APOSTILLA AL TEMA DE LA ALCAHUETA EN E L CABALLERO DE

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A P O S T I L L A A L T E M A DE L A A L C A H U E T A E N
E L CABALLERO
DE
OLMEDO
La función de la alcahueta en E l caballero de Olmedo ha sido discutida
por varios estudiosos y, especialmente, por Marcel Bataillon , quien, resistiéndose a asignar una importancia trascendental a la materia, veía en la
obra de Lope una parodia lenificadora de La Celestina que forma contraste
con el drama trágico. Se ha pensado que este análisis resolvía la cuestión
definitivamente. No obstante, en los últimos años, algunos críticos se han
alejado de la interpretación de Bataillon para buscar en la materia celestinesca u n significado que asemeje E l caballero de Olmedo a una tragedia
según cánones estrictamente clásicos . Se ha insistido en que Alonso es
inmoral porque se sirve de Fabia; por consiguiente, aunque Alonso no
merezca la muerte por haber deshonrado la casa de don Pedro al introducir
en ella una bruja, por lo menos es justicia poética que perezca después de
haber buscado tanto peligro. Así, los asesinos tendrían razón hasta cierto
punto, cuando Rodrigo dice, "¿Cuántas casas de nobles caballeros / han
infamado hechizos y terceros?" (vs. 2315-16), y Fernando ál llamar a don
Alonso, "el que deshonra a don Pedro / con alcagüetes infames" (vs.
2441-42). Se ha querido ver en estas palabras un sentido que trasciende la
mera autojustificación de hombres viles (uno de los cuales se empeña en
quitar la vida a u n héroe que ha salvado la suya). Dicho de otro modo, en la
racionalización que el criminal hace de su crimen, se busca la falla trágica
de la víctima. Otra opinión, empero, propone que la falta es de toda la
sociedad por su vanidad, su superficialidad. Símbolo de esa vanidad es la
preocupación por la indumentaria, implícita en el acto segundo, cuando el
rey firma primero una ley que proscribe los trajes moros y judíos, y luego
una orden otorgando el hábito de Calatrava a Alonso. Otra hipótesis busca
la tragedia del héroe en su atrevimiento innecesario, su temeridad galante,
pues Alonso no necesita u n alcahuete, e introdujo a Fabia y T e l l o en casa
de don Pedro porque era la moda y quería parecer denodado a los ojos de
Inés. Todas estas hipótesis han sido examinadas por W i l l a r d F. K i n g ,
1
2
3
1
M A R C E L B A T A I L L O N , La Celestine
selon
Fernando
de Rojas,
P a r i s , 1961, p p . 237-250.
Véase también A . A . P A R K E R , " T h e a p p r o a c h to the S p a n i s h d r a m a of the G o l d e n A g e " .
TDR,
3 (1959), 42-59, esp. p p . 46-48.
2
F R A N K CASA, " T h e d r a m a t i c u n i t y of E l c a b a l l e r o de O l m e d o " N, 5( 1966), 34-43; A L B E R I
G E R A R D , " B a r o q u e u n i t y and: the d u a i i t i e s of El caballero
de Olmedo",
L L O Y D K I N G , " T h e darkest j u s t i c e of d e a t h i n L o p e ' s El caballero
RR, 56 (1965), 92-106;
de Olmedo",
FMLS,
5
(1969), 388-394. D i g a m o s de p a s o q u e , p o r otras razones, el e s t u d i o de M I C H A E L M C G A H A ,
"The
structure of El caballero
de Olmedo",
H,
61 (1978) 451-458, n o c o i n c i d e c o n m i
aproximación a l a búsqueda de l a u n i d a d d e l d r a m a .
3
W I L L A R D F . K I N G ! ' £ / caballero
de Olmedo:
q u e H A R R I E T B . POVVERS, " U n i t y i n El caballero
Poetic justice or d e s t i n y " , HWF,
de Olmedo",
367-379. A u n -
BC, 27 (1975), 52-59, se basa en
NRFH,
293
NOTAS
XXXI
q u i e n demostró que u n concepto de l a hamartia griega más a m p l i o ,
a u n q u e todavía admisible dentro de los límites aristotélicos, coloca este
d r a m a entre las verdaderas tragedias, s i n necesitar culpar a l héroe.
E s posible tomar u n camino distinto al de W . F . K i n g , poniendo reparos
concretos a dos hipótesis: la que acusa a la sociedad vanidosa y la que acusa
al héroe de imprudente. Hipótesis contraria a l a última sería ésta: Inés n o se
hubiera atrevido a mencionar a su padre el amor de Alonso, n i éste hubiera
pedido a don Pedro la mano de Inés en aquel momento. E n efecto, existía
u n obstáculo circunstancial. E n el tercer acto, antes de recibir l a noticia de
la muerte de Alonso, L e o n o r dice a su padre:
T i e n e inclinación Inés
a u n caballero, después
que el R e y de u n a cruz le h a h o n r a d o ;
que esto es deseo de h o n o r
y no poca honestidad (vs. 2551-55).
A d m i t i r esta inclinación hacia u n caballero antes de que éste haya
obtenido u n a cruz hubiera sido arriesgado. C a s o semejante se h a l l a en l a
escena diez de la jornada primera en La verdad sospechosa de Alareón. Dice
allí J a c i n t a a Isabel que si J u a n , su enamorado, no recibe el hábito, no
podrá casarse con él: " Q u e como h a tanto que está / el hábito detenido, / y
no h a de ser m i marido / si no sale, tengo ya / este intento por p e r d i d o " (vs.
961-85).
C o m o Jacinta, no quiere Inés revelar su amor por A l o n s o como no haya
éste recibido su cruz o hábito de Calatrava. Se trata, simplemente, de usos de
la sociedad. E n efecto, las dos acciones que ocurren en el centro de El
caballero de Olmedo (mitad de l a j o r n a d a segunda) son l a introducción de
F a b i a y T e l l o en casa de don Pedro (vs. 1280-1550) y, lo que sigue inmediatamente, l a escena donde el rey otorga el hábito a Alonso.
Si L o p e hubiese cambiado el orden de estas dos escenas de la jornada
segunda, el espectador no podría estar seguro de que A l o n s o no pudo saber
la noticia de este honor antes del momento en que decidió usar del recurso de
u n a alcahueta. Alonso acude a F a b i a inmediatamente antes de que el rey
firme su otorgamiento. S i la acción no hubiera tenido tal secuencia, A l o n s o
hubiera podido cortejar a Inés abiertamente, lo cual prueba que, más que
falla trágica, estamos frente a la suerte, fortuna, poder de los astros: " A m o r ,
muerte, destino: los tres pilares trágicos de El caballero de Olmedo", dice
Francisco R i c o .
4
e l análisis de W . F . K i n g , s u tesis neognóstica parece p r e s u m i r u n d e t e r m i n i s m o insólito e n el
pensamiento
4
lopesco.
F R A N C I S C O R i c o , "El caballero
de Olmedo:
T a m b i é n lo e x p r e s a W . F . K i n g (p. 376):
s u r e l y as Oedipus
Rex,
a m o r , m u e r t e , ironía" PSA, 47 (1967), 38-56.
"El caballero
de Olmedo
is a tragedy of destiny as
t h o u g h [...] if w e s t i l l seek to f i n d s o m e error o f f l a w [ . . . ] i n A l o n s o , i t i s
o n l y the o n e he recognizes i n the brief m o m e n t of anagnorisis...
« ¡ Q u é p o c o crédito d i / a los
avisos d e l c i e l o ! / V a l o r p r o p i o me h a engañado, / y m u e r t o e n v i d i a s y celos» (vs. 2 4 6 5 - 6 8 ) " .
P u e s b i e n , esta observación de W . F . K i n g sobre el t e m a del engaño c a u s a d o p o r el v a l o r
d e m u e s t r a q u e L o p e reconoció q u e l a f a l l a trágica se e n c o n t r a b a e n l a sociedad m i s m a . P a r a
s o b r e v i v i r , el v a l e r o s o c r i s t i a n o v i e j o debía p o n e r r i e n d a s a s u a t r e v i m i e n t o y apocarse c a s i
tanto c o m o el c a u t o converso. L o s estatus de l i m p i e z a de s a n g r e , representados t r a s l a t i c i a m e n t e e n el d r a m a p o r s u p r o t o t i p o ,
el decreto sobre i n d u m e n t a r i a del rey d o n J u a n I I ,
a m e n a z a h a s t a a los más valientes c r i s t i a n o s v i e j o s .
NOTAS
294
NRFH,
XXXI
E n cuanto a los trajes de moros y judíos, su relación con el hábito de don
A l o n s o queda patente gracias a la contigüidad de los dos asuntos. L o s
trajes de las dos castas supeditadas son idea de S a n Vicente Ferrer , y el rey
añade:
5
REY
CONDESTABLE
Resolví c o n él ayer
q u e en c u a l q u i e r a r e i n o mío
donde mezclados están,
a m a n e r a de gabán
traiga u n tabardo el Judío
con u n a señal de él,
y u n verde capuz el Moro;
tenga el c r i s t i a n o decoro
que es justo; apártese del;
que c o n esto tendrán miedo
los q u e s u nobleza i n f a m a n .
A don A l o n s o , que
llaman
el C a b a l l e r o de O l m e d o ,
hace vuestra Alteza aquí
merced de u n hábito.
REY
E S hombre
de notable fama y nombre (vs. 1582-96).
Esta contigüidad muestra claramente que L o p e introdujo lo del tabardo
judío para recalcar el intríngulis casticista basado en lo del hábito de
Calatrava .
6
5
6
C f . A L B E R T SiCROFF, Les controverses
des status de pureté de sang, P a r i s , 1960, p p . 298-299.
Desde l a aparición d e l decreto en el diálogo, se a n u b l a trágicamente el d r a m a entero ( p a r a
los entendidos). ¿Por qué engastar eso e n l a acción si n o tiene c o n s e c u e n c i a s dentro del d r a m a ?
E s c r i b e W . F . K i n g (p. 378): " K i n g J u a n I I a w a r d s the C h r i s t i a n cross of a m i l i t a r y order
( p r e s u m a b l y Alcántara) to A l o n s o i m m e d i a t e l y after g i v i n g h i s a p p r o v a l to the d i s t i n c t i v e
s t i g m a t a of dress i m p o s e d u p o n J e w s a n d M o o r s (vs. 1515-1599), so t h a i A l o n s o becomes by
i m p l i c a t i o n the defender of the C h r i s t i a n faith a g a i n s t h o s t i l e c r e e d s " . A c e r t a d a observación
es ésta, pero atañe sólo a l n i v e l simbólico. L a u n i d a d de u n a o b r a l i t e r a r i a n o se c o n s i g u e si los
actos h u m a n o s n a r r a d o s en e l l a t i e n e n significación únicamente en el n i v e l metafórico. E l
decreto es u n acto efectivo c u y o s e n t i d o debe desplegarse en el n i v e l d e s c r i p t i v o tanto c o m o en
el f o r m a l o arquetípico. P o r o t r a parte, n o parece n e c e s a r i o i n s i s t i r en l a i m p o r t a n c i a del tema
de l a l i m p i e z a en l a o b r a de L o p e . D I A N E J . P A M P . e n u n excelente trabajo, Lope
problema
de la limpieza
de sangre,
de Vega ante el
N o r t h a m p t o n , M a s s . , 1968, dice: " . . . l o q u e sí se puede
d e d u c i r de la l i t e r a t u r a en sí es l a preocupación, s i n s o m b r a de d u d a y s i n desviar el i n t e n t o
artístico de la o b r a de L o p e , c o n l a l i m p i e z a de s a n g r e " (p. 1); " . . . t o d a s u v i d a L o p e se sintió
acometido
constantemente
p o r la m a l a l e n g u a , y en cierta época le empezó a p r e o c u p a r
m u c h o el p r o b l e m a de l a falsa acusación c o n t r a l a s a n g r e " , p. 19; " E s M a r c e l B a t a i l l o n q u i e n
planteó la cuestión de l a pretensión a l hábito de u n a O r d e n M i l i t a r . Sostiene q u e L o p e , antes
de 1627, pretendió l a c r u z de S a n t i a g o o de C a l a t r a v a y fracase) p o r d u d a s de s a n g r e p a t e r n a " .
" . . . L o p e se refiere a l tema de la l i m p i e z a c o n toda c l a r i d a d . E n La buena
guarda
(1610) h a y
toda u n a h i s t o r i e t a i n t e r c a l a d a en f o r m a b i e n verosímil en u n a a n t i g u a l e y e n d a p i a d o s a " , p.
47; " . . . l a preocupación de L o p e c o n l a m a l a l e n g u a y la l i m p i e z a de sangre n o es afectación
l i t e r a r i a s i n o a c t i t u d v i t a l " , p. 63. U n a observación más: s i e n d o distintos los fines de L o p e de
los de F e r n a n d o de R o j a s , los tipos celestinescos del c o m e d i a n t e están a t e n u a d o s hasta tal
p u n t o , q u e E d w a r d N a g y p u s o a s u l i b r o , Lope
de Vega y la "Celestina",
subtítulo " P e r s p e c t i v a s e u d o c e l e s t i n e s c a en Comedias
X a l a p a , . 1968, el
de L o p e " ( s i g u i e n d o el e j e m p l o de
M a n u e l C r i a d o - d e V a l ) . L a C e l e s t i n a — d i c e N a g y — p i e r d e s u a t r i b u t o de h e c h i c e r a electiva,
l l e g a n d o a ser a lo más e m b a u c a d o r a . P o r eso n o se puede t o m a r al pie de la letra la idea de
c u l p a c u a n d o u n galán l o p e s c o r e c u r r e a u n a a l c a h u e t a (p. 15, nota 5).
NRFH,
295
NOTAS
XXXI
E n resumidas cuentas, no se trata simplemente de vanidad indumentar i a n i de falla trágica. E l papel de F a b i a es polifacético, pero añadamos que
el protagonista, al fin y al cabo, no supo a tiempo que podía prescindir de
u n a alcahueta.
FIERRE L .
U n i v e r s i t y of
Wisconsin-Milwaukee.
U L L M A N
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