Sobre todo, la lectura de Enrique Flores descubre los alcances y los

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Sobre todo, la lectura de E n r i q u e Flores descubre los alcances
y los "logros" de u n proyecto p o é t i c o . C o n su estudio salen a la luz
las complicadas redes que confluyeron en la e l a b o r a c i ó n de una o b r a
corta y densa; significativo testimonio de una é p o c a central de la poesía m e x i c a n a que r e ú n e , reelabora y crea la tradición literaria nacion a l al p o n e r en d i á l o g o al surrealismo (y otras vanguardias) c o n las
manifestaciones m á s sobresalientes d e l pasado: la literatura i n d í g e n a
(Popol Vuh, Chilam Balam) y c o l o n i a l (sor J u a n a ) . Se e n t i e n d e ahora
que en el Segundo Sueño confluyan las diversas ambiciones estéticas
de su autor, u n a figura, p o r o t r o lado, no m e n o r de la g e n e r a c i ó n de
los C o n t e m p o r á n e o s - c o m o se ha p r e t e n d i d o hasta a h o r a - que fue
d i r e c t o r de la revista, t r a d u c t o r de E l i o t , interesado en el surrealismo
( c o m o V i l l a u r r u t i a v O w e n ) e i m p u l s o r de una r e v a l o r a c i ó n de la
p o e s í a i n d í g e n a , entre otras cosas.
Este estudio demuestra que a ú n se está lejos de apreciar en toda
su d i m e n s i ó n la i m p o r t a n c i a de la o b r a de O r t i z de M o n t e l l a n o y
la de sus c o m p a ñ e r o s de g e n e r a c i ó n . A l m i s m o t i e m p o , este l i b r o es
u n a señal de que se avanza p o r b u e n c a m i n o en la i n t e r p r e t a c i ó n y
a q u i l a t a c i ó n de la p o e s í a m o d e r n a mexicana. M á s a ú n , Flores s e ñ a l a
las estaciones siguientes c u a n d o e n u m e r a los aspectos dejados de lad o en su l i b r o : las relaciones de la p o e s í a de M o n t e l l a n o c o n a) el
p i t a g o r i s m o de Pellicer, b) el Canto a un dios mineral de Cuesta y
c) Muerte sin fin de Gorostiza. Este l i b r o abre, desde ya, estas y otras
posibilidades de lectura de la p o e s í a de los C o n t e m p o r á n e o s .
IVÁN PÉREZ D A N I E L
El C o l e g i o de M é x i c o
MARIE-CLAUDE C H A P U T et BERNARD SICOT ( é d s . ) , MaxAub:
et déracinements.
Actes du colloque
enracinements
des 27, 28 et 29 mars 2003.
sité de Paris X , N a n t e r r e , 2004; 388 p p . (Regards,
Univer-
6).
E n 1939, en sus Cartas a un español emigrado, Paulino Masip subraya
las consecuencias, que llama "políticas", de la actividad de los refugiados en el e x i l i o : " u n cuadro, u n l i b r o , u n descubrimiento, u n
m u e b l e , u n surco, t o d o cuanto salga de nuestras manos s e r á política,
b u e n a si son buenos, mala si son malos. ; T e encoges de hombros? T u
e n c o g i m i e n t o de h o m b r o s s e r á p o l í t i c a t a m b i é n . ¿ R e n i e g a s ? Reniegos y a r g u m e n t o s v a l d r á n c o m o argumentos p o l í t i c o s y tus silencios
igual que tus palabras". Es claro que este t i p o de " p o l í t i c a " es a la vez
u n a ética y u n a m o r a l . E n efecto, dice Masip, es "una política que he
de hacer m a l que pese, v saber que la hago, p r i m e r o para tener conciencia de m i responsabilidad y segundo, para o b r a r c o n arreglo a
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e l l a " 1 . Acaso nadie c o m o M a x A u b , su c o m p a ñ e r o de e x i l i o , haya
acordado y c u m p l i d o con este d o b l e reclamo é t i c o y m o r a l .
Max Aub: enracinements
et déracinements
r e c o p i l a las veintiséis ponencias presentadas en el c o l o q u i o realizado e n París en el m a r c o de
los homenajes al escritor, con m o t i v o d e l c e n t e n a r i o de su n a c i m i e n to. Los editores, s e g ú n s e ñ a l a n , d e c i d i e r o n prescindir de la estructura
t e m á t i c a que tuvo el e n c u e n t r o y a p u n t a n , solamente, la existencia
de dos grandes bloques: el p r i m e r o dedicado a las relaciones de M a x
A u b c o n la Historia; el segundo, a la o b r a literaria d e l escritor. L a pon e n c i a de apertura muestra que la d e c i s i ó n ha sido acertada. E n
efecto,Jacques M a u r i c e parte de u n pasaje de la novela Campo
desangre (el s o l i l o q u i o del personaje L e a n d r o Zamora) para r e f l e x i o n a r
sobre el m o d o en que M a x A u b considera la historia de E s p a ñ a ; su
análisis t a m b i é n tiene relevancia para el c o n o c i m i e n t o de la n a r r a t i va aubiana.
Establecer límites entre o b r a literaria e historia, tarea a m e n u d o
p r o b l e m á t i c a , es p a r t i c u l a r m e n t e c o m p l e j a en el caso de los escritos
de M a x A u b . Así pues, la c o n e x i ó n e n t r e u n a y o t r a que la p o n e n c i a
i n a u g u r a l d e l c o l o q u i o p o n e de manifiesto r e c o r r e las p á g i n a s de este l i b r o . A la vez, el h e c h o de que Jacques M a u r i c e t o m e c o m o p u n t o
de p a r t i d a u n pasaje de El laberinto mágico se vuelve significativo, puesto que esa serie de novelas es u n a presencia constante p e r o a m e n u d o i m p l í c i t a en el g r u p o de trabajos a q u í r e u n i d o s ; u n p u n t o de
referencia en el que n i n g ú n estudio se detiene e s p e c í f i c a m e n t e . De
este m o d o , Max Aub: enracinements
et déracinements
sirve c o m o muest r a r i o de los textos y los temas de la o b r a del escritor que c o n c i t a n el
i n t e r é s de la c r í t i c a actual: La gallina
Djelfajosep
Torres
Campalans,
Guía
ciega, Enero
de narradores
en Cuba,
Diario
de la Revolución
de
Mexi-
cana, los Diarios publicados p o s t u m a m e n t e o el inconcluso Buñuel:
novela, son, p r o b a b l e m e n t e , los libros d e l a u t o r m á s alejados d e l
c a n o n literario y, acaso p o r ello, algunos de los que hoy d í a m á s atención reciben.
El p r i m e r o de los bloques s e ñ a l a d o p o r los editores p o n e especialmente en evidencia la r e l a c i ó n entre ética, m o r a l y escritura
que Masip reclamara. Desde luego, eso puede verse en la constante
a t e n c i ó n que a l o largo de toda su vida y obra M a x A u b b r i n d ó al p r o yecto r e p u b l i c a n o , analizada p o r Marie-Claude Chaput. L a investigad o r a releva el m o d o en que se representa la Segunda R e p ú b l i c a en la
o b r a d e l escritor - n o s ó l o en la ensayística, sino t a m b i é n en el teatro
y la novela, " p o r ser las fronteras entre realidad y ficción particularm e n t e borrosas en el caso de este escritor" (p. 2 4 ) . Así, reconoce distintas etapas, desde el c o m p r o m i s o que A u b contrae c o n el proyecto
1
Cartas a un español emigrado, I N B A - U A M - J u a n Pablos, M é x i c o , 1989, p p . 48-49.
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r e p u b l i c a n o al m o m e n t o de su ingreso al Partido Socialista en 1929
hasta que, a p a r t i r d e l e x i l i o , el r e c u e r d o de u n a R e p ú b l i c a idealizada y la d i s o l u c i ó n de las esperanzas d e l restablecimiento del gobiern o l e g í t i m o llevan al autor a imaginar u n a T e r c e r a R e p ú b l i c a c o m o
m e d i o de r e i v i n d i c a c i ó n .
La i m a g e n de la E s p a ñ a de los a ñ o s t r e i n t a vuelve a presentarse
e n el m o d o en que M a x A u b observa la R e v o l u c i ó n cubana. Manue¬
lle Peloille muestra c ó m o en el diario de la estancia en la isla, Enero
en Cuba, p u e d e n rastrearse las tensiones resultantes d e l i n t e n t o de
c o m p r e n d e r la p o l í t i c a cubana a p a r t i r de las referencias a la e s p a ñ o la y, a la vez, de considerar el f e n ó m e n o cubano en su especificidad.
Dos trabajos se dedican en especial a la r e l a c i ó n entre M a x A u b y
M é x i c o . Francisco Caudet analiza la labor del escritor c o m o "crítico
de las letras mexicanas" y Teresa Férriz Roure releva la r e c e p c i ó n de
las obras de M a x A u b en M é x i c o . Su estudio incluye u n útilísimo
a p é n d i c e en el que e n u m e r a los a r t í c u l o s sobre el autor segorbino
publicados en la prensa c u l t u r a l m e x i c a n a entre 1942 y 1972. La i m p o r t a n c i a de estos dos trabajos n o p u e d e soslayarse; los v í n c u l o s entre A u b y M é x i c o son sin d u d a fundamentales y merecen seguirse
analizando si se busca evitar una r e c u p e r a c i ó n de la literatura del
e x i l i o despreocupada d e l conflicto que el franquismo p r o d u j o en
el desenvolvimiento de la c u l t u r a e s p a ñ o l a . Justamente, el i n t e n t o de
u n a r e c o m p o s i c i ó n , de u n " p u e n t e " que p e r m i t a p o n e r en d i á l o g o
las culturas del e x i l i o y el " i n s i l i o " es el tema al que se dedica M a n u e l
A z n a r Soler. De la serie de seis textos que Max A u b pensaba i n c l u i r
en u n segundo v o l u m e n similar a Hablo como hombre, Aznar Soler selecciona los tres folios que A u b p r e p a r ó para presentar a Juan Fern á n d e z Figueroa - d i r e c t o r de la revista índice- en su visita de 1959 a
la Universidad N a c i o n a l A u t ó n o m a de M é x i c o . El análisis de la relac i ó n y d e l epistolario entre ambos, p e r m i t e a Aznar Soler subrayar el
g r a d o de i n d e p e n d e n c i a intelectual que A u b t e n í a y la l i b e r t a d que
se reservaba para atender tanto c o m o para criticar las distintas posturas artísticas y políticas.
U n tema de especial interés es el análisis de los m o d o s en que se
representa en la o b r a de M a x A u b la experiencia de los campos de
c o n c e n t r a c i ó n . J o s é M a r í a N a h a r r o - C a l d e r ó n y Jean T e n a estudian
los "universos c o n c e n t r a c i o n a r i o s " - s e g ú n la e x p r e s i ó n de David
Rousset- construidos en la o b r a aubiana. El acierto de Naharro-Cald e r ó n radica en describir los p r o c e d i m i e n t o s - q u e no se circunscrib e n a u n solo g é n e r o l i t e r a r i o - p o r m e d i o de los cuales el autor busca
dar cuenta de una realidad difícilmente aprensible: "lo concentracion a r i o s i s t e m á t i c o . . . invadirá progresivamente el universo fictivo para
problematizar lo concentracionario a r b i t r a r i o que p r o c e d í a de lo viv i d o " (p. 106). La encrucijada en la que se encuentra la n a r r a c i ó n l i teraria de lo sucedido en los campos - l a necesidad de "hacer ficción"
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u n a e x p e r i e n c i a que se resiste a ser "novelada" o "poetizada", de "ord e n a r " en u n relato hechos inciertos, absurdos e " i n c o h e r e n t e s " - es
t a m b i é n tema de d i s c u s i ó n en el trabajo d e j e a n Tena. E l investigador analiza el deseo de M a x A u b de c o n s t r u i r u n a n a r r a c i ó n objetiva.
Esta o p c i ó n conlleva u n s i m u l t á n e o rechazo de dos "tentaciones" que
se le presentan a q u i e n relata sucesos tales c o m o la experiencia de los
campos: lo fantástico y la "vía a p o c a l í p t i c a " o "dantesca".
L a t e n s i ó n e n t r e t e s t i m o n i o y o b r a de c r e a c i ó n es t a m b i é n u n a
de las cuestiones que recorre m u c h o s de los trabajos de la s e c c i ó n esp e c í f i c a m e n t e dedicada a la o b r a literaria de M a x A u b . Esa t e n s i ó n
aparece ya desde el título m i s m o d e l p o e m a r i o Diario de Djelfa, l i b r o
en el que se d e t i e n e n todos los trabajos d e l v o l u m e n dedicados a la
p o e s í a aubiana. L a c o i n c i d e n c i a muestra el e n o r m e i n t e r é s que esta
c o l e c c i ó n ha r e c i b i d o en los ú l t i m o s tiempos, m u y p o r e n c i m a d e l
resto de la o b r a p o é t i c a del autor. Acaso n o sea ajeno a este i n t e r é s
el h e c h o de que a q u í las relaciones entre l i t e r a t u r a e historia y e n t r e
l i t e r a t u r a y realidad se vuelven p a r t i c u l a r m e n t e conflictivas. Esto lleva a B e r n a r d Sicot a discutir la p e r t i n e n c i a de las c a t e g o r í a s críticas
usuales al leer u n p o e m a r i o que r e m i t e a la presencia cíe su autor i n cluso en su p r e s e n t a c i ó n f o t o g r á f i c a . A s i m i s m o , Sicot hace u n detallado análisis estilístico de algunos textos del l i b r o , rescatando su
valor l i t e r a r i o y subrayando Ta variedad de recursos p o é t i c o s de la
que el escritor dispone. Por su parte, J o s é Á n g e l Ascunce discute el
m o d o t r a d i c i o n a l de e n t e n d e r Diario de Djelfa c o m o u n t e s t i m o n i o .
P r o p o n e aue la presencia de la subjetividad del poeta p e r m i t e hablar
de u n p r e d o m i n i o de la e m o c i ó n y el s e n t i m i e n t o Su trabajo ofrece
u n a interesante i n t e r p r e t a c i ó n basada en el cambio de o r d e n de los
poemas de la p r i m e r a a la segunda e d i c i ó n d e l v o l u m e n .
Si los trabajos sobre p o e s í a privilegian u n l i b r o , Diario de Djelfa, la
mayor parte de los que se dedican a la d r a m a t u r g i a aubiana a t i e n d e n
f u n d a m e n t a l m e n t e a su p r i m e r a p r o d u c c i ó n . Serge S a l a ü n se preg u n t a p o r la c o n e x i ó n de las obras de ese p e r í o d o y las estéticas de
vanguardia; a la vez, busca explicar lo que considera u n hiato entre la
"competencia t e ó r i c a " sobre teatro que M a x A u b muestra entre 1923
y 1939 y su p r á c t i c a c o m o d r a m a t u r g o en esa misma é p o c a . A n t o n i o
C a r r e i r a e v a l ú a las piezas breves que M a x A u b e s c r i b i ó en esos mismos a ñ o s . El r e c u e r d o de dos textos posteriores f r e c u e n t e m e n t e desa t e n d i d o s - l a Zarzuela
Reyes y el Paso
representada
del señor Director
en honor de la sexta década
General
de Seguridad-
de
Alfonso
le p e r m i t e mos-
trar c ó m o , desde las iniciales obras en u n " acto hasta el "teatro de
circunstancias" de la sruerra sus piezas f u e r o n progresivamente " i n vadidas p o r la h i s t o r i a " y se fueron/desplazando hacia la mimesis.
Justamente, B r i g i t t e M a g n i e n trata la distancia y reticencia de
Max A u b c o n la l i t e r a t u r a "deshumanizada". La autora ofrece u n
l ú c i d o rastreo de la m i r a d a que M a x A u b tiene de las vanguardias his-
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t ó r i c a s en La calle ele Valverde, La narrativa es t a m b i é n considerada
p o r Gabriel Rojo, q u i e n c o n t r a p o n e los p r ó l o g o s de fosep Torres Campalansy
Conversaciones
con Luis
Buñuel
En la c o n f r o n t a c i ó n de la bio-
g r a f í a de u n personaje ficticio v el proyecto de novela sobre u n
personaje real, p u e d e verse n o sólo la estrategia aubiana de "manten e r su c r e a c i ó n . . . en u n á m b i t o i n d e f i n i d o entre la realidad y la imag i n a c i ó n " (p. 288), sino t a m b i é n c ó m o una peculiar f o r m a de
c o n c e b i r la historia repercute sobre el c a r á c t e r de su visión literaria.
Paul A u b e r t destaca una similar r e f l e x i ó n d e l autor sobre historia v
ficción en la nouvelle "La verdadera historia de la m u e r t e ele Francisco Franco". L a puesta en crisis d e l testimonio y de la causalidad de la
historia son elementos que p r o d u c e n , nuevamente, una i n c e r t i d u m bre sobre los límites de los g é n e r o s . Policial, existencial,
filosófico,
p o l í t i c o son algunos adjetivos que buscan dar cuenta de la m u l t i p l i c i dad de sentidos que se encierran en el relato.
N u m e r o s o s trabajos, asimismo, r e ú n e n una serie de d o c u m e n t o s
que agregan u n i n t e r é s extra al v o l u m e n ; a la vez, dan u n i n d i c i o de
c u á n t o la investigación crítica tiene a ú n p o r p u b l i c a r de u n escritor
que t ó p i c a y, en verdad, razonablemente suele ser llamado prolífico.
De esos materiales rescatados merecen s e ñ a l a r s e la serie de poemas v
textos i n é d i t o s , hallados en el archivo de El Colegio de M é x i c o , que
B e r n a r d Sicot r e p r o d u c e de m a n e r a facsimilar en el a p é n d i c e de su
trabajo, y la d o c u m e n t a c i ó n sobre el proyecto inconcluso de u n l i b r o
de ensayos que se hubiese t i t u l a d o No todo está consumado presentada
p o r M a n u e l Aznar Soler. C a b r í a t a m b i é n sumar a este listado el
a n u n c i o que Ignacio Soldevila hace de la existencia de u n cuento
i n é d i t o escrito p o r Max A u b en sus ú l t i m o s a ñ o s de vida.
Pero, sin d u d a , u n o de los m á s importantes d o c u m e n t o s rescatados es el texto i n é d i t o de M a x A u b que cierra el l i b r o : la transcripción
de una conferencia sobre " A n d r é M a l r a u x et le c i n é m a " , grabada p o r
la cadena de televisión Radio-Canada en o c t u b r e de 1962. El interés
de esta c o n f e r e n c i a excede a m p l i a m e n t e el de u n c o m e n t a r i o crítico
sobre la obra de M a l r a u x , ya que puede leerse c o m o u n a suerte de
poética en la que A u b , al analizar la incidencia del cine en la literatura
c o n t e m p o r á n e a , ofrece u n a clave compositiva de sus propias narraciones. A la vez, subraya en M a l r a u x aquello que, de alguna manera, q u i e r e para sí. El s e ñ a l a m i e n t o de una " u n i d a d " entre vida y
obra, entre posiciones políticas v credo estético, es una de sus preocupaciones m á s notorias; al p u n t o que le p e r m i t e n hacer e x p l í c i t o el
p u n t o de vista m o r a l desde el que concibe la a c c i ó n social de los intelectuales. Es en boca del p r o p i o escritor que aparecen f i n a l m e n t e las
palabras, citadas en m á s de u n a o p o r t u n i d a d p o r los investigadores
que p a r t i c i p a n en este v o l u m e n : "Para M a l r a u x c o m o para m í . . . u n
intelectual es u n a persona para la cual los problemas p o l í t i c o s son
p r o b l e m a s morales" (p. 387).
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L a l a b o r de d i f u s i ó n de la o b r a d e l escritor realizada desde hace
ya bastantes a ñ o s p o r críticos c o m o Ignacio Soldevila o M a n u e l Az¬
n a r Soler, entre m u c h o s otros - a s í c o m o t a m b i é n , de m o d o m á s reciente, p o r la F u n d a c i ó n M a x A u b - ha p e r m i t i d o que, en el a ñ o d e l
centenario del n a c i m i e n t o de M a x A u b , sus libros n o sean a ú n desconocidos. De acuerdo a lo a n t e r i o r , las ponencias del C o l o q u i o n o se
d e t i e n e n en la p r e s e n t a c i ó n de u n a o b r a ya a t e n d i d a y valorada p o r
el p ú b l i c o y la crítica. A lo largo de estos ensayos p u e d e n encontrarse
estudios rigurosos y f u n d a m e n t a d o s sobre aspectos concretos de esa
obra. N o obstante, y acaso j u s t a m e n t e p o r ello, la i m a g e n de M a x
A u b que surge del l i b r o es m á s c o m p l e t a y m e j o r delineada de la que
c u a l q u i e r texto de d i v u l g a c i ó n p u d i e r a b r i n d a r .
CÉSAR N Ú Ñ E Z
El C o l e g i o de M é x i c o
EFRXÍN KRISTAL, Invisible
work. Borges and translalion.
V a n d e r b i l t Univer¬
sity Press, Nashville, 2002.
L a p u b l i c a c i ó n m á s r e m o t a de Jorge Luis Borges, c o m o se sabe, es
u n a t r a d u c c i ó n de "El p r í n c i p e feliz", de W i l d e , que data del 25 de j u n i o de 1910, en el p e r i ó d i c o bonaerense El País. Esta labor paralela, y
p o d r í a decirse tan creativa c o m o la d e l escritor, n o se h a b í a destacad o de la m a n e r a en que ahora lo evidencia Efraín Kristal en Invisible
luork, a u n q u e cabe m e n c i o n a r entre otros pioneros en el tema a María Elena Bravo, R o l a n d o Costa o Rafael Olea Franco (a q u i e n p o r
cierto n o r e c u r r e Kristal en su rica b i b l i o g r a f í a ) . Bien sienta el título
a este trabajo que desvela la o t r a cara de Borges que, de tan visible y
cotidiana, t e r m i n ó p o r volverse casi invisible para la crítica, a u n q u e
es c o n o c i d a la estima que Borges s e n t í a p o r esta labor vicaria para
otros, si se quiere, p e r o sin d u d a c a r d i n a l para él.
Así, en 1960, en t o n o de nostalgia y de reclamo a la vez, Borges
apuntaba en u n a n o t a sobre la t r a d u c c i ó n de Las mil y una noches de
Cansinos Assens: "El arte de t r a d u c t o r es t e n i d o en poco p o r los a ñ o s
que c o r r e n . N o lo e n t e n d i ó así la Edad M e d i a y en el siglo xiv u n poeta f r a n c é s p u d o llamar a Chaucer gran t r a d u c t o r -grand
translateursin que nadie sintiera u n desnivel entre el adjetivo y el n o m b r e o sospechara u n p r o p ó s i t o m a l i c i o s o " de la "abnegada tarea de traducir,
que el d e s d é n j u z g a subalterna".
E n este l i b r o , Kristal se p r o p o n e resaltar la i m p o r t a n c i a de la trad u c c i ó n c o m o u n proceso creativo en la o b r a borgeana, m á s que
" u n a revisión de todas las traducciones de Borges" (p. x x i i ) . E n este
sentido, en el p r i m e r c a p í t u l o , "Borges sobre la t r a d u c c i ó n " , Kristal
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