Regulamento da Pesca Pratleada POl AmadoleS (Pesea

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MINIST~RIO
DA MARINHA
Direc~io-Geral
da Marinha
Decreto n.O 45 116
Em face do desenvolvimento da pesca desporbiva e atenderulo &0 que se imp5e assegurar os meios indispensaveis
RO fomento e progresso de cada uma dRS diferentes mOORIidades, sem deixar, DO entanto, de ncnutelar como convern a protecQi'iO dos recursos naturnis, a seguranea e os
rrrin~pioSJundamentais da eticadesportiva;
Usando da .faeuldade conferida pelo n." 3.° do artigo 109.°
da Constituicao, 0 Govemo decreta e eu promulgo 0 seguinte:
Regulamento da Pesca Pratleada POl AmadoleS
(Pesea DesportlYa)
OAMTULO I
Dlsposl~
eomuns
Artigo 1.0 Na area da jurisdieno maritima a pesca por
amedores poders ser praticada somente nas condieoes
constantes do presente diploma e nas sezuintes modalidades:
a) Pesca de superficie;
b) CaQa submarina.
;\rt. 2.· Sao considerados amndores os mdivfduos que
prnticam qualquer das modalidades sem fins lucrativos,
serido-lhes vedado vender, directa ou indirectamente, 0
produto dapesea.
Art. 3.° Os amadores nuo poderao transportar a bordo
nparelhos de pesca, armas e engenhos de captura que nao
sejam nutorizados nos termos deste diploma.
Art. 4.° Os amadores, qunndo pratiquem mOOalidades
d:£erentes, embarcados ou nilo, deveruo respeitar entre sit
slllyo comum Rcorelo, a elistimcia de 20 m.
Art. 5.° Os amadores, salyo ncordo em contrario, devem
gllRrdar, em relal(iio aos profissiollais, as distimcias minimns inoienelns no.. nrtigos It.° e 15."
Art. 6.° A pesca praticada por amadores podera ser
exercida de din ou de noite,
Art. 7.° Os amadores poderilo contratar como seus auxiliares pescadores profissionais, os quais tambem nao poderilo, nesse caso, vender 0 produto dn pesca,
Art. 8.° Xo exerefcio das actividades de pesca os amadores poderilo utiliznr embarcacoes de recreio e as embarcnl(oes registadas no trMcgo local e na pesca.
§ unico, Os amadores que utilizarem embarcacaee a vela
ou a remos, nos tennos deste artigo, poderao dctd-las com
motores fora de borda.
Art. 9.° Os amadores ficam obrigados a tods a legislaQl10
npllcavel e, nomeadarnente, a que respelta:
a) Tamanho mlnimo das especies ;
b) Captura de certas especies ;
c) Zonas interditas e perfodos de defeso.
§ 1.° Os tamanhos mfnimos, n regulamentaeao de capturn de certas espeeies e os periodos de defeso serAo definidos superiormente, mediante proposta feita ao Ministro
da Marinha pela Direcello-Geral da ~rnrinha - Direeeao
das Pescatias.
§ 2.° As zonas interditns serilo tambem fixadas superiormente nas condicoea acima indieadas, mediante proposta
do Estado-Maior da Annada ou da Direccao-Gerel da Marinha - Direceso das Pescarias, conforme 0 easo.
§ 3.° Os elementos constantes nos paragrafos anteriores
serao design ados em editais afixados nos locals do costume
pelns nutoridndes marltimas.
CAPITULO 11
Pesc... de 8uperrtC"le
Art. 10.° Considera-se pesca de superficie qualquer modalidade de peSCR 8 linha.
Art. n.o Na pesca de superffcie 08 amadores deverAo
conservar entre si, salvo comum acordo, ums distancia
minima de 10m, quando em terra, e de BOm entre embsrcncoes, ouando no mar.
GA PIT1!L<> III
(::Jc:a subrnarlna
Art. 12.° Entende-se por ca<;n submarina 0 tipo de
peSCR exercida por nmndor munido ou nAo de arma,
quando em flutunl(iio nn agua ou submerso nesta I'm
apneia.
§ lInico. Xa prAtica dll <,nl(a submarina, salvo 0 disposto
no nrtigo 23.° e seu § lInico, nao e permitida a utilizRQAo
de qUlllquer aparelho dl' rl'spirac;Ao artificilll, 8 excepQiio
I S£RIE -NVMERO 1M
920
de urn tubo de respiracao
cido por 3norkel.
a superficie.
Art-. 13.· Na pratice da caea submarine
utiliza~oo
C.APITULO V
vulgarmente con he-
e permitida
IHSlNlS1c:e1es dh'ersas
a
de todas as armas, desde que a Iorca propulsora
nao seja devida ao poder detonant .. til' substaucias qui-
micas e que tenham como projectil, unicamente, uma
haste ou arpoo com uma ou mais pontas.
§ imico. "£ expressamente proibido 0 porte. fora de agua.
de armas carregadas ou em condieoes de disparo imediato.
A,·t. 14.° 0 exerelcio da caca submarina depende de
Iicenca anual, pessoal e intransmissfvcl , passada pelas
capitanias ou delegaeoes maritimas.
~. 0 pedido de Iicenea para menores de 16 anos
devera ser acompanhado de autorizacilo doc; pais ou t nteres.
§ 2.° Pela Iicenea prevista nr-st.e 8l'tigo sed, cobrarla a
importimcia de 10$ para 0 Institute de Socarras a Xliu·
fragos.
§ 3.° Os turistas estrangeiros com permanencia inferior
a 30 dins no Pais seriio dispensados da licenca referida nc
corpo deste artigo, ficsndo, no entauto, sujeitos as restantes disposieoes do presente diploma.
Art. 15.° Qs caeadores submarines nao poderao exercer
a sua actividade II menosde !it) m das, prnias de banhos e
a menos de 20 m dos locais jll ocupados por outros eacadores, 'Salvo acordo entre si.
,
Art. 16.° 0 mimero de presas a colher pelo amador na
cac;a submarine e ilimitado, com excepcao de lngostas,
lavagantes e santolas, dos quais s(,mente e permitida a
captura de duas unidades, pol' amador e pol' dia.
Art. 17.° Aos achados encontrados no exercieio da cac;a
submarina serao aplicBveis as dispm;i~ues legais em vigor.
O.\PITULO IV
ItenllJldadt'S
Art. 18.° As contravem;Oes as disposi~UeS deste diploma
l'f'rao punidas com as seguintes multns:
a) De 100$ a 3000$. consoante n grnvidadc da fnlta,
as refen·ntes nos nrtigos L~. 2.", 7.... 0.° e 16.°;
h) De 200$ as reff"rentes 30 arligo 3.\ no § tinieo do
artigo 12.°. ao artigo 13.° e seu § unico, 80 artigo 15." e no § lmico do artigo 21.°;
c) De 100$ ItS referf'lltes aos arligos 4.°, 5.". 11.°
., 14. 0
§ 1.0 Tooas as reincidenc:ns impliearao no minimo 0
dobro das penas aplicadas na contravcn<;lio imediatamf'nte
anterior de cuja reincidcncia se trata e no maximo 0 dobro
da pena maxima aplii'11Vl'1 a respedi"a cont.ravenc;ao anterior.
§ 2.° 0 periodo de ('ontagem. pnra p(eito dl' reincidencia, e de seis meses. a partir da data da nplicac;ao da
pena anterior.
§ 3. 0 As penns impostas serilo comuni('sdas jl Direc~ilo
das Pescarias.
Art. 19." Compete ao ('apitao do porto da area onde a
contrnvem;ilo for cometida a nplic:lt;:io <las pcnalidades
previstas no artigo anterior.
Art. :It).o As autoridades marftimas compete asssgurar
amsdores 0 line exercicio das suas legitimas actividades, garantindo nomeadamente que os profissionais respeitem em relacao aos amadores as distanclas entre estes
prescritas neste rcgulnmento.
Art. 21.° A CI1<;a as aves que sobrevoam 0 espaeo sereo
correspondente it zona de jurisdieao das autoridades marltirnas 51) podera ser exereida em conformidade e nos terrnos dn legislaeao venatoria em vigor.
§ unico, Slio e permitida a caea as gaivotas e alcatrazes.
Art. 22.° 0 :\Iinistro da :\Iarinha nomeara, por portaria,
urna comissao permanente eonstitufda por um representanto de cada modalidade de pesca, por urn representante
da seccao de desportos nauticos da Brigade Naval e por
um representnntr- da Comissao Central de Pesearias, que a
presidira.
§ 1." Competirs a comissao permanente a eventual revisao do presente diploma e a preconisaeao de todas I':.f medidas relntivas il proteccao das espeeies, sssim como ao
Iomento desportivo c turistico da peses praticada por amadores,
§ 2. .A comissao permanente estabelecida no corpo
deste nrtigo fica adstrita a ComissaoCentral de Pesearias
e reunira pol' eonvocacao desta ou PQr' .solicitRQAo de qualquer dos seus mernbros.
Art. 213.° A autorizac;ao de oulras modalidadeie teenicas
de p~ca. de captora ou de ca~a submarina a praticar
pOl' nmadores fieara dependente de despacho do Ministro
da )Iarinha, sob parecer da Comissao Central de Pesearins, oOl-ida a comissao permanent-e est&belecida no artigo
anterior.
§ tmico. 0 estudo de qualqucr outra modalidade ou
teenicR pooera ser solicitado a ComissAo Central de Pescnrias. por meio de peti~ilo devidamente documentada e
asinada. pelo menos. por dez amadores.
Art. 24.° A sec~ao de desportos nauticos da Brigada
Xa\"nl. federac;Oes ou entidades federativas dOlI elubes das
m()(lalidades considl'radas no present-e diploma ou, se
nqut·lnc; nao existirem, os respectivos clubes deverAo envial' 8 Direcc;ao das Pescarias, no final de cada ano, urn
bre\"e relatQrio das activi<lades, do qual constem, devidamente discriminados, os locais mais frequentados, as espe·
cies cnpturadas mais notaveis e inform~ de interesse
cienUfieo.
Art. 25.° Sem prejufzo do disposto no capitulo IV deste
regulam~nto, os amadores ficam sujeit09, no exerclcio das
lOuns lleti\"idades de pesca, a todas as disposic;Oes do COdigo l'e11nl e Disciplinar ds l\[arinha Ml'rcante, do Regulampnto Geral das Capitanias e de toda a legisl~Ao que
rpgula 0 exercfcio da pesca em geral, na parte aplic8vel.
Art. 26.° Fie8 expressamente revogado 0 Decreto
n.O 41 444, de 14 de Dezembro' de 1957.
80S
A
Publique-se e cumpra-se como n('le
Be
contero.
Pa<;os do Govemo da Republica, 6 de Julho de 1963.DEt'S RODRJGtTES Tnmuz - AntOnio de Olif1eira
Salazar - Ant611io Manuel Pinto Barbo3a - Fe11UU'Ulo
Q"infa"il/'a J[cndon~a Dialf.
A:lli:RJCO
IlfPllENS& NACI0S.lL Da LtIl80&
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