lOMoARcPSD|9371472 Embriologia sistema cardiovascular e respiratório Morfofuncional II (Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos) StuDocu is not sponsored or endorsed by any college or university Downloaded by Adriane Susie (adrianesusie@gmail.com) lOMoARcPSD|9371472 Embriologia do sistema respiratório Quando o embrião tem 4 semanas surge o divertículo respiratório (broto pulmonar), na parede do intestino anterior Ele é induzido pelo TBX4, um fator de transcrição estimulado pelo ácido retinóico (AR) produzido pelo mesoderma Epitélio de revestimento interno da laringe, traqueia, brônquios e pulmão= ORIGEM ENDODÉRMICA Tecidos cartilaginosos muscular e conjuntivo da traqueia e pulmões= MESODERMA ESPLÂNCNICO Pregas traqueoesofágicas dividem o broto do intestino, então elas se fusionam e geram o septo traqueoesofágico (esôfago e traquéia) Broto mantém sua comunicação com a faringe pelo orifício faríngeo. Laringe Revestimento interno é do endoderma Cartilagens e músculos tem origem no mesênquima do quarto e sexto arcos faríngeos Orifício laríngeo muda para o formato de T Mesênquima dos dois arcos se transforma nas cartilagens tireóidea, cricóidea e aritenóidea e o orifício adulto fica reconhecível Epitélio laríngeo tampa o lúmen; a recanalização forma os ventrículos laríngeos (recessos laterais), limitados por pregas vocais falsas e verdadeiras Músculos laríngeos inervados pelo nervo vago Nervo laríngeo superior inerva os derivados do quarto arco e o recorrente os derivados do sexto arco. Traqueia, brônquios e pulmões Broto pulmonar forma a traqueia e dois brotos brônquicos. Na 5° semana esses brotos se alargam pra formar os principais direito (três brônquios secundários) e esquerdo (dois brotos secundários) Brotos se expandem para a cavidade corporal; os canais pericardioperitoneais são estreitos. Pregas pleuroperitoneais e pleuropericárdicas separam os canais na cavidade peritoneal e pericárdica, o espaço restante constitui as cavidades pleurais primitivas. Mesoderma que cobre o exterior dos pulmões forma a pleura visceral e o mesoderma somático da parede corporal interna torna-se pleura parietal. Brônquios secundários formam 10 terciários/segmentares no pulmão direio e 8 no esquerdo. Formam-se 6 divisões adicionais durante a vida pós-natal (sinais emitidos pelo mesoderma/família do fator de crescimento fibroblasto). Pulmões adotam uma posição mais caudal. Maturação dos pulmões Bronquiolos se dividem até o 7° mês Bronquíolos terminais-bronquíolos respiratórios-ductos alveolares-sacos terminais/alvéolos primitivos Nós últimos 2 meses pré-natais e após o nascimento os sacos terminais aumentam. C alveolares epiteliais tipo I se achatam e os capilares se projetam=barreira sangue-ar No final do 6° mês as C alveolares tipo II produzem o surfactante (aumenta nas últimas 2 semanas antes do nascimento) Antes do nascimento pulmões estão cheios de líquido (cloreto, proteína, muco e surfactante) Fosfolipídeos do surfactante entram no líquido amniótico e agem nos macrófagos na cavidade amniótica; eles começam a produzir interleucina-1b, que aumentam a produção de prostaglandinas (causam contrações uterinas). Os movimentos respiratórios começam antes do nascimento= aspiração do líquido amniótico Downloaded by Adriane Susie (adrianesusie@gmail.com) lOMoARcPSD|9371472 Quando a respiração começa no nascimento, parte do líquido dos pulmões é absorvida pelo sangue e capilares (surfactante permanece) O crescimento dos pulmões pós nascimento decorre do aumento do número de bronquíolos respiratórios e alvéolos, e não do tamanho. Embriologia do sistema cardiovascular Aparece na metade da 3° semana. Células progenitoras se encontram no epiblasto, adjacentes a parte cranial da linha primitiva (formado pelo mesoderma lateral esplâncnico) Migram através da linha primitiva para a camada esplâncnica do mesoderma lateral, formando a área cardiogênica primáriaACP-(em formato de ferradura); ACP: forma átrios, ventrículo esquerdo e parte do direito SCC (segundo campo cardíaco): forma o resto do ventrículo direito e a via de saída (cone e tronco arterial); estão no mesoderma esplâncnico ventral à faringe. Enquanto ocorre a lateralidade do embrião, as células são especificadas em ambos os lados (do sentido lateral para o medial). As células do SCC também tem lateralidade: células do lado direito contribuem pro lado esquerdo de saída e as do direito com o esquerdo (mesma via de sinalização do embrião) Essas células são induzidas pelo endoderma faríngeo a formar mioblastos cardíacos e ilhotas sanguíneas (se tornarão células e vasos sanguíneos). Ilhotas se unem e formam tubo em formato de ferradura revestido por endotélio e circundado por mioblastos = região cardiogência. A cavidade intraembrionária sobre essa região evolui para cavidade pericárdica. Outras ilhotas sanguíneas aparecem próximas à linha média do disco embrionário, formando um par de vasos longitudinais, as aortas dorsais. Formação e posicionamento do tubo cardíaco Inicialmente a área cardiogênica é anterior à membrana orofaríngea, mas com o crescimento do cérebro e pregas cefálicas a membrana vai para frente e o coração/cavidade pericárdica se movem pra região cervical e tórax. Conforme o embrião cresce e se curva cefalocaudalmente, ele se dobra lateralmente (esse dobramento une os tubos e a cavidade pericárdica-antigo celoma) Coração se torna um tubo expandido e contínuo, com revestimento interno endotelial e camada miocárdica externa. Ele recebe drenagem venosa em seu polo caudal e bombeia sangue do primeiro arco aórtico para aorta dorsal em seu polo cranial. Inicialmente, o tubo permanece ligado ao lado dorsal da cavidade pericárdica pelo mesocárdio dorsal (derivado do SCC). Então a parte central do medocárdio dorsal desaparece, criando o seio venoso transverso do pericárdio. O coração então fica suspenso por vasos. Miocárdio se espessa e secreta uma matriz rica em ácido hialurônico, chamada de geleia cardíaca, que o separa do endotélio. Além disso a formação do órgão proepicárdico ocorre nas células mesenquimais localizadas na borda caudal do mesocárdio dorsal. As células dessa estrutura se proliferam e formam o epicárdio. Assim o tubo cardíaco tem: endocárdio, mesocárdio e epicárdio (forma as artérias coronarianas). Downloaded by Adriane Susie (adrianesusie@gmail.com) lOMoARcPSD|9371472 Formação da alça cardíaca Tubo cardíaco se alonga conforme células do SCC são adicionadas Tubo começa a se curvar no 23° dia; parte cefálica se dobra ventralmente, caudalmente para direita e a atrial se desloca no sentido dorsocranial e pra esquerda. Essa dobradura origina a alça cardíaca, que se completa até o 28° dia. Parte atrial forma um átrio comum e é incorporada na cavidade pericárdica A junção atrioventricular permanece estreira e forma o canal atrioventricular que conecta o átrio comum e o ventrículo embrionário inicial. A parte proximal do bulbo cardíaco formará a parte trabecular do ventrículo direito; A parte média, cone arterial, formará as vias de saída dos ventrículos; a parte distal, tronco arterioso, formará as raízes e a parte proximal da aorta e da artéria pulmonar. A junção entre o ventrículo e o bulbo é chamada de forame interventricular primário, indicada externamente pelo sulco bulboventricular. Quando o dobramento é concluído, o tubo cardíaco de parede lisa começa a formar trabéculas localizadas proximal e distalmente ao forame interventricular primário. O ventrículo primário, trabeculado, é chamado de ventrículo esquerdo primitivo, e o terço proximal trabeculado do bulbo é chamado de ventrículo direito primitivo. a parte conotruncal do tubo cardíaco, inicialmente do lado direito da cavidade pericárdica, desloca-se para uma posição medial. Desenvolvimento do seio venoso na metade da 4° semana, o seio venoso recebe sangue vindo dos seus corno direito e esquerdo Cada corno recebe sangue das veias: vitelina, umbilical e cardinal comum. No início a comunicação entre seio e átrio é larga, mas a entrada do seio se desloca para direita (por shunts de sangue da esquerda para direita). Com a obliteração da veia umbilical direita e veia vitelina esquerda, o corno esquerdo perde sua importância. Na 10° semana resta do corno esquerdo é a veia oblíqua do átrio esquerdo e o seio coronariano. Corno direito é incorporado ao átrio direito, formando a parte lisa Sua entrada, o óstio sinoatrial, é flanqueada de cada lado por uma prega valvar, as válvulas venosas direita e esquerda. Válvula venosa esquerda e o septo espúrio se fusionam com o septo interatrial. A parte superior da válvula venosa direita desaparece, e a parte inferior se desenvolve em: válvula da veia cava inferior e válvula do seio coronariano. A crista terminal divide a parte trabecular do átrio direito e a parede lisa, que se origina do corno direito. Downloaded by Adriane Susie (adrianesusie@gmail.com) lOMoARcPSD|9371472 Formação dos septos cardíacos Os principais são formados entre o 27° e o 37° dia. Septo é formado pelo crescimento de duas massas que se fusionam ou apenas uma. A formação desses coxins endocárdicos depende da síntese e deposição de matriz extracelular, além de protusão de células. Esses coxins se desenvolvem na região atrioventricular e conotruncal Ajudam na formação dos septos interatrial e interventricular, dos canais e das valvas atrioventriculares e dos canais aórtico e pulmonar. Nos coxins atrioventriculares as células derivam-se da endocárdicas; nos coxins conotruncais as células são derivadas de crista neural Anomalias na formação dos coxins pode causar malformações cardíacas. O septo também pode ser formado pela expansão de uma faixa estreita de tecido na parede do átrio ou ventrículo não crescer enquanto as áreas de cada lado dela se expandem; mas esse septo nunca divide completamente, deixando um estreito canal entre as partes. Formação de septo no átrio comum No final da 4° semana forma-se uma crista na parte superior do átrio comum (parte do septo primário). A abertura entre esse septo primário e os coxins endocárdicos é o óstio primário. Crescem extensões dos coxins, fechando o óstio primário. Mas antes do fechamento completar, a morte celular produz perfurações na parede superior do septo primário. Essas perfurações formam o óstio secundário. Quando o lúmem do átrio direito se expande, pela incorporação do corno, forma-se uma nova prega: septo secundário. A abertura deixada pelo septo secundário é chamada de forame oval. Quando a parte superior do septo primário desaparece, a parte remanescente se torna a valva do forame oval. No nascimento, a pressão no átrio esquerdo empurra a valva contra o septo secundário, separando os átrios. Conforme o septo primário cresce para baixo do teto do átrio comum, forma a protusão do mesênquima dorsal -PMD; nela encontra-se a veia pulmonar, que está posicionada no átrio esquerdo pelo crescimento e movimento da PMD. A parte restante da PMD contribui para a formação do coxim endocárdico no canal atrioventricular. Tronco principal da veia pulmonar envia 2 ramos para cada pulmão e ele é incorporado à parede posterior do átrio esquerdo até o ponto onde há ramificação. Assim, cada átrio se desenvolve por expansão e incorporação de estruturas vasculares, seio venoso no átrio direito e tronco da veia pulmonar no esquerdo. No coração desenvolvido, o átrio direito torna-se o apêndice atrial direito trabeculado e o sinus venarum origina-se do Downloaded by Adriane Susie (adrianesusie@gmail.com) lOMoARcPSD|9371472 corno direito do seio venoso. O átrio esquerdo embrionário é representado pelo apêndice atrial trabeculado e a parede lisa se origina das veias pulmonares. Formação do septo no canal atrioventricular No final da 4° semana 4 coxins endocárdicos atrioventriculares aparecem. Inicialmente o anal atriventricular dá acesso apenas ao ventrículo esquerdo, separado do bulbo pela crista bulboventricular. Porém como o canal atrioventricular aumenta para direita, o sangue passa a ter acesso ao ventrículo esquerdo e direito. 2 coxins atrioventriculares laterais aparecem, os coxins dorsal e ventral se fusionam, dividindo completamente o canal nos óstios atrioventriculares direito e esquerdo no final da 5° semana. Valvas atrioventriculares Cada óstio atrioventricular é cercado por tecido mesenquimal dos coxins. Então ele torna-se fibroso e forma as valvas atrioventriculares, ligadas á parede ventricular pelos cordões musculares, que é substituído por tecido conjuntivo denso. Assim, dois folhetos valvares se formam e constituem a valva bicúspide/mitral e três se foram constituindo a valva tricúspide. Formação do septo no tronco arterioso e no cone arterial Na 5° semana aparecem cristas opostas no tronco, na parede superior direita (cresce distalmente e para esquerda) e inferior esquerda (cresce distalmente e para direita). As cristas giram uma ao redor da outra. Após a fusão, as cristas formam o septo aórticopulmonar, dividindo o tronco em um canal aórtico e pulmonar. Cristas semelhantes se desenvolvem na parede ventral esquerda e dorsal direita do cone arterial. No momento que se fusionam, o septo divide o cone na parte anterolateral (saída do VD) e n parte posteromedial (saída do VE). As células cardíacas da crista neural contribuem para a formação dos coxins endocárdicos tanto no bulbo quanto no tronco arterioso. Como as células da crista neural também contribuem para o desenvolvimento craniofacial, não é raro encontrar anomalias cardíacas e faciais simultâneas. Formação de septo nos ventrículos No fim da 4° os ventrículos primitivos começam a se expandir. As paredes medais ficam opostas e se fusionam, formando o septo interventricular muscular. O espaço entre a borda livre do septo e dos coxins endocárdicos permite a comunicação entre os dois ventrículos. O forame interventricular diminui com a finalização da septação do cone. Ele fecha com o crescimento do coxim endocárdico inferior. O fechamento completo forma a parte membranosa do septo interventricular. Valvas semilunares Quando a separação do tronco arterioso está quase finalizada, tumefações nas principais cristas do tronco arterioso são visíveis, e uma de cada par é designada canais aórtico e pulmonar. Elas se tornam ocas formando as valvas semilunares (células da crista neural contribuem). Downloaded by Adriane Susie (adrianesusie@gmail.com)