Poesia Digital, a poesia do século XXI / Jorge Luiz

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Poesia Digital, a poesia do século XXI / Jorge Luiz Antonio
Poesia Digital, a poesia do século XXI, ganhou
uma obra esclarecedora
Jorge Luiz Antonio apresenta um panorama da poesia digital no Brasil e no mundo
Há muitas formas de se fazer poesia nos dias de hoje, mas a que mais fala a linguagem
das novas tecnologias é a poesia digital. Em Poesia digital: teoria, história, antologias,
Jorge Luiz Antonio traz um panorama da história da poesia digital, desde os seus
primórdios, em 1959, até os nossos dias, com as mais avançadas e criativas inovações.
O autor mostra como os recursos da informática, aparentemente frios e exatos, podem
dar uma nova vida ao universo da poesia, ao levar seus produtores e apreciadores a
outros caminhos artísticos dentro da chamada cultura digital.
Para o autor, Poesia digital: teoria, história, antologias é um livro que “estuda um tipo
de poesia contemporânea em suas relações com as artes, o design e a tecnologia
computacional, que é uma continuação e um desdobramento da poesia das vanguardas,
da poesia concreta, visual e experimental”. Segundo o poeta português E.M. de Melo e
Castro, a obra traz “claramente a intenção e a ação do autor de realizar uma discussão
sobre as razões que podem ser invocadas para o estudo das transformações que o uso
das tecnologias estão já a causar no próprio conceito de poesia”.
Poesia digital: teoria, história, antologias é um livro acompanhado de um DVD que
reúne uma completa antologia de poemas digitais e seus antecessores, apresentando 501
poemas de 226 poetas e 110 textos teóricos de 73 autores, tanto brasileiros como
estrangeiros, com cerca de 1500 páginas impressas e eletrônicas, dando um raro
panorama do que já foi feito na área da experimentação poética, tanto no Brasil como no
Exterior. O DVD mostra que “poesia, arte, design, ciência e tecnologia digital formam o
quinteto transdisciplinar que uma parcela dos poetas contemporâneos escolheu para
realizar a sua comunicação poética”, completa Jorge Luiz Antonio.
(Franklin Valverde, ONDA LATINA, São Paulo)
Poesia digital: teoria, história, antologias é uma co-edição da Navegar Editora (São
Paulo), Luna Bisontes Prods (EUA), Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São
Paulo (FAPESP) e Autor.
Sobre o autor: Jorge Luiz Antonio, professor universitário, pesquisador, bolsista
FAPESP, pós-doutorando no IEL-UNICAMP, é autor de estudos sobre Cesário Verde e
Augusto dos Anjos.
Poesia digital: teoria, história, antologias
de Jorge Luiz Antonio
Poesia digital encarna "segunda vida" da poética, segundo
acadêmico
PAULA DUME
colaboração para a Livraria da Folha
Dalva de Souza Lobo/Divulgação
Para Jorge Luiz Antonio, mundo digital ofereceu outras relações para a poesia
A designação parece estranha, mas poeta digital existe. Tanto que, para o acadêmico
Jorge Luiz Antonio, a poesia digital se mostra como uma "segunda vida" da poesia.
"Porque a hipertextualidade, a interatividade e a hipermidialidade oferecem novos
significados à nossa vida cibercultural", explica o professor universitário, pósdoutorando no IEL (Instituto de Estudos da Linguagem) da Unicamp, bolsista da Fapesp
(Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo) e autor de "Poesia Digital:
Teoria, História, Antologias", em entrevista à Livraria da Folha.
A obra resulta da tese de Antonio, chamada "Poesia Eletrônica: Negociações com os
Processos Digitais", de 2005. O texto se tornou livro homônimo, em 2008, "e agora se
transformou em "Poesia Digital: Teoria, História, Antologias", segundo o autor.
Nesse, Antonio traça um panorama da história da poesia digital e esclarece para o leitor
como os recursos aparentemente frios da informática proporcionam essa "segunda vida"
para a poética.
O livro acompanha um DVD, que reúne uma antologia de poemas digitais e de seus
antecessores. São 501 poemas, de 226 poetas, e 110 textos teóricos, de 73 autores,
brasileiros e estrangeiros, com cerca de 1.500 páginas impressas e eletrônicas.
Durante a conversa, o professor detalhou as diferenças entre as poesias digital e
analógica, as dificuldade que passou para publicar um livro de poesia, além do mais
sobre a digital, entre outros temas.
Leia abaixo a íntegra da entrevista com o pesquisador.
*
Livraria da Folha - Quanto tempo você se dedicou à pesquisa da poesia digital?
Jorge Luiz Antonio - Sou um apaixonado pela poesia moderna, contemporânea,
inovadora, de vanguarda desde os tempos de adolescente. A principal motivação foi
uma palestra, 1996, na PUC-SP, ministrada por E. M. de Melo e Castro, a respeito da
poesia experimental portuguesa. Em 1997, fiz o curso de Infopoesia e Poesia Sonora,
que ele ministrou na mesma universidade. Estava no mestrado, estudando as relações
entre poesia e pintura realista impressionista, na obra de Cesário Verde (1855-1886). A
partir desse curso, decidi estudar poesia digital. Minha tese foi "Poesia Eletrônica:
Negociações com os Processos Digitais" (2005), que se tornou o livro com o mesmo
título, de 2008, e agora se transformou em "Poesia Digital: Teoria, História,
Antologias".
Livraria da Folha - O espaço para a poesia é restrito no mercado editorial
brasileiro?
Antonio - O espaço para a poesia é restrito, sim, embora existam muitas editoras
alternativas e de pequeno porte, com produções a preço acessível ao poeta. Mesmo com
a divulgação realizada pela web, a poesia tem um público especializado e menor.
Infelizmente as escolas, em sua grande maioria, preparam muito pouco os alunos para a
fruição de poesia e de artes.
Divulgação
Jorge Luiz Antonio analisa poesia digital e contextualiza suas origens
Livraria da Folha - Enfrentou dificuldades para publicar "Poesia Digital" ?
Antonio - Passei por algumas dificuldades para publicar meus livros, mesmo tendo um
auxílio publicação da Fapesp. Boa parte dos editores não tem interesse em obras
acadêmicas, como as minhas. Felizmente valeu a minha persistência. Talvez devido à
pouca venda, de um modo geral, as editoras universitárias, que deveriam incentivar os
novos autores, só conseguem publicar as obras dos seus docentes e autores já
consagrados. Há também o problema da distribuição do livro, o que infelizmente nem as
editoras universitárias, em sua maioria, fazem a contento. É raro ver uma editora
universitária, como a da Unicamp, entre as cinco melhores do país. Como os problemas
são sempre desafios para melhores soluções, "Poesia Digital" nasce com muito apoio,
tanto das coeditoras (Fapesp, Navegar e Luna Bisonte Prods) e do portal "Cronópios",
como de pessoas, como o Paulo Franchetti, o Álvaro Luis Kassab, do Jornal da
Unicamp, da Fapesp, por intermédio da bolsa de pós-doutorado etc.
Livraria da Folha - Quais curiosidades sobre a poesia eletrônica mais lhe
chamaram a atenção?
Antonio - Minha paixão pela poesia não é restrita apenas ao meu atual objeto de estudo.
Todos os tipos de poesia me fascinam, me encantam. A poesia digital me fascinou como
um dos tipos de poesia contemporânea, pela sua capacidade de realizar as
potencialidades da poesia do meio impresso. Por exemplo, as palavras sugerem
imagens, sons, movimentos, os leitores criam essas sugestões em suas mentes,
interagem com esse mundo de palavras, durante as leituras. Não se trata apenas de
ilustrar o que a palavra sugere, mas de trazer novos significados. Outro aspecto curioso
é atualidade que a poesia digital apresenta, além da fusão das artes, das ciências e das
tecnologias, que foi preconizada, idealizada e realizada precariamente pelas vanguardas
do início do século 20, principalmente o futurismo e o dadaísmo. É o mundo
contemporâneo que amplia, materializa, atualiza o encanto permanente que a poesia nos
proporciona. É uma especie de materialização possível do que o leitor imagina quando
lê um poema.
Livraria da Folha - No que difere, digamos, da poesia analógica?
Antonio - A poesia digital se mostra como uma "second life" ("segunda vida", em
tradução livre) da poesia já existente, porque a hipertextualidade, a interatividade e a
hipermidialidade oferecem novos significados à nossa vida cibercultural.
Livraria da Folha - Qual a principal distinção entre as duas, fora o meio onde são
publicadas?
Antonio - O poeta sempre experimentou, sempre mostrou-se interessado nos mais
variados conhecimentos para fazer poesia. O mundo digital lhe ofereceu outras relações,
à semelhança da poesia total, uma relação da poesia com outras artes, dos movimentos
dos anos de 1960 e 1970. Estou me referindo à poesia objeto, à poesia performática, à
poesia visual, à poesia sonora, que faz uso das técnicas artísticas e as incorpora no fazer
poético.
Co-edição:
FAPESP / Navegar: www.navegareditora.com.br - navegar@navegareditora.com.br
Luna Bisonte Prods: www.johnmbennett.net - bennettjohnm@gmail.com
Autor: http://jlantonio.blog.uol.com.br - jlantonio@uol.com.br
80 páginas + DVD - R$ 30,00 sem despesas postais
Ouroboros” es la metáfora del ouroboros, un símbolo circular de una serpiente
o dragón que devora su cola, presente para infinidad de totalidades, las cuales
comienzan a representar las conexiones de los seres humanos a través de la
ciencia de la computación, es decir, de los uroboros electrónicos.
João Antonio da Silva Sampaio – Uróboros 1999 (SAMPAIO, 1999, p. 22-23)
COMIENZOS DE LA POESÍA ELECTRÓNICA EN BRASIL
De noviembre de 1960 data el “Electric Poem” de Albertus Marques (19302005), considerado el pionero de una experiencia poética con los medios
electrónicos. Se trata de
un poema eléctrico cuya energía provenía de pilas. El lector oprime un
botón y aparece en el centro de la pantalla –un espacio blanco– la
palabra END. Hasta el momento en que la persona completa la acción
de oprimir el contacto algo se revela, bien la posibilidad o el poder de
una acción. Tan pronto como el lector libera el botón, la palabra
desaparece, es decir, su aparición y permanencia dependen
exclusivamente de la acción de ejercer el contacto (Marques, 1977, p.
156).
Albertus Marques – Poema eléctrico 1960 (MARQUES, 1977, p. 156)
En similitud con los futuros poemas electrónicos, o rememorando el 0 y 1 del
sistema binario, el poema requería la interacción con el lector que producirá
significados desde el espacio blanco, el botón y su iniciativa de oprimirlo.
En Brasil, la primera experiencia artística con la computadora que conozco fue
“Abecê” (Abecedario), ideada por Waldemar Cordeiro y la colaboración de
Giorgio Muscatti, profesor de física de la Universidad de Sao Paulo, en 1968.
Era un programa de generación de palabras compuestas por seis letras, el cual
trabajaba en un computador IBM, tipo 360/44, con entrada para tarjetas
perforadas, memoria de 32 Kbytes y una entrada para impresor de líneas.
Waldemar Cordeiro e Giorgio Moscati – Beabá 1968 (MOSCATI, 1993)
La impresión resultante de estas palabras daba una breve semejanza con
algunas del lenguaje existente, en donde las reglas eran la formación de
palabras de seis letras en las que alternaran una vocal y una consonante.
Además de “Beabá” (ABC), este arte de computadora era conocido como
“Contenido Informativo de Tres Consonantes y Tres Vocales Tratadas por
Computadora”.
La “Tumba de Mallarmé” es considerada la primera poesía electrónica
brasileña: una serie de 10 poemas en computadora que Erthos Albino de
Souza (1932-2000)2 creó en 1972:
“Obtuve los gráficos solucionando problemas físicos que trataban sobre
la distribución de temperatura de una tubería de sección cuadrada
dentro de otra tubería también cuadrada. En la tubería interna corre un
líquido calentado a una cierta temperatura constante para cada gráfico.
En la parte interior tenemos una temperatura de cero grados
centígrados, que gradualmente sube en sentido vertical. En una de las
versiones, obtuve temperaturas de 0, 20, 40, etc., hasta 200 grados
centígrados, ocasión en que aparecieron todas las letras de Mallarmé,
cada letra correspondiendo a un rango de temperatura (de M=-cero
hasta E=200 grados centígrados). Pude, así, obtener un número casi
infinito de gráficos, siendo capaz de considerar pequeñas variaciones de
temperatura. Si la variación fuera de 1 (un) grado, nosotros tendríamos
200 gráficos diferentes” (Souza, 1991a, p. 13-14).
El ejemplo de abajo es el resultado impreso de aquellas experiencias de
Erthos, entre muchas otras que hizo a lo largo de su vida. El resultado final
parece ser un gráfico que rememora un sepulcro. Erthos buscaba “la
innovación del material poético en los lenguajes Fortran y PL1, subvirtiendo su
función numérica objetiva y haciendo que la computadora procesara palabras
en una vía subjetiva” (Kac, 2004, p. 321).
Erthos Albino de Souza – Le Tombeau de Mallarmé 1972 (SOUZA, 1991, p. s. n.)
En la década de los 80 aparecieron las computadoras personales (PC), y con
ellas algunos programas de fácil manejo, que motivaron la producción poética.
Barbosa colecta algunas experiencias de ese tipo de poesía en varios países y
las registra en su libro La ciberliteratura: creación poética y computador (1996).
Chris Funkhouser, en su libro Digital Prehistoric Poetry: An Archaelogy of
Forms: 1959-1995 (2007) (Poesía digital prehistórica: una arqueología de las
formas: 1959-1995), reporta una significativa cantidad de ejemplos.
Gracias a la amabilidad de Paulo Bruscky,3 artista y poeta de Recife, estado de
Pernambuco, tuvimos acceso al “Soneto sólo para ser visto”, 4 por Daniel
Santiago, un poema computacional cuyo programa fue hecho por Luciano
Moreira en el Cobra System Collects, en lenguaje TAL/II, el 5 de noviembre de
1982.
Daniel Santiago – Soneto só prá vê
Castro (1987) y Kac (2004) compilaron y registraron el programa de
computadora del poema “Universo”, de João Coelho, poeta de Río de Janeiro,
realizado en el lenguaje Advanced Basic.
João Coelho – Universo – programa do poema 1985 (COELHO, 2004, p. 328)
Durante las investigaciones para la elaboración de este ensayo encontramos
un ejemplo más de la poesía en PC, en una intervención realizada mediante un
programa de administración de materiales y manual para ingeniería civil, del
cual se produjo el poema “La ola”. El autor es Robert Keppler, artista, poeta
visual e ingeniero civil, utilizando la plataforma DOS para elaborar un poema
electrónico.
“Poema continuo y permutacional” es la denominación que Albertus Marques
(1930-2005) dio a un poema en computadora, que da al lector/autor la
oportunidad de recibir un mensaje ininterrumpido hasta donde él/ella quiera,
desde el punto de arranque (“Start point”) con su parada (“stop”) que no
interrumpe el mensaje; esa no-interrupción es un elemento básico del
poema. El infinito permutacional aleatorio se presenta siempre en diferentes
formas, tanto antes del “Start point” como del “stop” de los operadores, y está
compuesto incluso cuando se interrumpe, volviéndose un trabajo único,
personal, y en un continuo siempre diferenciado por la combinatoria poética
cargada en sus elementos básicos” (2004, p. 325-326).
Uno de los ejemplos es el poema “Lluvia”, de 1987:
CHUVA
DOMINGO CHUVA
CHUVA
CHUVA
CHUVA6
Albertus Marques – Chuva, poema digital, 1987 (MARQUES, 2004, p.
327)
Con una significativa reflexión teórica y una serie de experimentaciones,
Lúcio Agra inició sus poemas digitales desde 1994-1995, haciéndolos circular
en disquetes de 3 ¼ y elaborados en Power Point de Microsoft, reunidos bajo
el título de “Más o menos”. Ejemplos de esos trabajos se encuentran en el
sitio Agraryk (2002): http://www.geocities.com/agraryk/index.htm. Los
“poemas pps” exploran los recursos de Power Point, en un diálogo entre
imágenes, palabras, sonidos y animaciones.
El poeta también produjo el CD-ROM “Ultramar Explosión sin sonido” (19952002), y desde 2004 ha venido haciendo performances híbridos utilizando
computadora y proyector multimedia, como por ejemplo “I’m not book no”
(2004).
Es probable que existan otros ejemplos de experimentaciones poéticas además
de los aquí presentados, a los cuales no hemos tenido acceso tanto por
razones de tiempo como por limitaciones de recursos. También hay poemas
electrónicos que circulan en disquetes de 5 ¼ y en 3.5, de los cuales hemos
conocido algunos ejemplares.
En diversos países, entre ellos Brasil, el año de 1995 marcó el comienzo de la
red global (WWW), y de entonces data también la aparición de los primeros
poemas en este medio, es decir, un ciberespacio de fácil acceso que se ha
convertido en la nueva biblioteca universal.
“Poemas en computadora”7 –www.cce.ufsc.br/~nupill/poemas.html–, por
Alckmar Luiz dos Santos y Gilberto Prado, en 1995, contiene poemas creados
desde 1994, por lo que es el primer libro de poesía electrónica brasileña en la
red. El trabajo conjunto de un poeta y un artista originó una serie de
exploraciones de orden poética, visual y digital. Son 11 poemas en los que
aparecen diálogos entre la visualidad digital y ciertas interferencias sonoras
(fragmentos de lecturas a través de recursos tecnológicos).
“Verso Universal / Universal Verse”, que formó parte de la exposición Arte /
Tecnología en el evento Arte en el siglo XXI: la humanización de las
tecnologías (Museo de Arte Contemporáneo de la USP, del 28 de noviembre al
10 de diciembre de 1995), fue un proyecto poético que utilizó las
potencialidades de la expansión comunicativa de las redes digitales y tuvo
como base tres versos de Philadelpho Menezes, que deberían ser
desarrollados por poetas de diferentes lenguas y lugares geográficos.
Laberinto del olvido
Paladar
Humor vítreo (Philaldelpho Menezes/Brasil/Nov.95)
Eye gurgle channel
Your laugh track
Basted body home
Unhinged doors
To the wide wide world
(Harry Polkinhorn/EE.UU./nov.95)10
Por otra parte, aunque publicado en la red en 2000, “Infopoesía:
producciones brasileñas: 1996-99)” –www.ociocriativo.com.br/meloecastro–,
por E.M. de Melo e Castro, reúne infopoemas creados desde 1995. Este
poeta experimental portugués, quien vivió en Brasil por muchos años,
comenzó sus experiencias poéticas en 1979 con una computadora Atari, en
Portugal, y con una PC desde 1990.
Él es el pionero de la videopoesía en su país desde 1968; publicó, en 1971, en
Álea e Vazio, el poema “Todo puede ser dicho en un poema”, un poema
permutacional basado en el lenguaje de cómputo existente, generado mediante
un programa por Pedro Barbosa (1996, p. 330-333). Sus infopoesías interfieren
en los recursos de editores de imágenes para uso poético en programas como
Fractint, que produce poemas fractales a partir de fórmulas matemáticas.
Elson Fróes comenzó la distribución de poemas gif (en formato gif, es decir,
formato de intercambio de gráficos con buena compresión, muy usado en
Internet y la red, que permite animaciones) en 1996, tanto en CD-ROM como
BBS (Bulletin Borrad System), ahora en desuso.
Esos poemas gif eran parte del sitio Pop box: Visual Sound and Verse Poetry –
http://paginas.terra.com.br/arte/PopBox/home.htm–, desde 1997, en el cual los
poetas reunían innovaciones, poemas en verso, poesía visual, sonora,
ensayos, entrevistas y traducciones de sus propios trabajo y de otros. Fue una
búsqueda bien elaborada al servicio de los apreciadores de la poesía. En su
poesía visual –http://paginas.terra.com.br/arte/PopBox/visual.htm– tenemos
ejemplos como “Orfeo”, que metafóricamente es una lectura anacrónica de
poesía a través de los tiempos.
Elson Fróes – Orfeu (FRÓES, 1998)
Augusto de Campos, en “Clip-poemas digitales”,
http://www2.uol.com.br/augustodecampos/clippoemas.htm–,
capacidades de la computadora para hacer poesía digital:
en 1997 –
explora
las
La posibilidad de dar movimiento y sonido a la composición poética, en
términos de animación digital, vino repotencializar las propuestas de las
vanguardias de los 50 (…). Desde que, en los inicios de la década de los
90, pude poner a mi alcance una computadora personal, enfaticé la
materialidad de las palabras y sus interrelaciones con los signos noverbales, es decir, podía hacer todo con la computadora. Las primeras
animaciones emergieron de sus virtualidades gráficas y sonoras desde
poemas preexistentes. Otros fueron ya sugeridos por el propio vehículo y
por los múltiples recursos de programas como Macromedia Director y
Corp. (Campos, 1997).
André Vallias, en Antilogía laboríntica11 [poema en expansión] –
www.refazenda.com.br/aleer/–, en 1997, explora el diagrama y la
hipertextualidad como forma de diálogo entre imagen y palabra con textos en
prosa y en verso. Comenzando desde las letras tridimensionales “ALEER”,
cada lector-operador puede hacer la trayectoria de sentido que quiera. En el
trayecto, encontrará poemas, fragmentos de enciclopedia, conceptos e
imágenes.
Interpoesía, 1997-98, por Philadelpho Menezes (1960-2000) y Wilton
Azevedo, es uno de los primeros trabajos en CD-ROM en Brasil y es muy
conocido en otros países. Se trata de um conjunto de poesias
hipermediáticas interativas.
Avelino de Araújo –www.avelinodearaujo.hpg.ig.com.br/index.htm–, en “Poesía
Visual / Experimental”, de 1998, presenta su poesía visual iniciada en 1979 e
incrementa mediante recursos digitales a muchos de sus poemas.
Alexandre Venera dos Santos, más conocido como aLe, en aCaRamBoLa
Poesias –http://br.geocities.com/eeale /–, de 1999/2000, elaboró un ejercicio
poético que pasa por la poesía verbal, explora los recursos visuales de la
palabra y se torna en poesía sonora a través del medio electrónico. Es un libro
electrónico compuesto por seis bloques de poesía verbal y visual, uno más de
poesía visual y otro de poesía sonora. Con cada trabajo, uno puede entender
los pasos de la poesía desde el medio impreso al electrónico.
“Ciber & Poemas” –www.ciberpoesia.com.br/index2.htm–, por Sérgio Capparelli
y Ana Claudia Gruszynski, 2000, ofrece creaciones de poesía visual y
ciberpoesía destinado a niños pequeños y público de adolescentes. Estos
ciberpoemas interactivos son pioneros en este género, que hasta ahora no han
tenido seguidores.
“Arte en línea”, de Río de Janeiro, editado por Regina Celia Pinto, Marcelo
Frazao y Paulo Villela, en 2000, fue una revista electrónica que compilaba
poesía y arte electrónicos a lo largo de sus cuatro primeros números. En julio
de 2002, en su quinta edición, se volvió el Museo de lo Esencial y del Más Allá,
bajo la responsabilidad de Regina Celia Pinto –www.arteonline.arq.br–,
ampliando la antología que era ya internacional y emplea los recursos
informacionales en varios poemas.
Creado en 2001 y publicado en 2004, Looppoesía: la escritura mismidad, por
Wilton Azevedo, es un CD-ROM que maneja las opciones del “loop” (en
informática, se entiende como la ejecución de un programa repetido un número
determinado de veces) para producir poesía electrónica.
Entre muchas producciones del artista y poeta digital Joesér Alvarez, de Puerto
Bello, estado de Rondonia, podemos destacar “Scalpoema”, de 2001 –
http://geocities.yahoo.com.br/scalpoema/index.html–, que hace una relectura
del prólogo de la novela Memórias Póstumas de Braz Cubas, por Machado de
Assis (1839-1908), la cual inauguró el realismo en Brasil en 1881, para
recrearla en la poesía electrónica.
En “Reflexiones en el vacío”, de 2001 –www.martha.com.br/poesias/reflexoes
/–, Martha Carrer Cruz Gabriel emplea el mouse para hacer interactuar al
lector-operador en una pantalla de fondo negro y, tras eso, literalmente
descubrirla. Una pelota blanca acompaña al solitario navegador. Cada
movimiento del mouse la mueve en hallazgos, descubrimientos. En ciertos
momentos, algunos sonidos y palabras aparecen como “eco” y “vacío”.
Igualmente, con algunas características del medio digital, Maria Irene Simões,
en la ciudad de Bauru, estado de São Paulo, creó en mayo de 2001 la
Academia Virtual Brasileña de Letras –www.avbl.com.br–, que conjunta poesía
verbal, visual y electrónica y difunde libros de poesía electrónica.
“Sitio de imaginación” –http://www.ciclope.art.br/pt/index.php–, de 2002,
presenta muchos trabajos de Alvaro Andrade Garcia, un buen videopoeta, que
explora las capacidades de la imagen animada en Flash para crear poesía
hipermedia.
Artéria 8, de 2003, editada por el poeta visual Omar Khouri y el artista digital
Fábio Oliveira Nunes –www.arteria8.net/– reúne 36 poetas que presentan
versiones digitales de poemas visuales de diversos tiempos, así como la
versión digital de una publicación de poesía visual que había sido editada
desde 1975 en varios medios.
Cortex Revista de Poesia Digital, en formato CD-ROM, editada por Lúcio Agra
y Thiago Rodrigues, en 2003, hace una relectura de la poesía visual anterior y
tiene la participación de poetas como Villari Hermann, Ronaldo Azeredo (19372006), Lenora de Barros, João Bandeira, Chris Funkhouser, Arnaldo Antunes y
André Vallias, entre otros.
Novíssima Canção do Exílio – Virtualidade Sabiá / The Newest Song of Exile
– Sabia Virtuality - http://arteonline.arq.br/virtualidade/ -, de Regina Célia
Pinto, de 2003, es un trabajo creativo en el medio digital que une poesia y
arte. A partir de la “Canção do Exílio”, de Gonçalves Dias (1823-1864), la
autora detecta el poema traducido en varias lenguas, tanto en las relecturas
(intertextualidades) de vzrios poetas brasileiros o bien tejiendo relaciones
entre presente y pasado.
Joesér Alvarez y Carlos Moreira elaboraron Mármore, en 2003, además de
Vestigiurbanos (Urban Vestiges), en 2004, con trabajos publicados en DVD y
en el sitio –http://br.geocities.com/coletivomadeirista–, que incluye trabajos de
poesía verbal y visual, así como arte digital, como una actividad cultural del
Movimento Madeirista –http://www.corocoletivo.org/coletivomaderista/index.htm
–, iniciado en 1998 en Puerto Bello, estado de Rondonia.
6X Juliana Teodoro Alexandre Venera, en Blumenau, estado de Santa
Catarina, bajo la coordinación de Alexandre Venera dos Santos y Juliana
Teodoro, contiene trabajos interactivos y de hipermedia de seis artistas y
poetas: Muriel Frega (Argentina), Douglas Zunino (Brasil), Reiner Strasser
(Alemania), Rosane M. Martins (Brasil), iraN (Brasil) y Clemente Padin
(Uruguay). Este libro electrónico interactivo de poesía circula en CD-ROM y se
encuentra en el sitio http://www.eale.pop.com.br/panpaz/0_6xTESTEon.htm.
Las relecturas creativas en el ámbito digital son la tónica predominante en 6x
JT AV y pueden entenderse como trabajos colectivos, creativos y colaborativos,
porque buscan entretejer significaciones en las varias dimensiones de la poesía
electrónica: hay un diálogo de palabras, hay una interpretación visual en el
plano del diseño gráfico de buena sensibilidad, aparece una altamente
sugestiva intertextualidad, entra en animaciones que apuntan a nuevas rutas y
hay una interpretación sonora con música, sonidos cotidianos, ruidos y voz
humana.
AlletSator- http://www.telepoesis.net:80/alletsator/ -, en su cuarta versión en
2007, de Pedro Barbosa (Portugal) e Luiz Carlos Petry (Brasil); inicialmente
fue AlletsatoRotastella, cibertexto para teatro de Pedro Barbosa (Portugal),
creado en 2001 por intermédio del Sintetizador Textual Automático
“SINTEXT” (obra de Pedro Barbosa y Abílio Cavalheiro, de 1996), es una de
las raras obras de ciberteatro y contiene una Isla Poética donde están
representados poemas animados por computador.
Ninhos e magia: alguns diferentes processos de criar ciberliteratura http://arteonline.arq.br/rufus/http://arteonline.arq.br/rufus/ -, de Regina Célia
Pinto, de 2007, hace una apropriación del concepto de ciberliteratura a partir
de pasajes en el estilo de los textos de las Ciudades Invisíbles, de Ítalo
Calvino, y de imágenes de la "Aldeia Furnarius Rufus”, creada por la artista
plástica Celeida Tostes.
Muchos otros poetas podrían ser incluidos junto con los ejemplos aquí
comentados, que intentan ser breves. Pero también es necesario considerar
antologías que agrupan la poesía electrónica, tanto brasileña como
internacional, tales como "Poetry - New Media - Links of Imagination" (1995) –
http://vispo.com/misc/links.htm–,
PopBox
(1998)
–
http://paginas.terra.com.br/arte/PopBox/home.htm–, Brazilian Digital Art and
Poetry on the Web (2000) –www.vispo.com/misc/BrazilianDigitalPoetry.htm–,
Museum of the Essential and Beyond That (2002) –www.arteonline.arq.br–,
Idleness
Digital
Poetry
(2005)
–
http://www.ociocriativo.com.br/poesiadigital/index.htm–.
PUBLICACIONES Y EVENTOS DE LA POESÍA ELECTRÓNICA
Relacionamos aquí algunas de las muchas actividades de los poetas
electrónicos en Brasil, sin la pretensión de agotar el asunto.
- Abarcando el período de 1963 a 1986, Eduardo Kac publicó una pequeña
cronología del arte y la tecnología en Brasil en la revista Leonardoon-line–
http://mitpress2.mit.edu/ejournals/Leonardo/isast/spec.projects/brazilchron.html9-, que merece ser
leida, pues Kac, además de su contribución como artista y poeta, es un
investigador cuidadoso y un teórico lúcido y original.
1966 - Erthos Albino de Souza "comenzó a descubrir dónde convergen los
caminos de la imaginación poética y los sistemas lógicos de los mainframes.
Su primera motivación fue usar la computadora para levantar el vocabulário
de autores como Gregório de Mattos, Pedro Kilkerry e Carlos Drummond de
Andrade" (KAC, 2004, p. 320).
1972 - Fecha del poema "Le Tombeau de Mallarmé", de Erthos Albino de
Souza, gráfico, poeta, ingeniero y editor de la revista Código. Es la primera
poesía computacional producida en Brasil.
1976 - "Ninho de metralhadoras", poesía informática de Erthos Albino de
Souza.
1983 - Erthos Albino de Souza (2004, p. 60-74) concede una entrevista a
Carlos Ávila sobre sus experimentaciones poéticas con la computadora.
1984 – Eduardo Kac inaugura el proyecto “Eletropoesia” en el Centro Cultural
Cândido Mendes, entonces dirigido por Cândido José Mendes de Almeida,
en donde integra el display de pantalla electrónica, circuito interno de radio y
dos monitores de video.
1987 - 8 de agosto - Eduardo Kac publica el artículo “A poesia da nova era”
en el Jornal do Brasil, tratando sobre la poesía informática y presentando
declaraciones de Bernard Heidsieck, E. M. de Melo e Castro, Silvestre
Pestana, Erthos Albino de Souza, Albertus Marques e João Coelho (KAC,
2004, p. 316-329).
1992-2000 - Dimensão: Revista Internacional de Poesia (1980-2000), editada
por Guido Bilharinho, es una publicación impresa que contribuyó para la
divulgação de la teoría y la creación de la poesía experimental, poesía visual
y de la infopoesia de varios países.
En 1992, publicó "Nous n'avon pas compris Descartes", de André Vallias;
"Poema Infinito para Microprocessador", de Rafael Courtoisie (Uruguay), en
1993/1994; el manifiesto de la poesia virtual de Ladislao Pablo Györi
(Argentina) y un artículo de Cláudio Daniel sobre poesía y computador, en
1995; el manifiesto de la transpoética tridimensional, de Melo e Castro, en
1998; y un dossier de infopoesía, coordinado por Melo e Castro, en 1999.
1994 – Despoesia, Augusto de Campos, libro enteramente concebido por
computador. El poeta pasó a usar un computador de alta resolución, Sistema
Intergraph, en 1984, tuvo el primer Macintosh "Classic" en 1991 y, a partir de
entonces, ingresó al mundo digital.
1995-2001 – Mais ou menos. Poemas en disquete 3½”, en Microsoft
Powerpoint 9.0, de Lucio Agra. São Paulo. Edición del autor.
1995/2002 – Ultramar/Explosão sem som. Poema en CD-ROM de Lucio
Agra. São Paulo. Edición del autor.
1996 - junio – Blocos on Line: Portal de Literatura e Cultura – coordinado por
Leila Míccolis e Urhacy Faustino, en Río de Janeiro, es un ciberespacio de
divulgación
y
archivo
de
diferentes
tipos
de
poesía:www.
Blocosonline.com.br/home/index.php.
1996/1997 – Eduardo Kac organiza la International Anthologyof DigitalPoetry,
en CD-ROM, cuya portada es “Nous N´Avons pas Compris Descartes”, de
André Vallias. Editora: New Media Editions. Chicago, EUA.
1997 - 18 a 27 de junio - Exposición de Infopoesia en la Biblioteca Central de
la PUC SP, bajo la curadoría general de Ana Cláudia Mei Alves de Oliveira y
coordenación de E. M. de Melo e Castro. Participantes: Cláudia Braga
Teixeira, Cristina Marques, Jalver Bethônico, João Winck, Jorge Luiz Antonio,
Maria Virgília Frota Guariglia, Nicole Wexler Blanc, Ronaldo Bispo, Soraya F.
Alves y Won Bock Park.
- 1º semestre – Curso de Infopoesía e Poesía Sonora – Programa de
Comunicación y Semiótica de la Universidad Católica (PUC) de SP,
sustentado por E. M. de Melo e Castro.
– 2º semestre – Curso de investigaciones en laboratorios: Ciberpoéticas de
Transformación y de Movimiento, en el Programa de Comunicación y
Semiótica de la PUC SP, a cargo de E. M. de Melo e Castro.
1998 - Processos criativos com os meios eletrônicos: poéticas digitais. Libro
de Julio Plaza y Monica Tavares. São Paulo (SP).
- Ensaio sobre o texto poético em contexto digital. Libro de Antonio Risério.
Salvador (BA).
- Algorritmos infopoemas. São Paulo, SP, Musa Editora. Libro de E. M. de
Melo e Castro.
– 25 a 29 de mayo. Exposição de Infopoesia e Animações Infográficas. Salón
Rojo del Campus Trujillo de la Universidad de Sorocaba. Organizadores:
Prof. Roberto Samuel Sanches y José Gaspar Nascimento.
- Speculum (de NIÉPCE para HO LIHN PIUH). Poesía electrónica de
Olympio Pinheiro y Gilbertto Prado. Cd-rom.
1999 a2001 -Durante los primeros semestres de cada año, E. M. de Melo e
Castro realiza cursos de infopoesia en la Universidad Federal de Minas
Gerais, en Belo Horizonte (MG).
1999 - Biografia, obras, poemas, sons, textos, links. Sitio de Augusto de
Campos en: http://www2.uol.com.br/augustodecampos/home.htm.
2000 – 10 de marzo - Entrevista de Augusto de Campos a Claudio Daniel:
http://paginas.terra.com.br/arte/PopBox/acampos.htm
-Sígnica: um Balaio da Era Pós-Verso (Apesar do Verso). Revista electrónica
de los alumnos de Poética y Creación de Textos, del Instituto de Artes de la
Unesp SP, del Prof. Dr. Omar Khouri. Editores: Omar Khouri y Fabio Oliveira
Nunes: http://signica.vilabol.uol.com.br/home.htm.
– Mayo - I Mostra Interpoesia. Curadoria: Wilton Azevedo y Philadelpho
Menezes.
São
Paulo:
Universidad
Presbiteriana
Mackenzie:
www.mackenzie.com.br/interacao/www2003/.
- Septiembre – Arte on Line. Revista electrónica. Río de Janeiro (RJ).
Editores: Regina Célia Pinto, Marcelo Frazão y Paulo Villela. Depués de
publicada la quinta edición, en 2002, pasó a ser llamada Museu do Essencial
e do Além Disso, editada por Regina Célia Pinto. Publica arte, poesía
electrónica y ensayos de varios países: http://www.arteonline.arq.br.
– Novembro – Brazilian Digital Art and Poetry on the Web – compilación de
Jorge Luiz Antonio: www.vispo.com/misc/BrazilianDigitalPoetry.htm.
2001 – Literatura e comunicação na Era da Eletrônica. Libro de Fábio Lucas,
São Paulo, Córtex Editora, colección “Questões da nossa época”.
- 7 de maio – Academia Brasileira Virtual de Letras: www.avbl.com.br.
- 20 de maio - Entrevista de E. M. de Melo e Castro a Jorge Luiz Antonio e
Maria Virgília Frota Guariglia:
http://planeta.terra.com.br/arte/PopBox/emmc.htm.
– Junio - Grupo de Estudos em Cibercultura del Centro de Comunicación y
Artes del Senac. São Paulo. Coordenación: Lucia Leão. Promueve
exposiciones y congresos de arte y poesía electrónicas y reúne, en libro, los
comunicados de cada evento: http://www.ciberarte.art.br/
2002 – 16 de maio - Sítio da Imaginação. Sítio de Álvaro Andrade Garcia.
Belo Horizonte, MG. Inauguración del Museo de Arte de Pampulha:
http://www.ciclope.art.br/
2003 – Não: poemas. Libro y cd-rom de Augusto de Campos. São Paulo, SP.
- Julio - Revista Digital Artéria 8 – bajo la edición de Omar Khouri y Fabio
Oliveira Nunes, reúne experiencias poéticas en poesia visual y electrónica:
www.arteria8.net/.
– Noviembre - Cortex Revista de Poesia Digital. Editores: Lucio Agra y
Thiago Rodrigues. São Paulo (SP). Cd-rom.
- Leituras de nós: ciberespaço e literatura. São Paulo, SP. Libro y cd-rom de
Alckmar Luiz dos Santos.
2004 – Luz e letra: ensaios de arte, literatura e comunicação. Libro de
Eduardo Kac. Río de Janeiro, RJ.
2005 – Mostra Internacional de Poesia Visual e Eletrônica. Itu, São Paulo.
Curadoría de Hugo Pontes, Jorge Luiz Antonio y Roberto Keppler:
www.ociocriativo.com.br/epoesia. Catálogo en la Biblioteca David Daniels do
Museu
do
Essencial
e
do
Além
Disso:
http://arteonline.arq.br/museu/library_pdf/interface.html
- Quando Assim Termino o Nunca, interpoemas en DVD, de Wilton Azevedo.
2005/2006- Portal da Ciberliteratura: acervo de hiperligações da literatura
electrónica em Portugal e no Brasil - http://www.po-ex.net/ciberliteratura/ coordenación de Rui Torres (Portugal).
2006 - 6X Juliana Teodoro Alexandre Venera, cd-rom y sitio –
www.eale.pop.com.br/6x - , que contiene poesía hipermedia y colaborativa.
COMO CONCLUSION
Para tener una visión panorámica de la poesía electrónica en Brasil, hemos
presentado aquí una muestra antológica y una cronología del tema,
comentando los aspectos y procedimientos esenciales de cada poema
seleccionado, y dejamos a los lectores la posibilidad de realizar otras
interpretaciones y otras exploraciones.
La unión de la palabra y la imagen en el medio impreso (poesía visual), y del
sonido, animación, hipertextualidad e interactividad en el medio electrónico
(poesía electrónica), nos ofrece una gran riqueza de hallazgos e
interpretaciones. Podríamos, por ejemplo, imaginar cuán rico sería el análisis si
hubiéramos adoptado los conceptos de Roland Barthes en S/Z:
estrellar el texto, separando, como si fuera un pequeño sismo, los
bloques de significación cuya lectura sólo captura la superficie llana,
imperceptiblemente unida por el flujo de las oraciones, la fluidez del
habla en la narración, la gran naturalidad del lenguaje promedio. El
significante de apoyo quedaría recortado en una secuencia de breves
fragmentos contiguos, que aquí llamaremos lexias, en cuanto son
unidades de lectura. (Barthes, 1992, p. 47)
Si analizamos las lexias verbales y visuales y exploramos la riqueza
significante del sonido y del movimiento potencialmente presentes, estaríamos
entendiendo los caminos de la poesía visual impresa.
Si captamos las lexias verbales, visuales (animadas y estáticas) y sonoras,
conjuntamente con los recursos y conexiones de las interligas10 que ofrecen
hipertextualidad (las lexias buscan producir diferentes significados),
permitiendo la interacción de los lectores-operadores con la poesía electrónica
en construcción mediante los clicks, seleccionando las lexias metafóricas y
metonímicas, eso nos proporcionará una multiplicidad de significaciones y
veremos, con certeza, las riquezas de la poesía electrónica.
Éstos son dos de los muchos rumbos que ofrecemos a quienes aprecien la
poesía electrónica.
NOTAS:
1 Se escribe “uroboros” o “ouroboros”.
2 Ingeniero, poeta, editor de revistas literarias, investigador, originario de Ubá (MG) y radicado
en Salvador (BA).
3 Electrografía del poema enviado por Paulo Bruscky, a quien agradecemos la contribuición
valiosa, en carta fechada 2 de marzo, 2006.
4 Posteriormente Daniel Santiago envió una copia original del poema.
5 Poema inédito gentilmente cedido por el poeta.
6 Ese poema se repite, sin modificaciones, indefinidamente, en la pantalla del computador.
7 Ese título fue modificado posteriormente por “Poesia eletrônica”.
9 La cronología, con algunas alteraciones, está en Luz e Letra (KAC, 2004, p. 393-404).
10 Adoptamos el término “hiperliga”, usado por los portugueses, en substitución de “link” o
“hyperlink”.
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interdisciplinares. São Paulo: Pioneira Tohmson Learning, 2005, p. 147-166.
Traducción del inglés y el portugués: César Horacio Espinosa V.
(*) Este artículo está basado en la ponencia visual y electrónica “Poesía en Brasil: algunos
ejemplos”, presentada el 5 de septiembre de 2003 en el 2º Coloquio Internacional “La crisis de
la poesía en Brasil, Francia, Europa y otras latitudes”, realizado por la Universidad de Feira de
Santana (Bahía, Brasil) y la Universidad de Artois (Francia). Fue publicado en E Poetry 2007,
París, Francia.
(**)Profesor, escritor e investigador, maestro y doctor en Comunicación y Semiótica de la
Universidad Católica de Sao Paulo, pós-doutorando em Tecnologias da Inteligência e Design
Digital; autor de Almeida Júnior través de los tiempos (1983) y Cores, forma, luz, movimento: a
poesia de Cesário Verde (2002, impresos tipográficamente), Ciência, arte e metáfora na poesia
de Augusto dos Anjos (2004) y Poesia eletrônica: negociações com os processos
digitaisy O surgimento da tecnopoesia
.
César Horacio Espinosa Vera. Mexicano. Escritor, poeta visual. Creó y ha sido coorganizador
de las Bienales Internacionales de Poesía Visual y Experimental (1985-2006). Autor de libros y
ensayos sobre poesía, arte, política cultural y comunicación, uno de ellos –en coautoría con
Araceli Zúñiga–La Perra Brava. Arte, crisis y políticas culturales, del cual una selección de
textos aparece en Ediciones Especiales de esta revista virtual.
e-mail: poexperimental@gmail.com
http://www1.folha.uol.com.br/
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