Oficina: Cognição, Emoção e Comportamento. - DGI

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"Ninguém se torna iluminado,
imaginando figura de luz,
mas tornando sua escuridão
consciente”
Jung
Cada pensamento gera uma emoção e cada
emoção mobiliza um circuito hormonal que terá
impacto nas células que formam um
organismo
Terapia Cognitiva
Aaron Beck
Psiquiatra
Beck declarou que a negatividade
do depressivo não era um sintoma,
mas desempenhava uma função
central na instalação e manutenção
da depressão.
Terapia Cognitiva
Aaron Beck
Cognição,
e
não
emoção,
é
declarada o fator essencial na
Psiquiatra
depressão.
Princípio Básico
Cognições
Emoções
Comportamento
O Significado que uma pessoa atribui a uma
situação, ou a forma como um evento é
estruturado (ou construído) por uma pessoa,
teoricamente determina como aquela pessoa
se sentirá e se comportará.
Beck,
Beck, Aaron T. e Alford,
Alford, Brad A. O Poder Integrador da Terapia Cognitiva.
Porto Alegre, Artes Mé
Médicas Sul, 2000. 173p.
Premissas Básicas
• O indivíduo constrói sua realidade.
•A
cognição
comportamento.
“media”
emoção
e
• Pensamentos automáticos negativos PAN´S,
espontâneos e pré-conscientes, podem ser
acessados voluntariamente.
Primazia do Pensamento Sobre o Afeto
Situação
Pensamento
Emoção
Sistema de Crenças
Comportamento
"Uma situação não determina como nos sentimos,
mas sim o modo com a construímos"
Aaron Beck
Tríade Cognitiva
EU
O mundo
Futuro
Pensamentos negativos a respeito de si mesmo:
“Eu sou incapaz” ou “Nada que faço dá certo”
Pensamentos negativos a respeito do mundo ou dos outros:
“Minha vida não é boa” ou “Ninguém gosta de mim”
Pensamentos negativos a respeito do futuro:
“Nunca serei alguém”, “Meu futuro é incerto e sem
esperanças” ou “Não serei feliz”
Objetivo Básico TC
Tornar os pensamentos que nos
ocorrem frente a situações apenas
como Hipóteses, que poderão ser
confirmadas
ou
desconfirmadas
através de um processo racional.
Pensamentos Automáticos
São pensamentos que vêm espontaneamente em
nossas mentes durante o dia.
Pensamentos automáticos podem ser palavras,
imagens ou recordações
Para identifica-los, observe o que passa pela sua
mente quando você experimenta um estado de
humor.
Ninguém olha o mundo com os olhos do
outro
Como entender que a nossa percepção sobre os
acontecimentos é o que determina nossa forma de
sentir, agir e reagir fisicamente?
O pensamento não cria o
problema, mas sim a forma
pela qual você lida com o
seu pensamento
Pensamentos automáticos
G
G
G
G
G
G
G
G
G
Posso contrair a AIDS!
Meu pai pode morrer!
Vou enlouquecer!
Isto pode dar azar!
Não vou agüentar esta aflição!
Esta aflição jamais termina!
Deus vai me castigar !
A responsabilidade (ou a culpa) é toda minha!
Fracassei! Jamais vou conseguir!
Pensamentos automáticos
Situação: perda de emprego
Ex. Nunca mais vou achar outro emprego igual
Não sou bom em mais nada
O mercado de trabalho é muito difícil
Não vou conseguir passar no concurso, etc...
emoção: depressão, tristeza, sensação de
fracasso.
Pensamentos automáticos
Situação: o telefone não tocou todo o fim de
semana :
Ninguém se preocupa comigo
Não tenho amigos
Não sou uma pessoa agradável
Questionando os
Pensamentos automáticos
Quais as evidências que apóiam esta idéia?
Quais as evidências contra esta idéia?
Existe uma explicação alternativa?
O que de pior poderia acontecer?
Eu poderia superar isso?
O que eu diria a um amigo se ele estivesse na
mesma situação?
Quando uma situação não é percebida
ela não afeta o nosso humor?
Isso mesmo, se não temos conhecimento, se
não a percebemos elas não afetarão o nosso
humor, pois não desenvolvemos idéias sobre
elas.
Quantos fatos estão acontecendo neste
momento sem o nosso conhecimento?
Exemplos de situações com diferentes
percepções e sentimentos
Pessoas na fila de banco:
- Vou receber não importa o quanto
demore. (esperança)
- Que desorganização! (raiva)
- Está chegando minha vez e meu pai
não trouxe a conta para eu pagar.
(ansiedade)
Exemplos de situações com diferentes
percepções e sentimentos
Pessoa recebe notícia de que está grávida:
- E agora? (ansiedade)
- Que benção! (alegria)
- Não acredito, isto não devia ter acontecido
comigo (raiva)
Exemplos de situações com diferentes
percepções e sentimentos
Pessoa não é cumprimentada por colega de
trabalho:
- Acho que fiz alguma coisa? (ansiedade)
- Ela resolveu não falar mais comigo. (tristeza)
- Quem ela pensa que é? (raiva)
Exemplos de situações com diferentes
percepções e sentimentos
Criança não quer tomar banho:
- Ela nunca obedece. (raiva)
- Não sei dar ordens. (tristeza)
- Será que ela tem algum problema para
me entender? (ansiedade)
Exemplos de situações com diferentes
percepções e sentimentos
Pessoa não acha a chave do carro:
Não é possível, isto só acontece comigo!
(raiva)
Vou ficar a pé, não vou achar a chave nunca
mais. (tristeza)
E agora? (ansiedade)
Exemplo: Síndrome do Pânico
OS ERROS COGNITIVOS
Os erros Cognitivos ou a falha de processar
as informações mantém as crenças
disfuncionais.
São os pensamentos imediatos que
determinam como você se sente, e os
sentimentos, é que vão moldar o seu
comportamento.
São alguns desses erros:
OS ERROS COGNITIVOS
OS ERROS COGNITIVOS
Pensamento
condicional
“E
se...?”
preocupações,
preocupações
e
mais
preocupações.
Trata-se de preocupar-se com aquilo que não
existe ou é altamente improvável, relacionadas
a ameaças a saúde e a felicidade.
Superestima ameaça e subestima capacidade
de resolver problema.
Técnica: checar as evidências ou coloca-las em
dúvida. Podemos também experimentar
interromper os pensamentos hipotéticos
lançando mão de uma distração.
Benefício da Dúvida
A dúvida é o ponto de equílibrio
entre o que ainda não sabemos se
vai acontecer.
A dúvida é sinônimo de incerteza.
OS ERROS COGNITIVOS
Técnica: questione, examine as idéias, tome
consciências dos pensamentos automáticos, o
que me leva a pensar assim, faça um teste de
realidade, questione as evidências – como
posso ter certeza?
OS ERROS COGNITIVOS
Perfeccionismo – trata-se do desejo de ser
perfeito em tudo. O perfeccionismo vira uma
idiotice quando os padrões definidos são tão
altos que se tornam inalcançáveis para qualquer
um, ou quando o desejo de ser 100% perfeito
leva a 0 realização.
Técnica: ser flexível.
A sensação de não ser perfeito pode acarretar
certa ansiedade.
OS ERROS COGNITIVOS TÍPICOS
Catastrofizar: (exagerar tudo) “ O pior vai
acontecer e não há nada que eu possa fazer a
respeito”.
Pensamento “tudo ou nada”: (8 ou 80) “ Se não
consigo fazer algo com perfeição, não vou nem
tentar começar.
Supergeneralização: (ninguém me entende) “ Eu
nunca faço nada certo”.
OS ERROS COGNITIVOS TÍPICOS
Abstração Seletiva: (só valoriza o negativo)
seleciona apenas um detalhe do contexto da
situação, ignorando o resto, acabando por
conceituar a experiência toda dele com base nesse
detalhe.
“Todos dormiram na minha apresentação”...quando
de 50, somente 2 ouvintes dormiram.
“Eu só pensei em um detalhe e não em todo o evento”.
OS ERROS COGNITIVOS TÍPICOS
Julgamentos Globais: (tomar o todo pela parte)
“ Outro erro. Sou inútil !”
Argumentação Emocional: “Você pensa que algo
deve ser verdade porque você “sente”, mesmo
desconsiderando evidências contrárias”.
Leitura Mental: “ Você acha que sabe o que estão
pensando de vc”.
OS ERROS COGNITIVOS TÍPICOS
Personalização: “ Pq é que chove toda vez que eu
venho a praia?” É sempre comigo que isto
acontece!”
Pulando a Conclusões: “ Ana não me falou “oi”
hoje; já sei, ela está me evitando”.
Descontando o Positivo: ” OK, terminei todo o meu
trabalho hoje. E daí ? É o mínimo que eu tinha que
fazer”.
OS ERROS COGNITIVOS TÍPICOS
Magnificação/Minimização:
Vc magnífica o negativo e minimiza o positivo.
Eu achei que o mal estar ia acabar comigo e que eu
não teria o que fazer, nem mesmo ser ajudada.
TEORIA DOS ESTLOS DE
ATRIBUIÇÃO
Estilos de Atribuição: maneira pela
qual indivíduos explicam sucessos
e insucessos.
“QUAL A PALAVRA EM SEU
CORAÇÃO?”
OTIMISMO
PESSIMISMO
OTIMISTA: AQUELE QUE ACREDITA NA POSSIBILIDADE DE
SUCESSO, MESMO NA AUSÊNCIA DE PROVAS CONCRETAS.
PESSIMISTA: AQUELE QUE NÃO ACREDITA NA POSSIBILIDADE DE
SUCESSO, MESMO NA PRESENÇA DE PROVAS CONCRETAS.
OTIMISTA-REALISTA: AQUELE QUE SATISFAZ OS CRITÉRIOS DE
COMPETÊNCIA E MOTIVAÇÃO, E ACREDITA NA
POSSIBILIDADE DE SUCESSO MESMO NA AUSÊNCIA DE
PROVAS CONCRETAS.
OTIMISMO X PESSIMISMO
PESSIMISTAS = REALISTAS ?
OTIMISTAS = DISTORCEM REALIDADE DE
FORMA VANTAJOSA ?
FELICIDADE vs VERDADE ?
CRITÉRIOS PARA O SUCESSO
• COMPETÊNCIA – HABILIDADE
• MOTIVAÇÃO – TREINAMENTO
• OTIMISMO – REALISTA
O ESTILO FUNCIONAL
EVENTOS
POSITIVOS
NEGATIVOS
1. PERMANÊNCIA
PERMANENTE
TEMPORÁRIO
2. ABRANGÊNCIA:
GLOBAL
ESPECÍFICO
INTERNO
INTERNO
3. PERSONALIZAÇÃO:
IMPORTANTE: O VENCEDOR FAZ ATRIBUIÇÕES COM PRECISÃO!
O ESTILO DO “VENCEDOR”
Sucessos: atribuições internas,
abrangentes e permanentes
Fracassos: atribuições internas,
específicas e temporárias
ESTILOS DE ATRIBUIÇÃO
Dimensões
1. PERMANÊNCIA:
PERMANENTE:
TEMPORÁ
TEMPORÁRIO:
ALGUMAS VEZES VS. SEMPRE
A causa é algo que persistirá
persistirá
A causa é algo translente.
2. ABRABGÊNCIA:
GLOBAL:
ESPECÍ
ESPECÍFICO:
MUITAS SITUAÇ
SITUAÇÕES VS. ALGUMAS
A causa afetará
afetará muitas situaç
situações
A causa afetará
afetará apenas algumas situaç
situações.
3 .PERSONALIZAÇ
.PERSONALIZAÇÃO:
INTERNO:
EXTERNO:
EU VS. OUTROS
Eu sou a causa
A causa se refere a outras pessoas ou circunstâncias.
circunstâncias.
ESTILOS DE ATRIBUIÇÃO
DIMENSÃO
PENSAMENTOS TÍPICOS
Personalização
Atribuição interna
Atribuição externa
“eu” vs. “outros”
“eu sou a causa”
“a causa se deve a outras pessoas
ou circunstâncias”
Permanência
Atribuição permanente
Atribuição temporária
“algumas vezes” vs. “sempre”
“a causa é algo que persistirá”
“a causa é algo transiente”
Abrangência
Atribuição global
Atribuição específica
“muitas situações” vs. “algumas”
“a causa afetará muitas situações”
“a causa afetará apenas algumas
situações”
ESTILOS DE ATRIBUIÇÃO
DIMENSÃO
EVENTO POSITIVO
“Aprovação no Vestibular”
EVENTO NEGATIVO
“Reprovação no Vestibular”
Personalização
Atribuição interna
“Porque sou bom” (O)
“Porque não sou bom” (P)
Atribuição externa
“O Vestibular foi fácil” (P)
“O Vestibular foi difícil” (O)
Permanência
Atribuição permanente
Atribuição temporária
“Os fatores que causaram
minha aprovação
permanecerão” (O)
“Os fatores que causaram
minha aprovação são
temporários” (P)
“Os fatores que causaram
minha reprovação
permanecerão”(P)
“Os fatores que causaram
minha reprovação são
temporários” (O)
ESTILOS DE ATRIBUIÇÃO
DIMENSÃO
EVENTO POSITIVO
“Aprovação no Vestibular”
EVENTO NEGATIVO
“Reprovação no Vestibular”
Abrangência
Atribuição global
Atribuição específica
“Os fatores que causaram
minha aprovação afetam
outras áreas de minha
atuação” (O)
“Os fatores que causaram
minha reprovação afetam
outras áreas de minha
atuação” (P)
“Os fatores que causaram
minha aprovação são
específicos a essa área de
atuação (intelectual)” (P)
“Os fatores que causaram
minha reprovação são
específicos a essa área de
atuação (intelectual)” (O)
OTIMISMO X PESSIMISMO
Estilos de Atribuição (M. Seligman):
Ex: “Não passei no Vestibular”
Temporário
“Não passei desta vez”
Permanente
“Não passarei nunca”
Específico
“Fracassei no Vestibular”
Global
“Sou um fracasso”
Interno
“Poderia ter me preparado
melhor”!
Externo
“Foi muito difícil” ou”
“Vestibulares são injustos”
A Corrida dos Sapinhos
Era uma vez uma corrida de sapinhos.
Eles tinham que subir uma grande torre e, atrás havia uma
multidão, muita gente que vibrava com eles.
Começou a competição.
A multidão dizia:
Não vão conseguir, não vão conseguir!
Os sapinhos iam desistindo um a um, menos um deles que
continuava subindo.
E a multidão continuava a aclamar:
Vocês não vão conseguir, vocês não vão conseguir
E os sapinhos iam desistindo, menos um, que subia tranqüilo,
sem esforços.
Ao final da competição, todos os sapinhos desistiram,
menos aquele.
Todos queriam saber o que aconteceu, e quando foram
perguntar ao sapinho como ele conseguiu chegar até o fim,
descobriram que ele era SURDO.
Estilo atribuição pessimista
M. Seligman
. O fracasso é o resultado de causas internas,
globais e estáveis (“nunca faço nada bem, isto
nunca vai mudar”)
. O sucesso é atribuído a fatores externos e
instáveis (risco de “desânimo aprendido”)
. Implica uma percepção negativa do valor pessoal
e uma baixa auto-estima
. Está associado a um estado de saúde mais
debilitado no futuro longínquo
Estilo atribuição pessimista
Estilo atribuição otimista
M. Seligman
O fracasso é o resultado de causas externas
Os acontecimentos são vistos como instáveis ou
específicos
O sucesso é atribuído a fatores internos, estáveis
e globais
A MANEIRA “CORRETA” DE CRITICAR
CRIANÇAS E ADOLESCENTES
TEMPORÁ
TEMPORÁRIO
JOÃO, VOCÊ ESTÁ
ESTÁ DIFÍ
DIFÍCIL HOJE.
NÃO GOSTO NADA DISSO.
ESPECÍ
ESPECÍFICO
JOÃO, VOCÊ ESTÁ
ESTÁ ATRAPALHANDO
MUITO SUA IRMÃ!
INTERNO (POSITIVO)
JOÃO, VOCÊ TEM QUE ESTUDAR
MAIS E ENTÃO PODERÁ
PODERÁ
MELHORAR SUA NOTA!
PERMANENTE
JOÃO, O QUE HÁ
HÁ COM VOCÊ?
VOCÊ É SEMPRE UM TERROR!
NÃO TEM JEITO!
GLOBAL
JOÃO VOCÊ É MAL COM SUA IRMÃ!
INTERNO(NEGATIVO)
VOCÊ É “BURRO”
BURRO”!
Como “vacinar” crianças e
adolescentes contra a depressão
“Que nós adultos, possamos compreender o
impacto que tudo o que dizemos e fazemos
têm sobre nossas crianças. E que possamos
usar esse impacto para desenvolver nelas
esquemas de capacidade, adequação e
estima, para que se tornem adultos otimistas e
capazes de enfrentar as dificuldades da vida
como problemas a serem solucionados.”
Dra. Ana Maria Serra
ESCOLHAS
Sandra Cardoso
sandra@cra.inpe.br
Tel – 12 31869339
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