Fazendo Gênero 8 - Corpo, Violência e Poder Florianópolis, de 25 a 28 de agosto de 2008 Arquétipos femininos e masculinos e a prisão do feminismo: a mulher, o homem e os relacionamentos afetivo-conjugais Filipa Noura e Castro (UFPE) Palavras-chave: Arquétipos masculinos e femininos; relacionamentos afetivo-conjugais; feminismo ST 27 – Reconfigurações do público e do privado e os limites do protagonismo feminino Falar de relacionamentos é sempre um desafio. Muito se diz sobre o assunto, ainda mais se se tratar de relacionamentos amorosos ou afetivo-conjugais. A dimensão extraordinária do universo do amor conjugal gera diversos frutos. Um desses frutos é o questionamento acerca do próprio amor e do papel de cada parte integrante da relação. Quem é que manda, quem cede? Quem tem mais direitos, quem tem mais deveres? Será que o relacionamento é uma prisão? Quem se vê mais aprisionado, quem tem a chave? Quem ama mais? Estas são só algumas das perguntas que surgem quando passamos a questionar os relacionamentos afetivo-conjugais. Ao longo deste artigo tentaremos responder essas perguntas e descobrir se a relação mulher/feminismo- homem/patriarcado não são as causas dos desencontros dos corações da sociedade moderna. A mulher e o homem: seus deuses e deusas e seus papéis, dores e sentimentos Do alto do Olimpo a grande deusa Hera governa a família do lado do seu infiel esposo Zeus, e sofre. Ela não está sozinha. Deméter, a maternal nutridora deusa dos cereais, chora pela filha perdida (a menina Core). A virginal Héstia, deusa do aconchego do lar, se recolhe do mundo que a aflige e do amor impossível pelo inquieto Hermes que ama outra, Afrodite. E a deusa da beleza e do amor também sofre, com tantos homens que a desejam nunca conseguiu encontrar aquele que sossegasse o seu próprio coração, vive como uma eterna cortesã, infiel ao horrível marido, a quem não ama, Hefesto. A sábia deusa Atena não sabe chorar a dor de se anular para agradar o pai, tenta ser ‘homem’ para não sofrer e se fecha numa fortaleza de indiferença. Perséfone (Core) vive entre dois mundos tão distintos quanto o dia e a noite, de um lado, Deméter, a mãe superprotetora e manipuladora, do outro Hades, o marido frio e possessivo. E Ártemis, deusa da caça e da Lua, se revolta contra os homens e contra o mundo “civilizado” numa tentativa vã de evitar a dor e, por causa da sua natureza destrutiva e descontrolada, acaba por ferir Órion, o único homem que amou. E os deuses também sofrem. Zeus, filho de um pai repressivo e de uma mãe impotente, com todos os seus poderes nunca se satisfaz, é um eterno menino à busca da felicidade e de preencher o vazio em seu coração e, tolamente, busca em novos braços femininos o aconchego nunca encontrado e se martiriza por trair a esposa amada. Hermes, tão menino quanto o pai, vive numa eterna viagem, não se prendendo a nada e a ninguém, acaba por perder as mulheres que ama (Afrodite e Héstia) porque elas se cansam dele e não consegue o entender. Ares sofre com a rejeição do pai e com as cobranças incessantes da mãe, sofre, ainda, com os ciúmes que nutre por sua amante (Afrodite, esposa do irmão) quando ela entrega suas carícias a outros homens. Hefesto, rejeitado por pai e mãe, ridicularizado pelos irmãos e traído e humilhado pela esposa adorada e ainda rejeitado por outra mulher que o inspira, Atena, se recolhe em seu ofício e chora por não ser amado. Hades se 2 esconde do mundo, foge por receio de não ser amado e compreendido pela mulher que o julga frio e distante, o teme como a um monstro bestial e desconhece sua fragilidade e amor. Posêidon, vítima de sua natureza tempestiva, sentimental e emotiva, sofre por ser de sua esposa, Anfitrite, que é extremamente ciumenta e vingativa, sua paixão rompante o confunde e cega a razão. Apolo, mesmo sendo racional, também não ficou livre das farpas do amor; recebeu várias recusas, diversas mulheres suplicaram para serem salvas dele, nem toda a sua beleza o tornou atraente o suficiente para que seu temperamento racional, frio e calculista fosse relevado. Dionísio, criado sem mãe e com um pai distante, mesmo sendo conhecedor da alma feminina, amargou não ser levado a sério devido ao seu comportamento lascivo e andrógino. Todos os deuses e deusas acima citadas são representações arquetípicas tanto dos diversos tipos de homens e mulheres encontrados quanto das muitas funções que eles desempenham ao longo da sua vida. Em relação às mulheres, Suzana Pravaz1 conta que existem duas perspectivas para a utilização da classificação das mulheres em estilos: a primeira seria a tarefa, que representa o papel que a mulher está desempenhando em determinado momento (exemplo: uma dona de casa cuidando de seus afazeres domésticos pode fazer surgir uma Héstia, a deusa do lar) e a segunda seria a idéia, isto é, o estilo de mulher mais dominante em determinada mulher (como uma mulher que é essencialmente ‘profissional’ mas encontra-se sem emprego e passa, desta forma, a transformar o trabalho doméstico no seu trabalho). Pravaz utiliza três das sete deusas mencionadas acima como representantes dos três estilos de mulheres: a doméstica, Hera (outras deusas que podem ser chamadas de domésticas são Deméter, Perséfone e Héstia); a sensual, Afrodite (e também Perséfone); e a combativa, Atena (juntamente com Ártemis). Cada qual com as suas dores relacionadas ao convívio com o sexo masculino. Vamos intercalar a interpretação de Pravaz com a da Jean Shinoda Bolen2 nas linhas que se seguem. Bolen afirma que existem três tipos de mulheres referentes à classificação das sete deusas: virgens, são aquelas que não se deixam tocar, que são impenetráveis aos homens nem sentem necessidade de contato com eles (Ártemis, Atena e Héstia), vulneráveis, mulheres que anseiam e necessitam da presença masculina em suas vidas e por isso se tornam mais frágeis (Hera, Deméter e Perséfone), e alquímicas, que transitam entre os dois pólos (Afrodite). Vamos analisar cada um desses mitos e traçar um paralelo com a nossa realidade ao mesmo tempo que expomos os arquétipos masculinos. Hera3 (deusa doméstica e vulnerável). Podemos dizer que Hera representa bem o papel de esposa perfeita que, não importando o que aconteça no seu casamento, sempre irá manter as aparências e preservar a imagem do marido com o marido ideal. Antes da revolução feminista a maioria das mulheres se comportava como Hera, ela não se vingava das infidelidades do marido agredindo-o mas, antes, às suas amantes e aos filhos delas, mostra de submissão, visto que uma mulher-Hera não pode agredir o marido já que é este que a sustenta e detém todos os poderes da casa. (Muitas Heras se casam com homens dominadores e possessivos.) Muitas Heras não sentiam 3 prazer na maternidade mas tinham filhos porque as convenções exigiam. Podemos perceber pela natureza dos filhos de Hera4 que os homens tornaram-se típicos ‘machões’ (Hera reafirmando o sistema patriarcal) e as mulheres, submissas e relegadas a segundo plano (como as boas esposas deveriam ser). Danda Prado5 faz um extenso relato de qual o papel que a esposa desempenhava. Na França do século XIX, por exemplo, a esposa era considerada apenas uma procriadora, responsável pelos cuidados estritamente primários da criança que concebia, não tinha nenhum direito a não ser servir o seu marido e a família deste. Hoje as ‘novas-Heras’ negociam a existência ou não de filhos no relacionamento, mas muitas ainda seguem o padrão de Hera e se sujeitam ao marido. Hera representa o compromisso, os relacionamentos que assumimos. Do outro lado da relação existe Zeus (deus-pai) que também cumpre um papel. Como senhor dos céus e da Terra, ele não poderia ter outro comportamento senão aquele de um grande patriarca que vê na esposa o porto seguro para onde pode voltar ao final de um dia de trabalho e de conquistas, está preso ao papel de pai. Homens-Zeus têm muitos filhos para multiplicarem o seu poder, têm várias amantes para satisfazerem o seu ego mas desconhecem seus próprios sentimentos o que os impossibilita de manterem uma relação íntima mesmo que casados há muitos anos. Podemos encontrá-los nas antigas gerações pré-feministas, onde o homem tinha que ser dominador e repressivo. Posêidon (deus-pai) se assemelhava com Zeus em quase todas as características (era infiel à esposa Anfitrite, por exemplo), porém, ao contrário do irmão que usava a razão e era frio e calculista, o deus dos mares era extremamente emotivo e impulsivo e violento quando magoado ou ferido. Era um outro modelo de patriarca, mais ligado aos seus gostos do que os da sociedade mas muito atrelado às tradições. Deméter (deusa doméstica e vulnerável) é a deusa materna por excelência. Tornou-se bastante conhecida pelo mito do rapto de sua filha. Deméter havia tido um breve relacionamento com Zeus (seu irmão) e desse nasceu Perséfone ou Core. Hades se apaixonou pela jovem deusa e a raptou, levando –a para o mundo subterrâneo, transformando-a na Rainha dos Mortos. A estória do sofrimento de Deméter pela perda da filha (que “não se banhou nem se enfeitou”) rendeu à deusa o título de deusa da maternidade acima da todas as outras. Quando a mulher ainda era dominada pelo sistema patriarcal e sentia uma forte necessidade de ter um filho o mais natural era que se casasse e constituísse família como os bons costumes rezavam mas, agora, com as diversas técnicas de fertilização e com a maleabilidade dos padrões morais da sociedade muitas resolvem pela ‘produção independente’, contrariando as regras outrora intransponíveis. A partir desse momento a mulher não é mais vista como procriadora da sociedade patriarcal mas como gestante de si mesmo e de sua vontade procriativa. 4 A jovem Perséfone ou Core6 (deusa doméstica e vulnerável) Perséfone era uma tela em branco, guardando o seu interior para si (muitas Perséfones são depressivas e introspectivas), que podia ser pintado pela mãe ou pelo marido. Depois do rapto, e do subseqüente casamento, a menina Core transformou-se numa mulher exuberante e poderosa, no entanto, seu poder advinha do seu marido que a transformou em Rainha do seu reino. (Nessa acepção pode-se ver Perséfone como uma deusa sensual visto que ela tinha uma sensualidade natural proveniente do frescor da primavera – quando ressurgia das trevas como uma ninfa – e do mistério da escuridão – quando adentrava no mundo misterioso das sombras) Perséfone representa a filha que existe em todas a mulher e a receptividade de aceitar o que vem dos outros e dar a eles o que necessitam de nós, talvez seja uma dos arquétipos mais ligados à sociedade patriarcal (podemos comparar Perséfone com as filhas de Hera, submissas e prestativas). Seu marido, Hades (deus-pai), diferente dos irmãos, é bastante fiel. Homens-Hades são emotivos, mas introspectivos. São patriarcas menos repressivos e cobram muito menos dos filhos que pais-Zeus e pais-Posêidons. Não se dão bem no mundo ‘real’ por isso precisam se casar com mulheres mais receptivas e dóceis. A virginal Héstia7 (deusa doméstica e virgem) também é introspectiva mas, ao contrário de Perséfone que tem como domínios o mundo dos sentimentos, Héstia impera no mundo espiritual acima de todas as outras deusas. Essa característica faz dela uma deusa-mulher sábia por natureza, isso porque é capaz de enxergar além daquilo que se lhe é apresentado e ver a realidade por traz da matéria As mulheres que se identificam com a deusa tende a ser religiosas e ou espiritualistas, como freiras, sacerdotisas, pastoras, mongas e missionárias. No mundo pré-feminismo as mulheres-Héstia eram aquelas que eram oferecidas como religiosas (nem todas) à igreja ou as filhas que assumia o papel de cuidadoras dentro da família e comumente aceitavam participar de comunidades de auxílio a necessitados. Hoje as Héstias ainda participam dessas atividades mas ainda têm a opção de aderir a uma vida menos convencional como se unir a sociedades alternativas (Hippies, por exemplo). Héstia nutria sentimentos por Hermes (entre outras coisas deus dos viajantes), relação que poderia ter dado certo para ela, no entanto o deus estava às voltas com a deusa Afrodite8. Essa atitude representa as mulheres que hoje decidiram pelo ‘celibato por opção’ e não sentem mais como outrora que a falta de vontade de constituir uma família as deprecia nem sentem medo de ‘ficar pra titia’. Hermes (deus-filho), difere em muito dos deuses apresentados. Enrolador, sem moral, mentiroso e irresponsável, ele é o típico cara por quem as mulheres se encantam e desencantam com a mesma facilidade. Sua ausência de compromisso cansa tantos suas parceiras quanto seus filhos. Não pode ser classificado como um homem exclusivamente pós-feminista mas tem maior incidência no mundo atual onde as responsabilidades são relegadas a segundo plano. 5 Chegamos a Afrodite9 (deusa sensual e alquímica). Era a mais bela de todas as deusas por isso seria de supor que se casaria com o mais belo de todos os deuses, mas ao contrário, foi obrigada por Zeus a desposar Hefesto, filho do rei dos deuses. Como não amava o marido, a deusa do amor o traía constantemente. Esse comportamento não era tão comum nos tempos pré-feministas visto que os castigos impingidos às infiéis eram muito altos mas as mais corajosas se aventuravam; outra mais constante era a da Afrodite-cortesã (uma mulher inteligente que usava dos artifícios da sedução para conquistas vários amantes/patrocinadores que a presenteassem e sustentassem). Um dos seus casos foi com Ares10, cujo relacionamento simbolizava a união do amor e da guerra, o tipo de relacionamento explosivo, já que Ares era bastante ciumento de sua amante. Outro deus a cair de amores pela bela deusa foi Hermes, com ele o relacionamento era mais ameno e divertido. Mulheres-Afrodite são propensas a aventuras e mais livres do que as outras deusas mas também simbolizam o poder do patriarcado subjugando as mulheres, transformando-as em objetos de admiração ou prazer. As atuais Afrodites são aquelas que não se deixam sufocar pelos antigos costumes nem desprezam sua sensualidade e para a conquista, não se envergonhando como as mulheres pré-feministas do século passado descritas por May Rollo11, que assumiam uma imagem pudica e recatada mas que, no entanto, desenvolviam uma angústia vinda da repressão do desejo. Seu amante Ares (deus-filho), tem como papel primordial o de guerreiro corajoso que luta com o coração, é o impulso da natureza. Homens-Ares são impulsivos e explosivos e estão sempre a precisar de uma boa mulher que saiba os consolar quando perdem uma batalha, Muitos relacionamentos pré-feministas tinham essa característica. Mas o marido Hefesto (deus-filho) reagia de forma diferente, ao invés de explodir se recolhia no trabalho. Depois da libertação feminista muitos homens se tornaram recolhidos e reprimidos por mulheres poderosas ou que não mais se submetiam aos seus maridos. A destemida Ártemis12 (deusa combativa e virgem) é o arquétipo dominante nos primórdios do feminismo. As principais características de Ártemis eram a rebeldia, o combate e o temperamento explosivo. As primeiras mulheres feministas tinham muito de Ártemis, se reuniam em irmandades (como as amazonas, seguidoras da deusa) e combatiam destemidamente e, muitas vezes, violentamente os homens que eram desprezados como a deusa desprezava todos aqueles que interferissem eu sua vida e em sua liberdade; as primeiras feministas, como ela, também desprezavam outras mulheres que não participassem do movimento13. O único homem que Ártemis amou, Órion, foi morto por ela, mesmo que tenho sido uma morte não intencional, causada pela natureza competitiva da deusa, o comportamento mostra o quão destrutivas são as mulheresÁrtemis. 6 Apolo, dotado de beleza e vários talentos, é o símbolo máximo do homem moderno pósfeminista. Mais voltado para o trabalho do que para a família e a vida pessoal, é o típico homem que casa pelas aparências e vive por elas. A sábia Atena14 (deusa combativa e virgem) tem uma história interessante. Nascida sem mãe, ou pelo menos de uma mãe ausente, sufocada e de um pai dominador (a típica família patriarcal) Atena se espelhou no pai (como muitas mulheres que ‘sonhavam’ em ser homens para poderem ser livres e independentes) Antes as mulheres tipo Atena sofriam bastante; tinham inteligência igual ou superior à dos homens mas não podiam se expressar visto que as mulheres não tinha voz dentro da sociedade, no entanto, hoje as Atenas são muito valorizadas na sociedade que as enaltecem. No campo dos relacionamentos amorosos Atena é atraída por homens semelhantes a Zeus ou aos heróis que a deusa protegia15 e sempre atua como co-criadora e conselheira de seu parceiro, modelo do relacionamento ‘perfeito’ no mundo moderno. Por outro lado, as mulheresAtenas são aprisionadas por esse mesmo modelo, visto que foram criadas para achar que o pai/homem tem o poder e que por isso têm que se igualar a ele para se destacar na sociedade, revelando o controle patriarcal do poder intelectual. Os relacionamentos afetivo-conjugais e a prisão do feminismo Como pudemos ver nos arquétipos acima expostos o ser humano tem uma multiplicidade de forma de amar por isso mesmo não dá para definir qual das formas é considerada a mais certo, a mais correta. O feminismo como pôde ser observado impulsionou uma série de comportamentos que facilitaram e também dificultaram o convívio entre homens e mulheres. Com tantos encargos assumidos pelo ser humano ao longo da sua jornada em busca do amor o mais difícil é perceber qual deles leva à felicidade. Referências bibliográficas ALBERONI, Francesco. (1988) Enamoramento e Amor. Rio de Janeiro, RJ: Editora Rocco. ALMEIDA, Miguel Vale de. (2000) Senhores de si: uma interpretação antropológica da masculinidade. 2ª ed. Lisboa, Portugal: Editora Fim de Século Edições ASTRACHAN, Anthony. (1989) Como os Homens Sentem: sua relação às reivindicações femininas de igualdade e poder. Trad. Claudia Gerpe Duarte. Rio de Janeiro: Imago, 568p. AUGRAS, Monique. 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(1999) Uma História Intima da Humanidade. 4ª reimp., 2ª ed. rev., Rio de Janeiro: Record ZYGMUNT, Bauman. (2004) Amor Líquido: sobre a fragilidade das relações humanas. Rio de Janeiro, RJ: Editora Jorge Zahar. 1 PRAVAZ, Susana. (1981) Três estilos de mulher: a doméstica, a sensual, a combativa. BOLEN, Jean Shinoda. (1990) As Deusas e a Mulher: nova psicologia das mulheres. 3 Foi devorada pelo pai que tinha medo que ela ou algum dos seus irmãos o fosse destronar, foi, também, enganada e seduzida pelo seu irmão Zeus, com quem posteriormente casou e sofreu pelas inúmeras infidelidades do marido. 4 Hera rejeitou Hefesto – deus do vulcão – que se isolou do mundo, transformou Ares- deus da guerra - num semelhante, criou Tifão – deus da seca - para ser duro e cruel, e subjugou Hebe – deusa da juventude, Ilítia – deusa dos partos, e Zera – deusa da família – tornando-as suas meras assistentes. 5 PRADO, Danda. (1995) Esposa: a mais antiga profissão 6 Perséfone havia sido raptada por Hades (deus dos mortos e do mundo subterrâneo). Antes do rapto, ela era a típica menina protegida da tudo e de todos pela mãe que a adulava e minava sua capacidade de crescimento. (Esse comportamento é percebido em certas mulheres que mesmo na fase adulta se mostram infantilizadas e ainda muito ligadas à mãe ou a uma figura materna) 7 Héstia (como seu irmãos, exceto Zeus) havia sido devorada pelo pai, Cronos (deus do tempo), por ser a mais velha foi a primeira a ser devorada e por isso mesmo permaneceu por mais tempo sozinha dentro do pai motivo dela ter se tornado mais solitária. Quando foi resgatada por Zeus anunciou que permaneceria virgem para sempre e foi agraciada com a dádiva de ser sempre a primeira deusa e/ou deus a ser adorado em qualquer ritual, a lareira tornou-se o seu símbolo já que a lareira reunia e aconchegava a família e a sociedade, por isso ficou conhecida como a protetora dos lares. 8 Outros deuses que cortejaram a deusa Héstia foram o belo deus das artes, Apolo e Hefesto, este último relacionamento poderia ter rendido frutos devido aos dois possuírem o fogo como domínio, mas a deusa do lar rejeitou a ambos preferindo se manter casta e firma à sua promessa. 9 Afrodite nasceu do esperma de Urano (deus do firmamento), de seu desejo por Gaia (deusa da Terra), no ventre marítimo da deusa Tétis e do cuidado do deus Oceano e surgiu das espumas do mar numa concha acompanhada pelo vento oeste Zéfiro e sua esposa Clóris (deusa da flora). 10 Pai de Deimos e Fodos – deuses da guerra e Harmonia e Eros – deuses do amor 11 ROLLO, May. (1973) Eros e repressão: amor e vontade 12 Ártemis teve um parto complicado, filha de Zeus e de Leto (deusa da noite clara) e irmã gêmea de Apolo; sua mãe teve que fugir, em dores de parto, da ira de Hera, que proibiu Gaia de dar lugar para o nascimento de seus filhos que nasceram em Ortigia (uma ilha que sempre mudava de lugar). 13 Artêmis causou o desaparecimento de Ofigênia por ela ser vulnerável e não ter resistido a ser sacrificada. 2 8 14 Seu pai, Zeus, engoliu a deusa Métis ainda grávida de Atena por medo que ele fosse destronado pela criança e, um dia, sentiu uma forte dor de cabeça, Hefesto (que mais tarde veio a cortejá-la mas foi rejeitado) abriu-lhe o crânio e de dentro dele saiu Atena, completamente adulta e armada e tornou-se a filha preferida. 15 Perseu, Odisseu, Belerofonte, Orestes, Hércules e Aquiles, são alguns deles.