EXCURSIÓN POR EL DICCIONARIO DE LA ACADEMIA DE LA

NOTAS
EXCURSIÓN POR EL DICCIONARIO DE LA ACADEMIA
DE LA LENGUA, C O N M O T I V O DEL V CENTENARIO DEL
DESCUBRIMIENTO DE AMÉRICA
E l i n t e n t o de c a m b i a r l a d e n o m i n a c i ó n d e l d e s c u b r i m i e n t o c o l o m b i n o p o r l a de e n c u e n t r o de dos m u n d o s , al c a b o de q u i n i e n t o s años
de u s o de l a p r i m e r a , h a p r o d u c i d o m á s r u i d o y c o n f u s i ó n q u e r e s u l t a d o s . A s í l o c o n f i r m a esta b r e v e e x c u r s i ó n c o m e n t a d a p o r el Diccionario
de la Academia , que se detiene en el examen de las palabras descubrimiento,
hallazgo, encuentro e invención.
1
Descubrimiento.- " ( D e descubrir.) m . Hallazgo, encuentro, manifestación
de lo que estaba oculto o secreto o era desconocido. 2. Por antonomasia,
encuentro, invención o hallazgo de u n a tierra o u n m a r no descubierto
0 ignorado. 3. T e r r i t o r i o , provincia o cosa que se ha reconocido o descub i e r t o ' '.
C r e o que entre nosotros fue A n t o n i o Armendáriz q u i e n p r i m e r o
señaló q u e d e s c u b r i m i e n t o y e n c u e n t r o e r a n lo m i s m o . E l r u i d o d e l c a m b i o n o le parecía necesario n i j u s t i f i c a d o . P o r m i p a r t e , a d v i e r t o q u e
d e s c u b r i m i e n t o , e n el caso d e l p r i m e r v i a j e transatlántico de C r i s t ó b a l
C o l ó n , se a p l i c a a l a r u t a m a r í t i m a de i d a a las A n t i l l a s y de v u e l t a a
E s p a ñ a . A las t i e r r a s q u e h a l l a c o m o e n s e g u i d a se v e r á . Y a l a n u e v a
h u m a n i d a d o gente q u e e n c u e n t r a p r i m e r o e n las islas y m á s t a r d e e n
la T i e r r a F i r m e .
L e y e n d o La carta de Colón sobre el descubrimiento , p u e d e verse q u e el
A l m i r a n t e c o m i e n z a p o r d e c i r " a l e s c r i b a n o de rración de las yslas h a l l a d a s e n las Y n d i a s " , L u i s de Santángel [ y a q u e l a c a r t a d e s t i n a d a a
sus altezas n o a p a r e c e ] , q u e " N u e s t r o S e ñ o r le h a d a d o g r a n d v i c t o r i a
e n su v i a j e " , y a q u e e n v e i n t e días p a s ó las Y n d i a s c o n l a a r m a d a q u e
el r e y y r e y n a le d i e r o n , d o n d e " y o fallé m u y m u c h a s yslas p o b l a d a s
c o n gente s y n n ú m e r o " , y de ellas todas h a t o m a d o p o s e s i ó n p o r sus
2
1
2
Sigo la edición de Madrid, 1984, 2 ts.
Estudio de Demetrio Ramos Pérez, Diputación Provincial, Granada, 1983.
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altezas con pregón y bandera real extendida, y no le fue contradicho.
Explica que les puso nombre de San Salvador, Santa María de C o n cepción, Fernandina, Isabela y Juana a la quinta. Nótese que el descubridor emplea el lenguaje: " y o fallé m u y muchas yslas pobladas con
gente syn n ú m e r o " . Es claro, por ello, que su descubrimiento engloba
la ruta por mar de ida y vuelta, la tierra que halla y la gente que la puebla.
El verbo que más repite es el de " h a l l a r " . Cuando llegó a la Juana
siguió la costa de ella a poniente, " y la fallé tan grande que pensé que
sería tierra firme, la provincia de Catayo, y como no fallé asy villas y
lugares en la costa de la m a r , salvo pequeñas poblaciones... andava yo
adelante por el dicho camino pensando'de no herrar grandes cibdades
o v i l l a s " . Bien sabido es que llevaba una imagen de lo que pensaba que
encontraría [las Indias Orientales] y la va comparando constantemente
con la realidad de las nuevas tierras que halla [las que se llamarían I n dias Occidentales].
L a gente de la isla Española " y de todas las otras que he fallado y
he ávido y aya ávido noticia, andan todos desnudos..." Ellos nunca vieron gente vestida n i semejantes navios. Y luego que Colón llegó a las
Yndias, "en la primera ysla que fallé, tomé por fuerca algunos dellos
para que deprendiesen y me diesen noticia de lo que avía en aquellas
partes".
El espera que de la Española habrá gran trato y ganancia así con
la tierra firme de acá [España] como con la de allá del G r a n C a n .
" E n estas yslas fasta aquí no he hallado onbres mostrudos como m u chos pensavan; mas antes es toda gente de m u y lindo a c a t a m i e n t o . . . "
T u v o noticia de una isla que es poblada de una gente que tienen por
m u y feroces, los cuales comen carne viva [los que después serían llamados caribes]. Usan arcos y flechas. Explica las substancias que ha " f a l l a d o " . Otras cosas de substancia "fallará" o "habrán fallado" la gente
que allá dejó [en la V i l l a de Navidad, en la Española].
Distingue entre los que han hablado o escrito de estas tierras por
conjetura sin allegar de vista, y la victoria que el Redentor ha dado al
rey y reina y a sus reinos, " d e tan alta cosa, adonde toda la cristiandad
deve tomar alegría y fazer grandes fiestas, dar gracias solenes a la Santa T r i n i d a d con muchas oraciones solenes por el tanto ensalzamiento
que avrán en tornándose tantos pueblos a nuestra santa fee, y después
por los bienes tenporales que no solamente a la España, mas todos los
cristyanos ternán aquí refrigerio e ganancia".
Hallazgo.-
"(De hallar.) m. Acción y efecto de hallar. 2. Cosa hallada. 3.
L o que se da a uno por haber hallado una cosa y restituirla a su dueño
o por dar noticia de ella. 4. Der. Encuentro casual de cosa mueble ajena,
que no sea tesoro o c u l t o " .
El Diccionario no recoge aquí la sinonimia con descubrimiento, pero sí
es la primera que señala después de la palabra descubrimiento, como
arriba se ha visto. Y a indicamos que el término de hallar predomina
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e n el lenguaje empleado p o r Cristóbal C o l ó n en la famosa carta que
e s c r i b e d e s p u é s de su p r i m e r v i a j e t r a n s o c e á n i c o . S e g ú n l o r e p i t e , t r a t a
d e l h a l l a z g o de las islas, l u e g o v e n d r í a el de l a t i e r r a
firme.
C a b e a d v e r t i r q u e el h a l l a z g o p u e d e ser casual o r e s u l t a d o de u n a
intención. E n el caso c o l o m b i n o h a y elementos de l o u n o ( p o r q u e al p a r t i r
d e P a l o s de M o g u e r y de C a n a r i a s n o e s p e r a b a el h e c h o casual de q u e
e n c o n t r a r í a e n su r u t a las islas de las A n t i l l a s y l u e g o l a t i e r r a
firme
q u e v i n o a ser el N u e v o M u n d o ) ; y d e l o o t r o ( p o r q u e y a se h a v i s t o
c ó m o insistía e n c o m p a r a r l a g r a n d e isla J u a n a c o n l a p r o v i n c i a de C a t a y o q u e b u s c a b a y d o n d e h a b r í a g r a n d e s c i u d a d e s o v i l l a s . A l regreso
y a c o m p r e n d e y dice q u e desde l a isla E s p a ñ o l a h a b r á c o m e r c i o c o n l a
tierra
firme
de E s p a ñ a y allá c o n l a d e l G r a n C a n ) .
E s t a o r i e n t a c i ó n asiática i b a a m a n t e n e r s e e n l a b ú s q u e d a a f a n o s a
p o r los españoles de los pasos h a c i a l a M a r d e l S u r o P a c í f i c o , c u y a o r i l l a l o g r a a l c a n z a r V a s c o N ú ñ e z de B a l b o a e n C e n t r o a m é r i c a e n 1 5 1 3 ;
y e n las e x p e d i c i o n e s q u e partían de E s p a ñ a y d e l N u e v o M u n d o e n
d i r e c c i ó n de las islas y t i e r r a s d e l P o n i e n t e ( q u e e r a n las o r i e n t a l e s v i s tas desde E u r o p a ) . A s í se l o g r a el c o n t a c t o de M é x i c o c o n las F i l i p i n a s
p o r l a e x p e d i c i ó n al m a n d o de M i g u e l L ó p e z de L e g a z p i e n 1564 y el
v i a j e de r e t o r n o de f r a y A n d r é s de U r d a n e t a , el l l a m a d o t o r n a v i a j e , e n
1 5 6 5 , q u e t a n t o a l b o r o z o p r o d u j o , p o r q u e a l d e c i r de M i g u e l S a l v a d o r
d e V a l e n c i a : " l o s de M é x i c o están m u y u f a n o s c o n su d e s c u b r i m i e n t o ,
q u e t i e n e n e n t e n d i d o q u e serán ellos el c o r a z ó n d e l m u n d o " , a l q u e d a r
s i t u a d o s e n el c e n t r o de las c o m u n i c a c i o n e s c o n E u r o p a p o r el A t l á n t i c o
y c o n A s i a p o r el P a c í f i c o .
A d e l a n t e r e c o g e m o s las e n s e ñ a n z a s de los t e x t o s e n latín a l r e g r e s o
d e l P r i m e r v i a j e t r a n s o c e á n i c o c o l o m b i a n o (infra, p .
270).
Encuentro. - " m . A c t o de coincidir en u n p u n t o dos o más cosas, por lo común chocando una contra otra. 2. A c t o de encontrarse o hallarse dos o
más personas. 3. Oposición, contradicción. 4. Acción y efecto de topetar
los carneros y otros animales. 5. E n el juego de dados y algunos de naipes,
concurrencia de dos cartas o puntos iguales; como cuando vienen dos reyes, dos doses, etc. 6. Ajuste de estampaciones de colores distintos. 7. Lance
del juego del billar en que la carambola se produce por retruque. 8. C o m petición deportiva. 9. Arq. M a c i z o c o m p r e n d i d o entre u n ángulo de u n
edificio y el vano más i n m e d i a t o . 10. Arq. Ángulo que f o r m a n dos carreras o soleras. 11. Mil. C h o q u e , por lo general inesperado, de las tropas
combatientes con sus enemigos... al p r i m e r encuentro, azar. expr. E n cualquier negocio, encontrarse con u n obstáculo inesperado a los primeros pasos. I r al encuentro de u n o . f r . I r en su busca concurriendo en u n m i s m o
sitio con él. Salirle a uno al encuentro, f r . Salir a recibirle. 2. fig. Hacerle
frente o cara; oponérsele. 3. f i g . Prevenir, adelantarse a uno en lo que
quiere decir o e j e c u t a r " .
L a s e g u n d a s i n o n i m i a de d e s c u b r i m i e n t o e n el Diccionario
e n c u e n t r o . C o m o se v e , el Diccionario
es l a de
r e c o g e t a n t o las acepciones q u e
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tratan de hallarse o coincidir dos o más personas, animales o cosas, com o las que significan oposición, hacer frente o cara, choque.
Leyendo las cartas de los conquistadores españoles del siglo x v i , se
puede ver que Hernán Cortés narra " l a s batallas y encuentros con los
indios", y las alianzas que entabla con las poblaciones enemigas del poder
azteca; por ejemplo, con los tlaxcaltecas después de los primeros encuentros o combates con ellos. Pedro de Alvarado hace relación en sus cartas relativas a la conquista de Guatemala, de las batallas, encuentros,
enfrentamientos y muertes que ocurren en su campaña. Son casos en
los que el encuentro es todo lo contrario de coincidencia, ajuste o simbiosis; se acercan más a las acepciones*que recoge el Diccionario como
choque de dos o más cosas, oposición, contradicción, hacer frente o
cara. Junto a ello quedan las uniones de los soldados españoles con las
mujeres indígenas que dan nacimiento a los primeros mestizos, y otros
intercambios euro-indígenas llamados a fortalecerse con la convivencia
de las que se dirían las dos repúblicas al correr del tiempo, con la creación de terceros términos.
N o debe olvidarse tampoco en la época de la que tratamos la frondosa rama de los encuentros navales. Apenas llegadas las carabelas españolas a las costas mexicanas, los hábiles tlacuilos pintan las "casas sobre
el a g u a " en sus códices de papel de maguey, para que las conozca M o c tezuma. Cuando Cortés es recibido en Tenochtitlan, manda prestamente
construir cuatro (Bernal Díaz, cap. X C V I I I , dice dos) bergantines de
remo y vela que conserva al borde de la laguna de México, y en uno
de ellos permite a Moctezuma surcar las aguas para impresionarlo (Bern a l , cap. X C I X ) ; son incendiados durante el alzamiento de los mexicanos, que conduce a la salida llamada de la Noche Triste. A l regreso
ofensivo de Cortés, hace traer de Tlaxcala a Tezcoco las partes de trece
nuevos bergantines, destinados a sostener encuentros o combates en particular contra las ágiles canoas de los naturales. E n una de ellas abandona Cuauhtémoc la plaza de Tlatelolco, que había defendido
heroicamente, y es apresado por el bergantín que comanda GarcíaHolguín, para ser llevado a presencia de Cortés al acto de la rendición.
A su vez, en el m a r abierto, se suceden los famosos encuentros de las
naves de los españoles con las tripuladas por franceses, ingleses y holandeses y aun a veces con las de los competidores portugueses.
Así las dos acepciones del término encuentro se dan en la historia
de América por los años de los que tratamos. Si bien cabe observar que
para haber encuentro en uno u otro sentido, o en ambos, debe preceder
el descubrimiento de la ruta, en este caso oceánica, que permite a una
de las partes llegar hasta la tierra de la otra. O sea, que sin el descubrimiento colombino el encuentro de los dos mundos, el V i e j o y el Nuevo,
no hubiera tenido lugar entonces. Y según he observado en otro estudio, ese encuentro euro-americano viene acompañado de los contactos
que establecen los europeos con las costas de África y Asia, y de la presencia de africanos y de orientales en el suelo de América; por lo cual,
más que del encuentro de dos mundos, se trata de que los descubrimientos
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de la época producen encuentros entre las cuatro partes del mundo: la
europea, la africana, la asiática y la americana, como supo recogerlo
la historia del arte que presentaba las alegorías de esos continentes, en
espera de la aparición de la quinta parte que se llamaría Oceanía.
Sabio lingüista amigo me señala que en el Vocabulario español-latino
de A n t o n i o de Nebrija (Salamanca ¿1495?), aparecen tres entradas baj o l a palabra encuentro: a)''Encuentro de batalla, conflictus
congressus".
Este en César es el choque, combate, el conflicto de la batalla. Su pariente congressio-onis abarca entre otras cosas el choque o conflicto de la
batalla. T o d o ello del deponente congredior que es juntarse, abordar a
alguien, pero también disputar, venir a las manos, pelear. Por excelencia, su participio vale el que ha combatido. Es frecuente el uso de congressus por batalla naval: César, B . G . , I I I , X I I I : cum his nauibus nostrae
classi eiusmodicongressus erat..." (cuando nuestra flota combatía con tales
navios...), b ) . Encuentro de vanderas. Signorum collatio", que para C i cerón es el choque o reencuentro de los ejércitos, c) Encuentro como
ÍL
lí
q u i e r a , "occurssus,
concurssus".
Más tarde M i g u e l de Cervantes usa el término " e n c u e n t r o " en sus
varios significados actuales pero también en el de combate, empellón
o golpe. E n el Quijote, I I , X I V , en relación con el combate de D o n Q u i j o t e con el Caballero del bosque o de los espejos, Sancho dice a su amo:
" S u p l i c o a vuessa merced, señor mío, que antes que vuelva a encontrarse me ayude a subir sobre aquel alcornoque de donde podré ver más
a m i sabor mejor que desde el suelo el gallardo encuentro que vuessa
merced ha de hacer con este c a b a l l e r o . . . " . E n E l amante liberal, " D e los
que en el segundo encuentro m u r i e r o n fue de los primeros A l i Bajá".
E n L a ilustre fregona, " T a l encuentro dio al cansado y flaco que subía,
que dio con él en el suelo".
Antes de dejar el análisis del término encuentro prestemos atención
al argumento de que si es sinónimo de descubrimiento cabe usarlo i n distintamente en lugar de éste. Ello es cierto en ocasiones, pero es de
notar que en tal caso sigue siendo válido el de descubrimiento, cuando
en realidad se aspira a reemplazarlo, a fin de dejar la media verdad de
u n o de los resultados del viaje colombino, que es el encuentro de gentes
de mundos distintos, como si fuera el cuadro histórico completo y preferente, relegando al olvido en la conmemoración del V Centenario la
página inicial de la era de los descubrimientos oceánicos debidos a los
navegantes de las penínsulas del sur de E u r o p a : la de Italia (que da a
Colón, Vespucio y otros notables hombres de m a r de fines del siglo X V
y de los primeros años del X V I ) ; y la Ibérica (con los audaces descubridores portugueses entre los que se cuentan Bartolomé Días, Vasco de
G a m a , Alvarez C a b r a l , Magallanes, entre otros), y los españoles que
acompañan a Colón (los Yáñez Pinzón en primer término) y tantos otros
expedicionarios (como Elcano en el gran viaje magallánico que acaba
por circunnavegar el globo por la p r i m e r a vez) y Antón de Alaminos
en las costas de la que vendría a ser la N u e v a España, con otros n o m bres asociados indeleblemente a las tierras de América. Por todo ello
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parece preferible seguirlos llamando descubridores, como ha sido cost u m b r e , en lugar de " e n c o n t r a d o r e s " de otras rutas, tierras y gentes,
si queremos guardar tanto la integridad de la historia como la propiedad del lenguaje. Y en cuanto a creer que toda la colonización europea
en el Nuevo M u n d o se resume en el contacto con los aborígenes, es dej a r de lado muchos elementos importantes que también forman parte
del cuadro en las varias regiones, en proporciones variables, y que no
pueden ser segregados sin detrimento de los estudios históricos y l i n güísticos.
Invención.- " ( D e l l a t . inventio,-onis.) f. Acción y efecto de i n v e n t a r . 2.
Cosa inventada. 3. Engaño, ficción. 4. Ret. Elección y disposición de los
argumentos y especies del discurso o r a t o r i o . . . "
Aquí el Diccionario no recoge la sinonimia con descubrimiento, pero
en este término sí indica que, por antonomasia, es encuentro, invención o hallazgo de una tierra o u n m a r no descubierto o ignorado.
En la notable obra del escritor venezolano Isaac J . Pardo, Fuegos
bajo el agua. La invención de Utopia
5
, se lee que u n contemporáneo de T o -
más M o r o , Hernán Pérez de O l i v a , emprendió una Historia de la Invención de las Yndias, y aclara justamente que: "Inventar significaba entonces,
como ahora, crear, imaginar, pero también hallar o descubrir, y a pesar de haber caído en desuso esta segunda acepción hemos querido conservar, por considerarla adecuada al tema que nos ocupa, la antigua
dualidad en la cual se disfumina la línea divisoria entre lo ideado y lo
v i v i d o " (p. 13). Es evidente que desde este punto de vista, Colón ' ' i n v e n t a " las Indias, primero porque las imagina como navegante y lector
de las obras, cartas y planisferios asequibles en su tiempo, cuando emprende su célebre viaje del descubrimiento en 1492 en busca de las I n dias Orientales; y en segundo término, porque las halla y las vive, como
él mismo decía a Luis de Santángel, notando la diferencia entre los que
habían hablado o escrito de esas tierras (las del G r a n Can o de Catayo
en el Oriente) por conjetura sin allegar de vista, y el relato contenido
en su carta (en el que lentamente va distinguiendo entre lo que había
imaginado y lo que iba " f a l l a n d o " , como queda asentado líneas arriba).
E n los textos escritos en latín que, a fines del siglo X V o comienzos
del x v i , tratan del descubrimiento de las nuevas islas y tierras por los
enviados de los Reyes Católicos Fernando e Isabel, se emplea con frecuencia el verbo "reperio-is-eri" o "reperire"; no dio en castellano u n derivado directo aunque "reperior" significa: inventor, el que halla, el que
descubre. Veamos algunos ejemplos significativos. E n la C u r i a romana, cuando se redacta el importante texto de la bula ínter caetera fechada
el 3 de mayo de 1493, se dice que Fernando e Isabel: "proposueratis
aliquas térras et Ínsulas remotas et incógnitas, ac per alios hactenus non
3
Fundación La Casa de Bello, Caracas, 1983.
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repertas quaerere et i n v e n i r e " , " i n quibus q u i d e m insulis et terris j a m
repertis a u r u m , aromata, et aliae quam plurimae res praetiosae diversi
generis et diversae qualitatis r e p e r i u n t u r " , ' ' d e Apostolicae Potestatis
plenitudine, omnes et singulas térras et ínsulas praeditas, sic incógnitas, et hactenus per Nuntios vestros repertas et reperiendas i n poster u m . . . donamus, concedimus et assignamus...". C o m o se ve son los
verbos "reperire" e "invertiré" los que salen al encuentro . D o n j u á n de
Solórzano Pereira, en su Política Indiana, M a d r i d , 1648, l i b . 1, cap. X ,
traduce así los párrafos citados: ''havíades propuesto... buscar y descub r i r algunas islas y tierras firmes remotas e incógnitas, de otros hasta
ahora no halladas", " h a l l a r o n ciertas islas remotísimas y también tierras firmes, que hasta ahora no habían sido por otros halladas, en las
cuales... dichas islas y tierras ya descubiertas se halla oro, y cosas aromáticas, y otras muchas de gran precio, diversas en género y c a l i d a d . . . " ,
"todas las islas y tierras firmes halladas y que se hallaren, descubiertas
y que se descubrieren... por el tenor de las presentes las damos, concedemos y asignamos perpetuamente a V o s . . . " (Las ligeras variantes se
deben a que Solórzano traduce el texto de la bula del 4 de mayo que
incluye la línea de demarcación, pero las partes citadas en ambos textos
pontificios del 3 y del 4 de mayo concuerdan substancialmente). Las
equivalencias en castellano vienen a ser: buscar, descubrir, no halladas, hallaron, descubiertas, halladas y que se hallaren, descubiertas y
que se descubrieren.
E n la Colección de los viages..., de Martín Fernández de Navarrete ,
se insertan los textos de Quatour Americi Vesputii navigationes, con su traducción al pie en castellano. Según la Advertencia preliminar del editor, los t o m a (en latín) de u n ejemplar que tuvo a la vista impreso en
Estrasburgo en 1509 por J u a n Gruniger, con dedicatoria al emperador
M a x i m i l i a n o , fechada en 1507, ex oppido divi Deodati, que corresponde
a T a t a o Dolis, ciudad situada en la Hungría inferior (pp. 195-196).
Los viajes aparecen con la Introducción a la Cosmografía, en 15 folios
en 4 menor, según Tolomeo y otros antiguos . Fernández de Navarre4
5
o
4
6
E l t e x t o l a t i n o d e l a b u l a figura e n M A R T Í N FERNÁNDEZ DE NAVARRETE,
ción de los viages...,
E d . Guarania, Buenos Aires,
Colec-
1 9 5 4 - 1 9 4 6 , 5 t s . , t. 2, p p . 3 4 - 3 8 .
5
Ibid,
6
M A R T Í N FERNÁNDEZ DE NAVARRETE t i e n e p r e s e n t e ( p . 1 9 6 ) q u e e l a u t o r d e l a
t. 3 , p p . 2 0 3 ss.
I n t r o d u c c i ó n a l a C o s m o g r a f í a adoptó e l s e u d ó n i m o d e M a r t i n I l a c o m i l o , p e r o n o a c l a r a q u e se t r a t a b a d e M a r t i n W a l d s e e m ü l l e r ( 1 4 7 0 - 1 5 1 8 ) q u e p r e p a r ó l a o b r a e n S a i n t D i é , e n L o r e n a , c o n l a colaboración d e u n g r u p o d e e r u d i t o s d e l q u e f o r m a b a p a r t e
t a m b i é n e l cartógrafo M a t h i a s R i n g m a n n ( P h i l e s i u s ) . E l p r o t e c t o r d e l g r u p o e r a e l D u q u e R e n a t o I I d e L o r e n a , y e l g a s t o corrió a c a r g o d e u n a s o c i e d a d d e l a q u e e l
c i e r o e r a N . L u d . L a traducción a l latín d e l o s t e x t o s d e Quattuor Navigationes
finan-
se d e b e
a j e a n B a s i n ( J o a n n e s B a s i n u s S e n d a c u r i u s ) , h e c h a d e u n t e x t o e n francés q u e p e r m a n e c e d e s c o n o c i d o . P o r s u parte Martín Fernández de N a v a r r e t e e x p l i c a q u e e n l a edición d e 1 5 0 9 a p a r e c e q u e l o s t e x t o s se t r a d u j e r o n d e l i t a l i a n o a l francés y d e éste a l
latín ( p . 1 9 7 ) . T a m b i é n a g r e g a q u e e l n o m b r e d e l i m p r e s o r G r u n i g e r e s t a b a d e s f i g u r a do porque s u apellido de familia e r a R e i n h a r t (p. 196).
L a s e d i c i o n e s se p r o p a g a n a p a r t i r d e l a p r i m e r a h e c h a e n S a i n t - D i é . G . L u d - N .
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te hace notar (p. 196), que en toda esa Introducción a la Cosmografía
no se lee el nombre de Colón, y se atribuye el descubrimiento del N u e vo M u n d o únicamente a Vespucio. E n el cap. V , contándose los países
habitados en la zona tórrida en el m u n d o antiguo, se añade: "Et maxima pars terrae semper incognitae, et nuper ab Americo Vesputio repertae '. Y en
el cap. I X , se ponen las tres partes del m u n d o que conoció Tolomeo
y se agrega: "Nunc vero et hae partes sunt latius lustratae, et alia quarta pars
per Americum Vesputium, ut in sequentibus audietur, inventa est; quam non video
cur quis iure vetet ab Americo inventore, sagacis ingenii viro, Amerigem quasi Americi
terram sive Americam dicendam, cum et Europa et Asia a mulieribús sua sortitae
sint nomina". Ahora bien, Fernández de Navarrete nota (p. 264) que al fin
de la segunda navegación de Vespucio se lee: "Venimusque adAntigliae insulam quam paucis nuper ab annis Christophorus Columbus discooperuiiEn
la
Cosmografía, cap. V I I , se insiste: " E t quarta orbis pars, quam, quia Americus invenit, Amerigem quasi Americi terram sive Americam nuncupare licei .
Fernández de Navarrete (p. 198) cita una epístola escrita en latín que
D . J u a n Bautista Muñoz copió de u n impreso al parecer de principio
del siglo X V I , en cuatro hojas en 4 . , cuyo título era: "Mundus novus.
Albericus Vesputius Laurentio Petri de Mediéis salutem plurimam dicit , y al
fin, se explica que del italiano se ha puesto en latín, "ut latini omnes intelligant quam multa miranda in dies reperiantur... ' \
De los pasajes en latín citados por Fernández de Navarrete se desprende que son de nuevo los verbos "reperire e "invenire los que pred o m i n a n , con la aparición del " C h r i s t o p h o r u s Columbus discooperuit ,
menos frecuente.
E n el cuerpo de las cartas que aparecen bajo el nombre de Vespucio reproducidas por Fernández de Navarrete se lee en la dedicatoria
al ilustrísimo Renato, rey de Jerusalén y de Sicilia, Duque de Lorena
y de Bar, que Americo Vespucio, con humilde reverencia y debida recomendación, le dice ( I I I , 204): "Peregi enim bi inas navigationes ad novas térras inveniendas.en
el párrafo corespondiente de la traducción
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o
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99
L u d - M . Ilacomilus, 25 abril 1507. La relación de ellas hasta la de Estrasburgo de J .
Grüninger [sic], 1509, que es la manejada por M . Fernández de Navarrete, puede verse en la valiosa obra, Mostra Vespucciana. Catalogo. Comitato Onoranze ad Amerigo Vespucci nel Quinto Centenario della Nascitta. Firenze, Palazzo Vecchio. Giugno
1954-Settembre 1955, pp. 60-65, números 81-89. Además de las noticias relativas a
M a r t i n Waldseemüller citadas (p.60), se precisa que en la Cosmographiae Introductio: " s i
legge i l famoso passo con la proposta di chiamare le nuove terre scoperte col nome di
America, cioè terra d i Amerigo. Ed è ad essa che si deve la divulgazione della concezione vespucciana della continentalità delle nuove terre e l'affermazione che esse costituiscono la nuova quarta parte del mondo abitato" (p. 61).
En el título de la edición de Estrasburgo de 1509, que se reproduce como ficha
87, p. 64 del Catálogo de Florencia, 1955, se lee: "eis etiam insertis quae Ptholomaeo ignota
a nuperis reperta sunt...O
sea, que el tema de las navegaciones de Americo Vespucio
se refiere a esas tierras que Tolomeo desconoció y ahora se han descubierto: "reperta
sunt". Esto aparece también en la edición hecha en Saint-Dié, 1507 (núm. 81 del Catálogo, p. 61). Mas asimismo figura en ella (A c.n.n. 15v., p. 62 del Catálogo): "et alia
quarta pars per Americum Vesputium (ut in sequentibus audietur) inventa est".
NRFH, X X X V
NOTAS
273
al castellano: "Porque he hecho cuatro navegaciones para descubrir nuevas tierras, dos de ellas de orden de Fernando, ínclito Rey de Castilla,
por el grande seno del Oceano hacia el occidente, y las otras dos por
mandado del Rey M a n u e l de Portugal, hacia el a u s t r o " . Todavía hacia el fin de la dedicatoria (p. 208): "multas invenientes térras firmas et Ínsulas pene innumerabiles ut plurimum habitatas, quarum maiores nostri mentionem
nullam fecerunt: unde et ipsos antiquos talium non habuisse notitiam credimus \
Que da en castellano: " h a l l a n d o muchos continentes e innumerables
islas, casi todas habitadas, de las cuales no hicieron mención ninguna
nuestros mayores; de manera que yo creo que los antiguos no tuvieron
noticia ninguna de ellas". E n la segunda narración (p. 239): "ubi in
plerisque locis aurum, sed non in grandi copia, emimus, cum nobis térras illas
reperire... \ en castellano: " E n varios parages rescatamos oro, aunque
no en grande cantidad, siendo entonces nuestro propósito solo descub r i r aquellas tierras y saber si había oro en ellas". V u e l v e n , por lo tanto, a figurar los verbos "reperire'" e "invenire".
A su vez en u n texto de Pedro Mártir de Anglería que alcanzó gran
difusión en Europa se adopta el título: " D e Rebus et Insulis Noviter
R e p e r t i s " . C o m o se ve, al igual que ocurre con los curialistas de Rom a , se emplea el verbo "reperire". Ese impreso que se publica por p r i mera vez en Basilea en 1521, viene a ser el de la Cuarta década del De
Orbe novo, Alcalá de Henares, M i g u e l de Eguía, 1530, según aclara E d m u n d o O ' G o r m a n en la edición castellana del De Orbe, que aparece baj o el título de Décadas del Nuevo Mundo . Véase al respecto la nota 10,
de la Nota Introductoria de O G o r m a n a la bella edición en facsímil
de: Hernán Cortés, Segunda y Tercera Cartas de Relación. Pedro Mártir de
Anglería, De Rebus et Insulis Noviter Repertis, Reproducción facsimilar de
la Primera Edición L a t i n a , N u r e m b e r g 1524, y u n Apéndice con ilustraciones facsimilares de la edición de Colonia 1532 . E n el folio 51 viene el texto de Pedro Mártir dedicado al Sumo Pontífice Clemente V I L
Por cierto que en la edición latina de la Segunda y Tercera cartas de
relación de Hernán Cortés, Colonia 1532, la portada adopta el título:
" D e Insulis N u p e r Inventis Ferdinandi Cortesii ad C a r o l u m V . R o m .
Imperatorem Narrationes, cum alio quodam Petri M a r t y r i s ad Clementem V I L Pontificem M a x i m u m consimilis argumenti l i b e l l o " . Y el facsímil de Condumex reproduce el texto de Mártir, folio A a y verso, donde
habla de: " E a s nunc térras nostri r e p e r e r e . . . " . Y la página última estampa: " R . Petri M a r t y r i s de insulis nuper inuentis F I N Í S " . De suerte
que esa competente p l u m a vuelve a emplear en latín los verbos: "reperire" e "invenire",
indistintamente.
Si en la época del humanismo fuertemente marcado por el legado
latino, Hernán Pérez de O l i v a pudo aplicar hacia 1528 el término de
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i}
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Est. y apéndices de Edmundo O'Gorman, trad. del latín de Agustín Millares
Carlo, José Porrúa e Hijos, México, 1964-1965, 2 ts.
Grupo Condumex, México, 1979.
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NOTAS
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la "Invención de las Y n d i a s " al hallazgo colombino, en nuestro t i e m po ha sido Edmundo O ' G o r m a n quien en otro sentido ha escrito u n
l i b r o sobre: La invención de América. Investigación acerca de la estructura histórica del Nuevo Mundo y del sentido de su devenir . E l explica (p. 9) que llegó
9
a sospechar que la clave para resolver el problema de la aparición histórica de América estaba en considerar ese suceso como el resultado de
" u n a invención del pensamiento occidental" y no ya como el de u n descubrimiento meramente físico, realizado, además, por casualidad. A n tes indica que el concepto fundamental de esta manera de entender la
historia es el de " i n v e n c i ó n " , considerando la historia dentro de u n a
perspectiva ontológica, es decir, como u n proceso productor de entidades históricas y no ya, según es habitual, como u n proceso que da por
supuesto, como algo previo, al ser de dichas entidades.
Puede por ello entenderse que la " i n v e n c i ó n " que figura en su título no es sinónima de hallazgo o descubrimiento como ocurre en el título de procedencia latina de Pérez de O l i v a , sino la que se fija en el
proceso ideológico que parte del hallazgo colombino y lo acompaña hasta
llegar a explicar la aparición histórica de América como el resultado de
esa "invención del pensamiento occidental". Por ello emprende en su
libro la reconstrucción no del "descubrimiento de América, sino de la
idea de que América había sido descubierta"
( p . 10). E n la edición revisada
de 1977, avanza a ofrecer una explicación a fondo de la razón de ser
de la existencia de las dos Américas y de su respectivo significado dentro del amplio marco de la historia universal (p. 11). Su libro finalmente revela, según el autor ( p . 12), cómo del seno de una determinada
imagen del m u n d o , estrecha, particularista y arcaica, surge u n ente histórico imprevisto e imprevisible que, al irse constituyendo en su ser,
opera como disolvente de la vieja estructura, y c ó m o , al mismo tiempo,
es el catalítico que provoca una nueva y dinámica concepción del m u n do más amplia y generosa. Ofrece u n a idea de la marcha y progreso
de la C u l t u r a de Occidente, como el único proyecto vital de la historia
con verdadera promesa en v i r t u d de la dialéctica interna que lo vivifica.
U n a tercera interpretación del término " i n v e n c i ó n " sale al paso de
los lectores en el estudio de A n t o n i o Gómez Robledo acerca de: "Semántica y aporética del d e s c u b r i m i e n t o " . Advierte, como buen j u r i s ta, que: " E l descubrimiento no opera por sí solo la reducción de lo
descubierto al d o m i n i o del descubridor''. Sigue el hilo del discurso de
Francisco de V i t o r i a para quien, de acuerdo con los principios del derecho romano, " e l descubrimiento, seguido de la ocupación efectiva",
es título legítimo de soberanía sobre las tierras descubiertas, siempre
que se trate de tierras sin dueño o inhabitadas, las cuales pasan, por
el descubrimiento y la ocupación, al d o m i n i o del primer ocupante: res
nullius primo occupanti conceditur; pero, como se ha visto, Colón señala bien
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9
10
F.C.E., México, 1977 [ I ed. 1958].
Mar Abierto, México, 1985, núm. 1, 28-30.
a
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NOTAS
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que las tierras que va descubriendo están habitadas, aunque no deja
de tomar posesión formal de ellas sin hallar contradicción. Pero V i t o r i a , como buen conocedor del derecho romano, niega toda validez al
derecho de descubrimiento (tus inventionis, que analiza como título tercero de los ilegítimos en su célebre "Relección de los indios recientemente h a l l a d o s " ) ; porque no careciendo de dueño las tierras nuevas,
no eran comprendidas en la institución Ferae bestiae. Y así, concluye V i toria, aun cuando el título de invención ayudado de otros algo puede legitimar, de suyo en nada justifica la posesión de aquellas tierras, " n i
más n i menos que si los indios nos hubiesen descubierto a nosotros, non
plus quam si Mi inveníssent nos, que por este título no podrían apoderarse
de nuestras costas". Antes de la llegada de los españoles, los indios eran
verdaderos señores de sus tierras, en propiedad y soberanía.
H e aquí u n análisis fino del título de " i n v e n c i ó n " o descubrimiento, que no tomaron en cuenta, como otros aspectos afectados o recortados de la historia de América, los partidarios de la mutación al
" e n c u e n t r o " . E n cambio, Gómez Robledo subraya que si bien V i t o r i a
reconocía el hecho palmario e incontrovertible del descubrimiento, negaba rotundamente que tuviera u n efecto jurídico cualquiera en lo tocante a los aborígenes americanos.
El estudio de Pedro Henríquez Ureña sobre "Hernán Pérez de O l i v a " , incorporado en su obra, Plenitud de España , trae noticias biográficas (ca. 1494-1531) y u n análisis de algunas de las obras de Oliva, entre
ellas el "Diálogo de la dignidad del h o m b r e " (pp. 60 ss.). C o n respecto
al Nuevo M u n d o , anota solamente (p. 59) que el maestro O l i v a escribió unos apuntamientos sobre la conquista de Méjico, que se encontraron y publicaron en este siglo X X : se fundan en la Carta I I de Hernán
Cortés. O b r a perdida (entonces) era la " V i d a de C o l ó n " . E n la bibliografía (p. 82) tiene presentes las Obras que Francisco Cervantes de Salazar
ha hecho, glosado y traduzido... L a tercera es u n diálogo de la dignidad del
h o m b r e . . . comencado por el maestro O l i u a , y acabado por Francisco
Cervantes de Salazar..., Alcalá de Henares, 1546. O t r a edición de las
Obras de Cervantes de Salazar aparece en M a d r i d , 1772. E n la p. 84
de la bibliografía del artículo de Henríquez Ureña, menciona en edición de W i l l i a m A t k i n s o n , " A l g u n a s cosas de Hernán Cortés y Méxic o " . Henríquez Ureña sigue la edición de Las obras del Maestro Fernán
Pérez de Oliva, hecha en M a d r i d , 1787, 2 vols. V e la figura del maestro
como no desligada de la tradición medieval pero abierta a las innovaciones del Renacimiento (p. 82).
Más directamente relacionada con nuestro asunto es la obra de la
que es autor Hernán Pérez de O l i v a , Historia de la Inuención de las Yndias.
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1 3
De Indis noviter inventis, recenter inventis, ed. Jaime Torrubiano Ripoll, Madrid,
1917, p. 48.
Losada, Buenos Aires, 1940, pp. 51-84.
Apareció en RHi, 71 (1927) 450-475.
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NOTAS
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Estudio, edición preliminar y notas de José J u a n A r r o m .
Comenta el editor que raras son hoy las ocasiones de dar a la i m prenta una obra inédita del siglo x v i , y más aún de la importancia de
la que pone ahora en manos del lector (p. 9). Es una de las dos primeras crónicas del descubrimiento y conquista escritas en español (parece
referirse a la Vida del almirante don Cristóbal Colón, escrita por su hijo Hernando Colón, concluida hacia 1538, de la cual hay edición hecha en M é xico, 1947, con prólogo de Ramón Iglesia; y la otra es la de O l i v a que
lleva por título, Historia de la inuención de las Yndias, que se termina a
fines de 1528, en nueve narraciones). E l editor tiene también presente
(p. 22) el Sumario de la natural historia de las Indias, Toledo, 1526, de G o n zalo Fernández de Oviedo. E l manuscrito de la obra de O l i v a pertenece ahora a la Universidad de Yale, y anunció su aparición Leonardo
Olschki, en " H e r n á n Pérez de O l i v a ' s 'Ystoria de Colón' " . E l m a nuscrito tiene 33 folios sin numerar, es copia sacada en 1583, bajo el
título de: " H i s t o r i a de la inuención de las Yndias, y / de la conquista
de la Nueva España / que escreuia el maestro Fernán Pérez / de O l i u a
natural de C o r d o u a " . A pesar del título, el manuscrito no contiene la parte relativa a la Conquista de Nueva España (p. 17 y nota 14). De esta
parte relativa a México han aparecido, en el siglo X X , dos manuscritos. U n o autógrafo bajo el título (escrito con fecha posterior) de " A l g u nas cosas de Hernán Cortés y M é x i c o " , que se conserva en la Biblioteca
del Escorial, del cual se han hecho dos ediciones: u n a , por W i l l i a m A t kinson (que citó como hemos visto Henríquez U r e ñ a ; otra, por Joaquín Ramírez Cabanas, publicada con la obra de Bartolomé Leonardo
de Argensola, Conquista de México . E l texto de O l i v a relativo a la Nueva España se basa, como ya hemos visto, en la Segunda Carta de Relación de Hernán Cortés, impresa en Sevilla en 1522. O t r a copia bajo
el título de " E l principio de la conquista de la Nueua España", apareció en venta en Londres (Sotheby's A u c t i o n R o o m , en 3 de mayo de
1928), y en 1933 en el Catálogo de la librería Babra, de Barcelona .
Las razones que movieron a O l i v a a escribir su obra en español,
cuando dominaba la lengua latina, son recogidas cuidadosamente por
A r r o m (pp. 23 ss.). E l sobrino de O l i v a , Ambrosio de Morales, autor
de u n "Discurso sobre la lengua castellana", hace presente que no se
puede dar del todo a entender cuan grande fue el amor que (Oliva) " t u v o
a nuestra l e n g u a " . E l propio O l i v a escribe que usar bien de la lengua
en que naciste entra en su propósito, porque en el hombre discreto es
parte m u y principal de la prudencia saber bien su lengua natural. Y
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Esta obra figura como número X X de las publicaciones del Instituto Caro y
Cuervo, Bogotá, 1965.
HAHR,
23, (mayo de 1943), núm. 2, 167-196.
Véase nota 13.
México, 1940, pp. 331-357.
Todos estos datos bibliográficos fueron recogidos por José Juan Arrom en su
est. prelim. a Historia de la Inuención de las Yndias, pp. 15-18.
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él tiene en la nuestra castellana confianza de que no se dejará vencer
ante los ejemplos de griegos y latinos (p. 24).
José J . A r r o m acepta que al cotejar la Historia de Oliva con las décadas De Orbe Novo de Pedro Mártir de Anglería, se hace patente que
aquélla es una elaboración en español de los informes contenidos en la
p r i m e r a década. Mas sean cuales fueren las fuentes, la obra queda como modelo de excelente prosa artística del Renacimiento español (p. 25).
También advierte que en la polémica sobre la conquista y el tratamiento del indio, O l i v a se acerca a Las Casas y V i t o r i a . V e con curiosidad intelectual y mesura las creencias religiosas distintas de los indios.
E l descubrimiento de América es para él resultado de u n designio d i v i no, y Colón el instrumento escogido (p. 32).
E n relación con el título de Historia de la inuención de las Yndias, A r r o m
apunta en la p. 39, nota 1: "inuención. E n el sentido latino de invenire
" h a l l a r " , y por consiguiente " h a l l a z g o " o " d e s c u b r i m i e n t o " . C o n el
mismo sentido aparece en otros cronistas del siglo x v i . Andrés Bernáldez escribe: " D . Cristóbal Colón... natural de la provincia de Genov a . . . inventor de las I n d i a s " .
Las Casas comenta: " L a honra y gloria que se le debe a quien Dios
había elegido y eligió para que con tan grandes trabajos descubriese,
haciendo nuevo inventor desde o r b e " . Y J u a n de Castellanos, en las
Elegías de varones ilustres de Indias: " A l occidente v a n encaminadas / las
naves inventoras de regiones".
O l i v a comenta que al ver tierra los compañeros de navegación de
Colón cambiaron las injurias en alabanzas porque osó pasar los mares
que nunca ojos de hombres habían antes visto, y había dado principio
a t a n gran conversación [o trato] de gentes como de ahí adelante esperaban que sería (p. 45).
E n la segunda narración, refiere O l i v a que Colón parte de España
en su segundo viaje (de Cádiz, el 25 de septiembre de 1493), " a mezclar el m u n d o y a dar a aquellas tierras estrañas forma de la n u e s t r a "
(p. 54). C o m o observación de vida de los naturales, retiene O l i v a que:
" L a s camas [se trata de las hamacas] eran tejidas a manera de red y
colgadas con cuerdas de algodón, de que tienen a b u n d a n c i a " (p. 55).
Acerca de los españoles que salen a recorrer la tierra de Cibao, comenta O l i v a : " ¿ q u é montes habrá que estorben a los que van a buscar oro?"
(p. 69).
Confirmando el uso de encuentro como combate, dice O l i v a que
los hombres de Hojeda, " f u e r o n a encontrar con la mayor de aquellas
compañías (de indios), que venía por lo llano, do la gente de a caballo
podía mejor ofender" (p. 86).
De los fenómenos naturales presta atención al huracán: " E s t e año,
de la parte del Oriente, vino u n torbellino, tan grande y tan vuelto en
remolinos, que por todos los bosques do pasó talaba. Después, entran1 9
2 0
Sevilla, 1870, t. 2, p. 87.
lib. 1, cap. 65; en la ed. de México, 1951, t. 1, p. 299.
1 9
Historia
de los Reyes Católicos Dn. Fernando y Da. Isabel,
2 0
Historia
de las Indias,
278
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do en la mar, sin turbarse las aguas, anegó tres naves que estaban en
áncoras, con tanta presteza y poderío, que no parecía caso n a t u r a l " (p.
87).
Oliva pone en boca del cacique Guarionexio la queja de que con
injurias intolerables nuestra isla destruyen estas gentes nuevas, y sigue
u n discurso que puede compararse con el del Villano del D a n u b i o (pp.
26-27, 104). E l discurso de Mayobanexio rehusando la entrega de Guarionexio a los españoles puede verse en las pp. 28-29 y 108. O l i v a cuenta de Roldan Ximénez y de sus compañeros alzados contra el Almirante
Colón y su hermano el Adelantado Bartolomé, que no querían andar
por la isla sino en sillas sentados, que los naturales llevaban en los h o m bros, y que en sus pasatiempos usaban probar sus fuerzas en cortar de
u n golpe la cabeza al hombre de la tierra que más cercano hallaban (p.
106) .
Las Casas corrige el nombre como Francisco R o l d a n . Explica su
alzamiento (p. 451) y habla de las tiranías y maldades opresivas que
en gentes hizo él y su compañía (p. 452). E n el cap. 120, p. 457, dice
que los de Roldan mataban y destruían a los indios por exquisitas y nuevas maneras de crueldad, y acaecía no m u y raras veces, sino muchas
y cada día, que por su pasatiempo asaeteaban el indio para probar si
le pasaban con su ballesta, y hacían pasar u n indio, para con su espada
cortarlo por medio; pasaba el cordero y dábale u n revés, y porque no
le cortaba de u n golpe, tornaba a hacer que pasase otro y otros, y así
despedazaban cuantos se les antojaba, riendo (p. 458). E l tema pasa
a la Brevísima donde Las Casas apunta que en la Isla Española, los cristianos con sus caballos y espadas e lanzas comienzan a hacer matanzas
e crueldades estrañas en ellos (los indios)... hacían apuestas sobre quién
de una cuchillada abría el hombre por medio, o le cortaba la cabeza
de u n piquete o le descubría las entrañas... D e l caso del rey G u a r i o nex trata en las pp. 29-31. E n la Historia...,
I , 459, viene el relato de
sus desventuras: "las quejas de las calamidades que padecía él y sus
gentes de los cristianos, con lágrimas y dolor de su corazón encarecidamente refiere; ruégale que le tome (Mayobanex) y reciba so su amparo
y fe, porque ya no quiere sino salvar su persona sola y su mujer y hijos
y parientes, desamparados todos sus vasallos, pues no los podía defender, n i a los cristianos resistir" (p. 459). N o deja Las Casas de recoger
la respuesta de Mayobanex a los cristianos que le piden que entregue
a Guarionex: "ellos son malos hombres, tiranos, que no vienen sino
a usurpar las tierras ajenas, y no saben sino derramar la sangre de los
que nunca los o f e n d i e r o n . . . " (p. 460). Las Casas cita aquí la primera
Década de Pedro Mártir, cap. 6, como fuente. E n la p. 465 explica el
fin de Guarionex y el que cree fue el de Mayobanex. Y por este camino
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El pasaje viene en Mártir, lib. 7, cap. 1, ed. Joaquín Torres Asencio, Buenos
Aires, 1944.
Historia de las Indias, lib. 1, cap. 3, t. 1, pp. 431-432.
Ed. de los Tratados, F.C.E., México, 1965, t. 1, p. 25.
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entra el episodio a formar parte de la leyenda negra (aunque acaso no
sin fundamento) con los otros actos semejantes. E n la Narración nona
y última, donde O l i v a trata de la religión de los naturales, dice que sabían que en la muerte no perecen las almas (p. 118).
O t r o ejemplo de empleo normal de " i n v e n t i o " como sinónimo de
descubrimiento ofrece la obra del jurista mallorquino Pedro M a l f e r i t ,
fallecido en 1566, que lleva por título: De Tenis in Océano inuentis..., recogida en la obra de Mandelius, Consiliorum excellentissimi et celeberrimi
iurisconsulti,
L i b r o 3, Venecia, 1592. E n el párrafo 41 de su Tratado,
M a l f e r i t sostiene que después de la venida de Cristo, todo dominio, toda jurisdicción, pueden ser justamente retirados a los infieles. Sólo una
tolerancia o permisión divina ampara los bienes de los infieles. Porque
adoran a los ídolos y practican la antropofagia, la existencia de estos
bárbaros es u n desafío al derecho natural (§§ 7 1 a 73). L a idolatría revela la ausencia de razón, como la antropofagia o los sacrificios humanos (§ 74). E l Papa tiene el poder y el deber de librar los bárbaros a
la autoridad de los españoles (§ 78). N o se trata, por lo tanto, en la obra
de M a l f e r i t de una simple descripción de las tierras " i n v e n t a d a s " n i
de las costumbres de sus habitantes, sino de justificar asimismo su dominación por los cristianos, en este caso españoles, por las bulas de donación de Alejandro V I .
Más tarde, en medio de la abundancia del lenguaje barroco, diría
fray Hortensio Félix Paravicino, en la dedicatoria del sermón Panegírico
funeral a la reina M a r g a r i t a de Austria (1628): " N o fue temeridad y soberbia, sino curiosidad y ánimo el de Colón. N i inventó nuevos climas,
h a l l ó l o s . . . " De suerte que, cien años después de haberse escrito la
obra de O l i v a , ya se distinguen y contraponen los dos términos: " i n v e n t a r " y " h a l l a r " , como lo hemos seguido haciendo con las salvedades explicadas.
Véase también por su relación con la materia de la que tratamos
la reciente obra de Demetrio Ramos Pérez, Pedro Mártir de Angleríay su
mentalidad. Variaciones ideológicas en torno al descubrimiento de América . E n
la p. 6 cita las conversaciones que Martín Behaim tuvo con Diogo Gomes, sobre las navegaciones de éste por las costas de África en tiempo
del infante D . Enrique, que recoge en: De prime inventione Guiñee, del M a nuscrito V a l e n t i n Fernandes, Lisboa, 1940, p. 191. Mártir habla (p.
55, n . 72) de "los nuevos mundos que van saliendo a flote, después de
estar ocultos hasta el presente y como sumergidos en el O c é a n o " . Pág.
9: después del viaje colombino, se abre u n nuevo capítulo en la vida
de la h u m a n i d a d , es otro el m u n d o en el que va a vivirse.
Es de señalar asimismo que ya se encuentra traducida al español
por Jorge Rueda de la Serna la valiosa obra de J . S. da Silva Dias, I n 24
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Pasaje recordado por José Pascual Buxó en su Estudio preliminar a Luis DE SANDOVAL ZAPATA, Obras, F.C.E., México, 1 9 8 6 , p. 6 1 .
Publicado por Museo de Colón-Seminario Americanista de la Universidad. Va2 4
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lladolid, 1 9 8 1 - 1 9 8 2 .
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NRFH, X X X V
NOTAS
fluencia
de los descubrimientos
en la vida cultura del siglo xvi .
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E l autor se-
ñala en su introducción, p. 11, que los descubrimientos son obra, por
igual, de portugueses y de españoles. Fue gracias a la acción de Colón,
antes de la llegada de los navegantes lusitanos a la India y al Brasil,
que aquellos hombres conmovieron la opinión pública europea y la p u sieron ante factores y perspectivas con las cuales, hasta entonces, nadie
había soñado. Desde el punto de vista psicológico, el acontecimiento
decisivo —lo que no quiere decir culminante— también es el descubrimiento de América.
Tiempo es ya de concluir esta excursión lingüística. E n anterior
" E x a m e n del título de la conmemoración del V centenario del descubrimiento de América" , llegué por razones históricas a la conclusión de
que la sustitución del término del descubrimiento por el de encuentro
no era apta n i convincente. Ahora, por consideraciones lingüísticas, llego
a la misma conclusión, pareciéndome que el peso de una tradición favorable al uso explicado del término " d e s c u b r i m i e n t o " , bien establecida durante quinientos años, debe prevalecer sobre la apresurada
propuesta del cambio al encuentro de dos mundos, que puede tener ecos
populistas, pero no descansa sobre una base histórica y lingüística suficiente para justificar su implantación en el uso culto o en el de la escuela en lugar del que pretende desplazar. Conservando el término
" d e s c u b r i m i e n t o " se puede abarcar el encuentro de gentes distintas con
todos sus efectos, incluso el de la formación de nuevas sociedades y culturas mestizas, como se ha hecho habitualmente, antes del asalto a los
conceptos y a los términos que convienen al V Centenario que se conmemora en 1992.
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SILVIO ZAVALA
Profesor Emérito, El Colegio de México
F . C . E . , México, 1986. La primera ed. en portugués fue la de Coimbra, 1973.
Apareció inicialmente en Mar Abierto, México, 1985, núm. 3, 16-20. Incorporado en mi obra Temas hispanoamericanos en su quinto centenario, Porrúa, México, 1986,
pp. 15-29.
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