¿LA LEGALIZACIÓN DE LOS "USOS Y COSTUMBRES" HA

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¿LA LEGALIZACIÓN D E L O S " U S O S Y C O S T U M B R E S "
HA CONTRIBUIDO A LA PERMANENCIA
D E L G O B I E R N O P R I I S T A E N OAXACA?
ANÁLISIS D E L A S E L E C C I O N E S PARA D I P U T A D O S
Y G O B E R N A D O R E S , D E 1992 A 2001*
KUNLE OWOLABI
U N O D E L O S D E B A T E S P O L Í T I C O S MÁS I N T E R E S A N T E S e n M é x i c o , e n los últimos
años, es e l c o n c e r n i e n t e a l a relación e n t r e los pueblos indígenas y e l Estado m e x i c a n o . A m e d i d a q u e e l proceso de democratización h a i d o m i n a n d o los m é t o d o s d e c o n t r o l político corporativistas y a u t o r i t a r i o s , los g r u p o s
indígenas, q u e e l sistema político - d o m i n a d o p o r e l PRI g o b e r n a n t e - tuvo
m a r g i n a d o s hasta hace p o c o , e m p e z a r o n a e x i g i r f o r m a s d e representación
más efectivas. D e esta m a n e r a , a l a p a r d e l a democratización se h a d a d o
e n M é x i c o u n a n u e v a f o r m a d e " i n d i g e n i s m o " , q u e d e m a n d a más r e c o n o c i m i e n t o de los derechos sociales, culturales y políticos d e los p u e b l o s i n dígenas, e n u n Estado d e m o c r á t i c o p l u r i c u l t u r a l . Este proceso h a alcanzado
su mayor avance e n Oaxaca, d o n d e , tras e l l e v a n t a m i e n t o zapatista d e 1994
e n e l vecino estado d e Chiapas, e l g o b i e r n o d e D i ó d o r o Carrasco i n t r o d u j o , e n 1995 y 1997, u n a serie d e r e f o r m a s políticas tendientes a reconocer, e n
todos los m u n i c i p i o s , las f o r m a s de organización sociopolíticas de los indígenas, conocidas c o m o "usos y c o s t u m b r e s " , a fin de o t o r g a r más a u t o n o m í a
local a sus c o m u n i d a d e s . A l a fecha, 418 d e los 570 m u n i c i p i o s o a x a q u e ñ o s
- q u e representan 3 6 % de la población d e l estado- conducen legalmente
sus elecciones locales m e d i a n t e asambleas c o m u n a l e s y el v o t o a b i e r t o y p ú b l i c o , sin q u e m e d i e e n ellas p a r t i d o político a l g u n o . A u n q u e estos p r o c e d i m i e n t o s son, desde hace m u c h o , u n a m a r c a característica de l a r e a l i d a d
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* Para este trabajo el autor se basó en su tesis de maestría, titulada "Citizenship, Indigenous Autonomy and Democratization i n Southern México: The Impact o f the Legalization o f
Usos y Costumbres on the Political System o f Oaxaca".
Fausto Díaz Montes, "Elecciones locales en Oaxaca, 1995", en Víctor Raúl Martínez Vásquez y Fausto Díaz Montes (comps.), Elecciones municipales en Oaxaca, Oaxaca, UABJO/IEE, 2001,
p. 125.
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Foro Internacional 177, XLIV, 2004 (3), 474-508
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política oaxaqueña, n o d e b e m o s subestimar l a i m p o r t a n c i a de q u e se recon o c i e r a n c o n s t i t u c i o n a l m e n t e , pues e l l o representó u n g i r o f u n d a m e n t a l
e n la a c t i t u d d e l Estado h a c i a los p u e b l o s indígenas. S i n e m b a r g o , l a l e g a l i zación de las elecciones p o r usos y costumbres e n Oaxaca n o estuvo e x e n ta de controversias. D a d a l a supremacía t r a d i c i o n a l d e l PRI e n este estado
(que, hasta los años o c h e n t a , llegaba a o b t e n e r hasta 9 0 % d e l v o t o t o t a l e n
los comicios estatales y locales, d e b i d o e n p a r t e a sus alianzas i n f o r m a l e s
c o n los líderes de las c o m u n i d a d e s indígenas) , los detractores de los usos
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y costumbres sostienen q u e las recientes r e f o r m a s , q u e p r o h i b e n l a p a r t i c i pación de los p a r t i d o s políticos e n las elecciones locales, e n más de 400 m u n i c i p i o s , h a n p e r m i t i d o q u e el PRI conserve las ventajas de q u e gozaba e n
la m a y o r p a r t e de Oaxaca, antes de l a a p e r t u r a d e l sistema político m e x i c a n o . Por o t r a p a r t e , sus defensores señalan que las elecciones estatales ( t a n t o para d i p u t a d o s c o m o p a r a g o b e r n a d o r ) se h a n v u e l t o cada vez más c o m petidas c o m o r e s u l t a d o de dichas r e f o r m a s electorales, q u e o b l i g a r o n al PRI
e n el g o b i e r n o a c o r t a r sus lazos institucionales c o n los g o b i e r n o s locales, e n
más de 400 m u n i c i p i o s .
Este t r a b a j o analiza los efectos q u e h a t e n i d o l a legalización de los usos
y costumbres sobre los p a t r o n e s de votación, e n las elecciones estatales e n
Oaxaca. E l p u n t o clave q u e e x a m i n a r e m o s es si d i c h a legalización c o n t r i buyó a q u e p e r d u r a r a l a supremacía priista e n e l estado. A u n q u e los usos y
costumbres sólo atañen a las elecciones m u n i c i p a l e s , se cree q u e su legalización e n 1995 t u v o repercusiones i m p o r t a n t e s e n el c o m p o r t a m i e n t o elect o r a l e n t o d o e l estado, d a d a l a alianza histórica e n t r e los d i r i g e n t e s de las
c o m u n i d a d e s indígenas y e l PRI. Hasta 1995, el p a r t i d o g o b e r n a n t e p e r m i tía que estas c o m u n i d a d e s e l i g i e r a n a sus a u t o r i d a d e s m u n i c i p a l e s según las
prácticas t r a d i c i o n a l e s , s i e m p r e q u e esos f u n c i o n a r i o s a p o y a r a n a los c a n d i datos d e l PRI e n las elecciones estatales y federales. Esta alianza tácita p r o d u cía mayorías a b r u m a d o r a s p a r a el PRI, que todavía e n 1986 o b t u v o a l r e d e d o r
de 9 0 % d e l v o t o t o t a l e n las elecciones estatales. S i n e m b a r g o , c o n el surgim i e n t o d e l PRD, e n 1989, las elecciones estatales se v o l v i e r o n cada vez más
competidas, sobre t o d o e n l a c i u d a d de Oaxaca y e n e l I s t m o de T e h u a n t e pec, a u n q u e e n otras partes d e l estado, d o n d e e l sistema de usos y c o s t u m b r e era más g e n e r a l i z a d o , e l PRI siguió p r e d o m i n a n d o . P o r e l l o , c u a n d o el
g o b i e r n o de Carrasco legalizó d i c h o sistema, e n agosto de 1995, m u c h a g e n te consideró q u e t a l r e f o r m a n o haría sino i n s t i t u c i o n a l i z a r u n m o d e l o elec-
Fausto Díaz Montes, "Elecciones del fin de siglo, Oaxaca 1970-2000", en Víctor Raúl
Martínez Vásquez (comp.), Oaxaca: escenarios del nuevo siglo, Oaxaca, HS-UABJO, 2000, p. 231;
Benjamín Maldonado Alvarado, Autonomía y comunalidad india: enfoques y propuestas desde Oaxaca, Oaxaca, Carteles Editores, 2002, p. 37.
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t o r a l a n t i c u a d o , que había c o n t r i b u i d o a los casi setenta años de g o b i e r n o
priista. Esta o p i n i ó n persiste e n t r e m u c h o s detractores de los usos y c o s t u m bres, quienes t e m e n q u e e l PRI haya secuestrado el m o v i m i e n t o indígena e n
p r o v e c h o de sus p r o p i o s intereses de p a r t i d o . Sin e m b a r g o , l a única f o r m a
de c o n f i r m a r o r e f u t a r esta aseveración es e x a m i n a n d o l a h i s t o r i a elector a l de Oaxaca y d e t e r m i n a r hasta qué p u n t o los cambios e n el c o m p o r t a m i e n t o e l e c t o r a l e n los últimos diez años son resultado de l a legalización de
los usos y costumbres.
L a tesis q u e aquí presentamos es q u e n o existen evidencias de q u e d i cha legalización haya d a d o al PRI u n a ventaja injusta e n las elecciones estatales. A u n q u e e l p a r t i d o aún conserva la g u b e r n a t u r a y tiene mayoría e n e l
Congreso l o c a l ( e n 2001 g a n ó 24 de los 25 distritos electorales), esto n o es
p r o d u c t o de que el PRI haya ganado e l " c a r r o c o m p l e t o " e n los m u n i c i p i o s
regidos p o r usos y costumbres ( m u n i c i p i o s U / C ) . D e h e c h o , e n el curso d e l
último d e c e n i o las elecciones estatales se h a n v u e l t o cada vez más c o m p e t i das e n esos m u n i c i p i o s , y l a p r o p o r c i ó n d e l v o t o priista h a d i s m i n u i d o más
e n estas c o m u n i d a d e s q u e e n el resto d e l estado. Esta t e n d e n c i a es a n t e r i o r
a la legalización de tales prácticas tradicionales, pues c o m e n z ó a p r i n c i p i o s
de los años n o v e n t a , c u a n d o el pacto político que e n e l pasado había garantizado al PRI el m o n o p o l i o v i r t u a l de esas c o m u n i d a d e s e m p e z ó a decaer
c o m o resultado de varios a c o n t e c i m i e n t o s de o r d e n social, político y econ ó m i c o - e n p a r t i c u l a r , e l n a c i m i e n t o d e l PRD y el l e v a n t a m i e n t o zapatista
e n C h i a p a s - , los cuales p r o v o c a r o n u n a r u p t u r a e n t r e las i n c i p i e n t e s organizaciones políticas indígenas y el PRI, y o b l i g a r o n a l g o b i e r n o a i n t r o d u c i r
ciertas r e f o r m a s electorales. L a convergencia c o n t i n u ó después de 1995, y
desde 1998 n o h a h a b i d o m u c h a d i f e r e n c i a e n t r e e l d e s e m p e ñ o d e l PRI e n
los m u n i c i p i o s q u e realizan sus elecciones locales m e d i a n t e e l régimen de
usos y costumbres, y aquellos e n los q u e n o es así. Pese a l a pérdida de votos,
la legalización p r o d u j o dos beneficios m u y claros p a r a e l PRI. E n p r i m e r l u gar, al a b r i r nuevos canales de representación para las organizaciones indígenas i n d e p e n d i e n t e s , h i z o q u e éstas t u v i e r a n m e n o s interés e n aliarse p o líticamente c o n el PRD, c o n l o q u e afectó los resultados de este p a r t i d o e n
las elecciones. E n s e g u n d o lugar, d a d o q u e la legalización h a d i s m i n u i d o el
p e l i g r o de q u e se p r o d u z c a u n a revuelta indígena masiva, e l PRI se b e n e f i c i a
c o n la estabilidad política y l a g o b e r n a b i l i d a d resultantes. L a p o s t u r a c o n ciliatoria q u e h a a d o p t a d o e l PRI o a x a q u e ñ o respecto de l a cuestión indígena, aunada a las o p o r t u n a s r e f o r m a s de 1995, d i o p o r r e s u l t a d o q u e el m o v i m i e n t o g u e r r i l l e r o d e l Ejército P o p u l a r R e v o l u c i o n a r i o (EPR) n o captara
muchas simpatías e n t r e l a o p i n i ó n pública d e l estado. A u n q u e este efecto
n o sea de carácter e s t r i c t a m e n t e p a r t i d i s t a , de c u a l q u i e r f o r m a fortalece al
PRI c o m o el p a r t i d o g o b e r n a n t e e n Oaxaca.
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Este trabajo se h a o r g a n i z a d o e n c u a t r o secciones. L a p r i m e r a p r e s e n ta información básica sobre las tendencias electorales recientes e n Oaxaca
y p l a n t e a dos hipótesis contrarias sobre el i m p a c t o de la legalización de los
usos y costumbres e n e l c o m p o r t a m i e n t o e l e c t o r a l e n e l estado. L u e g o de
e x p l i c a r l a m e t o d o l o g í a u t i l i z a d a p a r a p r o b a r las hipótesis, p r e s e n t o u n análisis d e t a l l a d o de las elecciones estatales, de 1992 a 2 0 0 1 , seguido de a l g u nas conclusiones.
L O S HECHOS BÁSICOS Y LAS DOS CARAS DEL DEBATE
E l análisis de los resultados de los p r i n c i p a l e s p a r t i d o s políticos e n las elecciones estatales, desde los años o c h e n t a , revela las siguientes tendencias. E n
p r i m e r lugar, el PRI p e r d i ó su posición h e g e m ó n i c a e n t r e 1986 y 1995, p e r i o d o d u r a n t e el c u a l la p r o p o r c i ó n de votos a su favor, e n las elecciones estatales, d e c l i n ó de 92 a 5 1 % . S i n e m b a r g o , desde 1995 el v o t o p r i i s t a se m a n t u v o
r e l a t i v a m e n t e c o n s t a n t e , r o n d a n d o el 5 0 % . E n segundo lugar, e l PRD l o g r ó
avances considerables e n cada e l e c c i ó n , desde su n a c i m i e n t o e n 1989, hasta 1998, c o n u n p o r c e n t a j e de votos q u e a u m e n t ó de 6.36% a 3 6 . 1 7 % . N o
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obstante, e n 2 0 0 1 el PRD t u v o u n revés, al o b t e n e r apenas 1 9 . 2 4 % d e l v o t o .
E n tercer lugar, e l PAN i n c r e m e n t ó de m a n e r a constante su p o r c i ó n d e l v o t o
p o p u l a r , de 3.40% e n 1986 a 1 0 . 0 9 % e n 1 9 9 8 , m i e n t r a s q u e e n 2001 d i o u n
4
salto y, a v e n t a j a n d o a l PRD, c o n s i g u i ó 19.43% de los c o m i c i o s . D a d o q u e estas cifras n o varían según se trate de c o m u n i d a d e s e n las q u e se p r a c t i c a n los
usos y c o s t u m b r e s y aquellas e n las q u e c o m p i t e n los p a r t i d o s políticos e n
elecciones m u n i c i p a l e s , sería necesario llevar a cabo más análisis p a r a determ i n a r si la legalización de los p r i m e r o s h a i n f l u i d o c o n s i d e r a b l e m e n t e e n e l
c o m p o r t a m i e n t o e l e c t o r a l de los o a x a q u e ñ o s . D u r a n t e e l t r a b a j o de c a m p o
q u e realicé e n Oaxaca, e n t r e j u l i o y agosto de 2002, e n c o n t r é dos o p i n i o n e s
m u y distintas a l respecto, las cuales h e l l a m a d o hipótesis A y B.
D e a c u e r d o c o n l a hipótesis A , e l PRI es el p r i n c i p a l b e n e f i c i a r i o de l a
legalización de los usos y c o s t u m b r e s , q u e p r o h i b e n l a participación de los
p a r t i d o s políticos e n las elecciones locales, e n 418 m u n i c i p i o s . Esto es espec i a l m e n t e desventajoso p a r a los p a r t i d o s de o p o s i c i ó n , p o r q u e los m u n i c i pios U / c t i e n e n u n a l a r g a h i s t o r i a de v o t o m a y o r i t a r i o p o r e l PRI. Los p a r t i dos de o p o s i c i ó n , q u e apenas e n fecha r e c i e n t e e m p e z a r o n a c o m p e t i r e n
u n p u ñ a d o de m u n i c i p i o s , h a n sido a h o r a expulsados de las elecciones l o cales, l o c u a l les d i f i c u l t a g a n a r posiciones e n aquellas zonas e n las q u e n o
Víctor Leonel Juan Martínez, "Los partidos de oposición: ¿una opción en Oaxaca?, En
Marcha, j u l i o de 2001, p. 11.
Víctor Leonel Juan Martínez, "Elecciones 2000 en Oaxaca: gana el PRI pero continúa su
caída", En Marcha, agosto de 2000, p. 7.
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estaban presentes antes de 1995. Por ello, d i c h a legalización h a d a d o al PRI
nuevas fuerzas, al p e r m i t i r q u e el p a r t i d o conserve su último bastión sólido
de votos y se aferré al p o d e r e n el ámbito estatal. Más aún, l a legalización es
c o n t r a r i a a los p r i n c i p i o s de la d e m o c r a c i a l i b e r a l representativa, d a d o q u e
reconoce l a asamblea c o m u n a l y la votación abierta y pública c o m o u n a a l ternativa válida a l v o t o secreto. U n o de los p r i n c i p a l e s voceros de esta tesis
es el analista político estadounidense George Grayson, e n cuya evaluación
de las elecciones estatales de 2001 e n M é x i c o c r i t i c a e l sistema de usos y cost u m b r e s , p o r q u e p r o p i c i a " l a perpetuación d e l g o b i e r n o c a c i q u i l y la m a n i pulación de los votos" e n Oaxaca, c o n l o q u e p e r m i t e q u e e l PRI conserve l a
g u b e r n a t u r a y d o m i n e e l Congreso l o c a l . M u c h o s observadores i n t e r n a c i o nales de los procesos electorales c o i n c i d e n c o n esta o p i n i ó n , l o m i s m o q u e
la mayoría de los m i e m b r o s d e l PAN. Según L e o v i g i l d o L ó p e z , abogado d e l
Comité D i r e c t i v o Estatal de A c c i ó n N a c i o n a l , "todos saben q u e el ú n i c o part i d o que se h a b e n e f i c i a d o d e l r e c o n o c i m i e n t o de los usos y costumbres es
el PRI. N o hay más p a r t i d o . "
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De a c u e r d o c o n l a hipótesis B, la legalización de estos últimos e q u i l i b r a
el t e r r e n o de j u e g o e n t r e los tres p a r t i d o s a l r o m p e r e l vínculo i n s t i t u c i o n a l
e n t r e el PRI y las c o m u n i d a d e s indígenas. C o m o r e s u l t a d o de la r e f o r m a de
1995, las c o m u n i d a d e s indígenas que e l i g e n a sus a u t o r i d a d e s m u n i c i p a l e s
m e d i a n t e las prácticas tradicionales l o h a c e n así p o r q u e es su d e r e c h o const i t u c i o n a l y n o p o r q u e exista algún t i p o de a c u e r d o tácito c o n el PRI. L a fract u r a de ese pacto político abre nuevas p o s i b i l i d a d e s a los p a r t i d o s de o p o sición p a r a q u e l l e g u e n a regiones d e l estado e n las q u e antes e n f r e n t a b a n
graves desventajas. Esta o p i n i ó n se h a l l a m u y d i f u n d i d a e n t r e los f u n c i o n a rios de g o b i e r n o y los representantes d e l P R I . E n el PRD, l a o p i n i ó n a este
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George W. Grayson, A Guide to the 2001 Mexican State Elections: Gubernatorial and Local
Contests, Washington, The Center for Strategic and International Studies, 2001, p. 38.
Entrevista a Leovigildo López, Comité Directivo Estatal del PAN, I de agosto de 2002.
Esta opinión ha sido expresada en diversas publicaciones recientes sobre los usos y costumbres y la política en Oaxaca, entre ellas, las de Jaime Bailón Corres (Pueblos indios, élites y territorios, México, El Colegio de México, 1999) y Benjamín Maldonado Alvarado (op. cit.) Otros
autores han expresado su preocupación de que, si bien esto puede ser cierto en teoría, en
algunas localidades el sistema de usos y costumbres sigue siendo susceptible de ser manipulado por grupos vinculados a partidos políticos o a otros actores externos. Véanse Colin Clarke,
Class, Ethnicity and Community in Southern México: Oaxaca 's Peasantries, O x f o r d , Oxford University Press, 2000; María Cristina Velásquez, El nombramiento: las elecciones por usos y costumbres en
Oaxaca, Oaxaca, IEE, 2000.
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o
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Entre los funcionarios de mayor rango, los principales proponentes de esta tesis son
Cipriano Flores Cruz (presidente del IEE de Oaxaca, de 1995 a 2002) y Carlos Moreno, de la
Secretaría de Asuntos Indígenas.
Entrevista a Elias Cortés López, representante del PRI ante el IEE de Oaxaca, 26 de j u lio de 2002.
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respecto está d i v i d i d a ; algunos m i e m b r o s d e l p a r t i d o c o n s i d e r a n q u e l a l e galización de los usos y costumbres equilibró el t e r r e n o de j u e g o e n t r e los
tres p a r t i d o s ,
1 0
p e r o otros p i e n s a n q u e t a n solo permitió q u e el PRI m a n i p u -
lara e l m o v i m i e n t o indígena e n p r o v e c h o p r o p i o .
1 1
E n u n p r i n c i p i o , m i o p i n i ó n sobre los usos y costumbres era m u y n e gativa. A p r i m e r a vista, parecía q u e su legalización n o era sino u n p r e t e x t o
m u y c o n v e n i e n t e p a r a q u e el PRI p u d i e r a sacar a los p a r t i d o s de o p o s i c i ó n ,
especialmente al PRO, de u n a g r a n p a r t e d e l estado. C i e r t a m e n t e , r e s u l t a b a
m u y sospechoso que e l p o r c e n t a j e de votos d e l PRI e n las elecciones estatales, q u e había d e c r e c i d o 4 0 % e n t r e 1986 y 1995, se h u b i e r a m a n t e n i d o n o t a b l e m e n t e constante desde entonces. Pese a esto, sin e m b a r g o , el n ú m e r o de m u n i c i p i o s regidos p o r e l PRI sigue d i s m i n u y e n d o . E n 1992, el PRI gob e r n a b a 542 de los 570 m u n i c i p i o s o a x a q u e ñ o s ( 9 5 % ) . Tras l a legalización,
e l PRI g a n ó 111 de los 158 ( 6 9 . 6 % ) m u n i c i p i o s aún abiertos a la c o m p e t e n cia e l e c t o r a l e n 1 9 9 5 ,
(55.3%) en 2 0 0 1 .
1 4
12
y 113 de 152 ( 7 4 . 3 % ) e n 1 9 9 8 ,
13
p e r o sólo 84 de 152
Si los resultados de los comicios m u n i c i p a l e s son u n i n -
d i c a d o r válido de los p a t r o n e s de votación e n las elecciones estatales, esto
sugeriría q u e l a p r o l o n g a d a caída d e l PRI h a c o n t i n u a d o e n las regiones d e l
estado e n d o n d e los p a r t i d o s c o m p i t e n e n e l ámbito m u n i c i p a l , m i e n t r a s
que su p r o p o r c i ó n d e l v o t o h a t e n i d o u n a u m e n t o significativo e n los m u n i cipios U / C . Pero, si b i e n esta hipótesis parecía i n i c i a l m e n t e p l a u s i b l e , resulta ser falsa. Para este análisis utilicé los datos d e l I n s t i t u t o Estatal E l e c t o r a l
(IEE) de Oaxaca a fin de estudiar el e x p e d i e n t e e l e c t o r a l de cada p a r t i d o , e n
cada d i s t r i t o y e n cada u n a de las elecciones estatales realizadas desde 1992,
y presento u n desglose de las tendencias electorales t a n t o e n los m u n i c i p i o s
U / C c o m o e n los m u n i c i p i o s de p a r t i d o , desde 1995. Estos datos m u e s t r a n
que n o hay pruebas de q u e l a estabilización d e l v o t o priista, desde 1995, sea
u n c o r o l a r i o de la legalización de los usos y costumbres. D e h e c h o , a p a r t i r
de ese a ñ o los electores e n los m u n i c i p i o s U / C h a n v o t a d o m e n o s p o r el PRI
y se h a n observado c o i n c i d e n c i a s m u y i m p o r t a n t e s e n los p a t r o n e s de votación e n t r e los distritos e n los q u e u n alto p o r c e n t a j e de los electores vive e n
m u n i c i p i o s u / C y el resto d e l estado.
Entrevista a Rey Morales Sánchez, representante del PRD ante el IEE de Oaxaca, 19 de
agosto de 2002.
Entrevista a Juan Carlos Pascual Diego, Comité Directivo Estatal del PRD, 2 de agosto
de 2002.
Fausto Díaz Montes, "Elecciones locales en Oaxaca, 1995", op. cit., p. 132.
Fausto Díaz Montes, "Elecciones municipales de 1998", en Víctor Raúl Martínez Vásquez y Fausto Díaz Montes (comps.), Elecciones municipales en Oaxaca, op. cit, p. 157.
Víctor Leonel Juan Martínez, "Oaxaca 2001: nueva conformación política municipal",
En Marcha, octubre de 2001, p. 4.
1 0
1 1
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1 3
1 4
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EXPLICACIÓN DE LA METODOLOGÍA
Desde 1995, Oaxaca está d i v i d i d o e n 25 distritos electorales, cada u n o de los
cuales e l i g e u n representante p a r a e l Congreso estatal, p o r mayoría relativa.
E l c u a d r o 1 presenta los distritos electorales de Oaxaca y l a estructura política de sus m u n i c i p i o s , y el m a p a m u e s t r a su ubicación.
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E n este trabajo, los distritos electorales se o r d e n a r o n según el p o r c e n t a j e de electores registrados que viven e n m u n i c i p i o s U / C , para así p o d e r i d e n tificar si e l c o m p o r t a m i e n t o e l e c t o r a l h a sido d i s t i n t o e n los distritos c o n
p r e d o m i n i o de estos m u n i c i p i o s de aquellos e n los q u e n o son mayoritarios.
A l final de cada c u a d r o reagrupé los distritos e n seis categorías (que d e n o minaré, e n a d e l a n t e , g r u p o s distritales A a F ) , según el p o r c e n t a j e de v o t a n tes que v i v e n e n m u n i c i p i o s U / C . Los distritos se a g r u p a n de l a siguiente m a n e r a : 1 0 0 % , 60 a 9 9 % , 35 a 6 0 % , 10 a 3 5 % , 1 a 1 0 % y 0 % . Estos intervalos se
establecieron así c o n el fin de i d e n t i f i c a r los distritos e n los que n o hay u n
solo m u n i c i p i o U / C ( 0 % ) y aquellos q u e sólo t i e n e n m u n i c i p i o s U / C
( 1 0 0 % ) . Los distritos restantes están o r d e n a d o s e n t o r n o al p u n t o m e d i o de
3 5 % , q u e se a p r o x i m a al n ú m e r o de electores q u e viven e n m u n i c i p i o s U / C
e n Oaxaca.
Cabe hacer dos advertencias sobre las cifras q u e aquí se p r e s e n t a n .
E n p r i m e r lugar, c o n las r e f o r m a s electorales de 1995 e l n ú m e r o de d i s t r i tos electorales e n Oaxaca a u m e n t ó d e 21 a 2 5 . E n t o n c e s , a fin c o m p a r a r
los diversos comicios tuve q u e ajustar las cifras de 1992 p a r a que c o i n c i d i e 1 5
1 5
Fausto Díaz Montes, "Elecciones locales en Oaxaca, 1995", op. cit., p. 120.
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r a n c o n las periferias de los distritos existentes e n 1995. N o obstante, h u b o
u n p r o b l e m a que n o p u d e resolver. E n 1995, la capital d e l estado, Oaxaca
d e Juárez, estaba d i v i d i d a e n dos distritos electorales. Por desgracia, e n las
estadísticas d e l IEE correspondientes a 1992 n o se desglosa la votación p o r
casilla, e n cada m u n i c i p i o , p o r l o q u e m e fue i m p o s i b l e d e t e r m i n a r l a cant i d a d de votos e m i t i d o s e n la c i u d a d de Oaxaca q u e correspondió a los distritos I y X X I I . Por t a n t o , e n los cuadros que presento, estos dos distritos
m u e s t r a n las mismas cifras electorales p a r a 1992. E n segundo lugar, debemos t e n e r presente q u e , e n l o que se refiere a los resultados de las elecciones e n M é x i c o , es sabido que las cifras son inexactas hasta mediados de los
años n o v e n t a , dada la inexistencia de u n a a u t o r i d a d electoral i m p a r c i a l y de
l a f r e c u e n t e comisión de flagrantes delitos electorales. Por e l l o , la i n f o r m a c i ó n r e f e r e n t e a los comicios realizados antes de ese p e r i o d o debe verse c o n
s u m a cautela.
PRESENTACIÓN Y ANÁLISIS DE LOS RESULTADOS
Elecciones p a r a g o b e r n a d o r y d i p u t a d o s d e l 2 de agosto de 1992
E l siguiente c u a d r o m u e s t r a el p o r c e n t a j e t o t a l de votos que o b t u v i e r o n
e l PRI, e l PRD y el PAN e n cada d i s t r i t o e l e c t o r a l de Oaxaca. C o m o m e n c i o n a m o s , los 570 m u n i c i p i o s están agrupados de a c u e r d o c o n los 25 distritos
electorales que existen desde 1995. P o r o t r a p a r t e , d a d o que n o se c u e n ta c o n datos p a r a 1992, t o m é c o m o base las cifras de 1995 para calcular e l
p o r c e n t a j e de electores e n cada d i s t r i t o q u e vive e n u n m u n i c i p i o U / C . N o
obstante, estas cifras sí nos son útiles p a r a esclarecer si los habitantes de com u n i d a d e s c o n p r e d o m i n i o de m u n i c i p i o s U / C h a n t e n d i d o a votar más o
m e n o s p o r el PRI, desde 1995.
E n 1992, el c a n d i d a t o d e l PRI a la g u b e r n a t u r a , D i ó d o r o Carrasco A l t a m i r a n o , consiguió 7 4 % de l a votación y e l p a r t i d o triunfó e n los 25 distritos
electorales. E n a q u e l m o m e n t o , existía u n a relación f u e r t e y evidente e n t r e
los usos y costumbres y e l v o t o a favor d e l PRI. E n las elecciones t a n t o p a r a
d i p u t a d o s c o m o p a r a g o b e r n a d o r , e l v o t o priista e n e l g r u p o distrital c o m puesto e n t e r a m e n t e p o r m u n i c i p i o s U / C fue s u p e r i o r e n casi 2 0 % al q u e se
d i o e n los g r u p o s distritales sin n i n g ú n m u n i c i p i o U / C . C o m o lo m u e s t r a e l
c u a d r o 2A, el PRI captó más de 8 0 % de la votación t o t a l e n seis de los trece
distritos electorales e n los que e l p o r c e n t a j e de electores que viven e n m u n i cipios u / C superaba el p r o m e d i o estatal, y sólo e n dos de los doce distritos
e n los que ese p o r c e n t a j e era i n f e r i o r a d i c h o p r o m e d i o . P o r el c o n t r a r i o , e n
c u a t r o de los c i n c o distritos e n los que e l PRI o b t u v o m e n o s de 6 0 % d e l
v o t o t o t a l e n las elecciones legislativas, m e n o s de 1 0 % d e l electorado vivía
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e n c o m u n i d a d e s u / C . Esto sugiere q u e e l PRI gozaba de u n a ventaja considerable e n esas c o m u n i d a d e s oaxaqueñas, l o c u a l i n c r e m e n t a b a e l v o t o t o tal priista e n l a e n t i d a d .
A h o r a b i e n , si las cifras de 1992 revelan u n a clara correlación e n t r e
e l p o r c e n t a j e de electores q u e vivían e n c o m u n i d a d e s U / C y el v o t o a favor
d e l PRI, l o opuesto también es c i e r t o p a r a el PRD, cuyo p r o m e d i o de votos
e n el g r u p o d i s t r i t a l A apenas llegó a 3 . 8 1 % , y 16.93% e n e l g r u p o d i s t r i t a l
F, d u r a n t e las elecciones legislativas de 1992. D e esta m a n e r a , l a p r o p o r c i ó n
de votos p o r e l PRD e n los distritos sin m u n i c i p i o s U / C f u e c u a t r o veces super i o r q u e e n aquellos compuestos únicamente p o r m u n i c i p i o s U / C . E n c a m b i o , la relación e n t r e los usos y costumbres y e l v o t o panista n o es clara. E l
c u a d r o 2 A m u e s t r a q u e , salvo p o r l a c i u d a d de Oaxaca (distritos I y X X I I )
y H u a j u a p a m de L e ó n ( d i s t r i t o X V ) - d o s zonas r e l a t i v a m e n t e urbanizadas,
c o n pocos m u n i c i p i o s u / C - e l v o t o panista es m u y escaso e n t o d o e l estado.
D e h e c h o , es más débil e n el I s t m o (distritos V, V I , X X I I I y X X I V ) - r e g i ó n
zapoteca c o n u n h i s t o r i a l de manifestaciones p o p u l a r e s , p e r o c o n pocas com u n i d a d e s u / c - q u e e n las zonas d o n d e l a mayoría d e l e l e c t o r a d o vive e n
c o m u n i d a d e s u / C . E n t o n c e s , m i e n t r a s q u e es c l a r o q u e los p a t r o n e s de v o t o
e n las regiones u / C tendían a b e n e f i c i a r al PRI y a desfavorecer a l P R D , n o
existe u n a relación clara e n t r e los usos y costumbres y e l v o t o p o r e l P A N .
De todas las elecciones q u e analizamos e n este trabajo, las de 1992 son
las únicas e n las q u e las prácticas t r a d i c i o n a l e s e j e r c i e r o n u n a f u e r t e i n fluencia sobre las p r e f e r e n c i a s d e l e l e c t o r a d o . Ya e n 1995 l a correlación e n -
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t r e los usos y costumbres y e l v o t o priista e m p e z ó a d e s m o r o n a r s e rápidam e n t e , c o m o r e s u l t a d o de las d i f i c u l t a d e s sociales, políticas y e c o n ó m i c a s
q u e enfrentó el g o b i e r n o d e l PRI.
D e s c o n t e n t o c r e c i e n t e : las elecciones legislativas de 1995 y l a legalizac i ó n de los usos y costumbres
Las elecciones i n t e r m e d i a s d e l 6 de agosto de 1995 representaron u n
brusco despertar para el PRI gobernante. Pese a su t r i u n f o e n todos los distritos
electorales, sólo o b t u v o 51.54% de la votación total, l o que significó u n a caída
de casi 2 0 % c o n respecto a los comicios anteriores y los peores resultados e n
la historia electoral de Oaxaca. E l PRD, e n c a m b i o , consiguió su mayor éxito, al
ganar 23.26% d e l voto total, y el PAN q u e d ó e n tercer lugar, c o n 1 1 . 3 5 % .
16
El
PRI también perdió bastante t e r r e n o e n los m u n i c i p i o s U / C , al captar t a n sólo
57.67% de la votación, c o n t r a 48.50% e n el resto d e l e s t a d o .
17
Antes de p r e s e n t a r u n análisis p o r d i s t r i t o de las elecciones de 1995,
p r i m e r o d e b e m o s i d e n t i f i c a r las causas de l a drástica caída d e l PRI, p a r t i c u l a r m e n t e e n los m u n i c i p i o s u / C . E l t r i e n i o 1992-1995 v i o u n m a r c a d o i n c r e m e n t o de las protestas p o p u l a r e s y el d e s c o n t e n t o social e n Oaxaca, c o m o
resultado de diversos p r o b l e m a s de o r d e n social, político y e c o n ó m i c o que
el g o b i e r n o p r i i s t a se mostró incapaz de resolver. A u n q u e , a p r i n c i p i o s de
los n o v e n t a , las r e f o r m a s o r i e n t a d a s a l m e r c a d o d e l p r e s i d e n t e Salinas restab l e c i e r o n e l c r e c i m i e n t o m a c r o e c o n ó m i c o , e l o a x a q u e ñ o p r o m e d i o se v i o
m u y p o c o b e n e f i c i a d o c o n ese d e s a r r o l l o , q u e se c o n c e n t r a b a básicamente
e n los sectores industriales y financieros r e l a c i o n a d o s c o n e l exterior. D e ahí
q u e , a u n antes d e l colapso financiero de d i c i e m b r e de 1994, l a vida c o t i d i a n a ya era difícil e n Oaxaca. Los p r o d u c t o r e s agrícolas locales se o p o n í a n a
la a p e r t u r a c o m e r c i a l , t e m i e n d o la e m b e s t i d a de i m p o r t a c i o n e s e s t a d o u n i denses b a r a t a s . P o r o t r a p a r t e , e n 1992 e l g o b i e r n o de Salinas d e c i d i ó m o 18
dificar el artículo 27 de l a Constitución m e x i c a n a a fin de p o n e r término a l
a n t i g u o c o m p r o m i s o d e l g o b i e r n o c o n l a r e f o r m a a g r a r i a y p e r m i t i r l a privatización de hasta 4 8 % de las tierras ejidales o p r o p i e d a d de c o m u n i d a d e s i n dígenas. M u c h o s campesinos se o p u s i e r o n a esa r e f o r m a , t e m i e n d o q u e serían p r e s i o n a d o s p a r a q u e v e n d i e r a n sus tierras a inversionistas e x t r a n j e r o s
o para q u e saldaran c o n ellas sus d e u d a s .
19
Esto constituía u n a amenaza par-
t i c u l a r m e n t e grave e n Oaxaca, d o n d e casi 7 0 % de las tierras es e j i d a l o coVíctor Leonel Juan Martínez, "Los partidos de oposición: ¿una opción en Oaxaca?, op.
cit., p. 11.
Cálculos basados en las cifras que aparecen en IEE de Oaxaca, Elección de diputados de mayoría relativa: votación por casilla, Oaxaca, 1995.
Lynn Stephen, Viva Zapata! Generaiion, Gender and Historical Consciousness in theReception
ojEjido Reform in Oaxaca, San Diego, Center for US-Mexican Studies, 1994, p. 7.
Ibid., pp. 10-29.
1 6
1 7
1 8
19
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m u r t a l , y los 330 m i l ejidatarios y c o m u n e r o s d e l estado r e p r e s e n t a n 4 3 . 7 %
de la p o b l a c i ó n e c o n ó m i c a m e n t e a c t i v a . De esta m a n e r a , si b i e n los c a m pesinos mexicanos s i e m p r e habían considerado al PRI c o m o e l m e j o r g a r a n te de los derechos sobre sus tierras, a p r i n c i p i o s de los años n o v e n t a esto
dejó de ser así.
20
Sin e m b a r g o , e l e p i s o d i o más f u e r t e de este p e r i o d o f u e el l e v a n t a m i e n to zapatista, e n Chiapas. E l I de e n e r o de 1994, u n g r u p o indígena r e b e l de, d e n o m i n a d o Ejército Zapatista de Liberación N a c i o n a l (EZLN) t o m ó e l
histórico p o b l a d o de San Cristóbal de las Casas y "secuestró" a decenas de
f u n c i o n a r i o s públicos, i n c l u i d o u n a n t i g u o g o b e r n a d o r d e l estado. Estas
acciones c o n d u j e r o n a u n e n f r e n t a m i e n t o c o n el ejército f e d e r a l , pues se
e n v i a r o n 30 000 efectivos p a r a q u e aplacaran l a rebelión. Sin e m b a r g o , los
zapatistas p r o n t o se g a n a r o n l a o p i n i ó n pública m e x i c a n a , al hacer que l a
atención i n t e r n a c i o n a l a d v i r t i e r a las desigualdades sociales, l a d i s c r i m i n a ción y l a p o b r e z a abyecta de q u e e r a n víctimas los indígenas mexicanos. Según Jorge H e r n á n d e z Díaz, e l l e v a n t a m i e n t o zapatista t u v o efectos p r o f u n dos e n el m o v i m i e n t o indígena de Oaxaca, e n d o n d e había diversas o r g a n i zaciones q u e simpatizaban a b i e r t a m e n t e c o n e l EZLN, tales c o m o l a U n i ó n
de Organizaciones de l a Sierra Juárez de Oaxaca ( U N O S J O ) , l a Federación Indígena de O a x a q u e ñ o s Binacionales (FIOB) , Servicios d e l P u e b l o
M i x e ( S E R ) y l a Coalición de Maestros y P r o m o t o r e s Indígenas e n Oaxaca
( C M P I O ) . L a UNOSJO, q u e desde m u c h o t i e m p o atrás había estado presion a n d o al g o b i e r n o estatal p a r a q u e r e c o n o c i e r a la a u t o n o m í a de las c o m u o
21
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23
2 4
20
Ibid., p. 10.
Una confederación de 26 asociaciones comunales zapotecas, situadas en la Sierra Norte. Aunque el objetivo original de estas asociaciones era proteger la producción local de café e
impulsar la construcción de carreteras, según Jorge Hernández Díaz, desde 1990 la UNOSJO ha
sido una promotora muy importante de la identidad cultural zapoteca y defensora de los usos
y costumbres. Véase, de él, Reclamos de la identidad: la formación de las organizaciones indígenas en
Oaxaca, Oaxaca, UABJO, 2001, pp. 199-203.
2 1
Confederación de asociaciones comunales, que abarca todo el estado. Fue creada por
oaxaqueños radicados fuera de su tierra natal con el fin de establecer vínculos entre los trabajadores indígenas emigrantes que viven en California o el norte de México y sus comunidades
de origen. Según Hernández Díaz, la FIOB es una promotora activa de los derechos humanos,
sobre todo en la Mixteca, cuyas comunidades locales siempre estuvieron ligadas al PRI, a través
de la C N C Op. cit, pp. 248-267.
Jorge Hernández Díaz (ibid., pp. 181-196) describe a SER como una confederación de
asociaciones comunales de la región mixe de la Sierra Norte, dirigida por intelectuales y profesionales que pretenden impulsar el desarrollo comunitario y cultural, y preservar el medio
ambiente natural en esa región.
Organización de intelectuales y profesionales indígenas, de clase media, que se han
dado a la tarea de fomentar la educación bilingüe y bicultural en Oaxaca y crear conciencia de
la rica herencia cultural indígena que posee el estado.
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nidades indígenas y que respetara sus usos y c o s t u m b r e s , envió víveres y p r o visiones, c o m o "ayuda h u m a n i t a r i a " , a los " m u n i c i p i o s a u t ó n o m o s " de C h i a pas, c o n t r o l a d o s p o r zapatistas.
25
De i g u a l f o r m a , los d i r i g e n t e s de la FIOB y
l a CMPIO se c o n t a r o n e n t r e los representantes d e l EZLN d u r a n t e las n e g o c i a ciones p a r a los A c u e r d o s de San A n d r é s .
2 6
L a g e n i a l i d a d d e l zapatismo consistió e n su h a b i l i d a d p a r a h e r m a n a r l a
d e m a n d a i n d í g e n a de m a y o r a u t o n o m í a c o n las d e l m e x i c a n o c o m ú n p o r
u n a r e f o r m a democrática. De esta m a n e r a , el zapatismo t o c ó u n a fibra sensible para m u c h o s m e x i c a n o s mestizos, quienes también a p o y a b a n la apert u r a política. Según H é c t o r Díaz P o l a n c o :
E l v e r d a d e r o m é r i t o de los zapatistas radicó e n dos cosas: e n su c a p a c i d a d p a r a
enlazar las d e m a n d a s de d e m o c r a c i a , j u s t i c i a y l i b e r t a d q u e ellos e n a r b o l a b a n ,
c o n l a d e m a n d a i n d í g e n a de a u t o n o m í a , y e n l a t r i b u n a n a c i o n a l q u e c o n s t r u y e n p a r a e l d e b a t e de este t e m a , c o n l o q u e l o g r a r o n q u e l a reivindicación de
los p u e b l o s i n d i o s alcanzara u n a r e s o n a n c i a i n u s u a l . E l v í n c u l o resultó e n o r m e m e n t e f e c u n d o , y eficaz l a a p e r t u r a d e l espacio p o l í t i c o .
27
E n respuesta al l e v a n t a m i e n t o zapatista, e l g o b i e r n o de Salinas inició
u n a nueva r o n d a de n e g o c i a c i o n e s c o n todos los p a r t i d o s , q u e c u l m i n ó c o n
las reformas electorales de f e b r e r o de 1994, c o n las q u e se habrían de f o r t a lecer las bases democráticas y se garantizaría la i m p a r c i a l i d a d de las elecciones de ese m i s m o a ñ o .
2 8
Estas r e f o r m a s - q u e c o n t e n í a n nuevas cláusulas de
s e g u r i d a d p a r a g a r a n t i z a r el v o t o secreto e n las u r n a s , u n p r o c e s o i m p a r c i a l
de selección de los f u n c i o n a r i o s de c a s i l l a
29
y, p o r p r i m e r a vez, l a a n u e n c i a
Hacia diciembre de 1994, los zapatistas habían establecido 37 "municipios autónomos" en Chiapas. (véase George Collier, "El nuevo movimiento indígena", en Lourdes de León
Pascual (comp.), Costumbres, leyes y movimiento indio en Oaxaca y Chiapas, México, CIESAS, 2001,
p. 299). Por su parte, Víctor Leonel Juan Martínez destaca que estos municipios, derivados de
los 110 existentes en Chiapas, eligen a sus representantes locales por medio de los usos y costumbres, pero, a diferencia de comunidades similares de Oaxaca, ellos no reconocen otra
autoridad más alta que la suya. Cfr., de él, "Autonomía municipal y municipios 'autónomos'",
En Marcha, mayo j u n i o de 1998.
Jorge Hernández Díaz, op. cit., pp. 114 y 274.
Jorge Hernández Díaz, "Retos y oportunidades en la formación del movimiento indígena en Oaxaca", en Víctor Raúl Martínez Vásquez (comp.), Oaxaca: escenarios del nuevo siglo,
Oaxaca, IIS-UABJO, 2000, pp. 199 y 200.
Jorge Alcocer V , "Recent Electoral Reforms i n México: Prospects for a Real Multi-Party
Democracy", en Riordan Roett (comp.), The Challenge of InstitutionalReform in México, Boulder,
Lynne Rienner Publishers, 1995, p. 63.
Jorge I . Domínguez, "The Transformation of Mexico's Electoral and Party Systems,
19884997: A n Introduction", en Jorge I . Domínguez y Alejandro Poiré (comps.), Toward
Mexico's Democratization: Parties, Campaigns, Elections and Public Opinión, Nueva York, Routledge, 1999, p. 6.
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para q u e h u b i e r a "observadores electorales e x t r a n j e r o s " q u e vigilaran los
p r o c e s o s - c o m p l e m e n t a r o n las de 1992-1993, c o n las cuales el g o b i e r n o
de Salinas aceptó a u m e n t a r e l n ú m e r o de representantes de l a oposición e n
el Senado, d e r o g a r el p r o c e d i m i e n t o p o r el cual los resultados electorales
e r a n ratificados p o r el p r o p i o Congreso ("autocalificación") y crear el T r i b u n a l Federal E l e c t o r a l (TRIFE), c o n plenas facultades legales para d i r i m i r
las disputas e l e c t o r a l e s .
E n Oaxaca, e l g o b i e r n o de Carrasco r e s p o n d i ó c o n u n p r o g r a m a de
reformas p r o p i o y, e n f e b r e r o de 1995, organizó u n a "mesa de concertac i ó n " c o n los representantes de los tres p a r t i d o s políticos más i m p o r t a n t e s
y grupos de la sociedad civil. E l p r o g r a m a de r e f o r m a s contenía propuestas
para elevar el n ú m e r o de d i p u t a d o s elegidos p o r representación p r o p o r c i o n a l , de 10 a 1 7 . L a o p o s i c i ó n , p o r su p a r t e , exigió q u e se separara el PRI
d e l aparato de Estado, a r g u m e n t a n d o q u e l a Presidencia d e l Consejo Gener a l d e l IEE debía ser a u t ó n o m a respecto de l a Secretaría de G o b i e r n o , y que
debían emitirse nuevas leyes que l i m i t a r a n el financiamiento para las campañas y d e r o g a r a n la f a c u l t a d de "autocalificación" d e l Congreso l o c a l . E l
g o b i e r n o de Carrasco presentó l a c o n t r a p r o p u e s t a de m o d i f i c a r el C ó d i g o
de Instituciones Políticas y P r o c e d i m i e n t o s Electorales de Oaxaca (CIPPEO)
para que se d i e r a r e c o n o c i m i e n t o legal a las elecciones locales p o r usos y
costumbres, realizadas e n los m u n i c i p i o s c o n u n p o r c e n t a j e elevado de p o blación indígena o campesina. Esta p r o p u e s t a f u e m u y polémica, pues i m plicaba u n a l e j a m i e n t o r a d i c a l de los p r i n c i p i o s liberales de l a Constitución
de 1917 y contravenía la añeja r e n u e n c i a d e l Estado m e x i c a n o a o t o r g a r derechos especiales a las minorías étnicas. Así, l a p r o p u e s t a f u e enérgicamente rechazada n o sólo p o r el PAN, sino también p o r algunos sectores d e l PRI y
d e l PRD. Para m u c h o s priistas la legalización era i n n e c e s a r i a m e n t e p e l i g r o sa, pues significaba q u e el p a r t i d o habría de retirarse de a l r e d e d o r de 400
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Juan Molinar Horcasitas, "Renegotiating the Rules o f the Game: The State and the Politcal Parties", en Monica Serrano y Víctor Bulmer-Thomas (comps.), Rebuilding the State: Mexico after Salinas, Londres, Institute o f Latin American Studies, 1996, p. 35.
Jorge Alcocer V , op. cit., p. 29.
Aunque parezca una coincidencia, tanto María Cristina Velasquez como Víctor Raúl
Martínez Vásquez demuestran que se trata de una tendencia general de los gobiernos estatales
de Oaxaca a imitar, para sus reformas, aquellas adoptadas por el gobierno federal en años anteriores. Véase Velásquez, El nombramiento..., op. cit., pp. 131-134; Martínez Vásquez (comp.),
Oaxaca: escenarios del nuevo siglo, op. cit., pp. 232-235.
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J a i m e Bailón Corres, op. cit, p. 234.
Fausto Díaz Montes, "Elecciones locales en Oaxaca, 1995", op. cit., p. 120; Jaime Bailón
Corres, op. cit., p. 234.
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m u n i c i p i o s . Por o t r a p a r t e , m u c h o s perredistas temían q u e los usos y cost u m b r e s n o harían sino c o n s o l i d a r los antiguos m é t o d o s de c o n t r o l político
e n las c o m u n i d a d e s indígenas, c o n l o que se garantizaría u n a sólida mayoría de votos priistas p a r a los años venideros. E n los meses previos a las elecciones i n t e r m e d i a s de 1995, varias organizaciones indígenas e m p e z a r o n a
p r e s i o n a r al g o b i e r n o estatal p a r a l a legalización, incluidas SER, U N O S J O ,
las Organizaciones Indígenas p a r a l a Defensa de los Derechos H u m a n o s
e n Oaxaca ( O I D H O ) y l a C o o r d i n a d o r a Estatal de P r o d u c t o r e s de Café de
Oaxaca ( C E P C O ) , así c o m o también la jerarquía católica, q u e , b a j o l a guía
d e l arzobispo Bartolomé Carrasco, había establecido vínculos m u y a m p l i o s
c o n g r u p o s de indígenas católicos l a i c o s . Sin e m b a r g o , la a p r o b a c i ó n de
la ley sobre usos y costumbres se postergó p o r la fuerte o p o s i c i ó n d e n t r o
d e l Congreso. F i n a l m e n t e , las r e f o r m a s liberales se s u s c r i b i e r o n e n mayo
de 1 9 9 5 .
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Los meses precedentes a los comicios de agosto de 1995 estuvieron m a r cados p o r numerosas manifestaciones públicas, pues la Coalición de O b r e ros, Campesinos y Estudiantes d e l I s t m o (COCEl) organizó b l o q u e o s de carreteras, marchas de protesta, ocupaciones de edificios públicos y protestas f r e n t e al Palacio de G o b i e r n o de l a capital d e l e s t a d o . A s i m i s m o , otras
O N G c u l p a r o n al g o b i e r n o de m a n i p u l a r las elecciones y diversos g r u p o s de
católicos laicos i m p a r t i e r o n talleres p a r a a m p l i a r l a c o n c i e n c i a sobre los derechos h u m a n o s y las responsabilidades cívicas. E n el I s t m o , l a U n i ó n de
C o m u n i d a d e s Indígenas de l a Z o n a N o r t e d e l I s t m o ( U C I Z O N I ) organizó
manifestaciones e n las 52 c o m u n i d a d e s para d e n u n c i a r l a c o r r u p t a c o s t u m bre d e l PRI de u t i l i z a r las i n s t i t u c i o n e s públicas para apoyar las actividades
d e l p a r t i d o y financiar a sus c a n d i d a t o s . Por o t r a p a r t e , varios actores civi41
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43
Fausto Díaz Montes y Benjamín Maldonado Alvarado explican que muchos priistas tradicionales juzgaban sumamente riesgosa esta estrategia, pues ellos consideraban que el ayuntamiento era la última línea de defensa que tenía el partido para asegurarse el control político local. Esto era particularmente importante en aquellas comunidades indígenas cuyas costumbres
propias no siempre coincidían con el derecho federal. Por tanto, el presidente municipal era
considerado, sobre todo, como el representante del PRI ante las comunidades indígenas, más
que como u n representante del pueblo. Véase Díaz Montes, Los municipios: la disputa por el poder
local en Oaxaca, Oaxaca, IIS-UABJO, 1992, p. 30; Maldonado Alvarado, op. cit, pp. 28 y 29.
J o r g e Hernández Díaz, Reclamos de la identidad, op. cit., pp. 199-203.
EDUCA, Breve panorama de la situación pre-electoral en Oaxaca, Oaxaca, 1995, p. 19.
Ídem.
Fausto Díaz Montes, "Elecciones locales en Oaxaca, 1995", op. cit., p. 122.
Ibid.,p.
121.
ídem.
Ibid.,p.
122.
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EDUCA, op. cit., p. 19.
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les, n o estatales, c o m o E D U C A y l a Pastoral Social d e s e m p e ñ a r o n u n p a p e l
i m p o r t a n t e , p r o m o v i e n d o el v o t o c i u d a d a n o y v i g i l a n d o los procesos electorales. C o m o resultado de estos varios factores, los comicios legislativos d e l 6
de agosto de 1995 f u e r o n u n h i t o e n l a e v o l u c i ó n política de Oaxaca.
E n e l c u a d r o 3 se desglosan los votos q u e o b t u v i e r o n el PRI, el PRD y e l
PAN e n cada u n o de los distritos de Oaxaca, e n 1995, y los cambios de los t o tales electorales desde 1992.
CUADRO
3A
Elecciones legislativas de 1995: t o t a l de votos p o r d i s t r i t o electoral
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A d e m á s de las drásticas pérdidas q u e sufrió e l PRI e n casi todos los dist r i t o s , e l rasgo más sobresaliente de las elecciones de 1995 fue q u e e l v o t o
p r i i s t a t u v o su m a y o r caída e n los distritos c o n p r e d o m i n i o de m u n i c i p i o s
U / C o e n aquellos d o n d e las o r g a n i z a c i o n e s indígenas e r a n p a r t i c u l a r m e n te activas. A su vez, el PRD fue e l p r i n c i p a l b e n e f i c i a r i o d e l d e r r u m b e de l a
h e g e m o n í a priista e n la mayoría de esos distritos. E n l a Sierra N o r t e ( d i s t r i tos I I I y X X I I ) , e n d o n d e e l t o t a l de l a p o b l a c i ó n vive e n c o m u n i d a d e s U /
C, la d e r r o t a d e l PRI se d e b i ó e n g r a n m e d i d a a u n r e n a c i m i e n t o de l a c u l t u r a indígena, d i r i g i d o p o r UNOSJO y SER, p o r e l c u a l la región se transformó
de u n bastión d e l PRI e n u n a z o n a c o n organizaciones indígenas i n d e p e n dientes y m u y fuertes cuyos d i r i g e n t e s a m e n u d o e r a n simpatizantes d e l PRD.
E n el d i s t r i t o I I I , el p o r c e n t a j e de votos priistas d e c r e c i ó de 83 e n 1992 a 52
e n 1995, m i e n t r a s q u e los votos p o r e l PRD a u m e n t a r o n siete veces, de 4 %
a 2 8 % . Los resultados d e l PRD m e j o r a r o n d e b i d o a la c a n d i d a t u r a de A l d o
González, u n m i e m b r o destacado d e l a UNOSJO cuya campaña era apoyad a p o r los representantes de 22 c o m u n i d a d e s zapotecas y chinantecas de l a
Sierra. A u n q u e éstas i n i c i a l r n e n t e a p o y a r o n su postulación c o m o c a n d i d a t o
i n d e p e n d i e n t e , González d e c i d i ó afiliarse a l PRD p a r a t e n e r más p o s i b i l i d a des.
44
E n el d i s t r i t o X X , l a sede d e SER, l a t e n d e n c i a fue similar, c o n u n a caí-
d a d e l v o t o p r i i s t a de 8 4 % e n 1992 a 6 1 % e n 1995, m i e n t r a s q u e el d e l PRD
se multiplicó seis veces, pues alcanzó 2 7 % . D e i g u a l m a n e r a , e n l a r e g i ó n
W i m Gijsbers, Usos y costumbres, caciquismo e intolerancia religiosa: entrevistas a dirigentes indios de Oaxaca, Oaxaca, Centro de Apoyo al Movimiento Popular Oaxaqueño, A.C., 1996, p. 29.
4 4
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m i x t e c a (distritos X X I , X I I I , X I I y X I ) , e n d o n d e la FIOB es p a r t i c u l a r m e n te activa, el PRI tuvo u n d e s e m p e ñ o m u y d e f i c i e n t e , c o n u n p o r c e n t a j e de
votación q u e cayó 32, 3 1 , 40 y 29, respectivamente. Por último, e n el d i s t r i t o X X I V (Matías R o m e r o ) , d o n d e l a U C I Z O N I organizó decenas de protestas
públicas c o n t r a el PRI, el apoyo a este p a r t i d o disminuyó de 8 7 % e n 1992 a
4 5 % e n 1995. Por el c o n t r a r i o , el PRD tuvo avances sorprendentes, de al m e nos 2 5 % d e l voto t o t a l e n cada u n o de estos distritos.
Los vínculos crecientes e n t r e las organizaciones indígenas y el PRD n o
e r a n c o m p l e t a m e n t e partidistas. Hasta mediados de los noventa, organizaciones tales c o m o SER o la UNOSJO, q u e buscaban nuevos canales de r e p r e s e n tación, a m e n u d o veían al PRD c o m o u n vehículo para p r e s i o n a r al g o b i e r n o
estatal a fin de que r e c o n o c i e r a l a a u t o n o m í a de las c o m u n i d a d e s indígenas
y, al m i s m o t i e m p o , para ganar u n a voz e n el Congreso local. Esta relación l a
describe J o e l A q u i n o , u n a n t i g u o d i p u t a d o d e l PRD (1995-1998) y p r o f e s o r
d e Yalálag, u n a c o m u n i d a d zapoteca de l a sierra:
N o p u e d e h a b e r d e m o c r a c i a s i n l a participación o r g a n i z a d a de los p u e b l o s
indígenas. L o s p a r t i d o s políticos r e c h a z a r o n nuestras p r o p u e s t a s d i c i e n d o q u e
l a m o d e r n i d a d h a arrasado l a tradición y q u e las c o m u n i d a d e s están cerradas
p o r l a tradición. D e c í a n q u e las c o m u n i d a d e s se m o d e r n i z a n p o r m e d i o de los
partidos. N o luchamos c o n t r a la m o d e r n i d a d , sino que queremos f u n d i r l a c o n
e l e m e n t o s de l a tradición e n u n a sola pieza. A eso l l a m a m o s r e f o r m a política y
Estado d e m o c r á t i c o . Las c o m u n i d a d e s p r o p o n e n q u e se respete el sistema t r a d i c i o n a l de e l e g i r a las a u t o r i d a d e s . N o existe e l sistema de p a r t i d o s p o l í t i c o s ,
s ó l o d e l PRI. Falta m u c h o p a r a q u e e l PRD e n r a i c e e n las c o m u n i d a d e s y las c o l o nias p o p u l a r e s . E l m i s m o g o b i e r n o p o n e obstáculos p a r a d e s a r r o l l a r e l sistema
d e m o c r á t i c o , n o las c o m u n i d a d e s . A l c o n t r a r i o , l a p r o p u e s t a s d e las c o m u n i d a des f e r t i l i z a n e l sistema p o l í t i c o e n este país. T r a t a m o s de c o n s t r u i r u n a p e q u e ña v e r e d a q u e nos c o n d u z c a a l C o n g r e s o l o c a l .
4 5
Estos vínculos e n t r e e l PRD y las organizaciones indígenas constituían
u n a grave amenaza para e l PRI, sobre t o d o después de las elecciones de
1995, c u a n d o fue claro q u e e l p a r t i d o ya n o p o d r í a seguir c o n t a n d o c o n u n
v o t o casi unánime e n los m u n i c i p i o s U / C . A n t e estos resultados, l a p r o p u e s ta de Carrasco de legalizar las prácticas tradicionales ya n o pareció t a n riesgosa a los priistas r e n u e n t e s , d a d o q u e e l p a r t i d o ya había p e r d i d o m u c h o
apoyo e n esas c o m u n i d a d e s .
De esta m a n e r a , u n a de las p r i m e r a s acciones de los legisladores q u e
e n t r a r o n e n f u n c i o n e s e n 1995 f u e r a t i f i c a r los cambios propuestos a l
CIPPEO, para llevar a cabo d i c h a legalización. Esta r e f o r m a , a d o p t a d a el 30
Ibid.,pp.
45
30 y 31.
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de agosto de 1995, representó u n h i t o e n e l d e s a r r o l l o político de O a x a ca. C u r i o s a m e n t e , la e n m i e n d a al l i b r o I V d e l CIPPEO n o prohibió explícitam e n t e l a participación de los p a r t i d o s políticos e n las elecciones p o r usos y
c o s t u m b r e s . Según el artículo 112, "las c o m u n i d a d e s , respetando sus usos
y c o s t u m b r e s , registrarán a sus candidatos d i r e c t a m e n t e , sin intervención
de p a r t i d o político a l g u n o , o b i e n a través de a l g u n o de e l l o s " .
46
Por o t r a
p a r t e , las así regidas seguían t e n i e n d o q u e r a t i f i c a r las decisiones tomadas
p o r l a asamblea c o m u n i t a r i a , m e d i a n t e u n a e l e c c i ó n f o r m a l , p o r m e d i o de
boletas y urnas. D e los 412 m u n i c i p i o s q u e r e a l i z a r o n u n a asamblea p r e v i a
a las elecciones m u n i c i p a l e s d e l 12 de n o v i e m b r e , sólo 89 r e g i s t r a r o n su lista de c a n d i d a t o s c o m o u n a " p l a n i l l a c o m u n i t a r i a " , y 312 l a r e g i s t r a r o n c o n
el P R I .
4 7
L a falta de c l a r i d a d e n l a ley de 1995 p r o d u j o g r a n confusión e n
m u c h o s p u e b l o s c o n respecto al p a p e l q u e desempeñarían los p a r t i d o s p o líticos e n las elecciones p o r usos y costumbres. E l de María Cristina Velásquez, cuyo l i b r o e d i t a d o e n 2000, El nombramiento, constituye sin d u d a u n o
de los análisis más c o m p l e t o s de las elecciones p o r usos y costumbres, sostiene: " L o q u e pasó e n los comicios d e l 12 de n o v i e m b r e era u n desmadre. H a bía m u c h a confusión, m u c h a i n c e r t i d u m b r e e n las c o m u n i d a d e s , p o r q u e
la gente n o c o n o c í a los derechos q u e t u v i e r a n ante l a n u e v a legislación. E n
m u c h o s lugares, esta i n c e r t i d u m b r e b e n e f i c i ó al P R I . "
4 8
P o r e j e m p l o , e n Santa C a t a r i n a M e c h o a c á n , u n a c o m u n i d a d m i x t e c a
de L a Costa, las a u t o r i d a d e s d e c i d i e r o n registrar a los candidatos elegidos
e n su asamblea g e n e r a l c o n e l PRI, p o r t e m o r de q u e e l g o b i e r n o r e t i r a r a
f o n d o s a l m u n i c i p i o si se r o m p í a ese v í n c u l o .
49
S i n e m b a r g o , tres años des-
pués, c u a n d o u n g r u p o l o c a l p e r r e d i s t a solicitó u n
financiamiento
a su par-
t i d o p a r a p o d e r c o m p e t i r e n las elecciones de 1998, las autoridades m u n i c i pales salientes s o l i c i t a r o n ante el IEE q u e "se regrese a sus usos y costumbres
p a r a evitar la intromisión de p a r t i d o s políticos e n su c o m u n i d a d " .
5 0
Esta pe-
tición f u e aceptada y, desde 1998, Santa C a t a r i n a M e c h o a c á n se c u e n t a e n tre los 418 m u n i c i p i o s u / C .
5 1
Este e j e m p l o deja ver l a falta de información
sobre las r e f o r m a s de 1995 q u e aún persistía e n m u c h a s c o m u n i d a d e s aisladas, l o c u a l a m e n u d o b e n e f i c i a b a al PRI.
E n o c t u b r e de 1997, e l C o n g r e s o estatal a p r o b ó u n a segunda r e f o r m a
al l i b r o I V d e l CIPPEO, c o n e l fin de o t o r g a r más a u t o n o m í a a las c o m u n i EDUCA, op. cit, p. 4.
María Cristina Velásquez, op. cit, pp. 138 y 139.
Entrevista a María Cristina Velásquez, autora de El nombramiento..., 20 de agosto
de 2002.
María Cristina Velásquez, op. cit, p. 239.
ídem.
ídem.
4 6
4 7
4 8
4 9
5 0
51
494
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dades i n d í g e n a s . L a ley de 1997 p r o h i b e l a participación de los p a r t i d o s
políticos e n elecciones realizadas p o r usos y costumbres (artículo 118) y
reconoce a los candidatos elegidos p o r las asambleas c o m u n i t a r i a s c o m o
52
el g o b i e r n o oficial d e l m u n i c i p i o (artículo 1 1 6 ) . De esta m a n e r a , desde
1998, las elecciones m u n i c i p a l e s realizadas p o r asamblea g e n e r a l n o se r a t i f i c a n p o r m e d i o de las urnas y el v o t o secreto. Por o t r a p a r t e , el artículo
124 de la r e f o r m a de 1997 p e r m i t e q u e las c o m u n i d a d e s d e t e r m i n e n l a
duración d e l encargo m u n i c i p a l , de a c u e r d o c o n las t r a d i c i o n e s locales,
siempre q u e n o exceda de tres a ñ o s . P o r último, las p r o p i a s a u t o r i d a d e s
m u n i c i p a l e s son a h o r a responsables de vigilar los procesos electorales e n los
m u n i c i p i o s u / C , a reserva de q u e i n f o r m e n al IEE c o n anticipación sobre l a
fecha, lugar y ubicación de la asamblea g e n e r a l , y q u e p r e s e n t e n u n i n f o r m e
p o r escrito de los p r o c e d i m i e n t o s . Así, l a función d e l IEE se l i m i t a a validar las elecciones, l o q u e se hace de m a n e r a más o m e n o s automática, salvo
q u e m i e m b r o s de l a c o m u n i d a d p r e s e n t e n u n a q u e j a a d m i n i s t r a t i v a . Según
D a v i d R e c o n d o , l o ú n i c o q u e h i z o l a r e f o r m a de 1997 p a r a r e g u l a r e l IEE fue
estipular n o r m a s mínimas p a r a las elecciones p o r usos y costumbres, c o n l o
q u e se d e j ó al proceso v u l n e r a b l e a l a m a n i p u l a c i ó n . A pesar de sus d e f i ciencias, d i c h a r e f o r m a f u e sin d u d a l a legislación más avanzada d e l país e n
lo c o n c e r n i e n t e al r e c o n o c i m i e n t o de las f o r m a s indígenas de organización
s o c i o p o l í t i c a . Sin e m b a r g o , al r e g u l a r la a u t o r i d a d d e l estado e n las c o m u nidades indígenas, l a legislación de 1997 n o hace m u c h o p o r evitar q u e los
usos y costumbres sean m a n i p u l a d o s p o r quienes están e n e l p o d e r .
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El e l e m e n t o final de la "política indígena" d e l g o b i e r n o de Carrasco fue
la Ley de Derechos de los Pueblos y C o m u n i d a d e s Indígenas, q u e a d o p t ó
el Congreso estatal e n j u n i o de 1 9 9 8 . Esta legislación, q u e r e c o n o c e los
sistemas n o r m a t i v o s i n t e r n o s de las c o m u n i d a d e s indígenas, fue l a o b r a
máxima d e l g o b e r n a d o r y d e l p r e s i d e n t e de l a Comisión de A s u n t o s I n dígenas, J a i m e Bailón C o r r e s . L a ley reconoce l a validez de los sistemas
n o r m a t i v o s indígenas e n áreas tales c o m o l a v i d a familiar, e l d e r e c h o civil, la
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Ibid., pp. 141 y 142.
El texto completo del CIPPEO se encuentra en una publicación del IEE de Oaxaca titulada El compendio de legislación electoral de Oaxaca, Oaxaca, 1998.
CIPPEO, libro rv, en IEE de Oaxaca, op. cit.
Ibid., artículo 116.
David Recondo, "Usos y costumbres: procesos electorales y autonomía indígena en
Oaxaca", en Lourdes de León Pascual (comp.), op. cit., p. 97.
María Cristina Velásquez, op. cit., p. 142.
David Recondo, op. cit.,p. 101.
Benjamín Maldonado Aivarado, op. cit., p. 5 1 .
Homero Villarutia, "Cómo se hizo la reforma indígena en Oaxaca", En Marcha, mayo
de 2001, p. 33.
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resolución de c o n f l i c t o s y l a organización social y p o l í t i c a .
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También o t o r -
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ga a u t o n o m í a a las c o m u n i d a d e s indígenas oaxaqueñas e n e l ámbito m u n i c i p a l (artículo 8) y estipula e l d e r e c h o de los p u e b l o s a p r a c t i c a r o revivir
sus costumbres locales (artículo 1 2 ) . U n a vez más, los p a r t i d o s políticos
t u v i e r o n o p i n i o n e s divididas c o n respecto a esta legislación, p e r o al
final
Carrasco l o g r ó la mayoría de dos terceras partes q u e requería para q u e se
a p r o b a r a : 22 de 25 votos d e l PRI, 3 de 9 d e l PRD y 1 de 5 d e l P A N .
6 2
U n o de los
d i p u t a d o s panistas, José Isaac Jiménez, se o p u s o t a j a n t e m e n t e a la L e y Indígena, c o n e l a r g u m e n t o de q u e "se h a n c o p i a d o las propuestas de ese encapuchado, Marcos".
63
L a política indígena de Carrasco fue m o t i v o d e m u c h a s divisiones d e n t r o d e l PRI, pues m i e n t r a s q u e algunos de sus m i e m b r o s p r o p o n í a n q u e se
c o n t i n u a r a c o n las r e f o r m a s , c o m o u n m o d o de p a c i f i c a r e l m o v i m i e n t o i n dígena y quizá r e c u p e r a r el apoyo de los electores descontentos, otros c o n sideraban q u e e l p r o g r a m a de r e f o r m a s estaba d e s t r u y e n d o al p a r t i d o . A n t e
la i n m i n e n c i a de las elecciones de 1998, l a d i r i g e n c i a n a c i o n a l d e l PRI estaba
resuelta a m a n t e n e r l a u n i d a d d e l p a r t i d o y evitar u n a asonada c o m o l a q u e
o c u r r i ó e n Zacatecas.
64
P o r e l l o , si b i e n Carrasco esperaba q u e l o sucedie-
r a Efraín García, q u i e n habría de c o n t i n u a r c o n su p r o g r a m a de r e f o r m a s ,
la d i r i g e n c i a n a c i o n a l d e l p a r t i d o designó a José M u r a t c o m o c a n d i d a t o de
1998 a l a g u b e r n a t u r a de Oaxaca, p o r c o n s i d e r a r q u e él era q u i e n m e j o r p o dría m a n t e n e r u n i d o al p a r t i d o .
6 5
E l e q u i p o de M u r a t incluía a representan-
tes de diversas camarillas d e l PRI, e n t r e ellos " d i n o s a u r i o s " , técnicos y simpatizantes d e cada u n o de los tres g o b e r n a d o r e s p r e c e d e n t e s .
66
Las elecciones para gobernador y diputados del 2 de agosto de 1998
Los c a n d i d a t o s p a r a las elecciones de 1998 a l a g u b e r n a t u r a f u e r o n José
M u r a t ( P R I ) , H é c t o r Sánchez (PRD) y Pablo A r n a u d ( P A N ) . A u n q u e M u r a t y
Sánchez e r a n o r i g i n a r i o s d e l I s t m o , el último resultó ser u n c a n d i d a t o exc e p c i o n a l m e n t e f u e r t e , q u e gozaba de m u c h a p o p u l a r i d a d d e b i d o a u n a
"Ley Indígena", artículo 129, en Secretaría de Asuntos Indígenas, Ley de Derechos de los
Pueblos y Comunidades Indígenas, Oaxaca, 2002.
H o m e r o Villarutia, "Cómo se hizo la reforma indígena en Oaxaca", op. ext., p. 33.
ídem.
En el estado de Zacatecas, la disputa entre dos facciones opuestas del PRI dio por resultado la deserción de Ricardo Monreal, quien se unió al PRD, y su elección subsecuente como
gobernador del estado. EDUCA, Análisis de coyuntura: Oaxaca 1998, Oaxaca, 1998, pp. 13 y 14.
ídem.
ídem.
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carrera política ilustre, e n t r e cuyas f u n c i o n e s destacaba h a b e r sido m i e m b r o f u n d a d o r de la COCEI y a n t i g u o presidente m u n i c i p a l de Juchitán p o r e l
PRD-COCEI, de 1989 a 1 9 9 2 . Por su p a r t e , Pablo A r n a u d era p o p u l a r c o m o
a n t i g u o p r e s i d e n t e m u n i c i p a l de la c i u d a d de Oaxaca, a u n q u e su base política estaba e n g r a n m e d i d a c o n f i n a d a a la capital d e l estado. Sin e m b a r g o ,
José M u r a t , c o m o c a n d i d a t o d e l p a r t i d o oficial, c o n t a b a c o n l a m a q u i n a r i a
del PRI y c o n g r a n parte d e l aparato estatal, l o q u e significaba q u e él habría
de ganar las elecciones. A l i g u a l q u e e n 1995, el c l i m a p r e e l e c t o r a l estuvo
m a r c a d o p o r las protestas p o p u l a r e s : las organizaciones indígenas y c a m pesinas, i n c l u i d a l a O I D H O y la U C I Z O N I , o r g a n i z a r o n b l o q u e o s de carreteras,
marchas y manifestaciones públicas e n t o d o el e s t a d o . L a campaña elect o r a l fue i n t e n s a y, p o r p r i m e r a vez, varias encuestas preelectorales m o s t r a r o n que el PRD llevaba u n a l i g e r a ventaja a l P R I . A u n q u e la v i c t o r i a d e l PRD
n o se c o n c r e t ó , los c o m i c i o s de 1998 f u e r o n los más cerrados de la h i s t o r i a
de Oaxaca: José M u r a t o b t u v o 4 7 % de los votos, m i e n t r a s que H é c t o r
Sánchez y Pablo A r n a u d t e r m i n a r o n c o n 3 6 % y 1 0 % , respectivamente. E n
estas elecciones p a r a g o b e r n a d o r , el PRI recibió 5 0 . 6 0 % d e l v o t o t o t a l e n los
m u n i c i p i o s U / c y 4 5 . 5 8 % e n los m u n i c i p i o s de p a r t i d o . Esto significa q u e
se estuvo d a n d o más c o n v e r g e n c i a desde 1995, c u a n d o los resultados d e l
PRI f u e r o n 1 0 % superiores e n los m u n i c i p i o s U / C q u e e n los m u n i c i p i o s de
partido.
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E l c u a d r o 4 m u e s t r a e l v o t o q u e o b t u v o cada p a r t i d o , desglosado p o r
distrito.
Estos datos c o n f i r m a n l o d i c h o p o r D a v i d R e c o n d o e n e l sentido de
que, e n 1998, los usos y costumbres t u v i e r o n u n efecto m í n i m o sobre e l v o t o
priista. C o m o l o revela el c u a d r o 4 B , a u n q u e el apoyo a l PRI e n los grupos de
distritos c o n u n alto p o r c e n t a j e de electores residentes de m u n i c i p i o s U / C
seguía s u p e r a n d o e l p r o m e d i o estatal, la d i f e r e n c i a fue mínima, l o q u e i n dica que la correlación c o n las prácticas tradicionales, q u e se vio c o n t o d a
c l a r i d a d e n 1992 y, e n m e n o r m e d i d a , e n 1995, fue casi i n e x i s t e n t e e n 1998.
C o m o vemos e n e l c u a d r o 4A, el PRI n o l o g r ó o b t e n e r n i 5 0 % d e l v o t o e n 9
J a i m e Bailón Corres, op. cit., p. 232.
Fausto Díaz Montes, "Elecciones locales en Oaxaca, 1995", op. cit., p. 137.
EDUCA refiere una encuesta conducida en abril de 1998 por la Fundación Arturo Rosenbleuth, en la cual 33% de los encuestados favoreció al PRD como ganador de las elecciones,
mientras que 32% apoyó al PRI y 2 1 % al PAN. Sin embargo, dado que esta encuesta se basó en
1615 entrevistas realizadas en los 17 municipios más grandes del estado, los resultados estaban sesgados a favor de la oposición. U n a encuesta de opinión posterior, que publicó el periódico local Noticias, el 29 de j u n i o de 1998, mostró al PRI a la delantera, con 39% del voto, seguido muy por detrás por el PRD y el PAN, con 24% y 15%, respectivamente. Véase EDUCA, Análisis
de coyuntura, op. cit.
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David Recondo, op. cit., p. 105.
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de los 13 distritos electorales c o n p r e d o m i n i o de dichas prácticas, l o cual sugiere que éstas n o s i g n i f i c a r o n u n a ventaja m a y o r p a r a e l PRI e n 1998, quizá
p o r p r i m e r a vez e n la h i s t o r i a e l e c t o r a l de Oaxaca. A p a r t i r de que los usos y
costumbres f u e r o n legales y, teóricamente, libres de ser m a n i p u l a d o s p o r el
PRI o c u a l q u i e r o t r o p a r t i d o , las tendencias electorales f u e r o n n o t a b l e m e n te similares e n t o d o e l estado.
A s i m i s m o , los usos y costumbres t u v i e r o n pocos efectos e n el v o t o perredista e n 1998, c u a n d o e l p a r t i d o consiguió a l m e n o s 3 0 % d e l v o t o total
e n cada g r u p o d i s t r i t a l . Sin e m b a r g o , es n o t a b l e e l h e c h o de q u e el PRD haya
t e n i d o mejores resultados e n el g r u p o d i s t r i t a l A , d a d a la correlación negativa e n t r e las prácticas t r a d i c i o n a l e s y el v o t o p e r r e d i s t a q u e existiera seis
años antes. E l c u a d r o 4 A revela o t r a t e n d e n c i a i n t e r e s a n t e . D e los 13 distritos e n los q u e e l PRD o b t u v o más de 3 5 % d e l v o t o t o t a l , e n l a mayoría de
ellos p r e d o m i n a b a n los usos y costumbres, o b i e n había u n a r e d m u y activa de organizaciones indígenas sociales y políticas. P o r vez p r i m e r a , e l PRD
g a n ó r e a l m e n t e e n dos distritos electorales, a saber, e n e l X X I I I (Juchitán),
c o n 5 0 . 1 7 % de los votos, y, c o n u n a ventaja m u y c e r r a d a sobre el PRI, e n el
X X I (Juxtlahuaca). E n ambos casos, la v i c t o r i a d e l PRD se d e b i ó , al menos e n
p a r t e , a las alianzas locales c o n organizaciones indígenas: la COCEI e n J u c h i tán y la FIOB e n J u x t l a h u a c a . E n el d i s t r i t o X X I V (Matías R o m e r o ) , d o n 71
Jorge Hernández Díaz, "Organizaciones indígenas y elecciones", En Marcha, agosto de
2001, p. 26.
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d e el PRD o b t u v o 3 6 . 9 2 % d e l v o t o , u n o de los candidatos de l a lista de d i p u tados d e l p a r t i d o , e l e g i d o p o r representación p r o p o r c i o n a l , fue Raynel Ramírez M i j a n o s , u n m i e m b r o activo de l a U C I Z O N I .
7 2
Asimismo, en el distrito
I I I (Ixtlán de Juárez), e l s u p l e n t e d e l c a n d i d a t o legislativo d e l PRD f u e A l d o
González, m i e m b r o activo de l a U N O S J O .
73
Estas alianzas e n t r e m i e m b r o s de
organizaciones indígenas y el PRD son interesantes, pues l a mayoría de estas organizaciones (salvo l a COCEl) a f i r m a n ser apartidistas. Si b i e n SER y l a
UNOSJO n o tenían lazos f o r m a l e s c o n e l sistema de p a r t i d o s , e n 1998 l a FIOB
se dividió e n varias facciones, u n a de las cuales era abierta s i m p a t i z a n t e d e l
PRD.
74
N o obstante, la t e n d e n c i a de las organizaciones indígenas a gravitar
hacia el PRD fue s u m a m e n t e benéfica p a r a éste. Quizá a e l l o se d e b a n las
acusaciones q u e h a c e n algunos de q u e el apoyo d e l PRD a los usos y c o s t u m bres se debe a u n m e r o o p o r t u n i s m o político y n o a u n interés g e n u i n o p o r
l a autonomía indígena. Según e l panista L e o v i g i l d o L ó p e z , e l PRD está básic a m e n t e i n t e r e s a d o e n acrecentar su i n f l u e n c i a e n las c o m u n i d a d e s indígenas y a m e n u d o cae e n las mismas prácticas de manipulación e l e c t o r a l que
e l PRI p e r f e c c i o n ó d u r a n t e su p e r i o d o h e g e m ó n i c o : "Los perredistas son p o pulistas; esa gente es m u y o p o r t u n i s t a . A ellos les gusta crear c o n f l i c t o s p a r a
q u e m a n e j e n a l a g e n t e . P o r eso, el PRD también está a favor de los usos y
costumbres, p o r q u e les d a su p r o p i o bastión de poder. Es u n a f o r m a de m a nipulación, n a d a más. E n este t e r r i t o r i o , hace la m i s m a l a b o r q u e e l PRI: la
c o m p r a de votos, l a distribución de recursos, l a presión política.. "
7 5
Q u e los t r i u n f o s políticos d e l PRD e n los m u n i c i p i o s u / C h a y a n sido realm e n t e resultado de l a presión política y la manipulación e l e c t o r a l es algo d i fícil de p r o b a r o refutar, p o r l o q u e n o r e t o m a r e m o s aquí ese debate.
E n c o m p a r a c i ó n c o n los i m p r e s i o n a n t e s resultados q u e t u v o e l PRD, los
d e l PAN f u e r o n m e n o s alentadores. E l c u a d r o 4 B revela q u e e l v o t o panista
tendió a i n c r e m e n t a r s e a m e d i d a q u e e l n ú m e r o de m u n i c i p i o s U / C era m e n o r . Sin e m b a r g o , las variaciones considerables q u e m u e s t r a e l v o t o panista entre distritos e n los q u e había básicamente el m i s m o n ú m e r o de electores residentes e n m u n i c i p i o s u / C sugiere q u e f u e r o n otros los factores q u e
d e s a l e n t a r o n e l v o t o p o r este p a r t i d o . Quizá e l más i m p o r t a n t e de ellos fue
q u e Héctor Sánchez r e p r e s e n t a b a l a m e j o r carta p a r a sacar a l PRI, y el PRD
se vio más b e n e f i c i a d o q u e e l PAN p o r el v o t o a n t i g o b i e r n i s t a .
76
D e esta m a -
ídem.
Jorge Hernández Díaz, Reclamos de la identidad, op. cit., p. 204.
/&¿¿,p.261.
Entrevista a Leovigildo López, I de agosto de 2002.
Este argumento se basa en u n modelo del comportamiento electoral en México, que
desarrollaron Jorge I . Domínguez y j . McCann, y que utilizó Alejandro Poiré para su análisis
de las elecciones presidenciales de 1994. Según este modelo, afirma Poiré, el comportamien72
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o
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ñera, a l i g u a l que e n 1995, el v o t o p o r e l PAN se c o n c e n t r ó e n g r a n m e d i d a
e n los bastiones tradicionales d e l p a r t i d o : l a c i u d a d de Oaxaca, H u a j u a p a m
y Tuxtepec.
Las elecciones legislativas del 6 de agosto de 2001
E n m u c h o s sentidos, las elecciones de 2 0 0 1 f u e r o n decepcionantes, l u e g o de las c o m p e t i d a s c o n t i e n d a s de 1995 y 1998. Pese a las amplias reformas electorales d e l d e c e n i o a n t e r i o r y a l a m a y o r a u t o n o m í a de q u e gozab a n las c o m u n i d a d e s indígenas, l a participación electoral se d e s p l o m ó a
apenas 3 1 . 3 2 % , f r e n t e a l 5 0 . 1 0 % alcanzado e n 1 9 9 8 . N o h u b o más reformas después de ese a ñ o , pues el g o b e r n a d o r M u r a t n o quiso agitar más las
aguas, p r e c a u c i ó n q u e al parecer le p a g ó d i v i d e n d o s , pues el PRI vivió algo
así c o m o u n a reaparición, al ganar 24 de los 25 distritos electorales y 4 9 . 4 7 %
d e l v o t o t o t a l , m i e n t r a s que e l PRD y e l PAN se p e l e a r o n e l e m p a t e , ya q u e o b t u v i e r o n 1 9 . 2 4 % y 19.43%, respectivamente. Observamos tres aspectos i m p o r t a n t e s e n estos resultados. E n p r i m e r lugar, e l PRI tuvo u n a mejoría e n
las elecciones estatales, p o r p r i m e r a vez e n 15 años. E n segundo lugar, f u e
l a p r i m e r a ocasión e n q u e e l PRD n o l o g r ó a u m e n t a r su p o r c e n t a j e de votos
e n dichas elecciones. E n tercer lugar, e l PAN o b t u v o sus mejores resultados,
a l c o n s e g u i r ganancias i m p o r t a n t e s f u e r a de su base t r a d i c i o n a l y p o r p r i m e r a vez e n su h i s t o r i a g a n ó más votos q u e e l PRD. ¿ C ó m o se e x p l i c a n estos
f e n ó m e n o s ? ¿Alguno de ellos p u e d e a t r i b u i r s e a l a legalización de los usos
y c o s t u m b r e s o a u n c a m b i o a b r u p t o e n los p a t r o n e s de votación e n los m u nicipios u/c?
77
to electoral en México es u n proceso en dos etapas, en el cual "los electores [primero] se preguntan, ante todo, si continuarán apoyando al partido en el poder, y sólo después pasan a una
dimensión ideológica, en la que examinan aspectos relativos a las políticas, a la actuación del
gobierno y a evaluaciones de tipo económico". Por ello, si bien el voto antipriista se mantiene
relativamente constante, los electores pueden fluctuar mucho entre u n partido de oposición
y otro, dependiendo de cuál represente la mejor opción para vencer al PRI. Las evidencias de
esto en 1998 son bastante fuertes, dado que el PRD tuvo resultados mucho mejores que el PAN,
incluso en los bastiones tradicionales de este último, es decir, Oaxaca y Huajuapam. Véanse
Jorge I . Domínguez y j . McCann, Democratizing México: Public Opinión and Electoral Choices, Baltimore, Johns Hopkins University Press, 1996; Alejandro Poiré, "Retrospective Voting, Partisanship and Loyalty i n Presidential Elections, 1994", en Jorge I . Domínguez y Alejandro Poiré
(comps.), Toward Mexico's Democratization: Parties, Campaigns, Elections and Public Opinión, Nueva
York, Rouüedge, 1999, pp. 27-29.
Víctor Leonel Juan Martínez, "¿Dónde están los ciudadanos? El más alto abstencionism o en la historia de Oaxaca", En Marcha, agosto de 2001, pp. 31-33.
7 7
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E l c u a d r o 5 m u e s t r a los porcentajes de v o t o q u e o b t u v i e r o n los tres p a r tidos e n cada d i s t r i t o .
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E l c u a d r o 5 m u e s t r a q u e las oscilaciones d e l v o t o priista e n t r e 1998 y
2001 f u e r o n mínimas y p a r e c e n n o t e n e r relación a l g u n a c o n el p o r c e n t a j e
de electores que vivían e n m u n i c i p i o s U / C . E l P R I incrementó más de 1 0 %
su p r o p o r c i ó n de votos e n c u a t r o distritos, dos de los cuales e r a n p r e d o m i n a n t e m e n t e U / C (distritos X X y X X I ) y dos de ellos n o l o e r a n (distritos
X X I I I y X X I V ) . D e i g u a l f o r m a , de los dos distritos e n los que el v o t o p o r e l
PRI disminuyó más de 1 0 % , u n o de ellos tiene u n alto p o r c e n t a j e de electores residentes e n m u n i c i p i o s U / C ( d i s t r i t o V i l ; 6 5 . 2 7 % ) , m i e n t r a s q u e e n e l
o t r o n o o c u r r e esto ( d i s t r i t o X I I ; 2 3 . 5 3 % ) . E n e l estado, e n su c o n j u n t o ,
el PRI captó 5 2 . 9 3 % d e l t o t a l de votos e n los 418 m u n i c i p i o s U / C , y 4 8 . 3 6 %
e n los 152 m u n i c i p i o s de p a r t i d o . Esta d i f e r e n c i a (4.5 p u n t o s p o r c e n t u a les) es apenas i n f e r i o r a l o q u e captó e n 1998 ( 5 % ) y c o n s i d e r a b l e m e n t e
i n f e r i o r q u e sus logros de 1995 ( 1 0 % ) y 1992 (casi 2 0 % ) . Esto i n d i c a q u e l a
estabilización d e l v o t o p r i i s t a desde 1995 n o es r e s u l t a d o de que e l p a r t i d o
ganara e n los m u n i c i p i o s u / C , d a d o q u e , de h e c h o , el apoyo al PRI d i s m i n u y ó p o r u n m a r g e n más a m p l i o e n d i c h o s m u n i c i p i o s (de 5 7 . 6 1 % e n 1995 a
5 2 . 9 3 % e n 2001) q u e e n los m u n i c i p i o s de p a r t i d o , e n los q u e sólo decrec i ó de 4 8 . 5 0 % e n 1995 a 4 8 . 3 6 % e n 2 0 0 1 . P o r t a n t o , es claro que l a legali7 8
7 9
Cálculos basados en los datos del IEE de Oaxaca, Elección de diputados de mayoría relativa:
votación por casilla, Oaxaca, 2001.
Cálculos basados en los datos del IEE de Oaxaca, de 1995 y 2001, op. cit.
7 8
7 9
JUL-SEP 2004
L A LEGALIZACIÓN DE "USOS Y COSTUMBRES" E N O A X A C A
503
zación de los usos y costumbres n o d i o al PRI u n a ventaja injusta e n las elecciones estatales.
E n c u a n t o al PRD, su d e s e m p e ñ o e n 2001 fue d e c e p c i o n a n t e . C o n u n
drástico vuelco de los resultados o b t e n i d o s e n los dos comicios a n t e r i o r e s ,
el v o t o p e r r e d i s t a e x p e r i m e n t ó su m a y o r d e s p l o m e e n e l g r u p o d i s t r i t a l c o n
la t o t a l i d a d de m u n i c i p i o s u / C . A s i m i s m o , sufrió pérdidas m u y fuertes e n e l
I s t m o , d o n d e la votación a su favor cayó 2 4 . 0 3 % e n e l d i s t r i t o V I ( T e h u a n t e p e c ) , 1 9 . 8 6 % e n e l d i s t r i t o X X I I I (Juchitán) y 2 5 . 2 2 % e n e l d i s t r i t o X X I V
(Matías R o m e r o ) . C o m o l o m u e s t r a e l c u a d r o 5A, e l PRD incrementó su p o r centaje d e l voto t o t a l e n u n solo d i s t r i t o e l e c t o r a l ( e l X I I ) , p e r o e n o c h o de
ellos disminuyó 2 0 % o más. Este q u e b r a n t o se d e b i ó e n p a r t e al r e c i e n t e dist a n c i a m i e n t o e n t r e el p a r t i d o y las organizaciones indígenas, d a d o q u e éstas, l u e g o de las elecciones de 1998, se v o l v i e r o n cada vez más r e n u e n t e s a
s u b o r d i n a r su agenda política a l a d e l PRD. L a U N I Z O N I , p o r e j e m p l o , n o participó e n l a campaña d e l PRD de 2 0 0 1 , pues m u c h o s de los m i e m b r o s de l a
organización c o n s i d e r a r o n q u e estaban p e r d i e n d o de vista sus p r o p i o s o b j e t i v o s , c o m o resultado de su asociación c o n e l p a r t i d o .
8 0
S i n el apoyo de l a
U N I Z O N I , e l PRD se v i n o abajo e n e l d i s t r i t o X X I V , c o n u n p o r c e n t a j e de votos q u e cayó 25.22. D e i g u a l m a n e r a , e l p a r t i d o f u e d e r r o t a d o e n el d i s t r i t o
X X I , a raíz de la r u p t u r a de su alianza estratégica c o n l a FIOB. Por su determ i n a c i ó n de m a n t e n e r s e a u t ó n o m a e n relación c o n e l PRD, l a d i r i g e n c i a de
la FIOB p r o h i b i ó a A r t u r o P i m e n t e l q u e aceptara
financiamiento
del partido
p a r a c o n t e n d e r p o r u n escaño e n e l C o n g r e s o , p e r o , s i n ese apoyo
r o , P i m e n t e l n o p u d o vencer a su o p o n e n t e p r i i s t a .
financie-
81
E n contraste, m i e n t r a s q u e e l PRD se t a m b a l e a b a e n e l 2 0 0 1 , el PAN c o n siguió el m e j o r resultado de su h i s t o r i a : d e j ó a éste e n s e g u n d o lugar, p o r u n
l i g e r o m a r g e n . C o m o l o m u e s t r a e l c u a d r o 5A, e l d e s e m p e ñ o d e l PAN m e j o r ó e n los 25 distritos electorales y, p o r p r i m e r a ocasión, o b t u v o más de 2 0 %
d e l v o t o t o t a l e n tres distritos c o n p r e d o m i n i o de m u n i c i p i o s U / C : Ixtlán de
Juárez ( d i s t r i t o I I I ) , T l a c o l u l a de M a t a m o r o s ( d i s t r i t o I V ) y Miahuatlán
de P o r f i r i o Díaz ( d i s t r i t o V I I ) . E l c u a d r o 5 B m u e s t r a q u e , a u n q u e e l PAN siguió o b t e n i e n d o mejores resultados e n los g r u p o s distritales e n los q u e m e nos de 1 0 % de los electores registrados vivían e n m u n i c i p i o s u / C , el g r u p o
d i s t r i t a l e n e l q u e el v o t o panista t u v o e l m a y o r í n d i c e d e i n c r e m e n t o fue e l
G r u p o A . Este r e s u l t a d o revela q u e este p a r t i d o p u e d e t r i u n f a r e n Oaxaca,
pese a l a subsistencia de u n m o d e l o e l e c t o r a l q u e e n m u c h o s sentidos es
antitético a l c r e d o panista de m o d e r n i z a c i ó n social y d e m o c r a c i a r e p r e s e n -
1
Jorge Hernández Díaz, "Organizaciones indígenas y elecciones", op. cit., p. 26.
ídem.
504
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FI XLIV-3
tativa l i b e r a l . ¿ C ó m o se e x p l i c a e l t r i u n f o d e l PAN e n 2001? E n p r i m e r lugar,
l a v i c t o r i a de Fox e n las elecciones presidenciales de 2000 sin d u d a ejerció
u n efecto positivo sobre l a a c t i t u d de la p o b l a c i ó n oaxaqueña hacia e l P A N .
E n esas elecciones, 2 6 . 2 4 % de los oaxaqueños v o t a r o n p o r F o x , quizá p o r q u e representaba l a m e j o r o p o r t u n i d a d para desbancar al PRI. A u n q u e , e n
2 0 0 1 , el PAN p u d o beneficiarse de ese ímpetu, esto n o e x p l i c a p o r q u é e l
i n c r e m e n t o d e l v o t o panista fue especialmente p r o n u n c i a d o e n varios distritos c o n p r e d o m i n i o de m u n i c i p i o s U / C . E l éxito d e l PAN e n ellos refleja
e l h e c h o de que e l c o m p o r t a m i e n t o e l e c t o r a l e n los m u n i c i p i o s u / C se h a
v u e l t o s u m a m e n t e s i m i l a r al d e l resto d e l estado. A s i m i s m o , a m e d i d a q u e
se hacen más patentes las deficiencias de las reformas de 1995 y 1997 - s o b r e
t o d o e n aquellas áreas e n las q u e las t r a d i c i o n e s locales p r o h i b e n l a p a r t i c i p a c i ó n de m u j e r e s , n o católicos, e m i g r a n t e s , profesionales o residentes de
las agencias m u n i c i p a l e s - , la o p o s i c i ó n l o c a l a los usos y costumbres t i e n d e
más a b e n e f i c i a r al P A N . A quienes t i e n e n reservas a este respecto, e l P A N les
ofrece u n a clara alternativa a l a legislación existente y l a perspectiva de u n a
sociedad democrática basada e n las libertades i n d i v i d u a l e s , más q u e e n l a
identidad comunitaria.
8 2
CONCLUSIONES
E l presente análisis i l u s t r a c l a r a m e n t e q u e l a legalización de los usos y cost u m b r e s , e n 1995, n o d i o al PRI u n a ventaja injusta e n las elecciones estatales, al l i m i t a r la expansión de los p a r t i d o s de o p o s i c i ó n e n las c o m u n i d a d e s
indígenas. Por el c o n t r a r i o , e l v o t o priista h a t e n i d o u n a caída drástica e n
los m u n i c i p i o s U / C y los p a t r o n e s de votación se h a n v u e l t o m u y similares
e n t o d o el estado. Esto se debe, e n g r a n m e d i d a , a l a r u p t u r a d e l pacto p o lítico e n t r e el PRI y las c o m u n i d a d e s indígenas, d u r a n t e los años n o v e n t a ,
c o m o resultado d e l s u r g i m i e n t o d e l P R D , de la o p o s i c i ó n l o c a l a las r e f o r m a s
e c o n ó m i c a s d e l p r e s i d e n t e Salinas y d e l l e v a n t a m i e n t o d e l E Z L N e n Chiapas.
P o r ello, e l d e s p l o m e de l a h e g e m o n í a priista e n las c o m u n i d a d e s indígenas
ya era evidente e n 1995. M i e n t r a s q u e las r e f o r m a s electorales liberales y l a
creciente supervisión p o r p a r t e de actores civiles n o estatales g a r a n t i z a r o n
u n a m a y o r t r a n s p a r e n c i a e n e l proceso e l e c t o r a l de 1995, la legalización de
las prácticas t r a d i c i o n a l e s r e d u j o aún más l a ventaja q u e todavía conservaba
e l PRI e n las c o m u n i d a d e s e m p o b r e c i d a s y rurales. Así, desde 1998 el sufra-
Instituto Federal Electoral, Elección de Presidente de los Estados Unidos Mexicanos, México, 2000.
8 2
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L A LEGALIZACIÓN DE "USOS Y COSTUMBRES" E N O A X A C A
505
gio p o r e l PRI d e l t o t a l de la votación e n los m u n i c i p i o s u / C h a sido cercano
e n a l r e d e d o r de 5% a l sufragio o b t e n i d o e n los m u n i c i p i o s de p a r t i d o .
Si b i e n es claro q u e las r e f o r m a s de 1995 y 1997 n o d i e r o n u n a ventaja
i n j u s t a a l PRI e n las elecciones estatales, e l p a r t i d o sí derivó dos beneficios
i m p o r t a n t e s de la legalización de los usos y costumbres. E n p r i m e r lugar, la
f o r m a e n q u e el PRI r e s p o n d i ó a las d e m a n d a s indígenas de m a y o r a u t o n o mía c r e ó u n a división e n t r e los dos p a r t i d o s de o p o s i c i ó n c o n respecto a u n
asunto político f u n d a m e n t a l : a u n q u e ambos p a r t i d o s están a favor de q u e
se o t o r g u e p o d e r político a l g o b i e r n o l o c a l , el PAN se o p o n e a c u a l q u i e r sist e m a q u e siente u n a c o n c e p c i ó n d i s t i n t a de ciudadanía e n v i r t u d de l a etn i a . D a d a l a i n t r a n s i g e n c i a d e l PAN e n t o r n o a este a s u n t o , sería s u m a m e n t e
i m p r o b a b l e q u e él y e l PRD f o r m a r a n u n a alianza estratégica p a r a desbancar
al PRI. P e r o , si b i e n u n a alianza semejante parece i r r e a l i z a b l e , dadas las d i ferencias ideológicas e n t r e los dos p a r t i d o s , esto f u e , de h e c h o , l o q u e o c u rrió e n Chiapas, c u a n d o Pablo Salazar M e n d i g u c h í a , c a n d i d a t o panista q u e
l i d e r a b a u n a coalición de siete p a r t i d o s , c o n o c i d a c o m o " A l i a n z a p o r C h i a pas" - q u e incluía, e n t r e otros, al PRD, a l P a r t i d o V e r d e Ecologista M e x i c a n o
(PVEM) y a l P a r t i d o d e l T r a b a j o ( P T ) - , d e r r o t ó p o r u n m a r g e n m u y estrecho
al c a n d i d a t o priista, Sami D a v i d D a v i d , e n las elecciones de 2000 para l a g u bernatura.
8 3
E n Oaxaca, e n c a m b i o , estando e l PAN y e l PRD d i v i d i d o s p o r el
asunto de l a a u t o n o m í a indígena, e l PRI c o n t i n ú a e n e l p o d e r , pese a n o h a ber o b t e n i d o siquiera 5 0 % de los votos e n las dos últimas elecciones.
E n s e g u n d o lugar, l a legalización de los usos y costumbres h a a m i n o r a d o e n g r a n m e d i d a e l riesgo de q u e se p r o d u z c a e n Oaxaca u n levant a m i e n t o a l estilo E Z L N , l o q u e garantiza u n n i v e l r a z o n a b l e de estabilidad
política. A u n q u e esta ventaja n o es e s t r i c t a m e n t e p a r t i d i s t a , p o r el m o m e n to b e n e f i c i a al PRI, c o m o p a r t i d o g o b e r n a n t e . E n v i r t u d de q u e el g o b i e r n o
estatal h a a d o p t a d o u n a p o s t u r a c o n c i l i a t o r i a f r e n t e a las organizaciones i n dígenas y h a l o g r a d o más avances e n el área de sus derechos q u e c u a l q u i e r
o t r o estado, e l e n o r m e m o v i m i e n t o i n d í g e n a de O a x a c a se h a m a n t e n i d o
pacífico. Pese al r e s p a l d o m o r a l y m a t e r i a l q u e o r g a n i z a c i o n e s tales c o m o
FIOB, SER, U C I Z O N I y UNOSJO b r i n d a r o n al E Z L N , éstas s i g u e n o p o n i é n d o s e taj a n t e m e n t e a l a i d e a de u n a l u c h a a r m a d a e n Oaxaca. A d e l f o R e g i n o , coord i n a d o r g e n e r a l de SER y asesor d e l EZLN d u r a n t e las negociaciones de San
Andrés, describe esta batalla p o r u n c a m b i o social n o v i o l e n t o :
Aquí en SER hemos dicho que la única manera de hacer ese cambio sustancial
es una nueva relación entre [las instituciones del gobierno] y los pueblos indí-
George W. Grayson, A Guide to the 2001 Mexican State Elections, op. cit., p. 47.
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FI XLIV-3
genas [...] y eso es l o q u e h e m o s a f i r m a d o y p o r eso l a p r e s e n c i a d e SER, l a voz
n u e s t r a , ahí e n m e d i o d e l d e b a t e n a c i o n a l , p o r eso es q u e h e m o s estado ahí y
también h e m o s s i d o fieles a n u e s t r o s p r o p ó s i t o s , h e m o s s i d o c o h e r e n t e s a l o
q u e q u e r e m o s ; a q u í n o h e m o s a b a n d o n a d o l a t a r e a y n o nos h e m o s
dejado
c o m p r a r o m a n i p u l a r y n o nos d e j a r e m o s usar p a r a intereses ajenos, seremos
fieles a los p r o p ó s i t o s y h e m o s s e n t i d o q u e e n estos p r o p ó s i t o s c o i n c i d i m o s c o n
e l E Z L N y p o r eso h a h a b i d o a p o y o , s o l i d a r i d a d y c a m i n a r j u n t o , eso es l o q u e
nos h a m a n t e n i d o u n i d o s , n o las armas, p o r q u e n o s o t r o s n o s o m o s p a r t i d a r i o s
de l a v i d a a r m a d a s i n o d e l a pacífica, y e n eso h e m o s sido t a m b i é n m u y claros y
p o r eso n o t e n e m o s n a d a q u e t e m e r a b s o l u t a m e n t e ; aquí e l a r m a q u e t e n e m o s
s o n los l i b r o s , las c o m p u t a d o r a s , e l l a p i c e r o ; esas s o n nuestras a r m a s y u n a , f u n d a m e n t a l , q u e es l a r a z ó n .
8 4
A l parecer, l a legalización de los usos y costumbres o c u r r i ó e n u n m o m e n t o o p o r t u n o . C u a n d o el m o v i m i e n t o r e v o l u c i o n a r i o c o n o c i d o c o m o
EPR t o m ó las armas c o n t r a e l g o b i e r n o , e n agosto de 1996, p r o c l a m á n d o se defensor de los derechos indígenas, n o sólo n o despertó m u c h a simpatía entre l a o p i n i ó n pública l o c a l , sino q u e sus actividades f u e r o n m u y c r i ticadas p o r la i z q u i e r d a , los intelectuales y las organizaciones indígenas de
M é x i c o , los m i s m o s actores q u e f u e r a n simpatizantes de los zapatistas.
Según H o m e r o V i l l a r r u t i a , l a estrategia d e l EPR f u e c o n t r a p r o d u c e n t e p o r que n o supo p e r c i b i r los vientos de c a m b i o q u e recorrían Oaxaca, c o n u n
g o b i e r n o q u e estaba dispuesto a n e g o c i a r c o n las organizaciones indígenas.
Por o t r a p a r t e , e l EPR, a d i f e r e n c i a d e l EZLN, n u n c a h a d e s a r r o l l a d o u n c o n j u n t o b i e n a r t i c u l a d o de objetivos p o l í t i c o s . Dadas las c o n d i c i o n e s t a n
semejantes q u e viven los p u e b l o s indígenas de Chiapas y Oaxaca (altos n i veles de marginación, m i s e r i a y u n a p o b r e z a abyecta), a m e n u d o l a gente
se p r e g u n t a c ó m o h a p o d i d o Oaxaca evitar e l t i p o de l e v a n t a m i e n t o a r m a d o que ocurrió e n Chiapas e n 1994. C i p r i a n o Flores C r u z , a n t i g u o p r e s i d e n te d e l IEE de Oaxaca y zapoteca p u r o de l a c o m u n i d a d serrana de Santiago
Z o o c h i l a , a f i r m a q u e e l l o se debe a q u e l a legalización de los usos y c o s t u m bres d i o a las c o m u n i d a d e s indígenas oaxaqueñas u n g r a d o de a u t o r r e s p e t o
y de a u t o n o m í a q u e n o existe e n Chiapas, n i e n n i n g ú n o t r o l u g a r d e l país.
C o m e n t a Flores C r u z :
85
86
Yo te d i g o q u e las m i s m a s c o n d i c i o n e s e x i s t e n a q u í q u e e n C h i a p a s , e n a l g u n o s
lugares s o n p e o r e s . H a y u n a p o b r e z a t e r r i b l e e n l a r e g i ó n m i x e , p o r e j e m p l o , y
Jorge Hernández Díaz, Reclamos de la identidad, op. cit, pp. 196 y 197.
Homero Villarutia, "Las guerrillas de Oaxaca: el EPR y sus excesivas escisiones", En Marcha, enero de 2001, pp. 8-10.
Idem.
8 4
8 5
86
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L A LEGALIZACIÓN DE "USOS Y COSTUMBRES" E N O A X A C A
507
e n m u c h a s c o m u n i d a d e s de l a Sierra Sur. H a y lugares e n q u e l a g e n t e n o p u e d e
c o m e r c a r n e más de u n a sola vez a l a ñ o , l a g e n t e s o l a m e n t e c a m b i a sus p a n t a l o nes u n a vez a l a ñ o . E n estas c o m u n i d a d e s n o e x i s t e n n i escuelas n i c e n t r o s de sal u d . ¿Y p o r q u é n o hay r e v o l u c i ó n allá? Es p o r q u e los p u e b l o s todavía t i e n e n sus
usos y c o s t u m b r e s , q u e les d a n u n a c i e r t a l i b e r t a d política. Gracias a los usos y
c o s t u m b r e s , l a g e n t e es l i b r e y si n o existiera esa l i b e r t a d , habría revolución. P o r
eso, yo te d i g o q u e los usos y c o s t u m b r e s son u n a b e n d i c i ó n . ¡ Q u é b u e n o q u e
e x i s t a n los usos y c o s t u m b r e s y q u e e l g o b i e r n o d e l estado los r e s p e t e !
87
Por e l l o , Flores C r u z califica la legalización de estos últimos c o m o " u n
v e r d a d e r o acto h e r o i c o " , c o n el cual e l PRI mostró su disposición a sacrificar su lazo i n s t i t u c i o n a l c o n las c o m u n i d a d e s indígenas c o n t a l de l o g r a r la
g o b e r n a b i l i d a d y la estabilidad política, l o q u e a p o r t ó beneficios m u y i m portantes a todos los o a x a q u e ñ o s .
88
P o r el c o n t r a r i o , J o r g e H e r n á n d e z Díaz
describe t a l legalización c o m o " u n a estrategia m e d i o maquiavélica", p o r la
cual el p a r t i d o g o b e r n a n t e p u d o pacificar al m o v i m i e n t o indígena y, al mism o t i e m p o , p r o p i n a r u n revés a su p r i n c i p a l c o m p e t i d o r e l e c t o r a l .
89
Después de e x a m i n a r todas las evidencias, es c l a r o q u e la legalización
fue u n a a c c i ó n política astuta, q u e llevó a cabo u n g o b i e r n o cuyas bases se
tambaleaban y estaba m u y p r e s i o n a d o p o r las o r g a n i z a c i o n e s indígenas, los
partidos de o p o s i c i ó n y otros actores civiles n o estatales p a r a que a b r i e r a el
sistema político y o t o r g a r a más a u t o n o m í a a las c o m u n i d a d e s indígenas d e l
estado. Por o t r a p a r t e , el PRI esperaba que la legalización de los usos y cost u m b r e s f r a c t u r a r a los vínculos crecientes e n t r e las organizaciones indígenas i n d e p e n d i e n t e s y el PRD, su p r i n c i p a l c o m p e t i d o r e l e c t o r a l . Así, D a v i d
R e c o n d o r e s u m e e l o c u e n t e m e n t e el v e r d a d e r o m o t i v o q u e se esconde tras
la m e d i d a :
L a r e f o r m a d e l 95 es de a l g u n a m a n e r a u n r e c o n o c i m i e n t o a los c a m b i o s q u e
se h a n d a d o a n i v e l d e l r é g i m e n p o l í t i c o y es u n a m e d i d a q u e desde c i e r t o p u n to de vista t a m b i é n es u n a m a n e r a p a r a ciertos actores, e n p a r t i c u l a r p a r a e l gob i e r n o , d e m a n t e n e r u n a e s t a b i l i d a d política. P e r o , u n a vez más, n o h a y q u e ten e r l e c t u r a s unívocas. A l g u n o s d i c e n q u e l a r e f o r m a e n e l 95 f u e l a d e l PRI y l a
de D i ó d o r o Carrasco A l t a m i r a n o p a r a d a r l e e n l a t o r r e a l a o p o s i c i ó n , e n p a r t i c u l a r a l PRD, q u e t u v o u n auge i m p r e s i o n a n t e e n esas elecciones. Es v e r d a d , e n
p a r t e . D i ó d o r o es u n g o b e r n a n t e q u e t i e n e intereses, q u e se i d e n t i f i c a c o n
u n p a r t i d o , p e r o q u e , sobre t o d o , c o m o g o b e r n a d o r q u i e r e c i e r t a e s t a b i l i d a d
Entrevista a Cipriano Flores Cruz, presidente del IEE de Oaxaca (1995-2002), 23 de j u lio de 2002.
ídem.
Entrevista a Jorge Hernández Díaz, profesor de sociología, UABJO, 17 de j u l i o de 2002.
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KUNLE OWOLABI
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FI XLIV-3
p o r q u e está e n u n a c o y u n t u r a n a c i o n a l difícil ( e l c o n f l i c t o e n C h i a p a s ) , q u e
hace q u e l a situación p u e d a c o m p l i c a r s e e n O a x a c a . E n t o n c e s , hay q u e c u i d a r y
asegurar u n a g o b e r n a b i l i d a d y, a l m i s m o t i e m p o , c u i d a r sus intereses políticos.
P e r o n o t o d o es i n i c i a t i v a d e l g o b i e r n o . Si te fijas, los q u e i m p u l s a n y n e g o c i a n
la r e f o r m a sobre usos y c o s t u m b r e s s o n o r g a n i z a c i o n e s r e g i o n a l e s ajenas a l sistema corporativo priista.
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Es c l a r o que los m o t i v o s q u e l l e v a r o n a l a legalización de los usos y cost u m b r e s f u e r o n de o r d e n m u y diverso y q u e los efectos de d i c h a legislación
e n el sistema político de Oaxaca h a n sido i g u a l m e n t e complejos. Si b i e n l a
legalización d i o p o r resultado que el PRI p e r d i e r a l o q u e aún conservaba de
su ventaja e n los m u n i c i p i o s indígenas de Oaxaca, también contribuyó a
q u e el p a r t i d o se m a n t u v i e r a e n el poder, e n las recientes elecciones, al d i v i d i r a los p a r t i d o s de o p o s i c i ó n y evitar e l t i p o de colapso estatal que o c u rrió e n Chiapas e n 1994-1995. A n t e esta nueva r e a l i d a d , q u e h a creado u n a
aparente estabilidad política, es p r o b a b l e q u e e l PRI vuelva a resultar elegid o e n 2004, d a d o que el PRD n o h a r e s p o n d i d o a d e c u a d a m e n t e a la p o s t u r a cada vez más asertiva de las organizaciones indígenas, y q u e el PAN, pese
a los resultados alentadores de 2 0 0 1 , aún carece de las bases que le p e r m i tirían t r i u n f a r e n e l estado. I n c l u s o Pablo A r n a u d d u d a de las posibilidades
que tendrá su p a r t i d o e n 2004, al a f i r m a r q u e " n o h a h e c h o l o suficiente
para g e n e r a r c r e d i b i l i d a d e n las zonas rurales", y pese a l a v i c t o r i a de F o x e n
2000, " e l PAN n o se h a d e s p r e n d i d o c o m p l e t a m e n t e de su i m a g e n de p a r t i d o
de la é l i t e " . Pero, n o obstante l a p r o b a b i l i d a d de q u e el PRI vuelva a t r i u n far e n 2004, n o p o d e m o s obviar el h e c h o de q u e , e n cada elección, el p o r centaje de v o t o priista d e l t o t a l de la votación e n los m u n i c i p i o s U / C h a i d o
acercándose cada vez más al p r o m e d i o estatal. Esto i n d i c a q u e el éxito elect o r a l d e l PRI ya n o descansa e n u n a ventaja i n h e r e n t e q u e el p a r t i d o goce e n
los m u n i c i p i o s U / C . P o r t a n t o , a pesar de l a p e r m a n e n c i a d e l g o b i e r n o priista e n Oaxaca, l a legalización de los usos y costumbres n o representa u n g o l pe d e l PRI c o n t r a la o p o s i c i ó n , q u e asegure a l p a r t i d o su reelección i n saecu91
la
saeculorum.
T r a d u c c i ó n d e L O R E N A M U R I L L O S.
David Recondo (entrevista), "Usos y costumbres: distinta disputa por el poder. Quinta
parte", En Marcha, marzo de 2002, p. 16.
Entrevista a Pablo A r n a u d , 2 de agosto de 2002.
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