NRFH, X L V I RESEÑAS 455 archivos y c o n s t r u c c i ó n de muestras de textos, todos ellos c o n la posib i l i d a d de ser aplicados a u n s ó l o texto, a u n s u b c o n j u n t o de textos o a t o d o u n corpus. M e r c e d a su c o n f o r m a c i ó n h í b r i d a , T E X T U S perm i t e que el investigador decida sobre la i n t e r p r e t a c i ó n y transcripc i ó n del texto i n f a n t i l así c o m o la n o r m a l i z a c i ó n y c a t e g o r i z a c i ó n m o r f o s i n t á c t i c a y estructural. T a m b i é n p o r su c o n f o r m a c i ó n y estructura, T E X T U S n o s ó l o sirve de h e r r a m i e n t a para el análisis cuantitativo, cualitativo y comparativo de lengua escrita en proceso de a d q u i s i c i ó n , sino para el de corpora de lengua escrita n o normalizada. Esto a m p l í a su p o d e r de uso y la convierte en c ó d i g o c o m ú n , potencial r e d de c o m u n i c a c i ó n entre los que buscan dar cuenta de la escritura. E n este sentido, T E X T U S es u n a gran a p o r t a c i ó n que c u m p l e c o n el s u e ñ o dorado de los investigadores: el manejo asequible y riguroso de gran cantidad de datos c o n u n i n s t r u m e n t o confiable y fino de análisis. Por su renovadora visión de la lengua escrita y del complejo proceso de adquisición p o r el que atraviesan los n i ñ o s para llegar a c o m p a r t i r los significados que encierra en su m u n d o circundante, Caperucita Roja aprende a escribir es lectura obligada n o s ó l o para los especialistas, sino para todos aquellos que se interesan e n el h o m b r e y la c u l t u r a apresados ambos en los m u r o s de la escritura. REBECA BARRIGA VILLANUEVA El Colegio de México L u i s ASTEY V . ( e d . ) , Los tres dramas de Hilario y otros tres dramas temá- ticamente afines. U N A M , M é x i c o , 1 9 9 5 . Por f o r t u n a , la c u l t u r a h i s p á n i c a h a reaccionado y, en los ú l t i m o s a ñ o s , ha logrado c o l m a r u n a laguna especialmente llamativa y vergonzante: mientras d i s p o n í a m o s de buenas ediciones y estudios de la d r a m a t u r g i a latina medieval a cargo de eruditos anglosajones, franceses e italianos, nada parecido se h a b í a hecho desde nuestra vertiente. C o m o b o t ó n de muestra, basta consultar la b i b l i o g r a f í a a d j u n t a al final la e d i c i ó n a q u í r e s e ñ a d a , con u n total de 2 3 referencias entre las que n o hay u n a sola que r e m i t a a nuestro universo cult u r a l . A h o r a , p o r fin, contamos c o n el presente trabajo (que cuenta c o n u n doble precedente, c o n u n a versión de H r o t s v i t h a de Gan¬ dersheim, Los seis dramas, M é x i c o , 1 9 9 0 , y sus Dramas litúrgicos del Occidente medieval, M é x i c o , 1 9 9 2 ) y c o n los de Eva Castro Caridad, que ha a t e n d i d o a las manifestaciones peninsulares en su reciente e d i c i ó n {Teatro medieval. T . 1: El drama litúrgico, Barcelona, 1 9 9 7 ) y ha redactado u n p a n o r a m a de c o n j u n t o para el teatro l a t i n o medieval (Intro- 456 RESEÑAS NRFH, X L V I ducáón al teatro latino medieval, Santiago de Compostela, 1996, c o n a t e n c i ó n a las obras que nos ocupan en p p . 76-101), tras sorprendernos con su tesis d o c t r o r a l {Troposy troparios hispánicos, Santiago de Compostela, 1991). Antes de nada, este corpus textual nos ofrece u n a m a g n í f i c a muestra de la p o e s í a m e d i o l a t i n a goliardesca, pues H i l a r i o y los d e m á s autores de estos ludi b i e n merecen ser llamados goliardos p o r la métrica de que se sirven y los a ñ o s en que escriben (comienzos del siglo XII) : t e t r á s ü c o s m o n o r r i m o s de o c t o s í l a b o s y otras medidas, pareados y trísticos c o n o sin verso de pie quebrado: en el c o n j u n t o , compuesto en su mayor parte en clave rítmico-acentual, alternan los versos con r i m a p l e n a c o n otros en que sólo rige la similicadencia, al m o d o de tantos poemarios goliardescos; t a m p o c o faltan, n o obstante, los versos que se atienen a u n r i t m o cualitativo. A este respecto, basta recordar que la r e l a c i ó n entre la lírica de los goliadros y el d r a m a escolar medieval es b i e n conocida y que se revela en especial en u n elocuente dato: el c ó d i c e de los Carmina Burana (ms. lat. 4660 de la Biblioteca M u n i c i p a l de M ü n i c h ) recoge t a m b i é n seis dramas latinos pertenecientes a la misma t r a d i c i ó n que los editados p o r Astey. Hay u n ú l t i m o detalle de e n o r m e importancia: las piezas se acomp a ñ a n en los c ó d i c e s de continuas alusiones musicales (a las que, p o r lo menos en el p r ó l o g o , se d e b e r í a haber prestado la debida atenc i ó n ) que nos r e m i t e n al p a t r ó n cortesano, en u n a m i x t u r a goliárdico-trovadoresca que tampoco nos resulta desconocida; de hecho, hoy sabemos bastante de estos entrecruces y de la a b u n d a n c i a de préstamos en u n a y otra d i r e c c i ó n (a W . L. S m o l d o n , que n o aparece en la b i b l i o g r a f í a , se le debe la a p r o x i m a c i ó n m á s s ó l i d a a este respecto, c o n u n estudio particular del Ludus Danieli en The play of Daniel: A Medieval liturgical drama, L o n d o n , 1960, y su p a n o r á m i c o The music of the Medieval church dramas, O x f o r d , 1980). Por desgracia, el c ó d i c e parisino n o recoge la n o t a c i ó n musical c o r r e s p o n d i e n t e . E n la Suscüatw Lazan de H i l a r i o (en el título de la p. 40 se presenta c o n errata: Svatatio), el t é r m i n o ludus {drama en la t r a d u c c i ó n ) s ó l o es u n a ñ a d i d o de u n copista m o d e r n o ; n o obstante, aparece c o m o etiqueta en sus c o n g é n e r e s , lo que nos c o n f i r m a la a d e c u a c i ó n de la etiqueta. Por su parte, la voz persone {personajes en la t r a d u c c i ó n ) es altamente reveladora en todos los casos, pues se usa c o m o tecnicismo teatral, a la m a n e r a clásica (recordemos que, en o r i g e n , significaba " m á s c a r a de teatro"). Si n o bastara c o n esto, las riquísimas didascalias que a c o m p a ñ a n a estas piezas a c a b a r í a n p o r abrir los ojos al m á s e s c é p t i c o , pues n o p u e d e n tener o t r o sentido que no sea el p u r a m e n t e d r a m á t i c o . Dos de los o p ú s c u l o s , la Suscitatio Lazan y el Ludus super iconia Sancti Nicolai de H i l a r i o , t i e n e n el valor a ñ a d i d o de rematar varias de las estrofas p o r m e d i o de algunos versos en el francés (en el p r i m e r texto, a m o d o de endecha o de planh, mientras que NRFH, X L V I RESEÑAS 457 en el segundo persiguen seguramente u n fin j o c o s o ) , lo que h u b o de resultar verdaderamente placentero para el p ú b l i c o de la é p o c a . E n el a n ó n i m o De resuscitacione Lazari, la calidad teatral de las didascalias resulta de especial importancia, sobre todo gracias a la clara r e c r e a c i ó n del espacio d r a m á t i c o en el á m b i t o e s c é n i c o escogido; así, se indica: "Domus uero ipsius Simonis, ipso r e m o t o , efficiaturqua¬ si Betthania, et tune aducatur M a r t h a " (las cursivas son m í a s ) . E n este texto, precisamente, se percibe u n o de los pocos escollos de esta edic i ó n : la p é r d i d a de u n verso tras u n simple e r r o r de n u m e r a c i ó n de versos (249, en lugar del correcto 294); en la copla que sigue, se t r u n ca el pareado " T u sis d o l o r insidiantibus" al olvidar el verso segundo, que se ha recogido no obstante en la t r a d u c c i ó n castellana correspondiente. E l Ludus super iconia Sancti Nicolai de H i l a r i o y el miraculum a n ó n i m o que se titula De Sancto Nicholao et de quodam iudeo muestran u n a m b i e n t e que d a r á en u n o de los principales textos v e r n á c u l o s d e l teatro medieval francés, a p o c o c o n t e m p o r á n e o de sus c o n g é n e r e s latinos: el Jeu de Saint Nicholas {ca. 1200) de Jean Bodel, famoso p o r sus escenas de taberna m a r c a d a m e n t e realistas. H o y , nos consta que B o d e l b e b i ó en H i l a r i o y en u n relato h a g i o g r á f i c o de Wace; a h o r a b i e n , el de Arras fue absolutamente o r i g i n a l al teñir la o b r a c o n el t o n o realista de la vida de su c i u d a d natal e i n c o r p o r a r l a a u n a mater i a entre religiosa (característica de la vida de u n santo) y é p i c a (a causa d e l ambiente de cruzada en que se desarrolla la a c c i ó n ) . E l tercero de los textos de H i l a r i o es de e n o r m e importancia, aunque s ó l o sea p o r q u e nos muestra la palabra-clave d e n t r o del m i s m o título ( a t e n c i ó n al p a r t i c i p i o de f u t u r o pasivo): Historia de Daniel representada, s e g ú n se lee en el manuscrito parisino que la conserva. A l final se nos dan datos precisos sobre su r e p r e s e n t a c i ó n , pues se i n d i ca que, en caso de que se haga d u r a n t e los maitines, h a b r á de cantarse el Te Deum laudamus; si se hace en vísperas, el cierre h a de p o n e r l e el Magníficat anima mea dominum. M á s i m p o r t a n t e , c o m o se d e s p r e n d e de los c o m e n t a r i o s que siguen, resulta el m a g n í f i c o y a n ó n i m o Ludus Danielis, sobre t o d o desde la ó p t i c a de u n estudioso d e l teatro v e r n á c u l o medieval. L a leyenda de D a n i e l , transformada en ludus, refuerza la idea de que la escena en la que el rey Baltasar llama a todos sus sabios para resolver el d i l e m a ("los adivinos, los magos y los a s t r ó l o g o s " , D a n i e l , 5, 7) p r e f i g u r a la consulta de H e r o d e s a los suyos (en Mateo, 2, 4, tan s ó l o les pregunta sobre el lugar en que n a c e r á el M e s í a s ) ; es m á s , para ambos episodios cabe postular u n a r e l a c i ó n a u n m á s estrecha a través de la Representación de los Reyes Magos, pues su peculiar amplificatio c o i n c i d e en este p u n t o c o n ese pasaje d e l A n t i g u o Testamento. Creo que merece la p e n a i n c i d i r en este dato, que d e s a r r o l l a r é en o t r o l u g a r p o r haber escapado la a t e n c i ó n de todos desde el trabajo de 458 RESEÑAS NRFH, XLV1 W i n i f r e d Sturdevant (The "Misterio de los Reyes Magos ": Its position in the development ofthe Medioeval legend ofthe Three Rings, B a l t i m o r e , 1927), obcecado c o m o estuvo en buscar relaciones d e n t r o de las obras d e l ciclo de la E p i f a n í a . De hecho, de i r m á s lejos, hasta p o d r í a m o s p r e g u n t a r n o s si la Representación toledana n o es acaso resultado del i n f l u j o directo del ludus l a t i n o o, dada su p a u p é r r i m a tradición textual y los escollos c r o n o l ó gicos (el ludus se compuso a mediados del siglo x n , a p r o x i m a d a m e n te p o r los mismos a ñ o s en que vio la luz la obra e s p a ñ o l a , a u n q u e los problemas para la d a t a c i ó n de ésta se revelen hoy insuperables), de alguna o b r a p r ó x i m a . Tengamos en cuenta que s ó l o en ambos textos teatrales el rey m a n d a llamar a los sabios en estilo directo, y lo hace c o n una e n u m e r a c i ó n h a r t o semejante ("Uocate m a t h e m a t i c o s , / caldeos et a r i o l o s ; / aruspices i n q u i r i t e / et magos i n t r o d u c i t e " ) ; a d e m á s , en ambos se entabla u n d i á l o g o (aunque m í n i m o en el ludus latino, n o aparece en D a n i e l y resulta imposible, p o r su d i s e ñ o , en el pasaje de Mateo) c o n la respuesta negativa de a q u é l l o s . Por si faltara algo, cabe recordar que el ludus se halla estrechamente vinculado a la festividad n a v i d e ñ a , c o m o vemos en el procesional o conductas de D a n i e l de los w . 291-305 ("Congaudentes celebremus natalis s o l l e m n i a : / i a m de m o r t e nos r e d e m i t D e i sapientia") y, sobre t o d o , en la apotesis final en que se anuncia el n a c i m i e n t o de Cristo ( " N u n t i u m uobis fero de supernis:/ Natus est Christus, d o m i n a t o r o r b i s , / i n B e t h l e e m l u d e , sic e n i m p r o p h e t a / dixerat ante"). Por otra parte, n o se olvide que el manuscrito de Beauvais en que se conserva la o b r a (hoy en la British Library) gira en t o r n o al tema de la Circuncisión del S e ñ o r , c o m o ya señalara K a r l Y o u n g (The drama ofthe Medieval church, O x f o r d , 1933, t. 2, p. 290). D e l m i s m o m o d o , algunos de los Evangelios A p ó c r i f o s enlazan la E p i f a n í a c o n la salvación de D a n i e l , c o m o se lee en el Evangelio siriaco de la Infancia: "Entonces tres reyes, hijos de reyes, t o m a r o n tres libras de o r o , incienso y m i r r a : se vistieron de sus trajes preciosos, se c i ñ e r o n la tiara y, guiados p o r el m i s m o á n g e l que h a b í a arrebatado a Hababuc y a l i m e n t a d o a D a n i e l en la cueva de los leones, llegan a J e r u s a l é n " ( A u r e l i o de Santos O t e r o , ed., Los evangelios apócrifos. Edición crítica y bilingüe, M a d r i d , 1963, p p . 312-313, n . 10). C o m o se desp r e n d e de esta muestra, ambos motivos discurren p o r u n camino que resulta practicable desde cualquiera de las direcciones. Creo que, a la luz de los datos que acabo de aducir, n o parece disparatada u n a a s o c i a c i ó n c o m o ésa, que p e r m i t e arrojar luz sobre u n pasaje que ha l l a m a d o reiteradamente la a t e n c i ó n de la crítica (en particular, a c ú d a s e a David H o o k y A l a n D e y e r m o n d , "La terminación del Auto de los Reyes Magos', AEM, 13, 1983, p . 274, que resumen los desvelos de los estudiosos a este respecto). L o que c o n t i n ú a sorp r e n d i é n d o n o s es el desarrollo posterior a m o d o de disputa entre los RESEÑAS NRFH, X L V I 459 rabinos, que n o se ha logrado d o c u m e n t a r en el c o n j u n t o del teatro e u r o p e o del Medievo fuera del texto toledano. C o m o se deriva de las pesquisas previas, aunque sólo fuese c o n el p r o p ó s i t o de arrojar luz sobre el teatro v e r n á c u l o , c o n v e n d r í a revisar c o n calma la dramaturgia latina del Medievo; ahora b i e n , resulta i g u a l m e n t e obvio que ésta merece u n estudio per se y sin mediatizar. Por lo que se refiere a las normas de e d i c i ó n , considero que la restitución de la grafía clásica es innecesaria en estos textos mediolatinos, d o n d e encontramos continuas desviaciones de la n o r m a ; p o r e j e m p l o , en la cita que h a c í a del De resuscitacione Lazari, el e d i t o r ha r e c u p e r a d o "a<d>ducatur", y así ha o b r a d o en situaciones parecidas. Las erratas en el texto latino tienen su cima en la d e s a p a r i c i ó n del verso arriba citado; en lo d e m á s , y a falta de u n contraste sistemático con las ediciones previas, parece que el texto ha salido suficientemente l i m p i o de las prensas. En la t r a d u c c i ó n , se advierten unos cuantos gazapos, c o m o el de la p. 4 1 , d o n d e u n " h a l l a n " debe ser "hayan"; en general, h a b r í a deseado u n mayor c u i d a d o c o n la p u n t u a c i ó n , pues lo que u n a frase absoluta del latín p e r m i t e , " I a m L á z a r o sedente, dicat ministris", resulta incorrecto una vez vertido al castellano: "Diga a los servidores, estando sentado ya L á z a r o " . Queda claro que con esa coma, y sin otra delante de Lázaro, se separa sujeto de verbo; diferente es, p o r c o m p l e t o , el verso l a t i n o , pues el ablativo fuerza a que el sujeto (de nuevo Lázaro) sea i m p l í c i t o . El p r ó l o g o (carente de e p í g r a f e s , c o n p e r í o d o s l a r g u í s i m o s y u n estilo p o c o amable) es de i n c ó m o d a lectura, a u n q u e el editor atina al s e ñ a l a r ciertas claves que relacionan las distintas piezas; echo en falta, n o obstante, una i n t r o d u c c i ó n m á s acorde c o n la t r a d i c i ó n erudita, m e j o r estructurada y dispuesta en varios apartados, ya que, si la lectura m e ha resultado pesada en m á s de u n m o m e n t o , deduzco que p o d r í a espantar a los n o iniciados. E n cualquier caso, fuera de esos y otros lunares, esta e d i c i ó n ( c o m o a n t a ñ o ocurriera c o n la t r a d u c c i ó n de H r o s v i t h a preparada p o r este m i s m o especialista) merece nuestra satisfacción y aplauso. Á N G E L GÓMEZ M O R E N O Universidad Complutense de Madrid L E O N A R D O FUNES, El modelo historiográfico alfonsi: una caracterización. Queen Mary and Westfield College, L o n d o n , 1 9 9 7 ; 8 6 pp. {Papers of the Medieval Hispanic Research Seminar, 6 ) . C o m o catalizador de corrientes t e ó r i c a s emparentadas que convergen en su estudio ( n a r r a t o l o g í a , crítica c u l t u r a l , neohistoricismo), Fu-