Daniel Cassany cocina de la escritura EDITORIAL ANAGRAMA BARCELONA Título de la edición catalana: La cuina de l'escriptura Editorial E m p u ñ e s Barcelona, 1993 Versión castellana del autor Portada: Julio Vivas Ilustración: xilografía del siglo xv Primera edición: mayo 1995 Segunda edición: septiembre Tercera edición: enero 1996 1995 © Daniel Cassany i Comas, 1993 © EDITORIAL ANAGRAMA, S.A., 1995 Pedro de la Creu, 58 0 8 0 3 4 Barcelona ISBN: 84-339-1392-1 Depósito Legal: B . 1651-1996 Printed in Spain Libergraf, S.L., Consdtució, 19, 0 8 0 1 4 Barcelona Per ais meus nebots Guillem, incipients i imaginatius tots els altres questa mena aprenents, cuiners Roger, Joan i de l'escriptura, «pinches» i «gourmets» David, i per a d'a- de cuina. Para mis sobrinos Guillem, Roger, Joan y David, incipientes e imaginativos cocineros de la escritura, y para los demás aprendices, pinches y «gourmets» de este tipo de c o c i n a . Per so qar ieu, Raimonz Vidals, ai vist et conegut qe pauc d'omes sabon ni an saubuda la dreicha maniera de trobar, voill eu far aqest llibre per far conoisser et saber qals deis trobadors an mielz trobat et mielz ensenhat, ad aqelz qe.l volram aprenre, con devon segre la dreicha maniera de trobar. Las rasos de trobar, siglo XIII RAMÓN VIDAL DE BESALÚ Puesto que yo, Ramón Vidal, he visto y conocido que pocos hombres saben o han sabido la correcta manera de trovar, quiero yo hacer este libro para dar a conocer y saber qué trovadores han trovado mejor y han enseñado mejor, y cómo deben seguir la correcta manera de trovar aquellos que quieran aprender. AGRADECIMIENTOS C o m o un buen caldo e n la bodega, esta cocina ha m a d u r a d o c o n la práctica d e los últimos aflos: a partir d e la escritura, de m i trabajo c o m o profesor de r e d a c c i ó n y del c o n t a c t o diario c o n aprendices y c o n borradores y escritos d e t o d o tipo. R e c o n o z c o que la h e estado p r e p a r a n d o a partir de las sugerencias que m e hicieron —¡quizás sin darse c u e n t a ! - los asistentes a mis cursillos. M. D o l o r s Alá, J o a n J . B a r a h o n a , V i c t o r i a C o l o m , Alicia C o m pany, Delfina Corzán, F r a n c e s c Florit, P e r e F r a n c h , M a r t a G o n z á lez, Griselda Martí, M. T e r e s a Sabater, M a i t e Salord, G l o r i a Serres, Elisenda Vergés y otros escritores y escritoras cuyos n o m b r e s n o r e c u e r d o , han escrito algunos ejemplos que aliñan y dan sabor a m i prosa. O t r o s ejemplos, fragmentos a n ó n i m o s extraídos d e periódicos, revistas y c o r r e s p o n d e n c i a c o m e r c i a l , n o tienen autoría y quién sabe si algún día un l e c t o r r e c o n o c e r á casualmente alguno c o m o propio. L l e g a d o el caso, confío que n o se moleste. P a r a esta versión castellana de la cocina h e c o n t a d o c o n la ayuda desinteresada d e varios colegas. P e p a C o m a s —amiga d e m u c h o s años y colaboradora ya habitual— ha traducido c o n e s m e r o más d e la mitad del original y ha c o l a b o r a d o e n la elaboración d e su c o n junto; c o n ella he c o m p a r t i d o las angustias, los m i e d o s y las alegrías que causa una e m p r e s a tan compleja. M a r í a P a z B a t t a n e r y C a r m e n L ó p e z , colegas d e d o c e n c i a e investigación en la Universitat P o m peu F a b r a , han leído esta cocina y m e han p r o p o r c i o n a d o valiosas ideas y sugerencias para el texto. T a m b i é n quiero m e n c i o n a r a Q u i c o F e r r a n , que siempre responde c o n inmediatez a mis neuróticas solicitudes de ayuda informática, bibliográfica o literaria. A todos ellos les d e b o que esta cocina n o tenga tantos e r r o r e s o imprecisiones. G r a c i a s . Sin la c o l a b o r a c i ó n d e todas estas personas mi cocina habría sido distinta, c l a r o está; p e r o , sobre todo, habría resultado rn^s aburrido e ingrato prepararla. Puesto que lo que m e n o s m e gusta d e la escritura es la soledad c o n que trabajamos los autores, m e las h e ingeniado para e n c o n t r a r buenos c o m p a ñ e r o s d e viaje que quieran c o m partir c o n m i g o la a v e n t u r a d e escribir un libro. D . C. PRÓLOGO La mayoría de adolescentes se sienten muy inseguros cuando tienen que explicar algo e incluso aceptan su incapacidad. Esto no es bueno. Hay que darse cuenta de que redactar correctamente —lo cual no es un indicio de sensibilidad literaria— es ante todo un problema «técnico» y que debe resolverse a tiempo para que no se convierta en un problema psicológico. JOSEP M . ESPINAS L a vida m o d e r n a exige un c o m p l e t o d o m i n i o d e la escritura. ¿Quién puede sobrevivir e n este m u n d o tecnificado, b u r o c r á t i c o , c o m p e t i t i v o , alfabetizado y a l t a m e n t e instruido, si n o sabe r e d a c t a r instancias, cartas o e x á m e n e s ? L a escritura está arraigando, p o c o a p o c o , e n la m a y o r p a r t e d e la actividad h u m a n a m o d e r n a . D e s d e aprender cualquier oficio, hasta cumplir los deberes fiscales o p a r t i cipar e n la vida cívica d e la c o m u n i d a d , cualquier h e c h o r e q u i e r e c u m p l i m e n t a r impresos, e n v i a r solicitudes, plasmar la opinión p o r escrito o elaborar un informe. T o d a v í a más: el trabajo de m u c h a s personas (maestros, periodistas, funcionarios, economistas, abogados, e t c . ) gira t o t a l m e n t e o e n p a r t e en t o r n o a d o c u m e n t a c i ó n e s crita. E n este c o n t e x t o escribir significa m u c h o más q u e c o n o c e r el abecedario, saber «juntar letras» o firmar el d o c u m e n t o d e identidad. Q u i e r e decir ser capaz d e expresar información d e f o r m a c o h e r e n t e y c o r r e c t a para q u e la entiendan otras personas. Significa p o der elaborar: • un curriculum personal, • una c a r t a para el periódico ( u n a / d o s hojas) que c o n t e n g a la opinión personal sobre temas c o m o el tráfico r o d a d o , la e c o logía o la xenofobia, • un resumen de 1 5 0 palabras de un capítulo d e un libro, • una tarjeta para un obsequio, • un informe para pedir una subvención, • una queja e n un libro d e reclamaciones, • etc. 13 E n ningún caso se trata de una tarea simple. E n los textos más complejos ( c o m o un informe e c o n ó m i c o , un p r o y e c t o educativo y una ley o u n a sentencia judicial), escribir se c o n v i e r t e en u n a tarea tan ardua c o m o construir una casa, llevar la contabilidad d e una empresa o diseñar una coreografía. L a f o r m a c i ó n que h e m o s recibido los autores y las autoras de estos textos es bastante escasa. L a escuela obligatoria y el instituto ofrecen unos rudimentos esenciales d e g r a m á t i c a q u e n o pueden c u brir de ninguna m a n e r a las complejas y variadas necesidades de la vida m o d e r n a . M á s allá, sólo los estudios especializados d e periodismo, t r a d u c c i ó n o magisterio c o n t i e n e n , y de forma más bien limitada, alguna asignatura suelta de redacción. Incluso los escritores potenciales d e literatura c r e a t i v a tienen que c o n f o r m a r s e estudiando filología (que enseña más a leer que a escribir) p o r q u e n o hay equivalente d e las Bellas Artes o del C o n s e r v a t o r i o d e Música en el c a m p o de las letras. ¿ Y el resto d e personas que d e s e m p e ñ a m o s nuestra profesión c o n la escritura? ¿ Y los ciudadanos y ciudadanas que t e n e m o s que ejercer los d e r e c h o s y deberes sociales? ¿ L o s abogados, psicólogos, ingenieros, físicos, políticos, e t c . , que escribimos e n nuestro trabajo, d ó n d e y c ó m o a p r e n d e m o s a h a c e r l o al nivel que se nos exige? T e r m i n a m o s p o r f o r m a r n o s e x c l u s i v a m e n t e e n nuestra profesión, en nuestra área específica de c o n o c i m i e n t o , y p e r m a n e c e m o s indefensos ante un papel en blanco. Si n o nos las ingeniamos p o r nuestra cuenta, nos q u e d a m o s para siempre c o n las c u a t r o reglas escolares d e ortografía. E n algunos casos esta c a r e n c i a llega a c o m p r o m e t e r el ejercicio profesional. F o r m a y f o n d o se interrelacionan de tal m a n e r a que los defectos de r e d a c c i ó n dilapidan el contenido. ¿Cuántas veces has t e nido que esforzarte para e n t e n d e r la letra pequeña de un c o n t r a t o o de una ley, que se supone que deberíamos c o m p r e n d e r c o n facilidad? ¿ N o te has e n c o n t r a d o n u n c a discutiendo el significado de a m bigüedades n o premeditadas e n un d o c u m e n t o ? ¿ T e has enfrentado alguna vez a artículos d e reputados especialistas que, p o r la impericia de su prosa, resultan indigestos e incluso difíciles d e c o m prender? E n general, la f o r m a c i ó n e n escritura q u e la mayoría de usuarios poseemos es fragmentaria, o incluso bastante pobre. L o prueba la larga lista de prejuicios de t o d o tipo que nos estorban. M u c h a s per14 sonas c r e e n que los escritores nacen; que n o se puede a p r e n d e r a r e dactar; que n o hay t é c n i c a ni oficio en la escritura y que, p o r lo t a n t o , n o se puede enseñar ni a p r e n d e r de la m i s m a m a n e r a que u n aprendiz de carpintero aprende a m o n t a r armarios. L a escasa p r e ceptiva que pueda c o n o c e r s e se e n v u e l v e en una auréola d e s e c r e tismo. Se a c u ñ a n y aplauden expresiones opacas c o m o estar inspirado o tener mucha maña. Incluso la palabra escritor/a sugiere un misterio y un prestigio inmerecidos y se utiliza en un sentido m u y distinto al de sus equivalentes lector o hablador, cualquier p e r s o n a puede ser un lector, un hablador, pero... ¿a quién nos referimos c u a n d o decimos de alguien que es escritor? E n estas circunstancias, el libro que tienes en las m a n o s p r e tende ayudar a las personas que tengan que escribir. La cocina de la escritura es un manual para a p r e n d e r a redactar. U n buen plato d e p a t o a la naranja conlleva horas d e trabajo y la sabiduría d e t o d a una tradición culinaria. D e l m i s m o m o d o , una carta, un c u e n t o o un informe t é c n i c o esconden el intenso trabajo del a u t o r y u n a larga preceptiva sobre c o m u n i c a c i ó n impresa. A u t o r e s y autoras trajinam o s ante el papel c o m o un chef e n la cocina: limpiamos la vianda d e las ideas y la sazonamos c o n un p o c o de pimienta retórica, sofreímos las frases y las a d o r n a m o s c o n tipografía variada. M e gustaría que este libro fuera una c o c i n a abierta p a r a todos los aprendices de escritura. E s c r i t o r a s y escritores: ¡Ven! ¡ E n t r a ! ¡ N o te quedes en el c o m e d o r ! E n t r a en la c o c i n a a v e r c ó m o los autores preparan sus escritos. P o d r á s v e r c ó m o buscan y e n c u e n tran las ideas, de qué forma las estructuran, c ó m o tiene q u e ser la prosa para que sea sabrosa, y c ó m o se a d o r n a un escrito. A p r e n d e r á s a ser más eficaz, c l a r o o e n c a n t a d o r c o n la p l u m a , a conseguir mejor tu propósito y, al m i s m o tiempo, a agradar al lector. N o e n c o n t r a r á s nada d e g r a m á t i c a ni d e ortografía. M i cocina sólo utiliza productos comestibles. T r a t a del m á s allá, de lo q u e hay detrás de barbarismos o faltas d e ortografía. T a m p o c o e n c o n t r a r á s recetas c o m o las de los formularios d e c o r r e s p o n d e n c i a c o m e r c i a l o d e los manuales escolares que explican las partes de u n a c a r t a o d e un c o m e n t a r i o de texto. N o busques modelos o ejemplos p a r a solucionar urgencias de última hora. M i cocina e x p o n e los rudimentos elementales d e la escritura, v á lidos para todo tipo de textos y ámbitos. P u e d e ser p r o v e c h o s a 15 t a n t o para escolares c o m o para profesionales, periodistas, científi- c o s , técnicos, o para ciudadanos a quienes les guste leer y escribir. Si algún á m b i t o deja de lado, éste es sin duda la literatura. C o m o un payaso de c i r c o que h a c e reír y llorar, poetas y novelistas tienen der e c h o a subvertir cualquier regla del escenario y a disfrazarse c o m o mejor les plazca. E l m e n ú es variado. E m p i e z a c o n una lección magistral sobre las investigaciones m á s importantes e n redacción, se e x p o n e la d o c trina fundamental sobre la palabra, la frase, el párrafo, la puntuación, etc.; se muestran las o p e r a c i o n e s básicas de pre-escribir, escribir y reescribir. T a m b i é n se h a c e un repaso al equipo m í n i m o del autor y se presentan poderosas razones para a p r o v e c h a r el instrum e n t o epistémico de la escritura en beneficio personal. A p a r t e de m o s t r a r la técnica d e la letra, m e gustaría a n i m a r a mis lectores a escribir, a divertirse y a pasarlo bien escribiendo. Reivindicaré el uso activo d e la escritura para el o c i o , para divertirse, para a p r e n der, para pensar, para m a t a r el t i e m p o —siempre sin pretensiones literarias. L a c o m p o s i c i ó n de los platos depara algunas filigranas: hay exposiciones doctas, disecciones de borradores, c o m e n t a r i o s , consejos, curiosidades. Se incluyen muestras aleccionadoras de maestros ( F e rrater, B e r n h a r d . . . ) , o esa c o l u m n a a n ó n i m a que tanto nos gusta, y la carta c o n t u n d e n t e de una amiga, etc. Puesto que el c o c i n e r o debe saber degustar manjares delicados, m e gustaría e d u c a r a nuestros paladares de lectores y escritores para p o d e r distinguir las prosas finas de las insulsas. Para lectores incrédulos, he aderezado las explicaciones c o n m á s de un c e n t e n a r de ejemplos de diversa procedencia: prensa, libros, redacciones de alumnos, etc. (identificados en la bibliografía). P a r a los amantes de las novelas policíacas, hay sorpresas escondidas. C o m o un m a g o c o n el s o m b r e r o lleno de palomas, he camuflado t o d o tipo de trucos y juegos e n t r e la prosa. ¡Atención! Intentaré pillarte desprevenido. P r e p á r a t e para llevarte algunas sorpresas. M e gustaría haber escrito un libro divertido. Quisiera que la ciencia y la diversión se dieran la m a n o desde ahora hasta el final. E n c a m b i o , a los lectores m á s impacientes, los tentaré c o n ejercicios estilísticos (siempre c o n soluciones). ¡ E s p e r o que te animes a h a c e r tus propios pinitos! A h o r a bien, ya lo sabes, c o m o en cualquier restaurante: puedes leer siguiendo el orden lógico de 16 los capítulos o, si lo prefieres, escoger a la c a r t a según tus preferencias. L l e v o más de o c h o años p r e p a r a n d o esta cocina. Mi a n t e r i o r libro, Describir el escribir, ya pretendía ser, al principio, un curso práctico de redacción c o n fundamentos teóricos, p e r o esta última parte c r e c i ó c o m o una planta tropical d e v o r a n d o lo que le rodea. D e s d e entonces m e he dedicado a enseñar r e d a c c i ó n a aprendices de t o d o tipo, desde amas d e casa hasta universitarios, maestros, secretarios o economistas. H e elaborado ejercicios, h e c o r r e g i d o t e x tos, m e h e d o c u m e n t a d o c o n manuales de variada p r o c e d e n c i a , h e buscado la m a n e r a más idónea de explicar cada t e m a , etc. L a cocina es el resultado de esta experiencia enriquecedora. E n los primeros cursillos que impartí, m e ilusionaba t a n t o enseñar lo que había aprendido que actuaba c o m o un p r e d i c a d o r en el pulpito. Pretendía que mis fieles aprendices escribieran c o m o yo lo hacía, siguiendo las mismas técnicas, adoptando el m i s m o estilo. ¡ V a n a fantasía! P r o n t o m e di c u e n t a d e que estaba equivocado. E l estilo y el m é t o d o es al autor, c o m o el c a r á c t e r a la persona: todos somos distintos —¡afortunadamente!—. Alguien despreocupado puede redactar de m a n e r a anárquica o impulsiva; o t r o puede proceder c o n orden cartesiano, más propio de un talante meticuloso; p e r o ambos pueden producir excelentes textos. Hay tantas maneras de escribir c o m o escritores y escritoras. N o se pueden dar recetas válidas para todos, sino que c a d a u n o debe adaptar los patrones a sus propias medidas. Cada u n o tiene que d e sarrollar su propia técnica de escritura. P o r ello he p r e t e n d i d o q u e esta cocina sea una gran exposición de recursos, trucos, tendencias y procedimientos de redacción. ¿ T e animas a e n t r a r e n ella? ¡Se p a r e c e a un s u p e r m e r c a d o r e t ó r i c o o lingüístico! C o n t e m p l a las h e r r a mientas expuestas y escoge las que más te gusten. Y nada más. L a c o m i d a está servida. E l c o c i n e r o se lo ha pasado bien preparando el festín y n o desfallece. ¡ T e ofrezco mis mejores deseos para el banquete que empieza! ¡ Q u e a p r o v e c h e ! 17 1. L E C C I Ó N M A G I S T R A L Lo que no es tradición es plagio. C u a n d o descubrí que t a n t o las m a t e m á t i c a s c o m o la historia, la física y todas las demás disciplinas del saber h u m a n o tienen autores, c o n nombres y apellidos, m e sentí estafado. D e pequeño, e n la escuela m e lo enseñaron todo sin m e n c i o n a r m e ni un científico de los que trabajaron en cada c a m p o (quizá sólo N e w t o n y Galileo, p o r lo de la manzana y lo del juicio), de m o d o que entendía el saber c o m o algo absoluto, objetivo e independiente de las personas. N o se p o día estar en desacuerdo o e n t e n d e r l o de otra m a n e r a ; e r a así y punto. D e m a y o r aprendí a relativizar el c o n o c i m i e n t o y a v e r l o simp l e m e n t e c o m o la explicación más plausible, p e r o n o la ú n i c a , q u e p o d e m o s dar a la realidad. M e di cuenta de que el saber n o existe al margen de las personas, sino que se va construyendo a lo largo de la historia gracias a las aportaciones d e todos. M e ayudó m u c h o el h e c h o de c o n o c e r a algunos autores d e c a r n e y hueso q u e se e s c o n d e n detrás de cada teoría o explicación. M e impresionó descubrir que la teoría de conjuntos, que tuve que estudiar c o n e m p e ñ o —y q u e m e había p r o c u r a d o alguna diversión—, la había inventado una p e r s o n a a finales del siglo pasado: el m a t e m á t i c o alemán G e o r g C a n t o r . E n el t e r r e n o de la lengua, este p u n t o de vista epistemológico relativizador m e p a r e c e imprescindible, porque - s i cabe— los h e chos son todavía más opinables y c o n t r o v e r t i d o s que en otras disciplinas. N o quisiera que nadie t o m a r a los consejos q u e doy en este libro c o m o verdades irrefutables —y que más tarde, leyendo otros manuales, se sintiera e n g a ñ a d o , c o m o m e pasó a m í de pequeño—. P o r esta razón, el p r i m e r plato de esta cocina repasa algunas de las investigaciones más importantes del siglo X X sobre r e d a c c i ó n , c o n 19 n o m b r e s y apellidos, las cuales constituyen el origen d e buena p a r t e d e lo' que se e x p o n e más adelante. D e b o decir que hablaré sobre t o d o de la tradición anglosajona, p o r q u e es c o n c r e c e s la más interesante y fecunda. L o s precursores del estudio d e la r e d a c c i ó n son filósofos británicos del siglo X I X c o m o T h o m a s Carlyle o Herbert Spencer. E s t e último escribió en 1 8 5 2 un m e m o r a b l e artículo titulado Philosophy qf Style, e n el cual hace, antes d e t i e m p o , auténticas reflexiones psicolingüísticas sobre la prosa, y ya r e c o m i e n d a redactar c o n frases cortas y palabras sencillas. E n E s p a ñ a , B a r t o l o m é Galí Claret publicó un delicioso y m o dernísimo tratado de estilística en 1 8 9 6 . P e r o las corrientes de investigación m á s prolíficas y variadas surgen en N o r t e a m é r i c a a principios de siglo. Así, la p r i m e r a v e r sión d e u n o de los manuales de r e d a c c i ó n m á s c o n o c i d o s , el clásico The Elements qf Style, c o n o c i d o p o p u l a r m e n t e c o n el n o m b r e de sus autores: Strunk y White, es de 1 9 1 9 . E s t e librito de sesenta páginas ya c o n t i e n e la mayoría d e las reglas d e c o n s t r u c c i ó n d e frases q u e c o m e n t a r é en el capítulo séptimo y que también a p a r e c e n —con ciertas pretensiones de n o v e d a d - e n los recientes manuales de estilo españoles. ¡ P e r o n o t o d o nos llega del inglés! T a m b i é n m e n c i o n a r é las investigaciones francesas sobre legibilidad y, al final, c o m e n t a r é la bibliografía española, h a c i e n d o un rápido repaso a la i m p o r t a n t e lab o r d e actualización e n técnicas d e escritura iniciada e n estos últimos años. E n conjunto, p r e t e n d o esbozar los estudios y las investigaciones que fundamentan la preceptiva d e la escritura. L A LEGIBILIDAD El objetivo de las investigaciones sobre legibilidad es aprender a predecir y a controlar la dificultad del lenguaje escrito. GEORGES HENRY E l c o n c e p t o d e legibilidad designa el g r a d o d e facilidad c o n que se puede leer, c o m p r e n d e r y m e m o r i z a r un t e x t o escrito. H a y que distinguir la legibilidad tipográfica (legibility e n inglés), que estudia.- la p e r c e p c i ó n visual del t e x t o (dimensión de la letra, c o n t r a s t e d e 20 fondo y f o r m a ) , d e la legibilidad lingüística (readibility), q u e trata d e aspectos e s t r i c t a m e n t e verbales, c o m o la selección léxica o la longitud d e la frase. E s t a última es la q u e m e r e c e m á s c o n s i d e r a ción y la q u e desarrollaré a continuación. L a s primeras investigaciones se sitúan e n t r e los años v e i n t e y treinta e n los E E . U U . y se relacionan c o n el enfoque estadístico d e l lenguaje, q u e se ocupaba d e cuestiones cuantitativas c o m o , p o r ejemplo, q u é fonemas, palabras o estructuras son los más frecuentes e n la lengua, o q u é longitud media tiene la oración. Partiendo de varias pruebas (preguntas d e c o m p r e n s i ó n , rellenar huecos e n b l a n c o d e t e x t o , e t c . ) , los científicos pudieron discriminar diferentes grados d e dificultad d e la escritura: es decir, textos m á s legibles, m á s fáciles, simples o que se entienden m á s rápidamente, y otros m e n o s legibles, q u e requieren m á s t i e m p o , atención y esfuerzo p o r parte d e l lector. E l análisis d e estos textos permitió extraer las pautas verbales asociadas a unos y a otros. E l g r a d o d e legibilidad dependía d e factores lingüísticos objetivos y mesurables. E l siguiente c u a d r o m u e s t r a la mayoría d e rasgos descubiertos: LEGIBILIDAD ALTA • • • • • • • • Palabras cortas y básicas. Frases cortas. Lenguaje concreto. Estructuras que favorecen la anticipación. Presencia de repeticiones. Presencia de marcadores textuales. Situación lógica del verbo. Variación tipográfica: cifras, negrita, cursiva. L E G I B I L I D A D BAJA • • • • Palabras largas y complejas. Frases más largas. Lenguaje abstracto. Subordinadas e incisos demasiado largos. • Enumeraciones excesivas. • Poner las palabras importantes al final. • Monotonía. Según esto, un escrito d e oraciones breves, palabras c o r r i e n t e s , t e m a c o n c r e t o , e t c . , n o presenta tantas dificultades c o m o o t r o d e frases largas y complicadas, incisos, p o c a redundancia, t e r m i n o l o g í a p o c o frecuente y c o n t e n i d o abstracto. D e toda la lista anterior, los tres primeros puntos son los m á s relevantes: E n la mayoría d e lenguas, las palabras m á s frecuentes suelen ser 21 cortas y p o c o complejas fonéticamente, mientras que las polisilábi­ cas suelen ser m e n o s corrientes y ofrecen más dificultades. T a m b i é n p a r e c e c l a r o que las oraciones breves, especialmente si n o llevan in­ cisos, son más asequibles que las largas [con ciertos matices, v e r pág. 9 4 ] . Y n o r m a l m e n t e nos interesamos más p o r textos q u e tratan de personas y h e c h o s c o n c r e t o s ( n o m b r e s propios, testimonios, a n é c d o t a s ) , que d e t e m a s abstractos. Estas pautas se difundieron y popularizaron n o t a b l e m e n t e a par­ tir d e tests o fórmulas que p e r m i t e n m e d i r c o n facilidad el g r a d o de legibilidad de la prosa y c o m p a r a r l o c o n el de otros textos d e refe­ rencia. U n o d e los más famosos e n inglés es el de R u d o l f Flesch ( 1 9 4 9 ) , que consta de un test de facilidad d e la prosa (extensión de las palabras y d e las frases) y o t r o d e interés humano del c o n t e n i d o ( c o n c r e c i ó n , n o m b r e s propios). P a r a el francés, han propuesto fór­ mulas parecidas, e n t r e otros, H e n r y ( 1 9 8 7 ) y R i c h a u d e a u ( 1 9 8 4 y 1992). L o s criterios para m e d i r la legibilidad varían según el autor. E l siguiente c u a d r o r e c o g e la mayoría: PUNTO MEDIDO SISTEMA D E M E D I D A Extensión del vocablo: • Número de sílabas por 100 palabras. • Número de letras, vocales o consonantes. Vocabulario básico: • Número de palabras que no pertenecen a un deter­ minado vocabulario básico. • Número de afijos cultos (ej.: re-, in-, -ismo, -lo­ gia...) y, por lo tanto, de palabras supuestamente complejas. • Grado de variación léxica; con más variedad hay más probabilidad de encontrar palabras difíciles. Extensión d e la oración: • Número de sílabas por frase. • Número de palabras por frase. • Cantidad de puntuación fuerte: punto y seguido, dos puntos, punto y coma, paréntesis... • Número de preposiciones de la oración: con más preposiciones, frase más compleja. Grado de interés y concreción: • Número de mayúsculas que no empiezan oración. • Número de palabras personales: pronombres per­ sonales, sustantivo de género natural (Jorge, Miró, hermana, actriz...), palabras como gente o persona. 22 • Cantidad de puntuación activa: interrogaciones, exclamaciones, puntos suspensivos, guiones. • Frases con estilo directo, diálogos, órdenes. L o s dos fragmentos q u e siguen ejemplifican la aplicación d e estos criterios. Se trata d e dos explicaciones del c o n c e p t o dialecto: la p r i m e r a d e un ensayo d e difusión y la segunda d e u n a enciclopedia. L a palabra dialecto es un término de uso diario y significa la variedad lingüística utilizada en una región geográfica determinada o por una'clase social determinada. Los lingüistas a menudo hacen la distinción entre dialectos regionales y sociales. E n teoría estos dos tipos de dialectos son distintos, *pero en Gran Bretaña las dimensiones regionales y sociales están relacionadas. E n pocas palabras, cuanto más se asciende en la escala social, menos variación regional se encuentra en el habla. Así, individuos educados de la clase media alta de toda la isla hablan más o menos de la misma forma, con muy pocas diferencias de pronunciación. Pero los trabajadores agrícolas de Devon y Aberdeen, por poner un ejemplo, es posible que tengan considerables dificultades para entenderse. [Stubbs, 1976] dialecto m L I N G Cada una de las modalidades que presenta una lengua en las diversas regiones de su dominio, delimitadas por varias isoglosas, los hablantes de una de cuyas modalidades no tienen muchas dificultades de comprensión con los hablantes de las otras, aunque tienen conciencia de ciertas diferencias entre ellas. E n el mundo griego, el término SictXeKrog significaba 'conversación', 'discusión' o 'habla local' [...] Además de este concepto horizontal de dialecto existe otro vertical, el de dialecto social o sistema lingüístico de un grupo social determinado, de particularidades sobre todo léxicas, sea con una finalidad esotérica (malhechores, facinerosos, etc.) o también formando parte de una lengua técnica o de grupo. [ G E C ] CARACTERÍSTICAS CARACTERÍSTICAS • Número de oraciones: 6 (o 7, con * ) . • Extensión media de la oración: 20,5 palabras. • Extensión media de la palabra: 2,45 sílabas. • Número de oraciones: 2 (enteras). • Extensión media de la oración: 47 palabras. • Extensión media de la palabra: 2,39 sílabas. 23 • Palabras personales: los lingüistas, los individuos educados, los trabajadores agrícolas. • Mayúsculas no iniciales: 3. • Puntuación fuerte: 6 puntos. • Terminología específica: dad lingüística. varie- • Palabras personales: los hablantes. • Mayúsculas no iniciales: 0. • Puntuación fuerte: 2 puntos; un par de paréntesis. • Terminología especifica: modalidad, isoglosas, SIOXEKTOQ concepto horizontal, vertical, sistema lingüístico, lengua técnica... L a m a y o r legibilidad del f r a g m e n t o de la izquierda se basa en la m e n o r extensión d e las frases, en un m a y o r g r a d o d e c o n c r e c i ó n ( c o n más palabras personales y más mayúsculas que n o empiezan o r a c i ó n ) y en la ausencia d e terminología específica. N o hay variaciones significativas p o r lo que se refiere a la extensión d e la palabra. U n análisis m á s detallado y cualitativo que tuviera e n c u e n t a el n ú m e r o de incisos, el orden de las palabras o el tipo d e c o n e c t o r e s , posiblemente revelaría otras diferencias relevantes. L a aplicación de estas fórmulas a t o d o tipo d e textos permitió elaborar p a r á m e t r o s estándar para interpretar la legibilidad d e un escrito y contrastarla c o n otros textos. Según estos p a r á m e t r o s ( M i 11er, 1 9 6 9 ; R i c h a u d e a u , 1 9 8 4 ) , los c ó m i c s (Tintín), los libros d e lec- tura y de t e x t o de enseñanza básica o la literatura de c o n s u m o (Corto Tellado) figurarían son los textos más legibles; en el e x t r e m o opuesto los artículos científicos, la literatura d e élite ( P r o u s t ) o al- gunos periódicos (Le Monde). L a legibilidad disfrutó d e m u c h a aceptación durante los años c i n c u e n t a y sesenta, gracias a los manuales simplificados que astutam e n t e difundieron los estudiosos. L o s libros d e R . Flesch se c o n v i r tieron en clásicos populares, y algunos organismos oficiales n o r t e a mericanos incluso a d o p t a r o n los tests d e legibilidad para evaluar su d o c u m e n t a c i ó n . A d e m á s , todavía hoy esta c o r r i e n t e de investigación c u e n t a c o n una prolífica n ó m i n a de autores y hallazgos. H e n r y ( 1 9 8 7 ) h a c e un r e c o r r i d o p o r los trabajos más importantes aparecidos e n t r e 1 9 2 3 y 1 9 7 7 y m e n c i o n a a m á s de sesenta investigadores y alrededor de una c u a r e n t e n a d e fórmulas distintas d e legibilidad, todo para el inglés, aparte d e otras adaptaciones para el francés, el castellano o el alemán. 24 P e r o a c t u a l m e n t e bastantes especialistas, adscritos a otras c o rrientes, cuestionan este tipo d e investigación y, sobre todo, el uso d e fórmulas simples y fáciles para m e d i r la legibilidad. Discuten la validez de algunos de los criterios utilizados y a r g u m e n t a n q u e n o se puede reducir la complejidad d e un escrito a una serie de sumas y restas. E l m i s m o R i c h a u d e a u , u n o d e los estudiosos m á s c o n o c i d o s para el francés, aconseja usar estos criterios para reflexionar sobre la redacción, p e r o los descalifica si tienen q u e utilizarse c o m o auditoría rigurosa de un escrito. E n c o n t r a r á s más información e n Miller ( 1 9 6 9 ) , Martínez A l b e r tos ( 1 9 7 4 ) , R i c h a u d e a u ( 1 9 8 4 y 1 9 9 2 ) , H e n r y ( 1 9 8 7 ) , Z a c h a r i a (1987), Turk y Kirkman (1982), Timbal-Duclaux ( 1 9 8 6 y 1989). E L ESTILO LLANO Una comunicación transparente es esencial para un buen gobierno. Por tanto, es responsabilidad de la escritura oficial que sea inteligible —y que no confunda a la gente ni le haga la vida difícil con palabras poco familiares o frases largas e impenetrables. ROBERT D. EAGLESON A partir d e los años sesenta y setenta, las asociaciones d e c o n sumidores de los E E . U U . se dieron c u e n t a de que para defender a sus asociados era necesario c o m p r e n d e r los textos i m p o r t a n t e s q u e afectan a los ciudadanos: leyes, n o r m a s , seguros, impresos, c o n t r a tos, sentencias, condiciones, garantías, instrucciones, etc. C o n la progresiva expansión de la burocracia, d e la legislación, d e la t e c n o logía, la vida cotidiana se había inundado d e escritos imprescindibles que n o siempre se c o m p r e n d í a n . Piensa, p o r ejemplo, en las a c tuales sentencias judiciales, los impresos de hipotecas, p r é s t a m o s , d e seguros, o incluso en los estatutos d e determinadas organizaciones. ¿Se entienden fácilmente? E s a s asociaciones e m p e z a r o n a exigir q u e toda esta documentación' se escribiera c o n un estilo llano, asequible para todos. E l impulso inicial c u l m i n ó en un i m p o r t a n t e m o v i m i e n t o d e r e n o v a c i ó n de la redacción e n los ámbitos público y laboral, c o n o c i d o c o n el n o m b r e de M o v i m i e n t o del E s t i l o L l a n o (Plain language 25 Movement). D o s hechos relevantes le dieron el empuje definitivo: e n el a ñ o 1 9 7 5 , el Citibank de N u e v a Y o r k reescribió sus formularios de préstamos para adaptarlos al n u e v o estilo llano, lo cual agradecieron m u c h o sus clientes; en el a ñ o 1 9 7 8 el g o b i e r n o C á r t e r o r d e n ó que «todas las regulaciones más importantes fueran redactadas en un inglés llano y comprensible para todos los que las tenían que cumplir». D e s d e e n t o n c e s hasta hoy, el m o v i m i e n t o n o ha p a r a d o de c r e cer, sobre t o d o en el m u n d o anglosajón. O r g a n i s m o s públicos y privados han seguido el ejemplo d e sus precursores r e f o r m u l a n d o los textos. H a n surgido c e n t r o s de estilo llano que p r o m u e v e n n o r m a tiva legal sobre c o m u n i c a c i ó n escrita (leyes y r e c o m e n d a c i o n e s ) , investigan sobre r e d a c c i ó n (qué problemas de r e d a c c i ó n tienen los textos, c ó m o pueden resolverse...), forman a los técnicos que tienen que redactar en c a d a disciplina (abogados, jueces, científicos...) y, en general, difunden las ideas del m o v i m i e n t o a través d e publicaciones y jornadas informativas. D o s aspectos sociales i m p o r t a n t e s de este m o v i m i e n t o son la ética y la e c o n o m í a . P o r un lado, la c o m u n i c a c i ó n escrita tiene que relacionarse c o n el ejercicio de los derechos y deberes de la ciudadanía. L o s organismos administradores, públicos o privados, p e r o también los autores individuales, tienen el deber de hacerse e n t e n der, mientras que los administrados tienen el d e r e c h o d e poder c o m p r e n d e r lo que necesiten para desenvolverse en la sociedad m o derna. L a s dificultades en la c o m u n i c a c i ó n c r e a n desconfianza y atenían c o n t r a la c o n v i v e n c i a social. L a d e m o c r a c i a se f u n d a m e n t a p r e c i s a m e n t e en la facilidad de c o m u n i c a c i ó n e n t r e la ciudadanía. Sólo las personas que tienen a c ceso a la información d e la c o m u n i d a d pueden participar activam e n t e en la vida política, c í v i c a o cultural. L o s párrafos confusos, las frases complicadas y las palabras raras dificultan la c o m p r e n s i ó n de los textos, privan a las personas del c o n o c i m i e n t o y, p o r lo t a n t o , las inhiben de sus derechos y deberes d e m o c r á t i c o s . ¿ Q u i é n podrá cumplir una ley que n o se entiende? ¿ Y quién se atreverá a quejarse o a r e c l a m a r algo, si los criterios o las vías para h a c e r l o n o están claros? P o r o t r a parte, el estilo llano ha d e m o s t r a d o ser e c o n ó m i c a m e n t e rentable, p o r q u e ahorra d i n e r o y esfuerzos técnicos y h u m a nos. Si bien revisar cualquier d o c u m e n t a c i ó n origina gastos consi26 derables (especialistas, diseño n u e v o , impresión, papeleo...), los b e neficios superan c o n c r e c e s la inversión, tal c o m o d e m u e s t r a la e x periencia. H e aquí un ejemplo curioso: La Comisión Federal de Comunicaciones de los E E . U U . publicó las regulaciones para conseguir licencias de emisora local de radio con el tradicional lenguaje legal y necesitó 5 empleados a tiempo completo para resolver las dudas del público. Con una nueva versión de las regulaciones en inglés llano, los 5 empleados pudieron dedicarse a otras tareas. [Eagleson, 1990] Ya en el t e r r e n o p u r a m e n t e lingüístico, el estilo llano nos ofrece varias novedades: u n a definición de prosa comprensible, investigación específica sobre las dificultades de c o m p r e n s i ó n d e los textos técnicos y aplicaciones c o n c r e t a s para mejorar los escritos. E n lo referente al p r i m e r p u n t o , un escrito llano y eficaz r e ú n e las siguientes condiciones: • U s a un lenguaje (registro, v o c a b u l a r i o ) apropiado al l e c t o r ( n e cesidades, c o n o c i m i e n t o s ) y al d o c u m e n t o ( t e m a , objetivo). E s decir, se adapta a c a d a situación; p o r ejemplo: las p o n e n c i a s para científicos incluyen terminología y datos específicos que sólo pueden e n t e n d e r los especialistas, p e r o los manuales de difusión usan un vocabulario m á s c o r r i e n t e , asequible para todos. • T i e n e un diseño racional que p e r m i t e e n c o n t r a r la i n f o r m a ción i m p o r t a n t e en seguida. L o s datos relevantes o c u p a n las posiciones i m p o r t a n t e s del escrito, que son las q u e el ojo v e p r i m e r o . ¡ Q u e n o o c u r r a aquello tan típico de q u e la l e t r a p e queña del pie de página, e n las notas, e n t r e paréntesis, es la que trata d e lo que r e a l m e n t e nos afecta! • Se puede e n t e n d e r la p r i m e r a vez q u e se lee. ¡ N o te fíes de las relecturas! C u a n d o tienes que d e t e n e r t e a m e n u d o p o r q u e has perdido el hilo sintáctico de la prosa, c u a n d o tienes q u e v o l v e r atrás para c o g e r l o d e nuevo... ¡es señal d e q u e la escritura n o funciona! L a prosa llana tiene que captarse a la p r i m e r a . • C u m p l e los requisitos legales necesarios. 27 L a investigación sobre las dificultades de c o m p r e n s i ó n demuestra que los dos escollos más importantes q u e d e b e m o s superar c u a n d o l e e m o s textos difíciles son la estructura sintáctica d e la frase, a m e n u d o e x c e s i v a m e n t e compleja, y la ausencia de un c o n t e x t o c o m p a r t i d o autor-lector. E l abuso d e la subordinación y del p e r í o d o largo añade m u c h a dificultad a la lectura; y un g r a d o de abstracción o de generalización elevado del c o n t e n i d o impide que el lector pueda relacionar el t e x t o c o n su c o n o c i m i e n t o del m u n d o , c o n su e n t o r n o . T a m b i é n pueden c r e a r dificultades la puntuación, la c o n s t r u c c i ó n del párrafo o la presentación general del t e x t o . E l d e n o m i n a d o r c o m ú n de estos aspectos es que son p o c o familiares al lector. E n c a m b i o , el léxico específico o d e s c o n o c i d o n o p a r e c e un p r o blema insalvable. Fijémonos, p o r ejemplo, e n el siguiente fragm e n t o , e x t r a í d o d e un informe t é c n i c o sobre a g r o n o m í a , e n el que se describe el t e r r e n o de una finca: El suelo, del mismo tipo en ambas parcelas, es de aluvión y muy profundo. Pese a encontrarse la finca en una cota mucho más alta que la del río Llobregat, que discurre muy cerca de allí, es evidente el carácter que tiene de antigua terraza fluvial, si tenemos en cuenta los numerosos guijarros existentes [...] E n la primera parcela, la rotura ya se ha efectuado. Ocupa la parte más llana de un valle y parte de una ladera. Como consecuencia de los movimientos de tierra efectuados, prácticamente todo el terreno está dispuesto en bancales de pendiente nula. [CRIP] A u n d e s c o n o c i e n d o el significado específico de vocablos c o m o aluvión, terraza fluvial, rotura o bancales de pendiente nula, las oraciones cortas y claras p e r m i t e n seguir la prosa sin dificultades y captar su sentido global. E n el caso d e que q u e r a m o s e n t e n d e r t o dos los detalles, t e n d r e m o s que buscar en el diccionario las e x p r e siones q u e n o c o n o z c a m o s , sin necesitar la ayuda de un especialista. P e r o si el p r o b l e m a estuviera e n la sintaxis, en el g r a d o de abstracción o en la presentación del d o c u m e n t o , entonces e n c o n t r a r í a m o s obstáculos reales para e n t e n d e r el t e x t o a u t ó n o m a m e n t e . ¿ C ó m o , d ó n d e , a quién... podríamos consultar nuestras dudas? P o r lo que se refiere a las aplicaciones prácticas d e la r e d a c c i ó n , el estilo llano i n c o r p o r a los m e n c i o n a d o s criterios d e legibilidad, 28 pese a que critica sus fórmulas, y amplía su c a m p o d e a c c i ó n a n u e v o s aspectos c o m o el párrafo, la presentación del escrito o la a d e c u a c i ó n al destinatario. H e aquí algunos d e los consejos que p r o p o n e : • B u s c a r un diseño funcional y c l a r o del d o c u m e n t o . • E s t r u c t u r a r los párrafos. • P o n e r ejemplos y demostraciones c o n c o n t e x t o explícito. • Racionalizar la tipografía: mayúsculas, cursivas, e t c . • E s c o g e r un lenguaje apropiado al lector y al t e m a . E s t o s criterios se c o n c r e t a n e n la reformulación llana del estilo retorcido y r e t ó r i c o , típico d e la burocracia. Fijémonos e n el siguiente ejemplo, extraído d e un i m p r e s o administrativo: ORIGINAL LLANO No obstante, y habiéndose informado previamente al interesado de la posibilidad de solicitar el anticipo a cuenta de la pensión que le fuere reconocida en su momento, de acuerdo con lo que dispone el articulo 47 de la Ley 3 1 / 1 9 9 0 , de 27 de diciembre, el citado funcionario desea acogerse a este derecho, habiendo cumplimentado y firmado el modelo CPA / 2 que se adjunta. E l funcionario se acoge al derecho de solicitar un anticipo a cuenta de la pensión que se le reconozca en su momento, de acuerdo con el articulo 47 de la Ley 3 1 / 1 9 9 0 , de 27 de diciembre. Para ejercerlo, ha cumplimentado y firmado el modelo CPA / 2 que se adjunta. Por lo cual y después de haber efectuado el cálculo de previsión de acuerdo con las fórmulas previstas en el Real Decreto 6 7 0 / 1 9 8 7 de 30 de abril, y las circunstancias concurrentes en el expediente del interesado (30 años de servicio en el mismo Cuerpo), el porcentaje a aplicar por el anticipo a cuenta de la pensión no se prevee que pueda ser inferior al 8 0 %. [CRIP] El porcentaje que se aplique al anticipo será del 80 % o superior, de acuerdo con las fórmulas previstas en el Real Decreto 6 7 0 / 1 9 8 7 de 30 de abril y con la circunstancia de que el interesado tiene 3 0 años de servicio en un mismo cuerpo, según el expediente. 29 E l estilo llano n o pretende desvirtuar los textos técnicos o espe­ cializados reescribiéndolos c o n una prosa c o r r i e n t e o incluso «vul­ gar». V i e n d o reformulaciones c o m o la anterior, se suele criticar que las dos versiones difieren en detalles que pueden ser relevantes desde un p u n t o de vista legal. P o r ejemplo, p u e d e resultar diferente decir que (no) pueda ser inferior al 80 % o será del 80 % o supe­ rior. E s inevitable que una versión m á s llana modifique el estilo, la sintaxis y también el regusto y las c o n n o t a c i o n e s del original, p e r o esto n o significa que se puedan e n t e n d e r ideas distintas. L a lengua es —debe ser— lo bastante dúctil y maleable para expresar cualquier dato c o n palabras comprensibles. P a r a t e r m i n a r , debemos t e n e r en c u e n t a que las implicaciones del estilo llano se extienden m u c h o m á s allá de la escritura. C u a n d o se r e h a c e la r e d a c c i ó n de un d o c u m e n t o c o m o en el ejemplo a n t e ­ rior, p e n s a m o s que se trata sólo de una cuestión de sintaxis. P e r o , en el fondo, varían otras cosas m u c h o más importantes: c a m b i a la m a n e r a d e leer y d e escribir el texto; cambian también los hábitos lingüísticos d e las personas que utilizan el d o c u m e n t o ; a u m e n t a el grado de c o m p r e n s i ó n del impreso; c a m b i a la filosofía de la c o m u ­ nicación. E n definitiva, lo que nos p r o p o n e el lenguaje llano es una nueva cultura comunicativa, u n a m a n e r a más eficaz y d e m o c r á t i c a de e n t e n d e r la c o m u n i c a c i ó n escrita e n t r e las personas. Encontrarás más información en Bailey (1990), Eagleson ( 1 9 9 0 ) , W y d i c k ( 1 9 8 5 ) , C L I C ( 1 9 8 6 ) , Cassany ( 1 9 9 2 ) y en la revista especializada Simply Stated. L O S PROCESOS D E COMPOSICIÓN Escribir es un proceso; el acto de transformar pensa­ miento en letra impresa implica una secuencia no lineal de etapas o actos creativos. JAMES B. G R A Y El proceso de escribir me recuerda los preparativos para una fiesta. No sabes a cuánta gente invitar, ni qué menú escoger, ni qué mantel poner... Ensucias ollas, platos, vasos, cucharas y cazos. Derramas aceite, lo pisoteas, resbalas, vas por los suelos, sueltas cuatro palabrotas, maldices el día en 30 que se te ocurrió la feliz idea de complicarte la existencia. Finalmente, llegan los invitados y todo está limpio y reluciente, como si nada hubiera pasado. Los amigos te felicitan por el banquete y tú sueltas una de esas frases matadoras: «Nada..., total media hora... ¿Todo lo ha hecho el horno!» [GS] L o s procesos d e c o m p o s i c i ó n del escrito son una línea de investigación psicolingüística y un m o v i m i e n t o de r e n o v a c i ó n de la enseñanza de la redacción. Su c a m p o de a c c i ó n es el p r o c e s o de c o m p o sición o de escritura, es decir, t o d o lo que piensa, h a c e y escribe un autor desde que se plantea producir un t e x t o hasta q u e t e r m i n a la versión definitiva. H a recibido m u c h a influencia de la psicología cognitiva y la lingüística del t e x t o , y está p r o v o c a n d o i m p o r t a n t e s cambios en la enseñanza d e la escritura. A partir de los años setenta, en los E E . U U . , varios psicólogos, pedagogos y profesores de redacción e m p e z a r o n a fijarse en el c o m p o r t a m i e n t o de los escritores c u a n d o trabajan: en las estrategias que utilizan para c o m p o n e r el t e x t o , en las dificultades c o n que se e n c u e n t r a n , en c ó m o las solucionan, y en las diferencias q u e hay e n t r e individuos. A partir de aquí aislaron los diversos subprocesos q u e int e r v i e n e n en el a c t o de escribir: buscar ideas, organizarías, redactar, revisar, formular objetivos, etc; también elaboraron un m o d e l o t e ó r i c o general, que paulatinamente se ha ido revisando y sofisticando. L a investigación descubrió diferencias significativas e n t r e el c o m p o r t a m i e n t o d e los aprendices y el de los e x p e r t o s , q u e p a r e c e n relacionarse c o n la m a l a o buena calidad de los textos q u e p r o d u c e n unos y otros. E n síntesis y de una forma un t a n t o tosca, los e x p e r t o s utilizan los subprocesos de la escritura p a r a desarrollar el escrito; buscan, organizan y desarrollan ideas; r e d a c t a n , evalúan y revisan la prosa; saben adaptarse a circunstancias variadas y tien e n m á s c o n c i e n c i a del lector. E n c a m b i o , los aprendices se limitan a capturar el flujo del p e n s a m i e n t o y a rellenar hojas, sin r e l e e r ni revisar nada. P u e s t o que los resultados de estas investigaciones ya se h a n difundido bastante e n t r e nosotros, r e m i t o al lector a Cassany ( 1 9 8 7 y 1 9 9 0 ) y a C a m p s ( 1 9 9 0 a , 1 9 9 0 b y 1 9 9 4 ) . A c o n t i n u a c i ó n m e limitaré a citar c u a t r o implicaciones que tiene esta c o r r i e n t e para nuestra cocina: 31 • Si la legibilidad y el estilo llano tratan de cómo tiene que ser el escrito, esta tercera vía trata de cómo trabaja el escritor/a. D e s cribe las estrategias cognitivas que utilizamos para escribir y p r o p o n e técnicas y recursos para desarrollarlas. A título de ejemplo: • Buscar ideas: torbellino de ideas, estrella de las preguntas, escritura libre o automática. • Organizar ideas: ideogramas, mapas mentales, esquemas. • Redactar: señales para leer, variar la frase, reglas d e e c o n o m í a y claridad. • F o m e n t a el c r e c i m i e n t o individual del escritor, más que el uso de recetas, fórmulas o técnicas establecidas de escritura. N o hay una única m a n e r a d e escribir, sino que cada cual tiene que e n c o n t r a r su estilo personal de composición. • E s c r i b i r es un p r o c e s o de elaboración de ideas, además de una tarea lingüística de redacción. E l escritor tiene que saber trabajar c o n las ideas t a n t o c o m o c o n las palabras. • E s c r i b i r es m u c h o más que un m e d i o de c o m u n i c a c i ó n : es un i n s t r u m e n t o epistemológico d e aprendizaje. E s c r i b i e n d o se aprende y p o d e m o s usar la escritura para c o m p r e n d e r mejor cualquier t e m a . L o s procesos d e composición han d e s e m b o c a d o en un caudal i m p o r t a n t e y r e n o v a d o r de libros y manuales prácticos sobre escritura, que presentan varias estrategias y técnicas de composición. L o s que h e considerado para el presente manual son: L u s s e r R i c o ( 1 9 8 3 ) , B o o t h Olson ( 1 9 8 7 ) , F l o w e r ( 1 9 8 9 ) , Murray ( 1 9 8 7 ) y W h i t e y Arndt ( 1 9 9 1 ) . 32 E L CASTELLANO ESCRITO Para deziros la verdad, muy pocas cosas observo, porque el estilo que tengo me es natural, y sin afetación ninguna escrivo como hablo, solamente tengo cuidado de usar de vocablos que sinifiquen bien lo que quiero dezir, y dígolo quanto más llanamente me es posible, porque a mi parecer en ninguna lengua stá bien el afetación. JUAN DE VALDÉS E n los últimos años, la lengua y la escritura castellanas h a n e v o lucionado y están e v o l u c i o n a n d o al r i t m o vertiginoso que m a r c a n los sucesos históricos y las necesidades socioculturales. L a transición d e m o c r á t i c a y el desarrollo d e un estado constitucional exigieron inevitablemente la c r e a c i ó n de un lenguaje político n u e v o . E l v e tusto estilo administrativo de la dictadura, c a r g a d o d e clichés c o m plicados, sintaxis rebuscada, tratamientos jerárquicos y expresiones halagadoras o humillantes —hoy en día ridiculas y risibles—, está d e jando paso —¡quizás c o n m e n o s rapidez de la deseada!— a un lenguaje m u c h o m á s sencillo, neutro, que trate c o n respeto a todos los españoles y españolas. ¡Se tienen que acabar los Muy ilustre señoría..., ruego tenga en consideración..., su servidor humildemente pide...! E l Manual de estilo del lenguaje administrativo ( 1 9 9 1 ) del Ministerio para las Administraciones Públicas significa u n p r i m e r a v a n c e m o d e r a d o en este sentido, que debe ser c o m p l e t a d o c o n m á s decisión. P o r otra parte, los avances tecnológicos, la investigación y el c r e c i e n t e c o n t a c t o de lenguas imprimen un d i n a m i s m o a s o m b r o s o a los usos lingüísticos. C a d a a ñ o surgen nuevos c o n c e p t o s , objetos o actividades que exigen d e n o m i n a c i o n e s específicas, y se olvidan otros que dejan de utilizarse. L a lengua castellana tiene que g e n e r a r la terminología propia necesaria para satisfacer estas necesidades, si pretende sobrevivir a la todopoderosa colonización verbal del inglés. L o s yuppie, overbooking, catering o rafting deberían e n c o n t r a r un v o c a b l o o una expresión que fuera más respetuosa c o n la estructura y los recursos propios de la lengua. L a s referencias bibliográficas sobre este importantísimo c a m p o lingüístico se están multiplic a n d o y se han c r e a d o algunos grupos y redes de trabajo, c o m o T e r m e s p ( T e r m i n o l o g í a española, 1 9 8 5 ) y R I T E R M ( R e d I b e r o 33 a m e r i c a n a de T e r m i n o l o g í a , 1 9 8 8 ) , al a m p a r o del C S I C (Consejo Superior d e Investigaciones Científicas). P a r a u n a revisión a fondo del t e m a , v e r C a b r é ( 1 9 9 3 ) . En t e r c e r lugar, la imparable y c o m p e t i t i v a expansión de los medios d e c o m u n i c a c i ó n p r o v o c a u n a búsqueda p e r m a n e n t e del lenguaje llano q u e pueda llegar a todas las audiencias potenciales, tratando los temas actuales q u e interesan y r e c o g i e n d o la creatividad y los usos lingüísticos d e la calle. Periódicos, radios y televisiones se afanan p o r elaborar un estilo expresivo p r o p i o y adecuado a los tiempos m o d e r n o s . Así lo demuestra el c r e c i e n t e n ú m e r o de manuales de estilo e n el á m b i t o periodístico (ABC, Agencia El País, La Vanguardia, La Voz de EFE, Canal Sur Televisión, Galicia, TVE, Sol [ 1 9 9 2 ] ) . P a r a u n a revisión del t e m a , v e r F e r n á n d e z B e a u - m o n t ( 1 9 8 7 ) y B l a n c o Soler ( 1 9 9 3 ) , e t c . L a p r e o c u p a c i ó n p o r mejorar la c o m u n i c a c i ó n escrita también está llegando a la empresa. Clientes, t é c n i c o s y empresarios se están d a n d o c u e n t a d e q u e la lengua incide decisivamente e n la actividad e c o n ó m i c a : un a n u n c i o publicitario o u n a carta c o m e r c i a l bien escritos pueden v e n d e r m á s q u e u n a visita o u n a llamada telefónica; un impreso diseñado r a c i o n a l m e n t e a h o r r a t i e m p o y errores; u n a auditoría sucinta p e r m i t e t o m a r decisiones c o n rapidez, e t c . E n los últimos años, la oferta editorial sobre escritura para la empresa se ha multiplicado: c o r r e s p o n d e n c i a c o m e r c i a l , informes técnicos, c o m u n i c a c i ó n protocolaria, publicidad, relaciones públicas, e t c . (Delisau, 1 9 8 6 ; F e r n á n d e z de la T o r r i e n t e y Zayas-Bazán; 1 9 8 9 ; G a r r i d o , 1989, e t c . ) . A d e m á s , algunas empresas ya han e m p e z a d o a elaborar sus propios manuales y formularios d e c o m u n i c a c i ó n : «la Caixa» (1991). L a enseñanza n o se queda atrás. E n pocos años h e m o s pasado de la o r a c i ó n al discurso, de la m e m o r i z a c i ó n de reglas ortográficas a la práctica de la expresión. L a r e c i e n t e R e f o r m a E d u c a t i v a ha r e m a c h a d o c o n fuerza este p l a n t e a m i e n t o c o n un c u r r i c u l u m q u e da tanta importancia a las habilidades como a los conocimientos. Los talleres d e escritura y las técnicas d e r e d a c c i ó n ya son u n a realidad e n m u c h a s aulas. Y la escritura especializada también ha e n t r a d o c o n decisión e n los estudios superiores: periodismo, magisterio, traducción e interpretación, filologías, e t c . E n el á m b i t o bibliográfico, las referencias se h a n ampliado y consiguen un nivel de calidad r e m a r c a b l e ( C o r a m i n a y Rubio, 1 9 8 9 ; L i n a r e s , 1 9 7 9 ; Martín Vivaldi, 34 1 9 8 2 : Martínez Albertos, 1 9 7 4 y 1 9 9 2 ; Martínez d e Sousa, 1 9 8 7 , 1 9 9 2 y 1 9 9 3 ; M o r e n o , 1 9 9 1 ; Serafini, 1 9 8 5 y 1 9 9 2 , e t c . ) . E n conjunto, y sin p r e t e n d e r ser exhaustivo, estas iniciativas parten del objetivo de conseguir una escritura más eficaz, clara, c o ­ rrecta, para que los ciudadanos y las ciudadanas lean y escriban m e ­ jor todo tipo d e textos. M u c h a s de las obras citadas adaptan al caste­ llano, consciente o i n c o n s c i e n t e m e n t e , las investigaciones citadas m á s arriba sobre legibilidad, estilo llano y, en m e n o r g r a d o , p r o c e ­ sos de composición. Considero i m p o r t a n t e que nuestra tradición de escritura se n u ­ tra de las investigaciones más recientes y que a p r o v e c h e t o d o lo b u e n o que tengan las prosas extranjeras, p e r o adaptándolo a las c a ­ racterísticas específicas d e nuestra cultura y, sobre t o d o , sin r e n u n ­ ciar a nuestras raices. D i c e el pueblo: Quien de los suyos se aleja, Dios lo deja; el que a los suyos se parece, honra merece. Q u e n o o c u ­ rra lo que t e m e m o s algunos: que, deslumhrados por estos sugerentes ensayos anglófonos, a c a b e m o s todos escribiendo c o n un estilo sim­ ple y pobre, más propio de las películas n o r t e a m e r i c a n a s q u e de la tradición literaria europea. 35 2. D E L O Q U E H A Y Q U E S A B E R P A R A E S C R I B I R BIEN; D E LAS GANAS D E HACERLO; D E L O Q U E SE P U E D E ESCRIBIR; D E L E Q U I P O IMPRESCINDIBLE PARA LA ESCRITURA, Y D E A L G U N A S COSAS MÁS Los escritores dicen que escriben para que la gente les quiera más, para la posteridad, para despejar los demonios personales, para criticar el mundo que no gusta, para huir de sus neurosis, etc., etc. Yo escribo por todas estas razones y porque escribiendo puedo ser yo misma. MARÍA ANTONIA OLIVER Antes d e ponerse el delantal, c o n v i e n e h a c e r ciertas reflexiones generales sobre la escritura. H a y que darse c u e n t a del tipo d e e m presa en q u e nos m e t e m o s , t o m a r c o n c i e n c i a d e las dificultades que nos esperan y formular objetivos sensatos según la capacidad y el interés d e c a d a cual. ¡Ah! A t e n c i ó n al equipo necesario p a r a escribir. N o se puede esquiar sin esquís, ¿verdad? CONOCIMIENTOS, HABILIDADES Y ACTITUDES E n la escuela nos enseñan a escribir y se nos da a e n t e n d e r , más o m e n o s v e l a d a m e n t e , que lo más i m p o r t a n t e —y quizá lo ú n i c o a t e n e r en cuenta— es la gramática. L a mayoría aprendimos a redactar pese a las reglas de ortografía y d e sintaxis. T a n t a obsesión p o r la epidermis gramatical ha h e c h o olvidar a veces lo que tiene que haber dentro: claridad de ideas, estructura, t o n o , registro, etc. D e esta m a n e r a , h e m o s llegado a t e n e r una imagen parcial, y t a m b i é n falsa, de la redacción. Para p o d e r escribir bien hay que t e n e r aptitudes, habilidades y actitudes. E s evidente que d e b e m o s c o n o c e r la g r a m á t i c a y el léx i c o , p e r o también se tienen que saber utilizar e n c a d a m o m e n t o . ¿ D e qué sirve saber c ó m o funcionan los pedales de un c o c h e , si n o se saben utilizar c o n los pies? D e la m i s m a m a n e r a hay que d o m i n a r las estrategias de redacción: buscar ideas, h a c e r esquemas, h a c e r b o 36 rradores, revisarlos, etc. P e r o estos dos aspectos están d e t e r m i n a d o s p o r un t e r c e r nivel m á s profundo: lo que p e n s a m o s , o p i n a m o s y sentimos en nuestro interior a c e r c a de la escritura. E l siguiente c u a d r o nos muestra estas tres dimensiones: CONOCIMIENTOS HABILIDADES ACTITUDES Adecuación: nivel de formalidad. Analizar la comunicación. ¿Me gusta escribir? Estructura y coheren- Buscar ideas. cia del texto. Hacer esquemas, orCohesión: pronomdenar ideas. bres, puntuación... Hacer borradores. Gramática y ortografía. ¿Por qué escribo? ¿Qué siento cuando escribo? ¿Qué pienso sobre escribir? Valorar el texto. Rehacer el texto. Presentación del texto. Recursos retóricos. L a c o l u m n a d e los c o n o c i m i e n t o s c o n t i e n e una lista d e las p r o piedades que debe tener cualquier p r o d u c t o escrito para q u e a c t ú e c o n é x i t o c o m o vehículo de c o m u n i c a c i ó n ; es lo que autoras y a u t o res deben saber imprimir e n sus obras. L a c o l u m n a d e las habilidades desglosa las principales estrategias d e r e d a c c i ó n que se p o n e n en práctica d u r a n t e el a c t o de escritura, c o m o si fueran las h e r r a mientas d e un c a r p i n t e r o o de un cerrajero. P o d r í a m o s a ñ a d i r las destrezas psicomotrices d e la caligrafía o del tecleo. L a t e r c e r a lista, la de las actitudes, r e c o g e c u a t r o preguntas básicas sobre la m o t i v a ción de escribir, que c o n d i c i o n a n todo el conjunto. V e á m o s l o . Si nos gusta escribir, si lo h a c e m o s c o n ganas, si nos sentimos bien antes, d u r a n t e y después d e la r e d a c c i ó n , o si t e n e m o s una buena opinión a c e r c a de esta tarea, es muy probable q u e hayamos aprendido a escribir de m a n e r a natural, o q u e nos resulte fácil a p r e n d e r a h a c e r l o o mejorar nuestra capacidad. C o n t r a r i a m e n t e , quien n o sienta interés, ni placer, ni utilidad alguna, o quien tenga que obligarse y v e n c e r la pereza para escribir, éste seguro q u e tendrá que esforzarse d e lo lindo para aprender a h a c e r l o , m u c h o m á s que en el c a s o anterior; incluso es probable que n u n c a llegue a 37 poseer el m i s m o nivel. ¡Las actitudes se e n c u e n t r a n e n la raíz del aprendizaje d e la escritura y lo c o n d i c i o n a n hasta límites q u e quizá ni sospechamos! ¡ P e r o esto n o sirve d e excusa para los m á s desmotivados! M u chas personas c o n d u c e n bastante bien, circulan p o r todas partes sin t e n e r accidentes, aunque n o soporten ni los c o c h e s ni las carreteras —como m e sucede a m í m i s m o - . O t r a s personas odian la cocina, los cacharros y los fogones, p e r o aprenden a sobrevivir c o n las c u a t r o reglas básicas del c o n g e l a d o y el m i c r o o n d a s . Pues bien, así pasa - ¡ d e b e r í a pasar!— c o n la escritura. T o d o el m u n d o tendría q u e p o seer un m í n i m o nivel d e expresión p a r a p o d e r defenderse e n esta difícil sociedad alfabetizada e n la q u e nos h a t o c a d o vivir. E s t o es absolutamente posible. R e c o r d e m o s lo q u e decía e n la introducción: escribir es u n a técnica, n o u n a magia. R A Z O N E S PARA ESCRIBIR Tardamos bastante más de lo que calculan los maestros en entender la escritura como búsqueda personal de expresión. El primer aliciente para expresarse por escrito de una manera espontánea surge, precisamente, como rebeldía frente a su mandato. La ruptura con los maestros es condición necesaria para que germine la voluntad real de escribir. CARMEN MARTÍN GAITE C u a n d o le preguntas a alguien si le gusta escribir y q u é escribe, la c o n v e r s a c i ó n se llena inevitablemente de tópicos. Alguien puede e n t e n d e r escribir e n el sentido literario, si le gusta escribir cuentos, p o e m a s o cualquier o t r o t e x t o c r e a t i v o . O t r a persona pensará en las cartas y responderá lo más seguro q u e n o , q u e m u y r a r a m e n t e , p o r que es más rápido llamar p o r teléfono; y luego c o m e n t a r á q u e cada vez se escribe menos. A l fin y al c a b o , todos c o n c l u i r e m o s diciendo que n o t e n e m o s t i e m p o para escribir, aunque n o s gustaría p o d e r h a cerlo m á s a m e n u d o . L a imagen social más difundida d e la escritura es bastante raquítica y a m e n u d o e r r ó n e a . N o t o d o el m u n d o califica c o m o escritos lo q u e se elabora e n el trabajo (informes, notas, p r o g r a m a s ) , en la 38 escuela (reseñas, apuntes, e x á m e n e s , trabajos), para u n o mismo (agenda, diario, anotaciones), o para amigos y familiares (invitaciones, notas, dedicatorias). A s i m i s m o , se suele pensar s i e m p r e en la función de c o m u n i c a r (cartas, cuentos, certificados) y m u c h o m e n o s en la de registrar (apuntes, resumen de u n libro, n o t a s ) , la d e a p r e n d e r (trabajos, análisis d e un t e m a , reflexiones), o la de divertir ( p o e m a , dedicatoria). C o n una g a m a tan limitada de utilidades, es m u y lógico que n o e n c o n t r e m o s m o t i v o s importantes para redactar. P e r o la escritura tiene m u c h a s utilidades y se utiliza en c o n t e x tos m u y variados. Fíjate en el c u a d r o de la siguiente página, d o n d e e n c o n t r a r á s una clasificación d e los diferentes tipos de escritura. 39 TIPO D E ESCRITURA CARACTERÍSTICA FORMA p E R S O N A L Objetivo básico: explorar intereses personales Audiencia: el autor Base para todo tipo de escritura Tiene flujo libre Fomenta la fluidez de la prosa y el hábito de escribir Facilita el pensamiento diarios personales cuadernos de viaje y de trabajo ensayos informales y narrativos escribir a chorro torbellino de ideas ideogramas recuerdos listas dietarios agendas F U N C I O N A L Objetivo básico: comunicar, infor­ mar, estandarizar la comunicación Audiencia: otras personas Es altamente estandarizada Sigue fórmulas convencionales Ámbitos laboral y social correspondencia comercial, admi­ nistrativa y de sociedad C R E A T I V A Objetivo básico: satisfacer la necesi­ dad de inventar y crear Audiencia: el autor y otras personas Expresión de sensaciones y opiniones privadas Busca pasarlo bien e inspirarse Conduce a la proyección Experimental Atención especial al lenguaje E X P O S I T I V A Objetivo básico: explorar y presentar información Audiencia: el autor y otras personas Basado en hechos objetivos Ámbitos académico y laboral Informa, describe y explica Sigue modelos estructurales Busca claridad informes noticias exámenes entrevistas cartas normativa ensayos instrucciones manuales periodismo literatura científica P E R S U A S I V A Objetivo básico: influir y modificar opiniones Audiencia: otras personas Pone énfasis en el intelecto y / o las emociones Ámbitos académico, laboral y político Puede tener estructuras definidas Real o imaginado editoriales cartas panfletos ensayos cartas contratos resúmenes memorias solicitudes invitaciones felicitaciones facturas poemas mitos comedias cuentos anécdotas ensayos cartas canciones chistes parodias novelas anuncios eslóganes peticiones artículos de opinión publicidad literatura científica [extraído de Sebranek, Meyer y Kemper, 1989] 40 Confieso que m e gusta escribir y q u e m e lo p a s o bien escribiendo. M e resisto a c r e e r que nací c o n este don especial. A l c o n trario, m e gusta c r e e r que h e aprendido a usar la escritura y a divert i r m e escribiendo; que y o m i s m o h e configurado mis gustos. L a letra impresa ha sido un c o m p a ñ e r o de viaje que m e h a seguido e n circunstancias muy distintas. P o c o a p o c o h e cultivado mi sensibilidad escrita, desde que llevaba pañales, c u a n d o veía a padres y h e r m a n o s jugando c o n letras, hasta la actualidad. C u a n d o era un adolescente escribía p o e m a s y cuentos p a r a a n a lizar mis sentimientos, sobre t o d o e n m o m e n t o s delicados. E n la escuela y en la universidad, m e harté d e t o m a r apuntes, r e s u m i r y anotar lo que tenía que r e t e n e r para repasar m á s tarde; t a m b i é n escribí para a p r e n d e r (reseñas, c o m e n t a r i o s , trabajos) y para d e m o s trar que sabía ( e x á m e n e s ) . T o d a v í a hoy, c u a n d o t e n g o que e n t e n d e r un t e x t o o una tesis complejos, hago un e s q u e m a o un r e s u m e n escritos. T a m b i é n escribí p o r trabajo: e x á m e n e s , informes, p r o y e c t o s , a r tículos, cartas. Incluso en u n a ocasión r e c u e r d o que a p r o v e c h é la escritura c o n finalidades terapéuticas. E r a m u y joven e impartía m i p r i m e r curso de r e d a c c i ó n e n una e m p r e s a privada. Mis a l u m n o s n o sólo eran bastante mayores que yo, sino que habla algunos que t r a bajaban en la e m p r e s a desde antes d e que y o naciera. M e sentía t a n inseguro que casi m e daba m i e d o e n t r a r e n el aula c a d a día. D e c i d í llevar un diario de curso para reflexionar sobre la experiencia. C u a n d o finalizaba c a d a clase, m e ponía a escribir t o d o lo q u e había pasado y lo que sentía. P r o y e c t a b a en el papel t o d o tipo de frustraciones, dudas e inseguridades. E r a c o m o si m e t o m a r a una aspirina: recobraba confianza y fuerza para v o l v e r a clase al día siguiente. C r e o que c a d a persona puede cultivar la afición p o r la escritura de una m a n e r a parecida. Sólo se trata de saber e n c o n t r a r los indiscutibles beneficios personales que puede ofrecernos esta tarea. U n día te pones a escribir sin que nadie te lo o r d e n e y e n t o n c e s descubres su e n c a n t o . Vuelves a h a c e r l o y, p o c o a p o c o , la escritura se r e vela c o m o u n a gran amiga, c o m o una e x c e l e n t e y útil c o m p a ñ e r a d e viaje. T e conviertes e n u n / a e s c r i t o r / a — ¡ojo!, e n minúscula, si h a c e falta. 41 EQUIPO TÉCNICO E l desarrollo t e c n o l ó g i c o ha sacudido también a la escritura, c o m o a tantas otras actividades. L a c o c i n a del escritor se ha llenado de t o d o tipo de artefactos sofisticadísimos. Siempre será m u c h o más agradable deslizar la p l u m a sobre la rugosidad de un papel d e barba - a ser posible r o d e a d o de un bonito p a i s a j e - , p e r o nadie discute que cualquier o r d e n a d o r m í n i m a m e n t e digno simplifica el trabajo. P o r otra parte, cada vez tecleamos más y caligrafiamos m e n o s : den- tro d e p o c o sólo utilizaremos las plumas para apuntar n ú m e r o s d e teléfono, firmar cheques o escribir algún p o e m a personal. E l amplio abanico del equipo se extiende desde el apreciado lápiz y papel hasta los completos procesadores de textos, c o n diccion a r i o y verificador ortográfico incorporados. Al aprendiz a m a t e u r le basta una libreta y un bolígrafo, mientras que el profesional necesita libros de consulta, unos rotuladores determinados o quizá incluso casetes para grabar. E l c u a d r o de la siguiente página presenta los utensilios para la escritura distribuidos p o r funciones. E n el capítulo de informática las novedades se sustituyen a una velocidad vertiginosa. C u a n d o todavía n o nos h e m o s a c o s t u m b r a d o a escribir d e n t r o del c u b o del o r d e n a d o r c o n un p r o c e s a d o r n o r m a l , ya hay —sobre t o d o en inglés— p r o g r a m a s de redacción asistida para c a p t a r y organizar ideas, analizar el g r a d o de legibilidad de un t e x t o (longitud de las frases, vocabulario básico, estructuras) o traducir palabras y expresiones d e ámbitos específicos, de una lengua a otra. C u a n d o el fax empieza a ser una h e r r a m i e n t a c o n o c i d a , llega el c o r r e o e l e c t r ó n i c o , que modificará aún más nuestros hábitos. U m b e r t o E c o ( 1 9 9 1 ) destaca la posibilidad q u e ofrece el o r d e n a d o r de fundir en un t e x t o escritos de procedencias distintas; es decir: la intertextualidad, que es el c e n t r o de la reflexión filosófica y de la literatura c o n t e m p o r á n e a s . A ñ a d e : « P o r p r i m e r a v e z en la historia de la escritura, se puede escribir casi a la m i s m a velocidad c o n que se piensa: sin preocuparse d e las faltas. [...] C o n el o r d e n a d o r transcribes en la pantalla al m i s m o t i e m p o todas tus ideas sobre un t e m a . ¡ E s la realización de la escritura a u t o m á t i c a d e los surrealistas! T i e n e s delante tu p e n s a m i e n t o , en bruto.» E l i m p a c t o de la informática en los hábitos del escritor tiene que considerarse t o t a l m e n t e positivo. L a s pocas v o c e s q u e h a c e unos cuantos años desconfiaban del o r d e n a d o r y auguraban una re42 EQUIPO PARA L A ESCRITURA Soportes para reunir información y redactar: • libro en blanco para un diario personal • c u a d e r n o , libreta o agenda para t o m a r notas • hojas sueltas para anotar, escribir o hacer esquemas [un detalle que hará sonreír a más d e uno: A t e n c i ó n a los planteamientos ecológicos: papel reciclado, aprovechar las dos caras de la hoja, etc.] • microcasete para grabar pensamientos huidizos Utensilios para marcar: • herramientas autónomas: lápiz (y sacapuntas), bolígrafo, pluma, rotuladores, etc. • máquina de escribir m e c á n i c a o eléctrica • o r d e n a d o r fijo o portátil: soporte informático Material de consulta: • manuales de ortografía y g r a m á t i c a • diccionarios de lengua: generales y específicos, bi- lingües, de sinónimos, de verbos, inversos, etc. • Informática: enciclopedias • procesador de textos con funciones básicas • verificador ortográfico • diccionario y sinónimos • verificación a u t o m á t i c a de la legibilidad • p r o g r a m a s de redacción y traducción asistida • p r o g r a m a s de edición de textos • programas de diseño de gráficos y dibujos Otros utensilios de utilidad: • clips, notas adhesivas, g o m a de borrar, c o r r e c t o r líquido o de lápiz, rotuladores fluorescentes, pega- m e n t o , grapas y material c o r r i e n t e de oficina 43 ducción d e la calidad de la escritura o u n a pérdida d e los valores tradicionales, ahora p r o v o c a n risa. E s t a s máquinas liberan al autor de las tareas más pesadas de la escritura: copiar, c o r r e g i r o borrar, y le p e r m i t e n c o n c e n t r a r s e mejor e n las más creativas de buscar ideas, construir significado y redactar. E l t e x t o gana calidad p o r q u e da m e n o s pereza revisar y de este m o d o se puede elaborar más. P o r lo que se refiere al material de consulta, que nadie se averg ü e n c e de utilizarlo d e la m a n e r a m á s natural. N o tiene fundam e n t o alguno el c r e e r que los buenos autores n u n c a dudan ni n e c e sitan hojear la g r a m á t i c a , o que si nosotros lo h a c e m o s es p r e c i s a m e n t e porque n o sabemos escribir. L o s más eminentes escritores —¡que m e perdonen!— también c o m e t e n incorrecciones y t a m bién tienen lagunas lingüísticas. L o s profesionales t e n e m o s siempre la m e s a puesta, c o n el o r d e n a d o r , los diccionarios de lengua, de sin ó n i m o s , la g r a m á t i c a , etc. A d e m á s , p o d e m o s alegar precedentes ilustrísimos. E n el siglo X I I I , R a m ó n Vidal d e Besalú escribió la p r i m e r a g r a m á t i c a neolatina c o n o c i d a , Las rasos de trobar [un f r a g m e n t o d e cuya introducción se ha citado al principo d e esta cocina], para enseñar a los aprendices d e t r o v a d o r catalanes la m a n e r a c o r r e c t a d e c o m p o n e r versos, siguiendo el ejemplo de los grandes maestros provenzales. U n siglo más tarde ( 1 3 7 1 ) , el tío de Ausiás M a r c h , J a c m e M a r c h , r e d a c t ó el Llibre de concordances, un diccionario inverso de seis mil palabras para ayudar a los poetas a e n c o n t r a r rimas; y p a r e c e d e m o s t r a d o que el gran p o e t a medieval J o r d i de Sant J o r d i lo utilizó e n más d e una ocasión, c o n resultados excepcionales. L A ESCRITURA RESPETUOSA « E l lenguaje [y, p o r lo t a n t o , también la escritura] n o es una c r e a c i ó n arbitraria d e la m e n t e h u m a n a , sino un p r o d u c t o social e histórico q u e influye e n nuestra p e r c e p c i ó n de la realidad. Al trasmitir socialmente al ser h u m a n o las experiencias acumuladas de generaciones anteriores, el lenguaje c o n d i c i o n a nuestro p e n s a m i e n t o y d e t e r m i n a nuestra visión del m u n d o . » D e este m o d o empieza la U N E S C O ( 1 9 9 1 ) las Recomendaciones lenguaje, una m a n e r a respetuosa. 44 para un uso no sexista del en las que ofrece algunos consejos para usar el lenguaje d e L a escritura c o r r i e n t e arrastra los prejuicios sexistas que se h a n atribuido a las mujeres d u r a n t e generaciones y que h a n p e r m a n e cido fijados en los usos lingüísticos. E s c r i b i m o s el hombre, los hombres, el niño, los andaluces o los escritores y el autor, para referirnos t a n t o a las personas del sexo masculino c o m o femenino. D e n o m i n a m o s abogado y médico a la mujer que ejerce estas profesiones. U t i lizamos formas c o m o señorita María ( p e r o n o señorito Martín), él y su mujer, señora de Pérez. Sea d e un m o d o más o m e n o s c o n s c i e n t e , en todos estos usos discriminamos a las mujeres: c u a n d o n o las m e n c i o n a m o s , c u a n d o lo h a c e m o s c o n palabras e n masculino, o c u a n d o las subordinamos a los hombres. E n la medida en que aceptamos estos usos y los utilizamos, estam o s perpetuando expresiones sexistas y los prejuicios que c o m p o r tan. L o s escritores y las escritoras debemos colaborar e n la elaboración de un n u e v o lenguaje, un n u e v o i n s t r u m e n t o de análisis y reflexión, libre de tics discriminatorios y respetuoso c o n todas las personas y colectividades. Mediante la a c c i ó n educativa y cultural, p o d r e m o s difundir estos nuevos modelos verbales para que influyan positivamente e n los c o m p o r t a m i e n t o s h u m a n o s y e n nuestra p e r cepción d e la realidad. L a Administración pública es tal vez el á m b i t o e n el cual se h a e m p e z a d o a trabajar c o n más a h í n c o en este t e r r e n o , c o n la adaptación al castellano de las Recomendaciones... d e la U N E S C O ( 1 9 9 1 ) , que he citado más arriba, y c o n varias propuestas para e v i t a r los usos discriminatorios. E l siguiente ejemplo c o n t r a s t a d o es u n a a d a p tación al castellano de los textos que presenta para el catalán las Indicacions per evitar la discriminado per rao de sexe en el llenguatge administratiu: RESPETUOSA SEXISTA Estimado señor: Lamentamos tener que informarle sobre la decisión de los directores, que no lo han considerado apto para la vacante de adjunto, para la cual fue entrevistado. Ha resultado bastante difícil escoger entre tantos Estimado Estimada señor: señora: Lamentamos tener que informarle sobre la decisión del consejo de dirección, que ha considerado que no reunía las condiciones suficientes para la vacante de adjunto/a, para la cual realizó la entrevista. Ha re45 candidatos que, como usted, estaban muy capacitados. De todos modos, los responsables de esta entidad nos sentiríamos muy honrados si pudiéramos contar con usted entre nuestros futuros colaboradores. sultado bastante difícil escoger entre un grupo tan numeroso de aspirantes que, como usted, mostraron muchas capacidades. De todos modos, esta entidad se sentiría muy honrada si pudiera contar con su futura colaboración. L a versión respetuosa utiliza fórmulas válidas para ambos sexos: doble saludo masculino y femenino (estimado señor, estimada ñora), uso d e la barra inclinada para abreviar ambas formas to/a); vocablos de significado c o l e c t i v o (dirección, roso, entidad, colaboración); un grupo se- (adjunnume- perífrasis y circunloquios para evitar fórmulas sexistas, etc. L a U N E S C O ( 1 9 9 2 ) también ofrece una lista de los usos sexistas más frecuentes c o n propuestas alternativas d e solución (para más información, v e r G a r c í a Meseguer, 1994, y L l e d ó , 1 9 9 2 ) . E l siguiente c u a d r o presenta algunas fórmulas: E J E M P L O S D E USOS N O SEXISTAS USOS CORRIENTES POSIBLES SOLUCIONES El hombre o los hombres los hombres y las mujeres, la humanidad, las personas el cuerpo del hombre el cuerpo humano el hombre de la calle las personas corrientes, la gente en general, la mayoría de la gente los niños los niños y las niñas, la infancia los mexicanos los mexicanos y las mexicanas el pueblo mexicano las mujeres de la limpieza el personal de limpieza los médicos y las enfermeras el personal médico, el personal de salud Ana Cot, abogado, médico, ingeniero, ministro, arquitecto, diputado, etc. Ana Cot, abogada, médica, ingeniera, ministra, arquitecta, diputada, etc. P o r otra parte, la escritura respetuosa abarca otros c a m p o s además del sexismo. T a m b i é n hay que ser respetuoso c o n las diversas 46 colectividades sociales (razas, dialectos, profesiones, poblaciones, minorías, etc.). P o r ejemplo, demasiadas veces a d o p t a m o s un p u n t o de vista e t n o c é n t r i c o : nos dirigimos sólo a los ciudadanos y ciudadanas de una i m p o r t a n t e metrópoli o del dialecto c o n m a y o r n ú m e r o de hablantes o c o n más prestigio, prescindiendo de las zonas rurales o del resto de variedades dialectales. E n los países anglosajones, y sobre t o d o en E E . U U . , es d o n d e se ha desarrollado c o n más interés, fervor y hasta fanatismo esta t e n dencia a erradicar del lenguaje cualquier tipo d e discriminación. C o n la sigla PC (Politically corred: políticamente c o r r e c t o ) se d e - signa el lenguaje neutro que respeta la gran diversidad de razas, sexos, orientaciones sexuales, apariencias físicas, e t c . , d e la ciudadanía —¡y que incluye también el respeto hacia todas las especies a n i m a les!—. Se trata d e eliminar del habla expresiones c o m o un trabajo chinos, gro, es un gitano, maricón, africano habla como un perro, moro o subnormal (o afroamericano, de etc; o de sustituir los ne- corrientes p o r los correspondientes caribeño, e t c . ) , gay, árabe y disminuido. P e r o la radicalización de esta m u y loable t e n d e n c i a p u e d e c o n ducirnos al esperpento lingüístico, c o m o demuestra c o n s a r c a s m o p r e m e d i t a d o el diccionario «oficial» de lo p o l í t i c a m e n t e correcto [ver B e r d y C e r f ( 1 9 9 2 ) ] . Según este pequeño p e r o jugoso m a n u a l , tribu debería sustituirse p o r nación o pueblo, para evitar la c o n n o t a - ción de primitivismo del p r i m e r o —de acuerdo—; portera ladora de accesos; pobre p o r económicamente o también de renta dura postiza explotado baja; feo p o r cosméticamente p o r dentición alternativa. por o diferente, contro- marginado, y denta- Sin c o m e n t a r i o s . E n el t e r r e n o del sexismo lingüístico, el e x t r e m i s m o puede llevarnos a redacciones c o m o la siguiente: « E s t i m a d o s / a s padres y m a dres: os r e c o r d a m o s que la semana que v i e n e v u e s t r o s / a s hijos/as asistirán a las tradicionales colonias anuales, a c o m p a ñ a d o s / a s de alg u n o s / a s m a e s t r o s / a s . D a d o que l o s / l a s m o n i t o r e s / a s del c e n t r o d e educación ambiental...» ¡ N o v a m o s a ninguna parte, c o n este estilo! Quizá n o discrimine a las madres, a los maestros o a las m o n i t o r a s d e educación ambiental... p e r o nos fastidia a todos los lectores, seamos hombres o mujeres. E n consecuencia, c r e o que es sensato y n e c e s a r i o pulir nuestra habla y buscar el respeto para todos, p e r o el sentido c o m ú n debería p e r m a n e c e r p o r e n c i m a del radicalismo. P o r lo que se refiere a esta cocina, he intentado ser respetuoso c o n mis lectores y c o n mis lectoras. M e gustaría que n i n g u n a escri47 tora se sintiera discriminada p o r mis palabras y que la g e n t e d e cualquier r i n c ó n de m i país se sintiera incluida en los ejemplos. P e r o r e c o n o z c o que n o siempre h e sabido eliminar los tics sexistas d e m i prosa: ese autor o ese escritor pesados y difíciles d e modificar. M e h e limitado a evitar las discriminaciones en las partes y las posiciones más importantes del libro (títulos, subtítulos, inicio) y a r e cordar, d e vez e n c u a n d o , que m e refiero t a n t o a los h o m b r e s c o m o a las mujeres. Mi IMAGEN D E ESCRITOR/A E l p r i m e r ejercicio d e la cocina es una reflexión escrita. Si escribir sirve para aprender, p o d e m o s a p r e n d e r de la escritura escribiendo sobre escribir. Se trata de e x p l o r a r las opiniones, las actitudes y los sentimientos que poseemos sobre la redacción. T o m a r c o n c i e n c i a de la realidad es útil para c o m p r e n d e r l a mejor, para c o m p r e n d e r n o s mejor y para dar explicaciones a hechos que tal vez d e otra f o r m a nos parecerían absurdos. Y o ya m e desnudé más arriba. A h o r a te t o c a a ti. Puedes resp o n d e r a las siguientes preguntas e iniciar un m o n ó l o g o escrito sobre tu i m a g e n de escritor o escritora. T a m b i é n puedes h a c e r l o pensando o hablando, p e r o el ejercicio pierde energía. ¿ Q U É I M A G E N T E N G O D E MÍ C O M O E S C R I T O R O ESCRITORA? Escribir es como fotografiarse, plicar la fotografía. [GM] y explicar cómo escribes es como querer ex- • ¿ M e gusta escribir? ¿ Q u é es lo que m e gusta más de escribir? ¿ Y lo q u e m e gusta m e n o s ? • ¿ E s c r i b o m u y a m e n u d o ? ¿ M e da pereza p o n e r m e a escribir? • ¿ P o r q u é escribo? P a r a p a s á r m e l o bien, para c o m u n i c a r m e , para distraerme, para estudiar, para aprender... • ¿ Q u é escribo? ¿ C ó m o son los textos que escribo? ¿ Q u é adjetivos les pondría? 48 • ¿Cuándo escribo? ¿ E n qué m o m e n t o s ? ¿ E n qué estado de ánimo? • ¿ C ó m o trabajo? ¿ E m p i e z o enseguida a escribir o antes d e d i c o t i e m p o a pensar? ¿ H a g o m u c h o s borradores? • ¿ Q u é equipo utilizo? ¿ Q u é utensilio m e resulta más útil? ¿ C ó m o m e siento c o n él? • ¿Repaso el t e x t o muy a m e n u d o ? ¿Consulto diccionarios, gramáticas u otros libros? • ¿ M e siento satisfecho/a d e lo que escribo? • ¿Cuáles son los puntos fuertes y los débiles? • ¿ D e qué m a n e r a c r e o que podrían mejorar mis escritos? • ¿ C ó m o m e gustaría escribir? ¿ C ó m o m e gustaría que fueran mis escritos? • ¿ Q u é siento c u a n d o escribo? Alegría, tranquilidad, angustia, nerviosismo, prisa, placidez, c a n s a n c i o , aburrimiento, pasión... • ¿Estas sensaciones afectan de alguna f o r m a al p r o d u c t o final? • ¿ Q u é dicen los lectores de mis textos? ¿ Q u é c o m e n t a r i o s me h a c e n más a m e n u d o ? • ¿ L o s leen fácilmente? ¿ L o s entienden? ¿ L e s gustan? • ¿ Q u é importancia tiene la c o r r e c c i ó n gramatical del texto? ¿ M e preocupa m u c h o que pueda haber faltas en el t e x t o ? ¿ D e d i c o tiempo a corregirlas? • ¿ M e gusta leer? ¿ Q u é leo? ¿ C u á n d o leo? • ¿ C ó m o leo: rápidamente, c o n tranquilidad, a m e n u d o , antes d e acostarme...? A título d e ejemplo, h e aquí dos imágenes distintas de dos aprendices de redacción: MI I M A G E N D E E S C R I T O R A «No sé cómo empezar», ésta es la primera afirmación que hago cuando tengo que escribir un tema para un examen o preparar una clase o hacer un trabajo; en estas situaciones necesito redactar bien, explicar claramente los contenidos y, además, hacerlo con un lenguaje culto. Ante estas perspectivas, me «bloqueo» y no sé cómo empezar, ni cómo continuar. 49 Para mí, hacer este trabajo supone un sacrificio porque invierto mucho tiempo mirando y remirando el diccionario de sinónimos, la gramática, leyendo y releyendo lo que he escrito cincuenta mil veces; y aun así, siempre consigo un texto mediocre, nunca me siento satisfecha, creo que falta algo... Ahora bien, cuando escribo por placer, es decir, cuando escribo porque me apetece, o porque psicológicamente lo necesito, entonces no me cuesta nada empezar. Escribo todo lo que me pasa por la mente: idea que tengo, idea que apunto; no me preocupa la gramática, ni la coherencia, ni la puntuación. Nada me preocupa, simplemente «vomito» todo lo que tengo en la cabeza y que por un motivo u otro no quiero compartir con nadie, es una especie de desahogo. Resultado: un texto sin cohesión con las ideas muy mezcladas, un escrito que a veces resulta incluso infantil. Cabría comentar que nunca he tenido inquietudes de «escritora», en el sentido de persona que se dedica a cultivar los géneros literarios. No he intentado escribir ni un cuento ni un poema..., creo que no está hecho para mí. ¿Soluciones? Supongo que hay, sólo hay que saber vehicularlas. Así lo espero. [ E V ] E N T R E E L P L A C E R D E ESCRIBIR Y E L DEBER D E REDACTAR «Hágame un informe para mañana por la mañana a primera hora. Cuando llegue quiero verlo encima de mi mesa. Ahora ya se puede ir y recuerde que no quiero excusas. Venga, hombre, vayase que no tengo todo el día.» J B dio media vuelta sin decir nada; estaba hasta las narices de aquel mal nacido que les habían mandado de la central para imponer orden. Con su ademán de chulo intentaba esconder la incompetencia de la mediocridad mal digerida, no era más que un burócrata estirado, envuelto en papel de máster de dirección de empresas hecho en el extranjero. Una vez más se vería obligado a reducir toda la complejidad de la realidad a la frialdad esquemática de un papel encorsetado; «si tenemos unas normas que regulan toda la documentación escrita de esta casa, me hará el favor de cumplirlas», le había masticado mientras las hojas llovían a trocitos por la mesa. Era imposible intentar dialogar con un sujeto que perdía el hilo a la primera subordinada con que tropezaba y que convertía en 50 dogma de fe cualquier disparate que superara el 50 % en las encuestas de opinión. La única justificación razonable era que sufriera algún tipo de trauma psíquico provocado por la lectura obligatoria, en su tierna adolescencia, de toda la obra completa en prosa de algún glorioso académico de su tierra. J B , sentado en su escritorio, se sentía trastornado por la duda, poco hamletiana, entre la dignidad y el pan. Con dos expedientes abiertos, o se adaptaba al modelo de texto reglamentario o pasaba a engordar las filas de parados esperando el maná del subsidio. Se pasó toda la tarde encestando borradores en la papelera y se fue a casa con el problema en la maleta y la cabeza llena de preocupaciones. El hecho de ser uno de los últimos representantes, todavía en activo, de los empeñados en escribir con pluma pese a los dulcísimos cantos de sirena que emanaban de las pantallitas informáticas, ya resultaba terriblemente sospechoso a la vista de la jerarquía. U n individuo que públicamente confesaba echar de menos las tertulias en el bar era, sin duda, un ser antisocial, improductivo y potencialmente peligroso. Para remachar el clavo, hacía días que había cometido la imprudencia temeraria de afirmar que prefería pasar el rato hurgando entre estantes de una librería de segunda mano, por si encontraba alguna joya escondida que su sueldo le permitiera adquirir, a consultar la sofisticada base de datos acabada de instalar en el sistema de información. Una excentricidad que rozaba la perversión. Después de cenar, con la mesa limpia y los folios dispuestos, la situación no parecía mejorar. Una profunda sensación de angustia se le adhería al cerebro y el estómago se le revolvía bajo una inclemente tormenta desatada en un mar de café. Después de aligerarse el cuerpo a la manera romana clásica, el espejo le reflejaba la imagen de un redactor ojeroso, pálido, despeinado, abatido y definitivamente perplejo. [JB] Y t e r m i n o c o n otra respuesta a la pregunta fundamental -el principio de todas las c o s a s - , que encabezaba este capítulo: ¿por qué escribo? A h o r a es la poetisa n o r t e a m e r i c a n a Natalie G o l d b e r g ( 1 9 9 0 ) quien responde: « E s una buena pregunta. E s buena hacérsela de vez en cuando. N i n g u n a de las posibles respuestas p o d r á h a c e r n o s dejar de escribir y, c o n el paso del tiempo, nos d a r e m o s c u e n t a d e q u e nos las h e m o s planteado todas: 51 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. Porque soy una cretina. Porque quiero darle una buena impresión a los chicos. Para darle gusto a mi madre. Para molestar a mi padre. Porque cuando hablo nadie me escucha. Para hacer la revolución. Para escribir la novela más grande de todos los tiempos y vertirme en millonaria. Porque soy una neurótica. Porque soy la reencarnación de Shakespeare. Porque tengo algo que decir. Porque no tengo nada que decir.» A cuál te apuntas? 3. A C C I O N A R M Á Q U I N A S Una comunicación escrita es como un territorio extenso y desconocido que te contiene a ti, a tu lector/a, tus ideas, tu propósito y todo lo que puedas hacer. Lo primero que debes hacer como escritor/a es explorar este territorio. Tienes que conocer las leyes de la tierra antes de empezar a escribir el texto. LINDA FLOWER Pasan los minutos y n o se te o c u r r e ninguna idea. T e sientes c o n fundido. N o ves p o r d ó n d e empezar. T e c o m e n los nervios. T i e n e s p o c o tiempo. N o te sale nada. Vuelves a pensar en ello. L a cabeza se te v a d e aquí para allá, y de allá para aquí. Falta c o n c e n t r a c i ó n . T i e nes que h a c e r l o ahora. T e gustaría tener páginas y páginas repletas d e letra, aunque sólo fueran borradores. Sería un principio. P e r o la p á gina, en blanco. Blanca. Vacía. Llega la angustia. ¡ O t r a vez! T e d a m i e d o esta situación. T e r r o r . L a página e n b l a n c o te p r o v o c a terror. T o d o s h e m o s sentido más de una vez estas sensaciones. E l p r o ceso de la escritura es difícil d e accionar, c o m o todas las máquinas. E s posible que n o e n c o n t r e m o s ideas, que n o nos gusten o q u e n o t e n g a m o s muy claras las circunstancias que nos incitan a escribir. N o s bloqueamos, nos sentimos mal, y pasan y pasan los minutos e n balde. Si la situación se repite muy a m e n u d o , e m p e z a r e m o s a desarrollar miedos y fobias a la letra escrita, a la situación d e p o n e r s e a escribir. E n este capítulo y e n el siguiente presentaré algunos recursos para superar estos m o m e n t o s delicados y c a l e n t a r la m á q u i n a de la escritura. E X P L O R A R LAS CIRCUNSTANCIAS U n a situación determinada nos empuja a escribir, de m a n e r a m á s o m e n o s consciente. A veces q u e r e m o s divertirnos un rato, i n f o r m a r a alguien d e un h e c h o o apuntar lo que se nos ha o c u r r i d o para n o olvidarlo. E n cualquier caso, el escrito es una posible respuesta, e n t r e otras, a la circunstancia planteada. Fíjate e n los siguientes ejemplos: 53 ACTUACIONES CIRCUNSTANCIAS El perro La vecina del piso de arriba de tu casa tiene un perro que se las trae: ladra por la noche y no deja dormir; hace sus necesidades en la escalera; se te echa encima y te ensucia cuando te ve, y asusta a los niños, al cartero y a los invitados imprevistos. Has hablado reiteradamente con la dueña de la bestia y no te hace ningún caso. Viaje a T u r q u í a Estás a punto de iniciar un magnífico viaje organizado a Turquía. Durante quince días visitarás muchas ciudades, harás amigos y vivirás anécdotas divertidas. Sabes por experiencia que poco después de tu regreso no te acordarás ni del nombre de los monumentos que visitaste, ni del de las personas que conociste, ni de la mitad de las cosas que te sucedieron. Harás fotos y comprarás algún recuerdo, pero te gustarla conservar mucho más que todo esto. • • • • • • Quejarse formalmente. Denunciar al vecino. Informar a la asociación de vecinos. Educar al perro. Deshacerse del perro. Buscar aliados y apoyo entre los otros vecinos. • Grabar en vídeo. • Llevar un diario oral con un cásete. • Hacer un cuaderno de viaje. • Llevar un diario personal. • Guardar todos los papeles (billetes, facturas, programas...) que te den. I Fútbol No tienes nada en contra del fútbol, pero te parece una exageración que sólo se hable de eso. La televisión retrasmite dos o tres partidos cada semana y repite cuatro o cinco veces los goles del domingo; los periódicos • Difundir tu opinión. • Hablarlo con tus amigos. • Buscar personas que piensen como tú. • Dejar de escuchar y leer los medios de comunicación. llenan de fútbol los titulares de pri- • Formar un club de enemigos del mera página; la radio se harta de hacer comentarios futbolísticos. Te gustaría que se trataran otros temas culturales mucho más relevantes. Sospechas que muchas personas opinan como tú y permanecen calladas. 54 fútbol. D e las posibles actuaciones, c o m o m í n i m o las que aparecen en cursiva requieren escritura. U n a denuncia, un c u a d e r n o de viaje o u n a carta pública actúan sobre las circunstancias planteadas para intentar solucionarlas. E l éxito de la actuación dependerá e n buena parte de la eficacia que tenga el escrito. P o r ejemplo, una queja seria y expeditiva puede conducir a nuestra vecina a vigilar a su p e r r o y a educarlo. U n a buena t é c n i c a para a c c i o n a r la m á q u i n a de escribir consiste en e x p l o r a r las circunstancias que nos m u e v e n a redactar. M i profesor d e m a t e m á t i c a s decía que un p r o b l e m a bien planteado ya está m e d i o resuelto. D e l m i s m o m o d o , u n a situación c o m u n i c a t i v a bien entendida p e r m i t e p o n e r en m a r c h a y dirigir el p r o c e s o de la escritura hacia el objetivo deseado. F l o w e r ( 1 9 8 9 ) p r o p o n e la siguiente guía, que hay que responder al inicio d e la redacción: G U Í A PARA E X P L O R A R E L P R O B L E M A R E T Ó R I C O Propósito • • • • ¿Qué quiero conseguir con este texto? ¿Cómo quiero que reaccionen los lectores y las lectoras? ¿Qué quiero que hagan con mi texto? ¿Cómo puedo formular en pocas palabras mi propósito? Audiencia (receptor) • ¿Qué sé de las personas que leerán el texto? • ¿Qué saben del tema sobre el que escribo? • ¿Qué impacto quiero causarles? • ¿Qué información tengo que explicarles? • ¿Cómo se la tengo que explicar? • ¿Cuándo leerán el texto? ¿Cómo? Autor (emisor) • ¿Qué relación espero establecer con la audiencia? • ¿Cómo quiero presentarme? • ¿Qué imagen mía quiero proyectar en el texto? • ¿C^ué tono quiero adoptar? • ¿Qué saben de mí los lectores y las lectoras? E s c r i t o (mensaje) • • • • • ¿Cómo será el texto que escribiré? ¿Será muy largo/corto? ¿Qué lenguaje utilizaré? ¿Cuántas partes tendrá? ¿Cómo me lo imagino? 55 L o m á s c o r r i e n t e es responder a estas preguntas m e n t a l m e n t e y de m a n e r a rápida para hacerse una composición de lugar. E n circunstancias c o m p r o m e t i d a s , o c u a n d o estemos bloqueados, m e r e c e la pena dedicarles más t i e m p o para d e t e r m i n a r más c o n c r e t a m e n t e los objetivos de la escritura. E n el caso del p e r r o del piso de arriba, ésta podría ser una reflexión h e c h a a partir de las preguntas. Se trata del m o n ó l o g o interior de un escritor, preparándose p a r a ejecutar su tarea: Tal vez la asociación de vecinos pueda resolver el problema. Me gustaría que el presidente le buscase las cosquillas a la dueña del perro; que fuera a visitarla y le formulara la queja oficial de todos los vecinos; que le insinuara incluso que tomaremos medidas legales si no tiene cuidado con la bestia. No conozco al presidente, pero me han dicho que es un hombre muy enérgico. Esto me va bien. Se lo tendré que explicar todo punto por punto —quiero que comprenda mi indignación, que la haga suya—. Detallaré todas las molestias que provoca el perro, sobre todo lo de la mierda. Enviaré el escrito a la asociación. Puede que no sea él quien lea la carta en primer lugar. ¿Tienen secretario? No creo que reciban muchas cartas como ésta. Mejor. A mí no me conocen. Pero sí que conocen a la señora CalHs, la vecina de abajo. Quizá podría firmar ella la carta. ¡Espera! La podríamos firmar todos los vecinos, o unos cuantos. Tendría mucha más fuerza. Todos estarían de acuerdo y así se le darla más gravedad a la situación. ¿Tal vez la señora Callís podría llevar la carta personalmente? Debemos trasmitir unión e indignación contenida. No se me tiene que escapar la mala leche. Tiene que ser una carta seria - d e usted—, no demasiado larga, pero que exponga todo con pelos y señales. Dos hojas como máximo. También conviene destacar que hemos intentado muchas veces hablar con la propietaria y que pasa olímpicamente de nosotros. C u a n t o más c o n c r e t a sea la reflexión, más fácil será ponerse a escribir y conseguir un t e x t o eficaz y adecuado a la situación. D e masiadas veces escribimos c o n una imagen desenfocada del p r o blema, p o b r e o vaga, que nos h a c e p e r d e r t i e m p o y puede g e n e r a r escritos inapropiados e incluso incongruentes. 56 OTRAS MANERAS D E PONERSE E N MARCHA A m e n u d o el bloqueo inicial de la m á q u i n a p r o v i e n e d e la p e reza que nos causa escribir, de la falta de hábito. N o escribimos p o r que nos cuesta hacerlo y n o s cuesta h a c e r l o porque escribimos p o c o . U n a m a n e r a d e r o m p e r este círculo vicioso es acostumbrarse a r e dactar un p o c o cada día: t o m a r notas o llevar un diario personal. T a m b i é n hay u n a t é c n i c a especial para preguntas escritas y o t r a para representar el pensamiento de m a n e r a gráfica: • Desarrollar un enunciado L a circunstancia q u e n o s m u e v e a escribir puede limitarse a u n a pregunta escrita, e n e x á m e n e s , cuestionarios o pruebas. Así: ¿Por qué J. P. Sartre se considera uno de los principales difusores del existencialismo? ¿Qué tienen en común las diversas corrientes pictóricas de vanguardia, a principios de siglo? ¿En qué se parecen y en qué se diferencian los libros y las novelas de caballerías? E n estas ocasiones h a y q u é basar la reflexión sobre el enunciado. Se trata d e desarrollar o e x p a n d i r las palabras d e la pregunta para definirla de m a n e r a precisa. P o n g a m o s el ejemplo de la última interrogación. L a p r i m e r a t e n tación y la m á s frecuente e n la que c a e n los estudiantes es e x p l i c a r todo lo que saben sobre narrativa de caballería, c i t a n d o autores, títulos, épocas. P e r o esto n o es lo que se pide. L a pregunta presupone e s tos c o n o c i m i e n t o s para c o m p a r a r dos estilos. P r i m e r o hay q u e d e t e r m i n a r q u é son los libros de caballería, p o r un lado, y las novelas de caballería, p o r otro; hay q u e buscar ejemplos d e cada grupo y e x t r a e r las características generales. L u e g o , contrastándolas u n a p o r u n a , h a y que buscar las semejanzas y las diferencias. L a respuesta apropiada a la pregunta es ú n i c a m e n t e la lista sucinta d e ambas. • Diario personal ¡ N o te asustes! N o es difícil ni laborioso. Sólo requiere diez m i n u tos al día. Se puede h a c e r p o r la m a ñ a n a , antes d e desayunar, c u a n d o se está fresco, o p o r la n o c h e , antes d e acostarse, c o m o u n a p e q u e ñ a reflexión cotidiana, c u a n d o la n o c h e t e e n v u e l v e y se apagan los ruidos estridentes del día. T e sientas delante del papel o del c u b o del o r denador y allí viertes t o d o lo que te haya pasado d u r a n t e el día. Nulla 57 dies sine Linea, escribió Plinio el Viejo (Naturalü Historia), refi- riéndose al pintor Apeles, quien cada día pintaba una Hnea c o m o m í n i m o ; la frase, convertida e n cita clásica, se aplica hoy sobre t o d o a la escritura. E s c r i b e sobre temas variados: amigos, trabajo, estudios... Hay diarios íntimos sobre la vida privada, diarios d e aprendizaje sobre la escuela, cuadernos de viaje, etc. L a escritura periódica y personal p e r m i t e aprender, reflexionar sobre los hechos y c o m p r e n d e r los mejor. D a confianza y desarrolla e n o r m e m e n t e la habilidad de escribir. A d e m á s , se c o n v i e r t e e n un registro d e ideas y palabras a d o n d e siempre se puede acudir a buscar información p a r a textos urgentes. N u n c a te quedas en b l a n c o o bloqueado p o r q u e siempre puedes buscar lo que escribiste cierto día sobre la m i s m a cuestión. U n a a l u m n a de redacción escribía lo siguiente, hablando de su diario: Tengo el vicio de escribir un diario. Por las noches, justo antes de apagar la luz, cojo la pequeña libreta y hojeo lo que escribí unos días, o incluso unos meses, atrás. Y entonces, ¡sorpresa! ¿Por qué apunté aquel pequeño detalle? ¿Qué debió de hacerme esta personita para merecer un sitio entre tantas intimidades? ¿Cómo estaba tal día para decir tantas sandeces? E s fantástico. Soy mucha gente unida en una fría cabeza. Me gusta y tengo que aprovecharlo. Son los dos puntos de vista: el de la víctima y el del juez. Por ello me parece muy útil cualquier intento de aprender cosas nuevas en torno a este vehículo para hacer confesiones que es el hecho de la escritura. [MG] • Mapas y redes L o s mapas (de ideas, o ideogramas) mentales, o d e n o m i n a d o s también árboles son una forma visual de representar nuestro pensa- miento. Consiste e n dibujar en un papel las asociaciones mentales de las palabras e ideas que se nos o c u r r e n en la m e n t e . E l resultado tiene una divertida apariencia d e tela de araña, r a c i m o de uva o red de pescar: 58 t j 1 ' ' ¡:7/A'.'p 1 t J 'i ¡;,.t� El procedimiento es bien sencillo. Escoge una palabra nuclear sobre el tema del que escribes y apúntala en el centro de la hoja, en un círculo. Apunta todas las palabras que asocies con ella, pon­ las también en un círculo y únelas con una línea a la palabra con que se relacionan más estrechamente. La operación dura escasa­ mente unos segundos o pocos minutos. El papel se convierte en la prolongación de tu mente y en un buen material para iniciar la re­ dacción. Los precursores de la técnica, Buzan (19 7 4) y Lusser Rico (1983), sugieren que los mapas incrementan la creatividad. Es sa­ bido que el cerebro humano consta de dos hemisferios: el izquierdo, que procesa la información de forma secuencial, lineal, lógica, ana­ lítica, etc.; y el derecho, que actúa de forma simultánea, global, vi­ sual, analógica, holística, etc. Mientras que las funciones básicas del 59 lenguaje están situadas sobre todo en el izquierdo, el derecho tiene las capacidades más creativas e imaginativas de la persona. Para los citados autores, la espontaneidad y el carácter visual de los mapas permiten utilizar el potencial escondido del hemisferio derecho para la escritura. Lusser Rico llega a calificar a los mapas como «la manera natural de escribir», el método más simple para conectar con la voz interior de la persona. [Me referiré de nuevo a los mapas más adelante, pág. 73.] En el siguiente capítulo se exponen otras técnicas también útiles para superar bloqueos y poner en marcha la máquina de la es­ critura. 60 4. E L C R E C I M I E N T O D E L A S I D E A S Para mí escribir es un viaje, una odisea, un descubrimiento, porque nunca estoy seguro de lo que voy a encontrar. GABRIEL FIELDING Muchos y muchas estudiantes creen que escribir consiste simplem e n t e en fijar en un papel el pensamiento huidizo o la palabra interior. Entienden la escritura sólo e n una de sus funciones: la d e guardar información. Cuando tienen que elaborar un texto, apuntan las ideas a m e dida que se les ocurren y p o n e n punto y final c u a n d o se acaba la hoja o se seca la imaginación. Al contrario, las escritoras y escritores c o n experiencia saben que la materia en bruto del pensamiento debe trabajarse c o m o las piedras p r e ciosas para conseguir su brillo. Conciben la escritura c o m o un instrum e n t o para desarrollar ideas. Escribir consiste en aclarar y o r d e n a r información, h a c e r que sea más comprensible para la lectura, p e r o también para sí mismos. L a s ideas son c o m o plantas que hay q u e regar para que crezcan. E n este capítulo expondré algunos recursos para buscar y alimentar ideas. Fingiré que tengo que explicar a mi editor en un pequeño t e x t o c ó m o quiero que se imprima esta cocina. M o s t r a r é c ó m o e l a b o r o las ideas desde c e r o hasta obtener un esquema c o m p l e t o , que se e n c u e n tra en el siguiente capítulo, y c o m e n t a r é las técnicas que h e utilizado. E L T O R B E L L I N O D E IDEAS L o p r i m e r o que h a g o es c o n c e n t r a r m e en el t e m a y a p u n t a r en u n papel t o d o lo que se m e ocurre. Y a había tenido antes alguna idea, p e r o es la p r i m e r a vez que m e dedico e x c l u s i v a m e n t e a esta cuestión. H a g o un torbellino de ideas inicial (brainstorming o tormenta cere- bral). M e sale t o d o lo que e n c o n t r a r á s a continuación: 61 TORBELLINO DE IDEAS El torbellino de ideas es una tormenta fuerte y breve de verano. Dura pocos segundos o minutos, durante los cuales el autor se de­ dica sólo a reunir información para el texto: se sumerge en la pis­ cina de su memoria y de su conocimiento para buscar todo lo que le sea útil para la ocasión. En este caso, he encontrado una quincena de ideas, expresadas con palabras o sintagmas. Por ejemplo, la quinta idea «textos dentro de textos» significa que «se reproducirán y citarán otros textos en el libro». Para aprovechar todo el potencial de la técnica conviene evitar algunos de los errores más comunes: confundir esta lluvia con una redacción, preocuparse por la forma, valorar las ideas, etc Hay que tener en cuenta los si guientes puntos: 62 CONSEJOS P A R A E L T O R B E L L I N O D E I D E A S • Apúntalo todo, incluso lo que parezca obvio, absurdo o ridículo ¡No prescindas de nada! Cuantas más ideas tengas, más rico será el texto. Puede que más adelante puedas aprovechar una idea aparentemente pobre o loca. • No valores las ideas ahora. Después podrás recortar lo que no te guste. Concentra toda tu energía en el proceso creativo de buscar ideas. • Apunta palabras sueltas y frases para recordar la idea. No pierdas tiempo escribiendo oraciones completas y detalladas. Tienes que apuntar con rapidez para poder seguir el pensamiento. Ahora el papel es sólo la prolongación de tu mente. • No te preocupes por la gramática, la caligrafía o la presentación. Nadie más que tú leerá este papel. Da lo mismo que se te escapen faltas, manchas o líneas torcidas. • Juega con el espacio del papel. Traza flechas, círculos, líneas, dibujos. Marca gráficamente las ideas. Agrúpalas. Dibújalas. • Cuando no se te ocurran más ideas, relee lo que has escrito o utiliza una de las siguientes técnicas para buscar más. L a práctica y el hábito ayudan a familiarizarse c o n la t é c n i c a y a r e n tabilizarla al m á x i m o . E n la escuela n o se nos enseña a h a c e r borradores, esquemas o listas d e ideas antes de elaborar un escrito, d e m a n e r a q u e puede resultar difícil para algunos aprendices. N o h a c e falta d e c i r que también se puede utilizar el o r d e n a d o r en lugar del lápiz y el papel. EXPLORAR EL TEMA P o d e m o s reunir más ideas mediante otras técnicas d e creatividad. U n a d e las más conocidas consiste en estudiar el t e m a sobre el que se es- cribe a partir de u n a lista teórica de aspectos a considerar. E s c o m o si el autor fuera un e x p l o r a d o r e n tierra desconocida y utilizara una brújula para descubrir el t e r r e n o . P o r ejemplo, siguiendo la retórica clásica d e Aristóteles, habría que definir, comparar, abordar las causas y los efectos y argumentar el t e m a en cuestión. ( E s m u y probable que esta lista d e o p e r a c i o n e s 63 te suene de la época escolar, porque muchos libros de texto expli­ can los hechos siguiendo este patrón.) Pero también podemos en­ contrar otros modelos de exploración más prácticos, como la estre­ lla y el cubo. La estrella deriva de la fórmula periodística de la noticia, según la cual para informar de un hecho tiene que especifi­ carse el quién, el qué, el cuándo, el dónde, el cómo y el porqué. Estos seis puntos, las llamadas 6Q, son los esenciales de cualquier tema, aunque pueden ampliarse con otras interrogaciones: LA ESTRELLA Procedimiento: 1. Hazte preguntas sobre el tema a partir de la estrella. Busca pregun­ tas que puedan darte respuestas relevantes. 2. Responde a las preguntas. 3. Evita las preguntas y las ideas re­ petidas. Busca nuevos puntos de vista. El cubo es otra gu ía para explorar temas. Consiste en estudiar las seis caras posibles de un hecho a partir de los seis puntos de vista si­ guientes: EL CUBO Procedimiento: Descríbelo. ¿Cómo lo ves, sientes, hueles, tocas o saboreas? Compáralo. ¿A qué se parece o de qué se diferencia? Relaciónalo. ¿Con qué se relaciona? Analíz.alo. ¿Cuántas partes tiene? ¿Cuáles? ¿Cómo funcionan? Aplícalo. ¿Cómo se utiliza? ¿Para qué sirve? Arguméntalo. ¿Qué se puede decir a favor y en contra? He utilizado esta última técnica para ampliar mis ideas sobre el di­ seño de este libro: 64 APLICACIÓN DEL CUBO -/�¼; v['iV:JLfnc.Í.'ccl 111<1'-""'-c:.,.,..e.,<A�'--'­ f•<.:� l-s �� -eo�,�f.�ró.s: f� / p.'fi¡,j,;,ro ,k.�r C..OAM..l> l!a,l T 2,-1, & "'li,t.,k fu.,c.),... Q.uu-- ¡,cr-­ b �!.tJ �� k_,:¡;;:� 1-<-� f,J,..1t,...,l._ (.Qw.o ,t<:o...u.w,.., -r�ct."Lo ��4l. f ...t.kr-: . lli�tz...: t; J.A.¡,f.n..e. � �t\ir�cü.lw.w "e,.;;..¼-'zs. RJ P-n- - 4"14.e.(� : -�-,'1 u�� e,.,;,f,qµ.J.J.v...ti. �w.w°(¡¡ - /yiVC#.k : U t.:fora . t,I � � u,¡�41-' �� �'24. ' - : !p¿� { "f ,!.q_ (o 1..-_ ( /.. ��0 - �y-��&i : Ub � ��f,'a..u,,� 11t 11' � �"'-� A,1,1.,(:VW--tA� � ,JJ/l,. cJ.iM� ¡;.J..ut� ll1t;. ... .,1,-�J tí,J,,__f,,_� ... El resultado tiene forma de prosa, aunque también contiene muchas palabras sueltas y sintagmas. Comparándolo con el torbellino anterior, salen dieciséis ideas nuevas y se repiten algunas (visual, práctico...); los datos están mejor explicados, han madurado; y hay una primera clasifi­ cación de ideas. He empezado a elaborar la información: Tanto la estrella como el cubo son más gu iados que el torbellino; y el cubo lo es más que la estrella. Quien tenga práctica en elaborar in­ formación sabrá utilizar todas las técnicas, pero quien se sienta más de­ sorientado encontrará más cómodo el cubo. En la estrella hay que sa­ ber formular las preguntas relevantes, y en el cubo no. DESENMASCARAR PALABRAS CLAVE Las palabras clave son vocablos que esconden una importante carga informativa. Se denominan clave porque, además de ser relevan65 tes, pueden aportar ideas nuevas, c o m o una llave que abre puertas cerradas. Sin darnos cuenta, se nos escapan c u a n d o buscamos ideas, c u a n d o r e d a c t a m o s o incluso c u a n d o revisamos una versión casi terminada. H a y que saber identificarlas y desenmascarar la informa­ c i ó n que e s c o n d e n si q u e r e m o s que la r e d a c c i ó n sea c o m p l e t a m e n t e trasparente. P o r ejemplo: PALABRAS C L A V E Original: Trabaja de relaciones públicas en una empresa de cosmética. E s un trabajo estimulante pero muy agotador. estimulante agotador • • • • Trata con VIPS. Viaja mucho. No tiene horario fijo. Gana mucho dinero. • • • • Es insustituible. Tiene poco tiempo libre. Trabaja muchos fines de semana. Trata con mucha gente y siempre tiene que estar alegre y sociable. Ampliación: Trabaja de relaciones públicas en una empresa de cosmé­ tica. E s un trabajo estimulante, porque viaja mucho, no tiene horario fijo, tiene un buen sueldo y trata con muchos VIPS; pero termina agotadísima: tiene poco tiempo libre (trabaja los fines de semana), es insustituible y siempre tiene que hacer buena cara a todo el mundo. L o s adjetivos estimulante y agotador se entienden en el t e x t o o r i ­ ginal, p e r o ningún lector podría deducir de ellos t o d o lo que se e x ­ plica en la versión ampliada, c o n la información desenmascarada. Se puede utilizar esta t é c n i c a e n textos acabados, borradores o listas de ideas, siempre c o n la finalidad de expandir la escritura. E l p r o c e d i m i e n t o q u e se ha de seguir es el siguiente: identificar las p a ­ labras, h a c e r una lista de todas las ideas que esconden (un torbellino de ideas selectivo) y reescribir o reestructurar el t e x t o c o n la nueva información. H e descubierto p o r lo m e n o s dos palabras c l a v e en mis ideas anteriores y h e intentado d e s e n m a s c a r a r su información: 66 DOS PALABRAS CLAVE Me he concentrado en las palabras tipografías distintas y jugar con el espacio, que aparecían en la primera hoja, para especificar to­ dos los detalles posibles. El resultado contiene una decena "'de ideas nuevas y tiene forma de esquema o mapa mental, que agrupa ideas alrededor de un núcleo. La utilización encadenada de las tres técnicas me ha permitido desarrollar mi pensamiento tanto desde un punto de vista cuantita­ tivo como cualitativo. La quincena inicial de ideas se ha convertido en una cuarentena larga, si se suman todas; también son más con­ cretas y empiezan a tener una estructura. OTROS RECURSOS En la misma línea de recursos creativos, también podemos utili­ zar la escritura libre y las frases empezadas, ambas bastante más dis­ cursivas, o tomar notas. También pueden ser útiles las técnicas para accionar la escritura que he expuesto en el capítulo anterior. ' 67 • Escritura libre También denominada automática, consiste en ponerse a escribir de m a n e r a rápida y constante, a c h o r r o , apuntando todo lo que se nos pase p o r la cabeza en aquel m o m e n t o sobre el t e m a del cual escribimos o sobre otros aspectos relacionados c o n él. H a y que c o n c e n t r a r s e en el c o n t e n i d o y n o en la forma, v a l o r a r la cantidad de texto, más que la c a lidad; y, sobre todo, n o detenerse e n ningún m o m e n t o . Se r e c o m i e n d a empezar p o r sesiones de diez minutos, que pueden llegar hasta veinte o treinta c o n la experiencia ( E l b o w , 1 9 7 3 ) . E s m u y útil para g e n e r a r ideas y superar bloqueos. E l t e x t o resultante tiene todas las características de prosa de escritor o egocéntrica (Cassany, 1 9 8 7 ) : el autor explora el t e m a , busca información e n su m e moria; aparecen su lenguaje y su experiencia personales, que n o c o m parten necesariamente los futuros lectores del texto; hay frases i n c o n e xas, anacolutos, un bajo g r a d o de cohesión y c o r r e c c i ó n gramatical, etc. P e r o , pese a estas deficiencias, se trata de una materia p r i m a e x c e lente para desarrollar y reescribir una versión final. Según B o i c e y Myers ( 1 9 8 6 ) , se trata de una actividad semihipnótica en la que se escribe sin esfuerzo, c o n un bajo nivel d e c o n c i e n c i a y asumiendo p o c a responsabilidad sobre la escritura. E s t o p e r m i t e que aflore el subconsciente personal y que se produzca una especie de inspi- ración. Según los mismos autores, tiene una larga tradición histórica en distintos ámbitos: se ha utilizado en sesiones de espiritismo para c o nectar c o n el más allá; fue u n o de los primeros tests proyectivos de la psicología; también la han utilizado varios poetas, e n t r e los cuales destaca A n d r é B r e t ó n , que la popularizó c o n el m o v i m i e n t o surrealista. ¡Manos a la obra! Siéntate c o n un papel o un o r d e n a d o r delante. P o n t e c ó m o d o . Relájate, déjate ir c o n la m e n t e en blanco. C o n c é n t r a t e en el t e m a que te ocupa. E m p i e z a a apuntar t o d o lo que se te ocurra. ¡Adelante! N o te preocupes p o r nada: ni la caligrafía, ni la ortografía, ni ninguna otra grafía. ¡Que n o te quede nada en la cabeza! N o te de- tengas durante c i n c o , diez o quince minutos. • Frases empezadas O t r a técnica para r e c o g e r información es L M I E , en inglés W I R M I . Se trata de t e r m i n a r c u a t r o o c i n c o frases que e m p i e c e n c o n Lo Más Importante 68 Es..., (What I really mind is...), apuntando ideas relevantes p a r a el t e x t o . P o r ejemplo, m e p r o p o n g o escribir una c a r t a de o p i n i ó n para un periódico, sobre la e x c e s i v a p r e s e n c i a del fútbol e n los medios d e c o m u n i c a c i ó n [pág. 5 4 ] . T e r m i n o c i n c o frases que e m p i e c e n p o r L M I E . EJEMPLO DE LMIE Lo más importante e s t í o s ^ f n W j W cc^oyo Lo más importante es..^v^"V^O^ <MA~"^O Lo más importante es.../M<2ür- A M u ^ k o ^^'o - ^kov&J. ru.'clo . Lo nías importante e s . . . i « í ^ « * . Í ^ ^ A í - T f^**. ís importante es... ¿Jcr*Mj*jr Lomas f^*- *t djt- <c~iftt.fr? ck.U ¿MU**** L a s frases empezadas son bastante m á s c o n c r e t a s que el t o r b e llino de ideas o la escritura a u t o m á t i c a , y p o r esto p u e d e n ser m á s útiles a los aprendices que se sientan desorientados c o n las t é c n i c a s demasiado abiertas. A d e m á s , dirigen la a t e n c i ó n del a u t o r h a c i a el propósito y los puntos más importantes d e la c o m u n i c a c i ó n . O t r o s posibles c o m i e n z o s son: Tengo que evitar que... Quiero conseguir que... No estoy de acuerdo con... Me gustarla... Soy de la opinión que... L a razón más importante es... • Tomar notas L a s notas son una versión más m o d e s t a del diario, y limitada a una tarea especifica. A m e n u d o se nos o c u r r e n ideas que n o p o d e m o s escribir: viajando en autobús, paseando, en u n a reunión. Si n o las a n o t a m o s r á p i d a m e n t e c o r r e m o s el riesgo d e olvidarlas y, después, c u a n d o p o d a m o s escribir, quizá v o l v e r e m o s a t e n e r la m á quina parada sin saber c ó m o empezar. Se trata de a n o t a r t o d o lo que se nos o c u r r e p a r a p o d e r l o a p r o v e c h a r después. P o d e m o s apuntarlo en u n a p e q u e ñ a libreta, e n la 69 agenda, en una servilleta, en el periódico, en cualquier trozo de papel o incluso - ¡ v i v a la sofisticación!- grabarlo en un m i c r o c a s e t e d e periodista. L o s temas suelen ser más específicos: un artículo que est a m o s escribiendo, un p o e m a , una pregunta, un dato t é c n i c o , una frase poética que se nos o c u r r e , etc. Confieso que h e estado t o m a n d o notas durante t o d o el t i e m p o que he estado escribiendo esta cocina. C a d a día p o r la n o c h e m e sentaba ante el o r d e n a d o r e iba introduciendo en la m á q u i n a todas las ideas q u e se m e habían o c u r r i d o durante el día. A veces e r a n ideas completas, una metáfora, un ejercicio, pero también palabras sueltas que m e gustaban y que quería que aparecieran en el libro. H e actuado c o m o un trapero que r e c o g e c a r t o n e s y c a c h i v a c h e s de aquí y de allá, reuniendo ideas y palabras. 70 5. C A J O N E S Y A R C H I V A D O R E S Llegamos al plan: la trama del texto: el orden de las instrucciones, el de los argumentos en un anuncio, el de los episodios en una novela. [...] Aquí las prácticas varían mu­ chísimo. Guy des Cars establece un plan extremadamente detallado para cada novela, que llega hasta el párrafo. [...] En cambio, Cecil Saint-Laurent esboza un simple esquema que puede evolucionar durante la redacción. FRANfOIS RlCHAUDEAU E l t o r r e n t e de las ideas brota d e forma natural de la m e n t e , sin el orden ni la lógica que requiere la c o m u n i c a c i ó n escrita. T a n t o las listas c o m o la prosa a u t o m á t i c a , los primeros borradores o las notas suelen ser anárquicos, desorganizados, sucios d e fondo y forma. H a y repeticiones, mezclas, ideas inacabadas, palabras sueltas, lagunas, etc. L a escritora y el escritor tienen que limpiar toda esta m a t e r i a prima: hay que seleccionar las ideas pertinentes, ordenarlas, tapar huecos y elaborar una estructura para el texto. L a tarea implica t o ­ m a r decisiones relevantes sobre el enfoque que t e n d r á el escrito y, en definitiva, sobre su eficacia. P o d e m o s h a c e r este trabajo al principio, a partir de notas o ideas sueltas; más adelante, sobre el p r i m e r borrador; o al final, en una revisión global. Algunos autores pueden t e n e r m a y o r facilidad para hacerlo, y algunos textos pueden ser más complejos que otros. P e r o cualquier t e x t o debe tener una organización c o h e r e n t e de las ideas, preparada para que la puedan c o m p r e n d e r los lectores, que serán personas diversas y distintas del autor. E n este capítulo reflexiona­ ré sobre la estructura del t e x t o , presentaré algunos recursos para ayudar a los aprendices a elaborarla, y también analizaré un ejemplo. O R D H N A R IDKAS P o d e m o s utilizar varias técnicas: desde las más modestas, c o m o agrupar por temas los datos de una lista, p o n e r n ú m e r o s , flechas u ordenar las frases; hasta las más sofisticadas, c o m o h a c e r algún tipo 71 ] i i d e esquema c o n llaves, diagramas, sangrados o líneas. U n o d e los sistemas m á s completos de o r d e n a r informaciones es la n u m e r a c i ó n decimal, q u e se utiliza sobre t o d o en los textos técnicos. P o r ejemplo, ésta podría ser una m a n e r a d e o r d e n a r las ideas desarrolladas e n el capítulo anterior: ESQUEMA DECIMAL 1. Características editoriales del libro. 1.1. Descripción. Formato grande. Visual y atractivo: tiene que entrar por la vista. Limpio y pulido. Práctico: no un tostón; como los americanos. 1.2. Recursos propuestos. 1.2.1. Jugar con el espacio: columnas, franjas, huecos; poner notas alrededor del texto; hacer recuadros y esquemas. 1.2.2. Tipografías: normal, grande para los títulos, más pequeña para los documentos, manuscrita personal. 1.2.3. Otros: figuras, dibujos, ¿fotos?, reproducciones exactas. 1.3. A r g u m e n t o s : 1.3.1. Tiene que ejemplificar la teoría. 1.3.2. Es la tendencia actual. 1.3.3. Debe animar a leer. 1.3.4. Tiene varios destinatarios: jóvenes, adultos, estudiantes y trabajadores. 1.3.5. Es un libro para usar más que para leer. H a y un salto d e gigante e n t r e las hojas previas de ideas y este p r i m e r esquema. P a r a elaborarlo, he tenido que resolver varias cuestiones. E n p r i m e r lugar, h e v a l o r a d o t o d o lo que había recogido y he seleccionado lo más apropiado. H e prescindido de ideas c o m o : 72 que se pueda escribir en él, que huela o como los libros de texto, q u e m e han p a r e c i d o irrelevantes. T a m b i é n h e clasificado toda la inform a c i ó n e n tres apartados (descripción, recursos y argumentos); y, fin a l m e n t e , lo h e o r d e n a d o t o d o según un plan d e t e r m i n a d o de c o m u n i c a c i ó n . E n conjunto, h e construido una p r i m e r a arquitectura del texto. L a s razones para elegir este esquema son las siguientes. M i p r o pósito es explicar c ó m o tiene que ser este libro de forma llana y sucinta. P o r esto, dedicaré la m a y o r parte del t e x t o , dos apartados d e tres, a describirlo y a especificar el tipo d e recursos gráficos q u e p o drían utilizarse. Dejaré p a r a el final una justificación d e la propuesta c o n c i n c o argumentos esenciales. T o d a s las informaciones se o r d e narán d e más a m e n o s importantes y d e más abstractas a m á s c o n cretas, siguiendo un planteamiento lógico. C r e o que ésta es la m a nera más apropiada de presentar los hechos desde el p u n t o d e vista del lector, y la que podría ser más eficaz. L a tarea d e o r d e n a r las ideas implica escoger un t e x t o e n t r e m u chos posibles. Mientras selecciona las ideas, las agrupa y las o r d e n a , el autor d e t e r m i n a el enfoque que dará a su texto: si tiene que ser prolijo o breve, descriptivo o n a r r a t i v o , c r o n o l ó g i c o , abstracto, c o n ejemplos o sin ellos, etc. Estas decisiones n o pueden ser gratuitas o irreflexivas: d e t e r m i n a n el éxito final que tendrá la c o m u n i c a c i ó n . E n la medida e n que seamos capaces de construir una buena e s t r u c tura, la mejor, el lector c o m p r e n d e r á c o n m a y o r claridad y rapidez nuestra intención. ¿ T e imaginas o t r o esquema para el ejemplo? ¿ E l c u b o d e las seis caras, la estrella d e las preguntas, e n f o r m a de carta, o incluso siguiendo el torbellino d e ideas inicial? H a y m u c h o s esquemas posibles, incluso los e n c o n t r a r í a m o s coherentes y claros, p e r o seguro q u e n o todos serían igual d e idóneos para las circunstancias d e c a d a momento. MAPAS CONCEPTUALES T a m b i é n p o d e m o s a p r o v e c h a r la t é c n i c a de los mapas p a r a o r d e n a r ideas y elaborar un esquema. E l resultado e s una figura q u e se p a r e c e bastante a los mapas del capítulo anterior, p e r o difiere d e ellos p o r su función, utilidad y p r o c e s o de elaboración. P o r esto 73 también le otorgamos el nombre específico de mapa conceptual (Novak y Gowin, 1984). Éste sería un ejemplo equivalente de mi esquema anterior: MAPA CONCEPTUAL .¡. �Oot-J ,(>' �� {�;� l ){ ,<. J V"P,. t,- 0 1 J�r;a; i- .,e_!,U..()...l.h.J 1 1 1 • 74 1 1 ¡ El rectángulo central determina el título o el tema del que nace el resto de los datos. Sólo se utilizan palabras clave o de significado pleno: sustantivos, adjetivos y verbos. Los conceptos se sitúan más cerca o más lejos del centro según su importancia y se relacionan je­ rárquicamente, de forma que se fija la posición de cada uno en el conjunto. Todo tipo de signos gráficos ayuda a destacar los elemen­ tos: flechas, números, círculos, etc. Los mapas conceptuales ofrecen algunas ventajas con respecto a los esquemas tradicionales: • Cada mapa es como un cuadro irrepetible, distinto de cual­ quier otro. Lo recordamos más fácilmente. Piensa en los es­ quemas decimales o en las páginas escritas: todas se parecen y es más difícil distinguirlas. • No tienen final, si no es que se acaba el papel (y siempre po­ demos coger uno nuevo). Ahora mismo podría continuar el mapa anterior con nuevas ideas. ¡Espera! Me doy cuenta de que he olvidado una idea importante en el apartado de des­ cripción: que el libro se tiene que elaborar gráficamente. Ade­ más, quiero marcar que la idea de práctico está relacionada con el quinto argumento. Voy a hacerlo ahora mismo: ¿Cómo lo haría mediante el esquema decimal? Tendría que rehacerlo entero y aun así no podría marcar gráficamente la interrelación de práctico/5. argumento. 0 75 • T i e n e n varias utilidades: o r d e n a r ideas, h a c e r un esquema, resum i r un t e x t o que se lee, t o m a r apuntes, desarrollar u n t e m a , etc. • Son flexibles y se adaptan al estilo de cada uno. Si es posible, c o m p a r a mapas de diversas personas; descubrirás que son distintos y que, curiosamente, cada u n o congenia c o n el estilo y el c a r á c t e r de su autor. P e r o n o t o d o el m u n d o prefiere los mapas ni los e n c u e n t r a tan fantásticos. Algunos aprendices de escritura y otros autores, sobre todo los que tienen hábitos más adquiridos, dicen que jamás p o drían aclararse en una telaraña tan intrincada; prefieren los esquemas tradicionales. Algunos estudiantes prueban la técnica una vez y, si les gusta, repiten. A medida que la practican, la adaptan a sus necesidades y se la h a c e n suya. ESTRUCTURA D E L TEXTO L a organización de las ideas tiene que quedar reflejada e n el texto de alguna m a n e r a , si queremos que el lector siga la estructura que h e m o s d a d o al mensaje. L a s divisiones y subdivisiones de nuestro esquema tienen que corresponderse c o n unidades equivalentes del texto. C a d a división debe t e n e r unidad de contenido, p e r o t a m bién tiene que m a r c a r s e gráficamente. Sólo de esta m a n e r a conseguiremos c o m u n i c a r de forma c o h e r e n t e lo que nos h e m o s p r o puesto. M u c h o s tipos de t e x t o tienen una estructura estandarizada. Así, una carta tiene c a b e c e r a , introducción, c u e r p o y conclusión; instancia: la identificación, el expongo una y el solicito; y un cuento: planteamiento, n u d o y desenlace. E s t a s c o n v e n c i o n e s facilitan notablemente el trabajo del escritor, p o r q u e lo orientan en el m o m e n t o de elaborar el contenido. Si tienes que escribir una carta formal, n o hace falta quebrarse la cabeza buscando una estructura: puedes r e c o rrer a un m o d e l o o a un formulario estándar y ¡adelante! ¿ Y si tienes que escribir un artículo, un informe, una redacción o un c o m e n t a r i o , o cualquier o t r o t e x t o que n o tiene convenciones estrictas? ¿ C ó m o puedes estructurar el mensaje? E n los manuales de redacción e n c o n t r a r í a m o s también t o d o tipo de modelos, más o m e 76 nos genéricos, m á s o m e n o s adaptables a todas las situaciones: tesisantltesis-síntesis, tesis-argumentos, i n t r o d u c c i ó n - e x p o s i c i ó n - c o m e n tarios-opinión. P e r o , al m a r g e n de estas estructuras tipificadas, la escritura c u e n t a c o n su propia organización jerárquica [observa el c u a d r o siguiente], que p e r m i t e articular cualquier mensaje p o r apartados. E s c o m o un juego d e m u ñ e c a s rusas que se m e t e n unas d e n t r o d e otras, las pequeñas d e n t r o de las grandes. ESTRUCTURA DEL ESCRITO TEXTO Apartados o capítulos Párrafos Frases Cada unidad del esquema tiene identidad de fondo y forma. E l t e x t o es el mensaje c o m p l e t o , que se m a r c a c o n título inicial y p u n t o final. C a d a capítulo o apartado trata d e un subtema del c o n junto y se introduce c o n un subtítulo. L o s párrafos t i e n e n t a m b i é n unidad significativa y se separan en el t e x t o . L a s frases empiezan c o n mayúscula inicial y t e r m i n a n c o n p u n t o y seguido. [Consulta el esquema de la pág. 1 7 7 . ] P o r ejemplo, una a r g u m e n t a c i ó n e n c o n t r a de la p e n a d e m u e r t e podría c o n s t a r d e varios apartados: d e r e c h o penal, datos estadísticos, legalidad en los estados m o d e r n o s , historia, ética, etc. E n este 77 último apartado sobre ética, podría h a b e r un párrafo o una frase, e n t r e otras, que m e n c i o n a r a el d e r e c h o universal a la vida. En c a m b i o , en o t r o t e x t o sobre la declaración d e los derechos h u m a nos, esta m i s m a idea ocuparía posiblemente una posición más relev a n t e , en extensión y en jerarquía: un apartado e n t e r o , un capítulo o incluso m á s de la mitad del texto. L a correlación e n t r e las ideas y los datos del t e x t o se establece a partir de esta jerarquía estructural. Cualquier t e x t o , ya sea más largo o m á s c o r t o , y del ámbito que sea, tiene una f o r m a jerárquica c o m o la del esquema, c o n un grado variable de complejidad y, p o r lo tanto, c o n más o menos muñecas. U n p e q u e ñ o cartel c o m o el que sigue, que podría colgarse en la e n t r a d a d e una tienda, es un t e x t o c o m p l e t o que consta de un párrafo, f o r m a d o por una sola frase d e una palabra. E n c a m bio, el libro titulado La cocina de la escritura consta de dieciséis capítulos además de c o m p l e m e n t o s (prólogo, epílogo, bibliografía); cada capítulo puede tener de tres a seis apartados o subcapítulos; cada apartado, un n ú m e r o variable de párrafos (además d e subapartados, gráficos, esquemas y d o c u m e n t o s insertados); y cada párrafo, una m e d i a de c u a t r o o c i n c o frases. E n total, c i n c o o más niveles d e estructuración. CERRADO La organización del t e x t o c o n este conjunto d e unidades faci- lita e n o r m e m e n t e la c o m u n i c a c i ó n . A y u d a al a u t o r a p o n e r cada idea en su sitio, a evitar repeticiones o a buscar el o r d e n lógico del discurso. Al lector, le permite o b t e n e r una visión d e conjunto del texto, poder situarse en todo momento o leer selectivamente sólo lo que más le interesa. L a investigación sobre lectura y m e m o r i a (Richaudeau, 1 9 9 2 ) demuestra que los textos d e o r d e n lógico se leen y se r e c u e r d a n mejor que los d e orden aleatorio. Simple- mente: ¿ C ó m o sería la lectura d e esta cocina si n o hubiera capítulos, ni apartados, ni párrafos, o si todos estuvieran mal puestos equivocados? 78 ¡Imposible! o C u a n t o más largo y complejo es un t e x t o , más detallada debe ser su estructura para que el lector n o se pierda. P e r o los textos relati­ v a m e n t e c o r t o s también deben t e n e r su organización, a u n q u e sea más modesta. Y puesto que sólo intervienen párrafos y frases, es r e ­ c o m e n d a b l e que sean m u y claros. Fijémonos en el siguiente artículo. A la d e r e c h a de la c o l u m n a se describe la función de los párrafos en el conjunto del t e x t o ; a la izquierda, la organización interna d e cada párrafo y la relación e n t r e las frases. T a m b i é n he m a r c a d o en cursiva la tesis o frase t e m á t i c a [pág. 8 4 ] y c o n un recuadro, los m a r c a d o r e s textuales [pág. 1 5 4 ] d e c a d a párrafo. PARA UN LENGUAJE SOLIDARIO Organización interna F u n c i ó n de los párrafos En estos últimos días, hablar de dis­ 1" párrafo: criminación, racismo y xenofobia es, 7 oraciones desgraciadamente, una obligación. Por todas partes se levantan voces indigContextoJ nadas ante el vergonzoso espectáculo situacionaJ que los países «civilizados» de Europa damos en estos momentos. Y es que las muestras de intolerancia e insolidaridad sublevan a cualquier persona mínimamente sensata. |Sin embargoJ INTRODUCCIÓN estos últimos acontecimientos no de­ GENERAL: berían sorprender demasiado. Vivimos desigualdad I - „ , > actuales en un mundo desigual e injusto donde insolidaridadj se potencian actitudes conformistas, androcéntricas (el mundo se ve siem­ pre desde una perspectiva masculina) etnocéntricas (hay unas razas supe­ riores a las demás). Y esto es así, aun­ que no nos guste tener que recono­ cerlo. |Un ejemplo: [si observamos nuestro lenguaje nos daremos cuenta de que, de manera inconsciente, pero no por ello más tolerable, desprecia­ mos todo lo que consideramos «dife­ rente» y / o «inferion). 6 Tesis más general Concreción:, el ejemplo del lenguaje 79 es un reFrase Se ha dicho que el lenguaje temática flejo del sistema de pensamiento colectivo, de cómo piensa, siente y actúa una sociedad.\ Asi,|el lenguaje nunca es imparcial; con él siempre trasmitimos, desarrollo. aunque inconscientemente, una determinada ideología. Una ideología que muchos, la mayoría, rechazamos en teoría pero que en la pequeña práctica 'cotidiana fomentamos. Observemos, |por ejemplo,| que cuando Frase se tiene que utilizar una fórmula para temática referirse a individuos de ambos sexos la subtesis-» r balanza siempre se inclina hacia la variante masculina: hablamos de «profeEjemplo/ sores», «directores» para aludir a profesores y profesoras, directores y directoras. Curiosamente, podemos notar que cuando se diferencian los géneros de ciertas palabras es para otorgar connoC taciones bien distintas: no es lo mismo EjemplcK hablar de una «mujer pública» que de l un «hombre público». Y podríamos comentar muchos más casos como éste.j frase [Por otra parte, \la mayoría de libros de 2." párrafo: 4 oraciones TESIS: El lenguaje como reflejo Jer. párrafo: 4 oraciones EJEMPLO: fórmulas masculinas y femeninas 4." párrafo: temática texto que encontramos en el mercado 2 oraciones envían mensajes sexistas escondidos de- EJEMPLO: trás de redacciones normales o ilustra- libros de texto ciones gráficas: nunca encontraremos I ejemplo| padres haciendo los trabajos de casa ni madres ejecutivas. J Si analizamos frases hechas de uso muy 5." párrafo: notaremos que constante- 9 frases frase frecuente, a la temática mente citan a razas diferentes nuestra y siempre de manera peyorativa. Las referencias a «negros» y «negras», «gitanos» y «gitanas», «moros» y «moras» van íntimamente relacionadas con la explotación, la suciedad, la delincuencia y otras «cualidades» negativas como si fueran las que mejor definieran a estos grupos: siempre trabaja-. 80 mos como negros; nuestra suciedad nos acerca a la raza calé; cuando hablan mal de nosotros nos dejan en el libro de los ejemplos' negros; si alguna persona se ha enriquecido en poco tiempo es un poco gitana; pasamos una vida de moros; hacemos el j n d i o , etc. Prostitutas y homosexuales, por aquello de que no son «normales», no corren mejor suerte. Tesis que |En fin;|y después de todo aún pretenenlaza con deremos que nuestros hijos e hijas sean el inicio respetuosos, solidarios y tolerantes. Sin Cierre—» comentarios. EJEMPLO: frases hechas a 6. párrafo: 2 oraciones CONCLUSIÓN Ecolingüistes Associats [Menorca, 28-11-92] O b s e r v e m o s que c a d a párrafo trata u n t e m a o a s p e c t o i n d e p e n diente y que e n t r e todos construyen un significado global único. E n el interior, las frases se o r d e n a n d e m á s generales a m á s c o n c r e t a s ; los ejemplos siempre v a n al final. A d e m á s , los m a r c a d o r e s textuales suelen o c u p a r siempre la posición relevante de inicio d e la frase, que es la q u e p e r m i t e distinguirlos c o n facilidad. Para terminar, un esquema del contenido del t e x t o en forma d e llaves podría ser el siguiente, h e c h o a partir de títulos posibles de cada párrafo: ESQUEMA D E L T E X T O PÁRRAFOS FUNCIÓN -Introducción 1. Intolerancia e insolidaridad 2. El lenguaje como reflejo • Tesis Núcleo o cuerpo 3. Fórmulas masculinas y femeninas "Ejemplos— Por un lenguaje solidario 4. Libros de texto 5. Frases hechas 6. ¿Hijos solidarios y tolerantes? • Conclusión 81 6. P Á R R A F O S p á r r a f o . Cada trozo de un discurso o de un escrito que se considera con unidad y suficientemente diferenciado del resto para separarlo con una pausa notable o, en la escritura, con un «punto y aparte». MARÍA MOLINER El párrafo es como una mano que coge objetos variados: un puñado de arena, un chorro de agua, un mango, un montón de hojas o tres pelotas de tenis. Adopta formas distintas según los casos, pero siempre tiene un pulgar grande y enérgico que aprieta el objeto contra los otros dedos. De la misma manera, el párrafo necesita un dedo, una idea clave que dirija el resto de las frases y les dé unidad y sentido. LOUIS TlMBAL-DUCLAUX Ni siquiera la puntuación es tan i m p o r t a n t e en el t e x t o y al m i s m o t i e m p o t a n desconocida, c o m o lo es el párrafo. N o es sólo que los manuales de r e d a c c i ó n , c o n alguna e x c e p c i ó n , n o hablen d e él, sino que el estudiante suele t e n e r p o c a n o c i ó n o ninguna d e qué es, de qué se c o m p o n e y para q u é sirve: suele redactar al azar, e m pezando y c e r r a n d o parágrafos sin pensárselo demasiado. D u r a n t e estos últimos años, h e c o r r e g i d o bastantes redacciones de universitarios que n o hacían ni un p u n t o y aparte en dos hojas; y h e podido c o m p r o b a r después, c u a n d o se lo c o m e n t a b a , que n o habían asimilado el c o n c e p t o de parte del discurso, o de unidad significativa su- praoracional, aunque obviamente conocieran la palabra párrafo que justamente se refiere a ello. U n juego t a n simple c o m o el que e n c o n t r a r á s e n la siguiente p á gina sirve p a r a darse c u e n t a d e la trascendencia que llega a t e n e r esta unidad en el t e x t o . ¿Cuál d e las páginas siguientes crees que está mejor escrita, mejor o r d e n a d a ? ¿Cuál crees que sería más fácil de leer? 82 La respuesta más habitual suele ser la B , que es la que presenta un n ú m e r o de párrafos más adecuado c o n r e s p e c t o a la página, y c o n un t a m a ñ o parecido. L a página A causa pereza d e leer incluso antes d e v e r la letra: estos parágrafos tan largos dan la sensación d e un t e x t o c o m p r i m i d o . P e r o la situación c o n t r a r i a , la página C , n o es m u c h o mejor: tantos párrafos y tan c o r t o s p a r e c e n u n a lista desli- gada de ideas donde no pueda haber argumentos elaborados. Y se- g u r a m e n t e la página D es la que p r o v o c a m a y o r desconfianza p o r la variación desmesurada del t a m a ñ o d e los párrafos, que insinúa u n a posible anarquía estructural. Si la impresión visual ya g e n e r a sensaciones controvertidas, pensemos ¡qué puede pasar al e m p e z a r a leer! E l párrafo sirve p a r a estructurar el c o n t e n i d o del t e x t o y p a r a m o s t r a r f o r m a l m e n t e esta 83 organización. Utilizado c o n acierto facilita el trabajo d e c o m p r e n sión; p e r o e m p l e a d o de m a n e r a i n c o r r e c t a o gratuita, puede llegar incluso a e n t o r p e c e r la lectura. E n este capitulo intentaré explicar los secretos más importantes de esta unidad básica de la redacción. L A TEORÍA Definición Se suele definir el párrafo c o m o un conjunto de frases relacionadas que desarrollan un único tema. E s una unidad intermedia, superior a la oración e inferior al apartado o al texto, c o n valor gráfico y significativo. Tiene identidad gráfica porque se distingue visualmente en la página, c o m o hemos visto en el juego anterior: empieza c o n mayúscula, a la izquierda, en una línea nueva, y termina c o n punto y aparte; también se simboliza c o n los signos § o / [pág. 2 2 3 ; § 3]. Tiene unidad significativa porque trata exclusivamente un t e m a , subt e m a o algún aspecto particular en relación c o n el resto del texto. Función externa E n los textos breves de dos páginas o m e n o s , el párrafo es trascendental, p o r q u e n o hay otra unidad jerárquica (capítulo, apartado, p u n t o ) que clasifique la información y, de este m o d o , pasa a ser el único responsable de la estructura global del texto. Se encarga de m a r car los diversos puntos de que consta un t e m a , de distinguir las opiniones a favor y en c o n t r a , o de señalar un c a m b i o de perspectiva en el discurso. D e esta m a n e r a , el párrafo llega a asumir funciones específicas d e n t r o del texto: se puede hablar de párrafos de introducción, clusión final, Estructura de recapitulación, la entrada res textuales, 84 o de se suelen distinguir resumen. interna Ya en el interior tuyentes: de ejemplos de con- del párrafo, inicial, la conclusión, el desarrollo, varios los constimarcado- etc. E l e l e m e n t o más i m p o r t a n t e es la p r i m e r a frase, que ocupa la posición más relevante: e s lo p r i m e r o que se lee y, p o r lo t a n t o , debe introducir el t e m a o la idea central (aquí la h e m a r c a d o en cursiva). A s i m i s m o , la última frase puede c e r r a r la unidad c o n algún c o m e n t a r i o global o una recapitulación ( v a subrayada) que recupere algún dato relevante. E n m e d i o suele haber varias frases que desarrollan el t e m a y que a veces pueden estructurarse mediante m a r c a d o r e s textuales (en negrita) [pág. 1 5 4 ] . P e r o r a r a m e n t e los párrafos contienen todos estos elementos a la vez y d e m a n e r a tan evidente ( c o m o en este caso, que se trata d e un ejemplo premeditado). L o más n o r m a l es que tengan u n o u o t r o y m á s o menos escondidos. Tipología A d e m á s , el c o n t e n i d o también d e t e r m i n a la organización del párrafo. L o s teóricos (Repilado, 1 9 7 7 ; F l o w e r , 1 9 8 9 ; Serafini, 1 9 9 2 ) distinguen diversas estructuras según el tipo d e datos expuestos. Así, una argumentación requiere necesariamente tesis, a r g u m e n t o s y tal vez también ejemplos; una narración o r d e n a c r o n o l ó g i c a m e n t e las frases; una pregunta retórica precede a la respuesta razonada; un contraste de datos (a f a v o r / e n c o n t r a , v e n t a j a s / i n c o n v e n i e n t e s , s i t i v o / n e g a t i v o ) se articula c o n m a r c a d o r e s del tipo por una por otra parte, pero, en cambio... poparte/ Y un párrafo d e lista de casos posi- bles, c o m o p o r ejemplo éste, c o n t i e n e una introducción general y la e n u m e r a c i ó n correlativa de unidades. Extensión C o n respecto a la extensión que debe t e n e r el párrafo, n o hay directrices absolutas. V a r í a notablemente según el tipo d e t e x t o , el t a m a ñ o del soporte (papel, línea, letra) o la é p o c a histórica. U n a noticia suele t e n e r párrafos más c o r t o s que un informe t é c n i c o y t o davía más que un tratado de filosofía. L o s manuales d e estilo p e r i o dístico (El País, La Vanguardia, La Voz de Galicia, France-Presse) r e c o m i e n d a n brevedad y ponen varios topes: un m á x i m o d e 4 o 5 frases, de 1 0 0 palabras o de 2 0 líneas. A d e m á s , un m i s m o párrafo escrito c o n varios t a m a ñ o s de letra o interlineados c a m b i a notable85 m e n t e de v o l u m e n y puede resultar largo o c o r t o . Colby ( 1 9 7 1 ) e x p o n e que los párrafos escritos d u r a n t e el siglo pasado son m u c h o más largos, e n general, que los actuales, para los cuales r e c o m i e n d a un t a m a ñ o m e d i o de unas 1 0 0 - 1 5 0 palabras. Recomendación E n general, el aspecto visual p a r e c e i m p o n e r s e a las necesidades internas de extensión. L o que i m p o r t a ante todo es que página y párrafos ofrezcan una buena imagen e inviten a la lectura, c o m o hem o s visto en el juego inicial. P o r lo t a n t o , la r e c o m e n d a c i ó n más sensata es que cada página tenga e n t r e tres y o c h o párrafos, y que cada u n o c o n t e n g a e n t r e tres y c u a t r o frases, a c e p t a n d o siempre t o das las e x c e p c i o n e s justificadas que haga falta. Resulta difícil y peligroso reducir una r e c o m e n d a c i ó n a cifras absolutas. Faltas principales H e aquí c i n c o de las faltas más corrientes del párrafo. L e s he puesto un n o m b r e —bastante personal— y las explico: • Desequilibrios. Mezcla anárquica d e párrafos largos y cortos sin ra- zón aparente (ejemplo D en el juego anterior). N o existe un orden estructurado: el autor los ha m a r c a d o al azar. • Repeticiones y desórdenes. Se r o m p e la unidad significativa p o r causas diversas: ideas que debieran ir juntas a p a r e c e n en párrafos distintos, se repite una misma idea en dos o más párrafos, dos unidades vecinas tratan el m i s m o t e m a sin que haya ninguna razón que impida que constituyan un ú n i c o párrafo, etc. • Párrafos-frase. E l t e x t o n o tiene puntos y seguido; cada párrafo consta de una sola frase, más o m e n o s larga. E l significado se desc o m p o n e en una lista i n c o n e x a d e ideas. E l lector debe h a c e r el trabajo de relacionarlas y construir unidades superiores (ejemplo C en el juego). 86 • Párrafos-lata. Párrafos e x c e s i v a m e n t e largos que o c u p a n casi una página entera (ejemplo A del juego). A d q u i e r e n la apariencia d e bloque espeso d e prosa y suelen c o n t e n e r en su interior diversas subunidades. E l lector debe abrir la «lata» del párrafo para p o d e r identificar y separar todas sus partes. • Párrafos escondidos. E l t e x t o está bien o r d e n a d o a nivel profundo, pero resulta p o c o evidente para el lector, que tiene que leer muy a t e n t a m e n t e para descubrir su estructura. L a prosa n o tiene m a r c a dores ni «muestra» visualmente su organización. E l t e x t o ganaría e n claridad si hiciera más evidente el o r d e n o, p o r ejemplo, si lo explicara al principio. Truco ¡Ah! Y un t r u c o final para c o n t r o l a r los párrafos de un t e x t o , tanto los que escribimos c o m o los que leemos. Se trata de ponerles título, resumir el t e m a que tratan o la información que c o n t i e n e n en dos o tres palabras —tal c o m o he h e c h o en este apartado—. Si los títulos resultantes n o se solapan y guardan una buena relación d e vecindad entre ellos; es decir, si n o hay vacíos en el desarrollo t e mático, ni repeticiones, ni desórdenes, significa que los párrafos tienen unidad significativa y que están bien construidos. A d e m á s , el truquillo sirve para identificar c o n más facilidad el t e m a d e cada unidad y ayuda a leer, ¿ n o te p a r e c e ? EJEMPLOS COMENTADOS E m p e c e m o s c o n algunas muestras de laboratorio, producidas e n un curso de r e d a c c i ó n , en la lección dedicada a párrafos: ESTRUCTURA ANUNCIOS TELEVISIVOS D E TESIS Y A R G U M E N T O S Hace algún tiempo vi un anuncio delicioso en la televisión: un perro era abandonado en la carre- ' Frases iniciales: introducción del tema tera y sus ojos imploraban que no 87 lo abandonaran. E r a un pequeño I poema tierno y triste, algo cruel, J quizás. Me gustan mucho más los anuncios que muchas películas ma> Tesis central las o banales que, lejos de divertir o educar, solamente nos vuelven estúpidos. Los anuncios son ideales por tres motivos. E l primero: son cortos y concisos. E l segundo: en ellos aparecen frecuentemente jue- ' Argumentos numerados gos de palabras. Y en tercer lugar, aunque no menos importante: nos llegan de una forma fulminante, como un pequeño rayo de inspira- ' ción. Asi, descartando los mensajes subliminales y las bobadas del tipo «sea libre con este coche deporConclusión final. Cierre tivo», un pequeño poema vale más que ciento veinte minutos de aburrimiento. [MG] ESTRUCTURA ¿CULEBRONES ALIENANTES? D E PREGUNTA Y RESPUESTAS Algunos defensores de los llamados Introducción del tema «culebrones» reivindican estos productos para que las amas de casa se • Información complementaria liberen, durante un rato, de sus preocupaciones caseras. Sin embargo, la cuestión no es tan sencilla. ¿Merece la pena no pensar en croquetas y coladas para tragarse las Pregunta tesis desgracias de un hombre rico, elegante e infeliz? L a señora Engracia no mejorará su calidad de vida viendo semejantes epopeyas, tamRespuestas poco será más rica, ni más interesante... Por lo tanto, hace falta replantearse la cuestión de esta manera: ¿los «culebrones» son alienan- > Conclusión: pregunta retórica tes o más bien embaucadores? [MG] 88 L o s dos párrafos m a n t i e n e n el esqueleto r e t ó r i c o que p r o p o n e la teoría: frase inicial d e introducción, frase final de conclusión y m a r c a dores textuales para apoyar el desarrollo del contenido. T a m b i é n son remarcables los recursos utilizados: c o m b i n a c i ó n e n t r e formulación teórica y explicación llana, ejemplos c o n c r e t o s y preguntas retóricas. O t r a muestra, tan inteligente o más, puede ser el siguiente a r tículo de Maruja T o r r e s (El País, 1 6 - 3 - 9 4 ) , en el q u e la estructura d e los párrafos vehicula admirablemente el mensaje del texto: Angustia Maruja Torres • j i - j a adolescencia es una edad angustiosa, algo así como hallarse J—/permanentemente a las cuatro de la madrugada, cuando el desastre parece definitivo, y los errores irresolubles, exasperantes. Cualquiera que guarde memoria del abrumador sentido de la responsabilidad que en semejante momento de la vida se desploma sobre uno, como una carga personal e insoslayable, tiene, por fuerza, que haberse sentido acongojado por los resultados de la encuesta de la Confederación Española de Asociaciones de Padres de Alumnos. 2 Un 45 % de alumnos, de edades comprendidas entre los 13 y 16 aftos, consideran que están fracasando total o parcialmente en los estudios. Creen haber fracasado cuando aún están empezando a palparse el ego, como esos arbolillos urbanos que, justo cuando arrancan a verdecer, parece que miran alrededor y, asfixiados por la perspectiva de desarrollarse en un entorno adverso, se agostan y renuncian a dar la batalla de sus brotes tiernos. 3 E l propio sentido de la autocrítica —que al crecer se va abandonando: sin autocomplacencia, resultaría bastante depresivo ser adulto— y el endemoniado sistema de enseñanza masificada y exámenes globales arrasan la propia estima de chicas y chicos que, además, se ven condicionados por el culto que esta sociedad rinde al triunfo. Asimismo, las más livianas condiciones en que su existencia se desenvuelve -hablando en términos generales—, en comparación con la dureza que marcó —también en general— a las generaciones precedentes, son brutalmente cuestionadas por la pavorosa ausencia de futuro. Pues se les exige cumplir con creces, en nombre de las facilidades iniciales que reciben, pero saben que nadie les esperará a la salida de la universidad para mostrarles el camino hacia su lugar en el mundo. 2 3 4 5 6 7 4 8 Ellos son el resultado de nuestras más profundas malas notas. 89 H e n u m e r a d o los párrafos y m a r c a d o c o n superíndices los puntos y seguido. H e aquí un s o m e r o análisis del equilibrio e n t r e párrafo, oraciones, signos de puntuación y extensión: PÁRRAFO EXTENSIÓN ORACIONES (líneas) ( p u n t o s y seg.) 1.° 15 2° 3.° • 4.° COMAS GUIONES 2 9 0 13 2 7 0 23 3 8 4 2 1 0 0 L o s párrafos mantienen ciertas constantes de extensión, n ú m e r o de oraciones y estilo, e x c e p t o al final, d o n d e una única frase c o r t a y directa, constituida en párrafo —lo que le da m a y o r fuerza—, r o m p e el t o n o del artículo y lo cierra. E l v a l o r más reflexivo o subjetivo del t e r c e r párrafo (donde la autora opina sobre la encuesta) puede quedar reflejado en su extensión superior y en el uso de los guiones. R e s p e c t o al c o n t e n i d o , los dos primeros párrafos constituyen una introducción o p r i m e r a parte, en la que se citan los datos objetivos en que se basa el artículo: la encuesta realizada ( p u n t o n.° 2 ) y el 4 5 % de presuntos fracasos (n.° 3 ) . D o s c o m p a r a c i o n e s poéticas e n m a r c a n estas informaciones al inicio (n.° 1: hallarse mente...) y al final (n.° 4: como esos arbolillos...). permanente- E n c a m b i o , el ter- c e r párrafo desarrolla el c o m e n t a r i o o la opinión de la autora a partir d e una repetida contraposición e n t r e chicos y chicas y adultos: la personalidad d e unos y otros (n.° 5 ) ; lo que tienen hoy los primeros y lo que tuvimos los segundos (n.° 6 ) , así c o m o lo que esperamos de ellos en el m a ñ a n a y lo que r e a l m e n t e tendrán (n.° 7 ) . L a metáfora final de las malas notas (n.° 8 ) , c o n sus c o n n o t a c i o n e s escolares, r e laciona chicos y chicas c o n adultos y sintetiza este juego d e oposiciones. P o r este m o t i v o la autora m a n t i e n e la expresión «malas n o tas» (nuestras nuestras 90 más profundas profundas peores malas notas) en vez de la forma lógica: (más + m a l a s ) notas. P Á R R A F O S ESTROPEADOS Y t e r m i n o c o n tres fragmentos para reparar. T a m b i é n son reales y más imperfectos, extraídos de periódicos y libros d e consulta e s c o lares. A v e r si sabes e n c o n t r a r los errores y puedes mejorarlos, antes d e leer los c o m e n t a r i o s y las soluciones del final: ORIGINALES E L BAIX PENEDES H O O V E R Y SU A M I G O (pie de foto) Tradicionalmente, la comarca del Baix Penedes se dedicaba a la agricultura. Al ser durante siglos tierra de paso, los cultivos no abarcaban más que un reducido porcentaje de la superficie cultivable. Así, encontramos en el cartulario de Sant Cugat que, hasta bien entrado el siglo XII, la mayor parte de la comarca estaba constituida por bosques, matorrales, yermos, marismas y cañaverales cerca del mar. [CRP] E n esta fotografía tomada en 1936 aparecen J . Edgar Hoover y su amigo durante mucho tiempo, Clyde Toisón (derecha). Hoover, según se afirma en un libro y en un programa de televisión, dados a conocer ahora, veinte años después de su muerte, era travestido y homosexual. Hoover, el tantos años temido y admirado jefe del F B I , fue chantajeado, según el libro y el programa de T V , por jefes de la mafia, a los que protegió porque tenían fotografías en las que él aparecía en desahogos sexuales con Toisón. [El Comercio, 9-2-93] E l párrafo d e la izquierda presenta una c o n t r a d i c c i ó n a p a r e n t e , aunque n o real, e n t r e la p r i m e r a frase y el resto. U n a c o m a r c a puede dedicarse básicamente a la agricultura, cultivando sólo u n a minúscula parte d e la superficie total del t e r r e n o . L o q u e c o n f u n d e al lector es la c o n e x i ó n e n t r e las dos primeras frases. T a m b i é n es preferible evitar los comienzos -mente, d e párrafo c o n un adverbio en si n o se trata de un m a r c a d o r textual [pág. 1 5 4 ] . E n el párrafo de la derecha, el o r d e n de los datos n o es el más c o r r e c t o , según los c o n o c i m i e n t o s previos del lector y el interés de la noticia. A d e m á s , se repiten algunas palabras innecesarias (tomada 91 en, según el libro y el programa de TV, los jefes de) y se puede m e jorar un p o c o la redacción. E n m e n d a n d o estos puntos, ésta podría ser una buena revisión de los dos fragmentos: MEJORADOS E L BAIX PENEDES HOOVER Y SU AMIGO La comarca del Baix Penedés se dedicaba tradicionalmente a la agricultura, aunque, al ser tierra de paso durante siglos, los cultivos no abarcaban más que un reducido porcentaje de la superficie cultivable. Así, encontramos en el cartulario de Sant Cugat que, hasta bien entrado el siglo XII, la mayor parte de la comarca estaba constituida por bosques, matorrales, yermos, marismas y cañaverales marítimos. El tantos años temido y admirado jefe del FBI, J . Edgar Hoover, aparece en esta fotografía de 1936 con el que fue su amigo durante mucho tiempo, Clyde Toisón (derecha). Según afirman un libro y un programa de televisión dados a conocer ahora, veinte años después de su muerte, Hoover era travestido y homosexual. La mafia lo chantajeó con unas fotografías en las que aparecía en desahogos sexuales con Toisón, a cambio de protección. V e a m o s p o r último un c l a r o ejemplo d e mala distribución d e la información en una noticia completa. A la izquierda está el original y a la d e r e c h a una posible solución: S O R P R E N D I D O S «IN F R A G A N T I » Dos delincuentes habituales, uno de ellos, G.A.G., de 25 años, con 21 antecedentes por delitos contra la propiedad y la salud pública, fueron detenidos en la madrugada del sábado por la Policía Local de Torrelavega como presuntos autores de un robo cometido en el bar Las Palmeras. Dos delincuentes habituales fueron detenidos en la madrugada del sábado por la Policía Local de Torrelavega, como presuntos autores de un robo cometido en el bar Las Palmeras. Se trata de G.A.G., de 25 años, con 21 antecedentes por delitos contra la propiedad y la salud pública, y de AJ.M.P., de 28 años, ambos vecinos de Torrelavega. En Los dos jóvenes fueron vistos por la 92 compañía de A.J.M.P., de 28 años, también vecino de Torrelavega, el anteriormente citado fue visto por la Policía cuando abandonaba el citado establecimiento a las 4.30 horas de la madrugada. Después de una persecución, consiguieron detenerlos en la zona de Mies de Vega. Se les ocupó una bolsa de plástico con 11.000 pesetas en monedas procedentes del tragaperras. [El Diario, 12-5-94] Policía cuando abandonaban el citado establecimiento a las 4.30 horas de la madrugada. Después de una persecución, fueron detenidos en la zona de Mies de Vega. Se les ocupó una bolsa de plástico con 11.000 pesetas en monedas procedentes del tragaperras. L a cita de los datos personales d e los sospechosos e n párrafos distintos (en cursiva en el t e x t o ) p r o v o c a importantes problemas d e anáfora, además de la extrañeza lógica d e e n c o n t r a r l o s separados. E n el segundo párrafo, el también vecino de Torrelavega n o tiene referente: ¿quién es el p r i m e r v e c i n o ? ¡ N o puede ser la Policía L o cal! D e b e m o s sobreentender que se refiere al p r i m e r sospechoso, aunque n o se m e n c i o n e . M á s adelante, sólo G . A . G . , el anteriormente citado, fue visto p o r la policía, aunque le a c o m p a ñ a r a A . J . M . P . ; y el sujeto plural elíptico d e consiguieron no coordina en n ú m e r o c o n el referente singular lógico d e la Policía. F i n a l m e n t e , los p r o n o m b r e s d e detenerlos y les ocupó c a r e c e n d e referente gramatical inmediato (deberíamos r e m o n t a r n o s a dos delincuentes habituales), si bien los desciframos sin dificultad p o r q u e el sujeto de la acción son los dos jóvenes y lo r e c o r d a m o s e n t o d o m o m e n t o . L a versión de la d e r e c h a reestructura las informaciones y supera los defectos gramaticales c o m e n t a d o s . A d e m á s , consigue dos p á r r a fos más c o m p a c t o s , c o n dos y tres oraciones de extensión m o d e r a d a , respectivamente. 93 7. L A A R Q U I T E C T U R A D E L A F R A S E Constituyen una oración los enunciados que todos sus constituyentes en relación con un verbo en forma personal. organizan conjugado JUAN ALCINA FRANCH y JOSÉ M A N U E L BLECUA L l e g a m o s al fondo de la cuestión, a la esencia de la escritura: la prosa, la frase. Se ha investigado más que cualquier o t r o aspecto, t a m bién es lo que más se enseña en la escuela. P e r o ¡hay que v e r los quebraderos de cabeza que aún nos procura! E n el capítulo más largo de esta cocina, paso revista al perfil ideal que debería t e n e r una o r a - ción. B u s c a m o s la frase atractiva, eficaz, clara... (¿¡la que quizás sólo se e n c u e n t r a en las g r a m á t i c a s teóricas!?). ¡ E s p e r e m o s q u e no! D e todas las reglas que presentan los manuales de r e d a c c i ó n , he seleccionado las m á s valiosas y he p r e p a r a d o un sofrito personal. E l plato se sirve c o n ejemplos didácticos: a la izquierda está la frase mejorable y a la d e r e c h a la mejorada. Q u i e n quiera e n t r e n a r s e puede tapar c o n un papel la c o l u m n a de la d e r e c h a e intentar mejorar la frase p o r su cuenta. Al final del capítulo también hay ejerci- cios a la carta c o n las soluciones correspondientes. EL TAMAÑO T o d o s los manuales de r e d a c c i ó n aconsejan brevedad: el libro de estilo de El País r e c o m i e n d a una media m á x i m a d e 2 0 palabras por frase; el de La Vanguardia también cita un máximo de 20, pero d e s c o n t a n d o artículos y otras partículas gramaticales; F r a n c e - P r e s s e p o n e el límite d e legibilidad e n los 3 0 vocablos o en las tres líneas; el resto (ABC, R e u t e r , E f e , T V E , Canal Sur, Avui, «la Caixa»...) c o i n c i d e en preferir la o r a c i ó n c o r t a c o n pocas c o m p l i c a c i o n e s ( o c o n un m á x i m o de dos subordinadas: Reuter). Incluso el M A P ( M i - nisterio para las Administraciones Públicas) califica de 94 «longitud desmesurada» la extensión de 2 0 - 3 0 palabras q u e dice que suele t e n e r «el párrafo administrativo» [sic]. T a m b i é n p o d e m o s citar precedentes más r e m o t o s . E n su tado de las cualidades esenciales de la elocución (estilo), Tra- de 1 8 9 6 , B a r t o l o m é Galí Claret r e c o m i e n d a evitar «las cláusulas largas, las cuales c o n su excesivo n ú m e r o de conjunciones y p r o n o m b r e s relativos, h a c e n el estilo confuso, lánguido y pesado». Y añade este delicioso ejemplo (con estas cursivas): EJERCICIO D E L ALUMNO CORRECCIÓN D E L MAESTRO He leído tu última carta con muchísima alegría porque veo que el cariño que me tienes es muy grande, tan grande como el que yo te tengo; por más que me haya causado alguna tristeza el que me digas en tu carta que no te querré mucho porque no te escribo más a menudo, lo que no es cierto, puesto que te amo muchísimo; pero tú ya sabes que me cuesta mucho hacer una carta por más que sea muy sencilla, y que uno tiene siempre pereza de hacer lo que no sabe o le cuesta mucho hacer. He leído tu última con muchísima alegría pues veo cuan grande es el cariño que mutuamente nos profesamos. Sin embargo aquellas palabras de tu carta, «no me querrás mucho cuando me escribes con tan poca frecuencia», no han dejado de causarme cierta pena, pues bien sabes cuánto te quiero. Y a te escribiría más a menudo, primo mío, pero me es muy difícil componer la más sencilla carta, y por otra parte uno tiene siempre pereza de hacer lo que no sabe o le cuesta mucho hacer. E l ejemplo confunde la unidad de la frase (punto y seguido) £ o n la del párrafo (punto y aparte), p e r o el c o n t r a s t e e n t r e los dos t e x t o s muestra c o n claridad las dificultades que presenta la o r a c i ó n extensa - ¡ y el t e m a y el t o n o del t e x t o n o tienen desperdicio!—. V e a m o s a h o r a algunos ejemplos actuales: Las imágenes televisadas de las recientes corridas de toros celebradas en La Coruña y Pontevedra, esta plaza del barrio de San Roque, atestada hasta la bandera de un público quizás algo condescendiente pero entusiasta (que es lo que importa ahora), nos llenan de satisfacción a los «taurinos» y amantes, por otra parte, de esas tierras gallegas en las que viví y trabajé. [Carta al director: ABC, 25-8-94] = 6 2 p a l a b r a s 95 Queda muy claro, o a mí me lo parece, que la pretensión que los hoteleros jiennenses aspiran a consensuar (otro concepto que se las trae) con sus colegas costasoleños, un tanto en plan Juan Palomo, no es otra cosa que la de conseguir un cierto viso de legalidad (un look de caballeros sin tacha) a la coz que desean propinar en el mismo epigastrio de la economía de mercado, como al navajazo con que, sin menor duda, quedaría desfigurado el rostro de la competitividad. [Columna de opinión: Sur, 17-9-94] = 84 palabras Cuarto. — La objetiva contemplación de las distintas actuaciones obrantes tanto en el expediente administrativo como en los autos determina nuestra convicción de que efectivamente se ha producido un resultado dañoso —lesión de la reclamante consistente en fractura-luxación de Monteggia codo izquierdo—, pero en modo alguno existe constancia indubitada, pues ni se ha demostrado ni podemos estimar como tal la mera declaración de la reclamante ni la de su esposo, de que tal lesión se produjo como consecuencia de una caída determinada por el estado que ofrecía la acera de la calle Francisco Manuel de los Herreros de la ciudad de Palma de Mallorca, a causa de las obras municipales realizadas por el contratista adjudicatario, y siendo ello así, no habiendo acreditamiento, ni tan siquiera indiciario, ya que la Sala de primera instancia parece basarse, al margen de reputar que en el caso de autos se produce la inversión de la carga probatoria, en simples presunciones que después analizaremos, del nexo causal que ha de vincular necesariamente la lesión al funcionamiento normal o anormal de los servicios públicos, es por lo que ya en principio no cabe compartir el criterio que, en relación con el tema que consideramos, expresa la Sala de primera instancia en la sentencia impugnada, pues insistimos, la parte reclamante no ha demostrado, a pesar de que le incumbía, que el accidente sufrido se debió al mal estado de la acera y a la deficiente iluminación de la referida calle... por el hecho de que se realizaran obras de reforma del alumbrado público en dicha zona», y adviértase que el informe del Sr. Subinspector de la Policía Municipal de 26 de enero de 1988, sólo refiere que la reclamante «fue trasladada el día 4 de noviembre de 1987 a la Residencia Sanitaria de la Seguridad Social porque habla sufrido una caída, según propia manifestación», sin concretar la causa que había determinado aquélla, añadiendo a seguido que el esposo de la lesionada el día 5 siguiente había hecho constar que «la culpa de la caída era una zanja existente sobre la acera, de unos diez centímetros de profundidad, protegida por una valla, al hallarse dicha acera en obras». [Sentencia judicial (5-7-94; Tribunal Supremo, Sala 3. ): Actualidad Jurídica Aranzadi, 163, 8-9-94] = 3 5 8 palabras a 96 ¡Vaya tostones! ¿Cuántas veces has tenido que releer cada frase? Quizá hayas desistido. N o c r e o que hayas podido c o n la última. ¿Quién puede c o n ella? ¡ Y es del Tribunal Supremo! T e n g o que r e c o n o c e r que resulta más difícil entender una oración sola, sacada de contexto, sin c o n o c e r previamente e l t e m a de qué trata. E n algún caso, c o m o en el segundo ejemplo, las referencias culturales son tan locales que se nos escapan. P e r o está claro que los períodos largos c o m o los anteriores n o son nada fáciles de leer. Las investigaciones sobre la extensión media de la frase en prestigiosos escritores o en tipos de texto también demuestran que la prosa más popular suele usar períodos sintácticos breves. L o s siguientes recuentos, extraídos de Richaudeau ( 1 9 9 2 ) , apuntan también una curiosa tendencia histórica a acortar la oración, por lo menos en la narrativa inglesa: N O V E L A S INGLESAS ESCRITORES FRANCESES PROMEDIO D E AUTOR PALABRAS PROMEDIO D E PERÍODO POR F R A S E George Simenon Jean Giono Gustave Flaubert Paul Valéry Marcel Proust Rene Descartes 15 15 18 22 38 74 PALABRAS POR FRASE entre entre entre entre 1740-1790 1800-1859 1860-1919 1920-1979 41 29 25 15 P a r a que estas cifras tuvieran validez absoluta tendríamos q u e saber qué se entiende p o r frase, puesto que puede haber discrepancias relevantes: un período sintáctico, lo que hay e n t r e dos mayúsculas d e c o mienzo de oración o e n t r e dos signos de puntuación, etc. R i c h a u d e a u , que posiblemente es quien ha estudiado más a fondo este p u n t o , define la frase c o m o un período de p r o s a c o n a u t o n o m í a sintáctica y s e m á n t i c a , que se m a r c a visualmente c o n puntuación fuerte ( p u n t o , e x c l a m a c i ó n , e t c . ) o semifuerte { p u n t o y c o m a , dos puntos, e t c . ) . L a investigación psicolingüística sobre la capacidad de c o m p r e n sión de los lectores aporta más información. P o r un lado, la c a p a c i d a d media de la m e m o r i a a c o r t o plazo es de 15 palabras; o sea, nuestra c a p a cidad para r e c o r d a r palabras, mientras leemos, d u r a n t e unos p o c o s segundos, es muy limitada. E s t o significa que c u a n d o nos e n c o n t r a m o s c o n un período largo, c o n incisos también extensos, nuestra m e m o r i a se 97 sobrecarga, n o puede retener todas las palabras y perdemos el hilo de la prosa ( ¡ c o m o nos ha pasado c o n las frases anteriores!). P o r o t r o lado, las frases muy cortas y de lectura fácil son más difíciles de recordar si se encadenan una detrás d e otra sin conexiones lógicas. E l lector lee sin esfuerzo pero tiene que recordar las ideas u n a p o r una, n o puede relacionarlas significativamente para formar unidades superiores. Asi pues, t a m p o c o hay que caer en el e x t r e m o opuesto redactando períodos telegráficos. C o m p a r a las tres posibilidades de este fragmento: U N PUNTO C U A T R O PUNTOS SEIS PUNTOS Los expertos en ganadería se oponen a la importación de estos animales por varios motivos, que van desde la falta de garantías sanitarias de los países vendedores (quienes no han podido aportar ningún documento, de valor internacional, sobre la cuestión), al descenso de la demanda de estas carnes en nuestro país, y también a la falta de una explicación satisfactoria sobre cómo se realizaría el transporte, el almacenamiento y la conservación de la mercancía. Los expertos en ganadería se oponen a la importación de estos animales por varios motivos. E n primer lugar, los países vendedores no han podido aportar garantías sanitarias, con documentación de valor internacional. También, la demanda de estas carnes ha descendido en nuestro país. Y , finalmente, no se ha explicado de forma satisfactoria cómo se realizaría el transporte, el almacenamiento y la conservación de la mercancía. Los expertos en ganadería se oponen a la importación de estos animales. Hay varios motivos en contra. Los países vendedores no han aportado garantías sanitarias. No han podido aportar ningún documento de valor internacional. La demanda de estas carnes ha descendido en nuestro país. Tampoco se ha explicado de forma satisfactoria cómo se realizaría el transporte, el almacenamiento y la conservación de la mercancía. L a retahila d e frases de la derecha ayuda p o c o o nada a c o m p r e n d e r el significado del fragmento, porque n o relaciona las ideas entre sí c o m o hacen las otras dos versiones. Seguramente nos quedaríamos c o n la v e r sión del c e n t r o , que identifica cada idea c o n una oración cerrada c o n punto final, y que incluye marcadores textuales [pág. 1 5 4 ] . V a m o s a c o m p r o b a r l o c o n un ejemplo real (que contiene una silepsis m a r c a d a c o n cursiva [ver pág. 122]): 98 ORIGINAL MEJORADO Todo ello [los banquetes del restaurante de un casino] dentro del ambiente más selecto en el que una relajante decoración, en armonía con múltiples y bellas plantas de interior, ponen la nota de distinción de este establecimiento que, como ya hemos mencionado, destaca por la flexibilidad de su horario: desde las 21 horas hasta las 4.30 de la madrugada, y al que se puede acceder directamente —con el único requisito de presentar su documento nacional de identidad o pasaporte— o bien reservando su mesa al número 281 X X X X o fax 281 X X X X . [Sur, 17-9-94] Todo ello se realiza dentro del ambiente más selecto en el que pone nota de distinción una relajante decoración, con múltiples y bellas plantas de interior. Como ya hemos mencionado este establecimiento destaca por la flexibilidad de su horario: desde las 21 horas hasta las 4.30 de la madrugada. Se puede acceder a él reservando su mesa al número 281 X X X X o fax 281 X X X X , o bien directamente —con el único requisito de presentar su documento nacional de identidad o pasaporte. ¿ Q u é fragmento se lee mejor? ¿ E l d e la d e r e c h a , v e r d a d ? L e e mos las oraciones breves, ordenadas y directas c o m o las d e la d e r e c h a sin pararnos; c o m p r e n d e m o s sus ideas principales c o n u n a sola pasada rápida, sin tener que prestar ninguna atención especial. E n c a m b i o , ¿qué pasa c o n la de la izquierda? Seguro q u e has perdido el hilo de la prosa y has tenido que r e t r o c e d e r para releerla. ¡Quizá hayas tenido que pasar dos, tres o m á s veces para c o m p r e n d e r l a ! L a oración es tan larga y tiene tantos incisos, que te extravías e n ella; de p r o n t o te olvidas del referente d e algún p r o n o m b r e , del sujeto que da sentido a un verbo... y tienes que r e t r o c e d e r p a r a repescarlos. E n definitiva, la extensión de la frase n o es un v a l o r absoluto. Pueden c o m p l i c a r la oración otros aspectos c o m o los incisos, el o r - den de las palabras o determinadas estructuras sintácticas. Además, la c o m u n i c a c i ó n depende también d e o t r o s factores c o m o el nivel cultural del lector destinatario o el t e m a del texto. P o r lo t a n t o , es lógico que los períodos varíen y se adapten a las circunstancias. Quizás la mejor r e c o m e n d a c i ó n final para escribir frases la f o r m u l ó h a c e un siglo, c o m o una p r e m o n i c i ó n iluminada, un g r a m á t i c o español: « N o escribamos n u n c a cláusula alguna en el papel, sin h a 99 berla construido antes en el entendimiento, y desechémosla p o r demasiado larga, enredada y confusa siempre que después d e construida, n o p o d a m o s retenerla c o n facilidad en la m e m o r i a . » (Gall, 1896) C O M O UN ÁRBOL DESNUDO E s t a c a n c i ó n d e Lluís L l a c h ( « C o m un arbre nu») m e v a d e perlas para presentar esta c o m p a r a c i ó n e n t r e frases y árboles. L a sintaxis de la frase es c o m o la copa de un árbol que trepa y se subdivide en m u c h a s ramas, de más o m e n o s longitud, repletas de hojas de adjetivos y c o m p l e m e n t o s que r e v e r d e c e n la planta. Según esto, ¿cuáles son los árboles-frase más bonitos y fáciles de leer? L a s r a m a s de la frase son todas aquellas expresiones, añadidas a la estructura básica, que podrían eliminarse sin q u e el período perdiera a u t o n o m í a sintáctica: relativos, aposiciones, vocativos, explicaciones, algunas subordinadas, circunstanciales, etc. P u e d e n ir o n o marcadas gráficamente c o n signos de puntuación delante y detrás. L a s d e n o m i n a r é incisos para simplificar. L o s incisos enriquecen la idea básica d e la frase c o n información c o m p l e m e n t a r i a , pero también la alargan hasta la e x a g e r a c i ó n , si n o se p o n e freno. U n a estructura básica de pocas palabras (sujeto, v e r b o y objeto) puede convertirse en un período de diez líneas o m á s , alargándola c o n incisos y m á s incisos. Repasa los ejemplos c i tados más arriba de frases extensas y contrasta su estructura básica de oración c o n los incisos añadidos; e n algunos casos los incisos son m u c h o más extensos que la base principal. L a s consecuencias de este h e c h o son bastante graves. L a frase principal queda camuflada e n t r e tantas ramificaciones y al l e c t o r le cuesta identificarla. L o s incisos demasiado largos separan e l e m e n t o s continuos y r o m p e n el hilo de la lectura, c o m o h e m o s visto. E l l e c t o r n o tiene capacidad para recordar t o d o lo que v a leyendo. Fíjate en los incisos de los dos siguientes párrafos-frase [Avui, 1 4 - 1 - 9 3 ] , dibujados c o m o un árbol de lado. H e separado en el espacio cada inciso y he m a r c a d o la frase principal en letra negrita: 100 PRIMER ÁRBOL-FRASE Jordi Arcarons s e g u r a m e n t e p a s a r á a la historia c o m o un héroe, etiqueta exagerada que entre todos acostumbramos a colgar en la espalda y continua con su obstinación de sumar victorias de etapa en el rally París-Dakar. si sin tener en cuenta a los protagonistas de un éxito deportivo remarcable. 101 SEGUNDO ÁRBOL-FRASE E n su odisea moderna, montado en una nave de dos ruedas por África, a la búsqueda del tiempo perdido o, mejor, sumado como un lastre injusto, ya que pensamos que 8 horas de penalización es un castigo excesivo por un error o, incluso, por una travesura, Arcarons hace cinco días que vacía el reloj de arena ^ que le han cargado en la moto los organizadores, tirando granitos I que se confunden con el desierto y dejando atrás a sus rivales. 102 i L a p r i m e r a frase resulta más fácil d e leer p o r q u e la r a m a p r i n cipal está al inicio y en seguida nos d a m o s c u e n t a d e c ó m o se relac i o n a el resto c o n ella. P e r o la segunda presenta m á s dificultad, puesto que el v e r b o principal n o a p a r e c e hasta m á s allá de la m i tad y, antes, h e m o s tenido que ir sorteando y descifrando varios incisos que n o p o d e m o s e n t e n d e r c o m p l e t a m e n t e hasta que llegam o s al v e r b o principal. E s más que probable que n o p o d a m o s r e c o r d a r toda la información a la vez y que nos e x t r a v i e m o s a m e d i a lectura. L o s manuales de r e d a c c i ó n ofrecen algunas ideas para e v i t a r frases c o m o las anteriores, o para reducir al m á x i m o el efecto p e r nicioso que causan: 1. L i m i t a r los i n c i s o s Richaudeau ( 1 9 7 8 ) califica el inciso de pantalla lingüística (écran linguistique), porque corta el flujo natural d e la frase. P r o p o n e h a c e r un uso m o d e r a d o d e los incisos, t a n t o e n cantidad c o m o en calidad, y da dos consejos. P r i m e r o , reducir los incisos a m e n o s d e 1 5 palabras que, c o m o h e m o s d i c h o antes, es la c a p a c i dad media d e la m e m o r i a a c o r t o plazo. P e r o si n o p o d e m o s prescindir de un inciso largo, e n t o n c e s el a u t o r r e c o m i e n d a - y éste es el segundo consejo que, d i c h o sea d e paso, es una de las estrategias más usadas en el habla—, r e c o m i e n d a refrescar la m e m o r i a del lector repitiendo la última palabra d e la frase después del inciso, tal c o m o acabo de h a c e r repitiendo la palabra recomienda. Veamos o t r o ejemplo: La Administración Clinton decidió ayer, en lo que parecen ser los preparativos finales para una eventual invasión de Haití y en medio de la creciente oposición popular y de la oposición republicana, enviar a las costas de este país caribeño a dos portaaviones... [El Periódico, 14-9-94] ...y de la oposición republicana, decidió enviar a las costas... 103 2. P o d a r l o i r r e l e v a n t e H a y que c o m p r o b a r que todas las r a m a s de la frase aporten inform a c i ó n útil. A m e n u d o algunas subordinadas y c o m p l e m e n t o s del n o m b r e (introducidos p o r de, por, a...) son muletillas o clichés de escaso o nulo significado [pág. 1 4 5 ] . L a frase gana claridad si se le poda la hojarasca seca y nos q u e d a m o s solamente c o n las palabras c l a v e , c o n las hojas verdes y lustrosas: Un hombre no identificado, al parecer joven, que se cubría el rostro con un capuchón y portaba una pistola, realizó un atraco en las dependencias de la sucursal del banco X , ubicada en la calle Y , de la que consiguió llevarse un botín que asciende a un total de dos millones de pesetas. [La Voz de Galicia, 1992] Un encapuchado se llevó a punta de pistola dos millones de pesetas de la sucursal del banco X en la calle Y . Un médico de un gran hospital londinense ha provocado una fuerte polémica al afirmar que está preparado para utilizar un programa de ordenador diseñado para decidir qué pacientes deben ser atendidos prioritariamente en función de sus posibilidades de supervivencia. [ABC, 25-8-94] Un médico londinense crea polémica al presentar un programa informático que decide qué pacientes deben ser atendidos prioritariamente según sus posibilidades de supervivencia. Las drogas son sustancias que, si bien antes algunas de ellas se utilizaban para curar, hoy en día, además de ser utilizadas por la medicina, sirven para que algunos individuos, ya sea por vía intravenosa, en pastillas, esnifando o de cualquier otra manera que ellos saben, les produzca, una vez han entrado en la circulación sanguínea y llegan al cerebro, un estado de excitación especial. [Al] Si bien antes las drogas se utilizaban para curar, hoy en día las ingieren algunos individuos, ya sea por vía intravenosa, en pastillas, esnifando o de cualquier otra manera, para conseguir una excitación especial cuando la sustancia llega al cerebro a través de la sangre. 104 E s t e estilo vacío de la izquierda, supuestamente formal y culto, sólo consigue dificultar la c o m u n i c a c i ó n . E l lector y la l e c t o r a tien e n que leer más palabras y prestar más atención... ¡y los autores nos c o m p l i c a m o s la vida escribiendo frases torturadas! 3. J u n t a r l a s p a l a b r a s r e l a c i o n a d a s E l inciso puede estorbar o incluso confundir la lectura, si se inserta t o r p e m e n t e e n t r e dos palabras que deben a p a r e c e r juntas. E s t e es el caso de algunos incisos que separan, sin m o t i v o , sujeto y verbo, verbo y objeto, o n o m b r e y adjetivos. D e b e m o s situar el inciso en la posición de la frase que resulte m e n o s conflictiva. Ejemplos: La pasta, si se prepara con imaginación, puede ser, incluso en los banquetes más formales, un plato muy apreciado. La pasta puede ser un plato muy apreciado, incluso en los banquetes más formales, si se prepara con imaginación. La vida del tercer conde Godo, actual editor de «La Vanguardia», a quien se acusa de trapícheos con facturas falsas e implicación en espionaje telefónico, del que se declara inocente, tiene, en la tragedia juvenil, un cierto paralelismo con la de su abuelo Ramón. [El Mundo, 28-11-93] La vida del tercer conde Godo, actual editor de «La Vanguardia», tiene un cierto paralelismo con la de su abuelo Ramón en la tragedia juvenil. Se le acusa de trapícheos con facturas falsas e implicación en espionaje telefónico, del que se declara inocente. U n a última cuestión más filosófica sobre los incisos se refiere a las causas que los p r o v o c a n . Cada persona elige su estilo d e escritura y, p o r lo tanto, p a r e c e lícito que alguien se incline p o r el inciso abundante y el estilo rebuscado. P e r o sospecho que a veces n o se trata de una elección personal, sino d e limitaciones v e r b a les y, al fin y al cabo, d e incapacidad para expresar ideas intrincadas una detrás de otra, d e m a n e r a simple y comprensible. H a y una gran diferencia e n t r e la o r a c i ó n compleja que desarrolla m i nuciosamente una única idea, c o n incisos q u e matizan y c o m p l e m e n t a n la estructura básica; o el c h o r r o d e frases brutas, p o c o 105 elaboradas, e n las q u e los incisos sirven para incluir nuevas ideas, dispersas y distintas, que n o se han sabido formular de ninguna otra forma. V e a m o s qué puede pasar e n la práctica. N u e s t r o p e n s a m i e n t o c o r r e más deprisa q u e la m a n o , a p u n t a n d o o tecleando, y se nos o c u r r e n ideas paralelas, c u a n d o t o d a v í a n o h e m o s t e r m i n a d o de escribir la primera. P u e s t o que n o hay t i e m p o y t a m p o c o encajan s i n t á c t i c a m e n t e , la solución más sencilla consiste e n abrir un inciso e n la frase q u e estamos escribiendo (un paréntesis, unos guiones o unas c o m a s ) y apuntar la idea nueva; luego lo c e r r a m o s y c o n t i n u a m o s la frase original c o n la p r i m e r a idea, y así sucesivam e n t e . A c t u a n d o de esta m a n e r a , eludimos la tarea de relacionar las ideas e n t r e sí y d e presentarlas ordenadas y claras en el texto. E l lector t e n d r á que suplir el trabajo q u e el a u t o r descuidó. L e e r será m u c h o más difícil. T e r m i n o este apartado c o n una cita d e o t r o c a n t a u t o r catalán. C o m p a r t o c o n J o a n Manuel Serrat —¡y quizás estarás d e a c u e r d o c o n nosotros!— lo d e t e n e r algo personal c o n ciertos tipos: c o n «los sicarios» q u e « n o pierden ocasión en d e c l a r a r públicamente su e m p e ñ o e n propiciar un diálogo de franca distensión, que les p e r m i t a hallar un m a r c o p r e v i o que garantice unas premisas mínimas, q u e contribuyan a c r e a r los resortes que impulsen un punto de partida sólido y capaz, de este a oeste y de sur a n o r t e , d o n d e establecer las bases de un t r a t a d o de amistad que contribuya a p o n e r los cimientos d e una plataforma d o n d e edificar un h e r m o s o futuro de a m o r y de paz. E n t r e estos tipos y y o hay algo personal». O R D E N Y POSICIÓN L a o r d e n a c i ó n interna de la frase es otra cuestión q u e incide d i r e c t a m e n t e sobre la inteligibilidad d e la prosa. E n el habla las palabras se e n c a d e n a n e s p o n t á n e a m e n t e , moduladas p o r la e n t o n a ción, las pausas, el t o n o y las inflexiones de la voz. E n la escritura sólo p o d e m o s servirnos de la p u n t u a c i ó n para m a r c a r los giros sintácticos y, p o r lo t a n t o , el o r d e n d e las palabras n o es t a n libre; se c o n v i e r t e en esencial para conseguir u n a redacción fluida. A m e n u d o las palabras se h a c e n un lío. D e b e m o s r e h a c e r el flujo natural de la frase para buscar una o r d e n a c i ó n más racional. L a es106 tructura más básica y comprensible es la d e m e n t o s (ABC, El País, La Vanguardia, Alfonso Guerra desde la sesión de investidura pensaba proponer como alternativa al presidente González, si éste no superaba la moción de confianza, al guerrista Francisco Vázquez. [Diario 16 G, 22-5-94, portada] sujeto-verbo-comple- etc.): Alfonso Guerra pensaba proponer al guerrista Francisco Vázquez como alternativa al presidente González, si éste no superaba la moción de confianza, desde la sesión de investidura. Desde la sesión de investidura, Alfonso Guerra pensaba proponer al guerrista Francisco Vázquez como alternativa al presidente González, si éste no superaba la moción de confianza. Corrió la chica, después, hacia la carretera y, con mucha fuerza, gritó. Después la chica corrió hacia la carretera y gritó con mucha fuerza. P e r o todos los e x t r e m o s son peligrosos. ¿ T e imaginas u n t e x t o e n el que todas las oraciones respetaran escrupulosamente este o r d e n básico? ¡Sería aburridísimo! L o s tratadistas de r e t ó r i c a r e c o m i e n d a n variar de vez en c u a n d o la estructura de la frase p a r a animar la prosa [pág. 2 0 5 ] . Por o t r o lado, el principio de la frase es la posición m á s i m p o r t a n t e de un período: la que el lector v e y lee p r i m e r o y, t a m b i é n , la q u e luego se recuerda mejor (Flesch y Lass, 1 9 4 7 ; R i c h a u d e a u , 1 9 9 2 ) . P o r ello, p a r e c e lógico que la información i m p o r t a n t e del t e x t o , que tendría que vehicularse e n la frase principal, o c u p e siempre esta posición preeminente. Ejemplos: El martes, a las 19, en la Facultad Las primeras cuatro aulas de la de Ciencias Económicas de la Uni- nuevo versidad Nacional Lomas de Zamora, Camino de Cintura y Avda. Juan X X I I I , se inaugurarán las primeras cuatro aulas de la nueva ala de construcción de 16 salones, que se sumarán a las 35 ya existentes. [La Nación, 5-6-94] salones, se inaugurarán el martes, a las 19, en la Facultad de Ciencias Económicas de la Universidad Nacional Lomas de Zamora, Camino de Cintura y Avda. Juan X X I I I . Estas nuevas aulas se sumarán a las 35 ya existentes. ala de construcción, de 16 107 A primeras horas de la mañana de ayer, jueves, apareció ahorcado en un corral junto a su domicilio, en Pedroso, un hombre de 62 años, casado y con cuatro hijos. [El Correo, 15-4-94] Un hombre de 62 años, casado y con cuatro hijos, apareció ahorcado en un corral junto a su domicilio, en Pedroso, a primeras horas de la mañana de ayer, jueves. P e r o a veces la m a l a situación de la información i m p o r t a n t e se c o m p l i c a c o n la presencia de palabras irrelevantes o c o n incisos que alejan los vocablos que deberían ir juntos. E n el siguiente doblete, h e tenido que aplicar al m i s m o t i e m p o las tres últimas reglas para mejorar sensiblemente el original (la cursiva señala los datos i m p o r tantes y el subrayado lo secundario o prescindible): El disgusto entre cierto sector de la producción cinematográfica catalana por el rechazo de los proyectos catalanes que aspiraban conseguir ayudas del Instituto de Cinematografía (ICAA) mediante la nueva modalidad del plan bianual de ayudas a la producción ha tenido como consecuencia la dimisión de Pere Fages como presidente de la asociación de productores catalanes y, también, de la comisión que concede dichas ayudas. Pere Fages dimitió como presidente de la asociación de productores catalanes y, también, de la comisión que concede las ayudas a la producción del Instituto de Cinematografía (ICAA), a causa del disgusto entre la producción cinematográfica catalana por el rechazo de sus proyectos a dichas ayudas. Fages, tras ver cuestionada el pasado lunes en una asamblea de su asociación la actitud que ha mantenido en dicha comisión, anunció su decisión irrevocable de dimitir de ambos organismos. [La Vanguardia, 23-6-94] Fages anunció su decisión irrevocable de dimitir de ambos organismos, tras ver cuestionada el pasado lunes en una asamblea de su asociación la actitud que ha mantenido en dicha comisión. ¡Vaya c a m b i o ! P e r o qué trabajo que lleva, ¿verdad? E n resumen, la frase se v u e l v e enérgica y más clara si la información relevante se da al principio. William Zinsser ( 1 9 9 0 ) nos recuerda: «La frase importante 108 en cualquier texto es la primera. Si no induce más al lector a pasar a la segunda, tu texto está muerto.» Y p o d r í a m o s decir lo m i s m o de la p r i m e r a frase de un apartado o de un párrafo... ¡ Y puede que también de las primeras palabras de una frase! L a s subordinadas quedan mejor al final, ordenadas d e m á s c o r tas a más largas, o según su significado. Sólo los c o m p l e m e n t o s c o r tos, c o m o los circunstanciales de t i e m p o y d e lugar, pueden ir al principio de la frase sin e n t o r p e c e r su fluencia. Linda Flower ( 1 9 8 9 ) estudia cuál es la mejor posición que puede o c u p a r u n inciso en el período. Distingue tres tipos de frase: RAMA A L PRINCIPIO RAMA E N E L C E N T R O RAMA A L FINAL De acuerdo con los plazos con que trabajan los técnicos del ayuntamiento vigués, el retranqueo de la superficie del terreno de juego de Balaldos y el levantamiento total del césped se llevará a cabo a partir del día 6 de junio. [Faro, 22-5-94] El retranqueo de la superficie del terreno de juego de Balaídos y el levantamiento total del césped, de acuerdo con los plazos con que trabajan los técnicos del ayuntamiento vigués, se llevará a cabo a partir del día 6 de junio. El retranqueo de la superficie del terreno de juego de Balaídos y el levantamiento total del césped se llevará a cabo a partir del día 6 de junio, de acuerdo con los plazos con que trabajan los técnicos del ayuntamiento vigués. P o n i e n d o la r a m a subordinada al principio —tal c o m o estoy haciendo ahora—, el lector lee las circunstancias y los datos c o m p l e m e n tarios antes que la idea nuclear. D e este m o d o , c u a n d o llega la inform a c i ó n esencial (el retranqueo y el levantamiento del terreno...), estamos preparados para e n t e n d e r la idea c o n todos sus detalles. P e r o si la subordinada es demasiado larga, el lector puede impacientarse e incluso desorientarse. L a opción de la r a m a en el c e n t r o p e r m i t e insertar información secundaria en cualquier punto de la frase, abriendo un p e q u e ñ o inciso después de la palabra elegida. Se p r o d u c e un cierto «suspense» en la lectura, porque las ideas empezadas - s ú b i t a m e n t e interrumpidas p o r un dato c o m p l e m e n t a r i o relacionado c o n la o r a c i ó n básica— n o t e r m i nan hasta el final del inciso. E l i n c o n v e n i e n t e más i m p o r t a n t e es que separa palabras que tendrían que ir juntas y, p o r t a n t o , se puede c a e r en los riesgos que he c o m e n t a d o a n t e r i o r m e n t e . Para terminar, las ramas del final son más fáciles de leer y de es109 cribir, p o r q u e reproducen el p e n s a m i e n t o natural de las personas - s e g ú n afirma la m i s m a autora c o n un ejemplo p a r e c i d o al anter i o r - . P r i m e r o leemos la frase principal, que c o n t i e n e la información más i m p o r t a n t e , y después los datos secundarios. E l peligro de esta opción son las frases-cascada, o aquella prosa en q u e los c o m plementos se v a n añadiendo al final, u n o detrás d e o t r o , m e d i a n t e c o m a s o conjunciones, c o m o una cascada interminable que va cayendo río abajo, de m a n e r a que el lector v a leyendo, despreocupado, siguiendo el curso sintáctico de la frase, hasta que llega al final y se p e r c a t a —¡oh, sorpresa!— que ya n o se acuerda de c ó m o e m pezaba y, lo que es peor, que n o tiene ni idea de la relación que tiene t o d o este rollo que está leyendo ahora m i s m o c o n el t e m a del párrafo —¿no es cierto? H e aquí o t r o ejemplo más ilustre y divertido. A ver si, leyendo sólo una vez la frase, puedes relacionar el sentido del principio c o n las subordinadas finales. ¡Quien avisa n o es traidor!: Por mucho que se empeñen los anuncios que proliferan por doquier, proclamando sistemas para perder kilos en verano, lo único que por estas fechas adelgaza de verdad son los periódicos, deprimente comprobación, en lo que a mí respecta, porque detesto convertirme en una lectora de agosto condenada a enterarme de chorradas —e incluso a escribirlas—, a mayor honra de esa bobería generalizada que se nos adjudica cuando entramos en periodo de vacaciones. [El País, 3-8-94] L a cascada es o t r o tipo d e frase atiborrada de incisos, típica d e aprendices, novatos o de redacciones p o c o elaboradas. S E L E C C I Ó N SINTÁCTICA Determinadas construcciones son menos comprensibles que otras, sobre t o d o si se usan sin criterio ni cautela. L o s siguientes c o mentarios se refieren a las estructuras sintácticas que han d e m o s trado ser más claras en la prosa. Así pues, ¡atención a la selección sintáctica que hagas! 110 1. Dejar actuar a los actores Si los protagonistas reales d e lo que se explica c o i n c i d e n c o n el sujeto y el objeto gramaticales, la frase g a n a transparencia. E n c a m bio, si la prosa esconde a los protagonistas semánticos e n c o n s t r u c ciones impersonales o pasivas, el discurso pierde fuerza. Ejemplos: Se han difundido varios chismorreos sobre los príncipes a través de la prensa italiana en los últimos meses. La prensa italiana ha difundido varios chismorreos sobre los príncipes en los últimos meses Antes de preparar la primera taza, se llena el depósito de agua, se añade el café molido a la cápsula, y se deja calentar la máquina hasta que se apague la luz piloto. Antes de preparar la primera taza, llene el depósito de agua, añada el café molido a la cápsula, y deje calentar la máquina hasta que se apague la luz piloto. U n a técnica retórica para c o n c r e t a r y h a c e r más c o m p r e n s i b l e la redacción consiste en introducir un a c t o r e n cada frase, q u e actúe d e sujeto a n i m a d o . E n el último ejemplo, los imperativos llene, añada y deje implican un usted que ejerce de sujeto g r a m a t i c a l y real d e la acción. 2. Ratio baja de nombres y verbos Según Martínez Albertos ( 1 9 7 4 ) y M A P ( 1 9 9 1 ) , los lenguajes p e r i o dístico y administrativo m o d e r n o s (y y o t a m b i é n añadirla el a c a d é m i c o y el científico) sufren una c r e c i e n t e t e n d e n c i a hacia el estilo n o m i nal; es decir, la proporción de n o m b r e s supera c o n c r e c e s la d e verbos e n cada frase. D e esta m a n e r a la prosa ahorra c o n e c t o r e s (conjunciones, relativos, e t c . ) y gana impersonalidad y objetividad; p e r o t a m b i é n pierde claridad y se impregna de un regusto abstracto. Ejemplos: E n el caso de una excesiva preocupación de los estudiantes por la gramática puede ser útil el conocimiento de las técnicas de generación Si los estudiantes se preocupan excesivamente por la gramática puede ser útil que conozcan las técnicas para generar ideas y reflexionen de 111 ideas y la reflexión sobre los defectos cometidos durante la escritura. sobre los defectos que cometen tras escriben. mien­ número de palabras: 28 verbos: 7 sustantivos: 5 número de palabras: 35 verbos: 1 sustantivos: 11 No alfavorecimiento del aprendizaje de un único método de redacción, a causa de la técnica personal, deter­ minada por el carácter, la persona­ lidad y el estilo individuales de trabajo. número de palabras: 29 verbos: 0 sustantivos: 9 Nofavorece que se aprenda un único método de redacción, porque cada cual tiene una técnica personal, que está determinada por el carácter, la personalidad y el estilo individuales de trabajo. número de palabras: 31 verbos: 4 sustantivos: 7 F l o w e r ( 1 9 8 9 ) p r o p o n e equilibrar a la baja la p r o p o r c i ó n d e n o m ­ bres y verbos para r e c u p e r a r el estilo verbal. T a l c o m o h e m o s h e c h o en estos ejemplos, n o m b r e s c o m o preocupación, recimiento pan, conocimiento pueden transformarse e n las formas equivalentes conozcan o favorece. o favopreocu­ L a prosa adquiere un t o n o más d i n á m i c o y vital, más parecido al habla. P o r otra parte, la negación de n o m b r e s es bastante más pesada o torpe que la de verbos. Ejemplo: ...pero da la impresión de que lo auténticamente «chic» en estos mo­ mentos [en E E . U U . ] es agarrar una película europea, dejarla irrecono­ cible e intentar sacar de ella todo el dinero posible. A menudo, además, la compra de los derechos por parte de uno de los grandes estudios in­ cluye la no distribución del original en Estados Unidos. [El País, 18-9-93] 112 ...además, la compra de los dere­ chos por parte de uno de los gran­ des estudios incluye que el original no se distribuya en Estados Unidos. ...además, cuando uno de los gran­ des estudios compra los derechos de un original éste no se distribuye en Estados Unidos. 3. L i m i t a r l o s gerundios L a g r a m á t i c a c o n d e n a el llamado gerundio copulativo o d e pos­ teridad: el que equivale a una o r a c i ó n c o o r d i n a d a c o n y y q u e e x ­ presa un t i e m p o posterior al del verbo principal. U n a frase c o m o *El agresor huyó siendo detenido horas después [ R A E ] , e n la que la detención es posterior a la huida, debería ser: El agresor huyó y (pero) fue detenido horas después. A d e m á s , la mayoría d e manuales de estilo (ABC, El País, Canal Sur, La Vanguardia, La Voz de Gali­ cia, Avui; p e r o n o T V E en Mendieta, 1 9 9 3 ) rechazan otras c o n s ­ trucciones c o n gerundio: el anglicismo estar siendo + participio (*La oferta está siendo discutida); el llamado gerundio de «Boletín del E s t a d o » (*Se ha votado una enmienda regulando...); las ambi­ güedades; y, en general, expresan bastantes prevenciones respecto a su uso y su abuso. E n mi opinión, el e x c e s o de gerundios, incluso c o r r e c t o s , c a r g a n la frase y le imprimen un regusto arcaico p o c o agradable. Quizás sea una m a n í a personal, p e r o n o m e gusta m u c h o utilizarlos. Ejemplos: ...Una razón que, pese habérsela quitado el Tribunal Constitucional en el punto esencial de «su» ley Corcuera, increíblemente siguió creyendo que conservaba hasta el fi­ nal, protagonizando uno de los «reality shows» más bochornosos que recuerde esta aún joven demo­ cracia. [El Mundo, 28-11-93] ...Una razón que, pese habérsela quitado el Tribunal Constitucional en el punto esencial de «su» ley Corcuera, increíblemente creyó conservar hasta el final; y protago­ nizó uno de los «reality shows» más bochornosos que recuerde esta aún joven democracia. Me ha pedido permiso para citar en la conferencia los resultados de mis investigaciones, asegurándome que sólo los comentaría oralmente y que no pasaría ninguna fotoco­ pia, y comprometiéndose a mencio­ nar mi autoría exclusiva. Me ha pedido permiso para citar en la conferencia los resultados de mis investigaciones. Me ha asegu­ rado que sólo los comentarla oral­ mente y que no pasaría ninguna fotocopia, y se ha comprometido a mencionar mi autoría exclusiva. 113 4. Evitar las negaciones L a s frases negativas son difíciles de e n t e n d e r , p o r q u e requieren m á s atención y t i e m p o que las afirmativas. M u c h a s veces p o d e m o s sustituirlas c o n formulaciones más positivas. Ejemplo: Ignoraba que los cajeros automáticos no pudieran servir billetes de 1000 PTA. Creía que los cajeros automáticos podían servir billetes de 1000 PTA. Los sindicatos no se reunirán mañana con representantes del gobierno. [La Voz de Galicia, 1992] Los sindicatos suspenden la reunión con representantes del gobierno. A d e m á s , e n la correspondencia c o m e r c i a l , la publicidad o, incluso, las relaciones públicas, se considera indecoroso e m p l e a r palabras negativas, o c o n c o n n o t a c i o n e s « p o c o finas», c o m o no, negar, rechazar; se prefiere un estilo más c o n s t r u c t i v o que p o n g a énfasis en los puntos positivos. D e este m o d o se habla de aspectos mejorables, en vez d e negativos, de dificultades en vez de problemas, o de obras desafortunadas y n o de malas, absurdas o funestas. 5. Buscar un estilo activo L a pasiva morfológica, que funcionaba tan bien en latín y que se usa a diestro y siniestro en inglés o en a l e m á n , n u n c a cuajó en las lenguas románicas. Sólo la influencia humanística y culta la m a n t u v o ( A l c i n a y Blecua, 1 9 8 9 ) , c o n t r a la tendencia natural del habla, que la utiliza muy raramente. E l escrito recurre a ella en el estilo periodístico y e n el t é c n i c o , c o m o solución d e urgencia para destacar en posición inicial al objeto de la acción. Ejemplo: pintura de Miró fue en la pintura robada Una ayer en el Museo, d o n d e la noticia está de Miró y n o en los ladrones desconocidos que la r o - baron. C o n este tipo de construcciones la prosa se carga de palabras y adquiere un r i t m o lento, pesado. Ejemplos: 114 La disposición de Mariano Rubio a acceder a la solicitud para que comparezca esta tarde ante la comisión de Economía y Hacienda del Congreso y explique sus actividades financieras fue acogida con escepticismo en el Gobierno y entre los partidos. [El Correo, 15-494] El taxista Héctor Jorge González fue muerto de un balazo en San , _ , , . . Justo. Se trata del segundo asesinato.... [Clarín, 7-9-94] La disposición de Mariano Rubio a comparecer esta tarde ante la c o misión de Economía y Hacienda del Congreso y explicar sus actividades financieras fue acogida c o n escepticismo por el Gobierno y los partidos. La disposición de Mariano Rubio comparecer esta tarde ante la c o misión de Economía y Hacienda del Congreso y explicar sus actividades financieras, la acogieron el Gobierno y los partidos con escepticismo. a . . . ...muño de un bala E n el p r i m e r ejemplo, la p r i m e r a frase de la d e r e c h a p o d a algunas palabras irrelevantes y c o r r i g e las preposiciones lógicas d e la p a siva morfológica; la segunda solución ( c o n la acogieron) propone una alternativa m á s coloquial. EJERCICIOS Después d e la teoría v i e n e la práctica. L a s siguientes frases, e x traídas de periódicos o d e redacciones d e aprendices, son c o r r e c t a s pero bastante mejorables. Se trata d e pulir estos diamantes e n bruto c o n las herramientas anteriores. E n c o n t r a r á s al final algunas soluciones posibles y los c o m e n t a r i o s correspondientes. H e aquí las frases: 1. E l ministro asegura que el gobierno central n o quiere q u e el diálogo c o n la Generalitat sea difícil y p o c o fluido. [ Í 4 V M ¿ ] 2. L a s jornadas d e huelga d e la c o n s t r u c c i ó n h a n sido paraliza115 das hasta el mes de septiembre, p o r decisión de los sindicatos CCOO y UGT. [Avui] 3. L a o p e r a c i ó n salida para este largo fin de s e m a n a , q u e e m ­ pieza c o n la festividad de San J u a n , y la coincidencia c o n la v e r ­ bena de ayer p o r la n o c h e p r o v o c a r o n un gran colapso c i r c u l a t o ­ rio e n B a r c e l o n a durante toda la tardé, de m a n e r a q u e las principales vías d e salida d e la ciudad n o pudieron engullir los más de doscientos mil c o c h e s que se preveía que saldrían, y el caos d u r ó hasta p r i m e r a hora de la n o c h e . [Avut\ 4. Según hizo saber ayer p o r b o c a d e su portavoz, J u a n Pellón, el gobierno central se muestra c o n t r a r i o , p o r razones políticas y ju­ rídicas, al h e c h o de que la c o r p o r a c i ó n c r e e una n u e v a regula­ ción de las transacciones comerciales. 5. E s t e libro es una novela en la cual se ven plasmadas las t e o ­ rías individuales del Modernismo... [Al] 6. E s t e m i c r o c o s m o s expuesto en Wilt [la novela de Tom Sharpe], sirve n o solamente a la sociedad inglesa, sino a cual­ quier o t r a sociedad desarrollada c o m o aquélla, que sería nuestro caso. [Al] Soluciones y comentarios: 1. ^kf ministro asegura qí^el gobierno q u i e r e 3&etí2J d i á l o g o c o n la G e n e r a l i t a t central rjX J dffiofl-y p^(f> fluido. ^ P o d e m o s transformar la negación original p o r una afirmación, eliminar las dos construcciones c o n que, y trasladar al final el decla­ rante, que es m e n o s importante que la declaración. E l resultado es una frase más simple y breve: el gobierno fácil y fluido con la Generalitat, según central asegura quiere un el ministro. diálogo P a r a al­ gunos puede haber una distancia i m p o r t a n t e —especialmente en p o ­ lítica— e n t r e «no querer que el diálogo sea difícil y p o c o fluido» y 116 f «querer un diálogo fácil y fluido». C i e r t o , p e r o e n t r a m o s de lleno e n el t e r r e n o de la ambigüedad e incluso d e la confusión premeditadas. E n t o n c e s , sobran las reglas de e c o n o m í a o claridad n las regias uc ccuiiuima u ciariaaa. 2. T i i í h i i i í i m T l Í Í 1 / , ., . ó nr r*hhaa n s j M ^ p a h u e l g a d e l a c o n s t r u c c ii ó ralizaflaq|hasta g f irwwnT s e p t i e m b r e . | p n ili | ¡hii'nuili te» s¿g^ 3iartcgÍCCOO y UGT.} A m i entender, la mejor revisión es la huelga de la construcción, la han decidido paralizar CCOO y UGT hasta septiembre, porque m a n t i e n e el o r d e n original. L a solución: CCOO y UGT han decidido paralizar la huelga de la construcción hasta septiembre, c a m b i a la perspectiva de la frase, ya q u e p o n e el énfasis e n los sindicatos, e n lugar de e n la huelga. E n ambos casos e l i m i n a m o s sindicatos, jornadas y mes p o r obvios. T a m b i é n se podría prescindir d e decisión-decidido, si fuera necesario. 3. L a o p e r a c i ó n salida p a r a e s t e l a r g o fin d e s e m a n a , ( q u e e m p i e z a c o n la festividad d e S a n J u a n ^ y Tj^eiaeóáai- £ * { p M t la v e r b e n a d e a y e r p o r la n o c h e p r o v o c a r o n u n gran colapso circulatorio en t a r d e $ $EJIwmm^ge Barcelona durante toda Jlas p r i n c i p a l e s v í a s d e salida JtaetaJT n o p u d i e r o n engullir los m á s d e floscientos "FV^viLíÍDLf ches SE2tBeaía-íí«*aaiáSS>)(é^ la d&¿* mili c o - -300. OOO c a o s ^ u r ó h a s t a )fC p r i m e r a h o r a d e la n o c h e . Se trata de una oración excesivamente larga, con subordinadas e incisos. U n a buena t é c n i c a para recortarla es sustituir las palabras de e n l a c e p o r puntuación. T a m b i é n p o d e m o s eliminar la coincidencia con, de la ciudad; reducir que se preveía que saldrían a previstos; o usar la cifra 200.000. L a frase gana claridad y c o n c i s i ó n c o n estas modificaciones (solución d e la izquierda), p e r o aún se p u e d e p r e s cindir de m á s palabras (solución d e la d e r e c h a ) : 117 Poco M Á S SIMPLIFICADA MODIFICADA La operación salida para este largo fin de semana, que empieza con la festividad de San Juan, y la verbena de ayer por la noche provocaron un gran colapso circulatorio en Barcelona durante toda la tarde. Las principales vías de salida no pudieron engullir los más de 200.000 coches previstos. E l caos duró hasta primera hora de la noche. La operación salida de este largo fin de semana y la verbena de San Juan de ayer provocaron un gran colapso circulatorio en Barcelona. Las salidas no pudieron engullir los 2 0 0 . 0 0 0 coches previstos. E l caos duró hasta primera hora de la noche. 4 J S e g ú n hizo saber a y e r p o r b o c a d e su p o r t a v o z , J u a n ) ^Pellónjjfl zones gobierno políticas c e n t r a l j e |pwnui m omiuJ.i'iu,/' p o r r a - y j u r í d i c a s ^ a ^ liiinlin IT] q u e la corpora- c i ó n c r e e u n a n u e v a r e g u l a c i ó n d e las t r a n s a c c i o n e s c o m e r ciales. 1 Modificando el o r d e n de los c o m p l e m e n t o s , c o n un v e r b o más sintético y elidiendo palabras q u e sobran: el gobierno opone a que la corporación ciones comerciales, su portavoz Juan cree una nueva por razones políticas regulación y jurídicas, central de las según se transacdijo ayer Pellón. 5. E s t / ¡ Q B m m S J , n o v e l a &$Jf£frg3í$f?íikt{ plasmábalas t e o r í a s individuales del M o d e r n i s m o . . . ¡Basta ya de expresiones complicadas! Simplemente: esta plasma las teorías individuales del Modernismo. dice bastante m e n o s que novela culto y de la perífrasis verbal. 118 E l hiperónimo novela libro y se puede prescindir del relativo 6. E s t e m i c r o c o s m o s expuesto en WiltX s i r v e ) n o sola m e n t e a la s o c i e d a d inglesa, s i n o a c u a l q u i e r o t r a d e s a r r o l l a d a c o m o aquélla, ^ u u j u l a numiuo UUJU. L& r e d a c c i ó n esconde incapacidad expresiva. L a palabra sirve s e g u r a m e n t e quiere significar describe, frase c o m p l e t a sería: este microcosmos solamente rrollada, a la sociedad inglesa, como la española. caricaturiza, expuesto sino a cualquier dibuja... en W i l t retrata otra que sea a La no desa- L a palabra t é c n i c a q u e designa este inci- d e n t e d e la r e d a c c i ó n es idea subdesarrollada: se trata d e una idea raquítica o embrionaria que el a u t o r n o ha sabido f o r m u l a r d e f o r m a c o m p l e t a y que el lector debe reconstruir a partir d e sus c o n o c i m i e n t o s e intuición. E s t a s rectificaciones n o son las únicas y puede q u e t a m p o c o sean las mejores. L a prosa se puede ir r e t o c a n d o hasta el infinito y, si c o n t á r a m o s c o n los textos completos d o n d e aparecían estas frases, p o d r í a m o s afinarlas todavía más. P e r o t a m p o c o se trata a h o r a d e rizar el rizo. D e c i r lo m i s m o de m a n e r a más clara y c o n m e n o s palabras n o es tarea fácil. E s t a s reglas son lecciones básicas de principiante. E l pulido eficaz de la r e d a c c i ó n requiere e n t r e n a m i e n t o c o n s t a n t e y voluntad. R e c u e r d o c u a n d o descubrí estas reglas y e m p e z a b a a aplicarlas: se m e hacía bastante difícil hallar los estorbos de c a d a frase y d e s h a c e r los enredos. P e r o p o c o a p o c o fui adquiriendo facilidad y a h o r a lo h a g o bastante más deprisa. T e r m i n a r é c o n una lista de los consejos m á s i m p o r t a n t e s sobre la frase, a m o d o d e «chuleta» para t e n e r delante c u a n d o revisemos la prosa: 119 OCHO CONSEJOS PARA ESCRIBIR FRASES EFICIENTES 1. ¡Ten cuidado c o n las frases largas! Vigila las que t e n g a n m á s de 3 0 palabras. C o m p r u e b a que se lean fácilmente. 2. E l i m i n a las palabras y los incisos irrelevantes. Q u é d a t e sólo c o n lo esencial. 3. Sitúa los incisos e n la posición m á s oportuna: que n o separen las palabras que están relacionadas. 4. Busca el orden m á s sencillo de las palabras: sujeto, v e r b o y c o m p l e m e n t o s . E v i t a las c o m b i n a c i o n e s rebuscadas. 5. C o l o c a la información r e l e v a n t e en el sitio m á s i m p o r t a n t e de la frase: al principio. 6. N o abuses de las construcciones pasivas, de las negaciones ni del estilo nominal, que o s c u r e c e n la prosa. 7. Deja actuar a los actores: que los protagonistas de la frase suban al escenario, que actúen de sujeto y objeto gramaticales. 8. ¡ N o tengas pereza de revisar las frases! Tienes que elaborar la prosa, si quieres que sea enérgica y que se entienda. 120 8. L A P R O S A D I S M I N U I D A De las faltas, de los defectos y de las impurezas. C o m o cualquier otra construcción, la frase a veces presenta g r i e tas y resquebrajaduras que hacen t a m b a l e a r el edificio del t e x t o . L a s faltas de redacción despilfarran la fuerza expresiva d e la prosa, r o m pen su sinuosidad sintáctica, c r e a n vacíos semánticos, p r o v o c a n a m bigüedades y, e n definitiva, arriesgan el éxito final d e la c o m u n i c a ción. L a prosa se vuelve coja, dislocada, minusválida. Solemos darnos cuenta de los errores importantes de r e d a c c i ó n , sobre t o d o si atentan c o n t r a el significado, p e r o cuesta m u c h o más identificar los detalles o las pequeñas imperfecciones. P o r otra parte, nos referimos a t o d o c o n el m i s m o n o m b r e de error de gramática, anacoluto o solecismo; prescindimos de estudiar las diferencias, de clasificar los distintos tipos d e e r r o r , sus posibles soluciones... N o s basta c o n evitarlos: ¡qué simple! E n este capítulo presentaré las faltas más corrientes y relevantes d e redacción, además d e otras impurezas y defectos que ensucian la prosa. C o m o la mayoría se designan c o n t é r m i n o s d e la r e t ó r i c a c l á sica, que hoy en día resultan extraños e incluso crípticos, desenmascararé su etimología y su significado, y p o n d r é ejemplos d e c a d a uno. SOLECISMOS E n la antigüedad, los p o c o afortunados habitantes d e la villa d e Soloi, una colonia ateniense en la Cilicia (actual T u r q u í a ) , tenían tanta fama de hablar mal el griego que el t é r m i n o soloikismos (y después el latín soloecismus) pasó a designar «las expresiones q u e c o n 121 travienen las reglas d e gramática»; y todavía hoy nos a c o r d a m o s de ellos y d e ellas p o r este m o t i v o . Así pues, son solecismos los barbarismos léxicos, los calcos sintácticos d e otras lenguas, las frases incoherentes, la ausencia d e c o n c o r d a n c i a y, en definitiva, cualquier falta que c o n t r a v e n g a la n o r m a t i v a d e la lengua. Algunos manuales ( D R A E , M a r t í n e z d e Sousa, 1 9 9 3 ) utilizan este t é r m i n o p a r a referirse sólo a las i n c o r r e c c i o n e s sintácticas d e la c o n s t r u c c i ó n , p e r o el uso general p a r e c e m u c h o más amplio. P o r ejemplo, M a r í a M o l i n e r cita c o m o «solecismos graciosos, d e c r e a c i ó n popular, nacidos en Sevilla»: «el café del olivo» p o r «el café de Hollywood», y «el e x plica» p o r «el speaker». Gergely ( 1 9 9 2 ) , Martínez d e Sousa ( 1 9 9 3 ) y W a l e s ( 1 9 8 9 ) defin e n algunos de los solecismos más habituales d e la prosa, que n o siempre son fáciles d e distinguir y clasificar. Mi lista personal es un c o m p e n d i o c o n ejemplos d e las referencias anteriores: 1. S i l e p s i s V i e n e del griego sullepsis, q u e significa «comprensión». T a m bién c o n o c i d a c o m o concordancia ad sensum o discordancia, consiste e n q u e b r a n t a r la c o n c o r d a n c i a e n el g é n e r o , el n ú m e r o o la persona para a t e n d e r al sentido de la frase. Así, se escribe: «Su E x celencia, el Presidente, está decidido» (un f e m e n i n o c o n un m a s c u lino), «la m a y o r parte han aceptado» (un singular c o n un plural), y «ustedes trabajáis c o n m u c h o r i t m o » ( t e r c e r a persona c o n segunda). O t r o s ejemplos: La Asociación de Centros de Educación Infantil, que engloba en Logroño a la mayor parte de las guarderías privadas, consideran que los colegios están haciendo una competencia desleal al sector. [La Voz, 15-4-94] * Pero la mayoría del comité federal permanecieron ajenos a la noticia que, sin embargo, fue corrien122 ... considera que los colegios están haciendo... Pero la mayoría del comité federal no fue informada de la noticia que, sin embargo, fue corriendo de boca rriendo de boca en boca. Algunos de ellos salieron al pasillo para hablar con los periodistas. [El País, 30-4-94] boca en boca. Algunos diputados salieron al pasillo para hablar con los periodistas. Se trata d e una cuestión compleja que abarca casos m u y variados [ver Bello, 1 9 8 8 ; R A E , 1 9 7 3 ; y A l c i n a y B l e c u a , 1 9 8 9 ] , desde la dis- crepancia e n t r e el sexo d e la persona y el g é n e r o g r a m a t i c a l ( c o m o «su Majestad está cansado») hasta las discordancias deliberadas p o r m o t i v o s estilísticos (por ejemplo: el « ¿ c ó m o estamos?» dirigido a un e n f e r m o en vez del lógico « ¿ c ó m o estás?»). U n caso frecuente e imp o r t a n t e son los sustantivos colectivos (gente, las expresiones del tipo una parte pelotón o mayoría) de o un grupo o de, las cuales ejer- c e n una función cuantificadora en el g r u p o n o m i n a l , a u n q u e gram a t i c a l m e n t e ejerzan d e núcleo. ¿Cuáles d e las siguientes frases d e b e m o s escribir?: 1. 2. 3. 4. 5. La mitad llegó a tiempo. La mitad llegaron a tiempo. La mitad de los invitados llegó a tiempo. La mitad de los invitados llegaron a tiempo. La mitad de los invitados, entre los que figuraba el representante del Partido Reformista, llegaron a tiempo. 6. La mitad de los invitados llegó agotada. 7. La mitad de los invitados llegaron agotados. 8. E l 2 5 % de las jóvenes adolescentes quedó embarazado [La Voz de Galicia, 1992]. La ABC, r e c o m e n d a c i ó n general [seguida p o r los manuales d e estilo: El País, La Vanguardia, La Voz de Galicia, T V E ] es preferir la c o n c o r d a n c i a gramatical y tolerar aquellas desavenencias m á s c o rrientes que n o causen extrafieza. D e este m o d o , preferimos la frase 1 a la 2, p e r o aceptamos la 3 y la 4. E n la 5, la mayor distancia en- tre sujeto y v e r b o p e r m i t e la c o n c o r d a n c i a ad sensum. También pre- ferimos la frase 7 a la 6 , que causa extrafieza p o r el p r e d i c a t i v o agotada, y sólo escribiríamos la 8 en una antología del disparate. Por otra parte, en algunos casos la falta de c o n c o r d a n c i a a p o r t a matices interesantes de significación. Fíjate en la diferencia e n t r e la gente dice, la gente dicen o la gente decimos. E n c a m b i o , el ú l t i m o 123 ejemplo, m a r c a d o c o n asterisco, debe considerarse una falta g r a v e p o r q u e , además de ser evidente, p u e d e desorientar al lector: el permanecieron ajenos ( c o n un valor s e m á n t i c o sorprendente) y el ellos n o tienen ningún referente plural en la frase. 2. A n a c o l u t o V i e n e del griego anakolouthon, negación d e akolouthon, que significa «el que sigue, c o m p a ñ e r o de viaje». Son aquellas frases rotas, e n las que la segunda parte n o a c o m p a ñ a a la p r i m e r a o n o se c o rresponde c o n ella. Ejemplos: La televisión aparte de distraernos, su función tendría que ser también educativa. [Al] La televisión, aparte de distraernos, tendría que educarnos. La función de la televisión, aparte de distraer, tendría que ser la de educar. Entre el 38 % de residentes en Cataluña que se consideran castellanohablantes lo interesante sería saber la clase social a la que pertenecen. [La Vanguardia, 22-4-94] También el servicio militar que sigue transmitiéndose a los jóvenes como una obligación cuya desobediencia está trayendo cárcel y represión a muchas personas que lo único que han hecho es denunciar y criticar públicamente esta realidad, con su propia opción personal, seguida por múltiples formas de apoyo social y colectivo expresado de forma pública y organizada. [Heraldo, 17-9-94. Correo del lector] Sería interesante saber la clase social a la que pertenece el/ese 38 % de residentes en Cataluña que se considera castellanohablante. ¡ N o m e siento capaz d e reconstruirla! P o d e m o s e n t e n d e r las frases d e la izquierda, si nos p a r a m o s a releerlas y restituimos los lazos lógicos de significado. P e r o en o t r o s casos el 124 anacoluto destruye la estructura de la frase hasta hacerla i r r e c u p e r a ­ ble, c o m o e n el último ejemplo. V e a m o s o t r o caso d e una aprendiz c o n carencias importantes: La publicidad es un mecanismo de atracción para introducir un pro­ ducto, en una comunidad. Que lo conozcan y de alguna manera se haga familiar, alrededor de donde quieran mostrar el producto. Y de esta manera sea más fácil su venta. [Al] L a segunda frase c a r e c e de v e r b o principal y n o hay m a n e r a d e saber si que lo conozcan... es sujeto, objeto verbal o una subordi­ nada final (que podría introducirse c o n para que). E n la t e r c e r a frase, el subjuntivo sea exige un v e r b o subordinante principal. E l escaso sentido que p o d e m o s e x t r a e r del fragmento p r o v i e n e d e la interpretación libre que podamos dar a cada palabra o sintagma inconexo. E l t é r m i n o anacoluto se utiliza a m e n u d o d e m a n e r a genérica, c o m o sinónimo d e solecismo, para referirse a t o d o tipo d e i n c o r r e c ­ ciones sintácticas. Así, el anantapódoton y el zeugma, que t r a t a r é a continuación, p e r o también la silepsis, se presentan a veces c o m o tipos específicos d e anacolutos. G ó m e z T o r r e g o ( 1 9 9 3 ) analiza y c o ­ m e n t a m u c h o s ejemplos actuales de anacolutos y discordancias. 3. Anantapódoton E n griego significa «privado de la c o r r e s p o n d e n c i a simétrica». E s una variante de anacoluto, en el que sólo se e x p o n e u n o d e los dos elementos correlativos que tendrían que a p a r e c e r en la frase. Ejemplos: El sistema permite mejorar, por una parte, el ruido de los vehícu­ los y el alto riesgo de accidentes. [Gergely, 1992] El sistema permite mejorar, por una parte, el ruido de los vehícu­ los y, por otra, el alto riesgo de ac­ cidentes. E n los E E . U U . , los unos querían intervenir, pero nadie quería la guerra. E n los E E . U U . , los unos querían intervenir, pero los otros no que­ rían la guerra. 125 E n los E E . U U . , algunos querían intervenir, pero nadie quería la guerra. A veces puede resultar difícil diferenciar un a n a c o l u t o d e un a n a n t a p ó d o t o n o viceversa, ya que los dos r o m p e n el curso lógico de la oración. 4. Z e u g m a V i e n e del griego zeugma: «que sirve para unir, enlace». Según el D R A E : «consiste e n que c u a n d o una palabra tiene c o n e x i ó n c o n dos o m á s m i e m b r o s del período, está expresa e n u n o d e ellos y ha de sobreentenderse en los demás». Ejemplos: « E r a de c o m p l e x i ó n recia, seco d e c a r n e s , enjuto de rostro, gran m a d r u g a d o r y a m i g o de la caza», d o n d e el v e r b o era se refiere a los c i n c o atributos p e r o sólo aparece en el p r i m e r o ; también: «la m a d r e barre la sala, y la hija, el comedor». L á z a r o C a r r e t e r ( 1 9 6 8 ) distingue el zeugma simple, e n el que la palabra n o expresada es e x a c t a m e n t e la m i s m a que figura en el e n u n c i a d o (Jorge compró un collar, y su hermana [ c o m p r ó ] un pendiente), del c o m p u e s t o , en que la palabra necesitaría alguna variación morfológica si fuera expresada: El partido fue distraído y los goles [fueron] emocionantes, o Ayer corrí cuatro kilómetros y hoy [he c o r r i d o ] seis. Y también se puede usar el zeugma c o m o figura r e t ó rica, c o n finalidades estéticas: «Cierra los ojos, las preguntas...» ( P e d r o -Salinas: « ¡ Q u e e n t e r a c a e la piedra!» en La voz a ti debida). P o r otra parte, el zeugma es un tipo d e elipsis que evita repeticiones innecesarias, p e r o que puede dar lugar a regímenes irregulares y discordancias gramaticales. Algunas de las faltas típicas d e zeugma son de este tipo: Major planta cara a sus rivales y Rocard, sin opción a la presidencia. [La Vanguardia, 14-6-94, titular de portada] 126 ...Rocard no tiene opción a la presidencia. ...se queda sin opción... Romario, que marcó tres goles y le fueron anulados otros dos, y Stoichkov, que falló un penalti y marcó dos tantos, pusieron en pie al público del Camp Nou. [La Vanguardia, 13-3-94, portada] Romario, que marcó tres goles, y al que le fueron anulados otros dos, y Stoichkov, que marcó dos tantos y falló un penalti, pusieron en pie al público del Camp Nou. Romario, que marcó cinco goles (2 anulados), y Stoichkov, que marcó dos y falló un penalti, pusieron en pie al público del Camp Nou. E n el p r i m e r ejemplo, las dos frases coordinadas n o c o m p a r t e n el m i s m o v e r b o plantar, d e m o d o que n o se p u e d e e l i m i n a r el se­ g u n d o v e r b o c o n u n a c o m a ; la o r a c i ó n adquiere u n estilo t e l e g r á ­ fico y agramatical impropio de un escrito, aunque se trate d e u n ti­ tular periodístico. E n el segundo, los dos relativos que c o m p l e m e n ­ tan Romario tienen coordinarse: Romario regímenes verbales distintos marcó (sujeto) p e r o fueron y no anulados pueden a Roma- rio (objeto indirecto); p o r otra parte, los otros dos relativos d e Stoichkov presentan una asimetría c o n los primeros. L a s dos solucio­ nes de la d e r e c h a presentan algunos inconvenientes: la p r i m e r a pierde agilidad c o n el doble relativo que y al que, y la segunda quizá n o sea tan elegante. L a s asimetrías, o los defectos y roturas de estructuras sintácticas paralelas, también pueden incluirse en un c o n c e p t o a m p l i o de zeugma: El procesador de textos está pro­ gramado para utilizarse en inglés y en francés, pero no para escribir informes castellanos. ...utilizarse en inglés y en francés, pero no en castellano. ...escribir informes en inglés o en francés, pero no en castellano. E l banquete de la boda tenía que satisfacer económicamente a los no­ vios y al paladar de los invitados. ...satisfacer la economía de los no­ vios y el gusto de los invitados. ...satisfacer el bobillo de los novios y el paladar de los invitados. 127 E n estos casos n o hay ninguna desconexión sintáctica, p e r o la c o n s t r u c c i ó n adquiere un i m p o r t a n t e valor estético. L a s soluciones d e la d e r e c h a son más fáciles de c o m p r e n d e r y presentan un estilo más acabado. 5. P l e o n a s m o D e r i v a del griego pleon: «más numeroso»; y de pleonasmos: perabundancia». Se asocia c o n la redundancia y el énfasis, «suy se o p o n e a la elipsis. Según el D R A E , «consiste en e m p l e a r e n la oración u n o o más vocablos innecesarios para el r e c t o y cabal sentido de ella, p e r o c o n los cuales se da gracia o vigor a la expresión; v. gr. Yo lo vi con mis ojos». María M o l i n e r incluye otros ejemplos: «lo escribió de su p u ñ o y letra», «entrad dentro», «subí arriba». A m b o s diccionarios tratan este f e n ó m e n o c o n benevolencia y, aunque r e c o n o c e n su c a r á c t e r redundante o gratuito, n o llegan a censurarlo. Martínez de Sousa ( 1 9 9 3 ) se muestra más severo y ofrece una extensa tipología d e casos. Considera c o r r e c t o s los pleonasmos que dan m a y o r énfasis a la o r a c i ó n , «en ciertas situaciones» [sic], c o m o verlo por mí mismo, a mí me buscan, al fin y a la postre, nunca ja- más, sea como sea, hoy en día o diga lo que diga, además de los ya citados. P e r o censura los siguientes ejemplos, e n t r e otros muchos: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. Hacer frente a los dos frentes. Volver a reincidir. Reiniciar de nuevo. Este fármaco es aproximadamente unas diez veces más potente. No ha recibido apenas ningún tipo de atención. Tampoco no lo haré nunca jamás. Elegante y grandiosa a un mismo tiempo. Nosotros escribimos este libro, yo salí a la calle. Pequeña vaquilla, pequeña miniencuesta, nifio pequeño. La ciudad de Magdeburgo (donde burgo significa «ciudad»). E n ellos las palabras en cursiva podrían suprimirse o cambiarse p o r otras distintas sin modificar el significado d e la frase. O t r o s ejemplos reales: 128 Actualmente y en nuestros días, estas dos formas verbales «seducir» y «seducido». [Al] Actualmente, bales... estas dos formas ver- La sala Hortensia Güell del Centre de Lectura será el escenario, mañana a las ocho treinta de la noche, donde se realizará la inauguración de una muestra de obras artísticas donadas a beneficio de Manos Unidas. [ND, 17-1-93] £ n la sala Hortensia Güell del Centre de Lectura se inaugurará, mañana a,las ocho treinta de la noche, una muestra de obras artísticas donadas a Manos Unidas. F i n a l m e n t e , en el e x t r e m o del laconismo, Galí Claret ( 1 8 9 6 ) muestra algunos ejemplos en los que el anacoluto inútil es m u c h o más que una repetición superflua (las cursivas y la ortografía son del original): Un día, á eso del anochecer, una aldeana con sus dos hijos se dirigían á su casa, caminando lentamente porque estaban muy fatigados. Un día, á eso del anochecer, se dirigían a su casa una aldeana y sus dos hijos. Estando madre é hijos ya cerca de su casa, vieron brillar dentro de ella una lucecita que iluminabd-4ébilmente las habitaciones interiores. Estando ya cerca de ella, vieron brillar dentro una lucecita. E n resumen, si bien el c o n c e p t o d e p l e o n a s m o es c l a r o y resulta útil para mejorar la r e d a c c i ó n , n o está m u y definida la frontera e n tre lo que debe censurarse y lo que puede tolerarse - ¡ o incluso lo que favorece la prosa!—. Al final, se i m p o n e el criterio subjetivo del autor. Sea c o m o sea y digan lo que digan las gramáticas, nosotros, autores y autoras, debemos decidir p o r nuestra c u e n t a c u a n d o escribimos una escritura tensa o c u a n d o nos permitimos e l lujo lujoso d e unos cuantos pleonasmos redundantes, repetitivos y reiterados. Hasta aquí llegan los solecismos más corrientes de la prosa. P e r o estos c i n c o defectos no agotan las disminuciones que puede sufrir la 129 escritura y q u e los escritores y las escritoras intentamos evitar. L a s faltas que c o m e n t a r é a c o n t i n u a c i ó n n o atentan c o n t r a la g r a m á t i c a o la n o r m a t i v a de la lengua, aunque también aportan molestias e impurezas varias. OTROS DEFECTOS 6. Anfibología V i e n e del griego amphibolia, sentido o incerteza. que significa ambigüedad, doble Son frases q u e pueden interpretarse de dos o más m a n e r a s distintas. Ejemplos: E l deportista declaró que había ingerido sustancias prohibidas repetidamente. [Martín Vivaldi, 1982] El deportista declaró repetidamente que había ingerido sustancias prohibidas. Cuando el acta tiene más de una página y las hojas van sueltas, cada plana tiene que llevar la firma del presidente o del secretario, en el margen izquierdo del papel, como mínimo. [ E F P ] Cuando el acta tiene más de una página y las hojas van sueltas, cada una tiene que llevar la firma del presidente, o del secretario como mínimo, en el margen izquierdo del papel. E n la p r i m e r a frase, el adverbio repetidamente modifica verbos distintos según su colocación. E n la segunda, la expresión como mí- nimo se refiere a la firma del secretario y, si se deja al final d e la frase, puede p r o v o c a r confusiones c o n el o t r o c o m p l e m e n t o : en el margen izquierdo del papel. M a r t í n e z d e Sousa ( 1 9 9 3 ; v e r ambigüe- dad) ofrece una exhaustiva clasificación de los distintos tipos de anfibología y sus causas: desde el o r d e n d e las palabras, c o m o e n los ejemplos anteriores, hasta el orden sintáctico, la falta de información, la h o m o n i m i a del p r o n o m b r e le (le conté la historia, ella?), el posesivo su (Juan se encontró ¿a él o a a Lola en su casa, ¿en qué casa?) o la polisemia de una palabra (su marido no pinta nada en casa). L a dificultad de las ambigüedades y los dobles sentidos es que pueden ser difíciles de d e t e c t a r . N o resulta fácil p e r c a t a r s e a la 130 vez d e dos o m á s formas distintas d e e n t e n d e r u n a frase, o descubrir aquellos puntos e n los que un lector o una l e c t o r a p o d r á n interpretar ideas distintas d e las previstas. P o r este m o t i v o , es m u y r e c o m e n d a b l e actuar c o n cautela: leer a t e n t a m e n t e n u e s t r o t e x t o más d e una vez y e n m o m e n t o s distintos, intentar anticiparnos a las posibles reacciones del destinatario, revisar el escrito, etc. P a r a t e r m i n a r , a v e r si descubres las posibles ambigüedades d e la siguiente frase: Una mujer californiana recuperó ayer a su hijo de dos años en el aeropuerto londinense de Heathrow después de atraer con un señuelo al padre iraquí del niño, que lo había trasladado a Irak sin su consentimiento, con la colaboración de una empresa privada de seguridad montada por antiguos agentes de la unidad antiterrorista estadounidense, Delta Forcé. [El País, 6-9-94] 7. Cacofonía V i e n e del griego kakos («malo») y phono («voz»). Se refiere a la repetición casual d e algunas letras o sílabas, que p r o d u c e n un sonido desagradable. Fíjate en la p r i m e r a frase que se m e o c u r r i ó para introducir esta lista d e defectos; "¡la tuve que revisar e n seguida!: Algunos de los solecismos más cotúentes de la prosa —que no siempre son evide«í«— son los siete sigaientes: Algunos de los solecismos más habituales de la prosa —que no siempre sabemos detectar— son los siete siguientes: Pretende ayudar a maestros y a alumnos a encontrar utilidad, satisfacción, e incluso diversión, en la tarea de la corrección. ...e incluso ¿Xvettimento, rea de corregir. en la ta- 131 8. T i c s p e r s o n a l e s D e l m i s m o m o d o q u e c u a n d o hablamos t e n d e m o s involuntariam e n t e a reiterar un gesto, un p a r p a d e o o u n a e n t o n a c i ó n , la prosa también refleja rutinas verbales: palabras r e c u r r e n t e s aquí y allá, frases calcadas, párrafos c o n el m i s m o p a t r ó n d e fondo, etc. N a d i e d o m i n a el infinito caudal léxico o sintáctico d e la lengua; todos y t o das c a r g a m o s c o n limitaciones expresivas. Así, los niños a c o s t u m bran a c o n e c t a r las oraciones c o n y, q u e es u n o d e los enlaces m á s básicos. C u a n d o estas o c u r r e n c i a s adquieren relevancia suficiente para llegar a e m p o b r e c e r la prosa, hablamos d e tics o vicios d e r e d a c c i ó n . Son personales, imprevisibles, a m e n u d o inconscientes y, a veces, difíciles d e detectar. E n v a r a n la prosa c o n repeticiones y r e d u c e n la variación léxica a m í n i m o s escolares. L a prosa resulta m o n ó t o n a e insulsa. Los tics pueden afectar a varios aspectos d e la redacción: • R e p e t i r u n a palabra o expresión (vocablos genéricos, c o m o d i - nes, conjunciones, adverbios...): entonces, actualmente, así pues, desde luego, aspectos, mucho... L a palabra actúa c o m o c u ñ a o muleta q u e articula la prosa. • A b u s o d e alguna estructura sintáctica: gerundios antepuestos, frases c o m p a r a t i v a s , subordinadas, profusión d e adverbios o de adjetivos... Resultan m á s difíciles d e descubrir. A l leer la prosa e n v o z alta o baja, se descubre u n a tenue musiquilla p e gajosa. • E s t r u c t u r a s calcadas e n párrafos y textos: e m p e z a r c o n el m i s m o v o c a b l o o expresión, abusar d e los m a r c a d o r e s textuales, c e r r a r siempre los párrafos c o n la m i s m a frase, e t c . • Usos p o c o corrientes o personales d e puntuación: e x c e s o d e incisos c o n paréntesis o guiones, uso frecuente d e los dos p u n tos y del p u n t o y c o m a ( m u y p o r e n c i m a d e lo n o r m a l ) , abuso de notas, asteriscos, e t c . H e aquí un ejemplo real d e prosa apelmazada p o r un t i c p e r s o 132 nal, que desgraciadamente a p a r e c e e n m u c h o s d o c u m e n t o s nicos: téc- El día 20 de noviembre el señor X x x x x x realiza una visita con el fin de ver el estado de las obras del edificio para sala de espera y bar-restaurante de la estación de ferrocarril de Xxxxxxxx. Como efectivamente' expresan los técnicos encargados de la dirección del proyecto, podemos observar claramente un retraso considerable en el ritmo del trabajo inicialmente previsto. La situación se debe aparentemente al incumplimiento del contratista, que subcontractó, legalmente o no, la obra a otra empresa que no ha cumplido debidamente la tarea encomendada. De hecho, el volumen de trabajo actual es escasamente el producto de una semana de actividad, después que finalmente el Consejo, a través del Patronato de Turismo de la ciudad, requiriera un ritmo realmente efectivo al contratista. [CRIP] 2 3 4 5 6 7 8 9 ¡ Q u é hacinamiento! ¡ Y qué cacofonía p e r m a n e n t e ! P o d e m o s preguntarnos: ¿son necesarios tantos adverbios? ¡Claro que n o ! L o s n ú m e r o s 1 y 9 , y quizás también el 6 y el 8 , n o a p o r t a n datos relevantes al d o c u m e n t o y podrían eliminarse. L o s n ú m e r o s 2 , 3 y 4 pueden sustituirse respectivamente por con claridad, al inicio ( d e trás de previsto) y en apariencia. U n a buena mejora para el n ú m e r o 7 consiste e n sustituir el verbo: no llega a o no se ajusta a; o t a m bién c a m b i a r el adverbio p o r apenas. P a r a t e r m i n a r , el n ú m e r o 5 podría quedarse igual. E l mejor antídoto c o n t r a los tics es la supervisión estilística y formal de la prosa. L a s repeticiones léxicas y gramaticales, c o m o en el ejemplo anterior, son fáciles y rápidas d e descubrir y de e n m e n dar. T o d o s r e c o r d a m o s la insistente y aburrida consigna d e r e d a c ción escolar, que nos prohibía repetir la m i s m a palabra o expresión en c i n c o o seis líneas. P e r o hay otros tics más sutiles y molestos q u e hacen la puñeta a las miradas m á s atentas y finas. P o r ejemplo, ¿ n o te has dado c u e n t a del vicio sintáctico y habitual que p r e m e d i t a d a y s o c a r r o n a m e n t e h e imprimido en la prosa barroca y adjetivada d e este párrafo h i n c h a d o y pesado? Si se - ¡ p e r o te abuso d e adjetivos. te ha escapado, tienes o t r a oportunidad en este párrafo lo p o n d r é difícil!-. E n el anterior se pecaba t a n t o p o r el las coordinadas y y o, c o m o t a m b i é n p o r la profusión d e E n éste, puedes buscar e n t r e los c o n e c t o r e s , c o m o t a m 133 bien en la estructura de la frase. L o s tics sintácticos se camuflan t a n t o detrás d e la variación léxica c o m o también e n esta musiquilla reiterativa q u e p r o v o c a n . Cuesta m u c h o identificarlos. Se requiere u n a buena dosis d e capacidad d e observación, c o m o también m u c h a flexibilidad sintáctica para modificar la frase. Si n o , n o hay m a n e r a de descubrir que a c a b o de repetir c u a t r o v e c e s como también en un solo párrafo. EJERCICIOS Se trata d e hallar los errores d e las c u a t r o frases disminuidas siguientes. ¿ Q u é tipo de falta sufren? ¿ C ó m o pueden mejorarse? 1. Pienso que el alcohol se usa más q u e se abusa, e x c e p t u a n d o el fin d e s e m a n a q u e pasa a la inversa. [Al] 2. D e s d e su fundación [la inmobiliaria] ha construido gran c a n tidad de viviendas —cerca d e 6.000— en barrios m u y c o n o c i d o s e n M á l a g a que curiosamente n u n c a han sido bautizados p o r la propia inmobiliaria c o n el n o m b r e d e E c h e v a r r í a , aunque de t o dos los malagueños son p o p u l a r m e n t e c o n o c i d o s p o r este n o m bre - c a s o de E c h e v a r r í a d e G a m a r r a o E c h e v a r r í a del P a l o - , m o t i v o p o r el cual en la firma m a l a g u e ñ a se sienten m u y orgullosos. [Sur, 17-9-94] 3. E l presidente del c o m i t é d e e m p r e s a d e la factoría d e Astilleros E s p a ñ o l e s d e P u e r t o R e a l , A n t o n i o N o r i a , manifestó ayer a este periódico que una vez transcurrido el período d e v e r a n o , c o n t i n u a r á n c o n la c a m p a ñ a que iniciaron para d a r a c o n o c e r la falta d e carga d e trabajo que h a m o t i v a d o la regulación de e m p l e o q u e afecta a c t u a l m e n t e a 1 0 0 trabajadores. [Cádiz, 1 6 - 9 - 9 4 ] 4. Tal c o m o están las cosas, el País V a l e n c i a a u m e n t a su aportación al p r o d u c t o interior bruto p o r e n c i m a d e la m e d i a estatal —a pesar d e la situación d e a b a n d o n o d e nuestro tejido productiv o - , t e n e m o s altas tasas d e desocupación y la renta familiar v a lenciana n o se c o r r e s p o n d e c o n nuestra aportación. 28-1-93] 134 [Levante, 5. E l n o r t e d e África es un p r o b l e m a p e r m a n e n t e y s e g u r a m e n t e al que h e dedicado más t i e m p o desde que soy ministro d e E x t e riores. [Heraldo, El Semanal, 18-9-94] Soluciones y comentarios: 1. Z e u g m a o discordancia c o n los argumentos verbales d e usar y abusar, «se usa el alcohol» y «se abusa del alcohol». L a frase t i e n e difícil solución si se quiere c o n s e r v a r el juego d e palabras. F o r z a n d o la sintaxis, quizá se podría aceptar una d e las dos: Pienso que del alcohol se abusa m e n o s d e lo que se usa. Pienso que se usa m á s que se abusa del alcohol. 2. F r a s e compleja y larga c o n incisos, pasivas innecesarias sido bautizados, Echevarría), repeticiones ños/malagueña) la firma son conocidos), pleonasmos redundantes (gran cantidad (nombre, (han de, de Málaga/malague- y una elipsis final d e sujeto que roza la silepsis (en se sienten...). L a prosa puede mejorar n o t a b l e m e n t e : D e s d e su fundación ha construido cerca de 6.000 viviendas en barrios m u y c o n o c i d o s d e Málaga, que c u r i o s a m e n t e n u n c a bautizó la inmobiliaria c o n su p r o p i o n o m b r e , aunque todos los m a lagueños los conocen p o p u l a r m e n t e p o r éste —caso d e E c h e v a r r í a de G a m a r r a o E c h e v a r r í a del Palo—. L a firma está m u y o r g u llosa de ello. 3. ¿Cuál es el sujeto de continuarán y de iniciaron? Se trata d e una elipsis sin referente previo (puesto q u e es la p r i m e r a frase del t e x t o ) . Quizá n o p o d e m o s hablar p r o p i a m e n t e d e silepsis, p o r q u e n o hay discordancia. P o r el c o n t e x t o e n t e n d e m o s q u e es el de empresa de la factoría rán con la camparía que... o los trabajadores d e ésta los q u e comité continua- La o r a c i ó n n o causaría extrafieza si aña- diéramos un sujeto explícito: ...el período de v e r a n o , el comité continuará inició... ...los trabajadores c o n la c a m p a ñ a q u e continuarán c o n la c a m p a ñ a q u e iniciaron... 135 a 4. Silepsis escondida e n t r e , p o r una parte, la 3 . persona g r a m a tical del País Valencia y la renta familiar valenciana, c o n los verbos respectivos aumenta y no se corresponde, y el posesivo su, y, p o r otra, la 1. persona c o n que se identifica el autor: nuestro tejido productivo, tenemos altas tasas y nuestra aportación. E s más c o h e r e n t e y claro o p t a r p o r una de las dos siguientes opciones: a 3. a 1. PERSONA Tal como están las cosas, el País Valencia aumenta su aportación al producto interior bruto por encima de la media estatal —a pesar de la situación de abandono de su tejido productivo-, tiene altas tasas de desocupación y su renta familiar no se corresponde con su aportación. a PERSONA Tal como están las cosas, los valencianos aumentamos nuestra aportación al producto interior bruto por encima de la media estatal —a pesar de la situación de abandono de nuestro tejido productivo—, tenemos altas tasas de desocupación y nuestra renta familiar no se corresponde con nuestra aportación. 5. Z e u g m a forzado e n t r e las dos partes del predicado nominal. L a i n d e t e r m i n a c i ó n de un problema permanente contrasta c o n la d e t e r m i n a c i ó n que exige el relativo al que, que introduce una c o m paración e n t r e todos los problemas que he dedicado...). (es seguramente el problema al H a y varias soluciones c o n pequeños matices de significado q u e también evitan la cacofonía: E l n o r t e de África es un p r o b l e m a p e r m a n e n t e y es quizás el problema al que h e dedicado m á s t i e m p o desde que soy ministro de E x t e r i o r e s . ...es un problema permanente al problema permanente que que he dedicado mucho ocupado mucho tiempo... ...es un me ha tiempo... Estas discordancias gramaticales abundan e n la conversación, pero es preferible evitarlas en la prosa. E n este caso, la frase proviene d e una entrevista oral, que probablemente el periodista grabó p r i m e r o c o n cásete y transcribió después al papel. E l zeugma delata el origen oral del texto: constituye un rastro de oralidad e n la redacción. 136 9. J U E G O S S I N T Á C T I C O S ¡Con tantas reglas v a m o s a t e r m i n a r e m p a c h a d o s ! ¿ N o se trataba d e pasarlo bien escribiendo? ¡Pues estamos bien apañados, si hay que recordar a c a d a m o m e n t o el sinfín d e n o r m a s y consejos de los dos últimos capítulos! ¡ N o p o d r e m o s apuntar ni tres palabras sin d e tenernos a analizar si c u m p l e n todos los requisitos! T e p r o p o n g o un c a m b i o d e t o n o . D e s p u é s de tanta t e o r í a , nos iría bien jugar un rato c o n la frase, y tratarla c o m o si fuera u n g a t o juguetón y cariñoso. V a m o s a perderle el respeto y a ejercitar nuestras destrezas sintácticas. L a s frases son c o m o guantes q u e se giran del d e r e c h o y del revés; o juegos d e c o n s t r u c c i ó n q u e se m o n t a n y d e s m o n t a n haciendo cientos de castillos distintos. E l e s c r i t o r y la escritora deben tener la habilidad suficiente para escoger la f o r m a m á s acertada de entre todas las posibles. L o s siguientes ejercicios tienen c o m o objetivo desarrollar la flexibilidad y la fluidez d e la r e dacción. EXAGERACIONES E m p e c e m o s c o n una irreverencia. ¿ R e c o m e n d é que la frase tuviera una media de m e n o s de 3 0 palabras? ¡Pues v a m o s a c o m p o n e r oraciones interminables! P a r a los textos cotidianos, para las c o m i d a s frugales y rápidas d e lunes a viernes, los períodos c o r t o s y ligeros son más digeribles. ¡ P e r o también hay días festivos, c o m o los d o mingos o el día de Navidad, y es c o s t u m b r e y casi necesidad h a r tarse a tope! Algunos autores se han h e c h o famosos p o r su estilo b a r r o c o d e 137 frases interminables. H e aquí una historieta ejemplar d e T h o m a s Bernhard (1978): AUMENTO E n el tribunal de distrito de Wels, una mujer condenada anteriormente veinticuatro veces, que el presidente del tribunal calificó nada más abrir su por ahora último proceso, como escribe el periódico de Wels, de ladrona veterana bien conocida del tribunal, y que estaba acusada entonces del hurto de unos impertinentes para ella totalmente inútiles, que robó a una aficionada a la ópera recientemente fallecida, la cual, sin embargo, desde hacía muchos años no podía andar y, por esta razón, no utilizaba los impertinentes y, realmente, los había olvidado ya, como se reveló durante el proceso, consiguió aumentar su pena de prisión, fijada sólo en tres meses, en otros seis meses, al dar, inmediatamente después de la lectura de la sentencia por el presidente del tribunal, una bofetada precisamente al presidente. Ella había esperado por lo menos nueve meses de cárcel, porque no soportaba más la libertad, declaró. Casi basta c o n u n a o r a c i ó n d e unas 1 3 0 palabras para explicar una historia bastante completa. E s t a p r i m e r a frase c o n t i e n e nueve o diez incisos largos, m a r c a d o s c o n puntuación, más otros c o m p l e m e n t o s sin m a r c a r . M á s d e una vez un inciso breve se inserta dent r o d e o t r o m a y o r , construyendo una estructura sintáctica que par e c e un castillo d e naipes en el aire, p o r su complejidad y fragilidad. Si ya es difícil conseguir una prosa fluida c o n oraciones cortas, imagina qué puede pasar c u a n d o p r e t e n d e m o s escribir períodos largos y complejos c o m o el anterior. L o s incisos deben introducirse e n el m o m e n t o o p o r t u n o , la puntuación tiene que m a r c a r c o n claridad todos los giros sintácticos, las anáforas deben cohesionarse gramatic a l m e n t e , e t c . ¡ E s t a n fácil que un p e q u e ñ o detalle haga tropezar al lector y le haga perder el hilo sintáctico! U n autor tristemente fam o s o p o r este m o t i v o es Alfons d e L a m a r t i n e , el r o m á n t i c o francés del siglo X I X que —según explica el estudioso de la legibilidad F . R i chaudeau, también francés—, e n sus embrolladas o r a c i o n e s , el v e r b o del final a veces n o c o n c u e r d a c o n el sujeto del inicio, separado por numerosos incisos, y ni el m i s m o a u t o r —¡que suponemos que debía releerlo!— ni sus c o r r e c t o r e s se dieron c u e n t a de este e r r o r en la prim e r a edición d e sus obras; d e m a n e r a que, s a r d ó n i c a m e n t e , el t é r - 138 m i n o lamartinismo - c o n t i n ú a Richaudeau— ha pasado a designar e n francés este e r r o r gramatical (que e n español —me p e r m i t o añadir yo e n t r e p a r é n t e s i s - d e n o m i n a m o s solecismo o silepsis, tal c o m o h e m o s visto [pág. 122]). ¡Ufl ¡ Q u é frase! ¡Descansa un p o c o , antes de empezar! E n este p r i m e r juego sintáctico, hay que e n g o r d a r los c o m p o n e n t e s d e una frase simple, c o n todo tipo d e c o m p l e m e n t o s escogidos libremente, hasta construir una o r a c i ó n larga y compleja. N o v a l e utilizar p u n tos y seguido ni puntos y c o m a , o abusar d e los paréntesis. Si puedes redactar una o r a c i ó n c o n un solo v e r b o principal, t e n d r á m á s m é rito todavía. D e este m o d o , a partir d e El loro picó a la abuela se puede elaborar la siguiente historia: E L LORO verde que me regaló un amigo charlatán que sólo come pipas tropical rabioso PICÓ tres veces por sorpresa en el comedor lunes por la mañana desde dentro de la jaula A LA ABUELA octogenaria dormilona que se llama Teresina desdentada que siempre se queja porque le quitaba las pipas al loro H e aquí una propuesta: E l lunes p o r la m a ñ a n a , e n el c o m e d o r y desde d e n t r o d e su jaula, el verde, tropical, rabioso y c h a r l a t á n l o r o q u e m e regaló un amigo y que sólo c o m e pipas p i c ó tres veces a la o c t o g e n a r i a , desdentada y d o r m i l o n a abuela T e r e s i n a , que siempre se queja, porque le quitaba las pipas. L e e la frase y c o m p r u e b a si se resigue sin t e n e r que detenerse ni volver atrás. Si es así, el ejemplo funciona. Si no, es que algo falla: alguna c o m a o algún inciso están m a l encajados. Para redactar este tipo de frases d e b e m o s r e c o r d a r algunos c o n sejos básicos: • L o s circunstanciales de t i e m p o y d e lugar, sobre t o d o si son c o r tos, pueden ir al principio d e la frase para descargar el final. 139 • H a y que juntar los adjetivos y ordenarlos c o n criterios s e m á n ticos. Se pueden a n t e p o n e r al sustantivo y dejar la p a r t e de atrás para las relativas adjetivas, que son m á s largas. • H a y que o r d e n a r los c o m p l e m e n t o s desde el p u n t o d e vista de la c o m p r e n s i ó n del lector. V a l e la p e n a dejar los m á s largos al final. Y si ya has conseguido u n a o r a c i ó n bien construida t e p r o p o n g o el juego inverso, que consiste en d e s m o n t a r y m o n t a r el artificio, c o n frases distintas. A h o r a tienes que t r a n s f o r m a r la frase compleja en un p e q u e ñ o f r a g m e n t o n a r r a t i v o d e o r a c i o n e s cortas y ágiles. E l lunes p o r la m a ñ a n a el l o r o p i c ó a la abuela Teresina. E s un l o r o v e r d e , tropical, rabioso y c h a r l a t á n q u e m e regaló un amigo. Sólo c o m e pipas y aquel día la abuela se las quitaba. E n el c o m e d o r , desde d e n t r o d e su jaula, la bestia le p i c ó tres veces. L a abuela T e r e s i n a , o c t o g e n a r i a , desdentada y d o r m i l o n a , que siempre protesta, aquel día se q u e d ó perpleja. C R E A T I V I D A D SINTÁCTICA U n buen c o c i n e r o sabe preparar el b a c a l a o c o n recetas variadas y una violinista puede t o c a r la m i s m a p a r t i t u r a c o n variaciones infinitas. N o s o t r o s , ¿de cuántas m a n e r a s diferentes p o d e m o s escribir el m i s m o mensaje? ¿Somos c a p a c e s d e d e c i r lo m i s m o c o n otras palabras, c o n frases nuevas, c o n estilos y t o n o s r e n o v a d o s ? Q u i e n puede decir lo m i s m o c o n otras palabras es libre d e e s c o g e r las q u e más le gusten para c a d a ocasión, p e r o a quien le cuesta trabajo t e r m i n a r u n a ú n i c a v e r s i ó n acaba siendo e s c l a v o d e sus limitaciones expresivas y t e r m i n a repitiendo tics y vicios personales. E l t e r c e r juego consiste e n escribir infinitas frases c o n la m i s m a i n f o r m a c i ó n , sin modificarla sustancialmente. P o r ejemplo, a partir de un original c o m o : D u r a n t e los p r i m e r o s años, el Festival d e C i n e de Donosti servía d e plataforma de l a n z a m i e n t o del c i n e español m á s subvencionado y acomodado. 140 ¿Cuántas variaciones, siempre diferentes, puedes h a c e r d e este fragmento? E x p l o r a tu capacidad creativa. Así: FRASE TIPO D E VARIACIÓN 1. ¿No es cierto que, durante los primeros años, el Festival de Cine de Donosti servía de plataforma de lanzamiento del cine español más subvencionado y acomodado? Modalidad: afirmativa, interrogativa, exclamativa... 2. E n su inicio el certamen cinematográfico vasco era el escaparate de las producciones hispánicas más oficiales. Sinónimos. 3. Servía de plataforma de lanzamiento, en los primeros años, del cine español más subvencionado y acomodado, el Festival de Cine de Donosti. Forzando el orden de las palabras hasta el límite. 4. Las películas españolas más ricas se lanzaban en el Festival de Cine de Donosti, en sus primeros años. Cambios sintácticos con implicaciones significativas. Los complementos hacen de sujeto y viceversa: varía el punto de vista. 5. Promocionar la industria cinematográfica oficial española era una de las utilidades del Festival de Cine de Donosti en su inicio. Cambios sintácticos. 6. Al principio el «show» de Donosti enjabonaba y vendía las pelis españolas más enchufadas. ¡Caída repentina de registro! 7. E n su inicio el Festival de Donosti apadrinaba al cine español. Los filmes más beneficiados fueron los que recibían más subvención. E n años posteriores varió el enfoque del certamen. Multiplicación de la frase en tres, añadiendo puntos y seguido. 141 8. Actualmente, el Festival de Donosti ya no hace tanta propaganda del cine español oficial. Pequeñas variaciones en la información explicando lo que era implícito. 9. E n aquellos años el cine español sólo contaba con el trampolín del Festival de San Sebastián para hacerse un sitio en el mercado internacional. Variaciones de significado. ¡ Y así hasta el infinito! Y aún p o d e m o s h a c e r otras modificaciones más atrevidas: introducir v o c e s y personajes en la frase, transformarla en distintos tipos de t e x t o (telegrama, instancia, p o e m a . . . ) , utilizar tipografías diferentes, c a m b i a r el t o n o , el h u m o r , introducir ironía o ambigüedades, buscar a n t ó n i m o s , etc. C u a n t o más rica sea la capacidad de r e h a c e r la frase c o n nuevas ideas, más fácil será r e d a c t a r y más creativa será la escritura. M O D E L A R L A INFORMACIÓN L a s dos últimas frases nos i n t r o d u c e n en un capítulo nuevo: la manipulación de la información. A q u í manipular significa trabajar los datos: desarrollarlos, ampliarlos, c o m p r i m i r l o s , c a m b i a r el p u n t o de vista, e t c . U n a simple variación estilística r e t o c a inevitablemente algún matiz del sentido. D e este m o d o , ninguna d e las n u e v e frases anteriores dice e x a c t a m e n t e lo m i s m o , o tiene las mismas presuposiciones o implicaciones discursivas. P e r o c u a n d o la modificación tiene finalidades ideológicas, se c o n v i e r t e en una tergiversación premeditada e interesada del c o n t e n i d o . L o s mejores maestros en el arte de estirar, encoger y retocar la información son los periodistas. L o s locutores de radio, por ejemplo, son capaces d e hablar durante c i n c o minutos sobre una noticia que quizá sólo ocupa dos o tres frases; p e r o también pueden decir m u c h o c o n el m í n i m o n ú m e r o de palabras posible, si el t i e m p o apremia. P a rafrasean, hacen circunloquios, r e t o m a n los mismos datos c o n palabras distintas, mencionan las circunstancias, las valoran desde puntos de vista c o m u n e s . . . ¡ Y lo más asombroso de t o d o es que tú, oyente, n o tienes la sensación de que están repitiendo lo mismo! 142 ¿ T o m a d u r a d e pelo? ¿Habilidad c o m u n i c a t i v a ? U n poco de todo. E l último juego del capítulo consiste e n jugar de esta m a n e r a : alargar las veintidós palabras anteriores hasta el m á x i m o posible y reducirlas, también hasta el m í n i m o . ¡Venga! A v e r si puedes super a r las 1 3 0 palabras de este rollo: E l Festival de Cine de Donosti ha servido de promoción internacional del cine español. Especialmente en los primeros años del certamen, las producciones españolas se exhibían y esperaban poder lanzarse en el extranjero a partir del Festival. Las películas que siempre se presentaban eran las que recibían más ayudas institucionales, es decir, las más oficiales y subvencionadas. E n los últimos años este planteamiento ha cambiado y ahora el Festival ha dejado de ser una plataforma tan descarada de publicidad. Los filmes más marginales o que no han recibido tanto dinero de los organismos públicos también pueden presentarse al Festival. Y también hay otros concursos y encuentros de cinefilos en los que se pueden presentar las nuevas obras cinematográficas españolas. No hace falta recurrir siempre a Donosti, esta conocida ciudad v a s c a Al revés, p o d e m o s prescindir de la mitad d e las palabras originales e n la versión reducida (trece palabras): Al principio el Festival de Donosti hacía publicidad de los filmes españoles subvencionados. L a capacidad d e atomizar o c o m p r i m i r información está adquiriendo i m p o r t a n c i a a causa de las limitaciones espacio-temporales q u e c a d a vez c o n m á s frecuencia a c o m p a ñ a n a un t e x t o escrito. T a n t o periodistas c o m o congresistas, autores d e cartas al p e r i ó d i c o , de informes técnicos o de e x á m e n e s tienen que a d e c u a r sus m e n s a jes a un n ú m e r o d e t e r m i n a d o de líneas, d e palabras o d e minutos. ¡ E l t i e m p o y el espacio cuestan dinero! L a escritura debe a p r e n d e r a convivir con esas limitaciones. 143 10. N U E V E R E G L A S P A R A E S C O G E R P A L A B R A S La diferencia entre la palabra acertada y la palabra casi acertada es la que hay entre la luz de un rayo y una luciérnaga. MARK TWAIN E l siguiente plato c o n t i e n e n u e v e reglas más c o m o las d e la frase, ahora sobre selección léxica. L a c a r n e teórica se g u a r n e c e c o n ejemplos variados, listas y ejercicios c o m e n t a d o s para el lector hambriento. L A S REGLAS 1. N o repetir L a repetición reiterada de una palabra de significado pleno ( n o m b r e , v e r b o , adjetivo o adverbio) e n un período b r e v e p r o v o c a m o n o t o n í a y aburrimiento. N o importa que sea una palabra bonita, c o r t a , básica (es, tiene, punto...) o la central de un t e m a ; o que la causa de la repetición sea una anáfora, la especificidad del t é r m i n o usado o la dificultad d e e n c o n t r a r sinónimos. L o s efectos pernicio­ sos son los mismos y n o se excusa de ningún m o d o . E j e m p l o : REFLEXOLOGÍA PODAL En muchas partes del cuerpo como son las manos, las orejas o los pies, están representados todos los órga­ nos y partes del cuerpo. Incidiendo sobre estas zonas se pueden crear ar­ cos reflejos que actúen directamente sobre cualquier órgano del cuerpo y que solucionen cualquier anomalía que exista. [Al] 144 E n las manos, las orejas o los pies, se representan todos los órganos del cuerpo. Incidiendo sobre estas zo­ nas se pueden crear arcos reflejos que actúen directamente sobre cual­ quier punto del organismo y que so­ lucionen la anomalía que exista. L a preceptiva escolar d e redacción consideraba una falta repetir la m i s m a palabra en sólo c i n c o o seis líneas y ordenaba sustituirla p o r p r o n o m b r e s , sinónimos, un circunloquio o una elipsis. N o c r e o que p o d a m o s dar p o r buena y universal una restricción tan severa, pero sí que hay que andar c o n pies de p l o m o e n t o d o m o m e n t o [pág. 1 3 2 ] . 2. Evitar las muletillas A nivel de expresiones, el h e c h o de repetir a m e n u d o algunas palabras actúa de alguna m a n e r a c o m o un p r o c e s o d e fijación d e auténticas muletillas o clichés lingüísticos. P e r s o n a l m e n t e , pienso que se pueden utilizar de entrada en función de llenar vacíos, a raíz de articular una frase coja - y , también, e v i d e n t e m e n t e , en base a la m o d a verbal del momento—, p e r o e n cualquier caso se abusa d e ellas sin m o t i v o en el a c t o d e repetirlas. P a r a empezar, h e aquí las principales ( c o m o m í n i m o las que llevan asterisco n o se consideran c o m o m u y correctas). ¿ Q u é ha pasado? ¿ P o r qué es tan c o m p l i c a d o , lo anterior? ¡ A c e i taste!: está infectado de muletillas. Repásalo. ¿Cuántas has descubierto? Subráyalas. Aquí tienes el m i s m o párrafo limpio d e clichés y vicios: A menudo algunas expresiones actúan como auténticas muletillas o clichés lingüísticos. Se pueden utilizar para llenar vacíos o articular una frase coja —¡y también para estar a la moda verbal!—, pero demasiadas veces se abusa de ellas sin motivo. He aquí las principales (las que llevan asterisco no se consideran correctas): *a nivel de *a raíz de a través de *bajo el punto de vista como muy como mínimo de alguna manera en cualquier caso *en función de es evidente evidentemente de cara a de entrada para empezar 145 el acto de el proceso de el hecho de que *en base a personalmente pienso que quiero decir que L a lista podría ampliarse c o n c o m o d i n e s , palabras abstractas [ver más adelante] o expresiones innecesarias. E n general, aportan p o c o o nulo significado, r e c a r g a n la sintaxis y t e r m i n a n c o n v i r t i é n ­ dose e n tics repetitivos. D a n una falsa categoría «culta» a la prosa y e n c i m a , c o m o decía, puede p a r e c e r que están de m o d a o que «que­ dan bien». V e a m o s dos ejemplos, una r e d a c c i ó n d e un aprendiz y el párrafo central de una carta q u e la dirección de una revista envía a sus lectores: Un tema por el cual estoy intere­ sada es el relacionado con los efec­ tos que provoca la droga a nivel deportivo. [Al] Estoy interesada en los efectos que provoca la droga en el deporte. Con la intención de dar respuesta a la gran acogida que ha tenido el boletín y con el fin de atender a la creciente demanda, hemos ini­ ciado una nueva etapa con la «Re­ vista de CIFA» con el fin de abrir nuevas páginas tanto a nuevas pro­ puestas temáticas como a nuevos colaboradores. Es por este motivo que hemos preparado un proceso de suscripción a la revista que nos permitirá, tal como se nos pedía últimamente, profundizar en aque­ llas temáticas más actuales, de la Tal como se nos pedía, «Revista de CIFA» inicia otra etapa, con más páginas, y temas y colaboradores nuevos, con el fin de poder aten­ der a la gran acogida que ha te­ nido. Para poder conseguirlo, nos hemos visto obligados a pedir una suscripción formal a la revista... mano de~Jersonas que estén impli­ cadas en ellos desde todas las pers­ pectivas... [CIFA] E s t e ú l t i m o ejemplo podría figurar e n una antología del dispa­ rate léxico. H a y un p o c o de todo: muletillas (con el fin de, un pro­ ceso de, por este motivo, e t c . ) , c o m o d i n e s (proceso, propuesta temá146 tica), repeticiones léxicas (nuevas, temáticas, atender/dar respuesta), redundancias (de la mano de personas que estén implicadas en ellos desde todas las perspectivas...). dad: M i versión mejorada n o t i e n e pie­ suprime lo v a c í o , r e m u e v e lo c a ó t i c o y destaca l o q u e estaba escondido e n el original. 3. Eliminar los comodines Si el c o m o d í n es la carta q u e encaja e n cualquier juego, la pala­ bra-comodín es aquel n o m b r e , v e r b o o adjetivo, d e sentido bastante g e n é r i c o , que utilizamos c u a n d o n o se n o s o c u r r e o t r a palabra m á s específica. Son palabras c o m o d í n las q u e sirven para t o d o , q u e se pueden utilizar siempre, p e r o q u e precisan p o c o o n a d a el signifi­ c a d o d e la frase. Si se abusa d e ellas, e m p o b r e c e n la prosa y la v a ­ cían d e contenido. Ejemplo: Nombres: aspecto, cosa, elemento, hecho, información, problema, tema... Verbos: decir, hacer, poner, tener... Adjetivos: bueno, interesante, positivo... Lo mejor desde el punto de vista de la escultura ha sido la cantidad de esculturas que se han colocado en Barcelona, cuya obra más inte­ resante ha sido «La caja de ceri­ llas», y las excelentes esculturas que se han colocado en Vic con motivo del 92: todas ellas muy in­ teresantes. [Ausona, 31-12-92] La insipidez de la frase está provocada por la abundancia de repeticiones (la tripleta de escultura/s y el doblete de colocado), además del doble comodín interesante, que no aporta ningún matiz significativo al texto. Algunos posibles sustitutos son, respectiva­ mente: obras, tallas,figuras...;situa­ das, instaladas, ubicadas, emplaza­ das...; sugerentes, apreciables, conse­ guidas, innovadoras... V e a m o s a h o r a c ó m o un m i s m o c o m o d í n tiene valores m u y distin­ tos según el c o n t e x t o : PROBLEMAS La problemática del racismo eneabeza todos los periódicos. SOLUCIONES incremento, radicalización, expansión... 147 Se han planteado problemas de tesorerla en la empresa. • dificultades, carencias, limitaciones... El problema de la escasez de lluvias son las restricciones en el suministro de agua. • consecuencia, efectos... Han modificado las disposiciones más problemáticas de la ley. • discutibles, controvertidas, criticadas... inconveniente, A d e m á s d e los c o m o d i n e s profesionales, cualquier palabra g e n é rica puede sustituir o c a s i o n a l m e n t e a otra más c o n c r e t a . L a escritura de los niños, adolescentes, y t a m b i é n d e bastantes adultos, se c a r a c t e riza a m e n u d o p o r el amplio uso d e hiperónimos, d e vocabulario básico y de palabras que tienen c o r r e s p o n d e n c i a formal c o n otra lengua de c o n t a c t o (interferencias léxicas y semánticas), mientras que los términos m á s específicos, más cultos o sin equivalencia e n la otra lengua pierden vitalidad. Ejemplos: Subió al árbol para ver el nido de pájaros. Trepó a la encina para ver el nido de gorriones- No encontraba esponsor para el mtting. No encontraba patrocinador para el encuentro. E l ruido cupaba. La refregadura del nos inquietaba. del aparato nos preo- limpiaparabrisas Natalie G o l b e r g ( 1 9 9 0 ) dice al respecto: «Sed precisos. N o digáis fruto. Especificad de qué fruto se trata. Es una granada. D a d a las c o - sas la dignidad de su propio n o m b r e . » 4. Preferir palabras concretas a palabras abstractas L a s palabras c o n c r e t a s se refieren a objetos o sujetos tangibles; el lector las puede descifrar fácilmente porque se h a c e una clara imagen d e ellas asociándolas a la realidad. E n c a m b i o , las palabras 148 abstractas designan conceptos o cualidades m á s difusos y suelen abarcar un n ú m e r o m a y o r d e acepciones. E l lector necesita más t i e m p o y esfuerzo para c a p t a r su sentido: n o hay referentes reales y hay que escoger una acepción apropiada e n t r e las diversas p o sibles. V a m o s a analizar un ejemplo c o n detalle. L e e el siguiente titular y responde a las preguntas de la derecha: LOS UNIVERSITARIOS P L A N T E A R Á N A LOS CANDIDATOS PUNTOS Q U E D E B E N ASUMIR ¿Qué tipo de puntos? ¿Se refiere a propuestas o peticiones? ¿Quizás a cuestiones, a discrepancias, a ejercicios o notas? ¿ Y cómo se pueden asumir los puntos? Además, ¿a qué tipo de candidatos se refiere? ¿A qué optan? ¡ E s un titular demasiado ambiguo! U n a d e las dificultades principales reside en el significado d e puntos. A l tratarse de u n v o c a b l o polisémico y bastante genérico, e n t r a n en juego m u c h a s a c e p c i o n e s ( 3 5 según el D R A E , sin c o n t a r sentidos figurados ni expresiones). Fíjate e n este esquema (sólo incluye las más habituales): puntos puntada señal circular en una tela 3 1 signo de puntuación 1 pico de pluma 2 de sutura (cirugía) 4 referencia de ganchillo 5 valoración 10 parte de un asunto medida nota 11 cifra 12 i — espacial temporal sitio, posición estado momento, lugar cardinal en un instante 6 7 proceso 9 apartado, capítulo, pasaje 13 fin, objetivo, motivo I asunto, cuestión, aspecto 16 petición, idea reivindicación principal 14 15 149 ¿Cuál d e estos significados es el a d e c u a d o p a r a el titular a n t e rior? E l c o n t e x t o (el resto d e palabras, la frase, nuestros c o n o c i mientos previos) n o ofrece suficientes pistas para e s c o g e r u n a de las m u c h a s posibilidades. E l l e c t o r sólo p u e d e leer y r e l e e r a t e n t a m e n t e el título, reflexionar unos segundos al r e s p e c t o y c o n s t r u i r u n a hipótesis d e significado muy g e n é r i c a o arriesgada. O b v i a m e n t e , éste n o p u e d e ser el p r o c e d i m i e n t o habitual d e lectura —¡y todavía m e nos en un periódico!—. L o s titulares deben bastar p a r a d a r al inst a n t e u n a idea esquemática p e r o c o n c r e t a del h e c h o . E n la práctica, el desarrollo c o m p l e t o de la noticia aclara el significado preciso d e puntos: Los representantes de los alumnos de la Universidad de La Rioja (UR) en el Claustro Constituyente han elaborado de forma conjunta una serie de puntos reivindicativos que plantearán a los dos candidatos a rector, Carmelo Cunchillos y Urbano Espinoza, y que serán «innegociables» según un representante estudiantil. [La Voz, 15-4-94] Se trata, pues, d e la a c e p c i ó n n ú m e r o 1 4 del esquema anterior. E l titular resultaría m u c h o más a u t ó n o m o y comprensible si i n c o r p o r a r a la expresión m á s c o n c r e t a : Reivindicaciones resulta mucho más comprensible que puntos; el adjetivo innegociables formula de manera más concreta la idea de que deben asumir, y la especificación a rector aclara el tipo de candidatos a que nos referimos. LOS UNIVERSITARIOS PLANTEARÁN REIVINDICACIONES I N N E G O C I A B L E S A LOS CANDIDATOS A R E C T O R C o n el m i s m o n ú m e r o d e diez palabras se consigue u n a c o m u n i c a c i ó n m u c h o m á s eficaz. V e a m o s o t r o ejemplo: E l principal factor de desarrollo de la ciudad de Reus fue el sector indusMal. [ND, 17-1-93] L a c o n c r e c i ó n d e industria E l principal motor de desarrollo de Reus fue la industria. o incluso la metáfora de motor resultan más expresivos que los abstractos sector 150 industrial y factor. 5. Preferir palabras cortas y sencillas A veces la lengua nos p e r m i t e escoger e n t r e u n a palabra usual o u n a equivalencia culta, más extraña. L a palabra c o r r i e n t e es a m e n u d o más c o r t a y ágil y facilita la lectura del t e x t o . ( D e b e m o s r e c o r dar q u e las palabras m á s frecuentes y simples de la lengua suelen ser las m á s cortas [ver pág. 2 1 ] . ) H e aquí algunos ejemplos d e dobletes, en los que es preferible la f o r m a d e la d e r e c h a (el asterisco m a r c a los vocablos que n o a p a r e c e n e n el D R A E p e r o que se usan a menudo): aproximativo concomitancia concretizar diferenciar disminución ejemplificar entregar explosionar finalizar hacer evitación inclusive influenciar lentificar realizar parágrafo *periodificar profundizar *receptivizar utilización *vehiculizar visionar aproximado semejanza, parecido concretar distinguir baja, merma dar ejemplo dar explotar concluir, terminar evitar incluso (adv.) influir hacer lento, retrasar hacer párrafo *periodizar ahondar recibir uso •"vehicular ver También es preferible evitar arcaísmos como antaño, ergo, al pronto, tengo de, su padre de usted, en verdad, etc., q u e n o se oyen ni se leen demasiado. C o n ellos la prosa adquiere un t o n o vetusto y anticuado. ¿ Q u é palabras utilizas más a m e n u d o e n tus textos? ¿ L a s d e la izquierda o las d e la d e r e c h a ? ¿Las viejas o las actuales? A m b a s listas son orientativas; quizás las podrías a m p l i a r c o n o t r o s dobletes; el 151 idioma es r i c o en palabras, e n llanezas y e n complicaciones. R e ­ cuerda siempre lo que dijo el maestro: «Aquí alzó otra v e z la voz m a e s e P e d r o , y dijo: "Llaneza, m u c h a c h o ; n o te e n c u m b r e s , que toda afectación es mala."» (El Quijote, II, X X V I ) 6. Preferir las formas más populares L a lengua t a m b i é n nos ofrece dos formas posibles e n algunos as­ pectos de fonética, ortografía o morfosintaxis. E n las siguientes pa­ rejas, la solución de la d e r e c h a , más llana y popular, también resulta m á s recomendable: septiembre transcendente substantivo E l hotel de Venecia en el cual nos hospedamos era limpio y barato. El Roses se coloca a sólo tres pun­ tos del líder, el Vic, al cual visitara el próximo domingo. [HN, 26-1-93] setiembre trascendente sustantivo ...donde nos hospedamos... ...el Vic, antes de visitarlo... 7. Evitar los verbos predicativos L o s verbos ser y estar recargan innecesariamente la frase. L o s verbos de predicación c o m p l e t a son m á s enérgicos y claros. O t r o s verbos débiles que a veces p o d e m o s sustituir son hacer, parecer, llegar a y El gobierno es el director de la politica monetaria y el inspector de las instituciones financieras. 152 encontrar, haber. E l gobierno dirige la política monetaria e inspecciona las instituciones financieras. Las palabras largas hacen la frase cargada y complicada. Las palabras largas cargan y com­ plican la frase. El espectáculo tiene una duración aproximada de 50 minutos. [DdA, 17-1-93] El espectáculo dura aproximada­ mente 50 minutos. La vitalidad cultural se encuentra estancada a causa de la crisis eco­ nómica. La vitalidad cultural se ha estan­ cado a causa de la crisis económica. Ha habido un incremento en la oferta privada de cursos de forma­ ción desde que aumentó el paro. La oferta privada de cursos de for­ mación se ha incrementado desde que aumentó el paro. 8. T e n e r c u i d a d o c o n l o s a d v e r b i o s e n -mente L o s adverbios d e m o d o terminados e n -mente particularidades: poseen algunas • Son propios de registros formales. E l estilo coloquial prefiere los adverbios más vivos y breves. P o r ejemplo: • actualmente, modernamente, contemporáneamente: hoy, ahora, hoy en día • antiguamente, anteriormente: antes • claramente: de manera clara, con claridad • completamente, definitivamente, totalmente, plenamente, Integra­ mente, absolutamente: del todo, por entero • especialmente, esencialmente, fundamentalmente, principalmente: sobre todo • excesivamente: demasiado, mucho • finalmente: al final, para terminar • frecuentemente: a menudo, muchas veces • gratuitamente: gratis • indudablemente: sin duda • inicialmente: al principio, de entrada • lentamente: poco a poco • literalmente: al pie de la letra, palabra por palabra • obligatoriamente, necesariamente: a la fuerza 153 • • • • • • • • • • • • • obviamente, naturalmente, evidentemente: claro que periódicamente: a menudo, de vez en cuando permanentemente: siempre posiblemente, probablemente: quizá posteriormente, seguidamente: después, ahora, a continuación provisionalmente, momentáneamente, eventualmente: de momento próximamente: pronto rápidamente, velozmente: deprisa, corriendo recientemente, últimamente: hace poco sensiblemente, notablemente: bastante súbitamente: de pronto, de repente, de golpe suficientemente: bastante, suficiente únicamente, solamente, exclusivamente: solo, nada más [Coramina, 1 9 9 1 ] • Si se abusa d e los adverbios e n -mente, se recarga la prosa y se h a c e pesada, p o r q u e son palabras largas. E n t o d o c a s o , se pueden sustituir p o r las equivalencias anteriores. • E s aconsejable evitar el t i c d e iniciar un t e x t o o u n a unidad textual m a y o r (apartado, página) c o n un adverbio de este tipo, e x c e p t o c u a n d o su función sea la de m a r c a d o r textual. E j e m p l o e n un inicio d e párrafo: Posiblemente es la frase que mejor define la visión presente y la voluntad de futuro. Es la frase que posiblemente define mejor la visión presente y la voluntad de futuro. • Puesto q u e todos ellos tienen la m i s m a t e r m i n a c i ó n -mente provo- c a n cacofonías q u e c o n v i e n e evitar, [pág. 1 3 1 ] 9. M a r c a d o r e s t e x t u a l e s Señalan los accidentes de la prosa: la estructura, las c o n e x i o n e s e n tre frases, la función de un fragmento, e t c . T i e n e n f o r m a d e conjunciones, adverbios, locuciones conjuntivas o incluso sintagmas, y son útiles para ayudar al lector a c o m p r e n d e r el t e x t o [págs. 8 4 y 2 2 4 ] . L a siguiente muestra es u n a m a c e d o n i a extraída d e Marshek ( 1 9 7 5 ) , F l o w e r ( 1 9 8 9 ) , Cassany ( 1 9 9 1 ) , «la Caixa» ( 1 9 9 1 ) y Castellá ( 1 9 9 2 ) . P o r supuesto, es forzosamente orientativa, funcional e incompleta: 154 MARCADORES TEXTUALES P A R A E S T R U C T U R A R E L T E X T O . Afectan a un fragmento relativamente e x t e n s o del t e x t o (párrafo, apartado, grupo d e oraciones...). Sirven p a r a establecer o r d e n y relaciones significativas e n t r e frases: • Introducir el tema del texto el objetivo principal de nos proponemos exponer este texto trata de nos dirigimos a usted para • Iniciar un tema nuevo con respecto a por lo que se refiere a otro punto es en cuanto a sobre el siguiente punto trata de en relación con acerca de • Marcar orden 1° 2° 3 4 o o en en en en primer lugar segundo lugar tercer lugar cuarto lugar primero segundo tercero cuarto en último lugar en último término primeramente finalmente de entrada ante todo antes que nada para empezar luego después además al final para terminar como colofón • Distinguir por un lado por una parte en cambio por otro por otra sin embargo ahora bien no obstante por el contrario • Continuar sobre el mismo punto además después a continuación luego asimismo así pues • Hacer hincapié es decir en otras palabras dicho de otra manera como se ha dicho vale la pena decir hay que hacer notar o sea lo más importante esto es la idea central es en efecto hay que destacar hay que tener en cuenta 155 • Detallar en particular en el caso de a saber como botón de muestra como, por ejemplo, baste, como muestra, así en resumen brevemente resumiendo recapitulando en pocas palabras globalmente recogiendo lo más importante en conjunto sucintamente para finalizar finalmente así pues en definitiva al mismo tiempo simultáneamente en el mismo momento entonces después más tarde más adelante a continuación acto seguido por ejemplo p. ej. cfr. verbigracia • Resumir • Acabar en conclusión para concluir • Indicar tiempo antes ahora mismo anteriormente poco antes • Indicar espacio arriba/abajo derecha/izquierda más arriba/más abajo en medio/en el centro delante/detrás cerca/lejos encima/debajo al centro/a los lados dentro y fuera en el interior/en el exterior de c a r a / d e espaldas P A R A E S T R U C T U R A R LAS IDEAS. Afectan a fragmentos más breves de t e x t o (oraciones, frases...) y c o n e c t a n las ideas e n t r e sí e n el interior de la oración. S o n las conjunciones d e la g r a m á t i c a tradicional. • Indicar causa porque ya que visto que puesto que a causa de gracias a/que por razón de por culpa de con motivo de 156 pues como a fuerza de dado que considerando que teniendo en cuenta que • Indicar consecuencia en consecuencia por tanto de modo que a consecuencia de así que por lo cual por consiguiente consiguientemente razón por la cual por esto pues conque • Indicar condición a condición de/que en caso de/que si siempre que siempre y cuando con solo (que) en caso de {que) con tal de (que) a fin de (que) con el fin de (que) con el objetivo de a fin y efecto de <que) con la finalidad de Indicar finalidad para (que) en vistas a con miras a • Indicar oposición (adversativas) en cambio antes bien no obstante ahora bien por contra con todo por el contrario sin embargo de todas maneras • Para indicar objeción (concesivas) aunque si bien a pesar de (que) por más que aun + (gerund.) con todo L o s m a r c a d o r e s textuales deben c o l o c a r s e e n las posiciones im- portantes del t e x t o (inicio d e párrafo o frase), para q u e el l e c t o r los distinga d e un vistazo, incluso antes d e e m p e z a r a leer, y p u e d a h a cerse una idea d e la organización del t e x t o . N o hay q u e abusar d e ellos porque pueden atiborrar la prosa y c o n v e r t i r s e e n cuñas. [ E n las págs. 2 1 0 - 2 1 6 hay un buen ejemplo sobre su uso p a r a c o m p r o b a r el efecto que p r o d u c e n e n a c c i ó n . ] EJERCICIOS E n las siguientes frases se han camuflado t o d o tipo d e c o m o d i nes, muletillas y demás expresiones indeseables. A v e r si eres c a p a z de rectificarlas. 157 1. H e sabido a través de los medios d e c o m u n i c a c i ó n q u e su e m presa hará los actos en la delegación d e Málaga. 2. E l informe h e c h o p o r los t é c n i c o s dice, a nivel t e ó r i c o y p r á c t i c o , los diversos aspectos sociales y e c o n ó m i c o s q u e tiene la industria turística d e la zona. 3. E s evidente que se t e n d r á n q u e t o m a r medidas expeditivas e n función d e los resultados del partido. 4. P e r s o n a l m e n t e , quisiera d e c i r q u e los responsables deben llegar a v a l o r a r lo interesante d e c a d a p r o y e c t o , en base a los objetivos propuestos y la información que se da. 5. E l alcalde se hizo responsable d e los e l e m e n t o s m á s i m p o r tantes d e la solicitud, e s p e c i a l m e n t e de los q u e la prensa h a est a d o v a l o r a n d o c o m o los m á s negativos. Soluciones y comentarios: 1. U n a m u l e t a y un c o m o d í n : H e sabido/a lumen difl los medios d e c o m u n i c a c i ó n que su e m p r e s a fetHC¡flos actos en la delegación de Málaga. . 158 r 2. B u e n ejemplo d e frase descafeinada p o r u n e x c e s o d e c o m o d i nes (hacer, decir, problemas y tener); también está la muletilla a ni- vel. C a m b i a n d o solamente esto: E l i n f o r m e p o r los t é c n i c o s £ < g , ( a nivel t e ó r i c o y p r á c t i c o ^ los diversos ^ S J M ^ S sociales y económicos que tria turística d e la zonaT**^ la indus- ^ 3. ¡Basta ya d e muletillas redundantes! ( l ^ i i i i i l i f P i l r T i]ñ\ i ^ e ^ é n d r á n ^ q u e t o m a r m e d i d a s expeditivas {cTl_ [üxtviAfí^Sef los resultados del partido. 4. H a y tres muletillas: personalmente, quisiera decir y en base a; dos comodines: interesante y que se da (expresión q u e a d e m á s es demasiado coloquial para la frase), y un v e r b o débil: llegar a. P o r tanto: Sa2i8(ig^nicStE,(c|¡SSB3w4««É0p}eJlos responsables deben ÜSgsC rftj >f v a l o r a r l o interesanteide cada proyecto,fer>base a)los objetivos infnrn-nrirtn (njjp^M ^jf*** ^prnpnr-itrn y>Y ln i*4 veniyaé 159 5. D o s verbos débiles: hizo responsable dos c o m o d i n e s m u y claros: elementos portante. cialmente. y ha estado y negativos, valorando, y u n o dudoso: im- Puestos a dudar, e n c o n t r a m o s también el adverbio espe- Resultado: E l alcalde se! tboio d e la solicitud,FEjpeeialmonta|de los que la prensa h a ¿ 5 * « D $ v a W-ffir^^m? W i i . "")', '' "y r Con mó¿ c/U^it&Hua. L a s reglas sobre palabras son más frágiles que las de la frase, p o r q u e d e p e n d e n todavía más del c o n t e x t o lingüístico en* q u e apar e c e c a d a vocablo. L o que p r o v o c a que u n a palabra sea p o c o adecuada, reiterativa o v a c í a es su situación c o n c r e t a : el tipo d e t e x t o , el t e m a , las palabras que p r e c e d e n y siguen, etc. Sería absurdo c o n d e n a r para siempre las palabras d e las listas anteriores. E s t a s reglas apuntan los abusos e n los que se c a e más a m e n u d o y que, p o r lo tanto, hay que c o n t r o l a r . P e r o también podríamos hallar ejemplos en los q u e un problema, un arriba o un a través cluso necesarios. T e r m i n o c o n otra «chuleta» de consejos: 160 son precisos e in- CINCO CONSEJOS P A R A E S C O G E R PALABRAS 1. E v i t a las repeticiones, las muletillas, los clichés y los c o m o d i nes. E n s u c i a n la prosa y la vacian de significado. 2. Prefiere las palabras cortas a las largas, las sencillas a las c o m plicadas, las populares a las cultas, y las c o n c r e t a s a las abstractas. U n vocabulario llano y v i v o ayuda a c o m p r e n d e r el t e x t o . 3. Sustituye los verbos ser o estar p o r palabras c o n m á s fuerza y significado. 4. ¡Atención a los adverbios en -mente.' prosa! ¡ Q u e n o invadan tu 5. Utiliza m a r c a d o r e s textuales para m o s t r a r la organización d e tus ideas. 161 11. L A T E X T U R A E S C R I T A El autor todavía no ha llegado a escribir una prosa que no tenga forma de esponja. GABRIEL FERRATER Siempre p o n g o el ejemplo del collar de perlas para explicar la c o hesión textual. D e l m i s m o m o d o q u e u n a retahila de perlas n e c e sita un hilo e n su interior, las frases del escrito m a n t i e n e n múltiples lazos de unión, más o m e n o s evidentes: puntuación, conjunciones, p r o nombres, determinantes, parentescos léxicos y semánticos, relaciones lógicas, etc. E l conjunto de esas c o n e x i o n e s establece una red de c o h e sión del t e x t o , la textura escondida del escrito, que le da unidad para p o d e r actuar c o m o mensaje c o m p l e t o y significativo. U n o d e estos m e c a n i s m o s d e cohesión es la anáfora, la repetición sistemática de un e l e m e n t o a lo largo del discurso. L a anáfora cose una frase c o n la siguiente c o n p r o n o m b r e s , sinónimos y elipsis, d e forma que da al conjunto un sentido c o n g r u e n t e . Supongamos que estamos escribiendo la historia de un conejo y una zanahoria: éstos aparecerán f r e c u e n t e m e n t e en el t e x t o , bajo diferentes formas: animal, mífero, él, 0 ; hortaliza, vegetal, alimento, bestia, ma- ella, 0 . E l trabajo de la es- critora y del escritor consiste e n camuflar las constantes repeticiones o en ahorrarlas, si es posible, siempre q u e se garantice la c o n e x i ó n y la comprensión. U n a h o r r o e x c e s i v o p r o v o c a vacíos d e significación y d e s c o n c i e r t o , p e r o la reiteración sistemática de las mismas palabras carga la n a r r a c i ó n y le quita vigor. A l final, la anáfora se c o n v i e r t e en u n o de los dolores de cabeza m á s persistentes del autor. EL ANÁLISIS P a r a m o s t r a r los problemas —y algunas soluciones— que afectan a este aspecto de la redacción, analizaré un pequeño suceso reseñado en 162 El Correo Vasco, edición de La Rioja, del 15 de abril de 1994. Fíjate la maraña de pronombres, elipsis, referencias y otr_as anáforas de un texto de sólo doscientas palabras (sólo se marcan las tres anáforas básicas): l. nmac:uWaV.J 2. 3. perpetrado en el establecimiento Benetton, de Gran Vía, el 27 de abril de 1991. 4. previamente de acuerdo conlMartinaJ. Ari;enor de edad xi irrumpieron en el citado comercio con el ánimo de 6 algunas de las prendas que se hallaban en uno de los mostradores, 7. prendas que esta última escondió bajo la falda. Tal maniobra fue observada 8. por la propietaria, Paloma Martínez, a Martina 9. comenzó a 0 zarandea 1 1 O Este momento, según declara probado la resolución dictada or a Audiencia, 1 3. materializar inicialmente, al 0 ser retenida por la empleada del local, sí 0 logró 14 consumar 0 poco después al 0 retorcerle el dedo pulgar. 1 6. en el local hasta la llegada de la Policía. Cada uno de los entramados (claro, semioscuro, oscuro) distingue una anáfora. Las flechas unen las ocurrencias de un mismo entra­ mado entre sí y dibujan el recorrido de cada anáfora a lo largo del texto. He aquí la lista completa de anáforas: 163 RELACIONES ANAFÓRICAS Básicas o generales: 1. R e f e r e n t e inicial en línea 1: Inmaculada Carmen A. V. Anáforas: línea línea línea línea línea línea 1: condenadas 2: autoras 4: estas dos mujeres 4: puestas 5: las dos acusadas 5 / 6 : 0 sustraer línea línea línea línea línea 2. R e f e r e n t e inicial en línea 4: Martina Anáforas: línea 4: menor... y familiar... línea 7: esta última línea 8: a Martina línea 9: zarandearla línea 9: 0 escondía 3. Referente inicial en línea 8: la línea linea línea línea línea V. J. y su hija María 11: 11: 12: 15: 15: la madre y la hija 0 abalanzarse 0 propiciar a las dos encausadas con ellas J. A. 12: 12: 13: 13: 14: de 0 a/ 0 al del la menor no jbudo materializar 0 í¿r retenida /ogro 0 retorcerle propietaria Anáforas: línea 8: Paloma Martínez línea 8: quien línea 8: 0 dirigiéndose linea 11: contra la dueña línea 15: la propietaria línea 15: 0 encerrándose Restringidas: 4. Referente inicial en línea 1: Inmaculada V. J. Anáfora: línea 1: su hija María del Carmen A. V. 5. R e f e r e n t e inicial en línea 2: por la Audiencia Provincial Anáfora: linea 10: por la Audiencia 6. R e f e r e n t e inicial en línea 2: un delito de robo Anáfora: línea 3: perpetrado 7. R e f e r e n t e inicial en línea 3: en el establecimiento Gran 164 Vía Benetton, de Anáforas: línea 5: en el citado comercio línea 13: la empleada del local línea 16: en el local 8. Referente inicial en línea 6: algunas de las prendas Anáforas: línea 6: que línea 7: prendas que línea 9: las ropas línea 9: que 9. Referente inicial en línea 7: que esta última Anáforas: línea 7: tal maniobra línea 7: fue 10. Referente inicial en línea 9: cayeron Anáforas: línea 11: este momento escondió bajo la 11. Referente inicial en línea 11: para Anáfora: línea 12: de este modo abalanzarse 12. Referente inicial en línea 12: la fuga Anáforas: línea 12: una fuga línea 12: que observada las ropas que línea 11: fue escondía aprovechado. contra la línea 13: sí logró consumar ' 13. Referente inicial en linea 13: la empleada Anáfora: línea 14: retorcerle falda dueña 0 del local Estas trece anáforas c o n sus repeticiones n o agotan la red d e r e laciones cohesivas del texto. Q u e d a n fuera del esquema a n t e r i o r los deícticos que enraizan el t e x t o c o n una situación c o m u n i c a t i v a determinada (el establecimiento Benetton, de Gran Vía; el 27 de abril de 1991), las relaciones temporales e n t r e los sucesos (puestas previamente, inicialmente, poco después, fueron condenadas, declara probado), t o d o tipo de relaciones semánticas e n t r e vocablos (madre/ hija/familiar, condenadas/prisión, delito/robo/sustraer, Audiencia/resolución/encausadas, propietaria/empleada, establecimiento/ mostrador), los c o n e c t o r e s (conjunciones: no obstante, y según; 165 y, según; relativos: que, quien; gerundios; m a r c a d o r e s textuales: este momento; incisos: como autoras...), Provincial, un delito), la d e t e r m i n a c i ó n (la Audiencia la puntuación o el o r d e n de las palabras. E l objetivo del análisis es estudiar los recursos utilizados para a h o r r a r o e s c o n d e r repeticiones d e palabras y h a c e r así más digestiva la lectura del escrito. Sólo c o n las anáforas anteriores ya e n c o n t r a m o s un buen n ú m e r o de • Sinónimos posibilidades: o correferentes léxicos: local; dos mujeres/dos acusadas/dos establecimientofcomerciof encausadas; prendas/ropas; dueña/propietaria. • P r o n o m b r e s gramaticales: personales (tónicos: ellas; átonos: dirigiéndose, zarandearla, abalanzarse, retorcerle, encerrándose); relativos (que, quien); posesivos (su). • P r o f o r m a s variadas: en el c i t a d o comercio, esta última, este m o m e n t o , de este m o d o . • G r a d o s d e determinación: la fuga bra, estas dos mujeres, esta última, / una fuga / 0 , tal manio- algunas de las prendas, etc. • Elipsis ( m a r c a d a s c o n 0 ) : • Sujetos: con el ánimo de 0 sustraer (las dos mujeres); 0 dirigiéndose (la propietaria); que 0 escondía (la m e n o r ) ; al 0 ser retenida (la m e n o r ) ; sí 0 logró consumar (la m e n o r ) . • Objeto d i r e c t o en una estructura bimembre: sí logró mar 0 • C o n c o r d a n c i a de sustantivos, adjetivos y participios: das, autoras, miliar, consu- (la fuga). perpetrado, observada, puestas... retenida, de acuerdo, menor... condenay fa- etc. A d e m á s , estos recursos tienen algunas limitaciones o reglas g r a maticales que deben respetarse para q u e puedan a c t u a r eficazmente. E n p r i m e r lugar, sólo se pueden usar p r o n o m b r e s y elipsis si el ele166 m e n t ó que se sustituye o elide ha aparecido r e c i e n t e m e n t e e n el t e x t o , d e m a n e r a que el lector pueda r e c u p e r a r l o d e su m e m o r i a para restituirlo e n la frase en que n o aparece. P o r ejemplo, la f o r m a zarandearla a Martina o la elipsis d e 0 escondía sis seguidas de 0 cerle (ambas e n línea 9) r e m i t e n a (línea 8 ) . M á s abajo, en la m i s m a anáfora, las c u a t r o elipno pudo, al 0 ser retenida, sí 0 logró y 0 retor- (líneas 1 2 - 1 4 ) también se interpretan fácilmente c o n el refe- rente la menor (línea 1 2 ) , porque éste está m u y c e r c a n o y p o r q u e n o hay otras anáforas c o n las que puedan confundirse. P e r o c u a n d o la distancia e n t r e el e l e m e n t o referido y su sustituto o su elipsis es m a y o r , o c u a n d o coinciden otros p r o n o m b r e s o anáforas, debemos a c t u a r c o n cautela: las referencias pueden confundirse e n t r e sí o perderse. Así, siguiendo c o n el m i s m o ejemplo, en la línea 12 se repite el atributo la menor (que f o r m a parte de la anáfora original, en línea 4: Martina J. A., m e n o r de edad y familiar), p o r q u e el referente más c e r c a n o posible dista m á s de c u a r e n t a palabras (línea 8: a Martina) y el lector n o puede r e c o r d a r l o . ¿ Q u é pasaría si utilizáram o s un p r o n o m b r e u otra p r o f o r m a en su lugar: ...propiciar de este modo la fuga de la anterior, la fuga de la citada o la fuga de ella o su fuga? Pues que n o sabríamos interpretar la frase: ¿de q u é fuga estam o s hablando?, ¿de la de la m a d r e , d e la d e la hija, d e la de ambas?, ¿quizás de la d e la dueña? ¡ P o r q u e todas a p a r e c e n e n la m i s m a frase! Fíjate en este o t r o ejemplo. L e e p r i m e r o la versión original de la izquierda y el c o m e n t a r i o que sigue, antes d e repasar la solución d e la derecha: USO Y ABUSO D E LAS DROGAS Todos tienen miedo de que su hijo entre en el mundo de las drogas, un mundo del cual muy pocos han conseguido salir. Sólo quien tiene ...salir. Sólo lo consigue quien tiene una familia (JUG puede comprender Un» familia que ser drogadicto es una enfermedad, y tiene los medios económicos suficientes para desintoxicarse, lo consigue. [Al] prender... «jue j?uede com- ¿Has entendido este lo consigue a la p r i m e r a ? ¿Has tenido q u e r e gresar al principio del t e x t o para buscar su referente? ¡ E s m u y p r o b a 167 ble! E l referente (un mundo del cual muy pocos han conseguido salir) está muy alejado y escondido en una subordinada. L a versión de la d e r e c h a soluciona este problema juntando las dos ocurrencias d e la m i s m a anáfora. E l anverso de la m o n e d a es el abuso de repeticiones, la infrautilización de los recursos de ahorro. E n este caso la c o m p r e n s i ó n queda asegurada —¡si n o se abusa!—, p e r o el escrito resulta redundante, lento, pesado. Fíjate en la siguiente versión del segundo párrafo del texto: ORIGINAL SIN ELIPSIS Este momento, según declara probado la resolución dictada por la Audiencia, fue aprovechado por la madre y la hija para 0 abalanzarse contra la dueña y 0 propiciar de este modo la fuga de la menor. Una fuga que aunque 0 no pudo materializar inicialmente, al 0 ser retenida por la empleada del local, sí 0 logró consumar 0 poco después al 0 retorcerle el dedo pulgar. Este momento, según declara probado la resolución dictada por la Audiencia, fue aprovechado por la madre y la hija para abalanzarse las dos acusadas contra la dueña y propiciar ellas de este modo la fuga de la menor. Una fuga que aunque ella no pudo materializar inicialmente, al ser retenida Martina por la empleada del local, sí logró Martina consumar/a poco después al retorcer Martina a la empleada el dedo pulgar. ¡ Q u é confusión! ¡Qué aburrimiento! ¡Cuántas palabras y repeticiones inútiles! T a m b i é n se introduce alguna ambigüedad nueva. O t r a cuestión a tener en c u e n t a son las limitaciones y la precisión en el uso de las referencias anafóricas. L o s vocablos que p r e tendan referirse a un m i s m o e l e m e n t o han de c o m p a r t i r una base semántica ( c o m o dueña y propietaria o establecimiento y comercio) o han de poder asociarse a partir d e la información del t e x t o . P o r ejemplo, interpretamos sin dificultades la empleada del local, por- que local nos remite a «tienda» y, en consecuencia, al miento Benetton. estableci- A d e m á s , es lógico y sabido que un c o m e r c i o tenga empleados; forma parte del c o n o c i m i e n t o del m u n d o que t e n e m o s los lectores. Pero... ¿qué pasaría si escribiéramos la pleada firma de italiana o la empleada de la em- controvertida de moda? ¿ P o d e m o s presuponer que todos los lectores saben que Benetton 168 la marca es una m a r c a italiana de m o d a , que en los últimos años ha lanzado c a m p a ñ a s publicitarias m u y controvertidas? D e ningún m o d o ; esta última solución p r o v o c a r í a extrañeza, c o m o m í n i m o . O t r o ejemplo: ¿se entendería la noticia si dijéramos (línea 9 ) : ...comenzó o ...hasta a zarandearla que cayeron hasta que cayeron las bufandas los calcetines que escondía? ropas a c t ú a c o m o referente de prendas blos genéricos (dos hiperónimos) que escondía E n el original, las (línea 7 ) . Al ser ambos v o c a - de sinonimia parcial, los asociamos sin dificultades. E n c a m b i o , el uso de términos específicos c o m o bufandas o calcetines (prendas) (dos hipónimos) para referirse a su h i p e r ó n i m o causaría sorpresa, aunque probablemente se interpretaría sin dificultad. ( E s más c o r r i e n t e y lógico al revés: m e n c i o n a r p r i m e r o el h i p ó n i m o específico, para ganar precisión d e significado, y e m plear después su h i p e r ó n i m o para evitar repeticiones.) V a m o s a analizar un último ejemplo, un e n c a b e z a m i e n t o d e Clarín [ 7 - 9 - 9 4 ] . L e e el t e x t o y contrasta tu interpretación c o n la q u e hice yo e n su m o m e n t o : Dos encapuchados robaron en Tiffany joyas por us$ 1.250.000 Ni las puertas de acero, ni las ventanas a prueba de balas, ni las cajas de caudales que resisten hasta la dinamita, y menos los sofisticados sistemas de alarma, sirvieron para defender a la joyería más famosa del mundo de los ladrones. Dos de ellos, muy profesionales como definió la policía, no sólo se llevaron un lote de 3 0 0 joyas sino también las cintas de vídeo de las cámaras de vigilancia. E n sólo una hora terminaron con una fama de inviolable que hasta el lunes habla conseguido asimilarla a Fort Knox, donde se guardan las reservas de oro de los Estados Unidos. Mi experiencia de lectura tuvo varios tropiezos. L a p r i m e r a duda fue el n ú m e r o de atracadores q u e participaron e n el robo. ¿ E r a n dos o más? E l titular de dos encapuchados es m u y c l a r o , p e r o m e despistó este dos de ellos (posiblemente un a n g l i c i s m o ) , q u e implica que había más ladrones que n o se llevaron joyas. T u v e q u e r e leer a t e n t a m e n t e el t e x t o para c o m p r e n d e r que, en a q u e l l a fr«*e - a u n q u e n o sea muy habitual y tenga p o c o sentido—, los ladrones fC 169 refería a todos los cacos y n o a los que habían e n t r a d o e n Tiffany. M á s adelante, m e sonó m a l una fama seguido d e de inviolable.... ¿Debería ser la fama o esta fama, n o ? ¡ Y a se ha hablado de ella! P e r o m e interesó m u c h o más el siguiente p r o b l e m a , que afectaba a la comprensión: ¿cuál es el sujeto de había conseguido? M i p r i m e r a hipótesis fue la joyería (los propietarios d e ésta) puesto que conseguir prefiere sujetos animados (es más c o r r i e n t e que consigan cosas los seres vivos que los c o n c e p t o s abstractos), y éste p a r e c e ser el significado lógico del texto. A d e m á s , el p r o n o m b r e la de asimilarla también se refiere a la tienda —aunque el referente esté d e m a siado lejos—, y p a r e c e reforzar esta interpretación. Sólo una relectura minuciosa m e p e r m i t i ó d a r m e c u e n t a de la v e r d a d e r a estructura de esta frase. E l auténtico sujeto gramatical d e había conseguido es el relativo que, c o n el a n t e c e d e n t e una fama: una fama que había conseguido asimilar la joyería a... P a r a terminar, el t e x t o presupone que el lector tiene c o n o c i m i e n t o s previos sobre Fort Knox (lo cual resulta una t e m e r i d a d , c o m o m í n i m o para los lectores sudamericanos o españoles a los que se dirige el periód i c o ) . H e aquí una versión mejorada: ...sirvieron para defender a la joyería más famosa del m u n d o . Dos ladrones (muy profesionales c o m o definió la policía) n o sólo se llevaron un lote de 3 0 0 joyas, sino también las cintas de vídeo d e las c á m a r a s de vigilancia. E n sólo una h o r a t e r m i n a r o n c o n la fama de inviolable que tenía hacía equiparable la joyería y que hasta el lunes la a F o r t K n o x , el edificio militar d o n d e se guar- dan las reservas de o r o de los E s t a d o s Unidos. ¿ Q u é te p a r e c e ? ¿Has seguido el m i s m o c a m i n o d e lectura? ¡ Y o m e hice un lío! ¡Quizá tú n o hayas c h o c a d o c o n tantos obstáculos c o m o yo! P e r o estarás de a c u e r d o en que son imprecisiones anafóricas que pueden subsanarse fácilmente, c o m o en la versión anterior. E n definitiva, las referencias anafóricas tienen restricciones gramaticales y semánticas importantes. N o p o d e m o s h a c e r elipsis a diestro y siniestro o sustituir cualquier palabra p o r un p r o n o m b r e . Autores y autoras debemos respetar escrupulosamente estas limitaciones si q u e r e m o s garantizarla y a h o r r a r t e paradas súbitas, relecturas reiteradas, dudas y pérdidas de tiempo. ¿ V e r d a d ? 170 MUESTRAS EJEMPLARES M e ha costado e n c o n t r a r ejemplos singulares o relevantes d e a n á foras, porque estos recursos suelen h a c e r su trabajo e n silencio. C o m o el servicio d e limpieza, que sólo se advierte c u a n d o falta, los m e c a n i s m o s de cohesión trabajan p o r debajo de la prosa, a escondidas, c o siendo los p r o n o m b r e s c o n sus referentes para que los lectores p o d a m o s interpretarlos sin problemas. C u a n d o fallan, c u a n d o se r o m p e u n hilo, c u a n d o éste se e n m a r a ñ a c o n o t r o , c u a n d o se presentan dudas d e c o m p r e n s i ó n , entonces r e c o n o c e m o s sin dilación el v a l o r de su tarea. Gabriel F e r r a t e r escribió al principio d e Les dones i els dies ( L a s mujeres y los días) la frase que encabeza este capítulo. Quizá se refería a la calidad poética de sus textos en prosa, o quizá a la c o n e x i ó n e n t r e las frases, a los agujeros que inevitablemente c o n t i e n e la prosa. E n cualquier caso, el autor supo a p r o v e c h a r c o n inteligencia las anáforas del siguiente fragmento ( 1 9 6 6 , prólogo a su traducción de El procés de F r a n z K a f k a ) , para conseguir efectos estéticos. Describe la difícil infancia del novelista judío en la P r a g a multiétnica y c o n v u l s i o n a d a de principios de siglo. L a prosa se c o n v i e r t e en un espejo formal del c o n t e n i d o , c o n un juego de repetición d e palabras y anáforas. Desde sus primeros años, el niño excesivamente sensible que era Franz Kafka se encontró exhortado a menospreciar e ignorar a la gran mayoría* de la gente de su alrededor, a considerarse miembro de una cierta minoría*, pero a no darle ningún valor, y a destinarse a ingresar dentro de otra minoría* todavía mucho más pequeña y por la cual era menospreciado. Y todo por la prescripción de su padre, que de hecho pertenecía a la mayoría* que se debía menospreciar, que menospreciaba del mismo modo la primera minoría* a la cual se * la checa * la alemana * la judía * la checa * la alemana resignaba a pertenecer, y que casi no hablaba la lengua de la segunda minoría* dentro de la cual se tenía que ingresar. ¿Qué tiene de extraño, entonces, que el niño Kafka sintiera que el mundo estaba constituido ante todo por una ley y que la ley estaba constituida ante todo por la imposibilidad de penetrarla y de ajustarse a ella o de ajusfárnosla? * la judía 171 Acabaré con otro ilustre ejemplo, convertido ahora en ejercicio. ¿Cómo sería un texto que no utilizara ninguno de estos recursos, sin pronombres, elipsis ni sinónimos? ¿Se entendería? ¡Vamos a hacer la prueba! Te propongo un texto breve muy conocido, que quizá recuerdes: la «vida» del trovador Guillem de Berguedá, escrita en catalán en el siglo XIII y adaptada al castellano actual (sin respetar las anáforas): Guillem de Berguedá fue un gentil barón de Catalunya, vizconde de Berguedá y señor de Madrona y de Puig-reig. Guillem de Berguedá fue un buen caballero y un buen guerrero, y Guillem de Berguedá tuvo guerra con Ramón Folc de Cardona, y Ramón Folc era más rico y poderoso que Guillem de Berguedá. Ocurrió que un día Guillem de Berguedá se encontró con Ramón Folc y Guillem de Berguedá mató a Ramón Folc a traición; y por la muerte de Don Ramón Folc Guillem de Berguedá fue desheredado. Durante largo tiempo los parientes de Guillem de Berguedá y los amigos de Guillem de Berguedá mantuvieron a Guillem de Berguedá; pero después todos los parientes de Guillem de Berguedá y todos los amigos de Guillem de Berguedá abandonaron a Guillem de Berguedá porque Guillem de Berguedá ponía cuernos a todos los parientes de Guillem de Berguedá y a todos los amigos de Guillem de Berguedá, o con las mujeres o con las hijas o con las hermanas, de manera que no quedó nadie que mantuviera a Guillem de Berguedá, excepto Arnau de Castellbó, y Arnau de Castellbó era un valiente gentil hombre de aquella región. Guillem de Berguedá hizo buenos serventesios, y en los serventesios Guillem de Berguedá decía mal de unos y bien de otros, y Guillem de Berguedá fanfarroneaba de las mujeres que sufrían de amor por Guillem de Berguedá. Ocurrieron a Guillem de Berguedá muy grandes aventuras de armas y de mujeres, y grandes desventuras. Y después un peón mató a Guillem de Berguedá. Y aquí están escritos los serventesios de Guillem de Berguedá. ¡Qué embrollo! La destrucción de las anáforas entorpece la lectura y casi imposibilita la comprensión. Tienes que poner mucha atención y paciencia y, también... ¡tienes que superar el aburrimiento! 172 El ejercicio que te propongo consiste en reparar este estropicio, reescribir la biografía de manera comprensible, Puedo darte al­ en gunas pistas: al original le bastan 168 palabras para contar toda la historia, pero la versión que acabas de leer contiene casi cien más: 265. La simple técnica de tachar todo lo que sea prescindible será de gran ayuda. Por ejemplo, el original sólo cita una vez, al princi­ pio, el nombre del protagonista, Guillem de Bergueda, mientras que en la versión estropeada aparece veinticuatro veces. Puedes elimi­ nar muchas palabras restituyendo esta anáfora. Pero no va a ser tan fácil, porque tendrás que añadir varios pronombres, además de cambiar el orden de las palabras en algunos casos. ¡Anímate a hacerlo! Luego puedes comparar tu versión con la que dieron al mismo problema los tratadistas de poesía provenzal del siglo XIII. ¡Es todo un desafío! ORIGINAL «Guillem de Bergueda fue un gentil barón de Catalunya, vizconde de Bergueda y señor de Madrona y de Puig-reig. Fue un buen caballero y un buen guerrero, y tuvo guerra con Ramon Folc de Cardona, que era más rico y poderoso que él. Ocurrió que un día se encontró con Ra­ mon Folc y lo mató a traición; y por la muerte de Don Ramon Folc fue desheredado. Durante largo tiempo lo mantuvieron sus parientes y sus amigos; pero después lo abandonaron todos porque a todos ponía cuernos o con las mujeres o con las hijas o con las hermanas, de manera que no quedó nadie que lo mantuviera, excepto Arnau de Castellbo, que era un valiente gentilhombre de aquella región. Hizo buenos serventesios donde decía mal de unos y bien de otros, y fanfa­ rroneaba de las mujeres que sufrían de amor por él. Le ocurrieron muy grandes aventuras de armas y de mujeres, y grandes desventuras. Y des­ pués lo mató un peón. Y aquí están escritos sus serventesios.» 173 12. E L T E R M Ó M E T R O D E L A PUNTUACIÓN Pensamos equivocadamente que para puntuar bien solamente hay que saber qué signo debe ir en cada posición. Pero las personas que saben puntuar escriben de un modo diferente de las que no saben hacerlo. Quien entiende la coma, el punto y coma, el punto —y también los dos puntos, el guión y la interrogación— produce estructuras sintácticas distintas de quien no los entiende. E D W A R D P. B A I L E Y , Jr. B e r t r á n del V e r n e t , caballero y t r o v a d o r , se lo pasaba m u y bien c o n las peleas de los nobles. E n una ocasión escribió un serventesio c a r g a d o d e mala intención para e n f u r e c e r a su v e c i n o , Huguet T r e n c a c o l l s , que tenía fama de h a c e r h o n o r a su apellido y r o m p e r el cuello a quienes buscaban pelea. B e r t r á n m a n d ó a su juglar, O c e l l , al castillo v e c i n o para c a n t a r el p o e m a . E l juglar se dirigió asustado h a c i a allí, ensayando la c a n c i ó n y pensando algún truco. L a c a n t ó y Huguet la e n c o n t r ó m u y halagadora. N o sólo n o había nada ofensivo en ella, sino que incluso le gustó y se lo agradeció c o n buenas palabras y regalos para el señor del Vernet. C u a n d o se e n t e r ó , B e r t r á n se quedó consternado. ¿ C ó m o podía ser que para Huguet fuera agradable un serventesio t a n escatológico y repulsivo? ¿Quizá había perdido él la gracia d e molestar? ¿Ocell habla c a n t a d o la m i s m a c a n c i ó n que él había escrito? Ocell le juró que se la había recitado palabra por palabra. Y así lo hizo: C Ó M O L O ESCRIBIÓ B E R T R Á N Ratas de estercolero, de mojados, bigotes limazas babosas, lagartija salada. E n la mesa de Huguet Trencacolls no encontraréis mejor manjar. E n abundancia os llenará el plato. Hug, ¡caray!, es un puerco, no es un señor. 174 CÓMO LO CANTÓ O C E L L Ratas de estercolero, de mojados, bigotes limazas babosas, lagartija salada en la mesa de Huguet Trencacolls no encontraréis. Mejor manjar en abundancia os llenará el plato. Hug, ¡caray!, ¿es un puerco? No, es un señor. T o d o esto pasa e n el c u e n t o Páranla palabra) per páranla (Palabra por d e M a r í a N o v e l l ( 1 9 7 5 ) , q u e d e m u e s t r a la r e l e v a n c i a q u e puede llegar a t e n e r la puntuación e n el t e x t o , aunque sea c o n u n ejemplo d e e x c e p c i ó n . E n la m i s m a línea, a finales d e los sesenta los autobuses b a r c e l o neses mostraban el siguiente rótulo, c o l g a d o e n la e n t r a d a del v e hículo: « E x h i b a a b o n o , o pase antes d e q u e se lo exijan», lo cual eximía d e pagar tíquet si se subía c o n rapidez (porque debiera s e r « E x h i b a a b o n o o pase, antes d e q u e se l o exijan»). Se trata d e d o s ejemplos q u e demuestran la i m p o r t a n c i a q u e puede llegar a tener un minúsculo signo d e puntuación. IMPORTANCIA N o hay o t r o aspecto del t e x t o t a n desgraciado c o m o la p u n t u a ción, quizás c o n la e x c e p c i ó n del párrafo. P o c o s h e m o s tenido la suerte d e q u e se nos enseñara a p u n t u a r e n la escuela, y si se h a h e cho, a m e n u d o h a p r o v o c a d o confusiones perniciosas, c o m o la d e relacionar e n e x c e s o la puntuación c o n la e n t o n a c i ó n . M u c h o s libros d e lengua y bastantes gramáticas la negligen. N o la gobiernan reglas generales ni absolutas q u e p u e d a n ser memorizadas, c o m o por ejemplo las n o r m a s d e acentuación. Y para m a y o r sorna, la mayoría fruncimos el c e ñ o c u a n d o se n o s c o r r i g e alguna c o m a , y reivindicamos el d e r e c h o a p u n t u a r c o n libertad. N o es d e extrañar, pues, q u e la m a y o r í a d e personas alfabetizadas prescindan d e este aspecto del t e x t o o q u e l o consideren p o c o importante, y q u e a los estudiantes les parezca difícil a p r e n d e r a puntuar f o r m a l m e n t e . E n mis cursos d e r e d a c c i ó n , c a d a a ñ o m e cuesta trabajo c o n v e n c e r a los a l u m n o s d e la relevancia d e la p u n tuación. L a autoridad q u e m e respetan d u r a n t e t o d o el c u r s o , se m e discute e n el m o m e n t o d e p o n e r puntos y c o m a s . T o d o el m u n d o cree que su maneta Je puntuar, incluyendo Jos erfófeS, 6S táfl áCfip- table c o m o cualquier otra. N i n g ú n o t r o aspecto despierta tantas preguntas, reparos o resistencias. A m i entender, la p u n t u a c i ó n es c o m o un t e r m ó m e t r o d e la escritura. Solamente e c h a n d o un vistazo a los puntos y las c o m a s d e un t e x t o , puedes a v e n t u r a r una idea bastante a p r o x i m a d a d e la calidad general d e la prosa. D o s c o m a s colocadas e n el lugar a d e c u a d o 175 m a r c a n u n a buena subordinada; el uso frecuente de puntos y aparte regula el equilibrio de los párrafos; en c a m b i o , el abuso de paréntesis, la escasez de puntos y seguido o la presencia excesiva d e c o m a s sueltas son malos indicios. L o s signos de puntuación se interrelacionan í n t i m a m e n t e c o n el resto de la redacción, p e r o , p o r ser tan c o n c r e t o s , p e r m i t e n darse c u e n t a en seguida de los aciertos y de los errores de la prosa. L a s funciones de la p u n t u a c i ó n son diversas: estructura el texto, delimita la frase, m a r c a los giros sintácticos de la prosa, p o n e de relieve ideas y elimina ambigüedades, m o d u l a la respiración en la lectura en voz alta, etc. L a s reglas de puntuación n o son anárquicas ni personales, p e r o sí variables y n o siempre simples. P u e d e que haya m á s de una m a n e r a d e p u n t u a r c o r r e c t a m e n t e una o r a c i ó n , p e r o todos los manuales c o i n c i d e n en c o n d e n a r ciertos errores inaceptables. E n los últimos años varios manuales h a n e m p e z a d o a o r d e n a r esta situación caótica. Entre otros, Real Academia Española ( 1 9 7 3 ) , L i n a r e s ( 1 9 7 9 ) , Seco ( 1 9 8 6 ) , M a r s á ( 1 9 8 6 ) , Casado ( 1 9 8 8 ) y también M i r a n d a P o d a d e r a ( 1 9 8 7 ) y C o r o m i n a y Rubio ( 1 9 8 9 ) ofrecen información exhaustiva sobre los usos m á s corrientes de cada signo. E n este capítulo m e limitaré a h a c e r algunos c o m e n t a rios sueltos y generales al respecto. A h , ¡atención! L o s ejemplos se han mezclado b u r l o n a m e n t e c o n la exposición, c o m o un r o s c ó n de Reyes c o n sorpresa. ¡ T e n cuidado de que n o te toque la habichuela! J E R A R Q U Í A D E SIGNOS L o s signos n o tienen la m i s m a fuerza, ni función, ni i m p o r t a n cia en el conjunto del discurso. M á s allá de títulos y subtítulos, la puntuación también sirve para organizar la información en capítulos, apartados, párrafos, frases, etc. H a y una estrecha relación e n t r e signos, (1990): 176 unidad lingüística y v a l o r c o m u n i c a t i v o . Según Mestres SIGNO UNIDAD TEXTUAL U N I D A D SIGNIFICATIVA punto final texto mensaje punto y aparte párrafo tema, capítulo, apartado punto y seguido oración idea, pensamiento punto y coma frase, sintagma apunte, comentario coma, admiración, interrogación, paréntesis inciso, aposición añadido Así pues, la puntuación estructura las diversas unidades del texto: el final d e los párrafos, de las frases, las relaciones d e subordinación e n t r e ideas, etc. E n la medida e n q u e los signos reflejen la organización del c o n t e n i d o ( t e m a central, subtema, idea, detalle), el t e x t o se h a c e más c o h e r e n t e y claro. P o r otra parte, según cuáles sean los signos m á s utilizados y según en qué cantidad, se puede d e t e r m i n a r el g r a d o d e complejidad del escrito. U n a prosa llena de paréntesis, puntos y c o m a , guiones o dos puntos puede matizar c o n más precisión las relaciones e n t r e las diversas ideas, y elabora una red intrincada de c o n e x i o n e s y r e laciones jerárquicas. E n c a m b i o , un t e x t o que s o l a m e n t e utilice puntos y seguido y c o m a s c o n t i e n e ú n i c a m e n t e dos niveles d e puntuación y forzosamente resulta m á s simple. P o r ejemplo, los textos de los niños y de los estudiantes suelen ofrecer un r e p e r t o rio de signos m á s bien limitado, mientras que los textos filosóficos o ensayísticos pueden presentar u n a puntuación m u c h o m á s c o m pleja. Siguiendo a M . A. K . Halliday, L u n a ( 1 9 9 2 ) distingue seis g r a dos distintos de complejidad de p u n t u a c i ó n según los signos que se utilicen: 177 GRADOS D E COMPLEJIDAD D E LA PUNTUACIÓN + Signos Grado simple utilizados 1.° p u n t o y seguido 2.° + p u n t o y aparte y c o m a 3.° + punto y coma 4.° + dos puntos 5.° 4- puntos suspensivos y 6.° + guiones, paréntesis, comillas y recursos para resaltar etcétera « + complejo E l autor incluye en la p u n t u a c i ó n otros recursos gráficos paralelos c o m o la palabra etcétera o el uso d e la letra cursiva o negrita y del subrayado, que sirven para resaltar la prosa. Cada g r a d o d e c o m plejidad c o n t i e n e los signos de los grados anteriores, m á s los añadidos c o n el signo de la suma ( + ) en la línea correspondiente. Así, en el p r i m e r o y m á s simple solamente se utiliza el p u n t o y seguido; en el t e r c e r o , el p u n t o y seguido, el p u n t o y aparte, la c o m a y el punto y c o m a ; y en el sexto y m á s complejo, todos los signos m e n c i o nados. ¿ Q u é g r a d o d e complejidad en p u n t u a c i ó n suele t e n e r tu escritura? ¿Utilizas todos los signos del e s q u e m a anterior? ¿Con qué frecuencia? ¿Abusas de alguno? ¿Cuál te resulta más difícil? ¿ P o r qué? Fíjate en la p u n t u a c i ó n de tus textos y ¡ a n í m a t e a sacar tus propias conclusiones! M O D A E HISTORIA E l paso del t i e m p o ha modificado los usos de la puntuación, hasta configurar las c o n v e n c i o n e s actuales, n o exentas de hábitos y modas. E l curioso c u a d r o siguiente ( e x t r a í d o de T h o r n d i k e p o r Mi11er, 1 9 6 9 ) , muestra algunas tendencias modernas: 178 D I S T R I B U C I Ó N R E L A T I V A D E L A P U N T U A C I Ó N P O R C A D A M I L SIGNOS : > SIGLO - 0 ... á? ¡I xvm Daniel Defoe Samuel Richardson Henry Fielding Jane Austen 718 534 584 522 134 121 10 4 3 0 8 2 161 85 198 119 92 270 37 14 6 65 22 31 34 19 4 0 0 0 33 28 2 51 13 4 687 569 583 466 510 177 213 233 336 323 58 64 57 58 55 1 22 12 25 9 48 44 35 29 41 1 20 20 4 6 0 0 0 6 3 12 30 25 32 31 12 3 34 44 20 433 441 440 447 586 302 337 368 292 368 65 30 31 61 4 31 3 20 28 5 70 53 19 58 3 7 1 8 5 2 15 32 7 1 0 50 30 37 38 28 27 31 69 70 9 SIGLO XIX Walter Scott W. M. Thackeray Charles Dickens George Meredith Thomas Hardy SIGLO XX Edith Wharton H. G. Wells Arnold Bennett John Galsworthy Angela Thirkell E s t á c l a r o que las diferencias e n t r e los c a t o r c e autores tendrían que explicarse a partir del estilo de c a d a u n o d e ellos, d e los t e m a s sobre los que escriben o del público a quien se dirigen. P e r o n o d e jan d e destacar las siguientes constantes: • C e r c a del 8 0 % de los signos utilizados son c o m a s y puntos, en la mayoría de autores. E s decir, la c o m a y el p u n t o son los signos más frecuentes y los más importantes. • A lo largo de los tres siglos, se i n c r e m e n t a el uso del p u n t o en d e t r i m e n t o del de la c o m a . T a m b i é n desciende el uso del p u n t o y c o m a , mientras que los dos puntos se m a n t i e n e n . E s tos c u a t r o datos p a r e c e n apuntar u n a tendencia m o d e r n a a abreviar o c o r t a r las oraciones. 179 • L o s signos m a r c a d o r e s de la modalidad (interrogación y admiración) y los puntos suspensivos e x p e r i m e n t a n un a u m e n t o i m p o r t a n t e , que s e g u r a m e n t e hay que relacionar c o n el i n c r e m e n t o de los diálogos o del discurso directo. D e b e m o s recordar lo d i c h o e n la presentación de la cocina sobre el c a r á c t e r subversivo de la literatura, para evitar estrechas c o m p a raciones e n t r e estos resultados, basados en el análisis de obra narrativa, y los usos corrientes de puntuación en la escritura cotidiana. P e r o n o dejan de ser evidentes algunas coincidencias, c o m o la d e la importancia esencial de la c o m a y del punto, o el c r e c i e n t e desuso que sufre el p u n t o y c o m a . LOS MÁS IMPORTANTES C o m o de costumbre los más usados son también los más difíciles. P o c o s estudiantes dudan en p o n e r o n o una interrogación, p e r o ¿quién n o ha r e t o c a d o más de dos veces las c o m a s de un t e x t o , o ha dudado e n t r e un punto y un p u n t o y c o m a ? H e aquí algunos c o n sejos: • Punto y seguido Si una mayúscula inicial abre un período sintáctico (una orac i ó n ) el p u n t o y seguido lo cierra. Mayúscula inicial y punto y seguido son interdependientes. Ejemplos: Estoy leyendo de mayúscula las frases inicial que verlo también asociados y punto que empiezan y seguido. con mayúscula al revés). un- Se trata de ver que todas terminan con punto (Es decir que una y otro van incluso con paréntesis en ejemplo (hay siempre medio.) • Comas D e e n t r e la treintena larga d e funciones que puede realizar una c o m a , Linares ( 1 9 7 9 ) h a c e una distinción muy útil entre dos grupos. E l p r i m e r o incluye las c o m a s que van solas, y se d e n o 180 m i n a coma-1; el o t r o abarca las que funcionan p o r parejas, y lleva el n o m b r e de coma-2. U n o y o t r o se reparten t o d o el trabajo de la coma: COMA-1 coma sola COMA-2 pareja de comas Separa ideas y conceptos: • enumeraciones • omisión del verbo • fórmulas: Señora, • fechas: Córdoba, 1 de enero... Introduce incisos: • aposiciones • cambios de orden • subordinadas —circunstanciales —causales —relativos • marcadores textuales l a lb E s d e c i r , la 1 se coloca e n t r e dos elementos; l a 2 , * a l c o m i e n z o y a l final de un m i s m o elemento. E s t a simple distinción, 2-1 si se aplica b i e n , 2b 3 permite corregir algunos de los errores típicos, " c o m o el d e c o m e r s e al3 b 4 gún signo de la pareja c o m a - 2 . E s bastante frecuente que, " quizá c o n c e n t r a d o en la e n t o n a c i ó n o en las pausas q u e haría si leyera el t e x t o en 4b voz a l t a , el aprendiz se a h o r r e alguna c o m a - 2 , * q u e los incisos del t e x t o queden camuflados,* y que el lector tenga q u e estar más a t e n t o p a r a de5 tectarlos. " P o r e j e m p l o , 5b algunas c o m a s q u e se podrían olvidar fácil6 m e n t e son la 2a de si se aplica bien, * la 4a, " que algunos p o n d r í a n e r r ó n e a m e n t e antes del que anterior, 615 e incluso la 1 b del principio. ¡Atención! H e señalado todos los signos del párrafo a n t e r i o r para ejemplificar las c o m a s 1 y 2 en uso. L l e v a n asterisco ( * ) las c o m a s - 1 y he m a r c a d o c o n superíndices correlativos las parejas d e c o m a - 2 ( o 2 2 b sea: '* y "', * y . . . ) . R e s p e c t o a este tipo d e c o m a , hay q u e t e n e r en cuenta que los signos más fuertes (punto y seguido, p u n t o y c o m a , dos puntos...) pueden sustituir una c o m a d e la pareja si c o i n c i d e n , d e m o d o que n o se repitan dos signos c o m o los anteriores e n una m i s m a posición. P o r esta razón n o hay c o m a en la posición 3 b , q u e es p u n t o y seguido, o en la l a , que se corresponde c o n una mayúscula inicial. Respetando siempre estas reglas esenciales, los autores utilizan c o m a s y puntos c o n estilos diversos, buscando efectos estilísticos y literarios especiales. E n algún caso rozan la subversión literaria. C o m para los siguientes fragmentos: 181 N O SE CULPE A NADIE APARICIÓN D E L E T E R N O FEMENINO Cuando quisimos recordar era verano y en el verano todo se olvida. Así que también Elke se nos olvidó a mí y al Chino junto con todo lo demás. Al Chino más que a mí porque el Chino vive al día como también, según Belinda, don Rodolfo. Y o no soy tan del verano como muchos de mi curso. Los veranos se echa siesta. Como yo no tengo sueño no me duermo, al revés que el Chino, que se queda frito. Echar la siesta da calor, además del que hace de por sí. Y las ferias están bien. Pero yo prefiero el curso. [Pombo, 1993] Los El frío complica siempre las cosas, en verano se está tan cerca del mundo, tan piel contra piel, pero ahora a las seis y media su mujer lo espera en una tienda para elegir un regalo de casamiento, ya es tarde y se da cuenta de que hace frío, hay que ponerse el pulóver azul, cualquier cosa que vaya bien con el traje gris, el otoño es un ponerse y sacarse pulóveres, irse encerrando, alejando. Sin ganas silba un tango mientras se aparta de la ventana abierta, busca el pulóver en el armario y empieza a ponérselo delante del espejo. [Cortázar, 1976] valores de la c o m a y el p u n t o y seguido son m u y distintos en un caso y en o t r o . P o d r í a m o s reescribir los textos de m a n e r a s diferentes, p e r o el estilo perdería la personalidad y el c a r á c t e r que tiene en c a d a caso. SINTAXIS Y ENTONACIÓN E s una práctica escolar bastante habitual la d e r e l a c i o n a r puntuación y e n t o n a c i ó n c o n finalidades didácticas. Se sugiere que los estudiantes se fijen e n la segunda, que t i e n e n consolidada e n el dis- curso oral, para aprender a usar la primera en el escrito, De esta m a n e r a , a mi e n t e n d e r , c a e m o s e n u n a confusión t e ó r i c a de fondo q u e , a la larga, t e r m i n a desorientando al aprendiz y distrayéndolo d e las auténticas funciones d e la puntuación. E l ejemplo más banal de confusión es la c o r r e l a c i ó n e n t r e m a r cadores d e e n t o n a c i ó n y signos d e puntuación. D e la m i s m a m a n e r a que p e d i m o s a los estudiantes que escriban ¿ ? y /.' c u a n d o en el discurso oral h a r í a m o s una pregunta o u n a e x c l a m a c i ó n , les p r o p o n e 182 m o s que pongan una c o m a c u a n d o e n c u e n t r e n una pausa débil o una curva ascendente de e n t o n a c i ó n , y u n p u n t o c u a n d o e n c u e n tren una pausa larga o una c u r v a descendente. E s decir, p r o p o n e m o s que se fijen en los usos orales para d e t e r m i n a r el escrito y los estudiantes t e r m i n a n escribiendo frases c o m o las siguientes: Las drogas, llegan a provocar adicción, y causan numerosos problemas. [Al] • Sobra la coma entre sujeto y verbo. • También se podría eliminar la segunda, porque la frase es corta. Muchos «enganchados» aunque querrían curarse, no pueden porque no tienen apoyo afectivo ni dinero. [Al] • Falta la primera coma-2 del inciso, antes de aunque... No estoy de acuerdo evidentemente, con la aplicación de la pena de muerte. [Al] • Evidentemente debe llevar coma delante y detrás. L o s estudiantes a r g u m e n t a n que, hablando o leyendo e n alta, se h a c e una pequeña pausa e n t r e drogas y llegan ejemplo, p e r o que n o hay pausa después d e «enganchados» acuerdo, voz en el p r i m e r ni d e de en los casos siguientes, y, según los consejos q u e les h e m o s d a d o antes, llevan toda la razón. L o s m o t i v o s para p o n e r o sacar c o mas en estos ejemplos son e x c l u s i v a m e n t e sintácticos: la relación d e íntima c o n c o r d a n c i a e n t r e sujeto y v e r b o , o la presencia d e incisos que hay que aislar e n t r e signos; y p o c a o ninguna relación tienen c o n la entonación. L a escritura es una c o m u n i c a c i ó n básicamente m u d a . L a m a y o ría de textos q u e r e d a c t a m o s están destinados a ser leídos en soledad y en silencio. E l lector y la lectora se enfrentan al escrito sólo c o n sus ojos, prescinden d e las cuerdas vocales y del oído. L o s hábitos de oralizar o subvocalízar (de pronunciar algunas palabras mien- tras leemos, aunque sea l e v e m e n t e y en v o z baja) se consideran m a nías perniciosas para la lectura; son r e m o r a s que impiden el desarrollo global de la velocidad y la c o m p r e n s i ó n lectoras. D e l m i s m o m o d o , el a u t o r construye su t e x t o - ¡ d e b e r í a c o n s truirlo!— siguiendo las reglas internas del discurso escrito, q u e son ajenas e independientes d e la c o m u n i c a c i ó n oral. E l p e r í o d o sintác183 tico, la m o d u l a c i ó n de la frase o la densidad léxica y gramatical de la prosa constituyen un estilo de c o m u n i c a c i ó n distinto de la espontaneidad y la frescura de la c o n v e r s a c i ó n o del discurso. N o tiene ningún sentido escribir según lo que d e c i m o s o lo que e n t o n a m o s —¡a n o ser que p r e t e n d a m o s simular o reproducir los tics del diálogo y e s c o n d e r el estilo escrito de un texto! E n este último caso, estaríamos r e p r o d u c i e n d o o transcribiendo c o n escritura los diálogos, m o n ó l o g o s y conversaciones típicos d e la c o m u n i c a c i ó n oral, y trataríamos d e traducir la extraordinaria riqueza de matices, pausas y tonos orales c o n los limitados recursos que ofrece la puntuación. E n este ú n i c o caso podríamos hallar una cierta c o r r e s p o n d e n c i a e n t r e puntuación y e n t o n a c i ó n , p e r o debemos e n t e n d e r l o c o m o una e x c e p c i ó n a la generalidad. P o r otra parte, supeditando la puntuación a la e n t o n a c i ó n difundimos i n c o n s c i e n t e m e n t e la obsoleta idea de que la escritura es una simple transcripción de la modalidad oral de la lengua, que sería el c ó d i g o p r i m e r o y esencial. P o r el c o n t r a r i o , la e n t o n a c i ó n y la puntuación son m e c a n i s m o s de cohesión independientes y p e r t e n e c i e n tes a dos modalidades distintas y equipolentes del idioma (Cassany, 1 9 8 7 ) . P o r ello, es m u c h o más rentable y comprensible fundamentar el aprendizaje y el uso de los signos de puntuación en la observación y el análisis sintácticos. D E S U S O S Y ABUSOS T a m b i é n podríamos decir de la puntuación que solamente se e c h a en falta c u a n d o n o está. Puntos y comas pasan desapercibidos si ejercen su oficio c o n normalidad; p e r o los lectores nos quejamos en seguida si están mal puestos o si hay demasiados o demasiado pocos. A m e n u d o la falta de f o r m a c i ó n o la negligencia han c o n d u c i d o a los estudiantes a c o m e t e r errores por defecto o p o r exceso. E l p r i m e r e r r o r y el más c o m ú n es olvidarse de los signos y enlazar una frase tras otra de m a n e r a que le toque al lector adivinar los perfiles de la prosa cortar las oraciones por los e x t r e m o s dar sentido a las palabras y detenerse a respirar entonces la escritura se parece a una cinta de colores interminable que hay que sacar del ovillo y r e c o r t a r en pequeños trozos para poder e n t e n d e r c ó m o se puede interpretar si n o este fragmento. 184 E l e x t r e m o c o n t r a r i o , e r r o r también - p e r o m á s sofisticado (¡reservado para gente c o m p l i c a d a ! ) - , y también habitual, consiste en p o n e r signos, siempre, a diestro y siniestro, c a d a tres palabras. L a prosa, c o m o es lógico, se c o n v i e r t e en muy, p e r o que m u y - ¡ d e m a siado!— barroca, o, quizá, también, obstaculizada. E l l e c t o r —y la lectora—, sin prisas, incluso v o l u n t a r i o s o / a , debe superar: a h o r a dos puntos, a h o r a una c o m a , a h o r a un p u n t o y c o m a ; c o m o , e x a c t a m e n t e , palos, pequeños, en la rueda. Tienes, i n e v i t a b l e m e n t e , la sensación - d e s a g r a d a b l e , en el fondo— de n o p o d e r , pese a las g a nas, avanzar, leer, tan rápido, y c l a r o , c o m o querrías. E n r e s u m e n , ni desusos ni abusos. L a o r a c i ó n debe deslizarse fresca p o r la pendiente del papel, deprisa y d e m a n e r a c o n t r o l a d a , c o m o una m a n c h a de tinta que se escurre pendiente abajo. L o s signos de puntuación deben apuntalar el c a m i n o del descenso. P u e d e que s o l a m e n t e se considere u n a falta la ausencia d e signos o los p a tinazos graves ( c o m a e n t r e sujeto y v e r b o . . . ) , p e r o cualquier signo de más tiene también incidencia e n el r i t m o final del discurso. 185 13. N I V E L E S D E F O R M A L I D A D El proceso de aprender una lengua se nos presenta corno el ensanchamiento gradual del repertorio verbal [...], del conjunto de dialectos y registros que cada hablante domina. ISIDOR MARÍ L o r e c u e r d o al mirar la agenda: ¡EXAMEN! Dejo una nota en el recibidor para avisar a mi familia: Hoy tarde a cenar. No me esperéis. ausentarme: ...solicito prueba evaluativa permiso con de mis estudios profesor pone: ...certifico la asignatura que... de comunicación tengo examen el fin de poder de redacción... llegaré ha realizado escrita durante... asistir a una E l justificante del una comprobación de A l regresar a casa, p o r la n o c h e , t o m o nota en mi diario íntimo: ¡Vaya tado ser el examen!... y P i d o p e r m i s o e n el trabajo para rollo ha resul- Y m e acuesto c o n la satisfacción del deber cumplido. ¿ T e imaginas una nota manuscrita, dejada en la mesita del recibidor, para la familia, c o n este tono: Lamento que, a consecuencia mis estudios de la realización de comunicación escrita, a la cena a la hora acostumbrada? el trabajo que dijera: ¡Tengo tener de una prueba que informarles evaluativa no me será posible para comparecer ¡ Q u é risa! ¿ O una solicitud para un examen! ¡Dejadme salir antes!? No sólo n o conseguiría el permiso, sino que nos tildarían d e maleducados o torpes. Cada situación requiere un nivel de formalidad distinto, adecuado al interlocutor, a la función y al t e x t o ; si n o se respeta, c o m o en los ejemplos anteriores, peligra el éxito de la c o m u n i c a c i ó n y la relación e n t r e los interlocutores. V a m o s a ver: ¿qué pasa c u a n d o nos presentamos desharrapados en una reunión de etiqueta? E l nivel de formalidad es la sal y la pimienta del escrito. U n a instancia c o n vocablos vulgares tiene un sabor vetusto, c o m o un bac a l a o salado o reseco, y una carta d e a m o r c o n prosa neutra o científica aburre c o m o un filete insípido. P e r o aunque el c o m e n s a l lec186 t o r se p e r c a t e de los sinsabores de la c o m i d a , n o es nada fácil hallar el p u n t o justo de c o n d i m e n t a c i ó n para c a d a c o m u n i c a c i ó n : el t o n o directo y picante d e una nota, la sintaxis precisa d e la solicitud, o la terminología t é c n i c a para un informe. D o m i n a r la escritura significa t a m b i é n percibir el valor sociolingüístico d e la lengua. MARCAS DE [INFORMALIDAD T o d o s los usuarios y las usuarias más o m e n o s c o m p e t e n t e s de una lengua pueden discriminar los escritos formales de los i n f o r m a les, p e r o sólo los autores más conscientes del valor d e las palabras saben d e t e r m i n a r las causas de ello. L a impresión global de formalidad q u e puede desprenderse de una instancia, o el t o n o más familiar de un m o n ó l o g o , dependen de factores c o n c r e t o s y analizables: la selección del vocabulario, los usos sintácticos o los recursos estilísticos. L l a m a m o s marcas de finjformalidad, de formalidad o d e informalidad, a cada u n o de los elementos que otorgan al escrito su nivel de formalidad. L a «impresión» global que causa un t e x t o depende de la suma d e todas sus marcas. P o r ejemplo, la frase La Merche se largó deprisa de la habitación puede calificarse a simple vista de familiar y m u c h o s d e s t a c a r í a m o s c o m o marcas el uso del hipocorístico Merche o la l o c u c i ó n adverbial deprisa. P e r o un análisis a t e n t o revela más m a r c a s d e informalidad, p o r c o n t r a s t e c o n otras posibilidades expresivas: La Merche — Merche — Doña Mercedes — Señora D." Mercedes se largó — se fue — salió — abandonó deprisa — rápidamente — con rapidez la — el cuarto — el dormitorio — la estancia Sánchez formal informal habitación 187 L a adjudicación de formalidad o informalidad a un rasgo verbal depende d e los usos lingüísticos que haga de él su c o m u n i d a d de hablantes. Si una palabra c o m o charlar suele utilizarse e n c o n t e x t o s coloquiales, distendidos, e n t r e amigos o conocidos, queda m a r c a d a c o n ese v a l o r y, c u a n d o se usa en situaciones más formales, c o n serva ese carácter. A d e m á s , en el diccionario mental de c a d a h a blante este v o c a b l o contrasta c o n todos los que p e r t e n e c e n al m i s m o c a m p o s e m á n t i c o y que podrían utilizarse e n situaciones parecidas, c o n sus respectivas marcas: conversar, hablar, también coloquiales, y parlotear y darle a la sin hueso, vulgares; o comunicar, argumentar, deliberar, departir, m u c h o más formales. D e este m o d o , n o existe nada neutro. Cualquier palabra, c o n s trucción o giro carga c o n sus propias marcas, c o n sus c o n n o t a c i o nes, c o n la historia de los usos lingüísticos que de ellos ha h e c h o la c o m u n i d a d hablante. E n general, los rasgos informales suelen asociarse a situaciones espontáneas (conversaciones, notas personales, e t c . ) , al lenguaje c o r r i e n t e y c o n o c i d o , al que se ha adquirido de m a n e r a natural, p o r la interacción c o n la familia, los amigos, etc. E n c a m b i o , los rasgos formales se relacionan c o n el lenguaje m e n o s popular, más culto, aprendido en la escuela c o n instrucción p r o g r a m a d a , y c o n las c o m u n i c a c i o n e s más controladas, aquellas en que los usuarios «vigilamos» más y mejor lo que decimos y c ó m o lo decimos. P o r otra parte, la carga f o r m a l / i n f o r m a l de la lengua n o es un valor estable ni absoluto para todos los usuarios. N o se puede trazar una frontera estricta e n t r e lo coloquial y lo formal; más bien deberíamos e n t e n d e r estas variaciones c o m o un c o n t í n u u m paulatino, c o m o una escala de colores. L a valoración varia a lo largo d e la historia: construcciones c o m o vos y vostro, muy corrientes siglos atrás, suenan hoy formales e incluso extrañas. T a m b i é n c a m b i a c o n la geografía: p o r ejemplo, liviano es más coloquial que ligero, y prieto lo es más que oscuro o negro, en el español de A m é r i c a , al revés d e lo que o c u r r e e n la península. P e r o incluso en un m i s m o lugar y espacio, cada individuo tiene una experiencia lingüística distinta (origen, viajes, migraciones, nivel de estudios, e t c . ) , que le da un c o n o c i m i e n t o personal y parcial d e las m a r c a s de [ i n f o r m a l i d a d . V a l l v e r d ú ( 1 9 8 7 ) p r e p a r ó un curioso ejercicio para v a l o r a r el c o n o c i m i e n t o que tenía un g r u p o de c o r r e c t o r e s lingüísticos de las marcas de formalidad del catalán. Se trata de una buena práctica 188 para desarrollar la sensibilidad sociolingüística sobre estas cuestiones y para t o m a r c o n c i e n c i a de algunas d e las m a r c a s m á s habituales. L a siguiente propuesta es una adaptación al castellano d e la idea original. P a r a cada frase, debemos decidir si es formal ( F ) o inf o r m a l ( I ) y subrayar las m a r c a s que lo d e t e r m i n a n . ¡ A n í m a t e a intentarlo! L u e g o v i e n e n las soluciones. 1. Si n o quieres eso, dalo. 2. Pese a las intensas investigaciones, n o las han localizado. 3. Olvidaros, dejarlo correr. 4 . Súbitamente, la revuelta se p r o p a g ó p o r todas las provincias del país. 5. N o pensaba llamarlo. 6. E s t á n la m a r d e contentos. 7. ¿Manzanas?, las c o m p r a a m o n t o n e s la María. 8. C o m p r e n d i ó las razones p o r las cuales n o había sido admitido. 9. Si se da cuenta, ya la has liado. 10. E l lunes partirán en dirección a N u e v a Y o r k . H e aquí el análisis y los c o m e n t a r i o s de cada frase: 1. Informal. L a forma dalo se considera i n c o r r e c t a p o r q u e c a r e c e del objeto indirecto se: dáselo. Otras m a r c a s son el d e m o s trativo neutro eso, c o n un cierto matiz despectivo además d e impreciso, que en un estilo m á s formal sustituiríamos p o r una expresión más específica (el libro, el objeto, m i e n t o de tú, que contrasta c o n el el yogur...); el trata- usted. 2. F o r m a l . L a selección léxica es bastante culta y h o m o g é n e a . P o d e m o s usar soluciones m u c h o m á s familiares: búsqueda investigaciones; p o r intensas. encontrado A pesar p o r localizado; de o aunque o muchas o por bastantes t a m b i é n son m á s c o r r i e n t e s que pese a. E n conjunto, la m i s m a frase c o n bastante m e n o s formalidad podría ser: Aunque las han buscado mucho, no las han encontrado. Fijémonos que la subordinada verbal introducida p o r aunque suena m u c h o más coloquial que la n o m i n a l c o n pe- se a. 189 3. Informal. Es coloquial el uso del infinitivo olvidar y dejar, en lugar del imperativo que correspondería a la frase: olvidaos, de­ jadlo. También tiene claras connotaciones informales la expre­ sión dejarlo correr. 4. Formal. Súbitamente y propagó tienen equivalencias coloquia­ les en de golpe y expandió, extendió o llegó, de más a menos for­ mal. Posiblemente en un estilo familiar seríamos menos precisos y diríamos: por todas partes del país, por todas partes o por todo el país. 5. Formal. El pronombre de persona masculino lo es bastante menos frecuente que el equivalente le, en este contexto; se trata del leísmo de persona, unánimemente aceptado. 6. Informal. La expresión la mar de tiene claras connotaciones expresivas y coloquiales. 7. Informal. La expresión a montones es propia de la conversa­ ción, además de la anteposición y la repetición del objeto di­ recto manzanas. El orden de las palabras también remite a un discurso dialogado improvisado. 8. Formal. El relativo culto por las cuales y la construcción pa­ siva no había sido destacan como marcas muy formales y poco habituales en el lenguaje cotidiano. Además, también podríamos considerar soluciones más bien formales el verbo comprender en vez del más coloquial entender o el uso de las razones en plural. Una versión mucho más coloquial serla: Entendió por qué no lo habían querido o por qué no lo quieren. 9. Informal. La expresión ya la has liado resulta muy popular. Algunas curiosas equivalencias formales J e la frase podrían ser: Si descubre el hecho, no habrá ninguna ello, habrá terminado el juego. posibilidad o Si se fija en 10. Formal. El verbo partir con la accepción de irse o marcharse no es muy habitual. La locuación en dirección a también resulta mucho más formal que la corriente hacia. 190 L a oposición f o r m a l / i n f o r m a l se cruza c o n la de específico/ge- neral. Fíjate en las siguientes expresiones paralelas: responder test o resolver que realizar examen, una ecuación. una prueba, a un T i e n e n el m i s m o nivel de formalidad m u y p o r e n c i m a d e redactar o escribir y todavía más alejada de la coloquial hacer el examen. un Pero las dos primeras son bastante más especializadas que el resto, p o r que detallan el tipo c o n c r e t o de prueba evaluativa y el a c t o específico d e realizarla. Siguiendo el ejercicio anterior, p e r o i n c o r p o r a n d o otras fuentes, h e resumido e n el siguiente esquema algunas d e las marcas de [in-] formalidad más corrientes del castellano actual: MARCAS D E [ I N F O R M A L I D A D COLOQUIALES FORMALES Sustantivos • Reducciones consonanticas: setiembre, conciencia, trascendente, trasmitir, sustantivo, oscuro. • Abreviaciones: mili, poli, bici, mates, uni, bocata, mami, pro/e. • Hipocorísticos: Merche, Pili, Teo, Dani. • Comodines: cosa, eso, fulano, esto, tema. • Forma sin reducción: septiembre, consciencia, transcendente, transmitir, substantivo, obscuro. • Formas originales: servicio militar, policía, bicicleta, matemática, universidad, bocadillo, madre o mamá, profesor. • Formas completas: Mercedes, Pilar, Teodulo, Daniel. • Uso de vocablos más precisos y específicos. Pronombres • Combinaciones dialectales: dalo, • Combinaciones normativas: dá- i/z a iza CFasí Vasco),toíz/f¡tía, uí A fí¡ (septentrional). • Leísmo aceptado: le he visto (a José). • Leísmo no aceptado: le he visto (a María). • Loísmo, laísmo: lo dio un regalo, la di el paquete. li ÚÍJL • Sin leísmo: lo he visto (a José). • Forma normativa: la he visto (a María). • Formas normativas: le dio un regalo, le di el paquete. 191 • Formas procliticas: se lo quiso preguntar, la va a cantar, nos lo quería dar (y también un triste ejemplo que dio la vuelta al mundo el 23-2-1981: fíe sienten, cono...»). • Formas neutras: eso, esto, aquello. • Relativos más usuales: el chico, que vino a verme...; lo que significa que...; el hijo del cual llamó a lapuerta (su hijo, que llamó...). • Formas enclíticas: quiso társelo, va a cantarla, dárnoslo, siéntense. pregunquería • Formas más específicas para cada contexto. • Formas cultas: el chico, el cual vino a verme...; lo cual significa que...; cuyo hijo llamó a la puerta... Verbos • Participios analógicos: elegido, imprimido. • Uso de perífrasis de futuro: voy a ir, va a cantar. • Participios latinos: electo, impreso. • Futuro morfológico: iré, cantará. • Infinitivo con valor de imperativo: a callar, marcharos. • Imperativo morfológico: marchaos. Adverbios • Formas populares: deprisa, de gratis, de golpe, mayormente [ver pág. 152). • Formas en -mente: rápidamente, gratuitamente, súbitamente. Conectores • Polisemia de algunos conectores. Por ejemplo, que, además de conjunción y relativo, actúa como conector general: • Objeción hipotética en forma interrogativa: ¿que riñes?, ¿que te vas? • Introduce estilo indirecto sin verbum dicendi: que no quiere, que vendrá mañana. • Conjunción explicativa, de justificación: que me molesta. • Uso con valores de como pues, que. 192 que, callad, • Uso de conectores y fórmulas más específicos: • ¿es verdad?, ¿es cierto que te vas? • Sin elipsis: dice que no quiere, me dijo que vendrá mañana. • Conjunciones habituales: porque me molesta, ya que causa molestias. Otros aspectos • Estilo verbal: aunque las buscamos mucho...; cuando llegaron la gente gritó... • Orden de las palabras más flexible. • Uso general de formas activas. • Muletillas: o sea, pues, entonces, a nivel de. • Onomatopeyas, interjecciones, frases hechas, refranes. • Fórmulas de conversación: a ver, allá tú, venga. • Fórmulas de referencia oral: lo que te dije, lo que te acabo de decir, te lo di antes. • Sintaxis irregular: anacolutos, ora­ ciones sincopadas, discordancias gramaticales {silepsis, zeugmas). • Estilo nominal: a pesar de la bús­ queda intensa...; a su llegada la gente gritó... • Orden de las palabras más fijo: su­ jeto-verbo-objeto-complementos. • Uso más frecuente de formas pa­ sivas. • Fórmulas de referencia escrita: lo que mencione más arriba, en la pá­ gina XX, tal como comenta el capí­ tulo XX ( § 4 4 ) . • Sintaxis regular: oraciones com­ pletas, grado superior de gramaticalidad. CORRESPONDENCIA L a variación de formalidad afecta a todos los aspectos textuales, además del léxico y de la morfosintaxis. D e s d e la caligrafía o la p r e ­ sentación hasta la organización d e la información o el estilo r e t ó r i c o , t o d o se adapta a cada situación c o m u n i c a t i v a , c o m o un c a m a l e ó n q u e se camufla en cada paisaje. D e este m o d o , una carta íntima es fresca, personal, desordenada, c o n grafía espontánea, original (parecida al payaso de la literatura); mientras que una carta c o m e r c i a l repite los modelos estructurales y la fraseología típicos fijados p o r el uso. E l nivel d e formalidad adquiere m u c h a relevancia en la c o r r e s ­ pondencia, p o r q u e autor y lector se interpelan el u n o al o t r o p o r m e ­ dio de la escritura. L a s cartas, las solicitudes o las felicitaciones refle­ jan la interrelación entre ambos, c o m o también los factores que condicionan la c o m u n i c a c i ó n (estatus social, propósito, tipo de texto). V e á m o s l o en las tres cartas siguientes, que podrían haberse extraído de un periódico cualquiera: 193 yi. 1 di*ecá»: ¿dwU, fechada el 6 de wMemfóe de 1984, en, ¿a cual ie manifieUa ¿ácaéo de /eet una cmta delfietiódixx 4ou*ú, fomeféal eftetadí» del huí Amo alemán, toéte iodo en uu aue dúdente de 9kuJ 9& delfau&afe, el medio amátenle y la ümfdesja de áa táuu hace aue u» SBedeatet, afUma aue ¿a degMtdación. ¿uu&ias ie mue&iten, aílicai. Sk^kuéA de fitenáo ningún aue Áaéet mátiado &e /etuAéa aue eviia* eáioy com^eiamem/f, de ámenle la faulaüna degradación, améienáU; táfiia fiAíMH^ouiA fdaya¿>, cá/aá m acuetdo U con MI $daá cfiintán, ncfttonio no y. iwttdta üttüUa. %U iuu&ia alemán [DA] 2 Si. tUtecto*-: Sn etfieniádieo-/huí, can feeüa- 6 de tetCenténe, leí cata, fruue: Antonia Geneu/jena. (leva. a. <ut íetta. majen, "JHanía. @atai6«cin, a. montan a. caéatla." ")Xe exútaH» fue ae eaná¿denana- natUia. et ¿teeAe de fue- cout, fianeja, vaya, * montan,, eáta fian. cata, fiante, 'tyfionta. auto-, et 6ee4e de fue (a* fieniediótaA tenoan ¿¿emfine tendencia- *fianenadjetiuai. eat¿¿¿eat¿vo4. * taá, fienáanoA detexe femenina. t( ifa m e fineaunta: ¿Jtan fué no ai tevéa.?: u-ffCanía. 0ataiaeín ¿enmate manida- a. montan * catatíe.'" Ueoa. a 4U Un anta, de cata. [MTS/DCo/AC] 3 8r. director: Ya bs hora de que empiece a ligar que está aburriendo al personal con un periódico tan chorra. Las informaciones del día 6 sobre el Julio Catedrales y la Marta Nervlz son temas que no enroñan a la peña. No gaste guita escribiendo sobre historias pachangas y dediqúese a hablar de gente más legal. Me la trae floja que si medio mierda del Julo Catedrales se enrole con la cursi de la Brooke Shlelds o que la María Nervb de la paliza atoscarrozas que la siguen. Hay temas más guays. V paso de añadir nada más. Un punqul [VC/PF] 194 ¡Uau! ¡ Q u é diversidad! L o s textos n o son auténticos aunque puedan p a r e c e r l o , sobre t o d o los dos primeros. L o s elaboraron aprendices d e redacción atendiendo a la siguiente instrucción: a partir de un rol d e t e r m i n a d o , otorgado p r e v i a m e n t e (turista y punqui), alemán, ama de casa se tenía que escribir una c a r t a para la sección Cartas al di- rector, c o m e n t a n d o alguna noticia del periódico [Avui, 6 - 9 - 8 4 ] . A u n que n o se trataba de un ejercicio p r e m e d i t a d o d e formalidad, los estudiantes tenían que adaptarse a su n u e v a identidad y utilizar el lenguaje apropiado a las circunstancias. L a s cartas muestran un v a riado caudal de recursos de formalidad. Fijémonos en ello: L o s tres textos m a n t i e n e n una m i s m a estructura de cita de la noticia original y del t e m a , c o m e n t a r i o personal y conclusión o cierre; p e r o la [ i n f o r m a l i d a d , el estilo y la selección de la información varían notablemente. P o r ejemplo, sólo en la simple referencia a la fecha del periódico ya se pierde información según el g r a d o de formalidad: 1. ...una carta del periódico 1984,... A v u i , fechada 2. En el periódico A v u i con fecha 3. Las informaciones del día 6... 6 de el 6 de setiembre de setiembre... E l p r i m e r t e x t o es el más formal y diplomático. U n a sintaxis c o m pleja y cargada de incisos p e r m i t e precisar todos los detalles del c o n tenido. Cada párrafo consta de una única o r a c i ó n principal; n o hay puntos y seguido. L a s m a r c a s de formalidad abarcan desde la v a r i a ción léxica (manifiestan, cultos (completamente, ravillosas playas, cultos: en la afirma, se muestren rápidamente) paulatina críticos), los adverbios o la adjetivación literaria (ma- degradación), hasta el uso de relativos cual. E l segundo resulta bastante más familiar: c o m b i n a algunas soluciones formales c o n otras más coloquiales. E n t r e las p r i m e r a s debem o s n o t a r las expresiones el hecho de que, por una parte, tengan tendencia a poner adjetivos calificativos por la otra o (en vez d e la equiva- lencia más corriente acostumbrar a comentar/calificar). También son rasgos coloquiales el estilo directo y la introducción d e v o c e s distintas ( c o n t r a la explicación indirecta m o n o l o g a d a ) , el uso de interrogaciones retóricas, o la sintaxis breve y llana, casi sin incisos. L a escasa verosimilitud de la t e r c e r a carta p r o v i e n e del contraste: un periódico r a r a m e n t e publicaría un escrito t a n vulgar, en el que incluso se llega al insulto desnudo, ni un punqui posiblemente estaría in195 teresado e n escribir una carta parecida —¡que n o se ofendan los punquis!—. P e r o se trata de un buen ejercicio de r e d a c c i ó n y c r e o que está bastante bien resuelto. E x p r e s i o n e s vulgares y de argot (empezar a ligar, la peña, gastar guita, gente más legal...) e insultos (me la trae floja, cursi, medio mierda, paliza) se p o n e n al servicio de oraciones directas, cortas, ágiles, que dan al t e x t o un t o n o cáustico y espontáneo. U n ú l t i m o ejemplo nos introduce en un t e r r e n o delicado: la formalidad es una parte de la educación social. D i c h o de o t r o m o d o , la urbanidad o las buenas maneras también enseñan —¿enseñaban?— c ó m o d e b e m o s dirigirnos a cada persona e n cada situación. P o r suerte, la c o m u n i c a c i ó n actual n o sufre la rigidez de antaño. P e r o t a m p o c o h a c e tanto t i e m p o que se escribían aquellas cartas de sociedad tan elegantes y protocolarias. Fíjate e n esta joya, extraída d e un m a n u a l de correspondencia a m o r o s a (Nogales, sin fecha): 0 E De un viudo de cierta edad E a una joven soltera E E E Señorita: Aunque con pocas esperanzas de éxito, dada mi edad y conE diciones, la gracia y la gentileza de usted me han cautivado hasta el E E punto de que, saltando por todos los obstáculos morales que hasta hoy E me han detenido, me atrevo a dirigirme a usted pintándola, aunque con E lívidos colores, el juego de esta pasión, algo tardía, es cierto, pero no E i 1 3 3 1 exenta de firmeza y de lealtad, unidas a una decisión inquebrantable de hacerla mi esposa. Tras largas vacilaciones y dudas, tras largos temores e incertidumbres, hoy llego a usted con la firme pretensión de hacerla mi esposa, pues de todas las mujeres que he conocido, ninguna me ha parecido tan digna de ocupar el puesto de la que fue compañera de mi vida, y Dios fue servido de arrebatarme. Esta circunstancia será para usted una garantía, si no de vehemente v apasionada felicidad, por lo menos de seriedad, pues, dadas mis condiciones, no me está permitido perder el tiempo en insulsos galanteos. Quede, pues, firme eljalón de lo que puede ser para los dos el comienzo de una vida tranquila y sin desvelos, y esperando su respuesta en sentido afirmativa, le ofrece la expresión de su admiración respetuosa. Pedro. a 3 a 3 a a 0a EMI5JSJIIll@J@MSlIJSí^^ 196 0 E E E E E E E E E E E I 1 1I 3 3 3 a 3 3 a 3 3 3 03 ¡ Q u é delicia! A l m a r g e n de las costumbres sociales d e otros tiempos que se reflejan en la carta (declararse f o r m a l m e n t e , m a n t e n e r correspondencia...), destaca el estilo r e t ó r i c o de la prosa. Cada idea se formula c o n un barroquismo y una retórica —¡o una cursilería!— que hoy nos sorprenden. Fíjate en esta doble c o l u m n a : EXPRESIÓN SIGNIFICADO ...la gracia y la gentileza de usted me han cautivado hasta el punto de que... la amo tanto que ...pintándola, aunque con lívidos colores, el fuego de esta pasión, algo tardía, es cierto, pero no exenta de firmeza y de lealtad, unidas... contándole mis sentimientos apasionados ...hoy llego a usted con la firme pretensión de hacerla mi esposa... la pido en matrimonio N o t a m o s la delicadeza del estilo en la adjetivación refinada (lívidos colores, insulsos galanteos, decisión inquebrantable...) o, t a m - bién, en el curioso uso que se h a c e de los incisos, para «esconder», para decir sólo de m a n e r a velada, sin darle importancia —y la lectora que los entienda, si quiere y p u e d e - , algunos detalles i m p o r tantes para el caso: ... los obstáculos detenido... morales ( m e pregunto: ¿a qué obstáculos que hasta hoy me han se refiere?, y todavía más, ¿ c u á n t o tiempo h a c e que el autor siente estas pasiones en silencio?), ...si no de vehemente y apasionada felicidad... (obvia- mente, está hablando de lo que n o puede ofrecer a la d a m a p o r edad y condiciones, ¿a qué se refiere?..., mejor n o imaginarlo). M e paro aquí porque ya m e estoy pasando bastante de lo lingüístico. A c a b o c o n un pequeño florilegio de disfraces. Se trata de modificar el nivel de formalidad de las cartas anteriores, c a m b i a n d o el contexto c o m u n i c a t i v o en el que surgieron. Así, un punqui alemán escribe sobre ecología en las Islas Baleares y las dos amas de casa se quejan del periódico: 1 9 7 Escucha tío: El o t r o d í a l e í l a c a r t a d e l q u e c o n t r o l a e l r o l l o t u r í s t i c o . V o m i t a b a q u e l a s Islas s e e s t á n p u d r i e n d o . H e p a s e a d o p o r s u s p l a y a s y m e a p u n t o a l r o l l o e s t e , t í o . Si n o s a c á i s p r o n t o l a m i e r d a , l a p e ñ a e m i g r a r á a la C h i n a . Un punqui alemán [Al] Sr. director: M e d i r i j o a u s t e d , c o m o m á x i m o r e s p o n s a b l e d e l p e r i ó d i c o Avui, pata, manifestarle mi más absoluto desacuerdo con la iniciativa que está tomando al publicar noticias, como las fechadas e l día 6 de setiembre de 1984, sobre los cantantes Julio Catedrales y María Nerviz. C r e o que los lectores nos merecemos otro tipo de informaciones, que no incluyan los devaneos amorosos de los famosos —entre otras cuestiones—, dado que para eso ya existe la llamada prensa del corazón. Sería conveniente que su publicación adoptara un punto de vista m á s serio, y que prestara más atención a temas culturales, políticos, sociales, de ámbito nacional e internacional. Confío en que tenga presente esta opinión en el futuro. Atentamente, Dos amas de casa [Al] 198 14. L A O R A T O R I A D E L A P R O S A O cómo se envuelven tácitos de colores. los escritos con papel de regalo y E s t e capítulo trata de la retórica. E l objetivo del capítulo es enseñar a los lectores c ó m o pueden utilizar recursos retóricos en sus escritos. L a cuestión es que escribir bien n o es n a d a fácil. L a razón d e q u e escribir bien n o sea fácil es que m u c h o s escritores y escritoras c o m e t e n algunas faltas básicas. L a falta m á s básica que c o m e t e n es ser repetitivos. L a otra falta básica que c o m e t e n es repetir c a d a punto. L a siguiente falta básica es ser redundante o ser demasiado pesado, o c o n t i n u a r escribiendo hasta el p u n t o de que un p u n t o que ya h a sido explicado debe ser explicado de n u e v o para estar seguros que se haya e n t e n d i d o este punto preciso. O t r a falta básica i m p o r t a n t e es e m p e z a r casi todas las frases c o n los mismos determinantes (el, la, este...). ¡ Y así sin parar! O t r a cuestión es que, para garantizar la m o t i v a c i ó n l e c t o r a d e la audiencia hasta el final del escrito, tiene q u e producirse una intensa i n t e r a c c i ó n e n t r e autor y lector, a través del m e d i o c o m u n i c a t i v o d e la prosa, para que el r e c e p t o r active su c o n o c i m i e n t o del m u n d o y pueda conseguir una c o n s t r u c c i ó n del sentido del mensaje. L a o r g a n i zación textual de la prosa que haga el a u t o r tiene que estimular los focos perceptivos del lector y debe c o n e c t a r c o n su e x p e r i e n c i a personal, d e m o d o que pueda proyectar en el t e x t o su c o n c e p c i ó n del m u n d o y pueda, así, representarse m e n t a l m e n t e y d e m a n e r a única y activa, el universo s e m á n t i c o del escrito. E n el discurso oral e s p o n t á n e o este tipo d e c o n s t r u c c i ó n interactiva y c o m p a r t i d a de significados se realiza c o n c o p r e s e n c i a espacio-temporal de los interlocutores verbales y c o n plurigestión textual, p e r o en el discurso escrito el c o n t a c t o lingüístico se vehicula a través de la prosa, y el diálogo a u t o r - l e c t o r se articula n e c e s a r i a m e n t e e n el pensamiento de c a d a uno. E s evidente, ¿ v e r d a d ? 199 ¿ T o d a v í a estás aquí? ¿ A ú n estás l e y e n d o ? ¡Gracias! T e a g r a d e z c o la paciencia. H e querido m o s t r a r t e l o q u e n o debería escribirse nunca. Son ejemplos de prosa a m o d o r r a d a , v a c í a , gris. E s c r i b e c o n ese estilo, si quieres deshacerte d e tus l e c t o r e s y lectoras, si quieres que pierdan el t i e m p o , que tengan q u e a p e r r e a r s e en c o m p r e n d e r el sentido profundo de tus palabras. C u a n d o n o tengas n a d a que decir, c u a n d o sea p o c o o nada interesante, o c u a n d o prefieras que nadie te siga... utiliza las palabras de este m o d o y nadie resistirá u n a paliza parecida. ¡ T o d o s te abandonaremos! [ D o y gracias a G r e i f ( 1 9 6 9 ) p o r la idea y a h o r a sí que, de v e r d a d , e m p i e z a el capítulo.] NUEVA INTRODUCCIÓN D u r a n t e una t e m p o r a d a asesoré u n a revista de i n f o r m a c i ó n e c o n ó m i c a , editada p o r una entidad financiera. Mi trabajo consistía e n f o r m a r a sus redactores y sugerir mejoras lingüísticas. l e e r m e bastantes artículos sobre t e m a s c o m o Tuve la d e c l a r a c i ó n que de renta, los planes de a h o r r o , las inversiones, los seguros... —que, sea dicho en voz baja, en aquel m o m e n t o . . . ¡ n o m e atraían e n absoluto! La m a y o r p a r t e de escritos respondía al perfil previsible de r e - vista casi especializada: textos t é c n i c o s , espesos, cargados de c o n ceptos y terminología, c o n una sintaxis tortuosa..., que exigían un esfuerzo i m p o r t a n t e de lectura y que, al final, se c o n v e r t í a n e n soporíferos y crípticos. P e r o de vez en c u a n d o espigaban algunos a r tículos que se leían c o n fluidez, que despertaban curiosidad e, incluso, que al final —¡con n o poca sorpresa mía!— llegaban a interesarme. E c h a b a s una ojeada a las primeras líneas y te sentías arrastrado a seguir la prosa hasta el final, c o m o si se tratara de u n a novela negra. T o d o s los artículos c u m p l í a n unas mínimas condiciones de cali- dad, porque pasaban por una corrección minuciosa; eran normativos, c o n buena puntuación, cohesionados y m á s o m e n o s c o h e r e n tes y adecuados. P e r o , ¿qué hacía que unos fueran tan atractivos y otros tan p o c o ? , ¿por qué te enganchabas a leer unos hasta el final?, ¿por qué resistías p o c o más d e un p a r de párrafos en otros? L a respuesta tiene o c h o letras: RETÓRICA. O también el arte d e c o m u n i - carse, o de saber c o n v e n c e r , atraer, persuadir... ¿ Q u é m á s da c ó m o lo llamemos? 200 L o s escritos m á s conseguidos e r a n magníficos ejemplos d e o r a toria clásica. N o sólo acertaban en el t o n o divulgativo y llano, sino que a p r o v e c h a b a n t o d o tipo de recursos expresivos p a r a atrapar al lector despistado y para m a n t e n e r l o c o n interés hasta el final: vacíos de información, preguntas retóricas, c o m p a r a c i o n e s , juegos, a n é c d o tas... T a n t o la información c o m o la estructura o la prosa ayudaban a la audiencia a c o m p r e n d e r las ideas. E n c a m b i o , los artículos m e n o s afortunados se despreocupaban de h a c e r e l artículo, p r e s u p o n i e n d o quizás que la m o t i v a c i ó n y la dedicación de los lectores ya estaban garantizadas - ¡ v a n a ilusión!—. C o n enunciaciones largas, m o n ó t o nas, se c o n t e n t a b a n c o n e x p o n e r el c o n t e n i d o d e f o r m a d o c t a y fundamentada. D e este m o d o llegamos a la conclusión que quizás ya sospechábamos: n o basta c o n escribir c o r r e c t a m e n t e y c o n c o h e r e n c i a y a d e cuación y cohesión. T a m b i é n h a c e falta ingenio r e t ó r i c o y saber preparar trucos para seducir al lector, p a r a t e n t a r l o c o n la prosa. H o y en día, la retórica puede m a r c a r la diferencia e n t r e los que se hacen leer y los que se olvidan en silencio. E n la i n t r i n c a d a selva c o m u n i c a t i v a del siglo X X , atiborrada d e d o c u m e n t o s , c o r r e s p o n dencia, periódicos, papeles y escritos de t o d o tipo, que se disputan a los lectores y las lectoras, la retórica puede m a r c a r diferencias..., puede ser la única a r m a para defenderse. RECURSOS RETÓRICOS Cubre a la retórica u n a c i e r t a auréola de magia, de disciplina científicamente inabordable e, incluso, d e capacidad expresiva innata. P a r e c e que n o se pueda descubrir p o r qué unos textos son m e jores que otros, ni qué recursos e m p l e a n , ni t a m p o c o q u e se p u e d a n aprender. E s c o m o si los buenos c o m u n i c a d o r e s , los que saben usar la retórica COll eficacia, hubieran nacido con b u e n a estrella, y el resto tuviéramos que c o n t e n t a r n o s sólo c o n la envidia, c o n d e n a d o s a ser aburridos, sosos o sin gracia. P e r o se trata de prejuicios gratuitos, c o m o tantos otros en la escritura. L a a t r a c c i ó n que rezuma un escrito depende de sus figuras retóricas y de la técnica que, c o n m á s o m e n o s a c i e r t o , sepa imprimir el a u t o r en su prosa. C a d a u n o puede a p r e n d e r a usar estos recursos a su m a n e r a . P o r tradición, la retórica se h a c e n t r a d o en la literatura d e c r e a 201 ción, casi e n exclusiva, y ha olvidado el resto de escritos, m á s funcionales y pedestres. E n c o n t r a m o s metáforas, juegos verbales y figuras d e t o d o tipo en p o e m a s y novelas, p e r o m u y p o c o s o n i n g u n o e n los informes, los trabajos a c a d é m i c o s o las cartas q u e r e d a c t a m o s día a día. ¿ P o r qué? ¿ E s que estos escritos son m e n o s i m p o r t a n t e s , agradables, funcionales o profundos? E n cualquier escrito, sea del tipo que sea, se pueden a p r o v e c h a r técnicas retóricas para h a c e r m á s comprensible y atractiva la c o m u n i c a c i ó n . Los manuales ingleses d e escritura n o c r e a t i v a (informes, cartas, periodismo, e t c . ) ofrecen una larga lista de consejos y recursos que abarcan todos los niveles lingüísticos del texto: la e c o n o m í a d e la frase, la selección léxica, la presentación visual, los párrafos... A q u í m e referiré sobre t o d o a las cuestiones m á s estratégicas: el p u n t o de vista, el t o n o , el enfoque, la voz, los trucos retóricos o los golpes d e efecto que m a n t i e n e n el interés del lector, etc. H e aquí seis principios generales d e r e t ó r i c a para la escritura funcional: 1. Punto de vista T e n e m o s que diferenciar la expresión de la comunicación. L a es- critura n o acaba c u a n d o h e m o s sabido formular u n a idea c o n letras e n el papel. Si lo p r i m e r o que nos p r e o c u p a al escribir es ser c a p a ces de e n c o n t r a r palabras para las ideas que rondan p o r nuestra m e n t e , c u a n d o las hallamos c o r r e m o s el riesgo de pensar que ya h e m o s t e r m i n a d o . ¡ Q u é sencillo! ¡ Q u é fácil sería escribir si sólo c o n sistiera en traducir c o n vocablos —con los vocablos p e r s o n a l e s - las ideas de cada uno! E s c r i b i r requiere m u c h o más esfuerzo: significa c o m u n i c a r informaciones a otra/s persona/s, a individuos distintos, que poseen experiencias, puntos d e vista, opiniones y palabras diferentes a los nuestros. L o difícil es p o d e r formular nuestras ideas c o n palabras que también pueda compartir %\ iec^Qí) gQfl palabras dC todos. U n a buena estrategia retórica p a r a salvar estos agujeros d e c o n o c i m i e n t o y léxico e n t r e a u t o r y destinatario consiste e n adoptar el p u n t o de vista del lector c u a n d o f o r m u l a m o s una idea, e n intentar expresarla c o n sus palabras, c o n sus ejemplos, c o n su f o r m a de v e r el m u n d o . Algunas ideas para buscar el punto de vista del lector y de la lectora son: 202 • Utilizar su lenguaje: evitar palabras q u e desconozca, c o n t r o l a r las c o n n o t a c i o n e s q u e puedan t e n e r para ellos las expresiones que usamos, buscar frases hechas q u e c o n o z c a n , e t c . • E x p l i c a r las ideas a partir de sus c o n o c i m i e n t o s previos: t e n e r siempre e n c u e n t a l o q u e saben y l o q u e n o saben, para n o r e petirse ni dejar de explicar lo necesario. • P o n e r ejemplos relacionados c o n su entorno y su realidad: pensar e n su e n t o r n o , en sus intereses y adaptar los ejemplos y las explicaciones a ello, emplear referentes colectivos. • Implicarles e n el t e x t o c o n preguntas retóricas, e x c l a m a c i o n e s a o interpelaciones e n 2 . persona. E l d é c i m o m a n d a m i e n t o del Decálogo del escritor d e E d u a r d o T o r r e s ( M o n t e r r o s o , 1 9 7 8 ) recomienda: Trata de decir las cosas de manera que el lector sienta siempre que en el fondo es tanto o más inteligente que tú. De vez en cuando procura que efectivamente lo sea; pero para lograr eso tendrás que ser más inteligente' que él. E n resumen y sin ironía, se trata de t e n e r siempre e n la cabeza al lect o r / a , de n o olvidarlo n u n c a y d e r e c o r d a r l e , de v e z e n c u a n d o , q u e t o d o lo que estás imaginando, q u e t o d o l o q u e estás h a c i e n d o , q u e t o d o lo que estás escribiendo..., es para él o ella. ¿Estás d e a c u e r d o ? 2. C o n c r e c i ó n ¿Cuál es el p r o b l e m a del segundo párrafo de este capítulo? P u e s que se sitúa e n u n nivel d e abstracción demasiado elevado, q u e tiene p o c a c o n e x i ó n c o n el t e m a de la práctica d e la escritura y q u e los lectores t e n e m o s que h a c e r un esfuerzo interpretativo e x t r a o r d i nario para p o d e r relacionar el c o n t e n i d o c o n nuestros c o n o c i m i e n tos, c o n nuestra realidad. L o s hechos c o n c r e t o s son m u c h o m á s comprensibles y atractivos que las formulaciones abstractas o generales. N o s interesan m u c h o m á s las cosas delimitables, observables, fijas, perceptibles, q u e las reflexiones vagas [ v e r t a m b i é n pág. 1 4 8 ] . Se puede escribir sobre cualquier t e m a c o n c o n c r e c i ó n . Sólo d e b e m o s incluir ejemplos, anécdotas, imágenes visuales, esquemas, metáforas, c o m p a r a c i o n e s y n o m b r e s propios (citas, autoridades, r e ferencias, e t c . ) p a r a q u e la prosa g a n e claridad. L a s metáforas son un poderoso r e c u r s o imaginativo para explicar hechos complejos y 203 nuevos cuerdas cuántas cocinar de una m a n e r a llana, a partir d e lo que u n o ya sabe. ¿ R e cuántas metáforas h e utilizado en lo que v a d e libro? ¿ D e formas distintas estoy a p r o v e c h a n d o la c o m p a r a c i ó n e n t r e y escribir? 3. P e r s o n a l i z a c i ó n N o h a c e falta ser cotilla, p e r o el t o n o personal interesa m u c h o más que el neutro. C o n personajes reales, c o n p r o n o m b r e s personales, el t e x t o se a c e r c a a los géneros de la narrativa y a la explicación oral, adquiere c o n c r e c i ó n , un t o n o más directo, y la lectura es más asequible. P e r o . . . ¿podemos escribir expresiones c o m o : yo creo estamos quema, de acuerdo en que, compara los datos o fíjense que, en el es- en un ensayo, en un artículo científico o en un informe t é c - nico? ¿ L a prosa n o pierde objetividad o imparcialidad? ¿ N o se nos ha enseñado a evitar expresiones subjetivas de este tipo? L a v e r d a d es que hoy en día los p r o n o m b r e s personales no abundan e n los escritos —prescindiendo de la literatura y el periodismo de opinión—. V i v i m o s en una tradición de escritura despersonalizada. A s o c i a m o s la claridad de la información c o n el t o n o impersonal y neutro. H e m o s aprendido a evitar el yo y el tú en los textos. L o s sustituimos p o r circunloquios y frases pasivas creadas para la ocasión. C u a n d o e n c o n t r a m o s formas personales en un escrito supuestamente «científico», fruncimos el ceño: suenan mal, dudamos de la calidad de la prosa e incluso desconfiamos de la o b jetividad del contenido. Turk y K i r k m a n ( 1 9 8 2 ) explican que la literatura científica inglesa de antes del siglo X I X utilizaba a m e n u d o p r o n o m b r e s personales. P e r o que, c u a n d o se impuso el estilo formal Victoriano [sic], el t o n o impersonal se c o n v i r t i ó en una n o r m a estricta p a r a cualquier escritura intelectual, y que esta tendencia ha sobrevivido hasta nuestros días en los textos científicos. Quizás nuestra sensibilidad tenga las mismas raíces y e n t r o n q u e c o n esa tradición científica occidental. E n cualquier caso, n o p o d e m o s e n c o n t r a r a r g u m e n t o s sólidos para desterrar las referencias personales a autores y lectores. ¡ T o d o lo contrario! Si el escrito es c o m u n i c a c i ó n e n t r e dos sujetos, lo más n o r m a l es que éstos aparezcan explícitamente en la prosa. R e 204 sulta m u c h o m á s artificioso e incluso falso p r e t e n d e r o c u l t a r cualquier rastro o huella personales y simular u n estilo n e u t r o sin a u t o ría que n o se dirige a nadie. A d e m á s , la objetividad o la claridad d e la información n o dependen de la presencia o de la ausencia d e estas referencias: dependen de otros factores c o m o la actitud del autor, el t r a t a m i e n t o de los datos, la discriminación e n t r e i n f o r m a ción y opinión o el estilo global d e redacción. L a m a y o r p a r t e de los manuales de r e d a c c i ó n t é c n i c a o científica que h e consultado (Bailey, 1 9 9 0 , Barrass, 1 9 7 8 , Blicq, 1 9 9 0 , K i r k m a n , 1 9 9 2 y T u r k y K i r k m a n , 1 9 8 2 ) r e c o m i e n d a n el estilo m a tizadamente personal en vez del artificio d e lo impersonal. A l g u n o s ejemplos que aportan son los siguientes: IMPERSONAL PERSONAL E s recomendable que... Más arriba se ha comentado que... Los diversos componentes han sido ordenados... Ha sido argumentado por el autor que... La hipótesis de la autora es que... El lector / el usuario tiene que considerar que... Recomendamos que.... He comentado más arriba que... Hemos ordenado los diversos componentes... He argumentado que... Mi hipótesis es que... Considera (tú) / considere (usted) / consideren (ustedes) que... L a s frases de la izquierda tienen que recurrir a c o n s t r u c c i o n e s pasivas y a perífrasis rebuscadas para e v i t a r las referencias p e r s o n a les. Son m á s largas, m á s complejas y, en c o n s e c u e n c i a , m á s difíciles de escribir y de c o m p r e n d e r . E n c a m b i o , las equivalentes d e la d e recha son decididamente más c o n c r e t a s y llanas - ¡ y t a m b i é n m e n o s sexistas! ¿ T e suenan mejor las d e la izquierda? ¿ T e p a r e c e n m á s «científicas»? ¡Pues sólo es un prejuicio! E l peso de la c o s t u m b r e . 4. P r o s a c o l o r e a d a E l párrafo que empieza este capítulo, el p r i m e r o de todos, muestra los defectos habituales d e u n a prosa insulsa q u e repite un m i s m o m o l d e en c a d a oración. Cada idea se repite dos o m á s veces; 205 c a d a frase sigue el m i s m o p a t r ó n sintáctico (sujeto-verbo-comple- m e n t o s ) , empieza siempre c o n un d e t e r m i n a n t e ; n o hay elipsis ni p r o n o m b r e s que descarguen la redundancia; un ú n i c o t o n o a n u n c i a tivo y frío abarca t o d o el fragmento. ¡ N o hay sorpresas ni v a r i a c i o nes! ¿Has e n c o n t r a d o alicientes para c o n t i n u a r leyendo? M e a t r e v e ría a decir que no: este tipo de prosa a c a b a a m o d o r r a n d o al m á s voluntarioso. A l contrario, la prosa que anima a leer es la variada, viva e imaginativa. N o sólo debemos evitar las repeticiones y los clichés, sino que hay que buscar un léxico preciso y claro, p e r o abigarrado, v i v o , enriquecedor. Se puede aprovechar la expresividad del léxico m á s coloquial o popular, las frases hechas, las preguntas o las exclamaciones. ¿ N o es c i e r t o que la modalidad interrogativa y la admirativa r o m p e n la m o n o t o n í a ? ¿ T e implica u n a prosa variada c o m o ésta, l e c t o r / a ? ¡Claro que sí! N o hay n a d a m á s insípido que d e c i r cosas una detrás de otra, sin ton ni son, ¡con un m i s m o triste y simple t o n o d e voz! T o d o ayuda a animar: las salidas de t o n o , los cambios d e r i t m o , el h u m o r , la ironía o el s a r c a s m o - ¿ p o r qué será? 5. D e c i r y m o s t r a r T e p r o p o n g o o t r o juego. L e e el siguiente f r a g m e n t o y los dos p r i m e r o s párrafos del capítulo anterior [pág. 186]. Compáralos. ¡Venga! ¡ N o tengas pereza! NIVELES D E FORMALIDAD A c o s t u m b r a m o s a utilizar lenguajes diferentes en c a d a escrito, aunque se trate de un m i s m o t e m a . I m a g i n e m o s a una mujer, estudiante y trabajadora, que un día tenga que pedir permiso e n el trabajo para p o d e r asistir a un e x a m e n e n la universi- dad, que también tenga que pedir un justificante al profesor c o n f o r m e lo ha h e c h o , que escriba u n a n o t a p a r a sus familiares avisando de que llegará tarde a c e n a r p o r este m o t i v o , y que además t o m e nota del h e c h o en su diario íntimo. L o s c u a t r o escritos, la solicitud del permiso, el justificante, la n o t a y el c o m e n t a r i o íntimo, e m p l e a r á n un nivel d e formalidad a d e c u a d o al interlocutor, a la función y al mensaje. 206 distinto, La solicitud usará un estilo administrativo, el justificante será formal y, en c a m b i o , la n o t a y el diario í n t i m o t e n d r á n u n t o n o m u c h o más coloquial o familiar. E l c o m e n t a r i o íntimo, que e n principio n o tiene que leer nadie más q u e su propia autora, incluso puede incluir palabras o expresiones En vulgares. conjunto, está claro que n o podría ser d e o t r a m a n e r a . ¿ T e . imaginas una nota para decir que n o irás a c e n a r , escrita c o n u n lenguaje administrativo? ¿ O una solicitud c o n estilo d e n o t a c a - sera? E s absurdo. El texto no conseguiría su función y el autor sería tildado de maleducado. ¿ Q u é diferencia hay? M u c h a , ¿verdad? L o s dos fragmentos dan la m i s m a información p e r o d e m a n e r a distinta. E s t e último la dice, la explica c o n un t o n o llano y p r e t e n d i d a m e n t e atractivo. E l o t r o f r a g m e n t o la muestra, la h a c e sentir y vivir c o m o si fuera una n a r r a ción o una obra d e teatro. M u r r a y ( 1 9 8 7 ) y Rebekah Caplan ( 1 9 8 7 ) distinguen e n t r e decir los hechos y mostrarlos y aconsejan utilizar esta segunda posibilidad siempre q u e sea posible. E s decir, se trata de describir la información desde u n a óptica personal, de ser específico, de c o n t a r l o t o d o c o n detalles c o n c r e t o s , colores, estilo directo, c o m e n t a r i o s personales, e t c . , c o m o si se tratara d e una pintura o de una fotografía precisas. A l c o n t r a r i o , limitarse a e n u n c i a r los datos resulta bastante m e n o s a t r a c t i v o y más aburrido: el t e x t o c a r e c e d e aportaciones personales, la prosa g a n a abstracción, se aleja de la realidad. E s la m i s m a diferencia q u e e n c o n t r a m o s e n t r e v e r una película u o í r c o n t a r l a , p o r m u y bien q u e se cuente. 6. D E S P I E C E S El último recurso retórico que comento, a medio camino entre k elaboración de la información y la presentación visual, tiene las siguientes características: • No tiene nombre fijo. Suele llamarse despiece, complemento, recuadro o también noticia segregada (sidebar o follow-up en inglés). • Consiste en segregar o desplazar una información secundaria y autónoma del texto principal. 207 • Recibe un tratamiento gráfico especial. Se presenta dentro de un recuadro, en forma esquemática o destacada. • Descarga el cuerpo del texto, introduce variación en la prosa y aligera la tarea de leer. • Se utiliza sobre todo en periodismo, pero se ha exportado con éxito a otros campos (libros, documentación). Los despieces se relacionan con los esquemas, los gráficos y, en conjunto, con todos los recursos visuales para presentar información escrita. [Consulta el siguiente capítulo.] ¡ACCIÓN! A mi entender, la mejor m a n e r a d e a p r e n d e r recursos retóricos p a r a la r e d a c c i ó n es verlos e n a c c i ó n , es decir, e x p e r i m e n t a r l o s c o m o l e c t o r / a y e s c r i t o r / a . U n a lista de ideas c o m o la a n t e r i o r puede ser útil, p e r o n u n c a podrá trasmitir las sensaciones q u e p r o v o c a n unos cuantos trucos bien p r e p a r a d o s , situados en el m o m e n t o o p o r t u n o de la lectura. P o r este m o t i v o , c i e r r o este capítulo c o n el c o m e n t a r i o r e t ó r i c o de dos textos expositivos. E l p r i m e r escrito es n e c e s a r i a m e n t e fragmentario. ¿ T e has planteado alguna vez la jubilación? ¿ N o ? Mejor. D e este m o d o podrás valorar si el a r r a n q u e persuasivo del artículo te arrastra a leer o no. Atención: ¡ A c c i ó n ! UN Inicio concretado en una palabra — clave Opiniones contrapuestas E N F O Q U E POSITIVO La palabra jubilación, como tantas otras en nuestros días, evoca una variedad de respuestas al interrogar a personas de diversos niveles y ocupaciones:[para el directivolde empresa con formación superior, puede ser la oportunidad esperada durante años para dedicarse a una afición intelectual, deportiva o social postergada por su intensa vida de ejecutivo; Ipara el trabajador | 208 Ejemplos - próximos al lector potencial manual especializado, puede suponer el fin de una actividad que le absorbía física e intelectualmente, y el ingreso en el grupo de pasivos para quienes la vida carece de significado. La jubilación constituye motivo de alegría o de Variación contrariedad, según la formación, el tipográfica. nivel educacional, el puesto de trabajo o una serie de variados factores de la vida laboral y social de cualquier persona. Veamos dos tipos de diálogo posible entre personas que se acercan a la jubilación: Positivo: ¡Chico, porfin mejubilo y Contraste de voy a disfrutar con...! (La familia, el positivo y deporte, el coleccionismo, etc.) negativo. Negativo: Voy a jubilarme y me da miedo a lo que viene, me preocupa... (La escasez de la pensión, la relación con mi mujer o hijos, el tiempo libre, etc.) Pregunta retórica ¿Por qué unas personas adoptan sobre una un enfoque negativo, y otras, positivo? cuestión central. Se puede contestar reduciendo la resCrea un vacío puesta a una sola causa: cuantía de la de información. pensión, personalidad del sujeto, apoyo del cónyuge, etc.; pero ninguna*razón por si sola explica satisfactoriamente una situación compleja en la que intervienen multitud de factores [...] A continuación se han clasificado los factores en tres grupos: individuales, materiales y sociales [...] que tienen su paralelismo en el refrán popular «salud, dinero y amor», orientador de tantas generaciones :n el pasado y aún válido actualmente [Moragas, 1989] Avance de los contenidos y la estructura del libro en tres ejes. Juego de oposiciones. Introducción de voces distintas. Respuestas contrapuestas. _Uso de un refrán tópico, muy popular y con fuerte carga emotiva. 209 ¿Es hábil, v e r d a d ? P o d r í a m o s preguntarnos si c o n una i n t r o d u c ción m e n o s sofisticada, c o n el t o n o m á s objetivo o frío d e los textos científicos o a c a d é m i c o s , nos sentiríamos motivados a leer, si realm e n t e c o n t i n u a r í a m o s leyendo este t e x t o . ¡ N o lo sé! L o s lectores y las lectoras t e n e m o s pocas manías. C u a n d o un escrito n o nos interesa, lo a b a n d o n a m o s sin piedad. Sólo seguimos si nos atraídos. La primera tiene que inducir muerto. frase de un texto es la más importante al lector a pasar a la segunda; sentimos porque si no, el texto está [Leíste antes esta frase: ¿dónde?, ¿quién la dijo?] E l segundo ejemplo es más s o c a r r ó n . U n a vez m e t o c ó escribir un artículo divulgativo sobre las excelencias del aire a c o n d i c i o n a d o —¡qué cosas tiene que h a c e r u n o en la vida!—. Se trataba, c l a r o está, de publicidad indirecta - ¡ v a y a d e n o m i n a c i ó n más tramposa!— diri- gida a lectores de periódicos y revistas. C o n finura y picardía, tenía que c o n v e n c e r a todos d e las indudables ventajas d e esta n u e v a t e c nología, c o n un lenguaje n e u t r o y sin aspavientos. C o m o sabía p o c o o n a d a sobre el t e m a , m i cliente m e llenó las m a n o s d e prospectos técnicos sobre aire acondicionado: descripc i ó n , tecnología, funciones, modelos, prestaciones..., ¡todo! Y yo m e preguntaba: ¿ C ó m o p u e d o h a c e r atractivos unos datos tan técnicos y tan desconectados de los intereses del c i u d a d a n o d e a pie? V a m o s a analizar la respuesta que pude y supe dar, la mejor que supe escribir —y r e c o n o z c o que he introducido algún c a m b i o de última h o r a para adaptar el t e x t o a esta cocina-. E n la c o l u m n a de la d e r e c h a , c o n le- tra m e n u d a , e n c o n t r a r á s explicados los recursos retóricos q u e utilicé conscientemente: UN N U E V O CONFORT: EL AIRE ACONDICIONADO Título con las clave del tema. palabras Tamaño más grande de le- tra para Ja introducción (tres primeros párrafos) y para la conclusión (el último). C a d a v e r a n o , c u a n d o llega el b o chorno y las temperaturas suben t a n t o q u e resulta difícil trajinar p o r 210 Inicio con estilo de cuento narrativo. casa, descansar o h a c e r algo, muchos pensamos: Quizá podríamos poner aire acondicionado. Tendría que informarme de lo que cuesta. ¡Quizá no sea muy caro! A l g u n o s l o h a c e n y a c a b a n instalándolo; otros no a pensamos: 1. pers. pl. Implica al lector, que se convierte en protagonista involuntario. Establece complicidad entre autor y lector. encontramos n u n c a el m o m e n t o d e visitar u n a t i e n d a de electrodomésticos o pensamos que n u e s t r o bolsillo n o llegaría a s e m e j a n t e lujo. Y al t e r m i n a r el v e r a n o , la idea se esfuma. A s í v a m o s t i r a n d o y y a está. E l a ñ o q u e v i e n e —y el siguiente— empe- zará t o d o igual... ¡hasta q u e nos l i e m o s la m a n t a a la c a b e z a ! E l a i r e a c o n d i c i o n a d o es u n o d e los hitos i m p o r t a n t e s del a c t u a l n i v e l d e vida y del c o n f o r t d o m é s t i c o . E n p o c o s a ñ o s , lo q u e e r a un lujo d e p o c o s h a p a s a d o a ser u n a n e c e s i d a d d e m u c h o s . A n t a ñ o era exclusivo de empresas o de locales públicos, h o y l o e n c o n t r a m o s e n m u c h o s h o g a r e s familiares. L o s a v a n c e s t e c n o l ó g i c o s y la c o m e r c i a l i z a c i ó n m a s i v a h a n p e r m i t i d o esta difusión generalizada. H a p a s a d o a ser u n b i e n t a n asequible c o m o u n a c a d e n a m u s i c a l , u n a t e l e v i s i ó n o u n frigorífico nuevos. Quizá...: Estilo directo. E l uso de distintas voces es un rasgo conversacional típico de la comunicación distendida y poligestionada (aquella en la que participan varias personas). Aporta variación, color y concreción al discurso técnico. Juego de oposiciones y paralelismos: un lujo de pocos/ una necesidad de muchos, antaño/hoy, empresas/hoga- D e l m i s m o m o d o , ya h a p a s a d o a la historia acjuel c u b o g o r d o y r u i d o s o , encaramado en puertas y ventanas de bares y r e s t a u r a n t e s , q u e c h o r r e a b a a g u a y n o s p r o c u r a b a súbitas c o r r i e n t e s d e aire fresco. L a ú l t i m a t e c n o l o g í a n o s ofrece una variada y sofisticadísima g a m a d e a p a r a t o s , utilidades y f o r m a s diversas d e a i r e a c o n d i c i o n a d o , que ...a la historia... Retrato minucioso de una imagen concreta y recordada. Conecta el discurso con la experiencia del lector, aporta un tono familiar y afectivo. Fijémonos: hubiera sido mucho menos efectivo —aunque mucho más preci211 h a n a r r i n c o n a d o aquel p o p u l a r aire frío. E n definitiva: q u i e n q u i e r e v i v i r m e j o r se instala aire a c o n d i c i o n a d o y e v i t a b o c h o r n o s y sufrimientos. so— algo como: ...a la histo­ ria los aparatos compactos instalados en aberturas de salas, de gran volumen, alto nivel de ruido, con pérdidas relevantes de agua, y con deficiente graduación de la temperatura global de la sala. Frases de cierre de la intro­ ducción, que recuperan el tono del principio y avan­ zan los contenidos que se van a tratar. Párrafos 1-3: Introduccióncebo para atraer lectores. E l primer párrafo rastrea la opinión tópica sobre el AA, que los siguientes rectifican con una visión actualizada. Se sitúa el tema del ar­ tículo. Utilidades del aire acondicionado Gracias a una avanzada tecnología, los actuales equipos de aire acondicio­ nado (en adelante A A ) son silenciosos, potentes, saludables y manejables; tienen larga vida y consumen razonablemente. Al margen de modelos, marcas, poten­ cias y prestaciones, el A A ofrece todo lo que sigue: La regulación de la t e m p e r a t u r a ambiental es la principal función del A A . L o s modelos tradicionales refrige­ ran el aire en v e r a n o , pero los más m o ­ dernos también son capaces d e c a l e n t a r 212 Subtítulo para marcar apartados del artículo. los AA: Sigla para economizar palabras. cr l. apartado: Después de una breve presentación general, cada párrafo desarrolla una utilidad. Los marcadores tex­ tuales muestran al lector en invierno o , dicho de o t r o m o d o , de actuar c o m o auténticas calefacciones. C o n un simple sistema d e bombas de calor, en v e r a n o el aparato saca aire c a ­ liente del interior de la vivienda hacia el exterior; y en invierno, al revés, a p r o v e c h a el c a l o r de la calle para c a ­ lentar el interior. L o s termostatos regu­ lan estas operaciones y obtienen la temperatura deseada en cada habita­ ción y en cualquier m o m e n t o del día o de la noche. A d e m á s , se trata d e un sis­ t e m a bastante e c o n ó m i c o , si lo c o m p a ­ ramos c o n el c o s t e sumado d e la refri­ geración estival y la calefacción in­ vernal. la organización del texto (1.°: la principal función, 2°: la segunda, 3.°: asi­ mismo, 4.° finalmente). E l A A también c o n t r o l a —y ésta es su segunda gran f u n c i ó n - el g r a d o de humedad relativa del ambiente y lo si­ túa en su nivel adecuado: e n t r e el 4 0 % y el 6 0 % . E l e x c e s o de h u m e d a d difi­ culta la e v a p o r a c i ó n del sudor h u m a n o , causa molestias físicas importantes (vías respiratorias, afecciones reumáticas) y también puede estropear algunos elec­ trodomésticos (hifi, vídeo...). L a s zonas acuáticas (costas, ríos, lagos...) son las más expuestas a un e x c e s o d e humedad. A s i m i s m o , los equipos de A A asegu­ ran la salubridad del aire: lo r e n u e v a n periódicamente y limpian las impurezas que suele c o n t e n e r . L o s filtros del apa­ rato eliminan las partículas de p o l v o y de polen que acostumbran a flotar en el ambiente, así c o m o cualquier olor, h u m o o foco de c o n t a m i n a c i ó n que pueda p e n e t r a r del exterior. Uso de paréntesis para am­ pliar la información con ejemplos y detalles. Éstos quedan perfectamente aisla­ dos y el lector poco intere­ sado puede saltárselos con facilidad. Marcadores textuales situa­ dos en puntos estratégicos, en el inicio del párrafo y de la frase: asimismo, final­ mente... 213 Se garantiza un aire más limpio y saludable para respirar en la zona a c o n d i cionada. ( E s t a prestación es útil sobre Detalle añadido después del u n t o t o d o para las personas que sufren aler- P gias estacionales causadas p o r las partí- t e s l S - final Y e n t r e P a r é n " culas q u e lleva el aire.) F i n a l m e n t e , el A A también regula la velocidad del aire, de m a n e r a q u e la t e m p e r a t u r a de una sala sea la m i s m a en todos los puntos, y que se elimine el c a l o r que p r o d u c e el c u e r p o h u m a n o , que puede desestabilizar el ambiente. E l m o v i m i e n t o constante y c o n t r o l a d o del aire p r o d u c e una agradable sensación en la piel. Equipamientos diversos E l A A se adapta a todo tipo de espacios, tiene un diseño m o d e r n o , es fácil de instalar y ofrece buenas prestaciones y garantías de funcionamiento. H a y dos grupos de equipos según la situación d e sus componentes: producción de frío, tratamiento de la humedad, r e n o v a ción... Son los compactos y los partidos. Los compactos integran todos los c o m p o n e n t e s en un solo a r m a z ó n , que se instala en la zona que se ha de climatizar. lIQlffltttlllilJffllí un t e r c e r o que es portátil. 2° apartado: Las negritas de las dos palabras clave se sitúan al final de la presentación y determinan la estructura del apartado. Los siguientes párrafos arrancan con estas palabras. E l p r i m e r o es m u y útil para adaptarlo a edificios viejos y p e r m i t e a c o n d i c i o n a r zonas independientes. E l segundo se c o l o c a en el suelo, c o m o un p e q u e ñ o mueble en una pared o en un rincón. 214 Descripción modelos. numerada de E l t e r c e r o se maneja c o n se puede simplicidad: transportar d e un punto a o t r o , es m u y útil para pequeñas salas y sólo necesita una abertura al exterior. Los partidos sitúan e n el exterior el sistema d e e v a c u a c i ó n del aire c a liente y en el interior, unido c o n un c o n d u c t o , el resto d e componentes. D e esta m a n e r a , se a p r o v e c h a n los espacios muertos, se evitan las obras e n el inmueble y se pueden organizar varios acoplamientos. T a m b i é n se trata de los equipos más silenciosos, m u y apropiados para dormitorios y salas-comedores. L a unidad interior puede adosarse a la pared, al suelo, al t e c h o o puede ser portátil. L a s salidas d e aire también varían: verticales, horizontales, laterales, etc. Algunos m o d e l o s incluso tienen m a n d o a distancia. Consejos útiles para poner AA A h o r a bien: «¿Cuál de estos modelos es el mejor para mi casa?, ¿puedo poner AA sólo en el comedor?, ¿y para mi pisito viejo?» Preguntas difíciles d e responder. 3 . " apartado: Preguntas retóricas en 1. persona como presentación. E n p r i m e r lugar, se tiene que h a c e r un análisis de la zona p o r acondicionar. Marcadores de orden situados en el inicio del párrafo: ( t i l a II e n la t e m p e r a V/ a n o s tactores influyen intk tura del edificio: el e n t o r n o de la c o n s - en definitiva. trucción, el g r a d o d e aislamiento térm i c o , la incidencia del sol, d e la luz y del aire, el v o l u m e n y el espacio q u e hay que climatizar, el n ú m e r o d e o c u pantes, su actividad física, etc. L a p o 215 tencia, la situación y las prestaciones del A A v a r i a r á n según estos factores. A s i m i s m o , también hay que t e n e r en c u e n t a si sólo se a c o n d i c i o n a r á u n a dependencia o toda una vivienda, si es posible h a c e r obras en el edificio y el coste que pueden t e n e r , el espacio disponible para los aparatos, etc. Y c u a n d o ya se sabe t o d o , e n t o n c e s debemos decidirnos p o r una m a r c a o p o r otra, c o n las implicaciones c o r r e s p o n dientes d e precios, atención al cliente y servicio p o s v e n t a de reparación y m a n tenimiento. E n definitiva, a la vista de t o d o lo que debemos vigilar, lo m á s r e c o m e n dable es e n c o m e n d a r s e a un Consejo final de resumen del tercer apartado, especia- lista para que prepare un estudio serio de las necesidades del inmueble y p r o ponga un sistema ajustado y garan- tizado. ¡ A h ! Y un ú l t i m o c o n s e j o al o í d o : si e s t á n ustedes i n t e r e s a d o s e n a d q u i rir un A A n o e s p e r e n a q u e l l e g u e el v e r a n o y p a s e t o d o lo q u e dijimos al principio: ¡ e n t o n c e s es cuando los c o n c e s i o n a r i o s están llenos h a s t a los topes! [ E n h e r , 1 9 9 1 ] 216 Conclusión final que remite al inicio por la tipografía más grande y el tono, como la pescadilla que se muerde la cola. Dice Josep M. Espinas que un discurso, oral o escrito, es como el vuelo de avión que despega y aterriza. Algunos escritos y bastantes más parlamentos pecan precisamente de no saber acabar a tiempo y dar vueltas y más vueltas repitiendo ideas y aburriendo a la audiencia. El escrito completo es aquel que fina- liza en el momento opor­ tuno, ni antes ni después de decir todo lo necesario, con el convencimiento del autor y el beneplácito del lector. T e r m i n o c o n algunos c o m e n t a r i o s generales: E l escrito muestra un lenguaje llano, evitando el t o n o d e m a ­ siado formal o la terminología e x c e s i v a m e n t e técnica. Utiliza c o n p r o v e c h o la expresividad d e locuciones, frases hechas y coloquialismos c o m o : vamos tirando, liarse la manta a la cabeza, la pescadilla que se muerde la cola, hasta los topes. L a sintaxis también busca un estilo asequible, c o n estructuras breves y simples. E l t e x t o revela su organización interna c o n subtítulos, apartados y parágrafos m u y pautados. C a d a a p a r t a d o c o n s t a de i n t r o d u c c i ó n , desarrollo y conclusión. C a d a párrafo tiene unidad significativa y ordena la información i n t e r n a d e más a m e n o s i m p o r t a n t e y gene­ ral. L o s detalles y los ejemplos v a n al final e n posiciones marginales (entre paréntesis o c o m a s , e n listas, etc.). 217 15. L A I M A G E N I M P R E S A La imagen de las palabras vale más que mil palabras. ¿Has c o n t a d o alguna vez la cantidad de horas que te pasas delante d e una hoja escrita? L e e m o s periódicos, artículos, informes, anuncios, impresos, libros, una n o v e l a el fin d e s e m a n a o en verano; escribimos textos: avisos, cartas, proyectos...; y siempre t e n e mos una página de letras ante los ojos. Administrativos, ejecutivos, maestros, negociantes, estudiantes, periodistas, contables..., todos nos pasamos horas y horas sentados delante de un papel. L o s y las que trabajamos c o n o r d e n a d o r nos p r e o c u p a m o s en t o d o m o m e n t o d e protegernos la vista c o n filtros. M u c h o s también nos p r e g u n t a m o s si la silla o la butaca d o n d e nos sentamos t a n t o t i e m p o es la más adecuada. ¿Será lo suficientemente e r g o n ó m i c a para prevenir dolores de espalda? E n c a m b i o , n o siempre nos p r e o c u p a m o s de buscar el diseño más eficiente para la página e n blanco, de hallar la m a n e r a más fácil de presentar la imagen del t e x t o a los ojos, aquella que nos a h o r r e t i e m p o y esfuerzos. O j o s E IMÁGENES L a s páginas escritas son imágenes visuales. C u a n d o las m i r a m o s , lo p r i m e r o que distinguimos es un m a r c o rectangular que cierra una piscina d e letras. D e n t r o d e ella, las formas más destacadas (títulos, mayúsculas, dibujos...) nos llaman la atención en p r i m e r lugar. A n tes d e que p o d a m o s descifrar nada, estas formas ya nos informan sobre el t e x t o . N o s h e m o s pasado tantas horas observando imágenes escritas y t e n e m o s tanta experiencia en hacerlo que casi somos c a paces de adivinar de qué se trata antes de empezar a leer. 218 Por ejemplo, fíjate en la siguiente imagen y responde a las pre­ de abajo (encontrarás la solución al final del capítulo): gu ntas Epa acsos staen rótesu hacer geció Han entredea satopo con vista Epa (Apnoto).-Acsos staen contamente para hacer gecio a Epa. Han entredea satopo con vista, en tel cachen róse­ tu. Atia han gecioea 100 ma­ totes, 58 matotes de pácila et 42 matotes de tícula. Conga­ fitosos matotes Espite Oolo­ nari et Micas staera ecs poc­ teres de Epa et Patrina. Ec UBC (Utmai Catali de Burgio) ha feae coti rósetu camible. En Epa staen acsos muy tiv • Intiri p. 4 2 1. 2. 3. 4. S. 6. 7. 8. ¿Qué tipo de texto es y dónde lo podemos encontrar? ¿En qué lugar pasan los hechos? ¿Dónde se sitúa la acción? ¿Qué significan las letras del cuadro 1? ¿Y las palabras del cuadro 2? Di cinco palabras del texto que aporten información relevante. Di cinco más que no aporten información. ¿Qué crees que significan la.s palabras de debajo de la foto? ¿Qué función tienen los cuatro tipos de tipografía del texto? ¿Has acertado la mayoría? ¿Todas? ¡Si no se entiende nada! Al fin y al cabo, no hay nada que comprender porque no se trata de ningún idioma. Son palabras inventadas que no significan nada. Pero la compaginación tipográfica como se presentan, en forma de noticia periodística, nos permite deducir algunos datos básicos sobre el 219 texto. C o m o buenos lectores de periódicos, r e c o n o c e m o s esta imagen y sus c o n v e n c i o n e s y las interpretamos sin dificultad. [Imagina el mismo lío de letras sin titulares ni columnas, ni pies de foto ni foto, con un solo cuerpo y tipo de letra... ¿Habrías podido responder con éxito a las mismas preguntas?] E l p e r i o d i s m o y la p u b l i c i d a d s o n los á m b i t o s e s c r i - tos que seguramente h a n sabido a p r o v e c h a r c o n más int e l i g e n c i a el p o t e n c i a l c o m u n i c a t i v o n o v e r b a l d e la i m a g e n i m p r e s a . H a n sabido desarrollar un código c o m p l e t o de compaginación del escrito en una página en blanco, que facilita y favorece la comprensión. A p r o v e c h a n la c o l o c a c i ó n de la letra, su t a m a ñ o o su forma para i n f o r m a r y atraer al l e c t o r m u c h o antes de q u e éste e m p i e c e a leer. D e este m o d o , t e n e m o s que sup o n e r q u e el t e x t o anterior c o n s e r v a la estructura típica de u n a noticia: la pirámide invertida q u e o r d e n a la información de m á s i m p o r t a n t e a menos. E l p r i m e r párrafo, llamado lead o también «sombrero», debe c o n t e n e r los datos esenciales que responden a las preguntas de quién, qué, cuándo, dónde y por qué. [Fijémonos que este primer párrafo repite todas las palabras que aparecen en el título y en el subtítulo.] E n el c a s o del periódico, solemos t e n e r p o c o t i e m p o para leerlo, lo hojeamos rápidamente, leemos sólo los titulares y, quizás, alguna noticia importante. Somos d e s c a r a d a m e n t e selectivos y agradecemos la disposición cuidadosa de la información, que nos p e r m i t e avanzar deprisa. [Repito la misma pregunta, también entre corchetes: ¿Puedes imaginarte cómo sería un periódico impreso en forma de libro, sin las convenciones tipográficas establecidas? ¿Lo podríamos leer del mismo modo?] LA IMAGEN ORGANIZADA L a i m a g e n de la página es la p r i m e r a impresión que tiene un lector del texto. E s lo p r i m e r o q u e se v e , lo p r i m e r o q u e trasmite información y p r o v o c a sensaciones sobre el escrito. [Lo hemos visto en la página 8 3 , con el juego de los párrafos, y también lo estoy demostrando ahora con los distintos tamaños de letra en este texto.] L O S maquetistas, tipógrafos e profesionales del eSCritO, impresores, buscan imágenes l i m p i a s y a t r a c t i v a s q u e a n i m e n a leer. U n a p á g i n a sucia o 220 demasiado cargada causa pereza; o t r a que sea pulida, en c a m b i o , p a r e c e m u c h o m á s ligera. Q u i e n suela leer m a n u s c r i tos —los maestros, p o r ejemplo— c o n o c e bien la diferencia q u e hay e n t r e un escrito c l a r o c o n buena presentación y o t r o descuidado. L a p r e s e n t a c i ó n d e los e s c r i t o s s e h a s o f i s t i c a d o n o t a b l e m e n t e e n los ú l t i m o s a ñ o s . Sólo d e b e m o s r e c o r d a r los m a nuales escolares que utilizábamos en la infancia, o algún v o l u m e n d e c i m o n ó n i c o , y c o m p a r a r l o s c o n cualquier libro actual. E n los a n tiguos c a d a página se p a r e c e a la siguiente, c o n mares d e letra m o n ó t o n a d o n d e n o destaca nada, párrafos larguísimos y p o c a s o ninguna ilustración. E n los actuales, la d i v e r s i d a d t i p o g r á f i c a , e s q u e m a s , las f o t o s , la m a q u e t a c i ó n , etc. i d e n t i d a d p e r s o n a l a c a d a hoja, q u e se confieren c o n v i e r t e en los una un c u a d r o ú n i c o e irrepetible. ¡ Q u é a t r a c t i v a s son las páginas d e hoy y qué a b u r r i d a s y p e s a d a s nos p a r e c e n las de antes! E s t o s cambios también han modificado nuestra f o r m a d e leer. H o y ya n o leemos c o m o a n t a ñ o , siempre d e izquierda a d e r e c h a y de arriba abajo, resiguiendo la línea d e t e x t o . E s t a b l e c e m o s u n a interacción rápida c o n el texto: saltamos hacia adelante y hacia atrás buscando datos c o n c r e t o s , evitamos los fragmentos que n o nos interesan y nos c o n c e n t r a m o s en los que c o n t i e n e n lo que buscamos. L a m e m o r i a visual ha adquirido m u c h a importancia: hay fotografías, cuadros; r e c o r d a m o s un esquema p o r su forma, o u n a frase p o r su situación. ¿ N o te ha o c u r r i d o n u n c a que, buscando u n a cita e n un libro, recuerdes haberla leído en una posición e x a c t a , e n la p á gina izquierda o e n la d e r e c h a , arriba o abajo? U n a d e las causas d e este c a m b i o son los p r o g r a m a s informáticos de p r o c e s a m i e n t o y edición de textos, que han r e v o l u c i o n a d o la c o m u n i c a c i ó n escrita. H e m o s pasado de r e d a c t a r a m a n o a usar la máquina de escribir, p r i m e r o m e c á n i c a y después e l e c t r ó n i c a , para pasar hoy a diseñar escritos d e n t r o de un c u b o , casi c o m o si fueran dibujos o imágenes. L a calidad t é c n i c a y c o m u n i c a t i v a d e un escrito de antes n o p u e d e c o m p e t i r de ninguna m a n e r a c o n la d e los a c t u a les. Se han acabado los textos sin justificación, la impresión hundida en la textura del papel, la m o n o t o n í a tipográfica, las m a n c h a s , las tachaduras, los «entrañables» típex y las raspaduras. 221 L a informática ofrece a la escritora y al escritor corrientes las posibilidades técnicas de la edición profesional. H o y los escritores d e b e m o s preocuparnos tanto de c o r r e g i r los errores de ortografía c o m o de escoger la mejor familia tipográfica, el interlineado, los m á r g e n e s o el título, etc. L a s más recientes guías de r e d a c c i ó n dedic a n m u c h a importancia y atención a la presentación del t e x t o ( v e r Diccionario de la edición, 1 9 9 0 o Griselin et al., 1 9 9 2 ) . R e s u m o en la siguiente lista unas pocas reglas para conseguir buenas imágenes escritas. ORGANIZACIÓN D E LA PÁGINA 1. L a página es c o m o una pintura e n m a r c a d a de una exposición. L a escritura es la acuarela y el papel b l a n c o el lienzo que le da soporte. L o s márgenes deben ser generosos y rectos, simétricos —¡que la página n o se desplome hacia la derecha! 2. D e l equilibrio entre tamaño terlineado d e la letra y de la hoja y el in- depende la facilidad d e p e r c e p c i ó n ocular. V a l e la pena preferir los espacios amplios y la letra grande. 3. L o s párrafos suelen marcarse bien con un espacio interlineal doble, llamado línea blanca - t a l c o m o se h a c e en esta lista—, bien c o n un p e q u e ñ o sangrado al inicio —como en el resto del libro—. N o se suelen m e z c l a r los dos sistemas. ( P e r o hay o t r o tipo de párrafos más estéticos y m e n o s usados; para cualquier cuestión tipográfica, consultar Martínez de Sousa, 1 9 8 7 y 1 9 9 2 . ) 4. L a s E X P R E S I O N E S I M P O R T A N T E S -títulos, palabras clave, tesis, e t c . - pueden m a r c a r s e gráficamente, tal c o m o se h a c e en este resumen. P e r o d e b e m o s ser CAUTOS: los excesos entorpecen y n o ayudan (tal como se demuestra en este punto). 5. D e b e r í a m o s identificar cada página p o r m o t i v o s d e seguridad y comodidad: para que n o se extravíe y para que sepamos e n t o d o m o m e n t o q u é estamos leyendo. L o s identificadores de página se sitúan en posiciones estratégicas de los márgenes. L o s m á s corrientes son el número 222 de página, el título o la referencia del tema y el autor. Un abuso de identificadores resulta redundante y ensucia los márgenes hasta distorsionar la página. P o r este m o t i v o suelen c o n centrarse todos en un solo m a r g e n . 6. L o s títulos y subtítulos son las etiquetas del t e x t o . L a s leem o s m u c h a s más veces que ninguna otra p a r t e del escrito. V a l e la pena que sean cortos, claros y atractivos: que indiquen lo que el lector v a a e n c o n t r a r , que c o n t e n g a n las palabras c l a v e del t e m a y que sirvan para identificar cada p a r t e del t e x t o . E l título de u n o d e los capítulos d e esta cocina muestra exacta- m e n t e lo que n o deberíamos h a c e r n u n c a . ¿Cuál es? Quizás este abecedario d e la presentación p e r m i t a sobrevivir en el actual m u n d o tipográfico. P e r o se trata sólo de unos mínim o s imprescindibles. L a imagen escrita puede ser todavía m u c h o más compleja si se utilizan algunos recursos retóricos de presentación de textos. SEÑALES PARA LEER L a s líneas d e un escrito son la c a r r e t e r a q u e el l e c t o r y la lectora siguen para descubrir el paisaje d e la página y p a r a llegar a su c o m p r e n s i ó n . L e e r es c o n d u c i r la vista p o r las estribaciones d e letras y captar su sentido. Si la c a r r e t e r a es buena, está e n c o n d i c i o nes aceptables, está señalizada —como una autopista—, leer es un placer y c o m p r e n d e m o s el significado c o n rapidez y facilidad. P e r o si se trata de un c a m i n o c a m p e s t r e , d e un asfalto d e t e r i o r a d o o d e una vía sin señales de tráfico ni m a r c a s , la lectura resulta m u c h o más complicada: n o sabemos qué accidentes nos d e p a r a r á el t e rreno; leemos p o c o a p o c o y c o n precaución. P o d e m o s ayudar al lector a leer el t e x t o , enderezándole el c a - mino que tiene que recorrer. Le podemos marcar las ideas más importantes, explicarle los c r u c e s conflictivos d o n d e puede e q u i v o carse, o trazarle un m a p a del viaje para que n o se confunda. D i s p o n e m o s de varios recursos para señalizar un escrito y guiar su lectura. L a siguiente lista, adaptada d e F l o w e r ( 1 9 8 9 ) , e n u m e r a los principales: 223 SEÑALES PARA LEER Titulo. Extractos Membretes y encabezamientos Citas Apartados de introducción, prólogo o prefacio Frases iniciales de tesis/cuestión/propósito Frases temáticas de párrafo índice Señales d e anticipación Frases finales de resumen/conclusión/recuerdo Apartados de resumen, conclusiones o epílogos Recapitulaciones Señales de resumen Puntuación Señales tipográficas: • • • • variación tipográfica (cuerpo, familia...) subrayados, negritas, cursivas M A Y Ú S C U L A S , V E R S A L I T A S , cifras numeración de apartados, capítulos Señales visuales Disposición visual: • márgenes • líneas blancas, sangrados, blancos • filas, columnas, franjas • dibujos, gráficos, esquemas Marcadores textuales: • enlaces: conjunciones, preposiciones.. • repeticiones: anáforas, pronombres... Señales verbales Las señales d e anticipación avisan al principio lo q u e se e n c o n trará e n el t e x t o (extracto, ción (frases iniciales, índice...) subtítulos...); o d e lo que seguirá a continualas d e resumen, r e c u e r d a n lo más i m p o r t a n t e que se ha dicho. L a s visuales destacan determinados fragmentos c o n procedimientos n o verbales: formas, colores, t a m a ños... L l e g a n al lector incluso antes que la lectura. L a s verbales apuntalan el desarrollo de la lectura c o n alguna información lin224 güística: orden de las palabras, anáfora, relaciones e n t r e ideas (causa, consecuencia...). C o m o siempre, un uso excesivo o inapropiado d e cualquiera d e estas señales sería c o n t r a p r o d u c e n t e . D e b e m o s seleccionar las señales más adecuadas para c a d a tipo de c o m u n i c a c i ó n y t a m b i é n t e n e mos que usarlas c o n m o d e r a c i ó n . Fíjate e n el siguiente t e x t o , q u e c o r r e s p o n d e a la página 2 5 de la cocina, a los primeros seis párrafos del apartado El estilo llano. C o m p a r a las dos posibles versiones, las dos formas distintas d e presentar casi la m i s m a información. ¿Cuál te gusta más? ¿Cuál c r e e s que es m á s adecuada? El estilo llano Nombre Plain English Movement, adaptado a Movimiento del estilo o el lenguaje llano. Definición Movimiento de renovación de la redacción desarrollado en E E . U U . a partir de los años setenta y luego expandido al mundo anglosajón. Objetivos Con el propósito general de promover un estilo llano para los textos públicos, se intenta: • Elaborar normativa legal sobre comunicación escrita (leyes y recomendaciones). • Investigar sobre redacción (qué problemas de comprensión presentan los textos, cómo se pueden resolver...). • Formar a los técnicos de cada disciplina que han de redactar (abogados, jueces, científicos...). • Difundir las ideas del movimiento con publicaciones y jornadas informativas. Ámbito de acción Administraciones públicas y organizaciones de servicios a la comunidad. 225 T i p o d e textos Leyes, normas, seguros, impresos, contratos, sentencias, garantías, instrucciones, etc. condiciones, Historia Datos más importantes: 1960-70: Las Asociaciones de Consumidores de EE.UU. piden que la documentación básica se escriba en un lenguaje llano. 1975: E l Citibank de Nueva York reescribe sus formularios de préstamos para adaptarlos a este nuevo estilo llano. 1978: E l gobierno Cárter ordena que «todas las regulaciones más importantes se redacten en un inglés llano y comprensible para todos aquellos que deban cumplirlas». F u n d a m e n t o s éticos La democracia se fundamenta en la facilidad de comunicación entre las instituciones y la ciudadanía. La administración pública y el sector privado tienen el deber de expresarse de manera llana, mientras que los administrados tienen el derecho de poder comprender todo lo que necesiten para desarrollarse en la sociedad moderna. Economía La reelaboración de cualquier documentación con un estilo llano genera gastos al principio (especialistas, diseño nuevo, impresión, evaluación), pero a largo plazo resulta rentable porque ahorra dudas y esfuerzos humanos y económicos. Quizás te gusta m á s esta presentación que la de la página 2 5 . E s m á s esquemática, ordenada, visual; presenta la información a t o m i zada; p e r m i t e hallar cada dato c o n el m í n i m o esfuerzo, hacerse una impresión global con una ojeada; también ayuda a estudiar. Pero no es m u y agradable para una lectura c o n t i n u a d a o reflexiva, p a r a sentarse en una butaca y leer tranquilamente. ¿ V e r d a d que n o invita a leer, a pasarte una o dos horas o b s e r v a n d o páginas de este tipo? P o r última vez: ¿te imaginas este libro escrito í n t e g r a m e n t e c o n esta últ i m a presentación, de m a n e r a telegráfica y esquemática? L a lectura hubiera sido distinta, pero... ¿te habría gustado? 226 Respuestas al texto de Epa acsos l. Es una noticia de prensa y podría aparecer en la primera página de cualquier rotativo. 2. En Epa (Apnoto); Epa puede ser el barrio, pueblo o ciudad; y Apnoto, la comarca, provincia o estado. Lo sabemos porque estas palabras ocu­ pan la posición habitual de los topónimos que localizan cada noticia. 3. Algo así como Mds información pdg. 4. 4. Debe ser la agencia propietaria de la fotografía. 5. Las que ocupan las posiciones relevantes del texto (titulares, primer párrafo, inicio de frase), o las más repetidas. Por ejemplo: Epa, acsos, gecio, satopo, entredea... 6. Las del final del texto, las menos repetidas o las cortas y presumible­ mente gramaticales. Por ejemplo: camible, ha, et, de, para... 7. Explican, sitúan o comentan la fotografía. 8. Establecen jerarquías de información. Siguiendo la estructura de pi­ rdmide de la noticia: lo más básico e importante se dice al principio y los complementos o los detalles más adelante o al final. Las variaciones tipográficas destacan estas distinciones. 227 16. P I N T A R O R E C O N S T R U I R Escribir es reescribir. DONALD M. MURRAY La persona que no comete errores no suele hacer nunca nada. E. J . PHELPS E m p i e z o c o n inquietud este último capítulo —¡en o r d e n de posición!—. M e ronda p o r la cabeza desde que h e empezado a escribir esta cocina. N o m e gusta que esté aquí. ¡Aquí! ¡Precisamente aquí! ¡Al final del libro! Hubiera querido p o d e r c o l o c a r l o m á s adelante, después d e El crecimiento de las ideas y de Cajones y... ¡ P e r o llega muy tarde! E s t o s dos capítulos enlazan muy bien u n o c o n o t r o , y este t e r c e r o tendría que haberlo m e t i d o c o n un calzador. Repito: n o m e gusta nada dejarlo aquí, este capítulo. Si ya es un prejuicio m u y extendido que la revisión se tiene que h a c e r al final y sólo al final, todavía r e m a c h o el c l a v o hablando d e este t e m a aquí y n o antes. ¿ C ó m o puedo afirmar que la revisión es esencial, que se tiene que realizar durante t o d o el p r o c e s o de escritura y que afecta a todo el escrito, si sólo le dedico un capitulito al final, n u e v e páginas justitas? ¿ Q u i é n m e creerá? Y a que n o e n c u e n t r o solución y, así pues, el capítulo se queda aquí, al final de la cocina, a p r o v e c h o r e t ó r i c a m e n t e mis inquietudes, las confieso c o n sinceridad, escribo este encabezamiento y así pido perdón p o r mis faltas. Incluso consigo atraer el interés de m i lector o lectora. APRENDICES Y EXPERTOS E n ningún o t r o apartado del p r o c e s o d e redacción se nota tanto la diferencia e n t r e aprendices y expertos c o m o e n la revisión. L a investigación científica demuestra q u e unos y otros se c o m p o r t a n d e m a n e r a absolutamente distinta c u a n d o revisan, hasta el p u n t o de 228 que realizan dos actividades distintas, aunque se las l l a m e del m i s m o m o d o : los primeros sólo reparan las averías d e su prosa (errores, incorrecciones, defectos), mientras que los segundos a p r o ­ v e c h a n la revisión para mejorar el escrito de pies a cabeza, p a r a h a ­ cerlo más claro, intenso, c o m p l e t o . P a r a los aprendices consiste e n dar una c a p a de pintura a la prosa; para los segundos se trata d e r e ­ construir el edificio del t e x t o desde los cimientos. F l o w e r ( 1 9 8 9 ) describe c o n detalle el c o m p o r t a m i e n t o d u r a n t e la revisión d e escritores aprendices y expertos. E l siguiente e s q u e m a c o m ­ para los objetivos, las técnicas y el m é t o d o d e trabajo d e unos y otros: DIFERENCIAS E N E L PROCESO D E REVISIÓN APRENDICES EXPERTOS Objetivo: • La revisión sirve para corregir errores y pulir la prosa. • La revisión sirve para mejorar globalmente el texto. Extensión: • La revisión afecta a palabras o fra­ ses aisladas. • Afecta a fragmentos extensos de texto, las ideas principales y la es­ tructura. Técnicas: • La técnica más usada es tachar pa­ labras. • Piensan: esto no suena bien, esto es incorrecto. Manera de trabajar. • Revisan al mismo tiempo que leen el texto. Avanzan palabra por pa­ labra. • Tratan la revisión como una parte del proceso de desarrollar y redac­ tar ideas. • Deciden cómo se tiene que revi­ sar: leyendo el escrito, detectando errores, reformulándolos, etc. • Tienen objetivos concretos y una imagen clara de cómo quieren que sea el texto. Durante la revisión, comparan esta imagen con el texto real. 229 • Cuando detectan un problema, lo resuelven rápidamente. • Dedican tiempo a diagnosticar el problema y planifican cómo pueden enmendarlo. ¿ E n qué b a n d o te sitúas tú? ¿ E n la izquierda o e n la derecha? ¿Revisas c o m o un aprendiz o c o m o un e x p e r t o ? ¿ C o n quién te identificas y en qué grado? E n r e s u m e n , los aprendices sólo saben revisar en la superficie del t e x t o , c o n unidades locales c o m o letras, palabras o expresiones, que leen y rectifican instintivamente c u a n d o d e t e c t a n alguna falta. A c t ú a n sobre t o d o c o n criterios de c o r r e c c i ó n y g r a m á t i c a , intent a n d o eliminar los defectos del escrito. Suelen sentir la revisión c o m o u n a o p e r a c i ó n enojosa, aburrida, m e c á n i c a , que se tiene que realizar obligatoriamente, y que - ¡ q u é r e m e d i o ! - h a c e n c o n rapidez y desgana. E n c a m b i o , los expertos se m u e v e n en todos los niveles del t e x t o , también c o n unidades globales y más profundas c o m o ideas, párrafos, puntos de vista, enfoques, e t c . Son capaces de revisar sel e c t i v a m e n t e , c o n c e n t r á n d o s e en aspectos distintos. N o esperan a e n c o n t r a r problemas para actuar: pueden r e h a c e r frases o ideas ya c o r r e c t a s para darles una f o r m a o un sentido mejores. T i e n e n criterios definidos sobre lo que quieren conseguir y utilizan m é t o d o s variados p a r a conseguirlo, según las circunstancias. P a r a ellos y ellas, revisar f o r m a p a r t e del a c t o d e escribir, es un c o m p o n e n t e c r e a t i v o que les p e r m i t e avanzar e i n v e n t a r cosas nuevas. N o les p r o v o c a m á s pereza o aburrimiento que otras o p e r a c i o n e s de la escritura. P o r estas razones, los e x p e r t o s n o esperan a t e n e r una versión c o m p l e t a del t e x t o para revisar. P u e d e n v a l o r a r listas de ideas, n o tas, apuntes, esquemas, borradores o incluso los planes o las intenciones q u e todavía n o tienen f o r m a escrita, que sólo son mientos mentales más o m e n o s huidizos. pensa- Utilizan la revisión en cualquier m o m e n t o del largo p r o c e s o de c o m p o s i c i ó n del escrito, c o m o una m a n e r a d e v a l o r a r la tarea h e c h a y d e rectificarla para que se adapte mejor a sus propósitos. E l siguiente e s q u e m a m u e s t r a la posición c e n t r a l que o c u p a la revisión y la c o n e x i ó n que tiene c o n el resto d e procesos de escritura: 230 I E n conclusión, revisar es m u c h o m á s q u e una t é c n i c a o u n a supervisión final del escrito: implica u n a d e t e r m i n a d a actitud d e escritura y un estilo de trabajo. L o s aprendices que quieran modificar su c o m p o r t a m i e n t o , n o sólo tienen que e n t r e n a r s e e n un ejercicio t é c n i c o sino q u e deben desarrollar u n a actitud y unos valores sust a n c i a l m e n t e nuevos respecto a la escritura. GUÍA D E REVISIÓN H e aquí u n a pauta d e revisión para t e n e r en c u e n t a todos los aspectos del t e x t o . L a puedes utilizar e n todos los m o m e n t o s del p r o ceso d e revisión. GUÍA D E PREGUNTAS PARA REVISAR 1. Enfoque del escrito: • ¿ E l tipo d e t e x t o es a d e c u a d o a la situación? • ¿Consigue el t e x t o m i propósito? ¿ Q u e d a c l a r o lo que p r e tendo? • ¿ R e a c c i o n a r á el l e c t o r / a tal c o m o espero, al leer el t e x t o ? • ¿ Q u e d a n claras las circunstancias q u e m o t i v a n el escrito? 231 2. I d e a s e información: • ¿Hay la información suficiente? ¿ N i e n e x c e s o ni p o r defecto? • ¿ E n t i e n d o yo t o d o lo que se dice? ¿ L o e n t e n d e r á el l e c t o r / a ? ¿Las ideas son lo bastante claras? • ¿Hay un buen equilibrio e n t r e teoría y p r á c t i c a , tesis y argum e n t o s , gráficos y explicación, datos y c o m e n t a r i o s , información y opinión? 3. Estructura: • ¿ E s t á bastante clara para que ayude al l e c t o r / a a e n t e n d e r m e jor el mensaje? ¿ A d o p t a su p u n t o d e vista? • ¿ L o s datos están bien agrupados en apartados? • ¿ L a información relevante o c u p a las posiciones i m p o r t a n t e s , al principio del t e x t o , de los apartados o d e los párrafos? 4. Párrafos: • ¿Cada párrafo trata de un subtema o aspecto distinto? • ¿ T i e n e n la extensión adecuada? ¿ N o son d e m a s i a d o extensos? ¿Hay algún párrafo-frase? • ¿ T i e n e c a d a u n o una frase t e m á t i c a o tesis que a n u n c i e el tema? • ¿ E s t á n bien m a r c a d o s visualmente en la página? 5. F r a s e s : • ¿Hay m u c h a s frases negativas, pasivas o d e m a s i a d o largas? • ¿Son variadas: d e extensión, o r d e n , modalidad, estilo? • ¿ L l e v a n la información i m p o r t a n t e al principio? • ¿ H e d e t e c t a d o algún tic d e r e d a c c i ó n ? • ¿Hay abuso de incisos o subordinadas m u y largas? 6. P a l a b r a s : • ¿ H e e n c o n t r a d o algún c o m o d í n , cliché, muletilla o repetición frecuente? • ¿Hay m u c h a s palabras abstractas o complejas? ¿ H e utilizado el léxico o la terminología precisos? • ¿Utilizo los m a r c a d o r e s textuales de m a n e r a a d e c u a d a ? • ¿ E l l e c t o r / a e n t e n d e r á todas las palabras que a p a r e c e n en el texto? 232 7. Puntuación: • ¿ H e repasado todos los signos? ¿ E s t á n bien situados? • ¿ E s apropiada la p r o p o r c i ó n d e signos p o r frase? • ¿Hay paréntesis innecesarios? 8. Nivel de formalidad: • ¿ E s adecuada la imagen que el t e x t o ofrece d e mí? ¿ M e gusta? • ¿ E l escrito se dirige al l e c t o r / a c o n el t r a t a m i e n t o adecuado? ¿Tú o usted? • ¿Hay alguna vulgar? expresión o palabra informal o demasiado • ¿Se m e ha escapado alguna expresión rebuscada, e x t r a ñ a o e x cesivamente compleja? • ¿Hay alguna expresión sexista o irrespetuosa? 9. Recursos retóricos: • ¿ E l t e x t o atrae el interés del l e c t o r / a ? • ¿ L a prosa tiene un t o n o e n é r g i c o ? • ¿Hay introducción, resumen o recapitulación? ¿Son sarios? nece- • ¿Puedo utilizar algún recurso d e c o m p a r a c i ó n , ejemplos, p r e guntas retóricas, frases hechas, e t c . ? 10. Presentación: • ¿Cada página es variada, distinta y atractiva? • ¿Utilizo las cursivas, las negritas y las mayúsculas de m a n e r a racional? • ¿Son claros los esquemas, los gráficos, las c o l u m n a s ? • ¿Los márgenes, los títulos y los párrafos están bien m a r c a d o s ? • ¿ E l t e x t o da lo q u e el título p r o m e t e ? C o m o otras veces, los diez mandamientos o consejos deben resumirse en uno, que es el que cualquier escritor debería tener escrito c o n letra grande en la primera hoja del c u a d e r n o —o quizás pegado a la pantalla del ordenador, c o n letra roja—. E s la pregunta última y decisiva, la que puedes y debes formularte en todo m o m e n t o : ¿Esta es la mejor versión de este texto que soy capaz de escribir? C o m o una pintura que n o acaba, sin fin, sin m e t a , la escritura siempre puede llegar más allá... ¡puede ser interminable y horrorosa! 233 P e r o n o siempre se tiene que revisar siguiendo esta especie de brújula de preguntas que es la lista anterior. L o s tratados de r e d a c ción ofrecen ideas variadas e incluso curiosas para mejorar un b o rrador. L o s diez truquillos siguientes son una selección personal he- c h a a partir d e M u r r a y ( 1 9 8 7 ) , R i c h a u d e a u ( 1 9 7 8 ) y F l o w e r ( 1 9 8 9 ) . L é e l o s y escoge tus técnicas preferidas para revisar. DIEZ TRUQUILLOS PARA REVISAR 1. Leer como un escritor/a. U n fotógrafo observa las fotos de m a nera muy distinta a un profano. L e e tu escrito c o m o un auténtico profesional. N o tengas respeto p o r nada. T o d o puede c a m b i a r , t o d o puede mejorar. Cada página está llena de nuevas posibilidades. ¿ E l papel dice e x a c t a m e n t e lo que está en tu m e n t e ? ¿Se entiende todo? Arregla lo que n o sea aún bastante bueno. 2. Leer como un lector/a. E r e s tu p r o p i o lector p o r unos m o m e n tos. M é t e t e d e n t r o de él o ella (si lo c o n o c e s , todavía te será más fácil). L e e el escrito y detente en c a d a párrafo. ¿ Q u é piensas? ¿ L o entiendes? ¿Estás de acuerdo? ¿ C ó m o rebatirías lo que dice? ¿ Q u é opinión tienes de eso? A p u n t a todas tus respuestas y, c u a n d o hayas t e r m i n a d o , analízalas desde tu óptica real de autor. Di: ¿qué p u e d o h a c e r para evitar lo negativo que ha pensado «el lector»? 3. Hablar con un lector/a real. Pide a un a m i g o o a un colega que lea tu escrito. Pídele que diga cuál es, según su opinión, el objetivo fundamental del t e x t o y sus ideas principales. E s c u c h a c o n atención lo que te diga. N o te justifiques. ¿ C ó m o puedes a p r o v e c h a r sus opiniones? 4. Imaginar un diálogo con el lector/a. Si n o hay lectores reales, ¡imagínatelos! I m a g i n a que visitas a tu lector real (en el despacho, en su casa, en la escuela) y que le cuentas el c o n t e n i d o del t e x t o . ¿ Q u é te diría?, ¿ c ó m o reaccionaría? ¿ Q u é le responderías tú? I m a g i n a el diálogo que podríais tener. Utilízalo para e n m e n d a r tu escrito. 5. Adoptar una actitud crítica. R e l e e el t e x t o c o m o si fueras un c r í - tico implacable, c o n actitud dura. E x a g e r a los errores, busca todo lo 234 que los lectores puedan caricaturizar. N o dejes títere c o n cabeza. Después, r e c u p e r a el t o n o racional y v a l o r a si estas críticas t i e n e n algún fundamento. Si acaso, rectifica los excesos. 6. Oralizar el escrito. E l o í d o puede descubrir lo q u e n o ha descu- bierto el ojo. L e e el t e x t o en voz alta c o m o si estuvieras d i c i é n d o l o a u n a audiencia. E s c u c h a c o m o suena: ¿queda bien?, ¿te gusta? 7. Comparar planes. C o m p a r a la versión final de tu escrito c o n los planes iniciales que habías trazado. Si p a r a p o n e r en m a r c h a la c o m posición habías p r a c t i c a d o alguna t é c n i c a c o n c r e t a [pág. 5 3 ] , c o m para lo que anotaste en aquel m o m e n t o c o n el p r o d u c t o final. ¿ H a s olvidado algo? ¿Responde a lo que t e habías planteado? 8. Tests fluorescentes. Si te gustan los rotuladores d e colores y las técnicas sofisticadas, ésta puede ser tu h e r r a m i e n t a preferida. N e c e sitarás dos rotuladores fluorescentes, (rojo y v e r d e ) , algunas fotoco- pias de tu t e x t o y seguir los siguientes pasos, d e a c u e r d o c o n las r e glas del semáforo: • M a r c a c o n c o l o r rojo los grupos nominales y c o n v e r d e los verbales: si la página adquiere un t o n o rojizo... ¡ m u y mal! P a r a y revisa la sintaxis [pág. 1 1 1 ] . • M a r c a c o n rojo las frases que t e n g a n el o r d e n sintáctico estricto de sujeto-verbo-complementos, y c o n v e r d e las q u e v a - ríen. Si tu escrito tiene más sangre que v e r d u r a , es d e m a s i a d o monótono. • C o n rojo, las palabras abstractas y los verbos e n f o r m a pasiva; c o n v e r d e , las palabras c o n c r e t a s y los verbos activos. ¡Ojo, si has utilizado m u c h o el rojo! E n resumen, el c o l o r rojo te exige q u e pares y reconsideres tu trabajo. E l v e r d e t e deja vía libre. 9. Programas de ordenador. Si dispones d e un buen equipo infor- m á t i c o o si puedes utilizarlo en algún lugar, n o dejes pasar la o c a sión de verificar la ortografía, la g r a m á t i c a o la legibilidad c o n p r o 235 gramas automáticos. L a lenta informática d e t e c t a imperfecciones tipográficas u olvidos camuflados que h a n burlado la m i r a d a h u m a n a . ¡Las máquinas nos humillan! 10. H a c e r r e s ú m e n e s . L e e el t e x t o y r e s u m e en una frase c o r t a el mensaje esencial que c o m u n i c a . H a z una lista de las c i n c o ideas m á s importantes que la fundamentan. B u s c a un título c o n c r e t o para cada párrafo. Después, responde: ¿ L a s frases designan e x a c t a m e n t e lo que querías decir?, ¿te gusta la organización de los párrafos?, ¿crees que es la mejor posible? P a r a t e r m i n a r , vale la pena r e c o r d a r u n o d e esos maravillosos aforismos del malogrado y conocido doctor Eduardo Torres (Augusto M o n t e r r o s o , 1 9 7 8 ) : « T o d o trabajo literario debe corregirse y reducirse siempre. Nulla día.» 236 dies sine linea. A n u l a una línea c a d a EPÍLOGO DECÁLOGO D E LA REDACCIÓN Primero se habla de lo que se hablará, después se habla y al final se habla de lo que se ha hablado. ORATORIA CLÁSICA N o hay brebajes mágicos ni recetas instantáneas para escribir. N o se puede pasar, de la n o c h e al día, de la vacilación d e un aprendiz a la c o n fianza del experto, de la ingenuidad a la madurez. N i n g ú n c a t e c i s m o puede sustituir el entrenamiento que i m p o n e la redacción: un poso a m plio de lecturas, técnica y pasión a partes iguales, dedicación inagotable, la paciencia del relojero que engarza los engranajes de un despertador, etc. C o m o el pinche de cocina que n o sabe ligar un alioli, p e r o que c o n el tiempo llega a preparar sofritos refinados, del mismo m o d o el aprendiz de escritura aprende su oficio. H a c e ya tiempo osé escribir este Decálogo, a petición d e algunos oyentes y aprendices que m e pedían, resumidas en unos p o c o s c o n s e jos, todas las enseñanzas de esta cocina. T i e n e t o d o lo q u e implican d e b u e n o y de estúpido a la vez este tipo de d o c u m e n t o s : dice lo m á s e s e n cial, p e r o reduce la sabiduría a diez frases. M e gustaría que estos diez consejos los a p r o v e c h a r a n los más despistados y que los c r i t i c a r a n —o los tiraran— los más entendidos. A q u í los tenéis, p r i m e r o e n f o r m a r e ducida y después expandida: DECÁLOGO D E LA REDACCIÓN 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. No tengas prisa. Utiliza el papel como soporte. Emborrona. Piensa en tu audiencia. Deja la gramática para el final. Dirige tu trabajo. Fíjate en los párrafos. Repasa la prosa frase por frase. Ayuda al lector a leer. Deja reposar tu escrito. 237 1. No empieces a escribir inmediatamente. No tengas prisa. Date tiempo para reflexionar sobre lo que quieres decir y hacer (el texto, el propósito, el lector...). U n a e x t r a ñ a y desconocida fuerza nos arrastra a m e n u d o a escribir e n seguida que se nos presenta la necesidad d e h a c e r l o , a rellen a r la hoja c o n garabatos y a dar la tarea p o r c o n c l u i d a c u a n d o lleg a m o s al final del papel. ¡Basta d e precipitaciones! D e d i c a t i e m p o , antes de e m p e z a r a escribir, a pensar e n las circunstancias que te llevan a h a c e r l o , e n la audiencia que t e leerá, en lo que quieres escribir, en tu propósito, en el estilo que quieres dar al texto. ¡Ordénate! Racionaliza el t i e m p o de que dispones y planifica tu redacción: ¿por d ó n d e empezarás?, ¿ c ó m o ? , ¿cuántos borradores h a rás?, ¿ c ó m o los revisarás?, ¿dispones de t o d o el material necesario? 2. Utiliza el papel como soporte. Haz notas, listas y esquemas. No te preocupes si están sucios, mal hechos o si no se entienden. A l principio, c o n c é n t r a t e en el contenido. Busca ideas, tesis, ejemplos, datos, etc. A p r o v e c h a las técnicas d e búsqueda y organizac i ó n de la información: torbellino de ideas, palabras c l a v e , estrellas, cubos, esquemas, mapas, etc. A p ú n t a l o todo. Cualquier detalle puede ser i m p o r t a n t e . Utiliza el papel blanco c o m o soporte d e trabajo. ¡ N o seas tan r e m i r a d o , ahora! Q u e n o te entorpezcan los hábitos escolares de guardar m á r g e n e s a izquierda y d e r e c h a , líneas rectas o caligrafía m u y clara. Usa la hoja para construir tus ideas y deja para más adelante, para otras hojas en blanco, la tarea de pulir la i m a g e n del escrito. A h o r a sólo estás c o m u n i c á n d o t e c o n t i g o m i s m o . 3. Emborrona, borrajea, garabatea todo lo que haga falta. No tengas pereza de reescribif el texto una y otra vez. E m b o r r o n a , borrajea... ¿ C ó m o ? H a c e r borradores, pruebas, e n sayos... H a z todos los que haga falta hasta q u e estés c o n t e n t o y satisfecho de tu t e x t o . Escribir es reescribir, ¡recuerda! N o te sientas ino- p e r a n t e o estúpido p o r el h e c h o d e b o r r o n e a r . ¡ D e eso nada! ¿Crees que para los escritores que te gustan, para aquellos que escriben lo 238 que tú querrías haber escrito, escribir es p a n c o m i d o ? ¡ N o lo h a c e n p o r arte de magia! Escribir le cuesta a t o d o el m u n d o , a u n o s m á s que a o t r o s , y es habitual - ¡ n o r m a l ! — t e n e r que garabatear, releer, revisar, r e t o c a r y b o r r o n e a r para mejorar lo que escribes. 4 . Piensa en tu audiencia. Escribe para que pueda entenderte. Que tu texto sea un puente entre tú y ella. Escribir es hablar por escrito. Si no tienes a tu oyente delante, c o n v i e n e que lo guardes e n el r e c u e r d o , en el p e n s a m i e n t o . E s cribe para él o ella y facilítale la tarea d e c o m p r e n d e r t e . U s a palabras que c o m p a r t a contigo, explícale bien y p o c o a p o c o lo q u e sea difícil —¡tal c o m o lo harías en una c o n v e r s a c i ó n ! - , anticípale lo que le c o n t a r á s , resúmeselo al final. A s e g ú r a t e d e q u e te e n t e n derá. Si le abandonas tú, m i e n t r a s escribes, t e a b a n d o n a r á t a m b i é n él c u a n d o te lea. 5. Deja la gramática para el final. Fíjate primero en lo que quieras decir: en el significado. N o vale la p e n a dedicarse a la f o r m a , a los detalles superficiales, al inicio de la c o m p o s i c i ó n . D e d i c a tus p r i m e r o s esfuerzos a lo que d e verdad es importante: al significado global del t e x t o , a la e s t r u c t u r a , a o r d e n a r y aclarar ideas, a h a c e r m á s comprensible tu mensaje. H a z c o m o el arquitecto que dibuja los planos d e una casa antes d e c o m e n zar a construirla. N o hagas el trabajo del pintor o del d e c o r a d o r c u a n d o aún n o se ha levantado el edificio. ¡ N o e m p i e c e s la casa p o r el tejado! 6. Dirige conscientemente tu composición. Planifícate la tarea de escribir. ¡ N o lo hagas todo! ¡ N o lo hagas t o d o d e golpe! E s m u y difícil c o n seguirlo t o d o a la primera: t e n e r ideas brillantes, o r d e n a r l a s c o n c o h e r e n c i a , escribir una prosa clara, sin faltas, etc. D e d í c a t e selectivam e n t e a c a d a u n o d e los procesos q u e c o m p o n e n la escritura: buscar información, planificar, redactar, revisar, etc. Dirígelos del m i s m o m o d o que un d i r e c t o r d e orquesta dirige a sus músicos: o r d e n a c u á n d o entra el violín, y c u á n d o tiene que callar la t r o m p a . E n la es239 critura, tus instrumentos son los procesos d e composición. ¡ Q u e t o quen música celestial! N o te dejes arrastrar por el c h o r r o de la escritura, p o r la pasión del m o m e n t o o p o r los hábitos adquiridos... T e perderías: encallarías, te bloquearías, perderías el t i e m p o y harías esfuerzos innecesarios. Sé consciente de lo que haces y a p r o v e c h a r á s mejor el tiempo. D e c i d e c u á n d o quieres que la m e m o r i a te vierta ideas, c u á n d o cierras su grifo de ideas y datos —antes de que se seque— y pones o r d e n e n tal desbarajuste, c u á n d o y c ó m o escoges las palabras precisas para c a d a c o n c e p t o , o c u á n d o abres la puerta a t o d o lo que tienes de m a n i á t i c o / a y riguros o / a para e x a m i n a r c a d a c o m a y c a d a r e c o v e c o sintáctico. 7. Fíjate en los párrafos: que se destaque la unidad de sentido y de forma, que sean ordenados, que empiecen con una frase principalI m a g í n a t e el escrito c o m o u n a m u ñ e c a rusa: un t e x t o , un capítulo, un párrafo, una frase. C a d a o r a c i ó n matiza una idea, c a d a p á rrafo c o n c l u y e un subtema, y el escrito c o m p l e t o agota el mensaje. Haz que tu t e x t o c o n s e r v e este o r d e n y que tu audiencia pueda c a p tarlo. C o m p r u e b a que cada párrafo tenga unidad, que o c u p e el lugar que le c o r r e s p o n d a y que arranque c o n la idea principal. P r o c u r a que tenga una extensión c o m e d i d a . E v i t a los párrafos-frase de dos líneas o los párrafos-lata d e más de quince. 8. Repasa la prosa frase por frase, cuando hayas completado el escrito. Cuida que sea comprensible y legible. Busca economía y claridad. Palabras y frases se e n r e d a n en el papel, p o r q u e nuestro pensam i e n t o n o siempre fluye d e m a n e r a transparente. L a sintaxis se rompe; se desordena el orden de los vocablos; crecen huecos en el e n t r a m a d o del significado; se escapan muletillas, repeticiones y c o modines; la paja esconde el g r a n o . . . ¡ N o te impacientes!' E s n o r m a l . D e d i c a las últimas revisiones a pulir la prosa. B u s c a un estilo c l a r o y llano. P o d a las r a m a s que tapan el tallo central, las palabras que sobran; deshaz los líos sintácticos, escoge los vocablos m á s elegantes, los más precisos... Haz c o m o el d e c o r a d o r que arregla una habitación y sabe añadir un p e q u e ñ o t o q u e personal. 240 9. Ayuda al lector a leer. Fíjate que la imagen del escrito sea esmerada. Ponle márgenes: subtítulos, números, enlaces... L e e r también es conducir: r e c o r r e m o s palabra p o r palabra la c a rretera que v a de una mayúscula inicial a un p u n t o final. P r o c u r a que el c a m i n o sea leve. M a r c a los arcenes, tapa los baches del asfalto. Avisa al lector d e los puertos de m o n t a ñ a y de los cruces peligrosos (el sentido de las palabras, las ideas importantes, los c a m b i o s de t e m a . . . ) . Dibuja un plano c l a r o d e la carretera antes de iniciar el viaje y déjalo c o m p r e n d e r c o n facilidad: que el lector se divierta c o n d u c i e n d o y disfrutando del paisaje. 10. Deja reposar tu escrito en la mesita. Déjalo leer a otra persona, si es posible. E l t i e m p o , ese juez lento e implacable, te m o s t r a r á tu e s c r i t o c o n unos ojos nuevos. Deja pasar dos días, una s e m a n a , un m e s , e n tre la redacción y la revisión, y tus ojos descubrirán cosas q u e n o habían n o t a d o antes. C u a t r o ojos siempre v e n más que dos. Y si se trata d e dos ojos distintos, v e r á n un t e x t o diferente. É s t e es el e x a m e n m á s a u t é n t i c o que puedes h a c e r de tu escrito. P r e g u n t a a tu c ó m p l i c e lector t o d o lo que quieras. E s c u c h a lo q u e tenga que decirte. N o te justifiques ni te defiendas. A p r o v e c h a sus críticas para mejorar el t e x t o . A ú n n o es tarde. T o d o lo que puedas enderezar a h o r a n o se te discutirá más tarde... ¡ c u a n d o llegue aquel m o m e n t o en el que los autores t e nemos que dar c u e n t a de nuestras obras! Y t e r m i n o c o n el quinto m a n d a m i e n t o de o t r o decálogo, ya c i tado en otras partes de esta cocina: el Decálogo tor E d u a r d o T o r r e s , alter del escritor del d o c - ego del escritor Augusto M o n t e r r o s o (1978): Aunque no lo parezca, ser escritor como el artista o el luchador por que es el que lucha para ejercítate escribir es ser un esta del es un arte; artista, trapecio antonomasia, con el lenguaje; lucha de día y de noche. 241 ABREVIATURAS D E LOS EJEMPLOS L a s salsas y las guarniciones que aliñan esta c o c i n a , es decir, los ejemplos d e aquí y de allá, son reales e n su mayoría. P r o c e d e n d e periódicos, revistas, libros variados, literatura, c o r r e s p o n d e n c i a , o de escritos d e aprendices d e redacción. L a abreviatura q u e figura al final d e cada u n o identifica el n o m b r e d e la publicación y la fecha, o su autor. L o s fragmentos c o n n o m b r e c o m p l e t o y a ñ o ( c o m o F e rrater, 1 9 6 6 ) deben buscarse en la bibliografía general; el resto, en la lista que sigue a continuación. T a m b i é n hay algunos textos sin referencia que ha redactado un servidor para la ocasión. M e ha guiado el propósito de ilustrar c a d a u n o d e los accidentes de la prosa. H e estado buscando y g u a r d a n d o ejemplos desde h a c e tiempo, y r e c o n o z c o que lo he h e c h o c o n p r e m e d i t a c i ó n , p e r o sin alevosía. D a d o que son fragmentos minúsculos y aislados, n o tienen ningún o t r o v a l o r y n o pueden considerarse representativos del estilo de los textos d o n d e aparecieron, o de las publicaciones d o n d e se difundieron. P o r eso n o m e ha p a r e c i d o c o r r e c t o d a r los n o m b r e s d e los periodistas, los alumnos y, en definitiva, los autores y autoras de los fragmentos que critico. ¡ N o querría de ningún m o d o q u e esta cocina se convirtiera en un chismorreo d e la escritura! ABC = ABC. Madrid. Prensa Española, S.A. AC = Alicia Company Al = Alumno/a sin identificar. Ausona = Ausona. Vic. Semanario de la comarca de Osona. Avui = Avui. Barcelona. Premsa Catalana, S.A. Cádiz = Diario de Cádiz. Cádiz. Federico Joly, S.A. 243 CIFA Clarín CRIP CRP = Carta del Centre d'Investigació, Formació i Assessorament de la Diputació de Barcelona. = Clarín. Buenos Aires. = «Curs de redacció d'informes i propostes», ver Cassany (1992). = Centre de Recursos Pedagógics del Baix Penedés (1991) Coneguem la comarca. El Baix Penedh. Grup de Cién- DA DCo DdA cies Socials. = Dolors Alá = Delfina Corzán = Diari d'Andorra. Diario 16 Diario 16 G EFP = Diario 16. Madrid. Prensa, S.A. = Diario 16 de Galicia. 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LECCIÓN MAGISTRAL 19 L a legibilidad 20 E l estilo llano L o s procesos de composición E l castellano escrito 25 30 33 D E NAS L O Q U E H A Y Q U E SABER PARA ESCRIBIR BIEN; D E LAS GA­ DE HACERLO; DE LO QUE SE PUEDE ESCRIBIR; EQUIPO IMPRESCINDIBLE PARA LA ESCRITURA, Y D E DEL ALGUNAS COSAS MÁS C o n o c i m i e n t o s , habilidades y actitudes 3. Razones para escribir 38 Equipo técnico 42 L a escritura respetuosa 44 Mi imagen de e s c r i t o r / a 48 ACCIONAR MÁQUINAS E x p l o r a r las circunstancias • Otras m a n e r a s d e ponerse en m a r c h a : desarrollar un e n u n ­ ciado, diario personal, mapas y redes 4. 36 36 E L CRECIMIENTO D E LAS IDEAS 53 53 57 61 E l torbellino de ideas 61 E x p l o r a r el t e m a D e s e n m a s c a r a r palabras clave 63 65 Otros recursos: escritura libre, frases empezadas, tomar notas 5. °' CAJONES Y ARCHIVADORES 71 O r d e n a r ideas Mapas conceptuales E s t r u c t u r a del t e x t o 6. 7. 71 73 76 PÁRRAFOS 82 L a teoría Ejemplos c o m e n t a d o s 84 87 Párrafos estropeados 91 L A ARQUITECTURA D E LA FRASE 94 El tamaño 94 C o m o un árbol desnudo: limitar los incisos, podar, juntar palabras O r d e n y posición 99 106 Selección sintáctica: dejar actuar a los actores, ratio de n o m b r e s y verbos, gerundios, negaciones, estilo a c t i v o . . . . 1 1 0 Ejercicios 115 8. L A PROSA DISMINUIDA Solecismos: 9. 10. 121 silepsis, anacoluto, anantapódoton, zeugma, pleonasmo 121 Otros defectos: anfibología, cacofonía, tics personales 130 Ejercicios 134 J U E G O S SINTÁCTICOS 137 Exegeraciones Creatividad sintáctica 137 140 M o d e l a r la información 142 N U E V E REGLAS PARA ESCOGER PALABRAS 144 L a s reglas: n o repetir, muletillas, c o m o d i n e s , palabras c o n cretas, palabras cortas, formas populares, verbos predicativos, adverbios e n -mente, Ejercicios 11. m a r c a d o r e s textuales 144 157 LA T E X T U R A ESCRITA .162 E l análisis 162 Muestras ejemplares 171 12. E L TERMÓMETRO DE LA PUNTUACIÓN 174 1 75 Importancia Jerarquía d e signos M o d a e historia L o s más importantes: punto y seguido, c o m a s Sintaxis y e n t o n a c i ó n Desusos y abusos 13. 1 0 178 180 182 184 NIVELES D E FORMALIDAD 186 M a r c a s de [ i n f o r m a l i d a d 187 Correspondencia 14. / 193 L A ORATORIA D E LA PROSA 199 N u e v a introducción 200 Recursos retóricos: p u n t o de vista, c o n c r e c i ó n , personaliza- 15. 16. ción, prosa coloreada, decir y m o s t r a r , despieces 201 ¡Acción! 208 LA IMAGEN IMPRESA 218 Ojos e imágenes 218 L a imagen organizada 220 Señales para leer 223 PINTAR o RECONSTRUIR Aprendices y expertos G u í a de revisión Diez truquillos para revisar Epílogo: Decálogo Abreviaturas Bibliografía de la redacción de los ejemplos 228 • 228 231 234 237 243 247