Por que a pandemia? Uma visão espiritualista sobre a doença do século Por Armando Januário dos Santos 03/07/2020 18:16 A INFORMAÇÃO NÃO É MERCADORIA, É UM BEM PÚBLICO. Venha se somar aos mais de 100.000 leitores cadastrados. CADASTRE-SE Vivemos tempos obscuros. À primeira vista, você, leitor, pode se sentir desanimado, mas, não se desespere! É necessário que seja assim, para que possamos seguir adiante. Você, que nesse momento, dedica seu precioso tempo para ler esse texto, talvez se sinta frustrado por não ver saída: por hora, a nossa ciência não oferece solução para algo que pegou de surpresa a maioria de nós. Contudo, pretendo nas linhas seguintes, explicar como a Covid-19 é importante para nossa maturação espiritual. Inicio essa explanação questionando: o modo de vida levado pela humanidade até aqui nos fornece real contentamento? Não são poucos que trabalham em empregos com os quais se frustram – sejam pelos baixos salários, pelas condições de trabalho, ou por um sentimento pessoal de vazio – e lançam mão do álcool e outras substâncias como válvula de escape. Em 10 anos como professor, vi isso. Tendo em vista esse exemplo, volto a questionar: o estilo de vida que levávamos até a pandemia nos trouxe felicidade? O próprio leitor deve responder, mas alguns dados são importantes: (1) somos tão atrasados que ainda cavamos o solo em altas profundidades para obter fontes globais de energia, as quais correspondem a 87% da matriz energética do planeta. São energias não renováveis e, sobretudo, não são limpas. Isso mesmo: a extração do petróleo, do gás natural e do carvão são biologicamente prejudiciais a nós e às outras espécies do planeta e continuamos nessa trilha, quando temos à nossa disposição fontes de energia limpa e inesgotável; (2) viemos para esta realidade há 200 mil anos e o que temos feito desde então, é exaurir os recursos naturais. Consumimos “até o osso” ou fazemos pior: na atualidade, os produtos já são fabricados com data prevista para entrar em desuso. A isso chamamos obsolescência programada, processo no qual os produtos manufaturados, a exemplo de um celular, são fabricados em série, para, pouco depois, serem deixados de lado e substituídos por uma série mais nova. Felizmente, para nossa aprendizagem espiritual e moral, o tempo de quitar até “o último centavo”, conforme o Mestre Jesus nos alertou em Mateus 5:26, chegou. Digo, felizmente, porque, por várias encarnações, temos sido ruins para nós e para todo o globo terrestre. E A Substância Infinita, mais conhecida por nós como Deus, resolveu cumprir aquilo que fora dito por Maomé, no Alcorão, na 6ª Surata, versículo 59: “[…] Ele sabe o que há na terra e no mar; e não cai uma folha sem que Ele disso tenha ciência […]”. Se por um lado, escrevo o termo felizmente, é porque tenho conhecimento de quanta infelicidade a espécie humana vive: nesse momento, sinto profunda tristeza pelas famílias que perderam entes amados, pelos milhões que já deixaram esse plano, a fim de seguir sua trajetória cósmica! Infelizmente, precisamos viver isso. A dor é, por vezes, força motriz à evolução, tal qual alavanca que empurra o espírito para seu próprio adiantamento. Infelizmente, a partir de nossas ações, nessa e em existências passadas, precisamos vivenciar essa experiência: parece que temos uma desastrosa habilidade para disseminar o ódio e utilizamos habilmente diversas ferramentas para isso: a cor da pele, a identidade de gênero e a nacionalidade, são apenas alguns exemplos, os quais a humanidade toma como meios para expressar sua infantilidade e levar a maldade adiante. Agora, porém, em um movimento que obedece aos ditames espirituais denominados pela Doutrina Espírita como Lei de Causa e Efeito, haja vista tudo estar conectado ao Cosmo, estamos experienciando as perturbações e a agonia que se abatem sobre nós mesmos. Não existem acasos. O que há são sequências de ações que resultam em consequências. E A Substância Infinita permite que soframos, com vistas ao nosso desenvolvimento. Não existem coincidências. Todos nós escolhemos, ou em decorrência de dívidas de vidas passadas, tivemos que reencarnar nessa época, para viver esse momento histórico. Basta pensar na cronologia realizada por Yuval Noah Harari, em Sapiens: uma breve história da humanidade: há 45 mil anos atrás, nossa espécie povoou o que conhecemos hoje como Austrália. Como consequência, a megafauna australiana foi extinta. Há 30 mil anos, os neandertais foram extintos por nossa espécie, e há 13 mil anos, lá estava novamente nossa espécie exterminando, desta feita o Homo floresiensis. Fomos implacáveis desde nossa chegada ao planeta, passando pelos diferentes estágios da história humana, até os dias atuais, nos quais mais de 1 bilhão de pessoas passa fome todos os dias. Escrevemos nossa história à sangue... Essa trajetória histórica deveria ser suficiente para que repensássemos os caminhos tomados. Lamentavelmente, não foi. Escolhemos continuar violando a nós mesmos, às outras espécies e à Terra, de maneira ampla e irrestrita. Tivemos vários avisos: outras pandemias ocorreram. Mas, enterramos nossos mortos e seguimos adiante, parasitando o planeta. E, a cada nova encarnação, cometíamos mais e mais equívocos, aumentando nossas dívidas e atrasando nosso progresso. Veio, então, um último aviso: em setembro de 2019, um estudo denominado A world at risk (Um mundo em risco) foi apresentado na Assembleia Geral das Nações Unidas, apontando para o risco de pandemias globais. Nenhuma nação deu ouvidos... Parece ser chegada a hora de nos confrontarmos com nossos erros, como estando diante de um espelho. O que está aí fora demonstra ser letal. E não é humano. Contudo, Deus, em sua infinita misericórdia, nos dará meios para ultrapassar esse árido momento. Enquanto a ciência humana não descobre vacina ou remédio, devemos seguir os protocolos determinados pelas organizações de saúde: distanciamento social, quarentena, etc. Vamos também ser caridosos e ajudar às pessoas vulneráveis, que sequer tem abrigo e alimento. Façamos todo o possível para levar aos necessitados, ajuda. Quanto aos que já se foram, oremos por eles. O Livro dos Espíritos nos mostra como a oração é importante, porque emana vibrações positivas que socorrem àqueles em sofrimento, encarnados ou não. E certamente, aqueles que desencarnaram estão sendo assistidos pelos Espíritos Superiores. Todo bondade, Deus não deixa seus filhos desamparados. Fonte infinita de amor, Deus nunca se ausenta e sempre nos dá ânimo em nossas provações. Tenhamos fé! A pandemia pode ser a oportunidade para o salto quântico em nosso planeta: sair de um mundo de provas e expiações para uma vibração espiritual de regeneração. Tenhamos força! Ainda contaremos aos que irão nascer sobre um vírus que “colaborou” para que, em uma hora escura, seguíssemos o caminho da Luz. Armando Januário dos Santos Cristão esotérico. Contatos: Instagram: januario.1982 | Facebook: https://www.facebook.com/armando.januario/