U. DISCURSO LEÍDO ANTE L A REAL ACADEMIA ESPAÑOLA EN LA RECEPCIÓN PÚBLICA DEL D. MIGUEL Y D. SEÑOR ECHEGARAY CONTESTACIÓN D E EMILIO COTARELO C E L E B R A D A E L 2 8 D E M A Y O D E 1916 MADRID TIPOOHAFÍH D E LA «»EVISTA Olózaga, •'-aesk DE ABCH., I.— Teléfono 1916 BIBI.. Y 3.185. MUStOS» -fÄi g ^' 'li'"- DISCURSO LEIDO ANTE LA REAL ACADEMIA ESPAÑOLA EN LA RECEPCIÓN PÚBLICA DEL D. SEÑOR MIGUEL Y D. ECHEGARAY CONTESTACIÓN EMILIO CELEBRADA DE COTARELO EL ZSDE M A Y O DE 1916 /y r MADRID TIPOGRAflA DE L A « R E V I S T A Olózaga, DE A B C H . , I.—Teléfono 1916 BIBL. Y 3.185. MUSEOS» M - ' •V o er T T \ f j'.i, KJ T f""' • ' Vx j.. •• i- m z um^mi ^^yMm j a - » . , . , : , . • , ' •Vi". - f- ' ' < . : " '•'•.•y • T .'¿J^PT'*^- •'ÙM'.X- -. . * ' - »v. " I - ' I . 5 'J V- y" Ù' y- r.V. •• ' O, '—9. f. i.'. 4 . •-'•^.-i.V',«- ' •• DISCURSO DE D. M I G U E L ECHEGARAY SEÑORES ACADÉMICOS : L a gratitud es una planta rara, de d i f í c i l c u l t i v o : se da poco, a g a r r a mal ; dos naturalistas sólo h a n tenido ocasión de estudiar unos cuantos curiosos e j e m p l a r e s . E l c o r a z ó n , donde suele producirse, es t e r r e n o de s e c a n o ; n o basta una c u i d a d o s a sem e n t e r a ; son necesarias las lluvias del cielo p a r a prepararle, ablandarle y hacerle apto, bueno y d i g n o de recibir la s e m i l h preciosa dei beneficio. E n D i o s y - e n conciencia os aseguro que en m i ha echado hondas r a í c e s ; vuestras bondades tienen la virtud de h a c e r sentir al c o r a z ó n m á s endurecido, y el m í o no lo e s t a b a ; él me dice que q u e d o reconocido, obligado, unido para siempre a los ilustres m i e m b r o s de la A c a d e m i a E s p a ñ o K por los lazos indisolubles del a g r a d e c i m i e n t o . ¡ G r a t i t u d ! Esta h e r m o s a palabra quiero que v a y a en las p r i m e r a s lineas de mi m o d e s t í s i m o t r a b a j o para hacerle aceptable y simpático. C o n cariñosa espontaneidad, p o r u n a n i m i d a d absoluta, f u i elegido A c a d é m i c o , altísima honra que y o n o había pretendida nunca, aunque la deseara en silencio; y n o la había solicitada, porque en m i s sueños de ambición, al desear sentarme entre tantas eminencias, políticos austeros, o r a d o r e s f a m o s o s , niatemá-> ticos p r o f u n d o s , autores d r a m á t i c o s aclamados, inspirados poetas, filólogos, eruditos y sabios, comprendía que para conse- g u i r l o , necesitaba a l e g a r méritos suficientes, y en m í n o encontraba n i n g u n o ; c r e y e n d o a d e m á s q u e del propio v a l e r debei: de ser otros los j u z g a d o r e s . N o lo entendisteis así v o s o t r o s y e l e v a d o f u i a este que considero c o m o el G e n e r a l a t o de las L e t r a s ; y v u e s t r a elección conturba m i á n i m o c o n las mayores dudas. Si acepto desde luego, tras l i g e r a protesta, la alta mer. ced c o m o merecida, c o m e t o p e c a d o de soberbia ; si en absoluto m e d e c l a r o i n d i g n o de ella os o f e n d o , pues s u p o n g o q u e vues- - 6 - tros a c u e r d o s n o los inspirò la justicia sino la amistad o el capricho ; y b u s c a n d o a l g ú n f u n d a m e n t o que m e explique vuestra benevolencia, sólo encuentro uno, atmque p e q u e ñ o : que he c o n s a g r a d o mi v i d a entera al t r a b a j o y q u e en las ciento diez obras que escribí p a r a el teatro he d e f e n d i d o la decencia y el arte, no o f e n d i e n d o n u n c a al público, y s i e n d o tan respetuoso con él c o m o él f u é cariñoso c o n m i g o . P e r o si n o he c r e í d o ser d i g n o de recibir h o n o r e s tan codiciados, m i c o n f u s i ó n a u m e n t a al saber que he d e o c u p a r la vacante de v a r ó n tan preclaro c o m o d o n A l e j a n d r o P i d a l y M o n , l e g í t i m o h e r e d e r o de las v i i t u d e s y talentos d e su padre, aquel que f u é insigne político, portento de erudición y g i g a n t e de la dialéctica. E s t a circimstancia, sin e m b a r g o , es, por o t r a parte, m o t i v o de v e r d a d e r a satisfacción para m í ; mi deber p r i m e r o es rendir c u m p l i d o h o m e n a j e al que f u é D i r e c t o r de tan sabia C o r p o r a ción, y ésta sí que n o es d i f í c i l empresa, sino fácil t r a b a j o . P a r a e n c o m i a r la e x t e n s a y v a r i a d a labor d e su vida bastaa dos p a l a b r a s ; decir su n o m b r e es h a c e r s u elogio. T u v e la f o r t u n a d e c o n o c e r a A l e j a n d r o P i d a l en la U n i versidad, c u a n d o n o s sentábamos, aiuique e s t u d i a n d o distintas asignaturas, en los duros y h o n r a d o s bancos, c o m o los llamaba con su s i n g u l a r g r a c i a el g r a n humanista don A l f r e d o A d o l f o C a m ú s , m a e s t r o de maestros, y m í o m u y q u e r i d o y reverenciado. E n acjuel C e n t r o docente todos los cursos tienen sus f a v o r i t o s : unos pocos que estudian, que brillan, que van delante ; pero la f a m a d e a l g u n o s rebasa estas pequeñas f r o n t e r a s , es de todos los años, se habla de ellos en todas las aulas. D e este núm e r o de escogidos f u é A l e j a n d r o P i d a l , c o m o también M a r c e lino M e n é n d e z y P e l a y o , y después E n r i q u e P é r e z Hernández y Raimundo Fernández Villaverde. L a primera etapa en el c a m i n o d e la notoriedad p a r a todos los que visten t o g a es la A c a d e m i a de Jurisprudencia. A l l í acuden los j ó v e n e s abogados, aun antes d e terminar sus estudios, para p r o b a r sus a r m a s y adiestrarse en las artes de la elocuenc i a ; p o r allí han p a s a d o la m a y o r parte de las celebridades españolas y d e ella f u e r o n lumbreras, potentes f o c o s de luz, el sabio e x t r e m e ñ o don José M o r e n o N i e t o , el g r a n o r a d o r don Segismundo Moret y don A n t o n i o M a u r a , desesperación de aduladores, pues t o d o cuanto p u e d a decirse para l o a í sus nierecimientos n o sonará nunca a lisonja, C o r r í a el año 1 8 6 9 : la R e v o l u c i ó n h a b í a t r i u n f a d o : ei problema de la libertad de conciencia agitaba a todos los espíritus : se discutía en las Cortes Constituyentes, y se discutía con pasión, con encarnizamiento, en la A c a d e m i a de Jurisprudencia con otros v a r i o s problemas sociales, que la gente m o z a a t o d o se atreve. D e u n a p a r t e : A l b e r t o A g u i l e r a , R a i m u n d o F e r n á n dez V i l l a v e r d e , - G o n z a l o C a l v o A s e n s i o , C h a r r i n ; en el c e n t r o : Francisco Silvela, Saturnino Esteban C o l l a n t e s ; en el otro b a n d o : el V i z c o n d e de los A n t r i n e s , G o n z á l e z C a s t e j ó n , B r í e v a y S a l v a t i e r r a , B a l b í n de U n q u e r a , R a m ó n N o c e d a l , y a la derecha de la derecha, A l e j a n d r o P i d a l , el m á s intransigente y el más elocuente q u i z á s de todos, aunque todos lo f u e r o n . P e r í o d o agitadísimo, pero f e c u n d o en h o m b r e s insignes, c u y a f a m a n o se e x t i n g u i r á con el tiempo. M i s i ó n es providencial de las revoluciones, r e m o v i e n d o todos los fondos con sns sacudidas sísmicas, l e v a n t a r a la superficie a hombres e s f o r z a d o s que sin ellas, en la j>az de la vida, hubieran v e g e t a d o r e s i g n a d o s y desconocidos. P i d a l f u é diputado en las C o r t e s que c o n v o c ó don M a n u e l R u i z Z o r r i l l a , reinando don A m a d e o de S a b o y a , y c o n él unos, pocos que tuivimos la f o r t u n a de escuchar su primer discurso. Y a llevaba a l g ú n nombre, se le escuchó con interés ; lo que empezó en curiosidad, t e r m i n ó en a s o m b r o ; aquella facilidad p o r t e n t o s a ; aquellos, no torrentes, sino cataratas de p a l a b r a s ; sus p á r r a f o s grandilocuentes, que crecían y se ensanchaban y se llenaban de imágenes, que parecían n o tener f i n y acababan de una manera fácil y sorprendente, p r o d u j e r o n estupor en los que n o le conocían. L o s t a q u í g r a f o s , no p u d i e n d o seguirle, dej a b a n caer d e s m a y a d o s los brazos. T o d o s reconocieron desde el p r i m e r m o m e n t o a l g o excepcional y e x t r a o r d i n a r i o en aquel j o v e n de alta estatura, l u e n g a barba rubia, acentos enérgicos y nobles ademanes. Esta primera impresión se c o n v i r t i ó en j u i c i o definitivo con su g r a n discurso de las p r i m e r a s C o r t e s de la Restauración, que siendo de r u d a oposición a C á n o v a s , le valió ser llamado a los C o n s e j o s de la C o r o n a . P r o d u j o también h o n d a impresión el terrible a p o s t r o f e l a n z a d o contra los republicanos desde el banco azul siendo M i n i s t r o de F o m e n t o . A los o d i o meses de desempeñar una cartera f u é elegido P r e s i d e n t e d e la C á m a r a . C a r r e r a r a p i d í s i m a de la que se ven pocos e j e m p l o s . E n política se v a d e s p a c i o ; y algunos se pasan toda la v i d a preparándose p a r a la consagración sin llegar a ser ungidos. E n su alto y difícil cargo, dirigiendo los debates, demostró en t o d o mo- m e n t o su clarísima inteligencia, su discreción, su tacto y su autoridad. A la muerte del g r a n estadista don A n t o n i o C á n o v a s del Castillo p u d o ser el j e f e del i>artido c o n s e r v a d o r ; estaba en la idea y en el sentimiento de todos ; pero por causas que n o se explican bien, renunció a ser el primero. T a l v e z cansancio de la lucha politica ; q u i z á s prematuro desengaños . recibidos ; acaso el temor de q u e s u carácter u l t r a m o n t a j i o p u d i e r a crearle g r a n d e s dificultades si había de continuar la obra de C á n o v a s , E s éste p u n t o q u e no p o d r á aclararse. L o s entendimientos priv i l e g i a d o s n o van por los caminos que recorre la m a y o r í a de la gente, sino por rutas suyas propias y desconocidas, y las vulg a r e s deducciones del sentido c o m ú n j a m á s se p o d r á n encontrar con la alta lógica de los espíritus superiores. Y en este m o m e n t o se llega a un p e r í o d o e x t r a ñ o de su vida. S u actitud d e s o r i e n t a ; su m a r c a d o desvío hacia la política act i v a , su completo a l e j a m i e n t o de las tareas p a r l a m e n t a r i a s n o se comprenden. E l que hablando lo p'uede todo, no h a b l a ; sin e m b a r g o , su r e t r a i m i e n t o n o es c o m p l e t o ; n o es un j e f e , y 1J e s ; n o v a delante, y n o se pierde entre las filas; está en el partido, m a r c h a con él, i n f l u y e , dirige, n o se le ve, y su f u e r z a se siente. D e él puede decirse lo q u e en ocasión parecida h i z o e x c l a m a r a don S a l u s t i a n o de O l ó z a g a : " ¡ Q u é importa que la l o c o m o t o r a v a y a delante o detrás del t r e n ! S i v a delante, le arrast r a ; si va detrás, le i m p e l e . " S u s últimos actos, el g r a n discurso en el C o n g r e s o E u c a r i s tico y la c a r t a a don A n t o n i o M a u r a , son m u y recientes y basta a m i propósito con indicarlos. P e r t e n e c i ó a las A c a d e m i a s E s p a ñ o l a , de Ciencias Mora- les y P o l í t i c a s y de la H i s t o r i a ; en t o d a s ellas demostró su a m o r al t r a b a j o y su g r a n ilustración. C o m o D i r e c t o r d e esta C o r p o r a c i ó n insigne, f u é u n o de los m i e m b r o s m á s actÍ!vos ; la cuidó, l a atendió, la h o n r ó y e s t u v o siempre dispiiesto a con- - 9 - testar a todos los disciirsos de entrada, t a r e a f á c i l para hombre de conocimientos tan amplios. E n sus ratos de o c i o escribió también a l g u n o s libros notables en prosa elegante y castiza. El Francia trutnfo de los Jesuítas en es un terrible ataque a las instituciones republicanas ; en s u Santo Tomás de Aquino, cuenta la curiosa y contrastada v i d a del S a n t o con t o d o detalle y nos habla de sus obras, discípulos, impugnadores, elogios y paralelos; en La traza m a g i s t r a l m e n t e la figura de M a r í a Magdalena, de M a g d a l a y ex- plica la c o n v e r s i ó n de aquella g r a n pecadora, a quien le f u e r o a perdonadas sus culpas porque a m ó mucho. D e aquella sim- pática y herniosa m u j e r nos dice " q u e a b r a z a d a y c o m o peg a d a a la cruz, hasta e! p u n t o de f o r m a r c o m o parte con ella, oculta con:o vina violeta en el suelo, entre los cedros del dolor qiie se levantan heroicamente o f r e c i e n d o al cielo s u sacrificio, ha l o g r a d o cautivar el c o r a z ó n de la c r i s t i a n d a d " . E n t r e sus m u c h a s y envidiables facultades h a y dos que constituyen la esencia de su vida : su palabra, su consecuencia en la idea. F u é ante todo y sobre t o d o un o r a d o r fácil, cálido, elocuentísimo, estuoso, arrebatador. M a n t u v o siempre el m i s m o criterio en resolver problemas políticos, sociales, científicos o teológicos. C o m o pensaba a los veinte años pensó en las postrimerías de su vida. N o pasó y repasó de unos c a m p o s a otros c o m o tantos, y a de vina m a n e r a discreta y habilidosa, y a arriesgándolo todo y d a n d o el salto mortal. N o fué flexible, sino r í g i d o ; no se doblegó, ni cedió, ni transigió, ni se ejercitó en los difíciles j u e g o s del f u n a m b u l i s m o en la política. A l m a de niño, aliento de g i g a n t e ; católico f e r v o r o s o , p o lítico austero, o r a d o r de pelea ; a l g o de p r o f e t a y de iluminado ; un B o s s u e t y un D e m ó s t e n e s ; su creencia tan g r a n d e c o m o su palabra. E n las relaciones sociales, a m i g o leal y caballero perf e c t o ; en la v i d a privada, h i j o respetuoso, m a r i d o modelo, pad r e amantísimo. Si en las arenas de la política esgrimiendo con violencia su a r m a de lucha, u n a palabra encendida por los f u e g o s de la pasión, en el h o g a r doméstico, b o n d a d o s o y a f a b l e , d a n d o e j e m p l o s de u n a v i d a tranquila y honesta, iluminada por la dulcísima l u z de la fe. T a l f u é el g r a n h o m b r e a quien h o y llora la A c a d e i n i a y con la A c a d e m i a la P a t r i a . IO — C u m p l i d o este deber, f á c i l y grato, t e n g o que llenar otro para mí erizado de dificultades. L a s leyes de la A c a d e m i a E s pañola previenen que, en este acto solemne, el recipiendario e x p o n g a y desarrolle algún tema que a la labor literaria ^e refiera. E s t a obligación me preocupa hondamente, por consi- derar que es e m p e ñ o superior a m i s f u e r z a s ; y n o l o d i g o p o r que en tales casos la m o d e s t i a es casi reglamentaria, sino c o m o e x p r e s i ó n sincera y h o n r a d a de la verdad. O t r o s escribieron libros, folletos, a r t í c u l o s ; y o sólo h i l v a n é c o m e d i a s ; mis obra.ì son únicamente d i á l o g o s ; p e r s o n a j e s que entran, hablan, están c o n f o r m e s o disienten, y se van con propósito volver. M o v i e n d o las figuras firmísimo de como pude, compuse mis f a r s a s , de las cuales algunas, producidas en días de acierto, resultaron a l e g r e s ; pero c o m o en la ocasión presente he de decirlo y o todo, sin alguien que m e conteste y a quien replique, en prosa n o recortada sino seguida, sin buscar el e f e c t o cómico, sino p r o c u r a n d o 2>ei'manecer t o d o lo m á s serio que m e sea posible, la tarea que me imponen los r e g l a m e n t o s me parece superior a los doce t r a b a j o s d e H é r c u l e s , y t e m o que al concluirla m a lamente se pueda h a c e r de m i un triste p r o n ó s t i c o ; el n u e v o A c a d é m i c o a y u d a r á m u y p o c o a L i m p i a r , a F i j a r y a D a r esplendor. P e r o puesto en la necesidad d e escoger un tema, para mí h a y u n o solo posible ; lo cómico. L l e v o cerca de cuarenta años c u l t i v a n d o el género. T o d o a s p e c t o de la vida, la situación m á s critica, el m o m e n t o m á s apurado, los v e o sin proponérmelo, fatal, necesariamente, por el l a d o risible. L a lectura de un espantoso n a u f r a g i o me inspiró la obra que con m a y o r r e g o c i j o acogieron todos los públicos. Y pues estoy f a t a l m e n t e condenado a n o poder elegir el tema de m i discurso, hablaré de lo cómico, y de u n o de sus caracteres m á s esenciales: d e la originalidad. L o cómico, s e g ú n los tratadistas, es siempre un contraste, una oposición, d i s p a r i d a d entre los medios y los fines. Fines altísimos, medios e x t r a o r d i n a r i o s para alcanzarlos, estamos en la c i m a de lo sublime. A l t o s propósitos, m e n g u a d o s medios p a r a conseguirlos, llegamos a los linderos de lo cómico. Un ideal de justicia, y para a m p a r a r doncellas, d e s f a c e r entuertos y castigar malandrines, rocín flaco, e s p a d a enmohecida y ce- — II — lada d e c a r t ó n ; he aquí el e x t r a o r d i n a r i o contraste de q u e nace l o v e r d a d e r a m e n t e cómico en t o d a su pureza, l o dolorosamente cómico en determinados m o m e n t o s y por ú n i c a v e z en la portentosa obra del m á s p e r e g r i n o de los ingenips, iina unión que parece imposible : lo sublime en lo cómico. P o r esta l e y de los contrastes, serán siempre elementos cómicos el que v a de prisa y cae, el cobarde q u e aanenaza, la vej e z con pretensiones amorosas, el q u e lo intenta t o d o y a nada llega y se envanece c o m o si hubiera c o n s e g u i d o sus desatinados propósitos. L o cómico, en el teatro, nace de la situación o de la palabra. C u a n d o un hombre se encuentra en determinadas condiciones d e s f a v o r a b l e s i>ar.a él decimos que está en r i d í c u l o ; si por su p r o p i a v o l u n t a d y sus actos equivocados se colocó en tan lamentable postura, nos complacemos en su mala s u e r t e ; si actos extraños a él y la m a l a voluntad de otros le pusieron en tal paso, nuestro sentimiento cambia, y su desventura nos inspira conmiseración y resi>eto. L o c ó m i c o es siempre un caso particular. Si se trata de a l g o general y q u e p u d i e r a alcanzarnos, la alegría muere en nuestros corazones para d a r l u g a r a la reflexión. P o r ello n o puede ser cómico el hiunorismo d e L o r d B y r o n , pues con sus crueles s a r c a s m o s f u s t i g a a la h u m a n i d a d entera y la lectura de sus obras inmortales nos d e j a sabor a m a r g o , al sospechar que p u d i e r a n alcanzarnos las disciplinas con sus canelones. L o c ó m i c o nace de la p a l a b r a ; de la palabra brota el chiste. E l chiste es alma, vida, esencia de lo c ó m i c o ; es el m o v e r s e , estremecerse, palpitar de la p a l a b r a ; el v o c a b l o se agita, se une a otro, se s e c a r a de él, se desdobla, se pliega, y a es uno, y a es dos. E l chiste es el r e l a m p a g u e a r de t o d a la obra ; unas veces ligerísimos r a y o s de l u z ; otras, brillantes claridades, y algunas, súbitos resplandores que se rompen en e x p l o s i ó n de carcajadas. E l chiste debe ser fácil, espontáneo, ingenioso y sobre t o d o culto. E l chiste p o r n o g r á f i c o es un insulto al público, p o r q u e se l a n z a c o n f i a n d o en la perversidad d e sus sentimientos, y se cuenta con su com^jlicidad. C i e r t o que la licencia ha sido siempre achaque d e t o d a li- — II — teratura, y n o de ensayos mediocres, sino de obras maestras d e los autores m á s f a m o s o s . B u e n e j e m p l o de lo qvie decimos, o n:a] e j e m p l o , nos dan a l g u n o s d e los d i á l o g o s de Luciano, el g r a n satírico g r i e g o ; ix)r obra c o r r u p t o r a se t u v o siempre el Ars aniundi; tagio; Italia, m a e s t r a en atrevimientos, F r a n c i a nos presenta n u m e r o s o s casos del con- aun en p o e m a s escenas que pudiera no se divino, queda c o l m a la medida, tan brillantes c o m o el Orlando firmar en z a g a si ene abriera el padre ntiestra más lo humano. y hay de la prosa italiana ; y Celestina, t e a t r o ; se lee si deleita, se cierra furioso, libro a la verdad P e r o el libro n o es el si o f e n d e ; estamos solos, nadie puede a t e s t i g u a r si nos entretuvo o nos molestó con sus malicias. E n el teatro, el chiste p o r n o g r á f i c o tiene m a y o r alcance y hace p r o f u n d o d a ñ o ; se dice f r e n t e a frente, es d e s v e r g o n z a d o y c r u e l ; c o m o le oyen tantos, su f u e r z a se centuplica; m a n c h a los labios del que lo dice, hiere los oídos del que lo e s c u c h a ; y la d a m a en su palco, el padre rodeado de sus h i j a s , no saben qué actitud adoptar ante el ataque de lo obsceno ; pero al sep a r a r todos con d i s g u s t o , l a vista del escenario se encuentran las m i r a d a s de unos y otros y a un tiempo e n r o j e c e n , y nada h a y tan doloroso c o m o la v e r g ü e n z a colectiva. E n estos últimos tiempos han aparecido en la escena unas combinaciones d e palabras a que n o es fácil dar un nombre, las gentes los llaman chistes malos, y puede que tengan r a z ó n , pero los oyen, los saludan con un " ' ¡ A h ! " p r o l o n g a d o de est u p e f a c c i ó n y al fin se ríen, y alientan a los que van por tan e x t r a v i a d o s caminos. N o son equívocos ni r e t r u é c a n o s ; n o j u e g o s sino retozos de palabras ; son, sí, el retorcimiento, la tortura del v o c a b l o y el m a c h a q u e o del sentido común. Aparecieron en los teatros del l l a m a d o g é n e r o c h i c o ; c o m o invasión de h u nos, p a s a r o n a los c a f é s ; allí hicieron explosión, p r o d u c i e n d o n u m e r o s a s b a j a s en las f a m i l i a s d e todas las clases sociales, y c u a n d o en u n a c o m e d i a se a n i m a el d i á l o g o con u n chiste honrado, resulta i n c o l o r o e insípido ante un a u d i t o r i o cuyo paladar está completamente e s t r a g a d o por la procacidad y la e x t r a v a g a n c i a . E x t r a v í o s son, y c o m o tales deben d e d u r a r poco. E l nublado que trae pedrisco descarga, hace d a ñ o y se v a , y el cielo recobra su prístina pureza. ¡Y de la situación cómica. - i 3 - del p e r s o n a j e , del chiste, b r o t a espontánea, alegre, fresca, sonora, simpática, la risa, la bendita r i s a ! L a risa es la p r i m e r a m a n i f e s t a c i ó n del espíritu, el primer destello de la inteligencia. E l niño es un ser inconsciente, puñado de carne, a r m a z ó n de huesos, paquete de músculos, m a n o j o de nervios, arroyvielos de s a n g r e ; su llanto es mecánico^ p r o d u c i d o por el d o l o r o por la molestia ; pero él no sabe ni de su molestia, ni de su d o l o r ; un día se fija en su madre, la conoce, sonríe : esa risa es el heraldo que anuncia que allí h a y un ser, que ha e m p e z a d o en aquel instante sublime la vida del espíritu. Incipe, parve puer, risii coynosccre matrcm, como d i j o hermosamente el poeta. La risa es el distintivo del ser racional ; los r u g i d o s del león s e m e j a n los del h o m b r e cuando está e n c o l e r i z a d o ; el paj a r i l l o tiembla en la r a m a ante la fascinación de la serpiente c o m o el cobarde c u a n d o se ve frente a su e n e m i g o ; el animal e n f e r m o se q u e j a ; en los o j o s de la cierva h e r i d a hay l á g r i m a s ; pero reírse n o p u e d e n : no se h i z o la risa para rudos belfos, sino p a r a labios finamente preparados a recibir la deliciosa im- presión de lo m á s espiritual del espíritu. Y ¡qué espectáculo tan s i n g u l a r y d i g n o de estudio el que nos o f r e c e la contemplación, desde algún a g u j e r o del telón d¿ f o r o , de las caras de todos los espectadores ante el desarrollo de vuia obra c ó m i c a ! C a r a s serias, desdeñosas, indiferentes al principio; pero llega un e f e c t o c ó m i c o decisivo, y los rostros adquieren movilidad, brillan los o j o s , se a g i t a n los labios, pa^ rece que el p r i m e r r a y o de una a u r o r a h a iluminado a -iodo?. A todos, n o ; algimos, pocos, permanecen insensibles, rígidos, f r í o s ; son l o s d e s g r a c i a d o s que n o pueden reírse. N e g r o s puntos de un c u a d r o de luz, s o m b r a s silenciosas, ¡abrid siquiera una v e z los labios para demostrar que sois buenas y tomáis alg u n a parte en la alegría de los t l e m á s ! M u c h o s críticos alemanes y franceses, sobre t o d o los primeros, desde los tiemijos de F e d e r i c o S d i l e g e l , a s e g u r a n que en el e f e c t o que produce lo cómico h a y dos m o m e n t o s distint o s : impresión de disgusto el primero, al v e r rel>ajada la dignidad humana, y perdido el ideal del h o m b r e ; de r e g o c i j o el segundo, al entender q u e aquel q u e se nos presenta es un caso e x c e p c i o n a l ; pero estas filosofías n o van bien con la realidad - 14 — de los hechos. E] e f e c t o de lo c ò m i c o es rapidísimo, inminente y n o da l u g a r a la r e f l e x i ó n ; antes bien, los términos aparecen en ocasiones i n v e r t i d o s ; si se nos sorprendió con malas artes, el p r i m e r m o m e n t o es de risa, el segundo, de arrepentimiento. Algunos filósofos ridiculamente melancólicos, campanas que sólo saben doblar a muerto, nos dan la a g r a d a b l e n o t i c i a de que la v i d a es triste, y nos a c o n s e j a n , p a r a ponernos a tono, que p e r m a n e z c a m o s sombríos y meditabundos, pensando en que es triste la vida. Y a Aristóteles nos d i j o que el h o m b r e n o debía reírse nunca, pues padecía su dignidad. ¡ H e r m o s o p o r venir el que nos preparan estas celebridades ictéricas: ir m a t a n d o las h o r a s con caras l a r g a s y gestos de contrariedad, dignísimos y g r a v e s , h a c i e n d o la competencia al que en t o d o tiemp o se t u v o por el prototipo de la seriedad ! ¡ A l l ! ¡ F e l i z el que p u d o algunas veces llenar d e risas la sala de un t e a t r o ! H a c e r olvidar penas por breves h o r a s y levantar, con los estremecimientos de la alegría, corazones desmayados por el dolor, y n o lo consiguió con torpes procedimientos, ni con m e d i o s falsos, sino presentando u n a o b r a honrada, bella, artística, original. L a originalidad ; he aquí la preocupación, el tormento del a u t o r dramático, la condición m á s preciosa de la obra cómica, como escénica. original es ser autor, Ser no sobresaliente, de t o d a sino U producción creador. Pero ¿ q u é es la o r i g i n a l i d a d ? ¿ D ó n d e está lo n u e v o ? ¿ Q u i é n puede ser total y absolutamente o r i g i n a l ? ¡ T r e m e n d o problema del teatro ! E s p í r i t u s juveniles, que sienten ansias de renovación artística, sueñan con ideas originales, procedimientos desconocido.?, f o r m a s nuevas : e m p e ñ o noble del que da los p r i m e r o s pasos en los senderos de la v i d a y se siente a n i m o s o y f u e r t e ; pero intento d i f í c i l y p e l i g r o s o : de lo sublime a lo c ò m i c o h a y un p a s o ; de lo n u e v o a lo e x t r a v a g a n t e , - m e d i o . L o s que contamos m u c h o s años y buscamos también algo f u e r a de lo v u l g a r , sentimos con m u c h a f u e r z a la pesadumbre del pasado, y a c a d a t e n t a t i v a , q u e nos parece de u n a gran originalidad, h a y u n r e c u e r d o que m u r m u r a al o í d o : " E s o y a fué." E n arte n o h a y selvas vírgenes q u e e x p l o r a r : amplios caminos, rutas estrechas, se han r e c o r r i d o cien veces en n u m e r o - - l i - sos v i a j e s ; y cuando emprendemos con entusiasmo la marcha, por escondidas sendas, en busca de lo nuevo, a los pocos p a s e s encontramos las huellas de los q u e nos han precedido, y el desaliento se a p o d e r a de nuestra alma. ¿ D ó n d e está l o n u e v o ? S o n unas cuantas las ideas, los sentimientos, los vicios de los hombres. E l c o r a z ó n n o v a r í a , el f o n d o será siempre el m i s m o . P o d r á v a r i a r la f o r m a ; pero ¡ b a j o cuántos aspectos se han presentado y a los vicios, los sentimientos y las ideas! ¡ V a n m u c h o s siglos y m u c h a s o b r a s ! Y pues que soy v i e j o , d e b o v o l v e r los o j o s al pasado, que lo que puede venir y a casi n o me importa ; a los estudios clásicos donde están la belleza, el arte y la originalidad, y en los que se encuentran antecedentes de todo lo q u e h a v e n i d o después. Y al pensar en el pasado, en el teatro y en lo cómico, acude a m i m e m o r i a el recuerdo de A r i s t ó f a n e s y de su obra, atrevida, d e s e n f a d a d a y originalísima ; y en su teatro, en el que s^ o b s e r v a n casi t o d a s las f o r m a s que puede presentar el g é n e r o : la sátira política, la obra simbólica, la pornográfica, la de espectáculo y , hasta cierto punto, la comedia de costumbres. D e las 4 4 obras de A r i s t ó f a n e s , sólo 11 han llegado completas a nosotros. D e ellas n o pocas son siitiras políticas y singularmente Los Acarnicfises y Los Caballeros. T o d a la obra de A r i s t ó f a n e s es satírica y constituyen su f o n d o burlas sangrientas, s a r c a s m o s crueles, ataques despiadados. Estadistas, senadores, magistrados, e m b a j a d o r e s , oradores, filósofos, mú- sicos, autores y actores son o b j e t o de sus iras. L a sátira política adquiere proporciones e x t r a o r d i n a r i a s . T o d o s los bocetos de comedia política en épocas m o d e r n a s y nuestras modestísim a s revistas, en las que el a u t o r cree h a b e r a g o t a d o la ironía y haberse e x c e d i d o en las alusiones, c o m p a r a d a s con la v i r u lencia de A r i s t ó f a n e s , resultan m o d e s t o s ensayos de la más elemental inocencia. A r i s t ó f a n e s se atreve con C l e ó n , el pod e r o s o Cleón, el d e m a g o g o de m á s influencia en su tiempo, y le echa en c a r a su -infamia y su rapacidad. N o h u b o actor que se atreviese a representar papel tan a r r i e s g a d o , y el m i s m o A r i s t ó f a n e s se e m b a d u r n ó la cara y salió v a l e r o s a m e n t e a escena. P o r su m o r d a c i d a d t u v o seguramente el poeta un e n e m i g o en cada casa, y su v i d a debió de c o r r e r llena de inquietudes. D e s - ^ i6 — pues de l o s políticos, son sus compañeros d e p r o f e s i ó n los qtie reciben de él las m á s regaladas caricias. N o debieron d e ser m u y entrañables en aquellos tiempos las relaciones entre los autores d r a m á t i c o s ; m a s c o m o v o y buscando antecedentes, salg o desde l u e g o al p a s o de algún m a l i c i o s o cjue p r e s u m a qiie éste es también un antecedente para mí. C o n E u r i p i d e s se e n s a ñ a ; m o r t a l enemigo del célebre griego, le alude en todas sus obras, le n i e g a una por una sus cualidades ; o f e n d e a su m a d r e , recuerda la himiildad de su origen, y a s e g u r a q u e v e n d í a v e r d u r a s , dando el g é n e r o a v e r i a d o y pesando mal. Las Ranas combatirle, Euripides es una obra e x c l u s i v a m e n t e escrita para y E s q u i l o d e f i e n d e n la bondad d e sus respectivas obras, y B a c o , que actúa d e j u r a d o , declara q u e puestos en un platillo de i m a b a l a n z a E u r í p i d e s , todas sus obras, su m a d r e y todos los parientes y servidores, y en otra dos v e r sos de Esquilo, la balanza se inclinaría del lado de éste. E l diál o g o que pone en boca d e los dos escritores es p r e c i o s o ; pero seguramente al m a l t r a t a d o E u r í p i d e s n o se lo parecería. Gustó tanto, que por u n a n i m i d a d se pidió su repetición. E s t e g r a n honor sí q u e n o le p o d e m o s presentar c o m o im antecedente de estos tiempos, en los que p r o c u r a m o s q u e se repitan el m a y o r n ú m e r o posible de veces sin que lo solicite nadie. D e l s i m b o l i s m o en el t e a t r o h a n h a b l a d o m u c h o nuestros •contemporáneos c o m o de cosa n u e v a y sabrosa. T o d o s los q u e salen al p r o s c e n i o n o son personajes, hombres y m u j e r e s , con virtudes, vicios y p a s i o n e s ; son encarnación d e u n a idea, símbolos. L a comedia simbólica tiene, g r a n d e s v e n t a j a s para el autor, que puede confiar en el éxito. A c o s t u m b r a d o el público a considerar c o m o personas que sienten, quieren, desdeñan, a m a n o aborrecen las q u e ve en la escena, c u a n d o se le advierte que n o son tales personas las que intervienen en la obra genial que se v a a representar, se perturba, se inquieta, se asombra, y a u n que no le interese l o q u e pase, n o se decide a m a n i f e s t a r l o ; porque él con las personas se atreve, y con el autor, q u e es persona, y casi siempre una buena persona, t a m b i é n ; pero con los símbolos, no. E l simbolismo es, sin e m b a r g o , tan antiguo c o m o el teatro, y 3'a le v e m o s cuatrocientos veintiún de J. C. inspirando a A r i s t ó f a n e s su obra La años antes Paz. L o s atenienses habían s u f r i d o nimierosas guerras, Cleón y - 1 7 - Brásidas, generales de A t e n a s y L a c e d e m o n i a , e r a n ardientes partidarios de la lucha. E l uno, porque c o m p r e n d í a que en tiempos tranquilos se transparentarían m á s sus p r e v a r i c a c i o n e s ; el segundo, p o r ansias de gloria. A la muerte de los dos se pactó una t r e g u a de cincuenta a ñ o s ; pero al p o c o tiempo se hizo inminente una n u e v a ruptura de las hostilidades. P a r a oponerse en lo posible a tan criminales aspiraciones escribió el célebre a u t o r La Pas. E n t r e los p e r s o n a j e s figuran la P a z , la G u e r r a , O p o r a , ja; A b u n d a n c i a , la A g r i c u l t u r a , las C i u d a d e s destruidas, el T u m u l t o y la T e o r í a . S e r la encarnación de la T e o r í a es ser símbolo de los símbolos. E l a c t o r que lo interpretara t u v o perf e c t o derecho a estar hablando tres años. A r i s t ó f a n e s debió de c o m p r e n d e r el peligro de h a c e r o r a d o r al personaje, y en su obra la T e o r í a es m u d a . La Paz n o f u é del completo a g r a d o del público, que se sentía d o m i n a d o por instintos bélicos: desde la mitad decae notablemente, f a l t a de interés y de acción, y en el certamen los jueces le n e g a r o n las primeras coronas. Y aquí llegamos a o t r a f o r m a cómica del arte escénico: la obra pornográfica. P o r n o g r á f i c a s son cuantas escribió A r i s t ó f a n e s , y de sus d e s v e r g ü e n z a s n o h a y obra alguna de a u t o r m o d e r n o que pueda dar idea, pues las m á s desenvueltas, de a r g u m e n t o m á s escabroso del m o d e r n o repertorio francés, que se suelen representar en teatros e x c l u s i v a m e n t e dedicados al género libre, c o m p a r a d a s con las de A r i s t ó f a n e s , resultan timideces, ñoñeces, r e m i l g o s y gazmoñerías. L a obra arquetipo de este g é n e r o es su Lisísiraia. E n toda ella reina una obscenidad o d i o s a : en el f o n d o , en la f o r m a , en la f r a s e ; n a d a de e u f e m i s m o s , ni circunloquios, ni palabras vel a d a s ; t o d o por su n o m b r e ; a! natural d i c h o s y hechos, y en absoluto desechado el equívoco, para que al público, entre dos acepciones, n o le quede el consuelo de a c o g e r s e a la buena. N o ha habido escritor que se h a y a a t r e v i d o a v e r t e r l a a su lengua p o r completo, y los m á s osados han t r a d u c i d o al latín una par- te d e la obra, escenas e n t e r a s ; pero aun en lo que n o v a en l e n g u a del Latió, k basta para a d m i r a r s e d e que hubiera público que pudiese s u f r i r t a m a ñ a s demasías. O b r a es de tal escándalo, q u e renunsio desde l u e g o a seguir h a c i e n d o comentarios y observaciones y a c o n t a r su a r g u m e n t o . Y c o m o com,pensación de Lisístrata puede presentarse su - h e r m o s a comedia L o í Aves,, i8 - antecedente también de otras'.muy v a r i a d a s y vistosas m o d e r n a s , pues es una v e r d a d e r a obra de espectáculo. E l a u t o r . en esta e n c a n t a d o r a comedia es ' sencillo, natural, e l e g a n t e ; sus escenas están llenas d e chistes ingeniosos y sales á t i c a s ; algimas un tanto picantes, p e r o ligeramente s a z o n a d a s ; otras contienen h i m n o s brillantísimos, E l c o r o lo componen las aives : la abubilla, el gallo, la perdiz, el f r a n c o l í n , el alción o martin-pescador, el azor, el cuco, la tórtola, el reyezuelo, con s u hermosa corona color de a u r o r a , o r l a d a de negro, y otras muchas. L a diversidad y riqueza de t r a j e s , los tonos v i v o s de las plumas y el contraste de l o s colores debieron c a u s a r u n e f e c t o soi-prendente ; y es bueno tener en c u e n t a que los griegos, v e r d a d e r o s artistas, ponían tanto c u i d a d o en la v e r d a d y riqueza d e ' l a presentación escénica y en la propiedad de la indumentaria, que en una obra d e E s q u i lo, al aparecer las F u r i a s h u y ó una parte de los espectadores d a n d o g r i t o s de terror. P r o c n é aparecía i m i t a n d o el t r a j e de las cortesanas, cu- bierta en parte con el p l u m a j e del c a n a r i o . L o s griegos, c o m o los empresarios de nuestros tiempos, d a b a n m u c h a importan- cia al sastre, y acudían a la v i s u a l i d a d para atraer al público y c o n s e g u i r sus f a v o r e s . ] C u á n t a s veces h a b r á q u e repetir el f a m o s o a p o t e g m a de S a l o m ó n ! D i c e P o y a r d en su e l o g i o Delti Uccelli: "Las Aves son u n a o b r a sin e j e m p l o y sin rival, un g é n e r o aparte dentro del teat r o a r i s t o f á n i c o , una f a n t a s í a v i v a , alegre, seductora, llena de maravillosas sorpresas, chispeando poesía, desenvolviéndose m a ravillosa y a l a d a y burlándose en sátira l i g e r a y d i v e r t i d a , sin las a c o s t u m b r a d a s virulencias." A pesar d e l recuerdo de producción tan bella, de t a n t o ingenio, tanta g r a c i a finísima y tanta malicia mezclada con can- tos d i g n o s d e P i n d a r o , se h a p r e t e n d i d o presentar c o m o original y n o v í s i m a una obra de a u t o r m o d e r n o en la que se cantan los a m o r e s y lá muerte t r á g i c o - c ó m i c a de u n gallo. L a s obras de A r i s t ó f a n e s n o pueden acei>tarse c o m o comedias de" c o s t u m b r e s sin someterlas a u n delicado análisis. La pasión política todo lo envenena y falsea, y ella d o m i n a b a al autor. E l escritor satírico abulta siempre los vicios y d e f e c t o s de - 19 — los a d v e r s a r i o s y o l v i d a sus v i r t u d e s ; sin e m b a r g o , A r i s t ó f a n e s , a pesar de algunas exageraciones, llevó a la escena m u c h o de lo que p u d o observar, pues n o v i v i ó d i v o r c i a d o de su pueblo. D e la lectura de sus obras se deduce una enseñanza : que los atenienses, habiendo o l v i d a d o sus dioses, que ponían en caricatura y sin n i n g ú n otro ideal religioso, e r a n un pueblo absolutamente inmoral. P u e d e a d m i t i r s e - q u e tales escenas de l i b e r t i n a j e y tal grosería de la palabra se l l e v a r a n al teatro para halagar las pasiones d e la m u c h e d u m b r e , .de la parte m á s vil y soez del p o p u l a c h o ; pero aquellos c u a d r o s los presenciaban, y premiaban filósofos, oradores, poetas, artistas aplaudían enamorados de la belleza, y todos se unían en un caluroso asentimiento; lo cual nos prueba que altos y b a j o s f o r m a b a n u n pueblo d e g r a d a d o y c o r r o m p i d o , n o hasta la medula de l o s huesos, sino hasta los núcleos de las células. E n las obras del g r a n escritor g r i e g o h a y también chistes, muchos chistes, unos ingeniosos y espontáneos, muchísimos de u n color m á s v i v o que todos los del prisma, no pocos g r a ciosísimos de u n a sola p a l a b r a compuesta de tmuchas, a d i v i n a ción d e lo que un día había de ser la l e n g u a alemana, én la que estas concentraciones son tan f r e c u e n t e s ; chistes fáciles, chistes traídos al d i á l o g o a f u e r z a d e puños y , por fin, chistes malos, que t a m p o c o son invención m o d e r n a . 'El t e a t r o aristofánico, por sus numerosas palabras de doble sentido, sus constantes alusiones y su v i v a actualidad, es d e traducción m u y difícil. T a l es la opinión de C a m u s . " E r i z a do el estilo de A r i s t ó f a n e s , nos dice, de e n i g m a s y anécdotas de aquel tiempo, por g r a n d e que sea nuestra erudición, p o r g r a n d e que sea n u e s t r o c o n o c i m i e n t o de las cosas de aquella época, p o r siempre memorable, n u n c a llegaremos a comprenderlas todas p a r a p o d e r d i s f r u t a r de toda la g r a c i a q u e contienen, qued a n d o a l g o ininteligible y o s c u r o . " E n general, la traduoción de una obra artística o f r e c « verdaderas dificultades. - E l estudio de las lenguas, y perdóneseme esta pequeña digresión, es para el literato, n o y a de utilidad suma, sino de necesidad absoluta, si desea conocer en t o d a s u belleza las obras de los que f u e r o n genios en la humanidad. D e lo v u l g a r a l o v u l g a r n o v a nada, y bien puede traducirse a otro idioma sin — II — p e l i g r o a l g u n o ; lo e x t r a o r d i n a r i o , lo excepcional, n o tienen traducción posible. E l arte es, ante todo, f o r m a , y c a d a lengua, en su elegante hii>érI>aíon o en sus caprichosos g i r o s y peculiares m o d i s m o s , en su f o r m a especial tiene una p a r t i c u l a r belleza, s u y a propia, inalienable, que se pierde al ser vertida a o t r o idioma, que en sus m o d i s m o s , g i r o s y f o r m a s peculiares contiene o t r a belleza, p r o p i a s u y a y distinta de la obra traducida. E l q u e n o c o n o z c a las creaciones m a e s t r a s en la l e n g u a en que se escribieron tendrá algiuia idea de ellas ; l a v e r d a d e r a obra quedará e n u n a b o r r o s a lejanía. B i e n están en g r i e g o La Muerte, de P a t r o c l o ; La Cólera, de A q u i l e s ; la descripción m a r a v i l l o s a de las batallas al pie. de los m u r o s de T r o y a , y las a r e n g a s y discursos de los j e f e s g r i e g o s ; inimitables en latín los a p ó s t r o f e s d e C i c e r ó n a C a t i l i n a y las ternuras de C a t u l o a L e s b i a ; la B e l l a S u l a m i t a , la m á s h e r m o sa de las m u j e r e s , la de los o j o s d e paloma, m e j i l l a s de g r a n a d a , cuello c o m o torre de D a v i d y pecho c o m o g e m e l o s de gacelas que j u e g a n entre los lirios, ha de ser c a n t a d a en la lengua hebraica, y en ella h a d e recitarse el canto de D é b o r a , la sacerdotisa, la q u e v i v í a b a j o u n a p a l m e r a y era dulce c o m o la miel de las a b e j a s , para c o m p r e n d e r t o d a su concisión y su e n e r g í a ; n o puede traducirse la m a g i s t r a l escena de Julieta y Romeo, c o n f u n d i e n d o en su a r r o b a m i e n t o a m o r o s o el c a n t o de la alondra, el a v e de la m a ñ a n a , con el del ruiseñor, el nrósico de 'a n o c h e ; en alemán tiene t o d a su g r a n d e z a la tetralogía de S c h i ller. ¿ C ó m o traducir a R a b e l a i s ? H e r m a n a de la nuestra es la lenguá italiana ; sin estudiarla la c o m p r e n d e m o s ; nada h a y m á s parecido ni que t e n g a raíces m á s iguales ; sin e m b a r g o , cuantos han intentado traducir La Divina Comedia f r a c a s a r o n lastimo- samente y en italiano p a r a siempre h a de q u e d a r la terrible inscripción de la p u e r t a del Infierno. Y el m á s intraducibie de todos, n u e s t r o Ingenioso Hidalgo : o estar f a m i l i a r i z a d o con el habla castellana o n o conocer al noble caballero. M a l a n d u v o por c a m p o s de Castilla, asende- r e a d o y m a l t r e c l i o ; i>eor se v e por e x t r a n j e r a s tierras, desprovisto de SVI m a r a v i l l o s o r o p a j e , del que le q u e d a n sólo j i r o n e s y c a l a n d r a j o s . D e l Quijote n o pueden traducirse un p á r r a f o , una línea, ima f r a s e , si se ha de c o n s e r v a r la belleza del texto. La del alba sería atando Don Quijote salió de la venta. 4r — 21 — La dei alba seria. N a d a m á s sencillo, ni m á s bello; nada m á s dificil, si se intenta su traducción. L a traducción de L u i s Viar^dot, una de las m e j o r e s en lenfrancesa, d i c e : L'aubc du jour conimengait ò poindrc. L a de C a r l o s J a r v i s : It is about break of day. L a d e L o r e n z o F r a n c i o s i n i F i o r e n t i n o , que se a p a r t a b a i lante del original : Doveva Y èssere in su lo spontar dell'alba. la a l e m a n a de L u w i g B r a u n f e l d s , u n a de las m á s mo- dernas : Es mochte um die stunde des aubrechenden tagcs sein. N i n g u n a tiene la concisión, la elegancia, el g i r o caprichoao de la f r a s e española. La del alba seria... ¡ C u a t r o palabras nada m á s : n o pueden t r a d u c i r s e ! E l estudio del teatro r o m a n o es m u c h o noás f á c i l para nosotros. N o emplea la sátira ; pinta costumbres ; presenta tipos y caracteres. E n él encontramos n u e v a s f o r m a s de lo cómico,. L e precedieron los M i m o s y las A t e l a n a s ; llamábanse M i m o s a l g u n a s poesias p o r q u e al declamarlas se hacían determinados gestos. L o s M i m o s r o m a n o s f u e r o n desde el primer m o mento burlescos, intentos de caricatura, conatos de saínete. M a n d u c u s era un p e r s o n a j e m u y popular, el ftw'de los chicos, el terror de las m u j e r e s , a las que perseguía m a n e j a n d o un zwr r i a g o ; m u c h a s , sin e m b a r g o , se d e j a b a n d e buen g r a d o alean-' zar, p o r q u e alimentaban la preocupación de que, a z o t a d a s .por él, serían f e c u n d a s en el m i s m o año. L a d i f e r e n c i a entre los M i m o s r o m a n o s y los g r i e g o s siempre g r a n d e y e n v e n t a j a de éstos. L o s Mimos fué griegos tenían por o b j e t o la expresión de sentimientos e l e v a d o s ; eran composiciones t r á g i c a s y pinturas de caracteres n o b l e s ; al recitar los versos, a d o p t a b a n los declamadores posturas cuidadosamente estudiadas, y en m o m e n t o s e r a n tales la aposturá y g a l l a r d í a de sus actitudes, que v a l í a n m á s que el p o e m a y sus versos, y en ellas se inspiraron los m á s r e n o m b r a d o s escultores para cincelar sus estatúas. A l g u n o s histriones venidos d e A t e l a dieron n o m b r e a las A t e l a n a s . L a s representaciones se d a b a n en t a b l a d o s i m p r o v i - — j a - sados y c o l o c a d o s en m e d i o de la calle. G r a n afición m o s t r a b a n los r o m a n o s a estos espectáculos, y solían ser los dichos tan a t r e v i d o s y las alusiones tan mordaces, que los p a d r e s prohibían asistir a tales exhibiciones a sus h i j o s m e n o r e s de edad. E l v e r d a d e r o t e a t r o que s i g u i ó a estos p r i m e r o s ensayos f u é una institución aristocrática, f u n d a d a para separar en lo posible al pueblo de los s a n g r i e n t o s espectáculos del circo. Todos los años se n o m b r a b a d e t e r m i n a d o n ú m e r o d e m a g i s t r a d o s que v o t a b a n créditos para el sostenimiento de la t e m p o r a d a ; era, por tanto, u n a institución municipal. L a obra se llevaba al E d i l C u r u l , quien, l u e g o de e x a m i n a d a , concedía o n e g a b a el p e r m i s o i>ara su rq^resentación. E l E d i l C u r u l , venerable antecesor de nuestro censor de teatros, que pasó a m e j o r vida, a f o r t u n a d a m e n t e , en el ú l t i m o siglo. A los espectadores se les repartían altramuces, nueces y garbanzos tostados p a r a atraerles, uniendo sabiamente la satisfacción del e s t ó m a g o con el deleite del espíritu, c o m b i n a c i ó n ingeniosa que asimismo han intentado algunos avisados empresarios mo- dernos. L a s representaciones enui^ezaban post meridiem y termina- ban antes de la puesta del sol, y c o m o se d a b a n a t o d a luz, e r a n -imposibles telones y lienzos pintados, ni p o d í a e n g a ñ a r s e al pueb l o con percalinas m á s o menos lustrosas ; las d e c o r a c i o n e s eran c o r p ó r e a s ; las telas, r i q u í s i m a s ; los t r a j e s , magníficos. E s t a b a p r o h i b i d o p o r un senadoconsulto qtte las m u j e r e s t o m a s e n p a r • te en aquellas ficciones, por considerar s u intervención inmoral. L o s a c t o r e s llevaban u n a c a r e t a : a l g u n a s eran articuladas, y g r a c i a s a ingeniosos resortes permitían hacer d e t e r m i n a d o s gestos. U n o s p o c o s modelos de estas carátulas se c o n s e r v a n en la biblioteca de S a n M a r c o s de V e n e c i a . L o s teatros tenían dimensiones e x t r a o r d i n a r i a s : los flautis- tas a c o m p a ñ a b a n a la representación con. sus notas en a l g u n a s escenas; aparición primera de la m e l o p e y a y g e r m e n de la obra líricaH o r a c i o se l a m e n t a de que el público s e s o l a z a b a coft las m e l o d í a s de los músicos m á s que c o n los v e r s o s de los cómicos. L a que n o p o d e m o s llamar o r q u e s t a ni t a m p o c o sexteto, pues n o pasaban de^'cuatfo los que tocaban, a c o m o d á b a n s e al pie del escenario con sus tubi; en las butacas que. l l a m a m o s de orquesta - se sentaban ios senadores ; en las p r i m e r a s filas, las vestales ; después, m a t r o n a s romanas, caballeros, órdenes ecuestres, y en el anfiteatro o la càvea, el pueblo. T a l amplitud de la sala, núm e r o tan e x t r a o r d i n a r i o d e espectadores, tanta v a r i e d a d de colores.y t r a j e s , y los cambiantes de las riquísimas j o y a s con que se adornaban las matronas romanas, g a s t a n d o en ellas de sextercios, y t o d o ello i l u m i n a d o por un sol c u a n d o en días apacibles no se corría el velarúim millones espléndido, y b a j o el p u - r í s i m o cielo de Italia, debieron o f r e c e r a los a d m i r a d o s o j o s un c u a d r o deslumbrador, d i g n o del d i v i n o pincel de A p e l e s . Y, sin e m b a r g o , c u a d r o de tanta vida no pasó a las tablas ni a los lienzos, ni inspiró a los artistas. E l de l o s circos, s í ; el pincel l o r e p r o d u j o , el buril labró en la dura piedra al león que despedaza y al g l a d i a d o r que m u e r e ; el g r a b a d o lo llevó a los l i b r o s ; en el t e a t r o se c o p i a r o n los amplios coliseos. ¡Triste atracción la que e j e r c e n en los á n i m o s los espectáculos de f u e r za, de lucha y de sangre, aún m á s que la contemplación de las concepciones elevadas del espíritu! Desgraciadamente, en el f o n d o de t o d o h o m b r e d o r m i t a una fiera, y c u a n d o llegan las g r a n d e s c o n f l a g r a c i o n e s y los terribles choques entre los pueblos, se despierta y aparece en t o d a su espléndida barbarie. P l a u t o f u é el m á s popular de todos los autores cómicos; T e r e n c i o , m á s delicado y de refinado g u s t o artístico, f u é menos celebrado. Gustaba el público de la obra c ó m i c a y n o se interesaba por los e f e c t o s g r a n d i o s o s de la tragedia. A Plauto le h a n a t r i b u i d o 1 7 0 obras, pero un estudio m á s detenido red u j o este núniero a 20, a lo que se llama C i r c u l o V a r r o n i a n o . E n la E d a d M e d i a c o r r i ó una pieza c o n el n o m b r e de rolus o el regañón, atribuida a P l a u t o con p o c o Qne- fundamento, pues n o se ven en tal producción señales del ingenio ni de la g r a c i a de P l a u t o , y a d e m á s está escrita en prosa, y el a u t o r f a v o r i t o d e - l o s r o m a n o s escribió siempre en verso. E n este punto aparece un elemento n u e v o en el arte escénico : el p r ó l o g o . Algún antecedente, h a y en el teatro g r i e g o : la zap»fasti. N o tenía el m i s m o carácter del p r ó l o g o ; n o empezaba la o b r a ; la interrumpía. A m i t a d de ,1a representación uno. de los cori- f e o s , o e l . a u t o r riiismo, en ocasiones, se quitaba la.carátula, se. adelantaba y dirigía la palabra al público. D a b a algunas e x - - 2 4 - plicaciones de la obra, se q u e j a b a de su actitud eii el anterioi' estreno, pedía benevolencia, y d a b a las gracias. B i e n puede a s e g u r a r s e que m á s de un a u t o r de nuestros días, al ver cruelmente m a l t r a t a d a en la noche d e su estreno o b r a en l a que c o n s u m i ó m u c h a s v i g i l i a s y puso g r a n d e s esperanzas, h a sentido envidia de los g r i e g o s y deseos v i v í s i m o s d e salir a escena en el m o m e n t o culminante de la tempestad para pedir e x plicaciones y r e c o m e n d a r cortesías, p u e s n o es c r i m e n la equivocación, y el g a s t o de alguna cantidad n o d a d e r e c h o a llevar la a i r a d a protesta, n o a la última e x t r e m i d a d , sino a las últim a s -extremidades. C a s i todas las obras de P l a u t o tienen prólogo, y son bellísimos. E l j e f e de la Grex cómica algunos se presentaba a c o m - p a ñ a d o d e todos los histriones, vestidos con los t r a j e s que hab í a n de lucir en la representación; daba luia e x p l i c a c i ó n somer a del a r g u m e n t o , a d o r n a d a con donaires y frases felices, y presentaba uno a u n o a los p r i m e r o s intérpretes, indicando l;i parte q u e en la obra habían de t o m a r . E s t o s p r ó l o g o s han pas a d o a m u c h a s literaturas. M o l i e r e encabeza con ellos v a r i a s de sus obras, y algunos son d i g n o s de su fama, pero los s u y o s tienen un carácter m u y distinto. N o d a n e x p l i c a c i ó n d e l a r g u m e n t o ; suelen ser un c u a d r o v i s t o s o y animado, y los m á s importantes, u n c a n t o de adulación al R e y . E n Los Enfadosos, M o l i e r e apareció en escena, y dirigién- dose al M o n a r c a y m o s t r á n d o s e aturdido, presentó sus e x c u s a s p o r hallarse solo y sin actores p a r a proporcionarle el solaz que b u s c a b a ; al p r o p i o tiempo abríase u n a c o n c h a a p a r e c i e n d o en ella u n a n á y a d e en m e d i o de veinte surtidores de a g u a , r o d e a d a de f a u n o s y dríadas, recitando unos versos de M . Pellison. E l p r ó l o g o d e l Anfitrión es un d i á l o g o entre M e r c u r i o y la N o c h e , y en el de Psiquis interviene V e n u s desde u n a nube y F l o r a desde la tierra ; diosas de los ríos se entrega;! a bailes animadísimos, mientras cantan divinidades, las G r a c i a s y el A m o r r o d e a d o de seis amorcillos. E l del Enfermo de aprensión está también dedicado al R e y ; es u n d e r r o c h e de l i s o n j a s y acaba d i c i e n d o : " L u i s es el m á s g r a n d e de los r e y e s ; f e l i z el q u e puede consagrarle la v i d a . " E l p r ó l o g o precede también a a l g u n a s obras líricas. L o s escritores m o d e r n o s h a n aceptado c o m o artístico este interesan- — II — te preámbulo ; ¡jero los de nuestra época no se parecen en nada a los de P l a u t o . E l a u t o r n o d a idea de la o b r a ; e x p l i c a su.pensamiento, desarrolla u n a tesis, p r o f u n d i z a . E l público celebra las imágenes, los bellos pensamientos, la brillantez de la f o r m a ; m a s -como prefiere los hechos a los dichos, entra en la" obra con m u c h i s i m o gusto, entendiendo el a r g u m e n t o desde la p r i m e r a escena, aunque en ocasiones n o h a y a entendido el p r ó l o g o . T o d a s las obras de P l a u t o están localizadas en G r e c i a ; sin e m b a r g o , P l a u t o es m a s r o m a n o que g r i e g o j n o se e n t r e g a a las crudezas de la s á t i r a ; pinta caracteres, retrata personajes, presenta tipos, y en algunas de sus comedias nos da o t r a f o r 'itia d e lo cómico, el desarrollo d e un carácter ; el Avaro i m i t a d o por M o l i è r e y el Miles Gloriosus fué h a pasado al teatro f e s t i v o de todos los países, y a m b o s son tipos p e r f e c t a m e n t e romanos. P l a u t o , sin e m b a r g o , se empeña en aparecer c o m o u n imit a d o r del teatro g r i e g o ; él m i s m o lo d i c e ; P l a u t o lo t r a d u j o en l e n g u a bárbara, que así llamaban los r o m a n o s a la suya, reconociendo p a l a d i n a m e n t e s u m f e r i o r i d a d respecto a los g r i e g o s en materias d e a r t e y de buen gusto. ¡ S i n g u l a r empeño de autor tan f a m o s o a p a r e c e r c o m o un t r a d u c t o r y severa lección a los que todos los días nos d a n c o n el m a y o r d e s e n f a d o lo a j e n o c o m o propio, entrando a s a c o por tierras e x t r a n j e r a s ! E l a m o r n o aparece c o m o un e l e m e n t o esencial en las obras de P l a u t o , ni en el teatro g r i e g o . El, sin e m b a r g o , inspiró a los poetas las más tiernas e s t r o f a s , y una pasión a m o r o s a f u é la causa de la g u e r r a de T r o y a . Quiz'ás n o considerasen el a m o r c o m o el sentimiento m á s p u r o del alma, entregados a torpes placeres y d o m i n a d o s p o r la sensualidad. Los Cautivos interesante, es la o b r a m á s importante de P l a u t o , la m á s entretenida y l i m p i a ; es u n a v e r d a d e r a obra de enredo, m a n i f e s t a c i ó n p r i m e r a de otra d e las f o n n a s de lo cómico, de q u e tanto se ha u s a d o y abusado después. En f u é representada p o r los estudiantes d e B e r l í n ; se m a n d a r o n a Hierculano y P o n i p e y a comisiones de eruditos para estudiar decoraciones y t r a j e s , y c o m p u s o la música de los entreactos el inmortal M e y e r b e e r ; simpática fiesta digna de un pueblo que ha prestado constante atención a los estudios clásicos, tan o l v i d a d o s h o y p o r nuestra j u v e n t u d , desgraciadamente. O t r o s antecedentes e n c o n t r a m o s también en el teatro latino, y e j e m p l o s de recvirsos que parecen modernísimos. Esas conversaciones entre el escenario y la sala, que tanto d i v i e r t e n al público, esos graciosos incidentes, i m p r o p i a m e n t e llamados trucos en la j e r g a de bastidores, tienen su o r i g e n en Los Cauti- vos. E l actor, suspendiendo repentinamente el prólogo, adelantándose al púlpitum — ¡ Por y dirigiéndose al anfiteatro e x c l a m a b a : Hércules ! L o niega aquél, el ú l t i m o ; acércate, si n o o y e s ; si n o h a y sitio p a r a que estés sentado, lo habrá p a r a q u e estés de pie ; por ti n o he d e e s f o r z a r la v o z hasta lastimarme la g a r g a n t a . M o l i è r e se inspiró a l g u n a s veces en P l a u t o , i m i t ó el ¡>Iiiiruo y el TrinummiíS. AH- E s de j u s t i c i a m a n i f e s t a r , sin e m b a r g o , que le a v e n t a j ó en la pintura de los caracteres y en el desarrollo de la acción. M . R e g n a r d i m i t ó también Mostellaria y Me- nechnii. No entra en m i propósito a n a l i z a r el teatro del célebre a u t o r f r a n c é s ni estudiar el de nuestro siglo de o r o en s u parte genuinamente cómica. H a y en ésta tantas riquezas y tesoros, v a r i e d a d tal de tram o y a s , burlas, enredos, t i p o s y e f e c t o s graciosos, que sería crim e n dedicar b r e v e s líneas a l o que merece entusiasta h o m e n a j e . Q u i s e buscar antecedentes y los busqué m u y l e j o s ; c u a n t o m á s l e j o s aparezca lo n u e v o , menos caduco parecerá lo antig u o ; a u n así, sólo pude h a c e r ligeras indicaciones por a p r e m i o s del t i e m p o y los reducidos límites de un discurso. D e l pleito d e lo v i e j o y lo n u e v o pueden escribirse t o m o s de apretadas líneas. E n arte l o n u e v o n o es poco, pero l o v i e j o e s m u c h o y su g r a n d e z a es tanta, que al b u s c a r la originalidad, para librarse d e su peso hacen f a l t a espíritus j u v e n i l e s y v i g o r o s o s y entendimientos privilegiados, que por fortuna existen hoy, c o m o los h u b o siempre. E l arte n o -interrumpe su m a r c h a , lleva ancha corriente y muclia p r i s a ; p e r o n o h a y que o l v i d a r que viene de m u y l e j o s y nace d e riquísimos manantiales. E l t e a t r o es un r e f l e j o d e l a v i d a . E n sus escenas h a y elem e n t o s preciosos que completan los datos de la historia, y son necesarios p a r a estudiar costumbres d e los pueblos. E l autor cómico, c o m o t o d o autor, se inspira en lo q u e le r o d e a ; , sus _ 2 7 - tipos n o los iha inventado, los h a v i s t o en a l g u n a parte. T o d a o b r a debe de ser, y lo es m u c h a s veces, un trozo de vida, frase m u y al uso y que se repite h o y constantemente y con cierto énfasis, c o m o si se t r a t a r a de h a l l a z g o feliz, que puede coml>et¡r con el descubrimiento del radium. T r o z o s de vida. ¡ C u á n - tos pudiéramos citar en obras, así antiguas c o m o m o d e r n a s ! P u e s ¿ q u é es t o d o el teatro a r i s t o f á n i c o , d e p u r a d o de sus e x a geraciones, sino admirables t r o z o s de v i d a llevados a la escena, u n a s o m b r o s o r e t r a t o de la república ateniense en ios tiempos de la g u e r r a del Peloponeso, el m á s completo estudio que nos d e j ó la antigüedad de los vicios, virtudes y c o s t u m b r e s de la Grecia, de la venalidad de sus magistrados, la charlatanería de sus oradores, la terquedad de sus pleitistas, la i n m o r a h d a d d e sus políticos, la pedantería de sus r r u p c i ó n de t o d o s ? " D i o n i s i o el Joven—dice filósofos y la co- uno de nuestros más d i s t i n g u i d o s h e l e n i s t a s — , deseando conocer la v e r d a d e r a situación de A t e n a s , pidió datos precisos al d i v i n o Platón, y el g r a n f i l ó s o f o le remitió las comedias de A r i s t ó f a n e s . " L o s p e r s o n a j e s que desfilan por la escena n o son t a m p o c o ni pueden ser meras creaciones d e la fantasía, P u e s qué, ¿ n o h a n v i v i d o el Avaro, fermo itriaginario, Miles el Otelo, gloriosus, Schylook El Aíisántropo, El y Don Tenorio? Juan En- D e n o h a b e r a n d a d o por esos m u n d o s el que atesora, el soldad o f a n f a r r ó n , el que h u y e de sus semejantes, el que se imagina e n f e r m e d a d e s , el celoso que llega al crimen, el que presta a ciento por ciento, y el g a l a n t e a d o r p r o f e s i o n a l de m u j e r e s , la i m a g i n a c i ó n m á s v i v a n o los hubiera p o d i d o inventar. E n lo que v e se inspira el autor, y lo copia, unas veces torpemente, en obras qvve se desdeñan p o r s u falsedad, y otras c o n f o r t u na, que el público premia, porque son espejos de la realidad y en ellos ve la vida. Y he aquí la g r a n d i f i c u l t a d , el m a g n o p r o b l e m a : llevar la verdad al teatro, donde t o d o es artificio. T o d o s los elementos escénicos se r e v u e l v e n contra el au_tor p a r a impedir sus propósitos, h o n r a d a m e n t e artísticos. el t e a t r o t o d o es convencional. C o n v e n i m o s en que son En las doce del día, en que brilla un sol espléndido, y estamos v i e n d o la bombillas de la l u z eléctrica; aceptamos c o m o m a g n í f i c o s y sólidos palacios telones que está m o v i e n d o el a i r e ; creemos a — II — lá p r o t a g o n i s t a que viene de un parque, que aparece en el f o n do, c u a n d o nos habla de las fiores p e r f u m a d a s y d e las claras fuentes, t o d o p i n t a d o ixjr un e s c e n ó g r a f o c o n o c i d o nuestro; y son p a r a nosotros príncipes y vasallos, nobles caballeros ' y h o n r a d a s m a t r o n a s , o m u j e r e s livianas y tahúres, los apreciables artistas a quienes u n m o m e n t o antes s a l u d á b a m o s en sus cuartos llaanándoles f a m i l i a r m e n t e María, Fernando, Emilio, C a r m e n , E n r i q u e , M e r c e d e s o Jidia. • L o s p e r s o n a j e s no son seres de c a r n e y hueso, s o n muñecos. N o se m u e v e n por su voluntad, h a y una m a n o que los g u í a : el talento y la habilidad del a u t o r están en q u e n o se v e a n los hilos que l o s d i r i g e n , en hacerlos tan tenues y febles q u e desaparezcan hasta el punto que el público c o n f u n d a la ficción cou la realidad. P a r a el q u e n o lo consigue, n o h a y c o n m i s e r a c i ó n ; es u n e n e m i g o ; se le llama torpe, v u l g a r , ramplón, artificio.5o y o t r a s lindezas por el estilo. P l a y ocasiones, sin e m b a r g o , en q u e el disgusto del público tiene a l g u n a justificación, p u e s los hilos que m u e v e n las figu- ras, l e j o s de ser invisibles, son v e r d a d e r o s cables, a r r o l l a d o s a u n cabrestante, d o n d e t r a b a j a n y sudan p a r a m o v e r la m á q u i n a ios c u a t r o o cinco padres del a b o r t o literario. E l f r a c a s o es redondo, n o h a y q u i e n le disculpe ; el papel de d e f e n s o r tiene m u y pocos partidarios, a no ser en el f o r o , sobre t o d o c u a n d o se p a g a bien. P e r o si la c a í d a es m o r t a l de necesidad, el t r i u n f o , en cambio, n o es unánime nunca. A l autor su le premia con aplausos y o v a c i o n e s en el teatro, ditirambos en los periódicos, banquetes de los amigos, a los cuales n o todos v a n miuy a g u s t o . A u n así, n o es definitivo el é x i t o ; h a y alg u i e n siempre que niega, que atenúa, que q u i t a color, que encuentra parecidos, q u e g r u ñ e , ladra y m u e r d e si encuentra ocasión. L a envidia acecha, c o m o fiera desde su cubil, y si la d e j a n se r e c o g e y se l a n z a p a r a llevarse e n t r e las g a r r a s u n p e d a z o d e reputación. P e r o d e j e m o s a un lado estas consideraciones t r i s t e s ; n o nos d e j e m e s d o m i n a r por un p e s i m i s m o d e s c o n s o l a d o r ; v o l v a m o s los o j o s a lo que es a l e g r í a en la vida, descanso en la lucha, r e m a n s o en l a corriente. S i m p á t i c o g é n e r o c ó m i c o ; tú, tan tranquilo y bonachón, incapaz de h a c e r d a ñ o a nadie, q u e n o te e n f a d a s c u a n d o algu- — 29 — nO; mal i n f o r m a d o , te supone d e i n f e r i o r clase, continúa tu camino, d e r r o c h a n d o buen h u m o r , sin herir con tus ironías ni molestar con tus zumbas, deleitando y c o r r i g i e n d o costumbres con tus risas ; y c u a n d o te hablen de tesis, p r o b l a n a s en el teatro y obras trascendentales, n o h a g a s c a s o d e los psicólogos ; piens a que el arte n o tiene m á s finalidad que el arte mismo, y que d o n d e q u i e r a que a p a r e z c a la belleza habrá arte, sin plantear tesis, ni r e s o l v e r problemas, ni p r o f u n d i z a r en la vida, nobles estudios y hondas cavilaciones que deben de reservarse a m o r a listas, filósofos y matemáticos. D e h o r r o r te estremecerás c u a n d o sepas que literaturas e x trañas del N o r t e , grises c o m o los desteñidos cielos d e los países donde h a n nacido, se han a t r e v i d o a llevar a la escena, c o m o f u n d a m e n t o s de obras artísticas, leyes de herencia, problemas de a t a v i s m o , estados p a t o l ó g i c o s y casos clínicos. E l protago- nista es im h e m i p l é j i c o : le ves aparecer en escena incierto y vacilante, trépidos los labios, sin dirección la mano, la lengua l u c h a n d o por moverse entre los dientes y el paladar, s u j e t a en la boca por la f é r r e a cadena de la a f a s i a , tristes síntomas de la terrible mielitis. D u r a n t e tres actos m o r t a l e s te a n g u s t i a el pobre e n f e r m o a r r a s t r a n d o u n a pierna, diciendo f r a s e s incoherentes y acabu con g r i t o s inarticulados q u e lanza la imbecilidad. L o s que !f h a n visto, doloridos y espantados salen del teatro, pensando que n o puede ser bello envenenar el a i r e puro del arte con m i a s m a s de hospital, ¡ B e n d i t o tú, g é n e r o cómico, si cumples tu santa misión : si n o eres grotesco, a p a y a s a d o o cínico, sino ligero, m o v i d o , eleg a n t e y g r a c i o s o ; si vas c o l o c a n d o en los extensos eriales d e la v i d a pequeños oasis, llenos de p á j a r o s , los animales m á s aleg r e s de la creación, donde el v i a j e r o descansa, olvida sus penas y se r í e ; si n o arrancas c a r c a j a d a s brutales que lastiman el oído, sino risas f r a n c a s y sonoras, o dulces y delicadas sonrisas, q u e son c o m o la aristocracia de la alegría. P e r o n o te e n v a n e z c a s d e m a s i a d o ; a fin de cuentas, n o eres m á s que una parte importante, aunque modesta, de u n t o d o que se llama el teatro, el cual, a su 'vez, n o es sino parte de otro g r a n t o d o que llamamos e l arte. E l arte es también c o m o t ú ; j a m á s hizo d a ñ o : n o h a dej.a- — 3 o - d o en su c a m i n o un r e g u e r o de sangre, c o m o las luchas relig i o s a s ; n o h a sido t r a i d o r ni intrigante, c o m o en la política muchos enloquecidos por el desate de las a m b i c i o n e s ; n o conoce la envidia ni el d e s p e c h o ; tiene u n ideal m u y alto, que es la b¿lleza, y si por belleza entendemos la s e m e j a n z a a D i o s en lo finito, y el S e r Stipremo, al realizar t o d a s u esencia, es p e r f e c - to, y siendo la s u m a p e r f e c c i ó n ha de ser la s u p r e m a belleza, su ideal es el m i s m o Dios. A l arte nos le representamos c o m o figu- ra e s p l e n d o r o s a ; es la eterna p u r e z a ; la ' m a r e a de f a n g o q u e e n v u e l v e a las sociedades m o d e r n a s ni le alcanza ni le m a n c h a ; y v i v e y v i v i r á en la consecución de los siglos, c o n su túnica siempre blanca, su c o r o n a de f l o r e s eternamente lozanas, y la lira d e oro, con q u e se a c o m p a ñ a al cantar a los héroes y a los mártires. HE DICHO. ; ,1 DISCURSO DE D. EMILIO COTARELO Étt pi- . s» ; 1 .s;' «'• ' «, .1 ' '. 1 ; r"-; • ' . •v r. •iç'-K < .-A- i » O:!' ,-1 . 1- -• -ä< • r i í - í- •¿.Vj i; SEÑORES Un ACADÉMICOS: r a s g o dé m o d e s t i a excesiva, un v e r d a d e r o escrúpulo de nuestro insigne c o m p a ñ e r o don José E c h e g a r a y , m e pone en el trance, a !a vez honroso y difícil, de contestar al discurso de su h e r m a n o don Migue], ilustre a u t o r dramático, a quien acabáis de oír. H o n r o s o , porque siempre lo es recibir a un n u e v o c o m p a ñero que generosamente llega a compartir nuestras tareas, m u c h o más. activas d e l o que el v u l g o i g n a r o piensa, y llega, en general, después de haber c o n s a g r a d o l o m e j o r de su v i d a al c u l t i v o de las letras o las ciencias, y c u a n d o su bien g a n a d a reputación n o necesita y a m a y o r e s medras, antes bien, pudiera entregarse e n brazos del necesario descanso. P e r o es condición inherente a ntiestro espíritu la d e a g r a n darse y fortalecerse con el t r a b a j o ; y ni las canas ni aun las e n f e r m e d a d e s del c u e r p o son capaces de abatirlo, en los m u d i o s casos que todos h e m o s visto. Y a l o dijo,' hace trescientos años, aquel Manco sano,. c u y o r e c u e r d o h e m o s celebrado los pasados d í a s : " H a s e de a d v e r t i r que n o se escribe con las canas sino con el entendimiento, e l cual suele m e j o r a r s e con los a ñ o s , " Y es d i f í c i l m i c o m p r o m i s o , p o r q u e n a d i e m á s autorizado p a r a esta contestación que el g r a n a u t o r dramático, para quien ni la teoría ni la práctica del arte tienen arcanos, y que, adem á s del p r ó x i m o parentesco con el A c a d é m i c o entrante, fué coetáneo s u y o y testigo de sus t r i u n f o s ; pues c o m o bien sabéis ambos 'hermanos se han repartido con p r e f e r e n c i a los f a v o r e s poéticos de las m u s a s t r á g i c a y c ó m i c a en los últimos decenios del pasado siglo. A e s t o habré d e a c o g e r m e p a r a salir l o m á s a i r o s o posible de m i e m p e ñ o : a los méritos positivos de mi a p a d r i n a d o ; ellos 3 - 3 4 - i n f u n d i r á n tal v e z la v i d a y el calor que en otro caso habrían de faltarle a m i humilde prosa. Haber escrito y v i s t o representar no obras dramáticas, cerca de 40 en tres actos y 20 en dos, aplaudidas y celebradas casi t o d a s ; traducidas y puestas en escena en v a r i o s teatros de E u r o p a , y repetidamente en los de A m é r i c a . L l e n a r s e aún los de la corte c u a n d o las compañías anuncian las bellísimas zarzuelas La viejecita. bezudos, La rábalera El dúo de la Africana, y Juegos malabares; dias tan excelentes y y a clásicas c o m o El Contra viento redentor, y marea, Caridad, Los Hugonotes, Los demonios Sin Vivir familia. El en grande. La Viajeros de en el cuerpo. Ultramar, Gigantes y Ca- ser a u t o r d e comeoctavo no enemigo, vieja La La seña Francisca mentir, Meterse ley. monja a Inocencia, descalza, y otras m u c h a s de ésta índole, dan ciertamente d e r e c h o a o c u p a r un sillón en esta casa que h o n r a r o n tantos d r a m a t u r g o s insignes, y a perdi_dos "para siempre, y otros que por dicha podemos a ú n v e r a n u e s t r o lado. y , esto, q u e por n o t o r i o y evidente bastaba sólo'enunciar p a r a que apareciese h a r t o justrificada l a elección que habéis hecho en el señor d o n M i g u e l E c h e g a r a y , pudiera también considerarse suficiente p a r a d a r aquilatado su m é r i t o c o m o a u t o r ' dramático. P e r o h a b i e n d o e x p u e s t o él mismo, con g r a n oportunidad, su p e n s a m i e n t o acerca de lo c ó m i c o en el teatro, cual si q u i s i e r a indicar los principios a que hubo de s u j e t a r s e en la producción de sus obras, aunque por m o d e s t i a c u i d ó de n o decirlo, sería grave f a l t a en el q u e h a y a de contestarle no recoger aquella idea y hacer plena afirmación del hecho. D o s principales f u n d a m e n t o s sentó el señor E c h e g a r a y para que lo c ó m i c o - d r a m á t i c o pueda tenerse por excelente. Es el u n o g u a r d a r el respeto debido al p ú b l i c o en cuanto a la mater i a c ó m i c a y m o d o de presentarla, y el otro, la originalidad. E n cuanto a lo primero, bien puede asegurarse que j a m á s la m u s a de E c h e g a r a y se presentó c o m o bacante descompuesta y lasciva, ni se a r r a s t r ó por los suelos a p u r a n d o el chiste g r o sero y c h a b a c a n o para conseguir los fáciles aplausos de la ínfima piel«. L a musa c ó m i c a d e E c h e g a r a y se o f r e c e • siempre decente- mente - a t a v i a d a ; y aunque a l e g r e y retozona, dista igual — 35 - •de la acritud desapacible del a u t o r áél .Misántropo y del Hipó- crita o de los s o p o r í f e r o s sermones dramáticcs de el, por otra parte, tan pulcro Inarco, c o m o de las m a l encubiertas picar- días de M a q u i a v e l o o del A r i o s t o y la cínica y d e s a f o r a d a obscenidad del A r e t i n o . B o r d e a o m e j o r resbala sobre las situaciones m á s escabro• sas d e j a n d o sólo un agridulce, un sabor picante que excita el interés o , . c o m o si d i j é r a m o s , el paladar m o r a l deseoso de continuar s a b o r e a n d o m a n j a r tan apetitoso. C r e y é r a n s e a veces que su c a í d a es segura al v e r la temeridad con que se a r r o j a en el peligro, según puede verse en las comedias El viento y marea, La tancia imprevista, ta, pero vieja ley, Sin pero natural, intenciónalmente familia; unas veces, y descuidada, otro, Contra m a s una circunsotras resuelven el con v e n t a j a para la m o r a l y p a r a el arte y con previsconflicto lúcímiento p a r a el ingenio que sabe burlarse de • tales dificultades y las domina. G u a r d a también el señor E c h e g a r a y respeto al público en el uso de su sátira, que n o es a g r e s i v a ni injusta. E n g r a n núm e r o de comedias, c o m o La credencial. para algo, Vivir vo no mentir en grande, Mimo, Cara y cruz. La niña mimada. Servir El octa- y otras m u c h a s , en que f u s t i g ó vicios individua- les y colectivos, lo hace con tal discreción y habilidad, que g e neralmente el a u t o r n o aparece tras el actor dictándole las censuras, sino que la m o r a l e j a se desprende de los mismos hechos. M é r i t o s u p r e m o en t o d o satírico y e x q u i s i t o en. el poeta d r a mático. • ' O t r a de sus buenas cualidades es la sobriedad en el e s f u e r z o por que el espectador se entere de lo qvie trata. N a d a de aquellos l a r g o s discursos moratinescos para d e m o s t r a r que dós y dos son cuatro. H a s t a peca en esto por defecto, pues a veces - n o se sabe si el poeta censura o aplaude, resolviéndose t o d o en u n a aquiescente ironía, que es n u e v o m o t i v o cómico y n o de los m e n o s felices. • . -, - Y , e n - f i n , h a y también decoro e n el l e n g u a j e . N i e l equi- - vocQ g r o s e r o , ni la alusión impúdica, ni el chiste tabernario, ni e l retruécano f o r z a d o se hallan en el t e a t r o d e E c h e g a r a y . L a a g u d e z a surge d e la situación m i s m a de los personajes. A s í , por e j e m p l o , - a l presentarse en escena u n a - j o v e n madrileña de _ 36 - b a r r i o s b a j o s , p e r o lirrij/ia y reluciente coino la plata, dice de si misina : E n las Vistillas no han moza de m e j o r estampa; y nací en el Lavapiés, barrio donde no se lava. visto P o r el contrario, en o t r a obra, al aparecer u n a d a m a idólatra de la m o d a , e x a g e r a d a en su t r a j e y con el rostro e m b a d u r n a d o de colorete, e x c l a m a u n o : ¡ T a n t o descubrir el cuerpo y tanto el rostro e n c u b r i r ! . . . M u c h o escote, manga corta y la c a r a con barniz. Y ¿ c ó m o n o soltar la risa cuando, en El octavo no mentir, aquel j o v e n andaluz, n u e v o don M e n d o , que en f u e r z a de m e n tir siempre llega a la inconsciencia en el vicio, al h a b l a r de su t i e r r a y r e c h a z a r la f a m a de embusteros que g o z a n sus paisanos e x c l a m a , con acento de convicción, y c o m o quien aduce u n a r g u m e n t o sin r é p l i c a : C u a n d o vienen los ingleses a España, dónde se quedan, sino allí, porque allí abundan los hombres de sus ideas formales, con quien tratar los negocios a la inglesa, pues no dicen «n su vida una mentira siquiera? P a s e m o s al otro fundaj-nento sobre que h a de basarse el buen a u t o r c ó m i c o ; esto es, la originalidad, y declaremos, a n t e todo, q u e las obras del señor E c h e g a r a y son suyas, es decir, n o han sido t o m a d a s d e otro autor a n t i g u o ni moderno, ni t r a d u c i d a s del f r a n c é s , del italiano, ni del danés, sueco u otra l i t e r a t u r a hiperbórea. C o m o el- g u s a n o de seda ha s a c a d o su labor de su p r o p i a substancia. P e r o en c u a n t o a que nada d e l o d i c h o por él n o se h a y a escrito jaiTiás, ni a u n en parte, es punto sobre el que h a y que h a c e r ciertas aclaraciones. E l c a m p o de la comedia es m u c h o m á s reducido que el de la t r a g e d i a y el del d r a m a p r o p i a m e n te d i c h o ; p o r q u e éstos, a d e m á s del f o n d o corntin a los tres g é - - 3 7 - ñeros, que es la vida actual, tienen asuntos y a determinados q u e Ies p r o p o r c i o n a n l a historia, la b i o g r a f í a , la tradición o la leyenda. E n el discurso del n u e v o A c a d é m i c o acabáis de oír cuán circunscritos e r a n los límites de la comedia clásica. L a ate- niense antigua, esto es, la a r i s t o f á n i c a , era: esencialmente satírica y política. N o conocemos las llamadas comedia media y n u e v a m á s que por los f r a g m e n t o s d e M e n a n d r o , las ciones d e P l a u t o y las r e f u n d i c i o n e s d e T e r e n c i o . E l imitaterreno sigue siendo restringido, c o m o lo eran los aspectos artísticos de aquella sociedad que podían r e f l e j a r s e en el teatro. E l Renacimiento, que en casi t o d o s los órdenes de! entend i m i e n t o y del arte f u é a u r o r a de libertad, p u e s t o que, haciend o n u e v o lo antiguo, abría al estudio la c o m p a r a c i ó n y con ella el j u i c i o , la crítica, y, por ende, el g u s t o por lo m e j o r , f u é en literatura, sobre t o d o en ia d r a m á t i c a , un círculo de hierro, n u e v o l e c h o de P r o c u s t o en que se quiso e n c e r r a r y constreñir toda facultad inventiva. C o n las reglas aristotélicas en una m a n o y los t e x t o s greco-latinos en la otra, se pretendió que sólo aquello era lo b u e n o ; l o que había q u e i m i t a r y seguir. Obedecieron, entre l a s naciones m á s cultas de entonces, Ita- lia y F r a n c i a ; y p o r eso ni una ni otra tuvieron en los sig l o s XVI a XVIII t e a t r o nacional, Italia, d o n d e la tradición latina estaba m á s a r r a i g a d a , por ser la s u y a propia, se a t u v o a las imitaciones plautinas y terencianas. Francia se inspiró m á s en l o s m o d e l o s atenienses e n c u a n t o a la tragedia, y para la comedia t u v o a veces el a c i e r t o de buscar nuevos dechados, que principalmente le o f r e c i ó nuestra E s p a ñ a . P e r o así una c o m o otra, f o r z a d a s a la imitación, se vieron en el triste caso de repetirse i>or f a l t a de asuntos. L a pobreza de temas cómicos e r a tal que, en Italia, donde y a desde el sig l o XV existía un elemento popular v i g o r o s o , que d i ó origen a una clase de f a r s a s q u e se representaban al aire libre, llamadas comedias dell'arte, ni aun con este a u x i l i o p u d o el teatro levantarse de la servil imitación antigua. E s t e m i s m o f e r m e n t o popular era p o c o v a r i a d o ; t a n t o que aquellas piezas, que ni siquiera estaban escritas y se representaban all'improvisso, n o m b r e con que también f u e r o n designadas, sólo tocaban ciertos asuntos d e antemano convenidos, y siempre l o s m i s m o s , — 38 - así eri T o s c a n a corno en Ñ a p ó l e s , desarrollaclós de un modo preestablecido y c o n p e r s o n a j e s también constantes. E r a n l o s qiie desde entonces se l l a m a r o n máscaras d e la c o m p d i a . y hoy son aún conocidos con l o s n o m b r e s .de Pulcinella, Pantalón, Covielo, Doctor, Colombina, etc. C o n estos tipos y el p r e v i o co- n o c i m i e n t o d e l asimto, los actores n ó recitaban paj>el a l g u n o a p r e n d i d o antes¡ sino que i m p r o v i s a b a n sus discursos y con- ducían el d i á l o g o y las situaciones por los c a m i n o s que les sug e r í a su peculiar i n g e n i o y su a g u d e z a . E n F r a n c i a , donde la tendencia m o r a l y docente dé la c ó inedia llegó al e x t r e m o m á s intolerante que puede imaginarse:, s ó l o q u e d a b a al ^weta el r e c u r s o de v e r si escribía u n Avaro m e j o r que el de P l a u t o , o si hallaba a l g ú n e f e c t o , n u e v o en los resobados temas d e la educación d e los h i j o s , de la maledicencia, d e la hipocresía, del vicio del j u e g o , d e la. v a n a g l o r i a y pocos más. N o p o d í a haber, por consiguiente, originalidad en los. a r g u m e n t o s ni en la m a n e r a de tratarlos y el poeta .tenía que ref u g i a r s e en l o s p r i m o r e s de l e n g u a j e , estilo y versilicaciónj y g r a c i a s c u a n d o ' en ellos l o g r a b a hacer tolerables aquellas vie.jas y l a s a d a s lecciones morales. Muy de o t r a suerte pasaron las cosas en E s p a ñ a , donde lo" c ó m i c o - d r a m á t i c o se buscó, n o en m o d e l o s anacrónicos, sino en el f o n d o m i s m o de la v i d a común, e n la sociedad que el poeta f r e c u e n t a b a ; y así la c o m e d i a española, con ser la m á s romántica, es t a m b i é n la m á s realista de todas. P e r o n o se crea que la aparición de l o cómico s u r g i ó repentina y y a m a d u r a m e n t e f o r m a d a ; antes, al contrario, fué elaborándose y t r a n s f o r m á n d o s e al compás q u e el m i s m o t e a t r o se iba desenvolviendo y p e r f e c c i o n a n d o . A s í pasó desde sim,ple- incidente o episodio m a n t e n i d o por un solo p e r s o n a j e en s u f o r m a m á s elemental a la acción, total y c o m p l e j a , sustent a d a por i n d i v i d u o s de p s i c o l o g í a m u y d i v e r s a que n o s revelan las obras del s i g l o x v i i . . iEl p r i m e r -tipo popular y c ó m i c o que a p a r e c e en nuestro d r a m a l i t ú r g i c o es el pastor : los pastores que intervenían en las • representaciones del Nacimiento .. de Jesucristo. . . P e r o n o son los pastores-ideales de la poesía bucólica, sino entes reales, sacados dé la cantera de la vida. D e s d e el principio — — èli las é g l o g a s de Juan del E n c i n a , L u c a s F e r n á n d e z , T o r f e S N a h a r r o y S á n c h e z de B a d a j o z o f r e c e n los mismos caracteres generales, Son torpes de entendimiento y lengua; glotones, tímidos, a m i g o s del canto y del baile. T r a b u c a n l o s vocablos n o m u y usuales y parodian las citas latinas de los t e x t o s sag r a d o s . A veces entretienen sus ocios h a c i e n d o sus j u e g o s ordinarios o c o n t a n d o lances de su v i d a rústica. Suelen también recitar en estilo j o c o s o las introducciones, loas, después, llamadas d e estas primitivas f a r s a s , donde cuentan sus habilidades artesanas, las burlas hechas a sus c o m p a ñ e r o s y a sus a m o s ; sus t r e b e j o s con las m o z a s del l u g a r y otras fechorías semejantes. A l secularizarse por c o m p l e t o el t e a t r o religioso, sin des-* aparecer el pastor como personaje cómico, adquirió mayor relieve y f o r m a , por decirlo así, substantiva una de sus cualid a d e s : la simpleza, q u e se encarnó en el tipo llamado bobo. EKiró e n nuestro t e a t r o t o d o el s i g l o x v i y adquirió cierto valor estético en m a n o s de D i e g o S á n c h e z d e B a d a j o z , Lope de R u e d a y J u a n T i m o n e d a , por citar sólo los principales. O f r e ce también algunas variedades desde el totalmente simple, crédulo y l e r d o que t o d o lo c o n f i i n d e y embrolla, hasta el malicioso q u e ensarta r e f r a n e s y romances populares, parodia a los principales p e r s o n a j e s de la f á b u l a y aun se b u r l a d e otros que él supone m á s débiles, pues e l bobo es siempre cobarde. Suelen entonces ser víctimas de sus tiros las gentes de iglesia, y , en especial, los religiosos de O r d e n e s mendicantes. E n ocasiones el b o b o es c o m o i n t e r m e d i a r i o entre el autor de la o b r a y el público, viniendo entonces a representar el papel del c o r o en las comedias atenienses. E l m á s frecuente de sus recursos c ó m i c o s es el de equiv o c a r l o t o d o : recados, e n c a r g o s y comisiones d e l o que en ciertos casos se d e r i v a n o menos que el e n r e d o de la fábula. C o e x i s t i e n d o con este p e r s o n a j e cómico, se n o s - o f r e c e eh nuestro a n t i g u o t e a t r o el s o l d a d o f a n f a r r ó n , ya -zaherido por A r i s t ó f a n e s en aicpiel pobre Cleónimo,. g e n e r a l cobarde y vanidoso, lleno de g a l a s y plumas ; y, sobre todo, por P l a u t o , que lo h i z o p e r s o n a j e principal de u n a de sus comedias, y , con tales caracteres, que su Miles gloriosus se h a c o n v e r t i d o en ape- l a t i v o de esta clase de tipos. Coriocióle la comedia italiana, d o n d e suele llevar los n o m b r e s de S p a v e n t o , C o c o d r i l o y Mata- - 4 0 - moi'os. E s t e ú l t i m o era casi siempre español, burla con que e! ingenio satírico de aquel país intentaba v e n g a r s e de l a humillación que s u f r í a b a j o el d o m i n i o castellano. E l de n u e s t r o t e a t r o o f r e c e bastantes diferencias, así del latino, c o m o del italiano y del francés, donde también suele ser español, c o m o era de suponer. A u n q u e se p r e c i a de hidalgo n o e x a g e r a su p r o s a p i a ; t a m p o c o se m u e s t r a m u y preciado de su nobleza, p o r q u e eso indicaría a f e m i n a c i ó n o debilidad, n i a l a m b i c a los adornos y a d e r e z o de su persona, cosas para él secundarias o superfluas. P e r o sí abulta e hiperboliza s u partido con las damas, y , sobre todo, llega al delirio p o n d e r a n d o s u valor, sus f u e r z a s y lo p e l i g r o s o y g r a n d e de sus aventuras. A p a r e c e y a con estos caracteres, solamente diseñados, pero con s u l e n g u a j e a m p u l o s o en L u c a s F e r n á n d e z , a fines del sig l o XV o principios del x v i , en u n c u r i o s o d i á l o g o con el pastor socarrón y malicioso gunas ; de q u e hablamos. Tomaremos sólo al- frases: SOLDADO. ¡ J u r o a tal, si te arrebato, q u e te v u e l v a del revés I PASCUAL. ¡ S a s c á s l N o so de valdrés, ni so z a m a r r a o zapato. SOLDADO. P u e s darte he u n a b o f e t a d a que escupas diez años muelas. PASCUAL. ¿ S e r á p e o r que p e r n a d a recalcada con zapato de tres suelas? SOLDADO. H a r é de tus huesos birlos ; desosarte he, pieza a pieza, y bola de t u . cabeza. P.«cuAL. ¡ A y l ¿ Q u é c o s a es chirlos m i r l o s ? . . . ¿ V o s habréis m a t a d o ciento? SOLDADO. S o n tantos qire [ya] n o h a y c u e n t o . . . > Y la siguiente b r a v a t a ¿ n o parece caída de labios de un and a l u z de nuestros días y n o de u n poeta de hace m á s d e cuatrocientos a ñ o s ? SOLDADO. P u e s a r r o j a r t e h e tan a l t o q u e n o acabes de c a e r en t r e s años, a mi v e r . PASCUAL. NO s a L o y o t a n g r a n salto. i E s interesante y n o p o c o i n s t r u c t i v o v e r en los p r i m e r o s v a g i d o s de nuestra T a l í a f r e n t e a f r e n t e estos dos p r i m e r o s — II — tipos cómicos. E l s a l d a d o f a n f a r r ó n d u r a en el t e a t r o t o d o el s i g l o XVI y o f r e c e e j e m p l a r e s dignos de n o t a en S á n c h e z de B a d a j o z {Farsa teologal), L u i s de M i r a n d a {Comedia ga) y D i e g o de N e g u e r u e l a {Farsa Ardamisa), Pródi- donde es por- tugués y con los caracteres pecuüares de este tipo cómico, lueg o tau f r e c u e n t e en nuestra escena. E n el auto d e T i m o n e d a Los desposorios de Cristo, ofrece y a aquel aspecto l a s t i m o s o en su t r a j e con que le representó C e r v a n t e s en su l i n d o entreinés de La guarda duda, m u y conforme con la reahdad. cuidadosa, Entre los y , sin convidados a las b o d a s de C a n á se presenta, pues, el d e s a r r a p a d o h i j o d e Marte, diciendo : N o porque esté sin ropa y desta rae han de e c h a r que en la g u e r r a defendiendo una m a l vestido, manera la puerta afu-era ; lo he r o m p i d o frontera. E s mi n o m b r e Pimentel, d o n J u a n M e t i e s e s de Canto. F u i a l f é r e z en A r g e l , en Italia coronel y capitán en L e p a n t o . M u y bueno será llegar a p o n e r m e en buen asiento, y del v i n o y del m a n j a r m e d e n ; si n o h a r é temblar la ti«rra y el firmamento. Y obsérvense también aqui los d o s caracteres principales que y a quedan reseñados : alabarse de h a z a ñ a s nunca e m p r e n didas y de su v a l o r y e s f u e r z o irresistibles. Ij) Y a por este t i e m p o e l s o l d a d o f a n f a r f ó n se había desviadu un p o c o de su p r i m i t i v a f o r u m en sentido más repulsivo y feo, a u n q u e n o m e n o s cómico, y se convierte en el v a l e n t ó n a r r u fianado o rufián h e c h o y derecho. A l revés del Miles romano, n o la da de rico, antes bien declara su e x t r e m a pobreza, n o ya p a r a que las m u j e r e s n o le pidan, sino p o r q u e será él quien h a y a de saquearlas. S u d o m i n i o en el bello s e x o es tan p o n d e r a d o c o m o en el otro tipo de f a n f a r r ó n ; p e r o es otra la clase de sus conquistas a m o r o s a s , q u e d a n d o exceptuadas !as d a m a s de cuenta. S o n f a b u l o s o s su valentía y m a t o n i s m o , a s í . c o m o en realidad es infinita su cobardía. - 4 2 S a l i ó este tipo de la Celestina, turie nos dió i m b o r r a b l e - que en el p e r s o n a j e de C e n - modelo. "Si mi espada—exclama Centurie^—dijere l o que hace, tiempo le f a l t a r í a p a r a hablar. ¿ Q u i é n , sino ésta, puebla los c e m e n t e r i o s ? ¿ Q u i é n hace ricos los c i r u j a n o s desta t i e r r a ? ¿ Q u i é n da de contino que h a c e r a los a r m e r o s ? ¿ Q u i é n destroza la malla m á s fina? ¿ Q u i é n hace riza en los broqueles de B a r c e l o n a ? . . . V e i n t e años ha que me da de c o m e r . " L o que a d m i r a es el ingenio del v a l e n t ó n para salir airoso de los m a y o r e s a p u r o s en que su cobardía le pone. E l V a l l e j o de L o p e d e R u e d a , viéndose a c o s a d o por e l p a j e G r i m a l d o s , supone que el p a d r e de su a d v e r s a r i o le h a s a l v a d o la vida y n o puede, por tanto, reñir con el h i j o . E l A l c o l e a de M o r e t o finge que el q u e le apalea con la espada d e plano es su discípulo de esgrima, y a c a d a c i n t a r a z o que recibe a c o m p a ñ a u n a a d v e r tencia o un c o n s e j o , c o m o si realmente estuviera en ejerci- cios de la negra. O t r a s veces, c u a n d o el m i e d o le hace h u i r y topa con su a m o o a l g ú n compañero, simula ir en persecución de i m a g i n a r i o s enemigos, y así a este t e n o r en los demás casos. E l v a l e n t ó n con ribetes y collares de rufián entró de criado o l a c a y o en la p r i m i t i v a comedia española, c o m o se v e en las de L o p e d e R u e d a . P e r o L o p e de V e g a n o le admitió, al inenos en t o d a su f e a crudeza. E l l a c a y o de nuestras g r a n d e s comedias es tipo m u c h o m á s c o m p l e j o y v a r i a d o . E s listo, frecuente- mente m o r a l y de recto j u i c i o ; servicial y lealísimo p a r a su a m o , a quien censura sin repulgos y m o d e r a en su e x t r a v í o s . S ó l o tiene dos d e f e c t o s : una invencible cobardía y su afición a •la mesa. E n c a m b i o én él aparece e n c a r n a d o el sentido critico y •picaresco del pueblo español de T o l e d o a b a j o . ¡ Q u é tesoros dé •observación y buen sentido n o h a y en sus réplicas, en sus c o n s e j o s g e n e r a l m e n t e enderezados a sus a m o s ! ¡ Q u é de chistes, cuentos, descripciones satíricas n o p r o d i g a en cuanto dice ! ¡ Q u é tesoros de l e n g u a j e , vocablos y g i r o s populares e x p r e s i v o s , e l í p ticos o pintorescos no derrama en sus saladísimos razona- mientos I E l l a c a y o de nuestras c o m e d i a s es con f r e c u e n c i a c o m o dos son los galanes que intervienen en ellas, y a doble, veces cuádruple, p o r q u e c a d a u n a de las d a m a s suele tener su c o - - 4 3 - rrespoildiente graciosa, d o t a d a en abundancia dé las mismai cualidades que sus congéneres masculinos. A l lado de estos p r i m i t i v o s tipos cómicos de n u e s t r o teatro f u e r o n s u r g i e n d o otros c a d a v e z m á s diversos, s e g ú n l o pedía el a r g u m e n t o , hasta que, a p u r a d o s los c a r a c t e r e s comunes y f o r z a n d o cada v e z m á s el alcance, se paró, no en el f r í o simbolismo c o m o en la comedia f r a n c e s a , sino en la j o c o s a caricatura, y así nació la comedia de figurón, que se dió con m á s f r e - cuencia en la segunda m i t a d del s i g l o x v i i . S i d e los tipos p a s a m o s a los asuntos, v e r e m o s que en là comedia anterior a L o p e de V e g a hay la m i s m a simplicidad en ellos. B u r l a s y e n r e d o s de gente del pueblo, especialmente aldean o s ; sátiras en a c c i ó n - c o n t r a l o s frailes y c l é r i g o s ; lances ridículos entre las autoridades municipales en l u g a r e s de c o r t o vecindario, y otros semejantes. S e ve palpablemente que el teatro vacila en su camino, y parece que r e c l a m a guías, modelos. P e r o c u a n d o el R e n a c i miento, y en esi>ecial la comedia italiana, pudieron haber influido en su f u t u r o desarrollo, se v i ó q u e llegaron tarde. A l c r e a r L o p e de V e g a el t e a t r o español, .rompiendo los cánones aristotélicos, no sólo en lo m e r a m e n t e f o r m a l , sino en su p r o p i a esencia, b o r r ó la a n t i g u a distinción entre t r a g e d i a y c o m e d i a , mezclándolas y c o n f u n d i é n d o l a s en una superior u n i dad artística. Y esto que h o y se considera c o m o un g r a n acierto, puesto que p r o d u j o el d r a m a v e r d a d e r o , que es el que se da en la vida con sus alternativas de a l e g r í a y dolor, de risa y llanto, le f u é d u r a m e n t e reprendido por sus coetáneos, y aun en el s i g l o x v i i i por los r e z a g a d o s neoclásicos. Y esta compenetración intima dificulta el reducir aquí a f ó r m u l a o síntesis lo que es p u r o elemento c ó m i c o en los enredos de nuestras comedias. P u e d e decirse que n o f a l t a j a m á s ni en las que hoy sin escrúpulo pueden llamarse tragedias, aunque no figure m á s que de u n m o d o episódico o en escenas aisladas. P e r o hay además un g r a n d í s i m o n ú m e r o de obras cuyo asunto total es esencialmente còmico." L o p e de V e g a tiene" en su inacabable r e p e r t o r i o u n g r u p o de comedias pastoriles y de costumbres rústicas llenas de e x q u i s i t o g r a c e j o ; otro que sé refiere a costumbres populares c i u d a d a n a s ; otro de las c o m e días picarescas, y a u n rufianescas, en que lo c ó m i c o del asunto - 4 4 - está r e f o r z a d o con los elementos, también j o c o s o s comunes a otras clases de obras, y un c r e c i d o n ú m e r o donde el enredo es una serie continua de lances festivos. E n T i r s o de M o l i n a , que con los d i s f r a c e s masculinos de sus damas, de éstas en a g u d a s l a b r a d o r a s o beatas llenas de malicia, obtiene e f e c t o s s u y o s particulares, llega l o cómico al punto m á s elevado que puede o f r e c e r literatura dramática alguna. Calderón, con sus tapadas, escondites y sutilezas de galanes que se fingen arte- sanos, danzantes, m é d i c o s y astrólogos, n o desmerece al lado de aquellos insignes p r i m e r o s creadores. Rojas sus hábiles enredos y embustes f e m e n i n o s y sus Zorrilla, figurones con miti- g a d o s ; C á n c e r , con sus p a r o d i a s y comedias b u r l e s c a s ; M o r e t o , con sus caracteres bien sazoi:ados, sus d a m a s de melindre o f a l s a m e n t e desdeñosas, con sus parecidos y equívocos chisto- s o s ; V i l l a v i c i o s a , Solis y M a t o s , con sus tipos risibles, a veces imradójicos, de doctores supuestos, m a y o r a z g o s grotescos, gitanas y con sus escenas callejeras, mantienen aún al dechnar el siglo XVII la buena tradición c ó m i c a española. Y n o sólo el d a t o principal de la obra era por esencia c ó m i c o : l o eran los incidentes y episodios, las situaciones y escenas, el l e n g u a j e y las f r a s e s que, c o m o torrente impetuoso, b r o t a b a n de los labios de los interlocutores. N o se a g o t ó en el siglo x v i i i la inventiva c ó m i c a de n u e s tros autores, pues aimque la escuela neoclásica q u i s o proscribir del teatro t o d o l o que n o f u e s e la imitación de la comedia f r a n c e s a , n o p u d o a l c a n z a r l o j a m á s enteramente por la resistencia invencible que le opuso el pueblo español, y singular- mente el p ú b ü c o madrileño. E p i s o d i o éste curioso y d i g n o de especial examen, una p u g n a literaria toma proporciones de g u e r r a donde nacional. L l e g ó al poder el célebre C o n d e de A r a n d a , a f r a n c e s a d o h a s t i los huesos, a m i g o y corresponsal de V o l t a i r e , a q u i e n surtía de los m e j o r e s v i n o s aragoneses, p o r lo que, a g r a d e c i d o el v i e j o sibarita de F e r n e y , le escribía q u e con media docena de españoles c o m o el C o n d e nuestra nación entraría sin duda en las vías del p r o g r e s o . P u e s bien, A r a n d a , con t o d o su poder, n o l o g r ó q u e se aplaudiesen ni la Hormesinda padre, ni el Sancha García de M o r a t i n , el de C a d a l s o , ni las traducciones de Corneille y R a c i n e de d o n P a b l o de O l a v i d e y de Iriarte, ni - 4 5 - las comedias lacrimosas de N i f o y las Andrómacas los Polyeutes y los Británicos y las Fedras, eran silbados siempre que' se o f r e c í a n en escena, porque el pueblo español p r e f e r í a las desdichas de Inés Don de Castro Gil de las Calzas L a ilustrada llorar o reírse con t o d a su alma en verdes. tolerancia del C o n d e de A r a n d a , <iue h a b í a c o m e n z a d o por quitar al pueblo de M a d r i d u n o de los teatros que de a n t i g u o v e n í a g o z a n d o para obligarle a t r a g a r las imitaciones francesas, hubo de rendirse y f u n d ó un n u e v o teatro llamado de los Sitios reales, sólo para la gente de corte, donde n o se silbaba porque la entrada era de balde. Mayor intolerancia Leandro F. de Moratín teatro español ; pues mostró cuando convencido cuarenta años después don f u é n o m b r a d o director de que mientras el de! pueble tuviese a su alcance comedias del siglo x v i i no s u f r i r l a otrns. empezó su g o b i e r n o prohibiendo, por tandas de a seiscientas, la representación de las obras de nuestro g l o r i o s o teatro, sin c o n o c e r m á s que las de m a y o r f a m a . Y ni aun éstas hallaron g r a c i a a sus o j o s , pues en las listas s u y a s constan y estuvieron a l g u n o s años proscritas obras tan m a l a s (según él) como El alcalde de Zalamea, La Vida La estrella de Sevilla, El mágico es sueño. prodigioso, García de Castañar, todas las de T i r s o de M o l i n a y , en u n a palabra, las m e j o r e s de nuestra dramática, Y literatura era que don L e a n d r o aspiraba generosamente a que n o se representasen m á s q u e las c u a t r o comedias suyas, ú n i c a s que a la sazón tenía escritas, y a l g u n a traducción de M o - ' lière o de N e r i c a u l t Destouches, de R a c i n e o d e V o l t a i r e . P e r o el ingenio cómico español buscaba saHda a su estro creador y desquite a su g u s t o en el ú n i c o c a m p o que le d e j a b a n libre, a f e c t a n d o despreciarle, que eran el saínete y la zarzuela. Y don R a m ó n de la C r u z n o s dió en sus inimitables piececillas t o d a la sal española a la vez q u e un t r a s u n t o cómico de la s o ciedad de su tiempo. D e c í a n entonces los i n f a t u a d o s galoclá- sicos, y c o m o un eco repitieron otros despviés, que don R a m ó n de la C r u z sólo sabía pintar caracteres del pueblo b a j o y esceijas tabernarias, porque siempre ha sido m^ucho m á s fácil adoptar opiniones y a hechas que f o r m a r l a s con el p r o p i o estudio. Y así c o m o tratando de L o p e de V e g a f u é y es m u c h o m á s e x p e d i t o despacharse diciendo qvie es autor, aunque fecundo. .liiuy desordenado, que leerse las 500 comedias suyas que hoy a f o r t u n a d a m e n t e poseemos, así p a r a j u z g a r - a don R a m ó n de ]a C r u z se echaba m a n o de veinte saínetes de costumbres populares, d e j a n d o en la s o m b r a los cuatrocientos y m á s de t o d o g é n e r o que h o y se conocen de costumbres urbanas y aristocráticas, de caracteres comunes en todos los órdenes y categorías de personas, masculinos y f e m e n i n o s , morales y satíricos : lo que se quiera. E n los p r i m e r o s cuarenta años del siglo x i x n o h u b o l u g a r para un g r a n florecimiento de la m u s a cómica. N o bien salió E s p a ñ a de la a s o l a d o r a g u e r r a de la Independencia comenza- ron las crueles luchas entre el p o d e r absolvito del m o n a r c a y los partidos liberales, y a continuación la criminal, la n e f a n d a g u e r r a civil de los siete años. M a s ¡poder vital del pueblo y de la r a z a ! A p e n a s a l e j a d a la tormenta, y a u n durante ella, el genio cómico español toma carne y figura en un h o m b r e que d u r a n t e veinticinco años supo hacer reír a la parte culta de la sociedad lo m i s m o que al pueblo. M á s de ochenta obras componen el caudal d r a m á t i c o de don M a n u e l B r e t ó n de los FEerreros, que le dan sobrados títulos para colocarle entre los m e j o r e s axitores de t o d o s tiempos y países. H o y n o se representan apenas, porque a B r e t ó n le sucede lo que a nuestros a u t o r e s del s i g l o x v r i , a fines del siguíente y aun en la época actual. Q u e c o m o las costumbres y los gustos h a n c a m b i a d o radicalmente, son mal comprendidos ; la sociedad m o d e r n a n o está prei>arada i>ara seguir con interés y sentir unos a f e c t o s que n o son los que hoy dominan. usos sociales, las modas, los r e c r e o s públicos, las Los ocupaciones p r i v a d a s , s o n otros. M u c h o s lances que en tiempo de B r e t ó n eran comunes h o y resultan e x t r a ñ o s , c u a n d o n o ridículos. En las ijasiones mismas, si n o distintas en el f o n d o , ha v a r i a d o la m a n e r a de expresarlas, sobre t o d o en el teatro. Y esta diver- gencia en lo esencial a r r a s t r a c o n s i g o el p o c o aprecio de las o t r a s mil bellezas de estilo, de versificación, de g r a c i a s y do- naires en que abundan y que sólo pueden g o z a r s e con la espaciosa lectura del t e a t r o bretoniano. C u a n d o don M i g u e l E c h e g a r a y c o m e n z ó a escribir dias hacía y a m u c h o s años que h a b í a c a l l a d o B r e t ó n , comeaunque i-/ - 4 7 - •sólo algvinos que, lleno de canas y d e gloría, h a b í a b a j a d o al sepulcro. D e s p u é s de él, la T a l i a genuinamente española puede decirse que enmudeció, porque fué ahogada por la imitación francesa. L o que los célebres n o m b r e s de P e d r o Corneille, R a cine, M o l i è r e y V o l t a i r e no habían c o n s e g u i d o en t o d o el sig l o XVIII l o g r á r o n l o con g r a n f a c i h d a d E u g e n i o Scribe y otros autores de menos f a m a que le siguieron, y p a r a eterna v e r g ü e n z a hasta v i n o a d o m i n a r entre nosotros lo que en F r a n c i a m i s m a era la escoria y el desecho del a r t e : el género b u f o . E c h e g a r a y llegó cuando el cansancio del público p o r esta soez literatura dramática e r a patente. Y sin duda escarmen- t a d o por las consecuencias a que arrastraba la imitación servil, p r o c u r ó n o incurrir en aquel pecado y limitarse a reproducir en la escena el aspecto cómico de la sociedad en que vivía. N o prescindió, ni m u c h o menos, de t r a t a r los g r a n d e s temas sociales, políticos, morales, de educación, v i c i o s y m a n í a s comunes en todos los países que m á s ocupaban la atención de filós o f o s , p e d a g o g o s , novelistas y autores dramáticos e x t r a n j e r o s . P e r o aun esto lo h i z o (y en esto reside principalmente su orig i n a h d a d ) t o m á n d o l o n o a lo t r á g i c o y buscando los m i s m o s temas en la sociedad española. L a cuestión del divorcio, por e j e m p l o , que tanta tinta h i z o g a s t a r a los d r a m a t u r g o s en los años 70 al 80, y con n o ser problema de esencia en E s p a ñ a , tiene buena representación en el reiiertorio de E c h e g a r a y ; coquetería y ligerezas, sin p a s a r d e eso, de la m u j e r la casa- da, son el asimto de tres o c u a t r o de sus buenas comedias ; la vida del solterón, la división de intereses en el m a t r i m o nio y otros asuntos n o menos g r a v e s tuvieron acceso, aunque siempre en su aspecto cómico, en el t e a t r o de nuestro n u e v o compañero. P e r o , en general, el m a y o r n ú m e r o de sus obras giran en t o r n o de m o t i v o s menos serios, tales c o m o m a n í a s o ridiculeces i n o f e n s i v a s , d e f e c t o s que n o llegan a constituir vicios o d i o s o s ; caracteres e x t r a v a g a n t e s , y , aun sirviéndose de gentes comunes y equilibradas, i m a g i n a lances y a v e n t u r a s singulares, a p r o v e cha errores y equivocaciones de trascendencia, resultando entonces lo cómico de la situación de los personajes, y a por intentar empresas d i f í c i l e s o disparatadas o t r o c a n d o los m e d i o s - 4 8 - de lograrlas, o ya f r a c a s a n d o en ellas por causas y circunstaitcias inesperadas, aunque lógicas y graciosas. E n p r e p a r a r y desarrollar las situaciones cómicas f u é siem pre m a e s t r o don M i g u e l E c h e g a r a y . A s í se l o reconocieron los críticos menos benévolos, y pudiera citar algunas que han tenido f a m a ; pero n o lo h a g o porque de seguro la m a y o r í a de los que oyen n o las habrán olvidado. E l teatro de don M i g u e l E c h e g a r a y , que podemos considerar no cerrado, pero sí completo, representará en adelante u n t e s o r o de datos históricos, de historia interna se entiende, acerca de las costumbres, de las ideas morales, de la^ preocupaciones y hasta de las e x t r a v a g a n c i a s de la sociedad de su t i e m p o ; un dechado de buenas c o m e d i a s ; un vasto arsenal de gracias, de dichos agudos, de réplicas ingeniosas, de lindas descripciones de personas y cosas y de narraciones agudas o epigramáticas, t o d o ello encerrado en una poesía propia, ni e x c e s i v a m e n t e humilde, ni tan remontada que d e s d i g a de los asuntos en que se emplea, y e x p r e s a d a en l e n g u a j e siempre castizo, c o m o r e f l e j o del que habla la parte m á s noble del pueblo castellano. B i e n v e n i d o sea el que con tales riquezas llega h o y , señores A c a d é m i c o s , a sentarse entre v o s o t r o s y os las eiitrega para que uséis de ellas a viiestro talante, según habéis h e c h o con las de tantos insignes escritores que nos antecedieron, porque de esas riquezas individuales se f o r m a el caudal común, el g r a n t e s o r o de nuestra incomjiarable lengua española. .•WW ' 'ìftirfS',, tv. ii''" • S-.-lK.'i' - 4.. . A ' - ' » - - ' ' Í 5 ^ r'V - i „ ' k l ' V' ^ •'•y- T • Em- ^ îjl Í H