Subido por Raul Loyola Roman

SOBRE LIBERTARIANISMO - Rushdoony

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RUSHDOONY SOBRE LIBERTARIANISMO
Estar em silêncio em um tempo como este é negar
o Senhor, abandonar a fé e ceder ao inimigo."
[Rushdoony]
http://umavisaoreformada.blogspot.com/2018/05/r
ushdoony-sobre-libertarianismo.html
RUSHDOONY SOBRE LIBERTARIANISMO
Rushdoony, em "The One and The Many",
defende que o libertário pode ser
identificado com um daqueles "cientistas"
aos quais Ortega & Gasset se referiu [o
"Barbarismo dos especialistas"], por
assumir que "a civilização existe da
mesma forma que a crosta terrestre ou a
floresta primitiva." O quadro complica-se
com a influência do darwinismo, quando a
civilização e a cultura passam a ser vistas
como produtos da evolução humana. Estes
bárbaros
ameaçam
séculos
de
desenvolvimento.
Alguns libertários, ele explica, desejam
voltar à formulações teóricas do séc. XVIII
- a saber, uma fé morta. Em parte, eles
reconhecem a crise dos valores do
momento presente e desejam de alguma
forma desenhar um novo tipo de valor a
partir da ciência e da factualidade bruta.
Querem extrair da deusa natureza, através
de testes, medições ou através da lei
natural, algum argumento que prove que a
natureza permite a existência da liberdade.
Para Rush, "esse procedimento apenas
sublinha a subserviência do homem e sua
liberdade ilusória à natureza, uma força
cega ou energia em movimento".
Eles falham ainda em ver a essência do
problema cultural, pois a liberdade
daqueles teóricos em que se inspiram foi
acidental; basicamente humanista, o
estatismo é da essência da dialética
humanista, tanto quanto o próprio
libertarianismo. Ademais, o libertarianismo
reflete uma espécie de nominalismo
político e termina por absolutizar a lei
econômica, destruindo a autonomia das
outras esferas da realidade - algo que os
aproxima dos marxistas, a propósito.
Finalmente, o libertário falha em perceber
que a liberdade e a riqueza ocidentais não
são dados da natureza, mas frutos de uma
construção histórica do cristianismo. Ela
demorou
para
ser
construída.
**********
De
uma
perspectiva
dooyeweerdiana:
"A realidade rapidamente foi reduzida a
uma instituição ou disciplina particular
da qual os homens eram os
governadores e intérpretes. A mesma
falácia marcou a economia, onde muitos
advogados do livre mercado sob a
influência da filosofia imanentista
tomaram esta única esfera de lei e
absolutizaram-na como a única lei. Nós
concordamos com a economia clássica
como economia, mas não como uma
filosofia religiosa. Quando ela convertese
em
uma
filosofia
religiosa
imanentista, ela nega a validade de
qualquer lei transcendente de Deus e de
quaisquer outras instituições e ordens
da vida a menos que estas passem pelo
teste do livre mercado. A economia de
livre mercado (...) torna-se idolatria. (...)
Qualquer outro valor derivado de
qualquer outra esfera, de Deus, precisa
competir sobre uma base do livre
mercado, é dito. Isto é apenas afirmar
que o livre mercado é um deus, e que
ele é absoluto e valor único no universo.
(...) Os marxistas, não menos que
outros totalitários, abusam de uma ou
duas "verdades" parciais, que eles usam
pra excluir toda verdade e Deus, e o
mesmo é verdade daqueles que
reduzem o mundo à matéria. Os
religiosos do livre mercado são grandes
inimigos do livre mercado, na medida
em
que
eles
transformam
um
instrumento de liberdade em uma forma
de totalitarismo. Não é surpreendente
que muitos religiosos do livre mercado
recentemente foram muito convenientes
para a Nova Esquerda; ambos se
parecem
em
seu
totalitarismo
estridente."
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