Subido por Pedro Duracenko

Iniziativa

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Iniziativa
Anno di 1883 - Europa in Brasile
Thiago Pompermayer
“Como galhos de uma árvore, todos crescemos em direções diferentes, mas nossa raiz continua
sendo a mesma.” (Autor Desconhecido)
1
antepassados saíram da vida abundante daqueles campos
Prefácio:
europeus? Tendo neve no topo da montanha e tanta
Esse estudo tem a intenção de trazer ao nosso
conhecimento
um
pouco
mais
sobre
a
família
Pompermayer, desde sua viagem da Itália no ano 1883
para o Brasil até os dias de nossos pais e avôs. O que
segue é apenas um resumo, uma forma de conhecer um
pouco mais de nosso passado um tanto desconhecido e
esquecido. Convido você a viajar nessas linhas e desbravar
essa história, o nome desse projeto é INIZIATIVA, o
mesmo nome do navio que trouxe centenas de imigrantes
europeus para a América do Sul. Em todos esses anos
pouco se conhecia sobre quem eram os primeiros colonos
e como viveram aqui no Brasil, dessa forma muitas
perguntas foram apresentadas, como por exemplo: Qual
será a língua que essas pessoas falavam? Porque nossos
beleza peculiar, com tanto ar limpo e puro para respirar;
porque vieram para cá? O que encontraram por aqui? E
como viveram? E em resposta a essas questões e tantas
outras, foi preservado um material de pesquisa, que com
as evidências encontradas foi possível escrever a respeito
do assunto com toda convicção necessária. Obtendo
assim uma divisão histórica dos fatos e até uma árvore
genealógica, onde o resultado pode ser conferido nesse
estudo que, a partir de agora, é apresentado para todos
nós. Nossos antepassados viveram essa rica história de
luta, de vitória, de sede de justiça e glória, de fé e
vivenciaram de perto o sol daqueles sonhos, a promessa
daqueles dias, enxergaram de perto o brilho do olhar de
nossos bisavós, tataravós, das culturas do plantio e do
2
cultivo daquelas sementes de amor; tiveram contato com
as famílias que serão mencionadas nesse material
precioso, como em um memorial de nomes, não
estivemos todos lá e talvez nossos avós não souberam
dessas memórias mas em algum momento de suas vidas
chamaram esses nomes, e quais eram esses nomes? De
pais, de filhos, de avós? Certamente em um abraço
fraterno nos juntamos até eles de alguma forma e não só
pelo sangue que nos corre nas veias, você também tem
sua história, procure saber sobre ela e faça que ela
chegue até você, nos lava a alma com graça, carinho e
emoção mas, enquanto isso, junte-se a esse propósito de
conhecimento sobre nossas raízes.
Ótima leitura!
O autor
3
Sumário:
Introdução.......................................................................5
Ligações de Parentesco....................................................6
Divisão de Terras.............................................................26
Bairro do Traviú...............................................................31
Origem dos sobrenomes..................................................8
Origem nome Pompermayer com i ou y..........................8
Nono José (Bepe).............................................................32
Origem do local, Ponteprimeira......................................10
Árvore Genealógica Pompermayer Jundiaí.....................40
Primeiras atividades dos Pompermayer.........................12
Irmãos..............................................................................42
Uma língua diferente......................................................13
Porque a mudança da Europa para a América?..............13
A vida no Brasil................................................................17
Os Pompermayer em São Paulo......................................20
Conclusão.........................................................................50
Agradecimentos...............................................................52
Material disponível na Internet........................................52
Recomeço em novas terras.............................................24
Gasparus Andreas Pompermajer.....................................26
Fontes e pesquisas...........................................................53
4
ele me ajudou de tal forma que consegui finalizar,
Introdução:
Carregamos
um
orgulho
apresentar e realizar esse projeto, também dedico ao Sr.
de
ser
Pompermayer,
carregamos uma história quase milenar e cheia de
grandes feitos, temos raízes com comunidades de pessoas
de várias partes do mundo: na Itália, na Argentina,
ramificações inclusive em Costa Rica, Estados Unidos,
assim como em tantos outros países e em vários estados
brasileiros, principalmente no Espírito Santo, São Paulo,
Rio Grande do Sul, entre outros. Dedico esse trabalho ao
querido Malori José Pompermayer que muito me
inspirou, dedico também a saudosa Lúcia Helena
Pompermayer que também muito me inspirou, dedico
também ao primo mais velho Renato Pompermayer que
reside em São Paulo e sua ajuda com informações da
Orlando Steck que tem um valioso acervo de fotos dos
descendentes da imigração da região do Bairro do Traviú
na cidade de Jundiaí - SP e que me apresentou pela
primeira vez (em fotos) meus bisavós Pompermayer e
Carbonari. Por fim dedico também ao amigo Rolando
Giarolla que reservou um espaço junto aos meios de
comunicação de rádio e jornal para apresentar um pouco
da história da família em forma de homenagem. Deixo
claro que por mais que eu tenha vontade de contar a
história, costumes e vida de toda essa gente não
conseguiria, então trarei um pouco da história dos
Pompermayer que chegaram ao Brasil, vieram até São
Paulo, trabalharam arduamente em fazendas de café e
viagem da chegada dos primeiros Pompermayer ao Brasil,
5
plantações de uva e hoje são muitos e residem, estudam e
trabalham e se dedicam aos seus familiares em Jundiaí.
Ligações de parentesco:
Dizem que, de passagem, todos os Pompermayer devem
ter alguma ligação, desde seus primórdios até os dias de
hoje, carregando uma única linhagem, muitos se
perguntam se essas raízes e o parentesco com tantos
Pompermayer são os mesmos e, logo de início, já afirmo
que sim, mesmo que por algum motivo seu sobrenome
for Pompermayer com Y ou I, até mesmo J, podemos
concluir que o erro está apenas na forma como foi escrito
no registro de nascimento, as indicações dos patriarcas
Placa comemorativa de Nov/2001 entregue pelo ex-prefeito de Jundiaí,
Pompermayer, Pompermaier, Pompermajer e Pompermai
Sr. Miguel Haddad, em reconhecimento aos trabalhos prestados pelos
Pompermayer de nossa Cidade.
que se instalaram por várias partes do mundo saíram de
um mesmo lugar, uma nação de tantos sobrenomes e
tantos dialetos. Iniciamos em comunidades cristãs,
trabalhávamos em atividades agrícolas, falávamos uma
6
língua em especial e cultivávamos de um mesmo ideal,
desbravamos um mundo de oportunidades e boas
relações, onde pai, mãe e filho se sentam na mesma
mesa, trabalham até no mesmo ofício e acompanham o
progresso com entusiasmo do futuro de seu estado e
nação em que prosperam, onde a vida é uma fonte de
perseverança, onde filhos e pais construíram juntos o que
conhecemos de valioso hoje, seja na saúde, no plantio, na
educação, segurança, engenharia, moda e no mercado
industrial.
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Origem dos Sobrenomes:
Hoje é quase impossível encontrar alguém que não tenha
um sobrenome mas nem sempre foi assim, antes do ano
parentes mais próximos de adotarem um sobrenome,
criando de acordo com o que se fosse escolhido pelo
patriarca, baseado no nome de um local ou da profissão
que a família desempenhava.
de 1500 todas as pessoas eram conhecidas por nomes
Origem dos sobrenomes Pompermayer, Pompermaier,
repetidos, nasciam e eram chamadas com nomes muito
Pompermai ou Pompermajer:
parecidos, como por exemplo: Maria artesã filha da Maria
leiteira, ligando o nome já muito utilizado a alguma
profissão que a família exercia ou a algum nome que
Se voltarmos no tempo de todo o registro que se tem
conhecimento dos Pompermayer encontramos um nome
registrado em 1520 d.c, sendo ele:
provinha de um descendente da própria casa mas isso não
diferenciava dos demais e virava uma confusão entre
GIORGIO POMPERMAJER
tanta gente que habitava um mesmo vilarejo e até umas
Esse Giorgio era um habitante da província de Trentino-
mesma cidade. Foi dessa forma que na Itália no século
Alto Ádige, ao norte da Itália, uma espécie de estado,
XVI, por influência da Igreja Católica Apostólica Romana e
onde existe uma região montanhosa conhecida como
do sistema feudal da época, sentiu a necessidade de
Valle dei Mocheni. Nessa região temos a cidade de
registrar todas as pessoas que viviam na mesma casa e os
Trento, que por entre as montanhas fica um vilarejo
8
menor de nome Fiorozzo, cada vilarejo constitui seu
próprio nome para diferenciar uma localidade de outra,
tal que os Pompermayer vindos da Itália para o estado de
São Paulo no Brasil saíram de Romagnano, uma espécie
de vila, uma pequena comunidade aos redores de
Fiorozzo e San Felice.
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Origem
do
local,
chamado
de
Ponteprimeira
-
Pompermayer:
Nossa descendência é Tedesca, ou seja alemã, e remonta
o século IX, que a procura de trabalho em novas terras
nossos antepassados se mudaram da Alemanha para a
Áustria, onde depois se tornaria parte da Itália após a
primeira Guerra Mundial, esses moradores, portanto,
ganharam nacionalidade italiana em 1918. Mas, antes
disso, no ano 1300 o sobrenome Ponteprimai começou a
ser utilizado por essas pessoas devido morarem próximos
do local de uma ponte muito conhecida e muito
importante daquele lugar, essa ponte ligava vilarejos
desse Valle dei Mocheni, a distribuição de alimentos era
apenas por essa ponte, assim como a comunicação e
passagem de várias famílias e animais do campo era
possível apenas por essa travessia. Algo que existe até
10
hoje e já dura seus 700 anos, onde a paisagem é
revigorante e belíssima, mesmo antes de nascermos
fomos presenteados em obtermos o nome desse lugar
que de "Primeira ponte" com o tempo “germanizou” sua
pronúncia
e
escrita
e
ficou
como
conhecemos
atualmente: Pompermayer.
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Primeiras atividades dos Pompermayer:
sendo uma comunidade especializada nesse ramo de
extração e praticantes da fé católica. Tais práticas
Já no ano 1500, como era de costume, os impostos
duraram bastante tempo, foram se revezando nessas
cobrados aos colonos Pompermayer eram repassados aos
atividades, mas as minas foram se esgotando e se
governantes do império que habitavam os castelos da
tornando muito perigosas, então hoje essas atividades na
região. A igreja, por sua vez, ganhava uma parte e o
região são muito raras, quase inexistentes mas algumas
curioso para nós é que boa parte desses impostos eram
dessas minas estão abertas para visitação turística. Já
pagos por ano de forma a serem distribuídos, além de ser
pelos anos de 1700 muitos dos moradores de Fiorozzo
em dinheiro, também com animais e ovos. Mas a primeira
mudavam suas atividades de acordo com seu tempo e,
atividade desses colonos, nossos patriarcas do passado,
portanto, faziam compras de vários objetos de comércio
era a agricultura. Vale lembrar que justamente nessa
na Áustria e vendiam nas cidades vizinhas, se instalando
época esses patriarcas tinham apenas o primeiro nome
até em outros países próximos, na maioria dos casos não
como referência, adotando portanto o sobrenome
levavam a família e ficavam muito tempo fora, retornando
Pompermayer devido a instalação da ponte. Os cultivos
com seu rendimento para o sustento da família. Já suas
desses colonos eram pequenos bosques, além de criarem
mulheres desempenhavam trabalho com porcos, vacas,
cabras e vacas e, por muito tempo, trabalharam com forte
cabras e galinhas, para tanto o sustento próprio ou em
domínio em minas de prata e outros metais da região,
12
troca de outras mercadorias da região, por isso também
Uma língua diferente:
se herdou esse costume os nossos avôs com os
comerciantes antigos, era uma prática que valia o suor e
Essa é uma das partes mais interessantes da pesquisa pois
trazia o pão as nossas mesas, mas naquela época a moeda
lá no vilarejo de Fiorozzo, desde o ano de 1200, os povos
que se circulava era outra, ás famílias se dividiam em boa
falavam um dialeto próprio até os dias de hoje que se
parte na agricultura. Estamos chegando nesse trabalho
chama MOCHEN, um linguajar muito utilizado, se não o
aos Pompermayer do Brasil, mas antes vamos entender,
único, tendo raízes da língua alemã com grande
de o porque saíram daquela vida em que tanto se
propriedade e misturado com a língua italiana que
esbanjava um lindo por do Sol e tantos frutos preciosos
predomina em todo o território do país, mas o MOCHEN
da natureza e convívio em família, para tentarem se
ainda resiste ao tempo e permanece fiel.
arriscar em uma vida desconhecida em outro Pais tão
Porque a mudança da Europa para a América?
distante, sendo esse o Brasil, que ninguém se quer
conhecia.
Todos sabemos ou ouvimos falar que lá nas terras
europeias a beleza é invejável e suas reservas e riquezas
são inúmeras, muitos vão a turismo e voltam encantados,
ficam deslumbrados com tudo que podem ver e com a
cultura tão distinta. Mas porque tantas famílias vieram à
13
América e não voltaram? Em primeiro plano, muitos dos
famílias passavam fome e beiravam o desespero da má
nossos antepassados europeus tinham o sonho de mudar
administração desse estado já com a engrenagem fraca e
de vida, como já lemos, muitos viviam buscando novas
desgastada. Para completar vieram as guerras, onde
atividades que pudessem render mais e, se preciso fosse,
jovens obrigatoriamente se alistavam e deixavam suas
mudavam de lugar, levando consigo toda a bagagem de
casas, lutavam bravamente para expulsar as tropas de
conhecimento e também seus costumes, religião e cultura
Napoleão mas sua superioridade era evidente e Napoleão
da região em que nasceram mas apenas a curiosidade e a
acabou com o sistema já falho dos senhores feudais e do
necessidade financeira não foram predominantes, o que
clero que foram enfraquecidos, passando tudo para as
abalou a permanência das famílias da Europa entre o final
mãos do imperador francês e nessa região, mesmo depois
de 1800 e início de 1900, foram os conflitos entre os
da saída de Napoleão pouca coisa mudou, os tempos
governantes e o clero que disputavam entre si parte das
eram difíceis, enquanto na Alemanha e Suíça o
terras e seus tributos e o fardo do trabalho para pagar a
capitalismo avançava e o aparecimento das indústrias e a
moradia e a utilização da terra recaía sobre os habitantes
modernização da agricultura, as coisas evoluíam e se tinha
dali, um controle foi estabelecido entre ambas as partes
muita valorização da moeda e muito emprego, já nas
para não perderem seu espaço mas as plantações e o
terras Trentinas nada mudou e o sistema continuava o
comércio enfrentavam crises e não circulavam, muitas
mesmo das eras anteriores e então, sem saída para esse
14
problema, vieram as propagandas de novos trabalhos na
então muitos buscaram com garra seu espaço na nova
América, especialmente no Brasil, as famílias recebiam
terra e assim foi escrito o que mudaria no curso das
folhetos com a grande esperança de mudança de vida e
páginas de nossas vidas e agora poderemos conhecer
de oportunidades de trabalho vindas de outro pais e,
melhor toda essa história, e se tudo que nossos
diante da situação que enfrentavam resolveram mudar, e
antepassados vieram buscar conseguiram encontrar.
como sabemos, a coisa por lá não melhorou, pois logo
aconteceu a Primeira Guerra Mundial em 1914 e ainda
em 1939 com a Segunda Guerra Mundial muitas dessas
famílias se mudaram para o Brasil, de 1850 até 1950,
preenchendo o espaço de terras brasileiras que ainda
estava em uma nova fase de expansão em exportação e
importação, com grande extensão de terra para ser
habitada e muita matéria-prima, solo fértil para o plantio,
onde se deu lugar à esperança de um progresso para toda
gente onde muito seria cobrado e pouco seria dado pelo
governo mas a força para a mudança era maior que tudo,
15
16
A vida no Brasil:
preferindo
trazer
pessoas
que
já
tinham
esses
Parece que desde aquela época os governantes já
nessa altura já era reconhecido como trabalhador, dado
dominavam a arte de manipular a mente humana em
ao menos direito a um salário por seus trabalhos nas
favor exclusivamente de seus interesses, pois desde o
fazendas. Com o surgimento da implantação dessas ideias
começo o propósito de se trazer famílias da Europa para o
surgiu também o intento de se remunerar os colonos
solo brasileiro já era para enriquecerem com isso,
recém chegados e com isso movimentar a economia,
sabemos que essa terra tinha muita matéria-prima que
girando cada vez mais o capital nacional e assim favorecer
acabou sendo levada para Portugal, e muito da força
a exportação e expansão das terras que muito ainda
bruta dos imigrantes foi utilizada para esse propósito, a
estavam desabitadas. Isso não foi ruim para a época e
Abolição da escravatura em 1888 não foi um ato
para aqueles que buscavam aprimorar o espaço vazio de
humanitário e sim uma visão aguçada do Império Real
novas
Português sobre a possibilidade de povoar as terras
enriquecimento contidas na propaganda, moradias
brasileiras com outros povos, até mesmo pelo tom da cor
enfeitadas de conforto, terras já limpas e bem cuidadas,
de pele para o povoamento e querendo usufruir de suas
íngremes e um lugar onde os imigrantes fossem patrões
habilidades na arquitetura, engenharia e na agricultura,
tivessem até um tipo de castelo, igual de seus antigos
conhecimentos ao invés de ensinar o povo escravo, que
oportunidades
mas
as
promessas
de
17
patrões na Europa, seriam chefes supremos de sua nova
agricultura, sendo os alemães, italianos, suíços, franceses,
terra, com a ajuda do novo governo, educação aos seus
portugueses e austríacos em sua grande maioria,
filhos, com postos de saúde aos seus familiares, tudo isso
implantando sua arte, dança, comidas típicas, músicas,
parecia um prato cheio para tantas famílias surradas e
festas, sua influência religiosa e muito mais.
desgastadas com a vida que não dava frutos na Europa,
desembarcando no Brasil imaginavam encontrar tudo que
jamais sonhavam. Mas não foi bem assim, pois aqui o que
tinham demais era terra, suor, trabalho e pouco dinheiro.
Educação, casas limpas e terrenos bem cuidados não
encontraram, saúde também não estava nos planos do
novo governo como foi prometido inicialmente e assim
quem chegou teve que ficar, mas na primeira
oportunidade os poucos que guardaram um dinheiro
retornaram para a Itália. Porém, os que ficaram muito
trabalho
encontraram,
utilizando
fielmente
seu
conhecimento em várias áreas, da construção e
18
19
Os Pompermayer em São Paulo:
O desembarque no porto de Santos do navio em que
nossos antepassados vieram ocorreu no ano de 1883
quando os imigrantes europeus de nossa linhagem
colocaram seus pés nas terras brasileiras e carregavam o
sangue dos Pompermayer, como de tantas outras
famílias. Era dia 28/09/1883 e o Vapor: INIZIATIVA, nome
do navio que partiu de Gênova na Itália, um navio de
aproximadamente 2.200 toneladas que pertencia à
armadora Società Italiana di Transporti Marittimi Ragio &
Co, fundada no ano de 1882 pelos irmãos Carlo, Edilio e
Armando Ragio. A viagem durou aproximadamente 40
dias, fazendo uma parada no Rio de Janeiro. No porto de
Santos desembarcaram: Giacomo Giovanni Pompermayer
de 70 anos, casado com Rosa Forti, 61 anos e trouxeram
consigo 5 filhos: Rosa, 27 anos; Anna, 19 anos; Maria, 17
anos; Pantaleone, 25 anos e Andrea, 21 anos. Esse último
foi de crucial importância para a história de quem reside
nos arredores da cidade de Jundiaí, pois embora seu
nome pareça ser de uma mulher chamada Andréia, é de
um
rapaz
austríaco,
no
Brasil
sendo
conhecido
posteriormente como André, que em seu país de origem a
pronúncia era Andrea, inclusive na escrita, mas não resta
dúvidas que se trata de André, o velho André, conhecido
por sua grande capacidade de força física, era um
Pompermayer com muita habilidade em fazer trabalhos
manuais e que dependiam de muita força, era alto, tinha
um bigode e olhos claros mas para chegarmos em André
vamos desbravar um pouco mais sobre as instalações e
atividades desses Pompermayer. Giacomo, o patriarca, já
tinha enviado em 1877 um filho de 25 anos de nome
Ippolito, vindo para as fazendas de café em São Paulo
20
tentar a sorte grande e mudar de vida, se caso as coisas
compreender
que
se
tratava
de
oportunidades,
dessem certo, logo em seguida Ippolito avisaria seu pai do
considerando terra, plantio e trabalho. Por isso
sucesso da sua recente viagem e Giacomo viria com toda
imaginamos que a vida que levavam em outro continente
a família que restava na Áustria. Primeiramente Ippolito
não era das mais favoráveis, e assim começou a história
se instalou na fazenda Sete Quedas localizada em
da família Pompermayer em São Paulo.
Campinas, que pertencia ao Visconde de Indaiatuba,
mudando-se para alguma cidade vizinha anos depois, mas
poucas informações foram obtidas sobre o paradeiro de
Ippolito, além do que era casado com Domenica
Francesca Botura desde que se mudou para o Brasil.
Histórias dos mais velhos em Jundiaí dão a certeza da
proximidade de Ippolito com seu pai Giacomo, tendo se
comunicado por carta com ele anteriormente para que
ele viesse ao Brasil assim que possível, pois aqui as
condições eram melhores do que onde moravam e na
situação que estavam na Europa, podemos facilmente
21
Em cima: Cópia do livro de chegada do porto de Santos, com os nomes
dos Pompermayer que vieram no ano de 1883 para o Brasil
Lado esquerdo: Única foto de Andrea, pelo ano de 1900, em uma
procissão no Bairro do Traviú, na cidade de Jundiaí-Sp.
22
23
Recomeço em novas terras:
duradouros. Porém, o trabalho era árduo mas com o
dinheiro que conseguiram os Pompermayer de Giacomo,
Giacomo desembarcou no porto de Santos, indo em
juntaram com o que já haviam trazido na bagagem e
seguida para a Fazenda Sete Quedas, onde foi recebido
dessa forma fizeram seus "pés de meia" e dividiram entre
por seu filho mais velho. Ali permaneceram juntos com
os irmãos, cada um portanto seguiu seu caminho,
toda a família, trabalhando por anos na lavoura de café,
Pantaleone, por exemplo, se casou com Rosa Peffer
conquistando seu espaço na comunidade, participando
Fredozzi e dessa união nasceu José Pompermayer, seu
das festividades anuais, eram católicos devotos e
único filho, relatos confirmam que Pantaleone foi
participavam das missas locais, mantinham um propósito
assassinado em Campinas mas pouco se sabe sobre isso.
de se unir com tantas outras famílias, obtendo uma nova
Os Pompermayer de Piracicaba, procedentes de José
fonte de prosperidade como tantos outros. Nesse meio é
Pompermayer têm uma ligação forte de sangue com os
importante colocarmos aqui como os imigrantes se deram
Pompermayer de Jundiaí, uma vez que José é sobrinho de
bem e puderam se conhecer, viriam a se casar e criariam
Andrea, José Pompermayer se casou com Francisca Correr
laços familiares fortíssimos aqui. Famílias como os
e tiveram também um filho que se chamava Francisco
Carbonari, Tomasetto, Brunelli, Steck, entre outras,
Pompermayer, uma homenagem à sua mãe e este
construíram bons relacionamentos e fortaleceram esses
Francisco Pompermayer se casou com Esthepania Stenico.
laços, para assim expandir sua fé em tempos melhores e
24
Os descendentes dos imigrantes em Piracicaba são muitos
tiveram 11 filhos, fácil imaginarmos que existem muitos
e preservam festas, danças, músicas e comidas típicas,
descendentes desse casal.
contam com grande acervo de fotos e também museus e
ambientes em que se conservam a história em imagens e
livros sobre os antepassados das várias famílias dos
imigrantes que vieram para o estado de São Paulo.
Também em Piracicaba essas festividades se dividem em
dois bairros, sendo as comunidades de Santa Olímpia e
Santana famosas por suas comemorações das festas da
polenta e do vinho. Uma irmã de Giacomo, Rosa Cattarina
Pompermayer, também veio nos anos de 1880 para o
Brasil. Giacomo com sua família ficou em Jundiaí e a irmã
dele estabeleceu-se na cidade de Piracicaba, igual ao filho
de Pantaleone. Sua idade é desconhecida mas Rosa
Cattarina casou-se com Giacomo Antonio Vigillio Correr e
Foto: Giacomo Antonio Vigillio Correr e Rosa Cattarina Pompermayer, vieram
casados e com 11 filhos, da Itália para o Brasil por volta de 1880, se
estabelecendo em Piracicaba, interior do estado São Paulo, Rosa era irmã de
Giacomo Pompermayer de Jundiaí, cidade essa próxima a Piracicaba.
25
Gasparus Andreas, pai de Giacomo Giovanni, de Andrea e
Gasparus Andreas Pompermajer:
de Bepe, e como veremos, pai de André do bairro Traviú,
Um fato muito interessante é poder ligar os nomes
é perceptível a sequência de repetição do nome André,
quando temos acesso às informações dessa genealogia e
variando com o tempo, mas se seguiu um tipo de
aos documentos preservados e, ainda na Itália, o pai de
homenagem ao repetir os nomes dos antepassados,
Rosa Cattarina e de Giacomo Pompermayer foi possível
desde a Itália até os dias atuais.
encontrar depois de pesquisas realizadas pela internet, e
a partir de então chegamos ao nome de
Gasparus
Andreas Pompermajer e Maria Anna Brunelli, moradores
de Romagnano, vivos e falecidos nessa região por volta do
século XVI, tendo seus filhos se instalado entre Jundiaí e
Piracicaba. Igualmente nesse caso podemos notar que em
homenagem ao seu pai, Giacomo colocou o nome
Andreas em um de seus filhos e futuramente um outro
José Pompermayer, o Bepe, esse de Jundiaí – falaremos
dele adiante - também colocou o nome de André em um
Divisão de terras:
Em terras brasileiras Andrea começou a ser chamado de
André mas isso lá para o ano de 1900, depois de seus pais
terem trabalhado por anos nas fazendas de café, André, já
com seus 40 anos, mudou-se para a terra da uva (Jundiaí),
permanecendo no bairro do Traviú e aqui, junto com
tantos outros colonos mudou mais uma vez de cultivo, ali
conviveu com sua esposa Florinda Carbonari, que era
conhecida na terra natal como Fiore, aqui no Brasil
de seus filhos. Seguindo portanto essa genealogia, vemos
26
mudou seu nome, essa prática de adotar nomes
vez mas outra história nos traz uma informação que
diferentes, porém similares, era para que seus nomes
André foi obrigado a se distanciar de toda sua família,
ficassem mais compreensíveis na cultura brasileira,
esposa e filhos, era um tanto que comum naquela época
Florinda veio junto com sua família no mesmo navio que
acontecerem alguns tipos de sequestros por parte de
André, desembarcando no porto do Rio de Janeiro, mas
fazendeiros bem armados, utilizando de trabalho escravo
posteriormente trabalhou na mesma fazenda de café que
para com suas vítimas, foi aí que André, numa viagem
André e sua família em Campinas, foi dessa forma que se
realizada para trabalhar com parentes em outro estado e
conheceram, desde a juventude. A família Pompermayer
aumentar sua renda para o sustento de seus filhos, foi
e Carbonari fortaleceram seus lares e entregaram seus
raptado e para sobreviver ele se submeteu a lutar ao lado
dotes para André e Florinda que se casaram e viveram
até de estrangeiros, em fazendas fora e dentro do país,
juntos, tiveram 5 filhos, sendo eles: Maria, Vital (Tio
combatendo os inimigos de seus novos patrões e, sem
Vitale), José (Bepe), Antônio (Tonico) e Angelina. A
aviso prévio, deixou forçadamente sua esposa e filhos.
história desse André é muito curiosa, tendo em vista que
Nesse meio hostil André foi obrigado a lutar pelos
sua forma física era avantajada, os outros sempre
interesses que nada tinham a ver com ele. Dentro desse
queriam tê-lo por perto. Algumas história dão conta que
conflito, André recebeu notícias de sua família, Florinda
André colocou para correr cinco arruaceiros de uma só
estava desesperada por informações de seu esposo e seus
27
filhos passavam necessidades. Um dos carrascos se
após ser internado mas seu legado e história permanecem
sensibilizou com a história de André e, além de dar-lhe
com a esperança de serem lembrados na posteridade.
dinheiro para a viagem, liberou seu soldado "escravo" e o
mais emocionante de toda essa história é o fato de André
ter aparecido no bairro do Traviú, exausto e faminto e, ao
saber que sua esposa naquele momento estava na igreja
arrumando o altar e orando, foi até seu encontro e lhe
deu um abraço que não poderia mais se romper. Só
depois desse momento tão difícil que passou sua família,
André teve seus outros filhos: Bepe, José (que viveu no
bairro do Traviú), Tonico e Vitale, que foram morar após
se casarem no Bairro dos Fernandes, próximo ao Bairro do
Traviú. Mas logo depois, no ano de 1919, André foi ferido
por um de seus cunhados enquanto retornava para casa,
seu filho Tonico, na época uma criança, presenciou o fato
pois estava caminhando ao seu lado, André faleceu dias
28
Em cima: Cópia do livro de chegada do porto de Santos, com os nomes
dos Carbonari que vieram no ano de 1883 para o Brasil
Lado esquerdo: Florinda Carbonari
29
30
Bairro do Traviú:
utilizando o conhecimento que trouxeram de tantos
outros lugares e épocas, trabalharam muito com animais:
Como pudemos ver foi no bairro do Traviú que se
porcos, galinhas, ovos de galinha, vacas, bois, leite de
estabeleceram nossos mais próximos antepassados, vale
vaca e com bezerros, vendiam e trocavam entre si e para
dizer que o significado da palavra Traviú quer dizer Guia,
quem viesse comprar, era como se tivessem voltado no
ali que começou a se expandir bem mais a nossa cultura
tempo e tivessem fazendo o que a mais de 1000 anos os
do plantio que conhecemos ainda hoje, mesmo que de
seus ancestrais faziam nas terras da Europa, os grupos de
passagem. As primeiras famílias que cultivaram o solo
famílias que aqui viviam,se casavam entre si e seus filhos
desse bairro a partir de 1900 foram: os Steck, Carbonari,
mantinham os dons ensinados por seus pais, na vontade
Pompermayer, Tomasetto, Lorenzon e Brunelli e o plantio
de suas crenças, de sua fé e de seu legado. Construíram a
foi a grande força desses primeiros colonizadores, o café
igreja em 1914, fizeram suas regras baseadas no bem
não produzia de forma satisfatória nesse solo, então se
estar de todos, construíram a sede esportiva da Sociedade
optou por tantas outras frutas que davam em abundância,
Amigos do Traviú em 1923 que serviria de lazer, com
como: morango, poncã, acerola, caqui, abacate, pêssego
jogos de tabuleiros e cartas, a bocha era um jogo favorito
e, principalmente, a uva, essa última muito cultivada por
entre eles que competiam na comunidade, construíram a
muitas décadas. As construções foram o grande triunfo,
escolinha para se educar os mais novos. Os membros mais
tudo em primeira mão, os colonos fizeram tudo sozinhos,
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participativos da comunidade do Traviú tinham até uma
propriedades por confiarem nos demais moradores
banda sinfônica, onde o nono Bepe era membro. Já nos
vizinhos.
dias de hoje muitos dos filhos dessas famílias do Traviú
são médicos, políticos, advogados e engenheiros. Por
Nono José (Bepe):
décadas todos os domingos as famílias se reuniam e ainda
Esse homem, conhecido como nono Bepe, se chamava
se reúnem, as comadres com suas famílias entre primos e
José Luigi Pompermayer, se casou com Itália Tomasetto e
as gerações de diversas idades, para um almoço, um café,
tiveram também muitos filhos, na arvore genealógica
partilhando de brincadeiras e é ali que lembramos de
podemos ver os nomes desses filhos, tios e tias que
nossos bisavós e avós, os nonos e nonas, como eram
carregam histórias de muita superação, foram educados
chamados. E uma característica interessante que devo
na fé, no esforço entre a comunidade, lutaram na terra,
mencionar e pouco habitual na maior parte dos bairros da
construindo seus projetos de vida, suas casas e
região e bem particular que ainda permanece no Traviú
alcançando seus sonhos bem perto de todos nós, tantos
desde a antiguidade, é que as casas e terrenos não
momentos sendo esses de nome, tão peculiares em
possuem cercas ou portões, se assemelhando às casas dos
nossas mentes, tão puros de recordações, eram netos de
norte-americanos
Andreas o (André) e de Florinda Carbonari. José e Itália
que
também
não
cercam
suas
tiveram 9 filhos: Geraldo, Joaquim, Adolfo, André,
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Salvador, Teresa, José Jr., Gemma (Odete) e Edvirges.
Guinarello, Salles, Lourenção (Lourençon, Lourenzon), e
Todos carregam o sobrenome Pompermayer, se casaram
construíram as paredes das casas que crescemos e dos
e sua descendência é numerosa, desses nove apenas
sonhos que criamos, da fé que possuímos, do caráter que
Edvirges não teve filhos e pelo que consta não se casou
obtivemos e do orgulho que sentimos. Desses homens e
mas como todos tem seu papel primordial na família,
mulheres, não posso deixar de citar mais uma vez Tonico
Edvirges ajudou a cuidar de tantos sobrinhos e de seus
e Vitale, irmãos de nono Bepe, todos esses homens
irmãos até o final de sua vida. Existem inúmeras histórias
conquistaram seu pedaço de chão com muito trabalho,
curiosas sobre esses tios e tias avós, todos participaram
moram entre o bairro dos Fernandes e Traviú e, como já
do progresso de suas comunidades, foram exemplares,
vimos, foram engenhosos na arte de plantar e colher,
tinham sim seus defeitos, como também nós temos, mas
sendo seu maior conhecimento quando o assunto era
souberam aproveitar ao máximo seu potencial no
comercializar e expor as belas amostras de uva e morango
trabalho
nas festas comemorativas da região de Jundiaí, onde
que
desempenharam
e
ainda
muitos
desempenham, são nossos Pompermayer do coração, que
temos grande orgulho de serem de nossa valiosa família.
Esses nossos nonos fizeram parte da cultura, da música,
do futebol e foram casados com os Brunelli, Tomasetto,
nossos avôs e pais desempenharam grande papel.
Tio Salvador (Dori), Tio José Jr. (Zito), Tio André, Tio
Joaquim, Tio Geraldo (meu avô), Tio Adolfo (Dorfo ou
Dolfo), todos esses homens que tiveram seus filhos que
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também muito tenho apreço, sendo esses: Glacir, Jaime,
Sérgio, Laércio, Luis Carlos, Glaudemir, Roberto, Maria
Inês, Marisa, Ana, entre tantos outros, em que suas
histórias e nomes são lembrados mas não caberiam
nessas linhas de tanta gente especial e com belíssimas
histórias. Fecho esse trabalho com grande entusiasmo e
orgulho em homenagear esse nosso sobrenome.
Dedico ao querido avô Geraldo Pompermayer com quem
passei 20 anos de minha vida e ao meu filho Igor Henrique
de Oliveira Pompermayer.
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Conclusão:
Muito pouco eu sabia quando iniciei as
pesquisas sobre toda a história que contei aqui, comecei a
me interessar quando uma prima em 2005 do bairro do
Traviú chamada Lúcia Helena trouxe um livro que um
professor de Belo Horizonte chamado Malori José
Pompermayer havia escrito sobre os Pompermayer, a
partir de então descobri as origens remotas de um
sobrenome tão diferente e que eu sempre achei bonito
de se pronunciar mas ainda faltava muita coisa, que nem
meus avós e meus tios avós sabiam sobre o passado e
muita informação não pude encontrar. Mas dali em
diante até hoje (algo que já dura dez anos), comecei a
cavar mais e descobri com grande alegria o nome dos
primeiros colonos Pompermayer que chegaram no porto
de Santos e isso só foi possível com informações de um
primo de São Paulo chamado Renato Pompermayer, que
me disse ter em mãos um documento que continham
esses nomes, essa curiosidade de juntar o quebra-cabeças
ficou mais aflorado quando um parceiro da Rádio difusora
810 AM, chamado Rolando Giarolla de Jundiaí me
procurou para saber se eu poderia fornecer alguma
informação sobre a história completa da família e isso me
fez traçar mais ainda toda essa viagem que, trazendo para
os dias atuais, concluo que muita coisa ainda pode ser
escrita mas o que já foi escrito na mente e coração dos
nossos ancestrais poderia ser perdido, porém cada um
teve
um
papel
muito
importante,
cada
pessoa
desenvolveu um dom dentro de si e, tanto em relatos
registrados
em
livros,
ou
guardando
fotos,
ou
descrevendo em palavras foi fazendo tão pouca
informação se transformar em um material rico em
evidências e logo criou uma vida em meio a tão pouco e
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que se não registrarmos tudo que aconteceu até aqui que
tantos outros, nesse presente tempo e em tempos
agora se tem consciência, perderíamos essa essência, algo
futuros.
que reproduzo para que possa ir até onde os olhos de
Jundiaí, 24 de Janeiro de 2017
quantas pessoas eu conseguir alcançar. Claro que somos
um grão de areia na história dessa grandiosa nação
Thiago Leme Pompermayer
brasileira mas contribuímos muito para o crescimento
desse país, somos parte de uma bandeira de pano que
limpou o suor e as lágrimas de muitas pessoas que
sonharam alto, e tão alto que muitos nem tentariam
chegar, que se prepuseram mudar de vida e deram seu
melhor para o que viria a seguir, e o que veio depois de
tanta luta, foram nosso orgulho em ser um membro desse
grupo que, mesmo distante, nos fazem fruto desse
propósito, desse sentimento de bravura, que fico muito
feliz em ter conhecido nesses tantos relatos e nessas
tantas fotos e ter a possibilidade de compartilhar com
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Agradecimentos:
Material disponível na internet:
Agradeço a Regiane Rossini na revisão do projeto,
Material de áudio e vídeo no site:
Orlando Steck com as fotos fornecidas, Rolando Giarolla
com o convite para apresentar em rádio e jornal sobre a
família entre julho e outubro de 2015, e todos os
familiares e amigos que contribuíram de alguma forma
com o conteúdo desse trabalho.
www.youtube.com
- Documentário: DOC Imigrantes - Ano: 2015
Produzido por: MOV PRODUÇÕES
- Entrevista: Pompermayer (Imigração) - da Rádio
Difusora Jundiaí (810 AM) - gravada e exibida em julho de
2015, apresentada por Adilson Freddo.
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Fontes consultadas:
Pesquisas em sites da internet:
Livro: Os Pompermayer na Itália, Brasil e Argentina de
pt.wikipedia.org (Consulta sobre imigração italiana no
Malori José Pompermayer. Maza Edições, Ano: 2005
Brasil e abolição da escravidão)
Livro: “O Bairro do Traviú no seu Centenário”, de Hilário
myheritage.com.br
Caniato. Editor Independente, Ano: 1994
genealógicas)
(Consulta
sobre
árvores
inci.org.br/acervodigital (Consulta Livro de chegada dos
imigrantes)
museudaimigracao.org.br (Consulta de registros da
imigração)
rotatirolesa.com.br (Consulta sobre os bairros italianos
de Piracicaba)
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