méxico y la diplomacia multilateral - Foro Internacional

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MÉXICO Y L A D I P L O M A C I A M U L T I L A T E R A L
JORGE ALBERTO
La política
exterior cumple una función
en los pueblos débiles
de catarsis
como el nuestro: tiene en su haber
pocas horas de gloria y muchas, muchas, de
en su
LOZOYA
humillación
pasado.
Antonio Carrillo Flores
E N E S T O S T I E M P O S A T R I B U L A D O S , SE ha puesto de m o d a d e n i g r a r a las
Na-
ciones U n i d a s . D u r a n t e una é p o c a de s u e ñ o s defraudados, se acude al recurso
fácil de la c r í t i c a v i r u l e n t a para expresar l a d e s i l u s i ó n de quienes creyeron que
la c o o p e r a c i ó n internacional de la postguerra s e r í a el sencillo resultado de u n a
c o n c i l i a c i ó n expedita.
E l marcado sesgo negativo de la p o l í t i c a del gobierno de Reagan hacia
el m á x i m o organismo m u l t i l a t e r a l fomenta esta hostilidad simplista. M u c h o
h a n cambiado las cosas desde 1949 cuando el presidente de Estados U n i d o s ,
H a r r y S. T r a m a n , en su discurso de t o m a de p o s e s i ó n prometiera el m á s decid i d o apoyo a la naciente o r g a n i z a c i ó n m u n d i a l , c o l o c á n d o l a a s í en el centro
de las aspiraciones de la política exterior norteamericana. Resulta interesante
que en sus Memorias J i m m y C á r t e r califique ese m o m e n t o como una de las cumbres de la a c c i ó n internacional de Estados U n i d o s . A c t o seguido, el ex mandatario lamenta que en a ñ o s posteriores la Casa Blanca no haya manifestado siempre igual entusiasmo por tan noble causa. " E n vez de p r o m o v e r la libertad
y los p r i n c i p i o s d e m o c r á t i c o s , nuestro gobierno p a r e c í a creer que en la lucha
c o n t r a el m a l , n o p o d í a m o s competir efectivamente a menos que s i g u i é r a m o s
las mismas normas, o la ausencia de ellas, favorecidas por los b r i b o n e s . " E n
1983, en d r a m á t i c o contraste con los a ñ o s cuarenta, el representante alterno
de Estados U n i d o s i n v i t ó a la O N U a retirar su sede de la ciudad de N u e v a
Y o r k , y l a embajadora J e a n e J . K i r k p a t r i c k , jefa de la m i s i ó n norteamerica1
2
1
J i m m y C a r t e r , Keeping Faith. Memoirs of a President, N u e v a Y o r k , B a n t a m Books, 1982, pp.
42-143.
2
E l 29 de septiembre de 1983, el embajador C h a r l e s L i c h e n s t e i n r e c o m e n d ó que las Naciones U n i d a s " z a r p a r a n r u m b o al c r e p ú s c u l o " afirmando que él y muchos norteamericanos irían
gustosos a despedirlas. R e s u l t a curiosa la coincidencia en cuanto al recurso de la m e t á f o r a m a r i -
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na, considera a las Naciones U n i d a s como u n " l u g a r peligroso" en el que los
conflictos tienden a exacerbarse.
E l desencanto del gobierno estadounidense con las Naciones Unidas reflej a , en ú l t i m a instancia, su impotencia ante la e v o l u c i ó n histórica de u n organismo que, en sus inicios, los norteamericanos consideraron sería dócil frente
a sus intereses nacionales y p r o p u g n a r í a u n ordenamiento mundial acorde con
sus postulados ideológicos y políticos. E n efecto, durante la primera etapa de
la v i d a de la O N U , Estados U n i d o s c o n t ó con una m a y o r í a frecuente de votos
simpatizantes, formada por las democracias de E u r o p a Occidental y los países
latinoamericanos. Esa t ó n i c a se reflejó en procedimientos de la Asamblea General casi siempre ordenados de acuerdo con una agenda basada en el consenso d i r i g i d o por Estados U n i d o s ; algo similar s u c e d í a con la o p e r a c i ó n del C o n sejo de Seguridad, donde el aislamiento de la U n i ó n Soviética muchas veces
3
ñ e r a entre el embajador norteamericano y u n texto de este autor en el que compara a las Naciones
U n i d a s , l l a m á n d o l a L a N a v e de los D i p l o m á t i c o s , con la Stultifera navis, la Nave de los Locos que
nadie deseaba anclara en su puerto. Jorge Alberto L o z o y a , " L a nave de los d i p l o m á t i c o s . E l discurso en las Naciones U n i d a s " , Diálogos, n ú m . 107, septiembre-octubre 1982, pp. 23-30.
N o e s t á de m á s s e ñ a l a r que la N a v e no a b a n d o n ó el río H u d s o n y que, decepcionado, L i chenstein afortunadamente r e n u n c i ó a su alto cargo en m a r z o de 1984.
3
S e y m o u r M a x w e l l Finger, " T h e R e a g a n - K i r k p a t r i c k Policies a n d the U n i t e d N a t i o n s " ,
Foreign Afjairs, invierno 83-84, p. 436.
L a idea de que la O N U es u n lugar i n h ó s p i t o para Estados U n i d o s , así como el concepto
de que en el m á x i m o foro internacional los conflictos se exacerban, no son originales de K i r k p a trick. E n 1974 a p a r e c i ó u n libro de A b r a h a m Yeselson y A n t h o n y Gaglione intitulado precisamente A Dangerous Place. The United Nations as a Weapon in World Politics, N u e v a Y o r k , G r o s s m a n .
L o s autores afirman que las Naciones U n i d a s son " u n a a r e n a de combate; [...] las discusiones,
investigaciones, debates y resoluciones [...] no tienen ahora nada que ver con la paz y todo con
el conflicto", p. 3. E n la m i s m a obra se dice que el cambio negativo de actitud de Estados U n i d o s
h a c i a las Naciones U n i d a s resulta, en parte, "de su carencia de utilidad para los p r o p ó s i t o s nacionales [norteamericanos] debida a la d i s m i n u c i ó n de l a intensidad de l a G u e r r a Fría y a la explos i ó n en l a m e m b r e s í a del T e r c e r M u n d o " , pp. 7-8.
E l mismo argumento es repetido por los escritores en su a r t í c u l o " U . S . Foreign Policy a n d
the U n i t e d N a t i o n s " , que aparece en S e y m o u r M a x w e l l F i n g e r a n d Joseph R . Herbert (eds.),
U.S. Policy in International Relations: Defining Reasonable Options in an Unreasonahle World, Boulder,
C o l o r a d o , Westview Press, 1978, pp. 435-448. E x t r a ñ a m e n t e , el embajador norteamericano ante
las Naciones U n i d a s , D a n i e l Patrick M o y n i h a n , p u b l i c ó en 1978, j u n t o con Suzanne W e a v e r ,
u n libro de i d é n t i c o t í t u l o al de Yeselson G a g l i o n e , A Dangerous Place, N u e v a Y o r k , Little.
E n cuanto a que en las Naciones U n i d a s los conflictos se exacerban y globalizan dado que
u n m a y o r n ú m e r o de p a í s e s son inducidos a tomar partido, el concepto es manejado por otros
autores de la ultraderecha como T o m Bethell. L a p e r c e p c i ó n del mundo de Kirkpatrick como campo
de batalla para la c r u z a d a anticomunista puede consultarse en J e a n e Kirkpatrick, The Straiegy oj
Deception. A Study in World-Wide Communist Tacúes, N u e v a Y o r k , F a r r a r , Strauss, 1963. Existe vers i ó n e s p a ñ o l a : La estrategia del engaño, M é x i c o , Libreros M e x i c a n o s U n i d o s , 1964. H a y que ver
t a m b i é n sus obras Dictatorships and Double Standards, W a s h i n g t o n , A m e r i c a n Enterprise Institute,
1982 (obra que le atrajo la a t e n c i ó n de R e a g a n ) y The Reagan Phenomenon and Other Speeches on Foreign Policy, Washington, A m e r i c a n Enterprise Institute, 1983.
E l autor de uno de los artículos incluidos en La estrategia del engaño, Charles B u r t o n M a r s h a l l
( " L o s E E U U y la U R S S en la O N U " ) afirma que " l a causa que m á s conmueve a los nuevos
gobe-nantes que afloran en tropel a las Naciones U n i d a s es el anticoloniaiismo, actitud que sirve
a l a U n i ó n S o v i é t i c a para desfogar su desconfianza, sus quejas y sus ambiciones respecto al m u n do no c o m u n i s t a " , p. 534.
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MÉXICO EN E LMUNDO
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CONTEMPORÁNEO
se e x p r e s ó en el uso inmoderado de su derecho de veto. E n su calidad de Secretario de Estado del gobierno de C á r t e r , Cyrus R . Vanee reconoció que aquellos tiempos h a b í a n terminado:
Cuando nosotros [Estados Unidos] éramos la fuerza predominante tanto en
asuntos económicos como militares —cuando, como a fines de los cuarenta y principio de los cincuenta, contribuíamos con casi la mitad del presupuesto de las
Naciones Unidas— no cabía duda de quién llevaba el liderazgo de las Naciones
Unidas y de los organismos internacionales asociados. El mero anuncio de una
nueva política de Estados Unidos atraía de inmediato el apoyo de otros países.
Hoy no hay ninguna potencia que ejerza semejante atractivo sobre las d e m á s .
4
E n 1946, l a O N U estaba constituida por 51 p a í s e s . A h o r a son 158, en u n
contexto m u n d i a l en el que proliferan las tensiones y conflictos bélicos, m i e n tras cunde la amenaza de conflagración nuclear y se a c e n t ú a la p r e o c u p a c i ó n
en el Tercer M u n d o por los fracasos del desarrollo. A l acercarse el c u a d r a g é s i m o aniversario de las Naciones U n i d a s , Estados U n i d o s se siente segregado
d e n t r o del organismo y no ha podido, o no ha q u e r i d o , generar una diplomacia m u l t i l a t e r a l que le permita recuperar al menos u n m í n i m o del prestigio
de que disfrutó en los albores de la O N U .
E n su escepticismo sobre el futuro de las Naciones U n i d a s , el gobierno
de Reagan parece reflejar u n consenso de o p i n i ó n p ú b l i c a nacional. D e acuerdo
con u n a encuesta G a l l u p del o t o ñ o de 1983, sólo el 3 6 % de los norteamericanos aprobaba la labor de la O N U . L a m a y o r í a p e r c i b i ó a la O r g a n i z a c i ó n como
hostil a los intereses de Estados U n i d o s . A n t e esos datos, la prensa y la telev i s i ó n proceden a reforzar las actitudes negativas de los norteamericanos, cuestionando de m o d o recurrente la eficiencia y la validez m i s m a de la organizac i ó n m u n d i a l . T a l vez no inocentemente, esa a c t i t u d se'filtra a los medios
de c o m u n i c a c i ó n que en otros países se encuentran bajo fuerte influencia estadounidense, M é x i c o entre ellos. Se cierra a s í u n c í r c u l o vicioso de incomprensión que produce reacciones cada vez m á s desafiantes del gobierno de Estados
5
6
4
C y r u s R . V a n e e , " F o r e w o r d " a S . M . F i n g e r y J . R . H e r b e r t , op. cü., p. X V .
5
R i c h a r d Bernstein, " T h e U . N . versus the U . S . " , The New York Times Magazine, enero 2 2 ,
1984.
6
E n u n a importante conferencia patrocinada por la Stanley F o u n d a t i o n , de tendencia liberal, sobre el futuro de las Naciones U n i d a s , q u e d ó manifiesta l a actitud de desapego que la prensa
occidental y las agencias noticiosas tienen h a c i a las Naciones U n i d a s . P o r u n a parte se a r g u m e n t ó
que el concepto prevalente de noticia (algo escandaloso o a l a r m a n t e ) v a en detrimento de la atenc i ó n prestada al trabajo de l a O N U . " ¿ D e q u é quieren que hablemos, si a h í no pasa n a d a ? " .
Se hizo ver t a m b i é n que las corporaciones de medios de c o m u n i c a c i ó n , especialente la t e l e v i s i ó n ,
consistentemente reducen el n ú m e r o de su personal acreditado ante la O r g a n i z a c i ó n . The United
Nations Peace and Security. Eighteenth Conference on the U n i t e d Nations of the Next Decade, B u r eenstock S u i z a iunio 2 5 - 3 0 1 9 8 3 T h e Stanley F o u n d a t i o n M u s c a t i n e I o w a 1 9 8 3 p 2 3 L a
actitud que se e s t á convirtiendo en c a r a c t e r í s t i c a m e n t e agresiva de l a gran prensa norteamericana
hacia l a O N U , se ejemplifica en el visceral artículo de R i c h a r d G r e n i e r , " ¡ Y a n q u i , Sí! ¡ U . N . , N o ! "
en Harber's enero 1 9 8 4 n n 2 4 - 2 9 aue termina diriendo nue n o s ó l o N e a Y o r k < ¡ ¡ n incluso
M o s c ú sería demasiado buena sede para la
^ r e o que d e b e r í a 7star "en Ó n a g a d o u g o u
o, mejor a ú n , en l a marxistaleninista M a p u t o , c a p í t u l o de M o z a m b i q u e . "
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ONuY
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U n i d o s , como la amenaza de retirarse de la U N E S C O a partir de 1985, a la
que se sumara G r a n B r e t a ñ a . S e g ú n el gobierno de Reagan, la O N U se ha
convertido en u n instrumento de los p a í s e s antinorteamericanos del Tercer
M u n d o , para b e n e p l á c i t o y provecho de la U n i ó n Soviética. L a F u n d a c i ó n
H e r i t a g e , a la que se afilian muchos de los ideólogos de la política exterior
de este gobierno y en especial K i r k p a t r i c k , considera a las Naciones U n i d a s
como u n " c l u b anti-Estados U n i d o s " , d o m i n a d o por el bloque soviético, la
izquierda europea y los radicales de los p a í s e s en desarrollo.
7
Por su parte, la U n i ó n Soviética insiste en desvincularse de los problemas
e c o n ó m i c o s del Tercer M u n d o , aduciendo que son consecuencia de la a c c i ó n
imperialista de las potencias occidentales. S i m u l t á n e a m e n t e , el recrudecimiento
de la t e n s i ó n Este-Oeste es causa, que produce agudos efectos, de la p é r d i d a
de eficacia de las Naciones U n i d a s .
L a situación ha llegado a u n punto tan crítico que el Secretario General
de la O N U , Javier P é r e z de C u é l l a r —a quien nadie a c u s a r í a de r a d i c a l —
en su reciente visita a M é x i c o d e n u n c i ó el "sospechoso" decline del multilateralismo en beneficio de u n "desagradable, por politiquero, bilateralismo". Acertadamente, a ñ a d i ó que corresponde a los p a í s e s en desarrollo detener este proceso que tanto los p e r j u d i c a .
8
Bipolarismo entendido como el alinear al m u n d o en dos bandos a n t a g ó n i c o s
e irreconciliables, cuya c o n f r o n t a c i ó n se r e s o l v e r í a sólo con la d e s a p a r i c i ó n de
uno de ellos; proyecto éste que la proliferación de armas nucleares i m p i d e concebir como u n torneo de caballeros andantes. E l 31 de octubre de 1983, en
W a s h i n g t o n D C , m á s de cien hombres de ciencia destacados entre los que figuraban varios Premios N o b e l , d i e r o n a conocer las conclusiones de la Conferencia sobre Consecuencias Biológicas M u n d i a l e s a Largo Plazo de una G u e r r a
Nuclear. Partiendo del supuesto c o m p a r t i d o por la c o m u n i d a d científica
internacional de que 100 millones de personas m o r i r í a n inmediatamente en
las primeras horas de u n a guerra nuclear i m p o r t a n t e y que otros 100 millones
p e r e c e r í a n a consecuencia de los efectos ulteriores, el vocero de la Conferencia, el b i ó l o g o Paul E h r l i c h de la U n i v e r s i d a d de Stanford, e s b o z ó el s o m b r í o
p a n o r a m a tras una guerra nuclear: " L o s dos o tres m i l millones de sobrevivientes q u e d a r á n para m o r i r de hambre en u n m u n d o oscuro y congelado."
A ñ a d i ó que, a largo plazo, probablemente no h a b r í a sobrevivientes en el H e misferio N o r t e y sólo unos cuantos grupos aislados de personas q u e d a r í a n en
el Hemisferio Sur. " I n c l u s o si las plantas se r e c u p e r a r a n " , c o m e n t ó E h r l i c h ,
" e l sistema ecológico r e s u l t a r í a totalmente cambiado y probablemente sería
irreconocible para n o s o t r o s " .
9
7
U n ejemplo reciente de esta v i t r i ó l i c a crítica de l a F u n d a c i ó n Heritage a la O N U aparece
en el a r t í c u l o de T o m Bethell, " T h e L o s t C i v i l i z a t i o n of U N E S C O " , Policy Review, 24, p r i m a v e r a
1983, pp. 19-47.
8
9
Excelsior,
23 de m a r z o de 1984, p. 10A.
Stephanie Russell, " ¿ U n invierno sin fin?", Foro del Desarrollo ( D i v i s i ó n de I n f o r m a c i ó n
E c o n ó m i c a y Social / D P / y Universidad de las Naciones U n i d a s ) , vol. X I I , n ú m . 1, enero-febrero,
1984, p. 10.
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MÉXICO Y LA DIPLOMACIA
MULTILATERAL
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Bilateralismo significado por el surgir de nuevas formas de sujeción NorteSur, en las que los lazos del colonialismo reviven disfrazados de m o d e r n i d a d
y la honda brecha científico-tecnológica, aunada a u n gigantesco endeudamiento, colocan a los países pobres en s i t u a c i ó n de extrema debilidad durante cualquier negociación solitaria.
C o m o Secretario General de la O N U , K u r t W a l d h e i m l l a m ó la a t e n c i ó n
sobre el hecho de que las limitaciones de la O r g a n i z a c i ó n , agudamente identificadas por los críticos de las Naciones Unidas y otros cuerpos internacionales,
corresponden en circuito paralelo a ciertas falsas percepciones y expectativas
sobre el papel del Estado c o n t e m p o r á n e o . Lejos han quedado los días en que
algunos gobiernos p o d í a n a f i r m a r impunemente que su m i s i ó n era exclusivamente la del control político, la salvaguarda del orden p ú b l i c o y la defensa nacional. H o y es u n principio generalmente reconocido que el Estado contemp o r á n e o tiene i n f i n i d a d de funciones derivadas de la complejidad creciente de
las estructuras sociales y de la evolución conceptual de la t r a d i c i ó n d e m o c r á t i c a .
10
1 1
A l g o similar ha o c u r r i d o con los organismos internacionales. D e s p u é s de
la Segunda G u e r r a M u n d i a l se a b r i g ó la esperanza de que la O N U sirviese
fundamentalmente como una estructura política para la p r e v e n c i ó n de la guerra
y la c o n s e r v a c i ó n de la paz. A h o r a la p r e o c u p a c i ó n por el desarrollo e c o n ó m i co-social y por los grandes temas planetarios del futuro es parte integral de
la vida de las Naciones U n i d a s . U n a r á p i d a ojeada a la Agenda de la 38 Asamblea General (1983-1984) muestra el vastísimo horizonte para la acción del m á x i m o organismo multilateral: solución de conflictos y descolonización; lucha contra el racismo, la discriminación y el apartheid; control de armamentos y desarme;
e c o n o m í a y desarrollo (Nuevo O r d e n E c o n ó m i c o Internacional, D i á l o g o NorteSur, moneda y finanzas, comercio, ciencia y t e c n o l o g í a , empresas transnacionales); a d m i n i s t r a c i ó n de los recursos globales ( e n e r g í a , m e d i o ambiente,
derecho del m a r ) ; alimentos y agricultura; p o b l a c i ó n ; derechos humanos (asilo, migraciones, violencia contra individuos y grupos, migraciones, refugiados, status de la mujer, m i n o r í a s ) ; N u e v o O r d e n I n f o r m a t i v o ; trabajo; salud;
cuestiones legales (paz y seguridad, status internacional e i n m u n i d a d d i p l o m á tica); espacio e x t r a t e r r e s t r e .
12
Resulta i m p o r t a n t e resaltar la coincidencia de actitudes en lo nacional y
m u n d i a l de quienes d e s e a r í a n l i m i t a r al Estado a sus c a r a c t e r í s t i c a s decimon ó n i c a s . C u a n d o el gobierno de Reagan concibe el Estado en t é r m i n o s ultra-
1 0
R e s u l t a interesante recordar que en 1970 se s e ñ a l a b a y a el peligro del neocolonialismo,
producto de criterios t e c n o c r á t i c o s y desarrollistas que crearon u n a p r e s u n c i ó n en el sentido de
que l a independencia p o l í t i c a a u t o m á t i c a m e n t e " e s t i m u l a e incita el crecimiento e c o n ó m i c o a u t ó n o m o " . Stanley D . Metzqer, " L a a u t o d e t e r m i n a c i ó n y el desarrollo e c o n ó m i c o " , en Rosario G r e e n
y B e r n a r d o S e p ú l v e d a A m o r (eds.), La ONU: dilema a los 25 años, M é x i c o , E l C o l e g i o de M é x i c o
( e d i c i ó n especial de Foro Internacional), 1970, pp. 129-137.
1 1
Discurso de K u r t W a l d h e i m en u n a C o n f e r e n c i a sobre N u e v a s Estructuras para l a Interdependencia E c o n ó m i c a , m a y o de 1975. C i t a d o por R o b e r t S. J o r d á n , " T h e Structuring of International C o o p e r a t i o n " , en S . M . F i n g e r y J . R . H e r b e r t (eds.), op. cit., p. 327.
1 2
Issues Befare the 38th General Assembly of the United Nations, W a s h i n g t o n D C , U N Associa¬
tion of the U n i t e d States of A m e r i c a , 1983.
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conservadores, esa a p r e c i a c i ó n corresponde a una imagen s i m é t r i c a de la real i d a d m u n d i a l , vista simplemente en t é r m i n o s de equilibrio de p o d e r í o m i l i t a r
entre las superpotencias y c o n s e r v a c i ó n del orden establecido. Si esta filosofía
política se despreocupa en lo nacional de la función social del Estado, en lo
m u n d i a l rechaza la acción multilateral en favor del desarrollo y por la salvaguarda del p a t r i m o n i o de las generaciones futuras. El " n o h a c e r " en casa,
se convalida en el " n o i n t e r f e r i r " a nivel planetario. Esta visión i d e o l ó g i c a ,
en cuanto a que la idea preconcebida se antepone a la realidad de los procesos
históricos, constituye uno de los o b s t á c u l o s principales a que se enfrenta la evol u c i ó n política de la democracia norteamericana y su i m p o s i c i ó n a nivel m u n dial t r u n c a r í a el crecimiento de la multilateralidad pluripolar.
P a r a d ó j i c a m e n t e , el í m p e t u del desarrollo científico, civil y m i l i t a r , las nuevas tecnologías, la e v o l u c i ó n del capital financiero y la productividad creciente
de las corporaciones transnacionales, contradicen en su acelerada d i n á m i c a el
p r i m i t i v i s m o de la i d e o l o g í a de la ultraderecha. L a t e l e c o m u n i c a c i ó n , la inform á t i c a , la c o m p u t a c i ó n , la física p o s t c u á n t i c a , la i n g e n i e r í a b i o g e n è t i c a , las
armas nucleares, todo habla de globalidad y efectos m ú l t i p l e s . E n una era de
interdependencia, o m á s bien i n t e r c o n e x i ó n , "las actividades de suma-cero
(donde la ganancia de una n a c i ó n se obtiene a expensas de otra) d e c l i n a r á n " .
A p a r t i r de los nuevos paradigmas, la simultaneidad de lo e s p o n t á n e o y plural
en los procesos vitales obliga a concepciones totalizadoras, manifiestas en los
p r o p ó s i t o s de p l a n e a c i ó n y p r o y e c c i ó n . Las nuevas filosofías políticas deben,
en congruencia, aceptar la ambivalencia de la m u l t i p l i c i d a d . E l mercado de
bienes y servicios tiende a hacerse planetario; se unlversaliza el consumo y se
m u l t i p l i c a n las opciones; los enfoques sistémicos derrotan a los congelamientos lógicos; la u n i f o r m i d a d de los procesos tecnológicos halla contrapunto en
el resurgir s i m u l t á n e o de las identidades singulares; la t r a n s c u l t u r a c i ó n avanza
al r i t m o de la h o m o g e n e i z a c i ó n técnica. De este proceso alterno, de esta vivencia s i m u l t á n e a propiciada por la e v o l u c i ó n de la i n f o r m á t i c a y la comunicación, arranca la c o n t r a d i c c i ó n d i n á m i c a del E s t a d o - N a c i ó n a fines del siglo X X
y su contrapartida inevitable: la n e g o c i a c i ó n multilateral.
1 3
1 3
R . S . J o r d a n , op. cit., p. 335. E l autor cita en su referencia un trabajo de Daniel Bell, " T h e
Management of Information an K n o w l e d g e " , a su vez comentado por J o h n M c H a l e , " T h e C h a n ging Information E n v i r o n m e n t : Selective T o p o g r a p h y " , en Information Technology: Some Critical Implications for Decision Makers 1971-1990,
N u e v a Y o r k , T h e Conference B o a r d , 1971. E n una
r e u n i ó n celebrada en abril de 1983 y copatrocinada por el Intergovernmental B u r e a u for Informatics ( I B I ) y T h e C e n t e r fb,- Integrative Studies of the School of Architecture and E n v i r o n m e n t a l
D e s i g n de la State University of N e w Y o r k ( B ú f a l o ) , a la que este autor a s i s t i ó , M a g d a C o r d e l l
M c H a l e e n u m e r ó algunos de los aspectos esenciales del cambio en el ambiente i n f o r m á t i c o m u n dial: la a p a r i c i ó n de la n o c i ó n de compartir, paralela a la de intercambiar; el desarrollo de u n a
sociedad del aprendizaje; la c o n c i e n t i z a c i ó n de que somos u n a comunidad de pueblos, no s ó l o
de lugares; el c ó m o oponerse no s ó l o a la c o l o n i z a c i ó n de territorios sino a la de las mentes; el
c ó m o saber q u é retener del pasado y q u é descartar.
P a r a u n a e l a b o r a c i ó n sobre esta delicada c u e s t i ó n y nuestra limitada capacidad c o n t e m p o r á nea para detectar y aceptar la intensidad y la velocidad del cambio producido por las t e c n o l o g í a s
de la i n f o r m a c i ó n y la c o m u n i c a c i ó n , v é a s e M a g d a C o r d e l l M c H a l e , "Reflections on the C h a n g ing Information E n v i r o n m e n t " , Agora ( ó r g a n o del I B I ) , 6, 1983/ 2, pp. 14-15.
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A nivel de cada p a í s , la a c e p t a c i ó n de la función globalista del Estado no
i m p l i c a s a n c i ó n positiva al gigantismo b u r o c r á t i c o . L o mismo es v á l i d o para
la vida internacional. L a vastedad sistèmica de las tareas de las Naciones Unidas
no justifica la b u r o c r a t i z a c i ó n de los organismos internacionales. Nadie niega
su existencia; se la combate con armas limitadas, tal vez porque las herramientas
son tan nuevas como la f u n c i ó n .
E l debate nacional genera u n nuevo discurso político y establece formas
de o r g a n i z a c i ó n originales. Tensiones m ú l t i p l e s (libertad-igualdad, nacionalismo-regionalismo, nacionalismo-internacionalismo, s e r v i c i o - a d m i n i s t r a c i ó n ,
i n f o r m a c i ó n - d e c i s i ó n ) transforman el espíritu y la e x p r e s i ó n de las democracias
c o n t e m p o r á n e a s . A b s u r d o sería que las Naciones Unidas no pasaran t a m b i é n
por el trance del nacimiento de u n nuevo discurso internacional; lenguaje que
pretende ser d e m o c r á t i c o y d e b e r á , por tanto, expresarse transculturalmente.
L a nueva diplomacia m u l t i l a t e r a l descarta el secreto i m p l í c i t o en el gentlemen's agreement, sencillamente porque ahora los interlocutores son muchos, a u t é n ticamente e x t r a ñ o s y orgullosos de serlo. C o m p a r t e n cierta i n f o r m a c i ó n com ú n , la de la t e l e c o m u n i c a c i ó n , las finanzas y el comercio; en menor grado
conocen la de l a ciencia y la t e c n o l o g í a . Sin embargo, la entienden a p a r t i r
de discursos previos m u y a ñ e j o s y diversos, que son los de su civilización de
origen. Nadie acepta ser inferior. One country, one vote. E l discurso es, por tanto, ensordecedor. M á s allá del m u r m u l l o uniforme de los textos leídos en la
Asamblea General, se detecta la diversidad de las interpretaciones y se intuye
el surgir de nuevos significados comunes para voces antes concebidas en el marco excluyeme de cada cultura, y que hoy buscan u n terreno c o m ú n : democracia, justicia, l i b e r t a d , e q u i d a d .
14
Por p r i m e r a vez en la historia universal (que apenas empieza a ser escrita)
hay u n recinto en el que todos los Estados tienen derecho a voz y voto. ¡ C ó m o
no va a ser lento el r i t m o de la t o m a de decisiones! M u y lerdo es el asunto
nacional cuando la consulta popular es o r g á n i c a . ¿ Q u i é n puede entonces pretender que sea m á s sencillo, a nivel m u n d i a l , escuchar las voces de la diversidad,
cuando en el l i m i t a d o marco del E s t a d o - N a c i ó n no se dispone a ú n de los instrumentos adecuados para conocer y valorar la o p i n i ó n de fuerzas sociales cada
d í a m á s pluralistas y diversificadas?
Si en cada p a í s se acepta que la o p i n i ó n y el i n t e r é s de las burocracias
no es sino uno de los muchos que integran al Estado, resulta t a m b i é n i n m i nente la r u p t u r a del m o n o p o l i o artificial del d i á l o g o m u l t i l a t e r a l ejercido hasta
ahora por esas burocracias a t r a v é s de las cancillerías, ministerios que, en todas las latitudes, se resisten a reconocer la naturaleza del nuevo d i á l o g o en
los organismos multilaterales, pues son, casi siempre, herederos de la diplomacia del siglo X I X d i s e ñ a d a por las potencias coloniales. E l parsimonioso r i t u a l
del protocolo, las condecoraciones y el esprit de corps de la diplomacia a la antigua se antojan ajenos al nuevo r i t m o de la n e g o c i a c i ó n multilateral, que incorpora constantemente nuevos personajes e intereses. Desde los Juegos O l í m p i -
1 4
V é a s e el a r t í c u l o de L o z o y a citado arriba, " L a n a v e . . . " , pp. 28-29.
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eos hasta los encuentros de organismos sindicales o eclesiásticos, todo intuye
la p l u r a l i d a d de la nueva d i p l o m a c i a multilateral. V i v i m o s apenas los albores
de su e x p r e s i ó n s i m u l t á n e a y de la causalidad que desencadena. E n el reconoc i m i e n t o de la esencia d e m o c r á t i c a de estos procesos y en el pleno ejercicio
de su potencialidad, a nivel nacional y m u n d i a l , reposa una de las m á s valiosas defensas contra el estallido de la guerra nuclear. L a naturaleza elitista y
excluyeme de la t o m a de decisiones t e c n o c r á t i c a s (tanto en el m u n d o de lo m i l i t a r como en el de la p o l í t i c a , las finanzas y el mercado) se e q u i l i b r a así sea
precariamente, con esta nueva p l u r a l i d a d de la democracia. Reconocer y fom e n t a r el proceso de la p l u r a l i d a d conviene al i n t e r é s de quienes en el interior
del Estado son los m á s d é b i l e s y perjudicados por la inercia del pasado. E n
la c o m u n i d a d m u n d i a l esa p o s i c i ó n corresponde a los países pobres. Por eso
no puede haber hoy nacionalismo d e m o c r á t i c o en los p a í s e s en desarrollo que
no se exprese, t a m b i é n , como v o c a c i ó n multilateral en la escena m u n d i a l .
D u r a n t e su i n t e r v e n c i ó n en el debate general del 38 P e r í o d o de Sesiones
de la Asamblea General de la O N U , el Secretario de Relaciones Exteriores de
M é x i c o , Bernardo S e p ú l v e d a A m o r , r e n o v ó el compromiso del gobierno mexicano con las grandes tesis del multilateralismo. E n u n texto que revela conocimiento y a c e p t a c i ó n de los nuevos paradigmas globalistas, S e p ú l v e d a a f i r m ó
el rechazo de M é x i c o " a l m o n o p o l i o del poder, a la c o n s o l i d a c i ó n de zonas
de influencia y a la intolerancia i d e o l ó g i c a " . D i j o t a m b i é n el canciller mexicano que " a p r i s i o n a r las relaciones internacionales en el cerco de la confrontac i ó n bipolar significa subordinar las aspiraciones de la m a y o r í a de los Estados
a designios extranjeros", en u n m o m e n t o de la historia en que " l a p r i m a c í a
del concepto de superioridad m i l i t a r nos está arrastrando a una escalada de
i n c e r t i d u m b r e en la que la a n i q u i l a c i ó n total se ha vuelto probable. A n t e esa
amenaza, los países en desarrollo, al lado de amplios sectores, reafirman la
exigencia política y m o r a l para que las potencias nucleares celebren cuanto
antes acuerdos progresivos conducentes a u n desarme general y c o m p l e t o . "
Esta f o r m u l a c i ó n coincide con la p r e o c u p a c i ó n citada de P é r e z de C u é l l a r y
refuerza el reclamo ético a las superpotencias por su responsabilidad ante la
h u m a n i d a d en caso de c o n f l a g r a c i ó n m u n d i a l .
15
E n su gira sudamericana, el presidente M i g u e l de la M a d r i d s e ñ a l ó que
A m é r i c a L a t i n a " e s t á llamada a efectuar una c o n t r i b u c i ó n i m p o r t a n t e a la dem o c r a t i z a c i ó n de las instituciones multilaterales, para asegurar que las mismas constituyan foros plurales y a b i e r t o s " . A n t e el presidente de A r g e n t i na, R a ú l A l f o n s í n , el presidente de M é x i c o a f i r m ó : " N o aceptamos la calidad
de rehenes de l a c o n f r o n t a c i ó n entre las superpotencias. Rechazamos la cond i c i ó n de meros espectadores de nuestro tiempo a que nos quiere someter el
conflicto de intereses de los p o d e r o s o s . " Este enunciado se opone a l a pre16
17
1 5
I n t e r v e n c i ó n del presidente de l a d e l e g a c i ó n de M é x i c o , Secretario de Relaciones E x t e riores, Bernardo S e p ú l v e d a A m o r en el " D e b a t e General del X X X V I I I p e r í o d o de sesiones de
la A s a m b l e a G e n e r a l de las Naciones U n i d a s " , Revista Mexicana de Política Exterior (Instituto M a t í a s R o m e r o de Estudios D i p l o m á t i c o s ) , ! , octubre-diciembre 1983, pp. 93-98.
1 6
Excélsior,
31 de m a r z o de 1984, p. A l .
1 7
Excélsior,
4 de abril de 1984, p. A l .
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t e n s i ó n supuestamente de realpolitik s e g ú n la cual sólo quienes tienen intereses
m u n d i a l e s entendidos en su c o n n o t a c i ó n h e g e m ó n i c a , deben participar en los
graves asuntos de la política internacional.
S e g ú n lo anterior, los signos son propicios para prever una acción trascendente del gobierno del presidente D e la M a d r i d en los foros multilaterales.
E n efecto, por p r i m e r a vez desde 1946, M é x i c o r e a p a r e c i ó en el Consejo de
Seguridad de las Naciones U n i d a s , durante u n m o m e n t o de extrema t e n s i ó n
i n t e r n a c i o n a l . Por otra parte, la s u s c r i p c i ó n de los acuerdos adoptados en la
V I I C u m b r e de los Países N o Alineados y en la R e u n i ó n M i n i s t e r i a l del G r u po de los 77, fue seguida del otorgamiento de la presidencia de ese i m p o r t a n t e
G r u p o a nuestro p a í s . A d e m á s , la a c t u a c i ó n en los foros e c o n ó m i c o s muestra
t a m b i é n una sana tendencia hacia la c o o r d i n a c i ó n e s t r u c t u r a l . Por todo ello,
tal vez no sea inútil s e ñ a l a r algunas deficiencias o r g á n i c a s de la diplomacia
m u l t i l a t e r a l mexicana y apuntar sugerencias para su s u p e r a c i ó n .
18
Jorge C a s t a ñ e d a s e ñ a l ó algunas premisas esenciales en las que tradicion a l m e n t e se a p o y ó la actitud oficial de M é x i c o ante las Naciones U n i d a s y sus
organismos.
México no tiene intereses directos de carácter político, territorial, estratégico o siquiera económico allende sus fronteras, como ocurre con todas las grandes
potencias; no ejerce hegemonía sobre otras regiones ni tiene intereses propios
y directos que proteger en las zonas[...] focos de tensión internacional[...] Méxicoes uno de los pocos Estados Miembros que no "han estado en la Agenda" de
las Naciones Unidas. Hasta ahora no ha sido parte, activa o pasiva, en las controversias ventiladas ante la Organización, ni está interesado directa e inmediatamente en ninguna situación que pudiera poner en peligro la paz. Por último, el
nacimiento o la existencia del Estado Mexicano no estuvo vinculado directamente,
ni lo está, con la acción de las Naciones Unidas, como ocurre con otros países,
tal como Israel o Indonesia. [...] El interés de México en las Naciones Unidas
tiene un carácter [...] general y los beneficios que espera de ella no son exclusivamente suyos, sino comunes a numerosos países: la realización de los fines políticos, económicos y sociales de la Carta. Su contribución a las Naciones Unidas
no tiende a la defensa de intereses nacionales directos, sino a vigorizar la capacidad
de la Organización para realizar sus propósitos generales.
15
Las afirmaciones de C a s t a ñ e d a datan de 1956, aunque es s i n t o m á t i c o que
se conserven en la r e i m p r e s i ó n de su l i b r o , publicado en 1981. E l texto citado
sintetiza, en forma tal vez i n v o l u n t a r i a , la d u a l i d a d conceptual de la p o l í t i c a
m u l t i l a t e r a l de los gobiernos mexicanos. Por u n a parte, se reconoce la m i s i ó n
h i s t ó r i c a de las Naciones U n i d a s y se desea c o n t r i b u i r a su feliz r e a l i z a c i ó n .
Pero por la otra, a pesar de la trascendencia universal de ese cometido, se le
considera externo a l a seguridad y al i n t e r é s nacionales.
1 8
" C a p í t u l o relativo a l a p o l í t i c a exterior, en el P r i m e r Informe de G o b i e r n o del licenciado
M i g u e l de l a M a d r i d H u r t a d o " , Revista Mexicana de Política Exterior (Instituto M a t í a s R o m e r o de
E s t u d i o s D i p l o m á t i c o s ) , 1, octubre-diciembre 1983, pp. 91-92.
1 9
pp.
Jorge C a s t a ñ e d a , México y el orden internacional, M é x i c o , E l Colegio de M é x i c o , 1981 (reed.),
10-11
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Hace casi treinta a ñ o s , C a s t a ñ e d a a d v e r t í a que el nacionalismo mexicano
se ha manifestado
por una preocupación menor, y aun por una relativa desestimación en la opinión pública y en las esferas gubernamentales, de aquellas cuestiones internacionales que tienen carácter más general y cuyo aplazamiento no crea un problema
interno inmediato. [...] En términos generales, todavía no se aprecia suficientemente en México la influencia que puede tener, en el interior mismo de nuestro
país, el estímulo de los objetivos políticos, económicos y sociales de los organismos internacionales.
Reconoce a d e m á s el prestigiado autor que cuando t r a t ó de evaluar los puntos de vista de o p i n i ó n p ú b l i c a sobre las Naciones U n i d a s ,
el examen dio resultados tan pobres que finalmente se decidió no incluirlo como
una parte separada de la investigación. [...] Podría decirse, en términos generales,
que casi no existe en México una opinión, manifestada por lo menos en los órganos
normales de expresión, sobre ninguno de los problemas estructurales de las Naciones Unidas. [...] La aprobación misma de la Carta de las Naciones Unidas
en el Senado no provocó un extenso debate parlamentario sobre su importancia
o consecuencia, o siquiera un análisis detenido de sus disposiciones. Desde entonces, esto es, desde 1945, rara vez se ha vuelto a hacer referencia a la Organización de las Naciones Unidas en el Senado.
20
C a s t a ñ e d a concluye diciendo que " l a r e a c c i ó n de la o p i n i ó n p ú b l i c a no
es t a n considerable en M é x i c o como para inspirar nuevas o mejores soluciones
a los problemas de la o r g a n i z a c i ó n i n t e r n a c i o n a l " .
De lo anterior puede desprenderse una reflexión en el sentido de que en
el caso de la a c c i ó n de M é x i c o en los organismos internacionales, difícilmente
p o d r í a haberse dado el consenso nacional que con frecuencia se invoca para
nuestra política exterior. Ello tal vez debido a la incongruencia de reconocer
la i m p o r t a n c i a vital de las funciones de la política multilateral pero m a n t e n i é n dola alejada, sobre todo en lo que a la o p i n i ó n p ú b l i c a se refiere, de la identific a c i ó n del i n t e r é s nacional.
L u i s Padilla Ñ e r v o , presidente de la d e l e g a c i ó n mexicana a la I I I Asamblea General de las Naciones U n i d a s , afirmaba ya en 1948 que las deliberaciones de las Naciones U n i d a s d e b í a n ser conducidas " c o n verdadero e s p í r i t u
internacional que sólo puede nacer del convencimiento de que constituimos
u n m u n d o indivisible y una sola comunidad h u m a n a " . Sin embargo, al proponer que las grandes potencias aceptaran l a - e o o p e r a c i ó n de las Naciones U n i das en la s o l u c i ó n de sus graves diferencias que amenazaban, y siguen amenazando, a la frágil paz m u n d i a l , el distinguido d i p l o m á t i c o calificó esa acción
de las Naciones U n i d a s de " d e s i n t e r e s a d a " .
2 1
22
2 0
Op. cit,
pp. 13-15.
2 1
L u i s Padilla Ñ e r v o , Discursos y declaraciones sobre política internacional,
S e c r e t a r í a de Relaciones Exteriores, 1958, p. 21.
2 2
Op. cit., p. 23.
¡948-1958,
México,
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A s í , desde el establecimiento de la O N U se manifiesta una c o n t r a d i c c i ó n
de l a p o l í t i c a exterior mexicana entre su c o n c e p c i ó n del i n t e r é s nacional y la
presencia en los foros multilaterales. Por una parte, se percibe la gravedad de
la amenaza a todos los Estados que significa la c o n f r o n t a c i ó n entre las superpotencias, pero por otra se considera que l a lucha de las Naciones Unidas por
e l i m i n a r l a se debe m á s a una actitud m a g n á n i m a que a la p r o t e c c i ó n vital de
la m a y o r í a de sus miembros, entre ellos M é x i c o .
Los mexicanos trasladamos a las Naciones Unidas nuestra perspectiva ambivalente del i n t e r é s nacional. E n los foros internacionales se confirma que la
" n o i n t e r v e n c i ó n " ha sido elevada a la difícil n o c i ó n de " p r i n c i p i o b á s i c o "
de nuestra p o l í t i c a exterior sin que su contrapeso, " l a solidaridad internacion a l " , corra igual suerte. L a no i n t e r v e n c i ó n refuerza al nacionalismo defensiv o ; l a solidaridad internacional c o m u n i c a r í a m a y o r coherencia conceptual a
la a c c i ó n positiva de M é x i c o en el á m b i t o m u l t i l a t e r a l . L a ausencia de este
e q u i l i b r i o t e ó r i c o ha obligado a la diplomacia mexicana a alegar generosidad
en su conducta en los foros internacionales, en vez de declarar abiertamente
que l a a c c i ó n de M é x i c o en defensa de las causas de la m u l t i l a t e r a l i d a d responde a su m á s profundo i n t e r é s nacional. A l a d m i t i r l o , q u e d a r í a claro que
se h a superado definitivamente el t i e m p o en el que M é x i c o " n o estaba interesado directa e inmediatamente en n i n g u n a s i t u a c i ó n que pudiera poner en pel i g r o la p a z " , s e g ú n dijera C a s t a ñ e d a .
2 3
Igualmente inadecuado es concebir los postulados de la p o l í t a exterior com o inmutables. Los principios que n o r m a n la a c c i ó n h u m a n a i n d i v i d u a l y colectiva deben transformarse de acuerdo con las necesidades concretas de una
realidad d i n á m i c a , sobre todo en p e r í o d o s como éste, de acelerado cambio.
U n sistema político que declara la i n m o v i l i d a d de los fundamentos de su act u a c i ó n , se autocondena a la d e s a r t i c u l a c i ó n y se granjea la desconfianza de
la c i u d a d a n í a , sujeta al embate de transformaciones vertiginosas. E l insistir
r i t u a l m e n t e en la naturaleza incambiable de sus principios, a c a b a r á por cond u c i r a nuestra política exterior a u n callejón sin salida, al tornarla cada vez
m á s incomprensible para la o p i n i ó n p ú b l i c a . E l verbalismo de los funcionarios que consideran su o b l i g a c i ó n elogiar incesantemente esa supuesta i n m u t a b i l i d a d , no hace sino agravar las cosas y acrecentar el escepticismo popular.
Lamentablemente, la insistencia oficial en declarar la invariabilidad de los
principios de la política exterior, coincide con una alarmante tendencia del sist e m a político mexicano a buscar su l e g i t i m i d a d en argumentos históricos m á s
que en la v o l u n t a d popular c o n t e m p o r á n e a . E n todo caso, en política exterior
2 3
U n caso asombroso de d i s o c i a c i ó n entre interés nacional, seguridad nacional, política multilateral y o p i n i ó n p ú b l i c a , es el de l a lucha por el desarme. M é x i c o h a sido u n infatigable defensor
de l a d e s n u c l e a r i z a c i ó n en los foros internacionales. Alfonso G a r c í a Robles r e c i b i ó el Premio Nobel de l a P a z por encabezar durante muchos a ñ o s ese e m p e ñ o . S i n embargo, la o p i n i ó n p ú b l i c a
m u e s t r a u n a falta total de interés por comprender la a m e n a z a directa que para nuestro país significaría el estallido de u n conflicto nuclear en el que Estados U n i d o s se viese envuelto. L o s mexicanos, tan adeptos a exaltamientos nacionalistas, no reconocemos en la lucha por el desarme nuestro
a u t é n t i c o i n t e r é s nacional. E l esfuerzo d i p l o m á t i c o de! gobierno pasa inadvertido y los partidos
p o l í t i c o s no se atreven a enunciar siquiera el tema de las consecuencias para M é x i c o de u n a guer r a nuclear.
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resulta m á s atinado subrayar los objetivos por alcanzar y los o b s t á c u l o s que
se oponen al p r o p ó s i t o . Por ú l t i m o , es una paradoja el que conceptualmente
se pretenda anclar a la política exterior en la r e i t e r a c i ó n de sus o r í g e n e s , cuando el p a í s atraviesa por una etapa m u y crítica a t r i b u i d a generalmente a excesos recurrentes de políticas tradicionales.
L a o p i n i ó n p ú b l i c a percibe estas contradicciones, y la ausencia de una política de i n f o r m a c i ó n gubernamental sobre asuntos internacionales a c e n t ú a el
desconcierto ciudadano. Agravando las cosas, y en una labor de propaganda
i n i n t e r r u m p i d a por d é c a d a s , el monopolio de la televisión comercial ha convencido a muchos mexicanos de que la suya es la imagen de la modernidad
y el futuro. Satisfecho consigo m i s m o , el consorcio utiliza los mejores y m á s
lucrativos tiempos de pantalla para t r a n s m i t i r enajenantes series norteamericanas o fomentar s u p e r c h e r í a s vulgares. Las consecuencias devastadoras que
esto acarrea para la identidad nacional y para la f o r m a c i ó n de las nuevas generaciones de mexicanos han sido i n ú t i l m e n t e denunciadas; no parece haber
v o l u n t a d estatal para cambiar el r u m b o de las cosas. Peor a ú n , la televisión
estatal ha sido condenada a copiar la triste tarea de la T V comercial, con menos dinero e i m a g i n a c i ó n .
2 4
L a injusta y t r á g i c a realidad m u n d i a l , a cuya c o r r e c c i ó n se orienta la política exterior de M é x i c o y la de los organismos multilaterales, no ha merecido
la a t e n c i ó n de nuestros medios de difusión masiva. L a e l i m i n a c i ó n de esta peligrosa a n o m a l í a d e b e r í a ser meta p r i o r i t a r i a de una política de i n f o r m a c i ó n
gubernamental. M i e n t r a s el Estado no destine suficientes recursos humanos
y financieros a i n f o r m a r en forma s i s t e m á t i c a e interesante sobre los apasionantes temas de la v i d a internacional, d i f í c i l m e n t e se o b t e n d r á el consenso de
o p i n i ó n p ú b l i c a que el gobierno anhela para su política exterior. Que en u n
p e r í o d o de severa crisis y proclamada " r e n o v a c i ó n m o r a l " no haya u n programa gubernamental de i n f o r m a c i ó n internacional para los medios de difusión es u n enigma que, de no disiparse positivamente, a h o n d a r á la brecha de
credibilidad entre pueblo y g o b i e r n o .
25
2 4
E n el contexto de l a p r e p a r a c i ó n del viaje del presidente D e l a M a d r i d para su h i s t ó r i c o
encuentro con ei presidente de A r g e n t i n a , R a ú l A l f o n s í n , l a t e l e v i s i ó n estatal d i f u n d i ó con despliegues publicitarios u n a mediocre teleserie sobre E v a P e r ó n , realizada por los norteamericanos
(en M é x i c o ) y en l a que los argentinos aparecen como u n pueblo e x ó t i c o y fanático. E s poco creíble que u n gobierno tan nacionalista como el nuestro, no suponga u n a sensibilidad paralela en
el argentino.
A l a p r i m e r a gira internacional del presidente D e l a M a d r i d , que lo llevara a C o l o m b i a , B r a sil, A r g e n t i n a , V e n e z u e l a y P a n a m á no fueron invitados los directivos de l a T V estatal. E n c a m bio, se dio a m p l i a d i f u s i ó n a la presencia en la comitiva presidencial de uno de los m á s importantes portavoces p o l í t i c o s e informativos de la T V comercial. P o r su parte, l a prensa critica el gasto
de divisas que implican los viajes en m i s i ó n oficial de los secretarios de Estado, pero no se pregunta c ó m o es que la T V comercial dispone, aparentemente sin l i m i t a c i ó n , de d ó l a r e s para comprar
todo tipo de e s p e c t á c u l o s norteamericanos. E s de suponer que l a T V estatal carece de esas mismas
monedas fuertes para renovar con material de calidad su m o n ó t o n a p r o g r a m a c i ó n .
2 5
L a v i s i ó n que l a prensa m e x i c a n a tiene de los grandes temas multilaterales tampoco es
m u y alentadora. E l 29 de febrero de 1984 tuvo lugar u n a emotiva ceremonia en la que se a n u n c i ó
la p r ó x i m a p u b l i c a c i ó n de u n diario independiente: La Jornada. E n presencia de lo m á s granado
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L a agenda del Secretario de Relaciones Exteriores y las entrevistas entre
jefes de Estado no son sino la punta del iceberg de la política exterior. Las relaciones internacionales c o n t e m p o r á n e a s constituyen u n a actividad profesional
p a r a miles de personas, apoyadas por recursos técnicos y financieros. I n f o r t u n a d a m e n t e , la S e c r e t a r í a de Relaciones Exteriores ha carecido de los elementos necesarios para responder cabalmente a los retos cotidianos de la diplomacia m u l t i l a t e r a l .
D a n i e l C o s í o Villegas y C é s a r S e p ú l v e d a lamentaron desde hace d é c a d a s
la incongruencia entre las declaraciones verbales de la cancillería y sus deficiencias t é c n i c a s . C o s í o Villegas criticó la ausencia de especialistas y expertos
en las delegaciones mexicanas, así como el que su actividad en la cancillería
y ante los organismos internacionales no fuese p e r m a n e n t e .
L a S e c r e t a r í a de Relaciones Exteriores es una de las dependencias m á s
antiguas del Gobierno Federal y sin embargo su tecnificación profesional va
a l a zaga de la espectacular e v o l u c i ó n de la a d m i n i s t r a c i ó n p ú b l i c a nacional.
E n el siglo X I X , la influencia de la t r a d i c i ó n del civil service inglés se hizo sent i r notablemente en las cancillerías latinoamericanas, cuando G r a n B r e t a ñ a
se e n o r g u l l e c í a de formar d i p l o m á t i c o s que con conocimientos de cultura clásica
obtenidos en O x f o r d , Eaton y C a m b r i d g e , representaban al poder imperial
en las colonias. A fines del siglo X X es a n a c r ó n i c o suponer que semejantes cualidades, a ñ e j a d a s por una burocracia m u y celosa de sus privilegios y que eleva
la a n t i g ü e d a d en el servicio a la c a t e g o r í a de v i r t u d suprema, sean las m á s adecuadas p a r a e n f r e n t a r la agitada c o t i d i a n i d a d de los organismos
internacionales.
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F o r m a r expertos en problemas de desarme, derecho internacional, transferencia de t e c n o l o g í a , derecho del m a r , sistema financiero internacional, prod u c c i ó n y d i s t r i b u c i ó n m u n d i a l de alimentos o c o n t r o l de la c o n t a m i n a c i ó n
ambiental, implica muchos a ñ o s de esfuerzo. A d e m á s , ese funcionario especiade l a intelectualidad, a s í como de muchos p o l í t i c o s , los tres oradores (futuros directivos del p e r i ó dico) omitieron en su e x p o s i c i ó n de motivos y p r o p ó s i t o s m e n c i o n a r siquiera u n o de los grandes
temas globales que preocupan a l a h u m a n i d a d : desarme, guerra nuclear, racismo y aparlheid, neocolonialismo, N u e v o O r d e n E c o n ó m i c o Internacional, c o n t a m i n a c i ó n ambiental, d i s c r i m i n a c i ó n
de m i n o r í a s , etc. ¡ E s o en u n diario de a v a n z a d a que c i r c u l a r á en el conglomerado u r b a n o m á s
populoso del m u n d o !
2 6
V é a s e , C é s a r S e p ú l v e d a , " E c o s o c y M é x i c o , d i s p e r s i ó n e indiferencia" publicado en 1970
y en donde el autor cita informes de C o s í o Villegas que datan de 1957. E n R o s a r i o G r e e n y Bern a r d o S e p ú l v e d a (eds.), La ONU: dilema a los 25 años, pp. 115-128.
L a p r e o c u p a c i ó n de C o s í o Villegas lo l l e v ó a fundar el C e n t r o de Estudios Internacionales
de E l Colegio de M é x i c o , con el p r o p ó s i t o de formar internacionalistas con m i r a s m á s a m p l i a s
y t é c n i c a s que las de los d i p l o m á t i c o s tradicionales. P o r su parte, C é s a r S e p ú l v e d a l u c h ó incansablemente por capacitar al personal de l a c a n c i l l e r í a , cuando fuera director del Instituto M a t í a s
R o m e r o de Estudios D i p l o m á t i c o s .
2 7
C o m o ejemplo de los criterios tradicionales de d i p l o m a c i a imperial, v é a s e el famoso t r a tado de H a r o l d N i c h o l s o n , The Evolution ofDiplomacy, N u e v a Y o r k , C o l l i e r , 1962, donde m u c h o
antes del enunciado de K i s s i n g e r respecto a l a " d i c t a d u r a de las m a y o r í a s " en las Naciones U n i das, el autor deplora el debate multilateral al que califica de " i r r a c i o n a l , p r o p a g a n d í s t i c o e i n t e r m i n a b l e " debido a l a presencia de los p a í s e s en desarrollo cuyo " ú n i c o p r o p ó s i t o [ s e g ú n él] es
el de oponerse incluso a las sugerencias razonables de las G r a n d e s P o t e n c i a s . . . " , p. 120.
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lizado debe mantenerse al d í a en la e v o l u c i ó n de su conocimiento; es absurdo,
por tanto, esperar que alguien así aparezca repentinamente tras haber fungido
disciplinadamente por a ñ o s como segundo secretario de la embajada de M é x i c o
en L i m a o B o g o t á .
E n Tlatelolco, el reclutamiento de nuevos funcionarios no se orienta en
general hacia la c o n t r a t a c i ó n de expertos. Por el contrario, se fomenta la captac i ó n de recursos humanos supuestamente plurivalentes. A t r a v é s de u n sistema
de e x á m e n e s , que disfrazado de r e n o v a c i ó n no hace sino reforzar el control
de la burocracia tradicional, se accede a los escalones inferiores y m a l remunerados de u n largo escalafón en el que, con criterios semieclesiásticos, se espera
del nuevo funcionario el dócil acatamiento de decisiones administrativas que
lo obligan a servir indefinidamente en cualquier puesto y latitud geográfica.
Las grandes potencias resuelven la c o n t r a d i c c i ó n entre los intereses b u r o c r á t i cos de las cancillerías y las necesidades de personal especializado a t r a v é s de
los servicios estratégicos y de inteligencia, castrenses, de institutos adjuntos,
etc. E n nuestro caso, la solución d e b e r á p r o v e n i r de Tlatelolco, a t r a v é s de
reclutamientos paralelos para el cuerpo d i p l o m á t i c o y de personal profesionalmente especializado. L a tarea es urgente y el retraso m u y acumulado.
A pesar de su larga v i d a , la c a n c i l l e r í a mexicana no cuenta con una est r u c t u r a de i n f o r m a c i ó n , a n á l i s i s , p l a n e a c i ó n y prospectiva, capaz de hacer
frente a las complejas necesidades de la d i p l o m a c i a m u l t i l a t e r a l .
D e a h í el
abismo entre los p r o p ó s i t o s enunciados y la capacidad t é c n i c a para asimilar,
d í a a d í a , u n flujo de i n f o r m a c i ó n que —a su vez— propicie la eficacia a mediano y corto plazos. E n Tlatelolco a b u n d a n los ejecutivos, pero son pocos los
que hacen de la reflexión su labor profesional. Se carece incluso de bibliotecas, centros de d o c u m e n t a c i ó n y servicios de i n f o r m a c i ó n m í n i m a m e n t e equipados para el análisis prospectivo.
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Nuestras instituciones docentes de nivel universitario no forman personal
profesional con v o c a c i ó n para la d i p l o m a c i a multilateral. E l énfasis en la ciencia p o l í t i c a y los enfoques h i s t ó r i c o s descuida la c a p a c i t a c i ó n t é c n i c a en asuntos y mecanismos de la m u l t i l a t e r a l i d a d . Por su parte, las escuelas que adiest r a n a los científicos no se ocupan de fomentar aspiraciones internacionalistas.
E l c í r c u l o vicioso entre docencia y reclutamiento se cierra cuando Tlatelolco
no atrae, con condiciones atractivas de trabajo, a candidatos a convertirse en
expertos en organismos internacionales.
Igualmente negativa es la ausencia de mexicanos entre el personal de los
organismos multilaterales. U n a lectura p r i m i t i v a del nacionalismo y celos entre la burocracia han i n h i b i d o las candidaturas mexicanas para ocupar puestos en el sistema de las Naciones U n i d a s . D i r í a s e que M é x i c o rechaza que sus
ciudadanos se internacionalicen. Se trata de u n serio error estratégico, evidente
cuando otros países de menor v o c a c i ó n m u n d i a l se encargan, a sotto voce, de
llenar los e s c a ñ o s y beneficiarse del proceso. L a p r o f e s i o n a l i z a c i ó n de los fun-
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A l iniciarse este gobierno se a n u n c i ó la c r e a c i ó n en la c a n c i l l e r í a de u n a D i r e c c i ó n G e n e -
ral de P l a n e a c i ó n , bajo la S u b s e c r e t a r í a rebautizada como de P l a n e a c i ó n y Asuntos C u l t u r a l e s .
S i n embargo, no queda a ú n claro si su funcionamiento c o r r e s p o n d e r á plenamente al n o m b r e .
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cionarios acreditados ante los organismos internacionales y la i n c o r p o r a c i ó n
de mexicanos a los m i s m o s , c o a d y u v a r í a n notablemente a m u l t i p l i c a r los contactos d i p l o m á t i c o s de M é x i c o . L a crisis financiera del Tercer M u n d o hace
imposible la apertura de nuevas embajadas, sobre todo en los países en desarrol l o . Por ello, los organismos multilaterales constituyen u n foro alternativo m u y
conveniente. Incluso los países m á s pobres intentan subrayar su presencia en
las Naciones U n i d a s con personal mejor capacitado que el que pueden enviar
a embajadas periféricas; se trata de una lógica de prioridades ante la escasez
de recursos. M é x i c o debe utilizar los organismos multilaterales para acercarse
regularmente a gobiernos y entidades internacionales con los que, de otra form a , su contacto sería precario o nulo. Es urgente e l i m i n a r los prejuicios que
pretenden hacer de la multilateralidad y la bilateralidad mundos a n t a g ó n i c o s .
E n el fondo, quienes arguyen la existencia de esta falsa c o n t r a d i c c i ó n fomentan unilateralmente nuestra dependencia de Estados U n i d o s . L a tendencia globalista de los procesos d i p l o m á t i c o s , la gravedad del m o m e n t o m u n d i a l y la
severidad de las carencias, llevan en todas partes a descartar una c o n c e p c i ó n
de l a diplomacia en compartimientos estancos, que sólo beneficia a burocracias e g o í s t a s .
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Es t a m b i é n imprescindible fortalecer la capacidad de c o o r d i n a c i ó n de la
S e c r e t a r í a de Relaciones Exteriores en el interior del G o b i e r n o Federal y del
sector paraestatal. L a revisión de políticas provocada por la crisis debe servir
a este p r o p ó s i t o . Si bien es cierto que la m u l t i p l i c i d a d de contactos y la complejidad de los procesos explican la a t o m i z a c i ó n en la toma y ejecución de decisiones, no la justifican o aconsejan. Por el contrario, hacen m á s imperiosa
la necesidad de disciplina interna del sector p ú b l i c o . Para utilizar la jerga adm i n i s t r a t i v a , Tlatelolco no puede sustraerse a su función coordinadora como
"cabeza de sector", aunque para ejercerla cabalmente deba aumentar su calificación t é c n i c o - p r o f e s i o n a l y sus recursos humanos y financieros.
J a i m e T o r r e s Bodet gustaba de citar a K a n t , quien dijo: " L a paz no es
u n estado n a t u r a l entre los hombres. Es necesario c o n q u i s t a r l a . " E n 1952,
ese insigne mexicano r e n u n c i ó desilusionado al alto cargo de D i r e c t o r General
de la U N E S C O . Antes de retirarse instó a todos los maestros a que prestasen
particular a t e n c i ó n a seis puntos:
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cómo explicar a los educandos la diversidad de modos de vida de los pueblos más
diferentes; de qué manera proporcionarles una idea clara acerca de la interde2 9
C u a n d o se p r e s i o n a a los detractores de n u e s t r a p o l í t i c a m u l t i l a t e r a l a c a b a n confesando
t e m e r que é s t a " o f e n d a " a Estados U n i d o s y , p o r t a n t o , agrave n u e s t r a r e l a c i ó n con ese p a í s .
S i n e m b a r g o , hasta la e m b a j a d o r a K i r k p a t n c k ha expresado c r í t i c a s de f o n d o sobre la incapacid a d de Estados U n i d o s p a r a superar lo que l l a m a la " i n e p t i t u d n o r t e a m e r i c a n a " en la d i p l o m a c i a
m u l t i l a t e r a l . E n u n a c o n f e r e n c i a d i c t a d a en la F u n d a c i ó n H e r i t a g e en 1982, K i r k p a t r i c k a f i r m ó :
" A l n o a p r e n d e r c a b a l m e n t e las reglas del j u e g o , nos hemos c o m p o r t a d o c o n frecuencia c o m o
u n m o n t ó n de a f i c i o n a d o s en las N a c i o n e s U n i d a s . " H a s t a que la p r á c t i c a d i p l o m á t i c a m e j o r e ,
p r o s i g u i ó , n o se p u e d e saber si el o r g a n i s m o m u n d i a l puede c o n v e r t i r s e en u n " l u g a r h o s p i t a l a r i o
p a r a el i n t e r é s n a c i o n a l n o r t e a m e r i c a n o " . R i c h a r d B e r n s t e i n , op. cit. E n tales circunstancias, n o
les v a b i e n a a l g u n o s m e x i c a n o s ser m á s papistas que el P a p a .
3 0
J a i m e T o r r e s B o d e t , El desierto internacional, M é x i c o , P o r r ú a ,
1 9 7 1 , p. 3 7 1 .
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pendencia histórica que existe entre las naciones; por qué motivos es un deber
de todos los Estados cooperar en la organización de la paz mundial; cuáles serían
los métodos convenientes para afirmar en las nuevas generaciones el deseo de
aportar un concurso efectivo a la acción que con tal propósito desarrollasen los
pueblos; de qué medio podrían valerse los profesores con objeto de suscitar, en
la juventud, plena conciencia de sus responsabilidades ante la colectividad internacional, y qué normas pedagógicas [son] aconsejables para estimular en el niño
sanas disposiciones con respecto a la sociedad, a fin de obtener una mejor comprensión y una mayor cooperación internacionales.
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E l reto sigue en pie, en M é x i c o y en el m u n d o . E n ú l t i m a instancia, es
en la escuela donde reposa la renovada esperanza para que eche r a í c e s la concordia internacional. E l aula, que cada d í a adquiere m á s el perfil de u n televisor, tiene que formar mexicanos que no afirmen su nacionalismo con gestos
ramplones y agresivos, que entiendan la gravedad del m o m e n t o que les tocó
v i v i r , que a d e m á s de criticar y r i d i c u l i z a r ingenien respuestas constructivas,
que respeten y apoyen los esfuerzos de las Naciones Unidas por la paz y la
amistad. ¡ Q u e d a mucho por hacer, si es que alguna vez se e m p e z ó !
3 1
Op cit., p. 327.
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