Ilustración Do ascensor en oiedio de nna cíoilail S'íí¡',¿^!l''^D?'' r'^P ' ^ ^ D "^o^e^cial más importante del Brasil d e s tien^n ,5 '° y P e r n a m b u c c ^ está e m p l a z a d a en la veriiente d e una meseta q u e termma en la costa. yy la r;,fH^S'^^."''^"*° 9 ? " ^«^"¡^^1 la ciudad baja la c u d a d alia y, para vencerlo, ha sido preciso construir un p o - AIO VIL - NÚM. 284 popular ILUSTRACIÓN POPULAR P R E C I O S D E S U S C R I P C I Ó N : Director: M. JIMÉNEZ MOYA EapaAa; Director d . lo sección d e folletines encuadernables: L o r e n z o C o n d e Un m«s . . t ptat Un aAo . . U * ' América: Un «no . . m ptas \ o«má| palaaa: Un aAo 40 > Ejamplar auaito SO cta. Oficinas: Diputación, 211.-— B a r c e l o n o Númoro atraaado S E Para p r o v i n o i a t , la a u t c r i p a l A n m í n i m a «a un t r l m a a t r a . P U B L I C A l _ O S S Á B A D O S tente ascensor q u e se e l e v a hasta ochenta metros d e altura y lleva al público d e la p a r t e baja a la parte alta. De c ó m o e s e s e e l e v a d o r p o d e m o s formarnos una idea e x a c ta p o r la fotografía. l^a ciudad baja está constituida por uñó cala q u e tiene siete quilómetros d e playa, t n e s e barrio se desarrolla t o d o el movimiento comercial d e la población, y e n él a b u n d a n los almacenes, bancos, depósitos, etcétera, a d e m á s d e la a d u a n a , el arsenal y los astilleros q u e contribuyen a aumentar la animación. En la p a d e alta hay numerosas tiendas y magníficos edificios; veintinueve iglesias, la Catedral, q u e por cierto e s la más hermosa del Brasil, varios monasterios y otras construcciones d e estilo mcxferno. Fué fundada esta población e n el a ñ o 1549, a instancias del rey Juan III y e s una d e las más antiguas del Brasil. Hoy cuenfa con más d e doscientos mil habitantes, con p u e r t o d e importancia y v a rias industrias e n t r e las q u e d e s t a c a n las manufacturas d e t a b a c o , la zapatería y los hilados y tejidos d e algodón. TAPAS EN TELA P A R A LA Pequeña Enciclopedia Se hallan a la venia lapas p a r a encuadernar e l Diccionorio Enciclopédico, publicado en A l G O . En consonancia con la o b r a a que van destinadas, estas tapas han sido confeccionadas con sólida lela de sobrio y elegante color sobre la que resalta el título de la o b r a , en relieve sobra la cubierta y oro sobre el lomo. P r e c i o 3'SO Usted es d e los que compran todos los m e s e s la revista L E C T U R A S ¿verdad? Si no la compra es p o r q u e no la conoce o no la fia visto d e t e n i d a m e n t e . P o r q u e L E C T U R A S es el primer m a g a zine literario y artístico de E s p a ñ a , y en la casa donde e n t r a una vez ya no dejan nunca de a d q u i r i r l o . Los m á s famosos escritores e s p a ñ o l e s y e x t r a n j e r o s escriben p a r a L E C T U R A S cuentos, novelas y artículos que son i l u s t r a d o s por los más notables dibujantes y fotógrafos; los m á s i m p o r t a n t e s cuadros y las m á s bellas e s c u l t u r a s son r e p r o d u c i d o s en e s t a revista por los procedimientos más modernos; las c a r i c a t u r a s e historietas m á s i n g e niosas a p a r e c e n en sus p á g i n a s ; en pliegos s e p a r a d o s a p r o p ó s i t o p a r a e n c u a d e r n a r publica o b r a s m a g n í f i c a s ; convoca i n t e r e s a n t e s concursos... Y sus secciones «De lo q u e vamos leyendo» y «De todos a todos» comp l e t a n , c a d a volumen, que es un a l a r d e d e belleza, de riqueza y de buen gusto. V continúa la o b r a de los h e r m a n o s Quint e r o «Los Galeotes», novelada por M a r i a Luz M o r a l e s , e incluidas en el número las c o r r e s p o n d i e n t e s p á g i n a s del fascículo « H o l a n d a » , c o r r e s p o n d i e n t e a la obra « B e l l a s ' t i e r r a s del mundo». El número q u e h a publicado a h o r a e n ' e n e r o , lleva en la cubierta un r e t r a t o a t o - ¡ E s t e número, como todos los de LECTUdo color d e Josefina T a p i a s ; empieza con i RAS, es un a l a r d e d e seleccionado buen la comedia en t r e s actos de Jacinto B e n a gusto y de esfuerzo e d i t o r i a l . vente, «El p a n comido en la mano», ilustraEl que p r e p a r a para cl próximo febrero da con e s p l é n d i d a s fotografías de W a i k e n es también i n t e r e s a n t í s i m o , pues, a más d e y pequeños motivos en color de F r e i x a s ; c u a t r o reproducciones a todo color de cuadespués d e c u a t r o fotografías de l>elled r o s d e F e r n a n d o Bosch, c o n t e n d r á t r a b a z a s d e las q u e lian a c u d i d o al concurso jos de José M a r í a de P e r e d a , W . F e r n á n d e z «La m a d r i n a de L E C T U R A S » , inserta el Flórez, M a r i a n o T o m á s . C i a u d e J o n q u i é r c , cuento «Que a r d a la paja», de Luis P i r a n Gabriel Greiner. Braulio Solsona, la comedello, p r e m i o Nobel 1934, con dibujos de dia e n t r e s a c t o s d e José y J o r g e de la B a r s ó ; luego a p a r e c e «El secreto de famiCueva « M a r í a del Valle», e t c é t e r a . lia», cuento d e Francisco H e r c z e g , ilustraN o deje usted d e ver algún número d e do por F r e i x a s , y sigue a este cuento c l ^ L E C T U R A S . Le iotfifesa. D i ¿ a a B a r c e l o n a ¡ M a d r i d enviando el importe por giro postal o en sellos de correo. Advertimos a nuestros lectores que q u e d a n tod a v í a algunas, muy pocas, topas de V I D A S DE HOMBRES ILUSTRES (3 ptas.), HISTORIA N A TURAL (6 ptas. los dos lomos) y TESORO DE ARTE (3 ptas.), las cuales serviremos por riguroso orden de p e d i d o . t u s a m i b o s q u e a h o r a e s la o c a s i ó n p o r a e m p e z a r a coleccionar ALGO Los que se suscriban por un mínimo de 6 meses a partir de enero, pueden adquirir cio de por el DOS reducidísimo pre- PESETAS todo lo pu- blicado hasta fin de diciembre de Tenemos mucho gusto en hacer constar que el autor de las fotografías del artículo <La pesco del atún> publicado en uno de nuestros últimos nijmeros, es el ar- .J{>%**viMmff.Mmor Strnw».... a r g u m e n t o d e la película «¿Y a h o r a q u é ? » , con fotografías de la misma película. A continuación: «Pinacoteca a m b r o s i a n a » , articulo de M a r i a n o T o m á s , con magníficas reproducciones de famososo c u a d r o s ; - L a pistola e s t r i a d a » , cuento de J. S. Fletcfier, con dibujos de B a r s ó ; «El misterio d e u n o s ojos azules», cuento por José Baeza, con dibujos de E . Vicente; una fiistorieta de O p i s s o ; el cuento «¿Qué q u i e r e s ser t ú ? » , de Manuel Ros. i l u s t r a d o por Bosch; «La primera o b r a de los Quintero», curiosa jntormación con f o t o g r a f í a s ; las secciones «De lo q u e vamos leyendo» y «De todos a todos» y c a r i c a t u r a s e historietas de i n g e n i o sos dibujantes. ptas. Pedidos a los corresponsales de esta revista o directamente a lo Administración D i p u t a c i ó n , 211. — V a i v e r d e , 3 0 . t pta. . . ESPAÑA HISTÓRICA Administración de publicidad en esta revista: A D M I N I S T R A C I Ó N OE " A L G O " P U B L I C I T A S , S. A . Diputación, 211, Barcelona. - Valverde, 30, Madrid Organización moderna de publicidad Barcelona: Pza. Catiluffa. 9, !.• Madrid: Av. Pi y Margall. 9. ent.' TeKIono I640S. - «partado 22S TeMIono 1(375. - (parlado 911 mm los Ms del Brasil los mus fióos f arofliáticos Cms BRÜSIl PEUYO BBiCitfÉ MBIOM Talleres Gráficos de la Sociedad G e n e r a l de Publicaciones, S. A . , calle de Borrell, núm. 2 4 3 a 2 4 9 , Barcelona. H I S T O R I A , L E Y E N D A Y T R A D I C I Ó N LO Q U E F U É Y LO QUE E S DE ROMA es ELd eColiseo mayores el anfiteatro dimensiones q u e ha q u e d a d o , a u n q u e en ruinas, c o m o recuerdo del p o d e r í o d e Roma. La visita a este coloso d e la arquitectura romana, tan llen o d e recuerdos y q u e tanto significa e n la historia d e la antigua d u e ñ a del mundo, e s obligada para t o d o forastero q u e llega a la capital d e Italia en viaje d e turismo. Es más, los mismos habitantes d e la Roma actual, dirigen hacia él sus paseos, sin duda FKsrque no se cansan d e contemplar el magnífico e s p e c táculo d e sus ruinas, y asi, e n t o d o momento, hay gran aninriación entre aquellas piedras milenarias d o n d e h a c e siglos se congregatia una multitud d e cien mil e s p e c t a d o res, q u e seguían con rugidos d e entusiasmo las terribles luchas entre hombres y fieras o entre hombres y hombres. Antes d e pasar a d e l a n t e d i remos, p o r q u e v i e n e a c u e n to, q u e e s un error llamar circo al Coliseo d e Roma, c o n f u n d i e n d o aquella d e n o m i nación con la d e anfiteatro. Los circos eran los lugares d o n d e se celebraban ias carreras d e carros, mientras los anfiteatros se reservaban a las luchas d e los g l a d i a d o res y a otros e s p e c t á c u l o s igualmente crueles. El n o m b r e prinrutivo del C o liseo fué el d e anfiteatro Flavio y lo m a n d ó construir Vespasiano. D e s p u é s s e le llamó coliseo (colloseum) d e b i d o a sus dimensiones realmente c o losales, según unos, y, según otros, por h a b e r s e levantado ante él una e n o r m e estatua d e Domiciano, p u e s hay q u e tener en cuenta q u e e s a s e s culturas qigantescas recibían d e los romanos el nombre d e «colosos». El e s p a c i o d e s t i n a d o a los e s p e c t a d o r e s e s t a b a dividido e n tres partes: el «podium». las «maeniana» y los «portici». El «podium» era la m e ior localidad del anfiteatro. En él estaban los sitios d e honor destinados al e m p e r a dor, senadores, magistrados. E n el Coliseo h a y s i e m p r , • cenWn a r e s de v i s i t a n t e s . H I S T O R I A I V E Y E N D A Y TRAftjCICÍN vestales y d e más p e r s o n a s Un m o n j e d u r a n t e -u discurso de prop a g a n d a r e l i g i o s a , e>ccna m u y f r e c u e n t e e n t r e las r u i n a s del Coliseo. Algunos visitantes e n la tribuna donde a n t i g u a m e n t e se sentaban los senadores. saciada por los crueles e s p e c táculos q u e se c e l e b r a b a n allí y q u e se v e n í a n o r g a n i z a n d o en Roma d e s d e el a ñ o 264 antes d e J. C , en q u e se ofrecieron por primera v e z a los romanos bajo la tutela d e Marco y Décimo Bruto, los cuales quisieron honrar así la memoria d e su p a d r e . Pero lo q u e los soberanos d e Roma F>erseguían ofreciendo tales fiestas, por cierto gratuitas, era atraerse las simpatías del pueblo. Cerca d e trescientos edificios d e esta clase llegó a tener el Imperio Romano esparcidos por t o d o su territorio en la é p o c a d e su máximo esplendor. A veces, los espectáculos q u e se c e l e b r a b a n en el Coliseo revestían una imponente g r a n d i o sidad, c o m o c u a n d o se organizaban batallas navales, para lo cual se llenaba d e a g u a el círculo d e arena. Hoy ya n o se c o n g r e g a e n el Coliseo una multitud d e cien mil personas, p e r o sí c e n t e n a r e s d e visitantes q u e s e extasían e n la contemplación d e las ruinas y q u e recorren sus g r a d a s y tribunas o d e s c a n s a n e n los b a n c o s q u e rodean el círculo d e arena, en homenaje d e evocación a aquellos tiempos en q u e Roma fué la gran señora del m u n d o . A v e c e s , se v e también un s a c e r d o t e q u e pronuncia d e s d e las g r a d a s un discurso d e p r o p a g a n d a religiosa. Una multitud le rod e a en seguida y le escucha con interés y respeto, a c a s o porq u e s a b e n q u e allí mismo hallaron una m u e r t e cruel muchos mártires. Así e s c ó m o e s a s piedras, hoy ruinosas, q u e cuentan con una a n t i g ü e d a d d e cerca d e d o s mil años, n o han p e r d i d o a ú n el contacto con la humanidad. A l r e i l e d a r d e la arena centenares d» p e r s o n a s descansan y contemplan e x t a s l a d a s el e s p e c t á c u l " de las a n t i g u a s r u i n a s . Alí^\ D e la vida escolar n o r t e a m e r i c a n a Cada a l u m n o se dedica libremente al trabaio q u e m á s le agrada. EN L A S p r e g u n t a r á n a l g u n o s — m a n t e n e r con tal régimen u n a buena disciplina e n t r e los es«olares? A esto p u e d e contestar. w se que lo que alli impera es la autodisciplina. Sin necesidad de maestro o p a s a n t e que bajo la a m e n a z a de severos castigos a t e m o r i c e a los niños, ellos mismos cuidan del o r d e n . La escuela no es, al fin y al cabo, una institución de e n s e ñ a n z a p a r a adultos, sino p a r a niños. Y éstos necesitan un régimen especial. E l sistema de que se valgan por si mismos, sirviéndose unoJ a o t r o s , es una excelente idea, pues asi a p r e n d e n a vivir en sociedad, lo cual h a de serles muy provechoso p a r a el futuro. A los seis a ñ o s de clase elemental siguen tres de «Júnior Highschool» y o t r o s t r e s de «Sénior Highschool». Highschool n o significa estudios s u p e r i o r e s , sino medios, y d u r a n h a s t a los dieciocho a ñ o s de e d a d . Son, p o r decirlo así. el escalón de p a s o a las Universidades o a los «Collegcs» especiales. T a m b i é n d u r a n t e los Highschools, q u e p o r cierto son g r a t u i t o s , se evita s o b r e c a r g a r a los niños de s a b i d u r í a , y también i m p e r a en ellos lo práctico. F o r m a p a r t e del g r a d o una clase de cocina p a r a muchachos. L a escasez d e servicio domestico obliga con frecuencia a l h o m b r e a a y u d a r a su mujer en los q u e h a c e r e s de la casa y a enseñarle a m a n e j a r las m á q u i n a s m o d e r n a s q u e a h o r r a n t r a b a j o en el h o g a r . Las mujeres, por su p a r t e , reciben una educación culinaria e s m e r a d a en cocinas e s c o l a r e s comunes y en p e q u e ñ a s cocinas p a r t i c u l a r e s . Los a l u m n o s de m e n t a l i d a d a t r a s a d a son objeto de especial atención. Se les educa p o r s e p a r a d o en p e q u e ñ o s g r u p o s de inteligencia a n á l o g a y se e n c a r g a n d e ellos maestros especializados q u e ponen t o d a su c a p a c i d a d p e dagógica y toda su paciencia p a r a vencer su r e t r a s o . Los niños c o r p o r a l m e n t e débiles, y especialmente a q u e llos de peso inferior en un veinte p o r ciento o más a lo normal, son a g r u p a d o s en clases especiales. P o r medio de un régimen de alimentación c u i d a d o s a m e n t e escogida, E l, objetivo p r i m o r d i a l de la educación a m e r i c a n a es conservar la salud del educando, pueslo que sin salud no hay inteligencia despejada. Las vacaciones a n u a l e s d u r a n tres meses. Además, en cl resto del año sólo a s i s t e a clase cinco dias p o r semana, pues el s á b a d o y el domingo los tiene libres. La j o r n a d a escolar es de seis h o r a s y m e d i a : de nueve de la m a ñ a n a a t r e s y media de la t a r d e . H a s t a cumplidos los doce años no se violenta lo m á s minimo la inteligencia del alumno. Los niños deben ser niños. En la enseñanza, como en todo, existen varios caminos. E n E u r o pa, educar significa someter. Se obliga a los niños a s e g u i r rigidamente las directrices prefijadas por los mayores. En N o r t e a m é rica, educar es dejar que se desarrollen las disposiciones p r o p i a s de c a d a cual, con a l e g r í a e independencia. La clase llamada elemental comprende alli seis g r a d o s , c o r r e s pondientes a los años que median entre los seis y los doce de e d a d . D u r a n t e ellos, la enseñanza es común p a r a ambos sexos y corre a c a r g o de m a e s t r a s exclusivamente. E n locales amplios, al lado de espaciosos j a r d i n e s , se dedican los niños a las ocupaciones a que sus inclinaciones particulares les impulsan, fl unos (y según sean niños o niñas) les a t r a e la máquina de escribir, a o t r o s la cocina, a otros la construcción de una casa o su a r r e g l o interior, etcétera, y a ello prestan libremente su atención sin que se les fuerce a hacer otra cosa. Sistema educativo que ejerce una s a l u d a b l e influencia no sólo sobre el cerebro, sino sobre toda la p e r s o n a del niño. Altamente interesante es el procedimiento de a p r e n d i z a j e de la geografía. Se a p r e n d e viviendo. Si se t r a t a del Japón, por ejemplo, los niños van reuniendo durante varias s e m a n a s todos los d a t o s que sobre dicho pais encuentran. Después, con los m a t e r i a l e s que tienen a su disposición, o r g a nizan una especie de función t e a t r a l , en la que imitan en todo lo posible la vida nipona, vistiendo, comiendo, t r a b a j a n d o y durmiendo como los japoneses. Las clases de lectura de aquellas escuelas se diferencian notablemente de las nuestras. N a d a de estrechos bancos ni de libros iguales, n a d a de normas rígidas, sino asientos y mesas libres, y lecturas a elegir e n t r e libros y revistas convenienlemente escogidos, pero entre los que existe una g r a n v a r i e d a d . Después, p a r a que la lectura no deje de d a r su fruto, un poco de conversación bajo la dirección de la maestra, que anima a los niños a r e l a t a r a sus compañeros lo q u e han a p r e n d i d o leyendo. ¿ C ó m o es posible — s e k Alumnos y a l u m n a s construyen una casita. mucho descanso y una p e r manencia constante a la luz y al aire, suelen o b t e nerse r e s u l t a d o s r á p i d o s y duraderos. H a y o t r a s clases cuyo objeto principal es convertir r á p i d a m e n t e a los inmig r a d o s en c i u d a d a n o s a m e ricanos y fomentar, en seg u n d o lugar, el a p r e n d i z a j e de la lengua del pais. fl las muchachas se les inculcan, a d e m á s , conocimientos útiles p a r a la casa y la vida, y a los h o m b r e s , p a r a los negocios. Las escuelas suelen e s t a r en p l a n t a s b a j a s y dispuest a s de modo q u e p u e d e n ser r á p i d a m e n t e e v a c u a d a s en caso de incendio. Ante su fachada principal hay magníficos j a r d i n e s , cn los que a b u n d a n las flores, y en la p a r t e t r a s e r a no taita nunca un amplio c a m p o de j u e g o s . Los techos son a l - , ' EN 1,AS UKLAS y aposentos espaciosos y bien ventilados, y no sólo s e procura que tiaya aire sufic i e n t e , sino q u e p o r varios medios se consig u e q u e éste sea lo m á s p u r o posible y q u e la atmósfera viciada t e n g a una forzosa y r á p i d a salida. N o r t e a m é r i c a h a puesto t o d a su voluntad en crear una e n s e ñ a n z a modelo y lo ha conseguido. I.O consiguió a n t e s que E u r o p a , pero ya ésta ha l o g r a d o situarse a su lado y ahora las dos avanzan j u n t a s de la mano del p r o g r e s o . ii'lJ''?'^^''** ^ t a i i ( < Ue Leipzig) M a x Z I M P E L J u g u e t e s que se construyen en c a s a EL P A T O Q U E A N D A idea exacta de cómo es, Al mismo tiempo p o d e m o s ver cómo e s la pieza B, q u e es la t r a z a d a con p u n t o s . La pieza C debe c o r t a r s e sobre una madera de veinte milímetros de grueso p a r a ir r e b a j á n d o l a por un lado (el q u e ha de q u e d a r a la p a r t e e x t e r i o r ) , como se desp r e n d e de la figura 1. m a r c a d o en la pieza A. E l tornillo no debe introducirse h a s t a la cabeza, con objeto de q u e la p a t a t e n g a juego. Con la o t r a p a t ó se procede e x a c t a m e n t e igual. La figura III m u e s t r a el pato completamente t e r m i n a d o . Sólo falta introducir un pequeño cáncamo en el pecho ( y a está indicado en la figura A), a t a r a él un iiilo r e - D EI. modo m á s claro posible voy a d e s cribir en este y sucesivos artículos cóm o se construyen b a r c o s que n a v e g a n , aviones q u e vuelan, a n i m a l e s q u e se mueven y o t r o s juguetes curiosos. P a r a ello se pueden aprovechar desperdicios de m a d e r a de los q u e s i e m p r e suele h a b e r por ías c a s a s y como h e r r a m i e n t a s sólo se necesitan una hoja de sierra p a r a metales (en cualquier ferretería se e n c u e n t r a n por veinte o veinticinco céntimos) y un poco de papel de lija p a r a a f i n a r las p i e z a s . P a r a e m p e z a r voy a describir cómo se construye un p a t o que a n d a . T i r a n d o de el con un hilo, el p a t o a v a n z a moviendo los pies y con ese balanceo característico en dichos animales. Piezas. P a r a construir este p a t o nosotros hemos e m p l e a d o m a d e r a de trece milímetros de grueso, pero p u e d e e m p l e a r s e la q u e se t e n g a a mano con tal de que su espesor no baje de los diez milímetros ni pase de los quince. L a s p i e z a s son cinco. Una pieza de la forma A, Dos p i e z a s de la forma B, Dos piezas de la forma C. Construcción. E m p e z a r e m o s por cuadricular la t a b l a de la que hemos de c o r t a r las piezas. Los cuadritos deben h a c e r s e de m o d o que midan trece milímetros de lado, t o n a y u d a de esta cuadrícula nos será fácil t r a s l a d a r a la m a d e r a las figuras t r a z a - i d a s en n u e s t r o gráfico, gráfico que, como vemos, está también cuadriculado. sistente y t i r a r del cordel después de dejar el p a t o en el suelo. E n t o n c e s las p a t a s s e moverán, d a n d o la sensación de que el a n i mal a n d a por sí solo. La figura IV indica cómo se pueden unir dos m a d e r a s p a r a cort a r a l mismo tiempo las dos piezas B, con lo que r e s u l t a r á n e x a c t a m e n t e i g u a l e s . Pintura. Si se q u i e r e p i n t a r el j u g u e t e , debe h a c e r s e a n t e s de unir las piezas y esp e r a n d o a q u e la p i n t u r a sc seque bien p a r a r e a l i z a r el montaje. E l modelo construido por mí tiene la p a r te interior de las p a t a s y cl pico de color Una vez frazadas las figuras, se recortan con la s i e r r a y se afinan, rebajan y perfeccionan con el c o r t a p l u m a s y el papel de lija. Las piezas A y B no p r e s e n t a n n i n g u n a dificultad de construcción porque son de un gruesq uniforme —el g r u e s o de la t a b l a — , p e r o la pieza C tiene u n a torma i r r e g u l a r q u e no se puede p r e c i s a r en la cuadricula. P o r eso, a d e m á s d e d a r l a en el gráfico cuadriculado, la r e p r o d u c i m o s a p a r t e (figura I) p a r a q u e p o d a m o s f o r m a r n o s una La pieza B lleva un boquetito que la a t r a viesa, como se ve en el gráfico, y la pieza A o t r o que no atraviesa la m a d e r a . Ambos indican el punto de unión de las dos piezas m e d i a n t e un tornillo, como se explica más adelante. Montaje. Las piezas B y C se unen enc o l á n d o l a s . E n la figura I I s e ve claram e n t e cómo q u e d a n e s t a s piezas después de u n i d a s . F o n n a n una p a ta. H u e l g a decir q u e hay que hacer otra pata exac/ ' ^ w Jl t a m e n t e igual, pero e n ^ colando la pieza C en la o t r a c a r a d e la pieza B, p a r a formar la p a t a del o t r o lado. Construida la p a t a , sc hace p a s a r un tornillo por cl boquete de la pieza B y se i n t r o d u c e con el destornillador en el punto de unión r o j o ; la cabeza, las a l a s y la cola, n e g r a s , y el resto del cuerpo, blanco. W l a d i CUQUE (*} El aue desee los planos en tamaño natural del pato que anda, paade adquirirlos, al precio de ana p«seta, en el domicilio de don J . Uabascall Beorteaul, Avenida de Gaadi, 56, Barcelona. DIVULGACIÓN CIENTÍFICA Cuando hayan dado la v u e l u completa a la Tierra, estos a v i o n e s g a n a r á n y ¿EN QUÉ D Í A / ^ O N motivo del articulo publicado en e s ^ tas páginas con el título d e « ¿ Q u é hora es?», hemos recibido un artículo muy acertado q u e lleva por titulo el q u e e n c a beza el presente y q u e es d e b i d o a don L. Lobo Peña, d e Cantalejo (Segovia). En el artículo p r e i e n t e no me p r o p o n g o enmendar lo q u e muy bien ha dicho el señor Lob)o Peña, sino ampliarlo convenientemente. En realidad, se trata d e una cuestión d e v e r d a d e r o interés y ger>eralmente p o c o sabida. Los q u e vivimos en Eurofja, por ejemplo, poco tenemos q u e preocuparnos d e ello. Si en estos momentos es, por ejemplo, mediodía del lunes, no tendremos q u e hacer ningún esfuerzo d e imaginación para comprender q u e , sucediéndos e las horas del día, llegamos a medianoche y que, a partir d e este momento, vamos a empezar el martes. Los días irán pasando sucesivamente como una cinta por nuestro meridiano, y a las d o c e d e la noche (hora legal), lo mismo para los astrónomos que para el público en general, se iniciará el n u e v a día. Pero imaginemos q u e cuando es mediodía para nosotros, nos trasladamos hacia el Este, traspasando husos y más husos horarios. Llegaremos instantáneamente a un meridian o q u e corresponde a las d o c e d e la noche. perderán un dia respectivamente. ESTAMOS? Hemos llegado a un punto crítico. Un p o co antes d e los 180 grados d e longitud s e rá lunes, por ejemplo, y un poco d e s p u é s será también lunes; en el primer caso será el lunes q u e termina y e n el s e g u n d o el lunes q u e empieza. Pero este estado dura un tiempo infinitamente corto, pues del m e ridiano d e los 180 grados d e longitud surgirán inmediatamente los primeros momentos del martes. Si el viaje no lo efectuamos con la imaginación, sino con un vehículo cualquiera, en aeroplano, por ejemplo, notaremos q u e dirigiéndonos hacia el Este, el Sol se pondrá todos los días más temprano o q u e la duración del día será más corta. Lo contrario ocurriría si efectuásemos el viaje en sentido contrario. Sucederá, también, q u e en un viaje d e circunnavegación e n el sentido E-W, se perderá aparentemente un día, y d e W a t , lo ganará. Esto ocurrió, por primera vez, el 6 d e noviembre d e 1524, cuando los compañeros d e Magallanes, q u e salieron d e España el 10 d e agosto d e 1519, por el W y regresaron por el E, quedaron asombrados al enterarse d e q u e los e s pañoles celebraban el domingo, mientras su diario d e a b o r d o marcaba el sábado. Lo contrario ocurrió a los portugueses y h o landeses q u e pasaron por el Catx> d e Bue- na esperanza y regresaron por el O e s t e . 1al resultado ha d a d o lugar a la semana d e los «tres jueves». En efecto, si d o s viajeros han d a d o la vuelta al mundo, uno por el Este y el otro por el O e s t e , y sup o n e cada uno d e ellos q u e el d í a d e su llegada es un jueves, lo q u e para el urxj será más pronto y para el otro más tarde q u e el jueves local, resultarán tres jueves consecutivos. Por lo dicho se c o m p r e n d e q u e hay un meridiano sobre la Tierra a partir del cuai «surgen» los nuevos días y q u e dentro d e él se «hunden» los días q u e terminan. Este meridiano es precisamente el q u e dista 180 grados del meridiano del O b s e r v a t o rio d e Greenwich. Puede hacerse una representación mecánica d e este p r o c e s o cronológico comparando la Tierra a una cinta métrica arrollada dentro d e su estuche. En la cinta métrica s u p e r a m o s q u e está dibujado el lunes cuya longitud correspond e a t o d o el r u e d o del estuche. Tirando j d e la cinta, irá saliendo el lunes, q u e se i prolongará a t o d o lo largo del circulo. Al i llegar el extremo d e la cinta otra vez al sitio en q u e está la abertura del estuche, empezará a salir el martes, al propio tiemp o q u e el extremo d e la cinta se introdu- DIVULGACIÓN CIENTÍFICA eirá dentro del estuche. La abedura d e este último significa en este ejemplo los 180 grados d e longitud. Ahora bien, se da la magnífica casualidad que los 180 grados d e tantemente existiría un día d e diferencia entre los habitantes d e los tiarríos d e la Catedral y los del Parque d e Montjuich. Si se debiera celebrar una solemnidad nacional, medio Barcelona la celebraría y la otra mitad lo efectuaría el día siguiente. Las complicaciones serían intolerables d e s d e los puntos d e vista intelectual y mate- ai astrónomo tomar puntos d e referencia para determinar su duración. En fin, recordaré que antes d e establecerse los husos horarios la línea d e demarcación del cambio d e día era más complicada que en la actualidad, en que e s simplemente un meridiano. Entonces dicha línea pasaba por el estrecho d e Beehríng. Gráfico de los h u s o s horarios Í D que está d i v i d i d a la Tierra longitud caen casi totalmente e n pleno O c é a n o Pacífico, d e manera que el cambio crítico d e fecha no interesa o perturba casi a nadie. Puede decirse que es una cuestión que sólo afecta a los navegantes cuand o pasan por aquel meridiano. Imaginemos, por un momento, la molestia a u e se causaría si el meridiano crítico correspondiera a un país poblado y civilizado. Supongamos que este meridiano pasara por las Ramblas d e Barcelona. En e s t e caso cons- rial. Como ha dicho muy bien un escritor, situado un individuo en el meridiano crítico, podría colocar un pie sobre el día d e Pascua y el otro pie sobre el Sábado Santo. Sí el lector se fija bien, el cómputo d e los días e s completamente convencional, aunque indispensable para las necesidades prácticas d e la vida. Para la Tierra, en el espacio y girando alrededor d e su eje, no existen días, ni semanas, ni meses. N o hay más que rotaciones para las cuales le basta Para «alwar < l e « € i i i J o t Je lo« maquini«la» contorneabia las costas d e Siberia y d e China, pasaba por el este d e Filipinas, d e la Australia y d e la Nueva Zelanda. A últimos del siglo pasado, el gobierno español introdujo una modificación e n el curso d e esta línea, cambiándola del oeste d e Manila y d e Filipinas al este, mientras las islas Marianas y Carolinas (jermanecían al este d e dicha línea, lo cual no ocurre e n la actualidad. José COMAS SOLA Más d e una v e z se ha producido una catástrofe ferroviaria por no o b e d e c e r el maquinista a las señales d e los discos. Para evitar esto, s e ha inventado e n Alemania un curioso disfjositivo eléctrico que se instala junto a la vía del tren y que s e combina con otro dispositivo que lleva la locomotora, al lado d e las ruedas. Cuando é s t e pasa sobre aquél, actúan dos poderosos imanes y transmiten eléctricamente al puesto del maquinista fuertes señales auditivas. Los disDositivos sólo están instalados allí donde el maquinista d e b e moderar la marcha o detener el tren, lo cual precisan dichas señales. Así no hay posibilidad d e que al conductor del tren le falle la atención en un e x c e s o d e costumbre y confianza. El dispositivo : en el ... momento — i funcionar. — pL mayor e n e m i g o del maquini sta e s esa e s p e c i e d e adormecimiento d e *^ la atención que produce la c ostumbre d e realizar un trabajo. Cuanto más experimentado sea, tanto más acostumbrado está a ver las señales d e los discos luminosos y, por consigui «-nte, tanto más expuesto a que su atención los pase por alto. • l'arte 784 SCHILLER FRÍES. MEL. SAC. FRUÍS. OTROS Vale más que respondas por ti mismo. Cumplimos con nuestro deber. ; Que vaya a la cárcel! (A los circunstantes.) ¡Qué despotismo!... ¿Hemos de permitir que se lo lleven ante nuestros propios ojos? Nosotros somos los fuertes. No lo toleremos. Se pondrá a nuestro lado toda la Rente lionrada. ¿Quién se opone a las órdenes del baile? TRES HOMBRES. (Acercándose al grupo.) ¿Qué ocurre? ¿Se prende a Tell? No lo permitáis: nosotros os ayudaremos. Vuelven HILDEGAKDA, MATILDE e TELL. tjrES. WAL. ISABEL. Ya me defenderé yo mismo. Id, buena gente. Si quisiera usar de mi fuerza, ¿creéis que temería a su alabarda? MEL. (A Frieshard.) ¡Atrévete a prenderlo ! FfR.ST y S T A U . ¡ Calma ! ¡ Calma ! liiiES. (Gritando.) ¡Revolución! ¡Revolución ! (óyense unos cuernos de caza.) MUJERES. ¡ El baile está aquí! FRÍES. (Gritando más fuerte.) ¡Revolución! ¡ Revolución! STAU. ¡ Así reventaras, maldito! R O S . y M E L . ¿Te callarás, pelmazo? FKEIS. (Alzando más la voz.) ¡ Socorro! ¡ Socorro ! ¡ Favor al r e y ! FUBST. Ya está aquí el l)aile. ¡Desgraciados! ¿Qué va a ser de nosotros? TEI-L. OES. TELL. OES. TELL, OES. TELL. GES, TELL. a caballo, con un halcón en la mano; R O D O L F O el escudero, BERTA, RUDE.XZ y hombres de armas formando un bosque de picas. GESSLER GES. RoD, GES. FRÍES. OES. (Fl escudero.) ¡ P l a z a ! ¡Plaza al señor baile! ¡Qué despejen!... ¿Quién reunió aquí al pueblo? ¿Quién demanda socorro? (Todo el mundo guarda silencio.) ¿Quién eres? ¿Qué ocurre? Quiero saberlo. (A Frieshardt.) Adelanta. ¿Por qué detienes a ese liombre? (Fntrega el halcón a un criado.) Monseñor: pertenezco a tus hombres de armas, doy la guardia a tu gorro y he cogido a ese villano porque no ha querido saludarlo. Tú diste sobre este particular tus órdenes; mas e! pueblo se ha empeñado ahora en libertarlo. (DespiK'x de una pausa.) ¿Así, Tell, desprecias la autoridad del emperador y la mía, toda vez que yo orde- TELL. GES. TELL. GES. GUILLERMO n o y mando cn su nombre? ¿Te nle^'as a prestar tu homenaje a ese gorro que se ha puesto aqui para probar la sumisión del pueblo? En verdad que das prueba de tu mal instinto. l'erdonad, monseñor. Obré por inadvertencia y no para ofenderos. Si hubiera reflexionado, ya no me llamaría Tell. Vuelvo a pediros perdón: no sucederá otra vez. (Después de unos instantes de silencio.) Dicen que eres muy diestro en el manejo del arco. Se añade que desafías al mejor cazador, Y es cierto, monseñor. Mi padre hace caer a cien pasos de distancia una manzana del árbol. ¿Es tuyo ese chiquillo, Tell? Sí, monseñor. ¿Cuántos hijos tienes? Dos, monseñor, ¿A cuál quieres más? Los dos me son iguales. Y bien: puesto que haces caer una manzana de un árbol a cien pasos de distancia, vas a probar tu destreza. Coge tu arco y disponte a hacer blanco en una manzana colocada sobro la cat)eza de tu hijo. Te aconsejo que aciertes al primer golpe: si no das en ella con tu flecha haré que te corten la cabeza. (Todo el mundo se horroriza.) ¡ Ah ! monseñor: ¡ qué atrocidad exigís!... ¿Y yo debo apuntar contra la cabeza de mi hijo?... ¡ O h ! mi buen sefior: no es posible que se os pueda ocurrir tal idea... El Dios de la misericordia no puede inspirarla, ¡ Esto no podéis exigirlo formalmente de un padre! Dispararás sobre la manzana colocada en la cabeza de tu hijo... Lo quiero... Que mi voluntad se ejecute en seguida, ¡ N o ! ¡ n o ! Antes que di.sparar mi flecha contra esta cabeza querida, prefiero cien veces la muerte. Dispararás o morirás con él. ¡ Ser el asesino de mi hijo!... ¡ Nunca ! ¡Nunca! ¡ O h ! ¡señor! Vos no tenéis hijos: ; vos no conocéis el corazón de un i)adre! ¡ Hola ! Parece que te has moderado. Se me dijo que eras un soñador y que no te parecías a los demás hombres. Pero veo que amas mucho. He ahí porqué he elegido para ti algo audaz y extraordinario. Otro vacilaría ; mas tü ejecutarás con valor mi orden. ¿Quién no le conoce? ¿Le ha sucedido algo? Concluid. STAU. Landenberg, el baile, castigó a su hijo por haber cometido una falta harto ligera: hizo desuncir de su carreta su mejor par do bueyes y entonces el joven pegó al agente y emST»II. prendió la fuga, FURST. (Cuya atención sigue en aumento.) Pero ¿qué sucedió al padre? Hablad. STAU. Landenberg le mandó llamar para que le entregara el hijo, y como el anciano jurara, y no en falso, que nada sabía del fugitivo, el baile enMEIvió por sus verdugos... FLR.ST. (Conduciendo a Stauffacher al otro lado de la escena.) ¡ Silencio!... ¡ silencio!.,, ¡Ni una palabra más!... STAU. (Hablando en voz más alta.) Y el hile le dijo: "Si se escapó tu hijo, te tengo a ti." Y mandándole arrojar al suelo, le hizo sacar los ojos, FUR.ST. ¡ Dios de misericordia ! MEL, (Entrando bruscamente.) ¡ Los ojos!,. ¿Habéis dicho los ojos? STAU. (Sorprendido y dirigiéndose a Walter.) ¿Quién es ese mozo? MEL. ¡ Los ojos!... Hablad: ¿es esto cierto? FUR.ST. ¡ Oh !... ¡ desgraciado! STAU. ¿Quién es? ¿Quizá su hijo? (Walter hace un signo afirmativo.) ¡ Santo cielo! FURST. MEI-. ¡ Y aun dicen que permanezca lejos de él!... ¡ Sus dos ojos! FuR,ST. ¡ Conteneos!... ¡ Soportad con valor esta desgracia! MEL. ¡Por mi falta, por mi culpa!... ¡.\sí MEL. está ciego, privado de la luz para siempre! STAU. Harto lo dije: la fuente de la luz lia quedado en él extinguida, ¡ Ya no verá más el s o l ! FUB.ST. Reprimid vuestro dolor. MEI. ¡ N u n c a ! ¡nunca!... (Coloca su mano delante de sus ojos y guarda silencio por algunos instantes: luego se vuelve a uno y otro lado y habla en voz baja, entrecortada por las lágrimas.) ¡Oh! ¡qué noble don del cielo es la luz!... Todos los seres viven de ella... Las mismas plantas se vuelven risueñas hacia el sol... ¿Y habrá de permanecer con el sentimiento de su STAU. desgracia en la eterna noche, en las eternas tinieblas? ¿La verdura de MEL. los prados, el brillo de las flores no alegrarán ya sus ojos? ¿No contemplará los ventisqueros con la púrpura del sol poniente? Morir no es nada; pero vivir y no ver es desgracia Insoportable,,. (A Walter y FÜR.'^T. TEATRO CLASICO.—51 TELL 769 stauffacher.) ¿Por qué me miráis con piedad? ¡ i'o al fin tengo dos ojos sanos y no puedo dar uno a mi padre, ni una sola hebra de la mar de luz que llega en todo su brillo hasta mi vista! ¡ A y ! tengo aiin quo acrecentar vuestro dolor en lugar de atenuarlo... Vuestro padre es aiin más digno de lástima. El baile se lo ha quitado todo: sólo le ha dejado un bastón para que fuese ciego y desnudo a pedir limosna! ¡ Nada más que un bastón a un hombre viejo y ciego! ¡Todo se lo ha robado, hasta la luz del sol, que es bien de todos los pobres!... Que no se hable de quedarme aquí, de ocultarme... ¡ Oh ! ¡ cuan cobarde y miserable fui pensando nada más que en mi seguridad y no en la suya!... ¡De haber dejado su amada cabeza en rehenes de aquellos bárbaros!.., Lejos de mí una prudencia cobarde: i sólo quiero pensar en una venganza ' sangrienta. Nada podrá detenerme... i Yo pediré al baile los ojos de mi ; padre. Le iré a buscar en medio de j sus soldados. ¿Qué me importa la vida si puedo endulzar mi horrible y punzante dolor con su sangre? (Intenta irse.) (Deteniéndole.) ¡Quedaos! ¿Qué podéis hacer contra el tirano? Se halla en Sarnén, en su castillo; y, tranquilo en su fortaleza, se reirá de vuestra cólera impotente. .\un cuando viviera en el palacio de hielo del Schreckhorn, o en el más alto aiin, donde la Jungfrau se halla eternamente velada por las nubes, yo me abriría hasta él un camino. Con veinte jóvenes bien dispuestos cual yo, destruiría su castillo; y si nadie me sigue; si todos vosotros, temiendo por vuestros rebaños y vuestras rasas, os doblegáis al yugo del tirano, yo reuniré los pastores del mont e ; y allí, bajo la libre bóveda del cielo, donde el alma está atin viva y el corazón sano, yo contaré la horrible atrocidad de que ha sido víctima mi padre. La tiranía llegó a su colmo. ¿Esperaremos a que sea aun más extremada? ¿Qué extremo hay que temer, si el ojo no está ya seguro en su órbita? ¿Nos hallamos indefensos? ¿Por qué, pues, aprendimos a manejar el arco y la pesada hacha de armas? Dios ha dado a todos los seres algo con 770 S C H I L L E R r U I L L E R M O que defenderse: el perseguido ciervo rrente que se desliza furioso en el muestra a la jauría sus temibles asfondo de su lecho no ha rebasado tas ; el corzo arrastra al cazador haaún sus orillas. Pero cuando vean al cia el abismo... El mismo buey de lapaís en armas, esos nobles se colobor, ese dulce compañero del hombro carán a nuestro lado. que con tanta docilidad doblega el F i i : < r . Si existiese un arbitro entre noscuello a su yugo, lanza con su potenotros y el Austria, su fallo podría te cuerno al enemigo que le excita resolver la contienda; pero el que hasta l a s nubes. nos oprime e s nuestro emi)erador y FüssT. Si los tres cantones piensan como nuestro juez supremo. Dios nos ayunosotros, haremos algo. dará con su brazo. Pet^ad vosotros STAU. Sl los de Uri y Unterwalden prestan en la gente de Schwyz; yo conquissu auxilio, el de Schwyz respetará taré la de un. Pero, ¿quién cuidasu alianza. rá de la de Unterwalden? Yo... ¿Quién a ello tiene más dereMEL. Tengo numerosos amigos en Unter- M E L . cho? walden y todos arriesgarán su sangre si hallan sostén y refugio en los FURST. No puedo consentirlo... Sois m y i u é s otros dos cantones. ¡Oh, vosotros, ped y debo velar por vos. padres de este buen país!... Yo no M E L Dejadme: conozco las sendas más disoy más que un joven, y vosotros esfíciles y los más ásperos peñascos. táis llenos de experiencia. MI voz Encontraré amigos que me ocultarán debe callar modesta en vuestra? a nuestros enemigos y que me conasambleas. Mas no despreciéis mi pacederán bajo su techo un abrigo. labra aunque me veáis mozo; yo no STAU. Que vaya y que Dios le guíe. Allí no he vivido nuicho; no me Impulsa el hay traidores, y se odia tanto al desardor de mi sangre joven, sino la potismo, que nadie querrá ser su fuerza de un dolor inmenso que eninstrumento. La gente de Alzellén ternecería a las rocas. Vosotros solc encontrará amigos en Mldwaldén y padres, jefes de una familia y desublevará el país. searéis sin duda un hijo virtuoso M E L . ¿Cómo nos participaremos l a s notique honre vuestras canas y vele por cias? ¿Cómo evitaremos las sospela luz de vuestros ojos. ¡ Oh! ¡ aunchas del tirano? que no haya tenido que sufrir vuesSTAU. Podríamos reunimos en Brunnén o tro honor ni vuestra hacienda; aunen Treib, donde van las naves merque conservéis claros y brillantes cantes. vuestros ojos, apiadaos de mi desgraFUBST. cía! La espada del tirano se halla Es sitio demasiado franco. Atendea también suspendida sobre vuestra cabien: a la izquierda del lago yendo beza ; librad a este país del yugo de a Bnmnén y frente a frente de MyAustria. Mi padre no había cometido thenstein hay una pradera oculta en otro crimen ; vosotros también lo cola selva: los pastores la llaman Rutmetisteis y os halláis condenados li, porque el bosque está desarraigacual él a los excesos del despotismo. do. Allí está el límite de mi país y STAU. (A Walter.) Decidios: estoy pronto del vuestro (a Melchtlial.), y en muy a seguiros. poco tiempo (A Stauffactier.) vuestra l a n c h a os conducirá desde FtmsT. Aguardemos a que los nobles señores Schwyz a aquel sitio. Podremos ir de Sillinén y de Attinghausen nos de noche, emprendiendo por los más den su consejo. Su nombre conquisocultos senderos, y allí celebraremos tará partidarios. sin ruido nuestras juntas. Cada uno MEL. i Existe en nuestras selvas y montade nosotros podrá traer diez homñas un nombre tan honrado cual el bres de su confianza, cuyo corazón vuestro? El pueblo cree en él y forestará unido con el nuestro y allí ma autoridad. Heredasteis las virtupodremos resolver lo que s e debe hades de vuestros abuelos y aun acrecer. Dios mediante. centasteis su tesoro. ¿Necesitamos de STAU. Sea. Vengan nuestras manos. Y asi nobles? Acometamos solos la emprecomo las tres se aprietan y entrelasa. ¡ O h ! ¡si no fuéramos más que zan de un modo franco y honrado, nosotros!... así uniremos los tres cantones para STAH. L O S males que sufre el pueblo no han la defensa y el ataque, sin que pueda llegado aún hasta los nobles. Él todesunirnos m ú s j ^ e l a muerte. MEL ISA FRÍES. capaz de comprometer la gente honrada. Que cruce ante el gorro quien quiera. Yo cerraré los ojos: no quiero verle. Allí cuelga el baile. ¡Respetadle, pilludos I ¡ Ojalá s e fuera del país y nos dejara sólo su gorro! No seríamos tan desgraciados. (Dispersándoles.) ¿ H a r é i s sitio? ¿Quién os reclama nada, pueblo de mujeres? Enviad aquí vuestros esposos: veremos si acatan la orden. (Las mujeres se van.) entra a su hijo en frente se sitúan TELL WAL. TELL. WAL. TELL. WAL TELL. ITVAL. TELL. WAL TELL. WAL. TELL. WAL. TELL. WAL. TELL. WAL. TELL. WAL. TELL. WAL. TELL. WAL. TELL. con su arco guiando de la mano. Cruzan del gorro sin verle y en primer término. 783 T E L L ¿Quién e s ese rey que e s dueño de todo? El que los protege y mantiene. Entonces, ¿no pueden protegerse ellos mismos? N o : el vecino no se fia del vecino. Padre: me sentiría ahogado e n ese país tan vasto. SI, hijo mío: son preferibles las montañas de hielo a l a gente mala. (Quieren irse.) Mira, padre: un gorro colocado eu una pica. ¿Qué nos Importa? Vamonos. (En el instante de irse, Friesnardt se dirige liacia Tell empuñando su alabarda.) FRÍES. (Mostrando el Baunberg.) Padre: TELL. ¿es verdad que en esta montaña los árboles manan sangre cuando se les LEUT. hiere con hacha? ¿Quién te lo ha dicho? El pastor lo cuenta. Dice que los ár- T E L L . boles están encantados y que la maFRÍES. no del que los hiere sale de la tumba. WAL. Los árboles están, ciertamente, encantados. ¿Ves los ventisqueros, cuyos blancos picachos se ocultan en el cielo? Son nieves que descienden e n alud durante la noche. Pues bien: estos aludes hubieran sepultado desde hace tiempo la aldea de Altdorf, a no ser por esta selva SAC. que es su más fuerte barrera. Ros. (Luego de reflexionar.) ¿Y hay paíFRÍES. ses donde no se ven montañas, paTELL. dre? Sl se baja de las nuestras, yendo haRos. cia el llano, se ve un país donde las aguas no mugen ni espuman y los ríos corren mansamente; allí se ve WAL. sin obstáculos la grande extensión del cielo. El trigo crece en dilatadas ílanuras y la comarca e s un jardín. FRÍES. ¿Por qué, padre, no vamos a un país FUBST. tan hermoso? Es bello como el cíelo; pero los qu€ lo cultivan no gozan s u s bendiciones. ¿No son libres como nosotros? Sus campos pertenecen al rey y al obispo. FRÍES Pero cazarán con toda libertad en la selva... STAU. N o : la caza pertenece al señor. MEL. ¿Y no pueden pescar en los ríos? LEUT. Los ríos, la mar y hasta la sal perFURST. tenecen al rey. En nombre del emperador, deteneos. ¿Qué se os ofrece? ¿Por qué me cerráis el paso? No habéis saludado el gorro del señor baile. Dejad que siga mi camino, amigo mío. ¡ A la cárcel con él 1 ¡ MI padre a l a cárcel! ¡ Socorro! ¡Socorro! (Anda por la escena gritando.) ¡ S e llevan a la cárcel a mi padre! RossELMANiT, el cura, y P E T E B M A N N , cl sacristán, llegan con otros tres hombres. ¿Qué ocurre? ¿Por qué detenéis a ese hombre? Es enemigo del rey, un traidor. (Cogiéndole con fuerza.) ¿Yo traidor? Te equivocas, amigo mío: Tell es un hombre honrado y u n buen ciudadano. (Percibe a Walter Furst y corre hacia él.) ¡ Socorro, abuelo, socorro ¡Se quieren llevar a mi padre! ¡ Vaya! A la cárcel... (Acudiendo.) ; Deteneos'. Yo respondo por él. ¿Qué ha sucedido, Tell? Llegan MELCHTHAL y STAUTA- CHEB. Desprecia el soberano poder del baile. No quiere reconocerlo. ¡Es posible!... Ese hombre miente. No ha saludado al gorro. ¿Y por eso va a la cárcel? u e j a o i e : ya dije que respondo de 782 Bek. IluD. Beb. RUD. Bee. Rtjd. Beb. GUILLERMO SCHILLER gía ! Suceda lo que suceda, ponte a l mía, en este p a í s ? ¡ Oti! ¡ B e r t a ! El lado del pueblo. (Se oyen a lo le jai a r d o r que me llevaba lejos de mi palos gritos de un cazador.) Se acert r i a , ¿qué era sino un efecto de mis can... H a y que separarnos. ¡ L u c h a aspiraciones hacia vos? A vos e r a a por n u e s t r o p a í s y l u c h a r á s por tu quien yo buscaba en la senda de la a m o r ! ¡ H a y que venc-er al enemigo gloria, y toda mi ambición consistía a n t e el cual temblamos y conquisen ver premiado mi amor. ¿Deseáis t a r la libertad de n u e s t r a p a t r i a I e n c e r r a r o s conmigo en este pacífico (Vanse.) valle y renunciar a los esplendores del mundo? ¡ O h ! entonces mi ambición está satisfecha. El torrente de las pasiones no sacudirá e s t a s mpnESCENA I I I tafias. N a d a desearé en lo f u t u r o : estos montes nos r o d e a r á n con sus P r a d e r a de Altdorf. — Arboles en prlmef fuertes y sólidos muros y este dichot é r m i n o ; en el fondo, el gorro de Gessier so y tranquilo valle no se a b r i r á m á s puesto sobre una pica. L a escena se h a l l a que p a r a recibir la bendita luz del limitada por el Baunberg, sobre el cual se cielo. ve u n monte nevado. H e ahí cómo te h a b í a sofiado mi F r i e s h a r d t y L e o t h o l d , mona l m a : ¡ a h ! ¡ no me engañó mi espetando la guardia. ranza ! ¡Afuera las ilusiones que h a s t a hoy Fríes. Esperamos en vano. Nadie qniere me deslumhraron ! E n c o n t r a r é la dis a l u d a r el gorro. Antes la gente vecha en mi p a t r i a . ¡ Aquí donde crecí nía aquí como a una f e r i a ; ahora, alegremente, en que me rodean mil desde qtie ese esp.'intajo cuelga en la dulces recuerdos, en que l a s fuenpica todo está desierto. tes y los árboles viven conmigo, aquí Lkut. ú n i c a m e n t e se ve algún pUluelo que yo quiero ser tuyo. ¡ Oh ! ¡ cuánto te amo!,.. i Sin ti mi dicha es Imposip a r a b u r l a r s e de nosotros agita su ble! gorro hecho un guiñapo. L a gente h o n r a d a prefiere d a r un rodeo a n t e s ¿Dónde h a l l a r á s l a Isla a f o r t u n a d a que inclinarse a n t e la pica. sino aquí mismo, en el p a í s de la F r í e s . Lo bueno fué que cuando al medio Inocencia, donde la fidelidad tiene su día salieron de la casa del consejo asiento y donde la falsedad no h a tuvieron que p a s a r por aquí, quieras p e n e t r a d o ? Aquí la envidia no enturb i a r á la fuente de n u e s t r a dicha y no quieras. Pensé que d a r í a m o s el l a s h o r a s se deslizarán siempre feligolpe, toda vez que n a d i e hubiera ces. Aquí te veré con la dignidad del saludado el g o r r o ; pero h e t e ahí que h o m b r e ; como el primero de los ciude pronto Rosselmann, el cura, que dadanos, h o n r a d o con p u r o y libre venía de casa de un enfermo, sale h o m e n a j e y g r a n d e como u n rey en con el viático y se i^Itúa al lado de s u s dominios. la pica. El s a c r i s t á n hace sonar la P u e s b i e n : tú s e r á s aquí la perla de c a m p a n i l l a : todos caen de rodillas y l a s m u j e r e s : tú, llevada por tu femeyo con ellos, y en vez de s a l u d a r el nil actividad, convertirás en cielo mi gorro s a l u d a n al Santísimo Sacracasa, y así como la p r i m a v e r a hace mento. b r o t a r l a s flores, tú embellecerás mi Leut. Me parece, compañero, que n u e s t r a vida con t u s gracias y todo lo h a r á s situación es algo violenta: esto de feliz en torno mío. d a r la g u a r d i a a un gorro no deja de H e ahí, Rudenz, la causa de mi trisser ridículo. La gente digna y honteza : veía cómo d e s t r u í a s tu felicir a d a no podrá menos que despreciard a d con t u s propias manos. ¡ Desgra* nos, ¡ Saludar a u n g o r r o ! ¡ Vaya un ciada!... Qué sería de mí si tuviese capricho e x t r a v a g a n t e ! que seguir a u n necio y orgulloso caF r í e s . Y, a pesar de todo, cuando t e conballero, un opresor de mi país, a su viene, bien te Inclinas a n t e una casombrío castillo... Aquí no h a y casbeza vacía. tillo a l g u n o : ningún m u r o me separ a de u n pueblo que yo puedo hacer Hii-degarda, M e l c h t h a l e Isafeliz. b e l entran con chiquillos y se sitúan cerca de la pica. ¿ P e r o cómo e v i t a r é el riesgo a que yo mismo me he lanzado? Leut. E r e s t a n servicial que fueras muy | ¡ L í b r a t e de él con resolución y ener- F u r s t y M e l . (Con sus manos entrelazadas a la de Stauffacher.) ¡ O vencer o morir! Mel. ¡ Oh, p a d r e mío! ¡ Oh, pobre ciego! No podrás ver el día de la l i b e r t a d ; m a s participarás de su alegría. ¡ Cuando en los Alpes luzca de mon- ACTO TELL te a monte su brillante a n t o r c h a ; cuando las cludadelas del despotismo se derrumben, se Irá en peregrinación a tu cabana y resonará en tu oído la gloriosa nueva y el sol del más hermoso día a l u m b r a r á tu noche triste y s o l i t a r i a ! (Vanse.) S E G U N D O El castillo del barón de Attinghaussen. — Una sala gótica a d o r n a d a escudos. ESCENA PRIMERA 771 con cascos y Rudenz.) T e veo a r m a d o y e q u i p a d o ! ¿vas al castillo de Altdorf? El harón de A t t w g h a u s s i í n , anRut. Sf, t í o ; no puedo a g u a r d a r más . ciano de ochenta y cinco años, A t t i n . (Sentándose.) ¿Llevas prisa? ¡ Cómo! de elevada estatura, apoyado ¿El tiempo de tu juventud es t a n en un bastón con empuñadura escaso que no puedas ceder algún de asta de ciervo y en traje momento a tu tío? forrado de pieles. K u o n i y seis Ki-D. Veo que no me necesitáis y que no mozos de labranza en tomo soy más que u n e x t r a ñ o en vuestra suyo, con azadones y guadacasa, ñas ; U l r i c o d e R u d e n z en traA 1 ri.v. (Después de mirarle con fijeza.) Tieje de caballero. nes r a z ó n : desgraciadamente la pat r i a es p a r a ti un nombre vano. Rud. Aquí estoy, tío... ¿Qué deseáis? ¡ U l y ! ¡ U l y ! casi no te conozco. To : . \ t t i . n . Permite que, según la tradicional vistes de seda, t e a d o r n a s con la plucostumbre de mi casa, me desayune ma del pavo y ostentas el manto de con mis criados, (Bebe en una copa p ú r p u r a en t u s h o m b r o s ; m i r a s con que circula en seguida entre ellos.) desprecio al aldeano y te ruboriza su En otro tiempo yo iba al campo y saludo. a los bosques vigilando sus faenas y Itm. Les honro cual merecen: yo les nle» mi bandera les guiaba en el combago los derechos que pretenden a r r o t e ; ahora sólo puedo ejercer las fungarse. ciones de administrador de mis tieA t t i n . El país entero gime bajo la cólera r r a s , y si el sol no me visita en casa del monarca. Los hombres de corayo no puedo ir al monte en busca zón sienten tristeza por la t i r a n í a de s u y a ; y estrechando cada día m á s | de que son v í c t i m a s ; pero tú no parel círculo en que ant es me movía, i ticipas del general dolor. Vives sehoy ando con peua hacia el último j p a r a d o de los tuyos, al lado del enem á s estrecho y reducido en el cual migo de la p a t r i a , despreciando todo concluye. No soy m á s que u n a nuestra miseria, corriendo t r a s laa sombra y muy en breve no seré m á s fiestas cortesanas y solicitando el que un nombre. favor de los príncipes que azotan K u o n i . (Con la copa en la mano y dirigiéneste desgraciado país con su látigo. dose a Rudenz.) A vuestra salud, joRuD. Pero ¿por qué vive oprimido? ¿Quién ven señor. Bebed con a l e g r í a : aquí le ha lanzado al abismo en q u e se sólo tenemos u n a copa y u n coraencuentra? Sólo tendría que pronunzón, ciar una frase p a r a verse libre de la tiranía en que vive y recobrar el A t t i n . Id, hijos míos, y cuando llegue l a favor y simpatías del monarca. Deshora del descanso hablaremos de graciados aquellos que ciegan al puen u e s t r a p a t r i a . (Los criados salen. A 772 ATTIN. llUD. ATTIX. RUD. ATTIN. SCHILLER blo y le e x t r a v í a n de la senda del bien. Impiden que estos cantones presten j u r a m e n t o de fidelidad al A u s t r i a como lo h a n hecho l a s dem á s comarcas. I^es complace sentarse en el banco de los señores con los nobles... Quieren al emperador por rey p a r a no tener rey alguno. ; Que yo oiga esto de t u s l a b i o s ! Me obligasteis a h a b l a r y permitiréis que concluya. ¿Qné papel represent á i s aquí, tío mío? ¿No tenéis o t r a ambición que ser l a n d a m m a n n y gobernador de ese pueblo de p a s t o r e s ? ¡ C ó m o ! ¿no fuera m á s glorioso prest a r j u r a m e n t o al rey, f o r m a r p a r t e (le su brillante corte, antes que ser igual a vuestros criados y administ r a r justicia a los labriegos? ¡ t i l y ! ¡ U l y ! ¡Reconozco la voz que t e h a seducido! ¡ Se apoderó de t u alma y envenenó tu corazón! S í : no debo ocultarlo. Siento en el fondo de mi pecho las b u r l a s del extranjero, que nos insulta llamándonos señores y nobles de a l d e a ; pero m i e n t r a s la j u v e n t u d aristocrática se reúne en torno de la bandera de Hamburgo, yo no debo e s t a r ocioso en mis t i e r r a s ni perder los m á s hermosos días de mi vida en t r a b a j o s vulgares... L a s acciones brillantes, los mundos de gloria me Impulsan m á s allá de nuestros montes. MI casco y mi broquel se enmohecen y el .sonido de la g u e r r e r a trompa, la voz del heraldo que Invita a los torneos no llegan a este valle. Aquí sólo se oye el vulgar y monótono r u m o r del Ranz de las vacas y las esquilas de los rebaños. ¡ Ciego, deslumhrado por un engañoso brillo, desprecias a tu p a t r i a y reniegas de las sencillas y tradicionales costumbres de t u s p a d r e s ! ¡Quizá llegue u n día que suspires por tu país y t u s montañas, y quizá esa t r i s t e melodía del Ranz de las vacas que desdeñas con disgusto se apodere de ti si la oyes sonar en t i e r r a e x t r a ñ a ! Ese mundo falso y e x t r a n jero no so hizo p a r a ti. El mundo te exigirá o t r a s virtudes que l a s adquir i d a s en el valle. A n d a : vende tu alma l i b r e ; toma en feudo un pedazo de t i e r r a ; conviértete en servidor de príncipes y no serás dueño de t i mismo ni rey de t u s dominios. ¡ A h ! ¡ U l y ! ¡ U l y ! ¡Quédate con los t u y o s ; no v a y a s a Altdorf! ¡No abandones la causa s a n t a de tu pa- lU-i>, ATTIN. RuD. GUILLERMO t r i a ! Yo soy el último de mi raza. Mi nombre concluye conmigo. Allí están suspendidos mi escudo y ral casco y se e n t e r r a r á n conmigo en mi sepulcro. ¡ Cuan t r i s t e es pensar que t ú a g u a r d a s a que yo lance mi último suspiro p a r a ir delante de e.sa feudal corte y recibir de A u s t r i a los nobles bienes que yo, completamente libre, he recibido de D i o s ! E n vano resistiremos al duque. E l mundo es s u y o : únicamente nosotros deseamos luchar p a r a romper la cadena de territorios que colocó su poder en torno nuestro. Los mercados, los tribunales le p e r t e n e c e n ; h a s t a las bestias de carga que ascienden por el San Gotardo le pagan tributo. E s t a m o s encerrados y enlazados en sus dominios como en una red de la cual nadie escapa. ¿ P o d r á el emperador protegernos? ¿Acaso él mismo está g a r a n t i d o cont r a el poder siempre creciente de A u s t r i a ? Si Dios no nos auxilia, estamos p e r d i d o s : ningún emperad<ir puede ayudarnos. ¿Cómo hemos de creer en la p a l a b r a de otros reyes si a p r e t a d o s por la necesidad que tienen de dinero piensan vender l a s ciudades que se han refugiado bajo el águila imperial? Creedme, t í o : la discreción y el propio interés aconsejan en ese tiempo de discusiones a acogerse bajo la sombra del r e y más poderoso. La corona imperial pasa de una familia a otra y no reconoce los servicios prestados, mient r a s que si servís a un trono hereditario, sembráis p a r a los tiempos futuros. ¿Y llamas a esto discreción? ¿Acaso t u s abuelos, p a r a salvar la causa de la libertad, no lucharon con su sangre, sus bienes y sus fuerzas de gigantes? Ve a L u c e r n a : p r e g u n t a de qué modo pesa en el país la t i r a n í a de los soberanos de Austria. Vend r á n a contar n u e s t r a s ovejas y n u e s t r o s bueyes, medirán n u e s t r a s montañas, prohibirán la caza en nuestros bosques, pondrán b a r r e r a s en nuestros puentes, a d q u i r i r á n nuevos territorios con el sudor de nuest r a frente y emprenderán nuevas g u e r r a s exigiendo n u e s t r a sangre. N o : si hay que verter sangre, h a y que verterla por n u e s t r a causa. ¡ Por c a r a que sea la libertad, no lo s e r á t a n t o como n u e s t r a s e r v i d u m b r e ! vQué podemos hacer nosotros, iníe- BER. RuD. BEB. RuD. BER. RuD. BER. TELL 781 hallo sola, señora. E s t a m o s rodeados ^dio y el desprecio que merecen los de abismos y en esta soledad no h a y traidores. testigos: puedo desahogar, pues, mi RUD. ¿ P o r v e n t u r a no deseo el bien de mi corazón libremente. xjatrla? ¿No deseo que goce de t r a n ¿ E s t á i s cierto de que ningún cazaquilidad y de paz viviendo bajo el dor nos sigue? poderoso cetro de A u s t r i a ? Todos están lejos. Dejad que aproBER. P r e p a r á i s su esclavitud. Queréis lanveche t a n favorable momento... E s ear la libertad de la postrer fortalenecesario que se decida mi suerte, za que a ú n le queda. E l pueblo coma u n q u e p a r a ello tenga que separarp r e n d e mejor su desdicha. Ninguna apariencia puede desviar su buen me de vos p a r a siempre. ¡ Oh ! ¡ que instinto. A u s t r i a ha echado sus redes vuestros duk"es ojos no me lancen en torno de v u e s t r a cabeza. m i r a d a s t a n s e r e n a s ! ¿Quién soy yo ¡ Vos me odiáis, vos me despreciáis, p a r a l e v a n t a r h a s t a vos mis aspiraRüD. Berta! clones y deseos? La gloria no me h a concedido aún sus f a v o r e s : no puedo F u e r a mejor p a r a mf. P e r o ver desBER. colocarme e n t r e los caballeros que preciado al que se está dispuesto a llenos de fama y resplandecientes amar... con el brillo de s u s hechos os rin¡ B e r t a ! ¡ B e r t a ! ¡ E n un mismo insRim. den homenaje. Sólo tengo mi corat a n t e m e m o s t r á i s l a dicha s u p r e m a zón que reljosa de fidelidad y de y me lanzáis al fondo del a b i s m o : amor. X o : los hidalgados Instintos no se BKR. hallan en vos completamente ahoga(Con severidad.) ¿Puede h a b l a r de .dos. E s t á n dormidos y quiero desamor y fidelidad quien falta a sus pertarlos. P a r a m a t a r v u e s t r a s nadeberes? (Rudenz retrocede.) ¿Puet u r a l e s virtudes os hicisteis violende h a b l a r este lenguaje el esclavo cia ; pero a f o r t u n a d a m e n t e son m á s de Austria que se vende al extranenérgicas que vos y sois bueno y gejero y se convierte en opresor del neroso. pueblo? ¡ Creed en mí, B e r t a : vuestro amor ¡ Y oigo t a l reproche de vuestros la- Htm. me h a r á capaz de t o d o ! ' bios, s e ñ o r a ! ¿A quién busco sino a BER. Sed t a l como la n a t u r a l e z a os hizo. vos, amiga de Suiza, al o b r a r de esta Ocupad el sitio que os señala. ¡ Manmanera? teneos firme al lado de vuestra pa¿ E s decir, que pensáis h a l l a r m e ent r i a y luchad por sus santos deret r e t r a i d o r e s ? Preferiría conceder chos 1 mi mano a Gessler, a l opresor, al RUD. ¡Infeliz de m i ! ¿Cómo podría alcantirano, antes que d a r l a al hijo deszaros, poseeros, sl luchase contra el n a t u r a l i z a d o de Suiza que se puee m p e r a d o r ? No es ésta la voluntad de convertir en su instrumento de de vuestros p a d r e s , que t i r a n i z a n opresión. t a n t o v u e s t r a mano. ¡ Oh, Dios mío!... ¡ Qué oigo! BER. Mis bienes están en Suiza, y si Sui¡ C ó m o ! ¿Desde cuándo no merecen za es libre, yo también lo he de interés los que son c o m p a t r i o t a s ? ser. ¿ H a y n a d a p a r a un noble corazón RUD. ¡Oh, B e r t a ! ¡Qué perspectiva abrís t a n hermoso como el defender hi inoa n t e mis ojos..!. cencia y proteger el derecho de los BER. No esperéis a l c a n z a r m e siendo partique viven oprimidos? MI corazijn se dario de A u s t r i a : se tiende la mano destroza al ver la situación de nueshacia mis bienes p a r a unirlos a l a t r o p u e b l o : sufro con él y no puedo g r a n herencia. E s t a sed de mando menos que a m a r l e viéndole t a n huque quiere t r a g a r la libertad de todo milde y, sin embargo, t a n lleno de un pueblo pone en g r a n riesgo a l fuerza. Mi corazón va hacia é l ; cada mío. ¡ Oh, amigo m í o ! ¡ Quizá se me día le quiero y honro más. P e r o vos, h a elegido p a r a recompensar l a baa quien la n a t u r a l e z a y vuestros dejeza de u n favorito!... Se quiere beres de caballero os dan el título a t r a e r m e allí donde reina la falsede protector suyo y que a pesar de d a d y la i n t r i g a ; se quiere a t r a e r m e esto le abandonáis p a r a a b r a z a r trala la corte del emperador, donde hadoramente el p a r t i d o enemigo; vos l l a r é las cadenas de u n himeneo reme afligís y me destrozáiz el alma p u g n a n t e . Sólo vuestro amor puede y debo r e p r i m i r los impulsos de mí salvarme. corazón p a r a no sentir por vos el RUD. ¿Y e s t á i s r e s u e l t a a vivir a^^oí, a s e r Í N D I C E WILLIAM S H A K E S P E A R E Nota biográfica HámIet, príndpe de D i n a m a r c a R o m e o y Julieta El mercader de Venecia U fierecilla domada 5 7 65 109 143 P E D R O CORNEILLE Nota biográfica El C i d . . - . - . ^ 177 179 MOLIERE N o f a biográfica El m é d i c o a p a l o s La e s c u e l a d e lo» m a r i d o s El avaro Tartufo o el impostor 20,3 205 219 241 273 JUAN R A C I N E Nota biográfica Británico 303 305 P E D R O D E MARIV AUX Nota biográfica. Juegos de a m o r y a z a r 329 331 CARLOS GOLDONI Nota biográfica El Café La P o s a d e r a 357 359 393 TEÓFILO L E S S I N G Nota biográfica Emilia Galotti 427 429 PEDRO DE BEAUMARCHAIS Nota biográfica El barbero de Sevilla El casamiento de Fígaro 465 467 495 \ 8 0 6 Í N D I C E VÍCTOR ALFIERI Nota biográfica Mérope GUILLERMO Z^: aparta de él tus ojos a fin de que no vean el camino que sigue 541 (Juan Tell éste V se Gótz de Berlichingen, el de la Mano de hierro Egmont RICARDO BRINSLEY SIIERIDAN Nota biográfica La escuela de la murmuración 5 6 3 565 6 1 3 6 5 5 657 FEDERICO SCHILLER Nota biográfica Los Bandidos Guillermo Tell 6 9 3 695 761 el Parricida adelanta hacia vivamente impresionado; pero le hace una seña con la mano va.) ESCENA ÚLTIMA BEB. El valle que hay frente a la cabana de Tell y el monte que lo limita, cubiertos de gente que se agrupa formando un bello cuadro. Hombres, mujeres y nifios llegando por un camino elevado que cruza por el Schachen, Walter Furst y sus dos nietos, Melchthai y Stauffacher, van al frente de ellos. Cuando ven a Tell le reciben con estrepitosos vivas. Toix)s, ¡Viva Tell, el cazador y el salvador de n i i ^ t r a p a t r i a 1 F I N 803 (Mientras los gue van delante rodeán a Tell y le abrazan, R U D E N Z V B E K T A se presentan en escena. Berta abraza a Hedwig. una orquesta situada en lo alto del monte da realce a este mudo espectáculo. Cuando termina. Berta sc coloca en medio del pueblo.) 543 JUAN W. GOETHE Nota biográfica TELL TODOS, BER. RuD. ¡Confederados! recibidme en vuestra alianza ya que ful la primera en ; gozar la dicha de ser protegida en i este país de la libertad. Yo deposito \ en vuestras leales manos mi dere- ' cho. ¿Queréis protegerme a título de conciudadana vuestra? S Í : ¡ lo garantizamos con nuestra hacienda y nuestra sangre I Pues bien: doy mi mano a este Jo» ven; ¡ la libre Suiza se una al hombre libre! ¡Y yo a mi vez declaro libres a todos mis vasallos I 79t> SCHILLER t!i(l no soa extranjero para el otro, ("olocad fanales en nuestros montes para que la alianza tle los puehlos oltre con actividad y a r m o n í a Unios... unios... unios... tra mano. Su conizón arrei)entido es digno de tal confianza. Mi i (.\ Rudenz.) ¿Qué hemos de aguardar de vos? Recordad que despreciasteis a los aldeanos. Kl : Fué un error de mi juventud ! I'eriiiaiieced unidos: ésta fué la úl(Cae entre los almohadones, tenientima palabra de vuestro padre. do entre las suyas las manos de M Rudenz.) He aquí mi mano. La Walter Furst y de Stauffacher. -Mii. palabra de un hombre del pueblo Kstos le contemplan en silencio. c i i M i u l o da la mano es .sagrada. ConDespués le dejan entregándose a tad en ella, sefior, y tened presente su dolor. Entran los criados y se (|iie nada jinede ser el caballero sin acercan al muerto profundamente nosotros. El pueblo es más antiguo impresionados. AUiunos se arrodique la nobleza. llan y lloran. Durante esta muda esvena la campana del castillo dollvo. Le honro y le ofrezco mí espada. bla a muerto.) Mel. Kl brazo que cultiva el rudo suelo y lo domina puede proteger igualmente vuestro pecho. lien. (Entrando precipitadamente.) ¿ViUri). Nosotros i)rotegeréls mi vida y yo la ve? ¡Oh!, decidme si aún me puede vuestra. Seremos fuertes el uno por oír. el otro. Mas ¿a qué viene hablar de 1''i;bst. (Mtiestra al barón volviendo su rosesto cuando la patria vive aún bajo tro.) Ahora sois nuestro sefior y proel yugo del extranjero? Cuando el tector, y este castillo tendrá otro país quede limpio de enemigos hat)Ianombre. remos de nosotros. (Un momento de Uii>. (Cfjnicmpla el cadáver y siente el pausa.) ¿Guardáis silencio? ¿Nada dolor más intenso.) ¡ O h ! ¡Dios tenéis que decirme? ¿No merezco mío!... Me arrepentí denuisíado tarvuestra confianza? ¿Debo entrar de. ¿No podía vivir unos minutos contra vuestra voluntad cn vuestra más para que viese el cambio que en secreta liga? Estuvisteis en Rutli e mi corazón se ha obrado? Yo deshicisteis juramentos de libertar al precié su voz cuando i)erlenecía aún pueblo. Lo sé todo, y aunque no se a este mundo. Se ha ido para siemme ha confiado por vosotros, lo pre dejándome sin expiar mi grave guardo en mi corazón como un defalta. Decidlo, señores: ¿murió conI)óslto sagrado. Nunca fui enemigo tra mí irritado? de mi país y jamás hubiese obrado STAU. Cuando lanzó su postrer suspiro en contra vuestra. Pero hicisteis mal nosotros le dijimos cuánto habíais en aplazar por tanto tiempo la reahecho en favor del pueblo, y bendilización de vuestra obra. >La hora jo el valor y energía que demostrasse acerca y debemos aprovecharla. teis ante el Ijaile. El mismo Tell es víctima de vuestro líl II. (I'ostrúndose ante cl eadáver de hiretardo. nojos.) ¡Oh, queridos y sagrados restos! Juro ante vosotros que he Para obrar fijamos el día de Navlj roto los lazos que con el extranjero dad. I liüi». me unían, que he vuelto al seno de Yo no estaba en Rutli y no juré i mi pueblo y que soy y seré siempre aguardar tanto. suizo. (Levantándose.I Llorad al Mei.. Entonces vos quisierais... amigo, a nuestro padre; mas que tal Rui). Soy ahora uno de los jefes del país, desgracia no haga perder vuestro y mi primer deber consiste en protealiento. No he heredado únicamente geros. sus bienes. Deseo que su InteligenF u b s t Dar a la tierra esos tristes y preciocia y su corazón me animen y que sos restos, es por ahora lo que más mi florida juventud os conceda lo urge. qne sn ancianidad os prometía. ¡ DadRUD. Cuando hayamos lll)ertado al país me vuestra mano, padre m í o ! ¡Y colocaremos la fresca y hermosa covos, Melchthal, dadme también la rona de la victoria sobre su tumba. vuestra! No me dejéis en tal trance. ¡Oh. amigos míos! no defiendo tan ¡ Ilecibíd el juramento de que seré sólo contra la tiranía vuestra causa, fiel a vuestra c a u s a ! sino la mía propia. Atended bien: F U R S T . C-l Melchthal.) No le neguéis vuesBerta, mi querida Berta ha desapa- GUILLERMO recido: me la han robado con criminal audacia. 8TAU. ¿ Y el tirano ha o.sado cometer violencia contra una mujer Ubre y noble? Uui). ¡Oh, amigos míos! os prometí mi auxilio y ahora debo reclamar el vuestro. Se me arrebató a mi amada. ¡ Quién sal)e dónde la oculta el déspota! ¡Quién sabe cuánto la violenta para que acepte un matrimonio odiado! ¡ Xo me dejéis! ¡Ayudadme a salvarla!... ¡Ella también os ama! ¡ Su carifio al país bien merece que todos los brazos se armen a favor suyo! FURST. ¿Qué pensáis hacer? RuD. ¿Lo sé acaso? En la noche que está envolviendo su suerte, en la ansiedad horrible de la incertidumbre, sólo un rayo de luz puede esclarecer mi mente, y este rayo de luz me indica que la joven será hallada entre los restos de la tiranía que nos está aún oprimiendo. Es indis|)ensable que nos apoderemos de los castillos: sólo así llegaremos hasta su mazmorra. MEL. Pues guiad: nosotros os seguiremos. ¿Por qué aplazar para mañana lo que se puede hacer hoy mismo? Tell estaba libre cuando prestamos el juramento; la monstruosidad que con él se hizo no había surgido aún de la mente del tirano. Pero han cambiado los tiempos y hay que dar el golpe: ¿quién vacilará, quién se resistirá a ello? RuD. (A Stauffacher y a Walter Furst.) Armaos y estad dispuestos. Entre tanto aguardaréis a que brillen en el monte las hogueras: la nueva de la victoria cruzará rápida el espacio, y cuando veáis el resplandor tan deseado, caed sobre el enemigo como el rayo y destruid para siempre la tiranía ! (Se van.) ESCENA III Una hondonada cerca de Kussnacht. Se baja a su fondo entre peñascos y antes de que los viajeros aparezcan en la escena, se les ve en una altura. Rocas, y cerca del proscenio un espacio con árboles. Tkll. (Entra con el arco a la espalda.) Detie venir por esta hondonada. Nin_^ún o t r o camino guía a Kussnacht.. TELL 793 I.,e aguardaré. La ocasión es favorable. Me ocultaré entre aquellos árboles y disiiararé contra él. La poca anchura del camino no les i)ermitlrá alcanzarme. Arregla con Dios tus cuentas, baile. Es indispensable que te vayas de este mundo: tu postrer hora ha sonado. Yo vivía seguro y tranquilo: mis flechas sólo .se dirigían contra los animales del tiosque; jamás se me ocurrió el vengarme; pero tú me arrebataste el descanso en que vivía y trocaste en veneno la dulzura de mis .sencillos pensamientos. Tú me has acostumbrado a tus monstruosidades. El que hizo blanco en una manzana puesta sobre la calieza de su hijo, también herirá el pecho de su enemigo. Debo proteger de tu furor a la e.sjiosa fiel y a los inocentes hijos. Cuando ya preparaba la cuerda de mi arco; cuando mi mano temlilaba. cuando con horrible y diabólico placer tú me obligaste a disparar contra la calieza de mi hl.11), yo prometí en el fondo de mi < orazón, con un juramento que sólo •omprendió el cielo, que en lo sucesivo tu corazón me serviría de blanco. Así en aquel momento de infernales torturas contraje una deuda sagrada y yo voy a pagarla. Tú eres mi amo y el baihí de mi emperador; mas éste no hubiese hecho lo que tú te has permitido. Te envió a este país para que administrases justicia; pero no para gozar del liomicida iilacer de ejecutar impunemente crueldades. Hay un Dios que castiga y que venga. (A .lv.-< flechas.) ; Volad, instrumentos del dolor y de la muerte! ; Hoy os miro cual mis joyas más preciadas!... Os daré un blanco que hasta ahora me ha repugnado. ¡Y tú, mi querido arco que tan fielmente has servido en mis horas de recreo, no me abandones en situación tan grave I ¡ Mantente firme, ya que hiciste volar tantas flechas! Si tu cuerda se rompe no tengo otra con que lanzarlas. (Cruzan alqunos viajeros por la escena.) Quiero sentarme en esta piedra que ofrece un descanso al caminante. Aquí no hay choza alguna, y el que cruza por este sitio nada pregunta al viajero. Pasan por aquí el audaz mercader, el rápido peregrino, el piadoso monje, el hundido sombrío, el alegre menestral, el comerciante en ganado que vienen de lejanas comarcas, pues todas las sendas guian a l o s 794 SCHILLER confines del mundo. Siguen su camino para ir a sus negocios; pero ahora mi negocio consiste en realizar un homicidio. (Se sienta.) En otro tiempo, cuando yo salía, el regreso a mi choza constituía la alegría de mis hijos; pues jamás entraba en ella sin traerles algo: ya era una hermosa flor de los Alpes, ya una ave de hermoso y raro plumaje. Ahora voy a otra caza: me detengo en la orilla de un sendero con la imaginación preocupada, y me pongo al acecho esjx'rando al enemigo. Par<i proteger vuestra inocencia, ¡oh, hijos míos!, para protegeros contra la venganza del déspota, voy a preparar mi arco. (Se levanta.) Aguardo una buena pieza. El cazador no se cansa de esperar, de errar días y más días en la estación cruda del invierno, de saltar de roca en roca, de ensangrentar sus pies en el frío y duro hielo para matar a un pobre gamo. Ahora se trata de algo más precioso, ya que se trata de herir a un hombre que e s mi mortal enemigo. (Se oye a lo lejos el alegre rumor de una orquesta.) He manejado el arco toda mi vida observando para ello las reglas del cazador; con frecuencia he hecho los blancos más difíciles y he ganado premios en l a s fiestas y certámenes de tiro. Así, pues, hoy haré mi blanco y ganaré el mejor premio. (Por la hondonada eruxan algunos hombres y mujeres que van a una boda. Tell los contempla apoyado en su arco. Entra también S t i s s i . ) Sru. Tfícx. Stu. Trax. Stu. (Se le acerca.) E s el colono del monasterio de Morlischachen, hombre muy rico. Po.see cuando menos diez rebafios. Va a buscar a su novia en I m l ^ y esta noche s e celebrará un gran festín en Kussnacht, Venid a é l : se invita a la gente honrada. No está bien en una fiesta de boda el que se halla triste. SI algún dolor os oprime, olvidadlo. Gozad lo que se ofrece, pues la ocasión la pintan calva, l.os tiempos están duros y hay que aprovechar los Instantes de alegría. . \ 1 que se casa también le entierran. Y con frecuencia .sepultim en una misma tumba ai novio y la novia. Este e s el mundo... Harto nos persigue la desgracia... Y si no, ved el hundimiento ocurrido en el cantil TKI.I,. Stu. Tki.i,, GUILLERMO de (üaris, donde se ha derrumbado ima nurntafla. ;.Se hunden también las nKmtaflas? Nada hay sólido en la tierra. Cuéntan.se hechos extraños. Hablé con un viajero que venía de Badén y me dijo que otro viajero que se dirigía al i)alacio del rey, dló con un enjambre de avispas que mataron su caballo, teniendo que continuar a pie su camino. Hasta los .seres más débiles tienen su aguijón. Llega . \ B . \ i G A R n ccm unos niños sc coloca cn la hondonada. Stt. 'rKi-i,. .•>n . Tki.i.. Stu. Tkll. y E.sto se estima como presagio de grandes desgracias. Todos los días ocurren liechos extraordinarios y no necesitan anunciarse con señales maravillosas. ¡Feliz quien cultiva en paz su campo y se sienta tranquilo e n el hogar al lado de los suyos! Si hay un mal vecino, el hombre más pacífico no puede vivir en paz. (Mira con impaciencia las alturas del camino.) ¡Vaya..., adiós! ;.Eslierais aquí a alguien? Sí. Stt-. ¡Buen viaje! ¿Sois de Uri? El señor ' baile irá allí hoy mismo. r.N viA.iERo. (Que llega.) Pues que no l e aguarden hoy. Las aguas con las lluvias que han caído llenan todos los cauces y han arrastrado los puentes. (Tell se levanta.) .\RM. (Acercándose.) ¿Es decir que el baile no viene? Stu. ¿Tenéis algo que ijedirle? Arm. ¡ A y ! sí. Stu. ¿Por qué, pues, le aguardáis en esta hondonada? Arm. I'ara que me oiga. P e este modo no podrá evitarme, F r i e s h a r d t baja rápidamente Arm. (A Frieshardt.) ¿Cómo cruzasteis Attin. .Mki.. .\ rri.v. Stai-. -Vttin. Stau. (Hedwig cae de rodillas con su hijo a los pies del moribundo.) .Vtti.n. Attin. Stau. Attin. ¡ P a s o ! ¡ P a s o ! i que viene el señor baile! (Vaso Tell.) (Con viveza.) ¡El baile llega! (Adelanta con sus hijos hacia el proscenio.) (Kn lo alto del camino aparecen Oessler y Rodolfo, su escudero.) Stu. Stau. a la escena. Fríes. Tranquilizaos, señora. Todos trabajaremos para abrir pronto su calabozo. Hki). ¿Qué haréis sin él? Mientras se hallaba libre podíais alentar cierta esperanza. La inocencia tenia tin amigo, el oprimido un defensor. ¡ Tell os socorría a todos ; i>ero aliora, aunque os juntéis, no podréis romper sus cadenas! (El barón despierta.j Baum. Ha despertado, ¡silencio! Attin. (Incorporándose.) ¿Dónde está? Stau. ¿Quién? Atti.v, ¡ Oh ! ¡me abandona en el postrer Instante ! Stau. Se refiere a su sobrino. ¿Se le ha ido ya a llamar? B'UR.sT. (Al barón.) Sí, tranquilizaos. Ha oído la voz de su corazón. E s de los nuestros. Attin. ¿Habló en favor del país? Stau. Con gran valor y energía. Attin. ¿Por qué no viene a recibir mi última bendición? Siento que mi fin se acerca. Stau, ¡.\nImo, mi buen señor! El sueño os hizo bien: vuestra mirada e s más serena y brillante. Attix. El dolor e s la vida y ya no lo siento. Mi esperanza se ha ido con mis sufrimientos. (Percibe a Walter.) ¿Quién e s e s e niño? F i r s t . Bendecidle, señor. Es de mi hijo y ha quedado sin padre. TELL Furst. Attin. Mki.. No lo tendréis ya vosotros. ¡ Infeliz de mí cuyos ojos han presenciado la ruina de mi patria! ¿Debía llegar al último límite de la vida i)ara ver morir mis esperanzas? (A Walter.) No del)emos permitir que deje el mundo entristecido. Iluminemos su postrer hora con un rayo de esperanza. (Al barón.) Keanimaos, noble señor. No estamos com pletamente abandonados. Tenemo> aún recursos, ¿Quién podrá salvaros? Nosotros mismos. Escuchad. Los tres cantones se ligaron para echar de aquí al tirano. Un sagrado juramento nos une. Cuando llegue el año nue vo, se dará el grito de revuelta. Si Dios dispusiera vuestra muerte, vuestros restos descansarían en un país libre. Repetidlo: ¿Se hizo la liga? Las tres ciudades se sublevarán en un día convenido. Todo se halla dis- 791 puesto. El secreto se guarda con c\iidado por más que lo conozcan centenares de federados. El suelo está vacío bajo el pie de los tiranos. Los días del despotismo son contados y pronto no quedará de él ni la huella más ligera, ¿Y los castillos? ¿Y las fortalezas? Caerán en un mismo día. ¿Qué hacen los nobles? ¿Forman en la liga? Contamos en ellos cuando .sea necesario ; pero los que hoy por hoy han prestado el juramento son todos aldeanos, (Se levanta con gran lentitud y habla con acento de sorpresa.) ¡ É l aldeano ha tomado por su cuenta el lil)ertarse sin el auxilio de los nobles ! ¡ Qué confianza tiene en su fuerza !... S í : ya no necesita de nosotros. Podemos bajar tranquilos al sepulcro. El pueblo vivirá después de la nobleza. La grandeza de la humanidad .se asentará en nuev.is bases. (Coloca su mano sobre la cabeza de Walter, el hijo de Tell. que continúa a sus pies arrodillado.) Sobre esta cat)eza, donde estuvo la manzana, florecerá una libertad no conocida ; ¡ ha caído ya el viejo régimen y una nueva vida brotará de entre sus ruinas! (.i Walter Furst.) ; Ved ci'imo brillan sus ojos! No es la muerte de su organismo: e s la aurora de una vida nueva. El noble deja su antiguo castillo para Ir a l a s ciudades y prestar juramento de que respetará sus derechos eomo ha ya sucedido en las del Vechland y la Tcmrwie. La ilustre Berna levanta su dominadora calieza. Friburgo se ha convertido en lialuarte de la lil)ertad: la naciente Zurlch arma sus gremios... El poder del rey se quebranta ante sus muros. (Las palabras que siguen son pronunciadas con acento inspirado y profético.) Veo cómo los príncipes y los nobles se cubren de hierro para vencer un pueblo de pastores. Se traba una lucha a muerte, y nmohos sitios se hacen famosos por sus sangrientos combates. El aldeano, víctima voluntario, .se precipita entre sus bosques de lanzas. Las romi>e, cae la flor de la nol)leza, y la liliertad victoriosa levanta su estandarte. (Coge las manos de Walter Furst y de Stauffacher.) Unios estreclmnieiite. Que el país que conquiste la lil)er- 790 SCHILLER GUILLERMO l'KLx. IiKücaduie el camino más breve que IlKD. ¿Es cierto? ¿ X o estás herido? (Le conduce a Arth y a Kussnacht. contempla llena de ansiedad.) ¿Y e s Teso. El camino principal cruza por Steiposil)Ie? ¿Y ha podido disparar connén. I'ero mi hijo puede guiaros por tra ti? ¡Cómo tuvo valor!... ¡ O h ! otro más corto y solitario. ¡ No tiene corazón ! ¡ Disparó una fleTeix. (Atare/úndolc la mano.) ;Que Dios cha címtra su propio hijo! premie vuestra acción generosa! (Se l'l KST. Lo hizo a la fuerza y con el alma aleja, pero en seguida vuelve.) ¿ N o ' destrozada. S e trataba de salvar su prestasteis por ventura juramento en vida. Rutli? ; Hei). ¡ O h ! ¡ Sl hubiese tenido un corazón l'Esc. Sí. estuve en la asamblea y juré fidede padre, hubiese preferido la muerlidad a la liga. t e cien mil veces! Tell. Hacedme el favor entonces de ir a Stau. .\labad la misericordia de Dios, que ISurglén. Mi nmjer e.stá ansiosa: detodo lo ha conducido a buen fin. cidle que estoy en síilvo y que perIlKi). ¿Olvidaré jamás la desgracia a que manezco oculto. En mi casa enconexpuso a mi Walter? i Santo cielo! traréis a mi suegro y a otros conju¡ Aunque viva un siglo me parece rados. Decidles que tengan confianque veré al niño amenazado por la za, que Tell está libre y que su brazo flecha de su padre (pie se clavará en es fuerte y robusto. Ya recibirán nomi coraz(jn eternamente! ticias mías. Mei.. ; Oh, señora, si hubieseis visto al Peso. ¿Tenéis que confiarme algún secreto? baile!... 'I'ELL. Va llegará la ocasión. (Vaae.) Hkii. L o s hombres n o tienen corazón. XaPesc. Ensénale el camino, .luán. ; Que Dios da atienden si st' les ofende. ¡Juele ayude y que lleve a buen término gan en su insensato furor la cabeza su empresa! de su hijo y el corazón d e la madre! B a i t m . ¿ X o es vuestro esposo bastante desgraciado para q u e agravéis su situación c(m censuras? ¿Xo comprendéis ESCENA II sus sufrimientos? Heu. (Mirándole altanera.) Sólo tienes lágrimas para la desgracia del amigo. Castillo de Attinghausen ¿Dónde t e bailabas cuando se jirendió a mi esposo? ¿Qué socorro l e A7 barón de A t t i n g h a u s e n moprestaste? Viste c o m o se le ataba y ribundo y sentado en un sinada hiciste a favor suyo. Permitisllón; W a l t e r P ' u r s t , S t a u f f a te que el baile se lo llevara. ¿Obra c h e r , M e c h t h a l y BaitmoarTell de esta manera? Cuando los ten alrededor suyo. Walter jinetes del baile te perseguían, cuande rodillas frente al morido el lago rugía encresnado, ¿vaciló bundo. e n socorrerte? Xo se desahogó en un llanto inútil, sino que se metió en la F u r s t . Todo ha concluido: ha muerto. lancha, olvidó a su mujer y a s u s Stau. Aun n o : mirad, si no, cómo s e mueve hijos, y t e .salvó. la pluma que acerco a sus labios. F u r s t . ¿Cómo jiodíamos libertarle siendo poDuerme tranquilo y sonríe, (liaumcos y de.sarmados? garten se dirige a la puerta y habla Hed. (Echándü.fc en brazos de su padre.) con un criado.) ¡Oh! ¡Padre m í o ! ¿Tú también conF u b s t . (A liaumyarten.) ¿Qué ocurre? tribuíste a perderle? Xos hará falta Baum. H a llegado Hedwíg, vuestra hija. a todos: al país y a nosotros. ; Que Desea hatUaros. (M'alter Tell se leDios salve su a l m a en la desesperavanta.) Quiere ver a su hijo. ción de que e s víctima ! Xo habrá un FuB.ST. ¿Puedo consolarla si yo estoy desamigo que baje a su mazmorra soesperado? Todas l a s desgracias se litarla. Caerá enfermo e n el húmedo reúnen en mi cabeza. y oscuro calabozo. Así como la rosa Hki). (Entrando.) ¿Dónde está mi hijo? de los Alpes se descolora e n un aire D e j a d m e : quiero verle. eniponzoñ.ido. de igual m o d o pereceStau. ¡Conteneos!... ¡Pensad que estáis en rá él, porque su vida n o estará bañacasa de la muerte!... da por la luz d e l sol, porque no resHeu. (Precipitándose hacia su hijo.) ¡ Walpirará el aire d e la montaña. ¡Él ter mío!... ¡ V i v e ! ¡ V i v e ! encarcelado! ¡ É l para quien la liberWal. (Abrazándola.) ¡Pobre madreI tad e s aliento d e .«ii vida! TELL los vados si el agua .'<e ha llevado los Kon. puentes? Fkiks. Cruzamos el lago y sostuvimos con ,\iím. él una gran lucha, amigo mío. Stu. ¿Xavegaliais con tan grande borrasca? FuiKs. ¡ I'ues no!... Xo he de olvidarlo en todos los días de mi vida. Kon. Stu. Contad lo sucedido. F r í e s . Llevo prisa. Tengo que anuntijir al castillo, la llegada del señor baile. (Vase.) Stu. Si en la barca hubiese ido gente honrada, de fijo (jue .se hubiese estrellado ; pero esa raza de hombres malos está a prueba de agua y del fuego. (Mira en torno suyo.) ¿Don- A r . m . (le tía ido el cazador? (Vase.) tÍEssLKR y R o d o l f o a (íks. caballo. Decid lo (jue g u s t é i s . Yo s o y un (íKs. agente del empenidor y tengo que . \ i ! m . complacerle. X o m e e n v i ó a o s t e p a i s .\n.\i. (;ks. RoD. Oes. con objeto de adular al pueblo y tratarle c(m dulzura... .Vguarda de él la obediencia, y la cuestión está en saber si el pueblo o el emperador e s el señor de esta comarca. Ha llegado el m o m e n t o . Voy a dirigirle m i súplica. (Sr acerca con inquietud.) N o puse l u i g o r r o e n u n a pica para conocer el corazón del pueblo. \je conozco desde hace muclio. Lo planté allí para que h u m i l l e ante mí esa cabeza que lleva tan erguida. Clavé este emblema de mi poder e n un sitio frecuentado a fin d e que hiriera sus ojos y recordara el señor a quien olvida. Mas el pueblo tiene ciertos dereclios... N o e s éste el momento de aquilatarlos... Se jireparan y se quieren ejecutar vastísimos proyectos... La casa Imperial v a a en.sanchar s u s doinlnios; lo que el padre comenzó tan gloriosamente, quiere terminarlo el hijo... Esta gentecilla e s para ello un obstáculo y de un imido u otro hay que sutiyugarla. (Quieren seguir adelante se coloca enfrente de Arm. GES. .\rm. Ci .\it.\i. C.i .\u.\i. Koi>. .\f!m. y la mujer Gessler.) ; Misericordia, señor!... ¡ Gracia! ¡ gracia! ¿Por q u é obstruís mi camino? ¡ Atrás: Mi marido está encarcelado, y estos jiobres tiiiérfanos piden pan. ¡ Apiadaos,_jieüi)r,_de nuestra miseria! 795 .-.Quién sois? ¿Quién e s vuestro marido? l'n .«(>gail(>r de yerlias salvajes en el Rigi, mt buen señor, el cual siega, las recoge e n los jieñascos y sobre abismos que no se atreven a pisar las fieras. f 1 / baile.) ¡Qué vida tan miserable y digna de lástima! Os suplico que devolváis la libertad a ese desdichado. Sea cual fuere la falta que haya cometido, el ejercer su terrible oficio es ya un castigo. (A la mujer.) Se os hará justicia... l'resentad vuestra solicitud en el castillo... Este no e s sitio para reciliirla. . \ o : ¡yo no lo dejaré hasta que el señor baile me haya devuelto mi esposo! Hace ya cinco meses que está encarcelado y que aguarda inútilmente su sentencia. ¿Queréis hacerme violencia? ¡ A t r á s 1 Justicia, señor baile, justicia! Vos sois juez en este país y reiiresentáis a Dios y al emperador. Cumplid ccm vuestro deber. ; Haced la justicia que vos mismo aguardáis del cielo! ¡ V e t e ! ¡Apartad de mis ojos esc pueblo insolente! (Cogiendo su caballo por cl diestro.) No, n o : nada tengo que perder. Xo dejaréis, señor baile, este sitio sin liacerme justicia. Fruncid el ceño, (|iie vuestros ojos rueden en sus órbitas... Somos tan desgraciados que MO tememos vuestra (>ólera. ; -Vparta o te aplastaré con mi caballo! Kn hora buena... Aquí nos tenéis. (Coge sus hijos y se lanza con ellos en medio del camino.) .aplastad c<m los pies de vuestro caballo a esos infelices huérfanos... Xo será lo peor (pie habréis hecho. ¿Estáis loca? (Con vehemencia.) Hace mucho tiempo que hollasteis con vuestros píes estas comarcas, i Xo soy sino mujer : pero si yo fuera hombre haría al^ro mejor que estar aquí arrodillada eu este polvo! (Se oye a lo lejos la orquesta que ya se ha oido cn lo niá.s alto del monte.) Gi.- Roi>. ¿Dónde están mis servidor(>s? Que .se la eche de aquí o me olvidaré a mí mismo y haré con ella algo que sentiré en extremo... Viiesti-.w ,Ti;i(liis ni> pueden llegar. 796 SCHILLER GUILLERMO GES. sefior. Hay una lioda que obstruye el camino. Harto benigno me muestro con el pueblo... Las lenguas están atin muy .sueltas. No está aún domado como debiera; mas yo lo pondró en cintura. Quiero romper su frente de bronc a . Quiero humillar su e.spíritu de lil)ertad... Quiero publicar una ley nueva... Quiero... (Le alcanza una flecha; lleva con rapidez la mano a su corazón, y dice con voz dóhil.) ¡ .Muerto soy !... ¡ Tened piedad de mi, Seilor! Ron. ;.Qué e s esto? ¡Señor baile!... ¿Qué ha ocurrido? ¿De dónde viene el 'olpe? An.M. -\sesinado! i .\sesInado! ¡ Vacila : ; cae! ¡ se muere! ROD. (Salta del caballo.) ¡Qué desgr.icia !... ¡Implorad, señor baile, la misericordia de Dios!,,. GKS. ¡ Me mata la flecha de Tell! (Itaja del caballo con el auxilio de Rodolfo, que le coloca sobre una piedra.) TELI.. (Apareciendo en la cumbre del peñasco.) Conoces al arquero y no deseo otra cosa. Las chozas están libres : la inocencia está fuera de tu tiranía; ya no harás más daño al país. (Desaparece.) (Llega (lente.) STU. (Adelantando.) ¿(jué ocurre? ¿QuO ha pasado? ARM. El baile ha sido herido por una flecha. G E N T E D E I , P U E B L O . (Precipitándose en la i .s cena.) ¿Quién le ha matado? (Durante este tiempo llegan los que iban cn la boda: parte de ella esíá aún en las alturas, y la orquesta sigue tocando.) cosas de la tierra. ¡ Pensad nada más que en el cielo! (El pueblo rodea al moribundo, tiendo un horror glacial.) sinTELL con su arco. Llega con rápido paso. Mira sorprendido en torno suyo y está hondamente emocionado. Al llegar a mitad de la escena cae de rodillas, abraza la tierra y dirige sus manos al cielo. GUILLERMO STU. Ved cuan pálido e s t á . La muerte penetra en su corazón.,. Los ojos se le velan... ABM (Levantando uno de sus hijos.) ¡Mira, hijo mío, mira cómo muere un tirano! Roí). ¡Locas mujeres!.,, ¿No tenéis piedad ya que miráis tan fríamente este hor r o r o s o cuadro? ¡Auxiliadme! ¿Nadie me ayudará a sacar de su pecho esta flecha que le tortura? Mu.rKKKS. (Retrocediendo.) ¿Tocar nosotras a quien hirió el cielo? ¡Malditas s e á i s ! (Desenvaina su esUoi). pada.) STU. (Deteniendo su brazo.) No os atreváis a ello, señor. Vuestro reinado lia concluido. El tirano de estas comarcas ha desaparecido para siempre. No sufriremos violencias. ¡ Som o s un pueblo libre! T O D OI--. (De modo tumultuoso.) ¡ S í ! ¡sí!... ¡•Estamos libres! líoi). ¿,\ tal extremo hemos llegado? ¿El temor y la obediencia concluyen tan pronto? (Entran dos servidores armados.) Ya veis el horrible asesinato cometido... Ya no necesita de auxilio, sino de otros cuidados. Vamonos a Kussnacht. Salvemos al emperador su fortaleza ; el orden y los lazos del deber quedan destruídos, y no hay que contar con la fidelidad de nadie. (.Mientras se va con los criados entran en escena seis hermanos de la Misericordia.) ROD. Pierde su sangre. Prestadle socorro, ¡ Id y coged al asesino! ¡ No quisiste oír mis consejos! STU. Está muy pálido,.. Habrá ya muerto. M U C H A S V O C E S . ¿Qué importa? RoD. Este pueblo delira toda vez que-hace sonar la orquesta ante un hombre que e.spira. ¡ Que cese! (La orquesta deja de tocar. Va llegando más gente.) Hablad si podéis, señor baile. ¿Nada tenéis que confiarme? (Gessier hace signos con la mano, los cuales repite con viveza porque no son ^ comprendidos.) ¿Dónde he de ir? ¿A • Kussnacht? No os comi)rendo... No tengáis impaciencia.,. Olvidad las les: Tell mismo. Pero tiene ahora las manos y l o s brazos encadenados. .\KM. STU. I>os ¡ P l a z a ! ¡ plaza ! ¡ He aquí los frailes! La víctima está en el suelo, y ya bajan los cuervos. aERMANOs (Forman un semicírculo en derredor del muerto y cantan con grave salmodia.) "La muerte coge al hombre velozmente. No le concede ningún plazo. Le derriba en mitad de s u camino, y se lo lleva en la plenitud de la vida. ¡ Esté o no dispuesto a dejarla, tiene que comparecer ante su juez!" (Mientras pi-onuncian /<ív íilfiíiiiis frases cae el telón.) Ni.Ño. (Que lo ha percibido.) Jlira, padre: ¿quién es aquel hombre hincado de rodill.-is? Abraza la tierra y parece extraordinariamente conmovido. Ni.Ño. (Descendiendo de la altura.) ¿Qué veo? ¡ P a d r e ! ¡ P a d r e ! l'Ksc. (Acercándose.) ¡ Dios del cielo!... ¡ Es Tell! (.i éste.) ¿Cómo habéis llegado hasta aquí? Hablad. Ni.Ño. ¿.\o estabais en la lancha atado y prisionero? l'Ksc. ¿No se os debía llevar al castillo de Kussnacht? TKIX. (Levantándose.) Ya lo veis... estoy libre. I'Ksc. y s u H L T O . ¡Libre!... ¡Qué milagro! NIÑO. ¿De dónde venís? TELL. De allí, de la lancha. PESC. PE.SC. ¡ Es posible!,., NIÑO. ¿Dónde está el baile? TKLL. Flota a merced de la tormenta. TKLL. l'Esc. ¡Qué oigo!... ¿I'ero cómo estáis aquí? ¿Cómo escapasteis al furor de la borrasca? TELL. J Por la misericordia de Dios!... Atended bien. PESO. S Í , S Í , h.iblad. TELL. Sin duda, no ignoraréis l o que en Altdorf ha ocurrido. PESC. L O sabemos todo; proseguid. TELL. ¿Sabéis que el baile me mandó atar para llevarme a su castillo de Kussnacht? I^sc. S í : se embarcó con vos en Flueldén. Lo sabemos todo... Continuad. ¿De PESC. qué modo escapasteis? TELL. Jle hallaba tendido en la lancha, a g a rrotado con cuerdas y con la desesperación rugiendo en el fondo de mi alma. No esperaba ver más la luz del TELI sol ni los queridos rostros de mi mujer y de mis hijos, y triste y desolado contemplaba la inmensidad de las aguas que por todas partes me rodeaban. PESO. PESC. ¡ Infeliz!... TmL. TELL. Entre tanto la lancha en que íbamos PESC. el baile, Rodolfo, los escuderos y yo, PESC. TELL 789 se:;uía navegando. Pero mi arco y mi carcaj se hallaban al otro lado de la nave. Cuando llegamos a la punta del pequeño Axenl)erg. Dios quiso que de los abismos del San Gotardo brotase una tempestad tan horrible, que los que iban al remo se asustaran perdiendo su energía. Entonces uno de los servidores del baile se volvió a éste y le dijo: "¿Queréis que vos y nosotros nos salvemos, monseñor? Estamos al borde de la tumba, l.os remeros pierden la calieza y no guían bien la n a v e ; pero Tell es fuerte y diestro y sabría dirigirla. Si él quisiera nos salvaría del riesgo en i|ne estamos." El baile se dirigió a mí y me dijo: "¿ Si mandase romper tus ataduras, ¿serías capaz de salvarnos, Tell?" "Sí. monseñor—contesté yo. SI el cielo no me niega su ayuda, cimfío evitar el peligro." Se rompieron mis cuerdas, me puse en el tiiiióu y dirigí la lancha con energía y fortuna, \ pesar de esto, yo no quitalia los ojos de mi arco y mis flechas, y buscaba en la orilla un sitio a iiropiisito para dejar la nave. Percibí el extremo de una roca que avanzaba aplanándose .sobre la superficie del lago. La conozco: está al pie del gran .\xenberg; pero casi es imposible saltar en ella desde una lancha. < )rdené a los remeros que bogasen • m brío hacia ella, y cuando estu. imos a corta itistancia de la misma imploré el auxilio de Dios, y reuniendo todas mis fuerzas impulsé la nave hacia la roca y en seguida, precipitándome sobre mi arco y mis flechas, di un salto desde la lancha, caí de pies sobre la roca y empujando con uno de éstos y de un modo violento la barca, hice que se internase en el lago. Ahora, que flote como Dios quiera. Estoy salvado de la furia de la tempestad y de los hombres. ¡ Tell! ¡ Tell! El Señor ha hecho por vos un milagro. Casi no creo lo que oigo. Pero ¿dónde vais? SI el baile se salva de la tempestad, nada podrá evitar su venganza. Cuando yo permanecía atado en el fondo de la lancha, le oí decir que quería desembarcar en Brunnen y llevarme a su castillo pasando por Schwyz. ¿Quería Ir a él por tierra? Es probable. Entonces del)é!s ocultaros. Dios no os protegerá dos veces. 224 ANTONIO DE CARCER D E MONTALBÁN y entonces aumentó su número en toda España, especialmente en Córdoba, donde una pléyade de poetas, gramáticos y teólogos fundaron una escuela talmúdica que compitió con las mejores de Oriente. En general, al respetar los invasores la independencia civil de los vencidos y distribuirse el dominio de las tierras, los musulmanes vivieron casi siempre cn las poblaciones rurales — los berberiscos en las regiones de la meseta y del norte, y los árabes en las del sur y de levante — y dejaron que el grueso de la población española, compuesta de cristianos y renegados, continuase viviendo en las ciudades. Dentro de ellas, los cristianos, llamados mozárabes, M o s a i c o á r a b e d e ia m e z q u i t a d e C ó r d o b a . fueron agrupándose por necesidad de defensa social y acabaron por vivir en barrios separados. Los mozárabes procedían inmediatamente de los antiguos visigodos e hispanorromanos, aunque las dificultades de la nueva situación hicieron desaparecer entre ellos las diferencias que habían transtomado el reino de los visigodos. Continuaron rigiéndose por condes, jueces y obispos como en*la época visigótica, si bien el jefe del Estado musulmán se reservaba el derecho de nombrar, en las grandes ciudades, el obispo y el conde que las habían de gobernar, con la particularidad de que el conde unas veces salía de la misma población muzárabe y otras era un noble musulmán. En legislación siguieron teniendo asimismo el Líber Júdicum de los hispanogodos, aunque sólo para las relaciones de los cristianos entre sí,-pues para las relaciones con los musulmanes, sobre todo en los delitos contra el Islam, se habían de ajustar a las del pueblo dominador. Las contribuciones que pagaban los mozárabes eran de dos clases: la personal, llamada capitación, que pagaba cada uno por la única razón de ser cristiano, y la territorial, llamada jarach, que consistía en especies y obligaba indistintamente a todos los propietarios cristianos y musulmanes, si bien se sabe de casos en que los mozárabes la habían de satisfacer en doble cantidad. Del territorio conquistado, el Estado se reservó, ya desde los primeros años de la invasión, una quinta parte, que constituía una especie de patrimonio público, llamado joms, y se concedió para su cultivo a los siervos mediante el pago M o s a i c o á r a b e d e la m e z q u i t a d e C ó r d o b a , i del azaque en productos del propio cultivo.' ; Además de la organización visigótica que quedó entre los mozárabes, la España de entonces tuvo instituciones políticas propias de los musulmanes, desarrolladas igualmente alrededor de la hegemonía del califa. Durante los primeros cuarenta años (711-756) España dependió del califa de Bagdad y se rigió por emires que nombraba el gobernador de África o, con su aprobación, los árabes ESPAÑA HISTÓRICA 229 de la Península, pero a partir de Abderramán I (756) se hizo independiente >• quedó organizada en régimen monárquico absoluto, de carácter electivo, cu.\ • soberano se llamó emir independiente desde el citado Abderramán L y califa desde Abderramán III (929). El emir o califa estaba asistido por el mexuar, cuerpo consultivo con semejanza al senado, que elegía el propio monarca entre los nobles y los sacerdotes, y por un consejo de visires o ministros, el primero de los cuales se titulaba gran visir o hagib. El número de visires estaba en relación con la cantidad de ramos de que constaba la Administración—hacienda, intervención del Tesoro, guerra, religión, etc.—, cada una de cuyas oficinas se titulaba diván y tenía un secretario, llamado cátibe, para la tramitación de los negocios con los visires y el califa. Es.notable que en esta organización administrativa hubiese un ministro que cuidaba especialmente de los intereses de los judíos y de los mozárabes. La administración territorial presenta bastante semejanza con la que tuvieron los visigodos. Desde Abderramán I (756) el territorio quedó dividido en seis provincias—además de Córdoba, capital del Estado—que eran: Mérida, Toledo, Zaragoza, Valencia, Murcia y Granada, al frente de cada una de las cuales había un gobernador, llamado valí, con atribuciones civiles y militares a semejanza del antiguo duque. Además, algunas ciudades importantes, como Sevilla, aunque no fuesen capitales de provincia, estaban gobernadas por un valí. En las poblaciones menores había Capitel p r o c e d e n t e d e un palacio M e d i n a Azalira (Córdoba). de un caíd o alcaide, sucesor del conde visigodo, que ha dado nombre al moderno alcalde. En la administración de justicia podía actuar de juez el propio califa, si bien desempeñaba habitualmente este oficio el cadí en las grandes ciudades y el háquim en las de menor importancia. Al frente de este cuerpo judicial estaba el cadí de los cadíes, con residencia en Córdoba, que fallaba como magistrado superior en última instancia. Además, también en la capital, había un juez especial de gran prestigio popular, llamado zalmedina, que entendía exclusivamente en asuntos criminales y de policía y juzgaba en el acto, con justicia de hombre Tjrudente y bueno, y otro, llamado el juez de las injusticias, con jurisdicción en todo el imperio, que entendía en las quejas por desafueros de los funcionarios. La base de la legislación musulmana fué el Corán, libro sagrado que sirve a un tiempo de código civil y criminal y de doctrinario religioso, lo cual trajo como consecuencia que, no existiendo verdadera compilación legal, se confundiese, en la práctica, la ordenación civil con la obligación reHgiosa. El Corán, dividido 228 ANTONIO DE CñRCER DE MONTHLBñN ESPAÑA en suras, contiene las revelaciones de Mahoma y forma un cuerpo desigual de dogmas, preceptos, consejos, fábulas, historias..., todo mezclado, en confusa e incoherente trabazón, con el nombre de Dios. Además del Corán, constituyeron fuente de derecho la razón y el conjunto de tradiciones, llamado Zuna, sobre los dichos y las sentencias del Profeta. La religión del Islam se practicó en las mezquitas, templos sin imágenes, con un punto principal, la alquibla, especie de hornacina orientada a la Meca, hacia la cual dirigían los creyentes las oraciones. El almuédano, desde la torre, llamada alminar, que tenían todas las mezquitas, convocaba a la oración a los fieles en las horas prescritas. La oración la dirigía un imán desde el mimbar, y la lectura e interpretación del Corán, trabajo siempre muy difícil y meritorio por la misma incoherencia del texto, quedaba reservada a los alfaquíes, especie de doctores o teólogos, que alcanzaron extraordinario prestigio desde el reinado de Hixem I (788-822). La oración, la limosna, las abluciones, el ayuno en el mes de Ramadán—reminiscencia de la cuaresma cristiana—y la peregrinación, por lo menos una vez en la vida, al templo principal de la Meca, constituían los cinco preceptos fundamentales de la religión muslímica. Sin embargo, los árabes españoles, sobre todo los de la clase aristocrática, no se distinguieron por su fervor religioso. Tuvieron toda clase de atenciones con los alfaquíes, principalmente los soberanos interesados en crear la unidad política del país; pero no fueron, en general, buenos cumplidores de la ley. Por lo contrario, los ganaron en fervor religioso y, consecuentemente, en intolerancia fanática, los berberiscos, que, lo mismo que los renegados, eran tenidos en menos por los árabes, motivo por el cual ellos mismos se portaban más como pueblo sojuzgado que como pueblo hermano del de Arabia. Como consecuencia de esta diversidad de prácticas religiosas nacieron también del Islam algunas sectas heterodoxas, y, aunque muchas vivieron sin apariencia exterior, al amparo del escepticismo de los nobles árabes, dieron, en cambio, ocasión de que se refinase la ortodoxia de otras sectas y creciese la propensión mística de muchos creyentes. Así, mientras los árabes, desde el gobierno, permitieron con amplia tolerancia que los mozárabes y los judíos practicasen libremente su respectivo culto, los berberiscos llevaron su fanatismo hasta hostigar públicamente a los cristianos y promover las persecuciones que, en tiempos de Abderramán II y de Mohámed I, dieron mártires a la Iglesia mozárabe. Entre ellos, el ilustre San Eulogio (859) y su discípula Flora (851), Esta misma rivalidad, que, cn cuestiones religiosas, se dió entre las diversas tribus que componían el pueblo musulmán, alcanzó también a otra manifestación de su actividad, sin duda de mayor interés para un pueblo como aquel de espíritu batallador: la guerra. Hasta la época plena del califato, la organización militar fué la misma que la de la tribu. Al convocar el emir a las tribus para emprender alguna campaña, acudía el jeque con todos los hombres de la tribu que voluntariamente querían tomar parte en ella, y cada uno se agrupaba a la bandera de la HISTÓRICA 223 de los renegados, estaba formada por los que habían apostatado del cristianismo y se habían hecho musulmanes para no perder los bienes que tenían. Y a hemos hecho notar que la dominación musulmana tuvo algo de especulación, cuando toleraba la profesión de distintas religiones a cambio del pago de mayores tributos, como el de capitación. Fueron muchos los que, con el egoísmo de no perder lo que tenían, llegaron a renegar, pero fueron muchos también los que continuaron profesando el cristianismo, aun a costa de mayores sacrificios pecuniarios. Además, buena parte de la nobleza visigoda, al irrumpir la invasión de árabes y berberiscos, se retiró hacia el norte de la Península, y dejó por tanto libremente sus propiedades en manos del invasor. Por el contrario, la profesión del islamismo redimía de la esclavitud, y, al favor de esta liberalidad, muchos esclavos españoles—los que se llamaron maulas—abjuraron del cristianismo para ser hombres libres entre los musulmanes. Finalmente, los muladíes eran los hi^os de matrimonio mixto Detalle decorativo del palacio de Medina —madre cristiana y padre musulmán, o Azalira (Córdoba). viceversa—, los cuales quedaban obligados por la ley a ser musulmanes. Se dió, además, el nombre de muladíes en general a todos los musulmanes procedentes del cristianismo. Ninguna, empero, de estas clases obtuvo nunca la consideración de los árabes, que siempre se creyeron superiores a los demás en su privilegiada aristocracia de tribu, A causa de ello, se vieron con frecuencia combatidos por los berberiscos, muy superiores a ellos en ntímero, y por los renegados, que, habiendo llegado a constituir una clase social activa, inteligente y poderosa, y viéndose menospreciados por los muslimes de abolengo, llegaron a poner en grave aprieto el dominio árabe en España con el reino que formó el renegado Ornar ben Hafstín (884). Entre esta oposición del pueblo musulmán y el crecimiento del poder de los califas, la aristocracia árabe se vio duramente combatida, hasta perder su antigua influencia a causa del pujante desarrollo de la clase media y de la preponderancia del elemento militar que fomentó Abderramán III (912-961). Así, a la caída del califato, esa aristocracia de raza quedó prácticamente aniquilada, de modo que la mayoría de los pequeños reinos que luego se formaron los rigieron las facciones de eslavos y berberiscos que estuvieron disputándose el mando desde ' la muerte de Almanzor (1002-1031), En estrecho contacto con los árabes, vivieron los judíos, que, por haber ayudado a los musulmanes en la invasión, mejoraron extraordinariamente de consideración social y formaron una clase influyente y culta con la protección que les dispensaron los emires y califas. El sabio israehta Hasdai ben Xabut, al ser ministro de Abderramán III, obtuvo nuevos privilegios para los de su raza, ta rendición de Breda, cuadro de Velázquez que se conserva en el Museo del Prado (Madrid). ESPAÑA HISTÓRICA 233 ANTONIO D E CARCER D E MONTALBÁN el año anterior, y acogió favorablemente en sus estados al Cid Campeador, durante su destierro, quien a su vez ayudó a los hijos y sucesores de Almoctádir en sus querellas intestinas y en sus guerras con los soberanos catalanes. El mismo héroe castellano, en la mayor de sus hazañas, se apoderó del reino de Valencia (1094), una de las más importantes taifas levantinas. Valencia estuvo gobernada por eslavos hasta 1021 ó 1026, y por los amiríes, descendientes de Almanzor, hasta 1065, año en que cayó en poder de Almamún, rey de Toledo, quien a su vez la perdió diez años después. Tras el corto reinado del toledano Alcádir, que murió asesinado (1092), declaróse Valencia en república, y poco después (1094) fué conquistada por el Cid. Éste dominó en ella como soberano independiente, y, tres años después de su muerte, su viuda doña Jimena la abandonó, incendiada, a los almorávides (1102). La taifa de Denia, gobernada de hecho por un liberto amiri, Mochéhid, con menoscabo de la autoridad del propio rey, se distinguió por sus empresas marítimas, en las que conquistó las islas Baleares (1015) y llegó hasta saquear la de Cerdeña, donde, al fin, fué vencido Mochéhid (1016). Después de intervenir en las contiendas de los demás reyezuelos, Denia quedó absorbida (1045) P^"" Almoctádir de Zaragoza, quien, para ello, destronó a Ali, hijo y sucesor de Mochéhid. Almería estuvo regida por los eslavos, y el primero de ellos fué el propio Jairán (1012-1028) que tanto había figurado en las luchas de partido que precedieron a la disolución del Califato. Caída en poder del rey de Granada, tras la batalla de Alpuente, en que murió su emir Zoháir, y conquistada luego por el de Valencia (1038), se proclamó de nuevo independiente (1040) y entonces fué gobernada por la familia de los Tochibíes, que habían sido destronados de Zaragoza. De la desmembración de .Mmería nacieron en épocas diferentes dos taifas m á s : Murcia y Lorca, que, tras innúmeras vicisitudes, cayeron, lo mismo que Almería (1091), en poder de los almorávides. E n Granada, ciudad que por entonces creció considerablemente por despoblación de Elbira, reinaron los berberiscos Beni Ziri, y uno de sus miembros, Habús (1019-1038) tuvo por gran visir al judío Abenagrela, hombre de grandes dotes políticas, con el que se dió el primer caso de que un soberano berberisco tuviese por ministro a un judío. El cruel Badis (1038-1073), hijo de Habús, sostuvo guerras contra Zoháir de Almería, al que mató en la batalla de Alpuente (1038), y contra el abadita Abulcásim de Sevilla, cuyas tropas derrotó en el sitio de Carmona (1039). Al morir Idris H de Málaga, Badis anexionó a sus dominios las tierras malagueñas (1055), y así pasó definitivamente a Granada la jefatura del partido berberisco. El hijo de Badis, Abdalá (1073-90), reinó al principio pacíficamente y luego intervino activamente en las negociaciones que trajeron los almorávides a España. L a importante taifa de Málaga fué sede de la dinastía berebere de los Hamudíes o Hamuditas, que, por haber sido entronizada en los últimos años del califato para suceder a la de los Omeyas, siguieron usando el titulo de cali- ESPAÑA HISTÓRICA 231 cn el superior—en los que predominaba siempre el conocimiento religioso del libro sagrado del Corán—, la enseñanza alcanzó considerable difusión, hasta llegar a ser la España musulmana la nación que tenía el número mínimo de analfabetos entre todas las de Europa. La misma instrucción de la mujer fué muy apreciada, como lo demuestra el hecho de que cultivaba la medicina y la literatura con absoluta libertad y se dedicaba a copiar toda clase de libros para formar las famosas bibliotecas. Causa de ello fué, sin duda, la baratura que alcanzó el empleo del papel, fabricado en grandes cantidades por los mismos árabes, y la facilidad que representaba en la copia el carácter cursivo de la escritura arábiga. Sin embargo, contrasta sensiblemente con esa elevación de la cultura la prevención que en general tuvo el pueblo musulmán por los estudios especulativos. La astronomía, la geometría y las matemáticas, con ser las menos combatidas, sólo se aceptaron en lo que ofrecían de empírico, para fines prácticos de la vida o para satisfacer vulgares supersticiones. La investigación crítica que representan las disciplinas filosóficas pugnaba con el espíritu simplista del Corán, y, por tanto, era condenada por los alfaquíes y el pueblo creyente. Los mismos estudios que se hacían de la medicina y la botánica estaban supeditados a la utilidad que inmediatamente derivaba de ellos. Con todo, es preciso reconocer que todas esas ciencias—y, más que ninguna, la filosofía—deben a los árabes por intermedio de los españoles el esplendor que consiguieron en plena Edad Media. El álgebra es invención de un matemático árabe, y la numeración en cifras, patrimonio también del pueblo arábigo. Además, la aristocracia árabe gustó siempre de los libros de filosofía, y gracias a ella llegaron a Occidente las obras de los filósofos griegos, con Aristóteles a la cabeza. Esta afición de las clases aristocráticas contribuyó en mucho al escepticismo religioso que las distinguía, y, para no acabar de excitar los sentimientos de reacción del pueblo creyente, escudado en este punto por la clase sacerdotal, los nobles cultivaron, en algunas épocas, este género de estudios con el sigilo propio de las sectas prohibidas. Si bien el mayor florecimiento de los estudios científicos corresponde al período más liberal que siguió al califato, durante los primeros tiempos descuellan hombres de relevante mérito, como el cordobés Aben Masurra (883-931), filósofo escéptico, de gran influencia en los siglos medievales; Aben Házam (994-1064), ministro de Abderramán V, hombre culto y virtuoso, que estudió profundamente las religiones en relación con el Islam ; Moslema Aben Alcásim (904-964), también cordobés, profundo conocedor de la astronomía y la astrología, motivo por el que fué considerado por el pueblo como mago; Maslama, de la segunda mitad del siglo X, a quien se debe el establecimiento de una escuela en Madrid que trajo de Oriente multitud de conocimientos; Abulcásim (936-1013), el médico y cirujano más notable de aquel período; Aben Cholcol, médico y botánico que floreció en el reinado de Hixem II (fines del siglo x ) y escribió una historia de los médicos y otros sabios que tuvo España en aquel reinado.. E, a.—24 232 ANTONIO DE CARCER DE MONTALBÁN ESPAÑA Pero si grande fué el florecimiento de los árabes en el campo de las ciencias, mucho más notable fué el que consiguieron en el de la literatura, singularmente en el de la poesía, que constituye el patrimonio de todos los pueblos cultos de Oriente. L,a delicada sensibilidad del pueblo árabe, unida a la facilidad de versificación por su afición a todas las manifes»'!^"\7^jr F "•"""m-^rTiti taciones orales, supo cantar en verso todas ^S'^^l^J'^^'^^^'iif^^^K^* sus grandezas y hazañas. Los emires, los {>SrJK^3r^ií*-;/v«^^^^í^'^^'^ n e t a l l e c o n fitruras h u m a n a s d e u n a a r q u e t a aralje d e marfil, r o n s e r v a d a en l a c a t e d r a l de Pampluna. sabios, los jeques, las mujeres, y aun las mismas clases populares sabían improvisar en cualquier momento para expresar en forma poética sus sentimientos y deseos. Incluso obras científicas llegaron a escribirse en verso. En la corte, los califas gustaban de tener poetas a su servicio que improvisasen epigramas, sátiras y narraciones guerreras y amorosas, por todo lo cual los recompensaban con grandes cantidades en dinero y con singulares distinciones. Por la misma facilidad con que el árabe se convertía en poeta, es infinito el número de cantores que llenan estas tres centurias de dominación musulmana. Citemos solamente entre ellos a Aben Abderrábihi (868-950), autor del Libro del Collar, especie de enciclopedia literaria; el poeta y diplomático Yahya Aben Alháquem (774-864), llamado comúnmente Algazel por la esbeltez de su figura; a Said de Bagdad, del siglo x, poeta muy erudito, al servicio de Almanzor; al Ramadí, también del siglo x, a quien el mismo Almanzor obligó a guardar perpetuamente silencio en castigo de haber tomado parte en una conspiración contra el califa... Y junto al de la literatura poética, debe recordarse el florecimiento de la literatura histórica, disciplina también muy apreciada por los árabes, en la que nos han dejado un tesoro inapreciable en crónicas y biografías para reconstruir los siglos de dominación musulmana. En la música hicieron también los autores arábigos considerable progreso, hasta el punto de haberse sospechado que a ellos se debe la enseñanza del solfeo, lo mismo que el actual sistema de notación musical, que, en tal supuesto, Guido de Arezo no habría hecho más que modificar y divulgar. Desde luego, puede afirmarse que la incomparable riqueza musical del pueblo español se debe en gran parte a los árabes, quienes, desde la instauración de los Omeyas, trajeron de Oriente multitud de músicos y cantadores, y con sus instrumentos típicos—la flauta, el laúd, la cítara, el rabel, el oboe y, sobre todo, la guitarra—difundieron por toda Andalucía la música que habían aprendido de persas y bizantinos. Otro capítulo de gran importancia en la cultura arábiga es el de las bellas artes, singularmente de la arquitectura, la cual, dada la diversidad de caracteres HISTÓRICA 237 en reyezuelos al favor de las circunstancias, mantuvieron constantes guerras entre sí—verdadera guerra civil en conjunto—para dirimir sus rivalidades o satisfacer sus ambiciones. En estas guerras, los soberanos se exterminaron unos a otros, con la pretensión en cada uno de ellos de llegar a dominar a todos los demás para reconstruir la antigua unidad del Estado y tomar luego el codiciado título de califa. Y tanto quisieron avanzar en esta pretensión, que a mediados de aquel mismo siglo, a los quince años de guerra, había cuatro príncipes que se daban a sí mismos el título de califas de España: el falso Ilixem II en Sevilla, Idris II en Ceuta, un Mohamed en Málaga y otro Mohámed en Algeciras. En Córdoba se erigió, por acuerdo del antiguo mcxuar, una república de carácter aristocrático (1031) a cuyo frente estuvo Chahuar, hombre justo e inteligente, que supo conservar el prestigio de la ciudad. A su muerte (1043) sus hijos siguieron en el gobierno, pero, codiciada la ciudad por los reyes de Sevilla y Toledo, quedó definitivamente agregada a Sevilla (1077) por obra de Almotámid. La taifa de Badajoz, que entonces empezó a ser renombrado centro de cultura, estuvo gobernada por la familia de los Aftasíes, quienes hubieron de defenderse enérgicamente contra las pretensiones imperialistas de Sevilla. Su rey Almodáfar, entusiasta cultivador de las letras, fué tributario del rey de Castilla, a quien recurrió también Almotaguáquil, el Llaves árabes de ciudad, con las g u a r d a s f o r m a d a s p o r u n a inscripción. último de los Aftasíes, ante el peligro de los almorávides, los cuales al fin se apoderaron de Badajoz (1094). Toledo, la fortaleza de los mozárabes, se hizo independiente con un aventurero, que se sostuvo hasta 1035, que fué sustituido por los Bcni Dunún, familia berebere arabizada. Uno de sus reyes, Almamún o Alimenón, acogió a Alfonso de Castilla cuando huía de la persecución de su hermano Sancho I I ; luego conquistó a Valencia (1065) y puso sitio, aunque en vano, a Córdoba (1070), ia cual se le entregó cinco años después por la traición de un bandolero. Su hijo y sucesor Alcádir, perdió definitivamente a Toledo (1085) por la capitulación convenida con el sitiador Alfonso V I de Castilla, quien, en compensación, dió a Alcádir la taifa de Valencia. El reino de Zaragoza, uno de los más poderosos, después de tener algunos soberanos de la familia de los Tochibíes (1039), fué regido durante muchos años por la de los Beni Hud, hasta que cayó en poder de los almorávides (1110). U n o de sus principales reyes, Almoctádir (1046-1081), gran protector de las ciencias y las letras, conquistó las taifas de Lérida (1048), Tortosa (1061) y Denic (1076), recuperó a Barbastro (1065) del poder de los normandos, que la habían ocupado 244 ANTONIO DE CARCER DE MONTALBÁN que, al tener noticia de los acontecimientos mientras sitiaba a Zaragoza, salió en busca del almorávide con refuerzos de tropas de Aragón y Cataluña. La memorable batalla entre cristianos y musulmanes se dió en Zalaca—la Sacralias de los primeros, y la Azagal de los segundos, cerca de Alburquerque,—y de ella salió rotundamente victorioso Yúsuf ben Taxfín, que, a pesar de sus años— sesenta y siete—peleó con denuedo sin igual (1086). El mismo Alfonso VI hubo de huir a uña de caballo con unos pocos de los suyos, y, a consecuencia de las enormes pérdidas sufridas en esta batalla, tuvo que abandonar la plaza de Valencia, levantar el asedio de la de Zaragoza y renunciar al cobro de los tributos de algunos vasallos musulmanes. Sin embargo, no sacaron los vencedores todo el prdvecho que entrañaba la victoria, y, mientras Yúsuf volvió a África al saber la muerte del mayor de sus hijos, los cristianos se hicieron fuertes en el castillo de Aledo, entre Lorca y Murcia, desde donde emprendían incursiones que diezmaban toda la comarca. Almotámid de Sevilla, para acabar con ese reducto, sitió a Aledo, pero tuvo al fin que desistir ante la resistencia de los cristianos. A pesar, pues, de la intervención de los almorávides, los cristianos se habían rehecho rápidamente del J a r r o d e c e r á m i c a hisp.-inoárabe. desastre, y la situación de las taifas, impotentes contra sus enemigos, seguía tan crítica como antes. Fuéles preciso recurrir de nuevo al pueblo africano, y esta vez la decisión fué más unánime por cuanto el pueblo veía ya en Yúsuf a un caudillo invencible, y las clases sacerdotal y nobiliaria habían dejado de ver, con aquella victoria, la incultura y rudeza que distinguía a los almorávides del Sahara. En esta ocasión, fué el mismo Almotámid de Sevilla quien pasó personalmente a Marruecos a solicitar la ayuda de Yúsuf, el cual, en efecto, vino de nuevo a España y desembarcó en Algeciras (1090) con un ejército mayor que el que había traído cuatro años antes. El primer acto de Yúsuf fué atacar a Aledo, pero se retiró sin llegar a rendirla al saber que venía Alfonso V I con refuerzos, quien luego mandó incendiar la fortaleza, ya maltrecha por tantos ataques. Esta segunda venida de almorávides no tuvo, sin embargo, su máxima importancia en la guerra contra los cristianos, sino en el movimiento de opinión que despertó favorable a la creación de un solo poder fuerte que reuniese el de todos los reyezuelos entonces existentes. El pueblo, agobiado por la multitud de impuestos que había de pagar sin tener en compensación la paz y el bienestar que deseaba, se mostró entusiasmado con el emperador almorávide, y los alfaquíes, viendo en él al más fervoroso de los creyentes, le instigaron a que destronase a los emires andaluces, poco cumplidores de los preceptos coránicos. Por otra parte, a Yúsuf ESPAÑA HISTÓRICA 245 le había gustado la fértil tierra de Andalucía y no necesitó, para decidirse, más que el pretexto legal de la religión para hacerse dueño de aquellas tierras. Así, al dar los alfaquíes unas fétuas—especie de sentencias de excomunión—contra los emires de Málaga y Granada decretando que habían perdido el poder a causa de sus faltas, Yúsuf penetró como conquistador en Granada (1090) y se apoderó de las riquezas que allí había acumulado Badis. Al ver el cambio de rumbo de la actitud de los almorávides, Almotámid de Sevilla y Almotaguáquil de Badajoz, seguidos por otros emires andaluces, buscaron la protección de Alfonso VI, sin duda porque se veían más independientes siendo tributarios de un cristiano ilustrado y tolerante que siendo rivales de un musulmán inculto y fanático. Entonces los alfaquíes andaluces, con la aprobación de los de África y Oriente, dieron nuevas fétuas contra los emires que se habían aliado con el príncipe cristiano, y desligaron a Yúsuf de los compromisos que con ellos había contraído. En rápida campaña (1090 a 1094) los almorávides, al mando de Sir Abiñabiquéquer, pariente de Yúsuf, se apoderaron de Tarifa, Córdoba, Carmona, Sevilla (1091), Ronda, Almería, Murcia, Denia, Játiba, Badajoz y otras fortalezas andaluzas, sin que lograse nada el auxilio que para algunas de ellas envió el rey de Castilla. Almotámid, A g u a m a n i l árabe d e b r o n c e , l l a m a d o de Fortuny. el más popular de los emires andaluces, tan notable por su talento político como por sus dotes de poeta, fué trasladado a África, donde murió en un calabozo, cargado de cadenas (1095). Continuando la arrolladora campaña de conquista, atacaron los almorávides a Valencia, de donde fueron enérgicamente rechazados por el Cid Campeador, pero, al fin, muerto el héroe castellano, su viuda abandonó la ciudad, incendiada, a los invasores (1102). A continuación conquistaron las taifas de Alpuente y Albarracin (1103) y dejaron a Zaragoza en perfecta independencia, por expreso deseo de Yúsuf, mientras estuviese gobernada por los Beni Hud. En aquel momento, la unidad política que, con la disolución del califato de Córdoba, había desaparecido de la España musulmana, volvió a renacer bajo la hegemonía de los nuevos invasores, y, para gobernarla, Yúsuf proclamó heredero en Córdoba a su hijo menor Alí (1106), que, como emperador, gobernó a un tiempo en África y España, y tuvo aquí la capital en Granada. 246 ANTONIO DE CARCER D E MONTALBÁN Los primeros años de! nuevo gobierno almorávide fueron prósperos para el pueblo y los alfaquies, ya que se rebajaron los tributos a los tipos que limita el Corán y se concedió mayor preponderancia al elemento religioso, que había perdido mucho de su prestigio frente al espléndido florecimiento que en las ciencias y las letras habían conseguido las clases ilustradas. Asimismo, con las armas obtuvieron los almorávides señaladas victorias, como la sangrienta de Uclés (1108), la toma de Madrid y Guadalajara, y más adelante (1110), a la muerte de Almostain, la rendición de Zaragoza, cuyo nuevo soberano continuó gobernando con independencia en Rueda. N o obstante, las riquezas que habían atesorado los reyes de taifas y la mayor facilidad de vida que ofrecían las tierras peninsulares, enervaron la sensibilidad de los almorávides, y pronto perdieron su valor guerrero y su fervor religioso. A pesar de las victorias obtenidas en el continuo guerrear—sobre todo en Castilla y Portugal,—la dominación muslímica quedó estancada, y ni Toledo llegó nunca a rendírseles, ni Zaragoza estuvo mucho tiempo en su poder, reconquistada por Alfonso el Batallador de Aragón ( n i 8 ) . Mientras el gobierno estaba mediatizado por Cámar, una de las mujeres de Alí, y la corrupción alcanzaba a Vaso d é cerámica iiispano árabe. todos los órdenes de la administración, los aragoneses derrotaron a los almorávides en Cutanda (1120) y realizaron una atrevida expedición por Andalucía (1124-1125), en la que consiguieron rescatar a varios miles de mozárabes, duramente perseguidos entonces por el fanatismo de los conquistadores africanos. Asimismo, Alfonso V I I de Castilla, penetró por Extremadura (1133) y, llegando hasta el corazón de Andalucía, asoló las tierras de Carmona, Sevilla, Jerez y Córdoba. Esta decadencia del poder almorávide en España llegó, principalmente, a tal punto por el quebranto que ya venía sufriendo en África, desde 1125, a causa de los ataques de un nuevo pueblo berberisco, los almohades, que iban conquistando el antiguo imperio de Yúsuf, y obligaron a Alí a llevarse muchas tropas de las que tenía en la península. Y la ausencia del emperador y de sus fuerzas la aprovecharon no sólo los cristianos para sus incursiones, sino también los propios musulmanes para levantarse contra aquella dominación, que había llegado a hacerse sumamente odiosa. Asi, durante el breve reinado de Texufín (11431145), que ya entró a reinar, como hijo y sucesor de Alí, cuando los almohades habían conquistado gran parte de Marruecos, los musulmanes andaluces iniciaron las rebeliones que acabaron prácticamente con el dominio almorávide. Y así ^ como a la disolución del califato precedieron unas sublevaciones que dieron luego vida a la multitud de reinos de taifas, así a la caída del poder almorávide pre- Dominación de los almorávides L pueblo que, en la segunda mitad del siglo x i , vino a realizar la nueva unidad política de la España musulmana procedía de varias tribus bereberes, principalmente de la de los Lamtunas, establecidas en el desierto de Sahara. Convertidos recientemente al islamismo por la predicación enfervorizada de un alfaquí, los berberiscos de allende el Atlas, con el nuevo nombre de almorávides—hombres devotos o consagrados a Dios—emprendieron la conquista del norte de África, y en poco tiempo lograron formar en el Magreb un importante imperio, bajo la jefatura de Yvísuf ben Taxfín, que se extendía desde Argel hasta el Senegal, con Marruecos por capital. Los musulmanes españoles, viéndose, tras la caída de Toledo y Valencia, e n peligro de tener que emigrar o someterse a los príncipes cristianos, pusieron los ojos en el nuevo imperio almorávide para traerle como auxiliar. El recurso era eficaz, pero peligroso al mismo tiempo, por la facilidad con que los auxiliares podrían convertirse en conquistadores. La vacilación que esto produjo la resolvió el propio Almotámid, rey de Sevilla, al replicar así a las objeciones que le hizo su hijo: "Si he de elegir, prefiero ser camellero en África a ser porquero en Castilla." Resuelta así la vacilación, envióse una embajada al almorávide Yúsuf, compuesta por cadíes de Sevilla, Badajoz, Málaga, Almería, Córdoba y Granada, quienes le invitaron a venir a luchar en España contra los cristianos, con la condición, empero, de que no se volvería contra la independencia de ninguno de los emires andaluces. Yúsuf sólo exigió por su parte la cesión de la plaza de Algeciras para las operaciones de desembarco; pero, sin que los embajadores se la hubiesen concedido, porque no tenían facultad para ello, Yúsuf desembarcó poco después en la misma Algeciras (1086) y mandó retirar la guarnición de sevillanos que había en ella. En Sevilla y Badajoz se le unieron todas las tropas de los emires aliados y con ellas marchó hacia Toledo, mas cn el camino se halló con el Alfonso \ T , ' í ^ ^ / i i sil I C ^ ^ : ^% Aifi%. !*IF, 5 ^ TTFCI J . ; ' ^ r w^ «US . . j «I;::. ^•1^. M %} Vidriera gótica de la iglesia de Santa María del Mar d e Barcelona. (Siglo XIV.) 254 ANTONIO DE CARCER DE MONTALBÁN nimerines consiguieron reconquistar a Jibraltar y, con el de las naves genovesas, deshacer la escuadra cristiana que defendía el Estrecho (1333). Ante el peligro de la inminente invasión de los benimerines, que ya, al mando del sultán Abul Hasán, habían desembarcado en Algeciras y sitiaban a Tarifa, los ejércitos unidos de Alfonso XI de Castilla y Alfonso IV de Portugal infligieron a los musulmanes una tremenda derrota a orillas del río Salado (1340), que constituye uno de los mayores triunfos en la epopeya de la reconquista. El rey de Granada perdió a la sazón varias plazas, y el sultán benimerin hubo de volverse, vencido, a Marruecos. Desde entonces desapareció para siempre el peligro de la amenaza de África sobre España. En adelante, tampoco Granada pudo hacer nada para recobrar el prestigio musulmán en la Península. Minada interiormente por las luchas de partidos, al destronamiento de Nasar (1314). último de los Nazaríes directos, siguieron reinando otras familias, muchos de cuyos miembros acabaron destronados o murieron asesinados. Con Yúsuf III (1408-1417) aun tuvo Granada un período de esplendor; pero las conquistas de los castellanos, que, aunque muy lentamente, seguían la obra de reconquista, fueron debilitando más todavía el dominio musulmán. Así perdió Granada las plazas de Antequera (1410), Huesear (1435). Huelma (1438), Jibraltar (1462), etc. Los últimos reinados granadinos están ensangrentados por las luchas de los partidos de Cegríes y Abencerrajes, en las que revive el espíritu indómito y feroz de los berberiscos. Hasta que, al fin, después de haberse dividido el reino, para evitar una guerra civil, en tres partes—las Alpujarras, Almería y Granada,—acabó definitivamente en España la dominación de los musulmanes con la rendición de Boabdil de Granada a los Reyes CaC o l u m n a de ln sala de reposo del B a ú o de la S u l t a n a , en la A l h a m b r a . tólicos (1492). Desde la batalla del Barbate (711), pues, había permanecido el Islam en España más de setecientos ochenta años. La cultura musulmana después del Califato A mayor transformación social que sufrió la España musulmana a la caída del califato fué la anulación de la raza árabe, empujada por la extraordinaria preponderancia que empezaron a tener desde entonces los elementos berberiscos y eslavos. A la primera aristocracia dfe los asiáticos, de gusto refinado y temple orgulloso, siguió la aristocracia militar de los africanos, de índole indómita y espíritu fanático. Y aun, a los pocos años, los mismos eslavos fueron desapareciendo como diferencia social, absorbidos por el crecimiento de la población berberisca, engrosada por el mayor número de renegados y muladíes, y, sobre todo, por la inmigración de nuevos pueblos africanos. Así, con la invasión, primero, de los almorávides y con la de los almohades, después, quedó prácticamente aniquilada la raza árabe pura, y formada para siempre la mezcla de pueblos africanos y españoles que dió el tipo vulgarmente conocido en España por moro. El común del pueblo de entonces, por efecto del espíritu religioso que distinguía a los bereberes, se mostró más intolerante y fanático que nunca. Las reacciones de tipo religioso se daban con frecuencia, cuando los altos poderes del Estado dejaban de cumplir los preceptos coránicos. A este avivamiento del sentimiento religioso del pueblo puede atribuirse la facilidad con que las invasiones de pueblos africanos—todos ellos imbuidos, en el momento de venir, en la obsesión de la pura observancia del Corán—se convirtieron en régimen político que domin() en todo el país. Efecto de esta misma exacerbación del espíritu muslímico fué la variación que sufrió la situación de los judíos y los mozárabes. Durante los reinos de Taifas, constituidos todavía dentro de la máxima libertad de convivencia de los diferentes pueblos que formaban el Estado, siguieron tratados los judíos y los mozárabes por los emires con la tolerancia de otras épocas, y así un reyezuelo hamudita, Habús de Granada, tuvo por ministro a un judío famoso, Abenagrela, a quien sucedió en el mismo cargo su hijo José. Pero el pnciilo n o fm'- en general tan 256 ANTONIO DE CARCER DE MONTALBÁN tolerante, y, al sentirse un dia descontento del proceder de ese ministro, armó en Granada un motín en el que perecieron José y multitud de familias israelitas. Los mozárabes, sobre todo en tiempos de los almorávides y almohades, se vieron vejados y perseguidos con mayor encarnizamiento, hasta llegar a desaparecer como clase social. E n las conquistas que iban haciendo los cristianos, exigían los reyes el rescate de mozárabes, y así Alfonso I de Aragón, en su famosa correría por Andalucía (1125-1126) se trajo a diez mil de ellos para repoblar las tierras de la derecha del Ebro, que acababa de conquistar a los musulmanes. Naturalmente, los que no alcanzaban a estos rescates, habían de sufrir las represalias del pueblo y de los alfaquíes, en las que muchos murieron asesinados o fueron deportados a ciudades de África, donde, a pesar de todo el rigor, pudieron vivir respetados, incluso con iglesias, formapdo parte de las tropas almorávides. En la organización de las instituciones siguió todo, en general, lo mismo que en la época del califato, con la sola variedad de la consiguiente multi- • plicacion de los cargos y dignidades según el número de taifas creadas. Así, cada reino tuvo el correspondiente cuerpo de visires y de cátibes, que ayudaba en el gobierno al soberano, llamado entonces emir o sultán. Estos emires, como sucesores del califa, J u r r ó n d e la A l h . i m h n i continuaron gobernando con absolutismo, forma de (reconstruido). gobierno que se perpetuó, agravada con mayor despotismo, en los emperadores almorávides y almohades. Las ciudades que, como Córdoba y Sevilla, se erigieron al principio en forma de repúblicas, no pasaron de mero formulismo, y, al fin, acabaron gobernadas monárquicamente. Durante la dominación almohade, España, al perder la personalidad que había tenido con su independencia, quedó convertida en provincia del imperio establecido en África y, como en los primeros tiempos de la invasión árabe, tuvo sólo gobernadores, que eran a la vez los jefes militares. En la vida económica repercutió sensiblemente la disgregación política del califato, y, a medida que la reconquista cristiana iba ganando terreno, fué también disminuyendo paulatinamente la importancia de algunas industrias que antes habían llegado a su máxima prosperidad. Aun así, durante los reinos de Taifas se mantuvo con bastante actividad el comercio con África y Asia, singularmente desde los puertos de Almería, Denia, Valencia y Málaga, que traficaban en las afamadas sederías españolas. Siguieron asimismo prósperas aún las artes industriales en que fueron maestros los árabes—fabricación de papel, de cueros, de vidrio, de cerámica, de azulejos, de tapices, de armas, etc.—, y, por encima de El reino de Granada S T ü Último reducto de la dominación musulmana en España tuvo origen en el reino de Arjona, que se fundó en 1230 al desmembrarse la unidad imperial de los almohades. Su primer rey, Mohámed Alhamar, conquistó, primero, a Jaén (1232) y consiguió luego, ante la dificultad de poderse mantener entonces los pequeños reinos, que fuese reconocido por soberano en Baza, Guadix y Granada, ciudad ésta donde se estableció definitivamente (1238) y fundó la dinastía de los Nazaríes o Nazaritas, que subsistió más de dos siglos y medio en diversas ramas. Esta larga duración en la Península de un reino muslímico pudo darse tanto por la minoración que, tras las conquistas de Córdoba y Sevilla, sufrió el empuje <le la reconquista, como porque el nuevo reino quedó enclavado en el terreno más abrupto del sudeste andaluz. En efecto, se extendía por toda la Sierra Nevada desde la plaza de Almería hasta el estrecho de Jibraltar, y con ello tenía dominado el camino del mar para comunicarse con el norte de África. Además, Alhamar entró en relaciones diplomáticas con Castilla para no tenerla por enemiga, y, sobre cederle a Jaén (1246), ayudó como vasallo a los castellanos en la conquista de Sevilla (1248). Por otra parte, los monarcas granadinos fueron recibiendo constantemente la protección de los benimerines o merinidas, otro pueblo musulmán de la tribu de Zeneta, que, desde la caída del imperio almohade, había logrado establecerse en algunas plazas andaluzas, entre ellas Tarifa, Algeciras, Ronda y Estepona. desde las que constituía un peligro de nuevas invasiones africanas. Así, en tiempo de Sancho I V de Castilla se les arrebató a los benimerines la plaza de Tarifa (1292)—una de las llaves para la entrada en España—y en tiempo de Fernando I V se les ganó a los granadinos la fortaleza de Jibraltar (1309). E n esta lucha por el dominio del Estrecho entre los príncipes cristianos, el reino de Granada y los sultanes benimerines—lucha en que el Islam pretende dominar en Europa, y España no quiere dejarse vencer por África,—culminaron los episodios del reinado de Yúsuf I. Los granadinos con el auxilio de las tropas be- 263 ANTONIO DE CARCER D E MONTALBÁN ees, pues con la muerte de Alfonso I en Cangas (757) coincidió la proclamación de Abderramán I (756) como emir independiente en Córdoba, y, simultáneamente con el engrandecimiento que el Omeya dió a la España musulmana, en Asturias se desarrollaron las primeras rebeliones palaciegas por la posesión del trono, disensiones éstas que acaban de dar a la monarquía asturiana todos los caracteres de la visigótica. Así, Fruela I (757-768), hijo y sucesor de Alfonso I el Católico, tuvo que dominar primero una sublevación de vascos y, después, otra de nobles gallegos, que pretendían proclamar rey a Vimarano, hermano del elegido. En estas luchas, Vimarano murió a manos de su hermano Fruela, y a causa de ello los nobles gallegos asesinaron al rey (768). En el orden interior Fruela I fundó la ciudad de Oviedo, adonde trasladó la corte del reino, y echó los cimientos de la basílica del Salvador. lyos partidarios de la monarquía hereditaria pretendieron entonces que ascendiera al trono Alfonso, hijo de Fruela I, pero los nobles eligieron a Aurelio (768-774), que mantuvo la paz con los musulmanes, y después de él a Silo (774-783), que trasladó la corte a Pravia y tuvo que sofocar otra sublevación de los nobles gallegos, partidarios de la proclamación del citado hijo de Fruela I. A Silo sucedió Mauregato (783-789), hijo natural de Alfonso I y probablemente de una esclava mora, quien volvió en seguida a Oviedo para contrarrestar la elección de los nobles que habían proclamado a Alfonso II. De este reinado data la leyenda, apoyada en diversas tradiciones, del "tributo de las cien doncellas", concedido por el rey a los emires Omeyas, a cambio de conservar la neutralidad del reino cristiano. Este legendario hecho ha hallado apoyo en el nombre del propio monarca, a quien se supone elegido con intervención de los maragatos; pero, desde luego, la innegable relación que con ellos tiene es la necesidad en que se vió de contener una invasión que hizo este pueblo berberisco por Asturias con el propósito de imponer nuevas exigencias, y es más probable que, de la victoria que sobre ellos obtuvo, le viniera el sobrenombre de Mauregato con que actualmente se le conoce. Alfonso aún hubo de verse preterido por la elección de Bermudo I (789-791), llamado el Diácono por tener ya este grado del sacerdocio al tiempo de ser elegido, del cual obtuvo dispensa para poder reinar. A pesar de su carácter emprendedor, no supo contener las algaras de Hixem I, que penetró victorioso por Álava y Castilla y poco después por Galicia (791), y se hizo poco acepto a la nobleza. A causa de ello abdicó Bermudo I la corona en favor del pretendiente Alfonso, hijo de Fruela I, que, por fin, pudo llegar a reinar con el nombre de Alfonso II. Su largo reinado (791-842) señala un nuevo período de engrandecimiento para el reino asturiano, pues derrotó en Lutus (794) a los musulmanes, que habían llegado hasta Oviedo, y en diversas incursiones recorrió victorioso las tierras de Lusitania hasta las márgenes del Tajo. Estas correrías terminaron mediante pactos concertados con los emires de Córdoba, Hixem I y Abderra- ESPflfJA HISTÓRICA 861 cantos religiosos, que llegaron a hacerse clásicos en las sinagogas; el otro toleda no Abraham Abenezra (1092-1167), poeta, médico, astrónomo, filósofo panteísta, infatigable viajero y exegeta racionalista del Pentateuco; el asimismo toledano Abraham ben David (1110-1180), medico, astrónomo y filósofo, en cuya célebre obra Fe sublime trata de conciliar la filosofía con la religión judaica; el cordobés Maimónides (i 135-1204), último de los grandes pensadores de la raza hebrea española, que escribió sobre medicina, filosofía y teología, compendiadas en su famosa Guía de los descarriados... Después de la invasión almohade, a mediados del siglo x i i , este florecimiento de árabes y judíos empezó a decaer, coartado por la intolerancia coránica de los sultanes africanos, que iniciaron así una persecución contra filósofos y científicos seguida de la destrucción de sus obras. El gran Averroes, a causa de sus doctrinas, se vió expulsado de la mezquita mayor de Córdoba y vituperado por el populacho, hasta que, tras innúmeros infortunios y encarcelamientos en Eucena y Fez, acabó oscuramente sus días en Córdoba. Los judíos, ya perseguidos por sus riquezas en tiempo de los almorávides, fueron más perseguidos aun por su sabiduría en tiempo de los almohades, con lo que llegaron a desaparecer colonias hebreas tan florecientes como las de Lucena, Granada y Toledo. A causa de ello, el racionalista Maimónides tuvo que profesar exteriormente el mahometismo mientras ejerció de médico en la corte del famoso sultán Saladino. Con estas persecuciones, muchos sabios emigraron a países de Oriente o se establecieron en los reinos cristianos de la península, donde acabaron de imprimir su influencia en los estudios que engrandecieron los siglos medievales. Finalmente, en Granada se dan los últimos destellos de este florecimiento de la España musulmana con la creación de varias escuelas de ciencias y letras, oficialmente protegidas por el sultán, y, en tiempo de Yúsuf I (1332-1354), con la fundación de la universidad granadina. Escritores ilustres del reino de Granada son A b e n Said el Magrebí, de Alcalá la Real (1214-1297), que llegó a escribir más de cuatrocientas obras; Aben Mosdai (1201-1264), famoso en el mundo musulmán por sus colecciones biográficas; Abenaljátib, de Loja (1313-1374), que desempeñó el cargo de visir y escribió un diccionario biográfico, valiosísimo para conocer la historia granadina del siglo x i v ; Abuhamu Muza II, nacido en Granada en 1323, que llegó a ser rey de Tremecén y escribió el tratado de política .titulado El collar de perlas; Aben Jaldún, nacido en Túnez (1332) de padres granadinos, famoso por su extensa obra titulada El intérprete de las lecciones de la experiencia, compendio de la cultura musulmana de su tiempo... En las bellas artes, después de la caída del califato, se desarrollan los otros dos períodos de los tres en que se divide el arte musulmán. En el primero, que abarca los siglos x i , x i i y x n i , sigue la evolución del arte califal, y lo que pierde en el carácter visigótico que antes tenía lo gana en puras influencias orientales que traen los almorávides y almohades, los cuales llevan a su vez influencias españolas a Túnez y Marruecos. B.H,—27 262 ANTONIO DE CARCER D E M O N T A L B Á N ESPAÑA HISTÓRICA De la época de las Taifas (siglo x i ) se conservan unos pocos monumentos en Zaragoza y Toledo. En la sede de los Beni Hud queda el oratorio de lo que fué palacio de la Aljafería, profuso en trabajo de yesería, destrozado en el siglo pasado al convertirlo en cuartel; y en Toledo, las partes inferiores de la puerta vieja de I'isagra, el castillo de la Galiana y dos antiguas mezquitas: una llamada hoy capilla del Cristo de la L,uz—que conserva mucho de la época califal—y otra llamada palacio de las Tornerías, situada en lo alto de un edificio. En Toledo, además, aparece en esta época el aparejo de ladrillos, género de construcción originario de Mesopotamia, que desde entonces se propaga por la península y crea obras de singular belleza en evolución posterior. De la época almohade (siglos x i i y x i i i ) que dan los principales monumentos en Sevilla: la torre de la Giralda, antiguo alminar de la mezquita mayor, terminada en 1197; el Alcázar, obra de yesería, con adiciones y reformas posteriores, y la Torre del Oro, construida en 1220, que se llamó así por el revestimiento de azulejos que tuvo en el cuerpo superior de la fábrica, el cual producía, con el sol, deslumbrante refulgencia metálica. El tercer período del arte musulmán, propio de los siglos XIV y xv, está concentrado en Granada, motivo por el que también se llama granadino y nazarí, de la dinastía de los Nazaríes que fundaron aquel reino. El conjunto de edificios conocidos por la Alhambra es el principal monumento de este período, ya que el Generalife, obra predecesora del estilo granadino, está muy desfigurado por reformas posteriores. La Alhambra, en efecto, es un verdadero estuche del arte ornamental arábigo, cuya exuberante originalidad no ha sido aún superada por ningún otro arte decorativo. Construyóse entre los años de 1324 y 1390, siguiendo, probablemente, modelos de origen oriental, aunque, desde luego, desarrollados de modo que en la Alhambra aparece el estilo como netamente original. Domina en toda ella la construcción adintelada o arquitrabada, ingeniosamente disimulada por el revestimiento de yeso que convierte los vanos rectilíneos en graciosos arcos, presentados en multitud de formas, con yesería estalactítica. Abundan asimismo las bóvedas, en casi todas las formas hasta entonces conocidas. Las columnas, generalmente pareadas, disminuyen sensiblemente de cuerpo, para hacerse más esbeltas y delicadas y terminar en capiteles cúbicos o almohadillados de peregrina invención. El revestimiento de yeso, que cubre todos los muros, adquiere aquí su máxima perfección con el arte del vaciado, en estrecha relación con los tonos rojos, azules y dorados que se da a los arabescos y almocárabes, de inconcebible varieJarro de cerámica Iiispanoárabe. 267 campaña contra los cristianos y, tras obligar a Pelayo a recluirse de nuevo en las montañas, dominó a Galicia y conquistó la plaza de Pamplona, en que todavía gobernaba un conde visigodo. Muerto Pelayo (737) en Cangas de Onís, capital de la restauración, le sucedió su hijo Favila (737-739), que, sin haber hecho nada por la causa de la reconquista, murió en una cacería, devorado por un oso. A Alfonso I, llamado el Católico (739-757), hijo del duque de Cantabria y yerno de Pelayo, se le debe la consolidación de la monarquía asturiana con la incorporación del territorio de Cantabria—nunca dominado por los árabes—y con las conquistas de expansión por el noroeste de la península. En rápida excursión, reconquistó a Galicia, el norte de Lusitania y de León, y aun llegó hasta Salamanca, Avila, Segovia y Sepúlveda, talando y destruyendo cuanto hallaba al paso. Estas incursiones las pudo hacer aprovechando la emigración de las tribus berberiscas hacia Andalucía, que iban a tomar parte en las guerras civiles que se desencadenaron por entonces en la España musulmana (740-741) entre árabes, sirios y bereberes. Pero, no teniendo aún elementos suficientes Alfonso I para fortificar las plazas en que iba entrando, se limitó a tomar posesión de Galicia, León y Vardulia, de modo que entre esta frontera cristiana y la de los musulmanes—Coimbra, Coria, Talavera, Toledo, Guadalajara, Tudela y Pamplona—quedó una extensa zona casi desierta, que fué Alfonso I I el Casto, en oracién. disputada durante muchos años por uno (De una miniatura del iLibro de los Testamentos», de Oviedo, del siglo x.) y otro bando. Interiormente, el rey Católico procuró reorganizar la vida nacional con la misma amplitud que había tenido antes del desastre del Barbate. Para ello, fortificó los límites del reino, repobló con mozárabes las tierras recuperadas, restableció la escala jerárquica de autoridades, fundó varios monasterios, creó nuevos obispados para mantener vivo en el pueblo el culto católico y enriqueció las iglesias con valiosos donativos, como el de la famosa cruz llamada "de los Ángeles", de Oviedo, que la tradición supone labrada por dos ángeles en figura de orfebres. Además, concedió que pudieran vivir con ciertas libertades los berberiscos que, por no haber emigrado con los demás, habían caído en poder de los cristianos. Núcleos de importancia de estos primeros musulmanes viviendo entre los cristianos fueron los de Astorga y de León, los cuales créese que dieron origen a los actuales maragatos. Este primer impulso de la reconquista cristiana quedó estancado por enton- 2G6 ANTONIO DE CflRCEf? D E M O N T A L B Á N ESPAÑA dos Únicos estados, fuertes y compactos: Castilla y Aragón, que acabaron por expulsar a los musulmanes del suelo patrio. El núcleo de resistencia de que se tienen noticias más lejanas es el de Asturias, dirigido por nobles y prelados fugitivos de la corte visigoda con elementos astures, el p u e b l o autóctono. Así, la monarquía que allí se formó no la consideraron como I n s t i t u c i ó n de un nuevo estado, sino como verdadera continuación de la monarquía visigoda, y por tanto de la cultura de la civilización, que había tenido la sede en Toledo hasta el año 711. Créese que, al tenerse noticia de la muerte de Rodrigo en Segoyuela (713), los nobles refugiados en Cangas de Onís proclamaron rey, en fecha todavía desconocida, a Pelayo, alto dignatario de la corte toledana, que muy posiblemente era entonces uno de tantos condes que, en el desmoronamiento de la España visigótica, ofrecían resisEscudo de armas del rey tencia a la invasión, o pactaban capitulaciones con el invaPelayc de Asturias. sor, como el conde Teodomiro del litoral mediterráneo. Sean, empero, cuales fuesen la fecha y la ocasión de su proclamación, lo cierto es q u e Pelayo constituye el sucesor directo de Rodrigo en el trono visigótico. Desde luego, e l primer hecho histórico en que aparece Pelayo es l a batalla de Covadonga (718), en la cual los españoles—parapetados unos en una cueva del estrecho valle del Deva y emboscados otros en los montes vecinos que forman los contrafuertes occidentales de los Picos d e Europa—lograron vencer a un ejército musulmán, cuyo jefe, Alcama, se vió impotente para resistir a unos hombres que tenían su mejor defensa en la fragosidad del terreno. Además, un providencial desprendimiento de tierras ocasionado por u n a tempestad con desbordamiento del río, cayó como una maldición sobre e l ejército agareno, y entre los vencidos pereció el propio Alcama. E s t a victoria de Covadonga, aunque de mínima importancia como hecho de armas, fué de capital trascendencia para el principio de la reconquista, pues era la primera q u e conseguían los cristianos en los siete años que llevaban resistiendo al invasor musulmán. A consecuencia de ello, el valí de Gijón, Munuza, ante los peligros que suponía este primer descalabro, tuvo que evacuar las posiciones conquistadas en la región oriental de Asturias, y así el prestigio d e Pelayo como caudillo creció considerablemente, de tal modo, que si aún no se le había proclamado rey, no hay duda de que desde este momento puede figurar en la Historia como monarca efectivo de los visigodos refugiados en Asturias. Aún se mantuvo Pelayo invencible en las montañas y bajó luego al llano, en dirección a la meseta de León, al amparo del abandono en que tenían aquellas regiones los musulmanes, ocupados entonces en la campaña de las Galias; pero, después de la derrota de Poitiers (732), cuando los agarenos perdieron l a esper a n z a d e mayor expansión por Europa, el emir Ocba (734-741) reemprendió la HISTÓRICA 203 dad geométrica. Los revestimientos inferiores de alizares ofrecen una espléndida nuu'Stra de la belleza del trabajo de azulejos, en que fueron maestros los musulmanes. Además de la escritura en caracteres cúficos y cursivos como ornamento exI)resivo, tiene la Alhambra dos de los ejemplos que más han dado que discutir sobre la prohibición coránica de representar seres animados: en escultura, los , leones, bastante estilizados, que sostienen la alberca del famoso patio, y, en pin- \ tura, las decoraciones del techo de la sala de la Justicia. Ya hemos hecho notar, 1 al hablar del arte del Califato, la mínima importancia que entre los árabes tuvieron la pintura y la escultura, motivo por el que la aparición de estos elementos cn la Alhambra puede considerarse como esporádica, propia, sobre todo, de una época en que no dominaba el fervor religioso. Desde luego, esas pinturas de la Una de Ins pinturas que decor.in el techo de la s,nla de la Justicia de la . \ I h a m b r a . sala de la Justicia son de pinceles cristianos, obra probablemente de algún italiano. El conjunto, en fin. de la civilización musulmana es en extremo interesante, ya que a ella debe mucho España de su actual sedimento de raza y de cultura. En las guerras de reconquista y en las relaciones pacíficas de un estado con otro, actuaron constantemente las mutuas influencias, y a la España cristiana llegaroi^ pronto los caracteres de los pueblos asiáticos y africanos que habían invadido la Península. Los matrimonios mixtos, tan frecuentes entre las clases aristocráticas como entre las más bajas, y la convivencia social de los mozárabes entre los musulmanes, y la de los mudejares entre los cristianos, trajeron necesariamente el intercambio de influjos de civilización. El lenguaje, síntesis eterna de la personalidad de los pueblos por su alta misión de unión y división, revela cuan profunda fué en España la influencia de los pueblos muslímicos. En las comarcas que servían de frontera entre los estados cristianos y musulmanes había un considerable número de gente, tanto por una ])arte como por otra—los llamados enaciados—, que hablaban comúnmente ambos idiomas y servían de correos y de espías y prácticos al ejército que mejor los pagaba. Así, los musulmanes que sabían el romance se llamaban "moros ladinos", y los cristianos que sabían el árabe se llamaban "cristianos algarabiados". Recíprocamente, por el contacto de ambos pueblos, más profundo que el de los meros 264 ANTONIO DE CARCER D E M O N T A L B Á N contactos de fronteras, hubo textos árabes escritos con caracteres latinos—aljamiados—y textos latinos escritos con caracteres árabes—algarabiados— Y como huella indeleble de esa recíproca influencia, quedan en el vocabulario castellano multitud de palabras de origen árabe que constituyen uno de sus mayores tesoros lingüísticos. Así, aparte el sinfín de voces toponímicas que abunjS\j¿i,] j^] ^'nsai^-i ^ j ^ < ^ Li \U ntv la Península — M • Guadalquivir, I \\ Guadiana, Guadalaviar, Alca^ ^ v ^ 1 ¡¿ (fortaleza). Almadén (mit na), ^/cán/ora (puente), M e - -j de la guerra ha conservado '• * Jlas de oaoíKZ, adalid, alcázar, alcázar, adaradar< . ( K .. . i\ a s ae •c5^^~*-=»- ^ ¿-o^J Lxj W J I almena, atalaya, tahalí, " ' zaga...; las instituciones las de alcaide, alguacil, albacea, almojarife...; el comercio las ^ ¿j de quintal, arroba, quilate, azumbre, cahiz, fanega, zoE s c r i t u r a árabe en c a r a c t e r e s c u r s i v o s co, bazar, cdm^neda, arancel, maravedí...; las artes y oficios las de albañil, alarife, albarda, alfarero, albéitar, tahona, adobe, alféizar, andamio, alcantarilla...; la agricultura las de acequia, albufera, noria, azuda, zafra, albérchigo, algarroba, altramuz, albaricoque, acelga, arroz, berenjena, alcachofa...; el uso doméstico las de zaguán, azotea, algodón, alfombra, cenefa, arracada, azul, añil, falleba, alpargata, zamarra, alcancía, almohada, azúcar, almirez, alacena, ajedrez, azote, azar...; las ciencias las de cifra, guarismo, cero, álgebra, cénit, nadir, acimut, jirafa, alferecía, alquimia, alcanbiquc, alquitrán, alcohol, azogue, alcanfor, bórax, álcali... Voces todas éstas, que señalan no sólo la influencia de lo arábigo y morisco sobre la España cristiana, sino también el esplendoroso florecimiento que alcanzó la civilización musulmana en la Península. ESPAÑA CRISTIANA (Del alio 711 al 1035) 1^ - J . ^ Í ^ » R e s t a u r a c i ó n d e l a m o n a r q u í a v i s i g o d a medida que el pueblo hispanogodo, después de la derrota del Barbate (711), fué dándose cuenta de que el ejército musulmán había venido a la Península no tanto para ayudar en las luchas dinásticas a los hijos de Vitiza como para realizar sus propósitos de expansión por Europa, las ciudades fueron ofreciendo mayor resistencia. Y cuando los caudillos árabes, con nuevos refuerzos venidos de África, emprendieron resueltamente la excursión por toda España en son de conquista, los restos de la nobleza y del ejército visigodo, ante la imposibilidad de resistir el empuje desbordante de aquellas tribus, se refugiaron en las anfractuosidades de los montes del norte, que ya habían servido, en todos los tiempos, de refugio a los rebeldes que no querían someterse a las nuevas civilizaciones de invasión. Por tanto, a lo largo de aquellos montes, desde el Atlántico al Mediterráneo, zt formaron diversos nticleos de resistencia—Galicia, Asturias, Cantabria, Navarra, Aragón, Sobrarbe, Ribagorza, Cataluña...—, que fueron poco después el arranque de la magna empresa de reconquista de la península, que duró cerca de ochocientos años (711-1492). Empero no todos esos mídeos consiguieron proseguir la empresa con la independencia con que habían comenzado. A la inevitable falta de trabazón de los primeros años siguió la conveniente absorción de unos ntícleo: por otros, para aunar así los esfuerzos, y, con el tiempo, la preponderancia poli tica de unos estados anuló la independencia de los otros, y así vinieron a quedar 252 ANTONIO DE CARCER D E MONTALBÁN musulmanes en trance de no poderse levantar más contra la reconquista cristiana. Y, aunque al año siguiente, los almohades consiguieron en una algarada talar las comarcas de Talavera y Extremadura, la nueva derrota de Febragaen acabó de afirmar el triunfo cristiano que ya se había conseguido en las Navas de T o losa, justamente considerada como punto culminante en la vieja epopeya de la reconquista patria. Por otra parte, el poder almohade empezó también entonces a sentirse interiormente minado por las discordias de los que aspiraban, aun dentro de la misma familia imperial, a la ocupación del trono, y a la muerte de Yúsuf II (1224) surgió la primera sublevación que puso fin a la unidad alcanzada por los almohades. La anarquía se extendió rápidamente por Marruecos y España, con encarnizadas luchas entre los pretendientes al imperio, algunos de los cuales recurrieron incluso al apoyo de las trftpas castellanas. Mientras el poder almohade se descomponía hasta llegar a su total desaparición de España, se fueron formando diversos reinos independientes, como ya R o d e l a d e los s o l d a d o s m u s u l m a n e s . ^ se habían formado en ocasiones anteriores. Los principales de ellos fueron: el de Valencia, desde 1228, que subsistió muy poco tiempo; el de Murcia, también desde 1228, que con su rey Aben Hud dominó la mayor parte de Andalucía, hasta 1 2 4 1 ; y el de Arjona, desde 1230, bajo Mohámed Alahmar, que luego se trasladó a Granada y, con la fundación de la dinastía de los Nazaríes (1238), llegó a tener la hegemonía de la España musulmana, muy reducida ya entonces en extensión territorial. Excepto este reino de los Nazaríes granadinos, todos los demás fueron desapareciendo conquistados por los monarcas cristianos, sobre todo por Fernando III cl Santo, de Castilla, que recuperó a Córdoba (1236) y Sevilla (1248), y por Jai.me I de Aragón, que desembarcó en las tres Baleares (1229-1235) y conquistó a \^alencia (1238). Murcia, tomada primero (1241) por el infante don Alfonso— luego A l f o n s o X de Castilla y León—fué definitivamente cristiana (1269) con la ayuda del rey Conquistador de Aragón. Así, a partir de la segunda mitad del siglo x i i i , de aquel esplendoroso poderío musulmán que culminó con el Califato de Córdoba, no quedó en España más que el reino de Granada. ESPAÑA HISTÓRICA 257 todo, la agricultura se desarrolló como nunca en las tierras fértilísimas de Valencia, de Murcia y del valle del Guadalquivir. Junto a este postrer aliento de la vida material de las Taifas, surge un florecimiento excepcional en las ciencias y las letras que contrasta extrañamente con la decadencia política que desde entonces experimenta la España musulmana. La relajación religiosa de las clases ilustradas trae como consecuencia la mayor amplitud en el cultivo de los estudios especulativos y metafísicos, sin las trabas del fanatismo islámico que dominaba en las clases populares. Los filósofos pudieron decir entonces, escudados en la protección que hallaban en las cortes de emires y sultanes, cuanto lucubraban en sus profundas meditaciones, y con ello llegaron a disgustar al pueblo y a los alfaquíes, que ante todo querían mantener las restricciones coránicas. Por eso, al desaparecer los reinos de Taifas, absorbidos por la revolución religiosa de los almorávides, pareció que iba a truncarse la expansión de los sabios y filósofos; pero, al fin, por el idéntico fenómeno de la relajación religiosa de las clases superiores, la obra de la inteligencia superó a la intolerancia del fanatismo, y el florecimiento de las ciencias y las letras continuó en el siglo XII con mayor esplendor acaso que nunca. Como en la época califal, las ciencias más cultivadas entonces fueron la medicina, la botánica, Cafíitel d e d o s c o l u m n a s del p a t i o d e los L e o n e s , e n la A l h n m b r a . las matemáticas y la astronomía, estudios todos en que siguieron divulgándose los conocimientos que los árabes habían aprendido en los libros griegos. En la medicina florecieron multitud de sabios y, sobre todo, varios miembros de la familia de los Abenzoar, entre ellos Abdelmélic, de Sevilla (1073-1162), llamado Avenzoar por excelencia, cuya obra Taisir o Libro de ¡a ciencia de curar y del régimen, dedicada a su discípulo Averroes, es la mejor que cn medicina experimental escribieron los árabes. En botánica hicieron notables adelantos Abulabás Abenarrumá, de Sevilla (1161-1239), que viajó por África y Oriente y estudió las plantas más como naturalista que como médico; y su famoso discípulo Abenalbéitar, de Málaga (i 197-1248), que residió en Sevilla, el Cairo y Damasco y escribió el libro titulado Colección de medicamentos simples, catálogo alfabético de vegetales y medicamentos, en que da noticia de más de doscientas especies hasta entonces desconocidas. En matemáticas sobresalen el granadino Abensalo (1096-1175), con fama de alquimista, con quien iban a aprender en Baeza muchos sabios cristianos y judíos; y el sevillano Chéber Abenafhah (siglo x i i ) , gran astrónomo también, a quien se ha atribuido erróneamente la inven- 258 ANTONIO DE CARCER D E MONTALBÁN ESPAÑA HISTÓRICA ción del álgebra. En astronomia, se opusieron ya los árabes al viejo sistema sideral de Tolomeo y establecieron observatorios de fama en el mundo entero, como el que hubo en el alminar principal de Sevilla—la Giralda—, creado por un califa almohade (1196). Sabio astrónomo de este tiempo, además del citado Chéber Abenafhah, es Azarquiel, de la segunda mitad del siglo x i , inventor de varios aparatos y autor de diversas obras de técnica astronómica. Mucho más importante fué el desarrollo que alcanzó en aquella época la filosofia, con la que los árabes, fundándose igualmente en las doctrinas de los helenos, abrieron el camino a las grandes escuelas filosóficas de la Edad Media. Pero no fueron sólo heterodoxos los filósofos árabes en la creación de sus escuelas, sino que formaron también sectas de carácter religioso, que tendían manifiestamente al misticismo, y exacerbaron el sentimiento religioso del pueblo, como los moridines de Andalucía y Extremadura, fundados en el siglo x i i por Abenalarif, conocidos por su intolerancia con los cristianos y su rebelión contra los almorávides. Entre los más famosos filósofos de aquellos siglos descuellan Avempace, de Zaragoza (1085-1138), filósofo, astrónomo, matemático y poeta, autor del libro titulado Régimen del solitario, en que renueva las utopías republicanas de Platón ; Abubéquer Abentofail, de Guadix, del siglo x i i , amigo y protector de Averroes, y autor de la novela de El viviente hijo del vigilante, en que desarrolla ideas de los filósofos alejandrinos; Averroes, de Córdoba (1126-1198), matemático, médico y pensador profundo, el más grande comentarista de Aristóteles y Platón, a pesar de los errores que luego han tenido que rectificársele, y fundador del sistema llamado, de su nombre, averroísmo, que influyó considerablemente en el Renacimiento; Mohidín Abenarabí, de Murcia ( i 164-1240), cuyas obras, inspiradas en el sufismo, penetraron en todo el mundo musulmán y aiin llegaron a influir en los poetas medievales cristianos... En las artes literarias, como la historia y la poesía, hubo también esclarecidos escritores, que continuaron la tradición poética del pueblo arábigo. Entre los mismos filósofos, hombres todos de ciencia infinita, hubo muchos que cultivaron la poesía y los géneros puramente literarios. Almotámid, rey de Sevilla ( 1 0 4 0 1095), no sólo cultivó la poesía con exquisita originalidad, sino que se rodeó, para el gobierno, de hombres de letras, como el poeta Abenamar, ejemplo que siguieron con singular complacencia muchos reyes de Taifas, principalmente los Beni H u d de Zaragoza. Y junto a ese esplendente florecimiento de hombres sabios en las ciencias y las letras—los mayores que tiene la España musulmana—deben figurar los sabios de raza hebrea, que, como en la época califal, compitieron con los árabes en todas las disciplinas, y aun llegaron a superarlos en el conocimiento de la filosofía neoplatónica. Figura en primer lugar el malagueño Salomón Abengabirol, más conocido por Avicebrón (1021-1070), tan notable poeta en su Corona real como esclarecido filósofo neoplatónico en su Fuente de la vida; el toledano Jehudá Haleví (1085-1143), filósofo en su poema dialogado Cuzary y poeta en sus innumerables 251 algunas ciudades que no querían reconocer a Abdelmumen, emprendióse la conquista por las armas. Las principales de estas ciudades fueron; Málaga, que se rindió en 1153, Granada, que lo hizo al año siguiente, y Algarbe, Guadix y Almería (1157), ciudad ésta que a la sazón estaba en poder de los cristianos. Con la rendición de Hilel (1172) que reinaba en Murcia como hijo y sucesor del rey Lope, quedó nuevamente rehecha la unidad política de la España musulmana, bajo el dominio de los almohades. El emperador residía habitualmente en África, por lo que España quedó gobernada por emires o gobernadores, a título de provincia imperial. Abu-Yácub Yúsuf residió algún tiempo en la península y estableció la capital en Sevilla (1171), ciudad que embelleció con diverso género de construcciones. El siglo escaso de dominación almohade ofrece poco interés en su desarrollo interno, limitado a la sofocación de varias de las sublevaciones que caracterizan aquellas épocas de hegemonía berberisca. El máximo interés está en las constantes guerras mantenidas, con suerte diversa, contra los cristianos, quienes lograron en este período un positivo avance en la empresa de la reconquista. Así, Ramón Berenguer I V de Cataluña, después de conquistar a Tortosa (1148) y a Lérida (1149), expulsó definitivamente a los musulmanes de las tierras catalanas (1153), y Alfonso V I I I de Castilla, aunque se vio vencido en Atarquines, cerca de Badajoz, y en Santarem, venció él a su vez en Ciudad Rodrigo, Silves, Ébora y Cuenca (1177), plaza ésta muy fortificada que requirió para rendirse largo asedio de las tropas conjuntas de Castilla y Aragón. Avanzando tan rápidamente la reconquista por todas partes, fué prudente firmar un tratado entre los monarcas de ambas naciones para limitar los territorios que cada uno de ellos había de reconquistar (1179). El sultán Yácub ben Yúsuf, llamado también Almansur, retado por Alfonso V I I I , mandó predicar la guerra santa y vino a España con un poderoso ejército que se enfrentó con el cristiano en Alarcos (Ciudad Real): La acción fué una completa derrota del rey de Castilla (1195), que, a pesar de su valentía y de la lealtad de sus caballeros, no pudo contener el empuje de los almohades, por falta de la ayuda de los demás monarcas cristianos entonces enemistados con él. Almansur, a raíz de esta victoria—que dejó en extremo comprometida la empresa de la reconquista,—recuperó a Madrid, Guadalajara y Uclés y asoló los alrededores de Toledo, antes de volverse a Marruecos (1198). Con todo, la guerra continuó encendida, y, ante el recobramiento de los cristianos, el nuevo sultán Mohámed ben Yúsuf mandó predicar otra vez la guerra santa y vino a la península al frente de un gran ejército. Por su parte, los reinos cristianos se prepararon convenientemente para recibirle y dieron a la empresa carácter de cruzada. La memorable batalla se dió junto a la aldea de Navas de Tolosa (Ciudad Real), y, esta vez, la unión de las huestes de Castilla, León, N a varra y Aragón alcanzaron una tremenda victoria sobre los almohades (1212), que fué no sólo un cumplido desquite de la rota de Alarcos, sino que dejó a los E 11-96 242 ANTONIO DE CARCER D E MONTñLBñN Abad ben Mohámed, más conocido por Almotádid, hombre ilustrado aunque despótico, con aptitudes de poeta y de político, sucedió (1042) a su padre Abulcásim, y siguió su política de oposición a los berberiscos. En sucesivas campañas, conquistó las taifas de Mértola (1044), Niebla, Huelva, Silves y Santa María de Algarbe (1052) y las berberiscas de Morón, Ronda, Arcos, Jerez (1053) y luego Algeciras, tras una contienda en que salió vencido Badis de Granada (1058). Obtenida poco después la alianza de Denia y Valencia, juzgó Almotádid suficientemente consolidada su autoridad y quiso prescindir de la superchería del falso califa. Para librarse de ella, inventó otra que le pareció más razonable y publicó, con el testimonio de papeles apócrifos, que Hixem II había muerto y le había nombrado a él emir de toda España. A Almotádid sucedió su hijo Almotámid (1069-1091), que se hizo famoso por su amistad con el poeta Abenamar, a quien nombró primer ministro, y por sus amores con Romaiquía, mujer inge¡'endiente árabe de p l a t a . ! niosa y viva, singularmente caprichosa en los deseos. Siguiendo la política de expansión de su padre, conquistó Almotámid a Córdoba (1069) contra las pretensiones de Almamtin de Toledo y la confió al cuidado de su hijo Abad; pero, muerto éste en la traición del bandolero Abinocacha, Córdoba cayó en poder del rey toledano (1075) y tuvo que ser reconquistada dos años después. Este incesante movimiento de la vida interna de las taifas lo aprovecharon los príncipes cristianos para consolidar la obra de la reconquista, ya conquistando unos reinos, ya convirtiendo otros en tributarios. Sobre todo, Alfonso VI de León y Castilla fué quien llevó sus conquistas más adentro del dominio musulmán y, así, mientras duraba el sitio que había puesto a Toledo (1080), penetró en las tierras del sevillano Almotámid, en represalias de no haberle querido pagar el tributo en moneda de buena ley. Después de sitiar durante tres días a Sevilla —sitio que hubo de levantar, segtin la tradición, a causa de haber perdido una partida de ajedrez en competencia con el célebre Abenamar, ministro de Almotámid—devastó toda aquella comarca y llegó hasta las playas de Tarifa (1082), tíltimo confín de las tierras de España. Rindió luego a Toledo (1085), que estaba en poder de Alcádir, penetró en tierras de Granada y Almería, puso sitio a Zaragoza, y venció en cuantas acciones se le ofrecieron al paso. En momentos tan difíciles para el poder del Islam en España, los principales emires llegaron al acuerdo de pedir auxilio a los musulmanes de África—una prueba más de la estrecha relación que España siempre ha tenido con el norte africano—, y con esta ocasión penetró en la Península un nuevo pueblo fanático, los almorávides, que en el sur y el sudeste se extendieron poco después como verdadera invasión. ESPAÑA HISTÓRICA 247 cedieron otras sublevaciones que acabaron en seguida en la creación de nuevos reinos independientes, que constituyen como un segundo período de reinos de taifas. Entre estas nuevas taifas—todas ellas de efímera existencia, porque las absorbieron fácilmente los almohades—fueron las más significadas las de Algarbe, Córdoba, Granada, Murcia, Valencia, Málaga y las Baleares, en todas las cuales las luchas se desarrollaron con tanta violencia como en el período anterior. La primera sublevación estalló en Algarbe (1144) donde Abencasi, jefe de la secta anticristiana de los moridines, se proclamó independiente con la toma de Hiato d e c e r á m i c a h i s p a n o á r a b e de reflejos m e t á l i c o s . Plato de cerámira morisca procedente de \'aiencia. Mértola. Mas, por rivalidades surgidas con Sindrey, otro jefe rebelde de la comarca, Abencasi pidió el auxilio de los almohades, los cuales hallaron así ocasión de entrar en la península (1146) y emprender luego la campaña de conquista. En las islas Baleares, que desde 1114 habían caído en poder del pirata Moxábir y, a la muerte de éste, en el de los genoveses, consiguieron también dominar los almorávides, quienes tuvieron en ella el tíltimo reducto de su dominación. Zafadola, tiltimo vastago de la familia de los Beni Hud de Zaragoza, intentó apoderarse de algunas plazas para rehacer la unidad de la España musulmana, y aun se le llegó a pedir que, con la alianza de los príncipes cristianos, expulsase a los almorávides de España, a cambio de un crecido tributo que pagaría el pueblo musulmán. Pero, después de reinar sucesivamente, en breves períodos, en Córdoba (1145), Granada y Murcia, murió en la batalla de Aloe, cerca de Chinchilla, peleando contra los cristianos (1147). Uno de sus sucesores, el rey Lobo o Lope (1147-1172), de origen cristiano, fué el soberano más significado y poderoso de aquel período, cuyo dominio se extendía por las regiones de Valencia y Murcia y parte de lo que fué reino de Zaragoza. Lope pactó alianzas con los príncipes de Cataluña, Aragón, Castilla, Genova y Pisa para luchar contra los invasores. A su muerte, empero, su propio hijo Hilel se rindió a los almohades (1172), los cuales tuvieron desde entonces la completa hegemonía de la España musulmana. ESPAÑA HISTÓRICA Dominación de los almohades i r, espíritu extremadamente religioso de los berberiscos estuvo en aquellos primeros siglos de conversos en constante reacción que exacerbaba su fanatismo. Cuando la observancia del Corán decaía por efecto de la relajación de las clases superiores, pronto aparecía un reformador u otro, que arrastraba tras sí al pueblo y fundaba una nueva secta de estricta observancia. Así, al relajarse en Andalucía el fervor de los almorávides, en África renacía la pureza de la fe y de las prácticas coránicas con la predicación de un reformador, que se daba el nombre de Mahdi, cuyos adeptos, recogidos entre los berberiscos del Atlas, principalmente de la feroz tribu de Masamuda, se llamaron en adelante almohades, esto e s : los unitarios de la fe. Como en todos estos movimientos de las sectas reformadoras del Islam, la primera empresa de los almohades fué la guerra para destruir a los tibios o a los enemigos. Irrumpieron, pues, en los dominios africanos de los almorávides (1125) y, en rápida campaña, se apoderaron de todo el territorio del imperio que había fundado Yiásuf ben Taxfín, de, modo que con la toma de la capital. Marruecos, desapareció el poder almorávide de África (1147). En España, aún tenian los almorávides algunos reductos de importancia, pero con ocasión de la entrada de sus enemigos en la Península (1146) a título de auxiliares del arraz Abencasi, sublevado en Algarbe, los fueron perdiendo paulatinamente entre las sublevaciones de los andaluces y las conquistas de los almohades. Estos, después de ocupar a Sevilla (1147), conquistaron todo el sur de A n dalucía y Badajoz, al tiempo que Abengania, arraz almorávide, que gobernaba en Córdoba, les entregó voluntariamente la antigua ciudad califal. Abdelmumen, sult a n del nuevo imperio africano, invitó (1150) a los cabecillas andaluces a que se le rindiesen—cosa que hicieron la mayoría de ellos—, y como todavía quedasen 241 fas. Idris I (1035-1039), aliado con Almería, luchó contra Granada, y luego, aliado con Granada, contribuyó a la derrota de los sevillanos en el sitio de Carmona (1039). Con la muerte de Idris II (1055), hombre de carácter excesivamente bondadoso que no supo conjurar la guerra civil de los que se disputaban el gobierno, se extinguió la dinastía hamudita, y Málaga quedó anexionada a Granada, a donde pasó también la jefatura del partido berberisco en la persona del tiránico Badis. Entre tanta lucha y tanto desconcierto propios de este período—que no, por complicado, deja de ser en extremo interesante—, una taifa supo consolidarse con sus brillantes hechos de armas hasta lograr constituirse en el reino más importante de aquellos dias: Sevilla. Mientras los demás estados se combatían encarnizadamente, y unos pasaban a las manos de otros, creciendo y menguando sucesivamente, Sevilla conseguía una insospechada preponderancia que le hizo aspirar a la restauración del califato bajo su hegemonía. En efecto, declarada Sevilla ya independiente (1023) durante el califato del hamudita Yahya Almotalí, su cadí Abulcásim Mohámed, de la prestigiosa familia yemenita de los Abaditas, constituyó un consejo municipal con miembros de las principales familias sevillanas, para regir la ciudad a título de república. Su ambición, empero, le llevó a anular prácticamente la autoridad de sus compañeros de senado aristocrático, y se dedicó a organizar un ejército, con el que hizo algunas incursiones por tierras cristianas de Lusitania y conquistó la plaza de Beja, que pertenecía a los Aftasíes de Badajoz. Para evitar el peligro que amenazaba a Sevilla con la ambición de los jefes berberiscos, reconoció, aunque nominalmente, la soberanía del hamudita Yahya ben Alí de Málaga (1027), y. después de disuelto el califato, trató de unir a los árabes y eslavos bajo el pendón de los Omeyas, con intento de contrarrestar la pujanza de las taifas berberiscas. Para ello, recurrió a una impostura. Sabiendo que en Calatrava había un esterero, llamado Jalaf, que, por su extraordinario parecido con el desaparecido Hixem II, se hacía pasar por el verdadero califa omeya, se valió de él Abulcásim para hacer creer al pueblo que el infortunado califa se había refugiado en Sevilla y le había nombrado a él primer visir. La estratagema dió resultado, y reconocieron al falso Hixem II los emires de Carmona, Valencia, Denia y Tortosa. La misma república cordobesa, por más que entrevio la superchería, acató exteriormente al califa de Abulcásim, atenta al beneficio que reportaba aquella unión en oposición a la unión de los bereberes; pero se negó resueltamente a abrirle las puertas cuando se presentó frente a la ciudad con intento de establecerse en el palacio califal, en el que, naturalmente, hubiese gobernado el sevillano Abulcásim. La lucha siguió entonces más encarnizada aun, y, muerto Yahya de Granada al sitiar a Sevilla (1035), obtuvieron luego los berberiscos malagueños de Idris I y los granadinos de Badis, unidos todos al príncipe de Carmona, una victoria contra los sevillanos, que intentaban apoderarse de esta plaza (1039). E S P A Ñ A HISTÓRICA 233 que presenta en los ocho siglos de dominación, suele dividirse para su estudio en tres períodos. El primero, llamado del califato, abarca del siglo v i i i al x ; el segundo, propio de las taifas, del siglo x i al x i v , y cl tercero, conocido por granadino y nazarí, del siglo x i v al .\v. Los reinos de Taifas. \ unidad política que con tantos esfuerzos había conseguido 1 califa Abderramán III (912) cercenando las prerrogativas de la aristocracia y refrenando los levantamientos de los berberiscos, quedó interiormente quebrantada con la actuación personalista de Almanzor. El crecimiento de los partidos militares—compuestos de elementos tan heterogéneos, que hacían imposible su acoplamiento para un fin harmónico—trajo como consecuencia la anarquía de los últimos treinta años del califato, y, al destronamiento de Hixem III, nació la multitud de pequeños reinos llamados de Taifas, voz ésta que en árabe significa tribu, partido o bandería. Ea desmembración del territorio se efectuó al empezar el año de 1032; pero, de hecho, la capital del califato ya había perdido el dominio de los valiatos desde la muerte de Abdelmélic Almudáfar (1008), hijo de Almanzor. La falta de verdadera autoridad en la persona del califa dió pie al crecimiento de los intereses y ambiciones de los valíes, que, al amparo de las concesiones de los califas, habían convertido prácticamente el territorio de su mando en un verdadero feudo. Los reinos entonces formados—cuyos soberanos tomaron el título de emir—• fueron más de treinta, si bien la mayoría de ellos eran de mínima significación, y, absorbidos unos por otros, o conquistados por los cristianos, no llegaban a diez los que de cierta importancia quedaban a la venida de los almorávides, a fines del siglo x i . En general, se agruparon los nuevos reinos según la procedencia de sus respectivos soberanos, y así las taifas de levante (Almería, Denia, Tortosa, Valencia, Baleares, Murcia, etc.) quedaron dominadas por los eslavos; las del sur (Granada, Málaga, Algeciras, Carmona, Jerez, etc.) por los berberiscos, y las de las regiones fronterizas (Zaragoza, Lérida, Badajoz, Toledo, etc., junto con Córdoba y Sevilla) por familias de origen árabe, establecidas casi todas d í a s en España desde los primeros tiempos de la conquista. El desarrollo histórico de esta multitud de reinos es de lo más confuso y agitado de la dominación musulmana. Los valíes o los simples alcaides, erigidos El monumento principal de este primer período es la gran mezquita o aljama de Córdoba, que representa al mismo tiempo un tipo definido de arquitectura islámica que se propagó de Occidente a Oriente, Atribuyese su fundación al primero de los Abderramanes, quien, para ello, en el año 7 8 6 obligó a los mozárabes a que le cediesen la parte que aún conservaban de una catedral visigótica dedicada a San Vicente, cuya otra mitad había sido ya habilitada para mezquita unos cuarenta años antes, de modo que hasta el tiempo del primer Omeya los dos cultos subsistieron cobijados bajo un mismo techo. Algunos de los califas que le siguieron—Hixem I, Abderramán II, Alháquem II, Hixem II—hicieron obras de ampliación en la mezquita hasta darle la suntuosidad que la hizo famosa en el mundo entero, suntuosidad que se aprecia todavía a pesar de las modificaciones y restauraciones que ha sufrido la fábrica, hasta convertirla en catedral. En esta mezquita — flanqueada, como todos los templos del Islam, por el típico alminar y el patio con fuente y soportales — están concentrados todos los elementos constructivos y decorativos del arte árabe: la bó- D e t a l l e o r n a m e n l a l de la a l q u i b l a de la m e z q u i t a de Córdoba. veda de crucería con ojo central, tipo admirable que supera las del estilo gótico; las columnas con capiteles corintios o compuestos; los arcos lobulados procedentes de Mesopotamia, que aquí se combinan y entrecruzan hasta convertirse en ornamentales; los arcos de herradura, tipo característico de la arquitectura árabe, por más que ya lo conocieron ampliamente los visigodos, y el adorno de arabescos, con su sorprendente variedad de flora estilizada o de complicados trazados geométricos que el artista iba combinando con los vivos colores—rojo, azul y oro—que daba a los vaciados del revestimiento de yeso o mármol de las paredes. Con estos elementos alternan, además, los de manifiesta influencia bizantina o de inequívoca procedencia visigótica, por lo que bien puede considerarse la antigua mezquita cordobesa como un museo de vestigios visigodos. Otras construcciones notables de este primer período son la alcazaba de Granada, que data probablemente del reinado de Abderramán I, y hoy está comprendida en el recinto de la Alhambra; la alcazaba de Mérida del tiempo de Abderramán I I ; los baños árabes de Palma de Mallorca, y, sobre todo los palacios, 234 ANTONIO DE CARCER D E M O N T A L B Á N ESPAflA hoy en ruinas, de Alamiría y Medina Azahra, ambos en los alrededores de Córdoba, que, a jusgar por las referencias de autores antiguos, fueron de lo más suntuoso y maravilloso que se construyó en tiempo de Abderramán III (siglo x ) . Además de las artes constructivas son de gran interés las artes industriales y decorativas. En cerámica, vidriería, tejidos, marfiles, etc., crearon obras de singular belleza, que culminaron aún en épocas siguientes. La prohibición coránica de usar utensilios de metales nobles restringió la factura de útiles de oro y plata, si bien reportó, en compensación, mayor perfeccionamiento del arte con otros materiales para fines suntuarios. Así, la cerámica con reflejos metálicos obtuvo ya en este período espléndido florecimiento, y, en tiempos posteriores, el damasquinado, el alicatado y la vidriería dorada, de procedencia oriental. Otro tipo de ornamentación arábiga es el mosaico de vidrio que reviste los muros del vestíbulo de la alquibla de la mezquita cordobesa. HISTÓRICA 235 máticas, y aun en filosofía los aventajaron por la novedad y la prioridad con que supieron ahondar en sus inconmensurables arcanos. En cambio, la cultura mozárabe, hallándose como incrustada en una civilización extraña, quedó sensiblemente estancada. Más que por el florecimiento propio, figuró por la influencia que recibió y por la que ella, a su vez, ejerció sobre la del pueblo vencedor, al traducir al árabe muchas obras de los clásicos latinos, griegos e hispanorromanos. Los mismos renegados, poseedores de cultura romana, influyeron mucho en el desarrollo de la cultura musulmana. Con todo, glorias de este precario período de la Iglesia son el abad Esp^raindeo, que vivió entre los Es curioso observar cómo la escritura es uno de los motivos decorativos más profusamente empleados en todo género de obra de arte árabe. Si los arabescos y tracerías forman como una orgía ornamental que habla del espíritu analítico y sensual de un pueblo, la profusión de escritos por todos los objetos y lugares representa, a un tiempo, una consecuencia y un vehículo de la idea religiosa de aquel mismo pueblo. Casi todas estas inscripciones, que reproducen pasajes del Corán o conmemoran algún hecho, están trazadas en caracteres cúficos—originarios de la antigua ciudad de Cufa, en Mesopotamia—, que en España empezaron con la sobriedad de sus trazados gruesos y rectos y acabaron, siglos después, con exuberante profusión de rasgos y aditamentos ornamentales. Inscripciones arábigas en diversos Upos del carácter cúfico. Por el contrario, así como la palabra y la estilización de la flora se hallan en casi todos los objetos de arte arábigo, escasea bastante la representación animal y mucho más aún la humana. Aunque la discutida prohibición coránica de representar seres animados sólo alcanza a la ornamentación de la mezquita, no fueron ciertamente los musulmanes muy dados a este medio ornamental, como tampcKO lo fueron en absoluto a la representación escénica, que es en el fondo una manifestación plástica a lo vivo, antagónica, por tanto, con el espíritu de las religiones iconoclastas. Aunque se dan las representaciones de animales y de seres humanos en diversos objetos suntuarios, es un hecho su escasez, sobre todo en relación con la crecida cantidad de obras de arte árabe que conocemos. Propiamente, los árabes carecen de pintura y escultura. Y, desde luego, los objetos en que aparecen esas manifestaciones podrían atribuirse, bien a influencias de artes extraños—como en las arquetas de marfil de los siglos x y xi, de origen persa—bien a épocas o sectas que se mostraron más tolerantes en este punto, como en los leones del famoso patio y en las pinturas que decoran el techo de una de las salas de la Alhambra. Junto a esta espléndida manifestación de la ciencia y del arte de los sarracenos convivió la cultura de otros dos pueblos: la mozárabe y la judía, que no dejaron de influir en ella. Los judíos, sobre todo, compitieron muy dignamente con los árabes en el estudio de la medicina, de la botánica y de las mate- siglos VIII y IX, autor del Apologético, en que combate la religión de Mahoma, y sus dos discípulos: San Eulogio, hombre de espíritu profundamente cristiano, que escribió varias obras sobre apologética y murió mártir (859), y San Alvaro de Córdoba, muerto en el año 862, gran conocedor del hebreo y del árabe. De la arquitectura mozárabe, continuación más pura de la visigótica, se sabe que tuvo numerosos ejemplares de apreciable valor artístico, pero el tiempo y las persecuciones de algunas épocas debieron de destruirlos, y hoy sólo quedan meros vestigios de ellos. Más fácil de estudiar es el arte mozárabe importado por los fugitivos a tierras cristianas, pero, por su mismo desarrollo dentro de esa otra civilización, es más oportuno hablar de él al tratar de la España cristiana. Cada una de las culturas que convivieron en la España musulmana del califato tuvo su idioma propio para el trato y la escritura. Así, los mozárabes continuaron hablando el latín, los judíos el hebreo, y los musulmanes el árabe puro como idioma oficial, además del propio que tenía cada raza y cada tribu, como el berberisco y el egipcio, que diferían mucho del arábigo. Esta diversidad de lenguas difundidas en un mismo Estado trajo como consecuencia la creación de una lengua vulgar para los usos generales, mezcla de los idiomas existentes en la Península y de los importados por los conquistadores, que sirvió, cuando menos, de aglutinante exterior entre pueblos de tan diverso origen y de tan heterogénea condición. ESPRÑR HISTÓRICA , 827 tribu a que pertenecía. Los que nabian íiguraao en la campaña recibían, al terminarla, un sueldo, a título de soldados, excepto los jeques y sus familiares, que, por esa misma nota de superioridad, estaban obligados a la guerra. Las campañas habituales no eran verdaderas guerras. Eran simplemente incursiones, llamadas algaradas o aceifas, en las que se penetraba en territorio enemigo y se destruía cuanto se hallaba al paso, con el doble fin de privar de defensa a los cristianos y satisfacer el afán del botín. Estas algaradas o aceifas solían hacerse Instituciones y cultura de la España musulmana hasta el fin del Califato de los rasgos que más caracterizan la organización social de la España musulmana es la diversidad de clases que llegó a comprender. Además de la inveterada de dominados y dominadores, que seguía pregonando la falta de independencia de la población autóctona, la más importante división social era la fundada en la religión, que establecía dos grupos, el de los musulmanes y el de los cristianos, con diversidad de componentes, especialmente entre los primeros. El primer grupo estaba dominado por el núcleo de los árabes, los más puros de raza, que continuaron divididos en tribus, como en el país de origen, regidas por jeques. Estos jeques, junto con otros altos dignatarios del imperio muslímico, constituían la preponderante clase aristocrática, la cual en los primeros tiempos se distinguió completamente de la clase popular y estuvo en lucha constante con los emires para imponer sus prerrogativas. Además, existía la diferencia social entre hombres libres y no libres, los cuales a su vez se subdividían en esclavos (los destinados al servicio doméstico), en eunucos (los que guardaban el harén del emir o del califa, y llegaron a ocupar influyentes cargos palaciegos) y en siervos (los destinados al cultivo de la tierra, en condiciones mejoradas respecto las que tuvieron entre los visigodos). Los berberiscos—conocidos también por moros y bereberes, procedentes del norte de África—, aun constituyendo un gran núcleo de población y profesando la misma religión de Mahoma, nunca fueron considerados como hermanos por los árabes, a causa de su diferencia racial y de su carácter más inquieto y fanático. Entre los mismos árabes existían diferencias semejantes, que excluían de su grupo gi los sirios, a los yemenitas y a los persas, venidos posteriormente a la península. D e la población indígena se unieron a este grupo religioso tres clases distintas : los renegados, los maulas y los muladíes. La más importante de ellas, la en primavera, o a lo sumo al comenzar el verano, y, una vez conseguido el objeto de la expedición, se abandonaban de nuevo, generalmente incendiadas o destruidas, las plazas asaltadas, y cada tribu volv í a a sus ocupaciones habituales. Además de las armas y máquinas de guerra que tuvieron todos los pueblos de aquella época—lanzas, dardos, espadas, arcos, cascos, escudos, cotas, arietes, catapultas, etcétera—, se valieron mucho los árabes de las tropas de caballería, de las que había unidades en todas las ciudades de importancia. La caballería se compuso en un principio de mulos, con preferencia a los caballos, los cuales no se utiliCaballo á r a b e de b r o n c e del siglo x, p r o c e d e n t e de l a s excavaciones de Medina Azalira (Córdoba). zaron como auxiliar de guerra hasta después del califato. Y, desde luego, los jinetes montaban sin estribos y evolucionaban con prodigiosa habilidad. Todo este desarrollo militar estaba supeditado, como hemos dicho, a la organización de la tribu, y, naturalmente, las rivalidades de una tribu con otra, las obligaciones de cada una de ellas para procurarse el sustento en las labores agrícolas y, sobre todo, la ambición de los jeques aristócratas que se rebelaban contra las disposiciones del califa o del emir, eran motivos que afectaban gravemente a la integridad del ejército, con riesgo de comprometer el éxito de la expedición. A causa de ello los califas fueron organizando con el tiempo un ejército permanente, reclutado entre los esclavos o entre los mercenarios extranjeros, ejército que Almanzor elevó a su máximo poder al deshacer la antigua división por tribus y obligar a los musulmanes a concurrir a la guerra con sujeción a la división regular en regimientos. Entre las tropas mercenarias que entonces entraron a formar parte del ejército había muchos berberiscos y muchos soldados procedentes de reinos cristianos—los llamados eslavos—, entre todos los cuales , I j 223 ANTONIO DE CHRCER D E M O N T A L B Á N surgieron, a la muerte de Almanzor, terribles rivalidades que, según hemos visto, llevaron al califato a su total aniquilación. Además de las tropas comunes para la guerra, hubo en las fronteras y en el litoral de todo el dominio sarraceno una institución militar, con evidente carácter religioso—como todas las instituciones musulmanas—, que tenía la especial misión de vigilar desde las rápitas—fortalezas con ambiente y prácticas de monasterio— las posibles incursiones de los cristianos. De esta institución nacieron probablemente las órdenes militares que luego, entre los cristianos, tuvieron la misma misión de vigilar a los sarracenos en las fronteras. La marina de guerra de los árabes españoles, con la base en el puerto de Almería, fué asimismo de considerable importancia a partir del emirato independiente, y llegó a ser, en la primera mitad del siglo x , la más poderosa del Mediterráneo occidental. En parte, a este engrandecimiento marítimo contribuyó la necesidad de contrarrestar las incursiones de los normandos y mantener los dominios que Abderramán III había conquistado en el norte de África. Así, al desaparecer el peligro de los normandos y perderse las conquistas del Magreb oriental, fué decayendo también el poder de la escuadra, que ya ni se aprovechó, como se había hecho antes, para las algaradas marítimas por Galicia y Asturias. El desenvolvimiento económico del califato hizo de la España musulmana uno de los países más ricos y más poblados de Europa. La industria, la minería, la agricultura y la ganadería dieron vida próspera a muchos puertos y ciudades, que comerciaban activamente con todos los países de Oriente. Los invasores aprendieron de los mozárabes los perfeccionamientos de la agricultura—labor que los árabes consideraban en menos, como propia de los siervos—, y ellos a su vez hicieron aquí extraordinarias obras hidráulicas, como la construcción de molinos y la canalización de aguas. En este punto fué singularmente favorecida la región andaluza y la del litoral mediterráneo, donde introdujeron el cultivo de muchas especies hasta entonces aquí desconocidas, como el arroz, el albaricoquero, el granado, la caña de azúcar, etc. Consiguieron ya entonces singular desarrollo la cerámica artística, la metalurgia, el esmalte, la carpintería, la orfebrería, la fabricación de papel, el mosaico, los cueros, y, sobre todo, la fabricación de armas que, por la delicadeza del temple y la belleza del cincelado en oro y pedrería, hicieron famosas en el mundo entero a Toledo, Córdoba, Sevilla y Almería. En el orden cultural, aunque los conocimientos del pueblo invasor no tenían la amplitud de los del vencido, debe reconocerse a los árabes españoles como uno de los pueblos más cultos de aquellos siglos. N o fueron, ciertamente, notables por su inventiva—-cualidad en la que los superaron siempre los persas—, pero sí se distinguieron por la gran facilidad con que asimilaban las enseñanzas de otros pueblos y las propagaban por medio de sus célebres escuelas. La enseñanza fué, en aquella época, todavía privada, sin más intervención del Estado que la de garantizar la libertad del maestro en todo lo que quisiera explicar, según su competencia y sabiduría. Tanto en el grado elemental como ESPUÑA HISTÓRICA 221 La anarquía política era cada vez mayor, y con este ir y venir de califas, supeditado siempre a las conveniencias y ambiciones de los partidos militares, no se entreveía manera alguna de hacer volver la paz al pueblo. A causa de ello, hubo un interregno de seis meses, durante los cuales gobernó el Consejo de Estado, hasta que al fin se ofreció de nuevo el trono al hamudí Yahya Almotalí (1025), que parecía hombre enérgico y emprendedor. Con todo, el nuevo califa sólo reinó hasta el año siguiente, en que fué expulsado por un levantamiento. La asamblea de nobles de Córdoba, el mexuar, acordó entonces elegir de nuevo a un omeya como medio de conjurar tanto mal, y la elección recayó en Hixem III (1027), hombre apocado y sin aspiraciones, que se opuso al principio a la elección, para no tener que salir del retiro en que vivía. N o obstante, ante la insistencia de los magnates, accedió a ser califa y, para comenzar con mejor fortuna que sus antecesores, no quiso entrar en Córdoba sin haber obtenido antes alguna victoria contra los cristianos, que entonces, al favor de la descomposición interna del estado musulmán, habían vuelto a hacerse fuertes en las plazas fronterizas a lo largo del Duero. La guerra santa predicada para tal fin, oída en acjüel ambiente tan poco propicio para estas grandes empresas que piden cohesión y energía, resultó un fracaso, por lo que al fin se decidió Hixem III a entrar en Córdoba (1029) sin la aureola de gloria que deseaba. La poca fortuna obtenida en este conato de guerra fué a la vez un verdadero augurio de la desgraciada gestión del nuevo califa, que, para librarse de los cargos del gobierno, nombró hoffib a un hombre humilde, Háquem Abensaid, amigo suyo, y él se retiró a la vida sosegada que siempre había llevado. El desagrado que produjo este proceder del califa concitó el odio de todos contra el primer ministro, y, aunque éste pudo sostenerse algún tiempo a costa de abusos del poder, murió al fin asesinado por una revolución (1031). Hixem III, acobardado ante la muerte de su ministro, se entregó a los amotinados, y fué encerrado en una fortaleza, de la que logró evadirse después, y aun logró acabar tranquilamente sus días, según parece, en el reino de Lérida (1037). Visto que habían fracasado todos los esfuerzos hechos para rehabilitar el prestigio de Córdoba sobre la unidad política del país, el Consejo de Estado declaró entonces abolida la institución del califato en Occidente, y su capital se erigió en república aristocrática. Inmediatamente, los valíes de todas las principales ciudades musulmanas se declararon independientes, y así surgieron multitud de pequeños estados, llamados de taifas, que vivieron entre constantes luchas y rivalidades, hasta que fueron absorbidos, paulatinamente, por los más poderosos reinos cristianos. El califato había subsistido en España, desde su primera emancipación en el omeya Abderramán I, doscientos setenta y cinco años. "Así pasó el estado y la fortuna de los Omeyas, como si no hubiese sido—comenta un historiador árabe a propósito de aquellos luctuosos tiempos— Feliz quien bien obró, y loado sea siempre aquel cuyo imperio jamás acabará." B. H . — 2 3 788 SCHILLER ía f//ZZi?AW6> Cuando partí de Fliielén estaban a punto de embarcarse; mas la tempestad que aliora empieza y que me ha obligado a desembarcar en esta orilla, quizá se liaya opuesto a su salida. l'F.sc. ;Tell preso y en poder del baile! ¡ Ah!... ¡ le ocultará en un sitio donde no verá más el sol! Sin duda temerá la justa venganza del hombre libre a quien tan gravemente ha irritado. KuNZ. Dicen también que nuestro antlgim landammann, el noble harén de Attinghausen, se halla en su lecho de muerte. I'Esc. He allí cómo l.'i última esperanza de Síilvación desaparece. Era el único hombre que .se atrevía a levantar su voz para defender los derechos del pueblo. KiTNZ. La tempestad crece. Adiós. Voy a la aldea en busca de un hogar: hoy no podré seguir mi viaje. (Vase.) I'KSC. ¡ Tell prisionero y el barón muerto! Alza tu frente, ¡oh, despotismo!, desprecia todo pudor. ¡ La verdad quedará muda, el ojo que todo lo veía quedará cerrado para siempn? y el brazo que podía salvarnos quedará eternamente encadenado! .NIÑO. ¡(Vmio arrecia el granizo!... Vamonos a la choza, padre; el aire libre incomoda. rE.sc. ¡Itiígid, vendavales! ¡Rayos que despide la tormenta: azotad la tierra con vuestro látigo de fuego! ¡ Abrios, cataratas del cielo, y anegad esta comarca ! ¡ Destruid el germen de los seres que aun no han nacido! ¡ Convertios en nuestros señores, salvajes elementos! ¡ Lobos, osos, fieras, terribles a l i m a ñ a s : salid de las cavernas y apoderaos de este país que os pertenece! ¿Quién querrá vivir en él sin líl)ertad? NIÑO. ¿D.ves cómo silba el viento y muge el lago? Nunca he presenciado tormenta como ésta. PESC. ¡Obligarle a dísjKirar contra la calie za de su propio h i j o ! ¡Nunca se usi) de tan extrema crueldad con un pad r e ! ¿Cómo no se han de enfurecer los elementos? ¡ N o fuera extraño que estos peñascos se hundieran en el lago, que estos picos, estas cimas cuyo hielo no se ha fundido desde el día en que fueron creados, se derritieran en su a g u a ; que se rompiesen las niímtañas, que se abrieran l a s fauces de los abismos y q u e un TELL 797 segundo diluvio inundase la morada de los vivos! (Se oye a lo lejos el rumor campana.) de una ¿NO OÍS? Se habrá visto una embarcación a punto de naufragar, y tocan la campana. (Sube a una altura.) PESC. ¡ Desgraciada la nave que se mece en tan horrible cuna ! ¡ En ella el timón y el piloto son inútiles; la tempestad gobierna y las ondas se burlan del poder e inteligencia de los hombres! No hay cerca de aquí ni golfo ni ]>laya que pueda ofrecer un abrigo. Las abruptas e inhospitalarias rocas se levantan alrededor suyo para mostrarle únicamente su pedio de granito. (A la izquierda.) Allí veo una lanNIÑO. cha : viene de Flueldén. Dios ayude a sus tripulantes! PESC. ¡Que Cuando la tempestad se engolfa en esos líquidos abismos ruge ccm la angustia de un animal salvaje que lucha con los hierros de una jaula : en vano busca mugiendo la salida: los peñascos que se levantan hasta el cielo la encierran y le sirven de muralla. (Sube a la altura.) Ni.Ño. P^s la lancha del baile do Uri. La conozco en su bandera y en sus tintas rojizas. I 'Ksc. ¡ .lusticia del cielo! Sí... allí va el baile... Allí navega con su horritile crimen. Sobre su cabeza está el brazo de Dios, .\hora reconoc-erá que sobre de él bay un Señor más poderoso. Las olas no otiedecerán su voz. Estos peñascos no inclinarán la cabeza ante su gorro... ¡ No ores, hijo mío! No detengas con tu rezo la cólera del Juez Supremo. .Vi.Ño. Es que j'o no oro por el baile, sino por Tell, q\ie va con él en la nave. PESC. ¡ O h ! ¡sinrazón del desapiadado y ciego elemento! ¿Es posible que para castigar al cul|>able tengas que perder la nave y su piloto? NIÑO. Ved, ved, padre m í o : habían cruzado con fortuna el Jlaitirisyrat; pero la violencia de la borrasca sostenida por el Tcnfelmunster les lanza sobre el gran Axenberg... Ya no se perciben. PESC. ¡Allí está el Hachmesscr, donde se han estrellado ya tantas naves! Si no viran con fortuna se harán cien mil pedazos contra una roca que desciende hasta las profundidades del lago. Sólo un hombre^podria salvar- ACTO NIÑO. QUINTO La plaza de Altdorf. En el fondo y a la derecha, la fortaleza de Zvving-UrI con todos sus andamios, como en la tercera escena del primer acto. A la izquierda, montañr iiñas en las que arden hogueras. Ruy:i la aurora, y a alguna distancia .se oyen campanas [inas que < tocan a rebato. ESCENA PRIMERA Kiii 111, KroM, WiKM, i'i;i>iíi;no, hombres mujeres y niños. Uro. I'ic. Uro. Pie. Ri'o. I'ic. Tonos. Ruó. EL (Se precipitan, a la fortaleza trucción.) del i:i. i'iiA- pueblo, ¿Veis las hogueras cómo arden en el monte? ¿Oís cómo al otro lado de la selva tocan las campanas a rebato? Se ha arrojado del país a los tiranos. Se han tomado los castillos. ¿Y nosotros los de Uri, permitiremos que siga en pie el nuestro? ¿Seremos los últimos en declararnos libres? ¿El yugo qne nos encorvaba no ha de romperse? Vaya: ¡destruidlo! ¡ Abajo! ¡ Abajo! ¿Dónde está la bocina de Uri? Aquí. ¿Qué debo hacer? Subid a las alturas donde se monta la guardia; dad algunos toques de forma que retumlien a lo lejos y que despertando el eco de nuestros peñascos reúna a los hombres de la montaña. 1-iHoi. (Va-te el pregonero. Furst.) FIRST. Ruó. Pie. Ruó. TODOS. Llega Walter ¡Deteneos! ¡Deteneos! Nos faltan aún noticias acerca de lo ocurrido en Unterwalden y en Schwyz. Esperad a que llegue el mensajero. ¿Por qué hemos de aguardar? Murió el tirano y la aurora de la libertad está brillando. ¿Qué más mensajero que el fuego que brilla en las montañas? ¡ Venid ! ¡ venid ! Manos a la obra. Echad af)ajo el andamio. ¡Destruid las bóvedas, que caigan las paredes, que no quede piedra sobre piedra! ¡ Esto e s 1 es 1 J JJS^ ¡ Se dió el impulso y no hay quien lo detenga! (Llegan Melchthal MEI.. l'iRST. MEI.. FURST. .MEL. PKKGO.N'KRO. Ruó. en cons- FURST. y ¡Cómo! ¿Aún está en pie la fortaleza? El castillo de Sarnen está en ruinas y el d é Rossberg ya se ha tomado. ¿Sois vos, Melchthal? ¿Nos traéis la libertad? ¿El país está libre del tirano? (Abrazándole.) Ya no mancha nuestro suelo. Regocijaos: Suiza no tiene ya déspotas. ¡Hablad, hablad! ¿Cómo han caído en vuestro poder las fortalezas? Rudenz ganó la de Sarnen con un goliie audaz y valiente. Yo en la noche antes escalé el Rossberg; pero cuando arrojamos de él al enemigo, cuando le pusimos fuego, cuando las llamas se i>erdían chisporroteando hacia el cielo, Duthelm, criado de Gessler, acudió a nosotros diciendo que Berta de Brunech ardía entre las llamas. ¡Dios de misericordia! (Se oyen caer las vigas mio.) MKI: WAL. MEL. Baumgarten.) del anda- Se la había encerrado secretamente por orden del baile. Rudenz corrió a ella hecho un loco, se oían ya crujir las bóvedas, las fuertes vigas y se oían entre el humo los gritos de angustia que la pobre señora exhalaba. ¿Y por fin se salvó? Se necesitaba obrar con resolución y presteza. Si Rudenz no hubiera sido más que nuestro barón, no hubiese^ mos expuesto nuestra vida; pero era nuestro aliado y Berta era amiga 798 SCHILLER del pueblo. Así es que exi)usinios nuf e d e r a d o s : lo que j u r a m o s en Rutli dazuiente n u e s t r a existencia lanzánhoy se cuinjile solemnemente. donos por e n t r e l a s llamas. FUR.ST. La obra ba comenzado, pero no e s t á FUBST. ;.Y la salvasteis? ccmcluída. Ahora m á s que nunca neMKI.. S Í : y no bien Itudenz y yo la sacesitamos de valor y unión e n t r e camos del fuefro, cuando su cárcel nosotros. E s t a d seguros de q u e el se d e r r u m b ó con estruendo. Y cuane m p e r a d o r no t a r d a r á nmcho en do se vio salvada, cuando abrió los vengar la m u e r t e de su l)aile, y q u e ojos a la luz del cielo, el l)arón se i n t e n t a r á sujetarnos. precipitó en mis brazos y formamos .MKL. Que venga con todo su ejército. Y a silenciosamente u n a alianza que seq u e hemos lanzado de n u e s t r o p a í s r á indestr\ictible, ya que se hizo a al enemigo, taml)ién resistiremos al p r u e b a de fuego. que quiera invadirlo. F u B S T , ¿Dónde e s t á Landent)erg? Ruó, Sólo pviede llegar aquí por c i e r t a s MEL. M á s allá del Hrunnig. No dependió sendas que nosotros cubriremos con de mí el q u e yo le ¡irivara de la luz nuestros cuerpos. del día, ya q u e había sacado los ojos BAI-M. E s t a m o s unidos por u n a e t e r n a aliana mi p a d r e . Le perseguí, le alcancé za, y sus a r m a s no pueden a s u s t a r y le a r r a s t r é a los pies del pobre annos. ciano. Mi espada estatia suspendida sobre su cabeza cuando le perdoné Llegan R O S S E I . M A N N y S T A U F F A C H E R . la vida gracias a l a s súplicas que en favor suyo me dirigió el generoso Ros. (EntrandQ.) ¡ Kl cielo h a hecho u n a ciego. J u r ó que no volvería al p a í s gran justicia! y q u e n o .se vengaría. Cumplirá s\i V A R I A S V O C K S . ¿Qué sucede? j u r a m e n t o , ya que esta ccmvencido de Ros. ¡ E n qué tiempo vivimos ! l a fuerza de n u e s t r o brazo. FUR.ST. ¿Qué ocurre? ¡-\h! ¿Sois vos. sefior FURST. Hiciste bien en no m a n c h a r con sanW e r n e r ? ¿Qué nuevas t r a é i s ? g r e u n a victoria t a n p u r a y t a n bri( ¡ E N T E D E L P U E B I O . Hablad. llante. Ros. Lo que os d i r é va a llenaros de sorMUCHACHOS. (Corriendo por la excena con presa. rcsto.1 de la fortaleza.) ¡Viva l a liSTAU. Ya no podéis temer, compañeros. bertad ! Ros. Sat)ed, pues, que el e m p e r a d o r h a m u e r t o asesinado, (Oyese la bocina de Uri.) FURST. ;I>ios de m i s e r i c o r d i a ! FUBST. ¡ Q u é g r a n día ! Los niños y los ancianos lo r e c o r d a r á n e t e r n a m e n t e , (Algunas mujeres traen el gorro de Oessler en el extremo de una pica; la escena se llena de gente.) (I,a gente rodea a TODOS. MKL. STAU. Ruó. BAUM. FURST. MUCHAS FUBST. Ahí está el gorro a n t e el cual dettíamos inclinarnos. ¿Qué hemos de hacer? ¡ Ah ! ¡ Dios nu'o ! Del)ajo de e s t e gor r o se colocó a mi nieto. V O C E S . D e s t r u y a m o s este recuerdo ominoso del poder at)soluto. ¡ Quemémoslo ! N O : conservémoslo. Debía servir a la t i r a n í a . Q u e sea e t e r n o signo de 11l)ertad. (El pueblo, liombres, mujeres y niños . se mantienen en pie y sentados sobre las vigas del derruido andamio formando pintorescos grupos.) MES.. Ya veis los restos de la t i r a n í a , con- FURST. STAU. MEL. STAU. del pueblo se levanta Stauffaclier.) y ¡ C ó m o ! ¿ E l emperador asesinado? ; . \ O es posif)le! ¿Quién os h a d a d o la noticia? Nada t a n cierto. Cayó t)ajo el golpe del asesino cerca de Bruch. Un hombre, cuya formalidad no es dudosa, h a t r a í d o de Schaffhausen la nueva. ¿Quién cometió acción t a n horrible? E S t a n t o m á s horrible, c u a n t o el asesino del rey . \ l b e r t o es el hijo d e su h e r m a n o , el d u q u e de Suabia, ¿Qué le impulsó a cometer el p a r r i cidio? El e m p e r a d o r retenía la herencia de su sotírino, y éste la reclamaf)a impaciente. Decíase que el monarca t r a t a b a de q u e d a r s e con ella, ofreciéndole en cambio u n a m i t r a de obispo. Sea lo que fuere, lo cierto es q u e el joven dió oídos a s u s compañeros d e a r m a s , y uniéndose a los nobles señores d e Eschenbach, d e GUILLERMO TELI.. GES. TELL. GES. STAU. GES. Ros. GES. lo vi. Dime qué q u e r í a s h a c e r de ella. (Vacilando.) Mon.señor, é s t a e s cost u m b r e de los a r q u e r o s . N O , T e l l : no me .satisface la respuest a . A no dudarlo, tuviste u n a idea, Hal)la y no t e m a s . T u vida está salvada. ¿Qué te proponías hacer con la o t r a flecha? P u e s bien, monseñor, ya que garant i z á i s mi vida, os d i r é la v e r d a d sin rodeos ni amliages. (Saca la flecJia de su jubón y la enseña al baile, dirigiéndole una mirada terrible.) Esta segunda flecha yo la hubiese dispar a d o contra vos si en vez de d a r a la m a n z a n a bubie.se herido a mi hijo. P e r o yo os j u r o que con vos no hubiese e r r a d o el golpe. Bien, Tell... R e s p e t a r é t u vida, y a q u e h e dado mi palat)ra de caballer o ; m a s como estoy persimdido d e t u s m a l a s intenciones, t e h a r é conducir y g i m r d a r donde no veas m á s el sol, a fin de que yo viva al abrigo de t u s flecha.s. ¡Hola, g u a r d i a s ! ¡prended a este homlire! (l.os guardias le atan.) ¡Cómo, s e ñ o r ! ¿Obráis a s í con u n homt)re a quien la m a n o d e Dios h a protegido de modo t a n visible? Ya veremos cómo s e a r r e g l a p a r a s a l v a r s e o t r a vez. ¡ Llevadle a mi lancha ! Quiero conducirle yo mismo al castillo de Ku.snacht. NI vos ni el e m p e r a d o r tenéis derecho a llevarlo. Lo que hacéis es cont r a fuero. Lo prohiben n u e s t r a s cartas. ¿Dónde e s t á n ? ¿ L a s h a ratificado el m o n a r c a ? No... T a l favor s e a l c a n z a TELL 787 obedeciendo. Sois unos rebeldes y fom e n t á i s u n a sublevación que castig a r é C(m mano fuerte. Conozco vuest r a s m a l a s intenciones. Yo cojo a Tell e n t r e todos v o s o t r o s ; pero todos, como él, sois culpables. ¡ Que el discreto a p r e n d a a obedecer y a g u a r d a r silencio! (Vase.) BERTA, THOLD y sus criados le y LEUquedan. RUDENZ siguen. FRIESHARDT se (Pre-ta de un dolor violento.) ¡Ah! ¡ese h o m b r e h a j u r a d o p e r d e r a mi y a los m í o s ! STAU. (A Tell.) P e r o ¿por q u é i r r i t a s t e i s a l déspota ? TELL. ¿ P o r v e n t u r a el que siente u n dolor tan g r a n d e como el mío e s capaz de contenerse? STAU. ¡Todo ha concluido! ¡ Q u e d a m o s par a siempre e n c a d e n a d o s ! Los ciRciwsTA.vTKs. (Rodcando a Tell.) Con vos desaparece n u e s t r o último consuelo. LEUT. (Acercándosele.) Os c o m p a d e z c o , Tell, pero tengo que obedecer a mi jefe, TELL, ; Adiós, amigos m í o s ! WAL. (Estrecha sus rodillas presa de un dolor violento.) ¡ P a d r e mío!.,, ¡pad r e mío!... TELL. (Señalando al cielo.) ¡ T u p a d r e e s t á allí!... STAU. ¿Qué diré a v u e s t r a esposa? TKLL. (Estrechando contra su corazón a su hijo.) El niño no e s t á h e r i d o ; Dios c u i d a r á de a y u d a r l a . (Deja precipitadamente la escena y sigue a los hombres de armas.) - 1''URST. ACTO CUARTO S ' ^ I n - ^ T ' ^ ibrillare. r r l S erayo\ t ^ ly Íei lít rUd' SÍ lSe tVl bÍ .Sf ^e n t l ^tS o"""" ""^" ^ ^^ Olas, ESCENA PRIMERA KuNz D E G E R S A U , su hijo. Ktnvz. E L PESCADOR PESC. y L O vi con mis propios o j o s : podéis creerlo. Sucedió t a l como lo cuento. KUNZ. ¡Tell conducido prisionero al castillo de K u s s n a c h t ! ¡ í:!! ¡ E l hombre m á s h o n r a d o de e s t a s comarcas, el brazo m á s fuerte si un d í a se hubiese de combatir por la libertad de nuestra patria! El baile le hizo c r u z a r con él el lago. 786 SCHILLER eia fl baile ya hacia el cielo. De pronto se apodera de su carcaj. ,<iara de cl una flecha y la oculta en su jubón. El baile no pierde nin auno de sus movimientos.) WAL. GUILLERMO to a mi rey, a quien amo y resjieto, yo os echaría mi guante y os obligaría a recogerlo... Sí, haced una señal a vuestro séquito. Sabré defenderme. (Indicando al pueblo.) ¡También tengo una esjiada! ((¡rifando.) ¡Cayó la manzana! (Colocado bajo el tilo.) Ya puedes STAI". tirar, padre, uo tengo miedo. 'I'KLL. • (Cúmplase la voluntad del cielo! (Mientras los circunstantes escucha(Prepara el arco.) ban a Gessier y Rudenz, y Berta Uri). (Que durante esta escena ha perma se colocaba entre ellos. Tell ha disnecido mudo y fijando cn todo su parado la flecha.) atención, reprimiéndose con violencia.) Señor baile: no podéis llevar Kos. ; El niño vive ! esto más lejos; no tenéis dereclio a M U C H A S VOCKS. ¡ Ha dado en la manzana ! ello. Va se lia puesto a prueba ese infeliz. El olijeto ya S ( Í ha alcanzado, (Walter Furst está a punto de caer ('uando la .severidad se exagera, no hondamente emocionado y Berta cumple con su fin y el arco que se le sostiene.) tiende mucho se rompe. (ÍK.S. Nadie se mete con vos. ¡Guardad si(¡KS. (Sorprendido.) ¡Cómo! ¿Ha disparalencio ! do? ¡ Vaya un loco! Km. ¡Quiero hablar y cumplo mi delier BER. El chiquillo vive. Reponeos, Tell. con e l l o ! I.a honra del em[)erador me WAL. (Corriendo y trayendo la manzana.) es sagrada, y vos, que le represenAquí la tienes, padre: ya sabía yo táis, no baléis otra cosa que levanque no herirías a tu hijo. tar odios. El emperador jamás autorizará vuestra conducta. Lo digo y (Tell permanece con el cuerpo hacia lo sostengo. Mi imeblo no merece que adelante, como si quisiese seguir la se le trate con tanta crueldad: ¡ no flecha. El arco se desprende de su , tenéis derecho para e l l o ! maiw, y cuando ve llegar a su hijo, i GKS. ¡ Ved que os desmandáis! corre hacia él y lo estrecha entre ; Hvn. Ante los hechos que ocurren, yo hassus brazos. I,uego cae como si se ' ta ahora he permanei'ido silencioso. le hubiesen extinguido las fuerzas. Cerré los ojos y contuve la ira y la Todo el mundo está vivamente convergüenza que bullían en el fondo de movido.) i mi alma. Pero el callar por más tiempo e<iuivaldría a .ser traidor a BKE. ; Bondad del cielo! mi país y a mi monarca. FUBST. ¡Hijos!... ¡Hijos míos! (Abraza o r?KR. (Ijanzémdose entre Itudenz y el baiTell y a Walter.) le.) ;,Qué estáis diciendo? ¿No veis STALT. ; Que Dios sea alabado! que irritáis más aún la furia de este LKUT. ¡ Vaya un blanco! ¡ Se hablará de él . hombre? en los tiempos venideros! • ]{i I). .Vbandoné mi pueblo, renegué de mi Ron. En tanto que la montaña permanezca i sangre y rompí los lazos de la natu• sobre su base, todo el mundo hablaraleza para alcanzar vuestro cariño. rá de Tell como de un tirador faFavoreciendo al emperador creí que moso. (Coge la manzana y la entrega aseguraba el bienestar de todos: al baile.) pero boy la venda ha caído de mis GKS. ¡Atravesada de medio a medio! Es ojos... Veo con horror que estoy al un golpe maestro: hay que hacerle borde de un abismo. (.\ (¡essler.) justicia. Vos extraviasteis mi juicio .seducienRos. Tiró muy bien : ¡ pero desgraciado do mi leal corazón, y ahora me condel que le obligó a tentar a Dios! venzo de que con la mejor intención STAU. Serenaos, Tell: os habéis portado yo illa a perder a mi patria, como un hombre y podéis volver li¡Temerario!... ¿Y te atreves a usar bremente a vuestra casa. con tu señor este lenguaje? Ros. Venid, venid: llevad el hijo a su maMi señor no sois vos, sino el monardre. (Quieren llevárselo.) ca. Nací libre cual vos y puedo meGES, Escucha, Tell, dirme con vos en el terreno del hoTELL. (Vuelve.) ¿Qué se os ofrece, monse nor .V de las caballerescas virtudes.., ñor? SI no representaseis en este momeaGES. Metiste otra flecha en tu jubón,,. Yo . TELL 799 Tagerfeid, de Wart y de I'alm, refrutos. Tienen que mantenerse de sí solvió, ya que no ¡lodía alcanzar jusmismos. Se gozan en la muerte y ticia, vengarse ccm sus propias mahallan sustento en el horror, nos. STAU. El crimen no alegra al asesino; pero FUBST, ¡Continuad, continuad! ¿De qué monosotros aceptaremos con manos pudo se ejecutó el crimen? ras el liendito fruto del sangriento STAU. El rey salió a caballo de la fortaleza parricidio. Ya no debemos temer: el de Badén para dirigirse a Rheinenemigo de nuestra libertad ha caído feld, donde se hallaba la corte; con y el cetro irá de la ca.sa de los Habsburgo a otra casa; el imperio él ilian los prínciiies Juan y l.«opolquerrá mantener su derecho de elecdo y un séquito de nobles. Cuando ción. llegaron cerca la Reuss, que se cruza en lancha, los asesinos procuraFUBST. (Y otros.) ¿Sabéis algo? ron separar al monarca de su séquiSTAU. El conde de Luxemburgo está ya deto. Luego, cuando el rey cruzaba un signado para sustituir al rey muerto. campo cultivado en el que se ven FUBST. Ventaja es para nosotros el haber las ruinas de una ciudad antigua sido fieles al imperio: creo que se muy grande, frente al viejo castillo nos hará justicia, de Habsburgo, donde nacieron sus STAU, El nuevo señor necesitará de amigos abuelos, el duque Juan le hundió el valientes, y nos protegerá contra puñal en la garganta; Rodolfo de Austria. l'aliii le cruzó el cuerpo con su espada y Eschenbach le hendió el crá(Los circunstantes se abrazan. E L neo, de forma que cayó bañado en S A C B L S T A N llega con un mensajero sangre, asesinado por los suyos en del imperio.) sus mismos dominios. Desde la orilla opuesta su séquito presenció el homicidio: mas .separados por el río SAC. (Al mensajero.) Aquí tenéis a los vesólo pudieron lanzar gritos de liorror. nerables jefes del país. En el borde del camino había una Ros. otros.) ¿Qué ocurre? pobre mujer, y el rey exbaló a sus SAC. Un mensajero real trae este escrito. pies su último suspiro. TODOS. (A Walter Furst.) ¡ l ^ d l o ! ¡leedlo! MEL. En su ambición insaciable uo hizo FUBST, (Leyendo.) "Víctima del gran pesar más que abrirse un sepulcro antici" y del inmenso dolor que le ha ocapado. " sionado el trágico fin de su señor, STAU. El país está conmovido. Todos los " la emperatriz recuerda aún la ansenderos se hallan tomados; cada " tigua fidelidad de las comarcas suicantón guarda .sus límites; la vieja " zas..." Zurlch, que tiene sus puertas abier.MEL. Sf: pero en su prosperidad las tuvo tas desde hace treinta años, las ha olvidadas. cerrado temiendo los asesinos, y aun Ros. ¡ Silencio!.,. ¡ Atended! más que éstos a sus vengadores. DíFUBST, (Leyendo.) "Y e.spera que sus fieles cí'se que la reina de Hungría, la se" habitantes profesarán el más granvera Inés, que no está dotada con la " de horror a sus malditos asesinos. dulzura de su sexo, va a llegar de un " H e ahí por qué cree que los tres día a otro para vengar la sangre de " cantones no pre.starán ninguna clasu padre en toda la raza de los ase" se de auxilio a los autores del crlsinos, en sus criados, en sus hijos, en " men, sino que, al contrario, proculos hijos de .sus hijos y hasta en las " rarán entregarlos a sus vengadopiedras de .sus castillos. Ha jurado " res, recordando el amor y los antienviar a la tumba de su padre gene" guos favores que obtuvieron de la raciones enteras con objeto de bañar" real casa de Rodolfo," .se en su sangre como si fuese rocío de mayo. (Señales de desagrado por parte del MEL. ¿No se sabe dónde huyeron los asepueblo.) sinos? STAU. Luego de ejecutado el crimen, emprendieron por cinco distintos camiM U C H A S VOCES, ¡ Su amor y sus favores! nos y se dividieron para no reunirSTAU, L O S recibimos de su padre; pero no se jamás... El duque Juan del)e andel hijo. ¿Ratificó nuestra constitudar errante por el monte. ción a semejanza de sus antecesores? FUBST,, La venganza y el crimen no dan ¿Administró bien la justicia y prote- _^ 800 SCHILLER FLTRST. MEL. Rió la inocencia? ¿Quiso escuchar a HED. nuestros mensajeros? El rey nada hizo por nosotros. Si no nos hubiésemos tieeho justicia por nuestras manos, ¿i)or ventura el rey nos hubiese protegido? ¡Invoca nuestro agradecimento!... No lo ha sembrado en estos valles. Colocado en un trono podia ser nuestro padre; mas no ha curado de nosotros. ¡ Que le lloren los malditos a quienes llené de (i VI. riquezas! HED. No hay que regocijarnos de su desgracia ni recordar todo el mal que nos hizo; pero nosotros no debemos vengar la nnierte de un emperador que jamás hizo el bien, ni debemos GUL perseguir a los que no nos hicieron WAL. daño. El amor consiste en el sacrificio espontáneo. La muerte libra de los deberes que se han contraído por JUAN. fuerza : nada le debemos. Sl la reina llora en su cámara y dirige al cielo los gritos de su dolor salvaje, en cambio aquí está un pueWAL. blo libre que dirige al cielo la expresión de su agradecimiento. El que quiera cosechar lágrimas debe semJUAN. brar amor. (Vase STAU. el HED. mensajero.) (Al pueblo.) ¿Dónde se encuentra Tell? ¿l'or qué el que nos ha proporcionado la lil)ertad no se halla entre nosotros? ¿No es quien ha más cruelmente sufrido? Venid conmigo. ¡ Vamos a su casa para saludar al que fué salvador nuestro! (Vanse JUAN. HED. JUAN. todos.) HED. ESCENA I I Vestíbulo de la casa de Tell. — Al pie brilla una hoguera. La puerta, que está abierta, da sobre el campo. JUAN. HED. HEDWIO, WALTER y HED. WAL. GUILLERMO. Hoy regresa vuestro padre. ¡Vive, hijos queridos! Está libre y nosotros seremos también libres. /Vuestro padre es quien ha salvado la patria! Yo también estaba, madre. No hay que olvidarme. La flecha de mi padre sill>ó sot)re mi cabeza, y sin embargo, no sentí miedo. WAL. HED. GUILLERMO (Abrasándole.) S í : te v i v a s t e . Te he dado el ser dos veces, l'or ti sufrí por dos veces los dolores del alumbramiento, i Os tengo a los dos y hoy regresa vuestro padre! BER. GES. E L P A R R I C I D A , con tiábito de fraile, se acerca a la puerta. JUAN Mira, madre: ahí está un fraile... Sin duda nos pedirá algo. Haced que entre [lara que conforte su cuerpo. Verá una casa d(mde todo el mundo es dichoso, (tac va y regresa con una copa, en la mano.) (Al fraile.) ¡ Entrad, buen padre! Mi madre os quiere dar algo. Venid y descansad para seguir vuestro camino con tmen ánimo. (Dirigiendo cn torno suyo miradas de desconfianza y con rostro demudado.) ¿Qué país e s éste? ¿Dónde estoy? Contestadme. Os batiréis extraviado. Estáis en Burglén, a la entrada del valle de Schachen. en el cantón de Uri. (A Ilcdiving, que regrc.<ta.) ¿Estáis sola? ¿Se halla ausente vuestro esposo? Cabalmente le aguardo... ¿Pero qné os suc-ede? Vuestro aire no trae nada bueno... Pero qulenqttiera que seáis tomad si os sentís desfallecido. (Le alarga la copa.) Hien que necesite tomar algo, nada aceptaré si no prometéis... i No toquéis mi vestido, no os acerquéis !... Si deseáis que os escuche, permaneced lejos de mí. Por la lumbre hospitalaria que aquí brilla, por la cabeza querida de vuestros hijos que yo be.so... (Coge los niños.) ¿Qué hacéis? ¿En qué pensáis? ¡Dejad mis hijos!... ¡Vos no sois fraile! .Vo: no lo sois. La paz se envuelve en esos hábitos, y la paz no existe en vuestro rostro. Soy el m á s desgraciado de los hombres. La desgracia habla con corazón valiente: pero vuestro aspecto cierra el corazón a la piedad. .\hí está padre, madre mía. (Vase corriendo.) ¡ O h ! ¡Dios m í o ! (Quiere ir tras Walter, y se detiene.) pero tiembla ROD. FUBST BEB. GES. FURST. WAL. STAU. ... Ros. GuL (Corriendo.) ¡Padre! ¡ P a d r e ! Sefior: no os burléis de esas pobres gentes. Ved como palidecen y tiemblan. No están híibituados a vuestras bromas. ¿Quién dice que me burlo? (Coge la rama de un árbol que está encima de él.) Aquí está la manzana. Despej a d : que coja la distancia según costumbre. I..e concedo ochenta pasos : ni más ni menos. Dice que hace blanco a cien. Ya lo veremos. Dispon tu flecha y al a v í o : mira de tocar la manzana. Esto va por lo serio. Arrodíllate, nirío, y ruega al señor baile que te conceda la vida. (A Melchthal. que no puede contenerse.) ¡ Reprimios, Melchthal! ¡ Os lo suplico! (A Gessler.) Basta, señor. Esto de jugar así con la angustia de un padre e s inhumano. Si por su ligera falta ese hombre mereció la muerte, la ha sufrido ya cien vee»>s. Dejad que vuelva tranquilamente a su choza. Ya ha llegado a conoceros. Se acordarán de este momento él, sus hijos y los hijos de sus hijos. ¡ P l a z a ! ¡ P l a z a ! ¿Por qué vacilas? Mereces la muerte; puedo mandar que te corten la cabeza y a pesar de ello pongo con indulgencia tu suerte en tu destreza. No se puede quejar de la sentencia aquel que se hace arbitro de su vida. ¡ Te alabas de que tu ojo es tan certero! Pues bien : demuéstralo. La acción es digna de t i ; su premio es grande. Cualquiera que maneje el arco podrá dar en un blanco ordinario; pero si tus manos no tiemblan y tu vista no se oscurece, yo te proclamaré el más diestro de los flecheros. (Arrodillándose ante Gessleí-.) Sefior baile, reconocemos vuestra autorid:id; pero que la clemencia reemplace la justicia. ¡ Coged la mitad de mi hacienda, cegedla toda; mas no hagáis pasar por prueba tan horrible a un Infeliz y desgraciado padre! ¡ No te arrodilles, abuelo, ante un hombre tan malo! Dime dónde voy a colocarme. Nada temas por mí. Mi padre mata un pájaro al vuelo y no errará el golpe. Se trata de salvar a su hijo. ¡.\h." señor baile! ¿No os conmueve la inocencia de este niño? ¡ Pensad, señor, que hay un Dios en el cielo a quien tendréis que dar cuenta de vuestros actos! TEATRO CLÁSICO 52 TELL 785 GES. (Indicando a Walter.) .\tadle a ese tilo. ¿Queréis atarme? ¿Para qué? N o : y o no lo |)ermito. Estaré quieto como un corderino. Ni siquiera respiraré. Pero si me atáis no podré contenerme y me agitaré con violencia. UOD. Deja por lo menos que te venden los ojos. WAL Tampoco. Yo no temo la flecha de mi padre. La aguardaré tranquilo sin moverme. Pronto, padre mío: prueba a esta gente que tu arco e s certero. El baile no lo cree y se ha propuesto perdernos. Búrlate de su mala intención y dispara haciendo blanco. (Se dirige hacia el tilo y coloca sobre su cabeza la manzana.) MEL. (A sus amigos.) ¡Cómo! ¿Permitiréis que tanta crueldad s e ejecute? ¿De qué sirve, pues, el juramento que hicimos? STAU. Sería inútil. Carecemos de armas; ya veis el bosque de lanzas que nos rodea. GES. (A Tell.) Manos a la obra : no se em puna un arco impunemente. Ahora verás cuan iieligroso es llevar un arma, y cómo la flecha se lUiede volver contra el arquero. Este insolente dere<?ho que usurpa el aldeano llevando armas ofende al señor de estas comarcas, t^'nicamente puede usarlas quien manda. Os lisonjea el llevar arcos y flechas; pues bien: yo os daré el blanco en que podréis utilizarlas. TELL. (Prepara su aren y dispara una flecha.) ¡ Despejad !... ¡ Despejad !... STAU. ¡Cómo, Tell!... Y tú quieres... ¡ O h ! ¡ nunca !... ¡ nunca !... Vacilas, tu mano tiembla... tus rodillas flaquean TELL. (Deja caer su flecha.) Ciertamente... mi vista se oscurece. MUJERES. ¡ Santo cielo! TELL. (Al baile.) Renunciad a vuestra exigencia... .\quí tenéis mi coraz<)n (descubriendo su pecho), heridle vos mis mo. Dad orden a vuestros jinetes para que me aplasten bajo los pies de s u s caliallos: pero no insistáis en que dispare contra Walter. GES. Ño quiero tu v i d a : quiero presen ciar tu destreza. Eres valiente: manejas el timón como el arco y no te asustan las liorrascas si se trata de salvar a alguno. Pues bien, sálvate a ti mismo ya que socorres tan l)ien al prójimo. WAI. (Tell .sufre una horrible lucha rige sus manos y sus oíos t, di- 802 S C H I L L E R poldo lleno de honores, rlqnfslmo en bienes... m i e n t r a s yo, que tenía s u s afios, vivía en la servidumbre de la menor edad... TEIX. ¡ D e s d i c h a d o ! ¡ H a r t o te conocía tu tía cuando no te concedía el gobierno de dominios y vasallos! Con t u crimen violento y salvaje h a s justificado de modo h a r t o horrible su discreta previsión. ¿Dónde están los sangrientos cómplices de t u homicidio? JUAN. Donde les h a n guiado los espíritus vengadores. Desde que se ejecutó el crimen no h e vuelto a verlos. TEI.L. ¿Sabes que se h a pregonado t u cabeza? ¿Que se h a privado a t u s amlmos de p r e s t a r t e auxilio, y se h a autorizado a t u s enemigos p a r a que t e maten? JUAN. H e ahi por qué no voy por caminos frecuentados; he ahí por qué no pido limosna en choza algima. Dirijo mis pasos hacia los puntos m á s desiertos, me asusto d e mi sombra, ando e r r a n te a t r a v é s de las montañas y retrocedo estremecido ante mf mismo cuando l a s a g u a s de u n riachuelo me m u e s t r a n mi desdichada Imagen. ¡ Oh ! ¡Si fueseis piadoso vos!... ¡ Sl fueseis h u m a n o conmigo!... (Cae de rodillas.) TELL. (Impresionado.) ¡ L e v a n t a o s ! ¡ levantaos ! JuAJí. No lo h a r é si antes no me a l a r g á i s vuestra generosa mano p a r a auxiliarme. TELL. ¿ P u e d o socorreros? ¿ E s esto posible a u n mortal?... ¡Levantaos!... P o r horrible que sea vuestra acción, sois al fin un hombre... ¡ Nadie deja a Tell sin recibir consuelo... y lo que yo pueda h a c e r lo haré!... •TuAN. (Cogiéndole la mano con viveza.) ¡ Oh ! ¡ T e l l ! ¡ Vos salváis de la desesperación mi a l m a ! TELL. Dejad mi mano... No podéis contin u a r a q u í sin ser descubierto, y u n a vez descubierto mi protección os será Inútü... ¿Dónde queréis Ir? ¿Dónde p e n s á i s h a l l a r algün reposo? .TuAN. ¡ A y ! ¿ L o sé yo por v e n t u r a ? TELL. E s c u c h a d : tengo u n a inspiración q u e quizá Dios me envía. I d a Italia, a la ciudad de S a n Pedro. E n ella os e c h a r é i s a los pies del P a p a : confes a d l e v u e s t r o crimen, y t a l vez resc a t a r é i s v u e s t r a alma. JUAN. ¿ N O m e e n t r e g a r á a mis vengadores? TELL. Si lo hace, resignaos y aceptadlo como si Dios lo o r d e n a r a . JUAN. ¿Cómo l l e g a r é a t a n lejano y desco- TKLL. JUAN. TELL. JUAN. TEIX. JUAN. TELL. HED. JUAN. TELL llK-. TELL. nocido p a í s ? No sé los caminos y no me a t r e v e r é a J u n t a r m e con los l í a Jeros. Indicaré vuestra vfa. Atended bien. Seguiréis contra l a corriente de la Reuss. cuyas salvajes y bullidoras a g u a s se precipitan desde el monte... (Asustado.) ¿Veré la Iteuss? Se deslizaba no lejos del sitio en que ejecuté el crimen. E l camino bordea precipicios y e s t á indicado por cruces l e v a n t a d a s en memoria de los caminantes que b a n perecido en l a s nieves. No temería los h o r r o r e s de la naturaleza sl pudiera dominar l a s salvaj e s t o r t u r a s q u e mi corazón e s t á sufriendo. Delante de cada cruz postraos de rodillas y expiad con l a s a r d i e n t e s lágrimas del arrepentimiento vuestro crimen. Y si cruzáis felizmente estas sendas espantosas, si el monte no os envía desde sus cimas cubiertas de nieve s u s terribles aludes, si salváis con buena fortuna estos senderos, llegaréis a u n sitio donde se hacinan grandes y negruzcos peCascos y que no h a iluminado j a m á s la luz del día. Cruzad por e n t r e ellos y luego encontraréis u n valle riente y hermoso. Pero lo cruzaréis rápidamente. No podéis deteneros allí donde vive la paz. ¡ O h ! ¡Rodolfo! ¡Rodolfo! l O h ! ¡ m i real a n t e p a s a d o ! ¿Y es así como t u nieto debe p e n e t r a r en t u reino? Subiendo así, llegaréis a l a s a l t u r a s del San Gotardo, donde veréis los eternos lagos q u e se llenan con los t o r r e n t e s del cielo. U n a vez allí deJaréis a Alemania, y el alegre curso de otro río os conducirá a Italia, que será p a r a vos la t i e r r a prometida. (Se oye el R a n z de l a s vacas tocado por muchas bocinas.) Viene gente. ¡Huid! ¡Huid! (Entrando.) ¿Dónde estás, Tell? MI p a d r e llega. Avanza a l frente de los confederados. (Echándose el capuchón sobre el rostro.) ¡Desgraciado de m í que no puedo detenerme e n t r é los que viven felices I Ve, esposa m í a : d a algo a ese hombre p a r a q u e se anime. Cárgale de vit u a l l a s porque el camino que va a emprender es m u y largo y no hallará mesón donde albergarse. ¡ P r o n t o ! ¡pronto! ¿Quién e s ? N a d a t e Importa. Cuando s e vaya, GUILLERMO WAL. (i VI. TELL. WAL. TELL. HED. (Uetde fuera.) ; Ya estáis de vuelta ! (Desde fuera.) ¡ P a d r e uiío! ¡ P a d r e luío! (Desde fuera.) Ya estoy de vuelta. ¿Dónde se e n c u e n t r a vuestra m a d r e ? (Entra.) E n el umbral d e la p u e r t a ; m a s no puede ir m á s lejos porque tiembla de espanto y de alegría. ¡ O h ! ¡ E d w i g ! ¡ E d w i g ! , m a d r e de mis hijos. ¡ Dios acudió e n mi auxilio! ¡Ya no volverá a separarnos el déspota! (Colgándose a su eucUo.) ¡ O h ! ¡ T e l l ! ¡ O h ! ¡ T e l l ! ¡ C u á n t o por ti he sufrido ! (Juan lo observa y escucha gran atención.) Gui. TELL. HED. TEI.L. HED. TELL HED. JüAIT. TELL. JUAN. TELL. HED. TELL. Olvida t u s a n g u s t i a s y n o pienses m á s q u e en n u e s t r a alegría. ¡ Ya estoy d e r e g r e s o ! ¡ Aquí está mt choza ! ¡ Estoy en mi c a s a ! ¿Qué hicisteis del arco, p a d r e ? No le veo. Ni le verás m á s . Se conserva e n tm paraje sagrado. Ya n o servirá p a r a la caza. ¡Oh! ¡Tell! ¡ O h ! ¡Tell! (Retrocede y deja caer su matw.) ¿Qué t e asusta, mujer? :.Cómo vuelves? E s t a mano,., ¿imedo estrecharla?... ¡ Oh ! ¡ Dios m í o ! ¡ Dios mío! (Con orgullo y valentía.) Os defendió a todos y salvó mi p a t r i a . Puedo l e v a n t a r l a a l cielo sin escriipulo. (El fraile hace un movimiento rápido. Tell lo percibe.) ¿Quién e s ese hermano? h a b í a olvidado. Háblate. Su presencia m e a s u s t a . (Acercándose.) ¿Vos sois Tell, cuya mano h a disparado la flecha contra el baile? (Examinando con detención al fraile.) Sí, soy y o : no tengo por qué ocultarlo. Heristeis a u n enemigo que os hizo daño;, yo tambiéu herí a otro enemigo porque no me hacía justicia. También e r a enemigo vuestro,,. Yo libert é de él al país, (Retrocediendo.) Entonces vos sois... ¡ A h ! ¡qué horror!,.. Hijos míos, salid de aquí.,. ¡ Vete, esposa mía!.,. ¡ O h ! ¡ D e s g r a c i a d o ! Con q u e sois... i Santo cielo! ¿Qué ocurre? No lo preguntes. V e t e : los niños n o deben oírlo. Sal de casa. Vete l e j o s : TEATRO CLASICO. HED. TELL. JUAN. TELL. JUAN, TELL. todo con « TELL. JELL JUAN. TELL. JUAN, TELL. JUAN. TELL. JUAN. 801 no puedes e s t a r bajo el techo que co bija a este hombre. ¡ Desgraciados de n o s o t r o s ! ¿Qué hab r á sucedido? Venid conmigo, niños. (Se va con sus hijos.) (Al fraile.) Vos sois el duque de Austria... Vos heristeis al emperador, vuestro señor y tío. Me robó mi herencia. ¡Asesinar a vuestro tío, a vuestre, e m p e r a d o r ! ¿Y la tierra a u n os sostiene? ¿Y el sol os a l u m b r a ? Escuchadme, Tell.,, ¿Destilando atin sangre el regicidif. y el parricidio, t e a t r e v e s a p e n e t r a r en mi casa, donde reina l a ])ureza? ¿Osas m o s t r a r t u semblante a un hombre honrado, y pedirle hospitalid a d bajo su techo? Yo esperaba h a l l a r en vos misericor dia. Recordad, Tell, q u e vos también tomasteis venganza de vuestro enemigo, ¡ D e s g r a c i a d o ! ¿ E s posible q u e confundas el sangriento crimen de la ambición con l a j u s t a necesidad q u e tiene u n p a d r e de defenderse? ¿Defendiste la a m a d a cabeza de t u s hijos? ¿Protegiste el s a n t u a r i o del hog a r ? Yo puedo l e v a n t a r m i s manos p u r a s al cielo y puedo maldecirte a ti y a t n crimen. Yo vengué la s a n t a n a t u r a l e z a que t ü profanaste. N a d a tengo de comtln contigo: tii asesinaste,.., yo defendí lo que p a r a el hombre existe de m á s precioso e n el mundo. ¿Entonces me rechazáis? ¿Ni slqule r a me prodigáis u n a p a l a b r a de consuelo? Al h a b l a r t e me estremezco d e horror. V e : sigue tu horrible cauíino; deja p u r a u n a cabana donde sólo mora la Inocencia. (Disponiéndose a salir.) ¡ D e este modo la vida es imposible! P e r o me d a s compasión... ¡ A h ! ¡ Dios mío!... ¡ T a n joven... hijo de u n a r a z a t a n noble... nieto de Rodolfo, mi rey y mi sefior, huyendo como asesino y deteniéndose desesperado y suplicant e e n el u m b r a l de la choza de un Infeliz labriego!... (Se oculta el rostro entre las manos.) ¡ O h ! ¡si pudieseis l l o r a r ; si mi desgracia os conmoviera! Mi situación es en verdad terrible. Soy príncipe... es decir, lo era... Podía ser feliz si hubiese dominado l a Impaciencia de mis deseos... Pero la envidia me roía l a s e n t r a ñ a s . Veia a m i p r i m o Leo- 780 HED. TEIÍ. HED. TELL. HED. TEIX. HED. TELT.. HED. TELL. HED. TELT,. HED. TELL. HED. TELL. WAL. TKLL. WAL. HED TELL. HED. TELL. HED. TELL. HED. TELI.. SCHILLER cha en casa, no hay necesidad de tre los peflascos un sendero solitario recurrir al cai-pintero. (Coge su goen un sitio donde sólo podía cruzar rro.) un hombre, pues encima de mí había íDónde vas? una roca inaccesible y debajo se Altdorf, a ca.sa de mi padre. precipitaban rugiendo las aguas del ;.No piensas en el riesgo a que te exSchoechen (Los chiquillos se aprietan pones? a derecha e izquierda de su padre y ;.En cuál? le miran con curiosidad.), hallándoSe trama algo contra los bailes. me en aquel sitio vi venir al baile. Se lia celebrado una reunión en UutIba solo. Estábamos frente a frente li y se ha contado en ti para formar y a nuestros pies mugía el abismo. parte de la liga. Cuando el baile me vio a mí, a quien Lo ignoro..., mas no me negaré'a mt no hacía mucho que me había hecho país si me llama. expiar de un modo harto severo una Te colocarán allí donde esté el pelipequeña falta, palideció y sus rodigro : como siempre, te se dará el llas temblaron. VI que iba a caer sopuesto más arriesgado. bre el peñasco y sintiendo piedad, le Se da el que uno merece. dije con acento humilde: "Soy yo, ;,No cruzaste el lago con el liouibre señor baile." No acertó a pronunde TJnterw.alden? Milagro fué que ciar ni una frase. Únicamente me llegaras sano y salvo. ¿Es decir, que hizo una seña para que siguiera mi no piensas ni en tu mujer ni en tus camino. Seguí andando, encontré su hijos? escolta y le dije dónde encontraría a Sí, querida mía: pienso en vosotros su jefe. y he ahí por qué salvé aquel homHED. Tembló ante ti. ¡ Oh! ¡ desgraciado! bre : era padre y esposo. ; Nunca te perdonará el que hayas ¡Cruzar el lago estando furioso! presenciado su flaqueza! Esto no se llama fiar en Dios, sino TELL. He ahí por qué le evito. Afortunadatentarle. mente no irá en busca mía. El que reflexiona mucho no socorre HED. No vayas hoy a Altdorf. Mejor fuea nadie. ra que anduvieses de caza. Sí: tú eres bueno y generoso: auxiTELL. ¿Por qué? lias a todo el mundo; pero el día HED. Me siento intranquila. No vayas. que tengas una desgracia nadie acuTELL, ¿Por qué te inquietas, mujer, sin modirá en tu socorro. tivo? Dios me libre de necesitarlo. (Coge HED. Por esto precisamente: porque no el arco y las flechas.) tengo motivo para inquietarme. ¿Por qué te llevas el arco? Déjalo TELL. Prometí que iría allí. aquí. HED. Ve entonces; pero deja al chiquillo Cuando me faltan las armas siento el WAL. No, madre, quiero ir con él. brazo flojo. (Los nmos vuelven.) HED. ¿Prefieres dejarme? ¿Dónde vas, padre? WAI . Te traeré una cosa de casa el abue A Altdorf, hijo mío, a casa del abuelito. (Vase con su padre.) lo, ¿Quieres venir conmigo? «Ul. Yo me quedo contigo, madre mía, ¡ Ya lo creo! HED, (Besándole.) Eres un buen muchaEl baile está también ahora allí. No cho: tú me harás compañía. (Se divayas. rige a la puerta del patio y sigue Pero saldrá de Altdorf hoy mismo. con los ojos, durante algún tiempo, Pues deja que marche. Haz que no a su esposo y a su hijo.) te v e a : bien salies que nos mira con malos ojos. Nada me importa. Sólo hago lo que ESCENA II es justo y no temo a mi enemigo. Cabalmente él odia al que es juslo. Porque no tiene dónde cogerle. Creo, Un bosque con cascadas que se precipitan sin embargo, que a mí me dejara desde lo alto de los peñascos. en paz. ¿En qué te fundas? BERTA, en traje de cazadora; No hace mucho, cuando yo iba a caluego RuDE.Nz. zar a las salvajes comarcas del valle de Schoechen, donde no se ve la hueBER, Me sigue: pues bien, le hablaré claro. lla del hombre, y mientras seguía enKuD. (Entrando con viveza.) Por fin os GUILLERMO IELL 773 lioes pastores, contra el ejército de ESCENA I I Alberto? ATTLX. No conoces nuestro puebl«: no le has Una pradera rodeada de árboles y peñasvisto luchar como yo en la batalla cos. — Arrimados a éstos, escalas por donde Faenza. Si los tiranos se hallan de bajan algunos hombres. En el fondo dispuestos a sujetarnos al yugo, nosun lago solire el cual se cierne arco iris otros queremos sacudirlo. Aprende a lunar. En lontananza montañas elevadas conocer la raza de que eres hijo. No cubiertas de nieve. Es de noche y el lago lances un falso brillo sobre tu proy los venti.squeros están iluminados por el pia dignidad. Sé el jefe de un pueastro nocturno. blo libre que se consagra a ti con lealtad y con cariño y que se manM E L C H T H A L , BAITMOARTE.V, W I N , tiene fiel a tus órdenes entre el ruKELKIED, MiCIER D E S A R N E N , mor de la batalla. He ahí a lo que B U R K H A R T UE B U H E L , A K N O I . D O debe aspirar la gloria de tu nombre. DE SEWA, H A N S DE F U T E II Ya que la naturaleza y tus propios otros hombres armado». sentimientos te ligan y encadenan a tu patria, ámala con ternura. En MEL, (I-ya el fondo de la escena.) ¿Quién ella están las poderosas raíces de tiene valor para seguirme? Conozco tu fuerza; allí, en la corte, en aquel el peñasco y la (nuz que le corona. suelo extranjero, vivirás solo; serás Hemos llegado al término del camicomo un árbol débil que cae al so no: aquí está Uulli. (Adelantan en pío de las borrascas. No vayas hoy la escena con antorchas.) a Altdorf: ¡ concede un solo día a los WINK. ¿Se oye a alguien? que tanto te quieren! ARN. Nadie. RUD, Di mi palabra de que iría y hay MEIER. Nosotros, los de Unterwalden, somos que cumplirla, los primeros en llegar a la cita. ATTI.N. (Con severidad y dejando de estreMEL. ¿Qué hora es? charle la mano.) Diste tu palabra... BAU.M. El vigilante de Sitlsberg anunció las Sí, desgraciado; pero te compromedos de la madrugada. tiste porque has caído en las redes del amor. (Rudenz vuelve la cabeza.) (únese a lo lejos el rumor de una DI lo que quieras. Berta de Bruneck campana.) te guía al castillo y te encadena al BURK. La capilla del bosque, que está a ir. servicio del emperador. Quieres conotra parte tlel lago, da el toque de quistarla haciendo traición a tu pamaitines. tria. N o : te engañan, Rudenz. Se te FLUE. muestra a la joven para seducirte; La noche está tranquila y se oye de muy lejos. pero el cielo no la ha destinado a tu MEL. sencillez y tu inocencia. Encended hogueras para que sirvan RUD. de guía a los que vien'— Quedo enterado... Adiós, tío. (Vase.) .\TTI.V. ; Quédate, insensato!... ¡ Se ha mar(Salen dos hombres.) chado !... No puedo ya salvarle, ¡ He ahí cómo la juventud abandona su A R N . Hace una noche de luna hermosísipatria!... Seducida por los resplandores de una corte extranjera quo BUHK. ma, líl lago parece un espejo. Nuestros amigos lo cruzarán fácilpenetran en nuestras montañas, lo mente, olvida todo. ¡ .'Vh ! ¡ maldita la hora WINK. (Extendiendo la mano hacia el laen que elementos extraños vinieron a destruir en esos felices y sosegaMEIER. go.) ¿No veis nada? Sí: el arco iris en medio de la nodos valles la piadosa Inocencia de che. sus costumbres! La novedad lo M E L . arrastra todo; la dignidad se v a : KLANS, Lo produce la luna. Es tan raro como extraordinario. llegan otros tiempos y todo varía. ¿Qué es lo que hago en el mundo? BAU.M. Mucha gente nunca lo ha visto. Debajo de él veo una barca bogando. Aquellos con quien yo vivía han des- MEL. Será la de Stauffacher, Es un vacendido al sepulcro. Mi tiempo ya liente que no se hace esperar mucho. no existe. ¡Felices aquellos que no (Se dirige con Baumgarten hacia la se ven ya obligados a transigir con los u s o s y costumbres nuevas! MEIER. orilla del lago.) Los que tardan más son nuestros (Vase.) compañeros de Uri. 774 SCHILLER /BuBK. (Durante este hogueras.) MEL. STAU. GUILLERMO Tienen que dar nn gran rodeo por el monte para evitar el espionaje del baile. tiempo se encienden (En la orilla del lago.) ¿Quién va? Dadme la consigna. (Desde el foro.) Amigos de la patria. (Todos se dirigen al fondo para recibir a los gue llegan.) STAUTTACHER, HA.NS JORO DE HOFE, ULRICO DE CONRADO SCHEMITD, MAUER, HUNN, VEILER V otros tres hombres armados saltan en tierra desde la lancha. TODOS. ¡ Sed bien venidos 1 (Mientras se quedan en el foro y se saludan, Melchthal y Stauffacher STAU. adelantan en la escena.) MEL. MEL. STAU. MEL. (A Stauffacher.) ; A h ! ¡señor Stauffacher ! ¡ He visto a mi padre!, al hombre que no me verá nunca más. He puesto la mano sobre sus ojos y me ha inspirado una horrible venganza el verlos sin luz. N O hables de venganza. No debemos vengar lo que ya está hecho, sino adelantarnos al mal que nos está amenazando. Dime lo que en el cantón de Unterwalden habéis ganado a nuestra causa; dime lo que piensa el país y cómo escapasteis a la red que la traición nos tiende. A través de la peligrosa cadena de montañas de Surenén, cruzando el vasto campo de hielo en que el águila de los Alpes exhala sus graznidos, yo llegué a las praderas en que los pastores de Uri y de Engelberg se llaman y se saludan, calmando mi sed con las fuentes de los ventisqueros que descienden espumosas al torrente. Me detuve en las granjas abandonadas, esperando llegar a las aldeas. En aquellos valles se conocía ya mi desgracia, en que me ha sumergido la crueldad del baile, y esto hizo que se me abrieran todas las puertas en que yo llamaba. Hallé que todos los corazones estaban irritados por las violencias del nuevo régimen; pues así como las montafias nutren las mismas plantas, las fuentes corren por un mismo cauce STAU. MEL STAU. MEL. STAU. y las nubes y los vientos siguen una dirección siempre igual, del misma modo las costumbres antiguas se han transmitido, sin cambiar, de los padres a los hijos. No admiten reformas temerarias en sus viejas costumbres y en la marcha uniforme de su vida... Tendiéronme sus francas y rudas manos, descolgaron de las paredes sus enmohecidas espadas y no bien pronuncié vuestro respetado nombre y el de Walter Furst, cuando brilló en sus ojos el sentimiento del valor y de la patria, jurando al mismo tiempo que os seguirían hasta la muerte. Así ful de choza en choza bajo la santa protección de la hospitalidad, y cuando llegué a mi país natal, donde viven mis muchos parientes, encontré a mi desgraciado padre, ciego y desi)ojado, albergado en casa ajena y viviendo de la limosna... ¡ Santo cielo!... Yo no lloré: no desíihogué mi aolor en Impotentes lágrimas: lo encerré en el fondo de mi corazón y no pensé más que en vengarme. Subí a las más altas cumbres del monte y no dejé ni im valle: encontré ni mismo pie de los ventisqueros cabanas habitadas y hallé el odio a la tiranía hasta en aquellos limites de la creación, donde el suelo se hace estéril... Entusiasmé con el fuego de mi palabra el corazón del pueblo y a esta hora nos pertenece por completo. Hicisteis mucho en poco tiempo. Más aún: Uosstjerg y Sarnen son las dos fortalezas que teme más el país, ya que el enemigo se defiende tras sus muros de peñascos y ya que asuela desde ellas las comarcas. Yo quise verlas y me dirigí a ellas. ¡Cómo!... ¿Entrasteis en la caverna del tigre? SI: me disfracé de peregrino y vi &\ baile como se embriagaba en su mesa... ¡ Juzgad lo que sufrí para dominarme : vi a mi enemigo y sin embargo no le hice trizas en mis manos! Vuestra temeridad fué grande; mas la fortuna os fué propicia. (Durante este tiempo los demás personajes avanzan en la escena.) Pero decid: ¿quiénes son los hombres que os siguen? Haced que yo les conozca a fin de que nos inspiremos confianza los unos a los otros STAU. rando el aire viciado de las ciodades, prestemos juramento de alianza. Queremos ser hermanos sin que ningún contratiempo ni ningún riesgo nos separen. (Todos repiten estas frases.) Queremos ser libres como lo fueron nuestros padres, y antes que vivir en la esclavitud preferimos la muerte. (Todos lo repiten.) Nos confiamos a Dios Todopoderoso y no tememos el poder de ningún hombre. (Lo repiten y todos se abrazan.) Ahora, que cada uno vuelva en silencio al lado de sus amigos. Que el que sea pastor guarde tranquilamente sus rebaños y conquiste en secre- ACTO TELL 779 to partidarios. Sl hay que sufrir, suframos. Dejad que crezcan las cuentas de la tiranía: día llegará en que podremos saldarlas. Que cada uno reprima su furor y aplace su venganza en bien de todos; el que sin el consentimiento general quiera hacer justicia en su causa, hará un robo al bien común. (Mientras cada cual va por su lado, la orquesta toca un himno; el telón continúa por algún tiempo levantado y los montes cubiertos de hielo se iluminan con los primeros rOr yoa del sol.) TERCERO Patio frente la casa de Guillermo Tell ESCENA PRIMERA HED. empuñando una hacha de carpintero; H E D W I O , SU mujer, ocupada en trabajos domésti- TELL, cos. WALTER y GUILLERMO, SUS hijos, en el fondo, jugando con un pequeño arco y disparando fleclias. WAL. TELL. HED. TELI.. HED. TELL. (Cantando.) Con su ñecha y su arco y a través de los valles y los montes se ve al cazador a la primera luz del día. Asi como en la región de los aires el águila es reina de las aves, de igual manera el cazador es rey de las montañas. El espacio es s u y o ; suyo es todo lo que anda y vuela. (Corriendo hacia Tell.) Se ha roto la cuerda de mi arco. ¿Quieres arreglarla. padre? No. Un buen cazador se la compone él mismo. (Los niños se alejan.) Nuestros hijos, con ser tan pequeños, empiezan ya a manejar el arco. El que quiere ser maestro en su oficio debe cultivarlo desde niño. Quiera el cielo que no lo aprendan jamás. Lo deben aprender todo. El que quiere abrirse un camino en la vida tiene que armarse para el ataque y la defensa. Entonces viviré siempre Intranquila. ¡ Oh ! ¡ cuánto me disgusta tu oficio !... TELL. La naturaleza no hizo de mi un pastor: es necesario que persiga siempre un objeto fugitivo. Sólo gozo de la vida cuando adquiero algo luchando. HED. ¿Y no piensas en la Inquietud que sufre tu esposa, quien se desespera aguardándote? Lo que se me ha contado de tu peligroso oficio me llena de terror. Cuando sales, mi corazón se estremece porque temo que no volveré a verte. Te contemplo extraviado en esas montañas de hielo; veo cómo saltas los peñascos; cómo el gamo, volviéndose hacia ti, te arrastra hacia el abismo; cómo te sepulta j un alud; cómo el hielo engañador se j desprende sobre ti y te hunde y te ( traga en su fría y horrible tumba. ¡ A y ! ¡la mnerte se apodera con varios modos del cazador de los Alpes: ¡ E s un oficio desgraciado que bordea siempre el abismo! TEIX. El que está alerta, el que está sano y robusto y confía en Dios y en sus fuerzas, evita el riesgo fácilmente. La montaña no asusta nunca a sus hijos. (Ha concluido su trabajo y suelta el hacha.) Vaya: está ya remendada la puerta. Teniendo una lia- 778 SCHILLER nuevos. Lo que sea del emperador combatimos todos p o r un mismo deserá del emperador. E l q u e tenga un recho? señor, que le sirva. WlNK. Creo que no debemos sublevarnos MEIEB. Y O tengo un feudo de Austria. h a s t a el día de Navidad. E s costumFUBST. P u e s rendiréis homenaje a A u s t r i s . b r e e n e s t a pascua q u e todos los vaW E I L E B . Yo pago u n t r i b u t o a los señores de sallos manden presentes a l castillo Rappersweil. del b a i l e : se pueden reunir en él rUBST. Continuaréis pagándolo. diez o doce de los nuestros que no Yo presto Juramento a la abadesa de Ros. sean sospechosos y llevar estoques, Zurich. ya que se prohibe e n t r a r en el casKlRST. D a r é i s al convento de Zurich lo que tillo con a r m a s . A g u a r d a r á en la seles suyo. va un buen golpe de gente, y si aquéSTAU. Yo no rindo m á s vasallaje q u e el que llos se apoderasen de l a s p u e r t a s , ha- , debo al imperio. r á n u n a señal con su bocina y se i r á • F U B S T . Que se cumpla lo debido; pero n a d a allí p a r a g a n a r l a s fortalezas. más. Queremos lanzar de esta t i e r r a MEL. Yo escalaré la de Rosslierg: me hallo a los bailes y destruir l a s fortaleen relaciones con u n a de sus mujezas ; m a s esto, a ser posible, h a y q u e r e s y le pediré u n a cita de n o c h e ; hacerlo sin derramamiento de san cuando esté en ella h a r é q u e suban gre. Que el emperador se convenza mis amigos. de que sólo la necesidad nos obliga R E M N O . ¿C<mvenís todos en que la sublevaa la lucha. Si ve que no salimos de ción se aplace? nuestros justos límites quizá, aunque no sea m á s que por política, d e (La mayoría levantan la mano.) m i n a r á su cólera; el pueblo que muestra moderación a u n desenvaiSTAU. (Contando los votos.) E s l a mayonando la espada, se hace siempre r í a : veinte contra doce. temible. FUBST. Si en el día señalado caen en nuesR E D I J I G . Pero veamos: ¿cómo llevaremos a tro poder los castillos, levantaremos cabo n u e s t r a empresa? El enemigo hogueras en l a s cumbres de los monestá bien a r m a d o y no cederá fáciltes. L a revolución será proclamada mente. en los cantones. Si los bailes ven que STAU. Cederá si nos levantamos en a r m a s : nos levantamos en a r m a s , creed que le sorprenderemos a n t e s de que esté renunciarán a la lucha y abandonapreparado. r á n este país. MEIEB. Lo q u e decís e s t á b i e n ; pero e s difíSTAU. E l que ofrecerá m á s dificultades cil hacerlo. Nuestro país se halla doserá Gessler: rodeado de sus jinetes, minado por dos fortalezas que seres hombre temible: no a b a n d o n a r á v i r á n de refugio al enemigo. Si el su puesto sin verter sangre. E s direy cae sobre él será temible. Los fícil, ya que no peligroso, el l u c h a r castillos de Rossberg y de Sarnen con u n hombre del carácter de Gessdetien ser nuestros a n t e s de subleler. v a r los t r e s cantones. BAUM. Allí donde sea mayor el peligro, allí STAU. Si t a r d a m o s mucho, seremos descue s t a r é yo. Tell m e salvó l a vida y l a biertos. H a y demasiada gente iniciasacrificaré a mi p a t r i a . d a en el secreto. R E D I N G . E l tiempo es gran consejero. AguarMEIEB. Aquí n o h a y t r a i d o r e s . dad con calma. Algo se tiene que E l m á s e n t u s i a s t a de n u e s t r a s liberRos. confiar a la inspiración del moment a d e s , sin querer, puede echarlo a to. P e r o v e d : el brillante fanal de r o d a r todo. la a u r o r a tiñe ya l a s m á s a l t a s cumFUBST. Si t a r d a m o s en obrar, la fortaleza de bres. Separémonos antes de que nos Altdorf q u e d a r á t e r m i n a d a y en ella sorprenda aquí la luz del día. se fortificará el baile. No h a y á i s m i e d o ; la noche deja con FUBST. aiEIEE. N o p e n s á i s m á s q u e en vosotros. l e n t i t u d el valle. SAC. Y vosotros sois m u y injustos. MEIEB. (Interrumpiendo.) ¡Nosotros injus(Todos se descubren y contemplan t o s ! ¿Y U r i se a t r e v e a declararlo? en reliyioso silencio el purpúreo R E D I N G . ¡ Calma, federados, calma ! P e n s a d en albor de la mañana.) n u e s t r a causa. MEIEB. C i e r t a m e n t e : que Schwyz y U r i nc Ros. P o r esa luz que saludamos nosotros, ^ riñan. los primeros de todos los pueblos que . K E D I N O . N O t u r b é i s l a p a z con violencias. ¿No viven debajo de estos montes respl- GUILLERMO MEIEB STAUF. MEL STAU, CON. MKIKK. STAU. WlNK. (A stauffacher.) ¿Quién n o os conoce en los t r e s cantones? Yo soy Meier d e S a r n e n : h e a h í a S t r u t h de ^\•inkel^led, el hijo d e m i hermana. No m e son desconocidos estos nomores. Un Winlíelried m a t ó el dragón de la laguna de Weiler y pereció e n la contienda. E r a mi abuelo. (Indicando dos hombres.) Éstos h a bitan m á s a l l á de la selva: son vasallos de la abadía de Engelberg... No los despreciéis p o r siervos y porque no son dueños de sus t i e r r a s . A m a n la p a t r i a y gozan de buen nombre. (A los dos hombres.) Venga vuest r a mano. Feliz el que está l i b r e ; pero la lealtad se halla también en los siervos. Aquí tenéis al caballero Reding, n u e s t r o antiguo l a n d a m m á n . Le conozco. E s mi adversario en u n l i t i g i o ; pero sl somos enemigos a n t e la justicia, aquí seremos amigos. (Le tiende la mano.) Me place t a l lenguaje. ¿No oís? Y a llegan. Escuchad l a t r o m p a de U r i . (A derecha e izquierda de la escena se ven hombres que descienden con linternas sordas por entre los peñascos.) MAUEK. BAUM. Ved al buen servidor de Dios, a su digno párroco. No ha temido la fatiga del camino ni la oscuridad de la noche, p a r a velar como buen pastor por su pueblo. Viene también con él el sacristán de la parroquia. Veo también a Walter F u r s t ; pero no a Tell el cazador. WALTEB FUBST, el cura ROSSELMÁNN, KuoNi el pastor, W E B . M el cazador, RuoDi el pescador, el S A C R I S T Á N y otros hombres en número de treinta y tres se acercan a la loguera. FUBST. MEL. ¿ A S Í , pues, en nuestra misma tierra, en el paterno suelo debemos c a m i n a r furtivamente entre la oscuridad de la noche que presta su negro m a n t o a la conspiración y al crimen, como si fuéramos asesinos, siendo a s í q u e venimos p a r a reconquistar n u e s t r o derecho m á s claro y m á s brillante que la luz del sol? ¿Qué importa? Lo que se t r a m e en las sombras de l a noche, b r i l l a r á TELL 775 alegre a n t e el resplandor del día. Oíd, confederados, u n a idea q u e el cielo a no dudarlo me inspira. Vamos a r e u n i m o s en asamblea y podremos consirerarnos r e p r e s e n t a n t e s de todo u n pueblo. Obremos conforme a n u e s t r a s a n t i g u a s c o s t u m b r e s : lo que sea ilegal q u e d a r á excusado por l a s necesidades de los tiempos. STAU. E s t á b i e n : sigamos n u e s t r a s costumbres. Aunque sea de noche, n u e s t r o derecho resplandece. A pesar de que no e s t a m o s todos, el MEL. corazón d e todo u n pueblo nos acomp a ñ a . Los mejores se h a l l a n presentes. CON. Y sl n o tenemos a mano los Ubros antiguos, los llevamos escritos en n u e s t r o corazón. Ros. ¡ E a ! Haced círculo. P l a n t a d l a s espadas. M.\UEB Que el alcalde ocupe su sitio y q u e se coloquen a su l a d o los secretarlos. S A C B I S , T r e s son los pueblos. ¿A cuál de ellos corresponde presidir la asamblea? MEIEB. E s t a distinción puede disputarla Schwyz con U r i ; nosotros, los de Unterwalden, renunciamos a ella. MEL. Nosotros renunciamos también. Hemos venido a suplicar, pedimos ayuda a los amigos m á s fuertes. STAU. Tome, pues, Uri la espada. Su bandera nos guía en las expediciones del Imperio. FUB.ST. El honor de llevar la espada lo compartiremos con Uri, porque de su linaje todos nos enorgullecemos. Ros. Dejadme solucionar amistosamente este noble forcejeo. Schwyz guiará el Consejo, Uri el campo. FURST. (Presentando las espadas de Stauffacher.) Tomad, pues. STAU. Yo no, que este honor sea p a r a el más anciano. -JORG. Quieií tiene m á s años es Ulrich el Herrero. M A U E B . El hombre vale, pero no es libre, y en Schwyz ningún hombre qne no sea libre puede ser Juez. ¿No está aquí el señor Reding, el ST.U-. antiguo alcalde? ¿A qué, pues, buscar uno que sea m á s digno? Sea, pues, el alcalde y el caudillo FUBST. del día. Quien esté conforme que levante la mano. (Todos levantan la mano.) Ros. REDINQ. No puedo poner mi mano sobre los libros, pero j u r o a lo más alto, a l a s estrellas eternas, que j a m á s me apart a r é de l a Justicia. (Colocan ante él 775 STMJ- STAt SCHILLER las dos espadas. Los presentes forsus costumbres primitivas y los homman circulo a .su alrededor: ScJiwyz bres de Schwyz se reconocen entre permanece en medio, üri a la deretodas las razas extranjeras que se cha, Vnterwalden a la izquierda; él han establecido en el p a í s : su corase apoya sobre la espada.) ¿Qué e s zón y su sangre son siempre los mislo que hace reunir a los tres pueblo? mos. (Tiende la mano a cuantos foraquí, en la inhospitalaria orilla del man círculo.) lasco, a la hora de los fantasmas? MAUER S í : forman un solo corazón y una ;.('nál ha de ser el fin de la nueva sola sangre. alianza que fundamos ahora bajo el TODOS. (Tendiéndose las manos.) Somos un cielo estrellado? pueblo solo y queremos vivir inde(Entrando en el circulo.) Nosotros pendientes. 'laudamos una alianza: resucitamos STAU. Otros soportan el yugo extranjero. la fundada por nuestros padres. SaSe han sometido al vencedor: hay bedlo, confederados: aimque el lago en nuestro mismo país hombres que y la montafia nos separen y que catransigen con la tiranía y legan su da pueblo se gobierne con indepenservidumbre a sus hijos. Pero nosdencia, todos pertenecemos a una otros, la raza de los viejos suizos, misma raza y a una misma s a n g r e ; hemos conservado la lil)ertad constodos somos hijos de una misma patantemente. No doblamos la rodilla tria, ante los príncipes: hemos aceptado .^sí, pues, conforme s e dice en nuesla protección del emperador de un tros cantos populares, nuestros pamodo libre. dres vinieron a ese país desde muy Ros. Sí; y esto se halla consignado en la lejos. Comunicadnos lo que sepáis carta de Federico II. acerca de esto, i Que la antigua STAU. Pero el más libre no carece de setior. alianza fortifique la nueva! Tiene que haber un jefe, un juez suOíd lo que se cuenta. En un país del premo, que administre justicia. H e Norte, había un noble pueblo que viahí por qué nuestros abuelos presvía en gran miseria. Su asamblea taron homenaje al emperador de resolvió que de cada diez habitanAlemania y Italia, y cómo los ciutes uno de ellos saldría del país dadanos libres le han prometido el decidiéndolo la suerte. Hízose así y servicio de sus armas, Éste es el los diezmados, hombres y mujeres, único deber del hombre libre: proabandonaron su patria gimiendo y teger siempre al emperador que l e llorando y se dirigieron a manera de protege. ejército liacia el mediodía de EuroÍMET.. Hacer más e s servidumbre. lia abriéndose paso espada en mano STAI . Siguieron la bandera del imperio a través de la Alemania, llegando cuando se llamó al ejército y luchaa este país de altos y escarpados ron en los combates. Fueron a Itamontes hasta que se detuvieron en el lia donde ciñeron la corona de Roagreste valle donde entre verdes prama en la frente del monarca. En su dos corre el Muotta. En él no se veían país se gobernaban. conforme a sus las huellas del hombre. Sólo enconleyes y costumbres, y únicamente se traron una choza solitaria donde concedía al emperador la alta Jurisvivía un guardián del lago. Pero dicción criminal. Cuando se cometía este rugía violento y n o era naveun delito, se le llamaba y admini.sgable. Entonces examinaron con de traba justicia, ¿Hay en ello trazas tención el país, vieron grandes b o s de servidumbre? Si alguien cree otra ques, descubrieron muchas fuentes y cosa, que hable. creyeron que habían vuelto a enconJoRa. trar su querida patria; edificaron la N o : es tal como decís. Nunca se ha aldea de Schwyz y desmontaron no admitido el despotismo entre nossin pena sus bosques. I.uego, cuando STAU. otros. la tierra no produjo lo bastante paCuando no se quiso hacer justicia a ra sostenerles, se extendieron por los sacerdotes, nos rebelamos contra nuestros montes hasta el Weisland, el monarca. Esto suoedió cuando donde, abrigado tras hielos eternos, los monjes de Einsiedeln reivindicaotro pueblo habla otra lengua. Consron los prados en que se alimentatruyeron la aldea de Stanz en el ban los rebaños de nuestros padres, Kernwald, a lo largo de Altdorf y en "Si el imperio se resiste a hacer jusel valle de Reuss. Mas vivieron con ticia, dijeron éstos, iremos a nuestras montañas." Y ahora bien: ¿|o- GUILLERMO portaremos nosotros un nuevo yugo? ¿Permitiremos que un vasallo extranjero obtenga de nosotros lo que no pudo alcanzar el emperador mismo? Hemos creado este suelo con el trabajo de nuestras manos; la vieja selva que fué guarida de osos, se ha transformado en habitación para los liombres; matamos el dragón que infectaba la laguna con su mortífero aliento; hemos destrozado el velo de niebla que se cernía en este país salvaje; hemos derrumbado peñascos y levantado puentes que ofrecen al viajero libre y seguro p a s o ; este suelo es nuestro por la posesión de muchos siglos, y a pesar de todo esto, un vasallo extranjero quiere forjar nuestras cadenas. ¿Es esto admisible? (Obsérvase mucha agitación en todos.) N o : el despotismo tiene s u s límites. Si el oprimido no halla justicia, si el fardo de la tiranía se le hace insoportable, recurre lleno de confianza al poder del cielo, y reivindica su derecho que es como sus estrellas inmutable. La vieja costumbre de luchar el hombre con el hombre resucitará entre nosotros. Siempre nos quedará nuestra espada con la cual defenderemos nuestro derecho. ¡ Combatiremos por la patria, por nuestras mujeres, por nuestros hijos! TODOS. Ros. ¡MAUK-R, BuRK REDINO. AR.\, FEUE. MEIER. MAUER. MEL. (Golpeando sus espadas.) ¡ Combatiremos por nuestras mujeres y por nuestros hijos! (Entra en el circulo.) Antes de desenvainar la espada, reflexionad maduramente. Quizá se podría entrar en arreglo con el emperador. Sólo tenéis que pronunciar una frase para que los tiranos que hoy os oprimen os adulen. Separaos del imperio ; reconoced la soberanía de Austria. ¿Qué dice el cura? ¿Prestar nosotros juramento a Austria? ¡ No le escuchéis! ¡El que tal aconseja e s un traidor! ¡ Calma, federados! ¡Soportar el yugo de Austria después de tantos ultrajes! ¡ Dejaremos arrebatarnos por la violencia lo que no queremos ceder a la dulzura! En tal caso fuéramos esclavos y seríamos dignos de serlo. El que hable de someternos a Austria, que se le excluya de la confederación suiza. Y que s e l e prive de gozar honores TELL 777 y que nadie le reciba nunca en su hogar. (Levantando la mano derecha.) ¡Que esto sea l e y ! RED. Lo será. Ros. Con ella seréis libres: Austria no úebe alcanzar por violencia lo que no ha obtenido con amistosas demandas. RED. Confederados: ¿se han intentado los medios conciliatorios? Quizá el emperador no lo sabe y estamos sufriendo sin él saberlo. Antes de desenvainar la espada, elevaremos hasél nuestras quejas. La violencia es siempre horrible hasta en una causa justa. Dios no ajTida cuando no se ayudan los hombres. STAU. (A Conrado JHunn.) Cuenta lo que sabes. Habla. 2o.\. Fui a Rheinfeld, al palacio del e m perador, para quejarme de la dureza con que nos tratan los bailes y poseer la carta de nuestras antiguas liliertades que cada nuevo emperador confirma. Encontré allí gran número de mensajeros de las ciudades de Suabia y de las orillas del Rin que habían ido por sus cartas y que regresaban llenos de alegría a su patria, Pero a mí, e s decir, a vuestro mensajero, se me hizo entrar en el consejo y se me dieron vanas excusas. "El emperador, se me dijo, no ha podido firmar aún vuestra carta; la firmará otro día," Y como yo atravesara lentamente las salas del real alcázar vi al duque Juan que lloraba ; cerca de él estaban los nobles señores de Wart y de Tagerfeld, que me llamaron y dijeron: "Ayudaos vosotros mismos. No esperéis del emperador justicia, ¿No despojó a su hijo de su corona? ¿No detenta su herencia? El duque reclamaba los bienes d e su madre; tenía edad para ello. ¿Qué respuesta obtuvo? El emperador ciñó a su cabeza una corona de flores y dijo: "¡He ahí la gloria de la juventud!" M A U E R . Ya lo oís. No aguardéis justicia del emperador: ayudaos vosotros mismos. TODOS. UEDING. HURST, N O queda otro medio. Ahora discurramos lo necesario para salir bien en nuestra empresa de libertad y de justicia. (Entra en el círculo.) Rechazaremos un yugo odioso; guardaremos nuestros antiguos derechos tal como los recibimos de nuestros padres, sin que tratemos de conqaistar otfOS DIVULGACIÓN CIENTÍFICA til menos HIGIIKA, TKGPAIIOKA 1- y ISBFATH;AKLB DIVULGACIÓN CIENTÍFICA Gracias a sus raices trepadoras, la hiedra se encarama f á c i l m e n t e por piedras y rocas. Una r a m a de hiedra en flor. En esas ramas es donoe se produce la flor de la hiedra, que aparece en otoño. Son flores de un verde pálido, agrupadas en racimos y tan llenas de miel que los insectos acuden a ellas en gran número. Pasado cierto tiempo estas flores producen unas bayas verdes que poco a poco se van obscureciendo hasta adquirir un tono de púrpura profundo. casi negro. E s cl fruto invernal de la hiedra. También estas bayas atraen poderosamente a los pájaros, que, al mismo tiempo, encuentran un buen refugio entre las ramas. flsi, la hiedra, útil para el hombre porque a d o r n a sus jardines y Ic da el tesoro de su sombra, es más útil aún para los pájaros, a los que proporciona alimento y abrigo. A la Izquierda del tallo se ven las pequeñas raices trepadoras de la hiedra. por SUS troncos es iólo porque éstos le ofrecen un apoyo firme. La hiedra puede c a u s a r daño a los árboles, p e r o s ó l o cuando son jóvenes, pues entonces, al enroscarse a sus tiernos troncos, los puede asfixiar. En las paredes causa también a veces excoriaciones que perjudican al muro, pues merman su resistencia, pero, en compensación, hay muchas paredes ruinosas que se sostienen gracias a la maraña protectora que tiende en torno de ella esta planta ansiosa de abrazarlo todo y de elevarse en busca de luz. La hiedra tiene una curiosa particularidad, y es la de que sus hojas se sitúan de modo que reciben todas y de pleno la luz del so!, fl esto es a lo que se llama «mosaico de h o j a s . . Dan la sensación de hat)€rse puesto de acuerdo unas con otras para formar ese «mosaico» que les asegura a todas la luz que para ellas es vida. Estas hojas son de un color verde obscuro por encima, y verde pálido por debajo. El tono lustroso de su superficie da una grata impresión de frescura. Y como además crece y se extiende con rapidez y abundancia, se cultiva en muchos jardines para tapizar muros y empalizadas y cubrir cenadores y glorietas. E n est a s últimas la hiedra representa un doble papel, pues, además de adornar, proporciona fresca sombra en los dias calurosos. De la maraña que forma la hiedra se destacan algunas ramitas que no parecen tener el instinto de enredarse con las demás. Lat hojas de esta planta saben situarse de modo que el sol les dé de pleno. EN LAS ^ A R I O era la desesperación . de sus padres. Tenía ocho anos, uno menos que José Luis, ei nino d e los señores d e CamPomanes, sus vecinos, y entre uno y otro mediaba un abismo. LO$ . N o e.ra que Mario fuese menos imeligente que José Luis: era que no estudiaba. Aprendía las lecciones d e prisa y corriendo, entre qlase y clase. ¿No era una lástima que pudiendo saber mucho s e contentara con salir del paso, con saber lo inCjispensable para que los profesores no le pusieran malas notas en las hojas que enviaban mensualmente a los pap a s d e los alumnos? En cambio, allí estaba José Luis, tan estudioso, tan seriecl'o. Daba gusto oírle hablar. —Hola, José Luis. —Buenas tardes, don Manuel. ¿Cómo está usted? - B i e n ; ¿y tú, rico? —Bien, muchas gracias.— Después callaba y no decía; pada como no le preguntasen. Obedecía siempre a las personas mayores. No hacía el mefior ruido cuando jugaba. No pedía nada nunca. Siempre c o Jfecto, siempre formal. Era, en nn, un niño modelo. Pues bien, aquel niño modelo no podía Mario digerirlo. Y sus papas, empeñados en que fuera a jugar con él. Ma•^io procuraláa siempre evadirse. —Acabo d e ver a José Luis y t e está e s perando— le decía, por e emplo, su padre. — M e duele un p o c o a cabeza, papa. —Entonces, a la cama. — N o hace falta. En cuanto nw d é el aire un p o c o se me quitará. — Y s e iba a la calle a jugar con el «Rojo». Esto es lo que sacaba a su papá d e sus casQIas. — | A jugar con José Luis, o a la cama!— Y Mario, i qué remedio!, se iba a jugar con José Luis. ¡Qué aburrimiento. Señor! . — N o te sientes encima d e la caja, Mano, que se puede romper... N o arrastres la punja d e los zapatos, que mi nermanita duerme. N o m o ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ S les el d e d o para pasar las nojas del cuaderno. Ese ; libro no lo toques, que e s de papá.— Un día, Mario se dijo resueltamente: «Esto s e acabó.» . Y produjo un considerable destrozo en los juguetes d e José Luis. Desd e entonces el vecino no lo volvió a llamar. Los padres d e Mario se enteraron y lo tuvieron castigado a no salir d e casa en tres días. Pero aquellos tres días pasaron, y Mario se vio libre del Castigo y d e la pesadilla d e José Luís. En seguida fué a comunicar si Rojo el feliz resultado del ardid. —Primero le di un puntapié al rompecdt)«zas, d e s pués le machaqué un vagón del ferrocarril... ¡Si hubieras visto la cara que puso! —i Chócala!— El Rojo era el hijo del guarda d e unas tierras certanas al chalet en que vivía Mario. El pobre Rojo era bastante feo y so pelo colorado —de aquí el mote— presentaba siempre un desorden lamentable. No iba del todo limpio y los remiendos y los A M I C ARIO desgarrones alternaban como adorno d e sus vestidos. Como no había ido al c o l e gio ni una sola vez, aunque tenía d o s años más que Mario, no sabía ni siquiera el abecedario. Todos estos defectos eran gravísimos para la familia d e Mario, pero para él niño no eran ni siquiera d ^ e c t o s . ¿Qué le importaba a él que s e peinara o se dejara d e peinar, que llevara zapatos o alpargatas, que supiera leer o no, si con él pasaba las mejores horas d e su vida? Si su papá hubiera sabido lo difícil que era subirse a los árboles y hubiera visto la ligereza con que el Rojo trepaba hasta las ramas más altas, no habría tenido Los amigos del hombre más remedio que admirarlo. N o h a b í a ido Pág al colegio, 7 , p e r o sabía muchas cosas que jamás podría saber José Luis. Por ejemplo, cazar grillos. El Rojo se echaba al suelo, aguzaba el o í d o para localizar el canto, se deslizaba silenciosamente, c o m o un gato, levantaba la mano y, cuando la dejaba caer, era seguro q u e debajo estaba el grillo. Y con la misma facilidad cazaba lagartijas, y caballitos del diablo, y saltamontes. Hasta los rústicos juguetes del Rojo eran para Mario m o tivo d e admiración. ¡Cuántas v e c e s le dejaba la bicicleta a cambio del carretón que su padre, el guarda, le había construido con maderas v i e jas ¡Y cuántas v e c e s habia cambiado su panecillo d e Viena con jamón por la rabanada d e pan moreno con aceite q u e invariablemente c o n s t i t u í a la merienda del Rojo! Esto era lo q u e más indignaba al padre d e Mario. —i Q u e siempre hayas d e preferir lo malo a lo buerro!— Y Mario miraba a su papá sin, comprenderle, porque p a ra él lo bueno era el carretón y el pan con aceite. De la bicicleta y del jamón estaba hasta la coronilla y le parecían dos cosas francamente detestables. Un día ocurrió en casa dei guarda a l g o que conmovió profundamente a los d o s amíguítos. Cuando regresaron d e una d e sus frecuentes correrías, s e encontraron con que ia perra del Rojo estaba rodeada d e perritos. Se arrodillaron junto al cajón. —i Hay uno d e color café! —¡Y uno negro! —jY d o s blancos! —jMira, mira cómo tiemblan! —¿Será d e miedo? —fes q u e tienen frío —intervino la madre del Rojo—. N o los saquéis del cajón. —Pues y o n o t e n g o frío ^^^^^^^^ — dijo Mario. —Pero ellos sí, hombre. ¿No v e s que son tan p e queños? Además, n o hace muy buena tarde. Si tenemos e s t e tiemp>o e n s e p tiembre, en enero nos vanios a helar. — Al día siguiente, el Rojo y Mario hicieron más d e cien visitas al cajón d e los perros. Los acariciaban, los besaban, los tenían en brazos. Mario estaba enamorado dei d e color café. Y el Rojo, en un rasgo d e generosidad, exclamó: —Voy a decirle a rr.i madre que te lo d é . — Echó a correr y volvió en seguida saltando a l e gremente. —Mi madre dice que t e lo p u e d e s llevar, pero q u e no le d e s más q u e leche. —Yo t e regalaré a ti la pelota d e goma— prometió Mario conmovido. • Poco después, s e presentaba en su casa con el perrito e n brazos. —¡Mira, papá! M e lo ha regalado la madre d e í Rojo. N o p u e d e tomar más que leche. — Y aquel entusiasmo, aquella emoción, aquel fulgor d e alegría q u e iluminaba Í(6)ESÍ:UEIA3 los ojos del niño, se apagó ante esla réplica seca y terminante: —¿Un perro? ¡No quiero perros! —¿Por qué, papá?— preguntó Mario con angustioso desaliento. —¡Porque no! ¡Todo lo ensucian, crían parásitos, huelen mal! ¡No quiero perros! —Papá, es que... —No repliques. Ahora mismo vas y lo devuelves. — Mario bajó la cabeza y salió de casa con el perro en brazos. Anochecía. Cruzó el jardín. Ya iba a tirar de la puerta de hierro, cuando se detuvo. ¿Y si lo escondiera? Por lo menos sería suyo durante algunos días. Sí, sí. En la parte de atrás había un cajón donde el jardinero guardaba las herramientas. Allí estaría seguro. Todo el jardín recorrió con el perrito en brazos. Sacó las herramientas del cajón y d e p o sitó allí su pequeño tesoro. —Ahora —le dijo— a dormir y a callar, pues si nos descubren, nos hemos lucido. — Y volvió a la casa, cenó y se acostó, lal vez para soñai en su perrito de color café. V A cruzaba el jardín en dirección al au' to, como todas las mañanas, cuando el papá de Mario se detuvo. ¿Qué rumor era aquél? ¿Quién llorabta en el jardín? Se desvió hacia un lado de la casa y, por el camino lateral, llegó hasta la parle posterior. Allí se detuvo, extrañado. Mario estaba echado en el suelo. Sus bracifos descansaban sobre el borde de un cajón y servían de almohada a su cabeza. Lloraba, lloraba desconsoladamente. Los sollozos repercutían como sacudidas en el cuerpo del niño. Nunca, nunca había conocido el papá de Mario una pena tan profunda y desgarradora. Se acercó un poco más y vió que dentro dei cajón estaba, rígido e inmóvil, el perrito de color café. Lo comprendió todo. Mario lo había ocul- tado allí la noche pasada, en vez de devolverlo, y el animalito había" muerto de frío. El papá de Mario se sintió contagiado de aquel dolor y experimentó una especie de amargo remordimiento. ¿Por qué? No se detuvo a averiguarlo. Lo que nizo fué marcharse a toda prisa y regresar media hora después con un perrito muy semejante a aquel que había muerto al faltarle el calor d e la madre. Era también de color café y tan chiquitín como et otro. — ¡Mario, hijo mío! Mira lo que fe ha comprado papá. Este no se morirá porque lo cuidaremos mucho. — Y se arrodilló junto al niño, y le enjugó los ojos con su pañuelo, y le besó en la frente... Y aun hizo más. Le dijo: —¿Sabes lo que he pensado? Que le regales al Rojo la bicicleta. V o / a decirle al c a r p i n t e r o que te construya un carretón. — José BAEZA Cómo obtenemos agua los habitantes de las ciudades IJJ FltCHAi INDICAN lA DIRECCIÓN DI LA Podemos obtenerla de los n o s y lagos o de los depósitos subterráneos que se forman a consecuencia Oe las filtraciones. En el primer caso basta atrir un canal para conducir el agua a los tanques de reposo. t n el segundo, se precisan pozos artesianos o bombas para elevar el agua a la superficie. También son CORZIENJE. TUBO CENÍ UAL necesarias tos bombas para llevar el liquido a los canales cuando el nivel del rio baja. El agua extraída de las profundidades de la tierra suele llegar a la superficie purificada, al filtrarse por las distintas capas de aquélla. El agua de los rios o los lagos pasa primero por unos filtros y después por otros y de alli, por medio de bombas, se conduce a depósitos que se iiallan en las cercanías de las ciu dades, a la mayor altura posible, con objeto de que el a g u a , al buscar en las casas el m i s m o nivel que tiene en los depósitos, suba por les tuberías hasta los pisos m á s altos. HISTORIA, I V E Y E N D A Y T R A D I C I Ó N f ROYA, Ic* antiquísima ciudad del extremo noroeste del Asia Menor, estuvo sitiada P"^"^ los griegos durante diez años, pero P conseguir q u e los froyanos se rindieran, entonces los griegos idearon un plan para sogañar y vencer a los enemigos. Construyeron un enorme caballo d e madera en cuyo vientre p u d o alojarse buen número soldados y lo llevaron a las puertas, d e la ciudad. Allí lo dejaron los griegos y en seguida se retiraron a sus naves para h a cer creer a los troyanos q u e abandonat>an el sitio. Los sitiados abrieron entonces las puertas d e la ciudad y el asombro fué qeneral al ver el magnifico caballo. ¿ Q u é signific a l M aquella colosal figura a b a n d o n a d a por los griegos? Entonces se presentó un qru- p o d e troyanos con un soldado e n e m i g o , al q u e hatjían c o n s e g u i d o hacer prisionero. Interrogado éste, explicó q u e el enorme caballo era un homenaje rendido por los griegos a Minerva para q u e les asegurase un buen viaje d e regreso. Su gran tamaño impediría q u e los troyanos s e a p o d e r a ran d e él, pues n o cabía por la gran puerta d e la ciudad, cosa q u e habian tenido H I S T O R I A , L E Y E N D A Y T R A B U C I O N Dos mil quinientos años de la historia de la música Berlín hay un m a g E Nnifico Museo Musical donde se conservan más (íe cuatro mil valiosos instrumentos, que representan dos mil quinientos años de la historia de la música. Allí está, cuidadosamente g u a r d a d o cn una vitrina, el cémbalo de Sebastián Bach, tan lleno de evocaciones para los amantes de la música. Hl cémbalo es cl precursor del actual piano. Su tecUido estaba dispuesto en dos filas y las teclas eran también blancas y negras. Los había de varias clases y cada una tenía su denominación propia - c é m b a l o de amor, cémbalo angélico, etcétera—. El de Bach era de los llamados de pedal, y p a r a él escribió buen número de sus magníficas composiciones, Juan Sebastián Bach (1685-1750) fué uno de los más g r a n d e s genios musicales que ha habido cn ci mundo, Eu su obra puede encontrarse el punto de partida de todas las Innovaciones realizadas eu la música por los compositores que le siguieron. Empezó siendo organista y para órgano compuso fugas, tocatas, preludios de un!» belleza que raya en lo grandioso y de una técnica tan elevada, que bien puede decirse que alcanzó un punto no Igualado jamás por nadie en las composiciones p a r a dicho instrumento. Bach alcanzó la época en que el piíino/orte empezaba a desterrar al ccmlwlo e instrumentos similares, y También está en dicho museo el piano de Mcndelssohn, otro g r a n músico alemán, hijo de un acaudalado banquero que pudo darle una educación completa y esmerada. Así pudo adquirir una sólida cultura que. sin duda, tavoreció el rápido desarrollo ue su^» aptitudes musicales. Por cierto que las primeras lecciones de música las recibió de su El plano de viaje de Federico el Grande podia pleg a r l e , con lo que n o abultaba m á s que una m a l e t t , A l m i s m o dueño perteneció la flauta que se ve sobre el p i a n o . El estuche de la izquierda c o n t i e n e piezas de r e c a m b i o . Beethoven, pero desde que fué la señora de Schumann se dedicó a interpretar las de su marido y las de Chopin. Y también puede verse el piano de Carlos ,Maria Weber, el famoso compositor alemán tuyo nombre ha recorrido todo el mundo acompañado de su ópera «Der Freischutz», Pero no son sólo recuerdos de los genios musicales lo que contiene el interesante museo, sino también instrumentos que tienen un valor histórico o que pertenecieron a altas personalidades que no practicaban la música como profesión. En tal caso están el riquísimo piano de M a n a Antonieta y cl de viaje de Federico cl Grande, curioso instrumento que se podía plegar y no a b u l t a b a más que una maleta. Son curiosísimos los instrumentos de adorno, de lormas caprichosas, como el violínbastón, el violín-abanico. etcétera. Generalmente estos instrumentos eran valiosos objetos de adorno y de lujo, con sus incrustaciones de marfil y de piedras preciosas. A la serie dfe instrumentos curiosos pertenece el llamado «orphica», combinación de arpa, laiítl if piano, adecuado para excursiones. La . o r p h í k a . , raro instrum e n t o adecuado para viajes y excursiones, y que era u n a c o m b i n a c i ó n de arpa, laúd y p i a n o portátil. madre, lo que parece indicar que la vocación musical de Mcndelssohn fué hereditaria. A los once años componía ya con gran soltura e inspiración. Sus . R o m a n zas sin palabras» p a r a piano son, e n t r e s u s composiciones, las que más fama han alcanzado. Mcndelssohn nació en H a m b u r g o en 1809 y murió en Leipzig en 1817. E s U arpa egipcia es reconstrucción de la a u t é n t i c a que se ve en el fondo, a la Izquierda y que tiene v . i n t l c l n c o siglos de antigüedad, también dejó escritas para piano, o b r a s que han pasado a la inmortalidad. Las composiciones de este gigante de la música se cuentan por centenares, pues su obra fué tan asombrosa en calidad como en cantidad. los griegos muy en cuenta, p o r q u e un profeta les había a u g u r a d o q u e si el caballo entraba en la ciudad d e Troya, los troyanos derrotarían a los griegos. Así habló el prisionero, cumpliendo órd e n e s d e sus jefes, q u e le habían aleccion a d o antes d e q u e se dejara coger por los troyanos para q u e se siguiera cumpliendo el ingenioso pian q u e había d e terminar con la derrota d e Troya. Lo q u e los griegos querían era q u e los troyanos entraran ei cát>allo e n la ciudad. El p i a n o de C l a r a Schumann es otra de las joyas que se conservan La m á s valiosa en el Jttusco Musical de Berlin. Clara fué la esposa del g r a n compositor Roberto Schumann, pero antes de casarse con él era ya muy conocida como pianista en los círculos musicales. Tenia grandes aptitudes p a r a la música. Así lo demuestra el hecho de que a los diez años diera ya conciertos en público. Siendo soltera se distinguió como intérprete de las obras de Desde el punto de vista histórico hay instrumentos valiosísimos entre los que destaca un arpa egipcia que d a t a de hace dos mil quinientos años. V asi, hasta cuatro mil instrumentos que van haciendo desfilar a n t e los ojos del visitante siglos y siglos de la historia de la pues para ello habrían d e derribar un trozo d e muralla d e j a n d o un h u e c o por dond e podrían penetrar los asaltantes. Y si además podían salir del vientre del caballo los q u e se ocultaban allí y abrir las puertas d e la ciudad, mejor q u e mejor. Después d e algunas vacilaciones, s e cumplieron íos d e s e o s d e los griegos, p u e s los troyanos introdujeron el caballo en la ciud a d d e s p u é s d e derrit>ar un trozo d e muralla. Y por la ncx:he, cuando en Troya remaban la obscuridad y el silencio, los soldados griegos salieron sigilosamente del caballo y abrieron las puertas d e la ciudad, por d o n d e entraron en alud los sitiadores, q u e habían d e s e m b a r c a d o y esp>eraban ocultos en las cercanías d e las murallas. Los troyanos, cogidos por sorpresa, sufrieron una gran derrota y la ciudad fué totalmente arrasada. El g r a b a d o representa el instante en q u e los soldados griegos d e s c i e n d e n d e l caballo y se deslizan sigilosamente hacia las puertas d e la ciudacT para abrirlas reliquia det museo: cl címbalo de Baclk. ' Z / ^ VI11 TA A L A í ANTICUA COíaide DXAMO) De nuestro c o n curscNúmero 3 A 'os pocos minutos d e partir d e Bilbao en el ferro^ar^it d e S^n Sebastián, pueo e admirarse el característico paisaje vasco. A un lado y a Qtro d e l,a vía cíel tren se ven verdes praderas donde pacen vacas y ovejas. Junto ^ ellas, ^Igún rapazuelo o algún viejo aldeano miran con 0 | o s curiosos el paso del tren. ^Qn frecuencia cruzamos camPos d e maíz y remolacha, cuyo verdor contrasta con el lOndo formado pot altas montañas d e un tono gris, e n vueltas sus cumbres por la niebla. Diseminados por el campo, ven infinidad d e caseríos con e s e sello especial d e la. arquitectura vasca. De vez en cuando, algún riachuelo, con ^' correr cantarín d e sus aguas, da más amenidad al paisaje. También vemos pequeño» pueblos compuestos d e un Qrupo d e casas apiñadas alrededor d e la iglesia, y en cuyas proximidades s e alzan ""portantes factorías que los están transformando y les dan un carácter industrial. Después d e un viaje d e tres horas y d e nacer dos cambios d e tren, lleganios a '-'ñate, la antigua corte carlista. Todo e s aquí quietud y silencio. Creemos encontrarnos en algún pueblo castellano. Todo, su ambiente, sus calles, sus viejas casonas con escudos d e piedra, guarda semejanza con 'os pueblos d e Castilla. Y también, como en los pueblos castellanos, en la plaza principal, debajo d e tos arcos, bailan as jovencitas los domingos al son del tamboril. Recorro varias calles. To-j «as están desiertas. Sólo encuentro algunos niños q u e hablan entre sí en vascuence y algún cura, que pasa silenciosamente. Está anocheciendo y llueve. Me encamino a la '9'esia y m e d e t e n g o frente a su fachada^ El Un bello rinctfn de las Inmediaciones principal, varias v e c e s restaurada. Tiene una forma un p o c o irregular y es del siglo XVI, menos su torre, que e s posterior. De v e z e n cuando entra o sale alguna viejecita que me mira inquisitivamente. Me decido a entrar y no me pesa. Hay en el altar un gran retablo tan antiguo como la iglesia. Es muy interesante. A los lados hay cios naves ocupadas por dos capillas muy bellas, las cuales poseen dos verjas d e estilo renacimiento d e tsastante mérito artístico. En la d e la derecha hay un s e pulcro d e alabastro digno d e verse, pues es una obra admirable. Después d e recorrer varios rincones d e la iglesia me doy cuenta que algunas mujerucas que están rezando me miran con hostilidad. Sin duda soy un obstáculo para sus rezos, y decido marcharme. c l a u s t r o de la Univcrsidai.' de Oñale. Sigue lloviendo y entro en un café. Para pasar el tiempo entablo conversación con el d u e ñ o y le h a g o algunas preguntas relacionadas con la vida del pueblo. Me entero d e muchas cosas. Son los vecinos en su mayoría g e n t e pudiente. Ante mi extrañeza d e que el pueblo no prospere con unos vecinos adinerados, me explica que la falta d e iniciativa y la vida d e contemplación a que están entregados, con raras e x c e p c i o nes, son la causa d e que permanezca el pueblo c o m o hace siglos. Sus vecinos siguen haciendo la misma vida que hacian sus remotos antepasados, e n contraste con los d e los pueblecitos próximos q u e han sabido crear industrias nuevas y hoy son ricos y poderosos con sus modernas fábricas. Doy por terminada la conversación con ei amable d u e ñ o del café y m e retiro a descansar. Al día siguiente visito la Universidad, obra del arquitecto francés Pedro Picard y fundada por Rodrigo Mercad o y Zuazola en 1540. En un tiempo esta universidad g o z ó d e justa fama y sus estatutos eran los mismos que tenia el c o l e g i o mayor d e San Bartolomé d e Salamanca. Actualmente s e dan e n ella clases d e s e gunda enseñanza. Tiene una bonita fachada con profusión d e hornacinas y figuras, en las cuales va dejando el tiempo sus huellas, t n el interior hay un claustro muy bello, así c o m o unos soberbios artesonados y una capilla con un buen retablo, todo ello e n excelente estado d e conservación, a pesar d e que en la guerra carlista sirvió d e alojamiento a la tropa. Además, e s tuvo en ella la imprenta oficial, pues d e aquí salía la gaceta del gobierno d e d o n Carlos. Otra d e las cosas que m e rece verse al venir a este pueblo e s el palacio d e don Juan d e Garay, que guarda en su interior una valiosa colección d e obras d e arte y muebles antiguos d e mérito. Y tras recorrer todos los rincones del pueblo emprendo el regreso a Bilbao alejándome del espíritu tradicional d e la antigua corte