Commissão de Linhas Telegraphioas EstrategioaB de Matto-Grosso ao Amazonas ANNEXO N, 4 RELATORIOS DOS HObOlhOS~e IKltonico e vlouens elecUlodos numnte os OIlll8S de 1908 e 1909 APRESENTADOS AO SR. TENDiTE CORONEL [lE ENGENHARIA Candido Mariano da 8lÏva Rondon Chefe da Commissão POR R'IO DE JANEIRO ~13U 1916 Oommissào de Linhas Telegraphicas Estrategicas de Matto-Grosso ao Amazonas (Publicação n. 28 I ANNEXO N. 4 RELA TORIOS U()" lm~mMs~~ MWni~~~ vi~~~nS~x~~UIM~s~umnW~s ann~s ~e\908 Af'¡¡f SEHA\lOS 1909 e AO SR. n.M.InE. CO¡¡OSEI. !W. F.r;Gr.~HARI!. Candido Mariano da Silva Rondon Chefe da Commissâo RIO JANEIRO DE 1916 1Ai;I_U I;, ·')lf'>LIOlI:CA LUI'; '., RfHJB! _..\~f". :". ,',Mí': ;\RANGC CATALOGACION TaJos os direitos reservaJos PUBLICAÇÃO N. 28 ERRATA Na pagin'l IH, linha sexta em deante, Na epoca em que fizemos Pago 14 linha 7 de baixo, leia-se 17 ao envez do que está leia-se: esta viagem já observam JS os primeiros EzelirlO leguas). etc. em vez de F:uzehio 5 I/ydromystria 6,. Spruceaf1a i7 H ., ,Helvilla " melvilla 18 3 " HumholtiarlU .. Hurnholdziaf1a Curatella " Cumteilia 17 " 21 "9,, 21 ,,13,. Spl/('(1ostigma Ifydromistria " ,. spraceana "Splzef1ostiga 22 3 Hroflgf1iarlti ., Brof1gfliarthil 22 5 .. Curatella ., Curatel/ia 35 ,,18 39 39 43 .. 3 5 .. "12,, 44 ,,21 51 "J .. O •. SelaKif1ellaeeas .. Scl/a¡;inel/aeeus princeps " priceps aeuleata .. aculata St'/aginellaceas .. Scl/aginel/aceas latollá " labotá Bromeliaceas ., RromelinGceas RELATC)R10S I RELATORIO NO DEI.'OItRER DOS TRABALHOS DA ULTDIA E YlAGE:\,g METADE DO ~~XEC¡;TADAg AN:>IO DE 1908 POR F. C. HOEHNE ROTA!\'ICO DA CO;\-IMISSÃO ESTRATEOlCAS 1m APRERE!'\TADO Dr. Candido DE LIXHAS MA'I'TO-GR08S0 AO TE~E!\'TE Mariano TELEGRAPlIICAS AO CORONEL da Silva Rondon D. D. CHEFE DA COMmS8ÃO R. Lui" ti.· CI\l'ereS, 18 <IP. Jl\nniro 01A7.0:-<AS de 19{)(l. Ten¿níe Coronel 0r. Candido ./VZarianoda }ilva !/iondon D. D. Chert: da de J .¡nhas Tclcgraphicas CllmmissAo Je l\latto Respeitosos Grns~o ao Eslrategka~ AlllB/ona:o. cumprimentos. J unto a esta, tenho a honra <le apresentar-vos orela torio dos me liS traba] hos exeell tados no decorrer do anno proximo findo, isto (~, d(' 2() de Maio de I()08., data em que fui nomeado para () carg-o quc excn:o, at(', 3 I de Dezemhro do ml'smo. De V. Ex." Adm.dor e Ami¡.>;o fi'. C. JI ne h l/e llot:1.nîco S. I.uiz de Caceres, em 18 da ('ommi" de Janeiro ...,lo. de I~09. RESUMO F:-:CURSÕr:S ASPECTO (;ERAL IÜ:s CLTA[)()S j)A RFCIÃO ATRA\"ESSADA EXCUR.SÜES FElT AS I':st;].nrio a cxcrr.cr o cargo de J ardillC'iro Chefe no :M llseu ~ acional do Rio de J ;].neiro, foi-nos apresentado, em M aio de ¡C)oR. pelo nosso distincto amig-o Dr. !\lipio de I\'Tiranda Ribeiro, ü mnvitc, que o Tenente Coronel Dr. Candido \bri;1no da Silv;]. Rondon, Chefe da Commissão de l.inhas Tdeg-raphi(,éls Estr;\(eg-icas de ?vIatto-Crosso ao Amazonas. !lOS faz;;]., para acompanhar, como auxiliar !Jotani('o, os trabalhos da mesma Commissão. Dl~sn('r.cssario (", dizn, <jue t'ste honroso convite foi para n(ís mnito bClllvindo. De ha muito (ksciavam()s, ankntcmentc, fazer um;¡ via~l'm mais demorada ao ;ntn;()r do nosso pail.; não só, para mclhur o conhecer quanto a sua tão rica nora e extensão, mas, tamlH'm, para ;1[H'r fciçoar mais os nossOS estudos ]¡o(;].nicos, visto sermos ainda um nov;(:o na sc;cl1cia de T.illlH'U. J\("("ede~mos pois, com maximo prazCT, ao convite e sendo nome'ados no dia do mesmo me!. para o ("arg'o, tomámos posse no dia 26, Ag-nardando ordens e adquirindo o material indispC'nsavel para (. serviço, tivemos rie nos demorar ainda um ITWZ IW R io de J anciro. X o dia '.n de J unho estava providenciado tmlo, pelo que tomÚmos passag(~m para o vapor cc J npitt'f ° ~s J) 12 do Lloyd nrasiJ('irn e nelle emh:lrr.;ímns com destino ;¡ :\1 ()lllevidto. I ndo com o T)r Aipio de Miranda Rilwiro, f]ue filra nomeado zooJogo c Dr. Cicero de Campos, geologoda mesma C)mmissão, como companheiros de viagem, tudo correu alegre c, sem mais novidades; em poucos dias, chegámos, ao bello C'stllario do Prata, onde, no porto de Montevidéo, transbordámos todos para o Il J a'lary ll, um novo vapor da mesma empreza, que faz:a a sua primeira viagem, levando a seu horda o Dr. Bllarque de Maccelo, director da Emprcza. C'heg;í.mos, assim, já no clia 19 de Julho, a Corumhá, ql.C: é o porto mais importante do Estado de Matto-Grosso. Em Corumbá, fomos ohrigados a demorar alguns dias, esperando conducção para S. Luiz de ('aeen>s, onde, segundo as ordels do TenenteCoronel Rondon, seria o pont0 para as nossas primeiras operações c pesquizas. O tempo, c¡ue assim fomos ohrigados a permanecer em Corumbá, foi bem aproveitado; fazendo diversas excursões, em companhia do zoologo, aos arredores da cidade, conseguimos colher algum material bastante interessante. Aproveitando umas chatas, que eram rehocadas peIa lancha Il Tac¡uary ll, com as quaes o Tenente Firmino Portugal transportava um contingente de soldados para a Commissão, partimos no dia 3 ,de Agosto, de Corumbá, chq;ando no ::lia IO do mesmo mez a S. Luiz de Caceres, onde fanas muito gentilmente recehidos e instal!ados no deposito da Commissão, pelo muito illustre Ten<~nte Emm;¡nllel Silvestre do Amarante, dig-no ofiîciaI da mesma " Commissão. 13 Em S. Luiz de Caceres continuÚmos a colher malcrial, fazendo, para isto, muitas e pequenas excursões aOS arredores da cidade . .Nestas excursões cramos na maioria das vezes tambem acompanhados pelo nossO amigo, {) zoologo da Commissão, que com us seus tiros certeirus abatia para sua colleção passaros c demais animacs que encontravamos. Em S. Luiz de Caceres, encontrámos dois cavallos pertencentes á Commissão, os quaes fôram pelo Tenente Amarante postos a nossa disposil,:ão; nelles carrcg'ámos, nu dia 27 de Ago::;to alguma bagagem e material para trabalho e seguimos, em companhia do wulogu c g'cologo, para a fazenda da J acubina. N o trajecto até á Jacobina conseguimos colher bastante material. E' esta uma região muito rica e bastante interessante no que diz respeito á sua vegetação. N a fazenda da Jacobina, o Sr. João da Vila, proprietario da mesma, nos recebeu com prazer, danelo-nos hospedagem em sua casa durante os dez dias em que ali estivemos trabalhando. Durante a nossa estadia em Jacobina, tivemos o ensejo de visitar, em companhia do zoologo, duas grutas; a do Quilombo c a chamada LÓca da Onça, das quaes a ultima t: bastante interessante c historica, pois diz-se que serviu de aLrigo, por espaço de dois annos, ao chefe da celebre Sabinada da Bahia. Este depois morreu e foi sepultado na capella da Jacobina na fazenda do mesmo llomc e que talvez tenha alguma relação com a dieta do Estado da Bahia. Em 7 de Setembro regressámos a S. Luiz de Caceres, trazendo alguns ;mimaes que adquirimos por compra, naquella fazenda, do Sr. Salomão j\lves Correia c 14 com os quaes esta vamos melhor preparados novas excursões. para Con el uindo a prepara\ão dcfini tiva do material collig-ído na Jacobina c caminho até lá, e, colhendo novo material nos arredores de S. Luíz de Caceres, visitando o Ciráu, Pir<:pitanga, Bom Jardim, Espinhal, Lava-pés c outros lagares proximos da cidade, permanecemos ne~;ta até o dia 2 de Outubro. Neste dia acompanhámos o zoologo em uma visita feita ás grutas da Fazendinha e do Pyrisal. No dia 5 de Outubro sahimos de S. Llliz de Caceres em uma excursão para () sul da cidade, feita em companhia do zoologo. N (~sta excursão, que durou oito dias, visitámos, num pcrcur~,o de duzentos c vinte um kilometros os seguintes lagares ao sul de Caceres: A fazenda da R'~sacca, a do AU;Icuryzal, a do Paratudal, a de Agua Limpa, Buraco da Fllma<;a e ainda as grutas da fazenda do T ucúm. De 13 até 24 de Outubro p,:;rmanecemos occupados em S. Luiz de Caceres. Em 24 de Outubro partimos com o zoologo para o rio J éluní, afim de irmos até o primeiro salto do mesmo. Servia-nos de conduC\:ão a hIncha " J uruena » da Commissão, cujo machinista era o Sr. Euzebio H.osas, e que levava a reboque um kltclão. Com estas embarcações fizemos a vIagem até Forto Esperidião. N este ultimo porto fomos obrig<ldos a fazer voltar a citada lancha e a fretar uma pré!l1cha tripulada, do Sr. José J orge, com a qual fumos então 15 transportados att; a IJcdra Branca. Em Peclra Branca procurÚmus esconder a nossa emoarca<;'ãu e bagagem, dos ulhos dos indios, enfiando tmlo debaixo da ramagem da margem do rio, puis não era mais possLvcl vencer a correnteza do rio. Conti· nuámos a nussa eXI)loracão I)or terra ao lonero do rio atravessando brejos, pé\.cÚvaes, corrq;os e riachos, em mattas infestadas de tac¡uarinhas, atravez das qllaes abrimos o nosso caminho; ao fim do sexto dia de sacrificio chegamos ao primeiro salto do rio J aun'!. Esta cachoeira, como poderiamos chamar este pequeno salto, fica a dez leguas acima de Pedra Branca, que é o lugar atl'~ onde conseguimos chegar com a pranch;]., empurrada por seis varas. l)C volta do Salto Alegre, pois assim se chame)]J o salto visitado, a viagem foi muito mais rapida : em um di;]. alcan<:;ímos o nosso pouso de Pedra Branca c em mais dois chcgÚmos ao sitio do Sr. J osé Jorge, que fica algumas voltas abaixo de Porto Esp(~ridião. Alli cntrcg{m1Os a nossa prancha c nos transportámos por terra at{~ a CaissÚra, de onde fomos levados com uma canlla. até S. Luiz de Caceres, alcançada no dia 20 de rkzembro. Durante o resto do armo estivemos OCCUPéldos em S. r .uiz de Caceres, concluindo a preparação do material colligido e colhendo novo nas cin:umj acencias da cidade. N as nossas cJiversas excursões ùe S. r .1Iiz d(~ Caccres para os diversos pontos visitados, cami· nh;'I1nos 3{)h kilol1ldros pllr :lgua, 3S4 kiloll1<'tros a cavallo c ~36 él p(\ perfazendo assim um total de 1026 kilomctros percorrid os. 1 ,,:-,' ASPECTO GERAL DA REGIÃO ATRAVESSADA Uma das cousas do riu Para.~lJay, sul¡i·· amos pdu Jl]esmo, loi a grande quantidade de ollllaloln, vcrdaùc:jr~ls ilhas fluctuantes com <¡LIe cncontr;'mws em todo u percurso du gr;lllde rio. Estas ilhéls flllctuantes, CjlW o povo do log-ar, appclidoll de « Cam~¡]I)tc o que t;t!vc/. scj::t uma adllltcr~l(:ão de « Chamal()tc » do Camclotum » do latim, q ue ('~tecidu de lã c seda. São formau()s pur diversas plantas aquaticas illJl'Íuatllcs üu de cauIe lluctIJ;lI1lc; sendo ndbs mais rcpres('nt;ldas ;IS seguintes plant;)s: /:'iddwmia ({.:;utca, Kunth., h'idt!lOr¡¿ia uassijJ(:s, (.Mart.) Solms.) j)ullfr.rlnia undijo!ifl .. :VTart., ¡Jo/d. que mais prendeu interessantes a T\ossa allen<,'ão, emqLIal1tl) )l, l( OZ.'fltiS, Mart., jJOlygOllUIIt flOIJJlillatltl/l, lI. B.K. c fragmentos da ('u/hoz /l/.r,¡,,'illa, Lell., que são mantidos juntos pelus caules e rhizomas grossos c int1atos da LIl::¡ola s}rw:(,([lla, Bcnth., sendo os intersticios (}('('up::tdus peja /1)'d1'OIltislria stotolli· jerra, C. F. \V. Mey, ¿Lola jiÜ{:,,/o¡r/r'.I. Larn., e 11/ otl/ia Imzs¡¡¡r'lIsis. \Vt·dd. Est;lS »];I11tas dese1lvolvem-se ern gTallde massa sobre il superficie (bs bahias, recantos c cnseadas formadas peln rio e, são 18 dali arrastadas pelas aguas, que nos meze's de MaioAgosto começam él escoar-se para ;l parte mais baixa Jo rio (depois da enchente tcr attingido o seu atlge na região do grandc pantanal, que se extende de Corumbá até Caceres, numa horgura de muitas leguas. Na epoca em que viajámos pelo rio Paraleguas ). Observámos os primeiros car.lalotes no oceano, quando ainda não tinhamos entrado no estuario do Prata. N o rio se tornavam algumas vezes prejudiciacs á marcha Jo vapor em quc viajavamos. Não raras vezes eram os marinheiros obrigados a desemoara<,'ar a prôa do vapor dos mesnos, afim de ootermos melhor marcha, Para cmbarca<,'õcs menores estas ilhas fluctuantes podem causar serias difficllldades, Muito interessantes são tambem as lindas formações da ('of{'mida ari/rra, Mart., a palmeira que no norte do Brasil chamam de « CarnaLÍba » e que aqui conhecem por (C Carandá Ella occupa as margens mais firmes rio rio Paraguay até Commbá, e tamhem as de tima parte do rio Paran,i, formando grupos quc ;is Vczes o(,ctlpam algoumas legouas em quadro. As sllas esti¡)('s muito din~itas (' rigis'iimas são bastante aproveitadas para toda a sorte de constrw\ões, o <jtlCtem contribuido para a grande devastação delIas, como notámos em muitos logares. )J, N os terrenos mais baixos OCoparte baixa do rio Paraná, appareccm lindas form;u;:ões de cc Sauce (Salix Humboldziana, Wild.), Cjte occupam grandes extensões das margens. Acima de Assumpção os lagares mais baixos são occupaclos por especies de )1 19 17/omaas, /l1gds, FupllOrhiau'as, intercaladas dC' Cy jJaaceas, (J'ramill('as e di vcrsa~ esp('cie~ dl' ,')'âla¡¡tiIIOlS, principalmente ('{¡[allu'as e/I rlinJIIÙrs. Na n:gião occupada pelo (;r;-¡ndt: Pantana!, a fl(íra ~ exclusivamente paludicola e hydrophila. As mattas são muito sujas, contendo muitas especies de f,egullli1tos('as, ¡11omceas e são, em geral, ricas de palmeiras armadas, f)r:smollclls, que cxtendem as suas l'stipes subscandcntcs entre os ramos das arvores mais altas. I1ar:Lris e Astrourryas associadas rom ,<.,'rl{'ria j1agrll7tlll, Sw., infestam os claros (' contornam as mC'smas, zomhando, com (1S espinhos e folhas rijas de selira, do naturalista que os queir;-¡ cxplor;lr, no que aind a são a u '(iliados pelo pan tano ou tremC'cbl C]IW os circumda, no qual rullulam os acan~s c as Sucurys. Ao approximar-nos da barra elo rio J auní, g-rande contribuinte que cae pela direita do rio Parag-uay, notamos que as mattas das margens são mais c\e,·adas. As plantas voll1vcis orrupam um log-ar de dl~staql1c: geralmente as mattas ostC'ntam na mar ~('m elo rio llma tal quantidade de !pOll1ras trepa cJciras qU(' ellas ('heg-am a formar uma vC'nlac1eira parede verne ao long-o do mesmo, vc(lanc1o desta fórma a vista ao interior dellas. As Rac/ris são ali lTluito frequentes e são, ramo os f)rsmonrus e Aslror.ar)'as, os g-cnerns de palmeiras melhor representados em tneJo o Estado. A parte baÎxa do rio Jal1ní, cm narla c1iffere do rio Paraguay. O terreno, ora mais elevado (' firme, ora b{lixo c alaQ"adi(:o extC'nrlc-sc at(~ muito long-c. Acimél do Barranco Branco, pon~m, o campo extendese as vezes até a margcm do rio. J 20 Em Porto Esperidiãn () rio J;¡lIn', j;í (. bastélntc mais correnttJs(), él matta da] i para cim;], <: m;]is al ta, o terreno mais firme; desapparecem com isto ;lS P01Ztcdcrias, que até a confluencia do rio A¡;uapehy ainda são bem representadas pela Pont. ardi.folia, Mart. As margens do rio são ornadas, <]llasi qlle em toda a sua extensão, ('om eSlwcics scandcntcs de Cissus, Canavalia ICllta, Beuth, e Ari;;toloc/lia jauruc1lsis, floelme (sp. nov.), conhecida por « Papo de Perú n. As mattas, muito ricas de rnadcir:ls preciosas, plantas mcdicinacs e ornamcnt1es, são raracterizadas pelo apparccimento da U ragó f!Jl iprraOUlllll(f, Baill., ;¡ « Poaya n, c¡ue c1cu nome a mesma. Em aJg-IlJ1S Jogares salientam-s~ sobre as demais plantas as magcstosas c6pas da brlla Orbignia speciosa, Mart., o Auassú, que predomina em toda região desta grande matta. Não é raro tambcm a Iriartea rxorrhiza, Mart., o « Castiçal Jl Clue apoia a sua estipe sobre as g-rossas e armadas raizes adventicias que se extendem para os lados em toda a roda até a I m ou I m,50 sobre o solo, escorando-a á maneira do que fazem as de algumas ('sprcies de Cecropias. U ma arvore bastan":e ahundante ali é o A1yrospe1'11umz eryt/z.roxylu.m, vlll~Flrmente conhecida por « Balsamo 11. O « J atobá » (Hymrllaea curbaril, L.) attinge dimensões g-ig-antescas. « Jequitibá» (Cariniana brasiliensis, Cas.) enc.ontramos com mais de 20 metros de comprimento com um tronco de mais de 2m de diametro. Além destas abundam, o l( Páo de Oleo », (I Mlllateira » e a « Araputanga » cuja madeira comparavel á do cedro, é muito empregada na construc\ão de embarcações. São muito frec¡uentes, em toda esta matta, 21 plantas epiphyt;].s. Em ilh:ts abaixo ela Pedra Branca Cllnl11tramos o Flirl{,//(/T1t/lt ,'IL'tj>aT/tm, J -ind., ¡".'tirl('Jl{/Tlflll 'l/arlr'ga!ulll, Hook. e ,,,'obralias que não se achavam em fllîr. ;lS A Il Poa)';].)) ([Jmgoga ij>nlTnralll/a, R\il1.) ronstituc, COInO já dissemos m;].is acima, a prin('ipal ric¡uf't.a daquella matta; an lado della ('n('ontra se tamhem a (( Sals:tparilha )) (!!nrnia salsataril/w, 1\1art.) c muitas olltms plantas meclicinaes que ainrla não foram exploradas. Em l'orto Esperieliãn, o terreno, um tanto accidentado, t bastante pedrq;lIlhento; (';].mpos com moitas maiores ou menores de matta se ('xtendem att ao rio Ag:uapchy e a muitas leg-uas na dirccção da cidade de Matto-( ~rossn. l\ os log"ares In:tis baixos, nas deprcsst>cs do terreno, onde Sf' form;¡m lag-(¡;1s t('mporarias, appareccm formações ele Cyj>rTl(s e de Tlwlia g('Jtiotfata, I". Os ('ampos são ricos cm COJ7/.j>ostas,apparccendo nos log-arcs mais l¡aixos o S j>!trllos/iga gralllill{'/tllI, Spc. Moore (' tambem uma nutra Irir/aaa, talvez nova especie do genero Zl'gr'//a. As Vorll)'.lla.\" Qua/ras e Calfi.I/!t{'J!Ps são muito frequelltes (' ('onstituem ('om ;1 C7fraLdlia alllNiUl/la, 1 •. as arvores mais ('mnmllllS dos campos. ~os !a!!,os observamos especies de {l/rindarias. O ,<"{('/wrril1'lIdms maaall/llIfs, Cog:n. e o / / %s/ylis r{,lli/ormis, f)¡tr/d. appareccm com frcquel1ria. S. Luit. d(~ Caceres ( ('('rcada de cerrados, os q uacs ('sta vam, durante él nnsssa aJi, muito S('CC05; via se entretanto em log-arcs inrlicios de 'Ille devem ser em Olltras r;1mpns ~stad ia muitos epocas 22 do anno, bastantc regados por lag-oas temporarias e correntes passagciras de agua; notámos que a vegetação destes logares citados cra. hydrl)phila. Encontr;ímos restos de Eïc/¡/wmias e outras plantas aquaticas quasi mortas que jaziam semi-sepultadas nos citaoos log-arcs, esperanoo, naturalment~, que as janellas dos ceus se abrissem para lhes fcrnecer o elemento pclo qual rcsuscitariam para continuar a reproduc\~ão da especie. Estes cerrados confinam com os ccrradõcs dos pequenos morrotes que se levantam a alg-umas leg-uas da cidaoc. A serra do Quilombo, a mais alta c interessante, dista tres leguas da cidade. N os logares em que se encontram os leit·}s das correntes passag-eiras, o cerrado se torna mais fechado, as arvorcs são carregadas de plantas epiphytas, taes como 071cidium crbolcta, Schwartz, li:pidclldrulll varÙ'galum, Hooker., TillaJ..dsias, Vricsias e muitos ¡-iclzrJls. Ao sul de s. Luiz de Caceres, região que percorremos em Outubro de I908, os campos são encantadores; quasi sempre levemente aCI~identados, têm os cumes das pequenas serras e parte dos valles cobertos de moitas ou capões de mattas em que predomina geralmente o Auacury (Altalea plzalerata e Alt. pricrps. Mart.) e todo o resto é quasi completamente despido de arvores, I)stentando apenas, cá e lá, um « Timbó» (li/agonia pubescens, St. Hi1.) ou uma « Lixeira» (Curatellia americana, L.). Encontrámos alIi o « Maquiné » (Z amia bro1Zgniartlzii, Wedd.), diversas especies interessantes de Cyrtapodias, Galcandras e Amaryllis. 23 Os campos da lI1tcressantc c talvez Cham. et Schlcchtd. por re ()//I'idl/illl I.ing'ua J acohina muita cousa nova, o FrYllgiulIl prisLis, que vulgarmente conhecem de tucano» Ill.flrm têm I}('/all/Ill, r.ursii, Cogll. são egualmente foi eJl('ontrarlo Lcl1. (' a /J1r/il! frequentes. :di. Nor/ri- O RESULTADOS .l.: nos, no momento, impossivcl precisar ex;\ct;¡mente o numero de especies colhidas durante o tt'mpo em <]lIe estamos colkcionando neste Estado; porqlle não usamos nllmCrar as nossas plantas por ('species, mas sim por exemplan's, pois sÓ dl'sta f¡'¡rma, poderemos evitar repcti<;()('s (' sempre teremos (' numero exacto de specimens colhidos; podemos, entretanto, garantir, <¡ue temos mais de trezentas e cincocnta especies diversas de pJantas macrOscopicas, que são representadas por mil e vinte c tres specimens. Raras são as especies representadas por um sÓ exemplar, alRumas o são at(. por oito. Succede tambem <¡lie lima Oll Olltra especie tenha Llh'ez até 10 exemplares e isto acontece sempre que uma mcsma es¡wcic tenha grande clis¡lt'rsão c, neste caso, ha toda a conveniencia em 'Ille scia colhida cm todos os Jogares que app;m'{'er, pois isto, 115.0 sÓ trar;'l luz sobre a distrillUic:ão gcographica da mec;ma, mas tamhem, sobre a slla variabilidade no mCJ() em que (', encontrada. Pensamos ter alg'um material novo cie ()rc/¡ir!arr'rl,l, /1 risto!or/lian'([s c j)assi(lo1'(l.'. ('olhemos tambem uma f)rosa([ c diversas UtrÏtll!fl1'ias bastante interessantes. 26 Todo c¡te material ('ollig-ido at(~ 3 I de Dezembro, foi preparado e montado definitivamente e, acondicionado em caixas hermeticamente fechadas, remettido para o M L1SCU N acional do Rio de Janeiro, onde, segundo instnlc\'ões do Chefe, deverá ficar guardado at(~ a concl usão dos estudos a que darão lagar. S. tuiz de Caceres, em 18 de Janeiro de 1909. F. C. HOEH~;¡':. II RELATORIO EXECUTADAS DOS TRABALHOS ~O DECORRER E YIAGENH DO ANNO UE 190U POR F. C. HOEHNE BOTAXICO DA CO;\DIISSÃU ESTRATEnICAS DE LINHAS IH: MATTO-GROSSO APRESENTADO AO TE:\'ENTE Dr. Candido Mariano D. D. CHEFE Rio de Jfmeiro, Janeiro TELEGRAPHICAS AO A;\lAZ(}~AS CORONEL da Silva Rondon DA Co;\DIlSSÃü ùe 1910. RESUMO hTROm"rçAo EXC:CR:';ÕES ASPECTO MATUHAL F VIAGF.:-\S ca:RAL DA R~C;IÃO COLLlCIDO ATRA\'ESSAIJ.\ INTIlODUCÇÁO Tendo apresentado em o nosso relataria de JC)oR a descripção dos trabalhos daquelle anno, faremos neste. apenas a relação dos que foram executados durante o anno de T90<). Quanto ao material coIhico, julgamos, entretanto, de proveito dar uma relação geral de todas as especies e numeras de specimens que temos reunido até a presente data. Crand e parte d o nosso tem po foi perd ido nas viagens; sÓ para nos transportarmos do Rio de Janeiro a S. LlIiz de Caccres perdemos 42 dias em viagem, gastando para a volta 63· 1\ grande difflc.lldade para a Iocomo(;ão concorreu muito para que não c:onseg-uisscmos fazer mais do que fizemos. Somos entretanto muito g-rato ao nosso distincto Chefe por ter sempre facilitado tudo na mcdida do possivel c, si, realmente, ("O!1se guimos realizar alguma ("ousa <¡ue seja dig-no de louvor, o devemos, exclusivamente á sua bÚa vontade e au seu interesse pelo servi<,:o de <¡ue somos encarregado. EXCURSÕES E VIAGENS Em 1:2 de Fevereiro de 1909, tendo feito e apresentado u nusso re¡atorio ann!!al de 1908 e despachado o méltcrial reunido até então, lcvantÚmos o nosso acampamento de S. LlIiz de Caceres para nos transportar a Tapirapôan, que, segundo urdens do nosso Chefe, seria a nossa segunda esta\~ãu para trabalhos. 1\s nossas bagagens haviam sido enviadas pur intermedio da Casa J OSt~ Dulce & C. para o porto de Tapiraptlan, por agua; nós fariamos a viag-em por terra em cumpanhia do zoologo Dr. Alipio de Miranda Hil)('iro. yJont;lmos pois c seguimos viagem, akançando ainda no mesmo dia Barranco Alto. Dois dias mais tarde pass;ímos por Portu do Campo, (: no seg-lIintc por Porto d05; Bngres. Proscgllindo então pela estracla aberta pela ('ommissão, {'heg-;í11(IS com mais rJois (bas a Tapirap<Jan, unde fomos g't~nti)mente recehidos pelus Srs. Tenente Jos<'~ Pinto da Silva, encarregado do deposito e Benedicto Canavarros, pharmacentico da mesma Cummissão. IIma vez instaIlados, comc<;amos os trabalhos, fazendo, diariamente, coIlecções de vcg-etaes pelos arredores do log-ar. A época era magnifica, visto que Março é o mez das flores; 34 conseguimos por isso reunir uma bella colIccção em poucos dias de permanencia. Em Tapirapôan o zoologo ~,eparou-se, tomando outro caminho e nós partimos dali em 6 de Abril em demanda do J uruena. A nossa tropa, tacada por dois homens, compunha-se apcnas de sete animal's c transportava, não só a nossa bagagem e material, mas tambem os viveres necessario s para a viagem e a estadia no J uruena. O nosso caminho passava por Aldeia Queimada, Rio Verde, Uaicoacorê e Aldeias. Em 19 do mesmo mez chegámos a J urllena, onde o Tenente Ferreira commandava o contingEnte ali destacado, o qual nos recebeu com grande alegria, installando-nos (om uma casinha isolada, onde podiamos trabalhar sem sermos interrompidos. Tendo despachado o tropei~o que nos acompanhára até ali, começamos as n,)ssas colheitas de material. Faziamos diariamente excursões pelos cerrados e mattas, visitando, desta fórma, todus os arredores até a mais de duas leguas em torno. Tivemos occasião de visitar tambem as grandes derrubadas feitas, para plantação de mandioca e milho, pelos indios Nhambiquaras, de que existem tres aldeias abandonadas perto de J uruena. De accorda com as ordens recebidas do nosso Chefe, deixámos em 9 de Junho o nosso acampamento no J uruena, iniciando a nossa viagem de reg-resso. Como tivessemos passado pela região das calwceiras dos rios na nossa vinda para J urucna, resolvemos voltar pela estrada que nos conduziria através da região das cachoeira.s e grandes saltos 35 dos mcsmos rius, por onde Ina tambem passar a linha telcgraphica, que já estava em construcção atl: al(~m cio rio Papag'aiu. Dcsde a ponta da linha tclegraphica att o J uruena havia siclo aberto, pelo Tenentt' Emmanuel Silvestre do Amarante, o pique, para inclicar a direcção em que deveria ser construida a mesma linha. Por este pique seguimos, fazendo, depois de alguns dias de marcha, a nossa primeira estacão em U tiarit\" OI](,k não nos cancámos de > admirar a magnificencia e imponencia do grande salto do rio Papagaio, que é uma verdadeira maravilha da natureza. A altura deste salto excede a setenta mctros, scndo colossal o volume de agua que se precipita com grande estrondo e rumor. As marg'CllS dcste salto são matizadas de l1ymcnotl/)'Uas e Sdl.agillrUaU!rls que furmam uma espessa l' fÔfa alcatifa sobre as rochas que servem de parede ao abysmo por onde o rio se precipita. Apesar, de ser a Hora, neste ponto, relativamente pobre cm especies, encontrámos bastantes novidades para a ])()tanica. De L:tiarity, seguindo pela estrada da Linha Tclegraphica, nos transportámos para o rio Sacre, onde tivemos occasião de collccc:ionar alguns vcgetacs nas proximidades cio Salto Bello. Teve muita intnic;ão artistica quem assim appclidou a este salto. Elle é bello e singelo, tem pouco mais de trinta metros de altura; a agua prc\.ipitasc tão abruptamen te q Ile cae quasi na vertical em fórma de um grande lençol, através do qual passam as andorinhas aninhadas nas aberturas da rocha que o mesmo véda. Para o naturalista este salto tem mais attractivos que o Utiarity. J > 36 Do rio Sacre, seguimos, então, para Macacos (' depois para Harão de Capanema e Ponte de Pedra. N este ultimo lagar encontramos um lindo bosque, cheio de ()rcIÚdaer.as, Bromcliaeeas e .Amecas o qual fica ao lado direito do rio Xa::uriu-iná, justamente no lagar onde o mesmo, depois de um pequeno salto, passa sob uma ponte natural de pedra. De Ponte de Pedra, nos transpuzemos para o rio Agua Verdc, de onde, seguimœ então, por um trilho de indios Parecis, em procura das cabeceiras do rio Sepotuba, para dali, procurarmos, depois, novamente, a estrada que vae de Tapirapôan a Aldeia, e, desta fórma, alcançarmos Tapirapôan com mais rapidez; pois os animaes da nossa tropa já não resistiam e os nossos viveres e.~tavam escasseando. Não fôra isto, não nos teriamos desviado do nosso itinerario, mas teriamos passado pela estação telegraphica de Parecis e seguido déLli,pelos Affonsos para Tapirapôan, que é, exactamente o caminho pelo qual seguira o zoologo na sua viagem ao J uruena. Parece, no emtanto, que, mais uma vez, foi verdaediro, o dictado que diz que « ha males que vêm para bem >l. N as cabeceiras do rio Sepotuba encontrámos uma aldeia de Parecis, os quaes nos hospedaram e nos forneceram aipim, de f<Írma que nos pudcnlCls demorar ali alguns clids, cOllseguindo desta Mrma, collccionar bastante material interessante naquella região. Sahindo mais tarde no Kilometro 5 I da estrada de Aldeia Queimada, chegámos. com mais dois dias de marcha, á Tapirapôan. Em Tapirapôan tentámos organizar uma nova tropa, para seguir em uma excursão até Diamantino 37 c daqucllc ponto \'Ir ;1 Darra dos Bug-res; comn, pon~m, não existissem animal's neste logar para isto fazl'r, f(·:-,,,]venlll:-' f1cr!1lallt·(·(·r;d!-:lllh di;l" aIl (' dc¡>oj:-, sC~'llir at('· :-1. l.llÎZ de ('an·res. Em S. Luiz de ('aceres tivemos t('mpo para visitar ainda os div('fsOS logarcs que nos interessavam, verificando c oLsnvando diversas ('ousas que não pudemos fazer na nossa prinwira estadia rwstC' ponto, devido á época do anno. ('hq~'ando o materia], que haviamos mandado, por lima tropa, do ] IIrucna, preparamos tudo para a nossa viagem para o Rio de ] aneiro. foi arrolado (' encaixotado todo nosso matcria] de servi(;o e entregue, mediante recibo, ao Tenente ] osé Pinto ua Silva, que era, nesta occasião, o encarregado do d<:'posito deste logar. No dia 4 de Setembro, tendo recehido ordens do Major Avila, chdc interino da Commissão, tomámos pasagem para Corumhá e seguimos com todo o nosso material, él bordo do vapor (( Etruria )J, (om nestino a aquella cidade. Em 7 de Setembro chegánlOs {¡ Corumbá, onde, por motivo da Laixa do rio, tivemos de esperar alg-uns dias, antes de poder continuar viagem. l-;:stc tempo, foi l)('m aproveitado, pois conseguimos colher muito material interessante, fazendo mesmo excursões él pé <ltè a Bolivia. N o dia T. de Outuhro seguimos viagem com o vapor « Brasil Fluvial do Lloyd Brasileiro, o qua] nos trouxe até Corrientes, na Argentina, onde transbordÚ!11os para o paquctinho Ladario da mesma empreza. Este, nos levou até Montevidéo. Ali, t(Jmámos então o vapor « Florianopolis ll, (l O )l «( )J 38 tamhem elo Lloyd Brasileiro, com o ql1a~ chegámos ('m ï de Novembro afJui ao Rio de' Janeiro, de onde haviamos e'mbarcado, cm 27 de ] unho de 190B, em companhia dos Drs. Alipio de Miranda Hibeiro (' Cicero de Campos respectivamente zoo!og"() e g-eologo da me'sma Commissão. O primeiro destes ainda estava em viag-em, fazendo a travessia com o Chefe da Commissão e o segundo fÔra victima de molestia cm ] uruena, vindo él fallecer cm S. Luiz de Caœres, onck foi sepultado. <. ASPECTO GERAL DA ATRAVESSADA REGIÃO Os terrenos que marg-ciam os rios Paraguay (' ~epotllba {'ntrc S. Luiz de Caœres e Porto nos Hug-res são Cju;¡si totaÍmentc coontos por mat1as ('m grande parte alagadi<:as. Nos logarcs mais firm('s esta matta (: mais frondÓsa e nos mais baixos e pantanosos muito ra('hítica. Mais aListado das marge'lls do rio segue-se fi matta um terreno mais ou menos plano, coberto de ('('rrados ou campos mais limpos, que' em Porto do Campo, por exemplo, são visivcIs do rio. Estes campos são t'splendíoos para a ('ria<:ãn de gado_ Pouco acima de Porto dos Hug-res as margt'ns do rio ('ome<:am a devar-sc e él matta se vae tornando mais alta. Nos logarcs mais baixos, são ('!1contrados grupos e exemplares isolados dl' Uuritys (.U auriti.a <'illifaa, Mart.), que, cm outros pO!1tos são substituidos pela « Burity-rana » (111 auritia aculata, Mart.). Os (( Auassus» Oil Agllasst'ls" (Orbigllia st('t"Ïosa, Mart.) pn·dnminam em toda esta matta_ O « Allacllrv ou « Acury (c/llalr'a pf¿a!aola eA/t. tri(-f'ts, Mart.) (}(Tllpa os log-arcs mai~ limpos, formanoo grandes paJmf'iracs, que se conhecem por « Auacuryzacs )l. CI Il CI ,j )j 40 N os lagares mais afastados do rio a matta está, em alguns pontos, destruida pelos repetidos incendios e, nestes logares, desenvolvem-se os grandes « Sapézaes ». Parece qne a /mprrata brasilien,,-is, Trin., é ali o elemento que m~is concorre para a rapida destruição das mattas, Ella é uma Gr-zm.inra qne se desenvolve com grande rapidez c, que, com o auxilio dos seus estolhos subterrancos, em ponca tempo, occupa g-randes arcas. Em pouco tempo, ella fórma grandes depositos de folhas seccas que ardem com uma facilidade incrivel qnando incendiadas; as arvores pois, que ainda resistiram ao primeiro fogo, por certo não lograrão resistir mais aos incendios repetidos para os quaes este citado vegetal rapidamente fornece o combustivel. Devemos, entretanto, notar, que, a (<I mperata brasilicNsis, Trin. não é tão commum em Matta-Grosso, como acontece ser em outros pontos do Brasil e principalmente '10 Estado do Rio de Janeiro. As mattas, que se cxtendem ao longo do rio Sepotuba, são muito ricas ('m ()rdÚr!(u:,'as epiphytas. A Cattlc)'a 1Zobilior, Reichb., f., CaU. violaua, var. SplClldcllS, Lchm., !ollopsis palliculata, Lind. e as SdlOJJlburg/das são muito frequentes; apparecem em cima dos ramos extendidos sobre a agua, agarradas ás lianas e até nas cstipes das Attali'?as e Orbig1Zias. As Bl'Omeliaceas epiphyta~ são representadas pelas Vriesias, Achmeas e Tillandsias. Causou-nos admiração a quasi ausencIa dos Rhipsalis. O terreno da região do rio Sepotuba, bem como todo aquelle comprehendido pela matta da Poaya, é fertilissimo. O arroz, o milho e tamh~m a mandioca, 41 prcHluZC!ll :¡Ji (]¡o mancira admiravd, Esta matt0. da Poaya (~ tah'u: a m:lior da parte su] do Estado de ¡VJattl) (;rosso. FIJa se (":\:tendl' desde (I (;uapor(, atra\'~s dos rios J auní, ('aha(:al c Scpotllba, :1t{, a parte sUlwrior cio rio Paraglla~'. ad long-I) de toda a SI'ITa dos Parl'cis c de Tapirapi'¡an, Dl'u-Ihe nome a { 'w,t:.()ga i /}f'Ul((W!t!W, Bai!., esta pequena Nubi(ft'{'a, l'om cujas raizes tulll'n'lsas, tanta g'cntc de }\J atto(;ros~(¡ telll g:lllh(, dillhei"l) c att fcito fortuna, Como (', sabido, ('~esta a melh!)r Poaya quc tl'l11 app('rccido no mercado, e, pIll' isto l11Csmo, (. a qlle mais procura tem tido, D('sck ha muitos annos, os 1nglczes têm feito repetidas tentativas para a cultivar na Inelia, como fizeram ('Olll as ¡¡("u'as, [lon"ill, tocl:IS essas tcnt:.lti\'as tl'lTl fracassado, O prc>c1ucto das pbntas culti\'adas ¡¡Ji t, sempre, muito infl'fior ail cI:lS Ilossas plantinhas, (\l)(' e\:p(Jntan('anwntc merlr:lm em gTande quantidade n:lqlJ('lIa ma,!.2'l'stosa matta O ch;¡padão dos Parl'cis, proximo a ,-\ldeia Qlll'imada, (~ m;lis ou mellOS arenoso e cohnto de c('rrado, A \'cg-cl:l<:ào, quasi tocl;\ rachitil'a, varia muito de f('¡rma; g'('falml'nte, os log-art's onde () terrl'no (~ mais solto, são O('('upados pclos cerrados e, os log-ares onele o mesmo l' mais compacto. SC) oskntam uma ou outra arvorl' muito rachitic;!, I~st('s I()~ar('s mais despidos dl' an'ores maiores, lt".,m :1S Vl'/t'S alq'um;¡s leg'lIas de cir('llmfl'rcncia, Em todas as ('al)(,i'l'iras dos rios (' nas c!cprcss()('s do krrcno, ha furm;\(:()cS cie mattas, quc cm g-eral são milito ricas ('m ¡ ¡ ('('(,(lS, Os s('rin~lleiros t¿'m a\';m\~ad() at{' () rio Burit}' com a cxtréll'(:ão do latt'x das ff('l'('as. Na TIarrinha ha llmél gr;mdc depressão dll 42 terrcno. Neste ponto, que elista 34 leg-aas ele Aldeia Queimada, encontra-St' as primeiras ::abeceirll.s do J uruena. O terreno neste lagar, e dali at(. T uruena, ¿. an"noso c solto, o cerrado extcnde-se inintcrruf.>ta. mente. Cá e lá encontram-se tambem c2pociras, indio cando os log-ares oncle os sclvicolas tiveram as suas roças. A julgar pelos t6cos ainda existentes nestas capoeiras é de presumir que estes indios sejam bastante adextrados no trabalho e que se dediquem bastante á agricultura. Algumas destas capoeiras são muito grandes, o que demonstra que não eram pequenas as roças primitivamente ahi inst~lladas. Os campos do Chapadão dos :?arccis, são fwssimos para a criação de g-ado. As gramineas são, em geral, muito duras e têm as folhas encrustadas cle silica e o caule lenhoso e rijo, o que faz com que o animal, ao cornel-as, fira a bocca com cllas c fique impossibilitado de se nutrir. Não é porém só isto; geralmente estas gramineas encontra:n-sc ainda tosadas pelos gafanhotos, que, ali. são uma verdadeira praga. A supposição de que isto seja uma particularidade commum ás especies daqnelles vegetacs, é falsa, porque, as mesmas especies apparecem tambem abaixo da serra e fornecem ali bom pasto ao gado. Talvez, que a incrustação de silica das folhas, possa ser considerada um resultado do terre-no ou do meio ou ainda él falta das qOjeimas que em outras campos se procedem regularmente todos os annos. Sabe-se ainda que a incrnstação de silica que se observa nestas plantas herbaceas {.um phl:.'nomena que se tem observado em grande ;lumero de plantas xcraphilas, isto é, plantas dos desertos. Esta silica constitue, como tambem o salou cêra em 43 outras parks e plantas, uma funcciuna automaticamente clade atmospherica, visando que para tacs plantas {. camada protectora, quC' pela inl1ucncia da humio desperdicio do liquido de g-rancle impnrtancia CI.'OnOmlca. ¡\ agua dos rios desta região /, crystallina, n fundo destes é, quasi semprC', arenoso. :\s plantas aquaticas são muito raras. As grandes cachoeiras e saltos dos rios, não tl'm flora muito diversa da circumjaccncia. Ceralmente, costumamos encontrar, nas proximidades dos grandes sal tus, especies de plantas que só vivem naquel1e meio humiclo e altamente hygrophilo; isto pon"m, não ;lcontC\'c, nem no Salto Bclln C' nem no Utiarity, onde tivemos at/~ a dccepr,'ão clt, encontrar, soh aquelIes chuveiros eternos de élg'ua pulverizada, especies de plantas, que tambem naviamos encon trado no charadão sccco, As especies de 5;pltaglll(//l (' fly }}/{'JlO ph)'!! as são, tal vez, ;-IS un icas plantas q u(', como hygrophitas, em maior quantidade ali apran'{'t'm, Encontram-se tambem muitas especies de / _)'wpodiar:ras, {Jolrpodiarras, S rlla!!,inrllaaas. Onhídaaas, fJroJl1('!íareas, cte., mas, todas estas, são tambem encontradas em Olltros log-arcs muito scccos, ao longo do curso dos rios citados. 1;ma das (),dzidarc{[s mais bellas que se encontram ali, é uma bella especic scandente de ,'1mlaUís que na oceasião se achava cm (lores. As varzeas que apparccem no l:haradão e princiralmcntC' nos cerrados da Barrinha ao J llfucna t' ncstf' ultimo logar. t(.m quasi sempre lindas forma{J}{'s dC' .lfr'lasloJl1au·(lS, principalmente d()~('nero ('olllolr'll (' .l/irrnlit-ia. As .11acai,('(!s apparccC'm 44 nos pantanos; l1('stes são tambem s'~mprc muito abundantes as Naj>a/a{"('rls. ()nJ¿irlao'as c Bro. II/r-liaccas. N as ma ttas CI11 q u(' ;¡pparc('cm as II (','cas, encontram-se tambem o lhos)'lllltlll galadodr>lldnfJJ1, Don., vulgarmentc conhecido por « Páo-vacca Il por causa do leite potavel que, ao ser cortado, segrega da casca e que os naturacs muito apreciam; o AnacardiUlll gigflll/r'If1l1, Hance., cujo~; pcdullculos carnosos são identicos aos do Ál1amrdium occidentale, I.inn., que ;~pparece no littoral e outros pontos do Brasil; bem como !fguminosras g-ig-antescas qUf' dão bÔa madeira para cOllstrucção. Do '( J abotá )l. f ll)'lJl(,J1aCfl mrharil), os indios obtêm o brêu; acontece ás vezes encontrar-se junto ;is raizes desta arvore, gr;mdcs depositas do mesmo. Naturalmente esses depositas se formam pela solidificação da seiva que por qualquer fenda escapa, atrav,~s da casca do vegetal. Os cerrados do J uruena até a Barrinha e mesmo os que apparcccm no alto chapadão, são ricos de arvores fructiferas, principalmente de especies de /)!yrtacf'as e Apoc)'nacras, tacs como a cc T ahoticaha do rampa » ou cc Puçá » c a « Mang-áha Cllios fruetos, muito saborósos, constituem \lm dos alim<:ntos dos selvicolas. Abunda tambem o « Tucar)' do campo lima pequena Lecytlzidacea do g-enero I,rcvthis, cujas castanh;¡s são comestíveis. Alpm d~~tas, os indios comem ainda as favas do Cumarú », uma C01flllarOUll ..'1, muito commum em todos os ccrradõcs. N as aldeias abandonadas, em J llruena, cncontr;ímos grandes montes de cascas desta !,rgl/lJlillosra misturadas (om fragmentos de ll, ll, I( 45 c(lscas cie cocos de "'1Ital('([s c ('ocos inteiros descarnados de « Assahy » c « BuritY)l (11 amitias), o que faz Cf(~r, flue os indios daqudla reg-ião, sejam mais fructivoros que carnivoros, e, si assim é, não podem queixar-se da Natureza, pois que as mattas e os ('('rraelos são verdadeiros pomares, que, quasi l'm todas as l~pocas do anno, t¿'m as suas fruetas. ,MATERIAL COLLIGIDO Ao chegarmos no l~io de Janeiro, foi o nosso primeiro cllidaùo rever toda él collecção que havi, amos mandado e trazido de Matto-Grosso. Isto foi feito cm occasião muito propicia, porque, uma parte do material, havia apanhado muita humidadc durante a viagem, devido a uma avaria que soffrera o caixão que o continha c que produzira lima ruptura na folha de [<,Iandres que o revestia, deixando penetrar alguma agua. Este material teve de ser preparado de' nove) depois de o termos livrado do mofo qlle o atac;\ra. Felizmente isto foi ainda feito ('m tempo cie f(írma que nada se perdeu. Feito istn iniciÚmos a distriblli<.,'ã() ùu material em grupos c familias, servi\'o estc em que nos auxiliou alg'umas vezes o J h. Alberto J OSl~ de Sampaio, assistente da se'cção ùc botanica no M useu Nacional. A colleC<,;âo por n<.Ís reunida em nossa viagem ao Estado de MaUo-Crosso, contt:m mais de 6:;0 especies de plantas, que são representadas P(lf um total de 174:; specimens preparados pOf deseccação (' algum em alcool, como se poderá ver pela lista anncxa, Todo este m;¡lerial foi, drpois d(~ examinado e r('desinfectado. guardado em dcz caixas das usadas para o herbariu, no 1\1uscu N élcional. 48 Além do herbario cuja lista aqui ajuntamos trouxemos tambem uma collecção ce madeiras, com 60 amostras differentes, acompanhadas do respectivo nome vulgar c de todas as notas que foi possivel obter, para a classificação seien tifica das mesmas. Temos tambem uma regular colIecção de fructos scccos c em alcool, a colIecção com pleta das plantas com que os Nhambiquaras preparam o « Eryva )) veneno que, segundo os Parecis, empregam nas suas flechas para a guerra e caça, e cujo effeito toxico é, ainda segundo os mesmos, identico ao do cc Curare )), empregado pelos indios do Amazonas. Incluindo todas as nossas coLecções botanicas temos um total de 2.273 exemplares. 1\s Orchidaceas merecem, pOI' divers;Js razões, a nossa especial attenção, razão esta, porque, apesar de ser él reg:ião percorrida bastante pobre das mesmas, conseguimos reunir uma collecção de 7 I especies, que são representadasJor um total de 2°9 specimens. Destas mesmas plantas conseguimos tambem desenhar :í:í especies no local, em tamanho natural. Talvez tenhamos que descrever diversas destas especies que são novas para él sciencia. Remettemos, vivos, para o Rio de J aneirJ, diversos exemplares de Catasdos, 01lcidios e C,7tLlcyas; algumas destas não supportaram a longa viagem c vicram a morrer elurante a mesma; isto não é de admirar, pois que, alg-umas remessas levaram de S. Luiz de Caceres ao Rio de Janeiro nada menos de 4 mezes em viagem. Dois caixÔes de OrchiclacC'as quc colhemos nas margens do rio Sacre, nas proximidades do Salto Bello, e que não pudemos transportar com a nossa tropa já definhada (deixando-os por isto para 49 virem com outra que voltava descarreg'ada para TapirapÔan) não £ôram enviados; o r¡lle JamenL1DlOé, muito, pois trata-se de plantas muito raras das lJ.uacs, sem duvida, uma grande parte é ainda desconhecida para a SClt:IlCla. BANCO Df " BIBLIOTECA '-'~;S ~.f-»i)¡)L!C,6 ,,~,~:, A.<.ANGC CATALOGACION LISTA GERAL DO MATERIAL .-.-- Characeas. Musgos Fungos e Lichens Filicineas (em geral) Lycopodiaceas Alismataceas. Hydrocharitaceas Butomaceas Triuridaccas . Gramineas e Cyperaceas Palmeas Araceas Mayacaccas Xyridaceas Eriocaulaceas. Rapatcaceas . Bromelinaceas Commcl inaceas I 5 27 7 4 3 I 2 I 36 , 7 J 4 7 Especie )) )) )) )) " )) )) )) )) " " " " )) 1 )) 8 )) Pontederiaceas Liliaceas . 3 3 3 Amaryllidaceas lridaceas 3 2 Dioscoreaccas Musaceas . Zingiberaceas. Cannaceas 3 I )) " " )) 3 Exemplares S 53 20 12 13 2 4 I 12 2 J 9 13 2 15 7 7 6 12 9 )) 2 )) )) ) )l " )) " )) " " " " " )l )) 8 )) J )) )) 79 )) 6 " JO I 30B " )l )) )) 52 Transporte. Maranlaceas . Burmannniaceas Orchidaceas Piperaceas Ulmaceas. Moraceas. Proteaceas Loranthaceas 308 6 E.specie, 2 71 2 J » 5 » » 2 )1 BaJanophoraceas . I Aristolochiaceas Polygonaceas. . 5 )) 3 » 2 ») 1 I Phytolaccaceas Aizoaceas. I Portulacaceas. CaryophyIlaceas Nymphaeaceas . Ranunculaceas Menispermaceas Anonaceas . Rosaceas . Leguminoseas (em gera I) Oxalidaceas Ery,throxy laceas Rptaceas . Simarubaceas. Burseraceas Meliaceas. 2 I 3 I Lauraceas. Papaveraceas . Capparidaceas Droseraceas Podostemonaceas. )l l) 2 I Amarantaceas N yclaginaceas 209 8 2 Exemplares » » » » I . l) 14 8 2 2 li 8 )1 l) 4 3 » 1 li 4 2 I 4 52 2 4 2 I 1 1 )) )) " » » ), II )) II II l) » » )l » li 3 27 10 3 3 2 I 4 3 6 )) l) 5 5 15 4 13 12 2 7 172 6 10 7 » » Il ») » I) II » » » )l » )) II II )) » )) l) » » » » 1 » 3 » » » 2 » 892 53 892 T ransporle. Ma\pighiaceas Polygalaceas . V ochysiaceas. Euphorbiaceas Sapindaceas Anacardiaceas Celastraceas Rhamnaceas Vitaceas Malvaceas. Tiliaceas . Bombacaceas . Sterculiaceas . Di\lcniaceas Odmaceas Caryocaraceas Guttiferaceas . Rixaceas Flacourtiaceas T umeraceas Passifloraceas. Bcgoniaceas Cactac:eas . Lylhraceas Lccylh idaceas Combrelaceas. !Vlelaslomaceas Oenolheraceas Halorrhagidareas Umhe\liferas . Ericaceas . Theophraslaceas . Myrsinaceas Sapolaceas 12 Espccies l> 6 5 10 5 2 11 61 l~xemplarcs 10 » 9 )) )) 20 )) )) 12 )) I » 4 2 4 3 II 9 » l> II 7 53 5 5 15 4 7 2 ») "3 19 II 2 2 » » 6 )) J II 3 1 2 2 II li "3 )) "3 » 7 II I ~) 2 li 6 1 II "3 17 12 I 2 1 1 2 2 \1 )) » » \l » )l )l 10 6 7 II 5 2 Il 4 9 61 27 2 4 3 2 8 S 1297 )) » )) II » )) )) » ») li li » » II \' II II \l II )) II )) II ,) 54 1297 Transporte. I 4 19 5 13 Loganiaceas . Gcntianacca~ . Apocynaccas . I\sclepiadaceas Convolvulaceas I Hydrophyllaccas. Bonaginaceas. V erbenaceas Labialas 4 4 5 . 8 7 20 Solanaceas Scrophulariaceas Bignoniaceas . Gesneraceas . Lentíbulariaceas Acanthaceas . Especie 3 . Rubiaceas. Cucurbílaccas. 2 62 » » 23 5 » 7 )) » )) II il 7 16 28 li 3 » )) )) )) Exemplares 8 » » JI 37 Compostas. JI 12 9 12 14 18 45 10 14 48 60 9 102 )) il JI » » » II )j » )) » » » li )) » 1757 Além destas, temos ainda algumas, que ainda não lográmos incluir nos grupos. O material preparado em JiC¡llidnnão é grande: occupa apenas r4 vidros, sendo lIma bôa parte -- frurtos. Rio dé' J anciro, cm 20 de Janeiro rie: 19 IO F. C. HOF:HNE.