Encontro de Formação

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“As Fronteiras na Bíblia”
Encontro de Formação, Equipe Itinerante. Núcleos: Manaus e Três Fronteiras
Local: Centro de Formação Fr. Ciro, Tabatinga.
Data: 15-18/06/2005
Tema: “As fronteiras na Bíblia”.
Assessora: Ir. Ivone Gebara csa
Coordenação: Raí e a Graça
Secretaria: Fernando e Paco
Participantes: Um total de 25 participante: 14 da equipe, 4 dos responsáveis institucionais e 7 convidados.
Horário:
Café
Trabalho
Intervalo
Trabalho
Almoço 12:00
7:00
8:00
10:00
10:30
Trabalho
Intervalo
Missa / Celebração
Janta
Vários
14:30
16:00
18:00
19:00
20:00
[14/06]
À noite foram repartidas as tarefas e organizado o horário do encontro.
[15/06]
Dinâmica: Música, pequena oração e acolhida dos uns aos outros com um abraço. Depois, a apresentação dos participantes.
Logo, num peixinho, os participantes colocaram seu nome, o que mais gosta e as expectativas sobre o encontro. Cada
participante pesca um peixe e apresenta a pessoa que está escrita no peixe que pegou. A dinâmica fechou colocando cada um o
peixinho do companheiro/a na malhadeira. Canto: “Alegre la mañana que nos habla de ti”.
Ivone : palavras introdutórias ao nosso Estudo:
Eu nunca estive nas fronteiras da Amazônia. Nunca teve a experiência de trabalhar com indígenas, ribeirinhos e urbanos.
Vocês poderiam explicar por que encolheram esse tem das fronteiras e dos limites da Bíblia? Que limites, que fronteiras vocês
estão pensando? Será que vocês estão pensando nos limites de cada autor, nos limites de cada autor, nos limites do anuncio do
evangelho a outras culturas, nos limites da própria Sagrada Escritura... Minha função não é dar respostas, é ajudar a mexer com
as águas que tem vida e assim ajudar a pensar a vocês. Não há receita e sim proposta de reflexão. Vocês não queiram aplicar o
que aqui reflitamos... A gente quer ajudar a pensar vocês.
1
Cada participante teve 5 minutos para redigir o que ele entendia por “limites” e “fronteiras”:

O tema foi sugerido a partir de nosso contexto da equipe itinerante nas fronteiras. Fronteiras evoca lugar de: desafios,
conflitos, tensão, perplexidade, questionamentos e discernimento. Jesus sempre foi vivendo em situação de fronteiras e
conflitos.

Na Palavra de Deus ver como Jesus Cristo supera os limites no meio do conflito e o transforma em serviço. Ele é a
superação do limite do humano e do divino.

A partir das barreiras que encontramos nesta realidade gostaria aprofundar como é trabalhado na bíblia a superação das
fronteiras geográficas, culturais, de grupos sociais, etc. Como iluminar a superação das fronteiras ou barreiras que nos
separam e separam as pessoas.

A Bíblia também tem seus limites: época, pessoas em realidade cultural concreta. Aqui também temos fronteiras
geográficas, culturais, experiências diferentes e que a gente não entende.

Uma primeira fronteira é o idioma. Fronteiras pessoais devido a personalidade, história, etc. Como no seguimento a Cristo
podemos avançar e superar nossas fronteiras. Como a partir da Bíblia podemos acompanhar melhor às comunidades para
serem pessoas livres. “O pão dos filhos não é para os cachorrinhos” e depois “Ide por todo o mundo...”

Estas três fronteiras são muito especiais. Há muita riqueza e muitos desafios. Três aspectos: meus limites pessoais, os
limites da comunidade onde vivo e nosso trabalho nas três fronteiras.

A Palavra de Deus é universal... Ela se converte num “tapiri universal”, que não é fixo. Superação dos limites da cultura,
política, fronteiras. Fronteiras significa “fron”, ao frente, que significa profetismo, desafios, apelos... Como fazer a
passagem das fronteiras: ribeirinhos, indígenas, marginalizados urbanos.

A Sagrada Escritura não tem limites. Os limites os colocamos nos, com nossa diversidade de culturas e ideologias. Até
onde se pode aprofundar a Bíblia nas culturas Amazônicas. Como ir além?

A gente fala que o Reino de Deus não tem fronteiras, que é universal... É muito bonito, mas ás vezes é só de boca pra fora.
A gente supera as fronteiras geográficas e não consegue superar as fronteiras com o/a colega que mora conosco. Como a
bíblia pode dar-nos luz, força e coragem para nos converter e ultrapassar limites e fronteiras pessoais, comunitários,
culturais, pastorais, geográficos... e tecer relações humanas e justas?.

A experiência da equipe nestes anos tem sido de constante superação de fronteira. Fronteiras pessoais, fronteiras de equipe
e comunidade itinerantes, fronteiras de missão. Temos vivido constantemente a experiência de Abraham: sair da própria
terra e cada dia ir buscando e avançando para a Terra Prometida, sem um mapa de rota... Experiência de Paulo e de seu
conflito com Pedro: não há que se circuncidar para ser cristão. Como aprender a conviver na diversidade e pluralidade,
sem romper a unidade. Quanto mais diverso mais divino... fácil de dizer, difícil de viver. Como crescer na capacidade de
diálogo inter-cultural, inter-religioso...

Eu estou muito recente na equipe. Minha experiência: Senti-me virada pelo adverso. Não é tão simples atravessar a
fronteira para o Peru... Uma vez estando lá me perguntava: não conheço nada do universo simbólico do povo, não sei falar
nada... Tentei escutar e perguntar muito, falar com o coração... Fiz-me muitos questionamentos. Toquei com meus limites,
impotente. A experiência de convívio com o mesmo grupo, superação de limites pessoais, como comunidade (sou leiga).
Muitos questionamentos: é muita responsabilidade como equipe itinerante criar expectativas de um novo jeito de viver, de
um novo jeito de trabalhar... Criamos expectativas e somos responsáveis.

A gente está num mesmo barco. A gente se depara com a complexidade de situações e não sabe como lidar com
determinadas situações. A gente vem do sul e isso é uma grande barreira e limite. Como caminhar com esse povo?...
Ivone : comentários à questão dos “limites” da Bíblia e as experiências de vocês:
Muitas vezes estamos tão acostumados a falar com nosso chapéu ou guarda-chuva que quando a gente fala com as
pessoas, não consegue tirar. O chapéu às vezes serve e às vezes não serve. É bom alguma vez até deixar-me molhar pela água e
bronzear pelo sol.
1. O problema do CONHECIMENTO:

No compartir de vocês colocaram como vocês conhecem este mundo das fronteiras. Ustedes entienden su mundo como si
hubiera un mundo de conflictos, divisiones, drogas, etc. Y, por otro lado, hay algo bueno que está arriba de este mundo
que ustedes llaman Palabra de Dios o Proyecto de Dios, o superación de todos los limites. Ustedes se sitúan dentro de un
mundo lleno de limites y de repente hacen un salto colocándose en lo bueno que es la Palabra de Dios o Jesús que es la
superación de todos los limites... Esta manera de conocer el mundo no es la manera de conocer de Jesús. Nosotros no
sabemos la manera de conocer Jesús, sino que interpretamos las interpretaciones de Jesús… Vemos Jesús casi como un
“super-star” que traspasa todas las fronteras, cosa que no es verdad. Es idealización que Jesús superase todas las
limitaciones. Jesús no es el ejemplo de superar todos los límites sino de entrar dentro de los límites. Los limites son
situaciones humanas de nuestro propio ser: sicológicos, biológicos, etc. Hay fronteras… La frontera no es de superar los
2
limites sino de convivir con los límites, para no eliminar al otro o a mi mismo. Siempre queremos eliminar el diferente.
Como convivir con el diferente?.

Cuando voy como misionero ya voy con mi paraguas o sombrero, o sea, con la manera como nos dijeron que debíamos
aparecer, reaccionar, comportarnos, leer la Biblia, etc. No sabemos como relacionarnos sin ese paraguas.

La Palabra de Dios es idéntica a la Biblia? Que pobreza! La Biblia ni siempre fue usada de modo bueno… Nos olvidamos
del uso plural de la Biblia. También ustedes están sujetos a las trampas de la interpretación mal hecha de la Biblia. La
Biblia sirvió al proyecto de las Cruzadas, de la colonización, sirve hoy a Bush… Podemos tener una actitud ingenua
delante de la Biblia, como si fuera un libro mágico, o hablar de Dios como si fuera un mago que hace superar los límites.
Lo mejor no es el “no limite”. Ustedes dicen que las fronteras no son buenas… y piensan que la Biblia seria capaz de
construir un mundo que ayudaría a traspasar muchas fronteras. Pero la Biblia construyó muchas fronteras y continua
construyendo fronteras…

El modo de entender el mundo: El mundo es malo y se tiene que hacer bueno. La receta para que eso ocurra no la tiene
nadie. Las ideologías políticas no tienen las recetas, el marxismo no tiene la receta… Pero nosotros pensamos que la receta
está en la Palabra de Dios. Por que la Palabra de Dios no ayuda a hacer el mundo bueno?… La culpa la echamos siempre
en los otros que están en la oscuridad. Como tenemos que abrir la cultura de los otros para hacerla buena?… Como hacer
para que sea bueno y armoniosa la relación entre las personas?... Esa es la tarea del misionero, sin darnos cuenta del
proceso que está dentro de nosotros: somos nosotros que creamos fronteras.

Entonces, el primer paso: percibir los límites del conocimiento en cada uno de nosotros. Queremos que la realidad entre
dentro de nuestros límites y no nosotros entrar dentro de los límites de ella. Partimos de muchos límites del conocimiento:
lo que es un hijo bueno o malo, cultura buena o mala, etc. No buscamos entender lo que pasa en las otras culturas, en los
otros universos distintos del mío. Como voy a cristianizar las otras culturas sin reducir el otro a mi propia experiencia?

Que quiere decir para mí que la Palabra de Dios no tiene limites? La Palabra de Dios va más allá de todas las fronteras,
que quiere decir esto? Como yo puedo ser más allá de todas las fronteras? Como puedo construir esto? Que significa
traducir la ética de Jesús? Comprender y vivir el texto.

El misionero intenta pasar la Biblia para los otros. Nosotros seres humanos somos muy mezclados de bueno y malo… Esa
es una manera de conocer el mundo: bueno y malo. Pero eso no es la forma cristiana de conocer el mundo… Es el modo
griego.

A partir de la Biblia nosotros las mujeres fuimos consideradas de segunda categoría, se eliminó pueblos, se negó a los
homosexuales, etc.

Por qué considerar el limite como algo ruin? No existe algo sin límites. No existe un amor sin límites. Como en vez de
luchar contra el límite debo entender, acoger el límite y la diferencia. Somos todos hermanos, no es verdad. Estamos en
proceso de hacernos hermanos/as. El evangelio tiene una propuesta ética muy difícil. Estamos a camino… El
conocimiento de uno mismo en sus límites es una frontera.

Como salir de las fronteras congregacionales ya es algo bueno pero es limitado. Que pasaría si se hiciese un trabajo junto
con los pastores evangélicos?… Como trabajar con la
Asamblea de Dios? Hay muchos pastores en medio de los indígenas… Pero decimos que ellos tienen una formación
peor… Nosotros quienes juzgamos que tienen una formación peor, y no diferente.

El drama está no tanto en las fronteras de fuera sino en las fronteras personales que vienen de mi historia, de las
emociones…Las emociones son fundamentales: fronteras emocionales son fundamentales. A quien mi cuerpo acepta y a
quien mi cuerpo rechaza.

De hecho, no hemos sido formados para la diferencia. Hemos sido formados para reducir al otro a nuestra imagen y
semejanza. El otro diferente es una amenaza. Lo intento eliminar o reducir a nuestra imagen y semejanza.
Conversa en pequeños grupos sobre la des-construcción de los límites de la Biblia:

Como favorecer la transformación de la realidad sin condenar, sin excluir… Cual seria el camino para esa transformación
sin destruir al otro y si acogiendo al diferente?.

Me caí del caballo. La formación es fundamental para esta abertura al diferente. Los jóvenes tienen los mismos esquemas
dicotómicos. Si el otro no piensa como yo pienso creo barreras. El diálogo con otras iglesias “no es posible”. Uno mismo
dice que no es posible.

Aceptar los límites… Comenzar por conocer y querer bien a los vecinos que son drogadictos, homosexuales o de la
Asamblea de Dios, etc. Aceptar los limites, nos hace crecer, nos enriquece porque nos abre a los otros. El equipo itinerante
ayuda a encontrar muchas realidades diferentes, eso nos ayuda a abrirnos a una realidad diferente, de personas y
situaciones.
3

Queremos colocar la realidad dentro de nuestros límites. Hay esperanza de que algo nos desbloquee de esa limitación y esa
realidad puede ser Dios, no un Dios mágico. Ver como los discípulos descubrieron la superación de los límites significa
que nosotros también podemos y eso no es mágico, es esperanza.
Ivone:
Convite a continuar pensando. Como transformar la realidad para ser mejor sin juzgar, sin destruir, sin acoger? La
condición humana no es predeterminada. Somos capaces de crecer, pero también somos capaces de decrecer. Los procesos de
evolución ética no se dan en la misma velocidad que los procesos de evolución tecnológica. Hasta ahora el ser humano siempre
juzgó… Jesús juzgó: que tire la primera piedra quien no tenga pecado; hipócritas y fariseos que cargan fardos pesados. Será
que podemos vivir sin destruir a nadie? Eso se puede colocar como meta, sin embargo, la vida religiosa que pretendía ser un
lugar de no exclusión, fue un lugar de grande exclusión. Excluimos a quien no se ajustase a nuestros modelos. Aquí en el
Brasil, en el inicio del s. XX, no aceptaban negros, indígenas. No es posible que no juzguemos y no excluyamos… Pero es
posible que siendo imperfectos, busquemos un mundo de justicia, no perfecta, pero una semilla plantada. La esperanza no es
que no haya más cizaña. El “estiércol” es importante. Los ejemplos de amor más significativos de la historia ocurrieron en una
situación de injusticia terrible. Muchas de las fundaciones de las congregaciones fueron en medio de situaciones dolorosas. Es
importante no conocer desde el paradigma de los bueno-malo, puro-impuro… Sino a partir de la mezcla de la realidad que
tenemos que respetar. Juzgando tengo que aceptar que el otro tiene derecho a ser diferente. Amor ético es el amor que juzga
pero acepta la diferencia y lucha por el derecho del otro. Paco dijo una palabra fundamenta: “querer bien al otro”. Es difícil
“querer bien”. No todo el mundo tiene el don del “querer bien” al otro con su diferencia… Hay personas que por su propia
historia no puede querer bien al otro, no consigue romper la cáscara. Pero debemos también saber alegrarnos por el don que
otros tienen y yo no, y por el don que yo tengo y que no todos tienen.
Ivone:
2. Como nacen las CREENCIAS RELIGIOSAS?

Las nuevas generaciones olvidamos el pasado. La memoria nuestra es limitada. El cristianismo que aprendimos fue el que
nos pasaron las instituciones, las personas, la familia… Difícil tentar reconstruir una memoria antropológica de cómo
nacen las creencias religiosas. La memoria de nuestra institución religiosa es muy pequeña. Los antropólogos invitan a los
teólogos a que lleguen más allá, miren las creencias religiosas de los grupos humanos.

Los seres humanos no somos seres hechos. Antes de Jesús hubo muchas experiencias religiosas y después de Jesús
también las formas religiosas cristianas se van haciendo. No quiere decir que sean las formas ya acabadas y más perfectas.
No puedo decir que el cristianismo del siglo XVI que nació en la reforma es el mejor, o el cristianismo de la teología de la
liberación o de la teología feminista… Cada coyuntura histórica tiene respuestas limitadas en su contexto.

Lo que es muy importante desde el punto de vista antropológico es que nuestras creencias religiosas nacen con nosotros.
Nacen de nuestras relaciones entre seres humanos, de las relaciones con el medio ambiente y naturaleza, de las relaciones
con el medio en el que vivimos. Las creencias nacen como respuestas a preguntas que nosotros hacemos a la vida, unos a
otros. Dependiendo de la situación en donde nos ubicamos la forma de creencia es diferente. Dependiendo del contexto
donde estamos la forma de creencia es diferente. Dependiendo de los valores que subrayamos nuestras creencias son
diferentes. Ustedes están en contacto con culturas distintas… Cuales son las herencias que modifican las creencias que
tenemos.

Ejemplos: Las civilizaciones primitivas eran más conectados con las divinidades de la tierra. Esto se encuentra todavía en
los grupos indígenas de menos contacto, en los grupos campesinos donde la tierra es un valor fundamental. Frente al
misterio de la tierra que da vida y nutre. De la convivencia con la tierra se experimenta su grandeza y se pasa a venerarla.
En las culturas más primitivas, descendientes de los incas, mayas, aztecas y en Asia con la religión Chan, la sexualidad es
revestida con el carácter de veneración por comenzar de ahí la vida. En el templo Chan, sobre el altar hay una vagina y un
penis con fuego, porque ahí comienza la vida. Las expresiones religiosas más antiguas comienzan con figuras femeninas
pariendo (fuentes de vida). Esta experiencia está más ligada a la vida de las comunidades humanas. Experiencia de
trascendencia en nosotros.

En la cultura pastoril son los hombres que salen con sus rebaños grandes y pasan muchos días fuera de casa buscando
pastos para los rebaños. Ellos hacen experiencia casi religiosa de la creación, de las montañas, de los ríos, etc. Temor de la
grandeza del universo. Esta experiencia religiosa es más abstracta que la del nacimiento de la vida. Experiencia de
trascendencia fuera de nosotros en la naturaleza (salmos).

Dependiendo del contexto en el que estamos unas experiencias religiosas cobran más fuerza que otras. Esto es importante
para que no pensemos que lo que vivimos hoy es el máximo de la experiencia religiosa. Es importante no absolutizar una
forma de cristianismo determinada… Estamos en continua evolución.

No todos los pueblos deben llegar necesariamente a donde nosotros llegamos. La historia que pasa por el hilo de nuestra
tradición no es necesariamente la que expresa y manifiestas mejor el amor. No todo es relativo, lo que es igual es la
universalidad del amor. El acontecimiento del amor no es relativo. Todo lo que construye la vida no es relativo.
4

Gn 3. Creación de Adán y Eva y la caída en el pecado. Conflicto cultural entre divinidades es un conflicto cultural de
lucha por la hegemonía política. Conflicto entre Yahvé, Dios de Salomón, de los pastores y las divinidades matriarcales de
la Diosa Astarté, de la fertilidad, cuyo símbolo es la Serpiente Alada que hace el encuentro entre el cielo y la tierra. Los
judíos tienen el dios del cielo influenciado por los egipcios (Ra, dios sol). Hay un conflicto de divinidades. Salomón no
quiere la diosa de los pueblos de la región: la mujer mata a la serpiente alada.

Jesús rompe con los judíos ortodoxos. Después de la muerte de Jesús crece mucho el número de los cristianos porque Dios
aparece a partir de los pequeños, y el número de esclavos crece mucho. El propio imperio romano se torna cristiano en el
siglo III. A partir de este momento el cristianismo se configura desde el poder y continúa hasta hoy de distintas maneras.
No como expresión de los valores concretos de la vida de la gente sino desde el poder, poder del bien.

Cuales son mis creencias? Por que yo creo lo que creo? Por que ando por ahí queriendo anunciando lo que creo? Es
compatible lo que creo con el contexto donde vivo y los valores que persigo, la comunidad que quiero, el mundo que
quiero? Cada uno de nosotros es invitado a salir casi desnudo a salir para buscar respuestas sin utilizar conceptos fáciles
como “pueblo de Dios”… Que quiero y por que quiero? Lo que quiero no es una fantasía? Hace tiempo que no somos
invitados a pensar. Solo repetimos. De tanto escuchar que Dios es Padre, Hijo y Espíritu Santo, que Jesús nos redimió de
nuestros pecados, etc. dejamos de pensar que significa esto. Hoy los católicos pensamos poco, no pensamos.
Trabajo de grupo: Conversar sobre la experiencia que tenemos de estas dos espiritualidades:
Espiritualidad pastoril: Conversar sobre la experiencia humana de sumisión y obediencia. Experiencia inspirada en la
espiritualidad del “pastor” (el buen pastor…).
Espiritualidad agraria: Experiencia de atracción (por las personas, por lo humano, por el pobre y oprimido), del nacimiento
(de la vida de los seres), de la igualdad (del pobre, del prójimo, de búsqueda de justicia). Experiencia de la espiritualidad más
agraria, de tipo familiar.
Plenario:

Las dos experiencias no nos parecen opuestas (siendo la primera más negativa y la segunda positiva) sino
complementarias.

Vemos, por ejemplo, las experiencias de una espiritualidad pastoril e espiritualidad agraria articuladas: Jesús buen pastor y
Jesús como compañero. El superior como autoridad puede ser pastor y ser también compañero que discierne junto. La
opción por los pobres, de aproximación y acercamiento al mundo de los pobres, es una norma de la Iglesia (Vat.II,
Medellín y Puebla) y una opción afectiva de amor. A partir de nuestra, nuestros padres que vienen de una experiencia de
obediencia nos animaron también a acercarnos al mundo de los pobres con respeto y cariño.

Cuando las normas prevalecen sobre la libertad y la decisión se abdica en otra persona, es negativo. Esto tiene que ver con
el mundo inseguro e confuso en el que vivimos donde, muchas personas, buscan la seguridad y la garantía de salvación
eterna en las normas claras que dicen lo que se debe y no se debe hacer.

En la cultura occidental, machista, la espiritualidad pastoril se distorsionó en autoritarismo masculino. La experiencia
indígena y/o popular, rescató el rostro femenino de Dios en la devoción a Maria.

Hasta que punto es viable la vida religiosa con su propuesta de castidad, pobreza y obediencia en un mundo donde el valor
de la vida es un elemento fundamental. En Latinoamérica a partir de los pueblos indígenas se resalta a Maria, la Madre, la
Pacha Mama. Devolver a Dios su característica femenina.

Quien es el Señor de tu vida? Quien te conduce? Pregunta clave para cada uno/a hacerse.

Cual seria la característica de una espiritualidad urbana?

La sumisión todavía predomina bastante en la familia, en las instituciones, en las comunidades y también en el nivel
cultural.

La temporalidad de los indígenas no es igual que la nuestra. El tiempo para nosotros es visto como algo económico. Las
personas en las comunidades se sientan a contemplar, a ver el río, el atardecer… Y nosotros, esa gratuidad no la tenemos.

La dimensión pastoril apunta para la uniformidad.

El académico nos hace pensar que nosotros sabemos más que los que no pasaron conocimiento por la academia.

Dos cosas muy diferentes: Espiritualidad pastoril es conducida, es buena pero limitada hasta cierto punto.

En la cultura amazónica la gente vive mucho la celebración de la vida. Todo en la vida del pueblo indígena es celebración.
La espiritualidad agraria pasa por la celebración de la vida.
5
[16/06]
Ivone:

En el conocimiento las emociones son fundamentales. Primero son las experiencias cargadas de emociones y después
viene nuestro conocimiento intelectual, la reflexión, la teología.

Experiencia religiosa más antigua, primordial: experiencia “matricial” (matriz, materia, madre). La tierra como fuente de
vida. La muerte es una vuelta a la tierra. Esta experiencia está ligada al mundo agrario. “Te quiero por que te quiero”.

Con la sociedad pastoril nace otra experiencia religiosa: el temor ante la grandeza de la naturaleza y del universo, un ser
superior, sentimiento de pequeñez. Mi emoción se conecta con una experiencia de poder. El Rey David era pastor, Moisés
e Aron eran pastores, Caín es pastor y Abel era agricultor. La zarza ardiente es el mito del dios fuego que va para la
guerra. Muchos pueblos fueron eliminados por los israelitas. El tema de la conquista de la tierra vuelve constantemente.
Los pobres y los imperios utilizan el mismo paradigma de la conquista de la tierra. El último argumento es: “porque Dios
quiere”.

Todos los pueblos tienen un fondo común mítico (construcción de sentido).

Las emociones son generadoras de poder en las personas que las han experimentado (pastores que enfrentan tempestades,
riesgos, peligros) y son reconocidas por la comunidad. El poder patriarcal tiene su fundamento en la inmensidad del cielo
y de las montañas. El poder abstracto: “te quiero (temo) por la inmensidad del cielo”. El poder abstracto se torna poder
político y subyuga las conciencias a través de las ideas.

El poder de los varones de la iglesia nos dice que es lo que debemos creer. No son las mujeres, o los pobres los que
definen lo que debemos creer. El poder del P. Marcelo Rossi que mueve las emociones de las masas, así como el de las
iglesias show-televisivas.

Los pastores se tornan reyes (David) y hacen la guerra y la justicia a otros pueblos. Son los pastores los denunciados por
los profetas como pastores buenos y pastores malos.

En el modelo pastoril, los enemigos están fuera: son los lobos que comen las ovejas, o serpientes. El esquema patriarcal es
guerrero.

La vena matricial es recuperada por S. Francisco donde el lobo no es considerado enemigo, el leproso no es algo
asqueroso que hay que echar fuera. No son las armas las que van a resolver los problemas. Los enemigos están dentro de
nosotros.

Que hacer HOY en un mundo que no tiene referencias de valores matriciales: competitividad, exceso de tecnología son
una afirmación del poder del individuo? La teología que tenemos es fundamentalmente patriarcal en el que introducen el
amor y la justicia.

La experiencia pastoril articula las emociones ligadas al poder. Tenemos que cuidar nuestras emociones para no imponer
en las comunidades nuestro poder…
Trabajo en grupo
Para los miembros del Equipo Itinerante:
1. ¿Quién tiene más PODER en el Equipo?
2. ¿Cómo cada uno y cada una reacciona al poder de aquel o de aquella que parece ser más fuerte?
Para los que no hacen parte del equipo:
1. ¿Cómo ustedes ven el tema del poder en el equipo itinerante?
2. ¿Cómo ejercen ustedes el poder en relación al equipo itinerante?
Plenario:
Hombres del Equipo Itinerante, núcleos Manaus+Tabatinga:
Pregunta 1

Fernando es el que tiene más poder en el equipo: capacidad intelectual, creatividad, capacidad de argumentar/convencer,
afectividad/cariño.

Los que mandan en el equipo son los jesuitas por ser los padres de la criatura (idealizadores, mentores), por tener
experiencias de inserción anterior, por tener la capacidad técnica.

En Alto Solimões: Fernando y Odila.
6
En Manaus: Las que convocan son las mujeres. En relación al espíritu fundante, Paco y Arizete: Paco, poder moral
(censura o aprobación); Arizete, poder organizativo.

Los cuatro más antiguos son los que tienen más poder: Odila, Arizete, Paco, Fernando.

Estamos en el pasaje de una fase carismática para una fase institucional. Hay necesidad de una articulación general del
proyecto. Habría que definir roles (funciones, papeles) para que no se convierta en un poder tiránico.

Se tiene que retomar la reelaboración el proyecto del equipo entre los dos núcleos.

El que manda no es siempre el que tiene el cargo (coordenador, ecónomo).
Pregunta 2
Neori: Acepto el poder moral de Fernando o Odila. Discuto cuando no concuerdo.
Paco: Instintivamente, reacciono por dentro a un poder constituido. No tengo problema con Fernando pues me relaciono como
amigo y compañero: puede convencerme con argumentos y puedo discordar, y viceversa. Acato la decisión de la mayoría, aun
no concordando, en cosas pequeñas que no tocan lo que es, para mí, fundamental. Necesidad de un articulador “oficial”, no lo
veo necesario, siendo Fernando de hecho, pero si la mayoría lo cree conveniente, sin problema.
Fernando: ¿Cuál es mi papel dentro del equipo? Definir el rol.
Coco: Hay juegos de poder fuera de los poderes constituidos. Hay grupitos. Hay juegos afectivos. Reacciono con rabia cuando
se usa el poder para manipular… o cuando me veo haciendo lo mismo. El equipo es un pequeño Big Brother Brasil, pues hay
mujeres y hombres. Los afectos entre las personas se resuelven dentro del equipo y hay luchas de afectividad.
Nilvo: Veo el poder de Fernando naturalmente, con reconocimiento y respeto. Tengo libertad para discordar, dialogar.
Mujeres, núcleo Manaus
Pregunta 1

Tiene más poder en general el que tiene más saber, conocimiento, el que expresa sus emociones, el que tiene más fuerza
física. Quien mejor argumenta y sabe juzgar más. Los más antiguos que articulan más. En nuestra comunidad Paco y
Arizete.

Elisa: La fuerza masculina es un poder en algunas situaciones: “Cada uno carga su mochila”. El proyecto inicial fue
formulado para hombres y no para mujeres. No se agarra un taxi para ir para la estación o para el puerto… Todos hacen
comida. Todos tienen que arreglar la casa. No obstante solo una persona arregla la casa. No se comparten las
informaciones y eso es un poder. Poder no participativo. No vamos a delegar nadie que asuma tal actividad… Al final
alguien hace sin que sea asumido por los otros. Poder emocional que es más fuerte en lo femenino que entre los hombres
que verbalizan más fácil y convencen. Las relaciones grupales son un poder.
Pregunta 2:

Reaccionamos expresando los sentimientos para los otros. Escuchando antes de tener una posición.

Unos no se posicionan. Otros prefieren el diálogo.
Mujeres, núcleo Tabatinga
Pregunta 1

Silvia: Odila y Graça son las que ejercen poder en la comunidad. Super-protegida por Odila y aprende algunas cosas. De la
Graça aprende pero es sofocante.

Los comportamientos de Graça, Silvia y Rai, por ser laicas, es diferente.

Equipo: Fernando es el que tiene el poder por tener la tecnología, convencimiento, articulación, saber intelectual y el lado
emocional. Odila tiene poder por ser antigua en el equipo y es la coordinadora.

Todos nosotros tenemos poder en distintos momentos. Muchos somos dominadores en determinados momentos.
Pregunta 2

Cada uno reacciona de distintas formas en determinados momentos de acuerdo a la situación. N

Graça: Poder se percibe dentro del equipo. Los jesuitas son los que parieron el proyecto. Como yo estoy llegando dentro
del equipo no me siento perjudicada por el poder. Yo estoy aprendiendo lo que es un proyecto de vida misionera
itinerante. Fernando me pasó varios proyectos. Yo no me siento sofocada con el grupo antiguo. En el nivel comunitario me
siento bien en relación a los otros. Estoy adaptándome y por eso cualquier reacción a cada uno puedo ser precipitada. No
quiero romper una cosa que es tan bonita para mí. La comunidad no es una amenaza para mí. Lo que es fundamental es la
misión. Yo me siento Graça misma.
7
Participantes institucionales (mixto)
Podemos hablar solo de forma exterior y de un modo relativo:

Disposición personal del equipo para la manutención y misión. No tenemos una influencia directa sobre la organización
del equipo y su estructuración comunitaria y de misión. La comunidad y equipo tiene una autonomía.

El equipo tiene un poder basado en el respaldo institucional que está por detrás.

Sin respaldo social, sin capital, con el poder compartido, sin una estructura todavía definida. Cada persona e institución
contribuye con sus posibilidades y recursos.

Ideólogos del equipo: Fernando, Paco, Arizete y Odila.

Los jesuitas fueron los iniciadores y se sumó Arizete. En 2003 fue definido el proyecto como interinstitucional.

Los dos núcleos con personas de referencia: Tabatinga, Fernando y Odila; Manaus, Paco y Arizete. Los cargos deben ser
mudados.

Tienen desafíos como todas las instituciones. También por tener frentes diferentes: Ribereños, Indígenas y Marginados
Urbanos.
Grupo de invitados (mixto)

El poder es bueno. Tanto en el ámbito del hombre como de la mujer. La mujer ha sido muy discriminada: falta de acceso
al empleo, salarios más bajos, cuida de la casa. En el ámbito religioso el sacerdote necesita de la compañía de una
religiosa. Machismo muy fuerte en nuestra sociedad. Abusos sexuales, etc.

El que tiene más poder es el que tiene más experiencia, el reconocimiento del trabajo y la fuerza moral. En muchas
parroquias el poder de autoridad del padre se impone sobre el trabajo de las mujeres y religiosas. Poder de la capacidad de
relaciones y amistad. No hay solo una manera de reaccionar frente al poder.

Fernando es el que está en el liderazgo del equipo, pero no como un poder malo sino como alguien que motiva.
Plenario: Preguntas y respuestas:

¿Poder emocional? Con la cara cerrada bloqueo un determinado asunto. Las mujeres utilizamos argumentos emocionales:
llorar, hacer grupito con otro.

Bruno: Fue hecho algún proceso de definición de roles sobre la persona de Fernando como articulador?
Odila: En Manaus no se tocó el tema. En Tabatinga se trató el tema y vemos que todos tenemos que crecer.
Arizete: Fernando puede o debe articular, con él yo intercambiaba muchas ideas en Manaus y ahora sentí falta.
Rai: Fernando colocó el hecho de estar sobrecargado porque duerme con el proyecto. Dividir responsabilidades… Dimos
pasos: estudio de español, estudio computación… Fernando, tu tienes que ir más despacio. Yo tengo una cultura más lenta.
Fernando tiene el poder de convencer.
Ivone

El nivel de compartir de ustedes fue muy grande. Cada uno expresó lo que sentía con mucha libertad. Fernando escuchó
mucho lo que el grupo siente sobre él.

Al escucharos, percibí positivamente que salimos de la ilusión de que las relaciones de poder en los medios religiosos es
diferente a las relaciones de poder en otros medios no religiosos.

Vivimos en un caldo cultural impositivo, competitivo, donde el poder entra con todos sus matices. Ese caldo cultural
también nos toca. Es importante descubrir como el poder es ejercido entre nosotros para hacerlo humanizador y
democrático.

El PODER no es una cosa. Son RELACIONES. Relaciones entre las personas. Relaciones que son de diferentes tipos:
1. Relación de la inspiración fundadora. Los jesuitas tienen una gota más de poder por ser los fundadores del equipo
itinerante.
2. Antigüedad en el equipo. Los antiguos tienen más poder en el equipo.
3. Capacidad de articular y agregar las personas: diferentes miembros, el proyecto, captar nuevos miembros…
Estamos en un momento en que necesitamos articular mejor la misión. Pasó del momento carismático para el momento de
institucionalización. Por lo que crece la complejidad del proceso. Un equipo con pocas personas no necesita articularse
sino que ahora somos muchos y de muchos países, culturas, instituciones, etc. Muchas personas con intereses personales
diferentes.
8
4. Ciencia reconocida en distintas áreas. Tiene algunas áreas que las personas que tienen competencia en ellas tienen
poder. Competencia: computador (tecnología de computación), sintetizar ideas (muchas cabezas exige sintetizar las ideas
del grupo).
5. Vivencia de poder diferente entre mujeres y hombres. Es la expresión de las relaciones de poder en la sociedad y en
la iglesia institucional. La estructura psíquica masculina y femenina presentes en la sociedad introduce una vivencia de
poder diferente entre mujeres y hombres. Las mujeres se consideran que tienen menos poder. Fundación del equipo:
hombres. Antigüedad: hombres. Capacidad de articulación: hombre. Ciencia reconocida: hombres. Ustedes reflejan el
poder como en la sociedad. No se puede culpar a nadie.
6. Poder religioso. El poder religioso en el equipo se encuentra en manos masculinas. La Misa participativa, pero el que
dice hagamos todo en común es el hombre.
7. Poder de los afectos. Es interesante que ustedes hayan formulado esto. Hay poderes de afectos debido al compartir de
espacios e proyectos comunes. Por existir el poder de los afectos, existen complicidades. Eso forma parte de la trama de
las relaciones de poder. Ustedes se colocaron en posición de vivenciar esos afectos que es por un lado extremamente
positivo, pero que por otro lado es extremamente problemático, sobre todo dentro de la estructura de la vida religiosa.
Ustedes introdujeron un modelo que coloca en jaque la pobreza, la castidad y la obediencia. El poder de los afectos es algo
movilizador desmovilizador. “La gente quiere hacerse dueño de los afectos”.
8. Poder de las emociones. En todas las comunidades humanas ocurre el poder de las emociones. Cuando el jefe está de
mal humor nadie quiere acercarse al jefe. Una crisis de lloro también desmoviliza el grupo. Las enfermedades son muchas
veces juegos del poder de las emociones. El poder mayor es el del enfermo: no hagan eso porque estoy enfermo.
9. Todos admiraron el poder de convencimiento a través de la seducción. Todos hablaron del calor humano y cariño
de Fernando. El poder seductor puede ser también extremamente autoritario por ser profundamente insistente. El seductor
va a descubrir cual es el punto flaco de la persona y por ahí entra. Las personas seductoras son profundamente atractivas
pero son profundamente peligrosas. El seductor puede tejer armadillas de modo que las personas entran porque necesitan
del afecto, y no por la argumentación. El seductor necesita de la propia seducción. Aquí hay un trabajo muy importante de
las mujeres porque son las que más caen en la seducción.
10. Poder de la experiencia. Fueron introducidas Odila, Paco y Arizete; la experiencia de ellos da poder.
11. El poder público dado o conquistado por las mujeres es casi visto como trasgresión. Las mujeres abordaron con
timidez el tema del poder. ¿Por qué? Hay una concepción de que el poder es sucio (por eso, los cristianos lo limpiamos
hablando de poder-servicio). Las mujeres vírgenes y madres no necesitan de esa suciedad; que la suciedad del poder quede
con los hombres. Las mujeres tuvieron miedo de criticar el poder del equipo que es poder masculino y poder religioso.
Puede ser diferente en las relaciones entre el padre y las mujeres, puede ser diferente y ustedes han dado distintos pasos
para caminar, pero faltan más pasos que dar.

EL PODER, EL TENER, y EL VALER, son realidades constitutivas de cada ser humano. Esas realidades pueden ser
vividas de distintas formas. Dos de ellas que están en los extremos son: constructivamente o pasionalmente.
- Constructivamente: Yo preciso tener poder para amar. El poder de hacer la justicia, implantarse. Don Helder cámara
adoraba el poder, pero tenia una autocrítica muy buena.
- Constitutivas pasionales: Pero el poder puede ser vivido también pasionalmente, destructivamente. “Cuantas más
personas vengan a mi para doblarse mejor”. El poder emborracha. El placer del poder es tan fuerte o más que el placer
sexual.
De igual forma ocurre con el tener y el valer.

Empoderar el pueblo. En esta propuesta del equipo itinerante no podemos deshacernos del PODER, TENER y VALER.
Y también tenemos que crear en las personas, en los pobres, la necesidad de poder, tener y valer, pues fueron desposeídos
de su poder, de sus bienes y de sur autoestima y valor.
Que bueno que ustedes no son perfectos y perfectas. Es importante entrar en una fase de simplicidad en el proyecto.
Simplicidad en la propuesta. También es manifiesto que no se tiene una claridad común de lo que quieren hacer. Algunas
personas tienen claridad en lo que quieren. Como equipo no se tiene esa claridad. Por eso las acciones simples son muy
importantes en este trabajo.
Pero, precisan tener una articulación política más amplia para que pueda provocar mudanzas en la realidad. Por ejemplo:
provocar mudanzas en el saneamiento de la región. La presencia de ustedes solo se justifica si apuestan por la mejoría de vida
de la población marginada. Hoy insistimos que es importante trabajar CON las personas. Yo introduzco que hay que trabajar
también PARA las personas. Hay momentos en que no da para utilizar el CON y hay que utilizar el PARA. Las iglesias tienen
un poder convocatorio que deberían aprovechar para hacer con que se generen mudanzas políticas más profundas a favor de los
excluidos. Al mismo tiempo que se hace CON la gente tenemos que movilizar las instituciones políticas PARA que se
posicionen a favor de los pobres.
Celebración de la Eucaristía en la casa de los capuchinos de Leticia – Colombia.
9
[17-06]
Ejercicio de relax.
Ivone:

Ayer hablamos de fronteras individuales, e grupales. Mi personalidad se afirma a partir de los limites del yo, del tu, del
nosotros. Las fronteras son constitutivas de los seres humanos. Los “yo” son tan fuertes que muchas veces anula los “tu”.
Una madre posesiva puede ser tan fuerte que queriendo hacer el bien elimina al hijo. Podemos eliminar las fronteras de los
otros, apagando a los otros en su identidad.

Distinguir entre lo voluntario y lo involuntario en nosotros.

Nuestro yo y el tu tiene fronteras. Para unas personas tenemos “aduanas”, para otras tenemos “paso libre”. Igual que
existen fronteras entre países y entre pueblos, existen entre las personas. Las fronteras, aduanas y pasos libres existen en la
realidad humana. Es característico de las ideologías religiosas el eliminar las fronteras. “No soy yo el que vive sino Dios
que vive en mi”, “El Padre y yo somos uno”. Queremos transportar la realidad abstracta para el concreto de las realidades
humanas.

Hay que continuar hablando del amor al prójimo como el prójimo es constitutivamente. El tu también tiene fronteras,
aduanas y pasos libres.

El universalismo de Jesús es limitado. “Id al mundo entero y prediquen el Evangelio”. Esta afirmación tiene un matiz
imperialista. Jesús tiene fronteras en relación a la madre, al Padre, a los extranjeros. La mujer sirio-fenicia ayuda a Jesús a
quebrar fronteras.

No debo idealizar las relaciones de equipo para no caer del caballo. Todos, de alguna forma adoramos el poder, el tener, el
ser. Ninguno de nosotros está libre de las trampas del propio yo, del tu y del nosotros. “Vigilen y oren para no caer en
tentación”. La gran tentación es la prisión en el propio “yo”. La nota mas importante de la ética cristiana es “amar al otro
como a si mismo”. La gran propuesta ética es afirmar el yo sin destruir el tu y el nosotros.

“Vete, vende todo lo que tienes y sígueme”. Siga-me, “me” = sigue a ti mismo. El seguimiento de Jesús mal entendido
puede destruir a la propia persona. Lo que Jesús quiere decir es: “Siga el Dios que mora en ti”.

Las fronteras se redimensionan, las aduanas mudan, los pasos libres se construyen. “Somos lo que hacemos de lo que
hicieron de nosotros” (J.P.Sartre). No escogí muchas de las cosas que soy. En las relaciones con los otros también el tu no
escogió lo que es. Las fronteras son móviles. El ser humano es siempre un ser abierto.

El libro de la Biblia contiene mucha sabiduría que hasta hoy hace pensar. Los textos inocentes del evangelio hacen pensar.
Mt 13: “La misteriosa llama que nos habita (=el Reino de Dios) es semejante...” Muchas veces nosotros encontramos la
misteriosa llama en nuestra vida, es renovable, no es estática.
Reflexión personal (30’):
¿Cuál es mi misteriosa llama hoy? O cuales son?
Ella se sitúa en la inserción, en la itinerancia, ella se sitúa en …
No encontré la misteriosa llama…
Estoy buscando…
Reflexión: INSERCIÓN e ITINERANCIA
Ivone: Será que la llama también está en la inserción y en la itinerancia? Qué está provocando fricción en esas dos
experiencias? Ustedes optaron por un trabajo sin lugar fijo y fijan morada en un barrio de inserción. En los años 70 la inserción
es definida como vida entre los más pobres asumiendo la lucha de los más pobres para transformar esa realidad.
Compartir los sentimientos (habla primero quien está viviendo en la comunidad):
Odila: Me siento angustiada porque estamos allí y no participamos de toda la vida del barrio. [Usted se sentiría mejor viviendo
en una villa simple pero que no se sienta desafiada a trabajar con la gente del barrio?]: Yo no me siento mal morando allí. La
gente hace de la casa un lugar de dormir, comer y de paso. El agua y la luz son dos grandes dificultades del barrio. Eso me
hace cuestionar. Se acostumbraron con eso? Decidimos cortar el agua y ahora vinieron vecinos para preguntarnos como cortar
también el agua. Propuesta? no tenemos personas para el equipo sub-urbano. Para los que estamos en los equipos ribereños y
indígenas es difícil acompañar los procesos. Con un equipo sub-urbano más estructuro se podría acompañar el proceso local.
La mayoría de los miembros salen y no hay nadie que acompañe los procesos locales.
Coco: Los que somos de las montañas de Bolivia decimos que los que son de la selva son perezosos, no trabajan… Quien
formula la pregunta del cambio de vida de esas personas? No son los obispos de fuera. Jesús como revolucionario y Jesús
como amigo de Lázaro, Marta y Maria. Como inculturarnos? Estar con las personas, observar, vivir vale por si mismo y nos
10
cambia. Hacer y transformar muchas veces compite a otras instancias o instituciones. Nuestra presencia puede provocar otras
instancias pero no debemos tomar su lugar.
Carmen: Estamos entrando en las fronteras del grupo y de la misión, en la forma de estructuración. La vivencia nuestra es
mezclada por la incerteza. Saliendo de casa y yendo para un barrio la misión se objetiviza más. En casa es más difícil, las
incertezas son muchas. En los ribereños el “padre pesa” porque hay necesidad de casar, bautizar, etc. Cómo nos ve Lurdes,
Antonio, los vecinos… Nosotros somos un supermercado, seguridad para ellos que nos piden y damos y muchas veces no
devuelven. Eso ayuda? Yo me cuestiono mucho con esto. Hay momentos que una ayuda y hay momentos que una no ayuda y
esto me incomoda. Que seria lo mejor para ellos y para nosotros? Es una opción que una hace si tiene una madurez fuerte y
estructura. Toda mi vida fue de vivir con el pueblo para cambiar la realidad. Yo no hago nada. Ese es el problema. [Cuándo
despiertan ustedes que hacen?]: Visitamos los barrios, los vecinos. Ayudamos a la gente a que ellos se organicen.
Fernando: Hizo memoria de la historia como fue constituida la comunidad itinerante como una alternativa libre para los que
quieran dentro del Equipo itinerante. Después presentó las nuevas perspectivas que se están discutiendo: 1. El equipo
suburbano introducir dentro de sus itinerancias el barrio donde se vive. 2. Distintas posibilidades de comunidad itinerante con
distintos niveles de inserción.
Arizete: Siempre viví en la inserción haciendo con que los otros hagan. Ahora estoy viviendo otra cosa. Asumo el hecho de
llegar y ser vecina con los vecinos. Vivo la experiencia de intercambio de los vecinos. Quedo incomodada con la situación. La
Lourdes siempre intenta devolver con mucha simplicidad. Me hace pensar el anterior trabajo con la “Galera de la Amistad”, el
Centro de Arte. La comunidad inserción en el barrio hoy, es un desafío para mí. La pobreza no se agota en el tener pocas cosas,
es en tener el espíritu de pobreza para saber comulgar con los pobres. Siento la necesidad de hacer una experiencia más radical
de pobreza. Neori nos cuestionó mucho sobre el hecho de vivir allí y no hacer nada. Daría para hacer mucho con la gente de
allí articulando con la escuela y con otras instituciones.
Paco: Yo vivo allí porque me siento bien. Yo vivo allí porque yo lo necesito… más que por que el pueblo necesite de mi. Yo
quiero vivir así el resto de mi vida. Yo no soy mucho de tomar iniciativas. Soy más de apoyar. Neorí llegó y cuestionó. Allí es
el lugar donde ‘vivo’, no donde ‘hago pastoral’, a no ser que llamemos pastoral también el vivir juntos de manera gratuita y
solidaria. Pero tenemos que vivir para mejorar la vida de todos. Y, el día que esté mejor la situación allí, me voy a otro lugar
con los que todavía no están mejor. Pienso que tenemos que ser provocadores, pero con cuidado para no ser nosotros los que
lideramos las iniciativas. El peso de la nuestra comunidad es grande, y tenemos un salario cada uno, con el riesgo de caer en el
ser “salvadores”, los que damos seguridad económica. Antes yo no tenía salario y dependía más de la gente, me sentía más
‘hermano’. Por ahora pienso que no creamos gran dependencia y colaboramos, intercambiamos ayudas con los vecinos. La
comunidad inserta es una opción libre, tenemos que ver posibilidades para otras formas de comunidad itinerante. Nadie debe
sentirse ‘obligado’ o empujado, directa o indirectamente, a vivir en un igarapé.
Rai: Yo también tuve experiencia de inserción, tanto en periferias como en comunidades indígenas. Yo soy parte de una
familia pobre que compartía con los vecinos. Preparando las plantaciones juntos, vamos a pensar y reflexionar. Fui un poco
emigrante, viviendo en la Transamazónica. Viví experiencias fuertes en el campo de la salud y en el campo de la tierra, donde
nos amenazaban disparando en los pies de la gente. La gente tenia que trabajar en la salud en el nivel del con y del para
(malaria). En el pueblo indígena la gente camina en el ritmo de ellos. Cuando llegué al equipo itinerante entré en el equipo
indígena. Cuando llegamos en las fronteras encontramos nuevos desafíos, haciendo un poco de todos. Yo no entendía mucho el
proyecto al inicio. Cuando fui conociendo el proyecto percibí que tenemos una estructura muy fuerte que son las instituciones
que están por detrás. Cuando vimos el grupo primero llegó para aquel barrio. Siento que no solo es vivir allí. Estamos luchando
para que el subequipo urbano se organice para que pueda ayudar allí. Cuando estamos itinerando estamos insertos en las
comunidades. Cuando vine para aquí yo quise vivir con la familia. Pero me gusta la comunidad.
Arizete: La experiencia desconcertante. Lurdes, borracha, me dijo: “A mi me gustas tu porque tu me escuchas y porque tu no
me condenas, no porque tu me prestas dinero…”.
Fernando: Como articular dos experiencias: 1ª) experiencia gratuita y solidaria (convivir, crear lazos, compartir la vida) 2ª)
experiencia transformadora, crear procesos de cambio.
Floranice: Una de las cosas que nos inquietaba cuando llegamos era frente a la realidad sentir cierta pasividad del equipo. Yo
quería escuchar a los que ya estaban para aprender. Cada día teníamos que encontrar nuevas soluciones. Yo me decia: ‘Flora,
escucha, siente, observa primeto’. Cuando Elisa, Carmen y yo visitamos las áreas de invasión, la gente nos veía como una
puntita de esperanza: sopa comunitária, misa, hacer artesanía, etc. Las personas nos cobraban y nosotros también queremos
llegar allí y hacer algo para que la realidad mude. Esa lucha interior es en mi muy fuerte. Primero estoy intentando convivir.
Con los vecinos aprendemos mucho. Nosotros podemos compartir lo que tenemos y somos. Ellos también comparten con
nosotros. Compartir e intercambiar nuestra vida. Sentimos la tensión de estar allí y muchas veces no tener solución. Yo me
encuentro bien, pero no de forma pasiva. Es un elemento fuertísimo de formación el estar con los pobres. Siento recibir de
ellos mucho más que al contrário.
Elisa: Yo no vine para el equipo teniendo noción de la casa y de la basura debajo de la casa. La cuestión urbana estaba un poco
descartada. Estando allí veo el tema de la presencia solidaria como un primer momento, pero no es digno vivir encima de la
basura. La basura para mi me incomoda. Yo vengo de una inserción profesional. Estando en el barrio me siento incomodada.
El equipo suburbano es el que debería encarar los procesos. La pobreza es despegarse, ser desprendida.
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Neori: Cuando llegué en Manaus, sentí el drama de hacer una cosa juntos. Yo trabajaba en educación ecológica y ahora tenía
que vivir en la basura... Tengo que partir de la situación real. Interiormente yo prefiero una comunidad fija haciendo un
proceso y después de algunos años salir para otra comunidad. El equipo itinerante tiene por misión apoyar procesos y no
sustentar procesos. Es un trabajo necesario, no es el mejor ni el peor. Es un trabajo complementario con los otros. En la
comunidad itinerante yo estoy destacado para la parte urbana. Yo entiendo que el equipo suburbano debe apoyar el proceso
local junto con los otros, apoyando los proyectos que existen. Debemos hacer una cosa en el barrio: el desafío es con
emigrantes, periferias urbanas de Leticia, Tabatinga, Benjamín, Perú… Nuestra misión es de convivir, tejer relaciones,
derrumbar barreras dentro del barrio (drogados, los vecinos del barrio y los marginados). Cocer relaciones entre los distintos
grupos que se marginan. Convivencia gratuita con los vecinos. Nosotros tenemos que hacer algo con la basura, pero debemos
ayudar y no liderar el proceso. Comenzar por casa organizando la basura, limpiando debajo de casa, visitando a los vecinos.
No es nuestra función liderar las cosas, hay que suscitar, despertar, apoyar los procesos, no sustentar los procesos.
Silvia: Cuando yo llegué a Tabatinga fue una sorpresa llegar a este barrio. Desde el primer día a mi me gustó nuestra casa, la
simplicidad pero yo no me siento integrada en nuestro barrio. No conseguí crear lazos con los vecinos. La lengua es difícil
(español y portugués). Estamos mucho tiempo en la itinerancia y en los encuentros. Y cuando estamos en casa no estamos. Yo
soy muy diferente, yo soy una gringa, diferente de la Graça. Es difícil romper esta imagen de gringa, europea, etc. Yo siento
una pena en este sentido.
Nilvo: La casa está inserta en una comunidad tiene por misión el Equipo Itinerante. El sentido y misión lo da el equipo. En la
casa estamos viviendo y hacemos lo que podemos.
Davina: El equipo itinerante tiene una estructura con todas las instituciones por detrás. La gente que vive allí no tiene esa
estructura por detrás. Podría existir un equipo itinerante que no tenga esa estructura de los tres salarios mínimos?
Ivone: síntesis del trabajo de la mañana
Modelos misioneros: Nuestra palabra nunca expresa lo que nos gustaría expresar. Tenemos conflictos debido a la diversidad de
modelos misioneros. Los modelos son todos impuros, tipo caipirinha (cachaça con azucar y limón…) con distintos pesos. Son
modelos mezclados y marcados por los conflictos de género que no aparecieron explícitamente. Ten conflictos de clase,
procedencia y etnia (Silvia expresó esto). Es pena que sea así en AL por toda la historia de sometimiento de nuestros pueblos.
Son los hombres los que hablan del modelo itinerante de Jesús. Jesús salía de Cafarnau e iba con otras mujeres. Maria y las
otras marías quedaban cuidando de la casa… Pero eso no fue considerado modelo misionero. La lectura de ustedes es muy
limitada a una única perspectiva.
Antes de Jesús hacer el reparto del pan y el pescado las mujeres habían preparado el pan. Eso no es considerado misión.
Jesús enseñaba en la sinagoga y todos se admiraban. Las mujeres no entraban en la sinagoga y quedaban sacando los piojos a
los niños. Eso no es considerado misión.
Si las mujeres salen a tomar una cerveza con la gente eso no es considerado misión.
Ustedes tienen un modelo extremamente masculino de itinerancia.
Nosotros hombres vamos a comer con la gente y las mujeres llevan comida para hacer la comida con la gente.
Las mujeres no pueden ir a las celebraciones porque quedan con los niños enfermos y lavando ropa…
Yo veo que durante años las mujeres no conquistan espacio en la iglesia y no veo espacio de las mujeres.
Ustedes hacen análisis de la itinerancia de Jesús pero no hacen un análisis de la itinerancia de las mujeres. Se impone un
modelo masculino de itinerancia. El proyecto de itinerancia es bueno pero no introduce las mujeres.
El sustento del equipo: es un privilegio que ustedes tienen el apoyo del recurso institucional.
Tienen un conflicto de género dentro del grupo. Muchas mujeres piensan que tienen que plantar millo y los hombres no lo ven.
Pero las mujeres no se posicionan con claridad.
Tenemos conflicto de modelos misioneros, conflicto de clase. Algunos tienen más condiciones más que los otros. Algunos
abren mano de esas condiciones. Algunos son hombres y se comportan como hombres. Algunos son hombres y se comportan
intentando comprender su comportamiento desde las categorías de los hombres. Muchas mujeres se expresan como los
hombres ven. Esa es la situación de la iglesia, de las concesiones religiosas, del mundo.
Me espanta que no tengamos percibido lo crucial de la cuestión de género. Los hombres tienen que quedar con los hombres y
las mujeres con las mujeres. En el medio popular los papeles de genero son bien delimitados.
Genero no significa apenas hacer una comunidad mixta de hombres y mujeres. Y mostrar que ustedes vencieron la separación
misionera. Ustedes imponen las mismas categorías misioneras. Como ustedes interpretan. Ustedes mujeres leen el modelo de
Jesús sin percibir la exclusión femenina. En el Equipo Itinerante el padre es padre. La comunidad reproduce los mismos
esquemas jerárquicos que están acostumbrados. La hermana va a buscar la toalla, va a encender la vela… La herman hace la
misma cosa que las mujeres en los modelos tradicionales.
12
Hace más de 40 años que las mujeres están intentando posicionarse. Quedo espantada con una teología tan patriarcal como la
de ustedes. Sin embargo disfrazada de teología inclusiva.
La carta de Faus, me gustó mucho pero coloca la comparación de la iglesia con una vieja profesora; no con un profesor viejo!
Lamentable que ustedes tienen unas estructuras de discriminación en relación a las mujeres. Hablaron de gratuidad y de
reciprocidad. Solo existe reciprocidad en el verdadero sentido de la palabra cuando existe igualdad. Pueden existir buenos
sentimientos, gratuidad, más no reciprocidad.
Porque nosotros necesitamos reciprocidades y complementariedad… En el barrio no se vive la reciprocidad porque vivimos en
mundos culturales diferentes.
Los hombres teólogos no leen las mujeres teólogas. ¿Por qué?
“Usted, mujer, habla como hombre”. A partir de aquella experiencia comencé a escuchar las hablas de las mujeres. Pocos
progresos se han hecho en las congregaciones masculinas y femeninas sobre la superación de las barreras de participación de la
mujer en la iglesia.
Gratuidad y capacidad de escucha. ¿Quién escucha a quién?
Tendríamos que ser más críticos de los privilegios que nosotros tenemos de morar en los barrios populares, cuestionar los
modelos teóricos que tenemos.
Retomar los grupos de ayer hombres del equipo, mujeres del equipo, etc.
Reacción desde nuestros sentimientos de lo que hablamos hasta ahora y a partir de los cuestionamientos levantados por Ivone.
Grupo de las Mujeres del Equipo

Luchar más para expresarse, argumentar.

Necesitamos despertar. Confiar más en el tacto de mujer.

Lo que marcó es la actitud de Ivone de escuchar primero cada una de las mujeres. También el asunto sobre la inserción e
itinerancia, y escucharnos a nosotras. Es más cómodo aceptar la “imposición” de los jesuitas que llevan la voz cantante.
Cuando estamos solo nosotras, para decidir, esperamos que Fernando llegue: su opinión tiene fuerza exagerada.

Reflexionar sobre lo económico. Que hacer?

Como llegar a una reciprocidad con nuestras vecinas y vecinos con nuestros 7 sueldos?

Cuestión de género: a veces por cosas pequeñas nosotras perdemos la fuerza de la unión por una causa mayor.

El Proyecto del Equipo: es asumido con la misma garra por las mujeres como por los hombres? Parece que es más por
ellos: porque llegamos después? o porqué?

El proyecto no es el único posible, pero es el proyecto por el que hemos optado.
Grupo de los Hombres del Equipo

Es posible la reciprocidad entre mujer y hombre, ya que no somos iguales? Es lo mismo que la complementariedad?

Si la reciprocidad supone igualdad, es posible la reciprocidad entre nosotros y las personas pobres con las que queremos
vivir y caminar?

Es posible la Inserción y la Itinerancia al mismo tiempo? Y la Encarnación?

Nosotros hombres necesitamos aprender a escuchar. Las mujeres necesitan aprender a hablar y expresarse, posicionarse
más. Nosotros somos machistas pero las mujeres también!

Por que la mujer es discriminada en muchas culturas y religiones?

Que sugerencias, pistas, lecturas sugiere para crecer juntas y juntos y avanzar?

El proyecto fue parido por hombres. Que habría ocurrido si fuese creado por mujeres? Qué habría ocurrido si el proyecto
fuese generado por hombres y mujeres? Y si fuese construido por hermanos y hermanas? Por laicos/as?

Itinerancia e inserción. Muchas mujeres colocaron cuestionamientos sobre la inserción, sobre todo de las mujeres del sur.
Tenemos que tener en consideración las cuestiones culturales.

Ante toda iniciativa debemos preguntarnos -ellas y nosotros- si va a permitir la participación de las mujeres.
Grupo de invitados (mixto)

La mujer tiene que colocarse más sin tener miedo. La mujer se auto-discrimina.
13

Dentro de la iglesia, en las comunidades, son las mujeres las que asumen más responsabilidad que los hombres. A la hora
de la decisión solo vale la opinión masculina. La iglesia es muy machista. El movimiento de Jesús es un movimiento de
iguales, no fundó la iglesia sino el Reino.

Se abrió la posibilidad de la mujer ser sacerdote. En la Biblia no hay nada en contra. En el tiempo de Pablo había
diaconisas.

Casamiento de los sacerdotes. Algunos hombres no veían el casamiento y las mujeres si apoyaban sacerdotes casados.

Hombre: La mujer no es igual al hombre. Somos diferentes. Es importante que cada uno tenga su espacio, pero no me
entra que la mujer sea sacerdote.

Hombre: No estoy de acuerdo con el sacerdocio de la mujer. No estamos de acuerdo con el casamiento del padre porque
no puede atender a las comunidades y a la familia.

Ivone: en la iglesia católica oriental hay sacerdotes casados. También en la carta a Tito los obispos son casados con una
sola mujer.
Participantes institucionales (mixto)

Reconocemos que el mundo en el que vivimos es machista y en la iglesia es así. Eso viene desde muy lejos.

Precisa de un diálogo para que pueda haber un avance dentro del equipo itinerante.

El proyecto del equipo itinerante fue pensado inicialmente a partir de una presencia sacerdotal. Después se fue abriendo a
otras posibilidades con personas y también con padres.

¿Qué podemos hacer entre ambas partes?

El tema de la igualdad y la diversidad. ¿Cuál es el sentido que se da la igualdad?

Ivone: Hablé de igualdad de derechos. También dentro de la iglesia. Tener acceso al derecho de estudiar y reflexionar,
decidir, etc. en la cuestión salarial: las mujeres reciben menos que los hombres. En las diócesis siempre los salarios de las
religiosas es menor que la de los sacerdotes. No se tiene cartera de trabajo. Las leyes favorecen a los hombres y no a las
mujeres. Cuando un padre violenta no es punido; cuando una hermana es violentada es expulsa.
Ivone:
No me gustó el modo de abordar la biblia dice, la biblia no dice. Lo hice por lo que ustedes hicieron. Ayudó a colocar muchas
personas para fuera sus matrices de comprensión.
Las mujeres tienen que hacer y los hombres tienen que hacer. Doy colaboración a un grupo de hombres que se llama “Papai”
(www.papai.org). Hombres trabajando con hombres cuestiones como la sexualidad. Por qué el macho tiene que ser agresivo…
La violencia masculina sobre las mujeres ha crecido mucho en las clases altas y en las clases bajas. ¿Por qué ustedes
violentaron a su hija, a sus empleadas? Los datos de violencias contra los niños son muy altos.
18/06
Ivone:
Los orígenes e la extensión de la dominación de las mujeres

La pregunta previa: Origen de las desigualdades entre los seres humanos. Esta pregunta tiene que ver con el origen de las
injusticias y el origen del mal. Desde que los seres humanos comenzaron a elaborar el sentido de la vida nacieron muchos
mitos en las diferentes culturas sobre el origen del mal:

Caín y Abel donde la constitución del ser humano es tan frágil que un hermano mata otro hermano. La serpiente
represente el mal exterior a nosotros capaz de envolvernos. El mito de la torre de babel: un grupo de hombres que intentan
hacer un gran proyecto y Dios dice que no es por ahí y nace la diversidad. Mito de la vida del espíritu donde todos hablan
en distintas lenguas y se entienden.

Roseau: origen de la desigualdad social está en la propiedad privada. Marx: lucha de clases. Las desigualdades son
sociales.

La percepción de la dominación de las mujeres es reciente. Del mismo modo que la desigualdad de los negros y los indios
también se fueron percibiendo en épocas anteriores. La conciencia ecológica es muy reciente: “ecocidio”, “crimen
ambiental”.

La hipótesis del origen de la desigualdad de las mujeres está asociada a unos 7 mil años atrás, antes de los códigos de
Amuravi, cada vez más se da la organización jerárquica del trabajo y una organización diferenciada entre mujeres y
hombres. Los trabajos asumidos por la mujer están asociados al parto y a al amamantamiento. El hombre comenzó a dejar
las mujeres “presas” en casa para controlar la fecundación de las mujeres y la prole.
14

Oposición entre naturaleza y cultura. Las mujeres son más asociadas a la naturaleza y el hombre a cultura. La luna pasa a
ser asociada a las mujeres y a sus ciclos menstruales. Hegel e Hobes defienden que el hombre tiene que civilizar e dominar
como lo hace con la mujer. Los hombres son asociados a las mujeres. Las mujeres del siglo XVI no podían producir
escritos y cultura.

Sor Juana Inés de la Cruz, mexicana, era muy brillante y consiguió estudiar y por eso entro en el convento. La envidia
dentro del propio convento hizo que la superiora la entregase a la inquisición y la mitad de los libros de ella fueron
quemados, su biblioteca y dio como castigo que firmara con su propia sangre su confesión de pecadora. Ella tenia que
seguir la vocación de mujer (limpiar la casa). Teresa de Ávila también fue amenazada varias veces por la inquisición.
Quien domina la cultura, el intelecto, el espíritu (“nous”) es el hombre.

Concepto patriarcal de la historia está reducida a los grandes hechos masculinos.

Materia (madre) dominada por el espíritu.

Las culturas mudan y podemos interferir en ellas.

En el cristianismo Dios es masculino. Quien salva es hombre, la salvación es un acto masculino. El pecado es un acto
femenino.

A extensión del fenómeno de la dominación es muy amplia.

Distinción entre matricial (da continuidad a la pertenencia, madre judía hijo judío) e matriarcal; entre patricial e patriarcal.
En muchas culturas las mujeres son educadas para los hombres. Las mujeres no deciden si quieren o no ser madres.

Conquista de la ciudadanía para las mujeres.
Algunas pistas:

Sentirse responsables por la otra mitad de la humanidad (mundo femenino).

Ver lo que hacer en relación a la violencia doméstica, a la violencia contra la mujer.

Informarse y formarse con la teología elaborada por las mujeres en los últimos diez años. Teología femenina.

Hombres y mujeres tienen que hacer.

Es posible la reciprocidad entre hombres y mujeres en la base del respeto mutuo, en la base del diálogo. Creo en la
posibilidad de reciprocidad con los pobres.
Trabajo en grupo (mujeres y hombres) :
Traer una convicción sobre la dominación de la mujer.
Grupo de los Provinciales
- El Equipo Itinerante puede ser señal para la vida religiosa de superación de la dominación.
Grupo de apoio
- É trabalho de cada uma e cada um: mudar os esquemas mentais e atitudes
Grupo de las mujeres
- Pensar en nuestra cabeza. Tener propuestas. Presentarlas. Defenderlas y tener acciones.
Grupo hombres
-
Sobre el origen de la dominación en el pasado, todo parece discutible. Pero el futuro está en nuestras manos y no lo
queremos con dominación. Por eso, debemos ‘policiarnos’ todos (nosotros y ellas) para superar las relaciones de
dominación.
-
Reelaborar o Proyecto, desde nueva perspectiva.
Ivone:
Lo que está en juego son las emociones, y estas arrastran y engañan. El cambio es lento pero debemos nos reeducar.
La palabra “feminista” puede crear una imagen falsa de lo que quiere expresar. Esta palabra expresa movimiento social y no un
simple retoque “femenino”. Este movimiento intenta dar a las mujeres sus derechos como personas humanas plenas.
3. Que es la PALABRA DE DIOS?
El origen son los regímenes políticos teocráticos. El Faraón precisa que el Dios Único le confiera autoridad total, le justifique.
Pasando pala la Biblia, el profeta dice “oráculo de Yahvé”. El profeta lo usa cuando es para el bien de la comunidad: remite a
Dios para justificar. Los falsos oráculos son los que hablan en nombre de Dios pero es para el interés propio y no del pueblo.
15
En una sociedad democrática, las leyes son hechas participativamente, para el bien de la mayoría. En sociedad autoritaria o
dictatorial, las leyes son hechas por uno o una minoría que necesita justificarse diciendo que ellas vienen dictadas por Dios. De
forma semejante en la religión mahometana ó católica.
Un texto de la Biblia, no sirve solo para contar un hecho, sino también para trasmitir una enseñanza. Y para tener autoridad se
dice “está escrito!”, o “Palabra de Dios!”. Entonces la palabra de la Biblia es normativa. Todo lo que no concuerda con ella es
condenado (Galileu, brujería…). Esto lleva a las mayores aberraciones.
En el contexto en que muchos escritos bíblicos fueron elaborados, era el rey (Salomón) quien mandaba escribir a los pocos
escribas, y no iba a mandar colocar algo contra sí mismo.
La propuesta entonces es leer el texto y terminar diciendo “palabras do libro…”, “palabras de Pablo”, “palabra de Jesús
reproducida por…”…
Debemos deslegitimar cualquier poder religioso que quiera tomar el lugar de Dios.
No niego la importancia de la Biblia como testigo de nuestra historia y referencia de nuestro pasado, constitutiva de nuestra
tradición. Como expresión de la experiencia de Dios de nuestros antepasados… mezclada con las limitaciones, ambiciones,
ideologías...
Plenario y comentarios

En nuestro limitado lenguaje, Palabra de Dios (experiencia de Dios) sería lo que humaniza a la gente, lo que ayuda a crear
relaciones de dignidad, complementariedad, amor. La Biblia es el registro, el documento de lo que fue la Palabra Viva de
Dios para aquel pueblo libertado de la esclavitud, para los profetas que denunciaron injusticias, para las primeras
comunidades cristianas… siempre mezclado de valores y contravalores que debemos discernir y colocar en su contexto,
porque fue expresado en palabra humana e también ideologizado. Podemos pues decir también que la Biblia es también
“Palabra de Dios” cuando humanizó y creó dignidad y vida?

¿Dios tiene una palabra para la humanidad? ¿Cuáles son las mediaciones que Dios utiliza para comunicarse con la
humanidad? Las mediaciones humanas, con sus limitaciones, para que podamos captarla.

Lo que llamamos Palabra de Dios no es siempre palabra de Dios.

Todos usamos la Biblia para justificar todos nuestros comportamientos o como referencia. Si la descartamos ¿Cuál es la
referencia que podemos tener?

Superar la literalidad del texto bíblico. Los profetas critican el poder del rey. No podemos reducir el significado de la
Biblia a una lectura sociológica. Tenemos también una lectura de fe, no ingenua.

Vivimos en un tiempo privilegiado donde la diversidad es un valor. Por que no seria posible pensar que todos los pueblos
tengan su antiguo y nuevo “testamento”.
Trabalho em grupos:
(1) Na sua opinião, como indígenas, marginalizados urbanos e ribeirinhos “experimentam” e falam de Deus?
Homens

Ribeirinhos experimentam Deus na vida, na natureza. Muitas comunidades têm a tradição católica e expressam sua fé
desde essa matriz: santos, festas de padroeiros, mastro, etc. Muitos trouxeram do nordeste esta tradição.

Outras pessoas têm uma vivência mais moralista da religião. Deus castiga.

Ribeirinhos mais organizados vêm Deus nas suas lutas.

Os indígenas têm muitas e diversas formas. Muitos de tradição católica expressam desde essa matriz, porém mescladas
com suas expressões religiosas.

Os Yanomami rezam antes de sair a caçar pedindo perdão. E rezam para purificar-se depois de voltar da caça. Os Sateré
misturam seu mundo religioso com o mundo cristão.

As comunidades indígenas com mais contato com ocidente têm mais problemas que as comunidades mais distantes desse
mundo.

A expressão religiosa de nossos povos é vinculada com o MISTERIO. O mundo do Deus – Mistério é muito forte nele e
por isso estão mais abertos às distintas experiências.

Os ribeirinhos pedem a benção aos pais.

Os ribeirinhos expressam seu mundo religioso na saúde, fartura e paz.
16
Mulheres

Nas periferias urbanas Deus é expresso como: esperanças, lutas, partilha...

No mundo indígena: povos com catolicismo tradicional; povos com sua experiência e a experiência cristã; nos povos de
menos contatos Deus está na mata, nas cachoeiras, nos mitos y traze fartura, vida, abundancia; a doença é relacionada com
o mundo desobediência. Os pajés expressam um mundo religioso.

Ribeirinhos: Deus é expresso na busca do alimento, é a segurança para o alimento. A bíblia é forte assim como a
celebração da Palavra. Deus é visto em tudo o que é bom.
Provinciais

Ribeirinhos e marginalizados urbanos: sofrimento, temor de deus, fatalismo, impotência e discriminação. Expressões de
religiosidade popular. Religiosidade mais agrária e menos secular.
Grupo de apoio

Deus liberta da doença. Os sonhos pesam muito e a palavra de Deus tem um forte peso. Os curandeiros têm peso (herança
dos indígenas). Festas dos padroeiros, com mastro.

Indígenas: partilha e convívio com a natureza.
Ivone:
A experiência de Deus nos três grupos é expressa a partir da fragilidade da vida deles: doença, falta de alimento... “Deus vai
ajudar” porque não tenho certeza de que outro ajude: isto mostra o abandono destes povos. A experiência se faz a partir da
fragilidade da vida. Se aferrar ao desconhecido+conhecido, que faz não perder a esperança na vida (material). Buscam o
mesmo quando vão atrás dos sacramentos, bênçãos, rezas...
As pessoas que não tiveram contato com o cristianismo na sua forma doutrinal elaboraram melhor seus problemas. Exemplo
das irmãs de Foucault, não fizeram catequese... A comunidade Tapirapé cresceu.
Nossa concepção de sincretismo não cabe dentro do mundo indígena, candomblé, etc. É outra coisa.
A experiência de Deus é ligada a uma esperança material que nos ajuda para a vida.
(2) Como responderiam à pergunta de Fernando: “Se Deus tem alguma PALAVRA a nós, como expressaria essa Palavra?”

Frente ao mistério de Deus a atitude é o diálogo e o respeito.

Desafios da realidade, solidariedade, natureza. Através de Jesus Cristo na linguagem do amor e fraternidade com os
pobres.

Vida e solidariedade. Através da luta das pessoas pela vida, dignidade, liberdade, complementaridade, humanização...
(3) Para usar uma expressão de Christophe: “Como entender que a Palavra de Deus (Bíblia) foi fundadora de um povo?” E os
outros povos, como foram fundados?

Todos os povos se reportam (cosmovisão) a uma dignidade que agrega e protege.
(4) Para recordar a pergunta de Elisa: “Que otras referências fora da Bíblia temos para agir éticamente?”.

Todos os povos foram fundados por Deus.

O povo tira de dentro de si, de sua experiência.

Dos valores transferidos pela família e pela cultura.

Organização do povo na luta pelos direitos.

A partir do sofrimento.

A lei natural, os valores universais.
Ivone:

A teologia tem utilidade na pastoral? (Congar)

Será que vale fazer provocação teológica?

Na formação que tivemos recebemos como conteúdo que Deus amou o mundo. A gente fala de um modo geral e não sabe
o que está dizendo. Na experiência cristã Deus é ligado ao amor. Esse reconhecimento de Deus como amor é possível na
perspectiva de João porque um irmão e uma irmã expressam o amor entre sim. O amor é a experiência máxima que eu
posso ter e por isso transfiro para o mundo de Deus. Amor compreendido como amor ético que quere o bem e realiza o
17
bem do outro. As ações vinculadas a essa experiência de amor se dizem ser de Deus. Cada um tira essa conclusão da
experiência pessoal do amor.

O cristianismo desenvolveu uma desconfiança muito forte em relação ao ser humano. O homem não é capaz de trazer a
salvação para si próprio. Por isso o único que traz a salvação é Deus, Jesus Cristo, totalmente Deus e totalmente homem
(não mulher). O drama cristão é fundamentalmente masculino. Jesus me salvou = Deus me salvou porque desconfiamos de
Adam, Eva, Caim e Abel. Só Deus é capaz de me ajudar e levar para as águas puras.

A desconfiança do ser humano chega a ser desprezo do próprio ser humano e de todo o humano, apelando para valores
eternos. Você desenvolve processos de alienação total, de desmobilização do povo. Pouco a pouco o cristianismo
reconsiderou a confiança no humano.

A partir das perguntas que vocês fizeram, parece que nossos discursos querem dominar a Deus. E com isso a gente reduz a
grandeza do mistério que perpassa tudo. A gente reduz a Palavra de Deus a tudo isso. Como seria um outro jeito de
categorizar a Deus?

Eu trabalho na seguinte perspectiva: De fato, Jesus de Nazaré carrega uma transcendência, revela um aspecto dela. O
mundo precisa ser salvo, transformar-se pelas obras de justiça e amor, a partir das margens. A partir dos que não são se
constrói a experiência da transcendência.
Santo Agostinho diz: Cristo é anterior a Jesus. Cristo é a capacidade humana de compaixão, justiça, solidariedade,
misericórdia, partilha, bondade...
Cada um de nos é Cristo. Mulheres e homens participamos desta qualidade crística que se realiza em Jesus e
igualmente em nós. A força de Deus se realiza igualmente em nós. A dimensão crística vai-se fazendo em nós. Não da
para reproduzir a vida de Jesus, pero sim podemos vivenciar dentro de nós a dimensão crística. Todos os seres humanos
abraçam a dimensão crística.
De Deus eu procuro falar o menos possível. É melhor não falar porque todo discurso traz uma manipulação do
Mistério Maior. Jesus uma expressão desse mistério, como cada um de nós, como os pobres, como as arvores como os
peixes... Nesse esforço a gente provoca o mundo politicamente e não de forma abstrata. Porque a religião que aposta na
intervenção de identidades abstratas é cúmplice da manutenção do sistema de exploração que necessita da religião para
explorar e consolar os pobres.
Há que começar uma outra teologia para que outro mundo seja possível, outra igreja seja possível. Acentuando o
aspecto crístico como dimensão humana, abranjo todos os seres humanos superando a mediação institucional masculina
(ou Jesuína) que me impede viver o rosto múltiplo do Divino Mistério, infinitamente maior do que a Bíblia
particularizadora deste Mistério.
Minha busca é reconstruir as origens do cristianismo que superem as tradições aristotélicas e tomistas, patriarcais e
impositivas.
AVALIAÇÃO: Uma coisa que gostei e uma coisa que não gostei:
Não gostei:
-
Termos iniciado com um assunto e termos passado para outros, foi ruim.
-
Escutar que a Palavra de Deus não é Palavra de Deus chocou.
-
Pouco tempo para aprofundar e clarear mais o último tópico. Gostaríamos entender um pouco melhor. Explanar melhor.
-
Não gostei o modo de colocar de escanteio a revelação, a teologia clássica.
-
Conseguimos ver o nível pessoal, comunitário e faltou tempo para trabalhar o nível da missão.
Gostei:

Convivência boa, entrosamento de todos.

Iniciar escutando a realidade das pessoas e a experiência do grupo, foi ótimo.

Sobre o conteúdo: Foi novidade. Uma nova visão teológica. O tema da relação de poder dentro da equipe, homem e
mulher.

“Não tínhamos vergonha na cara”, nós mulheres, pois temos que posicionarmos mais. Muitas vezes, nós colaboramos com
a mentalidade machista.

Dinâmica: Trabalho em equipe. Relação de gênero.

Tirou o chão que a gente tinha para pisar. Gostamos do fato de ser provocativa e questionar à equipe... Convida ao diálogo
interno e externo.
18

Maturidade do grupo como foi reagindo às colocações.

Dentro da equipe a questão de gênero é relevante... Como poderia essa questão projetar-se para a missão.

Também foi positivo a presença da assessora, mulher. Um novo mundo é possível. Uma nova proposta é possível. Isso foi
positivo e marcante. Porque nós não tecemos esse terceiro nível.
Avaliação de Ivone:
Foi difícil trabalhar com vocês. As pessoas aqui são um grupo extremamente heterogêneo e foi difícil para ver como articular
uma reflexão mais teórica e uma reflexão mais prática. Expectativas e demandas de vocês. É contraproducente introduzir
pessoas que não pertencem ao grupo e não aproveitam.
Não recebi explicação do tema antes de vir e por isso não foi fácil entender a proposta que vocês queriam.
A mudança de tema foi feita por vocês. Os temas foram vocês os que estabeleceram.
Muitos de vocês não sabiam quem eu era e que tipo de trabalho eu desenvolvia. Vocês não conheciam quem eu era.
Eu trabalho na reconstrução de uma ética cristã nas categorias feminista e ecológica. E a teologia cristã tradicional não
consegue introduzir estas categorias. Porém, eu não coloco de escanteio nem a teologia clássica nem a revelação.
Eu não tenho nenhuma pretensão. Tento ajudar vocês a pensar. Enterrem se isto não os ajuda.
O projeto de vocês deveria incluir um mínimo de literatura comum.
BIBLIOGRAFÍA:
 Ler escritos do “Papai”: www.papai.org
 Sallie Mc Fague: “Modelos de Deus”. (Ed. Paulinas, Paulus ou Vozes?)
 Bourdieu: “A dominação masculina” (em português)
 Ivone Gebara: “Rompendo o silêncio” – Ed. Vozes
 Vários: “O feminismo como crítica da modernidade” – Ed. Rosa dos Tempos
 Ivone Gebara : “A mobilidade da senzala feminina” – Ed. Paulinas
 Fritjof Capra: “O ponto de mutação” – Ed. Cultrix
 Virginia Wolf: “Um quarto para si própria”
 Patrícia Galvão: “Pagú Paixão”- Ed. Agir
19
Lista de participantes: Encuentro de Formación de “Fronteras en la Biblia”
No.
Nombre
Institución
Dirección
1
Jorge Carlos Ruiz de la
Equipe Inerrante Manaus
jorgecarlos@jesuitas.net
2
Reina Argenlina Oseguera
Hna. Del Santo Rosário
Iquitos Apartado 216
3
Marta Alícia Regnos o Rojo
Hna de Franc. de Jesus crucificado
Max24116@hotmail.com
4
Carmen Salete Angheben
FSCJ – Eq. Itinerante - Manaus
carmenangheben@yahoo.com.br
5
Elisa Maria Bisol
STS – Serva da SS. Trindade
elisasts@hotmail.com
6
Sebastião Antônio Ferrarini
Marista
irferrarini@hotmail.com
7
Nilvo Luiz favretto
Marista _Equipe Itinerante 3 F
Neeca2005@yahoo.com.br
8
Floranice Santos de Andrade
FSCJ – Equipe Itinerante -MAO
irflora@hotmail.com
9
Neori Rodrigues da Fonseca
Equipe Atinen. 3 Fronteiras
412 49 33
10
Carlos Eduardo Alarcón
Missionário da Consolata
Eduardo192@starmedia.com
11
Bruno Schizzerotto
Jesuita
pe.bruno@jesuits.net
12
Valeria Opreni
Missionárias da Imaculada
mdinorte@auxiliadora.g12.br
13
Fr. Gilberto Rosa
Frades Menores Capuchinhos
Tel. (97) 415-5388
freigilberto@hotmail.com
14
Ir. Maria dos Santos
Irmãs Franciscanas do Coração de Maria
irmapsantos@bol.com.br
15
Julio C. Tapallima Salinas
Catequista
Islandia
16
Pe. Christophe Six
Jesuita
christophesj@tiscali.it
17
Raimunda Paixão Braga
CIMI - Equipe Itinerante
18
Odila Gaviraghi
Filhas do Sagrado Coração de Jesus
fscjodila@plugin.com.br
19
Arizete Miranda Dinelly
Congregação de Nossa Señora – Eq-It
arizete@argo.com.br
20
Graça Penha
CPT – Equipe Itinerante
mitizuki@yahoo.com.br
21
Fernando López
Jesuita – Equipe Itinerante
flopez@argo.com.br
22
Paco Almenar
Jesuita – Equipe itinerante
Luiz de Freitas, 113 – S.Jorge
MANAUS – AM
Fone: (92) 6732164
23
Silvia Richtarz
Voluntariado SJ - Alemanha
si.richtarz@gmx.at
24
João Rodrigues
Vocacionado de Meaux
25
Andus Felipe G.
Vocacionado de Meaux
26
Gonzalo Franco
20
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