26 7.2.10. Descumprimento de interdição imposta ou outro ato emanado Descrição da irregularidade: Descumprir interdição de empresa e/ou de produtos sob Vigilância Sanitária ou de qualquer outro ato emanado, impostos pela ANVISA (Resolução RE) e/ou pelas VISA Estadual/Regional/Municipal. Dispositivos legais e regulamentares transgredidos: Artigo 2º da Lei Estadual nº 6503/72. Lei Estadual nº 6503/72 Art. 2º Incumbe ao Estado a efetivação das medidas necessárias à promoção, proteção e recuperação da saúde pública e é dever do indivíduo acatar e cumprir as medidas médico-sanitárias impostas pelas autoridades competentes. Enquadramentos: Artigo 10, Inciso XXXI da Lei Federal nº 6437/77. Lei Federal nº 6437/77 Artigo 10 Inciso XXXI descumprir atos emanados das autoridades sanitárias competentes visando à aplicação da legislação pertinente: Penas previstas: advertência, apreensão, inutilização e/ou interdição do produto, suspensão de venda e/ou de fabricação do produto, cancelamento do registro do produto, interdição parcial ou total do estabelecimento; cancelamento de autorização para funcionamento da empresa, cancelamento do alvará de licenciamento do estabelecimento, proibição de propaganda e/ou multa. (Redação dada pela MP nº 2.190-34/01) 7.3. Enquadramento no Código Penal Finalizando, produzir e/ou comercializar insumos farmacêuticos, medicamentos, drogas vegetais, derivados vegetais, e/ou fitoterápicos sem AFE, sem licença sanitária e sem registro/registro simplificado/notificação no Ministério da Saúde são crimes previstos no Art. 273 do Decreto-lei Federal no 2.848/40 (Código Penal). Quando constatados devem ser encaminhados à Polícia Civil e/ou ao Ministério Público para que sejam tomadas as medidas cabíveis ao caso. Decreto-lei Federal no 2.848/40 Art. 273 Falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais: (Redação dada pela Lei nº 9.677/98) Pena - reclusão, de 10 (dez) a 15 (quinze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.677/98) § 1º Nas mesmas penas incorre quem importa, vende, expõe à venda, tem em depósito para vender ou, de qualquer forma, distribui ou entrega a consumo o produto falsificado, corrompido, adulterado ou alterado. (Redação dada pela Lei nº 9.677/98) § 1º-A 27 Incluem-se entre os produtos a que se refere este artigo os medicamentos, as matérias-primas, os insumos farmacêuticos, os cosméticos, os saneantes e os de uso em diagnóstico. (Incluído pela Lei nº 9.677/98) § 1º-B Está sujeito às penas deste artigo quem pratica as ações previstas no § 1º em relação a produtos em qualquer das seguintes condições: (Incluído pela Lei nº 9.677/98) I - sem registro, quando exigível, no órgão de vigilância sanitária competente; (Incluído pela Lei nº 9.677/98) II - em desacordo com a fórmula constante do registro previsto no inciso anterior; (Incluído pela Lei nº 9.677/98) III - sem as características de identidade e qualidade admitidas para a sua comercialização; (Incluído pela Lei nº 9.677/98) IV - com redução de seu valor terapêutico ou de sua atividade; (Incluído pela Lei nº 9.677/98) V - de procedência ignorada; (Incluído pela Lei nº 9.677/98) VI - adquiridos de estabelecimento sem licença da autoridade sanitária competente. (Incluído pela Lei nº 9.677/98). 8. Legislações relacionadas 8.1. Medicamentos BRASIL. Decreto-lei Federal no. 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF: 1940. BRASIL. Lei Federal nº. 5.991, de 17 de dezembro de 1973. Dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF: 1973. BRASIL. Decreto Estadual nº. 23.430, de 24 de outubro de 1974. Regulamento sobre a promoção, proteção e recuperação da saúde pública. Diário Oficial [do] Estado do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS: 1974. BRASIL. Lei Federal nº. 6.360, de 23 de setembro de 1976. Dispõe sobre a vigilância sanitária a que ficam sujeitos os medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos e correlatos, cosméticos, saneantes e outros produtos, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF: 1976. BRASIL. Decreto n°. 79.094, de 05 de janeiro de 1977. Regulamenta a Lei nº. 6.360, de 23 de setembro de 1976, que submete a sistema de vigilância sanitária os medicamentos, insumos farmacêuticos, drogas, correlatos, cosméticos, produtos de higiene, saneantes e outros. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF: 1977. BRASIL. ANVISA. INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 5, de 11 de dezembro de 2008. Determina a publicação da "Lista de Medicamentos Fitoterápicos de Registro Simplificado". Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF: 2008. BRASIL. ANVISA. Resolução RDC nº. 249, de 13 de setembro de 2005. Determina a todos os estabelecimentos fabricantes de produtos intermediários e de insumos farmacêuticos ativos, o cumprimento das diretrizes estabelecidas no regulamento técnico das boas práticas de fabricação de produtos intermediários e insumos 28 farmacêuticos ativos, conforme Anexo I da presente Resolução. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF: 2005. BRASIL. ANVISA. Resolução RDC nº. 204, de 16 de novembro de 2006. Determina a todos os estabelecimentos que exerçam as atividades de importar, exportar, distribuir, expedir, armazenar, fracionar e embalar insumos farmacêuticos o cumprimento das diretrizes estabelecidas no regulamento técnico de boas práticas de distribuição e fracionamento de insumos farmacêuticos, conforme Anexo da presente Resolução. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF: 2006. BRASIL. ANVISA. Resolução RDC nº. 30, de 15 de maio de 2008. Dispõe sobre a obrigatoriedade de todas as empresas estabelecidas no país, que exerçam as atividades de fabricar, importar, exportar, fracionar, armazenar, expedir e distribuir insumos farmacêuticos ativos, cadastrarem junto à ANVISA todos os insumos farmacêuticos ativos com os quais trabalham. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF: 2006. BRASIL. ANVISA. Resolução RDC nº. 10, de 09 de março de 2010a. Dispõe sobre a notificação de drogas vegetais junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF: 2010. BRASIL. ANVISA. INSTRUÇÃO NORMATIVA nº. 5, de 31 de março de 2010b. Estabelece a lista de referências bibliográficas para avaliação de segurança e eficácia de medicamentos fitoterápicos. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF: 2010. BRASIL. ANVISA. Resolução RDC nº. 17, de 16 de abril de 2010c. Dispõe sobre boas práticas de fabricação de medicamentos. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF: 2010. BRASIL. ANVISA. Resolução RDC nº. 14, de 31 de abril de 2010d. Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF: 2010. BRASIL. ANVISA. Medicamentos Fitoterápicos. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/Anvisa+Portal/Anvisa/Inicio/Medicamentos/A ssunto+de+Interesse/Medicamentos+fitoterapicos>. Acesso em: 14 mar 2012a. BRASIL. ANVISA. Autorização de Funcionamento. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/Anvisa+Portal/Anvisa/Setor+Regulado/O+qu e+voce+precisa/Autorizacao+de+Funcionamento++AFE/Cosmeticos/94783c004002453d97adff4683b68403>. Acesso em: 14 mar 2012b. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº. 533, de 29 de março de 2012. Estabelece o elenco de medicamentos e insumos da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF: 2012. 8.2. Alimentos BRASIL. Decreto n°. 986 de 21 de outubro de 1969 – Normas básicas sobre alimentos. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF: 1969. 29 BRASIL. ANVISA. Resolução RDC nº. 267, de 22 de setembro de 2005. Aprova o "Regulamento Técnico de Espécies Vegetais para o Preparo de Chás." Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF: 2005. BRASIL. ANVISA. Resolução RDC nº 277, de 22 de setembro de 2005. Regulamento Técnico para Café, Cevada, Chá, Erva-Mate e Produtos Solúveis. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF: 2005. BRASIL. ANVISA. RDC nº. 219, de 22 de dezembro de 2006. Dispõe sobre a inclusão do uso das espécies vegetais e parte(s) de espécies vegetais para o preparo de chás. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF: 2006. Rio Grande do Sul. Secretaria da Saúde. Divisão de Vigilância Sanitária. Informe Técnico nº. 45, de 28 de dezembro de 2010. Esclarecimentos sobre a regulamentação de chás. Porto Alegre, RS: 2010. Elaboração Elisa Brust Rieck Revisão Maria de Lourdes Quevedo Gonçalves Vânia Kober Biffignandi Colaboração Angelene Postiglioni Capitani Dora Valeria Bocchi Barlem Marlene Nunes dos Santos Susete Lobo Saar Almeida Realização Setor de Medicamentos Núcleo de Vigilância de Produtos Divisão de Vigilância Sanitária Centro Estadual de Vigilância em Saúde Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul med-dvs@saude.rs.gov.br 30