Subido por Denilson Silva

Fraternidade e superação da violência - CF 2018

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Equipe Missionária, SDN
Fraternidade
e superação
da Violênica
“Vós sois todos irmãos”
(Mt 23,8)
Campanha da Fraternidade 2018
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Ficha Técnica:
Texto: João da Silva Resende e Denilson Mariano
Diagramação: Denilson Mariano
Imagens: reprodução
Revisão: João Resende e Mariano
Capa: Imagem reprodução, CF 2018 CNBB
Impressão: Gráfica AGEP - Eng. Caldas - MG
Apresentação
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+ Dom Emanuel Messias de Oliveira
Bispo Diocesano de Caratinga
Visite nosso site: www.mobon.org.br
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Introdução:
A Igreja do Brasil convoca a todos os cristãos e
pessoas de boa vontade a um caminho de superação
da violência. Sobretudo no período quaresmal deste
ano de 2018, ela nos aponta a proposta do Reino de
Deus e nos chama à conversão. Somos convocados a
recuperar a fraternidade entre nós, em nossas famílias,
em nosso bairro e na nossa cidade. Somos motivados
a buscar caminhos e meios para a superação de toda
forma de violência.
O que nos motiva neste caminho de superação da
violência é a prática de vida e os ensinamentos de Jesus.
Ele próprio é quem nos recorda: “Vós sois todos Irmãos”
(Mt. 23,8). Neste sentido, não basta conhecermos as
Escrituras e não é suficiente compreender os ensinamentos da Igreja. É preciso que sejamos praticantes da
Palavra e que aprendamos a viver como irmãos.
O grande objetivo da Campanha da Fraternidade
2018 (CF) é Construir a fraternidade, promovendo a
cultura da paz, da reconciliação e da justiça, à luz da Palavra de Deus, como caminho de superação da violência.
Ao lado deste objetivo maior se apresentam alguns
objetivos mais específicos que vão nos orientar em
nossos encontros de estudo e reflexão desta CF 2018:
Entre eles:
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1. Anunciar a Boa Nova da fraternidade e da paz, estimulando ações concretas que expressem a conversão
e a reconciliação no espírito quaresmal;
2. Analisar as múltiplas formas de violência, considerando suas causas e consequências na sociedade
brasileira, especialmente as provocadas pelo tráfico
de drogas;
3. Identificar o alcance da violência nas realidades
urbana e rural de nosso país, propondo caminhos de
superação a partir do diálogo, da misericórdia e da
justiça em sintonia com o Ensino Social da Igreja;
4. Valorizar a família e a escola como espaços de
convivência fraterna, de educação para a paz e de
testemunho do amor e do perdão;
5. Identificar, acompanhar e reivindicar políticas
públicas de superação da desigualdade social e da
violência;
6. Estimular as comunidades cristãs, pastorais, associações religiosas e movimentos eclesiais ao compromisso com ações que levem à superação da violência;
7. Apoiar os centros de direitos humanos, comissões de justiça e paz, conselhos paritários de direitos
e organização.
Todos somos convidados a abraçar com carinho e
dedicação esta CF 2018 para que ela possa produzir os
frutos que Igreja deseja e que nossa sociedade precisa.
Que saibamos somar forças para avançarmos juntos na
busca de superação da violência.
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1º Encontro:
Somos todos irmãos
Chave de leitura: Mateus 23,1-12
1. O que Jesus recomenda a respeito dos doutores da
Lei e dos fariseus?
2. Como devem agir os discípulos de Jesus?
3. Nosso modo de viver confirma, de verdade, que
somos todos irmãos?
4. Em que este texto ilumina a nossa vida de comunidade, hoje?
Com muita clareza o texto bíblico nos aponta que
faltava nos doutores Lei a ligação entre a palavra e a
ação. Eles ensinavam corretamente, mas não viviam o
que ensinavam. Havia uma distância entre o anúncio e a
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vivência. Jesus não desautoriza os doutores da Lei, pois
os discípulos deviam seguir o que eles ensinavam. Porém
Jesus pede mais de seus discípulos. Estes não devem professar uma fé de aparências ou de projeção social. Devem
cultivar uma fé prática, que recupere a fraternidade, pois
somos todos irmãos (cf. Mt 23,8).
Quando a fé está desconectada da vida, fazemos regras
e normas para os outros, mas nós mesmos encontramos
formas de escaparmos dela. Corremos ainda o risco de
usar a religião, bem como a bíblia, para apoiar situações
de injustiça, violência e morte. Ao recordar que somos
todos irmãos, Jesus desmascara o esquema social no qual
irmão explora irmão. Isso é contrário ao projeto de Deus
que é a fraternidade.
Jesus quer que nós, seus seguidores, aprendamos d´Ele
um jeito novo de viver. Ele não veio trazer uma teoria, ou
um ensinamento novo. Jesus veio trazer um novo jeito
de viver. Nossa fé, nosso seguimento a Jesus, exige de
nós um jeito novo de viver e de conviver em família, em
comunidade, em sociedade. Devemos pautar nossa vida
pela vida de Jesus. Por isso, somos chamados a superar
toda forma de violência.
O Brasil tem fama de ser um país pacífico, de gente
pacata, de pessoas de boa convivência, enfim, um país de
“gente de paz”. Um país abençoado, com um povo ordeiro,
festivo e farturento. No entanto, há uma distância entre
esta “fama” e os números da violência. Neste sentido, o
que se diz do nosso país, não confere com a sua realidade.
O Texto Base da CF 2018 nos recorda que “Os números
apontados pelo Mapa da Violência 2016, mostram que,
no Brasil, cinco pessoas são mortas por arma de fogo a
cada hora. A cada dia, são 123 pessoas assassinadas dessa
forma. No ano de 2014, houve mais de 40 mil mortes.
Essas cifras revelam que, no Brasil, ocorrem mais mortes
por arma de fogo do que nas chacinas e atentados que
acontecem em todo o mundo. Acontecem mais homicídios no Brasil do que em diversas das guerras recentes.”
(TB, p. 19).
Além disso, muitos mesmo cristãos, são violentos no
trânsito, apelam para a violência verbal, para as agressões
e maus tratos e até para a violência armada. Prova isso o
crescimento dos atos de violência quer no espaço privado
de casas e empresas, quer nos espaços públicos. A ONU,
(Organização das Nações Unidas) na última estimativa
realizada (2014), colocou o Brasil em 16° lugar no ranking
mundial da violência, já que cerca de 10% dos 437 mil
assassinatos, ocorridos no mundo em 2013, teriam sido
registrados em território brasileiro. Em um país de maioria
cristã, de gente que tem fé e que conhece a Palavra de
Deus, faz-se necessária uma grande conversão. Precisamos agir conforme nossa fé, colocando em prática os
ensinamentos de Jesus. Eis um dos anseios desta CF 2018.
O Papa Francisco nos lembra que “Enquanto o século
passado foi arrasado por duas guerras mundiais devastadoras, conheceu a ameaça da guerra nuclear e um
grande número de outros conflitos, hoje, infelizmente,
encontramo-nos a braços com uma terrível guerra mundial aos pedaços. (...) Esta violência que se exerce ‘aos
pedaços’, de maneiras diferentes e a variados níveis, provoca enormes sofrimentos de que estamos bem cientes:
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guerras em diferentes países e continentes; terrorismo,
criminalidade e ataques armados imprevisíveis; os abusos
sofridos pelos migrantes e as vítimas de tráfico humano; a
devastação ambiental. E para quê? Porventura a violência
permite alcançar objetivos de valor duradouro? Tudo
aquilo que obtém não é, antes, desencadear represálias
e espirais de conflitos letais que beneficiam apenas a
poucos ‘senhores da guerra’?” (Mensagem para o Dia
Mundial da Paz – 2017).
APROFUNDAMENTO: No tocante à violência, nosso
modo de viver a fé está mais semelhante à atitude dos
doutores da lei ou mais semelhante à Jesus? Em que
podemos melhorar?
2º Encontro:
O Sangue do irmão clama a Deus
Chave de leitura: Gênesis 4,1-16
1. O que Deus diz a Caim por andar de cabeça baixa?
2. Como Deus percebe a ausência de Abel?
3. O que este texto nos diz sobre a vingança?
4. Em que este texto ilumina a nossa realidade, hoje?
O livro do Gênesis tem muito a nos revelar sobre a
natureza humana. Deus cria a humanidade, a coloca em
um jardim maravilhoso e sonha com a felicidade completa
de seus filhos. No entanto, logo aparecem a desobediência
e a quebra da fraternidade. O projeto de Deus esbarra na
desobediência e nos desvios humanos. Caim e Abel bem
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retratam essa realidade de quebra da fraternidade. Caim
se deixa levar pela injustiça, a fera acuada que morava
dentro dele. Quando Deus diz que não gostou de sua oferta, é porque ela não era acompanhada da sua sinceridade
de coração. Mais do que a oferta, Deus olha o coração,
por isso, não agradou-se da oferta de Caim porque ele já
não estava agindo bem.
Quando Abel foi morto, o seu sangue derramado por
terra, clamou a Deus. O Senhor não se alegra com a violência e a morte de seus filhos. Deus ouve o clamor das vítimas:
“o sangue do seu irmão clama por mim” (Gn 4,10). Deus
desce ao encontro dos sofredores (cf. Ex 3,7-8). Mais ainda,
Deus pune o autor da morte. Caim é expulso do paraíso e
terá de garantir o sustento com o suor de seu rosto. (Gn
4,11-13). Porém, Deus não é favorável à vingança. Ele coloca
em Caim um marca para que ele não seja morto.
Vivemos em sociedade que se encontra tomada por
uma “violência cultural”, a fera acuada, à espreita de uma
oportunidade para se revelar. “Por ‘violência cultural’
entendem-se as condições em razão das quais uma determinada sociedade reconhece como violência atos ou
situações em que determinadas pessoas são agredidas.
Criam-se processos que fazem aparecer como legítimas
certas ações violentas. Elaboram-se discursos para apresentar razões e justificativas como se uma ação violenta
fosse devida, uma consequência de determinadas condutas da própria pessoa que sofreu a violência. Portanto, a
violência cultural não é, necessariamente, uma causa da
violência direta, mas cria as condições em meio às quais
chega a tornar-se difícil, para a sociedade, reconhecer um
sistema como violento”. (TB, p. 08 e 23).
O Mapa da Violência 2016, aponta para o crescimento
do número de pessoas negras vitimadas por arma de fogo
na faixa de 46,9%. Há uma diferença de 158,9% a mais de
negros vitimados por armas de fogo do que brancos. O
número de homicídios por armas de fogo cresceu 592,8%
entre 1980 e 2014. Quando se consideram apenas as
vítimas jovens, constata-se um aumento de 699,5%. Em
termos de composição da população, os jovens (entre 15 e
29 anos de idade) representavam, nesse período, 26% dos
brasileiros. No entanto, correspondem a 58% das vítimas
desse tipo de homicídio. Esses números apontam para
o fato de que a disseminação das armas de fogo parece
estreitamente ligada à letalidade da violência envolvendo
jovens, principalmente os jovens negros. (cf. TB, p 30-31).
Uma pesquisa realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostrou que, em 2015, o país registrou
45.460 casos de estupro. Porém, o levantamento estima
que devem ter ocorrido entre 129,9 mil e 454,6 mil estupros no Brasil em 2015. A violência contra a mulher ocorre,
principalmente, dentro de casa. 71,8% das agressões
registradas pelo SUS em 2011 aconteceram no domicílio
da vítima. Frequentemente, o agressor é o parceiro ou
ex-parceiro da vítima (43,3%). (TB, p 32).
No entanto, existem hoje, no Congresso Nacional,
parlamentares identificados com segmentos econômicos
e sociais fortemente interessados em propostas potencialmente geradoras de violência. Defendem o uso de armas
de fogo pela população civil, sustentando tratar-se de um
direito natural, o da autopreservação. Tramitam propostas
de alteração do Estatuto do Desarmamento, não obstante
o fato de este haver representado um importante passo
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na redução do número de mortes por arma de fogo. (TB,
p.26).
A CF 2018 vem nos despertar para o fato de que o sangue das vítimas continua a clamar a Deus e não podemos
deixar que a “cultura da violência” e a sede de vingança
tomem conta de nós. Somos seguidores do Deus da vida.
Temos a missão de defender e proteger a vida ameaçada.
Temos a missão de buscar superar toda forma de violência
e injustiça.
APROFUNDAMENTO: Fazer o levantamento do mapa
da violência local (bairro ou comunidade). O que podemos fazer para superação desta violência local?
3º Encontro:
Caminhar na luz do Senhor
Chave de leitura: Isaías 2,1-5
1. Para que o povo é chamado à casa de Deus?
2. Qual o resultado do julgamento?
3. Em que este texto nos desafia hoje?
A grande preocupação do primeiro livro de Isaías (Is
1-39) é mostrar que há um só Deus e que o povo precisa
vencer a tentação da idolatria que gera injustiça, violência
e morte. Somente a fidelidade a Deus poderá garantir a
paz e a justiça para o povo.
Para se chegar a isso, é preciso renunciar à guerra e
seus instrumentos de violência. Esse é o caminho para
desfrutar da paz sem limites: “Lavai-vos, limpai-vos, tirai
da minha vista as injustiças que praticais. Parai de fazer
o mal, aprendei a fazer o bem, buscai o que é correto,
defendei o direito do oprimido, fazei justiça para o órfão,
defendei a causa da viúva” (Is 1,16-17);
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O texto acima nos mostra com clareza que a paz é
a meta da convivência social, como aparece de modo
extraordinário na visão messiânica da paz: quando todos
os povos forem para a casa do Senhor, Ele indicará a eles
os seus caminhos, estes poderão caminhar ao longo das
veredas da paz (cf. Is 2,2-5). Os instrumentos de guerra
devem se converter em ferramentas de trabalho capaz
de garantir alimento para o povo: “devem fundir suas
espadas, para fazer bicos de arado, fundir as lanças, para
delas fazer foices” (Is 2,4). Enfim, um mundo novo de
paz, que abraça toda a natureza (cf. Is 11,6-9) e o próprio
messias é definido “Príncipe da Paz” (Is 9,5).
Precisamos conhecer melhor os caminhos do Senhor.
Porém,muitos cristãos frequentam a Igreja, mas não conhecem os seus ensinamentos. Afirmam professar a fé
católica, mas, não raro, tomam atitudes contrárias à Igreja.
Nesta CF 2018, queremos recordar que no seu Compêndio de Doutrina Social, a Igreja é clara ao posicionar-se
sobre a questão da violência: “A violência nunca constitui
uma resposta justa. A Igreja proclama, com a convicção
da sua fé em Cristo e com a consciência de sua missão,
‘que a violência é um mal, que a violência é inaceitável
como solução para os problemas, que a violência não é
digna do homem. A violência é mentira, pois que se opõe
à verdade da nossa fé, à verdade da nossa humanidade.
A violência destrói o que ambiciona defender: a dignidade, a vida, a liberdade dos seres humanos’. Também o
mundo atual necessita do testemunho dos profetas não
armados, infelizmente objeto de escárnio em toda época”
(Compêndio DSI, nº 496).
A Igreja condena também «a crueldade da guerra», (...)
«não é mais possível pensar que nesta nossa era atômica
a guerra seja um meio apto para ressarcir direitos violados». (...) A guerra torna-se uma «carnificina inútil», uma
«aventura sem retorno», que compromete o presente e
coloca em risco o futuro da humanidade: «Nada se perde
com a paz, mas tudo pode ser perdido com a guerra». Os
danos causados por um conflito armado, de fato, não são
apenas materiais, mas também morais: a guerra é, ao fim
e ao cabo, «a falência de todo o autêntico humanismo»,
«é sempre uma derrota da humanidade»: «nunca mais
uns contra os outros, nunca mais, nunca!... nunca mais a
guerra, nunca mais a guerra! ». (Compêndio DSI, nº 497)
Por sua vez, o Papa Francisco, na mensagem para o
dia mundial da paz em 2017, reforçou: “A Igreja comprometeu-se na implementação de estratégias não-violentas
para promover a paz em muitos países solicitando, inclusive aos intervenientes mais violentos, esforços para
construir uma paz justa e duradoura.
Este compromisso a favor das vítimas da injustiça e da
violência não é um patrimônio exclusivo da Igreja Católica,
mas pertence a muitas tradições religiosas, para quem «a
compaixão e a não-violência são essenciais e indicam o
caminho da vida». Reitero-o aqui sem hesitação: «nenhuma religião é terrorista». A violência é uma profanação do
nome de Deus. Nunca nos cansemos de repetir: «jamais o
nome de Deus pode justificar a violência. Só a paz é santa.
Só a paz é santa, não a guerra»”
APROFUNDAMENTO: O que podemos fazer para implementar a cultura da paz entre nós?
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4º Encontro:
Chave de leitura: Isaías 32,15-20
1. Com a força do espírito, o que vai mudar?
2. Como será a vida e o lugar de morar do povo?
3. O que este texto tem a dizer para nós, hoje?
A Natureza, primeiro livro de Deus, nos revela que
“quem planta colhe” e nós colhemos o que plantamos.
Assim, nosso desejo e nossa esperança de paz nos apontam a necessidade de semear a justiça. A paz é fruto
da justiça. O livro de Isaías nos mostra que não é fácil
reconstruir a vida depois de um grande sofrimento. No
contexto de volta do Exílio, tempo de muito sofrimento e
dificuldade, Isaías quer reanimar o povo. O que alimenta
esta esperança é a vinda do espírito que descerá do alto e
será derramado sobre o povo. Com a presença do espírito
será possível um tempo novo, pois a justiça e o direito
encontrarão morada no meio do povo. No lugar da seca,
que é sinal de dor e do sofrimento, vai brotar um jardim,
vai brotar a justiça e o direito. E da justiça, nascerá a paz.
A paz é um fruto da justiça. Por esta razão, a paz nunca se alcança de uma vez para sempre. A paz deve ser
edificada, constantemente. A vontade humana é fraca
e ferida pelo pecado. A busca da paz exige o constante
domínio das paixões de cada um e a vigilância da autoridade legítima. Mas tudo isto não basta. Para a edificação
da paz é preciso respeitar a dignidade da pessoa humana
e de todos os povos. A paz exige uma prática contínua da
fraternidade. A paz é assim também fruto do amor, o qual
vai além daquilo que a justiça consegue alcançar.
Outro desafio que nos aponta a CF 2018 é a paz no
trânsito: “Em 2012, quase 41 mil brasileiros perderam
a vida nas estradas. O índice de mortalidade ultrapassa
os da Índia e da China, as economias mais populosas
do mundo. As principais causas da violência no trânsito
são evitáveis. As mais conhecidas são: dirigir sob efeito
de álcool ou de entorpecentes, trafegar em velocidade
inadequada, inexperiência na direção, falta de atenção
e de manutenção no veículo. Além desses fatores, muitas rodovias estão mal sinalizadas e muitos motoristas
arriscam suas vidas. De maneira geral, cerca de 30% das
mortes violentas estão associadas ao consumo de álcool
seguido da condução de veículos. (...) Muitas vezes, a falta
de paciência de um motorista para com o outro geram
discussões desnecessárias e, muitas vezes, infelizmente,
seguidas de agressão física e até mesmo assassinato. O
Governo Federal tem como objetivo reduzir em 50% a
taxa de mortalidade viária até 2020.” (TB, p. 45)
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O fruto da justiça será a Paz
Nos lembra o Papa Francisco: “Se a origem donde brota
a violência é o coração humano, então é fundamental
começar por percorrer a senda da não-violência dentro
da família. (...) Esta constitui o cadinho indispensável no
qual cônjuges, pais e filhos, irmãos e irmãs aprendem a
comunicar e a cuidar uns dos outros desinteressadamente e onde os atritos, ou mesmo os conflitos, devem ser
superados, não pela força, mas com o diálogo, o respeito,
a busca do bem do outro, a misericórdia e o perdão. A
partir da família, a alegria do amor propaga-se pelo mundo, irradiando para toda a sociedade. (...) Neste sentido,
lanço um apelo a favor do desarmamento, bem como da
proibição e abolição das armas nucleares: a dissuasão
nuclear e a ameaça duma segura destruição recíproca
não podem fundamentar este tipo de ética. Com igual
urgência, suplico que cessem a violência doméstica e os
abusos sobre mulheres e crianças.
E continua o Papa: “Por isso, as políticas de não-violência devem começar dentro das paredes de casa para,
depois, se difundir por toda a família humana. «O exemplo
de Santa Teresa de Lisieux convida-nos a pôr em prática o
pequeno caminho do amor, a não perder a oportunidade
duma palavra gentil, dum sorriso, de qualquer pequeno
gesto que semeie paz e amizade.” (Mensagem para o
Dia Mundial da Paz – 2017). A CF 2018 nos aponta que
cada um de nós pode dar sua contribuição para superar
a violência doméstica e a violência no trânsito.
APROFUNDAMENTO: O que podemos fazer, de imediato, para superar a violência doméstica e a violência
no trânsito? Dê exemplos concretos?
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5º Encontro:
Bem aventurados
os que promovem a paz
Chave de leitura: Mateus 5, 1-16
1. No texto, quem aparece como bem-aventurado?
2. Como serão chamados os que promovem a paz?
3. No texto, quem são os perseguidos?
4. O que este texto tem a dizer para nós hoje?
O Sermão da Montanha (cf. Mt 5-7) revela a prática de
Jesus, mostra o seu jeito de ser e de agir. Jesus sobe ao monte,
lugar do encontro com Deus e, a exemplo de Moisés (cf. Ex
19,3), ele ensina assentado como sinal de quem ensina com
autoridade. Jesus fala para toda a multidão, mas primeiramente para os seus discípulos. Jesus é o mestre que aponta o
caminho para os seus discípulos. Eles são chamados a agir do
jeito de Jesus. A comunidade de Mateus apresenta oito bem-aventuranças. São oito práticas de vida que nos conduzem
ao Reino de Deus. Ser discípulo missionário é identificar-se
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com pelo menos uma destas bem-aventuranças. Eis o caminho para torna-se sal da terra e luz do mundo.
Cada bem aventurança indica um jeito de viver, uma
prática de vida. Por isso, cada uma das bem aventuranças funciona como uma porta de entrada no Reino de Deus. Somos
chamados a ter um espírito de pobre.” (Mt 5,3), aprender a
viver com pouco, confiando sempre em Deus. Assim, feliz a
Igreja, feliz a comunidade com alma de pobre, mais atenta
aos necessitados e mais livre para anunciar a Boa Nova de
Jesus. “Felizes os aflitos” ou “os que sofrem” aqueles que
acreditam que opressão vai acabar. Esta é a oferta de Jesus.
Feliz uma Igreja sensível à dor dos sofredores. E felizes os
discípulos missionários “mansos”, os que não apelam à violência como forma de solução dos problemas. “Resistência,
sim! Violência, não!” Da não violência brota a verdadeira
liberdade dos filhos e filhas de Deus.
“Felizes os que choram”, os que padecem por falta de
justiça, pela marginalização, pois Deus não os abandonou,
e para eles e com eles, Deus planeja um mundo melhor e
mais digno. Feliz a Igreja e felizes os discípulos missionários
que sofrem pela fidelidade a Jesus. Eles terão a certeza de
que estão a serviço da construção do Reino de Deus. “Felizes os que têm fome e sede de justiça.” Sem justiça o ser
humano está ameaçado de morte. Assim, felizes os que não
perderam o desejo de serem mais justos e de construírem
um mundo mais digno, onde caibam todos. Feliz a Igreja que
se empenha, com paixão, pela busca da justiça. Este esforço
não será em vão.
“Felizes os misericordiosos”, os que sentem na pele a dor
do outro e são solidários; são os bons samaritanos, e mais se
identificam com Jesus. Feliz a Igreja que troca o coração de
pedra por um coração de carne, esta alcançará misericórdia.
“Felizes os puros de coração” ou felizes os que têm coração
reto, que buscam agir com retidão, com relações mais
humanas e fraternas. Feliz a Igreja capaz de ver além das
aparências, livre das ideologias humanas, dos preconceitos,
e que se orienta pela prática de Jesus. E, para a superação da
violência,“Felizes os que promovem ou trabalham pela paz.”
Paz é a síntese de uma felicidade pessoal e coletiva, social,
significa direito, justiça. Quem se dedica à construção da paz
é verdadeiramente filho de Deus. E feliz a Igreja, felizes os
discípulos missionários empenhados pela paz e pela busca
de reconciliação entre as pessoas e os povos.
“Felizes os que são perseguidos por causa da justiça.”
Quem luta pela justiça e pela paz acaba por incomodar quem
tira proveito da injustiça através da violência. Neste sentido
nos lembra o Papa Francisco: “O próprio Jesus nos oferece
um «manual» desta estratégia de construção da paz no
chamado Sermão da Montanha. Este é um programa e um
desafio também para os líderes políticos e religiosos, para os
responsáveis das instituições internacionais e os dirigentes
das empresas e dos meios de comunicação social de todo o
mundo: aplicar as Bem aventuranças na forma como exercem
as suas responsabilidades (...) dar provas de misericórdia,
recusando-se a descartar as pessoas, danificar o meio ambiente e querer vencer a todo o custo.” (Mensagem para o
Dia Mundial da Paz – 2017). A CF 2018 é uma oportunidade
trazermos para a prática do dia a dia este manual da paz
formado pelo conjunto das bem-aventuranças.
APROFUNDAMENTO: Quais das bem-aventuranças temos realmente colocado em prática? Dê exemplos.?
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6º Encontro:
Chave de Leitura: João 20, 19-29
1. Ao chegar, o que Jesus anuncia primeiro?
2. Neste texto, quantas vezes Jesus anuncia a paz?
3. Qual a atitude de Tomé?
4. Em nossos dias, existem pessoas como Tomé? Por quê?
O medo nos aprisiona, nos impede de avançar na missão. Também o medo nos reprime na luta pela justiça e nos
dificulta a avançar num caminho de paz. Jesus ressuscitado
vem ao encontro de seus discípulos e os encoraja a vencer o
medo e a assumir a missão de mensageiros da paz. O Senhor
ressuscitado aparece no meio dos discípulos mostrando-lhes
as marcas da violência que sofreu. As chagas em suas mãos e
em seu lado convertem-se em apelo de paz. A violência deve
ser vencida pela paz. Jesus convoca seus seguidores a serem
mensageiros da paz. Por isso, derrama sobre eles o Espírito
Santo, o Espírito da paz.
Tomé simboliza aqueles que não acreditam no testemunho
da comunidade, aqueles que não acreditam na proposta de
paz. Infelizmente, muitos cristãos defendem, abertamente,
atitudes contrárias à proposta de Jesus. Precisamos nos converter de verdade. Temos de nos aproximar de Jesus, e ao
tocar suas chagas, seu lado aberto, procurar meios de superar
toda forma de violência.
No diálogo com Jesus, Tomé supera sua falta de fé na comunidade: “Meu Senhor e meu Deus!” Este ato de fé indica uma
conversão, uma mudança de vida. A quaresma nos faz encontrar com Jesus para superar nossos medos e para acreditarmos
mais em sua proposta de vida e de paz. Por isso a insistência
desta CF 2018 na superação de toda forma de violência. A paz
se constrói dia a dia na busca da ordem querida por Deus. A
paz floresce somente quando todos reconhecem as próprias
responsabilidades e se empenham na sua promoção.
Para prevenir conflitos e violências, é absolutamente necessário que a paz comece a ser vivida como valor profundo
no íntimo de cada pessoa: assim pode estender-se nas famílias,
em nossas ruas e bairros, até envolver toda a comunidade
política. Em um clima de concórdia e de respeito à justiça,
pode amadurecer uma autêntica cultura de paz. A Igreja nos
lembra que “a promoção da paz no mundo é parte integrante
da missão com que a Igreja continua a obra redentora de Cristo
sobre a terra. A Igreja, de fato, é, “em Cristo, ‘sacramento’, ou
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Mensageiros da paz
seja, sinal e instrumento de paz no mundo e para o mundo”.
(Compêndio DSI nº 1089).
A CF 2018 nos recorda que “Em nossas ações pastorais,
três preocupações inerentes ao anúncio por uma cultura
de paz devem ser observadas: a fraternidade, a ternura e a
compaixão. A fraternidade porque a violência está presente
entre os oprimidos e os opressores, ou seja, entre aqueles
que são chamados a viverem como irmãos. A ternura, porque todos, independentemente do lugar social em que se
encontram, são convidados para a superação da violência. E
a compaixão, pois os cuidados com o anúncio não excluem a
clareza do posicionamento do anunciador, ou seja, onde ele
permanece quando o sofrimento do outro é maior do que o
dele.” (TB, p. 73)
Também nos lembra o Papa Francisco: “Madre Teresa é
‘um símbolo, um ícone dos nossos tempos (…) Inclinou-se
sobre as pessoas indefesas, deixadas moribundas à beira da
estrada, reconhecendo a dignidade que Deus lhes dera; fez
ouvir a sua voz aos poderosos da terra, para que reconhecessem a sua culpa diante dos crimes – diante dos crimes! – da
pobreza criada por eles mesmos’. Como resposta, a sua missão
– e nisto representa milhares, antes, milhões de pessoas – é
ir ao encontro das vítimas com generosidade e dedicação,
tocando e vendando cada corpo ferido, curando cada vida
dilacerada. A não violência, praticada com decisão e coerência,
produziu resultados impressionantes” (Mensagem para o Dia
Mundial da Paz – 2017).
APROFUNDAMENTO: Na prática, nós acreditamos mais
em Deus ou na força da violência? Dê exemplos?
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7º Encontro:
Cristo é a nossa Paz
Chave de leitura: Efésios 2,11-18
1. No texto, como Cristo, de dois povos fez um só?
2. Não somos estrangeiros. O que realmente somos?
3. Somos morada de Deus. O que isto significa diante
desta Campanha da Fraternidade?
Em alguns momentos da caminhada dos primeiros cristãos, foi grande o desencontro entre os judeus e os pagãos
que se colocavam no seguimento a Jesus Cristo. Paulo ajuda
a comunidade de Éfeso a alargar sua visão para superar
essa divisão. Jesus Cristo veio para derrubar o muro de
separação que a Lei colocava entre judeus e pagãos. Surge
assim um novo povo de Deus, a Igreja, aberta a acolher a
todos. A missão da Igreja é ser no mundo um sinal de paz,
um sacramento de comunhão, uma permanente presença
de misericórdia. Uma busca constante de superação da
violência, em resposta a essa missão, a CF 2018 apresenta
algumas pistas concretas para construir uma cultura de paz:
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• Ter como critério o Evangelho, o agir de Jesus;
• Superar o conceito de justiça que diz que todo mundo
deve pagar pelo que faz;
• Não pagar o mal com o mal, mas com o bem;
• Renunciar a qualquer forma de violência;
• Não colocar nas armas a solução para os conflitos;
• Ser solidário para com as vítimas da violência;
• Respeitar a dignidade de todas as pessoas;
• Promover uma cultura que respeite as diferenças. (TB p. 75)
Diante de complexas realidades como a violência urbana
e rural, o homem e a mulher devem aprender a escolher.
(...) Escolher e posicionar-se é a primeira necessidade para a
compreensão do sentido da vida e, tratando-se de violência,
o sentido da vida não está na identificação dos sintomas
ou das estruturas da violência, mas em suas descobertas,
que ocorrem quando se deixa guiar pela espiritualidade.
(...) A religião com a espiritualidade leva à paz, já a religião
sem a espiritualidade, leva ao fundamentalismo, ou seja, à
guerra. Portanto, ao propor uma espiritualidade que leva à
superação da violência como ação concreta, a Campanha
da Fraternidade 2018 indica a necessidade de que o período quaresmal seja de intensa conversão pessoal e social à
cultura da paz. (TB, p;. 78-79).
Para a superação da violência é preciso também que
os poderes públicos se empenhem a fundo para que o
desenvolvimento da economia corresponda ao progresso
social. Que se desenvolvam os serviços essenciais, como:
construção de estradas, transportes, comunicações, água
potável, moradia, saneamento básico, assistência social aos
menos favorecidos. Também é necessário que se esforcem
por garantir aos cidadãos os direitos trabalhistas e o direito à
aposentadoria. E, como tudo isso passa pela política é preciso recordar a afirmação do Papa Francisco: “se a política está
assim é porque os nossos, não estão nela”, eis mais um alerta
da Igreja aos homens e mulheres que desejam construir
um mundo de não violência, a participar sistematicamente
da política. Ou seja, pensar global e agir local. (cf. EG 205).
O Texto Base da CF 2018 apresenta algumas iniciativas a
serem fomentadas pelas diferentes instâncias da sociedade:
como o Estatuto do Desarmamento, o Estatuto da Criança e
do Adolescente (ECA), as Defensorias Públicas, a Lei Maria
da Penha e os Direitos Humanos como iniciativas sociais
de enfrentamento da violência, entre outras. Precisamos
conhecer estas iniciativas e colocá-las em prática em nossas
comunidades. (cf. TB CF 2018, p. 82 a 97).
Ser verdadeiro discípulo de Jesus significa aderir também
à sua proposta de não violência. Assim afirmou o Papa Bento
XVI, “a não violência para os cristãos não é um mero comportamento tático, mas um modo de ser da pessoa, uma
atitude de quem está tão convicto do amor de Deus e do seu
poder que não tem medo de enfrentar o mal somente com
as armas do amor e da verdade. O amor ao inimigo constitui
o núcleo da ‘revolução cristã’ A página evangélica – ‘amai os
vossos inimigos’ (cf. Lc 6, 27) – é, justamente, considerada
‘a magna carta da não violência cristã’: esta não consiste
‘em render-se ao mal (…), mas em responder ao mal com o
bem (cf. Rm 12, 17-21), quebrando dessa forma a corrente
da injustiça”. (Mensagem do Dia Mundial da Paz – 2017).
APROFUNDAMENTO: Quais ações concretas pela superação da violência podemos assumir a partir da CF 2018?
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Cânticos para animar o Estudo
01. Chega de violência
1. Meu povo, contempla essa Terra, / ferida por guerras,
dor, medo e exclusão... / Eu sonho ver toda essa gente
/ ser chão e semente da nova Criação.
Já chega de tanta violência! / Já basta de tanta opressão! / Por
que tamanha intolerância? / Se, “vós sois todos irmãos!”
2. Cuidado se trazes a oferta, / mas não tens aberto o teu
coração; / Retorna, com o irmão concilia e, / então, com
alegria, te dou do meu Pão.
3. Corrige o crime, o pecado; porém, / tem cuidado do
irmão pecador. / Mais forte que grades, o abraço, / que
algemas, os laços da fé e do amor.
4. É triste ver tanta injustiça, ganância / e cobiça de crentes
e ateus. / Ver jovens na droga maldita e mães, / tão
aflitas, que clamam aos céus.
Bendito seja Deus, pelo dom que recebemos. / E aqui se
manifesta na oferta que fazemos. (bis)
2. No levar a oferta ao altar em oblação, / se lembrar que
um irmão está de mal com você, / Primeiro vá a ele,
faça a reconciliação, / Depois leve os seus dons para a
Deus oferecer. (Mt.5,23-24)
03.Força para amar
1. No mundo em conflito, pode ainda haver paz, / porque
Deus nos concede o dom de perdoar. / Ter boa convivência no amor que Ele nos traz, / buscando todo dia
a força para amar.
07. Eis a transformação (Comunhão) (Mi maior - Pop)
1. Fazendo do pão o seu Corpo e do vinho seu Sangue de
dor, / Jesus antecipa sua morte / e faz dela um gesto de
amor. / Sonho do Pai para o mundo / é que o homem
supere o mal, / toda e qualquer violência, / num grande
banquete Pascal.
A morte de Cristo na cruz foi violência brutal, / mas pelos
olhos da fé, é gesto de amor sem igual. / Eis a transformação: da violência em amor, / da morte em vida
eterna, do pão em nosso Senhor.
2. A desigualdade tamanha / que vigora em nossa nação
/ oprime os que vivem à margem / lhes nega o direito
ao pão. / Vamos unidos à mesa / para fazer comunhão,
/ não haja entre nós excluídos, / em Cristo nós somos
irmãos.
3. A fome, a intolerância, / racismo e corrupção / são causas
de muitas violências / que ofendem a Deus e ao irmão.
/ Eucaristia é força / pra derrubar as barreiras / do ódio
e do egoísmo, / eis a urgência primeira.
4. Os negros, mulheres e jovens / são mais vulneráveis ao
mal, / da violência e da morte, / das drogas e abuso
sexual. / Esta mesa é pra nós / fonte de paz e unidade,
/ comer de um único pão / coloca-nos em igualdade.
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02.Honra e louvor (Aclamação Quaresma) ()
Honra e louvor / a Vós Cristo, Senhor, / Rei da eterna
glória, / Rei da eterna glória.
1. Vós, porém, ao jejuares, lavai o rosto e o perfumai, / não
louvado pelos homens, recompensa vem do Pai.
2. O Reino de Deus se aproxima, já se completou o tempo.
/ Convertei-vos, povo meu, e crede no Evangelho.
05. Hino da CF 2018
1. Neste tempo quaresmal, ó Deus da vida, a tua Igreja
se propõe a superar a violência que está nas mãos do
mundo, e sai do íntimo de quem não sabe amar.
Fraternidade é superar a violência! É derramar, em vez
de sangue, mais perdão! É fermentar na humanidade
o amor fraterno! |: Pois Jesus disse que “somos todos
irmãos” :|
2. Quem plantar a paz e o bem pelo caminho, e cultivá-los
com carinho e proteção, não mais verá a violência em
sua terra. Levar a paz é compromisso do cristão!
3. Exclusão que leva à morte tanta gente, corrompe vidas e
destrói a criação. - “Basta de guerra e violência, ó Deus
clemente!” É o clamor dos filhos teus em oração.
4. Venha a nós, Senhor, teu Reino de justiça, pleno de paz,
de harmonia e unidade (Mt 6, 10 e Rm 15, 17-19).
Sonhamos ver um novo céu e nova terra: Homens na
roda da feliz fraternidade (Ap 21, 1-7).
5. Tua Igreja tem o coração aberto, (EG 46-49) e nos ensina
o amor a cada irmão. Em Jesus Cristo, acolhe, ama e
perdoa, quem fez o mal, caiu em si, e quer perdão.
Pedidos: Casa do Mobon
Rua Santa Maria, 346 - Serapião II
Dom Cavati - MG
Fone: (33) 3357-1348
Visite nossso site: www.mobon.org.br
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Oração da Campanha Fraternidade 2018
Deus e Pai, nós vos louvamos
pelo vosso infinito amor
e vos agradecemos
por ter nos enviado Jesus,
o Filho amado, nosso irmão.
Fraternidade:
Fraternidade
Os Biomas
Brasileiros e
easuperação
da Violência
Diversidade
da Vida
Ele veio trazer
Paz e Fraternidade à Terra
e cheio de ternura e compaixão,
sempre viveu relações repletas
de perdão e misericórdia.
Derrama sobre nós o Espírito Santo
para que, com coração convertido,
acolhamos o projeto de Jesus
e sejamos construtores
de uma sociedade
justa e sem violência,
para que no mundo inteiro,
cresça o Vosso Reino
de Liberdade, Verdade e de Paz.
Amém!
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“Vós sois todos irmãos”
(Mt3523,8)
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