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BIBLIOTECA
DE
AUTORES
NACIONALES
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Antología Panameña
VERSO Y PROSA
EDITORIAL " L A M O D E R N A " Q U I J A N O & H E R N Á N D E Z - P A N A M Á .
ANTOLOGÍA PANAMEÑA
VERSO Y PROSA
OBRA5 IMPRESAS LN LA EDITORIAL
" L A
M O D E R N A "
AUTORES NACIONALES
Planes d e Lecciones d e Zoología. - Alejandro Méndez P.
Apuntes y Conversaciones. - Samuel Lewis.
Gobernantes d e América T. I. - M. de J. Quijano.
El C o n g r e s o d e Panamá en 1826.-.F. Velarde y F. J.Escobaí
Retazos Líricos. - José María Guardia.
Elementos d e Historia (III Grado). - Editorial ''La Moderna"
Ideales d e Verdad y d e Belleza, - Aizpuru Aizpuru.
Biblioteca d e la "Prensa Ilustrada". Entrevistas
Ensayos Gramaticales.- Lisandro Espino
Croniquillas. - Aníbal Ríos D.
Antología Nacional. - Editorial "La Moderna"
AUTORES HISPANO AMERICANOS
La Derrota (novela colombiana). - G. Sánchez Gómez.
EN PRENSA
Nuestros Hombres. - Editorial "La Moderna"
Cuestiones Fiscales. - Samuel Lewis.
PUBLICACIONES
PERIÓDICAS
La Educación Nacional, revista mensual d e
la Inspección
General d e Enseñanza.
El Niño, revista quincenal. - / . D. Crespo y Gmo. Méndez P
La Prensa Ilustrada y La Semana.
- M. de J. Quijano.
Nuevos Ritos, revista mensual. - Ricardo Miró.
El Educador. - 0 M. Pereira y J. D. Moscote.
BIBLIOTECA
DE
AUTORES
NACIONALES
Antología Panameña
VLR50 Y PR05A
EDITORIAL " L A M O D E R N A " Q U I J A N O Y HERNÁNDEZ - PANAMÁ.
Tipografía y Casa Editorial "LA MODERNA" Plaza Arango • Panamá.
ADVERTENCIA
Para hacer esta recopilación nos hemos valido
del Parnaso Panameño publicado en 1916 por
Octavio Méndez Pereira, de la biblioteca particular de éste, quien nos abrió con toda generosidad
su sección de obras nacionales, la más rica que
conocemos, y de los archivos de la Secretaria de
Instrucción Pública, puestos a nuestras órdenes
por el mismo señor Méndez Pereira.
No pretendemos, con todo, haber hecho obra
completa o perfecta. Faltan, sin duda, algunos autores olvidados o de los cuales no hemos podido
obtener ningún modelo y otros no están representados, talvez, con lo mejor de sus producciones.
Quizá también hayamos sido demasiado benignos al incluir en esta ANTOLOGÍA algunos
autores que todavía no pueden considerarse como
verdaderos representativos. Valga, en todo caso,
el espíritu de patriotismo con que acometimos este
trabajo y el carácter de mera colección de materiales que le queremos atribuir. Otros vendrán mejor
preparados y documentados que con estos materiales y los del Parnaso Panameño podrán hacer
el estudio definitivo de nuestra literatura nacional
y la verdadera definición y apreciación de nuestros
valores intelectuales.
Lntre tanto, sea esta humilde contribución
para tamaña tarea, nuestra ofrenda a la Patria en
el Centenario del Congreso de Bolívar.
Los Editores
Panamá - 1926.
Manuel José Pérez
(1830 —
1888)
LA CASA D O N D E
NACÍ
T o d o pasa, el t i e m p o vuela,
tras la verdad, el e n g a ñ o ,
s ó l o dura el d e s e n g a ñ o
en este m u n d o infeliz,
mentira es c u a n t o m i r a m o s ,
s ó l o es s e g u r o el d o l o r ;
al aspirar una flor
siempre en espinas m e herí.
E l árbol que h a y en el p r a d o
flores y frutas ostenta,
mañana es una o s a m e n t a ,
c a r c o m i d o hasta la r a í z ;
y el santo h o g a r de mis padres
que se c o n s e r v a b a e r g u i d o ,
ya en ruinas se ha c o n v e r t i d o :
« f u é » la casa en que nací.
E s e t e c h o que en la infancia
n o s cobijaba, querido,
polluelos de un m i s m o nido
a mis h e r m a n o s y a m í ,
h o y es un e s c o m b r o humeante
paredes ennegrecidas,
i n f o r m e masa, aun querida,
es la casa en que nací.
N o m á s , b a j o el m i s m o t e c h o
abrigaré m i cabeza,
e inspira inmensa tristeza
el pensamiento ¡ a y de m í !
que nunca c o n mis h e r m a n o s
v o l v e r é al h o g a r querido,
que aunque fuese r e c o n s t r u i d o
n o es la casa en que nací.
1
¿ Q u é i m p o r t a que la fortuna
de u n e s c o m b r o haga un altar?
C o n cenizas de u n h o g a r ,
¿quién lo podrá reconstruir?
Y a n o será el m i s m o n i d o
que m i s padres c o n s t r u y e r o n
y que mis pies r e c o r r i e r o n
en su carrera infantil;
Q u e en cada r i n c ó n p e r d i d o
un r e c u e r d o se encontraba,
r e c u e r d o s que y o guardaba,
de esa m i infancia f e l i z ;
y al mirar hacia el pasado,
inclinando m i cabeza,
l l o r o lleno de tristeza
p o r la casa en que nací.
Tomás Martín Feuület.
(1834 —
1862)
FLOR DEL ESPÍRITU
SANTO
D e nuestros b o s q u e s en l o m á s r e c ó n d i t o
b a j o altísimos t e c h o s de v e r d o r ,
erguida c r e c e entre p e ñ a s c o s áridos
una preciosa flor, peregrina flor,
oculta siempre a las
entre la espesa selva en
p o r m i e d o acaso de que
c o n su flexible tallo en
miradas, tímida,
que se v e ,
airado el á b r e g o ,
tierra d é .
Ella n o ostenta ni brillante púrpura,
ni matices de gualda y de c a r m í n ;
m á s s o n de nieve sus h e r m o s o s pétalos,
m á s b l a n c o s que azucena, que j a z m í n .
L a flor es esa que del Santo Espíritu
he e s c u c h a d o llamar desque nací,
y en c u y o cáliz el p e r f e c t o s í m b o l o
de esa i m a g e n divina siempre vi.
A h ! y o r e c u e r d o que en m i infancia plácida
c o n respeto a esas flores m e acerqué,
p o r q u e j u z g a b a en mi inocencia candida
que eran e m b l e m a de piadosa fe.
Y m e han c o n t a d o que querubes y
las vienen en la n o c h e a custodiar,
ángeles
para impedir que de sus tallos débiles
las arranquen l o s vientos al pasar.
Y que c o n ellas, c u a n d o ya el c r e p ú s c u l o
en la tierra derrama su arrebol,
tejen guirnaldas las campestres náyades,
para ofrecerlas al naciente sol.
Y que a regarlas, entre nubes diáfanas
baja de la mañana el serafín,
al son del c a n t o m e l o d i o s o , a r m ó n i c o ,
del pintado y alegre c o l o r í n . . .
D e nuestra patria las h e r m o s a s sílfides
orlan c o n ella su hechicera sien,
para que unidas a sus r i z o s de é b a n o ,
aun m á s e n c a n t o a sus encantos den.
Y allí resalta su h e r m o s u r a nítida,
y luce m á s su virginal c o l o r ,
c o m o del cielo en la azulada b ó v e d a
luce de las estrellas el f u l g o r .
Y es esa flor encantadora, mística,
de nuestros climas e x c l u s i v o don:
nuestros c a m p o s adorna c o n su m é r i t o ,
p e r o nunca se ve en otra r e g i ó n .
Y p o r e s o el v i a j e r o del
que bellas flores en E u r o p a
queda a d m i r a d o ante la flor
que sin cultivo y r i e g o aquí
Atlántico,
vio,
de A m é r i c a ,
nació.
A l l á la planta en el jardín espléndido
de su r i c o palacio el g r a n s e ñ o r ,
p o r verla crecer en su invernáculo
diera de entre sus flores la m e j o r .
M a s es en v a n o , que el S u p r e m o A r t í f i c e
s ó l o a n o s o t r o s n o s la quiso dar,
c o m o dióles t a m b i é n a nuestras v í r g e n e s
h e r m o s u r a sublime, singular.
Sí, v o s , señora, que escucháis mi c á n t i c o ,
e j e m p l o sois de que n o m i e n t o y o ,
p o r q u e aun del Sena en las floridas m á r g e n e s
vuestra belleza, sin rival brilló.
Y c u a n d o v i e r o n vuestra faz angélica,
o s a d m i r a r o n dignamente allá,
c o m o a la h e r m o s a perla del P a c í f i c o
y a la m á s bella flor de P a n a m á !
A h ! c u a n d o a fuerza de t o r m e n t o s h ó r r i d o s
cese de palpitar m i c o r a z ó n ;
c u a n d o deje esta vida triste y mísera,
para d o r m i r tranquilo en el P a n t e ó n ,
y o sé que nadie verterá una lágrima,
y ojalá que siquiera p o r favor,
alguien c o l o q u e en m i enlutado féretro
del Espíritu Santo alguna f l o r !
José Dolores Urriola
(El
Mulato)
(1834 — 1883)
SONETO
( I m p r o v i s a d o en un c o r r o de a m i g o s )
N o pretendáis, a m i g o s , que y o m u e v a
guerra al o b j e t o de m i a m o r p a s a d o ;
ni que triste, c o b a r d e y humillado,
vaya a p o n e r m i c o r a z ó n a prueba.
¡ Q u e y o la i d o l a t r é ! N o es c o s a nueva.
¡ Q u e m e dejó por otro! Está probado.
M a s . . . ¿ q u i é n sabe? T a l v e z en el p e c a d o
la penitencia merecida l l e v a !
N o su inconstancia para m í d e p l o r o ,
ni de su fama pésima m e r í o ;
ni m e n o s t o m o parte en este c o r o ,
que en t o r n o de ella levantáis b r a v i o :
pues una dama que se rinde al o r o
n o se m e r e c e ni el desprecio m í o !
EPIGRAMA
(Improvisación).
A s í c o m o el h u r a c á n
arrebata la basura
a m u y elevada altura
y l u e g o , la vuelve a atraer,
así la guerra civil,
en d o n d e que quiera estalla,
eleva la vil canalla
para matarla al caer.
Amelia Denis de Icaza
(1836 — 1910)
AL CERRO
DE
ANCÓN
Y a n o guardas las huellas de mis
ya n o eres m í o , idolatrado A n c ó n .
Q u e ya el D e s t i n o desató l o s lazos
que en tu falda f o r m ó m i c o r a z ó n .
pasos
Cual centinela solitario y triste
u n á r b o l en tu cima c o n o c í :
allí g r a b é m i n o m b r e , q u é l o hiciste?
¿ p o r q u é n o eres el m i s m o para m í ?
¿ Q u é has h e c h o de tu espléndida belleza,
de tu h e r m o s u r a agreste que a d m i r é ?
D e l m a n t o que c o n regia gentileza
en tus faldas de libre c o n t e m p l é ?
¿ Q u é se hizo tu C h o r r i l l o ? ¿ S u corriente
al pisarla u n e x t r a ñ o se s e c ó ?
Su cristalina, bienhechora fuente
en el a b i s m o del n o ser se h u n d i ó .
Q u é has h e c h o de tus árboles y flores
m u d o atalaya del tranquilo m a r ?
M i s suspiros, mis ansias, m i s d o l o r e s ,
te llevarán las brisas al p a s a r !
T r a s tu c i m a ocultábase el l u c e r o
que m i frente de niña i l u m i n ó :
la lira que he pulsado, tú el p r i m e r o
a m i s v í r g e n e s m a n o s la e n t r e g ó .
T u s p á j a r o s m e d i e r o n sus c a n c i o n e s ,
c o n sus n o t a s dulcísimas canté,
y m i s s u e ñ o s de a m o r , mis ilusiones,
a tu brisa y tus árboles c o n f i é .
M á s tarde, c o n m i lira enlutecida,
en m i s pesares siempre te l l a m é ;
buscaba en tí la fuente b e n d e c i d a
que en mis a ñ o s p r i m e r o s e n c o n t r é .
C u á n t o s a ñ o s de i n c ó g n i t o s pesares,
m i espíritu b u s c a b a m á s allá
a m i h e r m o s a sultana de d o s mares,
la reina de d o s m u n d o s , P a n a m á !
S o ñ a b a y o c o n m i r e g r e s o un día,
de rodillas m i tierra saludar:
contarle m i nostalgia, m i agonía,
y a su s o m b r a tranquila descansar.
S é que n o eres el m i s m o ; quiero verte
y de lejos tu cima c o n t e m p l a r ;
m e queda el c o r a z ó n para quererte
ya que n o p u e d o j u n t o a tí llorar.
Centinela a v a n z a d o , p o r tu duelo
lleva m i lira u n l a z o de c r e s p ó n ;
tu ángel c u s t o d i o r e m o n t ó s e al cielo
ya n o eres m í o , idolatrado A n c ó n !
María B. Funck de Fernández
(1841 — 1904)
LA
POBRE
VERGONZANTE
Q u é haces aquí c o n tu semblante triste
b a ñ a d o p o r el llanto del d o l o r ?
T u débil c u e r p o de g i r o n e s viste,
n o adornan tus cabellos una flor.
L í v i d a está tu juvenil mejilla,
blanca tu b o c a u n t i e m p o de coral
y tu negra pupila apenas brilla
de la fiebre al calor artificial.
Q u é haces aquí c o n tu alma de p a l o m a
en m e d i o del terrífico h u r a c á n ?
E r e s aun flor, n o pierdas ese a r o m a
que la virtud y la inocencia dan.
V e t e a tu h o g a r d o n d e talvez te aguarde
la madre que en en sus b r a z o s te m e c i ó ;
n o quieras regresar c u a n d o sea tarde,
que tu estrella infeliz n o se e c l i p s ó .
¿ Q u é aguardas, di? C o n m i q u e j o s o a c e n t o
e s p e r o c o n m o v e r la sociedad,
¿ a c a s o es h u m o que disipa el viento,
la dulce y sacrosanta caridad?
N o es h u m o , n o ; la caridad sublime
n o puede c o n el v i e n t o perecer,
ella en el p e c h o varonil se i m p r i m e
y en el alma t a m b i é n de la m u j e r .
P e r o n o t o d o c o r a z ó n se siente
c o n m o v i d o m i r a n d o la orfandad,
piensan que el p o b r e « v e r g o n z a n t e » miente
y perecer le dejan sin piedad.
Necesitan saber que la p o b r e z a
en miseria c o m p l e t a se t r o c ó ,
y c o n d e s d é n sarcástico tropieza
el que nunca en la calle m e n d i g ó .
Y o he visto a v e c e s perecer sediento
al p o b r e j u n t o a un f r e s c o manantial
que el r i c o c o n t e m p l á n d o l o avariento
t r o c ó en i n m u n d o y sucio lodazal.
V e t e a m o r i r c o n h a m b r e silenciosa
o pide p o r D i o s doquiera u n pan
si n o l o haces, d i r á n : es o r g u l l o s a ;
si en p ú b l i c o l o pides te darán.
M á s si evitas v e r g ü e n z a o triste m u e r t e
a j a n d o tu virtud para vivir
será terrible tu azarosa suerte,
m á s te valiera en el d o l o r m o r i r .
¡ A h ! tú n o sabes l o que encierra el n o m b r e
de pública s a n c i ó n , de « S o c i e d a d . »
A n t e ella humilla su c e r v i z el h o m b r e
y el infeliz s u c u m b e sin piedad.
Jerónimo Ossa
(1847 — 1907)
HIMNO
NACIONAL
A l c a n z a m o s p o r fin la victoria
en el c a m p o feliz de la u n i ó n ;
c o n ardientes f u l g o r e s de gloria
se ilumina la nueva n a c i ó n .
Es preciso
del p a s a d o el
y que a d o r n e
de c o n c o r d i a
cubrir c o n u n v e l o
calvario y la c r u z ;
el azul de tu cielo
la espléndida luz.
E l p r o g r e s o acaricia tus lares
al c o m p á s de sublime c a n c i ó n ;
ves rugir a tus pies a m b o s m a r e s
que dan r u m b o a tu n o b l e m i s i ó n .
E n tu suelo, cubierto de flores,
a l o s b e s o s del tibio terral,
terminaron g u e r r e r o s f r a g o r e s ;
s ó l o reina el a m o r fraternal.
A d e l a n t e la pica y la pala,
al trabajo sin m á s dilación,
y s e r e m o s así p r e z y gala
de este m u n d o feraz de C o l ó n .
TUS
OJOS
Niña de l o s lindos o j o s ,
la de l o s o j o s de cielo,
tú n o sabes, vida mía,
c o n q u é l o c u r a te q u i e r o !
T e quiero p o r q u e eres linda
y eres m i dulce c o n s u e l o ,
p e r o s o b r e t o d o , niña,
p o r q u e tus o j o s s o n cielos.
T u s o j o s tienen el brillo
del matutino l u c e r o
y s o n de tu alma divina
el m á s sublime reflejo.
C u a n d o m e miran m e encantan
si n o m e miran, p a d e z c o ;
que s o n ellos m i alegría
y s o n ellos m i t o r m e n t o .
C u a n d o fijas tu mirada
de ardiente esperanza e s p e j o ,
m e parece que así miran
los ángeles del E t e r n o .
C u a n d o tus o j o s sonríen,
n o sé, niña l o que s i e n t o ! . .
así se sonríe el alma
que se abre al a m o r p r i m e r o .
C u a n d o lloran y desprenden
mil diamantes h e c h i c e r o s ,
c o m o l o s lirios del c a m p o
c u a n d o l o s agita el viento,
.
Y o n o s é ! m a s sin fijarme
y o t a m b i é n l l o r o c o n ellos,
y ese llanto q u e d e r r a m o
es de m i pena el c o n s u e l o .
T ú n o sabes, p o r tus o j o s
c u á n t o , m i vida, p a d e z c o ;
si m e miran m e asesinan,
si n o m e miran m e m u e r o .
P o r esto, prenda
m í r a m e siempre te
m e j o r m o r i r a tus
que vivir l e j o s d e
querida,
ruego:
ojos,
ellos.
Francisco María Calancha
(1850)
DOLOR
M u e r d e , sí, clava en m í tu diente horrible,
destroza el c o r a z ó n ;
que al vivir sin la luz de tu mirada,
es caricia tu
horror.
E n la duda abrásanse mis sienes,
e n la p a s i ó n m i ser;
y del d o l o r que acaba en el que empieza
renuévase la hiél.
E s mi d o l o r o c é a n o que en mi p e c h o
l o siento d e s b o r d a r ;
c u a n d o a h o g u e m i vida entre sus ondas
en ella se a h o g a r á .
José Leonardo Calancha
CANCIÓN
PATRIÓTICA
Dedicada
a la juventud
chiricana.
M a r c h e m o s al c o m b a t e decididos,
¿ q u i é n p o r ser libre n o sabrá v e n c e r ?
que al regresar a nuestro h o g a r q u e r i d o
a la que a m a m o s t o c a r á el laurel.
T r u e n a el c a ñ ó n que de ardimiento inflama
del ciudadano el n o b l e c o r a z ó n ;
v o l e m o s sí, la libertad n o s llama,
triunfos y glorias del valiente s o n .
E n el t u r b i ó n de la sangrienta lucha,
que Cielo y Tierra llena de orfandad,
triunfar s a b r e m o s : la bravura es m u c h a
de l o s que lidian p o r la libertad
E n l o s instantes de furor y m u e r t e
jinete, infante, t o d o c e d e r á
de nuestros sables al m a n d o b l e f u e r t e ;
s ó l o al v e n c i d o c o m p a s i ó n tendrá.
M a s si el destino c o n airado c e ñ o
les niega a nuestras huestes su f a v o r ,
que sea el s e p u l c r o del s o l d a d o i s t m e ñ o
l a g o s de sangre del falaz traidor.
Fernando Delazerda
(1852 — 1885)
A MI
MADRE
A tí, que fuiste quien m e c i ó m i cuna,
de quien santas caricias recibiera,
a tí, a quien n o quiso la fortuna
c o n c e d e r que en el m u n d o n o s uniera
v í n c u l o tan h e r m o s o , y una a una
en d o l o r e s mis h o r a s convirtiera,
a tí dirijo entristecido c a n t o
a n e g a n d o m i p e c h o a m a r g o llanto.
Triste es el m u n d o , de pesares l l e n o :
se viene a él p o r v o l u n t a d s u p r e m a
t r a y e n d o en nuestro ser a l g o de c i e n o
y la miseria c o m o t o d o e m b l e m a :
en la m a n o la c o p a del v e n e n o ,
y e s c u c h a n d o doquiera el a n a t e m a :
" D e s d i c h a d o en la tierra vivirás
y a la tierra, p o r fin, tú v o l v e r á s I " . . . .
C o n tu pérdida ¡ o h m a d r e ! y o h e p e r d i d o
un t e s o r o de a m o r y de p o e s í a :
vive triste m i p e c h o y d o l o r i d o ,
y aunque b u s c o placeres y alegría,
es en v a n o . . . . T ú alzaste de tu n i d o
ese v u e l o fugaz. L a muerte impía
m e p r i v ó de tu a m o r y tus caricias
y c o n ellos perdí dulces delicias.
¿ Q u i é n apiadado escuchará l o s ayes
que despida m i p e c h o d o l o r i d o ?
| D e quién escucharé u n — " n o d e s m a y e s "
que reanime el valor que haya p e r d i d o
c u a n d o s ó l o y errante en estos valles
e n t r e g a d o a la pena, y m i o í d o
s ó l o atienda a la v o z de m i destino
sin brújula y t i m ó n en m i c a m i n o ? . . . .
¡ A m a r g o padecer! ¡Pesar horrendo
turbará p o r doquiera mi existencia,
mil d o l o r e s m i alma p a d e c i e n d o
hallando p o r doquier maledicencia,
de la cual, una m a n o que defienda
n o h a l l a r é . . . . ¡ Y lloraré tu ausencia
mientras que v a g u e c o n incierto v u e l o
hasta v e r m e c o n t i g o allá en el c i e l o !
Sí . . . P o r q u e espero de ese Ser divino
que el o r b e t o d o c o n saber gobierna,
c o n c é d a m e la gracia que i m a g i n o
de n o ser nuestra separación eterna;
y o espero que el r i g o r de m i destino,
cual la trémula luz de una linterna,
pase y se extinga c o n la leve brisa
y al fin v e r é de n u e v o tu s o n r i s a . . . .
E n este solitario c e m e n t e r i o
d o la verdad p o r excelencia habita
está del H a c e d o r el gran m i s t e r i o :
aquí el c o r a z ó n m u d o palpita,
aquí está de la M u e r t e el gran I m p e r i o ,
m a n s i ó n de la quietud, e n que dormita
al l a d o del humilde el p o d e r o s o
y j u n t o a la h o n r a d e z está el v i c i o s o .
A q u í el fin de m u n d a n o s a m o r í o s ,
aquí el fin de mil cetros y c o r o n a s :
el P o d e r aquí y a c e sin sus b r í o s
y su grande edificio h e c h o b o r o n a s . . . .
¡ F i n increíble de infieles y de i m p í o s !
T ú c o n tu aliento t o d o l o destronas,
muerte cruel que d o m i n a s en el m u n d o
hasta hacer la equidad en l o p r o f u n d o !
P e r o u n allá, d o n d e e n c u m b r a d o t r o n o
o c u p a D i o s , r o d e a d o de q u e r u b e s ;
d o n d e c o n dulce y a r m o n i o s o t o n o
se deleitan l o s seres de las nubes,
d o n d e cesa del m u n d o el d u r o e n c o n o ,
y d o n d e ¡ o h a l m a ! en tus a solas subes
desde allá quiero e s c u c h e la plegarla
que dirijo en su losa funeraria.
M i s lágrimas ardientes, pesarosas,
c o n t e m p l a d e s d e allá, m a d r e a d o r a d a :
ruégale a D i o s cambiarlas, de angustiosas
en mansas, apacibles, s o s e g a d a s . . .
R u é g a l e , p o r la p a z de que tú g o z a s ,
que haya en la tierna para m í alboradas
que m e disipen tan a m a r g a s penas
y del d o l o r desaten las cadenas.
Y recibe ¡ o h m a d r e c a r i ñ o s a !
del p e d a z o de tu alma que dejaste
c u a n d o cambiaste p o r la fría losa
el a m o r y ternura que g o z a s t e
de m i alma de ángel, pura y c a n d o r o s a
que c o n c e l o constante f e c u n d a s t e . . . .
E s c u c h a mi d o l o r y m i aflicción
y e n v í a m e de allá tu b e n d i c i ó n !
Máximo Walker Bravo
(1855 — 1900)
LA
IDEA
D i q u e s p o n e d al c u r s o del torrente,
así c r e y e n d o contener las a g u a s ;
n o lograréis que tornen a su origen,
ni t a m p o c o p o r siempre sujetarlas.
Será m a y o r e n t o n c e s su v o l u m e n ,
serán así sus fuerzas aumentadas
y a su i m p u l s o v i o l e n t o la obra frágil,
veréis c o m o derriba y arrebata.
A la Idea, l o m i s m o que al torrente,
bien se puede un instante s u b y u g a r l a ;
p e r o siempre que está m á s perseguida,
m a y o r e s fuerzas y p o d e r alcanza.
A r r o l l a al n e c i o que s o ñ ó vencerla,
y que se o p u s o en m e d i o de su m a r c h a ;
triunfa de t o d o s y j a m á s perece,
p o r q u e ella es inmortal c o m o es el alma.
Emilio Briceño
(1857 — 1894)
EL
PERIODISTA
S o l d a d o de la imprenta que pelea,
que libra cada instante una batalla,
y que v e n c e c o n « p l o m o » y sin metralla
en l o s c a m p o s a u g u s t o s de la idea.
S e y e r g u e m a j e s t u o s o y centellea
el arma del D e r e c h o que avasalla,
y o p o n e a l o s déspotas la valla
del talento o del g e n i o c o n que crea.
L o s d e r e c h o s del p u e b l o s o n su g u í a ;
c o m b a t i r las infamias es su i n t e n t o ;
las glorias de su pluma y su talento,
derrocar p o r doquier la tiranía,
y que luzca p o r fin el claro día
en que reine en el m u n d o el p e n s a m i e n t o !
EL
C o n la
la infame
las g o t a s
en lluvia
TRABAJO
pluma y el yunque y el arado
esclavitud será e x t i n g u i d a ;
de sudor se habrán t r o c a d o
fecundante y luz y vida.
E l castigo de un crimen del pasado
verálo el porvenir, gloria cumplida,
p o r q u e el noble trabajo, deificado
será, p o r nuestra especie redimida.
E s que al influjo del trabajo h u m a n o
ha de ceder hasta el m a l v a d o i m p í o ,
tal c o m o cede, al desbordarse, el r í o ,
después que tala o fecundiza u f a n o ;
que el trabajo hará al h o m b r e s o b e r a n o
de la tierra, del cielo y del v a c í o .
José Lorenzo Gallegos F.
(1857)
FLORES
DEL
MONTE
A l l í va de r i t m o s un c u a d e r n o
al público lanzado c o n t e m o r ,
que y o l o s a m o c o n c a r i ñ o tierno,
c o n fe sencilla, c o n cristiano a m o r .
M i s v e r s o s allí van, " f l o r e s del m o n t e "
que las cultiva el c o r a z ó n feliz,
h o y salen de su l ú g u b r e h o r i z o n t e
sin a r o m a talvez y sin matiz.
H u m i l d e s azucenas y artemisas,
flores de c i n a m o n o y azahar,
m e z c l a d a s van c o n lágrimas, sonrisas,
c o n s u e ñ o s , esperanzas y pesar.
Q u e s o n mis cantares trémulas c o n g o j a s
de mis ideales de c o l o r azul,
suspiros de la brisa entre las h o j a s ,
de un triste m e l a n c ó l i c o abedul.
P o r e s o c o n t e m o r al m u n d o e n v í o
las florecillas que m e dio el verjel,
l e j o s de m í se m o r i r á n de frío
si llega el m u n d o a despreciarlas cruel.
D a d l e s cariño a mis campestres flores
que b u s c a n de ternura la e x p r e s i ó n ,
n o las tratéis c o n b á r b a r o s r i g o r e s
p o r q u e en ellas matáis m i c o r a z ó n .
¡ D u l c e esperanza e m b r i a g a d o r a
difunde s o b r e m í tu resplandor,
en castos b e s o s inmortales sella
m i s flores de poeta y s o ñ a d o r !
y
bella!
EL
POBRE
E l p o b r e revela en su triste semblante
la i m a g e n perfecta del llanto y d o l o r ,
la dicha b u s c a n d o c o n faz anhelante,
y cruel esa dicha se e s c o n d e , ¡ q u é h o r r o r !
E l p o b r e p a d e c e en silencio p r o f u n d o ;
i m p l o r a su vida de p o b r e o r f a n d a d ;
su patria, su a m i g o , su t e m p l o es el m u n d o ,
su a c e n t o querido, feliz caridad.
M i r a d : es un p o b r e que incierto camina,
miserias l l e v a n d o c o n s i g o t a m b i é n :
su r o s t r o la luz celestial ilumina,
b u s c a n d o las almas amantes del bien.
•
L a historia del p o b r e se escribe c o n llanto,
si el llanto es la fuente d o apura su sed,
si al p o b r e es la vida martirio y espanto,
si lágrimas s ó l o m e r e c e verter.
L a n o c h e le brinda su m a n t o s o m b r í o ,
y el p o b r e en silencio c o n t e m p l a a su D i o s :
su l l o r o le brinda p o r dulce r o c í o ,
y el m u n d o le niega su m a n o y a m o r .
E m p e r o , este ser infeliz en la tierra,
laureles, c o r o n a s alcanza en el c i e l o :
la tumba penetra y la tumba le encierra,
y en p o s de sus triunfos r e m o n t a su v u e l o .
Justo A. Fació
(1859)
A
PANAMÁ
Y o estaba l e j o s , l e j o s :
m i ardiente fantasía
m u y g r a n d e te soñaba,
c u a n d o ante m í surgía,
velada p o r el t i e m p o ,
tu dulce a p a r i c i ó n ;
m á s a y ! a la m a t r o n a
en tí b u s c ó mi m e n t e
y m e e n c o n t r é c o n que eras
el miserable cliente
que m a r c h a r e s i g n a d o
•
a zaga del p a t r ó n .
N i eras al sumergirte
en aguas de indolencia
el m í s e r o que c o m p r a
su inútil existencia
al p r e c i o i g n o m i n i o s o
de vil pasividad:
a h ! cuántas v e c e s , cuántas,
c o n su falaz r e c l a m o
a lucha fratricida
l o g r ó lanzarte el a m o
p o r un m e z q u i n o e n g e n d r o
de t o r p e libertad!
Sencilla y denodada,
pletórica de brío,
el m u n d o , sin e m b a r g o ,
en el sangriento lío
frisar c o n l o g r a n d i o s o
tu esfuerzo v a r o n i l ;
y o no amo los c o m b a t e s :
vio
su saña m e h o r r o r i z a ;
p e r o , al incendio r o j o
de la r e m o t a liza,
a d m i r o en ti a la v i r g e n
intrépida y gentil.
M a s , o y e : n o te
engrías:
ese brutal c o r a j e
es el instinto f o s c o ,
m a l é v o l o y salvaje
c o n que la bestia hirsuta
se lanza al r e d o n d e l :
despedazados ruedan
a su f e r o z z a r p a z o
desde el h o m b r e potente,
que triunfa p o r su b r a z o ,
hasta la v i r g e n rosa,
que tiembla en el verjel.
E s a es la gloria, o h patria,
que el universo admira,
c e g a d o p o r el brillo
de la sangrienta pira
s o b r e la cual despunta
con bélico ademán:
mientras que, c o m o diente
de ignotas alimañas,
un cáncer silencioso
d e v o r a sus entrañas,
la púrpura del cesar
sus h o m b r o s lucirán.
¿ Q u é vale, di, su arreo,
si gotas mil de llanto
cual fúnebres estrellas
resbalan p o r el m a n t o
c o n que esa m a g a cubre
su séquito de h o r r o r ;
si, en la avalancha de h o r d a
c o n que r e c o r r e el m u n d o ,
hasta Natura pierde
el ímpetu f e c u n d o
que hace estallar la vida
en ráfagas de a m o r ?
N o era ese i m p e r i o el t u y o :
el t u y o era de f l o r e s :
mil fuerzas misteriosas
en l o c o s surtidores
sus lenguas agitaban
en t o r n o de tu ser:
era la vida ardiente
que en ancha vena rota
del v a s o d e s b o r d a n t e
de tu existencia brota,
e n ricas primaveras
ya p r o n t a a florecer.
C u a n t o tiene el destino
te daba a m a n o s l l e n a s ;
el o r o que se cuaja
en límpidas patenas
b a j o su suelo hervía
c o m o á t o m o s del s o l ;
insignia de tu r a n g o
de reina de d o s mares,
para tejer cintillos,
a j o r c a s y collares,
guardabas tú mil perlas
de v i v o tornasol.
Sí, patria, tú ceñías
el c i n t u r ó n de o r o
que a V e n u s hizo dueña
del p i é l a g o s o n o r o
d o n d e r o d ó su c a r r o
de espumas y c o r a l ;
p e r o , indolente o sorda,
a c a s o n o entendías
la v o z de los d o s m a r e s
que en rotas a r m o n í a s
cantaban tu destino
c o n lenguas de cristal.
N o te excitaba el h a d o
a l o c o desvarío,
haciéndote p r o m e s a s
de insano p o d e r í o ,
de gloria sanguinaria,
de t r á g i c o laurel;
n o es g r a n d e el a m b i c i o s o
de gloria o s e r v i d u m b r e
que en sus s o b e r b i o s p u j o s
p o r alcanzar la c u m b r e
s o b r e la h u m a n a estirpe
levanta su escabel.
E n tu solar, repleto
de g e r m e n y
c o m p i t e n b a j o el árbol
pujanza,
de bíblica esperanza
la m e n t e s o ñ a d o r a
y el m ú s c u l o t e n a z ;
p o r q u e en tu suelo p u s o
el g e n i o del trabajo
s o b r e la ciencia grave
y s o b r e el d u r o t a j o
a r c o iris que p r o m e t e
un sol de eterna paz.
P o r e s o al verte henchida
de f u e g o repentino,
resuelto el continente,
regir c o n fe la nave
que lleva tu destino,
tus hijos te a c l a m a m o s
c o n íntima e f u s i ó n :
radiante la mirada,
resuelto el continente,
ya n o eres, n o , c o m o antes,
el miserable cliente
que marcha r e s i g n a d o
a zaga del p a t r ó n .
Señora de tu suelo,
altiva, si risueña,
en l o alto de la c u m b r e
eriges h o y la enseña
d o n d e escribió el E t e r n o
tu fin providencial,
y, p o r sendero libre
de oscuras atalayas,
a darse estrecho a b r a z o
acuden a tus playas
l o s pueblos que divisan
su m á g i c a señal.
Helos allí que vienen
p o r una y otra senda
y que r e p o s a n l u e g o
b a j o tu h e r m o s a tienda,
s o ñ a n d o en la ventura
c o n plácida inquietud,
en tanto que, a su g e s t o ,
o h patria, c o n d o l i d a ,
tú o f r e c e s a los tristes
el ánfora de vida
que infunde en las entrañas
calor de juventud
Si te contentas s o l o ,
de n o b l e afán llevada,
c o n ofrecer al h o m b r e
tu sal y tu m o r a d a
tu p u r o sol de f u e g o ,
tu cielo de z a f i r :
n o en balde, n o , en tu e s c u d o ,
vese brillar tu empresa
c o m o estrellado s i g n o
de imperial p r o m e s a
que en página g l o r i o s a
descifra el porvenir.
Aun
eres, sí, m á s g r a n d e :
impávida, tranquila,
sin que el d o l o r detenga
la m a n o que mutila,
la estrella de tu sino
p o r ú n i c o sostén,
el m u n d o ha c o n t e m p l a d o
de a s o m b r o t o d o lleno,
c ó m o sin p e s a d u m b r e
pelícano
te abres el p r o p i o s e n o , —
sublime, —
p o r el h u m a n o bien.
N o importa si el estulto
te befa o escarnece,
p o r q u e en tu v i r g e n suelo
la libertad florece
b a j o la s o m b r a augusta
del roble p r o t e c t o r :
en su follaje el r o b l e ,
c o m o u n dosel, te arropa,
en tanto llega el alba
en que su blanda c o p a
s o b r e tus h i j o s tienda
la libertad en flor.
E a j o esa vasta s o m b r a ,
c o m o b a j o un velario,
los h o m b r e s a n i m o s o s
en g r u p o tumultuario
se lanzan a la meta
con g o z o y ansiedad:
allende la F o r t u n a
dibuja su silueta,
y quien alcanza al c a b o
la suspirada meta
g i r o n e s de sus r o p a s
arranca la deidad.
N o c o n h a l a g o s torpes
o fútiles intrigas
tú a la F o r t u n a , o h patria,
cortejes y persigas:
ella prefiere al m i m o
el n u d o c o n s t r i c t o r :
estrújala en tus b r a z o s
c o n fuerza que destroza
y la v e r á s , rendida,
llevarte en su carroza
hasta la c u m b r e excelsa
de fúlgido
Tabor.
E s ancha la carrera,
magnífica la pista,
y a conquistar el g a j e
la humanidad se alista,
en m a r c h a al h o r i z o n t e
de l í m p i d o t u r q u í :
al c o r o de tus mares,
b a j o tu cielo abierto,
resuena en el c a m i n o
c o m o triunfal c o n c i e r t o ,
el paso t u m u l t u o s o
c o n que se acerca a tí.
P o r q u e , c o m o una estrella
de la celeste c o r t e ,
un s o l o y grande anhelo
sirviéndote de N o r t e ,
preside c o n su l u m b r e
tu ruta m u n d a n a l :
m á s firme y m á s potente
que el n e x o de la raza,
él s ó l o — que es idea —
c o n hilo de o r o enlaza
a todos los humanos
en g r u p o fraternal.
P r o s i g u e , sí, p r o s i g u e
tu g e n e r o s a
el c e r c o de tus b r a z o s
brega;
c o n j ú b i l o despliega
para l o s h o m b r e s t o d o s
en una amante
y que tu f a r o insigne,
cruz,
radiante de esperanza,
fulgure entre el misterio
como
de oscura lontananza
una flor inmensa
de p é t a l o s de luz.
A los clamores
roncos
de b é l i c o s metales
prefieres tú l o s ruidos
alegres y triunfales
que las c o l m e n a s de h o m b r e s
levantan en r e d o r ,
y que ese c a n t o diga
tu e x c e l s o s e ñ o r í o
c u a n d o en tu frente brillen,
c o m o orlas de r o c í o ,
en sartas diamantinas
las g o t a s del s u d o r .
E n la m á s alta c i m a
c o l o c a tu bandera,
y c u a n d o la sacuda
la brisa pasajera
en m i l o n d u l a c i o n e s
y t r é m u l o s zis - z a s ,
parecerá el p a ñ u e l o
de v i v o s c o l o r i n e s
c o n que, a través de climas,
distancias y confines,
a la p r o g e n i e h u m a n a
tú, saludando, e s t á s !
Federico ELscobar
(1861 —
AMARGA
1912)
PENA
E s flaca s o b r e m a n e r a ,
toda humana previsión,
pues en mas de una o c a s i ó n
sale lo que no se espera.
Mayroquin
T e n g o un h o n d o y a m a r g o sufrimiento,
amarga pena que a mi ser a b r u m a :
de t o d o s l o s r i g o r e s es la suma
y multiplicación de un gran t o r m e n t o .
N o m e aflije ver n e g r o el f i r m a m e n t o ,
ni ver airado el mar y sin e s p u m a ;
ni que se r o m p a m i acerada pluma,
ni que le falte a m i garganta a c e n t o .
N i sufro aún p o r la mujer ingrata
p o r quien m i ardiente c o r a z ó n palpita
A l g o grave, m á s grave, m e maltrata,
.
.
Q u i é n m e obliga a sufrir? — U n a maldita
una maldita y destructora rata
que ha d e s t r o z a d o m i única levita.
CANTARES
PANAMEÑOS
S e alegran p o r tu donaire
y tu m o d i t o de andar
las avecillas del cielo
y l o s p e c e s de la m a r .
P o r las n o c h e s en tu l e c h o
n o te acuestes sin rezar,
ni m e quites de tu p e c h o
ni m e dejes de adorar.
.
C u a n d o salgas c o n pollera
el M a r t e s de Carnaval
a las tunas, panameña,
y o te quiero a c o m p a ñ a r .
Niña de l o s labios r o j o s
n o m e causes m á s a g r a v i o s ,
ni m e b e s e s c o n tus o j o s
sino c o n tus r o j o s labios.
D a m e , niña, la rosita
del rosal de tus a m o r e s
que aunque hieran sus
serán g r a t o s mis d o l o r e s .
Q u i e r o verte en l o s
la N o c h e de N a v i d a d
c o n pollera de letines
y r o s a r i o de coral.
espisas
maitines
C u a n d o mueras, el cabello
te l o v o y a recortar
y a la V i r g e n del C a r m e l o
se l o habré de regalar.
CANTO AL
FIERRO
E r e s reja de c á r c e l y eres grillo,
y eres cadena del e s c l a v o e n c o n o . . .
A C E R O te l l a m ó después la Ciencia
c u a n d o fuiste t e m p l a d o c o n c a r b o n o .
E r e s c a ñ ó n , y lanza, y rifle, y sable,
instrumentos m o r t í f e r o s de g u e r r a :
p e r o eres instrumento de trabajo
c o n v e r t i d o e n arado, y y u n q u e , y sierra.
M i r a d ! P e n s a n d o e n su bufete el sabio,
de fuerza extraña inspiración recibe,
resolviendo problemas complicados
c o n la p l u m a de a c e r o c o n que escribe.
E r e s cincel c o n que el artista hiere
la t o s c a m o l e de la piedra blanca,
para buscar las p r i m o r o s o s f o r m a s
c o m p l e m e n t a r i a s de la « V e n u s M a n c a » .
E n cuerdas de las arpas t r a n s f o r m a d o
p r o d u c e s musicales vibraciones . . .
Y para t í „ c u a n d o te llamas brújula,
tiene el p o l o m a g n é t i c o atracciones.
O h s o b e r b i o m e t a l ! T ú del l a b r i e g o
eres el p r o t e c t o r . . . Y o te b e n d i g o .
E n m a n o s de la h u m i l d e s e g a d o r a
te llamas h o z c o n que r e c o r t a el t r i g o .
.
P e r o y o te m a l d i g o c u a n d o llevas
p o r d o n d e quier d e s o l a c i ó n y l u t o ;
c u a n d o te m i r o d e r r a m a n d o sangre
y eres puñal c o n que asesina B r u t o .
T e m a l d i g o en el hacha c o n q u e i n m o l a
Enrique O c t a v o a H o w a r d Catalina;
te c o n d e n o , instrumento de c a s t i g o ,
c u a n d o en Francia te llamas guillotina.
T e a d m i r o en el A n t i g u o T e s t a m e n t o ,
espacio d o cual águila te ciernes,
c u a n d o Judith c o n i n d o m a b l e a r r o j o
cercena la cabeza de H o l o f e r n e s .
T e a b o m i n o en p o d e r de l o s m a l v a d o s ,
te a b o m i n o en p o d e r de l o s b a n d i d o s ;
p e r o te justifico c u a n d o hieres
para salvar a pueblos o p r i m i d o s .
O h s í ! Y o te m a l d i g o y te b e n d i g o
ante la faz del U n i v e r s o e n t e r o :
te m a l d i g o e n las m a n o s del v e r d u g o ,
te b e n d i g o en las m a n o s del o b r e r o .
RATO
DE
OCIO
N o descanso jamás y estoy conforme
c o n esta vida de constante o b r e r o :
m e parecen riquísimo uniforme
m i blusa y m i mandil de carpintero.
Iglesia es el taller. E n ella e j e m p l o
recibe el h o m b r e para odiar el v i c i o :
y o s o y u n sacerdote de este t e m p l o ;
m i b a n c o es el altar en d o n d e o f i c i o .
Cristóbal Martínez
(1867 —
LAS
(Simón
1914)
CAMPANILLAS
C u a n d o en las tardes del sol radiante
m i r o en silencio las campanillas,
c ó m o r e c u e r d o que s o n las reinas
de las murallas y de las ruinas.
E n t r e las grietas de l o s e s c o m b r o s
se adhiere el t r o n c o que las anima,
y allí f l o r e c e n meditabundas
tan solitarias, tan amarillas.
E s que l o s m u r o s que se d e s p l o m a n
tienen historias que las contristan,
c o m o de c o s a s que se recuerdan,
c o m o de c o s a s que n o s lastiman.
U n sentimiento dulce, p i a d o s o ,
parece a v e c e s que las cautiva,
las e m o c i o n a l o que e n v e j e c e ,
las e n a m o r a l o que a g o n i z a .
A c a s o sienten de la intemperie
la desolada tristeza íntima
de viejas glorias, pasadas p o m p a s
que el t i e m p o esparce c o m o cenizas.
N u n c a en l o s tiestos de las ventanas
divinos labios las acarician,
y en l o s cabellos de las h e r m o s a s
j a m á s se ostentan las campanillas.
N u n c a sonrientes entre l o s b ú c a r o s
ni en l o s festines gallardas brillan,
s o n tan humildes que da tristeza
verlas tan solas, tan amarillas.
Rivas)
C o m o c a n c i o n e s nocturnas o y e n
de aves siniestras la v o z fatídica,
y de la turba de l o s m u r c i é l a g o s
su e x t r a ñ o ruido las r e g o c i j a .
E n el silencio de las tinieblas
talvez escuchen entre las ruinas,
la amarga nenia de l o s r e c u e r d o s
que en v i e j o s m u r o s canta la brisa.
Quieran l o s h a d o s que de un e s c o m b r o
vuele a m i tumba p o l v o de vida,
y allí que nazcan, y allí florezcan
meditabundas las campanillas.
COMPASIVA
C u a n d o en horas de calma y s o s i e g o
m i r o un g r u p o sonriente de n i ñ o s ,
n o l o s mates, o h D i o s ! n o l o s mates,
que n o lleguen a grandes, m e d i g o .
E s tan bella la casta inocencia
t o c a al alma tan dulce en l o í n t i m o
que las urbes se pueblan de s o m b r a s
si n o cantan o lloran l o s n i ñ o s .
F l o r e s blancas c o n frágiles alas,
de la selva humanal insectillos,
que se llevan el p o l e n del tedio
y fecundan la dicha en l o s n i d o s .
S i e m p r e al v e r l o s r e c u e r d o en
las palabras divinas del Cristo
c u a n d o d i j o : N o iréis a l o s cielos
si n o sois c o m o s o n estos n i ñ o s .
el
L o s has visto correr, agruparse,
desunirse, dar vueltas, dar gritos,
ya de b r u c e s n a d a n d o en el suelo
ya de tedio imitando a l o s grillos?
S o n un canto sus gárrulas v o c e s
que en redor se dilatan c o n m i m o s ,
que n o s traen cual a r o m a s del alma
nuestros p r o p i o s r e c u e r d o s de n i ñ o s .
alma
S o n u n ó r g a n o vasto de a c e n t o s
q u e e s t r e m e c e n d e a m o r l o Infinito,
s o n la vida futura que vibra
en su cáliz m á s santo y divino.
¡ A h las almas p r o m e s a s del t i e m p o !
¡ E s p e r a n z a s risueñas de n i ñ o s !
Q u e su llanto y su risa m e arrullen
c u a n d o y a z g a en el l ó b r e g o o l v i d o .
Rodolfo Caicedo
(1868 —
PAZ
Y
1905)
PROGRESO
¡ C u a n h e r m o s a es la P a z ! Ella en el I s t m o
a N é m e s i s ha o p u e s t o fuerte m u r o ,
ha v e n i d o a salvarnos de u n a b i s m o
y a presagiarnos bienestar s e g u r o .
E l P r o g r e s o v e n d r á b a j o su a m p a r o .
A b i e r t o el I s t m o p o r p r o f u n d a herida,
será esta brecha l u m i n o s o faro,
inagotable manantial de vida.
.
C a b e sus b o r d e s c u a n t o s sienten h a m b r e
cuantos sufran miserias de m e n d i g o ,
acudirán en bullicioso e n j a m b r e
a buscar pan y a implorar a b r i g o .
Y l o s t e n d r á n ! Y llenos de arrogancia
p o d r á n después que intrépidos lucharon,
llevar a sus h o g a r e s la abundancia
que c o n su n o b l e esfuerzo conquistaron.
Y a terminada la fatal contienda
tranquilamente cierran sus pupilas,
para d o r m i r b a j o la m i s m a tienda,
l o s que l u c h a r o n en opuestas filas.
L o s r o s t r o s de las m a d r e s h o y risueños
hacen amar de la c o n c o r d i a el fruto . . .
Y a no temen los bélicos empeños
que dejan la orfandad, miseria y luto.
Y a en el v e r d o r de sus p r i m e r o s a ñ o s
n o irán m o z o s alegres y sencillos,
hijos del p u e b l o , a preparar p e l d a ñ o s
para que suban hábiles caudillos.
.
Y a n o irán a matarse c o n e n c o n o ,
para que, al c a b o de la lucha fiera,
su sangre juvenil sirva de a b o n o
al c a m p o infame de a m b i c i ó n rastrera.
Y a sucede el h o r r í s o n o estampido
del c a ñ ó n f o r m i d a b l e y p a v o r o s o ,
de l o s talleres el alegre ruido,
de las escuelas el r u m o r p r e c i o s o .
I r á la luz de la i n s t r u c c i ó n divina
desde el palacio hasta la humilde c h o z a ,
restableciendo la m o r a l en ruina
y r e d i m i e n d o al que en error solloza.
Y a del m a c h e t e al p o d e r o s o t a j o
n o han de caer millares de c a b e z a s :
l o emplearán l o s s o l d a d o s del T r a b a j o
en talar b o s q u e s y arrasar malezas,
para sembrar después el útil g r a n o
que al germinar, a c o s t a de fatigas,
en la colina tienda, o en el llano
áureo m a n t o de p r ó d i g a s espigas.
Y el h u m o de las fábricas, que sube
c o m o incienso a la b ó v e d a infinita,
reemplazará la ennegrecida nube
que levanta la p ó l v o r a maldita.
P a r a dar p a s o a máquinas extrañas
las fieras fugarán de su g u a r i d a ;
serán palacios las que s o n cabanas,
habrá doquiera m o v i m i e n t o y vida.
Será un h o m b r e el indígena que h o y g i m e
olvidado, en a m a r g o o s c u r a n t i s m o ,
c o n nostalgia de sol, que su alma o p r i m e ,
que la entristece, sin saberlo él m i s m o .
P r o s p e r a r á n las artes y la c i e n c i a :
d o n d e hay zarzales b r o t a r á n verjeles,
y p o r h a m b r e , la flor de la inocencia
n o irá marchita a engalanar burdeles.
¡8
N o , n o es u n sueño el que en mis v e r s o s p i n t o !
E s una h e r m o s a realidad cercana
. . .
D e la patria en el p r ó v i d o recinto
tendrá el P r o g r e s o su sitial m a ñ a n a .
Q u e él n o s ofrece porvenir d i c h o s o ,
y en nuestro suelo sin rival, f e c u n d o ,
h a c e p r o m e s a de festín c o p i o s o
que bastará para nutrir el m u n d o .
GRITO
DE
AMOR
Y p o r q u é tu d e s d é n ? A la belleza
s ó l o se d e b e tributar f a v o r e s ?
¿ S ó l o el lustre que i m p r i m e la riqueza
obtiene lauros y m e r e c e flores?
E l a m o r e n g r a n d e c e . . . ¿ Q u i é n insulta
esta ternura que en el alma e s c o n d e
c o m o diamante que su brillo oculta
del áspera m o n t a ñ a en l o m á s h o n d o ?
S o y una humilde, misteriosa abeja
que v a g a entre fantásticos rosales . .
C u a n d o tú escuches m i sentida queja
sabrás que a c e n d r o para tí panales.
.
¡ O h ! si m i a s p e c t o te parece o d i o s o
piensa p o r un m o m e n t o , ángel querido
que hay frutos c u y o j u g o delicioso
b a j o a m a r g a c o r t e z a está e s c o n d i d o .
N o temas las borrascas en que airado
m i labio r o n c a m a l d i c i ó n e l e v a ;
m á s de una v e z torrente d e s b o r d a d o
áureo metal en sus arenas lleva.
N o están las perlas en el f o n d o
del a r r o y u e l o en deredor florido,
sino del m a r en el revuelto l e c h o
p o r recias tempestades s a c u d i d o .
estrecho
E s sublime la fe c o n que te quiero . .
el árbol de mis íntimos pesares
o f r e c e c o m o el a g r i o l i m o n e r o ,
a r o m a d o s y b l a n c o s azahares.
.
¡ O h ! q u e m i alma se abrase c o m o incienso
que se q u e m e en tus aras, n o c h e y d í a !
M e extasiaré c o n mi d o l o r i n m e n s o
si m e amas tú p o r la tristeza m í a .
D a m e tu a m o r para que n o s u c u m b a ,
p o r q u e será tu a d o r a c i ó n divina
r a y o de s o l en solitaria tumba,
arrullo de p a l o m a en una ruina . . .
LA
LECHUZA,
EL
PERRO
Y
OTROS
ANIMALES
R e u n i d o s una v e z l o s animales
( h a b l o de irracionales)
trataban de elegir alguna bestia
que o f r e c i e n d o en el s o l i o b u e n o s frutos,
se dignara t o m a r s e la molestia
de regir l o s d o m i n i o s de l o s b r u t o s .
Se p r o p u s o al L e ó n , y c o n v o z dura
la tal candidatura
fué rechazada, pues la turba opina
que su franqueza y majestuosa audacia
p u e d e n servir de p e r d i c i ó n y ruina
en asuntos que piden « d i p l o m a c i a . »
Se trató del caballo. M u c h o m e n o s !
P u e s , d ó c i l a l o s frenos,
su carácter al Z o r r o n o c o n v i e n e ,
que necesita libertad c o m p l e t a
para ejercer la p r o f e s i ó n que tiene
c o n la cual a su a n t o j o se repleta.
I n d i c a r o n al P e r r o . — E s u n g r a n b o b o
( d i j o i n d i g n a d o el L o b o . )
Si l o n o m b r á i s nuestra desdicha l a b r a ;
es t o n t o que alardeando de n o b l e z a
p o r darle c u m p l i m i e n t o a su palabra
dejaría que le c o r t e n la c a b e z a .
A l g u i e n pidió al C o n e j o . N o m e agrada
( e x c l a m ó destemplada
una Serpiente de m a l i g n o t o n o )
y m e admira que ustedes disparaten;
ese es un i n o c e n t e sin e n c o n o ,
incapaz de m o r d e r , aunque l o maten.
Sea el V e n a d o . — N o
D i j o el r a t ó n g o l o s o ,
pues la buena c o n d u c t a
le hace temer durísimo
c u a n d o pretenda el pillo
visitar las despensas p o r
quiero. E s u n o d i o s o !
del V e n a d o
reproche
redomado
la n o c h e .
N o faltó en el C o n g r e s o a l g ú n s o p a p o ,
hasta que al fin el S a p o
fué investido del m a n d o . E l S a p o h e d i o n d o !
Y c o m o s e a s o m b r a s e el n o b l e P e r r o ,
la L e c h u z a le d i j o desde el f o n d o
a s q u e r o s o y maldito de su e n c i e r r o :
P u e s ¿ d e qué, g r a n imbécil, te s o r p r e n d e s ?
A c a s o tú n o entiendes
que en estas o c a s i o n e s la hidalguía,
el valor, la b o n d a d , causan perjuicio?
Y que el S a p o estudió filosofía
y c o n o c e las tretas del o f i c i o ?
E s de tierra y es de agua. Si en su c o c h e
la reina de la n o c h e
r e c o r r e el cielo, la saluda afable,
cantando en el pantano d o n d e v i v e ;
si se levanta el S o l , c o n t o n o amable
en triunfo desde el c i e n o le recibe . . .
Cállate m e n t e c a t o ! « P o r tu crítica
ya v e o que de política
tú n o entiendes ni j o t a . Si aú fueras
a C o l o m b i a , la tierra de l o s g u a p o s ,
allí seguramente descubrieras
t o d o el valor de l o s señores s a p o s ! »
Adolfo García
(1872 —
MAR
1900)
AFUERA
F r a g o r s o r d o de e s p u m a s ,
lividez de r e l á m p a g o en las b r u m a s ,
r e d o b l e s de t a m b o r en la h o n d a esfera,
y entre el b a r c o que c r u j e
y el h u r a c á n que r u g e ,
b a j o el ala glacial de la quimera,
tú, que a solas y pálida m e n o m b r a s ,
¡ y la m a r c o n sus ímpetus de fiera!
¡ y el cielo c o n sus í m p e t u s de s o m b r a s !
R e t u m b a el t u m b o r o n c o
y, e n c r e s p á n d o s e , e m p u j a al o t r o t u m b o
que se revuelve, retrocede, y b r o n c o
c o m o bestia f e r o z , b u s c a o t r o r u m b o . . .
L a lluvia cae. E l huracán azota
a lo monstruoso, formidable y negro.
A z a r a d a gaviota
h u y e al fúnebre h o r r o r que la persigue.
Y , c o m o al s o n de m u l t i c o r d e a l e g r o ,
la tempestad s o n r í e : el r e l á m p a g o
cruza la inmensidad.
El
barco
sigue!
.
.
.
MATER
C o m o su mal m e aflige,
al verla pensativa,
c o n la e m o c i ó n m á s viva
hacia ella m e a c e r q u é y así la d i j e :
¿ Q u é tienes, m a d r e m í a ?
¿ P o r qué te encuentro pensativa y mustia?
¿ Q u é t o r m e n t o te asiste?
N o m e ocultes la causa de tu a n g u s t i a !
T u frente está s o m b r í a
y has l l o r a d o t a m b i é n
¿ P o r qué estás triste?
C u é n t a m e tu d o l o r ; m u é s t r a m e , m a d r e ,
la m a n o que te ha h e r i d o ;
tú n o sabes sufrir; y o fui n a c i d o
para tí y para m í . M e siento fuerte
para arrostrar la pena de l o i n m u n d o ;
y o p e r d o n o el insulto de mi suerte,
m á s n o t o l e r o que te ofenda el m u n d o !
¡ V a m o s m i dulce anciana!
N o m e h a g a s l l o r a r ; dime qué t i e n e s . . . .
ya a reclinar n o vienes
s o b r e m i p e c h o tu cabeza c a n a ;
tú, la que fe m e inspiras,
n o m e acaricias y a ; ya n o m e m i r a s ;
tú, la fiel, tú la buena,
t a m b i é n te e m p e ñ a s en v o l c a r la r o c a
que a la inclemencia mundanal r e s i s t e ;
tú también m e señalas c o n el d e d o
el o r c o de la p e n a ! . . . .
Y o , que del m a l m e r í o , e s t o y ya triste!
Y o que burlé al D o l o r , ya t e n g o m i e d o !
Y sollozando respondió: " H i j o mío,
n o encuentro aliento que a tus ansias c u a d r e ;
p o r eso m e hallo pensativa y m u s t i a ;
por eso, y o no r í o . . . .
sufro p o r q u e s o y m a d r e ;
tu t o r m e n t o es la causa de mi a n g u s t i a ! "
¡ O h pasión n o fingida!
¡ C ó m o a su cuello m e abracé t e m b l a n d o !
E n su r u g o s a faz estampé un b e s o
y repliqué después, t a r t a m u d e a n d o :
M á s n o te inquietes, m a d r e ,
p o r q u e sin tregua el M u n d o
m e azota furibundo,
c o m o azotara el huracán el r o b l e ;
p o r q u e mis sueños de grandeza insulta
c o n su lengua m o r d a z la plebe estulta;
p o r q u e s o y c o n f u n d i d o c o n l o innoble,
mientras que t o d o en m í sin m a n c h a esplende.
N o llores, m a d r e m í a !
L a S o c i e d a d impía
porque me ve mendigo no me e n t i e n d e . . . .
M á s . . . . qué m e i m p o r t a su brutal d e s p r e c i o ?
E l M a l aquí en la T i e r r a
es el m o n s t r u o de E d i p o
y y o sé r e s p o n d e r a sus e n i g m a s ;
y o c o n la burla su furor d i s i p o !
A s í la d i j e : y de alegría b e o d o
p e n s é en el p o r v e n i r . . . . ¡ O h dicha extraña 1
aún t e n g o un c o r a z ó n que n o es de l o d o
y una m a d r e infeliz que m e a c o m p a ñ a ! . . . .
Pedro Fábrega
(1872)
P O E T A
Y o s é que el c o n t e m p l a r l o s mil h o r r o r e s
de tu martirio cruel el alma aterra;
sé que la m u e r t e te hace cruda guerra
y que n o hallas a m p a r o a sus r i g o r e s ;
Q u e nada has de alcanzar p o r m á s que l l o r e s ;
que tu p e c h o angustiado y a n o encierra
la esperanza de hallar s o b r e la tierra
un b á l s a m o que c a l m e tus d o l o r e s .
T o d o l o s é ; m á s m e fascinan tanto
las notas de d o l o r desgarradoras
c o n que al m u n d o p r e g o n a s tu q u e b r a n t o ,
T a n t a ternura encierran tus l a m e n t o s ,
que s ó l o p o r llorar c o m o tú lloras
y o aceptara g u s t o s o tus t o r m e n t o s .
RIMAS
S o b r e la triste, solitaria piedra
de u n palacio que el t i e m p o c o n v i r t i ó
en ruina y soledad, n a c e n la hiedra
y la silvestre flor.
P e r o en el triste erial del alma mía,
en d o n d e el t e m p l o de m i dicha fué,
las flores del placer y la alegría
j a m á s han de nacer.
A l viajero rendido que camina
en n o c h e s de tiniebla y tempestad,
a intervalos las sendas ilumina
r e l á m p a g o fugaz.
M á s a y ! que de las sendas en que
y avanza sin cesar m i p o b r e pie,
j a m á s disipa u n r a y o de esperanza
la densa l o b r e g u e z .
avanza.
Cenizas que han d e j a d o las pasiones
c u y a brillante llama se e x t i n g u i ó ;
ruina de las perdidas i l u s i o n e s ;
e s c o m b r o s del a m o r ;
c a m p o de m u e r t e pálido y s o m b r í o
n o c h e de tempestad y de terror
asilo t e m b l o r o s o del hastío,
tal es m i c o r a z ó n .
León A. 5oto
(1874 — 1902)
HOMENAJE
Y o s o y el caballero de las edades viejas,
de siglos m á s ilustres o r g u l l o y g a l a r d ó n .
E l h é r o e de o l v i d a d o s r o m a n c e s y c o n s e j a s
que ya v e n c e cien turcos o que y a d o m a u n l e ó n .
D e tu inviolado alcázar m e a c e r c o hasta las rejas
y allí de mis tristezas te d i g o la c a n c i ó n ;
si c o l o c a r m i ofrenda b a j o tus pies m e dejas
para que en él l o s p o n g a s te traigo el c o r a z ó n .
D e s p u é s pausados, tristes, c o n c a v e r n o s o a c e n t o
resuenen en las l o z a s del v i e j o p a v i m e n t o
del p o b r e caballero l o s p a s o s al partir.
Y deja que en la m e n t e te finja o h m i cautiva!
en actitud doliente m i r a n d o pensativa
hacia el s e n d e r o i g n o t o que seguiré al partir.
A LA VENUS
DE
MILO
O h , diosa de l o s áticos perfiles!
O h , diosa de las curvas s o s e g a d a s !
quiero b a j o las j ó n i c a s arcadas
cantarte el c a n t o de l o s veinte abriles.
D a m e la frialdad de l o s buriles
que idearon tus f o r m a s delicadas,
para, h u y e n d o del m u n d o las miradas,
del H i m e t o vagar p o r l o s pensiles.
Y o te a m o m á s que a la de carne tibia,
deidad que se resiste en su lascivia
a nuestro a m o r t r o c á n d o l o en martirio,
pues, si n o puedes darme tus a b r a z o s ,
t a m p o c o tienes i m p o r t u n o s b r a z o s
q u e m e impidan te abrace hasta el d e l i r i o ! .
EPICURISMO
T u m o r a l , E p i c u r o , n o la e n t i e n d o ;
" R e i r es el o b j e t o d e la v i d a "
j Y entre tanto, la b o c a es una herida
que se desgarra c u a n d o e s t a m o s r i e n d o !
¿ Q u é de las carcajadas el e s t r u e n d o ?
R u i d o que pasa y que a pensar c o n v i d a
en la dicha del h o m b r e f e m e n t i d a :
fantasma que va, iluso, persiguiendo.
N o p u e d o ser feliz, m e n o s si ajusto
m i p r o c e d e r a tu p r e c e p t o injusto,
sin que a o t r o ser c o n m i placer contriste.
Y n o quiero la dicha que cercena
en m i p r o v e c h o la ventura a j e n a :
¡ s e r d i c h o s o u n o s ó l o es bien m u y triste!
Octavio Valdés y Arce
(1876 —
HORAS
1912)
NEGRAS
E n mis n o c h e s de vigilia c u a n d o pienso en m i adorada
y d e d i c o tiernas rimas a su i m a g e n hechicera,
— ¡ p o b r e a m a n t e ! ¡ p o b r e b a r d o ! ¿ q u é es tu a m o r ? una q u i (mera!
dice pálido un e s p e c t r o c o n b u r l o n a carcajada.
Y si sueño que ella m e ama, que es m i dulce c o m p a ñ e r a ;
que m e embriaga c o n sus b e s o s y el fulgor de su mirada,
dice pálido el e s p e c t r o c o n burlona c a r c a j a d a :
— ¡ p o b r e a m a n t e ! ¡ p o b r e b a r d o ! ¿ q u é es tu a m o r ? una q u i (mera!
A h ! mañana c u a n d o baje a la triste fosa helada
c o n mis muertas ilusiones de c o l o r d e primavera,
n o interrumpas el silencio de m i tétrica m o r a d a ,
ni m e digas ¡ o h fantasma! c o n burlona carcajada,
— p o b r e a m a n t e ! ¡ p o b r e b a r d o ! . . . . fué tu a m o r una q u i (mera!
POESÍA
(EL
BAILE
CAMPESTRE
DE
MEJORANA)
A l c o m p á s de m e j o r a n a s y dulcísimos rabeles
y entre un círculo de cholas c o n vestidos de pollera,
baila esbelta y voluptuosa la zagala B a l d o m e r a ,
h e r m o s a india de o j o s n e g r o s c u y o s labios s o n claveles.
P o r sus h o m b r o s descubiertos la abundante cabellera
se desliza en gruesos m o ñ o s c o m o n e g r o s cascabeles,
y al c o m p á s de m e j o r a n a s y dulcísimos rabeles,
ritma el seno l o s balances de su túrgida cadera.
Y después, c u a n d o r e c o g e r u m o r o s a l o s laureles
conquistados p o r sus gracias en la danza b u l l a n g u e r a ;
al c o m p á s de m e j o r a n a s y dulcísimos rabeles
la dedican tiernas rimas u n o s rústicos donceles
que deliran p o r ser dueños de la v i r g e n hechicera.
Darío Herrera
(1877 — 1914)
EL
BUEY
O h b u e y , te a d m i r o ! U n dulce sentimiento
de salud y de paz en m í derramas,
ya te mire del alba entre las g r a m a s ,
s o l e m n e cual un v i v o m o n u m e n t o ;
o cuando doblegándote contento,
secundas g r a v e , b a j o el sol de llamas,
los esfuerzos del h o m b r e , y l o s p r o c l a m a s
en tu mirar c a n s a d o y s o ñ o l i e n t o .
D e tu negra nariz h u m e d e c i d a
exhálase la esencia de tu vida
c o n tu m u g i r alegre y s o n o r o s o ;
y de tus o j o s la dulzura austera
refleja, glauca, la feraz pradera
sumida de la tarde en el r e p o s o !
CANCIÓN
DE
OTOÑO
(Paul Verlaine)
L o s s o l l o z o s , l a r g o s , lentos,
de l o s vientos
en las tardes otoñales,
van r e s o n a n d o en m i alma
c o n la m o n ó t o n a calma
de l o s t o q u e s funerales.
T o d o lívido y c o n v u l s o ,
o b e d e c i e n d o al i m p u l s o
del quebranto,
de mis antiguas historias
siento llegar las m e m o r i a s
h u m e d e c i d a s de llanto.
Y a un v i e n t o m a l o , sin r u m b o ,
v o y marchando tumbo a tumbo
p o r m i existencia desierta,
c o m o hálito glacial
de la ráfaga o t o ñ a l
la h o j a muerta.
Alejandro Dutary
(Romeo)
(1877 — 1911)
RONDEL
A l pie de la entreabierta celosía
templa el galán c o n m a n o t e m b l o r o s a
su s o n o r a guitarra y a m o r o s a
c a n c i ó n entona llena de a r m o n í a .
A l escuchar la dulce m e l o d í a
deja el l e c h o la v i r g e n p u d o r o s a ,
y a s o m a su perfil de R e i n a - D i o s a
tras la entreabierta y vieja celosía.
Y mientras el galán c o n alegría
canta y t o c a , la calle tenebrosa
iluminan c o n luz de m e d i o día,
l o s o j o s e x p r e s i v o s de la h e r m o s a
reclinada en la vieja c e l o s í a !
SIMPATÍA
B a j o el palio de tus r i z o s que a tu frente tersa y pura
f o r m a n m a r c o que abrillanta de tu r o s t r o la frescura,
luce altivo y s o b e r a n o el fulgor de tu mirada,
y en tu b o c a — r o j a y fresca, d o n d e impera la sonrisa, —
cual gardenia entre una herida toda r o j a , se divisa
la fineza de tus dientes de blancura inmaculada.
Y o m e finjo que en las n o c h e s c u a n d o d u e r m e s y en el
(cielo
cruza lánguida la luna, c o m o una ave en fugaz v u e l o ,
un lucero te acaricia c o n su luz de u n o r o fino
y que el alma de a l g ú n poeta de tu r o s t r o enamorada
llega tímida a tu o í d o y c o n v o z e m o c i o n a d a
dice un v e r s o del M a e s t r o , delicado y cristalino.
Y después en las mañanas, c u a n d o el sol impera ardiente,
y hay m á s luz entre tus o j o s que en el astro refulgente,
m i alma v a g a pensativa alredor de tu m o r a d a , . . .
y c o s e c h a nuevas fuerzas si te mira entre las flores,
dando envidia a las m á s frescas, que han t o m a d o sus c o l o r e s
de tus labios, sangre pura, y tu frente i n m a c u l a d a . . . . !
Aizpuru Aizpuru
(1877)
CUANDO
YO
HAYA
MUERTO
C u a n d o y o haya m u e r t o
n o m e l l o r e n a gritos,
ni se vistan de n e g r o ;
n o m e a l u m b r e n c o n cirios,
ni s o m e t a n a fúnebres h o n r a s
mi frígido c u e r p o ;
ni t a m p o c o m e esculpan en m á r m o l
epitafios que y o n o m e r e z c o .
Q u i e r o s ó l o una l á g r i m a ,
que nacida en el p e c h o ,
humedezca los ojos
de u n a m i g o s i n c e r o ;
y que b r o t e u n suspiro,
m á s liviano que el c é f i r o ,
de l o s labios de alguna
que se duela en s e c r e t o .
Y d e s p u é s . . . . u n p e d a z o de tierra,
una c r u z . . . . y, p o r D i o s . . . . un r e c u e r d o I
EL
ESCAPULARIO
— N o m e digas que m e quite
este v i e j o escapulario
que m i m a d r e cariñosa
b o r d ó c o n sus propias m a n o s .
Bien l o r e c u e r d o : la p o b r e
una n o c h e suspirando
m e d i j o : "Juan, ya m e v o y
de este m u n d o tan i n g r a t o ;
ya las piernas m e flaquean
mis cabellos están b l a n c o s
y el c o r a z ó n t e n g o r o t o
por muy hondos desengaños;
m e v o y y s ó l o te d e j o
este h u m i l d e e s c a p u l a r i o ;
n o te l o quites, c o n s é r v a l o
s o b r e el p e c h o c o l o c a d o . . . . "
M e dices tú que n o crea
en la virtud de este t r a p o ;
que si he o l v i d a d o las tesis
que m e enseñaron l o s s a b i o s ;
que si c o n f í o en el cielo
o que si e s p e r o en m i l a g r o s . . .
N o sé c ó m o contestarte
l o que m e has i n t e r r o g a d o ;
p e r o sí p u e d o decirte
que el a m o r rige el espacio,
que él encamina las almas
a un ideal s o b r e h u m a n o
y que el a m o r de las m a d r e s
n i n g u n o puede igualarlo.
N o m e digas, pues, que deje
este v i e j o escapulario,
p o r q u e del a m o r es s í m b o l o
por mi madre consagrado.
Ella era p o b r e . Sus restos
n o r e p o s a n en sagrario,
ni t a m p o c o en m a u s o l e o
erigido p o r el f a u s t o ;
en un o s c u r o r i n c ó n
del humilde c a m p o - s a n t o
s ó l o una c r u z m a r c a el sitio
d o n d e a m i m a d r e enterraron.
¿ O r a de ella qué m e queda?
Q u é de su a m o r y c u i d a d o s ?
Ú n i c a m e n t e el r e c u e r d o
de l o s días que pasaron,
una c r u z s o b r e su t u m b a
y este v i e j o escapulario I
Héctor Conté B.
(1879)
PARA
ENTONCES?
C u a n d o sepas que la muerte, cariñosa y c o m p a s i v a ,
m e acaricie c o n el s o p l o de las brisas sepulcrales,
c u a n d o sepas que en m i t u m b a n o se v e la siempreviva,
c u a n d o sepas q u e l o s males
a z o t a r o n m i existencia c o n v i g o r a c e r b o y r u d o
y que triste, s ó l o y m u d o ,
y e r t o al fin d e s c a n s o y a ,
o h ! n o exhales ni una frase que demuestre tu ternura,
p o r q u e allá entre las paredes de m i n e g r a sepultura
del a f e c t o que ocultaste ni tu v o z se escuchará.
Para e n t o n c e s y o n o quiero que tú e x c l a m e s c o n m o v i d a :
" C u a n injusta fué la h e r i d a . . . .
cuan inmensa su p a s i ó n . . . . "
A h o r a — c u a n d o triste
tu desdén m e d e s e s p e r a —
en tus labios la sonrisa del cariño ver quisiera,
ahora, c u a n d o t o d o s l o s r i g o r e s del c o m b a t e audaz resiste
el ardiente c o r a z ó n .
EL
E n la flexible
que perfuma las
descansa u n ave
c o n inclemencia
ALCIÓN
rama del b o s c a j e
m á r g e n e s del r í o ,
c u a n d o el v i e n t o frío
azota su p l u m a j e .
H o r a s m u y largas en aquel follaje
se v e p e r m a n e c e r . Q u i z á el hastío
busca t a m b i é n c o n su p o d e r s o m b r í o
b a j o la suave p l u m a un h o s p e d a j e .
R e c o r r e u n p e z de reluciente e s c a m a
el l í m p i d o cristal; y su letargo
el ave deja al fin, y en la corriente
t o m a el sustento que su ser r e c l a m a .
A s í , poeta, en tu d o l o r a m a r g o ,
t o m a s la idea que es luz para tu frente.
Nicolle Garay
PAISAJE
TROPICAL
( E n la b o c a del río
Pacora)
L e n t a c u b r e el P o n i e n t e gasa u m b r í a
que empaña de la luz el postrer b r i l l o ;
llena el valle el perfume del m a n g l i l l o ;
huele, al entrar al b o s q u e , la curia.
T o r n a al corral, en busca de su cría,
la v a c a : el s o n m o n ó t o n o del grillo
vibra c o m o u n violín en el sencillo
c o n c e n t o de la tarde en a g o n í a .
T e r m i n a el labrador su ardua faena.
C a b e la ría v e , de frutos llena,
su piragua y en ella se r e c r e a ;
m a s , c o m o un p a l m o apenas m i d e el agua,
se hecha a d o r m i r tranquilo en la piragua
esperando que suba la marea.
CANTILENA
E n un o c a s o de grana
le entregué m i c o r a z ó n ,
y al despuntar la m a ñ a n a
n o s d i e r o n la b e n d i c i ó n .
— R e p i c a b a la campana
dín-dón, dín-dón.
D e s p u é s estalló la g u e r r a ;
se alistó en un b a t a l l ó n ;
c u a n d o se p e r d i ó en la sierra
llevaba m i c o r a z ó n .
— L a campana de m i tierra
s o n ó : dín-dón.
L a s cartas que m e escribía
inspiraban c o m p a s i ó n ;
en ellas siempre decía
te l l e v o en m i c o r a z ó n .
— L a campana proseguía
c o n su d i n - d o n . —
L o s v e n c e d o r e s le hallaron
tendido al pie del c a ñ ó n ;
donde mismo le encontraron
pusieron m i c o r a z ó n
Y las c a m p a n a s d o b l a r o n
dín-dón.
dín-dón, dín-dón.
P r i m e r o l o lloré m u c h o ;
después perdí la r a z ó n ,
y siento c o m o un s e r r u c h o
d o n d e tuve el c o r a z ó n
c u a n d o la campana e s c u c h o :
dín-dón, dín-dón.
COMO
LA
FLOR
DE
AROMO
Y o anhelo una casita en la verde sabana
d o n d e l o s azulejos trinen en la mañana
y d o n d e c u a n d o t r é m u l o s la edad torne mis p a s o s
el c a n t o de l o s grillos m e aduerma en l o s o c a s o s .
U n a h a m a c a c o l o c a d a b a j o el enhiesto nance
que florece en el m e s en que el sol se halla en C á n c e r ,
d o n d e e v o q u e en m i s h o r a s de siesta l o s r e c u e r d o s
— m i e n t r a s que a la distancia pacen l o s b u e y e s lerdos—
e s c u c h a n d o el m u r m u l l o del c e r c a n o a r r o y u e l o
c u y o diáfano e s p e j o c o p i a el b o s q u e y el cielo
y p i a d o s o refresca las cañas del plantío
que orillando el c a m i n o , va de la casa al r í o ;
d o n d e el pie de la cigua se reparta la cena
del S á b a d o de Gloria, c o m o en la N o c h e Buena,
mientras las danzas criollas ejecuta una chica
al s o n de coplas, palmas y el t a m b o r que repica.
Q u i e r o que b a j o el m a n g o d o cantando se f o r j a
la o r o p é n d o l a u n n i d o que semeja una alforja
encuentre el p e r e g r i n o , si es que a mi puerta t o c a ,
un pan y un s o r b o de agua que refresque su b o c a .
Y que allí m i s m o , al p e s o de una larga existencia,
el alma en p a z c o n Cristo, que es la suprema esencia,
en m e d i o a la Natura, serena caiga, c o m o
al s o p l o de la tarde rueda la flor de a r o m o .
Demetrio Fabrega
(1881)
OLEAJE
L a n z a n d o r o n c o s , fieros r u g i d o s ,
el mar furente las costas baña
y al retirarse deja esparcidas
entre la espuma, s o b r e la playa,
pequeñas c o n c h a s de mil c o l o r e s
que la desnuda ribera esmaltan.
" ¿ Q u é l e y suprema m e las c o n f í a ?
¿ P o r qué nacieron en mis entrañas?
P o r qué r o d a n d o , siempre r o d a n d o ,
desde hace siglos la ruda carga
he de ir llevando p e r e n n e m e n t e
c o m o un c a s t i g o s o b r e mis aguas?
¿ P o r qué n o p u e d o , s o b r e una orilla,
p o r qué n o p u e d o , n e c i o , a r r o j a r l a s ? "
E l o c é a n o c l a m ó así un día,
mientras al cielo su e s p u m a alzaba,
y desde entonces hay tantas c o n c h a s
a m o n t o n a d a s s o b r e las playas.
C u a n d o aparecen s o b r e la arena
p o r l o s reflejos del sol bañadas,
fingen bandadas de mariposas
que de r e m o t a s tierras llegaran.
Si p o r ventura pasa una niña
al contemplarlas queda extasiada,
p e n s a n d o que ellas le traen r e c u e r d o s
del n o v i o ausente que la a d o r a b a ;
de aquel m a n c e b o que en una tarde
" a d i ó s " le dijo desde esa playa.
L u e g o las mira una p o r una
b u s c a n d o entre ellas las m á s preciadas,
para ponerlas c o n sus r e c u e r d o s
en el p e q u e ñ o c o f r e de nácar,
en ese c o f r e d o n d e hay cabellos
ensortijados y m u c h a s cartas
y m u c h o s r a m o s de " n o m e o l v i d e s "
ya desteñidos y sin fragancia.
Pasa la niña, l u e g o la arena
las va o c u l t a n d o c o n negra capa,
y el o c é a n o indiferente
otras arroja s o b r e la playa.
E l mar interno de m i c e r e b r o
en sus terribles, recias b o r r a s c a s ,
s o b r e las blancas h o j a s de un l i b r o
c o m o en ocultas, desnudas playas,
también arroja para librarse
de su e n o j o s a pesada carga,
m u c h a s estrofas que son las c o n c h a s
que en sus o c u l t o s a b i s m o s guarda.
Y o se que nadie c u a n d o ellas c a e n
vuelve l o s o j o s para mirarlas,
y que el o l v i d o c o m o la arena
las va c u b r i e n d o c o n negra c a p a ;
sé que para ellas n o h a y sol radiante
ni enamoradas niñas que pasan,
p e r o aunque triste suerte las lleve
a ser del m u n d o p r o n t o olvidadas,
el m a r revuelto de m i c e r e b r o
c o m o i m p e l i d o p o r fuerza extraña
sigue a r r o j a n d o c o n s t a n t e m e n t e
c o n c h a s y c o n c h a s s o b r e la playa.
LLANTO
MUDO
E n la altiva y vetusta catedral de T o l e d o ,
en la puerta que se abre hacia el l a d o de Oriente
he visto una cariátide, que al decir de la gente,
de un h e r e j e f a m o s o era v i v o r e m e d o .
C u a n d o la lluvia cae p o r entre el fino e n r e d o
de l o s frisos que adornan esa m o l e i m p o n e n t e ,
una g o t a resbala s o b r e la faz doliente,
y al llegar a l o s o j o s se detiene c o n m i e d o .
E l sol, al levantarse en su m a r c h a gloriosa,
en la muerta pupila, c o m o lágrima viva,
h a c e brillar la g o t a que r o d ó silenciosa.
Y es así c o m o ha siglos, sepultada entre yedra,
la cariátide aquella que del m u n d o se esquiva
viene l l o r a n d o a solas c o n sus o j o s de piedra.
Zoraida Diaz de 5chtronn
(1881)
DEUS
DEDIT, DEUS
ABSTUTIT
S e ñ o r : él era justo y a b n e g a d o ;
c o n tu a m o r y m i a m o r llenó su vida,
y dio paz a cada alma dolorida
y fe y c o n s e j o a cada descarriado.
P o r defender tu n o m b r e fué s o l d a d o ,
y en lucha desigual enardecida,
c a y ó p o r siempre c o n la frente herida,
en un g e s t o de clásico c r u z a d o .
D e s d e e n t o n c e s , S e ñ o r , p o r las o s c u r a s
pendientes d o n d e sola m e dejaste,
c o n s u e l o mis a m a r g a s desventuras
p e n s a n d o : si era justo y T ú l o amaste,
habrá gloria m e j o r en tus alturas
c u a n d o de entre mis b r a z o s l o arrancaste.
Benigno Palma
(1882)
LA
PLEBE
A n d r a j o s a , misérrima, i g n o r a d a
la o b s c u r a plebe p o r doquier se muestra
entre el p o l v o que se alza en las ciudades,
arrastrando su o p r o b i o y su bajeza.
E n la lucha tenaz c o n que batallan,
e n c o r v a d o s so el p e s o de sus penas
lloran las h e m b r a s sus eternas ansias,
ruedan l o s h o m b r e s en la eterna b r e g a .
N o c o m p r e n d e n , ilotas, su d e s t i n o ;
el estigma fatal que l o s c o n d e n a .
T á n t a l o s c i e g o s a su r o c a atados,
miserandas criaturas irredentas.
A n s i a n d o siempre en ansiedad s u c u m b e n
víctimas torpes de su propia i n e r c i a ;
y en pasivas inercias derrotadas,
esclavos s o n de sus ocultas fuerzas.
D e las ciudades en que el o r o triunfa,
en la asfixiante a t m ó s f e r a que enerva,
prefieren ser esclavos miserables
del capital que su vivir estrecha.
Y el esplendor de la ciudad que a d o r a n ,
c o n deslumbrante esplendidez serena,
c o m o s a r c a s m o de su eterno o p r o b i o ,
es la causa fatal de sus miserias.
L o s c a m p o s bellos p o r doquier entonan
h i m n o s de vida que el espacio p u e b l a n ;
y la tierra m a g n á n i m a n o esquiva
al s u r c o a m i g o la propicia vena.
V e , o b s c u r a plebe, y a poblar l o s c a m p o s
vuestra p r o l e llevad y vuestras t i e n d a s ;
c o n el sudor c o p i o s o de la frente,
id a r e g a r la fecundante tierra.
Ella o s dará su albergue g e n e r o s a
p o b l a d a de riachuelos y de ceibas,
p o r a m p l i o p a b e l l ó n teniendo el cielo,
la libertad del c a m p o p o r bandera.
L i b r e s allí del o p r e s o r m a g n a t e
que ruin explota vuestra ruin afrenta,
ensayad el esfuerzo de l o s m ú s c u l o s
del arado b e n é f i c o en la reja.
L a simiente veréis que el tallo b r o t a ,
sus áureas g e m a s o s dará la v e t a ;
y el a r r o y o en sus linfas trepadoras,
el p o l v o de o r o entre la limpia arena.
N o m á s ciudades si queréis ser l i b r e s !
D e j a d la infamia sepultada en ellas;
y amándoos los unos a los otros,
id a poblar l o s c a m p o s y las sierras.
Ricardo Miró
(1883)
EL
POEMA
DEL
RUISEÑOR
D e s d e la rama del ciprés d o r m i d o
el dulce ruiseñor canta a la L u n a
y la invita a bajar hasta su nido . . .
Y a ves qué casto a m o r tan sin fortuna . . .
Y eso que el ruiseñor, en un descuido,
puede llegar v o l a n d o hasta la L u n a .
E n v u e l t o entre la luz e m b r u j a d o r a
da al viento el ruiseñor todas las galas
que su garganta m á g i c a atesora . . .
Y la luna se vuelve toda escalas
de seda y luz . . . ( L a Luna dizque i g n o r a
que su dulce cantor tiene d o s alas) . . .
Calla el agua en l o s claros surtidores,
se aduermen l o s a r r o y o s cristalinos
y se despiertan a escuchar las flores . . .
A s t r o y p á j a r o , a un t i e m p o , están divinos
Y ella desciende hasta él vuelta f u l g o r e s ,
y él asciende hasta ella vuelto trinos . .
.
L l e n o de s o m b r a y de quietud, c o m o una
pupila abierta al cielo indiferente,
un retazo p e r d i d o de laguna
sueña en la f r o n d a del jardín . . . Presiente
la pálida belleza de la L u n a
aquel e s p e j o claro y transparente.
E l ruiseñor solloza d o l o r i d o
envuelto entre la luz e m b r u j a d o r a
c u a n d o calla, de p r o n t o , s o r p r e n d i d o ,
p o r q u e desde la rama en d o n d e llora
advierte que la L u n a se ha c a í d o
y flota s o b r e el agua onduladora.
Calla el agua
se a d u e r m e n l o s
y se despiertan
Luna y pájaro,
en l o s claros surtidores,
a r r o y o s cristalinos
a escuchar las f l o r e s . . . .
a u n t i e m p o , están divinos
Y ella asciende hasta él vuelta f u l g o r e s ,
y él desciende hasta ella vuelto t r i n o s . . . .
E l p á j a r o suplica, impreca y canta
mientras se multiplica a maravilla
la flauta de su e g l ó g i c a g a r g a n t a . . . .
Y salta alegre al ver c o m o se humilla
la L u n a que c o r r i e n d o tras su planta
se acerca s o b r e el agua hasta la o r i l l a . . . .
A n t e el dulce deliquio que le miente
la L u n a , riendo del cristal del l a g o ,
l o c o de a m o r el ruiseñor se siente,
y r e s p o n d i e n d o al a m o r o s o h a l a g o ,
hunde el p i c o en el agua transparente
y se b e b e la L u n a t r a g o a t r a g o .
LA
ULTIMA
GAVIOTA
C o m o una franja t e m b l o r o s a , rota
del m a n t o de la tarde, en raudo vuelo
se esfuma la bandada p o r el cielo
b u s c a n d o , acaso, una ribera i g n o t a .
Detrás, m u y l e j o s , sigue una gaviota
que c o n creciente y pertinaz anhelo
va de la soledad r a s g a n d o el v e l o
p o r alcanzar la banda ya r e m o t a .
D e la tarde s u r g i ó la casta estrella
y halló, siempre v o l a n d o , a la olvidada,
de la rauda patrulla tras la huella.
Historia de m i vida c o m p e n d i a d a !
p o r q u e y o s o y , cual la gaviota aquella,
ave dejada atrás p o r la bandada.
.
PATRIA
O h Patria tan pequeña, tendida s o b r e u n I s t m o
d o n d e es el m a r m á s verde y es m á s vibrante el s o l ,
en m í resuena toda tu música, l o m i s m o
que el m a r en la rosada celda del caracol.
R e v u e l v o la
cuando no veo
¡ Q u i z á nunca
si el H a d o n o
mirada y a v e c e s siento espanto
el c a m i n o que a tí m e ha de t o r n a r . . .
supiera que te quería tanto
dispone que atravesara el m a r ! . . . .
L a Patria es el r e c u e r d o ! . . . . P e d a z o s de la vida
envueltos en jirones de a m o r o de d o l o r ;
la palma r u m o r o s a , la m ú s i c a sabida,
el huerto ya sin flores, sin h o j a s , sin v e r d o r .
L a Patria s o n los v i e j o s senderos r e t o r c i d o s
que el pie, desde la infancia, sin tregua r e c o r r i ó ,
en d o n d e s o n l o s árboles antiguos c o n o c i d o s
que al p a s o n o s c o n v e r s a n de un t i e m p o que p a s ó .
E n v e z de estas soberbias torres c o n áurea flecha,
en d o n d e un sol c a n s a d o se viene a desmayar,
d e j a d m e el v i e j o t r o n c o d o n d e escribí una fecha,
d o n d e he r o b a d o un b e s o , d o n d e aprendí a s o ñ a r .
¡ O h mis vetustas torres, queridas y lejanas,
y o siento las nostalgias de vuestro r e p i c a r !
H e visto m u c h a s torres, oí m u c h a s campanas,
p e r o ninguna s u p o , ¡ t o r r e s mías l e j a n a s !
cantar c o m o v o s o t r a s , cantar y sollozar.
L a Patria es el r e c u e r d o . . . . ¡ P e d a z o s de la vida
envueltos en g i r o n e s de a m o r o de d o l o r ;
la palma r u m o r o s a , la música sabida,
el huerto ya sin flores, sin h o j a s , sin v e r d o r .
¡ O h Patria, tan pequeña, que cabes toda entera
d e b a j o de la s o m b r a de nuestro p a b e l l ó n ;
quizás fuiste tan chica para que y o pudiera
llevarte toda entera dentro del c o r a z ó n !
A
PORTOBELO
P o r t o b e l o ilustre, l é x i c o de piedra,
jardín de r e c u e r d o s , ciudad n o b l e y fiel:
B a j o tus espesas cortinas de yedra
dormita un p a s a d o de eterno laurel.
E n tu indiferencia g r a v e y pensativa
n o hay una pulgada d o n d e n o se advierta
el m u d o vestigio de una historia muerta
o la r o j a llama de una gloria viva.
P a s a r o n l o s t i e m p o s del real d e c o r o ,
la galantería, el fausto español,
c u a n d o resbalaban las galeras de o r o
c o m o graves cisnes del P a í s del S o l .
H o y r o m p i e n d o apenas tu bahía m á g i c a
— restos que un naufragio dejara al azar —
u n mástil, a m o d o de una m a n o trágica,
a s o m a , crispado, del f o n d o del mar.
O h tus f o r t a l e z a s ! . . . . E n épicas ruinas
se y e r g u e n l u c h a n d o c o n su aciaga suerte,
y ya s ó l o r o m p e n su quietud de muerte,
para hacer sus n i d o s , las aves marinas.
T u s v i e j o s c a ñ o n e s que de c u m b r e en c u m b r e
llevaron sus e c o s p o r el vasto m a r
h o y duermen, cubiertos de o l v i d o y h e r r u m b r e ,
s o ñ a n d o que se o y e n de n u e v o tronar.
E n las medias n o c h e s tétricas y oscuras
v a g a n p o r tus calles s o m b r a s y visiones,
se escuchan m u r m u l l o s , se o y e n o r a c i o n e s ,
salidos quién sabe de qué sepulturas.
Y en las n o c h e s fúlgidas de nácar y L u n a
flotan s o b r e el ala tenue de las brisas
c a n c i o n e s y notas, palabras y risas
que turban en e c o s tu quieta laguna.
P o r t o b e l o ilustre, patrio o r g u l l o v i e j o ,
jardín florecido de eterno laurel:
H o y s ó l o te queda tu mar, limpio e s p e j o
que te dice cosas que saben tú y él.
P o r tu bella historia, r o j a y estupenda,
p o r tu b r e v e vida de fausto y d o l o r ,
eres, P o r t o b e l o , ciudad de leyenda,
ciudad de r e c u e r d o s y ciudad de a m o r .
LA LEYENDA
DEL
PACIFICO
A un poeta español
Y bien, ya te abanican m i s líricos palmares,
ya escuchas la a r m o n i o s a c a n c i ó n de mis d o s m a r e s
y sueñas a la falda fraterna del A n c ó n .
T ú , qué sabes qué dice cada e c o e n la m o n t a ñ a ,
quizás b a j o sus árboles halles a l g o de E s p a ñ a
y a su r e c u e r d o lata tu n o b l e c o r a z ó n .
Y o s o y , tal v e z , el último de aquella fuerte raza
que o p u s o a la conquista c o m o única c o r a z a
d e s n u d o el b r a v o p e c h o t o s t a d o a mar y a sol,
y h o y , b a j o cuatro siglos que pesan en mis h o m b r o s ,
desde la selva obscura de t o d o s mis a s o m b r o s
n o sé si s o y un indio o s o y u n español.
Si doblas la rodilla, si aplicas el o í d o
sobre mi a m a d o suelo, oirás e c o s de un ruido
s o r d o , de palafranes, de espuelas, de m e t a l . . . .
P a s ó p o r este puente tal gloria y tanta gente
que D i o s , tan s ó l o , p u d o fabricar este puente
para que resistiera la p o m p a colonial.
Desfiló p o r las playas d e esta Castilla de O r o
desde el V i r r e y adusto del señorial d e c o r o
hasta el pirata r o j o sin ley y sin p u d o r ;
y h o y p o r eso b a j o este cielo de primavera
ves c o m o en cada o j o que pasa reverbera
el alma de un pirata o de un E m p e r a d o r .
T ú luces la c o r o n a del P r í n c i p e del v e r s o ;
y o ostento un gran plumaje p o l í c r o m o disperso
s o b r e m i ruda frente p o r las brisas del M a r .
Y h o y , c o m o ayer, el indio b r a v o de su m o n t a ñ a
sale a buscar al h i j o invicto de la E s p a ñ a
para ofrecerle su o r o , sus perlas y su h o g a r .
P e r o h o y está ya exhusta m i Castilla del O r o . . . .
Se a g o t a r o n las perlas y se e x t i n g u i ó el t e s o r o ,
y apenas si el r e c u e r d o de t o d o m e q u e d ó ;
p e r o v o y a contarte un c u e n t o que es historia
para que tú, que h o y tornas al País de la Gloria,
lo cuentes y te olvides de quien te l o c o n t ó :
66
U n día V a s c o N ú ñ e z de B a l b o a , c a n s a d o
del Cuartel, las intrigas, las barajas y el v i n o ,
salió m e d i t a b u n d o , s ó l o , p o r un c a m i n o
que él nunca transitara, y a b a n d o n ó el p o b l a d o ,
Q u i é n sabe c u á n t o a n d u v o d o n V a s c o N ú ñ e z ! . . . .
la tarde una radiantetarde de P r i m a v e r a ,
y el h é r o e , del cansancio de caminar, r e n d i d o ,
tendióse s o b r e el c é s p e d y se q u e d ó d o r m i d o .
Era
Y V a s c o N u ñ e z t u v o un sueño de a l a d i n o :
Vio un g r a n M a r sin confines, azul y cristalino,
d o n d e galeras de o r o trazaban el c a m i n o
hacia un País de ensueño, r e m o t o e i g n o r a d o ,
c o n m o n t e s de esmeralda, c o n cielo r e c a m a d o
de diáfanos brillantes, que acaso era E l d o r a d o . . . .
L a arena, a t r e c h o s r o j a y a t r e c h o s amarilla,
fingía b a j o c h o r r o s de luz, s o b r e la orilla
los g l o r i o s o s c o l o r e s del p e n d ó n de Castilla
D e p r o n t o o y ó un clarín gritar épicamente,
y s o b r e la ancha cinta de arena reluciente
vio aparecer un g r u p o de h é r o e s , de repente.
V i ó s e d o n V a s c o N ú ñ e z de B a l b o a el p r i m e r o ,
y detrás iba el g r u p o siguiendo el d e r r o t e r o
que en la arena dejaba su firme pie de a c e r o .
Cada h o m b r e era un T i t á n . A l r i t m o de sus pasos
la luz, desde el d o r a d o v o l c á n de los o c a s o s ,
llegaba a sus c o r a z a s a hacerse mil p e d a z o s .
Y envueltos en la llama del r a y o p o s t r i m e r o
cada h o m b r e era de plata, de o r o , t o d o entero,
y el que n o era de plata ni de o r o , era de a c e r o .
E l Sol, en tanto, ebrio de rosas y t o p a c i o s ,
pintaba en el i n m e n s o plafón de los espacios
m o n t a ñ a s de o r o , y ríos, ciudades y palacios,
hasta que al fin l o s h é r o e s d o b l a r o n la rodilla
atónitos, y nunca la fe tuvo Capilla
m á s s o l e m n e que aquella maravillosa orilla
desde d o n d e a l o s últimos destellos del P o n i e n t e
se veían tres mástiles que al o j o , de repente
parecían tres cruces b u s c a n d o a aquella g e n t e . . . .
D e p r o n t o h u b o en l o s h é r o e s un estremecimiento
y c o m o un haz de espigas m e c i d o p o r el viento,
la deslumbrante tropa se puso en m o v i m i e n t o ,
mientras la barca, de o r o hasta la aguda quilla,
luciendo en los tres mástiles la enseña de Castilla,
se fué pausadamente l l e g a n d o hacia la orilla.
67
E l P i l o t o en la prora y a su l a d o una D a m a .
— E l Capitán B a l b o a ?
— Y o s o y ! M a s . . . quién m e llama?
— E l Destino.
— Y la D a m a ?
E s la Gloria, que o s a m a !
Y de i m p r o v i s o u n puente de luz, desde la p o p a
tendióse hasta la playa d o n d e la alegre tropa
radiaba de c o n t e n t o cual si tornase a E u r o p a .
Y era de ver a aquella falanje refulgente
c r u z a n d o p o r l o s aires s o b r e el e x t r a ñ o puente
a las últimas luces doradas del P o n i e n t e .
D e s p u é s se o y ó un gran grito de v o c e s jubilosas,
la barca abrió las velas anchas y luminosas,
y el cielo l l o v i ó rosas, y rosas y m á s rosas . . .
*
C u a n d o d o n V a s c o N ú ñ e z v o l v i ó sobresaltado,
al entreabrir l o s o j o s e n c o n t r ó s e a su l a d o
a una v i r g e n indiana, agrestemente h e r m o s a ,
que en él clavaba una mirada cariñosa,
mientras una sonrisa de candidez abría
la rosa de sus labios, v í r g e n e s todavía.
D o n V a s c o , ante el fracaso, r o m p í a y a en e n o j o s ;
p e r o q u e d ó s e v i e n d o de p r o n t o aquellos o j o s
grandes y s o ñ a d o r e s , dulces y cristalinos,
que m á s que o j o s eran c r e p ú s c u l o s m a r i n o s ,
y quién sabe qué c o s a s d e s c u b r i ó en su retina
p o r q u e endulzando el t o n o de su v o z masculina
dijo así a la z a g a l a :
—Tenéis ojos muy bellos!
— S e ñ o r , y si supierais l o que sufrí p o r e l l o s ! . . . .
— D e c í s ? Será p o s i b l e ? . . . . V i é n d o l o s m e i m a g i n o
ver un gran m a r sin playas, azul y cristalino,
en c u y o f o n d o , lleno de tenue claridad,
m o r a el País s o ñ a d o de la F e l i c i d a d . . . .
— P r e c i s a m e n t e . . . . P l u g o a m i fatal destino
que en mis pupilas t o d o s hallarán el c a m i n o
hacia sus e s p e r a n z a s . . . . Y o . . . . d e s g r a c i a d a m e n t e . . . .
—Amáis?
—Tal vez!
L a n o c h e llegaba lentamente
y encima de los m o n t e s azules y altaneros
abrían sus jardines de plata l o s l u c e r o s . . . .
E l h é r o e y la zagala, m u d o s y pensativos,
llenaban su silencio de p u n t o s suspensivos
c u a n d o ella, s a c u d i e n d o la o b s c u r a cabellera
s o b r e la espalda m ó r b i d a , h a b l ó de esta m a n e r a :
— M i padre es el M o n a r c a de un R e i n o f a b u l o s o .
N a d i e c o m o él tan n o b l e , valiente y p o d e r o s o .
C u a n d o y o vine al m u n d o , m i padre que veía
en m í sus esperanzas, su gloria y su alegría,
quiso que el m á s anciano de t o d o s l o s ancianos
leyera en las d o s palmas rosadas de m i s m a n o s
m i porvenir, y el v i e j o d i j o :
— S e r á m u y bella,
p e r o ha v e n i d o al M u n d o b a j o una mala estrella.
E l D o l o r y la M u e r t e siempre irán a su lado,
y ha de tener el p e c h o para el a m o r c e r r a d o
hasta el a c i a g o día en que un b l a n c o g u e r r e r o
llegue de un R e i n o e x t r a ñ o b u s c a n d o el d e r r o t e r o
hacia la Gloria, y ella le dará a m o r y gloria
para escribir la página m á s bella de la Historia,
y ese guerrero e x t r a ñ o será R e y en tu casa,
y te dará su i d i o m a y te dará su raza.
— S e ñ o r : y fui c r e c i e n d o , c r e c i e n d o hasta que u n día
supe, n o sé c ó m o , la extraña profecía
y desde entonces late m i c o r a z ó n cuitado
en espera de aquel misterioso s o l d a d o . . . .
A v e c e s a la orilla de m i m a r . . . .
—Vuestro
mar?
— O i d m e c o n paciencia que v o y a t e r m i n a r . . . .
A v e c e s a orillas de mis playas m e iba
y frente al h o r i z o n t e quedaba pensativa
absorta ante las aguas azules y r e m o t a s . . . .
Cuántas v e c e s el ala fugaz de las gaviotas
f i n g i ó m e en lontananza la vela de un navio
que siempre naufragaba para el anhelo m í o ! . . . .
T a n t o b a j é a mi m a r a esperar y a llorar
que t o d o s m e apellidan la Princesa del M a r ,
y v o s , que antes m e dijisteis que eran mis o j o s bellos,
sin saberlo alabasteis el mar que copian ellos.
—Y
que a
y a fe
hallar
el mar, Princesa, e n d ó n d e ? L e p l u g o a m i destino
v o s tocara darle final a m i c a m i n o ,
que es gloria larga a fatigas y e n o j o s
un mar y hallarlo p r i m e r o en vuestros o j o s .
— S a b é i s que ahora r e c u e r d o la amarga p r o f e c í a ?
.
.
.
— Y n o esperabais v o s p o r mar, Princesita m í a ?
— S i tal, p e r o m e dicen que A m o r es tan ladino
que, a v e c e s , e x p r o i e s o , equivoca el c a m i n o .
Y la gentil Princesa, que ardía ya en a m o r e s ,
dijo b a j a n d o el r o s t r o cubierto de r u b o r e s :
— S u b a m o s que ya, a p o c o , calmaréis vuestro anhelo.
V e r é i s m i mar, pudiera ser e s p e j o del Cielo.
Subían en la s o m b r a azul de la m o n t a ñ a
la Princesa del M a r y el Capitán de E s p a ñ a
e igual latían el p e c h o f o r r a d o en fuerte acero
que el o t r o , e s t r e m e c i d o p o r el a m o r p r i m e r o ,
y ya casi en las c u m b r e s azules y b r u m o s a s
en d o n d e las estrellas se ven m á s luminosas,
el Capitán E a l b o a p a r ó s e s o r p r e n d i d o ,
p o r q u e ante sus pupilas, c o m o un metal b r u ñ i d o ,
b a j o la e m b r u j a d o r a luz verde de la L u n a ,
un n u e v o mar soñaba un sueño de laguna,
mientras que la Princesa decía entre s o n r o j o s :
— S e ñ o r : ese es el m a r que visteis en mis
ojos!....
— P a l a b r a s ? N o hay palabras que digan la e m o c i ó n
Y allí l o s d o s , unidos p o r las febriles m a n o s ,
eran c o m o d o s n o v i o s , tal c o m o d o s h e r m a n o s ,
y la Luna, g o z o s a , ante la escena grata,
deshojaba s o b r e ellos sus jardines de plata.
*
*
Y a v e s ? Esta es la historia
d o n d e el A m o r camina del b r a z o de la G l o r i a ;
p e r o ahora c a i g o en cuenta de que te he d i c h o en v e r s o
que halló B a l b o a en d o s o j o s u n mar de ondas tranquilas,
c u a n d o tú, tras el f o n d o de luz de d o s pupilas,
en v e z de un mar sin playas hallaste un U n i v e r s o .
Hortensio de Icaza
(1883)
A
PANAMÁ
E n el 8 8 ' aniversario de su fecha
magna
A tí, g l o r i o s a Patria de fúlgida m e m o r i a ,
para quien s o n p e q u e ñ o s los fastos de la Historia,
d e d i c o de m i n u m e n las arduas c o n c e p c i o n e s .
E r e s pequeña y vales p o r q u e eres un t e s o r o ,
y l o s que te llamaron Castilla la del O r o
n o v i e r o n otra tierra de tan h e r m o s o s d o n e s .
y
y
te
y
ni
P o r q u e eres tú la patria que a t o d o s brinda asilo
es en tus aguas m e n o s m o n s t r u o s o el c o c o d r i l o
es m á s h e r m o s o el tigre que vive en tus b o s c a j e s ,
quieren y te b u s c a n los h i j o s de la tierra,
en tu n o b l e z a augusta tu puerta n o se cierra
al que a m a r g ó tu vida c o n c r í m e n e s y ultrajes.
A q u í c o n v e r g e n t o d o s , de t o d o s l o s confines,
al s o n irresistible que vibra sn l o s clarines
c o n que el P r o g r e s o canta su gigantesca hazaña.
H o y eres f r e s c o oasis c u e adivinó el viajero,
c o m o en un t i e m p o fuist? p e d a z o de sendero
para llevar riquezas a la vetusta España.
F u é el t i e m p o en que se abría la flor de tu r e n o m b r e
millonaria de a r o m a s , c u a n d o l l e g ó aquel h o m b r e ,
al que quizá arrullaste c o n tiernas barcarolas
y l u e g o , c o m o p r e m i o de t o d o s tus afanes,
l o hiciste confidente de que eran d o s titanes
l o s que te p r o d i g a b a n l o s h i m n o s de sus olas.
Y c o m o tú l o amabas, p o r eso quiso el H a d o
armar c o n la tragedia la m a n o de un m a l v a d o ,
para que sepultase la tierra p a n a m e ñ a
l o s d e s p o j o s del h é r o e de heráldica figura,
del h é r o e que h o y ostenta su c a s c o y su armadura
s o b r e la h e r m o s a efigie de la m o n e d a itsmeña.
C o m o p o r c o p a de o r o — p r e m i o que se disputa
el valor de l o s h o m b r e s — l i b r a b a n en su ruta
c o m b a t e s que traían la sangre hasta tus l a r e s :
así p o r tí f o r m a b a n desesperada guerra
n o s ó l o l o s m o n a r c a s que viven en la tierra
sino también l o s reyes siniestros de l o s mares.
U n día despertaste confusa y sorprendida
p o r q u e una f o r m i d a b l e y terrible sacudida
vino a anunciar de un h é r o e la i m p o n d e r a b l e f a m a
fué el suelo de l o s A n d e s n i d o de tempestades,
y gloria m á s sublime n o cuentan las edades
ni nunca fué m á s bella la v o z del T e q u e n d a m a .
Y tú también quisiste r o m p e r tu innoble y u g o
tus nervios se crisparon y el r o s t r o del v e r d u g o
palideció de espanto c u a n d o m i r ó tu c e ñ o ;
y d e s c o n f i a d o y triste p e n s ó en su fortaleza,
p o r q u e en Junín ya supo la singular fiereza
del l e ó n c u a n d o despierta de su p r o f u n d o s u e ñ o .
Y l u e g o se a b r i ó el libro d& tu g l o r i o s a historia
y tú, s o b r e el alado c o r c e l de la V i c t o r i a ,
sentiste las caricias del astro m á s r a d i o s o ,
y aunque n o fué rasgada tu túnica de a r m i ñ o ,
en Blas A r o s e m e n a tuviste tu N a r i ñ o ,
tuviste tu B o l í v a r en F á b r e g a el c o l o s o .
P o r q u e si en ese día n o c o n s i n t i ó la Suerte
que asolara tus c a m p o s el ángel de la M u e r t e
al quebrantar tus h i j o s la bárbara cadena
e s o n o a m e n g u a en nada tu historia que fulgura,
ni fué p o r q u e a ese F á b r e g a faltase la bravura
del h é r o e traicionado, p r o s c r i t o en Santa Elena.
N o p u d o estar de i n c ó g n i t o la c o n d i c i ó n h u m a n a
y c o m o aquellos D i o s e s de la Historia P a g a n a
así también tus h é r o e s b e b i e r o n el b e l e ñ o
de la fatal d i s c o r d i a : tal v e z n o eran culpables,
p o r q u e ellos fueron astros i n m e n s o s , formidables,
y juntos n o cabían en C o s m o s tan p e q u e ñ o .
P a s a d o s l o s errores de triste c o n s e c u e n c i a
m á s tarde el patriotismo f o r m a b a en tu existencia
g i g a n t e s c o s p r o y e c t o s de tu grandeza en aras,
y t o d o s meditaban, c o n e g o í s m o s a n o ,
si le faltaban astros al cielo c o l o m b i a n o
o si faltaba un cielo para que tú brillaras.
Y en tu indecisa vida probaste m u c h a s v e c e s
la u n i ó n que injustamente pagabas tú c o n creces,
pues eras rica y digna de afectos m á s p r o l i j o s ,
y la que en tí una h e r m a n a b u s c ó , v i e n d o el t e s o r o
que guardaban tus ubres exuberantes de o r o
te c o n v i r t i ó en nodriza para lactar sus h i j o s .
T u s tierras f u e r o n teatro de infamias y e x t e r m i n i o ,
la u n i ó n que te o f r e c i e r o n se c o n v i r t i ó en d o m i n i o ,
y mientras el s o n r o j o m a n c h a b a tus mejillas,
aquellos que m a t a r o n tu m á s h e r m o s o s u e ñ o
n o s ó l o le usurpaban el solio al p a n a m e ñ o
sino que l o obligaban a estarse de rodillas.
A s í pasaron años, hasta que v i n o el día
en que rasgaste el n e g r o v e l o que oscurecía
de tus libertadores el m a g n o patriotismo
c o n tu " t r e s de n o v i e m b r e , c o n ese huracán m u d o ,
d o n d e n a c i ó aquel r a y o que d e s t r o z ó el e s c u d o
de la que te pagaba tu a m o r c o n d e s p o t i s m o .
Y c o m o sosteniendo g r a n d i o s o s m o n u m e n t o s
tus p o l o s h o y s e m e j a n d o s b r a z o s , d o s p o r t e n t o s !
cual si juntar quisiera c o n u n a b r a z o estrecho
l o s d o s t r o z o s de tierra que han d a d o m á s t r i b u t o s :
¡la A m é r i c a de W a s h i n g t o n , la de p r e c o c e s f r u t o s !
¡la A m é r i c a que a E s p a ñ a le arrebató el d e r e c h o !
L a s o l u c i ó n tú sola has sido del p r o b l e m a
de r e d e n c i ó n sin sangre, l o que será el e m b l e m a
del m o d e r n o c i v i s m o que adornará tu f r e n t e ;
despide, pues, la l u m b r e de tu fulgor l u j o s o ,
que seguirá luciendo c o m o un diamante h e r m o s o
e n g a r z a d o en la j o y a del N u e v o Continente.
EL ÁRBOL
DE LA
MUERTE
Cuentan que en las Caribes u n viajero,
de c e ñ o t o r v o y o j o s c o m o llamas,
una n o c h e , del sueño prisionero,
se d u r m i ó b a j o el árbol traicionero
que mata c o n la s o m b r a de sus r a m a s .
Y sin e m b a r g o c o n s e r v ó la v i d a ;
y c u a n d o el A l b a d e r r a m ó su brillo
se a l z ó del suelo y se m a r c h ó en s e g u i d a :
era aquel h o m b r e e x t r a ñ o un parricida,
y m u r i ó esa mañana el m a n z a n i l l o !
José 5imón Rucabado
ECOS ÍNTIMOS
Y o n o siento
P u n z a d o r a s del
Cuando alguno
M e alegra c o n
el d o l o r de las espinas
o d i o y del d i c t e r i o . . . .
m e hiere, m i salterio
sus dulces cavatinas.
Si en actitud inculta, en asechanza,
A l g u i e n m e aguarda para herirme fiero,
Y o le brindo mi p e c h o , en la confianza
D e que si es h o m b r e arrojará su a c e r o . . . .
D e que si es n o b l e r o m p e r á su lanza.
Nada inmuta mi fe de a p o l o n i d a !
M i espíritu t e m p l a d o en la refriega
D e todas las pasiones de la V i d a ,
T i e n e para salvar de toda b r e g a
una sana conciencia p o r egida.
Y o s o y c o m o el perínclito T r a j a n o ,
H o m b r e que v o y de la amenaza en p o s :
C u a n d o alguien quiere, en su furor insano,
V e r t e r m i sangre c o n su propia m a n o
Y o v o y a él con caminar v e l o z .
Y o n o anhelo ni Víctores ni p a l m a s ;
Prefiero de la crítica el e n c o n o ,
P u e s bien me sé que el l i s o n j e r o t o n o
C o r r o m p e c o m o un ácido las almas.
Para obrar c o n el Bien n o es necesario
R e c o m p e n s a m i aplauso. E l que se inspira
E n sentimientos p u r o s , nunca mira
Si arderá tras de su obra un incensario.
C u m p l i e n d o m i deber, y o desafío
L o s ataques del v u l g o indiferente,
Q u e su espinazo a la bajeza arquea.
Para vencer al adversario i m p í o
E n cruenta lucha, en infernal pelea,
T e n g o la fortaleza del v i d e n t e . . . .
¡ T e n g o el arma invencible de la I d e a !
J o s é María Guardia
LAS
LAVANDERAS
( P a r a H é c t o r Conté
P o r l o s flancos g r i s o s o s de las laderas
b o r d a d a s de risueño, verde plantío,
v a n alegres c a n t a n d o , c o n r u m b o al r í o ,
en bullidor e n j a m b r e , las lavanderas.
Cada cual va a su sitio. C o n mil maneras
buscan sus viejas p i e d r a s ; tiran el lío,
y ansiosas se preparan b a j o el s o m b r í o
y encantador r a m a j e de las riberas.
C o m i e n z a la faena cansada y d u r a :
el j a b ó n c o n su espuma tiñe en blancura
l o que antes fué cual p i é l a g o de e s m e r a l d a s ;
las lavanderas alzan a D i o s l o s o j o s ,
y el sol p o n e u n r e g u e r o de r a y o s r o j o s
s o b r e las desnudeces de sus e s p a l d a s !
EL ÁRBOL
GEMELO
E n el c o m i e n z o gris de la colina,
c o m o m a r c a n d o fin a la llanura,
se alza piadosamente la figura
venerable y querida de una encina.
A l r u d o g o l p e del d o l o r inclina
su limpio varillaje en la e s p e s u r a . . . .
m a s guarda un n o m b r e en la c o r t e z a dura
que le e s c r i b i ó m i m a n o p e r e g r i n a . . . .
O h p o b r e á r b o l sinuoso del c a m i n o ! . .
Q u i é n n o s hubiera d i c h o que el destino
n o s cobijara c o n sus m i s m a s s a ñ a s :
y o también el cansancio v o y sintiendo
y t a m b i é n c o m o tú m e v o y m u r i e n d o
c o n u n n o m b r e g r a b a d o en las entrañas.
.
B.)
Juan Ramírez R.
(1885)
PRESENTIMIENTO
I
S é que n o has de vivir siempre d i c h o s a ;
que has de sentir v o r a z r e m o r d i m i e n t o ;
y que en el r a u d o musitar del v i e n t o
han de venir tus quejas a m i c h o z a .
Y tú, que m e abrumaste c o n desdenes
y te entregaste a la quimera l o c a ,
v o l v e r á s c o n l o s b e s o s de tu b o c a ,
a preludiar tu a m o r s o b r e m i s sienes.
P e r o al llegar de n u e v o a m i c a b a n a
se habrá extinguido tu belleza extraña
y ya estarán m a r c h i t o s tus p r i m o r e s ,
c o m o se han m a r c h i t a d o l o s jardines,
d o n d e f r e s c o s rosales y j a z m i n e s
p e r f u m a r o n ayer nuestros a m o r e s .
II
N o te g u a r d o r e n c o r . Si has preferido
seguir c o n tu impiedad o t r o s e n d e r o
y a b a n d o n a r el b e n d e c i d o alero
que n o s sirvió en t i e m p o de a l b o n i d o ;
Si de la vida en la eternal c o m e d i a
has q u e r i d o que b a j e la pendiente
e x h i b i e n d o , c a n s a d o , diariamente,
m i papel de pesar y d e tragedia,
pienso que tú t a m b i é n — l l e g a r á el d í a —
imitarás a la M e l a n c o l í a
c o n tus miradas lánguidas e inciertas
pienso que v o l v e r á s arrepentida
y que en la ruta de m i triste vida
h e de besar tus m o r b i d e c e s muertas.
Guillermo Batalla
(1886)
LAS CANAS
DE MI
MADRE
( V i e n d o su r e t r a t o )
I m a g e n bella de m i m a d r e amada,
en esta inmensidad dulce c o n s u e l o ;
cuan h e r m o s a te encuentras c o l o c a d a
en tu m a r c o de r o j o t e r c i o p e l o .
Se reflejan de tu alma las virtudes
en las pupilas de tus tristes o j o s ;
y aire r e g i o que i m p o n e multitudes
te dan de tus cabellos l o s m a n o j o s .
E s o s l a m p o s de plata cual auroras
de un despertar en é p o c a de invierno,
de tus v i e j o s pesares s o n las h o r a s ,
de tu pasada vida el sello eterno.
Spn ellos tus inmensas amarguras,
de un p a s a d o feliz r e c u e r d o triste;
de aquel d o l o r sin fin s o n las torturas,
c u a n d o a m i padre en m i niñez perdiste.
E l l o s s o n tus cuidados y desvelos,
aquellas n o c h e s largas de a g o n í a
en que i m p l o r a n d o a l o s s a g r a d o s cielos,
te encontraba la luz del n u e v o día.
Mientras que alegre, a tu sufrir a j e n o ,
de tus h o n d o s pesares inocente,
m e d o r m í a feliz s o b r e tu s e n o
al tierno arrullo de tu orar ferviente.
E l v a l o r i g n o r a b a de esas canas,
de a c e r b o padecer e m b l e m a s a n t o ;
g u e d e j a s que la luz v i e r o n tempranas,
¡ p o b r e s ! nacidas del d o l o r y el l l a n t o !
¡ S e d o s a s , negras cabelleras, l e j o s !
¡ L e j o s d o r a d o s y esplendentes r i z o s !
¡ N o tenéis de estas hebras l o s r e f l e j o s !
¡ N o tenéis de esta nieve l o s h e c h i z o s !
¡ V o s o t r a s n o sabéis qué es desventura,
de la vida ignoráis l o s d e s e n g a ñ o s ;
si de escarcha o s cubrís, vuestra blancur;
tiene el tinte m a r c h i t o de l o s años.
¡ O h canas de mi m a d r e , v e n e r a b l e s !
¡ O h i m a g e n que mis penas a m i n o r a !
a través de estos m a r e s insondables
la ofrenda recibid del que o s a d o r a !
CANTO AL
TRABAJO
¡ Salve, o h P a d r e b e n é f i c o y f e c u n d o ,
r e f o r m a d o r e n é r g i c o del m u n d o ,
excelsa poesía,
fanal e s p l e n d o r o s o que n o s guía
de la virtud p o r la escondida senda,
adversario del vicio, fuerte e s c u d o
que en la humana contienda
simboliza la gloria y la alegría!
¡ S u b l i m e r e d e n t o r del universo,
en n o m b r e del D e b e r y o te saludo
c o n la sencilla estrofa de m i v e r s o !
L a selva augusta
se estremece y asusta
al verte penetrar en su m o r a d a
y al escuchar del hacha el g o l p e s e c o
al cielo eleva su protesta airada;
vacila el g r u e s o t r o n c o centenario
m a s p r o n t o da c o n tu r a m a j e en tierra
p r o d u c i e n d o u n estrépito que aterra
y e n s o r d e c e el paraje solitario.
E l devorante f u e g o
la obra a c o m p l e t a r se acerca l u e g o ;
cruje y se queja la abrasada encina
y queda al fin la selva d e s p o j a d a
de su verde sayal, negra, enlutada.
T u r n o al arado t o c a
y las entrañas de la tierra c l a v a ;
Natura e n t o n c e s , tu obediente esclava,
te brinda amable sus v a l i o s o s d o n e s ,
y a aquella faja inculta, respetada
p o r cien g e n e r a c i o n e s
transforma en fértil z o n a cultivada,
d o el labrador, en m e s e s b i e n h e c h o r e s
el fruto encontrará de sus sudores.
Calma el trabajo el h o n d o d e s c o n s u e l o
del p o b r e h o g a r y c o m o luz del cielo
disipa el triste llanto
que hace a s o m a r al r o s t r o del v e n c i d o
de la desgracia el implacable m a n t o .
A su p a s o renace la esperanza
h u y e el tedio e s p a n t o s o del letargo,
radiante a s o m a el sol de bienandanza
y el h o m b r e se r e m o n t a hasta la c u m b r e
d o n d e fulgura de virtud la l u m b r e .
E l T r a b a j o doquiera que aparece
es luz vivificante y r e d e n t o r a ;
á n c o r a salvadora
que el H a c e d o r del U n i v e r s o ofrece
a la n a c i ó n que su impotencia llora.
A su ímpetu g r a n d i o s o ;
c a m b i a de faz el porvenir d u d o s o ,
blanca aurora de paz sus alas v i e r t e ;
la multitud despierta v e r g o n z o s a
y a la lucha se lanza p r e s u r o s a :
u n h o r i z o n t e halagador se a d v i e r t e . . . .
E s la fuerza de a c c i ó n , es la energía
de e m p r e n d e d o r a activa m u c h e d u m b r e
que del P r o g r e s o la radiante c u m b r e
escala, verdadera Eucaristía
del d i g n o ciudadano
que el bien eterno de su patria ansia.
E s el T r a b a j o a n t o r c h a que ilumina
las densas s o m b r a s de la humana m e n t e
g e n i o de luz de resplandor potente
que al sabio brinda inspiración divina.
E s causa que e n n o b l e c e ,
dulce tarea que al mortal ofrece
la inmensa dicha del deber c u m p l i d o ;
caudal d e s c o n o c i d o ,
n o del patriota c o r a z ó n que quiere
el triunfo de su p u e b l o y de su raza,
sino de aquel a quien la inercia hiere,
el v i c i o despedaza,
y en estúpida m a s a c o n v e r t i d o
en el desprecio v e r g o n z o s o muere.
Mil v e c e s , sí, c o b a r d e el que indolente
en la eternal pelea
desespere y se crea
para el triunfo sin fuerzas, i m p o t e n t e ;
la F e j a m á s flaquea
de aquel que en el T r a b a j o es persistente
E l h o m b r e de energías n o fracasa,
es él el v e r d a d e r o progresista
industrioso y m o d e r n o ,
el ejemplar g u e r r e r o que conquista
c o n su r e c t o carácter y firmeza,
a m á s de su riqueza,
el bienestar c o m ú n , su o r g u l l o y gloria
y un puesto en l o s anales de la Historia.
¡ Sagrada esclavitud; y u g o sin p e s o ,
o h tú, prenda de paz, bendito sea
cuanto tu m a n o bienhechora c r e a !
Fuente del adelanto y del p r o g r e s o ,
quiera divina P r o v i d e n c i a u n día
f o r m e s la sola idea
de esta adorada y rica Patria m í a !
Enrique Geenzier
(1887)
A
ESPAÑA
M e n t i r a ! T ú n o estás en decadencia
n o b l e , g l o r i o s a y bendecida E s p a ñ a .
N o estás en el cénit de la existencia
ni te envuelve t a m p o c o su a l b o r a d a ;
sino que en el o c a s o has d e s c e n d i d o ,
c o m o el vibrante sol, envuelta en llamas,
para reaparecer m á s g r a n d e y bella
s o b r e el gris h o r i z o n t e del m a ñ a n a .
N o estás en decadencia, c o m o d i c e n :
estás en g e s t a c i ó n , cual la crisálida.
M a s , c u a n d o r o m p a s la ruinosa cárcel
en que y a c e s cautiva p o r tu gracia,
s o b r e el g l a u c o verjel del universo
llenas de luz extenderás tus alas.
M u c h o s te olvidan h o y p o r q u e n o alumbras
el m u n d o c o n el brillo de tu espada
q u e ardida en b l a n c o resplandor de gloria
a l u m b r ó l o s laureles de N u m a n c i a .
M a s c u a n d o tú el o c a s o traspusiste
y en la tierra c a y ó la s o m b r a vasta,
la negra n o c h e se p o b l ó de estrellas
y o l v i d a n d o que tú la luz les dabas
el m u n d o te a r r o j ó de su m e m o r i a
c o m o una vieja a n t o r c h a ya apagada.
1 I n g r a t o g e s t o c o n que premia el m u n d o
la excelsitud de tu g l o r i o s a c á t e d r a !
Y tú sigues errante p o r la vida
m á s h e r m o s a que nunca en tu d e s g r a c i a ;
p o r q u e d o n d e l a sien irguieron o t r o s
se v e la huella de tu augusta planta;
p o r q u e llevas, a m o d o de turbante,
la sien ceñida p o r ardientes l l a m a s ;
p o r q u e cruzas la n o c h e de l o s t i e m p o s
envuelta en la mantilla de tu gracia,
el p e c h o rebosante de claveles
y alegre, c o m o el s o n de tus guitarras,
c o m o si ya en el b o r d e del s e p u l c r o
sintieras m o c e d a d en las entrañas,
f u e g o de a m o r en l o s ardientes o j o s
y luz primaveral d e n t r o del alma.
L o s que de tí se burlan nada s a b e n !
L a s naciones m á s fuertes y avanzadas
apenas pueden resistir el brillo
de tus negras pupilas e n t o r n a d a s :
p o r q u e ellas a manera de satélites
que el sol radiante c o n su l u m b r e baña,
s ó l o brillaron c u a n d o tú te fuiste
a derramar tu l u m b r e en otras p l a y a s ;
p o r q u e p o r órbita tuvieron s ó l o
un cuarto de hemisferio, M a d r e E s p a ñ a ,
y en c a m b i o tú de claridad poblaste
las r e g i o n e s m á s tétricas del atlas!
Y hay, sin e m b a r g o , quien a tí se atreve
y duda de tu gloria y tu p u j a n z a ;
p o r q u e talvez i g n o r a que tú eres
archivo legendario de la F a m a ,
fuente de inspiración y de nobleza,
crisol del h e r o í s m o y de la gracia,
cuna florida del r o b u s t o ingenio
y madre de esta tierra americana
que desde R í o Grande al C a b o de H o r n o s
alienta c o n sus j u g o s a una raza
p o r cuyas venas en secreto i m p u l s o
discurre sin cesar tu sangre hidalga
y cuya lengua es la h a r m o n i o s a lengua
que hablaron D o n Q u i j o t e y S a n c h o Panza.
M e n t i r a ! T ú n o estás en decadencia
noble, gloriosa y bendecida España.
N o estás en el cénit de la existencia
ni te envuelve t a m p o c o su a l b o r a d a ;
sino que en el o c a s o has d e s c e n d i d o ,
c o m o el vibrante sol, envuelta en llamas,
para reaparecer m á s g r a n d e y bella
s o b r e el gris h o r i z o n t e del m a ñ a n a !
LA
EPOPEYA
DEL
HIERRO
( C a n a l de P a n a m á )
L a gloria n o es tan s ó l o del águila pujante
que s o c a v ó las r o c a s c o n sus garras de a c e r o :
también es de la E s p a ñ a del Sabio N a v e g a n t e
y de la Francia altiva, científica y pensante.
¡ E s gloria de las razas y para el m u n d o e n t e r o !
M i r a d la o b r a : en ella
el lema de m i patria c o n sangre de las razas
en la profunda b r e c h a q u e d ó p o r siempre escrito.
L a t i n o s y sajones allí d e j a r o n huella
al d e s p l o m a r s e b a j o las r o c o s a s masas
o heridos p o r la aguda p o n z o ñ a del m o s q u i t o .
M a s n o la m e n t e anublen prejuicios i n f u n d a d o s :
ya nadie negar puede que fueron l o s C r u z a d o s
del N o r t e de la A m é r i c a l o s h é r o e s al final.
L a garra tinta en sangre de escuálido c o r d e r o
hincaron en la r o c a c o m o punzante a c e r o
hasta dejar abierta la ruta c o l o s a l .
M i r a d la o b r a : es ella b l a s ó n que simboliza
el triunfo de una raza potente, que a r m o n i z a
constancia, p o d e r í o s y anhelos de v i v i r :
la raza que c o n m ú s c u l o s de acero r e t e m p l a d o
n o v i v e c o n t e m p l a n d o , cual otras, su pasado,
sino que va al encuentro de un bello porvenir.
L a raza que avarienta de lauros y de hazañas
n o espera de otras m a n o s su r e g e n e r a c i ó n ;
sino que va adelante, p o r mares y m o n t a ñ a s ,
a la conquista h e r m o s a de p r ó d i g o filón.
L l e g a r o n a las costas del I s t m o un bello día.
A su triunfal presencia la tierra palpitó.
L a s furias d o m e ñ a r o n de la h o n d a mar b r a v i a ;
c l a v a r o n sus piquetas en alta serranía
y ante el gallardo e m p u j e la cima se inclinó.
C o n v o z de trueno e n t o n c e s cantaron la e p o p e y a
del hierro, que es riqueza si f o r m a u n a z a d ó n ;
y del s o n o r o y u n q u e s u r g i ó una nueva estrella,
la m á s h e r m o s a y blanca que en el azul destella
del c o n s t e l a d o cielo del M u n d o de C o l ó n .
E l t e o d o l i t o al frente, la mira allá a l o l e j o s ,
la cantimplora al cinto, del sol a l o s reflejos
c r u z a r o n p o r la espesa maraña tropical.
N i el f u e g o del v e r a n o , ni el l o d o , ni las lluvias
la planta detuvieron de aquellas g e n t e s rubias
que j u n t o al y u n q u e cantan el h i m n o del metal.
C o n f o r m i d a b l e estruendo de grandes r a m a z o n e s
encinas milenarias d o b l a r o n la c e r v i z ;
al g o l p e de las hachas r o d a r o n a m o n t o n e s
las palmas orgullosas, l o s frescos m a r a ñ o n e s
que s o m b r a y fruto daban a la heredad feliz.
S ó l o q u e d ó del b o s q u e después del g o l p e r u d o ,
inmensa franja estéril de d o n d e el ave h u y ó ;
m á s l u e g o s o b r e el vientre del suelo ya d e s n u d o ,
la férrea e x c a v a d o r a c l a v ó su p i c o a g u d o
que c o m o h a m b r i e n t o buitre la entraña d e s g a r r ó .
L o s c a u d a l o s o s r í o s que en m a r c h a hacia sus b o c a s ,
las selvas arrasaban c o n furia de L u z b e l ,
b a j o el t r e m e n d o filo de las cortantes r o c a s
su c u r s o retorcieron, c o m o serpientes l o c a s
heridas p o r el c a s c o de i n d ó m i t o c o r c e l .
L e s v i e r o n las naciones j u n t o a la r o c a dura
c l a v a n d o sus piquetas c o n t e s o n e r o a f á n ;
y acaso se s o n r i e r o n c o n cáustica a m a r g u r a ,
p e n s a n d o que era un g e s t o de bárbara l o c u r a
el n o b l e g e s t o o l í m p i c o del último titán.
E n ardua lucha m a g n a l o s s o r p r e n d i ó la aurora
la s o m b r a de la n o c h e l o s s o r p r e n d i ó también
j u n t o al ardido vientre de la l o c o m o t o r a ,
al b o r d e horripilante de sima aterradora
o en la erizada punta de l a r g o terraplén.
Y al fin de tanta lucha y esfuerzo n o b l e tanto,
las aguas de d o s m a r e s , en u n b a u t i s m o santo
r e g a r o n la ancha b r e c h a c o n p l á c i d o bullir,
mientras que en la alta r o c a de inaccesible m o n t e
c o n las pupilas fijas allá en el h o r i z o n t e
el águila del N o r t e sondeaba el porvenir.
V e n i d , p u e b l o s h e r m a n o s , venid a ver la r u t a !
el triunfo ha sido d i g n o del hércules s a j ó n
que el f r e n o de d o s m a r e s c o n ella se disputa
para mandar u n m u n d o o eternizar su u n i ó n .
E n v e z de aquellos b o s q u e s c u a j a d o s de verdura,
en v e z de aquellas c i m a s de ardiente entraña dura
y aquellos h o n d o s r í o s de r á p i d o correr,
veréis azules l a g o s , graníticas r o m p i e n t e s ,
esclusas gigantescas, pirámides y puentes
que el g e n i o sintetizan de o l í m p i c o p o d e r .
V e r é i s entre l o s l a r g o s paréntesis que fingen
l o s flancos de la ruta del u n o al o t r o mar,
el p a b e l l ó n de China, de Rusia y de I n g l a t e r r a ;
veréis t o d a s las razas que v a g a n p o r la tierra
la p a z de las naciones en ellas p r o c l a m a r .
V e r é i s allí cruzarse, c o n ansias de o r o y fama,
el r u s o de Siberia y el fiero p a t a g ó n ;
el indio de l o s A n d e s y el sucesor de B r a h m a ;
el español intrépido y el pálido n i p ó n .
Oiréis de m u c h a s leguas el vario v o c e r í o
que sucedió a la altiva soberbia de B a b e l ;
y al bifurcar las aguas el rápido n a v i o
olvidaréis en b r a z o s de ardiente desvarío
que s o b r e el A n d e cruza la quilla del bajel.
Bendeciréis e n t o n c e s la tierra p r o t e c t o r a
que en un s u p r e m o rapto de angustia a b r u m a d o r a
r a s g ó su h e r m o s a entraña c o n g e s t o m a t e r n a l ;
y p o r borrar c o n ellos injustas opiniones
daréis al m a n s o viento l o s épicos p e n d o n e s
de v u e s t r o s trasatlánticos frente a su Capital.
M i r a d la o b r a : es ella e j e m p l o el m á s h e r m o s o
que ofrece a vuestros o j o s el p u e b l o l a b o r i o s o
c u y o s h e r c ú l e o s b r a z o s n o saben de f a t i g a s ;
el p u e b l o que ante el ara de p r o g r e s o latente
entona la e p o p e y a de la fragua candente
y el h i m n o p u r o y b l a n d o de las áureas espigas.
E l p u e b l o a u d a z y j o v e n en c u y o s e n o impera
el t r á f a g o incesante de las l o c o m o t o r a s ;
que rinde culto al hierro p o r q u e del hierro espera
la fuerza que ha de darle prestigio a t o d a s h o r a s .
E l triunfo es de ese p u e b l o c u y o s f o r n i d o s b r a z o s
e v o c a n las leyendas de antiguos g l a d i a d o r e s ;
que tierra y mar azotan c o n furia de aletazos
las huellas r e m o v i e n d o de l o s c o n q u i s t a d o r e s .
¡ O h ! p u e b l o s de la A m é r i c a , que vegetáis h u n d i d o s
en la p o l v o s a senda del é p i c o p a s a d o :
alzad la noble frente y audaces y atrevidos,
en v e z de lamentaros c o n llantos d o l o r i d o s
ceñid el d u r o y e l m o del ínclito C r u z a d o .
H a c e d que alumbre intensa la llama a c u y o s l a m p o s
revienten las espigas que ha de segar la h o z ;
talad c o n vuestras picas l o s n e m o r o s o s c a m p o s
d o n d e el m a í z florezca, la caña y el a r r o z .
L a tierra h u m e d e c i d a c o n la sangre sagrada
que há t i e m p o derramasteis p o r vuestra libertad,
herida p o r el filo de la cortante azada
ofrecerá sus j u g o s a la semilla alada
que cantará l o s triunfos de la fecundidad.
A l b r a v o e m p u j e fiero del ínclito c o l o s o ,
responda en nuestras selvas el grito v i c t o r i o s o
de la divina Ceres y el c a n t o del pastor.
¡ L a A m é r i c a es un t e m p l o de glorias i n m o r t a l e s !
C u i d e m o s de ese t e m p l o , m a s n o cual las vestales
m i r a n d o c ó m o surgen las blancas espirales
que brotan de la pira del f u e g o a d o r a d o r .
C u i d é m o s l e en la u r d i m b r e del áspera f l o r e s t a ;
j u n t o a la dura base de la m o n t a ñ a enhiesta
en d o n d e de Bolívar la espada c e n t e l l e ó :
y allí d o n d e la sangre de nuestros ascendientes
tiñó de r o j a púrpura las r o c a s y torrentes
que el g e n i o de l o s t i e m p o s borrar n o pretendió.
Q u e al l ú g u b r e e s t a m p i d o d e b r a v o c a ñ o n e o
de las contiendas bárbaras responda el ajetreo
del hacha y del arado c o n p l á c i d o r u m o r ;
y que en el s a c r o suelo d o n d e c a y ó un patriota,
florezca el bello s í m b o l o de purpurina g o t a
prendida a l o s estuches de las eras en flor.
1
Y así s e r e m o s fuertes, y así s e r e m o s grandes
c o m o las duras r o c a s de l o s altivos A n d e s .
Y c u a n d o el b r a v o c ó n d o r del n u e v o m u n d o h i s p a n o
azote l o s a b i s m o s en v u e l o s o b e r a n o ,
el águila del N o r t e , que en alta r o c a acecha,
se quedará m i r a n d o de su Canal la b r e c h a ;
se quedará m i r a n d o la ruta ambicionada
i n m ó v i l , en la r o c a , sin atreverse a n a d a !
LAPIDARIA
D e j a d que surja el v e r s o , despeinado y s o n o r o ,
c o m o la catarata que la represa a b o r t a ;
y que se vuelque el r i t m o c o m o cascada de o r o
s o b r e la estrecha frente de la ignorancia absorta.
H a c e d del adjetivo selecto
monopolio;
juntad en t o d o v e r s o l o n u e v o c o n l o arcaico
y que la estrofa sea la escala de m o s a i c o
p o r d o n d e ascienda el b a r d o hasta el enhiesto solio.
Q u e sea el c o n s o n a n t e c o m o una arpada lengua,
de d o n d e surja raudo, sin rustiquez ni m e n g u a ,
el grito apasionado del alma c r e a d o r a ;
Y que la luz-idea y el pensamiento altivo
penetren en la estrofa c o m o un r a y o furtivo
de sol al casto l e c h o de v i r g e n t e n t a d o r a !
Antonio Noli Bautista
EPIGRAMAS
I
P o r la mala situación
de mi a m i g o , el g r a n Chilito,
c o n sus tintes de g u a z ó n
e x c l a m a b a el p o b r e c i t o :
¡ C o n tantas deudas estoy,
tan escuálido es m i haber,
que en verdad y o c r e o que s o y
un esclavo del " d e b e r . "
II
L o s C h o f e r e s y l o s jueces
se asimilan m u c h a s v e c e s ;
h a c i é n d o s e l o s icautos
en sus carreras t r e m e n d a s
atropellan c o n sus " a u t o s "
las vidas y las haciendas.
L o s c h o f e r e s trabajando
si n o s o n bastante cautos,
se les v e de v e z en c u a n d o
cual l o s Jueces en sus " a u t o s "
constantemente "fallando."
III
C o m o en quiebra declarados
l o han sido ciertos b a n q u e r o s ,
ya se encuentran l o s j u z g a d o s
sacándole a e s o s " q u e b r a d o s "
los legítimos "enteros."
IV
P e r o si l o s e m p l e a d o s
s o n al " d u l c e " aficionados,
n o sé p o r q u é extraña Gil
y tú, lector, l o m u r m u r a s ,
que en el R e g i s t r o Civil
se h a g a n tantas " r a s p a d u r a s . "
Juan Bautista Conté
(1887)
ES MI A L M A S O Ñ A D O R A Q U E T E E V O C A
. .
I
F u é el c o m i e n z o , fué el c o m i e n z o
¡ o h ironía!
del m a l v a d o p e n s a m i e n t o de que fueras solamente
siempre mía,
c o m o han s i d o m u c h a s otras,
c o m o han sido m u c h a s otras que al destino
he a r r o j a d o ya c a n s a d o
del b u e n v i n o de la vida que apuraba de las c o p a s
temblorosas,
frescas,
suaves,
dulces,
graves
de sus b o c a s ,
y cual h o j a s de v e r a n o , secas, viejas,
desprendidas y esparcidas p o r el viento,
van rodando,
y rodando,
y rodando,
sin aliento,
miserables, q u e j u m b r o s a s y silentes
el c a m i n o tan a m a r g o , d e s o l a d o ,
triste y l a r g o del destino.
Y o quería
¿ l o c o m p r e n d e s , alma m í a ?
chupar rauda, raudamente, la miel toda
d e las rosas p r i m o r o s a s ,
frescas, dulces, de tu b o c a ,
cual abeja sensitiva, previsiva y afanosa
que r e c o g e presurosa en la alegre primavera,
l o s p e r f u m e s c o d i c i a d o s de las flores tempraneras,
cual t e m i e n d o ,
cual t e m i e n d o que m a r c h i t e n y se lleven
escondidas
en sus c o p a s intocadas, puras, finas y divinas,
l o s a r o m a s de su vida.
A n h e l a b a c o n el f u e g o de mis labios,
de mis labios que s o n sabios,
ir q u e m a n d o la negrura de tus cejas
y a p a g a n d o l o s divinos, p r o d i g i o s o s ,
tenues brillos
de l o s soles
negros,
grandes,
de tus o j o s tentadores.
y en aquella n o c h e fresca
de v e r a n o fuiste m í a !
D e s d e entonces, Tilcia mía,
y o c o m p r e n d o que te quiero,
y o c o m p r e n d o que te a d o r o , que n o p u e d o
olvidarte in un instante pues que vives solitaria,
dulce,
bella,
g r a n d e y santa
en mi m e n t e f a s c i n a d a ;
que mis frases de mentira
que te dije aquella n o c h e fresca y blanca
de v e r a n o
son verdades i n m u t a b l e s ;
que han abierto dulcemente
en m i destino ruta nueva, i m b o r r a b l e . . . .
que hay ensueños,
q u e hay ensueños,
que h a y ensueños,
que perduran en las almas
y cariños que se a g r a n d a n
c o n el b e s o de la A m a d a C a n d o r o s a
que fué un alma i n m a c u l a d a !
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