Infecções virais IAH AC Infecções virais © IAH 2009 As infecções virais se encontram entre as principais causas das doenças que se tratam na medicina generalista. Do ponto de vista homotoxicológico, a maioria das infecções virais deve ser levada muito a sério, já que, por definição, são homotoxinas intra-celulares que frequentemente provocam a morte celular, ao focar-se nas defesas celulares da células infectadas por vírus. Na tabela de evolução da doença, as infecções virais aparecem no início na fase de impregnação, mas podem causar degeneração e inclusive desdiferenciação em um período de tempo relativamente curto. Além da própria infecção viral, frequentemente sua observam complicações. Estas podem ser para infecções bacterianas, mas também outras complicações mais graves que se denominam síndrome pós viral (como nas infecções pelo VEB). A medicina convencional tem poucas respostas para tratar as infecções virais habituais, e está mais avançada para inibir as infecções virais graves (p. ex. o tratamento tríplice da AIDS). Isto sugere para o médico generalista que as infecções virais habituais só possam ser abordadas do ponto de vista sintomático, reduzindo a febre e controlando inflamação. 1 Vírus • “Vírus” procede do latim e significa veneno. É a homotoxina exógena intra-celular mais habitual • Pequena entidade genética dentro de uma coberta proteica ou cápsula • Não se considera uma unidade ou entidade viva © IAH 2009 2 Um vírus é uma partícula microscópica extremamente pequena que, para reproduzir se, infecta em determinadas células do organismo vivo. Os vírus só podem se replicar infectado células e, conseqüentemente, não podem se reproduzir por si só como as bactérias. Os vírus constam principalmente de material genético encapsulado em um recipiente protéico chamado cápsula. Dependendo do tipo, são capazes de infectar uma ampla variedade de organismos: tanto eucariotas (animais, leveduras, fungos e plantas) como procariotas (bactérias). A palavra vírus procede do latim e significa veneno (sinônimo de venenum). Ainda se debate seus vidros são ou não organismos vivos, já que não possuem todas as particularidades de tais organismos (como a reprodução propriamente dita). A maioria dos cientistas não os considera seres vivos. 2 Os microorganismos mais importantes • Bactérias • Vírus (10-6 e 10-8 metros) • Fungos • Os microorganismos mais simples • Priones • Viroides © IAH 2009 3 Os vírus estão entre os microorganismos que se desconhece se estão vivos ou não. O mesmo pode ser dito dos viróides e dos priones. Sem dúvida, devem-se distinguir claramente estes tipos para evitar confusões. A principal diferença entre bactérias e vírus é o tipo de proliferação ou autoreprodução. Os vírus não podem se reproduzir (pois necessitam de uma célula anfitriã) as bactérias sim. Poderíamos afirmar que os vírus se parecem mais com microorganismos mais simples, os viróides ou os priones, do que com as bactérias e os fungos. O tamanho dos vírus oscila entre 10-6 e 10-8 metros, situando-se assim entre o micrômetro e os 10 nanômetros. así entre el micrómetro e los 10 nanómetros. 3 Os vírus possuem • Especificidade • Afinidade • Autonomía • Autodefesa • Capacidade proliferativa © IAH 2009 4 Os vírus possuem várias características específicas. Em primeiro lugar, se não o específicos, o que requer uma defesa específica para combatê-los. Enquanto os neutrófilos podem matar muitas bactérias distintas, os vírus têm que se unir primeiro a um anticorpo muito específico para poder desencadear qualquer resposta de anticorpos. Os vírus possuem também a afinidade, um tropismo celular, já que buscam suas células anfitriãs somente em determinados órgãos ou tecidos, deixando intocáveis os demais tipos celulares. Desta afinidade surgem os sintomas específicos que observamos nas distintas infecções virais, já que todos os vírus só produzem dano celular em certos tecidos concretos. Sua autonomia faz referência a sua capacidade de permanecer em “Estado competente”, inclusive durante anos, quando não podem se reproduzir. Diferentemente de quase todos os organismos vivos, não precisam de nutrição nem respiração. Inclusive, totalmente isolados podem manter seu estado tóxico e que ser ativados quando aparecer uma célula adequada em seu ambiente. Por outro lado, dependem totalmente da células para se reproduzir, o que lhes dá menos autonomia do que as bactérias, que se dividem quando estão no meio correto. Os vírus se defendem de muitas maneiras contra as condições ambientais e inclusive contra as próprias defesas do organismo dirigidas contra ele. Esta autodefesa é um dos principais problemas e para manter a imunidade frente aos vírus. Entre os mecanismos de defesa conhecidos dos vírus estão: - inibição do CPH: o vírus que entra na célula anfitriã sem provocar sua eliminação pelos linfócitos Tc, graças a inibição do marcador de CPH da célula. - adição de uma carapuça frente aos anticorpos: embora se produza os anticorpos corretos, os vírus os desprendem uma vez conectados. - mutação: o vírus muda com o tempo, de forma que os anticorpos sintetizados já não sejam úteis. - infecção das células de defesa: o vírus usa uma célula de defesa como anfitriã, criando assim um problema de autodefesa no organismo. Proliferam “reprogramando” o material genético da célula anfitriã para que os reproduza por eles. 4 Os vírus se defenden • Mutação • Inhibição do CPH • Adição de carapuça • Uso de uma célula de defesa como célula anfitriã © IAH 2009 5 O vírus se defende também contra os mecanismos de defesa do organismo. Aqui se observam quatro estratégias principais: 1. Mutação: com o tempo, o vírus muda de tal forma que a imunidade adquirida, com formação de anticorpos específicos, já não pode neutralizá-lo. Assim, o novo contato com (quase) o mesmo vírus não reconhece a imunidade e o paciente se infecta e adoece e novamente. 2. Inibição do CPH: alguns vírus são capazes de entrar na célula inibindo a apresentação de suas características pelo CPH. Isto significa que a célula infectada não apresentará seu estado de infecção em seu CPH, com o que NÃO serão detectadas pelas células citotóxicas. Desta forma, a célula tissular continuará reproduzindo o vírus sem ser eliminada pelas células de defesa adequadas. 3. A “adição de carapuça” é o fenômeno pelo qual um vírus rejeita o anticorpo que acaba de se uni. Ao fazê-lo, o vírus segue sendo capaz de entrar na célula, sem marcá-la para sua eliminação por fagocitose. 4. O uso de uma célula de defesa como anfitriã é uma estratégia protetora muito perigosa do vírus, pois as defesas do organismo ficam de debilitadas de diversas formas. A célula de defesa infectada será eliminada por outras células de defesa e a liberação de mediadores de defesa diminui ao se reduzir o número. 5 As próprias células de defesa podem ser anfitriãs da infecção viral Linfócitos B vírus de Epstein-Barr Gamma-herpesvírus d rato Vírus da bursite infecciosa Linfócitos T Vírus linfótropos T humanos 1 e 2 HIV Vírus do sarampo Herpesvírus Saimiri Herpesvírus humano 6 Macrófagos Vírus Visna HIV Citomegalovírus vírus de lactato deshidrogenase © IAH 2009 6 Como se disse no slide anterior, autodefesa do vírus pode consistir em escolher uma célula de defesa como anfitriã. É uma situação bastante complexa e perigosa para o organismo, já que a células de defesa são cruciais para sua defesa. Quando os vírus têm afinidade pelas células de defesa e as usam como anfitriãs, as defesas se debilitam duas vezes. Uma porque a célula de defesa infectada será eliminada e a segunda pela própria redução das células de defesa. A mononucleose (infecção pelo VEB) é um bom exemplo de como o vírus poderia minar todo o sistema no quadro pós viral. O HIV é o mais clássico, e já se tem descrito muitas outras viroses graves. Todos esses tipos de viroses têm algo em comum: quanto mais cedo se instaura o tratamento para inibir a proliferação viral, mais provável é a cura sem conseqüências graves a longo prazo para paciente. De novo, isso tem relação com um número de células infectadas em um determinado período em e com o estado do sistema de defesa dia após dia. 6 Algumas doenças causadas por vírus • AIDS • linfoma de Burkitt • varicela • resfriado • febre por carrapatos de Colorado • dengue • encefalite • herpes labial • verrugas genitais • gastroenterite • herpes genital • rubéola • hepatite • gripe © IAH 2009 • leucemia • câncer de fígado • sarampo • mononucleose • parotidite • poliomielite • raiva • herpes zóster • varíola • febre hemorrágica viral • verrugas • febre amarela • etc. 7 Esta lista de doenças virais está muito longe de ser completa. Dependendo do tipo de vírus e do tipo de células empregadas como anfitriãs, a doença será mais ou menos perigosa para a vida. De fato, não se deve descuidar de nenhuma das infecções virais, embora não cause sintomas graves, pois o dano intra-celular sempre em intenso do ponto de vista da homotoxicologia e as células danificadas são imprescindíveis em relação a sua possível evolução quando não são eliminadas pelo sistema de defesa adequado. 7 Clasificação de espécies virais (clasificação de Baltimore) • Vírus DNA • Vírus DNAcd (herpes, varíola…) • Vírus DNAcs (parvovírus B19…) • Vírus RNA • vírus RNAcd • Vírus RNAcs+ (hepatite C, SARS…) • Vírus RNAcs- (sarampo, parotidite…) • Vírus com transcripção reversa DNA - RNA cd: de cadeia dupla • Vírus RNA-TI (HIV-1…) cs: de cadeia simples • Vírus DNA-TI (hepatite B…) cs+: de cadeia simples positiva cs-: de cadeia simples negativa TI: com transcripção reversa © IAH 2009 Vírus DNA: Grupo I: os vírus possuem DNA de cadeia dupla; se incluem as famílias Herpesviridae (por exemplo, HSV1 (herpes orla), HSV2 (herpes genital), VZV (varicela), VEB (vírus de Epstein Barr), CMV (citomagalovírus), Poxviridae (viruela) e muitos bacteriófagos com cola). Os mimivírus se incluirão também neste grupo. Grupo II: os vírus possuem DNA de cadeia simples; compreendem famílias tais como Parvoviridae e o importante bacteriófago M13. Vírus RNA: Grupo III: os vírus possuem genoma de RNA de cadeia dupla; por exemplo, os rotavírus. Grupo IV: os vírus possuem genoma de RNA de cadeia simples em sentido positivo. Neste grupo se encontram muitos vírus bem conhecidos, como os picomavirus (família de vírus que compreende o vírus de hepatite A, os enterovirus, os rinovirus e o vírus pele-boca), o vírus SARS, o vírus da hepatite C, o da febre amarela e o da rubéola. Grupo V: os vírus possuem genomas de RNA de cadeia simples em sentido negativo. Os mortais vírus Ebola e Marburg São membros bem conhecidos desse grupo, junto com os vírus da gripe, do sarampo, da parotidite e da raiva. Vírus da transcrição reversa: Grupo VI: os vírus possuem genomas de RNA de cadeia simples e se replicam mediante a transcriptase reversa. Neste grupo estão os retrovírus, dos quais faz parte o HIV. Grupo VII: os vidros possui genomas de DNA de cadeia dupla e se replicam mediante a transcriptase reversa. Nesse grupo está o vírus da hepatite B. 8 Proliferação viral © IAH 2009 9 Os vírus DNA animais, como os herpes vírus, entram no hospedeiro por endocitose, o processo pelo qual a célula capta materiais do seu entorno. Com freqüência, após uma colisão acidental com o receptor de superfície apropriado, o vírus penetra na célula, o genoma viral se libera da cápsula e as polimerases da célula anfitriã começam a transcrever o RNAm do vírus. Novos vírus são gerados e liberados por lise celular ou por brotação na membrana da célula. Os vírus RNA animais podem ser divididos em quatro grupos distintos, em função do seu modo de replicação. A polaridade do RNA determina em grande medida o mecanismo de replicação, além de seu material genético ser de cadeia dupla ou simples. Alguns vírus RNA são de fato vírus DNA, mas empregam um produto intermediário de RNA para replicar-se. Os vírus RNA dependem muito da RNA replicase codificada por eles mesmos para poder criar cópias de seus genomas. Os vírus de transcrição reversa são os vírus que se replicam mediante transcriptação reversa, que a formação do DNA a partir de um modelo de RNA. Os vírus que contém genomas de RNA empregam um produto intermediário de DNA para replicar-se, enquanto que os que contêm genomas de DNA empregam um produto intermediário de RNA com o mesmo fim. Ambos os tipos de vírus de transcriptação reversa empregam a enzima transcriptase reversa para a conversão do ácido nucléico. Ao final o resultado é o mesmo: •A célula reproduz o vírus e a multiplicação dos vírus infecta outras células parecidas. •A célula infectada perde suas características úteis para o organismo e deve ser eliminada. •Os vírus reproduzidos desencadeiam a imunidade humoral a criar anticorpos específicos para evitar a penetração celular e potenciar a eliminação do vírus. •Haverá perda funcional no tecido afetado devido ao funcionamento incorreto das células Imagem: Ciclo de infecção e replicação Lugar de síntese de proteína G Adsorção, interação receptor-vírus Penetração, entrada de vírus Retirada da envoltura Transcripção, síntese de RNAm Tradução, síntese de 5 proteínas estruturais Processamentos, glucosilação da proteína G Replicação, produção de RNA genômico a partir da cadeia intermediária+ Geração Brotação viriones completos Receptores da célula anfitriã 9 Progressão de uma infecção viral R e s p o s t a Vírus Anticorpo Linfócito Tc Linfócito NK 0 2 4 6 8 10 12 14 Tempo após a infecção (dias) Resposta defensiva à infecção viral © IAH 2009 10 A progressão da proliferação viral se produz etapas. Após a contaminação a uma fase de incubação na qual o vírus que se prolifera. Desde o primeiro momento em que se infectam as células do organismo, as células citotóxicas, atraídas pelo epítopo viral do CPH de classe I, começam a destruir a célula danificada. Não se sabe com exatidão de que maneira, mas os linfócitos citolíticos naturais (NK) podem também detectar a células infectadas sem mudanças de CPH (nas infecções por vírus que inibem o CPH como autoproteção). Ao eliminar as células infectadas, a proliferação ou replicação de vírus fica muito inibida. Os vírus livres, que se movem pelo organismo nos líquidos corporais, não podem ser eliminados mediante a imunidade específica, para o que se precisa da produção de anticorpos específicos. Para isso serve a imunidade humoral nas infecções virais. Os linfócitos B começam a produzir imunoglobulinas específicas que se unem aos vírus e os tornam inofensivos, “marcando-os” e “preparando-os” para sua eliminação pelo sistema de defesa. Assim, se possibilita a eliminação dos vírus livres depois da resposta de anticorpos. O único problema é que se demoram dias o inclusive mais tempo para se produzir os anticorpos, o que dá tempo o vírus para buscar outra célula anfitriã pela qual tenha afinidade. Após infecção, a memória do anticorpo específico permanece e se adquire assim imunidade frente ao vírus. Se o vírus não mudar, a imunidade pode durar por toda a vida. 10 Proteção do organismo em dois níveis • Destruição das células afetadas • CPH de classe I • IFN • Linfócitos NK • Linfócitos Tc © IAH 2009 • Destruição do vírus • CPH de classe II • Defesa específica • Produção de IgG (principalmente) • União da Ig ao vírus • Fagocitose (defesa inespecífica) 11 Podemos concluir que a defesa frente dos vírus tem dois níveis: o celular e o humoral. A imunidade celular se concentra sobre as células afetadas e inibe a proliferação viral fundamentalmente destruindo os centros reprodutores dos vírus. A mudança de CPH de classe I nas células ativa os linfócitos Tc (células citotóxicas) e inclusive os linfócitos NK (citolíticos naturais). Como isto ocorre quase desde o princípio da infecção viral, a eficiência de ambos os tipos de células de defesa é crucial para inibir a proliferação. Além dos linfócitos Tc e Nk a secreção de intérferon pelos linfócitos T também desempenha um papel essencial na inibição dos vírus. O intérferon tem propriedades anti-virais e características de proteção celular e fomenta em geral a defesa frente aos vírus. A imunidade celular está mediada pelos Th1. Por outro lado, em paralelo à defesa celular se ativam uma defesa mediada por TH-2. Graças ao marcador de CPH de classe II nas células de defesa (por exemplo, nas células apresentadoras de antígenos ou CPA) se estabelece uma defesa específica de antígeno, neste caso específico de vírus, principalmente mediante a produção de anticorpos. Esta imunidade humoral dará lugar a uma resposta de anticorpos entre a imunoglobulina e o antígeno do vírus agressor, que será destruído pelo sistema de defesa inespecífico. Ambos os tipos de imunidade, a humoral e a celular, se combinam entre si. Se uma delas falta ou é deficiente, já não será possível contar com uma imunidade eficiente. Este o caso da fase de AIDS da infecção pelo HIV, na qual demasiadas células T e já não é possível nenhuma reação apropriada das defesas do organismo. Ao final, o doente de AIDS não poderá seguir protegendo-se das infecções bacterianas, virais ou micóticas banais, e pode morrer por estas causas. 11 Intérferon: fontes e indutores Propiedade Alfa Nomes anteriores IFN leucocitário IFN fibroblástico IFN imunitário Tipo I Tipo I Tipo II Vírus (RNA > DNA) Vírus (ARN > ADN) RNAcd Antígenos, mitógenos Fibroblastos, células epiteliais Linfócitos T, linfócitos NK Indutores RNAcd Fonte principal Leucócitos, epitélio © IAH 2009 Beta Gamma 12 Como já foi dito, o intérferon desempenha um papel essencial na defesa de viral. Conhecem-se três grandes grupos de intérferons: IFN- alfa, IFN- beta e IFNgama. Antes era usado o termo “tipo I” para o IFN-alfa e aos IFN-beta e IFNgama se usava intérferon um do tipo II. Na bibliografia antiga usavam-se inclusive os nomes “Intérferon leucocitário”, “intérferon fibroblástico” e “intérferon imunitário” respectivamente. Os vírus RNA de cadeia dupla (RNAcd) induzem a secreção de intérferon alfa e beta. O mesmo ocorre com a maioria dos demais vírus. Outros antígenos (incluindo outros tipos de vírus) e mitógenos induzem principalmente a secreção de intérferon gama. O intérferon é secretado por distintos tipos de células, sobretudo as de defesa. O interferon alfa é secretado, sobretudo pelas células epiteliais e um grande grupo de leucócitos. O intérferon beta é secretado pelos fibroblastos d MEC e pela células epiteliais. Os linfócitos T e os linfócitos NK secretam interferon gama. 12 IFN-γ • Indutor do CPH de classe I (células orgânicas) • Activação de macrófagos, maior fagocitose • Atividade antiviral • Inibição da proliferação viral por proteção celular direta frente à intrusão viral • Inibe a defesa mediada por TH-2 e favorece a via mediada por TH-1 (eliminação de células infectadas) © IAH 2009 13 O intérferon gama deve chamar especialmente nossa atenção, pois é induzido em todas as infecções virais. O intérferon gama potencializa a defesa em vários níveis ao mesmo tempo. O IFN-gama induz o CPH de classe I a apresentar proteínas específicas de vírus aos linfócitos T, gerando assim vias de defesa Th1 e Th2 frente ao antígeno. Indiretamente, mediante a indução de TH-1 se potencializa a atividade celular de defesa dos macrófagos. OIFN-gama cria um estado anti-viral e favorece a via Th1 ao inibir a via TH-2 no equilíbrio Th1/Th2. Em conseqüência, no começo da infecção viral, os linfócitos T se mostram muito ativos e eliminando as células infectadas. O IFN-gama também “fecha” a célula à intrusão viral. 13 Vírus CPA motivo Linfócitos NK Inibidores TH-2 Ativadores Mastócitos células dendríticas IL-4 TH-0 IL-12 Eosinófilo IL-10 TH-1 IL-2 IFN-γ IL-2 IFN-γ Linfócito B IgG2a TH-2 IFN-γ IFN -γ/ TN Fβ Linfócito Tc Ativação IL-12 IL-4 IL-5 IL-3 IL-4 IL-6 IL-13 IL-10 Linfocito B macrófago Ativação © IAH 2009 Mastocito Outras classes de Ig Crescimento 14 Uma grande quantidade de mediadores regula a resposta imunitária nas infecções virais. Embora os dados do equilíbrio Th1/Th2 induzam ações diferentes, ambos são capazes de controlar e inibir reciprocamente suas próprias ações. Uma via mediada por TH-1 inibirá, liberando intérferon gama, a via TH-2; e vice-versa, a célula Th2 pode liberar interleucina 10 para inibir a via Th1. Mediante a inibição recíproca por um lado, e a estimulação seletiva por outros (agonista/ antagonista), se produz o equilíbrio Th1/ e Th2 na infecção viral. Em função de que a imunidade seja humoral ou celular, se ativam distintos imunócitos. Em ambas as vias, a atividade da última célula da cascata influencia no começo da mesma. Os macrófagos estimulam a atividade Th1 para a liberação de IL-12, mas se ativam um eles mesmos pela liberação de IFN-gama e TNF-beta, ambos por parte das células Th1. Desta forma, se cria um mecanismo essencial nos sistemas de retroalimentação que se observa nos processos autorreguladores, como o da inflamação. Na via Th2 se observam um mecanismo similar. Os mastócitos induzem a atividade Th2, com o qual se liberam as interleucinas 3, 4 e 10, que por sua vez ativam o mastócito. 14 Ação de IFN • “A união do IFN a seus receptores origina a transcrição de um grupo de genes que codificam as proteínas anti-virais implicadas na prevenção da replicação viral nessa células. Em consequência, a célula está protegida da infecção por vírus até a degradação das proteínas anti-virais, processo que demoa vários dias.” • O IFN atua como protetor celular e inibe a proliferação viral!!! © IAH 2009 15 O bloqueio da célula para a intrusão e a reprodução virais se produz por ativação gênica depois de estimular-se o receptor de IFN específico. Ao ativar estes genes, a célula gera proteínas que evitam ou bloqueiam a reprodução do vírus na célula. Este estado protegido pode durar vários dias depois de estimular-se o receptor, o que significa que a célula está “estragada” para a proliferação viral. Podemos afirmar com fundamento que o intérferon atua como protetor celular e inibe de muitas maneiras indiretas, a proliferação ou reprodução do vírus. 15 Usos clínicos dos intérferons Intérferon Uso terapêutico Hepatite B (crônica) Hepatite C Herpes zóster IFN-alfa, IFN-beta Vírus do papiloma Rinovirus (só profilático) Verrugas Lepra lepromatosa Leishmaniose IFN-gamma Toxoplasmose Doença granulomatosa crônica (EGC) © IAH 2009 16 Na medicina acadêmica, o intérferon é empregado para tratar muitas doenças. A lista que apresentamos está incompleta, mas dá uma idéia de suas aplicações. . 16 Efeitos secundários habituais dos IFN Efeitos secundários • Febre Mal-estar Astenia Dores musculares © IAH 2009 Toxicidade para: • rim fígado medula óssea coração 17 O uso da citocina intérferon na medicina acadêmica (como medicamento) não carece de riscos e efeitos secundários. Devido seus efeitos contundentes sobre o mecanismo regulador da imunidade, observamos numerosos efeitos secundários, o que faz com que esta medicação seja de segunda escolha. Os pacientes que tomam intérferon como medicamento se queixam frequentemente de febres repentinas e intermitentes. Pode haver a sensação de mal-estar e fadiga, o que leva o doente a rejeitar o tratamento. As mialgias constituem outro sintoma importante do tratamento com intérferon. O interferon pode causar problemas graves, sobretudo se for usado a longo prazo. Sabe-se que tóxico para o fígado, rins, coração e medula óssea. Este é um dos motivos pelos qual o intérferon é empregado em medicina durante pouco tempo, durante o menor tempo possível. . 17 Anticorpos Especificidade Tipo Ig © IAH 2009 18 A principal característica da imunidade específica e a produção de imunoglobilinas. As imunoglobulinas (ou anticorpos) são específicas de antígeno. Os anticorpos são proteínas que formam um grande “Y”; o sistema imune os usa para identificar e neutralizar corpos estranhos (antígenos) tais como bactérias e vírus. Cada anticorpo reconhece um antígeno concreto que constitui seu único objetivo. Isso se deve ao fato de que as pontas do “Y” do anticorpo contém um “parátopo” (estrutura análoga à uma fechadura) que específico para um só “epítopo” (estrutura análoga a uma chave) antigênico, o que permite o encaixe exato de ambas as estruturas, como no caso de uma chave de uma fechadura. Esse mecanismo preciso de união permite o anticorpo marcar um micróbio ou uma célula infectada para que seja atacada pelas demais partes do sistema de defesa, ou neutralizar diretamente seu objetivo (por exemplo bloqueando uma parte do micróbio e seja essencial para sua invasão e sobrevivência). A produção de anticorpos é a principal função do sistema imunitário humoral. O anticorpo é composto de uma cadeia pesada que é constante e uma cadeia curta que é variável e que possui um “parátopo” específico com os pontos de união. As imunoglobilinas de membrana se encontram e unicamente na superfície dos linfócitos B e facilitam a ativação das células após a união ao antígeno específico, além de sua posterior diferenciação em plasmócitos para gerar anticorpos ou em células de memória que recorde o antígeno para as possíveis exposições futuras. Na maioria dos casos, a interação dos linfócitos B com os linfócitos T colaboradores é necessária para produzir ativação completa do linfócito B e, portanto, a síntese de anticorpos após a união ao antígeno. Imagem: Antigen blinding site = ponto de união a antígeno Variable = variável Constant = constante Light chain = cadeia curta 18 Defesas do hospedeiro e seus objetivos: resumo Defesa Efeito Objetivo do efeito Respostas precoces inespecíficas Febre Replicação do vírus Fagocitose Vírus Inflamação Replicação do vírus Atividade de linfócitos NK Célula infectada pelo vírus Intérferon Replicação do vírus, imunomodulação Linfócitos T citotóxicos Célula infetada pelo vírus Macrófagos ativados Vírus, célula infectada pelo vírus Linfocinas Célula infectada pelo vírus, imunomodulação Respostas imunitárias mediadas por células Respostas imunitárias humorais Citotoxicidade celular dependente de anticorpos Célula infectada pelo vírus Anticorpo Vírus, célula infectada pelo vírus Anticorpo + complemento Vírus, célula infectada pelo vírus © IAH 2009 19 Podemos dividir as defesas do organismo em três estratégias que segue o sistema imune. Cada estratégia inibirá uma ou mais aspectos da proliferação viral. 1. A resposta defensiva precoce e inespecífica em mediada, sobretudo pelas células TH-1 e também é responsável pela fagocitose, inflamação, a atividade dos linfócitos NK, o fomento da atividade das células citotóxicas, a produção de intérferon e (sobretudo do IFN-gama) e o aumento da temperatura corporal (a febre tem efeito inibidor dos vírus). 2. O segundo nível é uma reação celular imuno-competente. Aqui vemos uma anterior ativação dos macrófagos e uma maior atividade fagocitária, se liberam linfocinas e aumenta a citotoxicidade frente aos objetivos marcados com anticorpos. 3. No terceiro nível, a resposta mediada por TH-2 potencializa a imunidade humoral, sobretudo produzindo liberando anticorpos. Ademais, o sistema de complemento potencializa a citólise, induz mediadores inflamatórios e finalmente produz a opsomização de antígenos. O objetivo principal é eliminar as células infectadas ou unir antígenos com anticorpos para que se proceda com sua eliminação. 19 Problemas com las infecções virais • Embora a medicina acadêmica tenha vários medicamentos para combater as infecções bacterianas, poucas estratégias são eficazes para combater a proliferação viral • O tratamento sintomático das infecções virais pode favorecer ao vírus e não ao organismo (p. ex., a febre inibe os vírus). Os antipiréticos baixam a febre e assim iniben a eficácia da defesa específica do organismo frente ao vírus • Os mecanismos que atuan frente a qualquer infecção são muito sutis em relação aos níveis de mediadores. Intervir com quelquer bloqueador en doses altas perturbará a autorregulação deste sistema durante muito tempo e inclusive aumentará o risco de que a regulação se torne rígida © IAH 2009 20 Embora o tratamento sintomático pareça ter um importante efeito terapêutico a curto prazo, a realidade é que os vírus podem aproveitar a supressão dos sistemas reguladores e permanecerem mais tempo no organismo afetando mais células. Só uma estratégia terapêutica que respeite totalmente os processos de auto-regulação do corpo humano poderá potencializar, mediante correções sutis, a eficácia das próprias defesas do organismo. Por isso, os medicamentos antihomotóxicos intervém na secreção dos mediadores essenciais e para processo anti-viral do sistema de defesa. O bloqueio do processo inflamatório induzido pelo vírus não pode ser considerado curativo de modo algum, já que a própria inflamação está para eliminar o antígeno. A febre pode ser em efeito, perigosa quando é muito alta, mas deve ser considerada como uma defesa intencionada, já que trata de inibir a proliferação dos vírus. O efeito de cascata da inibição viral é quase logarítmico. A célula não infectada supõe uma célula guardada, menos probabilidades de replicação viral, menor a atividade citotóxica e NK, menor produção de anticorpos, menor necessidade de fagocitose para limpar a matriz, menos sintomas, etc. 20 Vírus e câncer Vírus Cáncer vírus de Epstein-Barr Linfoma de Burkitt Certos cânceres de nariz e garganta Outros linfomas (em pacientes de AIDS) vírus da hepatite B e C Câncer de fígado Herpesvírus 8 Sarcoma de Kaposi (em pacientes com AIDS) Linfomas de linfocitos B (em pacientes de AIDS) vírus do papiloma humano © IAH 2009 Câncer cervical 21 De momento só se conhece alguns poucos vírus que danificam as células anfitriã de maneira que se altere a divisão celular e que haja transformação maligna. Novamente, a lista é ilimitada e as novas investigações provavelmente encontrarão mais vírus capazes de fazê-lo. Isso não deveria nos surpreender, já que infecção viral é uma intoxicação intra-celular, inclusive intra-nuclear. Uma vez que se altera a função gênica, o resultado é imprevisível. Se o sistema de defesa debilitado não reage adequadamente para destruir e eliminar as células infectadas, fica instalada uma “bomba de ação retardada”. 21 O melhor medicamento contra os vírus é a imunidade adquirida Vacinação frente a experiência de vida © IAH 2009 São comercializadas algumas vacinas contra certos vírus e parece totalmente lógico usa-las. Sem dúvida, a vacinação tem se convertido em um assunto muito debatido ultimamente pelos aparentes efeitos benéficos a curto prazo e as possíveis conseqüências de imensa importância para a humanidade a longo prazo. Além da eficácia da vacinação para reforçar a imunidade, existem outros parâmetros que podem influenciar como a idade do paciente. Nos pacientes de mais idade deve-se levar em conta o envelhecimento imunológico, que determina que as probabilidades de cobrir totalmente imunidade sejam muito pequenas (ver a IAH AC envelhecimento do sistema imune). A medicina acadêmica sabe que um menor o contato com microorganismos através da via Th1 (pelas vacinas, os antibióticos, os AINE...) produzirá uma reação Th2 expressada em uma etapa posterior da vida (por exemplo, alergias). Somente às infecções verdadeiramente vividas levam a um equilíbrio Th1/ e Th2 correto e a um reforço efetivo da imunidade. Portanto, do ponto de vista da homotoxicologia, exceto por uns poucos vírus realmente perigosos para a vida e as condições relativas à geografia o clima (desnutrição, raça,...), a melhor imunidade é que se forma em contato real com o vírus. O tratamento deve focar se nas reações imunitárias bem reguladas. Novamente, o tratamento regulador parece ser a única alternativa razoável. O debate sobre a segurança de muitas vacinas não acabou e com regularidade são publicados artigos e estudos sobre os perigos e a segurança da vacinação. É quase um problema ético, já que se deve perguntar se é viável aconselhar a toda uma população que se vacine com um antígeno para proteger a umas poucas pessoas, sem saber qual pode ser o efeito desta vacina para as gerações presentes ou futuras desta população, ou seja, mais seguro para toda a população tratar somente aos poucos que se infectam. Novamente observamos que a medicina acadêmica pensa a curto prazo. 22 Fármaco Uso habitual Efeitos secundários Aciclovir Herpes genital, herpes zóster e varicela Poucos efeitos secundários Amantadina Gripe A • • • • • • Cidofovir Famciclovir infecções por citomegalovírus Herpes genital, herpes zóster e varicela © IAH 2009 Náuseas ou inapetência Nervosismo Tontura Linguagem hesitante Instabilidade Insônia • Dano renal • Leucopenia Poucos efeitos secundários 23 Além do tratamento “profilático” para evitar as infecções virais, segue havendo também tratamentos anti-virais para quando aparece a infecção. Nos slides seguintes veremos as moléculas que mais se usam na medicina acadêmica contra as distintas infecções virais. Só algumas produzem efeitos secundários leves. 23 Fomivirsen Retinite por citomegalovírus Foscarnet infecções por citomegalovírus e herpes Simple Ganciclovir infecções por citomegalovírus Interferón alfa Hepatitis B e C Inflamação ocular leve • Dano renal • Crises Leucopenia • Sintomas gripais • Supressão da medula óssea • Depressão ou ansiedade Oseltamivir Gripe A e B Náuseas e vômitos Penciclovir Herpes labial Poucos efeitos secundários Ribavirina • vírus sincitial respiratório • Hepatite C Ruptura de eritrócitos que produz anemia © IAH 2009 24 24 Rimantadina Gripe A Trifluridina Queratite por herpes simple Parecido com amantadina,mas problemas mais leves do sistema nervoso • Escozor ocular • Edema palpebral Valaciclovir Herpes genital, herpes zóster e varicela Poucos efeitos secundários Valganciclovir infecções por citomegalovírus Leucopenia Vidarabina Queratite por herpes simple Poucos efeitos secundários Zanamivir Gripe A e B (pó inalado) Irritação das vias respiratorias © IAH 2009 25 25 Inibição da proliferação viral no tratamento homotoxicológico © IAH 2009 O tratamento exclusivo das infecções virais agudas será imuno-modulador, como segunda parte dos três pilares do tratamento anti-homotóxico para as infecções crônicas recorrentes ou a síndrome pós viral. Como exemplo típico dos efeitos imuno-moduladores que induzem um antihomotóxico na infecção viral, vale a pena estudar o imuno-estimulante Engystol. 26 Os três pilares da homotoxicología DESINTOXICAÇÃO E DRENAGEM IMUNO-MODULAÇÃO © IAH 2009 ATIVAÇÃO CELULAR 27 Como o tempo não joga a favor da célula no que diz respeito à infecção ou “intoxicação” viral, quanto antes se desintoxicador e drenar as homotoxinas melhor será para a célula. Por isso, o passo essencial constitui o primeiro pilar da homotoxicologia: a drenagem e a desintoxicação. O segundo pilar é a imuno-modulação. Como limpeza mais rápida da matriz extra-celular é a que estabelece um sistema de defesa ativo e eficiente, a imunomodulação é muito importante e no protocolo terapêutico homotoxicológico, sobretudo se temos que enfrentar infecções crônicas recorrentes ou síndromes pós virais. Ativar ou regular as reações imunitárias significa não somente levar o sistema de defesa até o nível adequado de funcionamento, mas também mantém os sintomas clínicos de inflamação em níveis aceitáveis para o paciente e estimular o sistema imune não reativo. A morte celular nas mãos dos linfócitos Tc carrega um dano tissular. Para melhorar a qualidade de vida do paciente necessitaremos do terceiro pilar do tratamento anti-homotóxico, que é o suporte celular e orgânico. Desta maneira otimizamos as funções das células sãs, compensando a perda funcional decorrente das células infectadas pelo vírus. 27 Imuno-modulador principal nas infecções virais: Engystol © IAH 2009 Dentro dos tratamentos anti-homotóxicos, o principal imuno-modulador eficaz para inibir a proliferação de vírus específicos é o Engystol. Intervém principalmente na secreção dos mediadores que são liberados na infecção viral. As pesquisas têm demonstrado que atua sobre distintos parâmetros da a imunidade do organismo, por isso é vale a pena examinar mais de perto seus diferentes aspectos. 28 Atividade anti-viral de Engystol. Análise in vitro. Oberbaum M, Glatthaar-Saalmüller B et ao. Journal of Alternative and Complementary Medicine 2005;11(5):855-62 © IAH 2009 Como já foi dito, as recentes pesquisas básicas tem demonstrado que Engystol é eficaz para inibir a proliferação de distintos vírus. 29 Engystol® 80 [%] inibição rel.* 60 40 20 0 Herpes-SV Rino-V14 Adeno-V5 Influ-AV Resp-SV *Controle positivo = 0%; Engystol® diluido a 1/2 © IAH 2009 30 Em comparação com placebo, Engystol inibiu em cultivos celulares (estudo in vitro) a proliferação de diferentes vírus. O vírus da herpes simples (VHS-1) foi inibido quase em 80%. O adeno-5-vírus (A5V) foi inibido quase em 60% e o vírus sincicial respiratória (VSR) quase em 40%. A inibição do rinovirus V14 e o vírus da gripe (influenza A) foram menores. Embora o estudo não mencione a farmacodinâmica dos efeitos medidos, os resultados são bastante claros os para afirmar que Engystol tem efeito anti-viral (indireto). 30 Efeitos do preparado homeopático Engystol® sobre a produção de intérferon e pelos linfócitos T humanos. Enbergs H, Immunological Investigations 2006; 35:19-27 © IAH 2009 Investigações básicas muito recentes têm revelado um dos provavelmente múltiplos efeitos farmacodinâmicos de Engystol. Como se mencionou antes, Engystol atua no nível dos mediadores, dirigindo a reação defensiva contra as infecções. 31 Os linfócitos T secretam até 24% mais de intérferon com Engystol do que com placebo. © IAH 2009 Em cultivos de linfócitos T humanos, Engystol produziu uma maior secreção o de intérferon gama por estes linfócitos. Em slides anteriores já explicamos efeito anti-viral e protetor celular desta citocina. Em comparação com um placebo, Engystol aumentou a secreção de intérferon gama em até 24%. Como se disse antes, esta maior secreção ocasionará: - indução do CPH de classe I (células de órgãos) - a ativação de macrófagos com maior atividade fagocitária - atividade diante viral por limitação de acesso à células - inibição da proliferação viral por proteção celular direto frente à intrusão viral - inibição da imunidade mediada por TH-2 e favorecimento da via Th1 (eliminação de células infectadas) e. A inibição da via mediada por TH-2 mediante uma maior secreção de intérferon gama provavelmente explica também o efeito terapêutico de Engystol nos pacientes asmáticos dependentes de corticostxróides.(1) (1) Matusiewicz, R., The effect of a homeopathic preparation on the clinical condition of patients with corticoid-dependent bronchial asthma, traducido del original publicado en Biologische Medizin, 1995, 242-46 32 Influência dos medicamentos homeopáticos na capacidade de fagocitose dos granulócitos; teste in vitro e estudos controlados simples cego, Wagner, H. e cols., tomado de Arzneimittel-Forschung und Drug Research, 1986;36(9): 1421-5 © IAH 2009 O professor Wagner da universidade de Munique na Alemanha realizou estudos importantes há vinte anos. Mediu o efeito de Engystol e outros e imunomoduladores sobre a granulocitose e chegou à conclusão de que o efeito dependia da dose e do tempo. Os medicamentos que testou foram: • Engystol • Gripp -Heel • Engystol + Gripp-Heel • um preparado de Echinacea com doses baixas de vitamina C. 33 As seguinte conclusões resultaram óbvias (1): • Gripp-Heel aumenta a granulocitose em 30,8% • Engystol N aumenta a granulocitose em 33,5% • Gripp-Heel e Engystol N, usados conjuntamente em uma proporção 1:1, aumentam a granulocitose em 41% • O preparado de Echinacea reduz a granulocitose em concentrações altas e a aumenta em 28,2% se for diluído a uma parte por milhão • A máxima granulocitose com Engystol N + Gripp-Heel por um lado, e com o preparado de Echinacea por outro, foi medida ao fim de 4 ou 5 dias. Depois observou-se uma rápida redução da atividade © IAH 2009 34 Após cinco dias de administração, Engystol aumentou atividade dos granulócitos em 33,5%. Este número foi de 30,8% com um outro imuno-modulador antihomotóxico chamado Gripp-Heel. O efeito sinérgico de ambos é notável, já que se alcança um aumento de 41%. Echinacea, um imunoestimulante bem conhecido, só dá resultados positivos na diluição de 1/10.000. Sem diluir, o medicamento (combinado com ácido ascórbico) inibe intensamente a granulocitose (-63%). 34 As seguintes conclusões resultaram óbvias (2): • O estudo dá motivos para supor que a estimulação breve e repetida do sistema de defesa é melhor que a estimulação de longa duração. O estudo mostra que o sistema de defesa se “esgota" ao final de cinco dias de estimulação (o que demonstra a rápida redução da granulocitose) © IAH 2009 35 35 Die Beeinflussung der Phagozytosefähigkeit von Granulozyten durch homöopathische Arzneipräparate, Wagner, Jurcic, Doenicke, Rosenhuber und Behrens, Arzneimittel-Forschung und Drug Research. 1986; 36(9): 1421-5 © IAH 2009 Produto Dilução Fagocitose frente a grupo de controle(%) Gripp-Heel 0,2 0,02 0,002 30,8 ± 1,0 18,1 ± 0,6 9,2 ± 4,2 Engystol® N 0,2 0,2 x 10-1 0,2 x 10-2 33,5 ± 2,8 27,4 ± 0,8 15,5 ± 4,1 Gripp-Heel + Engystol® N 0,2 0,02 0,002 16,5 ± 2,1 41,0 ± 3,9 28,5 ± 3,1 Echinacea 0,2 x 10-1 0,2 x 10-2 0,2 x 10-3 0,2 x 10-4 0,2 x 10-5 0,2 x 10-6 0,2 x 10-7 0,2 x 10-8 -63,4 ± 0,9 -28,5 ± 0,6 -10,4 ± 2,8 4,3 ± 4,1 12,1 ± 3,2 28,2 ± 2,5 10,0 ± 1,8 1,6 ± 3,2 ? 36 A partir desta tabela podemos deduzir que o efeito sobre a granulocitose depende da dose. Cada imuno-modulador tem sua própria concentração molecular ótima. O mais inesperado é que, com Echinacea, o efeito positivo sobre a granulocitose só se alcançou na concentração D4. As concentrações maiores tiveram efeitos menores e as diluições mais altas e em parte um efeito crescente, embora este fosse decrescente quando as concentrações eram mais altas. Ademais, Wagner demonstrou que a administração prolongada do fármaco depois de cinco dias seguidos tinha de repente um efeito reduzido. Inclusive em concentrações tão baixas, os efeitos terapêuticos dos imunomoduladores anti-homotóxicos dependem da dose e do tempo. 36 Un medicamento composto injetável como profilático da gripe e do resfriado comum; Heilmann, traduzido de Biologische Medizin 1992;21(3):225-9 © IAH 2009 Outro estudo no começo da década de 90 mostrou mudanças notáveis da competência imunitária depois da administração profilática de Engystol a voluntários sadios. 37 Desenho do estudo • estudo aleatório, controlado com placebo, duplo-cego • com 102 homens sadios • Engystol foi usado como profilático da gripe e do resfriado comum. © IAH 2009 38 O estudo foi um ensaio duplo cego, aleatório e controlado com placebo que contou com 102 homens sadios. A idéia era examinar a utilidade profilática de Engystol na gripe e no resfriado comum. Embora não tenha havido diferenças significativas na prevalência das infecções entre os grupos ativo e placebo, observaram se outras diferenças. 38 Deste estudo podem extrair-se as seguintes conclusões (1): • Engystol não influenciou na frequência da gripe nos grupos de teste e de controle • No grupo de Engystol, o período de latência médio entre a última injeção e a aparição da gripe foi de 34 dias; no grupo de controle foi de somente 19 dias • Os sintomas duraram só 11 dias no grupo de Engystol, frente a 16 dias no grupo de controle © IAH 2009 39 Sem diferenças em relação à prevalência, houve uma diferença significativa entre ambos os grupos no período de latência entre a última administração de Engystol e a aparição de sintomas. O período de latência foi de 34 dias no grupo de Engystol e de somente 19 dias no grupo de placebo. Ainda mais interessante foi o fato de que os sintomas só duraram onze dias no grupo ativo, enfrentei a 16 dias no grupo do placebo. Isso significa que Engystol reduziu o tempo da doença em 35%. 39 Deste estudo podem extrair-se as seguintes conclusões (2): • A intensidade dos sintomas foi consideravelmente menor no grupo teste do que no grupo controle • No grupo de Engystol N, o aumento dos anticorpos específicos foi proporcional à duração e la intensidad dos sintomas, e portanto consideravelmente menor que o do grupo placebo. Isso supõe a confirmação dos pontos anteriores mediante um parâmetro objetivo © IAH 2009 40 Sem dúvida, o aspecto mais notável foi que o número de anticorpos no grupo ativo também foi 35% menor que no grupo do placebo. Como o número de anticorpos criados depende da gravidade da infecção, isso significa que no grupo ativo a proliferação viral teve menos possibilidades. Hipoteticamente, podemos afirmar que Engystol direta ou indiretamente estimula a atividade dos linfócitos T, de forma que a células infectadas sejam eliminadas antes, fazendo com que menos vírus precisem de anticorpos. Com a recontagem de anticorpos temos um parâmetro objetivo que confirma o efeito potencializador da imunidade de Engystol. 40 Engystol inibe a proliferação viral: conclusão • Hipótese • Ativação de linfócitos NK • Ativação de linfócitos Tc • Intérferon • Combinação de fatores • Estudos • Menos anticorpos na profilaxia supõ uma destruição mais eficiente das células contaminadas • A secreção de IFN-gamma aumentou 24% • Aumento da granulocitose de 33% • Eficácia provada para inibir a proliferação de diferentes vírus © IAH 2009 41 À raiz das investigações podemos afirmar que Engystol potencializa a atividade dos linfócitos Tc e provavelmente também dos linfócitos NK nos primeiros dias da infecção viral. Fica provado que Engystol aumenta a secreção de intérferon gama pelos linfócitos Th1, favorecendo assim a imunidade celular mediada por TH-1 (que nas infecções virais supõe principalmente a atividade dos linfócitos Tc!!!). Distintos estudos mostram os efeitos sobre outras células de defesa. . 41 Indicação de Engystol • Para estimular o sistema de defesa inespecífico • Especialmente em infecções virais • Engystol N é um imuno-estimulador © IAH 2009 42 A indicação de Engystol é evidente: ser útil nas infecções virais. Pelas pesquisas sabemos que Engystol potencializa os parâmetros das defesas inespecíficas (IFN-gama, maior granulocitose, linfócitos Tc ativados). Por outro lado, também vemos conseqüências na via mediada por TH-2, onde a produção de anticorpos é menor. Engystol é dentro dos imuno-moduladores anti-homotóxicos, um imunoestimulante. Aumenta as defesas, especialmente nas infecções virais. 42 Indicação de Engystol: aplicação • Viroses agudas habituais (processos gripais) como VHS, VRS e adenovírus • Síndrome aguda e postviral da mononucleose (junto com Lymphomyosot) • Reforço geral do sistema de defesa nas pessoas “fracas" © IAH 2009 43 Concretamente, isso significa que Engystol pode ser usado para as viroses mais correntes na prática generalista, como o herpes labial (herpes simples, VHS-1), as infecções pelo vírus sincicial respiratório e o adenovírus %. Nas crianças tem demonstrado ser muito eficaz durante o inverno para as infecções recorrentes por herpes simples e as muito correntes infecções por VSR. Engystol é usado frequentemente combinado com outros anti-homotóxicos para cobrir a estratégia individual de muitos casos. Nas infecções pelo vírus de Epstein-Barr é muito eficaz combinado com Lymphomyosot. O VEB infecta os linfócitos B e pode produzir dano hepático, mas os sintomas principais se referem aos gânglios linfáticos, especialmente do pescoço. O efeito ganglionar é abordado com Lymphomyosot e a infecção viral com um Engystol. Aos pacientes com debilidade imunitária e que apresentam uma infecção após outra se emprega bem o uso prolongado de Engystol, pois aumentarão sua imunidade a frente aos antígenos, especialmente os vírus. 43 Vantagens de Engystol • Não é imuno-depressor • Tolerância excelente • Para todas as idades • Não tem interações • Não tem contra-indicações nem efeitos secundários • SEGURO e EFICIENTE © IAH 2009 44 Diferentemente todos os medicamentos imunosupressores, imunoestabilizadores ou imunopotenciadores da medicina acadêmica, que frequentemente tem numerosos efeitos secundários (pensem no uso terapêutico do intérferon), Engystol é eficaz e ao mesmo tempo seguro. Até agora não se tem descrito efeitos secundários de Engystol. Não tem interações como outros fármacos ou substâncias, possui uma tolerância excelente e pode ser usado para as doenças virais em todas as idades. Engystol não tem efeitos secundários. Qualquer substância pode ser objeto de intolerância ou alergia, inclusive em doses muito baixas. Em casos muito raros, componentes de Engystol tem produzido reações cutâneas. Se isso ocorrer, deve-se instaurar um tratamento alternativo. 44