recepción de la narrativa hispanoamericana en España

NRFH, LV
JOAQUÍN
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M A R C O y J O R D I G R A C I A ( e d s . ) , La llegada de los bárbaros: la
recepción de la narrativa hispanoamericana
E D H A S A , Barcelona, 2004; 1183 p p .
en España,
1960-1981.
E l l i b r o r e ú n e cinco estudios sobre la respuesta crítica a la narrativa
hispanoamericana en E s p a ñ a y u n a a n t o l o g í a de entrevistas, notas y
r e s e ñ a s aparecidas en p e r i ó d i c o s y revistas e s p a ñ o l e s a l o l a m o d e l
p e r í o d o s e ñ a l a d o en el título. E n l a s e c c i ó n i n t r o d u c t o r i a , J o a q u í n
M a r c o establece u n panorama d e l impacto de los narradores hispanoamericanos en E s p a ñ a desde su perspectiva doble de especialista y partícipe del f e n ó m e n o desde la academia ("Entre E s p a ñ a y A m é r i c a " ) .
Por su parte, J o r d i Gracia precisa los p a r á m e t r o s de l a s e l e c c i ó n de
textos y adelanta aleunos de los aspectos que e x p o n e n los cinco ensayos siguientes ("Criterios de esta a n t o l o g í a " ) .
Es i m p o r t a n t e hacer n o t a r que a pesar de que los a r t í c u l o s firmados p o r J e s ú s Ferrer Sola y C a r m e n Sanclemente ("De o r í g e n e s y
recelos, 1960-1966"), D u n i a Gras y Pablo S á n c h e z ("La c o n s a g r a c i ó n
de la vanguardia, 1967-1973") y el m i s m o J o r d i Gracia ( " D e s p u é s de la
t o r m e n t a , 1973-1982") siguen u n c r i t e r i o c r o n o l ó g i c o indispensable
p a r a trazar las l í n e a s principales de cualquier estudio de recepc ión,
n o se h a n descuidado otros temas n i el e x a m e n de las circunstancias
particularmente adversas que h u b o de enfrentar la "nueva" literatura
al entrar en contacto c o n los lectores e s p a ñ o l e s . Por ello son especialm e n t e apreciables los textos d e B u r k h a r d P o h l ("Vender el boom: e l
discurso de la difusión e d i t o r i a l " ) y N ú r i a Prats ("La censura ante l a
novela hispanoamericana"), dedicados a la p r o m o c i ó n de las novedades y a los dispositivos de vigilancia e d i t o r i a l d e l r é g i m e n franquista.
L o p r i m e r o que p a r e c e r í a p e r t i n e n t e , d e s p u é s de esa d e s c r i p c i ó n
m í n i m a , es observar que, puesto que se trata de u n a a n t o l o g í a , La
llegada de los bárbaros es u n e j e m p l o de a p r o p i a c i ó n crítica d e l t e m a
de l a r e c e p c i ó n de la literatura hispanoamericana en E s p a ñ a d u r a n te e l lapso elegido. Eso p u e d e verse f á c i l m e n t e en l a s e l e c c i ó n : hay
u n a preferencia obvia p o r Vargas Llosa (declarada de f o r m a directa
p o r Toaquín Marco, p. 37), y u n a r e s t r i c c i ó n (tal vez excesiva) de las
" P á g i n a s preliminares (1960-1961)". Tal vez esta parte i n i c i a l p o d r í a
haberse situado a mediados de los a ñ o s cincuenta. Desde antes de conocerlas en detalle se puede afirmar que las referencias excluidas merecen la a t e n c i ó n del lector tanto c o m o las que se recogen. L o que n o
p o d r á afirmarse tan a la ligera es que esta a n t o l o g í a resulta previsible
p o r e l énfasis puesto en ciertos autores y obras. J o r d i Gracia demuestra estar al tanto de ese posible r e p r o c h e en su texto i n t r o d u c t o r i o .
La llegada de los bárbaros es u n l i b r o ajeno a las tendencias interesadas en l a respuesta crítica e n t o r n o a la l i t e r a t u r a , c o m o p u e d e
verse. L a r e u n i ó n de estudios (que p o d r í a n p o r sí mismos f o r m a r u n
l i b r o d i s t i n t o ) y textos que constituyen parte d e l corpus e x a m i n a d o
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tiene c o m o premisa reconocer que unos sin otros p i e r d e n eficacia. Sin
e m b a r g o , las palabras de J o a q u í n M a r c o p o n e n de relieve e l que tal
vez sea el ú n i c o p r o b l e m a apreciable en d i c h o planteamiento. M a r c o
da mayor peso a su experiencia c o m o sujeto que vivió el proceso d e
d i f u s i ó n de los nuevos autores h i s p á n i c o s que al análisis de esas cir¬
cunstancias especiales desde u n a perspectiva crítica. Eso r e p e r c u t e
t a m b i é n e n el título d e l l i b r o , que muestra (aunque desde u n enfoque p r e t e n d i d a m e n t e h u m o r í s t i c o ) el resabio de la superioridad que
muchos autores d e c i m o n ó n i c o s a t r i b u í a n a la literatura e s p a ñ o l a c o n
respecto a l a l i t e r a t u r a h i s p a n o a m e r i c a n a . L a convivencia d e l a f á n
divulgador (manifiesto en la r e c o p i l a c i ó n crítica) y el análisis (concretado "en cada u n o de los estudios p r e l i m i n a r e s ) , sin embargo, m i t i g a
en parte esas resonancias, inadecuadas en el á m b i t o a c a d é m i c o y desmentidas p o r l a realidad que el m i s m o l i b r o se p r o p o n e cartografiar
en sus p á g i n a s .
E l valor de este trabajo reside e n su r e c u p e r a c i ó n de los rasgos
distintivos de las poco m á s de dos d é c a d a s que cubre la a n t o l o g í a . Esta
labor tiene, i n i c i a l m e n t e , u n a m o t i v a c i ó n sentimental, c o m o p u e d e
atestiguarse e n el texto de J o a q u í n M a r c o al que ya hice referencia.
Pero es gracias a la labor del resto de los investigadores que el proyecto supera el ejercicio de nostalgia previsible y coloca al lector ante u n
f e n ó m e n o e d i t o r i a l que todavía tiene repercusiones en la actualidad.
Gracia, e n particular, se p r o p o n e d e s m o n t a r l a apariencia de estrategia comercial que ha v e n i d o a p r e c i á n d o s e casi desde su m o m e n t o
inicial en el llamado boom (pp. 159-160). Si se compara esta e x p a n s i ó n
de la l i t e r a t u r a hispanoamericana al p ú b l i c o lector de E s p a ñ a c o n el
i n t e n t o de revivir el P r e m i o Seix Barral e n 1998, p o d r á apreciarse l o
e s p e c í f i c o de ambos episodios. L o que e n los a ñ o s sesenta fue consecuencia l ó g i c a de u n auge l i t e r a r i o , a finales de los noventa n o p u d o
sino ser exactamente l o inverso: la l e g i t i m a c i ó n de u n p l a n e d i t o r i a l
p o r m e d i o de u n p r e t e n d i d o resurgimiento narrativo que, p o r lo dem á s n o d e m o r ó demasiado e n mostrar hechos de signo
totalmente
contrario.
Es fácil c o i n c i d i r c o n la insistencia de Gracia e n el e q u í v o c o de
resonancias mercantiles q u e suscita l a o n o m a t o p e y a boom al design a r u n a etapa e n q u e c a l i d a d l i t e r a r i a , é x i t o de crítica y de ventas
estuvieron a m p l i a m e n t e asociados (p. 158). De cualquier m o d o , si se
recuerdan otros usos semejantes, como el que se aprecia en la llamada
T e o r í a del BigBang, parte de esas reservas p u e d e n superarse al asociar
el "estallido" al que se alude c o n el " i n i c i o o auge de algo" sin que surjan vínculos negativos. Por el contrario, puede pensarse en el Crack-y
su i n m e d i a t a r e m i s i ó n al p e r í o d o de crisis financiera que inició c o n
la c a í d a b u r s á t i l de 1929 e n Nueva Y o r k - c o m o e n "el fin d e algo".
U n fin que ya se anunciaba c o n la a p a r i c i ó n de las é m u l a s de G a r c í a
M á r q u e z (Isabel A l l e n d e , Á n g e l e s Mastretta y L a u r a Esquivel, entre las
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m á s notorias) a quienes Gracia recuerda c o m o ejemplos de contraste
para m o s t r a r la excepcionalidad de la c o i n c i d e n c i a a la que están dedicadas las p á g i n a s de La llegada de los bárbaros (p. 162).
E n cuanto a incidencias específicas, figuran desde luego el é x i t o
de Cien años de soledad; las aventuras editoriales d e l Congreso para la
L i b e r t a d de la C u l t u r a financiadas p o r la C I A ; los recelos de la crítica
y de los autores e s p a ñ o l e s ante sus competidores p o r premios c o m o
el Biblioteca Breve, el N a d a l , el de la Crítica; el caso Padilla; el distanc i a m i e n t o de G a r c í a M á r q u e z y Vargas Llosa en el á m b i t o de las convicciones políticas; las críticas de Ernesto S á b a t o a l o r g e Luis Borges a
partir de u n a postura " c o m p r o m e t i d a " que muestra las polarizaciones
de m a y o r v i g e n c i a e n el a m b i e n t e c u l t u r a l de la é p o c a . R e u n i r los
d i a g n ó s t i c o s de los distintos especialistas sobre las c o n d i c i o n e s generales c o n que se e n c o n t r a r o n los autores hispanoamericanos y los
testimonios directos e indirectos de ese i n t e r c a m b i o en los numerosos
textos recopilados favorece la l e c t u r a y el a p r o v e c h a m i e n t o d e l esc r u t i n i o llevado a cabo p o r el e q u i p o que encabezan M a r c o y Gracia.
D u n i a Gras y Pablo S á n c h e z , en especial, m u e s t r a n las rutas que el
estudio de la r e c e p c i ó n puede seguir en c o m p a ñ í a de las reflexiones
que el s o c i ó l o g o f r a n c é s Pierre B o u r d i e u plantea en Las reglas del arte.
A u n q u e la r e a c c i ó n adversa de quienes p r e f i e r e n tratar estos temas
desde la perspectiva de los afectos personales es cada vez m á s clara,
u n a tarea semejante resulta inútil si se deja c o n d u c i r exclusivamente
p o r las meras certezas de q u i e n l o e m p r e n d e .
E n la parte p r i n c i p a l del v o l u m e n , el lector e n c o n t r a r á u n a puerta de acceso a la d i n á m i c a de i n t e r c a m b i o s que la crítica e s p a ñ o l a
e s t a b l e c i ó en t o r n o a esa "nueva l i t e r a t u r a " , que h i z o ver a los escritores locales distintas posibilidades y rutas para su o b r a p r o p i a . Debe
subrayarse la p l u r a l i d a d de críticos, entrevistadores y reseñistas, cuya
diversidad de puntos de vista contrasta e n t o r n o a u n m i s m o autor o
u n a m i s m a obra. C o n la p o l é m i c a i n i c i a d a p o r las declaraciones de
Alfonso Grosso en las p á g i n a s del vespertino Informaciones se muestra,
p o r ejemplo, el disenso e n t o r n o a la vigencia de la narrativa hispanoamericana en u n m o m e n t o en que el entusiasmo p o r ella y el vigor de
sus exponentes comenzaba a decaer.
Los estudios que presenta el e q u i p o de investigación y, sobre todo,
la a c t i t u d indagatoria que da f o r m a al proyecto, hacen resaltar la necesidad de avanzar e n la escritura de u n a h i s t o r i a de la l i t e r a t u r a e n
lengua e s p a ñ o l a que prescinda de las fáciles asunciones características
de cualquier texto dedicado a esta etapa de apogeo. Pueden contarse
entre ellas: las asociaciones mecanicistas entre literatura y c o m p r o m i so, la p r e d i l e c c i ó n p o r ciertas obras de Julio C o r t á z a r y Gabriel G a r c í a
M á r q u e z , el c o n f l i c t o e n t r e críticos e i n c o n d i c i o n a l e s d e l r é g i m e n
cubano o, sin i r m á s lejos, la p r o p e n s i ó n a asumir el papel de intelectual
para p o n t i f i c a r sobre casi c u a l q u i e r asunto que es distintivo de n u -
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merosas figuras. El lector e n c o n t r a r á cada u n o de estos episodios en
la n u t r i d a a n t o l o g í a y p o d r á formarse una idea bastante a p r o x i m a d a
de su i n t e r a c c i ó n . Pero - y é s t e es el m e j o r elemento de La llegada de
los bárbaros- n o h a l l a r á esos atavismos en los estudios de Ferrer Sola,
Sanclemente, Gras, S á n c h e z , Gracia, Polii y Prats.
Cabe señalar algunas erratas que pueden ser desconcertantes para
el lector n o e s p a ñ o l . El texto de D u n i a Gras y Pablo S á n c h e z enlista
a A r t u r o Azuela entre los escritores hispanoamericanos de las d é c a das de los a ñ o s veinte y t r e i n t a que p u b l i c a r o n en E s p a ñ a , a u n q u e
e n realidad se r e f i e r e n a su abuelo, M a r i a n o Azuela (p. 121). E n la
m a n e r a usual de referirse a la capital mexicana el a r t í c u l o d e f i n i d o
la siempre precede al n o m b r e : la ciudad de M é x i c o ( o b s é r v e s e la m i n ú s c u l a i n i c i a l de ciudad). L a c o r r e c c i ó n que B u r k h a r d P o h ! i n s i n ú a
entre corchetes (p. 171) está de m á s . Por último, entre las p á g i n a s 148
y 151, las referencias en n o t a a pie están desfasadas c o n respecto a la
i n f o r m a c i ó n asentada en esa parte de la p á g i n a .
C o m o en toda i n d a g a c i ó n d i g n a de ese n o m b r e , salen a la luz datos que p e r m i t e n elucubrar en t o r n o a u n a v e r s i ó n alternativa de la
evolución del á m b i t o literario en E s p a ñ a . Es el caso de la i n f o r m a c i ó n
que N u r i a Prats m e n c i o n a al hablar de la negativa a las gestiones para
editar en E s p a ñ a la novela de l u á n Rulfo, Pedro Páramo, en el mismo
a ñ o de su p u b l i c a c i ó n original en M é x i c o (1955). Circunstancias como
é s a contribuyen a caracterizar los obstáculos que la censura o p o n í a a
todo elemento externo. Y aunque el anterior es u n ejemplo extremo
(como los de Cambio de piel, de Carlos Fuentes, ventilado en su m o m e n to en p á g i n a s del suplemento La Cultura en México, o de Amanecer en el
Trópico-transformada
p o r los e s c r ú p u l o s oficiosos y el paso d e l tiempo
en Tres tristes tigres-, de G u i l l e r m o Cabrera Infante), n o resultan menos
elocuentes los extractos de la d o c u m e n t a c i ó n en que los censores del
franquismo asentaban sus motivos de recelo y sus objeciones (pocas
veces estéticas) ante la narrativa hispanoamericana de nuevo c u ñ o .
La llegada de los bárbaros es una muestra palpable de las aportaciones que la historia de la literatura puede ofrecer para trascender los
ejercicios de n a r r a c i ó n c r o n o l ó g i c a estancados en n ó m i n a s de autores
y obras asequibles a cualquier lector avezado. Los datos concretos del
estudio de la censura f ranquista d e b e r í a n bastar para reconsiderar la
p r e m u r a y la facilidad con que se habla de la etapa p i e-democrática de
E s p a ñ a , que es. así, presa p r o p i c i a de los lugares comunes y la postura
casi m e l a n c ó l i c a c o n que se suele cantar a los buenos tiempos pasados.
E l m é r i t o concreto de N ú r i a Prats es condensar en apenas 29 p á g i n a s
u n p a n o r a m a que se adivina i l u m i n a d o r y l l e n o de alternativas para
proyectos c o m o el de su tesis doctoral de 1995, de d o n d e se desprende
este aporte suyo al v o l u m e n .
L a l e c t u r a de algunos de los textos c o r r e s p o n d i e n t e s al segund o p e r í o d o c r o n o l ó g i c o (1967-1973) parece sustentar la o p i n i ó n de
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que la o p e r a c i ó n e c o n ó m i c a que i m p l i c a r í a el repunte de la industria
e d i t o r i a l e s p a ñ o l a se s o b r e e s t i m ó para descalificar a los autores hispanoamericanos y fue f r u t o de dos factores principales. Por u n lado,
la r e a c c i ó n de quienes rechazaban o m i r a b a n con recelo la "invasión"
a la que alude el título de este l i b r o -autores e s p a ñ o l e s , casi siempre,
c o n escasa m e m o r i a de lo que R u b é n D a r í o y el M o d e r n i s m o aportar o n , d é c a d a s antes, a la literatura e s p a ñ o l a ; y, p o r o t r o , la respuesta de
escritores que, c o m o J o s é Donoso, n u n c a t u v i e r o n la a c e p t a c i ó n n i el
é x i t o del p r i m e r g r u p o editado en Barcelona.
Ese sustrato de la "leyenda negra del boom' queda pertinentemente matizado, t a m b i é n , con el estudio de B u r k h a r d Pohl, que analiza la
m e t o d o l o g í a p r o m o c i o n a l de Seix Barral - y en particular los textos de
p r e s e n t a c i ó n - como parte fundamental del f e n ó m e n o . Sin las presencias de C a r m e n Balcells y Carlos Barral t a m p o c o p o d r í a entenderse
el repliegue de la "literatura social" y el cambio de tácticas de colocac i ó n de la nueva literatura. El l i b r o , entonces, t a m b i é n hace posible
e x a m i n a r el papel de la agente e d i t o r i a l y del editor sin c o n t r i b u i r a
las versiones de mayor consumo , p e r o dejando establecidos, c o n clar i d a d , su actividad e i m p a c t o d e n t r o d e l c a m p o c u l t u r a l e s p a ñ o l de
los a ñ o s sesenta y setenta.
P a r e c e r í a u n a obviedad insistir en que libros c o m o éste c o n t r i b u y e n a devolver al lector, al receptor, la i m p o r t a n c i a debida d e n t r o
d e l proceso de difusión de la l i t e r a t u r a y el arte en general. Pero es
indispensable hacerlo si se piensa en los numerosos casos en que una
obra especialmente percibida c o m o i r r u p c i ó n disonante en u n m e d i o
adverso ha sido sustancia de alegatos que p r e t e n d e n d i s m i n u i r el m é r i t o de u n autor particular en vista d e l supuesto estatuto s u c e d á n e o
que adquiere con respecto a u n antecesor "verdaderamente" o r i g i n a l
( t ó m e s e c o m o ejemplo p o r antonomasia el de W i l l i a m Faulkner y los
escritores hispanoamericanos). La llemda de los bárbaros obliga al lector
a replantearse ese t i p o de verdades inamovibles que dispensan al crítico l i t e r a r i o la o m n i p o t e n c i a veleidosa de u n P a n t ó c r a t o r dispuesto
a consagrar o a f u l m i n a r al escritor en ciernes, s e g ú n los m é r i t o s d e l
expediente se presenten a sus o í o s . Si algo muestra este c o n j u n t o de
estudios y la a n t o l o g í a a la que precede es precisamente la diversidad
de ios participantes en es? proceso de r e c e p c i ó n e s p e c í f i c o y, m u y
en particular, las circunstancias de aislamiento real que la dictadura franquista m a n t e n í a en t o r n o a la c u l t u r a e s p a ñ o l a . Si Arguedas,
Asturias, Borges, Cortázar, G a r c í a M á r q u e z , O n e t t i , R u l f o , S á b a t o ,
Vargas Llosa y quienes se s u m a r o n a esta n ó m i n a indiferenciada p o r
u n a p e r c e p c i ó n casi s i m u l t á n e a - a i e n a a los distingos c r o n o l ó g i c o s ,
p e r o n o a sus respectivos coeficientes de c a l i d a d - l o g r a r o n penetrar
las defensas a m e n u d o absurdas de u n r é g i m e n d i c t a t o r i a l n o cabe
a t r i b u i r dicha h a z a ñ a menos a los m é r i t o s literarios de los narradores
que a la d i s p o s i c i ó n de los nuevos destinatarios. L l á m e s e habitus, hori-
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zonte de experiencia estética u horizonte de expectativas, esta i n q u i e t u d p o r
conocer y ampliar las fronteras de la cultura e s p a ñ o l a puede cifrarse
de manera p r i n c i p a l , aunque n o ú n i c a , en u n a larga lista cuyos rasgos
m á s sobresalientes ilustran el í n d i c e de esta a n t o l o g í a y los estudios
preliminares sucesivos.
El g r u p o de trabajo c o o r d i n a d o p o r Marco y Gracia ha puesto en
manos del lector, especializado o n o , u n i n s t r u m e n t o igualmente útil
a ambos lados d e l A t l á n t i c o , gracias al h e c h o de c o m b i n a r material
de lectura c o n t e m p o r á n e o de obras b i e n conocidas - q u e conserva u n
discurso paralelo de a p r o p i a c i ó n - y el análisis de dichos testimonios
c o n f o r m e a pautas de solidez y, p r i n c i p a l m e n t e , c o n u n a d i s p o s i c i ó n
inquisitiva cuya seriedad s e n t a r á e s t á n d a r e s para t o d o proyecto de
í n d o l e cercana.
JORGE ZEPEDA
El Colegio de México
R O B Í N L E F E R E , Borges. Entre autorretrato y automitografía.
M a d r i d , 2 0 0 5 . (Estudios y Ensayos, 4 4 5 ) .
Credos,
Propenso a mezclar su b i o g r a f í a c o n elementos y personajes de ficc i ó n , Jorge Luis Borges ha dado material abundante para las lecturas
b i o g r á f i c a s de su obra. A la fecha, h a b r í a que preguntarse p o r q u é
u n personaje que b i e n p o d r í a decirse que tuvo o b r a m á s que vida
h a l l a m a d o la a t e n c i ó n de diversos b i ó g r a f o s , desde A l i c i a J u r a d o ,
E m i r R o d r í g u e z Monegal, Ricardo B a r n a t á n , Alejandro Vaccaro hasta
James W o o d a l l o E d w i n W i l l i a m s o n . E n varios de estos casos, el objetivo fundamental ha sido recrear la vida de Borges a p a r t i r de los nuevos
datos y testimonios recuperados, p r i n c i p a l m e n t e , de su j u v e n t u d .
A obra tan avasallante, b i e n le c o n v e n d r í a u n a fuerte personalidad
autoral: la b i o g r a f í a de Borges, sin e m b a r g o , tiene que rastrearse a
m e n u d o en sus escritos o declaraciones recogidas en la prensa. C o n
base en este presupuesto, en Borges, entre autorretrato y automitografía,
R o b i n Lefere sostiene que "Borges p e r s e g u í a u n verdadero proyecto
de c r e a c i ó n de la p r o p i a imagen, que se d e s a r r o l l ó en cuatro planos:
los de la escritura, la e d i c i ó n (mediante la reescritura y la s u p r e s i ó n de
textos, el trabajo d e l paratexto), las relaciones p ú b l i c a s (las m ú l t i p l e s
y diversas entrevistas), y la p r o p i a vida (la r e l a c i ó n d i a l é c t i c a c o n el
discurso a u t o b i o g r á f i c o ) " ( p p . 9-10). Lefere sigue estas cuatro líneas
de lectura para r e c o n s t r u i r los lazos entre la vida y el autorretrato, y
entre éste y la a u t o m i t o g r a f í a .
A s i m i s m o , L e f e r e se p r o p o n e deslindar los distintos grados de
i m p l i c a c i ó n a u t o r i a l en el texto: el autor efectivo, "el hacedor" distinto