322 NRI f !. X I V NOTAS LA MISA D E A M O R E S D E J U A N D E DUEÑAS L a M i s a d e a m o r e s de J u a n d e D u e ñ a s , p a r o d i a de los rezos litúrgicos de l a m i s a , es quizá e l p r i m e r b r o t e de u n a t e n d e n c i a curiosísima, o sea " e l p a g a n i s m o a m o r o s o , m o d a l i t e r a r i a q u e d u r a n t e el siglo x v se aceptó entre los poetas de C a s t i l l a y q u e d i o o r i g e n a las M i s a s d e a m o res, las Letanías d e amor, los Gozos d e amor, p a r o d i a s de los misterios y d e l c u l t o de l a r e l i g i ó n c r i s t i a n a " , e n las cuales los dioses paganos ( C u p i d o , V e n u s , A p o l o ) o c u p a n el l u g a r d e l D i o s c r i s t i a n o y de l a V i r gen M a r í a . Este género, calificado c o n d u r e z a p o r los críticos de los dos últimos siglos , gozó de bastante p o p u l a r i d a d entre los poetas españoles de fines de l a E d a d M e d i a y comienzos d e l R e n a c i m i e n t o , . L a M i s a d e a m o r e s de J u a n de D u e ñ a s - u n a de las composiciones "más m o d e r a d a s " * entre las de su e s p e c i e - es, si n o l a más a n t i g u a , p o r l o menos u n a de las más antiguas manifestaciones de esta c o r r i e n t e , y fue i m i t a d a p o r Suero de R i b e r a e n su M i s a d e a m o r . C o m o no carece de interés histór i c o , séanos p e r m i t i d a l a d i a b l u r a de p u b l i c a r l a a q u í p o r vez p r i m e r a . 1 2 3 5 6 FRANCISCA 1 V E N D R E L L , " L a corte literaria de Alfonso V de Aragón", B A E , 20 (»933). P- 3¬ 8 » A l g u n o s ejemplos: " D e Suero de R i b e r a . . . he h a l l a d o . . . muchas [composiciones] q u e considero inéditas, como l a q u e a h o r a p u b l i c o fia M i s s a d e a m o r ] , n o tanto p o r su mérito, q u e me parece escaso, como p o r la o r i g i n a l i d a d de su argumento, que p u e d e dar u n a idea, a u n q u e remota, de l a l i b e r t a d con que escribían los poetas de aquellos tiempos. D e esto podría yo presentar pruebas, sacadas de otros códices, q u e escandalizarían a l a generación presente, a pesar de sus tan decantadas corrupción ralidad" de (EUGENIO D E O C H O A , otros poetas d e l siglo de V a l e r a en sus S a l m o s Rimas inéditas d e d o n Iñigo x v , París, 1844, p . 404, n o t a ) . penitenciales y su Letanía glosando con poca reverencia l a Letanía, d a b a . . . López " P a r o d i a n d o [Mosén y Diego d e a m o r ] los Salmos penitenciales, el pernicioso ejemplo R i b e r a , Badajoz, Padrón y otros m u c h o s ingenios menores d e l siglo xv, hoy e inmo- d e Mendoza... que siguen causándonos verdadera m a r a v i l l a el considerar cómo en a q u e l l a edad llegaba a tanto el irre- verente manosear de las cosas sagradas, q u e n o solamente se a t r o p e l l a b a n los fueros del b u e n gusto, sino q u e se ofendía santos misterios d e l c r i s t i a n i s m o " literatura española, t. 6, M a d r i d , también l a razón, c o n menoscabo (J. A M A D O R 1865, p p . D E LOS RÍOS, 179-180). - de los H i s t o r i a crítica más d e la " [ E n estas composiciones se empleaba] el lenguaje más artificioso e insípido q u e se haya p o d i d o usar n u n c a ; y . . . jamás aparece el m e n o r rastro d e e s p i r i t u a l i d a d n i de poesía. U n a composición J u a n de T a p i a de este género, había en el C a n c i o n e r o de Stúñiga, S a n c t u s , sanctus Deus, de sanctus, de la c u a l n o se conserva hoy más q u e los p r i m e r o s versos, pues u n a piadosa m a n o la sacó d e l C a n c i o n e r o pensando velar p o r el bien de D i o s y de la poesía verdadera" ( F . V E N D R E L L , l o e . c i t . ) . - espagnole et p o r t u g a i s e género bajo "son à l a fin el r u b r o «Rhétorique d u moyen PIERRE âge, t. et mauvais goût» L E GENTIL, 1, Cf. F É L I X L E C O Y , R e c h e r c h e s s u r l e " L i b r o 3 d e Hita, L a poésie 1949, trata lyrique de y dice q u e f o r m a b a n parte bagage poétique" los S a l m o s p e n i t e n c i a l e s y l a Letanía prêtre Rennes, d e buen este de de D i e g o de V a l e r a (p. 199). amor" d eJuan Ruiz archi- Paris, 1938, p p . 220-224. 4 F. VENDRELL, 5 N o se h a aclarado la relación existente entre D i e g o de V a l e r a y J u a n de Dueñas. Según 1951, loc. cit. C H .V. AUBRUN, L e C h a n s o n n i e r espagnol d'Herberay d e sEssarts, Bordeaux, p . Ixxxiv, V a l e r a i m i t a a Dueñas; según P. L E G E N T I L , o p . c i t . , p p . 198-199, es Dueñas q u i e n i m i t a a V a l e r a . 0 San T r a n s c r i b i m o s el texto q u e se h a l l a en el inédito C a n c i o n e r o Román), fols. 293 V - 2 9 4 V . — J . M . D E A Z Á C E T A , " E l C a n c i o n e r o de G a l l a r d o de l a R e a l A c a - d e m i a de la H i s t o r i a " , R L i t , 6 (1954), 239-270; 7 del d e G a l l a r d o (o d e ms. de l a R e a l A c a d e m i a de la H i s t o r i a de M a d r i d , sign. 2-7-2, ms. 2, (1955), 134-180, 271-294, d a u n índice c o n t e n i d o de este C a n c i o n e r o . A la M i s a d e a m o r e s de J u a n de Dueñas se refiere en NRFH, XIV [fol. 293 v»] NOTAS M i s a d e amores de J u a n de D u e ñ a s B e a t i de a m o r e s adsyd nobis grafía, amén. 1. J u d i c a m e , deus de a m o r , por el t u b e n d i t o nonbre, comentándome del onbre maldeziente pecador; y pues t u m e r c e d es t a n t a , d e l a falsa gente n o n santa m e q u i e r a s l i b r a r , señor. 2. Q u í a t u es, deus, fortaleza d e todas m i s alegrías, d e las q u a l e s m e desuías y m e das m u c h a tristeza, no d o l i é n d o t e de m í a u n q u e s i e n p r e te seruí syn t e m o r y syn pereza. 3. 323 6. E s p e r a i n d e o m e c o n s u e l a , y d e l g r a n d pesar m e g u a r d a ; mas q u a n d o v e o q u e t a r d a , t o d o m i p l a z e r asuela; p u e s p o r te s e r u i r l e a l padesco d o l o r y m a l q u e j a m á s n o n se m e encela. 7. G l o r i a p a t r i , l i n p i o m a n t o de amores, el q u a l cobijo v á l g a m e c o n e l t u fijo, g r a f í a d e l espíritu santo; Cupido, Venus y Apolo, tres p e r s o n a s y v n d i o s solo: esto c r e o y m á s d e t a n t o . 8. E m i t e lucem tan clara q u e p u e d a v e r t u figura, p u e s q u e m i triste u e n t u r a del t o d o m e d e s a n p a r a ; de lo q u a l n o me arrepiento ni me plaze, n i consiento en l o s fechos d e l c u l p a d o . 7 y d a m e , señor, m a n e r a c o m m o ponga tu carrera delante mí por anpara. 4. E t introybo al altar d o n d e tú, señor, estás, y ay c o n o c e r á s q u e te seruí syn e r r a r ; y p o r l a t u santa v i r t u d será l a m i j u u e n t u d muy alegre syn pesar. 5. C o n f i t e b o r t i b i l u e g o , en e s t r u m e n t o s estraños aquestos d o n e s t a m a ñ o s si los fazes p o r m i r r u e g o : pues p o r amar, conturbada es l a m i a l m a c u y t a d a en b i u a s l l a m a s d e fuego. E g o pecator errado, señor, n o d e u o l l a m a r m e , pues n u n c a pude fablarme c o n t r a ty d e s m e s u r a d o : 9. E t t i b i , pater, más q u e Mares p o d e r o s o d i o s de amores, confieso q u e syn errores h e v i s t o tantos pesares quantos amante n o n vio, n i P a l a m i d e s sufrió por la muger del rrey Mares. 10. A ty, d e o , r r u e g u e n los santos y santas de l a t u corte, q u e m e des a l g u n d c o n o r t e destruyendo mis quebrantos, q u e b i e n meresco l a g l o r i a l e a l m e n t e syn d i s c o r d i a , p u e s m i s s e r u i c i o s s o n tantos. [fol. 294 r°] 11. M i s e r e a t u r m e y T r i s t á n , el núm. n ( R L i t , 7, p p . 146-147). L a composición se h a l l a también, pero incompleta, en el inédito ms. Palacio r (actualmente en la biblioteca de la U n i v e r s i d a d de Salamanca). Según Azáceta, se h a l l a b a asimismo en el C a n c i o n e r o d e R o m a ; pero la nota m a r g i n a l que copia en apoyo de su afirmación ( " T r i a folia sequenlia fuerunt sublata q u i a contineba[n?]t impíos versus c u i u s d a m Sueri de R i b e r a de u n a Missa de a m o r " ) a l u d e n evidentemente a l a M i s a d e a m o r de Suero de R i b e r a , n o a la M i s a d e a m o r e s de J u a n de D u e ñ a s . - E n m i transcripción desarrollo las abreviaturas, p o n g o acentos, mayúsculas y signos de puntuación, y n u m e r o las coplas. T r a n s c r i b o por z n o sólo la <; final (en p l a z , p a z , b o z ) sino también l a m e d i a l con que están escritas las palabras g o z a r , rrazón, d e z i r , f a z e r , p l a z e r , etc. Ms.: d e l t o d o m e h a d e s a n p a r a . 3 m a 7 NRFH, XIV NOTAS 324 y Lancarote del Lago; q u i e n mató all endriago sea m i b u e n t r u j a m á n , c o n otros c a n o n i z a d o s leales e n a m o r a d o s q u e e n t u santo r r e y n o están. j a . S a l u e , santa, q u e pariste a l A m o r l e a l estable; V e n u s , deessa o n o r a b l e , q u á n e n b u e n d í a naciste, señora, pues q u a n d o q u i e r e s d a r p a r t e de tus plazeres c o n q u e alegres a m í , triste. 13. V i r g o dey e n g e n d r a d o r a , pues tara n o b l e fijo tienes, d a n o s p a r t e de tus bienes, b e n d i t a m a d r e señora, y n o tengas tú p o r b i e n q u e padesca p o r ty q u i e n l e a l m e n t e se e n a m o r a . 14. C r i e l e y s ó n , crieleysón, crieleisóra, sy p o r b o n d a d crieleisón y l e a l t a d de a u e r m a l m i c o r a c ó n , cristeleisón, cristeleisón, crieleisóra das alegría, crieleisón y o l a d e v r í a crieleysón v e r cora r r a z ó n . 15. G l o r i a i n escelsis a d i o s , y e n t i e r r a p a z escurantes a vos, leales amantes, y a m i s señoras c o n uos; y d e s q u e nos g a l a r d o n e , p o r su m e r c e d él p e r d o n e a l o s q u e s o n c o n t r a nos. 16. L a u d a m u s te, y l a u d a m u s e l t u grarad p o d e r t a m a ñ o , p o r e l g r a n d p l a z e r estraño q u e tus amantes esperamos. A ty, señor, b e n d e z i m o s p o r qwantas cuytas s u f r i m o s , m u c h a s gracias te d a m o s . 17. L e c t i o l i b r i d e l saber: A m o r e n a q u e l l o s días, segurad q u e p u s o M a c í a s l o d e u e n todos creer: q u e p o r trabajos q u e vea, 8 q u i e n c o n amores g u e r r e a que sienpre muestre plazer. 18. E t syd S i ó n d e a m o r fuere fasta *1 s i g l o p o r v e n i r , c a d a q u a l d e u e seguir todo el plazer que pudiere; syn fazer señora s e m i e n t a , s a b e d q u e m á r t e l se c u e n t a e l q u e e n esta ley m u r i e r e . 19. B e n e d i t i s o n credentes las o b r a s d e aquesta santa; a d i o s d e V e n u s se c a n t a m a d r e de los padecientes; de l o q u a l y o n o r e c e l o , antes c r e o q u e es c o n s u e l o y s a l u d d e los d o l i e n t e s . 20. I n y l l o t e m p o r e estauan fablando Paris y Elena a Venus la mucha pena q u e los amantes p a s a u a n , d e z i é n d o l e sy p o d r í a n saber p o r q u é p a d e c í a n los q u e m u y l e a l amauara. 21. E t ayt i l l i s : M a l paresce q u e vos sepáys q u a n t o vso, q u e éste es v n secreto i n c l u s o q u e a m y sola p e r t e n e c e ; pero segund obrará c a d a q u a l d e l l o s , avrá el g a l a r d ó n q u e merece. 22. F e l i s m i c h i , m u y escogida y g r a n d deessa n o n b r a d a , rreyna bien auenturada, de virtudes bastecida; p o r q u e t a n t o m a l padesco, señora, y o te ofresco de todo p u n t o m i vida. 23- [ T bendita rreyna comigo, y c o m m o a sieruo y a m i g o de t u gracia me proueas, y c o n otros q u e te a d o r a n y m u c h a s gracias te o r a n p o r q u e n o los desposeas. 24. V e r é d i n u m et j u s t u m es q u e te dé gracias l a gente, Verso cortado (como el p r i m e r o de l a copla 29) p o r l a c u c h i l l a del encuadernador. NUI NOTAS H . X I V 325 y te simara lealmerate t o d o s l o s días d e l mes. Eso m e s m o j u s t a cosa es q u e t ú , m u y generosa, galardóra b u e n o m e des. A n u s d e y , sy p o r m í n o , por l a t u gracia b e n d i t a ; A n u s d e y , a y a m o s paz, o t r e g u a , si n o te p l a z , vaya l a guerra maldita. 30. 25. E t ydeo, q u a n d o veremos los tus a m a n t e s leales q u e t ú , señora, n o s vales y o r d e n e s q u e gozemos, auierado f y r m e e s p e r a n c a en l a t u b u e n a estanca en a l t a b o z c a n t a r e m o s . 26. S a n t u s , santus, y a se cante todo leal q u e n o n yerra, pues q u e son cielos y tierra l l e n o s d e g l o r i a bastante. M a s p o r t a n t o n o se esfuerce de a v e r placeres q u i e n tuerce la c a r r e r a d e l a m a n t e . 31. S a l u e , s a n t a r r e g i n a , al s i e n p r e te c o n p l a z e , p u e s t a n m e n e s t e r n o s faze tu s a l u d s a n t a m u y d i n a , y de tormento rrelieua los tristes fijos d e E u a por l a t u gracia d i u i n a . 27. P a t e r noster q u e p r o u e a s a los a m a n t e s q u e a m o r desereda, d a m e saber c ó m m o p u e d a a u e r g r a c i a d o t ú veas q u e y o meresco g r a n d p a r t e , y t u merced n o n m e aparte de l o s q u e e n g l o r i a poseas . 9 28. 29. 32. I n hac lacrimanura vale n u n c a vemos día bueno, con n u b l a d o n i sereno n i c o n e l s o l q u a n d o sale. Y pues A m o r t a l muestra, dinos, esperanca n u e s t r a , el b i e n o b r a r qué n o s vale. 33. O c u l o s a d n o s corauerte, y t u vista nos consuele c o m m o m a d r e q u e se d u e l e de sus fijos a l a m u e r t e ; y n o q u i e r a s q u e perescara n i q u e tanto m a l padescan los q u e te c a b e n e n suerte. E t ne nos i n d u c a s , p o d e r o s o , a m a l a s penas m u n d a n a s , n i d e x e s f e r o b r a s vanas al q u e es t u s i e n t o o m i l l d o s o , antes, señor, n o s d e f i e n d e de q u a l q u i e r a q u e contiende c o n t r a ty, r r e y generoso. [Fol. Y t e , m i s a es, b e n d i t o s , los qwe b u e n a m o r auedes, a U e n u s d a n d o mercedes en c l a m o r y altos g r i t o s , y g r a n d firmeza t e n e d que nos dará su merced muchos bienes infenitos. Fyn 294 V ] Ora p r o n o b i s tara fuerte, q u e seamos fechos d i n o s de s e g u i r p o r tus c a m i n o s , d i o s d e V e n u s , fasta verte. [ A n u s dey ] d e las p e n a s e n q u e esto; JüLES PlCCUS University of R h o d e Island. ALGUNAS NOTAS SOBRE L A M I S A D E A M O R E S E l objeto de estas breves notas es s i m p l e m e n t e señalar l a relación existente entre los versos de J u a n de D u e ñ a s y las partes de l a m i s a q u e en ellos se p a r o d i a n . L a s partes p a r o d i a d a s s o n las siguientes: salmo Judica Ms.: me, Deus posees. (coplas 1-7), Confíteor (coplas 8-1 1), I n t r o i t o (coplas