RESEÑAS 133 AUGUSTO GUARINO, La narrativa di Joan

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realización, utilización y f u n c i o n a l i d a d , q u e e n o c a s i o n e s p u e d e
i m p r i m i r e n ella tanta f o r m a y carácter c o m o los q u e o b t i e n e e n e l
m o m e n t o m i s m o d e s u creación. L e y e n d o l a notabilísima selección
y los transparentes comentarios d e l l i b r o de Reckert, d a l a impresión,
e n d e f i n i t i v a , d e q u e l a p o e s í a y l o s p o e t a s s o n a r t e y artistas p u r o s . Y
eso p u e d e q u e sea v e r d a d , p e r o también p u e d e q u e sea sólo u n a form a (positiva y emotiva) de ver o de q u e r e r ver l a verdad.
E n c u a l q u i e r c a s o , ese s u b j e t i v i s m o — a l fin y a l c a b o i n e v i t a b l e e n
c u a l q u i e r r e f l e x i ó n s o b r e l o p o é t i c o — d e l a c e r c a m i e n t o d e R e c k e r t es
quizás l o q u e h a c e d e s u l i b r o u n a o b r a n o s ó l o i m p o r t a n t e , s i n o t a m b i é n r e c o n f o r t a n t e . L o s m a r a v i l l o s o s p o e m a s a n t o l o g a d o s e n Beyond
chrysanthemums, y l a s s i n c e r a s , s a b i a s , p e n e t r a n t e s y o r i g i n a l í s i m a s
r e f l e x i o n e s d e s u a u t o r a l r e s p e c t o , m u e s t r a n q u e es p o s i b l e h a c e r u n
l i b r o poético sobre poesía; ser u n analista e x t r a o r d i n a r i a m e n t e e r u dito y c o n c i e n z u d o , e identificarse, a l m i s m o t i e m p o , c o n l a más i n g e n u a e n t r a ñ a d e l o p o é t i c o ; y, e n d e f i n i t i v a , e s c r i b i r s o b r e p o e s í a c o m o
si l o q u e se e s t u v i e r a e s c r i b i e n d o f u e r a t a m b i é n p o e s í a . Estas s o n a l g u n a s d e l a s r a z o n e s q u e h a c e n d e este l i b r o u n a m a r a v i l l o s a y e s p e r a n z a d o r a "ínsula extraña" e n e l h o r i z o n t e d e n u e s t r o s e s t u d i o s
literarios.
JOSÉ M A N U E L PEDROSA
U n i v e r s i d a d d e Alcalá d e H e n a r e s
AUGUSTO GUARINO,
La narrativa di Joan Timoneda. I s t i t u t o U n i v e r s i -
tario Oriéntale, N a p o l i , 1993; 252 p p .
E s t e l i b r o es l a " t e s i d i d o t t o r a t o i n I b e r i s t i c a " q u e A u g u s t o G u a r i n o
presentó y defendió ante el tribunal respectivo de l a Universidad de
Ñapóles. C o m o n o es n i n g ú n s e c r e t o q u e y o , s o b r e h a b e r s i d o " a s e s o r " d e v a r i o s d o c t o r a n d o s , h e s i d o m i e m b r o d e esos t r i b u n a l e s q u e ,
d e s p u é s d e o í r l a " d e f e n s a " d e l a tesis, e m i t e n s u s e n t e n c i a , m e c r e o
c a p a c i t a d o p a r a d e c i r q u e l a tesis d e G u a r i n o es d e l a s q u e se g a n a n
s i n c e r a f e l i c i t a c i ó n , m e n c i ó n h o n o r í f i c a (magna cum laudé) y r e c o m e n d a c i ó n p a r a q u e se p u b l i q u e c o m o l i b r o . C u m p l e c o n t o d o l o
q u e se e x i g e : e x c e l e n t e i n f o r m a c i ó n , a t e n c i ó n a l o s d e t a l l e s — ¡ n o d e j a r rincón s i n e x p l o r a r ! — , m u c h o e s m e r o e n las citas y t r a n s c r i p c i o n e s ,
p r e c i s i ó n e n l o s d a t o s , b i b l i o g r a f í a e x t e n s a y aggiornata, y m u e s t r a s d e
saber ( a u n q u e n o sea m u y d e cerca) p o r d ó n d e v a e n nuestros t i e m p o s l a relación e n t r e teoría l i t e r a r i a y teorías d e otros c a m p o s , p o r
e j e m p l o sociología y psicoanálisis. E n u n a p a l a b r a ,
exhausíividad.
T i m o n e d a dista d e ser u n "clásico o l v i d a d o " : h a s i d o objeto d e b u e n
n ú m e r o d e l i b r o s y artículos. Y e s c i e r t a m e n t e u n p e r s o n a j e "simpáti-
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co". Se g a n a b a l a v i d a c o m o l i b r e r o , d e m a n e r a q u e estaba e n c o n d i c i o n e s d e v e r p o r d ó n d e i b a n los gustos d e los c o m p r a d o r e s d e libros
y p l i e g o s sueltos, y p u b l i c ó m u c h o s —hoy rarezas bibliográficas— y d e
d i s t i n t o s g é n e r o s , s o b r e t o d o e n v e r s o , c o m o l a s Rosas de romances. S u
" n a r r a t i v a " c o m p r e n d e t r e s l i b r o s : e l Sobremesa y Alivio
( 1 5 6 3 ) , e l Buen aviso y Portacuentos
( 1 5 6 4 ) y e l Patrañuelo
1
de
caminantes
(1567).
L a p a r t e d e l l e ó n d e l l i b r o d e G u a r i n o se l a l l e v a , n a t u r a l m e n t e ,
e l Patrañuelo,
q u e c o n t i e n e los relatos más elaborados, más "hechos".
L o s otros dos libros dejan v e r d a d e r a m e n t el a impresión de ser tan2
t e o s , a n z u e l o s e x p l o r a t o r i o s . T i m o n e d a i m p r i m i ó esos c u e n t e c i l l o s ,
generalmente m u y esquemáticos, para q u e " e l discreto relatador p u diese amplificarlos y e x o r n a r l o s a su guisa". Constituyen, pues, u n a
e s p e c i e d e aide-mémoire o vademecum d e l a f i c i o n a d o a (y d o t a d o p a r a )
contar cuentos. Sugerencias, esqueletos q u e u n b u e n "relatador"
s a b r á r e c u b r i r d e c a r n e . ( S i e n esos t i e m p o s h u b i e r a h a b i d o " c o m e d i a española", los librillos quizá h u b i e r a n p o d i d o servir d e t e m a r i o o
" a r g u m e n t a r i o " . ) E l Sobremesa y Alivio
e l Buen aviso y Portacuentos
éste a l Patrañuelo
de caminantes
es m u y e l e m e n t a l ;
t i e n e algo más d e g r a c i a , p e r o e l salto d e
es y a c o n s i d e r a b l e . N o c a b e d u d a d e q u e T i m o n e -
d a le f u e c o g i e n d o gusto a s u tarea y a c a b ó p o r a d q u i r i r cierta dest r e z a . Y e s t a p r o g r e s i ó n se r e f l e j a e n e l e s p a c i o q u e G u a r i n o c o n s a g r a
a l o s d i s t i n t o s l i b r o s : d e d i c a l a Parte prima,
p p . 9-52, a l o s d o s p r i m e -
r o s , d e t e n i é n d o s e s ó l o e n o c h o c u e n t o s d e l Sobremesa y c a t o r c e d e l
Buen aviso ,
5
y a l Patrañuelo
l e d e d i c a l a Parte seconda, p p . 5 5 - 2 1 7 , d o n -
d e c o m e n t a d e s p a c i o t o d a s sus v e i n t i d ó s p a t r a ñ a s , d i s p o n i é n d o l a s e n
u n o r d e n q u e v a d e m e n o r a m a y o r e l a b o r a c i ó n : 1) " I l r a c c o n t o e i l
r i s o " ; 2) " S p e c i f i c i t à e tipicità d e l r a c c o n t o i n t r e p a t r a ñ a s " ( l a I I , l a
E l Sobremesa se i m p r i m i ó e n 1563 e n Z a r a g o z a , y t a m b i é n e n M e d i n a d e l C a m p o ; l a e d i c i ó n " d e f i n i t i v a " es d e V a l e n c i a , 1569. D e l Buen aviso n o se c o n o c e más e d i c i ó n q u e l a d e 1564, p e r o Nicolás A n t o n i o m e n c i o n a o t r a d e V a l e n c i a , p o r P e d r o d e
H u e t e , 1570 ( n o t i c i a q u e n o m e p a r e c e "vaga", c o m o d i c e G u a r i n o , p . 18, n o t a 3 3 ) .
U n a c o n t r i b u c i ó n m u y p o s i t i v a d e G u a r i n o es s u n o t i c i a d e l e j e m p l a r d e l Buen aviso
q u e se c o n s e r v a e n l a B i b l i o t e c a N a z i o n a l e d e Ñapóles. E l ú n i c o q u e se c o n o c í a e r a
e l d e l a H . S . A . , e d i t a d o p o r R u d o l p h S c h e v i l l e n RHi, 2 4 ( 1 9 1 1 ) , 171-254. Este e j e m p l a r t i e n e d o s f o l i o s a r r a n c a d o s , m i e n t r a s que e l d e Ñapóles está c o m p l e t o . G u a r i n o p u b l i c a , e n a p é n d i c e , fotografías d e l o s d o s f o l i o s d e s c o n o c i d o s .
1
2
E n r e a l i d a d c u a t r o : e l Sobremesa, e l Alivio de caminantes, e l Buen aviso y e l Porta-
cuentos, a m a l g a m a d o s e n d o s t o m i t o s ( p e r o l o s r e l a t o s d e c a d a " l i b r o " t i e n e n n u m e ración i n d e p e n d i e n t e ) .
L a Parte prima, a d e c i r v e r d a d , p a r e c e h e c h a u n p o c o d e p r i s a . N o h a b l a G u a rino d e l gran número de cuentecillos que n o son sino e l porqué de u n dicho; rep r o d u c e y c o m e n t a varios de los q u e t e r m i n a n c o n u n a c o p l a (pp. 39-48), p e r o n o
d e d i c a a t e n c i ó n a l a c o p l a , q u e a s p i r a a s e r i n g e n i o s a y q u e es, e v i d e n t e m e n t e , e n
l o q u e más se e s m e r ó T i m o n e d a ; t a m p o c o m e n c i o n a los tres q u e s o n e n r e a l i d a d u n a
especie d e epígrafe o n o t a p r e v i a a otros tantos sonetos s u b i d i l l o s d e c o l o r (y s i n d u d a
a j e n o s ) . C f . A . ALATORRE, " A n d a n z a s d e V e n u s y C u p i d o . . . " , Estudios de folklore y lite3
ratura dedicados a Mercedes Díaz Roig, E l C o l e g i o d e M é x i c o , 1992, p . 380, n o t a 82.
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X V I y l a X I ) ; 3) " I l r a c c o n t o d e l l a f a l s a a c c u s a " (seis p a t r a ñ a s ) ; 4) " I l
r a c c o n t o d e l l ' u n i o n e illecita" (cuatro patrañas), y 5 ) " I l r a c c o n t o d e i
d u e a m i c i " (la patraña X X I I ) .
P e r o n i e l m á s e l a b o r a d o d e l o s racconti d e T i m o n e d a es v e r d a d e r a m e n t e memorable. Cervantes, que n o era unjactancioso c o m o L o p e
d e V e g a , escribió c o n t o d a r a z ó n l a m u y c i t a d a frase " m e d o y a e n t e n d e r , y es asi q u e soy e l p r i m e r o q u e h e n o v e l a d o e n l e n g u a c a s t e l l a n a " . E n e l Patrañuelo n o h a y n o v e l a s (y n a d i e se atreverá a h a c e r u n a
tesis q u e se l l a m e La novelística de Timoneda) .
L a obra de Timoneda,
d i j o J u a n B a u t i s t a A v a l l e - A r c e , NRFH, 11 ( 1 9 5 7 ) , p . 16, " n o s e n f r e n t a a
u n caso m u y c u r i o s o : si l a e l i m i n a m o s , l a l i t e r a t u r a española n o p i e r d e
c a s i n a d a d e s d e e l p u n t o d e v i s t a d e l a r e a l i z a c i ó n estética" ( y o p i e n so l o m i s m o , y h a s t a q u i t a r í a e l casi), y a g r e g ó e n s e g u i d a : " p e r o a l m i s m o t i e m p o sería difícil d e e x p l i c a r l a c o n c e p c i ó n d e b u e n a p a r t e d e las
o b r a s anecdótico-narrativas y d r a m á t i c a s p o s t e r i o r e s . E n o t r a s p a l a b r a s ,
T i m o n e d a es u n g r a n m e d i a n e r o l i t e r a r i o " . A v a l l e h u b i e r a p o d i d o c o m e n z a r e l p á r r a f o c o n " T i m o n e d a es u n gran m e d i a n e r o l i t e r a r i o " , y
e n t o n c e s habría q u e d a d o más e n relieve l o q u e h a y d e e l o g i o s o e n s u
j u i c i o . T i m o n e d a merece atención —-concretamente, l a atención d e a l g u i e n q u e se d i s p o n g a a h a c e r s u tesis d e d o c t o r a d o — p o r h a b e r s i d o
u n g r a n intermediario,u n gran transmisor, y también p o r haber tenid o e n sus t i e m p o s muchos l e c t o r e s : d e l Patrañuelo h u b o p o r l o m e n o s
c i n c o ediciones, entre 1567 y 1586. L o o t r o , l a m e d i o c r i d a d literaria,
quedaría e n u n plano secundario. U n gran "medianero" n o necesita
s e r u n a r t i s t a , m u c h í s i m o m e n o s u n gran a r t i s t a .
4
G u a r i n o , v a l i e n t e m e n t e , se o p o n e a e s a m a n e r a d e v e r , o s e a a l o s
c r í t i c o s p a r a l o s c u a l e s T originalità d i T i m o n e d a v i e n e a d e s a u r i r s i n e l
suo r u o l o d i m e d i a t o r e , d i m e d i o c r e p r e c u r s o r e d i Cervantes". Dígase
l o q u e se d i g a , T i m o n e d a es u n n a r r a d o r original: t a l es s u tesis. D e j a n d o a u n l a d o sus f u e n t e s i t a l i a n a s ( B o c c a c c i o , B a n d e l l o , A r i o s t o ) y s u
p a p e l e n e l desarrollo d e l a narrativa española, atendamos —dice
G u a r i n o — a l o q u e sus r e l a t o s s o n e n sí m i s m o s . S e t r a t a , p u e s , d e u n a
r e i v i n d i c a c i ó n . E s éste e l e s p í r i t u q u e a n i m a s u s análisis. P e r o y o
e n c u e n t r o q u e estos análisis " o b l i g a d o s " r e s u l t a n d e m a s i a d o p o n d e r o s o s p a r a l o e l e m e n t a l y frágil d e l c u e n t e c i l l o q u e l o s h a p r o v o c a d o .
P o n d r é c o m o e j e m p l o e l p r i m e r o d e l o s análisis d e l l i b r o , e l c a s o m á s
s e n c i l l o ( p p . 2 7 - 2 8 ) . E s u n c u e n t e c i l l o d e l Sobremesa q u e d i c e :
G u a r i n o p a r e c e d e c i r ( p p . 56-57) q u e l o s relatos d e l Patrañuelo sí s o n novelas,
y q u e s i T i m o n e d a prefirió l l a m a r l o s "patrañas" f u e p o r q u e l a p a l a b r a novela olía a
a z u f r e d e s p u é s d e l a inclusión d e l Decamerone d e B o c c a c c i o e n e l í n d i c e r o m a n o y e n
e l e s p a ñ o l . Y o c r e o s i m p l e m e n t e q u e l a p a l a b r a novela n o se h a b í a a c l i m a t a d o a ú n
e n n u e s t r a l e n g u a ("siguió c o n s e r v a n d o r e s a b i o e x t r a n j e r o e n t o d o e l S i g l o d e O r o " :
COROMINAS, s.v., NUEVO) . E l Patrañuelo, d i c e T i m o n e d a e n e l p r ó l o g o , es u n a c o l e c c i ó n
d e "patrañas", d e "marañas", d e "tracas": cosas, e n u n a p a l a b r a , q u e e n " m i l e n g u a
v a l e n t i n a " se l l a m a n rondalles, y e n l a t o s c a n a novelas.
4
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Requebrándose u n galán c o n u n a d a m a , le d i x o : "Desde a g o r a protesto, señora mía, de seros m u y servidor, pues á más de dozientos años que
n o he visto o t r a tan h e r m o s a c o m o vos". Respondió ella: " N o q u i e r o serv i d o r tan viejo".
L o ú n i c o d i g n o d e c o m e n t o sería l a p a l a b r a servidor, q u e e r a n o s ó l o
el r e n d i d o a d o r a d o r de u n a d a m a , sino también, c o m o dice C o v a r r u b i a s , ' e l v a s o e n q u e se p u r g a e l v i e n t r e , q u e p o r o t r o n o m b r e l l a m a m o s vacín'. P e r o G u a r i n o , c o m o p o r obligación, deja el t e r r e n o
d e l s e n t i d o c o m ú n y v a m á s allá:
È evidente i n questo e s e m p i o che l a d a m a si serve n e l l a sua risposta d e l
materiale derivato d e l messaggio d e l galán p e r rifiutare i l suo valore, l ' a z i o n e d i " r e q u i e b r o " , m a n i p o l a n d o n e i l senso. L ' e s p r e s s i o n e d e l galán
è a r t i c o l a t a s e c o n d o u n a f i g u r a r e t o r i c a che l ' e m i t t e n t e s u p p o n e adeguata a tale contesto d i c o m u n i c a z i o n e . L o spostamento effettuato d a l l a
d a m a . . . significa u n d e l i b e r a t o r i f i u t o . . . d e l livello performativo scelto d a l
c o r t e g i a t o r e . . . [etc.].
A este análisis, p o r o t r a p a r t e , h a p r e c e d i d o ( p p . 2 3 - 2 7 ) u n a t e o r i a d e
l o c o m i c o s e g ú n F r e u d e n El chiste y su relación con el inconsciente^.
Yo,
f r a n c a m e n t e , siento q u e n o h a c e falta tanta i n d a g a c i ó n p a r a e n t e n der a Timoneda.
E l i j o a l a z a r , c o m o s e g u n d o e j e m p l o , e l análisis d e u n p a s a j e d e l
Patrañuelo: u n v i a j e r o e x t r a v i a d o " v i d o u n a l u m b r e m u y l e x o s " , e n c a m i n ó h a c i a allá s u c a b a l l o y a l l l e g a r " v i d o q u e e r a u n a m a j a d a e n
l a q u a l h a b i t a v a n m a r i d o y m u g e r y u n h i j o l l a m a d o Julián". Según
G u a r i n o ( p . 6 7 ) , h a y a q u í , p o r u n a p a r t e , d a t o s " n a r r a d o s a través d e l
p u n t o d e v i s t a d e l p e r s o n a j e " , y, p o r o t r a , d a t o s " s u m i n i s t r a d o s d i r e c tamente p o r el n a r r a d o r " . Y o n o veo tal diferencia: también el m a r i do, la m u j e r y el hijo pertenecen a l a experiencia d e l personaje, a su
" p u n t o d e v i s t a " ; s o n p a r t e , y m u y i m p o r t a n t e , d e l o q u e él vido ( c o m o
t a m b i é n oyó q u e l o s p a d r e s l e d e c í a n J u l i á n a l h i j o ) . L o s r e q u i s i t o s d e
u n a tesis " e x h a u s t i v a " s o n m u y s e v e r o s ( l o sé m u y b i e n ) , p e r o n o p u e d o s i n o p e n s a r q u e l o s análisis d e G u a r i n o a d o l e c e n d e e x c e s o , d e
exageración .
6
" E n s e n t i d o estricto — c o n c l u y e G u a r i n o — , e l chiste se m a n i f i e s t a e n u n c o n texto r e a l de c o m u n i c a c i ó n , e n e l c u a l e l mensaje e m i t i d o p o r u n sujeto p r o d u c e e n
e l r e c e p t o r u n efecto c ó m i c o " ; e n e l chiste, " e l eje c o n c e p t u a l p r e s e n t a d o e n e l m e n saje-estímulo se desvía b r u s c a m e n t e u t i l i z a n d o las a m b i v a l e n c i a s c o n t e n i d a s e n e l
m e n s a j e o e n e l c o n t e x t o de o c u r r e n c i a " .
E n l a patraña X X , u n n i ñ o , " v i n i e n d o d e l a e s c u e l a m u e r t o d e s e d " , e n c u e n t r a e n casa, p o r azar, u n vaso l l e n o d e l o q u e p a r e c e a g u a p e r o es v e n e n o . C o m e n t a r i o de G u a r i n o : " Q u e l « m u e r t o de s e d » , r i f e r i t o a l b a m b i n o . . . , n o n p u ò c h e avere
u n i n v o l u n t a r i o u m o r i s m o , i n d i c e d i u n a scarsa attenzione n e l r e d a r r e i l testo". Yo
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E n a l g u n o s casos, p o r e j e m p l o e l d e l a p a t r a ñ a X I I I ( p p . 1 8 1 - 1 8 5 ) ,
l o s análisis d e G u a r i n o s o n t a n a p r e t a d o s , t a n d e n s o s , q u e n e c e s i t a
uno abandonar la lectura para poder decir serenamente: "¡Qué cuent o t a n d e s c a b e l l a d o ! " . P o r o t r a p a r t e , estos análisis n o r e i v i n d i c a n l a
originalidad
d e T i m o n e d a (qnod eral demonstrandum);
l o q u e h a c e n es
m o s t r a r q u e G u a r i n o sabe h i l a r d e l g a d o . Y e s m u y d e a g r a d e c e r l e q u e
n o haya i n c u r s i o n a d o e n l o super-técnico, salvo u n a vez, c u a n d o d i c e
( p . 1 4 1 ) q u e l o s r e l a t o s d e ' f a l s a a c u s a c i ó n ' se a t i e n e n a l m o d e l o X A - f ( X A ) o p t . y + Y b ( — > Z c Y ) o b 1. + ( X A ) - o p t . x + ( X A ) . . . , e t c . ( c o p i o
s ó l o l a p r i m e r a d e tres líneas).
N o d i g o estas cosas p a r a d e s e s t i m a r l a l a b o r d e G u a r i n o , s i n o p a r a
invitar, de m a n e r a general, a u n a reflexión sobre los requisitos acad é m i c o s vigentes e n nuestros t i e m p o s e n e l c a m p o d e l a investigación
l i t e r a r i a . E l l i b r o d e G u a r i n o y a está h e c h o —y b i e n h e c h o . N o h a y
d u d a d e q u e les v a a s e r útil, q u i z á d u r a n t e m u c h o s a ñ o s , a l o s i n t e resados e n l a narrativa española d e l siglo xvi. E lt e m a " T i m o n e d a ,
n a r r a d o r " h a q u e d a d o b i e n c u b i e r t o —y a u n c o n e x c e s o .
ANTONIO ALATORRE
E l Colegio de México
DIEGO
HURTADO DE MENDOZA,
Poesía
erótica.
Edición de J . Ignacio
D i e z Fernández. E d i c i o n e s A l j i b e , Málaga, 1 9 9 5 ; 2 2 0 p p .
tica Hispánica,
(Eró-
3).
L a risa y su h e r m a n a m e n o r , l a sonrisa, h a n dejado su h u e l l a e n e l rostro d e lectores d e todos los t i e m p o s . D e h e c h o , e n múltiples ocasion e s h a s i d o e l e f e c t o b u s c a d o p o r t e x t o s q u e a b o r d a n las p e r i p e c i a s
del a m o r carnal, e l i n g e n i o de u n adúltero o eljocoso r e g o d e o entre
a m a n t e s . J . I g n a c i o D i e z Fernández ofrece e n esta c o m p i l a c i ó n t r e i n ta p o e m a s erótico-burlescos d e l s i g l o x v i q u e c o n g a l a d e h u m o r e
imaginación subvierten los paradigmas neoplatónicos d e l amor. Y
e n ellos D i e g o H u r t a d o d e M e n d o z a l o g r a c o n creces e l objetivo d e
arrancar a su lector, c u a n d o menos, u n a sonrisa.
Siendo el erotismo u n concepto m ó v i l , el e d i t o r t i e n e e l t i n o de
p r e c i s a r e n l a s p á g i n a s p r e l i m i n a r e s c u á l es e l c r i t e r i o q u e g u i ó l a
n o l o v e o así: muerto de sed es u n a e x p r e s i ó n b i e n l e x i c a l i z a d a : así se dice c u a n d o u n o
l l e g a d e l a e s c u e l a a casa c o n m u c h a s ganas d e b e b e r . E n las p p . 49-50 e n u m e r a
G u a r i n o a l o s p e r s o n a j e s — t i p o s más b i e n — m o t e j a d o s e n a l g u n o s c u e n t e c i l l o s d e l
Sobremesa y d e l Buen aviso (el m e n d i g o c i e g o , e l c a s t r a d o , e l j u d í o , e l p o r t u g u é s , e l
vizcaíno) p a r a a r g u m e n t a r q u e l o s c u e n t e c i l l o s e n cuestión " r e p r e s e n t a n a l g u n o s
d e l o s c o n f l i c t o s f u n d a m e n t a l e s d e l a s o c i e d a d d e l a é p o c a " . T a m b i é n esto p a r e c e
exagerado.
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