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Linguagens e suas tecnologias
Língua Portuguesa
Professor: Fagner
CÓDIGO DA PROVA / SIMULADO
Literatura
POLI 1
Aluno(a):
Professores: Ruberpaulo
Eugênia
01 - 05
Questões
06 - 10
11 - 15
Análise Textual
Questões
Professores: Guga
Yani
16 - 20
21 - 25
Arte
Terceirão
1º Bimestre - N1
20 / 03 / 2015
Questões
Professora: Consuelo
Espanhol
Professor: Eduardo Lobos
Questões
26 - 35
Questões
36 - 45
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES
1.
2.
Este caderno de avaliação contém 45 questões de múltipla escolha.
Verifique se o caderno está completo ou se há alguma imperfeição gráfica que possa gerar dúvidas.
Se necessário, peça sua substituição antes de iniciar a avaliação.
3. Leia cuidadosamente cada questão da avaliação e utilize, quando houver, o espaço final da avaliação
como rascunho.
4. Durante a realização das respectivas avaliações serão colhidas as assinaturas dos alunos.
5 . O tempo de duração da avaliação será de 3 horas e 30 minutos e o aluno só poderá entregá-la após
1 hora e 30 minutos do seu início.
6 . Prencha corretamente o cartão resposta com seu nome e série.
OS FICAIS NÃO ESTÃO AUTORIZADOS FORNECER INFORMAÇÕES ACERCA DESTA AVALIAÇÃO
PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA – Professor Fagner
Questão 01)
“Procedamos acurada e pachorrentamente ao estudo [...] da gramática, porque na melhor das hipóteses, não
ficaremos sabendo coisa alguma...”
O autor tem razão diante de afirmativa como:
“O emprego facultativo do infinito flexionado. REGRA: Quando o infinito, apesar de não ter sujeito próprio [...] exprime,
contudo, uma ação exercida por um agente que conhecemos do contexto e ao qual esta se atribui, pode ser flexionado ou
1
invariável, embora frequentemente se dê preferência ora a uma, ora a outra, das duas formas do infinito.”
B) “SUBSTANTIVO é a palavra com que designamos ou nomeamos os seres em geral. São, por conseguinte, substantivos:
a) os nomes de pessoas, animais, vegetais, lugares e coisas: Maria, cão, ipê, Brasil, livro;
2
b) os nomes de ações, estados e qualidades, tomados como seres: colheita, patriotismo, velhice, bondade, largura.”
C) “Os adjetivos se caracterizam morfologicamente por receberem as mesmas marcas de gênero e número que distinguem os
3
nomes, com a diferença de que estas marcas, no adjetivo, resultam de regras de concordância.”
D) “Os substantivos, todos os artigos, a maioria dos adjetivos, alguns numerais e alguns pronomes podem sofrer uma
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variação de forma para dar ideia de UM ou MAIS DE UM. A isto nós chamamos de FLEXÃO DE NÚMERO.”
E) “RAIZ é o morfema comum a várias palavras de um mesmo grupo lexical, portador da significação básica desse grupo de
palavras. Assim em claro, clarear, aclarar, esclarecer, esclarecimento e clarividência, a raiz é clar-. Em livro, livrinho,
5
livreiro, livraria e livresco, a raiz é livr-.”
A)
Questão 02)
Beber é mal, mas é muito bom.
(FERNANDES, Millôr. Mais! Folha de S.Paulo, 5 ago. 2001, p. 28.)
A palavra “mal”, no caso específico da frase de Millôr, é
A)
B)
C)
D)
E)
adjetivo.
substantivo.
pronome.
advérbio.
preposição.
Questão 03)
DETERMINISMOS
Acho que o caráter de um povo decorre de sua língua, e não o contrário. O constante mau humor do francês, por
exemplo, é uma exigência fonética: a língua francesa soa melhor quando exprime alguma indisposição com o mundo ou com
um semelhante. Certos sons, em francês, só são perfeitamente atingidos num determinado grau de irritação. O que, à
primeira vista, parece uma insanável assincronia entre o francês e o seu fígado ou o seu destino pessoal não passa de um
determinismo da pronúncia. Não se pode esperar do francês o gesto largo e generoso de um povo com amplas vogais, como
o Italiano. O que se ouve é uma enganosa amargura, fruto das consoantes construtivas.
A mania dos alemães de dominar o mundo talvez venha do caráter predatório da sua língua, sempre atrás de
maneiras de combinar mais e mais significados numa só palavra. Há quem diga que o ideal alemão é reduzir tudo o que
precisa ser dito a uma interminável fileira de sílabas, a uma palavra única que cincundaria o globo e tornaria todas as outras
línguas obsoletas.
Já escrevi que Portugal colonizou a África e o Brasil porque o português falado lá se tornara tão difícil de dizer que
precisava de ar. Foi a falta de ar que impeliu as caravelas. O português falado na África e no Brasil é justamente o português
de Portugal com mais espaço. O mesmo aconteceu com o inglês americano e australiano em relação ao inglês inglês. Este
teria, com o tempo, se tornado incompreensível para seus próprios usuários, se não tivesse adquirido dois grandes
continentes, onde pôde respirar e se espraiar.
Mas se faz bem à língua o espaço maior pode prejudicar o caráter. Em Portugal ele dizem "ao" onde nós dizemos
"ão" e por isso a nossa "corrupção" parece maior, tem a força descritiva de um superlativo. É como se existisse a palavra
"corrupcinha", mas. de tão pouco adequada aos nossos hábitos, se tivesse perdido no tempo, substituída para sempre pelo
seu oposto. Nosso português liberado pelo nosso tamanho nos compeliria só aos grandes pecados. A culpa não é nossa, é
dos nossos superlativos. Ditongo nasal é destino.
(Adaptado - VERÍSSIMO, L.F., In Jornal do Brasil, 8/7/95.)
Ao considerar o substantivo "corrupção" uma formação superlativa, o autor pretende salientar, mais do que uma noção de
tamanho, uma ideia de
A)
B)
C)
D)
E)
assimetria.
Afetividade.
Intensidade.
Pejoração.
Quantidade.
Questão 04)
As críticas de Erasmo ao clero, assim como seu interesse pelos estudos da linguagem, o aproximam de Martinho
Lutero (1483 – 1546), o monge alemão que deu origem ao protestantismo. Mas o filósofo holandês combatia a ideia de
predestinação de Lutero por acreditar firmemente no livre-arbítrio dos seres humanos – todos são capazes de distinguir o
bem e o mal. Além disso, sempre pregou o diálogo entre as facções discordantes. No campo propriamente pedagógico, o
interesse de Erasmo pelo conhecimento das línguas antigas semeou o terreno para o estudo do passado. (...) A ênfase na
história do homem e o estudo do passado ergueram um dos principais pilares da educação moderna. A cultura medieval, ao
contrário, se construía em torno do ideal de intemporalidade. A então recente invenção da imprensa de tipos móveis, pelo
alemão Johannes Gutenberg, entusiasmava Erasmo com a promessa de ampla circulação de textos da literatura clássica.
Ele via o conhecimento dos livros como alternativa saudável à educação religiosa que tivera. Segundo Erasmo, toda
educação saudável é uma educação sem controle religioso.
Erasmo de Roterdã, o pedagogo humanista.
Livre-arbítrio
A)
B)
C)
D)
E)
é um substantivo composto e seu plural é livres-arbítrios.
é um adjetivo composto e seu plural é livre-arbítrios.
está sendo empregado, no texto, para caracterizar seres humanos.
significa liberdade de escolha, mas com responsabilidade.
sintaticamente, é objeto direto e complementa o sentido do verbo acreditar.
Questão 05)
NO RASTRO DA FALA
Se fizéssemos uma lista dos dez maiores mistérios
da humanidade, certamente o surgimento da linguagem se destacaria.
A linguagem verbal é marca forte, constitutiva, distintiva da nossa espécie. Por isso, a discussão de suas origens
está intrinsecamente ligada às discussões da origem da própria espécie humana. Dispomos hoje de boa quantidade de
fósseis, fornecedores de evidência material interessante para hipóteses sobre os longos e complexos caminhos da evolução
05
até o surgimento do Homo sapiens.
Temos, por exemplo, indícios convincentes de que nossa espécie se originou nas savanas do leste da África e se
espalhou pelo planeta seguindo rotas que levaram à Europa e à Ásia e desta à América e à Oceania. Essas rotas têm sido
estabelecidas em parte pelo estudo do DNA das populações.
10
Com base nestes dados, os paleontólogos têm sugerido que o Homo sapiens surgiu na terra há aproximadamente
100 mil anos, embora se calcule que o ramo hominídeo dos primatas tenha se separado há 6 milhões de anos ou mais.
Igualmente, dispomos hoje de precioso acervo de objetos criados pelos humanos (ferramentas e utensílios domésticos, por
15
exemplo) e de registros pictóricos que nos permitem sustentar hipóteses plausíveis sobre os caminhos percorridos pela
humanidade na construção de sua cultura material e simbólica.
Seguindo essas pistas, os antropólogos costumam registrar um florescimento cultural bastante significativo por volta
de 50 mil anos atrás. Para alguns, este florescimento cultural, inimaginável sem a linguagem, é indício de que ela já estava
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plenamente estruturada naquela época.
Ao confrontar a data do surgimento da espécie com a do florescimento da cultura, há linguistas que defendem a
hipótese de que a linguagem teve desenvolvimento vagaroso, crescendo em complexidade ao longo dos milênios.
25
Outros, porém, consideram intrínseca a relação entre a espécie e a linguagem e prodigioso o processo pelo qual um bebê
se torna um falante. Afinal, uma criança não começa a falar por simples imitação ou por puro aprendizado a partir de um
estágio zero, como se o cérebro fosse uma caixa vazia. Por isso, defendem que a linguagem como a conhecemos surgiu
junto com a espécie e está relacionada a uma mutação radical no conglomerado de genes dos hominídeos mais antigos.
30
No momento, a Linguística não tem nenhuma base para optar entre essas hipóteses. A linguagem falada é um
bem imaterial. Assim, de seu passado nada sobrou. Não temos, por exemplo, o menor indício de como teria sido o estágio
semiótico imediatamente anterior à linguagem propriamente humana, isto é, aquela anterior à nossa linguagem. (...)
[FARACO, Carlos Alberto. No rastro da fala. Revista Discutindo Língua Portuguesa
Assinale a alternativa em que os substantivos compostos aparecem pluralizados segundo as regras da língua
padrão:
A)
B)
C)
D)
E)
primeiros-ministros, contra-ataques, mapas-múndi, teco-tecos.
primeiros-ministros, contra-ataques, mapas-múndis, tecos-tecos.
primeiro-ministros, contra-ataques, mapas-múndi, tecos-tecos.
primeiro-ministros, contras-ataques, mapas-múndis, teco-tecos.
primeiros-ministros, contra-ataques, mapas-múndis, teco-tecos.
PROVA DE LITERATURA – Professor Ruberpaulo
Questão 06)
“A literatura do amor cortês, pode-se acrescentar, contribuiu para transformar de algum modo a realidade
extraliterária, atua como componente do que Elias (1994)* chamou de processo civilizador. Ao mesmo tempo, a realidade
extraliterária penetra processualmente nessa literatura que, em parte, nasceu como forma de sonho e de evasão.”
(Revista de Ciências Humanas, Florianópolis, EDUFSC, v. 41,
n. 1 e 2, p. 83-110, Abril e Outubro de 2007 pp. 91-92) *Cf. ELIAS, N.
O Processo Civilizador. Rio de Janeiro: Zahar, 1994. v.1
Interprete o comentário acima e, com base nele e em seus conhecimentos acerca do lirismo medieval galegoportuguês, marque a alternativa correta:
A)
B)
C)
D)
E)
as cantigas de amor recriaram o mesmo ambiente palaciano das cortes galegas.
“a literatura do amor cortês” refletiu a verdade sobre a vida privada medieval.
a servidão amorosa e a idealização da mulher foi o grande tema da poesia produzida por vilões.
o amor cortês foi uma prática literária que aos poucos modelou o perfil do homem civilizado.
nas cantigas medievais mulheres e homens submetem-se às maneiras refinadas da cortesia.
Questão 07)
Considere o conhecimento prévio da obra Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente e a leitura do trecho a segui.
Pero
– Vossa mãe foi-se? Ora bem!
Sós nos deixou ela assim?
Quanto a mim quero-me ir daqui,
não diga algum demo alguém...
Inês
– Vós, que me havíeis de fazer,
nem ninguém que há-de dizer?
(à parte)
Oh! Galante despejado!
Pero
– Se eu fora já casado,
d’outra arte havia de ser...
como homem de bom recado.
Gil Vicente
(VICENTE, G. Farsa de Inês Pereira. Adaptação de
Cecília Reggiane Lopes. São Paulo: Global, 2005. p.29-30.)
Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, uma interpretação para essa cena.
A)
B)
C)
D)
E)
Pero aproveita a ocasião para caluniar a mãe de Inês.
Pero aproveita a ausência da mãe para fugir com Inês.
Pero demonstra pudor e timidez por estar só com Inês.
Pero quer aproveitar a ausência da mãe para ter intimidades com Inês.
Pero, mesmo já casado, demonstra interesse pela mãe de Inês.
Questão 08)
Assinale a alternativa que corresponde à lição aprendida por Inês, com seu casamento.
A)
B)
C)
D)
E)
“Amiga e bom amigo / mais aguenta que o bom lenho”. (p.168)
“O que não haveis de comer, / deixai-o a outrem mexer”. (p.177)
“Homem que não tem nem preto / casa muito na má hora”. (p.179)
“Muitas vezes, mal pecado!, / é melhor boa simpleza”. (p.181)
“Quem bem tem e mal escolhe, / por mal que lhe venha, não se anoje”. (p.187)
Questão 09)
Leia o texto escrito por Luís de Camões, célebre poeta português do século XVI.
Amor é um fogo que arde sem se ver;
é ferida que dói e não se sente;
é um contentamento descontente;
é dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário por entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
(In. Afrânio Coutinho. Antologia Brasileira de Literatura.
As lacunas da frase:
“________________________ reflete sobre ___________________ experimentada por aqueles que amam.”
São, corretas e respectivamente, preenchidas por
A)
B)
C)
D)
E)
O soneto … a servidão.
A ode … a alegria.
O soneto … a contradição.
O poema … a solidão.
O poema … o desgosto.
Questão 10)
Leia a letra da canção De volta pro aconchego.
Estou de volta pro meu aconchego
Trazendo na mala bastante saudade
Querendo um sorriso sincero,
Um abraço para aliviar meu cansaço
E toda essa minha vontade.
Que bom poder tá contigo de novo
Roçando teu corpo e beijando você
Pra mim tu és a estrela mais linda
Teus olhos me prendem, fascinam
A paz que eu gosto de ter.
É duro ficar sem você vez em quando,
Parece que falta um pedaço de mim.
Me alegro na hora de regressar,
Parece que vou mergulhar na felicidade sem fim.
(Dominguinhos e Nando Cordel. Um barzinho, um violão
Em De volta pro aconchego, o eu lírico expressa a intensidade de seus sentimentos pela mulher amada.
Semelhante situação ocorre em poemas escritos por Camões, o que se comprova pelos versos:
A)
B)
C)
D)
E)
A fermosura desta fresca serra
E a sombra dos verdes castanheiros,
O manso caminhar destes ribeiros,
Donde toda a tristeza se desterra.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o Mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Tudo passei; mas tenho tão presente
A grande dor das cousas que passaram,
Que as magoadas iras me ensinaram
A não querer já nunca ser contente.
O tempo acaba o ano, o mês e a hora,
A força, a arte, a manha, a fortaleza;
O tempo acaba a fama e a riqueza,
O tempo o mesmo tempo de si chora.
Vossos olhos, Senhora, que competem
Co Sol em formosura e claridade,
Enchem os meus de tal suavidade,
Que em lágrimas, de vê-los, se derretem.
PROVA DE LITERATURA – Professora Eugênia
Questão 11)
Trecho de “O cortiço” (Aluísio de Azevedo, 1857-1913)
Ela saltou em meio da roda, com os braços na cintura, rebolando as ilhargas e bamboleando a cabeça, ora para a
esquerda, ora para a direita, como numa sofreguidão de gozo carnal, num requebrado luxurioso que a punha ofegante; já
correndo de barriga empinada; já recuando de braços estendidos, a tremer toda como se fosse afundando num prazer grosso
que nem azeite, em que se não toma pé e nunca se encontra fundo. Depois, como se voltasse à vida, soltava um gemido
prolongado, estalando os dedos no ar e vergando as pernas, descendo, subindo, sem nunca parar com os quadris, e em
seguida sapateava, miúdo e cerrado, freneticamente, erguendo e abaixando os braços, que dobrava, ora um, ora outro, sobre
a nuca, enquanto a carne lhe fervia toda, fibra por fibra, titilando. [...]
O chorado arrastava-os a todos, despoticamente, desesperando aos que não sabiam dançar. Mas, ninguém como a
Rita; só ela, só aquele demônio, tinha o mágico segredo daqueles movimentos de cobra amaldiçoada; aqueles requebros que
não podiam ser sem o cheiro que a mulata soltava de si e sem aquela voz doce, quebrada, harmoniosa, arrogante, meiga e
suplicante.
E Jerônimo via e escutava, sentindo ir-se-lhe toda a alma pelos olhos enamorados. Naquela mulata estava o grande
mistério, a síntese das impressões que ele recebeu chegando aqui: ela era a luz ardente do meio-dia; ela era o calor
vermelho das sestas da fazenda; era o aroma quente dos trevos e das baunilhas, que o atordoara nas matas brasileiras; era
a palmeira virginal e esquiva que se não torce a nenhuma outra planta; era o veneno e era o açúcar gostoso; era o sapoti
mais doce que o mel e era a castanha do caju, que abre feridas com o seu azeite de fogo; ela era a cobra verde e traiçoeira,
a lagarta viscosa, a muriçoca doida, que esvoaçava havia muito tempo em torno do corpo dele, assanhando-lhe os desejos,
acordando-lhe as fibras embambecidas pela saudade da terra, picando-lhe as artérias, para lhe cuspir dentro do sangue uma
centelha daquele amor setentrional, uma nota daquela música feita de gemidos de prazer, uma larva daquela nuvem de
cantáridas que zumbiam em torno da Rita Baiana e espalhavam-se pelo ar numa fosforescência afrodisíaca.
Considerando o parágrafo narrativo do trecho de “O cortiço”, a dança da protagonista destaca-se por apresentar
A)
B)
C)
D)
E)
relevo às partes do corpo envolvidas em frases curtas, verbos de movimentos com destaque ao gerúndio.
um sensualismo atenuado pela naturalidade e espontaneidade da coreografia popular.
uma dimensão etérea, quase impalpável, resultado do acúmulo de adjetivos de natureza sensorial.
ênfase em verbos que, porque empregados no gerúndio, conferem lentidão e languidez aos movimentos.
zoomorfismo e sensorialismo no tratamento do corpo e das intenções sedutoras da dançarina.
Questão 12)
“O realismo é a anatomia do caráter. É a crítica do homem. É a arte que nos pinta aos nossos olhos para condenar o
que há de mau na sociedade.” (Eça de Queirós)
“… porque a nova poética [Realismo] só chegará à perfeição no dia em que nos disser o número exato dos fios que
compõem um lenço de cambraia ou um esfregão de cozinha.” (Machado de Assis)
A propósito dos comentários de Eça de Queiroz (prosador português, 1845-1900) e de Machado de Assis (18391908) sobre o Realismo, de vertente naturalista, aceita-se que:
A)
B)
C)
D)
E)
Eça de Queirós deixa entrever ressalvas quanto ao papel a ser desempenhado pela arte realista.
Machado deixa clara sua convicção quanto à impossibilidade de se representar totalmente a realidade.
Machado de Assis expressa sua adesão quanto aos propósitos do realismo assumidos por Eça de Queirós.
Há, na obra machadiana, uma identificação com o engajamento realista destacado por Eça de Queiróz.
Machado de Assis põe em dúvida o ideal realista de realizar a anatomia do caráter e a crítica do homem.
Questão 13)
1. Sempre em mangas de camisa, sem domingo nem dia santo, não perdendo nunca a ocasião de assenhorear-se
do alheio, deixando de pagar todas as vezes que podia e nunca deixando de receber, enganando os fregueses, roubando
nos pesos e nas medidas, […] João Romão veio afinal a comprar uma boa parte da bela pedreira, que ele, todos os dias, ao
cair da tarde, assentado um instante à porta da venda, contemplava de longe com um resignado olhar de cobiça.
2. Jerônimo, porém, era perseverante, observador e dotado de certa habilidade. [...] Mas não foram só o seu zelo e a
sua habilidade o que o pôs assim para a frente; duas outras coisas contribuíram muito para isso: a força de touro que o
tornava respeitado e temido por todo o pessoal dos trabalhadores, como ainda, e, talvez, principalmente, a grande seriedade
do seu caráter e a pureza austera dos seus costumes. Era homem de uma honestidade a toda prova e de uma primitiva
simplicidade no seu modo de viver.
AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. 28.ed. São Paulo: Ática,1995. p. 18. AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. 28.ed. São Paulo: Ática,1995. p. 53.
As personagens João Romão e Jerônimo, apresentadas nos trechos transcritos, são portugueses emigrados que
vivem no mesmo ambiente do cortiço. Suas diferentes trajetórias no romance constituem exemplos da aplicação literária de
duas das teorias científicas em voga no final do século XIX.
Considerando-se essa afirmação, as teorias científicas (muito marcantes no século XIX) que justificam,
respectivamente, as trajetórias das personagens João Romão e Jerônimo são:
A)
B)
C)
D)
E)
Positivismo e Higienismo.
Determinismo mesológico e Darwinismo social.
Fatalismo e Etnocentrismo.
Darwinismo social e Determinismo de meio.
Liberalismo e Positivismo
Questão 14)
Pombinha abria muito a bolsa, principalmente com a mulher de Jerônimo, a cuja filha, sua protegida predileta,
votava agora, por sua vez, uma simpatia toda especial, idêntica à que noutro tempo inspirara ela própria à Léonie. A cadeia
continuava e continuaria interminavelmente; o cortiço estava preparando uma nova prostituta naquela pobre menina
desamparada, que se fazia mulher ao lado de uma infeliz mãe ébria.
(Trecho do Capítulo XXII)
Hippolyte Taine
O trecho acima explicita, no nível do enredo, a tese do filósofo francês Hippolyte Taine (1828-1893) segundo a qual
o homem é produto da raça/hereditariedade, do meio e do momento histórico, gerando uma concepção mecanicista das leis
físicas e morais, segundo um determinismo mesológico. O trecho ou aspecto do texto que explicita essa análise é:
A)
B)
C)
D)
E)
O tema do alcoolismo feminino.
O tema da prostituição feminina.
“o cortiço estava preparando uma nova prostituta”.
O tema da homossexualidade feminina.
“menina desamparada que se fazia mulher”
Questão 15)
ENFARADA
Enfarada de comer sua fome e seu Percílio,
Se desligaram; Percílio foi para Gilbués
E Maria foi para Timon, léguas, léguas.
Estava morta. Só olhavam.
Amanheceu falando, se desculpando.
Havia um negro açougueiro, pai.
Deu pro negro, pela sobra de carne,
Que ia comer. Mas o homem era sovina.
Unha-de-fome. Salgava essa
Sobra de carne, maligno, punha-a
Ao sol, esperando fregueses.
Ficavam os cachorros e Maria vendo,
Olhando. Sumiu pra Irecê.
José Godoy Garcia
Aluísio de Azevedo
Neste poema de José Godoy Garcia (1918-2001), vários são os paralelos com o Naturalismo de O Cortiço, de
Aluísio de Azevedo, exceto:
A)
B)
C)
D)
E)
O sexo como aspecto degradante do ser humano uma vez submetido à miséria.
A degradação humana em função de uma sociedade determinada pelo lucro.
A animalização do ser humano como instrumento de denúncia social.
O enfoque no cotidiano do homem comum das cidades pequenas do interior.
Ênfase em aspectos primitivos da vida humana como fome/comer e sexo.
PROVA DE ANÁLISE TEXTUAL – Professor Guga
Os textos 1 (manchete de capa da revista Época de 26/08/2013), 2 (manchete de capa da revista Veja de
28/08/2013) e 3 serão analisados em conjunto, na perspectiva da polifonia, do dialogismo e da intertextualidade, isto é, das
relações mantidas entre eles.
TEXTO 1
TEXTO 2
TEXTO 3
CAIR DAS NUVENS (EXPRESSÃO POPULAR)
1. Espantar-se, surpreender-se (com algo que é muito diferente do que se pensava ou se desejava); perceber o
próprio equívoco ou engano.
2. Restr. Decepcionar-se intensamente; desiludir-se.
3. Chegar de modo imprevisto; aparecer repentinamente; cair do céu.
Dicionário Caldas Aulete. http://aulete.uol.com.br/nuvem#ixzz2ggk52qoh
Questão 16)
Assinale a afirmação que expressa uma ideia incorreta sobre os textos 1, 2 e 3.
A)
B)
C)
D)
E)
O dito popular “Cair das nuvens” é fonte dos textos 1 e 2.
Os textos 1, 2 e 3 dialogam entre si.
Nos textos 1 e 2, ouve-se a voz do texto 3, do mesmo modo que, no texto 3, ouvem-se as vozes dos textos 1 e 2.
Há, entre os textos 1 e 3, e a expressão popular “Cair das nuvens” no texto 3, um plágio.
“Cair das nuvens” e “cair na real” são expressões idiomáticas sinonímicas.
Texto para responder às questões 17 e 18.
Pegamos os nossos 24.253 km de fronteiras e os esticamos em uma linha reta. Assim, fica possível entender o que
acontece em cada canto desse Brasilzão: ______ invasões de terra, ______ de drogas e cenários de tirar o fôlego.
(http://super.abril.com.br. Adaptado.)
Questão 17)
As lacunas do texto são preenchidas, correta e respectivamente, por
A)
B)
C)
D)
E)
ocorre – tráfego.
há – tráfico.
existe – tráfego.
se vê – tráfego.
acontece – tráfico.
Questão 18)
De acordo com o texto, é correto afirmar que
A)
B)
C)
D)
E)
problemas contrastam com belos cenários nas fronteiras do Brasil, cuja maior parte está em terra.
problemas se sobrepõem a cenários de grande beleza nas fronteiras do Brasil, cuja maior parte está em mar.
belos cenários estimulam grandes problemas nas fronteiras do Brasil, cuja maior parte está em terra.
problemas e lugares exóticos se equilibram nas fronteiras do Brasil, as quais também estão em equilíbrio em extensão.
belos cenários convivem com a gravidade dos problemas nas fronteiras do Brasil, cuja maior parte está em mar.
Questão 19)
O texto apresentado emprega uma estratégia de argumentação baseada em recursos verbais e não verbais, com a
intenção de
A) desaconselhar a ingestão de biscoitos, taxados de “vilões”, inimigos de uma alimentação saudável.
B) associar a imagem da guloseima a um traço negativo, que se concretiza na utilização do termo “desafio”.
C) alertar para um problema mundial, como se prevê em “globesidade”, relacionando o açúcar, representado pelo doce, a
um vilão.
D) ironizar a importância do problema, por meio do tom dramático da linguagem empregada, como se vê no uso de
“culpado” e “vilão”.
E) atestar a redução do consumo de alimentos calóricos, como o biscoito, desencadeada pelas recentes divulgações de
pesquisas comprobatórias do malefício que eles fazem à saúde.
Questão 20)
As propagandas fazem uso de diferentes recursos para garantir o efeito apelativo, isto é, o convencimento do
público em relação ao que apresentam. O cartaz da campanha promovida pelo Ministério da Saúde utiliza vários recursos,
verbais e não verbais, como estratégia persuasiva, dentre os quais se destaca
A)
B)
C)
D)
E)
a ligação estabelecida entre as palavras “hábito” e “hemocentro”, explorando a ideia de frequência.
a relação entre a palavra “corrente”, a imagem das pessoas de mãos dadas e a mão estendida ao leitor.
o emprego da expressão “Um grande ato”, despertando a consciência das pessoas para o sentimento de solidariedade.
a apresentação da imagem de pessoas saudáveis, estratégia adequada ao público-alvo da campanha.
a associação entre o grande número de pessoas no cartaz e o número de pessoas que precisam receber sangue em
nosso país.
PROVA DE ANÁLISE TEXTUAL – Professora Yani
Texto para as questões de 21 à 25.
O HOMEM ENERGÉTICO
Imagine uma cidade antiga, sem energia elétrica. Vamos passear por ela, à noite. As ruas completamente escuras.
Com um pouco de sorte, poderá haver um luar agradável, permitindo enxergar o contorno das casas e a torre da igreja.
Na sala de uma casa qualquer, após o jantar, um grande lampião de gasolina ilumina todo o ambiente. Produz uma
luz intensa, muito branca, por causa de uma pequena rede de titânio que envolve a chama. Esta, aquecida, emite uma luz
muito mais forte e clara que a chama tremeluzente amarelo-avermelhada de um simples lampião de querosene ou de uma
lamparina.
Nessa sala, cada membro da família se entrega a um passatempo favorito: tricô, vitrola de corda, jogo de cartas,
leitura. Não existe televisão, rádio, vídeo-filmes ou outros passatempos eletrônicos. Tampouco a enorme variedade de
eletrodomésticos que substituem o esforço físico na realização dos trabalhos de rotina.
Sem muito que fazer, dormem demasiado cedo. A falta de luz castiga a vista; é grande o consumo de querosene, de
gasolina e de velas. Toda atividade é penosa. Durante a noite, fica acesa apenas uma ou outra lamparina. O silêncio é
completo. Não existem buzinas nem roncos de motores acelerados. Ouve-se apenas o ruído compassado dos cascos
ferrados de cavalos batendo nas pedras do calçamento.
Parece uma cidade fictícia, mas não é. É São Paulo do século passado. O Brasil teve sua primeira usina hidrelétrica
em 1889. Em 1900, quando começaram os bondes elétricos, em São Paulo já existia gerador a vapor. Próximo de 1930, era,
preponderantemente, a gás a iluminação das ruas. Nas casas, a eletricidade era empregada apenas para acender umas
poucas lâmpadas.
Como as locomotivas, as máquinas industriais eram movidas, principalmente, a vapor obtido de grandes caldeiras
aquecidas pela queima de carvão inglês. De manhã, ouviam-se os apitos emitidos pelas caldeiras das fábricas, anunciando a
hora da entrada para o trabalho. À tarde, os acendedores de lampiões, funcionários públicos, acendiam os postes de
iluminação da cidade.
Para uma pessoa nascida no final deste século, é difícil sequer imaginar a vida na cidade sem eletricidade. Quase
não se vê uma casa, modesta que seja, sem ter sobre o telhado, uma arborescente antena de televisão e, na cozinha, pelo
menos um liquidificador. É o progresso, dizemos. Sem energia, não há civilização, não há desenvolvimento!
O controle de várias formas de energia deu ao homem um enorme poder sobre a natureza – de construir ou destruir.
O progresso dos últimos cem anos foi superior ao que aconteceu nos cinquenta séculos da conhecida história da
humanidade.
Esse progresso mecânico, porém, baseado apenas no domínio da energia, pode ser sempre considerado benéfico à
espécie humana? Foi o resultado do real aumento da inteligência ou da capacidade de compreensão humana? Não poderá o
emprego das diversas fontes de energia, em larga escala, gerar algum prejuízo, alguma consequência negativa para a
própria natureza?
(Adaptado de BRANCO, Samuel Murgel. Energia e Meio Ambiente. São Paulo. Moderna, 1991, Coleção Polêmica)
Questão 21)
De acordo com o texto, pode-se afirmar que
A)
B)
C)
D)
E)
o progresso só traz consequências benéficas à humanidade.
a tecnologia pode trazer o bem e pode trazer o mal.
o homem possui inteligência para somente produzir o bem.
as técnicas humanas nem sempre são bem entendidas por todos.
jamais o homem, usando a eletricidade, proporcionará apenas o bem.
Questão 22)
O texto afirma que
A)
B)
C)
D)
E)
com o progresso, a cidade de São Paulo, não mais viveu na escuridão.
uma cidade sem eletricidade não proporciona o conforto de hoje.
um paulistano de hoje, nem imagina sua cidade sem eletricidade.
a energia elétrica resolveu todos os problemas dos paulistanos.
as fontes de energia são a salvação do homem de hoje.
Questão 23)
Na antiga cidade de São Paulo, antes da chegada da energia elétrica, vivia-se, segundo o texto
A)
B)
C)
D)
E)
com mais intensidade familiar, no ambiente doméstico.
com problemas de visão, decorrentes da falta de luminosidade.
sem ilusão e fantasia, porque não havia videofilmes.
sem fraternidades, porque cada família se fechava em si mesma.
com problemas de comunicação, pois as antenas eram precárias.
Questão 24)
De acordo com o texto, é válido afirmar que, na antiga São Paulo
A)
B)
C)
D)
E)
os eletrodomésticos substituíam o esforço físico.
à noite, pela falta de luz elétrica, nada se podia ver ou enxergar.
apenas o querosene iluminava as casas de seus habitantes.
a luz proveniente da queima do querosene era a mais forte de todas.
por não existir muita atividade à noite, dormiam cedo.
Questão 25)
De acordo com o autor, com o controle de várias formas de energia, o homem sentiu-se de posse de enorme poder
que permite
A)
B)
C)
D)
E)
dominar o mundo.
propiciar a toda humanidade mais conforto e progresso.
iluminar as cidades e mover as fábricas e veículos.
construir e destruir.
atuar na sociedade, diminuindo a distância entre as classes.
PROVA DE ARTE – Professora Consuelo
Questão 26)
Todas as manhãs quando acordo, experimento um prazer supremo: o de ser Salvador Dalí.”
NÉRET, G. Salvador Dalí. Taschen, 1996.
Assim escreveu o pintor dos ”relógios moles” e das ”girafas em chamas” em 1931. Esse artista excêntrico deu apoio
ao general Franco durante a Guerra Civil Espanhola e, por esse motivo, foi afastado do movimento surrealista por seu líder,
André Breton. Dessa forma, Dalí criou seu próprio estilo, baseado na interpretação dos sonhos e estudos de Sigmund Freud,
denominado “método de interpretação paranoico”. Esse método era constituído por textos visuais que demonstram imagens
A)
do fantástico, impregnado de civismo pelo governo espanhol, em que a busca pela emoção e pela dramaticidade
desenvolveram um estilo incomparável.
B) do onírico, que misturava sonho com realidade e interagia refletindo a unidade entre o consciente e o inconsciente como
um universo único ou pessoal.
C) da linha inflexível da razão, dando vazão a uma forma de produção despojada no traço, na temática e nas formas
vinculadas ao real.
D) do reflexo que, apesar do termo ”paranoico”, possui sobriedade e elegância advindas de uma técnica de cores discretas
e desenhos precisos.
E) da expressão e intensidade entre o consciente e a liberdade, declarando o amor pela forma de conduzir o enredo
histórico dos personagens retratados.
Questão 27)
PICASSO, P. Guernica . Óleo sobre tela. 349 × 777 cm. Museu Reina Sofia, Espanha, 1937.
Disponível em: http://www.fddreis.files.wordpress.com. Acesso em: 26 jul. 2010 (Foto: Reprodução/Enem)
O pintor espanhol Pablo Picasso (1881–1973), um dos mais valorizados no mundo artístico, tanto em termos
financeiros quanto históricos, criou a obra Guernica em protesto ao ataque aéreo à pequena cidade basca de mesmo nome.
A obra, feita para integrar o Salão Internacional de Artes Plásticas de Paris, percorreu toda a Europa, chegando aos EUA e
instalando-se no MoMA, de onde sairia apenas em 1981. Essa obra cubista apresenta elementos plásticos identificados pelo
A)
painel ideográfico, monocromático, que enfoca várias dimensões de um evento, renunciando à realidade, colocando-se
em plano frontal ao espectador.
B) horror da guerra de forma fotográfica, com o uso da perspectiva clássica, envolvendo o espectador nesse exemplo brutal
de crueldade do ser humano.
C) uso das formas geométricas no mesmo plano, sem emoção e expressão, despreocupado com o volume, a perspectiva e
a sensação escultórica.
D) esfacelamento dos objetos abordados na mesma narrativa, minimizando a dor humana a serviço da objetividade,
observada pelo uso do claro-escuro.
E) uso de vários ícones que representam personagens fragmentados bidimensionalmente, de forma fotográfica livre de
sentimentalismo
Questão 28)
O autor da tira utilizou os princípios de composição de um conhecido movimento artístico para representar a
necessidade de um mesmo observador aprender a considerar, simultaneamente, diferentes pontos de vista.
Das obras reproduzidas, todas de autoria do pintor espanhol Pablo Picasso, aquela em cuja composição foi adotado
um procedimento semelhante é
A)
B)
C)
D)
E)
Questão 29)
A leitura do poema Descrição da guerra em Guernica traz à lembrança o famoso quadro de Picasso.
ENTRA PELA JANELA
o anjo camponês;
com a terceira luz na mão;
minucioso, habituado
aos interiores de cereal,
aos utensílios que dormem na fuligem;
os seus olhos rurais
não compreendem bem os símbolos
desta colheita: hélices,
motores furiosos;
e estende mais o braço; planta
no ar, como uma árvore
a chama do candeeiro.
(...)
Carlos de Oliveira in ANDRADE, Eugénio. Antologia Pessoal da Poesia Portuguesa. Porto: Campo das Letras, 1999.
Uma análise cuidadosa do quadro permite que se identifiquem as cenas referidas nos trechos do poema.
Pablo Picasso, Guernica, 1937. Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia. Madri
Podem ser relacionadas ao texto lido as partes
A)
B)
C)
D)
E)
a1, a2, a3.
f1, e1, d1.
e1, d1, c1.
c1, c2, c3.
e1, e2, e3.
Questão 30)
Qual a característica do Fauvismo de Matisse, apresentado na obra acima (A Música)
A)
B)
C)
D)
E)
Deformação para o patético e trágico.
Niilismo.
Celebração da vida pela cor.
Representação fotográfica.
Abstracionismo geométrico.
Questão 31)
Movimento artístico que floresceu na Europa, no intervalo das duas grandes guerras mundiais (1919-1939). O termo
deriva da tentativa de, através da arte, unir o mundo da fantasia e do sonho ao dia a dia, ou seja, criar uma realidade
absoluta. O movimento expressou-se na pintura, através de manifestações do inconsciente ou de representação consciente
das fantasias. Imagens pintadas realisticamente são então removidas de seus contextos normais e colocadas em estruturas
paradoxais e chocantes.
.(Antonio Carlos do Amaral Azevedo. Dicionário de Nomes, Termos e Conceitos Históricos)
O Carnaval de Arlequim
O Nascimento do Mundo
(Coleção Folha: Grandes Mestres da Pintura)
Assinale a alternativa que traga, respectivamente, o movimento artístico cujas características são tratadas no texto e
o nome do autor das duas obras apresentadas:
A)
B)
C)
D)
E)
Surrealismo – Joan Miro.
Surrealismo – Picasso.
Dadaísmo – Kandinsky.
Dadaísmo – Hans Arp.
Dadaísmo – Andy Warholl.
Utilize a imagem abaixo “Les Demoiselles D’Avignon para responder às questões 32 e 33.
Questão 32)
O quadro Les Demoiselles d’Avignon (1907), de Pablo Picasso, representa o rompimento com a estética clássica e a
revolução da arte no início do século XX. Essa nova tendência se caracteriza pela
A)
B)
C)
D)
E)
pintura de modelos em planos irregulares.
mulher como temática central da obra.
cena representada por vários modelos.
oposição entre tons claros e escuros.
nudez explorada como objeto de arte.
Questão 33)
Assinale a opção correta, tendo como referência inicial a imagem apresentada.
A)
B)
C)
D)
E)
A pintura de Pablo Picasso opõe-se, de forma evidente, ao cubismo.
Na obra Les Demoiselles d’ Avignon, Pablo Picasso pintou as figuras em um único plano.
A pintura Les Demoiselles d’ Avignon mostra a influência que o artista recebeu da arte africana.
Pablo Picasso seguiu, em toda a sua obra, os estilos tradicionais da pintura.
a pintura ocupou-se da representação mimética do estilo clássico.
Questão 34)
No que se refere à obra apresentada na imagem acima, assinale a opção correta.
A)
B)
C)
D)
E)
Observa-se nessa obra forte influência da arte cubista.
O bronze, usado na obra acima, não é um material tradicional na escultura.
Observa-se que o artista não está interessado na representação da figura humana.
Observa-se que a obra revela ênfase no trabalho com a cor.
Observa-se a preocupação com a mimese clássica
Questão 35)
A respeito do estilo da arte que a imagem acima representa, assinale a opção correta.
A)
B)
C)
D)
E)
Os pintores conhecidos como fauvistas destacavam-se pelos temas ligados a artistas de circo.
Os pintores fauvistas produziam pinturas que, para os padrões da época, pareciam inacabadas.
A arte dos pintores fauvistas era objetiva: buscavam retratar a realidade como ela se apresentava.
Os pintores neoclássicos influenciaram os pintores fauvistas.
Os pintores fauvistas deformavam a realidade para representar a angústia existencial das personagens.
PROVA DE ESPANHOL – Professor Eduardo Lobos
Lea el texto abajo y conteste a las cuestiones 36 y 37.
Hay un cuadro en la pared de enfrente, le dije. Lo pintó Figurita, um hombre a quien quisimos mucho, el mejor
bailarín de burdeles que existió jamás, y de tan buen corazón que le tenía lástima al diablo. Lo pintó con barniz de buques e n
el lienzo chamuscado de un avión que se estrelló en la Sierra Nevada de Santa Marta y con pinceles fabricados por él con
pelos de su perro. La mujer pintada es una monja que secuestró de un convento y se casó con ella. Aquí lo dejo, para que
sea lo primero que veas al despertar.
No había cambiado de posición cuando apagué la luz, a la una de la madrugada, y su respiración era tan tenue que
le tomé el pulso para sentirla viva. La sangre circulaba por sus venas con la fluidez de una canción que se ramificaba hasta
los ámbitos más recónditos de su cuerpo y volvía al corazón purificada por el amor.
MÁRQUEZ, Gabriel García. Memorias de mis putas tristes. Buenos Aires: Delbolsillo, 2010, p. 64.
Questão 36)
De acuerdo con el texto, se puede decir que
A)
B)
C)
D)
E)
El cuadro en la pared se llama Figurita.
El artista utilizó un pincel fabricado con un lienzo chamuscado.
El pintor no se inspiró en una mujer religiosa para crear su obra.
La obra no es importante para el pintor aunque tenga mucho valor financiero.
El pintor del cuadro también se dedicaba a otra forma de arte.
Questão 37)
Según el texto, indique la afirmativa verdaderas
A)
B)
C)
D)
E)
El narrador tuvo duda si la mujer estaba viva o no.
Se escuchaba una canción suave en la habitación.
c)La palabra estrelló nos permite percibir que la narrativa se pasa de noche.
A la una de la madrugada la mujer dejó de respirar.
La mujer pintada es la misma que duerme al lado del narrador.
Lea el texto abajo y conteste a las cuestiones 38 y 39.
Jueves, 10 de marzo 2011
ECUADOR EN ALERTA POR TSUNAMI
El terremoto en Japón ha despertado el miedo. Apunto que el presidente Rafael Correa firmó un decreto del estado
de excepción, por 60 días, por el cual se ordena la evacuación hasta conocer cómo se desarrolla el probable tsunami que
puede afectar a Ecuador.
Los evacuados serían de todo el perfil costanero del país (Esmeraldas, Manabí, Guayas, Santa Elena y El Oro), al
igual que las costas de Galápagos.
Para ello, Correa - quien habló alrededor de las 06:40 de este viernes - pidió la calma y la colaboración de la
ciudadanía: "Si no pasa nada, qué bueno, pero no podemos arriesgar (...) No aceptaremos negligencias ni necedades", y
añadió que "tenemos tiempo para una evacuación ordenada".
Y en caso de que no suceda nada, la población podría retornar a sus viviendas dos horas después del anuncio de la
llegada de las olas.
Hasta las 09:30 aún no se había procedido a evacuar. Según el ministro del Interior, Alfredo Vera, esa operación
―será en el momento oportuno‖.
Las autoridades de las Islas Galápagos, por ejemplo, están a la espera de una determinación del Instituto
Oceanográfico de la Armada de Ecuador (Inocar) para empezar la evacuación, a puntos altos, de las 17.000 personas que
allí habitan.
Los que sí se han suspendido son los vuelos aéreos hacia Galápagos, Manta y Esmeraldas. Y la disposición de que
ninguna embarcación esté en la mar no se hizo caso en Esmeraldas [...]
El director del Inocar, Jorge Cárdenas, puntualizó que se desconoce aún la magnitud en que la ola pueda llegar a las
costas ecuatorianas. Cárdenas consideró que "el hecho es bastante preocupante, pues se preve un escenario negativo con
una ola que alcance los tres metros".
Pese a ello, dijo que la situación depende de cómo se presente el incremento del mar en las costas rivereñas de
Centroamérica, para tener "indicios de cómo será la ola" en el país.
De acuerdo a Cárdenas, la amenaza depende de la velocidad de propagación de la ola y de la velocidad con la que
pueda llegar a las costas ecuatorianas. [...]
Questão 38)
En las opciones abajo, señale la que es incorrecta:
A)
El presidente Rafael Correa ha firmado un decreto del estado de excepción por el cual se ordena la evacuación hasta
conocer cómo se desarrolla el probable tsunami que puede afectar a Ecuador.
B) Correa pidió la calma y la colaboración de la ciudadanía para una evacuación ordenada.
C) Las autoridades de las Islas Galápagos están a la espera de una determinación del Instituto Oceanográfico de la Armada
de Ecuador (Inocar) para empezar la evacuación.
D) El director del Inocar, Jorge Cárdenas, puntualizó que ya se conoce la magnitud en que la ola pueda llegar a las costas
ecuatorianas.
E) Una de las preocupaciones de las autoridades es la velocidad de la ola.
Questão 39)
En la frase ―Y en caso de que no suceda nada, la población podría retornar a sus viviendas dos horas después del anuncio
de la llegada de las olas‖, la palabra subrayada, en su forma singular, es sinónimo de:
A)
B)
C)
D)
E)
Vecindad.
Hogar.
Sábana.
Vividor.
Maladanza.
Questão 40)
EL SEXO DE LOS ANGELES
En la Edad Media, las disputas sobre teología y metafísica arrojaron luz sobre importantes puntos de doctrina. Pero
no faltaron amantes de la retórica que se ocuparon de asuntos triviales y disparatados. Fueron famosas, por ejemplo, las
largas controversias acerca de cuantos granos forman un montón (¿cuatro? ¿diez? ¿Una bolsa entera?) Los seudofilósofos
de aquella época se empeñaron también en dilucidar a partir de que número de pelos un hombre llega a ser calvo. Tampoco
las mujeres escaparon a esas batallas: mientras algunos sostenían que Dios no les había concedido alma, otros abogaban
por que se le reconociera una… pero chiquitita. Entre tanto absurdo, el sexo que poseen los ángeles motivó escritos y
debates. ¿Se los debía concebir como masculinos o asexuados, hermafroditas o inmateriales? Hoy el asunto ha quedado de
lado. ―El sexo de los ángeles‖ se refiere a cualquier derroche de sutileza con patente de erudición. En palabras más
simples: un divague ―al cohete‖.
Según el texto arriba, se puede afirmar que
A)
B)
C)
D)
E)
No hubieron en la Edad Media importantes descubiertas científicas hechas por los seudofilósofos.
Gracias a los seudofilósofos, se sabe que los ángeles son hermafroditas.
No se discutía la posibilidad de los ángeles seren inmateriales.
Hubo personas que abogaban que las mujeres no tenían alma.
Em la Edad Media las mujeres eran odiadas por los pseudofilósofos.
Questão 41)
ÚLTIMOS AVANCES PARA LA CURA DEL VIH SIDA
Reciba un fraternal saludo y mil bendiciones por su magnífica labor. Quisiera saber que información a la fecha tiene
sobre una posible cura del VIH. Tengo entendido que luego del encuentro realizado en México quedó bien claro que uno de
los retos es detener lo más pronto posible esta pandemia que nos afecta a millones de personas confirmadas, sin que se
tengan en realidad datos de los millones quizás de portadores que aún no asumen la responsabilidad de hacerse la prueba y
cuyo temor es comprensible. Doctor, sé que su información se convertirá en una voz de esperanza para muchos de nosotros
que esperamos ansiosos ese día que espero no sea lejano. Estoy seguro que los desafíos a la Ciencia no pueden ser en
vano y más cuando existen seres con mucha capacidad e inteligencia para lograrlo. Un abrazo y muchas gracias de nuevo
por su dedicación a acompañarnos.
Je
RESPUESTA DEL DR. NATTERSTAD
Querido Je,
Tu pregunta es de lo más oportuna. Creo que el año 2010 señaló un momento decisivo para la búsqueda de la
erradicación (una cura) del VIH. Fue un año en el que la discusión de una cura realmente previsible desempeña un papel
más importante que nunca en muchas conferencias y publicaciones científicas. De hecho apareció en una revista médica en
diciembre un informe de seguimiento que trata de un hombre (―el paciente de Berlín‖) que llevaría más de tres años curado.
Hay más buenas noticias: ¡Un grupo internacional de investigadores se ha fijado una meta de encontrar una cura en la
próxima década! ¿Qué te parece esa voz de esperanza?
Un abrazo fuerte,
Dr. Steve Natterstad
Disponible en www.thebody.com (con adaptaciones) Accesado en 14 de marzo 2011.
Considerando el texto, es incorrecto decir que
―... portadores que aún no asumen la responsabilidad de hacerse la prueba‖ se refiere a las personas que posiblemente
tienen VIH, pero sin confirmación.
B) El Dr. Natterstad, en su respuesta a Je, considerando hechos como la cura del ―paciente de Berlín‖, argumenta que en
2010 se encontró una solución definitiva para el sida.
C) (C) En la frase ―lo más pronto posible‖ la palabra ―pronto tiene la idea de brevedad.
D) La palabra ―lejano‖ es sinónimo de ―distante
E) La palabra ―retos‖, en ―quedó bien claro que uno de los retos es detener lo más pronto posible‖, podría ser sustituida
por ―desafío sin cambiar el significado general de la frase.
A)
Interprete la historieta y responda a las cuestiones 42 y 43.
Questão 42)
De acuerdo con la historieta, la palabra inodoro, se refiere a
A)
B)
C)
D)
E)
Un producto líquido para el lavado del cabello.
Una cosa que no tiene olor.
Una taza del váter (retrete).
La llave colocada en la boca de una cañería o en un depósito para regular el paso de líquido.
El instrumento formado por hileras de pelillos rígidos que, distribuidos sobre una base plana, sirven para limpiar o peinar.
Questão 43)
Señale la frase que no es un ejemplo de conjugación pronominal
A)
B)
C)
D)
E)
―No te enojes conmigo.
―Se me cayó tu cepillo.
―Pero no te preocupes.
―Menos mal que me lave.
―En el inodoro.
Lea el texto abajo para responder a la cuestión 44 y 45.
1
Es verdad que crecer, o envejecer, es ir asistiendo a la progresiva desaparición del mundo, esto es, de tu mundo, o
más bien de los distintos mundos de tu pasado, porque cuanto mayor eres, más capas biográficas vas teniendo a la espalda.
Y así, desaparecen las personas que conociste y que fueron importantes en determinada época de tu vida, unas porque
5
murieron y otras porque simplemente dejaron de compartir su existencia contigo. Desaparecen, sobre todo, edificios, calles,
glorietas, carreteras. Com la furia constructora en Madrid, por ejemplo, no puedo ni imaginar la cantidad de nostalgias
urbanas que van a crearse. Porque tras las obras probablemente todo quede mejor, pero se habrán esfumado para siempre
callejones oscuros en donde una pareja se besó por primera vez, aceras cuarteadas en las que jugaron tarde tras tarde
10
infinidad de niños, paisajes ciudadanos unidos indeleblemente al recuerdo de un amor o un dolor, de un principio o un final.
Las desapariciones, claro está, se van acumulando con el tiempo, de manera que si vives mucho, supongo que
terminas convertido en algo así como un marciano caído casualmente sobre la Tierra. Um alienígena, en fin, un superviviente
de un mundo destruido. Como Superman, pero con artritis y temblores en vez de superpoderes, lo cual empeora
15
notablemente la situación. El despiadado gracejo popular ha creado un personaje tópico para representar a ese marciano
venido del ayer que se empeña en contarnos cómo era todo: es el abuelo batallitas. Aunque en realidad es una suerte
convertirte en un viejo así. Primero, porque implica no haber muerto a edad temprana; y segundo, porque si das la brasa
contando tus batallitas, es que tienes alguien a quien contárselas. Lo cual no es baladí.
20
Pensaba yo en todo esto el otro día porque empezó a sobrecogerme la cantidad de mundos que ya he visto
desaparecer, una prueba inequívoca de mi creciente deriva hacia las batallitas de la senectud.
Guardo otros mundos perdidos en la memoria. Por citar sólo uno: la vida anterior a la revolución electrónica.
Recuerdo que mi primer ordenador, un portátil enorme y pesadísimo, tenía 48 K de memoria (mi diminuto teléfono móvil tiene
hoy seiscientas veces más potencia): sólo podía escribir noventa líneas de texto, y luego tenía que pasarlas a un disquete y
25
borrarlas del ordenador para poder seguir trabajando. Por no hablar del cambio gigantesco que ha traído Internet. ¡Pero si
la World Wide Web fue creada em 1990! Hace tan sólo dieciséis años. Y ahora tiene mil cien millones de usuarios. Recuerdo
la sociedad anterior a todo esto, sin ordenadores, sin móviles, con papeles de calco, con funcionarios consultando legajos y
anotando a mano. Parece el paleolítico.
Texto adaptado. EL PAÍS.com. El País semanal. http://www.elpais.com/articulo/
portada/Cosas/existen/elpepusoceps/20061022elpepspor_11/Tes
Questão 44)
Por “nostalgias urbanas” (ref. 5) se entiende
A)
B)
C)
D)
E)
el disgusto causado por la desaparición de personas sin importancia en la existencia de uno.
la sensación de pérdida como consecuencia de la muerte de personas conocidas.
la alegría provocada por la destrucción de carreteras, edificios, calles y personas importantes en la ciudad de Madrid.
el sentimiento de añoranza provocado en algunas personas por las modificaciones o desaparición de ciertos lugares de
una ciudad.
el miedo a la furia constructora que, em determinada época de la vida, cambia la geografía urbana.
Questão 45)
La imagen del “Superman, pero con artritis, temblores en vez de superpoderes” (ref. 10) expresa
A)
B)
C)
D)
E)
admiración.
Duda.
Inquietud.
Ironía.
superación.
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