A INTERPRETAÇÃO EVOLUTIVA DO CONCEITO DE SOBERANIA À LUZ DA INTERNACIONALIZAÇÃO DO DIREITO THE UPGRADEABLE INTERPRETATION OF THE CONCEPT OF SOVEREIGNTY IN THE THROUGH THE INTERNATIONALIZATION OF THE LAW Christine Oliveira Peter da Silva Larissa Maria Melo Souza RESUMO A pesquisa é desenvolvida na égide do direito constitucional e internacional, tendo por objeto o esvaziamento do conceito clássico de soberania frente aos fenômenos de universalização e globalização descritos por Mireille Delmas-Marty. A metodologia utilizada é instrumental direcionada pela doutrina – nacional e estrangeira – quanto às várias feições que giram em torno do conceito de soberania, com intuito de compreender as razões da insuficiência do conceito clássico de soberania e definir novos parâmetros de compreensão da concepção de soberania proposta por Gustavo Zagrebelsky. O tema restringe-se à determinação do entendimento de soberania sobre o olhar dos direitos humanos, em uma “sociedade aberta universal”, nas diretrizes de Peter Häberle e Markus Kotzur, e de um contrato social mundial defendido por Mireille Delmas-Marty. A pesquisa é desenvolvida no âmbito dos grupos de pesquisa de Internacionalização do Direito e Núcleo de Estudos Constitucionais – NEC. Para alcançar uma concepção de soberania, desenvolvida por Markus Kotzur, que se pauta na autodeterminação do ser humano e uma “sociedade internacional universal” baseada por um contrato social mundial nos moldes propostos por Mireille Delmas-Marty, o trabalho percorre cinco etapas. Primeiro, com base na evolução histórica do conceito de soberania se reconhece a insuficiência da concepção determinada até o tratado de Westfalia (1648), em virtude de seu descompasso com o pluralismo político e social desenvolvido desde o final do século XX. A segunda é demonstrar que o conceito de soberania proposto pelo direito constitucional de soberania popular é vazio, justamente por não haver uma definição do que seja este povo, entretanto, deve-se reconhecer que esse entendimento aproxima o conceito de soberania de um caráter libertário. A terceira compreende a formulação de uma Soberania Cidadã, conforme propõe Markus Kotzur, onde a soberania se pauta na liberdade de autodeterminação do ser humano. A quarta se refere à transição do entendimento de soberania pautada na autodeterminação do ser humano para um plano internacional de sociedade aberta universal, em cooperação para efetivação da proteção à dignidade da pessoa humana. Por fim, o reconhecimento de que apesar das tensões entre existente nas relações internacionais, entre o desejo de paz e o medo, descritos por Mireille Delmas-Marty, é preciso direcionar os atos internacionais dentro de um contrato social mundial em busca da paz, pois dessa forma se aperfeiçoa o objetivo de garantir a autodeterminação do ser humano. O desenvolver desses cincos pontos permitem coadunar as soluções apresentadas para a problemática da soberania de Mireille Delmas-Marty, Peter Häberle, Markus Kotzur, em uma 3031 tentativa de redefinir a soberania dentro dos parâmetros mundiais de universalidade e globalização e em consonância com a concepção apresentada por Gustavo Zagrebelsky. PALAVRAS-CHAVES: SOBERANIA; AUTODETERMINAÇÃO DO SER HUMANO; SOCIEDADE ABERTA UNIVERSAL; CONTRATO SOCIAL MUNDIAL. ABSTRACT The research is developed in the framework of constitutional and international law, with the purpose of emptying the classical concept of sovereignty due to globalization and universalisation of phenomenon described by Mireille Delmas-Marty. The methodology is directed by the instrumental doctrine - domestic and foreign - for several features that revolve around the concept of sovereignty in order to understand the reasons for the failure of the traditional concept of sovereignty and define new parameters for understanding the concept of sovereignty proposal by Gustavo Zagrebelsky. The issue is limited to determining the understanding of sovereignty over the view of human rights in a "universal open society" in the guidelines of Peter Häberle and Markus Kotzur, and a global social contract supported by Mireille Delmas-Marty. The research is developed within the research groups of Internationalization of Law and Center for Constitutional Studies - NEC. To achieve a conception of sovereignty, developed by Markus Kotzur, which is based on the self of the human being and a "universal international society" based on a global social contract in the manner proposed by Mireille Delmas-Marty, working through five steps. First, based on the historical evolution of the concept of sovereignty recognizes the inadequacy of the design determined by the Treaty of Westfalia (1648), because of its inconsistency with political pluralism and social development since the end of the twentieth century. The second is to demonstrate that the concept of sovereignty proposed by the constitutional right of popular sovereignty is empty, precisely because there is no definition of what these people, however, it should be recognized that such approaches the concept of sovereignty of a libertarian nature. The third includes the formulation of a Sovereign Citizen, as proposed by Markus Kotzur, where sovereignty is based on freedom of the human self. The fourth refers to the transition of sovereignty based on understanding the human self to an international plan of universal open society in cooperation for the effective protection of human dignity. Finally, the recognition that despite the tensions existing between international relations, between the desire for peace and fear, described by Mireille Delmas-Marty, you must direct the international actions within a social contract in search of world peace, because that would improve the objective of ensuring the human self. The development of these five points to match the solutions presented for the problem of sovereignty in Mireille Delmas-Marty, Peter Häberle, Markus Kotzur in an attempt to redefine sovereignty within the global parameters of universality and globalization and in accordance with the design by Gustavo Zagrebelsky. KEYWORDS: SOVEREIGNTY, SELF OF HUMAN BEINGS; UNIVERSAL OPEN SOCIETY; GLOBAL SOCIAL CONTRACT. 3032 INTRODUÇÃO Entre os temas atuais mais debatidos pelos estudiosos do direito internacional se encontra a definição de soberania diante da nova composição da sociedade contemporânea globalizada e universal. Desse modo, sob o manto das considerações de Gustavo Zagrebelsky, principalmente em sua obra sobre Soberania, busca-se examinar se de fato há uma superação do conceito clássico de Soberania e, em caso positivo, quais as novas diretrizes, os efeitos que esta sofre frente à internacionalização do direito. Nessa perspectiva a pesquisa centra-se na análise do possível enfraquecimento do conceito clássico de Soberania e sobre a provável necessidade de redefinição do conceito, além de inquirir os impactos sofridos pela concepção de Soberania pela internacionalização do direito. Com base na diversidade de opiniões e da necessidade do estudo dos impactos da internacionalização do Direito sobre a Soberania, busca-se, nesse trabalho, estudar as mudanças causadas pelo universalismo e pela globalização, a fim de compreender a (des)necessidade da reformulação do entendimento clássico de Soberania. Desse modo, a intenção é que com base na evolução histórica da concepção de soberania se possa analisar a necessidade ou não de reformulação da concepção de soberania e, em caso positivo, com base em Markus Kotzur[1] e Peter Häberle[2], desenvolver um entendimento que coadune com a intenção de um contrato social mundial proposto por Mireille Demas-Marty. Como referenciais teóricos desta pesquisa, foram adotados Gustavo Zagrebelsky, Markus Kotzur, Peter Häberle e Mireille DelmasMarty. No concernente à Markus Kotzur, este parte da premissa de que a soberania popular possui um conceito vazio, pela indefinição do que seria povo. Por esse motivo, e com base em uma leitura da sociedade aberta de intérpretes proposta por Peter Häberle, Kotzur apresenta o deslocamento da soberania popular para uma cidadã, que se paute na autodeterminação do indivíduo[3]. A finalidade desse trabalho, portanto, é desenvolver um tipo de pesquisa instrumental[4], direcionada pela doutrina – nacional e estrangeira – quanto às várias feições que giram em torno do conceito de soberania. 1 UMA REFORMULAÇÃO DO CONCEITO DE SOBERANIA O poder estatal nacional sofre, na atualidade, interferência do direito internacional, muito em função da globalização. Segundo Giuseppe de Vergottini “o processo de globalização deve ser refinado e conduzir à realização de um espaço político e jurídico unitário para além dos limites ainda existentes, para a manutenção do Estado”[5]. No âmbito regional latino-americano, as interações entre o Direito Internacional, a Sociedade Internacional e os Estados Nacionais oferecem perspectivas interessantes quanto à concepção de Soberania Nacional[6]. Assim ocorre, pois os direitos servem melhor para a compensação horizontal dos interesses, e em menor proporção para expressar – em sentido vertical – as dependências de poder ou relações entre os países supra e subordinados[7]. Quando se fala em Soberania pensa-se um em conceito clássico, qual seja a adotada no tratado de Paz de Westfália (1648) onde se atrela ao Estado Territorial caráter supremo visando garantir a paz e a liberdade de seus súditos. No entanto, para se obter uma concepção completa é preciso considerar a soberania em âmbito nacional e 3033 internacional, e mais, as relações horizontais e verticais de interesses. Para Markus Kotzur, a compensação das relações horizontais permite parcerias público-privadas, em uma relação cooperativa entre os cidadãos e o Estado[8]. Mas a questão está justamente no que diz respeito à relação vertical, pois nesse novo sistema, onde se encaixariam as tradicionais concepções de soberania? Nesta seara, ressalta Vergottini que é preciso encontrar mecanismos para pacificar a relação entre os distintos níveis, principalmente por se considerar a visão negativa que permeia o Estado Nacional, frente à concepção de uma gestão de interesses em nível mundial[9]. Desse modo, o entendimento clássico de Soberania encontra-se ultrapassado para a realidade global atual. Portanto, faz-se necessário o delineamento de um novo conceito de Soberania, que acompanhe as interações entre Estados Nacionais e destes com o Direito Internacional e com a Sociedade Internacional, de forma a estabelecer um equilíbrio, mesmo na relação vertical entre os sujeitos. Gustavo Zagrebelsky apresenta como concepção de Soberania a “situação eficiente de uma força material empenhada em construir e garantir sua supremacia e unicidade na esfera política”[10]. A concepção clássica de Soberania de Rousseau[11] (“toda soberania provem do povo”) envolve uma soberania nacional e internacional, que em verdade, é desatualizada e possui contradições, isso, pois quando consideramos as percepções nacionais e internacionais, segundo Markus Kotzur, a formulação clássica de soberania é abstrata e baseia-se, por um lado, em um “grau superlativo” de um determinado fenômeno, seja em um sentido conceitual jurídico-normativo, ou de categoria sociológica; e, de outro, a soberania seria o princípio constitutivo da sociedade internacional, o que se justifica em uma vinculação jurídica mínima com uma comunidade supra-estatal[12]. Nesse sentido, Antonio Cassesse afirma que o retraimento da autoridade do Estado Nacional é uma constatação, em razão da criação de Tribunais Penais Internacionais, que retiram o monopólio da punição das mãos do Estado Nacional[13]. Desse modo, pelas percepções de contrariedade da concepção clássica de soberania propostas por Markus Kotzur e do novo conceito apresentado por Gustavo Zagrebelsky, enseja-se um conceito atual de soberania, o que, no entanto, envolve a preservação do histórico da concepção de soberania, para, a partir dele, desenvolver um novo conceito envolvendo uma complexa rede de vínculos supra-estatais. 1.1 A HISTÓRIA DA SOBERANIA Na Antiguidade, havia formações estatais independentes entre si que conviviam sem uma concepção de soberania[14]. A formação do conceito apenas surgiu no meio a Idade Média quando Carlos Magno coligou sua pretensão de domínio Universal com uma idéia de Império Romano renovado, fincando, assim, o duelo entre Estado e Igreja, pois contestava a legitimidade do poder da Igreja e do Papa para decidir sobre a guerra ou a paz[15]. Apenas com Jean Bodin fora firmado uma teoria moderna da Soberania ao conceituá-la como: “poder sobre os cidadãos e súditos e não sujeição às Leis”[16]. Assim, formouse uma concepção de poder supremo, permanente, indivisível e ainda, por certo período, irresponsável, concedido ao Estado[17]. Para essa percepção importava apenas a 3034 incomensurabilidade do Estado frente a qualquer outro Estado e conseqüentemente a impossibilidade de relações internacionais com outros Estados Soberanos[18]. Por outro lado, somente diante da nova ordem resultante do tratado de Westfalia (1648), o entendimento passou à vinculação da Soberania com o Estado Territorial, com a função de garantia da paz e da liberdade[19]. Entretanto desde o final do século passado, vários fatores como o pluralismo político e social interno, formação de centros de poder alternativos que atuam em campos políticos, econômicos, culturais e religiosos, têm contribuído para a queda da idéia de Soberania firmada no tratado de Westfália[20]. Nesse seguimento, Emmerich de Vattel[21] propôs uma nova interpretação de Soberania preceituando uma tríade para chegar a um entendimento mais amplo de soberania estatal: autogoverno, independência dos Estados e vinculação direta ao Direito Internacional. Segundo Markus Kotzur, essa tríade apresentada por Vattel é marca da Doutrina Internacional, bem como a atuação dos Estados e a jurisprudência da Corte Permanente de Justiça Internacional e da Corte Internacional de Justiça, no que diz respeito à Soberania estatal[22]. Nos parâmetros de Vattel, um Estado Nacional é soberano quando não está submetido a nenhuma outra autoridade que não o Direito Internacional, sendo assim quem toma a decisão sobre seus súditos quando em seu território; e, ao mesmo tempo, é independente de qualquer força exterior que provenha de outros Estados Nacionais[23]. O resultado dessa nova configuração firmou-se com a criação a elaboração da Carta das Nações Unidas, no qual a Guerra passou a ser um anacronismo e a idéia de um Sistema de Segurança Coletivo começou a tomar contornos[24]. Segundo Markus Kotzur, esse grande salto evolucionário das concepções estatais gerou reflexos sobre as instituições supranacionais e inter-estatais, o que leva a, uma relativização do conceito e da própria Soberania, diante dos grandes blocos regionais formados – como a União Européia (UE)[25]. A suma da história da Soberania e de seus principais teóricos nos revela que ela está sujeita à realidade que permeia o mundo nos diversos momentos históricos da humanidade. Ademais, pode-se concluir que Soberania tem a ver com “legitimidade da competência”, o que Markus Kotzur ressalta não poder ser reduzido a um simples poder de dominação, independência e poder absoluto[26], mesmo porque, como ressalta Zagrebelsky, soberania envolve poder político de decisão, o que – até os moldes clássicos – era concentrado sobre as mãos do Estado Soberano[27]. 1.2 SOBERANIA À LUZ DO DIREITO CONSTITUCIONAL No âmbito do Direito Constitucional, se reconhece a decadência do entendimento clássico de Soberania, tendo em vista estar perdida a posição central do Estado Nacional[28], muito embora passe a estar baseada na Constituição. Sobre isso, se releva uma perspectiva de Soberania Popular e uma relação Soberania e Nação. Quanto ao primeiro ponto, urge que a relação entre Estado Nacional e Povo nos leva a uma decisão soberana de um poder constituinte que possui sua legitimidade democrática no povo, nos moldes clássicos desenvolvidos por Rousseau[29]. Ou seja, a legitimidade democrática para exercer a soberania está na Constituição, por esta conter os anseios do povo que a constituiu, por sua característica, enquanto democrática, de pluralidade[30]. Com base neste pressuposto que só considera Povo – 3035 sem suas dependências e sua realidade – Sieyès[31] desenvolveu a tese pela qual o Povo é “fundamento originário” do poder constituinte, sendo sua natureza superior à própria Constituição, pois a qualquer tempo este povo pode impor nova Carta Fundamental que conste legitimidade para os atos de soberania, de forma diferente da anterior Lei Fundamental substituída[32]. No que diz respeito à concepção de povo, esclarece Peter Häberle[33] que povo, é concebido como uma pluralidade de forças culturais, sociais e políticas (partidos, igrejas, associações, pessoas ou grupos formadores de opinião, vontades, correntes políticas, ou seja, atores cívicos), o que é adotado por J. J. Gomes Canotilho no que tange ao povo em um sentido político, como grupos de pessoas que agem segundo idéias, interesses e representações de natureza política.[34] Nessa perspectiva apresentada por J. J. Gomes Canotilho, o povo não se restringe aos súditos participantes do sufrágio, mas ao “povo real”, que é todo aquele pertencente à comunidade aberta de sujeitos constituintes[35], ou na visão de Peter Häberle, os membros da sociedade aberta de intérpretes da Constituição[36]. Nessa perspectiva, acredita Markus Kotzur que somente é legítimo para exercer atos de Soberania, seja ela nacional ou internacional, o Estado Nacional que se pauta na Soberania Popular[37], ou seja, que se funda em elementos democráticos que assegurem a participação do povo nos processos de tomada de decisão[38], pois de forma contrária não se faz presente a Democracia ou a vontade política do Povo, como indica a Declaração Francesa dos Direitos do Homem e dos Cidadãos[39]. Para Zagrebelsky, a mudança no sentido da Soberania pautada na Constituição não é mero artifício que desvia os olhares do verdadeiro problema da concepção de Soberania, mas “é um novo centro de emancipação de força concreta que assegure a unidade política estatal”.[40] Porém, como ressalta Markus Kotzur, o conceito de Soberania Popular é vazio, pois se funda em uma idéia de “Povo” aberta e ilimitada[41]. Além do mais, aponta Antonio Cassesse que em muitos momentos os Estados Soberanos se utilizam da Constituição como escudo contra as intervenções internacionais[42], por esses motivos que a solução dessa dialética mais defendida é a apresentada por J. Isensee onde a “nação é fundada nos direitos humanos”[43], o que sugere uma unidade política em uma premissa antropológica (dignidade humana)[44], sem desconsiderar demais elementos como a história, a cultura, a língua, entre outros. A reunião destes na Soberania Popular implica em um efeito, onde Estado Nacional e Povo se equivalem, de forma a existir o “Povo do Estado” determinado juridicamente pela nacionalidade[45]. Mas ressalte-se que Povo e Estado Nacional não são a mesma coisa, porque, como assevera Markus Kotzur, o Estado é “uma concretização do povo e de seu papel no exercício das funções estatais, pois é um modelo de ordem que permite ao povo atuar politicamente”[46]. Já o Povo segue sem uma conceituação jurídica satisfatória, restando apenas o elemento legitimador da Soberania do Povo em sua capacidade de produzir vontade livre e afastada de coações[47]. Esse elemento da Soberania Popular nos remete a algo que fica em um segundo plano, ou seja, o caráter antimonárquico e anti-absolutista e capacidade de livre autodeterminação de cada indivíduo, o que Markus Kotzur denomina como Soberania Cidadã, nos mesmos moldes de Peter Häberle, permeando tanto os Estados Constitucionais como as relações supra-estatais no âmbito internacional[48]. 3036 1.3 A SOBERANIA PAUTADA NA AUTODETERMINAÇÃO DO SER HUMANO Em uma perspectiva internacional, não há como falar em Soberania sem adentrar na proteção universal dos direitos humanos. Assim o é, pois em meio à globalização vivida no século XXI, não é somente os Estados Nacionais que se encontram inseridos em uma Comunidade Internacional, mas também de atores cívicos, tais como grupos sociais e os próprios indivíduos, e justamente por isso que se aponta a relativização das relações entre Estado Nacional e seus cidadãos[49]. Nesse sentido, com base na soberania popular e o seu caráter de liberdade ao indivíduo para se autodeterminar, e das concepções do direito internacional a partir da proposta de E. Vettel, pode-se concluir que o conceito de Soberania para o Direito Constitucional e para o Direito Internacional possui um elo centrado no próprio ser humano, pois para o exercício de qualquer poder de soberania é preciso se pautar nos direitos humanos[50]. Portanto, a soberania não se regula no poder absoluto do monarca, nem do poder originário, mas na autodeterminação do indivíduo como elemento central de sua dignidade humana e seu papel como cidadão ativo em um Estado Constitucional e na comunidade política que o sustenta[51]. Nesse sentido, à medida que o Estado Nacional existe para o homem e para a liberdade deste, deve a soberania ser legitimada na garantia dessa liberdade humana, o que exige, segundo Markus Kotzur[52], Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário eficazes. Dessa forma, cabe ao Estado Nacional Soberano proteger efetivamente os direitos humanos sem se utilizar da Soberania como escudo para sua ineficácia[53]. Quanto a este ponto, é preciso considerar que, em alguns momentos, o Estado Nacional pode não conseguir garantir eficazmente os direitos humanos a seus súditos, o que enseja a competência da Comunidade Internacional, sem, no entanto, anular a legitimidade dos Estados Nacionais[54]. Nesse sentido, a Comunidade Internacional possui uma ordem constitucional parcial, ou seja, ela é parcialmente soberana, ao passo que sua legitimidade para matéria de direitos humanos se inicia quando fracassa o Estado Nacional Soberano[55]. Ademais, ao nos depararmos com a teoria do contrato social (Rousseau)[56], dentro da esfera do Estado Nacional , este passa a ser equiparado aos indivíduos , bem como suas relações, pois sua razão é a liberdade dos indivíduos. Nessa seara, um conceito de soberania republicano[57] consubstancia a pluralidade oculta pela formação do Estado Nacional, o que nos leva a uma Comunidade Internacional que não age de acordo com a vontade dos Estados Nacionais Soberanos, mas dos indivíduos por detrás destes Estados com as forças sociais, políticas e econômicas envolvidas. Nessa perspectiva, para Mireille Delmas-Marty é preciso solucionar a tensão entre a competência do Estado e da Comunidade Internacional, o que busca realizar a partir da apresentação do ajustamento das relações, por meio dos princípios da subsidiariedade e da proporcionalidade[58]. O princípio da subsidiaridade atua conjuntamente com o princípio da proporcionalidade na intenção não de limitar e dividir puramente a competência, mas como elemento regulador desta[59]. Portanto, nesses moldes, a legitimidade de atuação dos Tribunais Internacionais é subsidiária à medida que sua atuação se inicia quando esgotados todos os remédios 3037 jurídicos disponíveis dentro do âmbito dos Estados Nacionais Soberanos, o que leva às suas decisões serem a serviço do ser humano[60]. 1.4 RELAÇÕES INTERNACIONAIS COOPERATIVAS DA SOBERANIA As inter-relações entre o Direito Constitucional e o Direito Internacional, no que tange à Soberania, demonstram a realidade do Estado Constitucional aberto e cooperativo nos moldes apresentados por Peter Häberle[61], o que em último plano se efetiva em interrelações cooperativas de soberania, conforme Markus Kotzur[62]. A cooperação internacional entre os Estados Nacionais é uma realidade – desde 1919, com a Liga das Nações –, pautada na promoção da cooperação entre as Nações, além de garantir a paz e a segurança internacional. No mesmo sentido se encontra a criação das Nações Unidas em 1945, onde a cooperação entre os Estados passou a ser um meio para “resolver os problemas internacionais de caráter econômico, social, cultural ou humanitário, e para promover e estimular o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais para todos, sem distinção de raça, sexo, língua ou religião”[63]. Ademais podemos destacar o tratado firmado em 1994 que instituiu a Organização Mundial do Comércio (OMC), que determinou diretrizes para a criação de um direito internacional humanitário e social, onde passamos de um momento de efetivação da paz negativa para uma paz positiva, ao passo da criação de uma infra-estrutura econômica, social e cultural em padrões mundiais. Com base nesta premissa, em 1970 aprovaram-se na assembléia geral da ONU os princípios fundamentais do direito internacional para as relações amistosas e cooperação entre as Nações , independente das peculiaridades políticas, econômicas e social destes[64]. Ressalta Markus Kotzur que o conceito jurídico-estatal de soberania deve estar permeado por coordenação e conjunção dos Estados Nacionais em momento material para que seus limites sejam definidos no próprio valor do ser humano[65]. Portanto, o conceito de soberania atual deve se basear em duas premissas: o Estado Constitucional fundado na dignidade da pessoa humana e, no próprio valor da pessoa de acordo com as premissas antropológicas[66], o que contém em si a dimensão de cooperação, não em uma esfera abstrata, mas de pluralidade de vinculações jurídicas e fáticas[67]. Entretanto, é preciso esclarecer que uma esfera de soberania não se sobrepõe à outra. Elas são espaços de coordenação entre si, por meio dos mecanismos de engrenagem e de interação. O que se registra é que quando o Estado Constitucional se posiciona a favor da cooperação internacional, não relativiza as concepções de soberania, mas fornece estrutura para a soberania, o que exige uma reinterpretação do conceito de soberania como uma garantia estrutural, ou seja, como um meio de efetivação da cooperação entre as nações[68]. Segundo Peter Häberle, é preciso que a sociedade aberta de intérpretes[69] considere não somente a opinião dos cidadãos do Estado no processo de tomada de decisões, mas também dos Estados estrangeiros, com seus cidadãos e da Comunidade Internacional. Por esse motivo, o Estado Constitucional cooperativo exige cooperações econômicas, sociais e humanitárias, inclusive a consciência antropológica de cooperação[70]. No que tange ao Estado Constitucional Cooperativo tendente a uma cooperação internacional, seu surgimento decorre principalmente de dois fatores: o sócio-econômico e o ideal- 3038 moral[71]. No concernente ao primeiro, destaca-se que em virtude da globalização as relações econômicas entre os Estados Nacionais se intensificaram de modo a exigir uma cooperação econômica a níveis que compreendam adequações jurídicas em âmbito internacional[72]. Por outro lado, no que pertence ao elemento ideal-moral, possuímos os direitos fundamentais e humanos[73]. Entretanto, para efetividade de uma cooperação internacional, é preciso considerar que a diversidade dos Estados Nacionais demonstra uma variedade na estrutura dos valores entendidos como direitos humanos. Contudo, ocorre que mundialmente não existem somente países ocidentais (V.g. nações islâmicas). Mesmo porque, é necessário alertarse para a transposição de elementos de um Estado, em razão da incompatibilidade deste puramente com as instituições a realidade do país receptor deste elemento; neste sentido, é preciso adaptar e ponderar a inserção do instituto[74]. Nesse seguimento, propõe Peter Häberle que o Estado Constitucional quando inserido na cooperação internacional, deixa de existir para si. O Estado se veste de suas responsabilidades de efetivação dos direitos fundamentais e humanos com base nos princípios gerais do direito internacional e nos direitos humanos [75]. 2 INTERNACIONALIZAÇÃO DO DIREITO CONSTITUCIONAL: UMA VISÃO DO CONTRATO SOCIAL MUNDIAL A PARTIR DA AUTODETERMINAÇÃO DO INDIVÍDUO EM MATÉRIA DE DIREITOS HUMANOS Internacionalização do Direito é um método de estudo comparativo do fenômeno jurídico, que examina a influência do direito internacional sobre os direitos nacionais. A princípio, se divide em dois pólos: direito – internacional – econômico e direitos humanos[76]. A extensão do estudo do direito para além das fronteiras nacionais – internacionalização do direito – conforma o direito internacional. Este em strictu sensu não se confunde com o jus gentium ou com o direito universal em caráter supranacional. Segundo Delmas-Marty, ele provem do direito cosmopolita de Kant, cuja definição seria “uma medida em que diz respeito à eventual unificação de todos os povos em determinadas leis universais”[77], sendo que não se pode privar o cidadão do mundo de solicitar à Comunidade Internacional de ir e vir a qualquer região do mundo, independente do contrato social em nível nacional a que se submeta[78]. Mesmo com essa premissa, somente após dois séculos das idéias implantadas por Kant, iniciamos a desenvolver com base nos direitos humanos – por meio da Declaração Universal dos Direitos Humanos –, um projeto de lei cosmopolita[79]. De fato, a idéia de um contrato social mundial com base nos parâmetros de Kant nos remete ao que Delmas-Marty aponta como universalismo, o que não se confunde com globalização. As diferenças centram-se principalmente no que diz respeito ao local, pois “A globalização não pode ser concebida sem o local em que se interage, em um movimento dialético permanente, enquanto que o contrário universalismo tem desenvolvido contra o local”[80] Ou seja, a globalização versa sobre uma simples difusão de espaços atrelado a práticas locais, ao passo que, o universalismo possui intenção mais audaciosa, tendo em vista que implica em um sentimento comum em relação a conceitos, como uma espécie de língua comum entre os locais[81]. Nesse sentido, Delmas-Marty apresenta os direitos humanos como pertencentes ao universalismo, pois se relaciona mais com a humanidade do que com o comércio e a economia mundial, apesar da difícil separação, ao se considerar que possuem origem no 3039 direito internacional o que se aproxima mais da globalização com as leis de mercado[82]. Esclarece ainda Delmas-Marty que a concepção de um contrato social mundial remete a Kant, pois a interação de estruturas nacionais, internacionais e transnacionais de um contrato global enseja um contrato multidimensional, que conecta os agentes e instituições mesmo que diferentes de um sector para outro. A questão enfrentada neste momento é se ainda se está diante de um contrato[83]. Isso ocorre, pois diante da mudança de escala de um contrato social nacional ou regional para uma escala mundial, é preciso considerar que as relações possuem uma dinâmica entre o desejo de paz atrelado ao princípio da solidariedade (desejo de inclusão) ou de um espírito de guerra (desejo de exclusão). Ou seja, quando o equilíbrio do contrato global é afetado, pode-se ter efeitos no sentido da separação pelo medo; o que ocorre é que em um contrato mundial baseado na solidariedade a lógica é de inclusão; e no baseado pelo medo a ela é inversa, ou seja, baseia-se na exclusão, o que enseja uma transposição aparentemente impossível, pois o inimigo está inserido na Comunidade Internacional justamente pelo contrato ter de ser total – sem exclusão de atores a priori[84]. Quando se considera as relações internacionais no plano real, v.g. o MERCOSUL e as atuais perspectivas diante da formação UNASUL[85], as tensões políticas e econômicas entre os países latino-americanos, bem como pelas experiências da própria União Européia (UE) de aplicação do princípio da subsidiariedade (no que tange às questões jurisdicionais), pode-se concluir pela existência de pontos fracos no contrato global. A falha, segundo a professora Delmas-Marty, reside justamente na inserção de atores privados sem prejuízo ao menos formal das demais pessoas em seus direitos de liberdade e igualdade. O que Delmas-Marty apresenta é que o problema não é essas transformações, mas sim estas não estarem previstas na teoria do contrato social, até mesmo em perspectivas globais. Por isso, apresenta a necessidade de alterar o formalismo jurídico em torno das interações horizontais e verticais mistas[86]. Segundo Delmas-Marty, a dinâmica do desejo de inclusão de uma sociedade democrática é baseada em um governo de rede locais de fóruns democráticos, sob a coordenação das autoridades públicas que permitam espaço para a cidadania, conforme David Held[87]. Em verdade, essa panorâmica se assemelha aos moldes propostos por Peter Häberle em sua tese sobre a sociedade aberta de intérpretes em uma perspectiva de cooperação entre os Estados Constitucionais[88], ao passo que para David Held as pessoas possuem direitos e deveres equivalentes em áreas públicas quando as decisões a serem tomadas afetarem a seus interesses vitais[89]. Nessa perspectiva, quando se volta para um contrato total, necessita-se repensar as tendências de exclusão pelos sistemas de segurança e repressão, porém, segundo Delmas-Marty, não pode esta revisão ser limitada às concepções legais e instituições multilaterais para evitar, o que já fora alertado por Hannah Arendt[90], uma guerra civil mundial[91]. O que ocorre é que quando alienados pela lógica de exclusão pelo medo das ameaças que cercam a todos (v.g. atentados terroristas) acaba-se por rotular os que discordam do grupo a que se integra de inimigos, o que pode levar a humanidade a um estado constante de guerra e ao fim dos princípios democráticos[92]. 3 PRIMEIRAS CONCLUSÕES 3040 Portanto, diante da internacionalização do direito, como demonstra o estudo da história da Soberania, o conceito clássico proposto por Rousseau[93] encontra-se defasado, frente às exigências de uma sociedade contemporânea globalizada e universalizada. Para os padrões atuais, e em conformidade com a essência de poder político de decisão, é preciso uma Soberania Popular pautada em uma concepção de povo nos moldes propostos por Peter Häberle[94], ou seja, como sujeitos pertencentes à sociedade aberta de interpretes, atuantes no processo de tomada de decisões. Somente dessa forma, podemos chegar a uma Soberania dita por Markus Kotzur[95] como Cidadã, onde a liberdade permita a autodeterminação do ser humano. Por conseguinte, o conceito sugerido por Zagrebelsky, aonde “situação eficiente de uma força material empenhada em construir e garantir sua supremacia e unicidade na esfera política”[96] coaduna com o entendimento proposto por Markus Kotzur[97], nos parâmetros apresentados por este, em que a supremacia e a unicidade na esfera política se baseiam na autodeterminação do ser humano. Nessa perspectiva – de uma soberania cidadã pautada pela autodeterminação do ser humano –, a sociedade internacional passa a agir de acordo com a vontade dos cidadãos por detrás do Estado Nacional, abandonando a antiga visão do Estado Nacional Soberano[98]. Assim, a cooperação entre os Estados Constitucionais passa a ser pautada no valor do ser humano, em uma sociedade aberta de intérpretes em nível supranacional permitindo um contrato social mundial (Delmas-Marty)[99] baseado no universalismo dos direitos humanos por meio de relações supranacionais, sobre o cotejo da Soberania pautada na autodeterminação do ser humano. 4 REFERÊNCIAS CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. 7. ed. Coimbra: Almedina, 2003. CASSESSE, Antonio; DELMAS-MARTY, Mireille. Crimes Internacionais e Jurisdições Internacionais. Barueri, SP: Manole, 2004. DELMAS-MARTY, Mireille. Études juridiques comparatives et intertionalisation du droit. Fayard : Collège de France, 2003. ______________. Les forces imaginantes du droit. La refondation des pouvoirs. Paris : Seuil, 2007. ______________. Les forces imaginantes du droit. Le pluralisme ordonné . Seuil. 2006. ______________. Les forces imaginates du droit. Le relatif et l’universel. Paris : Seuil, 2004. HÄBERLE, Peter. El Estado Constitucional. Trad. Hector Fix-Fierro. Ciudad del Mexico: Universidad Nacional Autónoma de Mexico, 2001. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=14>. Acesso em: 20.01.2008. 3041 ______________. Hermenêutica Constitucional. A sociedade aberta de intérpretes da Constituição: contribuição para a interpretação pluralista e “procedimental” da Constituição. Trad. Gilmar Ferreira Mendes. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris, 1997. KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeolatinoamericano sobre un atributo del Estado constitucional moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras clave para un diálogo Europeo-Latinoamericano. Trad. Héctor Fix-Fierro. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008. ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do contrato social. São Paulo: Abril Cultural, 1978. SILVA, Christine Oliveira Peter. A pesquisa científica na graduação em Direito. Universitas/ Jus: Brasília, n. 11, p. 25-43, dez. 2004. VERGOTTINI, Giuseppe de. Garantía de la identidad de los ordenamientos estatales y límites de la globalización. Trad. Enriqueta Expósito. Teoría y Realidad Constitucional, n. 18, p. 131-145, 2. sem./2006. Disponível em: <http://www.juridicas.unam.mx/publica/librev/rev/trcons/cont/18/pr/pr5.pdf>. Acesso em: 22.06.2006. ZAGREBELSKY, Gustavo. El derecho Dúctil. Ley, derechos, justicia. Trad. Marina Gascón. 7.ed. Madrid: Trotta, 2007. [1] Cf. KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeolatinoamericano sobre un atributo del Estado constitucional moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras clave para un diálogo Europeo-Latinoamericano. Trad. Héctor Fix-Fierro. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008. [2] Cf. HÄBERLE, Peter. Hermenêutica Constitucional. A sociedade aberta de intérpretes da Constituição: contribuição para a interpretação pluralista e “procedimental” da Constituição. Trad. Gilmar Ferreira Mendes. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris, 1997. [3] Cf. KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeolatinoamericano sobre un atributo del Estado constitucional moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras clave para un diálogo Europeo-Latinoamericano. Trad. Héctor Fix-Fierro. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008. [4] Cf. SILVA, Christine Oliveira Peter. A pesquisa científica na graduação em Direito. Universitas/ Jus: Brasília, n. 11, p. 25-43, dez. 2004, p. 33. 3042 [5] VERGOTTINI, Giuseppe de. Garantía de la identidad de los ordenamientos estatales y límites de la globalización. Trad. Enriqueta Expósito. Teoría y Realidad Constitucional, n. 18, p. 131-145, 2. sem./2006. Disponível em: <http://www.juridicas.unam.mx/publica/librev/rev/trcons/cont/18/pr/pr5.pdf>. Acesso em: 22.06.2006, p. 132. [6] KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeolatinoamericano sobre un atributo del Estado constitucional moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras clave para un diálogo Europeo-Latinoamericano. Trad. Héctor Fix-Fierro. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008. p. 85. [7] KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeolatinoamericano sobre un atributo del Estado constitucional moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras clave para un diálogo Europeo-Latinoamericano. Trad. Héctor Fix-Fierro. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008. p. 86. [8] Cf. KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeolatinoamericano sobre un atributo del Estado constitucional moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras clave para un diálogo Europeo-Latinoamericano. Trad. Héctor Fix-Fierro. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008. p. 8689. [9] VERGOTTINI, Giuseppe de. Garantía de la identidad de los ordenamientos estatales y límites de la globalización. Trad. Enriqueta Expósito. Teoría y Realidad Constitucional, n. 18, p. 131-145, 2. sem./2006. Disponível em: <http://www.juridicas.unam.mx/publica/librev/rev/trcons/cont/18/pr/pr5.pdf>. Acesso em: 22.06.2006. p. 132. [10] ZAGREBELSKY, Gustavo. El derecho Dúctil. Ley, derechos, justicia. Trad. Marina Gascón. 7.ed. Madrid: Trotta, 2007. p. 10. [11] ROUSSEAU, Jean-Jacques. Apud. HÄBERLE, Peter. El Estado Constitucional. Trad. Hector Fix-Fierro. Ciudad del Mexico: Universidad Nacional Autónoma de Mexico, 2001. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=14>. Acesso em: 20.01.2008. p. 173. [12] KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeolatinoamericano sobre un atributo del Estado constitucional moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras clave para un diálogo Europeo-Latinoamericano. Trad. Héctor Fix-Fierro. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008. p. 89. 3043 [13] CASSESSE, Antonio; DELMAS-MARTY, Mireille. Crimes Internacionais e Jurisdições Internacionais. Barueri, SP: Manole, 2004. p. 4. [14] KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeolatinoamericano sobre un atributo del Estado constitucional moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras clave para un diálogo Europeo-Latinoamericano. Trad. Héctor Fix-Fierro. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008. p. 90. [15] KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeolatinoamericano sobre un atributo del Estado constitucional moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras clave para un diálogo Europeo-Latinoamericano. Trad. Héctor Fix-Fierro. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008. p. 90. [16] Essa conformação inicial sobre Soberania proposta por Jean Bodin ligava o poder soberano a um Direito Divino e Natural e à Lei comum de todos os povos (Direito Internacional), o que concedia ao Estado uma Soberania em âmbito interno e externo, ou seja, frente a seus povos e perante os demais Estados. Depois da obra de Bodin surgiram diversos teóricos a se destacar o extremismo de Thomas Hobbes com a mesma concepção. O direito da personificação do Estado Soberano consubstanciava a idéia de um direito criado exclusivamente pelo Estado e para servir ao Estado. (BONDIM, Jean. Apud. KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeolatinoamericano sobre un atributo del Estado constitucional moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras clave para un diálogo Europeo-Latinoamericano. Trad. Héctor Fix-Fierro. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008. p. 9091). [17] KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeolatinoamericano sobre un atributo del Estado constitucional moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras clave para un diálogo Europeo-Latinoamericano. Trad. Héctor Fix-Fierro. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008. p. 91. [18] ZAGREBELSKY, Gustavo. El derecho Dúctil. Ley, derechos, justicia. Trad. Marina Gascón. 7. ed. Madrid: Trotta, 2007. p. 10. [19] CASSESSE, Antonio; DELMAS-MARTY, Mireille. Crimes Internacionais e Jurisdições Internacionais. Barueri, SP: Manole, 2004. p. 5. [20] ZAGREBELSKY, Gustavo. El derecho Dúctil. Ley, derechos, justicia. Trad. Marina Gascón. 7. ed. Madrid: Trotta, 2007. p. 11. [21] Cf. VATTEL, Emerich Apud KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeo-latinoamericano sobre un atributo del Estado constitucional 3044 moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras clave para un diálogo Europeo-Latinoamericano. Trad. Héctor Fix-Fierro. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008. pp. 93 e ss. [22] KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeolatinoamericano sobre un atributo del Estado constitucional moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras clave para un diálogo Europeo-Latinoamericano. Trad. Héctor Fix-Fierro. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008. p. 93. [23] Cf. VATTEL, Emerich. Apud. HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeo-latinoamericano sobre un atributo del Estado constitucional moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras clave para un diálogo EuropeoLatinoamericano. Trad. Héctor Fix-Fierro. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008. p. 93. [24] Sobre esse início do Sistema de Segurança Coletivo vide o Pacto de BriandKellogg do ano de 1928. [25] KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeolatinoamericano sobre un atributo del Estado constitucional moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras clave para un diálogo Europeo-Latinoamericano. Trad. Héctor Fix-Fierro. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008. p. 94. [26] KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeolatinoamericano sobre un atributo del Estado constitucional moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras clave para un diálogo Europeo-Latinoamericano. Trad. Héctor Fix-Fierro. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008. p. 95. [27] ZAGREBELSKY, Gustavo. El derecho Dúctil. Ley, derechos, justicia. Trad. Marina Gascón. 7.ed. Madrid: Trotta, 2007. p. 12. [28] ZAGREBELSKY, Gustavo. El derecho Dúctil. Ley, derechos, justicia. Trad. Marina Gascón. 7.ed. Madrid: Trotta, 2007. p. 12. [29] KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeolatinoamericano sobre un atributo del Estado constitucional moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras clave para un diálogo Europeo-Latinoamericano. Trad. Héctor Fix-Fierro. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008. p. 96. 3045 [30] ZAGREBELSKY, Gustavo. El derecho Dúctil. Ley, derechos, justicia. Trad. Marina Gascón. 7.ed. Madrid: Trotta, 2007. p. 13. [31] SIEYÉS, Immanuel Joseph Apud. KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeo-latinoamericano sobre un atributo del Estado constitucional moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras clave para un diálogo EuropeoLatinoamericano. Trad. Héctor Fix-Fierro. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008. p. 97. [32] KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeolatinoamericano sobre un atributo del Estado constitucional moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras clave para un diálogo Europeo-Latinoamericano. Trad. Héctor Fix-Fierro. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008. p. 97. [33] Cf. HÄBERLE, Peter. Hermenêutica Constitucional. A sociedade aberta de intérpretes da Constituição: contribuição para a interpretação pluralista e “procedimental” da Constituição. Trad. Gilmar Ferreira Mendes. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris, 1997. p. 19-28. [34] Cf. CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. 7. ed. Coimbra: Almedina, 2003. p. 75. [35] Cf. CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. 7. ed. Coimbra: Almedina, 2003. p. 76. [36] Cf. HÄBERLE, Peter. Hermenêutica Constitucional. A sociedade aberta de intérpretes da Constituição: contribuição para a interpretação pluralista e “procedimental” da Constituição. Trad. Gilmar Ferreira Mendes. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris, 1997. p. 19-28. [37] KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeolatinoamericano sobre un atributo del Estado constitucional moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras clave para un diálogo Europeo-Latinoamericano. Trad. Héctor Fix-Fierro. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008. p. 98. [38] Cf. CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. 7. ed. Coimbra: Almedina, 2003. p. 100. [39] KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeolatinoamericano sobre un atributo del Estado constitucional moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras clave para un diálogo Europeo-Latinoamericano. Trad. Héctor Fix-Fierro. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008. p. 98. 3046 [40] ZAGREBELSKY, Gustavo. El derecho Dúctil. Ley, derechos, justicia. Trad. Marina Gascón. 7.ed. Madrid: Trotta, 2007. p. 13. [41] KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeolatinoamericano sobre un atributo del Estado constitucional moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras clave para un diálogo Europeo-Latinoamericano. Trad. Héctor Fix-Fierro. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008. p. 98. [42] CASSESSE, Antonio; DELMAS-MARTY, Mireille. Crimes Internacionais e Jurisdições Internacionais. São Paulo: Manole, 2004. p. 5. [43] ISENSEE, J. Apud KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeo-latinoamericano sobre un atributo del Estado constitucional moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras clave para un diálogo Europeo-Latinoamericano. Trad. Héctor FixFierro. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008. pp. 98-99. [44] HÄBERLE, Peter Apud KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeo-latinoamericano sobre un atributo del Estado constitucional moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras clave para un diálogo Europeo-Latinoamericano. Trad. Héctor Fix-Fierro. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008. p. 99. [45] KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeolatinoamericano sobre un atributo del Estado constitucional moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras clave para un diálogo Europeo-Latinoamericano. Trad. Héctor Fix-Fierro. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008. p. 99. [46] KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeolatinoamericano sobre un atributo del Estado constitucional moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras clave para un diálogo Europeo-Latinoamericano. Trad. Héctor Fix-Fierro. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008. p. 100. [47]KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeolatinoamericano sobre un atributo del Estado constitucional moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras clave para un diálogo Europeo-Latinoamericano. Trad. Héctor Fix-Fierro. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008. p. 100. 3047 [48] KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeolatinoamericano sobre un atributo del Estado constitucional moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras clave para un diálogo Europeo-Latinoamericano. Trad. Héctor Fix-Fierro. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008. p. 101. [49] KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeolatinoamericano sobre un atributo del Estado constitucional moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras clave para un diálogo Europeo-Latinoamericano. Trad. Héctor Fix-Fierro. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008. p. 105106. [50] KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeolatinoamericano sobre un atributo del Estado constitucional moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras clave para un diálogo Europeo-Latinoamericano. Trad. Héctor Fix-Fierro. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008. p. 93. [51] KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeolatinoamericano sobre un atributo del Estado constitucional moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras clave para un diálogo Europeo-Latinoamericano. Trad. Héctor Fix-Fierro. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008. p. 111112. [52] KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeolatinoamericano sobre un atributo del Estado constitucional moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras clave para un diálogo Europeo-Latinoamericano. Trad. Héctor Fix-Fierro. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008. p. 113. [53] CASSESSE, Antonio; DELMAS-MARTY, Mireille. Crimes Internacionais e Jurisdições Internacionais. São Paulo: Manole, 2004. p. 5. [54] KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeolatinoamericano sobre un atributo del Estado constitucional moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras clave para un diálogo Europeo-Latinoamericano. Trad. Héctor Fix-Fierro. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008. p. 106. [55] KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeolatinoamericano sobre un atributo del Estado constitucional moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras 3048 clave para un diálogo Europeo-Latinoamericano. Trad. Héctor Fix-Fierro. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008. p. 106. [56] Quando versamos sobre teoria do contrato social em âmbito nacional, é importante ressaltar que se trata da tese proposta por Jean-Jacques Rousseau. (Cf. ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do contrato social. São Paulo: Abril Cultural, 1978). [57] Diz-se republicano, pois essa seria a concepção ocidental de soberania, tendo em vista que a idéia de poder soberano nos moldes de um Estado absolutista não corresponde ao pensamento ocidental. Confira-se sobre o tema em KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeo-latinoamericano sobre un atributo del Estado constitucional moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras clave para un diálogo Europeo-Latinoamericano. Trad. Héctor Fix-Fierro. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008. [58] Cf. DELMAS-MARTY, Mireille. Les forces imaginantes du droit. Le pluralisme ordonné . Paris : Seuil. 2006. [59] Cf. DELMAS-MARTY, Mireille. Les forces imaginantes du droit. Le pluralisme ordonné . Paris : Seuil. 2006. [60] Cf. DELMAS-MARTY, Mireille. Les forces imaginantes du droit. Le pluralisme ordonné . Paris : Seuil. 2006. [61] Cf. HÄBERLE, Peter. El Estado Constitucional. Trad. Hector Fix-Fierro. Ciudad del Mexico: Universidad Nacional Autónoma de Mexico, 2001. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=14>. Acesso em: 20.01.2008. [62] KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeolatinoamericano sobre un atributo del Estado constitucional moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras clave para un diálogo Europeo-Latinoamericano. Trad. Héctor Fix-Fierro. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008, p. 115. [63] Carta das Nações Unidas, artigo 1º, inciso 3. Disponível em: http://www.onubrasil.org.br/doc1.php. Acesso em 23.07.08 [64] HÄBERLE, Peter. HÄBERLE, Peter. El Estado Constitucional. Trad. Hector FixFierro. Ciudad del Mexico: Universidad Nacional Autónoma de Mexico, 2001. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=14>. Acesso em: 20.01.2008. pp.70-73. [65] KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeolatinoamericano sobre un atributo del Estado constitucional moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras clave para un diálogo Europeo-Latinoamericano. Trad. Héctor Fix-Fierro. México: 3049 Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008. p. 117. [66] HOTFMANN, H. Apud KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeo-latinoamericano sobre un atributo del Estado constitucional moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras clave para un diálogo Europeo-Latinoamericano. Trad. Héctor Fix-Fierro. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008. p. 112. [67] KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeolatinoamericano sobre un atributo del Estado constitucional moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras clave para un diálogo Europeo-Latinoamericano. Trad. Héctor Fix-Fierro. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008. p. 118. [68] KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeolatinoamericano sobre un atributo del Estado constitucional moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras clave para un diálogo Europeo-Latinoamericano. Trad. Héctor Fix-Fierro. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008. p. 121. [69] Para compreender vide HÄBERLE, Peter. Hermenêutica Constitucional. A sociedade aberta de intérpretes da Constituição: contribuição para a interpretação pluralista e “procedimental” da Constituição. Trad. Gilmar Ferreira Mendes. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris, 1997. [70] HÄBERLE, Peter. El Estado Constitucional. Trad. Hector Fix-Fierro. Ciudad del Mexico: Universidad Nacional Autónoma de Mexico, 2001. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=14>. Acesso em: 20.01.2008. p. 6869. [71] HÄBERLE, Peter. El Estado Constitucional. Trad. Hector Fix-Fierro. Ciudad del Mexico: Universidad Nacional Autónoma de Mexico, 2001. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=14>. Acesso em: 20.01.2008. p. 6869. [72] HÄBERLE, Peter. El Estado Constitucional. Trad. Hector Fix-Fierro. Ciudad del Mexico: Universidad Nacional Autónoma de Mexico, 2001. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=14>. Acesso em: 20.01.2008. p. 6869. [73] HÄBERLE, Peter. El Estado Constitucional. Trad. Hector Fix-Fierro. Ciudad del Mexico: Universidad Nacional Autónoma de Mexico, 2001. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=14>. Acesso em: 20.01.2008. p. 6869. 3050 [74] HÄBERLE, Peter. El Estado Constitucional. Trad. Hector Fix-Fierro. Ciudad del Mexico: Universidad Nacional Autónoma de Mexico, 2001. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=14>. Acesso em: 20.01.2008, p. 6970. [75] HÄBERLE, Peter. El Estado Constitucional. Trad. Hector Fix-Fierro. Ciudad del Mexico: Universidad Nacional Autónoma de Mexico, 2001. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=14>. Acesso em: 20.01.2008. p. 7577. [76] Cf. DELMAS-MARTY, Mireille. Études juridiques intertionalisation du droit. Fayard : Collège de France, 2003. comparatives et [77] KANT, E. apud DELMAS-MARTY, Mireille. Les forces imaginates du droit. Le relatif et l’universel. Paris : Seuil, 2004. p. 53. [78] KANT, E. Apud DELMAS-MARTY, Mireille. Les forces imaginates du droit. Le relatif et l’universel. Paris : Seuil, 2004. p. 53. [79] DELMAS-MARTY, Mireille. Les forces imaginates du droit. Le relatif et l’universel. Paris : Seuil, 2004. p. 53-54. [80] ARNAUD, André-Jean. Apud DELMAS-MARTY, Mireille. Les forces imaginates du droit. Le relatif et l’universel. Paris : Seuil, 2004. p. 54. [81] DELMAS-MARTY, Mireille. DELMAS-MARTY, Mireille. Les forces imaginates du droit. Le relatif et l’universel. Paris : Seuil, 2004. p. 53-54. [81] ARNAUD, André-Jean. Apud. DELMAS-MARTY, Mireille. DELMAS-MARTY, Mireille. Les forces imaginates du droit. Le relatif et l’universel. Paris : Seuil, 2004. p. 54. [82] DELMAS-MARTY, Mireille. DELMAS-MARTY, Mireille. Les forces imaginates du droit. Le relatif et l’universel. Paris : Seuil, 2004. pp.53-54. [82] Sobre os conceitos de direitos humanos, humanidade e mercado, Demas-Marty esclarece que são de natureza indetermina, resultantes de um século de positivismo enfraquecedor, ao menos aparentemente, da validade formal dos sistemas de direito pela indefinição da lei. (DELMAS-MARTY, Mireille. DELMAS-MARTY, Mireille. Les forces imaginates du droit. Le relatif et l’universel. Paris : Seuil, 2004. p.54-55). [83] DELMAS-MARTY, Mireille. Les forces imaginantes du droit. La refondation des pouvoirs. Paris : Seuil, 2007. p. 257. [84] DELMAS-MARTY, Mireille. Les forces imaginantes du droit. La refondation des pouvoirs. Paris : Seuil, 2007. pp. 257-258. [85] A UNASUL (União das Nações Sul-Americanas) reúne os doze países da América do Sul e visa aprofundar a integração da região. Os principais objetivos da UNASUL são a coordenação política, econômica e social da região. Com a UNASUL, espera-se 3051 avançar na integração física, energética, de telecomunicações e ainda nas áreas de ciência e de educação, além da adoção de mecanismos financeiros conjuntos. [86] DELMAS-MARTY, Mireille. Les forces imaginantes du droit. La refondation des pouvoirs. Paris : Seuil, 2007. pp. 259-261. [87] HELD, David. Apud DELMAS-MARTY, Mireille. Les forces imaginantes du droit. La refondation des pouvoirs. Paris : Seuil, 2007. p. 261. [88] Cf. HÄBERLE, Peter. El Estado Constitucional. Trad. Hector Fix-Fierro. Ciudad del Mexico: Universidad Nacional Autónoma de Mexico, 2001. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=14>. Acesso em: 20.01.2008. [89] DELMAS-MARTY, Mireille. Les forces imaginantes du droit. La refondation des pouvoirs. Paris : Seuil, 2007. p. 261. [90] ARENDT, Hannah. Apud DELMAS-MARTY, Mireille. Les forces imaginantes du droit. La refondation des pouvoirs. Paris : Seuil, 2007. p.262-263. [91] DELMAS-MARTY, Mireille. Les forces imaginantes du droit. La refondation des pouvoirs. Paris : Seuil, 2007. p. 263. [92] DELMAS-MARTY, Mireille. Les forces imaginantes du droit. La refondation des pouvoirs. Paris : Seuil, 2007. p. 264. [93] ROUSSEAU, Jean-Jacques. Apud. HÄBERLE, Peter. El Estado Constitucional. Trad. Hector Fix-Fierro. Ciudad del Mexico: Universidad Nacional Autónoma de Mexico, 2001. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=14>. Acesso em: 20.01.2008. p. 173. [94] Cf. HÄBERLE, Peter. El Estado Constitucional. Trad. Hector Fix-Fierro. Ciudad del Mexico: Universidad Nacional Autónoma de Mexico, 2001. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=14>. Acesso em: 20.01.2008. [95] KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeolatinoamericano sobre un atributo del Estado constitucional moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras clave para un diálogo Europeo-Latinoamericano. Trad. Héctor Fix-Fierro. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008. [96] ZAGREBELSKY, Gustavo. El derecho Dúctil. Ley, derechos, justicia. Trad. Marina Gascón. 7.ed. Madrid: Trotta, 2007. p. 10. [97] DELMAS-MARTY, Mireille. Les forces imaginantes du droit. La refondation des pouvoirs. Paris : Seuil. 2007. [98] Entenda-se aqui o Estado Nacional que possui sua soberania pautada em si mesmo e não no povo que o legitima para atuar. Sobre o assunto vide KOTZUR, Markus. La soberanía hoy. Palabras clave para un diálogo europeo-latinoamericano sobre un 3052 atributo del Estado constitucional moderno. In: HÄBERLE, Peter; KOTZUR, Markus. De la soberanía al derecho constitucional común: palabras clave para un diálogo Europeo-Latinoamericano. Trad. Héctor Fix-Fierro. México: Instituto de Investigaciones Jurídicas de la UNAM, 2003, p. 1-121. Disponível em: <http://www.bibliojuridica.org/libros/libro.htm?l=545>. Acesso em: 28.1.2008. [99] DELMAS-MARTY, Mireille. Les forces imaginantes du droit. La refondation des pouvoirs. Paris : Seuil. 2007. 3053