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Seminário II

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Seminário II
Estudo Clinico
Universidade Federal da Bahia
Curso: Biotecnologia
Docente: Dr. Ryan Dos Santos Costa
Discentes:
Artur Duarte
Jose Antonio Torres
fase I, II e III em relação ao tamanho da amostra e aos
objetivos específicos de cada fase
Fase
Objetivo
População
I
Avaliar a
segurança do
fármaco
Voluntários
saudáveis
Avaliar a
Pacientes
eficácia do
II
fármaco em
com a
uma
doença alvo
população-alvo
III
PopulaçãoConfirmar a
alvo
eficácia e
selecionada
segurança do
para o
fármaco
tratamento
Tamanho Desenho do
amostral
estudo
Principais objetivos
Pequeno
Determinar a toxicidade aguda, crônica e a
Aberto, não
dose segura a ser utilizada na próxima fase do
controlado
estudo clínico
Médio
Avaliar a eficácia e segurança do fármaco em
diferentes doses, posologias e regimes
Controlado,
terapêuticos, identificar efeitos colaterais
randomizado
comuns, estabelecer as condições para a
realização de um estudo de fase III
Grande
Demonstrar a eficácia e segurança do fármaco
Controlado, em relação ao tratamento padrão ou placebo,
randomizado, confirmar as condições de uso do fármaco,
multicêntrico determinar efeitos adversos raros e interações
medicamentosas
quadro detalhando cada estudo e as exigências das agências
regulatórias para cada etapa
Fase I
Objetivo
Participantes
Duração
Desenho
Objetivos de segurança
Objetivos de eficácia
Exigências regulatórias
Avaliar a segurança e
determinar a dose adequada
do fármaco
Fase II
Fase III
Avaliar a eficácia e a
segurança do fármaco em Confirmar a eficácia e monitorar
um número maior de
eventos adversos a longo prazo
pacientes
Pequeno número de
voluntários saudáveis ou
Número maior de pacientes Grande número de pacientes
pacientes selecionados com a
com a doença-alvo
com a doença-alvo
doença-alvo
Pode durar vários meses a
Curta duração
Pode durar vários anos
anos
Geralmente cego,
Geralmente cego, randomizado
randomizado e controlado
Aberto ou cego simples
e controlado por placebo ou
por placebo ou comparador
comparador ativo
ativo
Monitorar eventos adversos a
Determinar a toxicidade,
Monitorar os eventos
longo prazo e a eficácia em
metabolismo, excreção e
adversos e efeitos colaterais condições clínicas do mundo
farmacocinética
real
Avaliar a eficácia em relação
N/A
ao desfecho primário de
N/A
interesse
Submissão de um protocolo
de estudo para revisão ética e
regulatória
Submissão de dados de
segurança e eficácia para
aprovação regulatória
Submissão de dados de
segurança e eficácia para
aprovação regulatória
importância da avaliação ética na pesquisa com novos
fármacos
• A Declaração de Helsinque estabelece princípios éticos fundamentais para a
pesquisa médica em seres humanos.
• Pesquisadores, comitês de ética e patrocinadores devem seguir esses
princípios éticos.
• Na pesquisa pré-clínica, os pesquisadores devem seguir diretrizes e
regulamentos locais e internacionais para o uso de animais em pesquisa.
• Nos estudos clínicos em seres humanos, a proteção dos direitos, segurança e
bem-estar dos indivíduos envolvidos na pesquisa deve ter precedência sobre os
interesses da ciência e da sociedade.
• Os comitês de ética em pesquisa (CEPs) desempenham um papel fundamental
na avaliação e aprovação dos estudos clínicos.
• Os CEPs verificam se os princípios éticos estabelecidos pela Declaração de
Helsinque são respeitados.
• A avaliação ética é essencial para garantir a proteção dos indivíduos envolvidos
na pesquisa e a credibilidade e confiança do público na pesquisa médica.
Princípios éticos estabelecidos pela Declaração de Helsinque
(WMA) :
1.Respeito pela autonomia do indivíduo
2.Beneficência
3.Não maleficência
4.Justiça
5.Respeito pelos indivíduos vulneráveis
6.Proteção da privacidade e confidencialidade
7.Garantia de acesso aos cuidados de saúde
• Importância dos princípios éticos:
• Garantir a realização de pesquisa com novos fármacos de forma
ética e responsável
• Proteger os direitos e a dignidade dos indivíduos envolvidos na
pesquisa.
Quadro comparativo de aprovação de um novo fármaco pela FDA (Food and Drug
Administration) EEUU, pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) Brasil, e a
EMA (European Medicines Agency) na Comunidade Europeia
Aspecto
FDA
ANVISA
Comunidade Europeia
Tempo médio de aprovação
8 a 12 meses
1 a 2 anos
210 dias
Número de fases clínicas
Exigência de dados préclínicos
3
3
3
Rígida e detalhada
Rígida e detalhada
Rígida e detalhada
Detalhada e com alto nível
de evidência
Detalhada e com alto nível
de evidência
Detalhada e com alto nível
de evidência
Alta
Média
Média
Alto
Alto
Alto
Alto
Alto
Alto
Elevados
Elevados
Elevados
Rigorosa
Rigorosa
Rigorosa
Não adota
Não adota
Adota
Exigência de dados clínicos
Flexibilidade em relação à
inovação
Foco em aspectos de
segurança
Foco em aspectos de
eficácia
Custos de submissão de
registro
Exigência de testes em
animais
Revisão contínua do
processo de aprovação
principais aspectos envolvidos na aprovação e no uso clínico
dos biossimilares
Aspectos
Aprovação
Uso Clínico
Eficácia
Comprovar equivalência com o produto de
referência em ensaios clínicos de fase III
Pode ser usado para as mesmas indicações
terapêuticas do produto de referência
Segurança
Demonstrar perfil de segurança comparável
ao produto de referência em ensaios clínicos
e monitoramento pós-comercialização
Monitoramento pós-comercialização para
identificar reações adversas ou efeitos colaterais
não previstos
Qualidade
Demonstrar similaridade com o produto de
Garantir qualidade constante por meio de
referência em termos de qualidade, pureza e rigorosos controles de produção e monitoramento
estabilidade
contínuo
Os biossimilares são medicamentos biológicos semelhantes aos de referência, aprovados após
avaliação de similaridade e estudos clínicos, monitorados pela ANVISA no Brasil e pela FDA nos EUA e
EMA na UE. É necessário que demonstrem similaridade analítica, farmacodinâmica e farmacocinética,
além de segurança e eficácia antes da comercialização. Os biossimilares podem ser opções de
tratamento mais acessíveis, mas a avaliação rigorosa da similaridade, segurança e eficácia é essencial
antes de seu uso clínico.
condições para o desenvolvimento e aprovação acelerada de
um fármaco
A aprovação acelerada de medicamentos é um processo em que um medicamento é
aprovado mais rapidamente do que o processo padrão. Isso é normalmente usado para
tratar doenças graves ou que não possuem tratamentos eficazes disponíveis. A aprovação é
baseada em evidências de eficácia substitutas, como marcadores substitutos ou desfechos
intermediários. O processo de aprovação acelerada é realizado em duas fases: a primeira
fase requer uma evidência preliminar de eficácia e a segunda fase requer ensaios clínicos
bem projetados e controlados. A Anvisa possui um processo semelhante de aprovação
acelerada, conhecido como "uso compassivo". Isso permite que pacientes com doenças
graves e sem outras opções de tratamento tenham acesso a medicamentos que ainda não
foram aprovados pela agência reguladora.
riscos do desenvolvimento e aprovação acelerada de um
fármaco
1.Aprovação de medicamentos que posteriormente podem ser descobertos como ineficazes
ou que possuem efeitos colaterais graves;
2.Falta de informações completas sobre a segurança e eficácia do medicamento;
3.Pressão para acelerar o processo de aprovação, o que pode levar a falhas na realização
de ensaios clínicos adequados ou na identificação de possíveis riscos;
4.Dificuldade em identificar se um medicamento é eficaz ou não, devido à falta de ensaios
clínicos adequados;
5.Ausência de dados a longo prazo sobre a segurança e eficácia do medicamento, devido ao
fato de que o tempo de desenvolvimento e teste pode ser reduzido em comparação com o
processo padrão
exemplos do desenvolvimento e aprovação acelerada de um
fármaco
- Keytruda (pembrolizumabe), utilizado no tratamento de diversos tipos de câncer, incluindo
melanoma, câncer de pulmão e câncer de bexiga. (2014)
- Zolgensma (onasemnogene abeparvovec), aprovado pela FDA em 2019 para o
tratamento de atrofia muscular espinhal em crianças com menos de 2 anos de idade.
- Inmazeb (atoltivimab, maftivimab, and odesivimab-ebgn), um tratamento para o vírus
Ebola. Em 2019, durante o surto de Ebola na República Democrática do Congo
- Remdesivir, um antiviral utilizado no tratamento da COVID-19. Em 2020, a FDA concedeu
autorização de uso emergencial do Remdesivir com base em estudos preliminares e em
sua eficácia em casos de COVID-19 graves
uso Off-label
uso off-label de medicamentos ocorre quando são utilizados de maneira diferente daquela
aprovada pela agência reguladora. Embora os médicos tenham essa liberdade, essa
prática pode apresentar riscos para os pacientes, uma vez que a segurança e a eficácia do
medicamento nessas condições podem não ter sido estudadas adequadamente. Além
disso, as informações completas sobre possíveis efeitos colaterais ou interações
medicamentosas podem não ter sido divulgadas pela empresa farmacêutica.
exemplos de uso off-label:

Prescrever antidepressivos para tratar dores crônicas ou enxaquecas.

Prescrever medicamentos para hipertensão arterial para tratar a insuficiência cardíaca.

Prescrever medicamentos para tratar o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade
(TDAH) em adultos.

Usar quimioterapia para tratar outras condições, além do câncer, como artrite
reumatoide ou esclerose múltipla.
processo de proteção intelectual do novo fármaco
desenvolvido
Proteção intelectual para novos fármacos é crucial para garantir os direitos de propriedade.
A patente é a forma mais comum de proteção, oferecendo exclusividade na produção e
comercialização por um período determinado. Além disso, direitos autorais e marcas
comerciais também podem ser utilizados para proteger os produtos. Informações
confidenciais, como fórmulas químicas e processos de fabricação, podem ser protegidas
como segredos comerciais. O processo envolve a escolha da forma mais adequada de
proteção, registro da propriedade intelectual e manutenção dos direitos durante o período
de proteção. Esse processo é fundamental para estimular a inovação e o desenvolvimento
de novos fármacos.
histórico da detecção sistêmica de eventos adversos
•Anos 60: Desastre da talidomida levou à adoção de medidas rigorosas para aprovação de
medicamentos e monitoramento pós-comercialização.
•Anos 70: Criado nos EUA o Sistema de Notificação de Eventos Adversos (AERS) para
coletar informações sobre eventos adversos relatados por médicos e pacientes.
•Anos 90: Desenvolvimento de sistemas de vigilância ativa, como VAERS e VigiBase,
permitindo a coleta de dados em tempo real e detecção precoce de eventos adversos.
•Anos 2000: Uso de bancos de dados eletrônicos e mineração de dados se tornaram
importantes ferramentas para detecção de eventos adversos em larga escala e
identificação de sinais de segurança.
•Hoje: Existem várias iniciativas de vigilância em todo o mundo, como a IMI na União
Europeia e o SNF no Brasil, que visam aprimorar a detecção e avaliação de eventos
adversos em medicamentos comercializados.
efeito ou evento adverso
Termo
Evento Adverso (EA)
Reação Adversa (RA)
Efeito colateral
Interação
medicamentosa
Superdose
Erro de medicação
Definição
Qualquer ocorrência médica indesejável que ocorre com um paciente
durante o tratamento com um medicamento ou após a sua administração,
mas que não necessariamente possui relação causal com o uso do
medicamento.
Resposta prejudicial e não intencional a um medicamento, que ocorre nas
doses usualmente utilizadas em humanos para a profilaxia, diagnóstico ou
tratamento de doenças ou para a modificação de funções fisiológicas.
Uma reação adversa conhecida e prevista, que ocorre em doses usuais do
medicamento e que pode ser tolerada ou controlada pelos pacientes ou
profissionais de saúde.
Ocorre quando o efeito de um medicamento é alterado pela presença de
outro medicamento ou substância no organismo.
Administração excessiva de um medicamento, que pode resultar em reações
adversas graves e até mesmo fatais.
Falha no processo de uso de medicamentos, que pode incluir a prescrição,
dispensação, administração ou monitoramento do medicamento, e que
pode resultar em reações adversas graves ou até mesmo fatais.
É importante ressaltar que a diferença entre efeito adverso e reação adversa é que o primeiro inclui
qualquer efeito indesejado do medicamento, enquanto o segundo se refere especificamente a uma
resposta nociva e não intencional a um medicamento em doses normalmente usadas em humanos
efeito ou evento adverso
Tipo de efeito/adversidade Descrição
Efeito relacionado à atividade farmacológica do medicamento, mas que
Efeito terapêutico
não é desejado, como por exemplo sedação excessiva após o uso de um
indesejado
ansiolítico.
Efeito que ocorre devido a uma resposta individual do paciente ao
Intolerância
medicamento, como por exemplo uma alergia ou hipersensibilidade.
Efeito causado pelo excesso de dose do medicamento ou pela sua
Toxicidade
acumulação no organismo, podendo levar a danos irreversíveis aos órgãos
ou mesmo à morte.
Efeito que pode alterar os resultados de exames laboratoriais ou de
Interferência em exames
imagem, como por exemplo o uso de um medicamento que eleva os
diagnósticos
níveis de creatinina no sangue e interfere na avaliação da função renal.
Reações adversas que ocorrem devido a uma resposta imunológica do
Reações alérgicas
organismo ao medicamento, podendo variar de uma simples urticária até
uma reação anafilática grave.
Reações adversas raras e imprevisíveis que ocorrem em uma pequena
Reações idiossincráticas
parcela da população, podendo ser causadas por uma predisposição
genética ou por fatores ambientais.
Classificação de Reações Adversas a Medicamentos
Tipos de
Reações
Adversas
Descrição
Exemplos
Tipo A
Reações previsíveis e dose-dependentes,
que ocorrem como resultado da
farmacologia conhecida do medicamento
Sonolência e boca seca com
antidepressivos
Tipo B
Tipo C
Tipo D
Tipo E
Reações imprevisíveis e não dosedependentes, que não podem ser
explicadas pela farmacologia conhecida do
medicamento
Reações crônicas que ocorrem após o uso
prolongado de um medicamento
Reações alérgicas a medicamentos
Osteoporose e catarata após o uso
prolongado de corticosteroides
Defeitos congênitos em bebês cujas
Reações que ocorrem em populações
mães tomaram medicamentos
específicas
durante a gravidez
Aumento repentino da pressão arterial
Reações que ocorrem quando o paciente
após a interrupção abrupta de alguns
para de tomar o medicamento
medicamentos para a pressão arterial
Classificação de Eventos Adversos a Medicamentos
Tipos de
Eventos
Adversos
Descrição
Exemplos
Inesperados
Eventos que não foram previstos com base
nos conhecimentos existentes sobre o
medicamento ou tratamento
Reações adversas não
relatadas durante os ensaios
clínicos
Graves
Relacionados à
qualidade
Eventos que colocam a vida do paciente em
Reações alérgicas graves que
risco ou levam a danos permanentes,
levam a choque anafilático
hospitalização ou morte
Eventos que ocorrem devido a erros
humanos ou falhas nos processos de
fabricação, distribuição ou administração
de medicamentos ou tratamentos
Erros de dosagem durante a
preparação de medicamentos
na farmácia
Farmacoepidemiologia
A farmacoepidemiologia é uma área que estuda os efeitos dos medicamentos em
populações, com o objetivo de avaliar seus benefícios e riscos. Utiliza fontes de
dados como registros médicos, bancos de dados de prescrição e dispensação de
medicamentos, entre outros. As estratégias utilizadas nos estudos incluem
estudos observacionais e experimentais. O objetivo é fornecer informações que
possam ser utilizadas para melhorar a saúde pública. As estratégias incluem o
estudo de coorte, o estudo de caso-controle, o estudo transversal, o estudo
ecológico e o estudo de séries temporais, cada um com suas vantagens e
desvantagens.
Farmacovigilância
Farmacovigilância é a ciência que se concentra na detecção, avaliação,
compreensão e prevenção de efeitos adversos e outros problemas relacionados
ao uso de medicamentos. Sua importância está em garantir a segurança dos
pacientes que usam medicamentos, detectando e avaliando possíveis riscos
associados, monitorando o perfil de segurança dos medicamentos após sua
comercialização e promovendo a confiança dos pacientes nos medicamentos. As
fontes de dados utilizadas em estudos de farmacovigilância incluem relatos
espontâneos de eventos adversos, estudos clínicos, registros médicos e bancos
de dados de prescrição e dispensação de medicamentos. As estratégias incluem
a análise de dados em tempo real, estudos observacionais e revisão da literatura
científica.
Notificação de Eventos Adversos a Medicamentos
O que deve ser notificado
Quem pode notificar
Qualquer suspeita de evento
Profissionais de saúde, pacientes
adverso relacionado ao uso de
e consumidores
medicamentos
Eventos adversos graves e/ou
inesperados
Reações adversas relacionadas
ao uso off-label de
medicamentos
Importância da notificação
Permite identificar riscos
desconhecidos e aprimorar a
segurança do medicamento
É uma obrigação legal para
Fabricantes de medicamentos,
garantir a segurança e eficácia do
distribuidores e importadores
medicamento
Todos os envolvidos no uso do
medicamento
Ajuda a avaliar os riscos e
benefícios do uso off-label e
aprimorar as informações de
prescrição e bula
medidas a serem tomadas após a detecção de eventos
adversos causados por fármacos comercializados
Medidas a serem tomadas após a detecção de eventos adversos
Investigação e avaliação dos dados: As autoridades regulatórias e empresas farmacêuticas devem
investigar e avaliar os dados de segurança disponíveis para determinar a causa do evento adverso e
avaliar o risco-benefício do fármaco em questão.
Comunicação aos profissionais de saúde e pacientes: Deve-se informar aos profissionais de saúde e
pacientes sobre a identificação de um evento adverso e quaisquer mudanças recomendadas no uso do
fármaco.
Revisão da rotulagem: A rotulagem do fármaco pode precisar ser atualizada com informações adicionais
de segurança ou restrições de uso.
Implementação de medidas de minimização de risco: As empresas farmacêuticas podem ser obrigadas a
implementar medidas de minimização de risco, como fornecer informações adicionais sobre o uso
seguro do fármaco ou limitar sua distribuição a certos locais ou pacientes.
Monitoramento contínuo: As autoridades regulatórias e empresas farmacêuticas devem continuar
monitorando a segurança do fármaco para detectar quaisquer eventos adversos adicionais ou alterações
na relação risco-benefício.
Decisões regulatórias: Dependendo da gravidade do evento adverso e da avaliação de risco-benefício, as
autoridades regulatórias podem tomar decisões regulatórias, como a restrição de uso do fármaco, a
retirada do mercado ou a exigência de estudos adicionais.
ARTIGO
Tezepelumabe em adultos e adolescentes com asma
grave e descontrolada
ARTIGO
A TSLP (linfopoietina estromal tímica) é uma citocina produzida, principalmente, por células do
epitélio mediante contato com diversos fatores ambientais, alérgenos ou agentes pró-inflamatórios.
No entanto, essa citocina também pode ser expressa por células pró-inflamatórias, como
mastócitos, monócitos, basófilos, células dendríticas e macrófagos, além de células do músculo liso
das vias aéreas.
ARTIGO
ARTIGO
expressão de TSLP contribui para a manutenção e persistência da inflamação e gravidade da
doença. Aumento relacionado com a maior expressão de citocinas do tipo 2, favorecendo a lesão
tecidual, o remodelamento das vias aéreas e a hiperreatividade brônquica.
Asma Atopica
Fonte: http://aaai-asbai.org.br/detalhe_artigo.asp?id=657
Asma Atopica
linfopoietina estromal tímica (TSLP)
linfopoietina estromal tímica (TSLP)
linfopoietina estromal tímica (TSLP)
estudo de fase 3, multicêntrico, randomizado, duplo-cego, controlado por
placebo. Pacientes (12 a 80 anos de idade) designados aleatoriamente para
receber tezepelumabe (210 mg) ou placebo por via subcutânea a cada 4
semanas durante 52 semanas
Dados
Contagem de
eosinófilos
FEV1
ACQ-6
AQLQ
ASD
Valores
< 300 células por microlitro
Pontuação não informada
Intervalo de 0 (sem comprometimento) a 6 (comprometimento
máximo)
Intervalo de 1 (comprometimento máximo) a 7 (sem
comprometimento)
Intervalo de 0 (sem sintomas) a 4 (piores sintomas possíveis)
Volume expiratório forçado em 1 segundo (FEV 1);
Pontuações no Asthma Control Questionnaire–6 (ACQ-6);
Questionário de Qualidade de Vida da Asma (AQLQ);
Diário de Sintomas de Asma (ASD);
Tipo de estudo
Período de realização
Localização
PROJETO DE TESTE
Fase 3, multicêntrico, duplo-cego, randomizado, controlado por
placebo
23 de novembro de 2017 a 8 de setembro de 2020
297 locais em 18 países
Participantes
Pacientes que foram randomizados para receber tezepelumabe
(210 mg) ou placebo por via subcutânea a cada 4 semanas por
52 semanas, estratificados de acordo com a região geográfica e
idade
Critérios de inclusão
- Pacientes com asma diagnosticada pelo médico <br>- Idade
de 12 a 80 anos <br>- VEF1 pré-broncodilatador matinal
inferior a 80% do valor normal previsto <br>- Pelo menos duas
exacerbações de asma nos 12 meses anteriores
Monitoramento da população do estudo
Para garantir a distribuição dos pacientes em três
características específicas
Medicação
Durante o estudo, os pacientes continuaram a receber seus
glicocorticoides inalatórios previamente prescritos mais
medicamentos controladores adicionais, com ou sem
glicocorticoides orais, sem alteração
Uso de β2-agonistas de curta duração
Os pacientes foram autorizados a usar β2-agonistas de curta
duração para alívio dos sintomas, conforme necessário
procedimentos de supervisão do julgamento
O estudo foi aprovado pelas autoridades reguladoras e comitês de ética, com
consentimento informado dos pacientes ou responsáveis. Um conselho independente de
monitoramento de dados e segurança revisou os dados a cada 6 meses. A AstraZeneca
coordenou o gerenciamento de dados e a análise estatística em colaboração com os
autores, enquanto a IQVIA gerenciou os dados contratualmente. Todos os autores
contribuíram para projetar o estudo, interpretar os dados e redigir o manuscrito com apoio
financeiro de um escritor médico. Todos os autores garantem a integridade e precisão dos
dados e adesão ao protocolo.
resultados do estudo com tezepelumabe para asma
resultados do estudo com tezepelumabe para asma
Resultados do estudo com tezepelumabe para asma
Pacientes
Taxa de exacerbação
Tezepelumabe
529
0,93 (IC 95%: 0,80 a 1,07)
Placebo
532
2,10 (IC 95%: 1,84 a 2,39)
Redução da taxa de exacerbação
0,44 (IC 95%: 0,37 a 0,53)
P <0,001
Pacientes com eosinófilos <300/μl
Taxa anualizada: 1,02 (95% CI: 0,84 Taxa anualizada: 1,73 (95% CI: 1,46
a 1,23)
a 2,05)
Redução da taxa de exacerbação
em pacientes com eosinófilos
0,59 (95% CI: 0,46 a 0,75)
<300/μl
Melhoria na semana 52 em relação
ao placebo:
0,23 vs. 0,09 litros; diferença: 0,13
Pré-broncodilatador VEF1
litros (95% CI: 0,08 a 0,18)
-1,55 vs. -1,22; diferença: -0,33
ACQ-6
(95% CI: -0,46 a -0,20)
1,49 vs. 1,15; diferença: 0,34 (IC
AQLQ
95%: 0,20 a 0,47)
-0,71 vs. -0,59; diferença: -0,12
ASD
(95% CI: -0,19 a -0,04)
Eventos adversos
P <0,001
P <0,001
P<0,001
P<0,001
P=0,002
Frequência e tipos não diferiram significativamente entre os grupos
conclusões
Pacientes com asma grave e não controlada que receberam tezepelumabe tiveram menos
exacerbações e melhor função pulmonar, controle da asma e qualidade de vida relacionada
à saúde do que aqueles que receberam placebo.
O estudo incluiu pacientes com diagnóstico médico de asma, entre 12 e 80 anos, que
haviam recebido glicocorticoides inalatórios de média ou alta dose por pelo menos 12
meses e pelo menos uma medicação adicional de controle por pelo menos 3 meses antes
da data do consentimento informado. Os pacientes devem ter tido pelo menos duas
exacerbações de asma nos 12 meses anteriores à data do consentimento informado
Referências:
COELHO, João Tomás Albuquerque. Anticorpos Monoclonais. Porto: Universidade Fernando Pessoa, Faculdade de
Ciências da Saúde, 2014.
ARAÚJO, Pedro Trica de. Papel da linfopoietina estromal tímica (TSLP) na fisiopatologia da asma atópica: uma revisão
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AKDIS, Cezmi A. Therapies for allergic inflammation: refining strategies to induce tolerance. Nature Medicine, v. 18, n.
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HOFFMANN, Franziska; ENDER, Fanny; SCHMUDDE, Inken; et al. Origin, Localization, and Immunoregulatory Properties
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PAWANKAR, Ruby. Allergic diseases and asthma: a global public health concern and a call to action. The World Allergy
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