Año V Nos. 205-206 PAGINAS ILUSTRADAS Cuerpo de redacción Sección científica Dr. don Gustavo Michaud Don J. Fidel Tristán Don Anastasio Alfaro Sección literaria Don Félix F. Noriega Don Daniel Ureña Don León Fernández Guardia Crítica literaria Don José Fabio Garnier Crónica Don Justo A. Facio (Gastón de Silva) Sección europea Dr. don Teodoro Picado (Calibán) Corresponsal en España (Barcelona) Don César Nieto Colaboradores f o t o g r á f i c o s Don H. N. Rudd Sres. Paynter Bros. Don Fernando Zamora Don Félix Robert Don Max. Rudín Don Federico Mora C. Fotograbador Don Próspero Calderón N O T A S E n días p a s a d o s murió el caballero don V e n a n c i o G a r c í a , después de penosa enfermedad. V a y a n para su estimable familia las muest r a s de nuestra condolencia. A la familia de la que fué doña Esmerald a Iglesias de L o r í a , m u e r t a h a c e algunos días, a c o m p a ñ a m o s en su duelo, en especial á don P e d r o Loría, h i j o de la estimable extinta. El d o m i n g o anterior se dió sepelio á un niñito de don Manuel Solera y doña Juana de Solera. P r e s e n t a m o s á su familia nuestro pésame. Ha b a j a d o á la t u m b a la señora Matilde Padilla v. de Mora, h e r m a n a del señor don E m i l i a n o Padilla. N u e s t r o más sentido p é s a m e á su apreciable familia. Monsieur le D i r e c t e u r de Páginas Ilustradas Consulat de F r a n c e au Costa Rica.— A l'occasion de la féte Nationale de la Republique Francaise le Cónsul de F r a n c e et la Comtesse de C o u r t e receviont le Mardi 14 juillet á 2 heures aprés midi. Presentamos, con tal motivo, un entusiasto saludo al señor Cónsul de F r a n c i a , á su distinguida señora y á todos los compatriotas de los héroes de la Bastilla que celebrarán el martes el día más glorioso de su Patria. L a presente edición de Páginas Ilustradas corresponde á los números 205 y 206 y contiene, por consiguiente 32 páginas. Honra las columnas de nuestra R e v i s t a el retrato de nuestro a m i g o estimable el Doctor don R o b e r t o F o n s e c a C a l v o , Presidente de la actual Junta de Educación de la capital. Su f a m a como médico la pregona la numerosa clientela que a c u d e á su despacho; y pudiendo haber hecho y a un capital envidiable e n su profesión, no se lo han permitido sus generosos sentimientos humanitarios, pues repetidísimas v e c e s ofrece sus servicios g r a t u i t o s á los pobres y hace muchas obras de caridad que pasan desconocidas, pues sabe practicar la filantropía que no se exhibe ante el público. R e c i b a el distinguido D o c t o r este humilde homenaje de Páginas Ilustradas. che, quedó instalada la « L i g a de F o o t ball». L o s Clubs que integran dicha L i g a quedaron f o r m a d o s para el itinerario de juegos, a s í : La El La El Primeros teams Libertad Josefino Juventud Cartaginés 2° DIVISIÓN Segundos teams L a Libertad El Josefino L a Juventud L a Grecia Alfonso XIII Juan Santamaría L a t e m p o r a d a de p a r t i d a s , d u r a r á h a s t a el último domingo de diciembre y han sido n o m b r a d o s Jueces: P o r L a L i b e r t a d , E d u a r d o G a r n i e r y E. B a l t o d a n o ; p o r la J u v e n t u d , A r i s t i d e s Rod r í g u e z y G o n z a l o G u z m á n ; por el Josefino, A l b e r t o Brenes Mora y O s c a r Pinto; por L a Grecia, C a r l o s Cartín. A d e m á s , 4 juec e s neutrales: Jorge Ureña, Mr. White, Mr. R i g h t y Mr.Gillen. En A l a j u e l a se ha fundado una asocia- Páginas Ilustradas Revista Semanal Año V * Director, Próspero Calderón * Nos. 205, 206 Gonzalo Sánchez Bonilla autor de Miosotis mazurca que insertamos en el presente número San J o s é . C o s t a Rica. — A m é r i c a Central. — 12 d e julio d e 1908 Las ciudades de Costa Rica San José XVI 4 ° — I n s t r u c c i ó n pública Juntas de Educación E s t a s prestan m u c h o p r o v e c h o á las escuelas. A q u í t e n g o q u e h a b l a r del D r . R o b e r t o F o n s e c a C a l v o , q u i e n p o r m u c h o s a ñ o s h a s i d o P r e s i d e n t e d e la J u n t a d e E d u c a c i ó n d e e s t a c i u d a d , e m p e ñ á n d o s e p o r l a b u e n a m a r c h a d e l a s e s c u e l a s , y h a c i e n d o p o r e l l a s un s i n n ú m e r o d e b i e n e s . L a s J u n t a s d e E d u c a c i ó n q u e h a n f u n c i o n a d o d e s d e 1889 á 1908 s o n l a s s i g u i e n t e s : 1889.—Propietarios Isidro Marín Calderón Buenaventura Corrales Tranquilino Chacón Suplentes Elías Jiménez J u a n M. M u r i l l o 1890. - P r o p i e t a r i o s Isidro Marín Calderón Nicolás C h a v a r r í a Mora Teodoro Picado Suplentes Buenaventura Corrales David Castro 1891.—Propietarios Cleto González Víquez Nicolás Chavarría Teodoro Picado Suplentes Francisco V. Víquez David Castro 1892.— P r o p i e t a r i o Salomón Escalante Nicolás Chavarría Teodoro Picado Suplentes Francisco V. Víquez David Castro 1893.—Propietarios Lucas Fernández Jesús Marcelino Pacheco Matías Trejos 1894.—Propietarios Jesús Marcelino P a c h e c o Buenaventura Corrales Austregildo Bejarano Suplentes Francisco Sáenz David Castro 1895 La misma 1896.—Propietarios Mauro Fernández Ricardo Jiménez Jesús Marcelino P a c h e c o Suplentes Buenaventura Corrales Manuel Echeverría 3464 Dr. Roberto Fonseca Calvo P r e s i d e n t e de la Junta de E d u c a c i ó n de S a n J o s é . D o c t o r en Medicina G r a d u a d o en la Universidad Montepellier en 1895, é incorporado en n u e s t r a F a c u l t a d en 1900 1897.—Propietarios Suplentes 1898.—Propietarios Suplentes 1899.—Propietarios Suplentes 1900.—Propietarios Mauro F e r n á n d e z R i c a r d o Jiménez Vidal Quirós Elías C a s t r o Ureña Manuel Echeverría Antonio Zambrana Andrés Venegas A l b e t o Echandi Elías Castro Ureña Luis A n d e r s o n Cleto G o n z á l e z V í q u e z Gerardo Castro Manuel Echeverría Vidal Quirós F l o r e n c i o Madriz Manuel A r a g ó n R a m ó n Zelaya Crisanto F e r n á n d e z Suplentes José M. V a r g a s Luis Castro Ureña 1901.—Propietarios Suplentes 1902.—Propietarios Suplentes 1903.—Propietarios Suplentes 1904.—Propietatios Suplentes 1905.—Propietarios Suplentes Manuel A r a g ó n Alejandro Alvarado Quirós Crisanto F e r n á n d e z José M. V a r g a s Manuel C o t o Fernández R o b e r t o Fonseca Calvo R a f a e l Calderón Muñoz Alejandro Alvarado Quirós Luis C a s t r o U r e ñ a Manuel C o t o Fernández Roberto Fonseca Calvo Rafael Calderón M u ñ o z L u i s C a s t r o Ureña Justo A . F a c i o Claudio González R u c a v a d o Roberto Fonseca Calvo Elías C a s t r o U r e ñ a Claudio G o n z á l e z R u c a v a d o Anastasio Alfaro Enrique Fernández Roberto Fonseca Calvo Anastasio A l f a r o Benjamín Escalante N i c o l á s Chavarría Mora Leónidas Briceño 3465 1906.—Propietarios R o b e r t o Fonseca Calvo Leónidas Briceño Ernesto Martín Suplentes A l f r e d o Esquivel José J. Mendoza 1907.—Propietarios R o b e r t o Fonseca Calvo Ernesto Martín Juan Bautista Fonseca Suplentes Baldomero Fernández A l f r e d o Esquivel 1908.—Propietarios R o b e r t o Fonseca Calvo Ernesto Martín Juan Bautista Fonseca Suplentes Napoleón Sanabría Baldomero Fernández Muchas Juntas no han concluido el año, pero Municipalidad para el año que les corresponde. Personal éstas son las que ha n o m b r a d o la Docente Y a la ley determinaba que para ser maestro se necesitaba ser maestro titulado; este artículo ha sido puesto en práctica con el Reglamento orgánico del personal docente que se decreto el 24 de diciembre de 1906.—Además exponía: que para ser maest r o se necesitaba ser titulado; dividía á éstos en 5 categorías según sus años de servicio. Según la memoria de 1908 hay en la República 752 maestros titulados, que distrib u i d o s en categorías resulta: Maestros ordinarios I I II II III III IV. V Categoría B Maestros I II A A B A B B B ... .... .... .... .... .... .... .... 29 32 34 53 51 267 96 96 658 3 91 94 especiales Categoría — B A Total 752 L o s maestros que concurren á las escuelas primarias de la ciudad, según el nombramiento h e c h o el 19 de febrero de 1908, es de 170 maestros; que distribuidos p o r escuelas resulta: Escuela Anexa al L i c e o de Costa R i c a 7 — — — Colegio de Señoritas 9 — Superior de Varones N° 1 y complementaria A n e x a 12 — Superior de varones N ° 2 12 — Superior de niñas N° 1 y complementaria Anexa 14 — Superior de niñas N° 2 11 — Párvulos N° 1 12 — — N° 2 10 — — N° 3 8 — Párvulas N° 1 12 — — N° 2 9 — N° 3 10 126 3466 Maestros Dibujo Canto Religión Trabajos Manuales Costura Gimnástica Inglés especiales 6 8 8 2 17 1 1 Francés 1 44 Total 170 L o s m a e s t r o s p o r c a t e g o r í a s , s e g ú n el y a c i t a d o n o m b r a m i e n t o es el s i g u i e n t e : Maestros I II II III III IV V — — — — — — Maestros I II III ordinarios B A B A B B B .... .... ... .... ... .... .... 13 16 26 24 30 5 5 126 .... .... 5 38 1 44 especiales Categoría B — C A Total 170 L o s m a e s t r o s p o r su s e x o se d i v i d e n en la f o r m a s i g u i e n t e : Maestros Hombres Mujeres ordinarios 25 101 126 Maestros especiales Hombres Mujeres 10 34 Total 44 170 S a n José, 14 de j u n i o d e 1908. José M. Tristán NOTA DEL AUTOR P o r un olvido i n v o l u n t a r i o , se m e pasó por a l t o h a c e r constar a l pie del r e t r a t o del Licenciado Fernández, que correspondía al a r t í c u l o N° X I V q u e e s d o n d e se h a b l a d e él. 3467 PARA LISÍMACO CHAVARRÍA, FRATERNALMENTE Sol de España, mujeres, valentía; acotado terreno, paladines; jueces de campo, reyes, malandrines; lanzas fulgentes como el mismo día. H a y , además de esto, gallardía en los corceles de sedosas crines; hay espadas, y cascos, y clarines; temores, esperanzas é hidalguía. V i b r a ronco clarín. Al g r i t o fiero pisa la arena heroico caballero, mantenedor de glorias y blasones. Viene de punta en blanco y en su escudo; con letras de oro, dice un lema rudo: Su cota está tejida de ilusiones. Rodolfo de Salazar De La Revista de Alicante, (España). Del solar indígena Frente al monolito P A R A R O D O L F O DE S A L A Z A R , H E R M A N O EN EL A R T E Sol del Inca, del indio que solía, al llegar el Dios-Astro á los confines, resumir en sus o j o s los carmines con que la amplia llanura se teñía. A l e g r o s de zenzontles en la umbría y músicas de indígenas flautines; y vírgenes cobrizas, y festines, é incienso que ante el ídolo ascendía. Resuenan atabales. U n flechero ensaya sus posturas de guerrero y atruenan la montaña sus canciones. Preséntase el Cacique, noble y rudo, y va á quebrarle el Sol, sobre el escudo, el oro sideral de sus lanzones. Lisímaco 3468 Chavarría En el salón de baile Para Páginas Ilustradas A Monchita Buitrago No es un puñado de fragantes flores lo que en prueba de afecto te dedico; son unos cuantos versos soñadores, paisajes, que aunque faltos de colores, los trazo en el revés de tu abanico. En el salón, la luz. Olor de fiesta; tropel de venturosas ilusiones; y al resbalar por el marfil tu mano, se quejan, como heridos corazones, las amarillas silabas del piano. El ritmo se desgrana, poco á poco, como un rumor herido, y fingen, al pasar, las blandas notas una completa fuga de gaviotas que cruzan por el bosque del sonido. Cada nota, es encanto; la tecla es lirio, que trocó el perfume or el sonoro murmurar del viento, las teclas dicen infinitas cosas; ellas aman lo ideal, las mariposas y el haz de luna que las baña en llanto! p En un ángulo tú, triunfante y bella; sobre tus formas de nevado armiño tiembla el escote pálido del traje, que retiene la orilla del encaje y las ondas de seda del corpiño. Algún rayo de sol bajó á tu boca, copa que ostenta cincelada orilla, llena de miel y vino soberano, lira de niveas cuerdas es tu mano, tu faz, aurora que de goce brilla, sollozos de alma de mujer, el piano. ¡Oh, qué hermoso sería, contemplarte sobre el marfil del piano reclinada, ceñida por la sombra inoportuna, y en medio del silencio, dibujada por el pincel de un rayo de la luna! Leonardo Montalbán Nicaragua. 3469 Prólogo (Concluye) P o r l o s e j e m p l o s p r o p u e s t o s se v e q u e la a n a l o g í a d e q u e a q u í s e t r a t a p u e d e p r o d u c i r e f e c t o s diferentes: ora altera ó introduce m e r a m e n t e uno ó más sonidos (nuera, barcina); o r a m o d i f i c a u n a ó m á s p a r t e s d e un v o c a b l o a c o m o d á n d o l o á la f o r m a y s i g n i f i c a d o d e o t r o (engatusar, paviota, camapé, en A n d a l u c í a camapié); o r a , c u a n d o sim u l t á n e a m e n t e o c u r r e n á la m e n t e d o s t é r m i n o s s i n ó n i m o s , f u n d e en u n o s o l o p a r t e s ó e l e m e n t o s d e a m b o s (descabeñar). L o s m i s m o s e j e m p l o s p o n e n d e m a n i f i e s t o a u n q u e l a e v o l u c i ó n f o n é t i c a se v e r i f i c a s i e m p r e c o n f o r m e a l e y e s q u e o b r a n c o n sum a r e g u l a r i d a d , la a n a l o g í a t u r b a á v e c e s esa r e g u l a r i d a d . P a r a t r a z a r , p u e s , la h i s t o r i a d e u n a l e n g u a es d e a b s o l u t a n e c e s i d a d d e s c u b r i r e s a s l e y e s f o n é t i c a s d e t e r m i n a n d o en q u é c o n d i c i o n e s p r e c i s a s u n s o n i d o se transforma en o t r o , y n o a d m i t i r i n f r a c c i ó n a l g u n a s i n o e n v i r t u d de i n f l u e n c i a a n a l ó g i c a c o m p r o b a b l e . Sin e s o , el e t i m o l o g i z a r e s a n d a r á t i e n t a s y á m e r c e d del c a p r i c h o . L a s b r e v e s i n d i c a c i o n e s q u e a n t e c e d e n , al p a r q u e i n d i c a n el p a p e l d e la a n a l o g í a e n la e v o l u c i ó n d e l l e n g u a j e , n o s e n s e ñ a n la c a u t e l a c o n q u e h a d e p r o c e d e r s e en su e s t u d i o . E s c i e r t o q u e e n v o c e s ó c o n s t r u c c i o n e s d e u s o g e n e r a l , fácil e s n o e n g a ñ a r s e ; más t r a t á n d o s e d e v o c e s p r o p i a s d e c i e r t a c o m a r c a , s ó l o á q u i e n c o n o z c a m u y b i e n su l e n g u a j e es d a b l e f a l l a r c o n a c i e r t o . P o r l o q u e r e s p e c t a á A m é r i c a , o f r é c e s e o t r a d i f i c u l t a d , y e s q u e las v o c e s p u e d e n h a b e r s e a l t e r a d o en é p o c a d i s t a n t e , y a a n t e s d e la c o n q u i s t a , y a d e s p u é s , y h a b e r c a í d o e n o l v i d o u n o d e l o s f a c t o r e s d e l a a l t e r a c i ó n : atagayar (atagallar en P i c h a r d o ) , q u e d i c e n e n C u b a p o r atalayar, es p r o b a b l e m e n t e f u s i ó n d e e s t e v e r b o y d e atajar (22) en su a n t i g u a a p l i c a c i ó n militar p o r e x p l o r a r ó r e c o n o c e r la t i e r r a ; si tal a c e p c i ó n está o l v i d a d a en el país, p a r a a p r o b a r la e x p l i c a c i ó n p r o p u e s t a h a b r á d e a d m i t i r s e q u e l a v o z q u e d e e l l a r e s u l t ó es y a d e a l g u n a antig ü e d a d . A s í q u e c o n d e s c o n f i a n z a d o y listas d e l o s c a s o s p r i n c i p a l e s q u e m e s u m i n i s t r a el s e ñ o r G a g i n i , v a r i o s d e e l l o s c o n o c i d o s t a m b i é n e n o t r o s l u g a r e s de A m é r i c a , y a l g u n o s a u n e n E s p a ñ a ; si p o r c o m u n i c a c i ó n d e un l u g a r á o t r o ó p o r p u r a c o i n c i d e n cia, es c o s a q u e n o m e a t r e v o á decidir. I. Ación + arzón: arción; arrellanarse + rellenar: arrellenarse; atojar + atular ó empujar: atujar; birlocho + coche: birloche: cábala + f á b u l a : cábula; cardamomo + c a r d ó n : cardamón; cascarrabias + r a s c a r : r a s c a r r a b i a s ; Clotilde + Cleopatra, Cleofé: Cleotilde; coligar + c o a l i c i ó n : coaligar; chiquilín + chacho: chacalín (con a s i m i l a c i ó n p r o g r e s i v a d e la a y la i); entrar + dentro: dentrar; entrapajar + tapujo: e n t r a p u j a r ; guanábana + guayaba: guanaba; hondonada + andanada hondanada; lelo + p e l e l e : lele; pegote + costra: pegostre; rabiatar + arrear ó r e a t a r : arrebiatar; sacudón + s a c u d i da: sacudión; sozarrón + vocería, vocear: vocerrón; zurra + zurriago: zurria. I I . Cascar + c á s c a r a : cascarear ( z u r r a r , c o m o p e l a r ) ; desgañitarse + gañote: desgañotarse; desternillarse + t o r n i l l o : destornillarse; engatusar + g u a t u s a : enguatusar; espeluzar + p e l u c a : espelucar; escorrentar ( a h u y e n t a r , e n g a l l e g o ) + torrente: estorrentar; manejar + m a n i j a : manijar; picotazo + p i q u e t e : piquetazo; repantigarse +plantarse: replantigarse. I I I . Aguachirle + a g u a c h a r : agua chacha; atiborrar + embadunar: atiburnar; atorarse + atravesarse: atorosarse ( a t r a g a n t a r s e ) ; atujar ( a z u z a r ) + acular (portugués): atular; averiarse + a g u a r s e : veraguarse ( a p u l g a r a r s e ) ; campista ( c a m p e s i n o ) + veterano: campirano (23); carango ( p o r t u g u é s ) + c á n c a n o : carángano ( p i o j o ) ; cascar + t u n d a : cascundear; caterva + zumba (24): catizumba ( a c a s o con la i d e cáfila); cazar + u ñ a : cazuñar ( h u r t a r ) ; concha + roncha; corroncha; chacolotear + zangolotear: changolotear; ehina ó c h i c h ó n + bola: chibola; desbarrancar + d e r r u m b a r : desbarrumbar; descuajar + j e r i n g a r : descuajeringar; desmandarse + d e s r a n c h a r s e : desmancharse; decires + dicen: díceres; migaja + b u r u s c a : mirrusca ( t a m b i é n mirruña), c o m o si se d i j e r a el neg r o d e l a u ñ a ; a u n q u e n o a t i n o á e x p l i c a r la rr); revolución + r e v u e l t a : revoluta; tostón, t o s t a d a + p a s t e l : tostel. A v e c e s , m á s b i e n q u e u n a p a l a b r a s o l a , e j e r c e la a c c i ó n a l t e r a d o r a u n g r u p o d e p a l a b r a s q u e tienen un m i s m o final ó c o m i e n z o ; en lo c u a l h a y c i e r t a s e m e j a n z a c o n l a a n a l o g í a m o r f o l ó g i c a : C a l i s t o p a s a á Calistro por c a u s a d e ministro, registro; ¡ c a r a m ba! á ¡carambas! p o r ¡cáscaras! ¡caracoles!; cutaras á cutarras; p o r chamarra, zamarra, (22) E l c a m b i o de j ó h a s p i r a d a en g no es desconocido en C u b a : hollejo: gollejo, arraihan (así en N e b r i j a , A l c a l á , G a b r i e l A l o n s o de H e r r e r a , etc., c o n f o r m e al origen á r a b e ) : arraigán. (23) En M é j i c o se u s a n campista y campirano, c o n s e r v a n d o éste reliquias de la contaminación de significado: «hombre entendido en las f a e n a s d e l c a m p o , y el diestro en la e q u i t a ción y en los e j e r c i c i o s de l a z a r , colear y j i n e t e a r animales»; en C o s t a R i c a v a l e rústico, tosco, p a t á n , p a l u r d o . Campista se u s a t a m b i é n e n H o n d u r a s . (24) Zumba significa en C o l o m b i a z u r r a , y a c a s a ha v e n i d o á t o m a r s e p o r cáfila á s e m e janza d e zurria, q u e allí t i e n e esa acepción. 3470 guitarra; fósforo á fósfero p o r áspero, níspero, próspero; gentío á genterio p o r pobrería, piojería, e t c . ; inmundicia a inmundicie p o r molicie, superficie; ambages á embages p o r embrollos, embustes; ampollar á empollar p o r encorar, encancerar, encallecer; descarajar á desarrajar p o r desacomodar, d e s a r r i m a r ; desatrancar; trampantojo ó. traspantojo p o r trasparente, traspaso, trasponer. L a f u s i ó n de e l e m e n t o s d e d i f e r e n t e p r o c e d e n c i a r e c i b e c o m ú n m e n t e el n o m b r e d e contaminación, t o m a d a e s t a p a l a b r a en el s e n t i d o q u e d a T e r e n c i o al v e r b o l a t i n o c o r r e s p o n d i e n t e c u a n d o l o e m p l e a p a r a s i g n i f i c a r q u e ha f o r m a d o una c o m e d i a c o n los a r g u m e n t o s d e d o s a j e n a s . A c a s o m á s f r e c u e n t e q u e en l o s v o c a b l o s , e s t o en las c o n s t r u c c i o n e s , d a n d o o r i g e n á f r a s e s i d i o m á t i c a s q u e d e s a f í a n t o d a s las s u t i l e z a s del a n á lisis l ó g i c o ; d í g a l o el u s o i m p e r s o n a l d e haber q u e r e s u l t a d e la m e z c l a d e e x p r e s i o n e s c o m o « A q u e l p u e b l o h u b o ( t u v o ) g r a n d e s g u e r r a s » +- « E n aquel p u e b l o f u e r o n g r a n d e s g u e r r a s » , m u y u s a d a s a m b a s en c a s t e l l a n o a n t i g u o . E l q u e e s c r i b e , rara v e z d e j a p a s a r v o c a b l o s q u e m o m e n t á n e a m e n t e f o r m a p o r c o n t a m i n a c i ó n ; y al c o n t r a r i o , aun en los a u t o r e s m á s e x c e l e n t e s , en P l a t ó n y J e n o f o n t e c o m o e n V i r g i l i o y H o r a c i o , en G o e t h e y L e s s i n g , se e n c u e n t r a n m e z c l a s d e c o n s t r u c c i o n e s , c o n f o r m e l o h a c e n v e r l o s filólogos q u e han d i l u c i d a d o este p u n t o , y c o m o p u e d e c o m p r o b a r s e c o n l o s m e j o res d e l o s n u e s t r o s . D e s d e el p r ó l o g o m i s m o del Q u i j o t e e m p i e z a C l e m e n c í n á c e n s u rar f r a s e s q u e n o tienen o t r a e x p l i c a c i ó n , p o r e j e m p l o : « L a t i n e s q u e o s c u e s t e n p o c o t r a b a j o el b u s c a l l o s » = « L a t i n o s q u e o s c u e s t e p o c o t r a b a j o el b u s c a l l o s » = « L a t i n e s que os cuesten p o c o trabajo de buscallos». H o j e a n d o algunos libros españoles m o d e r n o s , e n c u e n t r o : « L a m a t r í c u l a d e n o b l e s se h a c í a p o r a p a r t e » : aparte + por separado. « A u n e s t o y p a r a m í en q u e m á s d i g n o a s u n t o e r a é s t e d e la e p o p e y a q u e la g u e r r a de T r o y a » : tengo para mi que + estoy qen ue; « C o n t o d o d e estar en s u s floridos a ñ o s » , á pesar de estar + con todo, estaba. « L e vi en t a n t o c o m í a » : en tanto que + cuando ó mientras L o c u c i o n e s c o m o estas últimas p u e d e n fácilmente generalizarse; m a s antes q u e tal c o s a s u c e d a , p r o d u c e n d e s a g r a d a b l e e f e c t o á c u a l q u i e r a q u e e s t é a c o s t u m b r a d o á p e s a r y a n a l i z a r l o s e l e m e n t o s del d i s c u r s o . A ñ a d i r é o t r o s c a s o s q u e t o m o del señor Gagini; aunque algunos son c o n o c i d o s f u e r a de C o s t a Rica, no cuentan todavía c o n el a p o y o del u s o g e n e r a l , y j u n t o s t o d o s dan p a r t i c u l a r l u z á esta i m p o r t a n t e materia. Arroz con leche + sopa de leche: + arroz de leche; con motivo de su enfermedad + en atención á su enfermedad: con motivo á su e n f e r m e d a d ; darse prisa + andar pronto: darse p r o n t o ; en c l u q u i l l a s + de pies, de cabeza: de c l u q u i l l a s ( c u c l i l l a s ) (25); de balde + en balde: de en balde; exprofeso + de intento, de propósito: de ex p r o f e s o ; cortar á raíz + arrancar de r a í z : cortar de á r a í z ; gratis + de balde: de g r a t i s ; en punto de filosofía + en cuanto á filosofía: en punto á filosofía; haber menester + haber de salir, e t c . : haber de menester; hace tiempo + hace días, años: hace tiempos; hasta las cuatro no llegó + á las cuatro llegó: hasta las cuatro llegó; mal haya fulano + maldito sea f u l a n o : malhaya sea f u l a n o ; meterse monja + meterse á poeta: meterse á monja; no obstante estar ausente + á pesar de, sin embargo de estar ausente: no obstante de estar ausente; pegar con a l g u no + quejarse de a l g u n o : pegar de alguno; por cuanto él lo manda + porque, mediante que él lo m a n d a : por cuanto que él lo manda; quiénes vinieron + qué ó cuáles otras personas v i n i e r o n : quiénes otras personas vinieron; según dicen + á lo que d i c e n : á según dicen; vea si viene + vaya á ver si v i e n e : vea á ver si viene. P a r a t e r m i n a r esta y a e n o j o s a r e s e ñ a de la e v o l u c i ó n del c a s t e l l a n o en C o s t a Ric a , sería b u e n o a v e r i g u a r si en la p r o n u n c i a c i ó n ó en la s i n t a x i s han e j e r c i d o a l g u n a influencia l o s d i a l e c t o s a u t ó c t o n o s ; m i i g n o r a n c i a e n e s t e p u n t o n o m e p e r m i t e ni t o c a r la m a t e r i a : el s e ñ o r G a g i n i , q u e l o s c o n o c e d e raíz, p o d r á d e c í r n o s l o . E n c u a n t o á voc e s a m e r i c a n a s , las h a y en e s t a r e p ú b l i c a d e m u y d i v e r s a s p r o c e d e n c i a s , l l e v a d o s c o m o , á o t r o s países, p o r l o s e s p a ñ o l e s m i s m o s ; pero l a s m á s a b u n d a n t e s , s e g ú n l o a d v i e r t e el s e ñ o r G a g i n i , s o n p o r d e c o n t a d o las m e j i c a n a s . Sin d u d a q u e t a m b i é n m u c h a s d e ellas p r o v i e n e n d e las r e l a c i o n e s í n t i m a s ó f r e c u e n t e s d e t o d a la A m é r i c a Central con M é j i c o ; n o o b s t a n t e , h a b i é n d o s e h a b l a d o la l e n g u a n a h u a t l e e n a l g u n a s r e g i o n e s d e a q u é l l a , m u y n a t u r a l es q u e v a r i a s se h a y a n t o m a d o ahí m i s m o d i r e c t a m e n t e . P o r e j e m p l o , en M é j i c o d i c e n cacle y en G u a t e m a l a , H o n d u r a s y C o s t a R i c a caite; a m b o s c o r r e s p o n d e n al n a h u a t l e cactli ( c i e r t a e s p e c i e de s a n d a l i a s ) y la d e s c o n f o r m i d a d p u e d e e x p l i c a r s e p o r d i f e r e n c i a d i a l é c t i c a en la v o z i n d í g e n a ó p o r a d a p t a c i ó n i n d e p e n d i e n t e en c a d a r e g i ó n . C o m o q u i e r a q u e sea, j u z g o q u e la i n f l u e n c i a m e j i c a n a v a a t e n u á n d o s e c o n la d i s t a n c i a : la v o z tralalmejo, q u e en M é j i c o se v u e l v e tlapalmeja (mequetrefe), es en C o s t a R i c a trapalmejas (inútil, p a r a p o c o ) : allá a c o m o d a c i ó n f o n é t i c a , p o r q u e l a l e n g u a del país c a r e c e d e r y d e f ; a q u í a c o m o d a c i ó n a n a l ó g i c a , p o s i b l e en c u a l q u i e r t i e r r a d e l e n g u a c a s t e l l a n a . E n M é j i c o c o a d y u v a n d o el h e c h o d e n o t e n e r s el n a h u a t l e , se ha c o n s e r v a d o en v o c e s así i n d í g e n a s c o m o c a s t e l l a n a s la p r o n u n c i a c i ó n del i n g l é s sh ó f r a n c é s ch, q u e en c a s t e l l a n o a n t i g u o se r e p r e s e n t a b a c o n la x; e n G u a t e m a l a s u (25) De cuclillas se halla y a en Molina, s. v. xoloca. 3471 c e d e l o m i s m o en p a l a b r a s i n d í g e n a s , m a s e n C o s t a R i c a n o se c o n o c e y a tal a r t i c u l a c i ó n (26). III La lengua literaria L a o b r a del s e ñ o r G a g i n i , á m á s del i n t e r é s q u e o f r e c e p a r a la filología r o m a n c e en g e n e r a l , se e n c a m i n a á f a c i l i t a r á l o s c o s t a r r i c e n s e s el c o n o c i m i e n t o c a b a l del c a s t e l l a n o , s e ñ a l á n d o l e s l o s d e f e c t o s en q u e i n c u r r e n d o c t o s é i g n o r a n t e s ; n o serán, p u e s , f u e r a d e l c a s o a l g u n a s o b s e r v a c i o n e s s o b r e la r e l a c i ó n en que s e hallan la l e n g u a liter a r i a y el h a b l a c o r r i e n t e y s o b r e l o s c r i t e r i o s q u e p a r a e s t i m a r l a s p u e d e n e m p l e a r s e . E l c o n c e p t o d e l e n g u a , c o m o t a n t o s o t r o s q u e n o s p a r e c e n c o n c r e t o s , t i e n e en r e a l i d a d m u c h o d e a b s t r a c t o . L o s s i g n o s d e q u e c a d a h o m b r e se v a l e p a r a e x p r e s a r s u s p e n s a m i e n t o s , s o n m á s ó m e n o s n u m e r o s o s s e g ú n la e d u c a c i ó n q u e ha r e c i b i d o , l a p r o f e s i ó n y o t r a s c i r c u n s t a n c i a s d e su v i d a f í s i c a , i n t e l e c t u a l y m o r a l , y en o c a s i o n e s t a n p e c u l i a r e s del g r e m i o ó a g r u p a c i ó n á q u e p e r t e n e c e , q u e p a r a un e x t r a ñ o p u e d e n m u c h o s d e e l l o s ser i n i n t e l i g i b l e s . P e r o sean p o c o s , ó m u c h o s , d e u s o g e n e r a l ó l i m i t a d o l o s q u e c a d a c u a l e m p l e a , el a c e r v o c o n s t i t u y e una l e n g u a si t o d o s se a c o m o dan á cierto sistema de pronunciación, de f o r m a s ó combinaciones. R e c o r r a cualquier a a l g u n a s p á g i n a s del d i c c i o n a r i o d e su l e n g u a n a t i v a , y a d v e r t i r á q u e es i n c o m p a r a b l e m e n t e m a y o r la c a n t i d a d de p a l a b r a s q u e n o c o n o c e ó d e q u e j a m á s se v a l e q u e el d e las q u e d i a r i a m e n t e u s a , c o n l o c u a l se c o n v e n c e r á d e q u e e s e e n o r m e c a u d a l n o es p o s e s i ó n d e n i n g ú n i n d i v i d u o s o l o , s i n o q u e se ha r e c o g i d o a c á y allá d e m u c h í s i m o s d i f e r e n t e s en é p o c a , c o m a r c a y p r o f e s i ó n . E l c e n s o r m á s a c e r b o ( i n j u s t o á c a d a p a s o ) q u e h a t e n i d o el D i c c i o n a r i o de la A c a d e m i a E s p a ñ o l a , saca d e sola la letra A « s e i s c i e n t o s y p i c o d e p a l a b r a s » q u e c a l i f i c a d e inútiles y d e s c o n o c i d a s casi p o r e n t e r o , talq u e p u d i e r a n p a r e c e r d e s e n c a j a d a s d e un v o c a b u l a r i o c h i n o ó r e c o g i d a s p o r a l g ú n mis i o n e r o en la isla m á s s a l v a j e d e P o l i n e s i a . Y o , p o r mi p a r t e , sé d e c i r q u e d e ellas h e o í d o u n a s c u a n t a s , y n o d u d o q u e á o t r o s s u c e d e r á l o m i s m o c o n o t r a s ; y c a d a u n o , á la m e d i d a d e su c u l t u r a literaria, irá n o t a n d o : tales han s i d o u s a d a s p o r C e r v a n t e s , t a l e s p o r M a r i a n a , t a l e s p o r Q u e v e d o ; t a l e s se hallan en la Celestina, c u a l e s en el A r c i p r e s t e d e H i t a ; y al fin y al c a b o t o d a s (si n o es a l g u n a r a r í s i m a s e x c e p c i ó n ) h a b r á n d e q u e d a r e n el D i c c i o n a r i o , y a c o m o m o n u m e n t o s del p a s a d o c u y a i n t e r p r e t a c i ó n es i n d i s p e n s a b l e ó c u y a f o r m a p e r t e n e c e á la h i s t o r i a del i d i o m a . P o r el c o n t r a r i o , d e la lista q u e el m i s m o c r í t i c o e n s e g u i d a c o n t r a p o n e d e v o c e s q u e d i c e faltan. p o q u í s i m a s h e o í d o ó v i s t o e s c r i t a s , y a l g u n a s t a l e s q u e á n o v e r l a s tan r e c o m e n d a d a s , las t o m a r í a p o r d i s p a r a t e s ó e x t r a v a g a n c i a s , c o m o él h a c e c o n las d e la A c a d e m i a : p r u e b a d e la lib e r t a d d e e s p í r i t u c o n q u e ha d e e n t r a r s e en estas i n v e s t i g a c i o n e s . El v o c a b u l a r i o d e u n a l e n g u a se halla, p u e s , f r a g m e n t a r i a m e n t e en l o s i n d i v i d u o s , ó m e j o r d i c h o en l a s f a m i l i a s y a g r u p a c i o n e s e s p e c i a l e s ; p e r o á m e d i d a q u e éstas se c o m u n i c a n y se c r u z a n , se n i v e l a y u n i f o r m a el l e n g u a j e , p e g á n d o s e y t r a s l a d á n d o s e d e a q u í p a r a allí las pec u l i a r i d a d e s , b i e n p a r a q u e d a r r e v u e l t a s y p e r s i s t i r j u n t a s , ó b i e n p a r a a h o g a r las u n a s á las o t r a s y s u p l a n t a r l a s . C o n t o d o , s e m e j a n t e c o m p e n e t r a c i ó n n o es a b s o l u t a , y o b r a c o n m á s e f i c a c i a en c u a n t o al e n t e n d e r s e r e c í p r o c a m e n t e l o s i n d i v i d u o s , q u e n o en la a c e p t a c i ó n c o m p l e t a , p a r a u s o p r o p i o , d e l o q u e al e x t r a ñ o o í m o s : así, e n el h a b l a í n t i m a y f a m i l i a r g u a r d a m o s c o n b a s t a n t e fidelidad el v o c a b u l a r i o y las f r a s e s q u e c o n el n a c i m i e n t o y la e d u c a c i ó n n o s f u e r o n i m p u e s t o s , h a s t a el p u n t o d e q u e , así c o m o c o n o c e m o s p o r el m e t a l d e v o z á las p e r s o n a s c o n q u i e n e s t r a t a m o s , t a m b i é n p o d r í a m o s d i s t i n g u i r l a s p o r sus e x p r e s i o n e s f a v o r i t a s . Y t o d a v í a en l o s a u t o r e s v e r d a d e r a m e n t e o r i g i n a l e s a p a r e c e en o c a s i o n e s una p e r s o n a l i d a d s o r p r e n d e n t e . D e s p u é s d e l e e r u n a s p á g i n a s d e C e r v a n t e s , es p r e c i s o r e c o g e r s e y h a c e r u n e s f u e r z o p a r a pen e t r a r b i e n l o s e s c r i t o s d e S a n t a T e r e s a ; y el día q u e se p u b l i q u e n t r a b a j o s e s t r i c t a m e n t e c i e n t í f i c o s s o b r e la f r a s e y e s t i l o d e n u e s t r o s e s c r i t o r e s e m i n e n t e s , s a l t a r á n á l o s o j o s las d i f e r e n c i a s q u e l o s s e p a r a n . P o r m a n e r a q u e si el d i c c i o n a r i o es la c o n g e (26) Molina, a p a r t á n d o s e de N e b r i j a , s i g u e en el v o c a b u l a r i o con toda consecuencia la p r á c t i c a de los que en E s p a ñ a p r o n u n c i a b a n en el siglo X V I x (sh i n g l e s a , ch f r a n c e s a ) antes de c q ( m a x c a r , moxquito), y si h e m o s de c r e e r á R a m o s D u a r t e , t o d a v í a en M é j i c o se o y e : maxcar. B a t r e s J á u r e g u i a d v i e r t e q u e en G u a t e m a l a se p r o n u n c i a n con ch f r a n c e s a cacaxte: cholco, chuco, pachte Tapesco y chute (de o r i g e n q u i c h é , s e g ú n B a r b e r e n a ) . V é a s e la g r a d a c i ó n n a h u a t l e cacaxtli: en M é j i c o cacaxtle, en G u a t e m a l a cacaxte, en H o n d u r a s y Costa R i c a cacaste; n a h u a t l e pachtlí: M é j . paxcle, G u a t . paxte, Hond. y C o s t a Rica paste; n a h u a t l e tlapechco G u a t . tapexco, S a l v . Hond., Nicar. C o s t a R i c a tapesco; n a h u a t l e chococ ( a g r i o ) : Méj. jocoque (leche cortada, nata a g r i a ; xocoteta, g u a y a b a v e r d e , de xocotetl, f r u t a m u y v e r d e y p o r sazonar), G u a t . xuco ( f e r m e n t a d o ) ; Salv. chuco ( c o r r u p t o , hediondo), N i c a r . choco ( a g r i o ) , Hondjuco (id). C o s t a R i c a joco (id.) E s t e ú l t i m o es i n t e r e s a n t e , p o r q u e o f r e c e la transformación de la x en j, q u e se verificó en E s p a ñ a á fines del siglo X V I y principios del X V I I ; de m o d o que h u b o de ser c o m ú n e n t r e l o s que p o r ese t i e m p o h a b l a b a n castellano en a q u e l l a s r e g i o n e s 3472 rie de los vocabularios, las gramáticas usuales son c o m o el término m e d i o en que c o n vienen los diversos individuos. A d e m á s , lo que arriba q u e d a expuesto s o b r e la evolución de la lingüística explica una verdad siempre c o n o c i d a , y es q u e el lenguaje está en c o n s t a n t e m o v i m i e n t o y que un idioma no es idéntico ni en el t i e m p o ni en el e s p a c i o : basta abrir un libro, d e ahora d o s ó tres siglos, para persuadirse d e que entonces n o se hablaba c o m o h o y y trasladarnos á unas cuantas leguas del lugar d o n d e nacimos para notar d i f e r e n c i a s de pronunciación, v o c a b l o s nuevos y frases extrañas. Y no es esto s o l o : c u a n d o las clases sociales están separadas considerablemente p o r su g r a d o de cultura, las unas se expresan de diferente m o d o q u e las otras, c o m o l o sentimos pasando de tratar c o n g e n t e vulgar á departir c o n personas bien e d u c a d a s ; y éstas mismas no usan un mism o lenguaje en la conversación íntima, en el c o m e r c i o c o n los extraños ó al escribir seriamente en prosa ó verso. Cuando las f r a c c i o n e s de un d o m i n i o lingüístico están en c o m u n i c a c i ó n frecuente, consérvase sin dificultad la unidad del i d i o m a ; en no siendo así, diferencias pequeñas en su origen pueden c r e c e r indefinidamente y perjudicar al c a b o para entenderse mutuamente. El castellano ha i d o diferenciándose en España y en A m é r i c a desde los primeros tiempos de la conquista, tanto en razón del f o n d o que en una y otra q u e d ó , p o r las innovaciones y o l v i d o s que en a m b a s han s o b r e v e n i d o independientemente. D e igual manera, la incomunicación en q u e viven los e s t a d o s a m e r i c a n o s impedirá que se extienda, y hagan c o m u n e s á todas las peculiaridades que de p o r si ya tienen ó que en lo v e n i d e r o tuvieren. L a separación de o t r o orden que existe entre las clases sociales explica p o r qué el v u l g o conserva tenazmente v o c e s y frases a ñ e j a s : c o n p o c a s ideas, y ésas p o c o expuestas á modificarse, vive el p u e b l o , s o b r e t o d o en los c a m p o s , e n t r e g a d o á sí mismo, y g r a c i a s á la estabilidad relativa d e nuestras s o c i e d a d e s está libre de las g r a n d e s alteraciones que las guerras, la esclavitud y las emigraciones traen c o n s i g o en la vida salvaje. En fuerza de tal aislamiento el p u e b l o ha c o n s e r v a d o en A m é r i c a m u c h o de C o r t e s y Pizarro. O c i o s o es añadir que, además d e ese tinte a r c a i c o , son también carácter especial del habla vulgar la tosquedad ó grosería de las expresiones, lo b r o n c o de la v o z y la facilidad c o n que d e f o r m a , c e d i e n d o á la acción analógica, cualquiera v o c a b l o p o c o usual. El h o g a r de las familias cultas p u e d e decirse que es el santuario del i d i o m a : el q u e ahí se habla es el q u e caracteriza la nacionalidad intelectual, atesorando los rec u e r d o s y los a f e c t o s , enlazando las g e n e r a c i o n e s é igualando en un elemento c o m ú n al sabio c o n el que no lo e s ; ahí la m u j e r , c o n su espíritu c o n s e r v a d o r , templa el neolog i s m o callejero, y c o n aquella delicadeza y elegancia que le son propias, pone vallas a las extravagancias d e la pedantería c o m o á las v u l g a r i d a d e s de la rusticidad, y aun suaviza en c i e r t o m o d o las asperezas ó los esplendores de la f a c u n d i a varonil; ahí está la mina de que, mediante sabia elección y artístico e s m e r o , f o r m a n sus obras el p r o s a d o r y el poeta. N o sin f u n d a m e n t o m i r a b a Cicerón c o m o escuela d e buen decir el t r a t o de las matronas ilustres d e R o m a ; y n o sin razón el a u t o r de I Promessi Sposi se a y u d ó de una dama florentina en la delicada e m p r e s a de lavar en las aguas del Arno su obra inmortal. Pero la lengua literaria no vive sólo del p r e s e n t e : la admiración ó el placer c o n q u e siguen leyéndose las obras e x c e l e n t e s de é p o c a s anteriores, arraiga en la m e m o ria m o d o s de expresión que el habla c o m ú n tiene o l v i d a d o s ; y el amor c o n que se estudian ó imitan esos m o d e l o s llega á f o r m a r , en alguna manera, un dialecto aparte. Y d i g o en alguna manera p o r q u e el lenguaje literario y el c o m ú n están en d e p e n d e n c i a necesaria: si p o r una parte el p r i m e r o e j e r c e para c o n el s e g u n d o oficios d e nivelador y m o d e r a d o r presentando un tipo u n i f o r m e á las distintas c o m a r c a s y m i r a n d o el imp u l s o c o n que, d e j a d a á sí misma, c o r r e t o d a lengua á la disociación dialéctica, el seg u n d o , á su vez, ha de o b r a r c o m o el e l e m e n t o natural que sirve de f r e n o en t o d a creación artística manteniéndola en el c a m p o de la unidad y la p r o p o r c i ó n , y despierta la simpatía que, c o m o ambiente a t r a c t i v o a c o m p a ñ a siempre á la belleza. Semejante c o n c e p t o de las relaciones que existen entre las c a p a s del l e n g u a j e no p u e d e se absolutamente e x a c t o sino tratándose d e un idioma que d o m i n a u n i f o r m e m e n t e en territorio reducido. Si un dialecto especial, ya sea p o r influencia p o l í t i c a ó p o r influencia literaria de la c o m a r c a en que se habla, ya sea p o r una y o t r a de c o n suno, se extiende en una región d o n d e viven o t r o s dialectos, y viene a ser m e d i o de c o m u n i c a c i ó n entre la generalidad, base de la l e n g u a literaria y n o r m a del habla culta, es m e n o s fácil a c o m o d a r s e á esa n o r m a ; sin e m b a r g o , c o m o á c a d a p a s o se la tiene á la vista, impónese la necesidad d e hacerlo, s o pena d e pasar para c o n los extraños p o r rústico ó p o c o cortesano. Así sucede en Italia, Francia. Inglaterra, A l e m a n i a . C u a n d o una lengua c o m ú n señorea sin g r a n d e variedad un vasto territorio, es n o r m a natural la del c e n t r o literario ó político á q u e t o d o s vuelven los o j o s ; c o m o falte ó se debilite su p r e d o m i n i o , relájase la unidad, f ó r m a n s e o t r o s c e n t r o s de cultura y q u e d a f r a n c a la puerta para las divergencias. E x t i n g u i d a la libertad en Grecia, f u e r o n é m u l a s d e A t e 3473 nas, A l e j a n d r í a , P é r g a m o y otras ciudades d e m e n o r cuenta; igualadas en d e r e c h o s políticos á R o m a las provincias del imperio, p u e d e decirse q u e también alcanzaron i n d e p e n d e n c i a literaria, á lo m e n o s d e h e c h o é i n c o n s c i e n t e m e n t e , c o m o q u e ha sido p o s i b l e asignar patria á varios escritores d e o r i g e n antes d e s c o n o c i d o , en virtud del e s c r u p u l o s o e x a m e n q u e en nuestro t i e m p o se ha h e c h o d e su estilo y lenguaje. El caso del castellano se a s e m e j a singularmente al del latín. A m b o s fueron llev a d o s á otras tierras m e d i a n t e la c o n q u i s t a y el establecimiento de colonias, á que se siguió el c r u z a m i e n t o d e la raza c o n q u i s t a d o r a c o n las razas indígenas; a m b o s fueron c o n s e r v a d o s c o n bastante pureza así p o r los c o l o n o s c o m o p o r sus descendientes, y los territorios o c u p a d o s p o r éstos o b e d e c i e r o n hasta cierta é p o c a á la influencia directa de la metrópoli, r e c i b i e n d o de ella t o d a la v i d a intelectual y política; separadodespués, han q u e d a d o en posesión del caudal q u e les t o c ó en herencia, para beneficiarl o p o r cuenta p r o p i a . N o obstante que la c o m u n i c a c i ó n d e R o m a c o n las provincias era más fácil, n o tardaron en introducirse matices en la latinidad, y también desde un p r i n c i p i o sobrevinieron en la l e n g u a castellana, sin q u e p u e d a decirse q u e se ha ataj a d o la separación c o n el estudio c r e c i e n t e del idioma en A m é r i c a . A n t e s bien semejante aplicación, dirigida c o n diversa intensidad y en diferente sentido en éste y en el o t r o lado del o c é a n o , p u e d e ser f u e n t e de m a y o r e s variaciones, p o r el h e c h o de inclinarse unos m á s que o t r o s á la f o r m a escrita y tradicional. N o falta quizá razón al que ha supuesto que la c o n s e r v a c i ó n más puntual de ciertas desinencias en Galia y en E s p a ñ a se d e b i ó á la circunstancia de q u e en estas r e g i o n e s se aprendía el latín g r a m a t i c a l m e n t e mientras que en Italia, a c a s o p o r considerarse amos de la lengua j u z g a b a n que para saberla les bastaba el haberla m a m a d o c o n la leche. Hase a f i r m a d o q u e algunas peculiaridades de la pronunciación del inglés en los E s t a d o s U n i d o s p r o v i e n e n de la m a y o r difusión de la lectura, c o n c u y o hábito c o b r a realce la parte f o r m a l , á la par q u e m e r m a la variedad de la entonación. Y a sabemos q u e h o y m i s m o á los españoles les parecen los americanos redichos é inclinados á evitar expresiones familiares. Si Madrid, p o r e j e m p l o , c o m o capital d e la nación española, y París, c o m o capital d e la francesa, atraen a sí las miradas d e los naturales de estos países, no y a p o r la supremacía literaria solamente, sino c o m o c e n t r o s p o l í t i c o s y administrativos, natural es que su l e n g u a j e sea d e c h a d o que t o d o s p r o c u r a n imitar. L o mismo, en su especie, sucede c o n t o d a s las capitales, y con más razón en los estados de la A m é r i c a esp a ñ o l a que no tienen c e r c a o t r o s c e n t r o s que neutralicen su autoridad. En o t r o t i e m p o , p o r el h e c h o de ser españoles en su m a y o r parte los e m p l e a d o s superiores, c o n s e r v á b a s e f á c i l m e n t e la influencia lingüística de la metrópoli entre las clases más cultas; a h o r a n o s u c e d e así, p o r q u e ni los españoles q u e van á A m é r i c a tienen ese prestigio, ni l o s a m e r i c a n o s que visitan á E s p a ñ a son tan n u m e r o s o s que, si l o pretendiesen, pudieran o b r a r s o b r e t o d a su nación. Entre las capitales americanas las h a y que desd e los p r i m e r o s t i e m p o s d e las colonias alcanzaron g r a n d e importancia social y literaria p o r su riqueza y p o r las universidades y c o l e g i o s , d o n d e se f o r m a r o n s u j e t o s dist i n g u i d o s en ciencias y letras; y h o y en todas, aun las que fueron m e n o s a f o r t u n a d a s d e s d e un principio, se cultivan unas y otras c o n feliz emulación. En todas, p o r consiguiente, existe una s o c i e d a d culta á c u y o m o d o d e hablar tratan de c o n f o r m a r s e las p e r s o n a s más i m p o r t a n t e s de c a d a país: influencia p r e d o m i n a n t e que particulariza el v o c a b u l a r i o la f r a s e o l o g í a y aun la p r o n u n c i a c i ó n . Si los españoles conservaran intacta la lengua castellana cual la hablaron Fr. L u i s d e L e ó n ó C e r v a n t e s tendrían algún viso de razón al pensar q u e en A m é r i c a las alteraciones p r o v i e n e n de rusticidad ó mala e d u c a c i ó n : la e v o l u c i ó n del l e n g u a j e es natural y forzosa, y la extrañeza que causan á los españoles las p e c u l i a r i d a d e s de l o s americanos, es tan p o c a razonable c o m o la que sintiera un a m e r i c a n o p o r las n o v e d a d e s que cada día se admiten en Castilla. E s p a ñ o l e s c o m o a m e r i c a n o s tienen c o n c i e n c i a de que su habla n o es idéntica, y para i n t r o d u c i r la u n i f o r m i d a d se p r o p o n e n remedios más ó m e n o s o p o r t u n o s . Com ú n en el N u e v o M u n d o es la q u e j a de que la A c a d e m i a Española o da c a b i d a en su d i c c i o n a r i o á m a y o r n ú m e r o de v o c e s americanas, l o que es manera de reivindicar el d e r e c h o que j u z g a n tener á que su lenguaje sea c o n s i d e r a d o tan legítimo c o m o la mad r e patria. N o obstante, habrá de c o n v e n i r s e en que c o n e s t o n o se lograría sino autorizar las diferencias ya existentes, y estimular para otras. En e f e c t o , m u c h o s escrupulizan h o y en A m é r i c a valerse en l o escrito de v o c e s y a c e p c i o n e s que n o e n c u e n t r a n en lo q u e llaman r e p e r t o r i o oficial del i d i o m a ; el día que c o n s t e n en él c o m o de u s o lib r e l o s americanismos, l o s emplearán sin e m p a c h o ; p e r o es s e g u r o q u e los españoles se harán lo m i s m o : así, la unidad sólo existirá en el D i c c i o n a r i o , será ilusoria, y la sep a r a c i ó n real del v o c a b u l a r i o será c a d a vez más h o n d a entre los que c r e e n hablar una m i s m a lengua. A l m i s m o t i e m p o q u e apenas hay quien piense en u n i f o r m a r a c c i d e n t e s i m p o r tantes d e la p r o n u n c i a c i ó n , n o faltan en t o d o s los e s t a d o s a m e r i c a n o s quienes pretendan a j u s t a r hasta la c o n v e r s a c i ó n familiar al a t i l d a m i e n t o a c a d é m i c o , e n t e n d i é n d o s e 3474 c o n esta expresión la rigurosa o b s e r v a n c i a de las reglas gramaticales y la o b e d i e n c i a c i e g a al diccionario. M u y bueno sería t o d o esto si los españoles hicieran o t r o tanto a fin de alcanzar la ideal fijación del idioma, en vez d e imaginarse que del o t r o l a d o d e los mares han de estar t o d o s alerta para a d o p t a r l u e g o cualquiera innovación q u e ellos hagan en la lengua tradicional. N o se repetirá lo bastante que la g r a m á t i c a y el diccionario de la lengua viva varían constantemente hasta el punto de que hechos los d o s c o n f o r m e el m é t o d o históricos, vienen á presentar la sucesión d e las g r a m á t i c a s y diccionarios que han r e g i d o unos en pos de otros. L o que ayer y allí era aceptable, mañana y en o t r o lugar se olvida ó desaprueba. Colígese de ahí q u e obras de esta naturaleza son inevitablemente imcompletas, y lo que falta en ellas no siempre falta p o r e f e c t o de condenación intencional, sino p o r inadvertencia. L a s ediciones sucesivas muestran en las adiciones y c o r r e c c i o n e s , que a l g o se había o l v i d a d o antes, y p o r c o n siguiente su autoridad n o siempre es inapelable. En realidad d e verdad las palabras están en el diccionario de una l e n g u a p o r q u e pertenecen á ella, c o s a harto d i f e r e n t e de decir que pertenecen á la lengua p o r q u e están en el d i c c i o n a r i o ; así es que á c a d a paso vemos criticados en n o m b r e de éste v o c a b l o s de t o d o p u n t o p r o p i o s y castizos, ni más ni m e n o s que en n o m b r e de la grámatica l o c u c i o n e s p e r f e c t a m e n t e c o r r e c t a s . A ñ á d e s e á esto que los preceptistas se arrogan el derecho de condenar lo q u e n o les place, ya p o r capricho lugareño ó de otra especie, ó ya f u n d á n d o s e en razones q u e no lo s o n : d i c h o se está q u e en tal c a s o su v o t o nada vale. En varios de los trabajos q u e sobre el castellano de A m é r i c a se han publicado, nótase que no c o n c e d e n á las g r a m á ticas y diccionarios otra autoridad que la científica, y defienden c o m o l e g í t i m o s términos y expresiones que resultan autorizados p o r el uso antiguo ó m o d e r n o de escritores españoles ó p o r razones plausibles de analogía. L a A c a d e m i a misma a c e p t a m u c h o de lo así d e f e n d i d o y j u s t a m e n t e c o m p r o b a d o , p o r más que en Castilla esté o l v i d a d o ó d e s c o n o c i d o , y lo c o n s i g n a en su diccionario sin calificación alguna d e s f a v o r a b l e , c o n lo que se muestra más liberal y razonable que algunos peninsulares. E n c o n c l u s i ó n : la m a y o r parte d e l o que actualmente se escribe en castellano está destinado á un p ú b l i c o c i r c u n s c r i t o p o r las fronteras d e cada país y r e d a c t a d o c o n un f o n d o l é x i c o limitado y no del t o d o idéntico, que dista infinito de a b a r c a r la leng u a entera, en el c o n c e p t o latísimo que arriba califiqué de abstracción. C o m o base d e ese lenguaje e s c r i t o existe siempre el corriente y familiar, en q u e las diferencias l o c a les son todavía m a y o r e s . C o n f o r m e va ahondándose la separación entre las d o s f o r m a s del l e n g u a j e y determinándose en cada p u n t o la dualidad, particularmente d o n d e la divergencia principal consiste en la alteración de la gramática (v. gr, en el u s o d e los p r o n o m b r e s y en las c o n j u g a c i o n e s ) , surgen g r a v e s dificultades; y en l o s países a m e ricanos, no m e n o s que en Italia la questione della lingua, el p r o b l e m a del i d i o m a n a c i o nal ha d a d o ya m a r g e n á discusiones en q u e se han e j e r c i t a d o muchas plumas, p e r o que, p o r el m o m e n t o , n o c o n d u c e n á ningún resultado práctico. El ideal de la lengua literaria castellana n o ha desaparecido, y t o d o s con m a y o r ó m e n o r e s f u e r z o tratan d e a c o m o d a r s e á él, l o g r á n d o l o raras v e c e s ; y nadie, aun entre los m i s m o s q u e p r o c l a m a n la necesidad d e una lengua nacional, aprobaría al q u e se valiese sin restricción alguna de la que se usa c o m ú n m e n t e en la casa y en la calle. N o s hallamos en un p e r í o d o de transición (ó p o r l o m e n o s n o s a c e r c a m o s m u c h o á él), en q u e ni p o d e m o s d a r n o s p o r libres de la tradición ni sujetarnos c o m p l e t a m e n t e a sus leyes. L a s correcciones que se p r o p o n e n no son oídas de ordinario sino p o r algunos literatos, y el e m p e ñ o de escribir el castellano c o m o lengua muerta, imitando c i e g a m e n t e á los españoles, antig u o s ó m o d e r n o s , y desenterrando del diccionario curiosidades insólitas, si a d m i r a á unos p o c o s n o m u y v e r s a d o s en achaques de estilo, rara vez g a n a t o d o s los s u f r a g i o s . Por supuesto que la influencia d e los preceptistas es m u y limitada en lo c a s e r o y familiar. L a solución sólo el t i e m p o la p u e d e dar, sin q u e sea h a c e d e r o f o r m u l a r l a d e s de ahora c o n precisión; p e r o esto n o quiere decir q u e los que v i v i m o s p o d a m o s desentendernos de la c o r r e c c i ó n del lenguaje y de la labor artística del estilo. En mi c o n c e p t o , el caudal que en c a d a parte subsiste es suficientemente rico para q u e l o benefic i e m o s c o n p r o v e c h o , sin violar la g r a m á t i c a c o m ú n á t o d o s ni causar extrañeza may o r c o n v o c a b l o s n o o í d o s ; y c u a n d o sea preciso presentar el habla local, nada se o p o ne á que l o h a g a m o s c o m o en t o d a s las literaturas se hace. P r o b a b l e es que, aun c o n este temperamento, q u e d e t o d a v í a a l g o que c h o q u e fuera de c a d a país; mas p e r s u a d á m o n o s de que, fuera d e la c o r r e c c i ó n gramatical, la obra literaria d e b e tener algún valor intrínseco y que ese v a l o r paliará l o s deslices, aparentes en el m a y o r n ú m e r o de casos, p u e s raros son los disparates de esta especie que lo sean per se. sino en virtud del uso y la opinión locales. Una fruslería p o c o vale, aunque salga m u y atildada y correcta; y al contrario, ¿qué i m p o r t a n c i a tienen en el Q u i j o t e l o s q u e p a r e c e n d e s c u i d o de lenguaje á g r a m á t i c o s de d o s ó tres siglos después? ó ¿en qué se m e n o s c a b a el valor de las novelas de W . S c o t t , p o r q u e á los ingleses les p a r e z c a q u e el autor, c o m o esc o c é s , no f u é siempre puntual en el uso de los auxiliares del futuro? C u a n d o p r o d u z c a m o s o b r a s de s u b i d o s quilates, n o será gran p e c a d o el que en l o s d e m á s países a l g o cause n o v e d a d . 3475 Con todo esto, el castellano de Castilla no puede menos de formar parte integrante de nuestra educación literaria, y el estudio, cum grano salis, de sus escritores eminentes, antiguos y modernos, ha de ayudarnos á cultivar nuestro peculio, aunando la precisión con la elegancia, la claridad con la armonía. E n este c o n c e p t o será utilísima la obra del señor Gagini, que, á más de su alto valor c o m o t r a b a j o filológico, tiene el de acompañar la sana crítica con los buenos ejemplos. París, abril de 1904 C O N S U L A D O DE E S P A Ñ A EN COSTA R I C A S a n José, C . R . , 1° de j u l i o d e 1908. M u y señor mío: E l S e ñ o r M i n i s t r o P l e n i p o t e n c i a r i o de E s p a ñ a en C e n t r o A m é r i c a , c o n f e c h a 3 0 de m a y o ú l t i m o m e c o m u n i c a q u e al recibirse e n el M i n i s t e r i o d e l a G o b e r n a c i ó n , M a d r i d , la c a n t i d a d de 8 5 7 , 9 0 p e s e t a s e n v i a d a s p o r l a r e v i s t a Páginas Ilustradas, d e S a n José d e C o s t a R i c a , e n c a r g a a q u e l D e p a r t a m e n t o s e d é n l a s g r a c i a s á D o n P r ó s p e r o C a l d e r ó n , D i r e c t o r de d i c h o p e r i ó d i c o , así c o m o á t o d o s los d o n a n t e s . L o que t e n g o el h o n o r d e t r a s l a d a r á V . con la m a y o r satisfacción. D i o s g u a r d e á V . m u c h o s años. LuisTorresAcevedo Señor don Próspero Director de Páginas Calderón Ilustradas. P. 3476 Del Instituto Pasteur Cada día q u e pasa, se viene á evidenciar prácticamente, a q u e l l a c é l e b r e profecía d e R e n á n , c u a n d o a l h a b l a r d e P a s t e u r , i l u s t r e s a b i o , d i j o de su l a b o r : " s u l u m i n o s a e s t e l a s e r á c o m o un r e g u e r o de luz en la g r a n n o c h e de lo i n f i n i t a m e n t e p e q u e ñ o " , y si é s t a f u é la d i v i s a del m a e s t r o , s u s d i s c í p u l o s n o d e s c a n s a n , ni un m o m e n t o , p a r a s e g u i r i l u m i n a n do al m u n d o entero con n u e v o s d e s c u b r i m i e n t o s . Los profesores Roux, Calmette y Metehnikoff p u é s d e s u c o m u n i c a c i ó n al C o n g r e s o d e H i g i e n e d e B u d a p e s t , c o n s u b r i l l a n t e d e s c u b r i m i e n t o d e la v a c u n a c i ó n c o n t r a l a d i f t e r i a . El doctor 3477 R o u x es modesto, c o m o un verdadero sabio que es. pero su descubrimiento es conocidísimo, pues las víctimas que producía tan terrible flagelo cegando en plena juventud á miles de existencias, en Francia solamente, perecían más de treinta y cinco mil niños por año, y del 90 y 5 0 o / o de mortalidad, b a j ó como por encanto al 2 o / o y lo más al 5 o / o con la vacuna anti-diftérica del doctor R o u x . E s también en este bienhechor Instituto Pasteur, donde sabios eminentes c o m o Calmette y Metehnikoff, pasan noches y días enteros delante de sus microscopios y sus estufas, trabajando por descubrir para bien de la humanidad, y sin egoísmos bajos ó mezquinos, pues sus descubrimientos son envidiados por todo el mundo. Entre estos descubrimientos los más notables son: el suero anti-diftérico, el suero contra el carbón, la rabia, la fiebre tifoidea, el anti-venenoso ó contra la mordedura de las víboras, el anti-pestoso, etc., y últimamente el suero de la optalmo-reacción, para diagnosticar la tuberculosis. De ese mismo Instituto ha venido la teoría del sabio Metehnikoff sobre la fagocitocis, ó sea de los medios de que se vale nuestro organismo para luchar contra el microbio, y muchos triunfos más que cada día se ganan palmo á palmo en el campo de la ciencia, arrancando sus secretos á la naturaleza. A un ciego Para Páginas Ilustradas Suena lúgubremente la contera de tu bastón golpeando en el camino, y el compás melancólico y divino de tu vieja guitarra compañera duerme; tu voz quejosa y lastimera no canta ya sus coplas, peregrino que á plena luz de sol lleva el destino desorientado entre la sombra austera. Desde la negra playa, en tu destierro tu mano temblorosa busca el perro a m i g o que te guía sin reproche, y mirando sin ver, el labio sellas cual si miraras florecer de estrellas los incógnitos cielos de tu noche. Luis 3478 Tablanca MIOSOTIS MAZURKA POR PARA GONZALO SANCHEZ B. MERCEDES VARGAS A. ARREGLADA PARA PIANO POR Dn CARLOS MaDE GUTIERREZ. EDICION PAGINAS ILUSTRADAS LIT. NACIONAL F. GÓNGORA G. SaNCHEZ BONILLA Levantado propósito Un Congreso de Asociaciones Españolas E n el n ú m e r o d e l Correo Español d e M é x i c o , c o r r e s p o n d i e n t e al d í a 9 d e l a c t u a l , a p a r e c e p u b l i c a d o un interesante t r a b a j o , a c e r c a d e l cual c r e e m o s q u e b i e n p u e d e llamarse la a t e n c i ó n ; e s p e c i a l m e n t e t r a t á n d o s e del e l e m e n t o e s p a ñ o l q u e t a n c r e c i d o c o m o v a l i o s o existe e n n u e s t r a R e p ú b l i c a , y a q u e e s á él, e n p r i m e r término, á q u i e n a f e c t a m á s d i r e c t a m e n t e el t r a b a j o a l u d i d o sin q u e e s t o q u i e r a significar q u e n o sea d e r e s u l t a d o s a p r o v e c h a b l e s para la g e n e r a l i d a d , c a s o d e llevarse á p u r o y d e b i d o e f e c t o la i d e a l e v a n t a d a y patriótica en q u e se inspira el autor del r e f e r i d o t r a b a j o . H a c e p o c o s d í a s al tratar en estas c o l u m n a s del e s t a d o floreciente y halag ü e ñ o en q u e g r a c i a s al e s f u e r z o d e sus h i j o s se e n c u e n t r a E s p a ñ a , en relac i ó n c o n a l g o q u e s o b r e ese p u n t o d i j e r a El Correo Español hacíamos ver, v a l i é n d o n o s d e las e x p r e s i o n e s del c i t a d o c o l e g a , la m a r a v i l l o s a resurrección d e q u e d a b a claras m u e s t r a s el a l m a d e a q u e l l a n a c i o n a l i d a d , mil v e c e s i l u s t r e ; res u r g i m i e n t o en el q u e figuraba c o m o p a r t e i n t e g r a n t e y d e s u b i d o valor, el emp e ñ o p u e s t o para c o n s e g u i r l o por las l e g i o n e s d e e s p a ñ o l e s q u e a q u e n d e el m a r , y a p a r e c i d o s en el e x t e n s o C o n t i n e n t e A m e r i c a n o , l a b o r a n sin t r e g u a p o r el p r e s t i g i o d e su país. P u e s bien, en el t r a b a j o c o n q u e a h o r a n o s s o r p r e n d e el ó r g a n o e s p a ñ o l q u e d i r i g e con t a n t o acierto el d i s t i n g u i d o p u b l i c i s t a s e ñ o r d o n J o s é P o r r ú a , hal l a m o s sabia y d i s c r e t a m e n t e a p r o v e c h a d o el a s u n t o r e l a t i v o á las a s o c i a c i o n e s d e c a r á c t e r e s p a ñ o l e x i s t e n t e s en A m é r i c a , á fin d e h a c e r l a s concurrir por m o d o m á s a m p l i o y e f e c t i v o , a p r o x i m á n d o l a s y e s t i m u l á n d o l a s á la realización d e alg ú n p e n s a m i e n t o g r a n d e , n o b l e y g e n e r o s o en p r o d e la patria y d e sus h i j o s ; y a sea el d e universalizar el a l m a e s p a ñ o l a , ó bien el d e vincular á t o d o s los e s p a ñ o l e s e s p a r c i d o s p o r la f a z d e la tierra en u n a c o m o g r a n familia, d e m o d o q u e á d o n d e q u i e r a q u e f u e s e , e n c o n t r a r a el e s p a ñ o l patria y h e r m a n o s . C o n s e c u e n t e c o n tan b e l l o p r o g r a m a , El Correo Español no v a c i l a en l a n z a r la original i d e a d e reunir en un punto d e A m é r i c a un g r a n C o n g r e s o d e S o c i e d a d e s E s p a ñ o l a s ; y al efecto, e x p o n e su g e n e r o s o p r o y e c t o en la f o r m a s i g u i e n t e : C u a l q u i e r a d e esas s o c i e d a d e s p o d r í a t o m a r la iniciativa y c o n v o c a r l o , p e r o sería m e j o r q u e la c o n v o c a t o r i a partiese d e un g r u p o d e ellas. P a r a e l e f e c t o , n o sería difícil q u e se p u s i e r a n d e a c u e r d o las q u e e x i s t e n en a l g u n a d e las capitales a m e r i c a n a s . E l p u n t o d e s i g n a d o p a r a la c e l e b r a c i ó n d e e s t e C o n g r e s o , d e b e r í a ser el m á s c ó m o d o para la c o n c u r r e n c i a d e los d e l e g a d o s . Nos permitimos indicar p a r a ello la ciudad d e San J o s é d e Costa R i c a , la m á s b e l l a d e las c i u d a d e s d e C e n t r o - A m é r i c a , c o n c l i m a t e m p l a d o , s i t u a d a en país q u e g o z a d e p e r p e t u a p a z , y d e fácil a c c e s o p o r el A t l á n t i c o y p o r el P a c í f i c o . T i e n e Costa R i c a L i m ó n en el A t l á n t i c o y P u n t a r e n a s en el P a c í f i c o , p u e r t o s en q u e h a c e n e s c a l a t o d a s las l í n e a s d e v a p o r e s . D e s d e e s o s p u e r t o s , l o s d e l e g a d o s podrían trasladarse á la c a p i t a l c o n m u y p o c a s h o r a s d e f e r r o c a r r i l . A la c o n v o c a t o r i a d e b e r í a a c o m p a ñ a r u n p r o g r a m a sencillo, c o m p u e s t o s o l a m e n t e d e tres ó c u a t r o t e m a s i m p o r t a n t e s y bien e l e g i d o s , p u e s e s n e c e s a r i o s a b e r d e a n t e m a n o lo q u e se v a á h a c e r . E s t o n o sería o b s t á c u l o p a r a q u e d e s p u é s del p r o g r a m a oficial f u e s e n s o m e t i d o s á la d e l i b e r a c i ó n del C o n g r e s o las p r o p o s i c i o n e s q u e p r e s e n t a s e n los d e l e g a d o s . E s t a m o s p e r s u a d i d o s d e q u e el G o b i e r n o y el p u e b l o d e C o s t a R i c a , n o s ó l o a c o g e r í a n con t o d a s las a t e n c i o n e s á los c o n g r e s i s t a s , sino q u e h a b í a n d e p o n e r d e su parte t o d o s los m e d i o s p a r a facilitar sus t a r e a s , y h a c e r l e s g r a t a su estancia en a q u e l l a c o q u e t a c i u d a d d e la A m é r i c a Central. P o r tal m a n e r a , e x p o n e El Correo Español, a v a n z a d o ó r g a n o d e l o s intereses e s p a ñ o l e s en M é x i c o , su b i e n h e c h o r p r o y e c t o . Entusiastas n o s o t r o s d e c u a n t o p u e d a r e d u n d a r e n f a v o r d e E s p a ñ a y d e s u s h i j o s , r e c o g e m o s el p e n s a m i e n t o q u e se i n i c i a y á n u e s t r a v e z lo e m i t i m o s , s e c u n d a n d o el n o b l e i m p u l s o q u e lo g e n e r ó . N o han d e faltar, así lo c r e e m o s , q u i e n e s d e él se a p o d e r e n , p a r a a g r a n d a r lo m á s y m á s en la e s f e r a d e l p e r i o d i s m o m u n d i a l , y a q u e e n ella a b u n d a n l o s q u e se c o m p l a c e n e n sentirse l l e n o s d e b u e n a v o l u n t a d h a c i a E s p a ñ a y s u s h i j o s . México M. Barrero Arguelles Crepuscular Para mi buena amiga la señorita AMérICA SOLERA S e n t a d a en el r e g a z o del a m o r o s o a b u e l o , la nieta p e n s a t i v a hablóle c o n t e m o r : —Querido viejecito, ¿por q u é miras al c i e l o c o n esos o j o s tristes? ¿ T e aflige algún dolor? H a y flores en la vida, paisajes de c o l o r e s que pinta d e l i c a d o el arte de la luz; p e r o hay un f o n d o n e g r o que trazan los d o l o r e s y surge tras la dicha la s o m b r a de una cruz. —¿Qué sabes, nietecilla?— le d i j o c o n r e p r o c h e : — las penas de este m u n d o no puedes comprender; a p e n a s tus abriles n o f o r m a n sino el b r o c h e de un t i e r n o c a p u l l i t o d e f r e s c o rosicler. —Abuelo, ya adivino lo q u e hay en tu tristeza: tal vez un d e s e n g a ñ o te oprime el corazón. ¿Pero p o r esas canas que ostenta tu cabeza, no surge p o d e r o s a la luz de la razón? E s b e l l o , e n c a n t o mío, vivir en la i g n o r a n c i a del c i e r z o que m a r c h i t a las flores de ilusión; n o p i e r d a s el s o s i e g o , y a q u e es la d u l c e infancia la miel q u e s a b o r e a con g u s t o el c o r a z ó n . —Mi p e c h o g u a r d a nieve, mis canas, d e c e p c i o n e s ; c o n ellas la experiencia m u y c a r o la c o m p r é ; y el h o m b r e o b s e r v a t a r d e que son las ilusiones errantes fugitivas q u e arrastran con la fé. P a s ó una m a r i p o s a d e alitas esmaltadas, haciendo ondulaciones c o n r u m b o hacia el j a r d í n ; y l u e g o a n t e la vista de flores m a t i z a d a s , l l e g ó á las a m a p o l a s teñidas d e carmín. Allí p a r ó , a s p i r a n d o la esencia e m b r i a g a d o r a , m e c i é n d o s e en los p é t a l o s a l e g r e la infeliz, a j e n a á la a c e c h a n z a d e una a v e c a z a d o r a q u e a r r a n c a con su v i d a su sueño tan feliz.... A l c o n t e m p l a r la escena sintió la v i r g e n c i t a q u e un a l g o m i s t e r i o s o llenaba el c o r a z ó n ; e n t o n c e s el a n c i a n o le d i j o á la niñita: — C o m o á esa m a r i p o s a dan m u e r t e á la ilusión. 3480 Bien sé q u e si te c u e n t o mi historia de amargura, mi p e c h o c o n el t u y o la van á c o m p a r t i r . E s c u c h a y no te aflijas, q u e si mi vida es dura quizás á ti te espere sonriente p o r v e n i r . A m é c o n el delirio de un corazón ardiente que encierra en sus entrañas el f u e g o de un volcán, en la hora v e n t u r o s a q u e á la pasión v e h e m e n t e las flores de ilusiones c o r o n a n c o n afán. Y o sé de los p l a c e r e s , y o sé de las ternuras q u e en sueños acaricia la l o c a j u v e n t u d ; y o sé de las tristezas que engendran amarguras y al c o r a z ó n f a b r i c a n un m í s e r o ataúd Llegó el momento ansiado; con vínculo amoroso unimos nuestra suerte mi dulce amada y y o : los dos llenos de gloria, los dos llenos de g o z o , al ver que c o n sus alas la dicha nos cubrió. y bajan de la altura diciendo los querubes: te manda el cielo un ángel tu llanto á consolar. Mi pobre huerfanita se halló sola en la cuna, y el néctar de las madres su labio no p r o b ó ; más tarde, cuando joven, perdió hasta la fortuna de ser feliz al lado de un hombre que adoró. Mas ¡ a y ! que todo acaba. Mi sueño fué mentira; se cierne en torno mío la suerte que es muy c r u e l . . . Mi esposa que se enferma, que tose y que delira, y en medio de nosotros la luna sólo hiel. —Abuelo, no concluyas, que estás muy agitado, y o miro tus pupilas de llanto humedecer; abuelo, no prosigas, que siento que á mi lado hay alguien que me besa, me besa muchas v e c e s . . . . ¡algún extraño sér! L a tisis la devora. Velando junto al lecho la mano de la ciencia batalla sin vencer; en tanto que la angustia revuélcase en el p e c h o y obliga á mi alma triste mil lágrimas verter. —¡El beso de las almas! que alumbran los dolores y con su luz nos dicen que el alma es inmortal; las almas son estrellas que lanzan sus fulgores y alumbran los abismos del mísero mortal. El cielo está de gala: brilla o r o entre las nubes y hacia ellas vuela el alma de mi alma y de mi hogar, Daniel El poema del Ureña nido L l u v i a de perlas, nube de aromas visten los campos primaverales: rubias espigas las verdes lomas, n i e b l a s a z u l e s los m a n a n t i a l e s . L a agreste lira d e los a m o r e s v i b r a e n los s a u c e s d e l a r i b e r a , y a l l á e n u n t o l d o n u p c i a l d e flores, c a n t a n su d i c h a los r u i s e ñ o r e s , una m a ñ a n a de primavera. II D i ó l e s el c a m p o c é s p e d m u l l i d o , dióles el viento música y g a l a s , y ellos c a n t a n d o cubren su nido y a con s u s b e s o s , y a con s u s a l a s . T o d o e r a flores en la pradera; todo e r a n u b e s d e o r o e n los c i e l o s : era una tarde de primavera c u a n d o arrullaron, por v e z p r i m e r a , los r u i s e ñ o r e s á s u s h i j u e l o s . Juan G. Rossel Párrafos de Crónica Más sobre Los lectores de esta revista dirán con mucha razón, si lo dicen, el Ateneo que yo sólo hablarles del Ateneo, pues hará al pie de quince días, solamente, les indilgué una parrafada á propósito de esa corporación, y ya me preparo otra vez para pegar la hebra en el mismo asunto, como si en toda la geografía de San José no hubiese muchas otras cosas igualmente dignas de reparar en ellas. Vaya si las hay; pero es el caso que ningún asunto se enlaza tan estrechamente con el por qué del Ateneo como la índole de una revista que sin ningún arrière-pensée franquea sus columnas á cuantos en este país, con más ó menos brillo, (ó sin ningún brillo, como alguien que yo me sé), entrando valientemente con todas, porque entre nosotros el escribir es cosa que pide arrestos, á la producción literaria dedican algunos ratos, ya para ofrecer á las gentes los frutos de la ciencia, en forma atractiva, ó ya, con fin menos ambicioso, para buscar el goce estétic o en el ejercicio desinteresado del arte. Sea como fuere, vale la pena, sin duda, que yo vuelva una vez más sobre el mismo asunto, aun á riesgo de hacerme latoso con doble motivo, para decirles á los lectores de esta revista que resultó, como quien dice, á pedir de boca, la velada dada por el Ateneo el 28 del pasado junio con el fin de inaugurar las tareas correspondientes al año académico que para dicha institución comienza ahora. Parecía también muy natural estrenar con una fiesta solemne el amplio y hermoso salón que, con no pocos sacrificios, el Ateneo se ha arreglado para alojar dignamente al numeroso y selecto público que á sus conferencias y reuniones acostumbra asistir. El nuevo salón tiene capacidad, efectivamente, para más de trescientas personas y está, sobre esto, alhajado con el gusto sencillo y decoroso que á la seriedad y á la índole de la institución corresponde. El Ateneo progresa en todos sentidos. En cuanto á la velada, no me morderé la lengua para decir altamente que, así por lo que hace á las partes de que ella se compuso, como por lo que cumple á la concurrencia, esa festival podría considerarse, sin caer en exageración, como un triunfo muy satisfactorio para cualquier sociedad de prestigios tradicionales y de suficientes recursos; cuanto más, para una asociación que, como el Ateneo de Costa Rica, se halla ahora en los principios de su carrera. No acostumbra el Ateneo hacer invitación particular para asistir á sus reuniones, tanto porque no querría exponerse á posibles desaires, ó á incurrir en omisiones injustas, cuanto porque prefiere ver en tales reuniones á aquellas personas que, por su espontaneidad en concurrir á ellas, con este acto de gentil simpatía estimulan eficazmente á los trabajadores intelectuales, demostrando á la vez que no han el alma endurecida por las sordideces de la lucha en que la necesidad de lucro las hace vivir y que se agradan en los puros y dignificadores placeres de la inteligencia. Pues así y todo, faltó local, no obstante ser éste de gran tamaño, como ya dije, para dar cabida al público, indudablemente de élite, que esa noche se presentó allí, atraído por el ansia noble de saborear las dulzuras con que el arte convida. La concurrencia, por su parte, no ha de tenerse á buen seguro por 3482 defraudada en lo que con todo fundamento se prometió, porque poco, muy poco, habría de pedir el conocedor más exigente cuanto al desempeño de los números de arte y de letras que en la velada se ejecutaron. Es tarde ya para emitir y razonar un juicio acerca del modo con que cada cual desempeñó el número que le correspondía; pero no dejaré de decir, por vía de compensación, que la prensa ha derramado su canastilla de elogios á los pies de las graciosas artistas y que, en lo referente á apreciaciones benévolas, no ha sido menos justa con los caballeros que en la velada tomaron parte. Bien merecen sendos encomios, efectivamente, la voz rotunda y armoniosa de Paulina González; la propiedad técnica y la gracia personal con que María Cristina Volio leyó El baño, de Pío Víquez; el despejo artístico de María Luisa Morales, en cuyas manos el violín parece emitir modulaciones de humana dulzura; la precisión con que los otros alumnos hacían cantar y gemir los instrumentos de la orquesta, bajo la batuta vertiginosa de Alfredo Morales; la inteligente dirección del maestro Vargas Calvo, á la cual se debe el vuelo cada vez más pujante que toma la Escuela de Santa Cecilia; la frase conceptuosa de Martin, que tiene, sobre esto, el don de la sencillez; la alta concepción crítica de González Rucavado al apreciar y juzgar las delicadezas de Bécquer; el verso fácil y rumoroso, con rumor de fronda en que aletean pájaros y estallan perfumes, de Lisímaco Chavarría. En este hermoso desfile yo sólo echo en falta á la señorita Petra R o sat, quien, por motivos muy atendibles, no pudo presentarse á cantar la romanza de Gastaldón, Pecado mortal, cuyo desempeño á cargo suyo corría en la preciosa fiesta. La señorita González, tan bondadosa como inspirada, hizo sus veces, á buen seguro, con gran acierto; sin que por esa sustitución oportuna se sintiese menos la ausencia de la inteligente artista que con su voz, tan dulce y vibrante como bien amaestrada, también habría sacudido íntimamente el cordaje nervioso del público con los estremecimientos de la emoción estética, fuente de divino placer. He aquí, para concluir, el programa de la fiesta que he pretendido delinear en el presente rasguño, ya que una crónica con sus pelos y señales ha perdido el interés que, á falta de otro mérito, le daría la oportunidad. V E L A D A con que el Ateneo de Costa Rica celebra la inauguración del curso académico correspondiente á 1908—1909 y que se verificará en los salones de dicho centro el día 28 de junio de 1908, á las 8 de la noche. PROGRAMA 1. Fantasía de Fausto: orquesta de la Escuela de Música Santa Cecilia. 2. Discurso de apertura, por el señor don Gregorio Martín Carranza. 3. Waiting: romanza para canto, por la señorita Paulina González. 4. Sonata de Junio: melopea: letra y recitación de don Lisímaco Chavarría; música [tiple colombiano] de don M. Pinzón Uzcátegui. 5. Pecado Mortal: romanza de Gastaldón, por la señorita P e t r a Rosat. 6. El Baño: poesía de P í o Víquez, recitación de la señorita María Cristina Volio. 3483 7. Preludio de Traviata: orquesta de la Escuela de Música Santa Cecilia. 8. Conversación acerca de Bécquer, por el señor don Claudio González Rucavado. 9. Minueto caprichoso, de A. Monestel: orquesta de la Escuela de Música Santa Cecilia. Hacía ya bastante tiempo, más de lo corriente, que el Nacional permanecía cerrado; es decir, que el público josefino carecía del culto solaz que el arte escénico ofrece. Así es que la compañía del señor Gutiérrez acertó á llegar en momentos harto propicios á los intereses materiales de su empresa. El público sentía avidez por esa clase de distracción y de ello es prueba evidente el haberse llenado en un santiamén el abono por la compañía abierto para las diez primeras funciones de la temporada; también ha contribuido á estimular la loca disputa el ser compañía de zarzuela ésta que hoy ha venido en buena hora á. poner en nuestros labios, secos y ardientes por los odiosos chismorreos de la política, la dulce frescura del arte. La zarzuela es, efectivamente, el género predilecto del público josefino, — c o m o que es el que mejor saborean los paladares aun no acostumbrados á los exquisitos refinamientos del arte. N o ha de parecer cosa extraordinaria, por consiguiente, que el domingo pasado, día en que aquí se estrenó la compañía del señor Gutiérrez, el Nacional estuviera de bote en bote: no había allí en donde echar un alfiler. La expectación del público, por lo demás, era grande, y, á mayor abundamiento, harto bien motivada, puesto que esa primera representación debía ser la piedra de toque para apreciar y medir el mérito de la troupe que allí se presentaba á satisfacer las ilusiones de un público excitado por larga abstinencia artística y el cual, si no muy exigente, tampoco, por otra parte, se contenta ya con cosicosas de tres al cuarto. En medio de esta ansiedad peligrosa la orquesta ejecutó la obertura de Guillermo Tell: el auditorio subyugado aplaudió sin vacilaciones la orquesta triunfaba. Buen principio. Cabo 1°, ya conocida para nosotros, fué la pieza con que la Compañía hizo su estreno en el Nacional. Es sin duda muy aventurado eso de formular juicio acerca de una compañía por la sola representación de una noche. N o lo intentaré yo, por lo tanto, y me limitaré por ahora á exteriorizar tímidamente mis impresiones. Tengo para mí —tal fué mi primera impresión— que esa piececilla estuvo flojamente representada; pero esto no fué óbice para que, aisladamente, artistas como los señores Heras y Cid hiciesen resaltar su mérito entre aquel conjunto que, si no resultaba mediocre, no se acercaba tampoco á los límites de lo extraordinario. La señora Peral (Rosario) fué la única que logró sacar al público, con su voz y con su arrogancia, de la frialdad en que lo mantenía la falta de esos golpes -artísticos que revelan la superioridad del actor. A los coros no había mucho que pedirles en lo que cumple al canto; pero como quisiéramos que el arte brillara allí en todas sus manifestaciones, hubimos de lamentar que á las coristas no les fuese dado interesar también al público con la hermosura del rostro. Y o no lo diré, ¡vive Dios!, porque me pico de gentil con el bello sexo; pero á mí el coro de Teatro 3484 mujeres me pareció bueno para una casa de fieras...; efectivamente, es proverbial que el canto amansa á las fieras: lo digo por esto. La segunda pieza, Bohemios, estuvo mucho mejor representada y sacó á flote el prestigio de la compañía, que casi, casi se hunde en Cabo 1° La señora Peral se impuso nuevamente al auditorio con el bonito papel de Cossete y el señor Llauradó impresionó agradablemente al público con su voz de tenor, dulce y bien timbrada. Por su despejo cómico, hízose apreciar también el señor Heras en el papel maleante de Víctor. Para no enzarzarme en pormenores, diré que el conjunto resultó más armónico en Bohemios; por otra parte, la música de esta piececilla es tan d e l i c i o s a . . . ! A La Cañamonera la diputo yo de melodrama, y el melodrama choca sin duda con el carácter alegre y vivaracho del género chico; es verdad que aquella urdimbre ceñuda se rompía á veces con ciertos toques de desparpajo cómico; pero en La Cañamonera lo que predomina es el aire fosco del melodrama. Confesaré con gusto, sin embargo, que el señor Cid supo revelarse como actor cómico en él, cantando con donosidad picaresca las coplas de Toribio, que produjeron un desbordamiento de hilaridad en el público, siempre ansioso de nuevas coplas. N o obstante los altibajos de esta primera velada teatral, el público sintió que se las había con una troupe de valer y que le prometía noches de grato y culto entretenimiento. La prueba definitiva vendrá pronto. Efectivamente, la prueba definitiva llegó para nosotros en la noche del 7, dos días después, con la representación de La muñeca (La poupée), en que para este público hizo su estreno la señora Esperanza Iris, cuya reputación de artista se encargaron de lanzar á todos los vientos las mil lenguas sonoras del periodismo. Conocíamos, pues, de nombre á la artista, que, como simple mortal, se dejó ver en el teatro la noche de la primera representación: sentóse en un palco contiguo al que, entre un grupo de pollos, con la risueña majestad de un abuelo ocupa el empecatado autor de estas croniquillas; quiere decir esto que la vi y contemplé de cerca: hallábase rica y elegantemente trajeada, lo cual no es raro en una artista de fortuna y, con esto, de buen gusto. Parecióme que su fisonomía un tanto infantil lindaba más con lo bonito que con lo hermoso, con lo toscamente hermoso; su cuerpo se desenvolvía con esbeltez mediante una feliz combinación escultórica de turgencias y depresiones; pero lo que en ella venía á ser más típico, más suyo, era una gracia cuya expresión natural al primer golpe se advertía en todos sus movimientos. D o s noches después pudimos ver, efectivamente, que la fuerza de la señora Iris estriba, principalmente, en la posesión de esa virtud que de su cuerpo emana como un fluido glorioso, penetrando dulcemente en los corazones. En La poupée hizo la señora Iris tal derroche de gracia que subyugó completamente al público josefino. Es de rigor convenir, sin embargo, en que con solo sandunga no conquistara la señora Iris la voluntad inteligente de un público que, más que otra cosa, busca en el teatro las habilidosas engañifas del arte. Su triunfo habría sido imposible, por ende, á no contar ella con otros elemen- 3485 tos de acción, fuera de la gracia. Pero la señora Iris es, á mayor abundamiento, una mujer que sabe reproducir, mejor dicho, que sabe fingir la realidad, hermoseándola con la gracia: la señora Iris es, en lo tanto, una artista: como tal se mostró, á decir verdad, en el lindo y difícil papel de muñeca que tuvo á su cargo en la función á que me refiero. Cosa ardua debe de ser eso de moverse con los movimientos automáticos de una máquina mediante la cual se pretende reproducir una imagen de la viva, sin dejar de parecer máquina, y, á pesar de esto, la señora Iris casi nos hacía ver y admirar en ella un hermoso bebé de esos que se suelen exhibir en las vitrinas de las tiendas, para tormento y tentación de los niños. ¡Cosa singular!, estos aparatos tienen por objeto imitar á los seres vivos; la señora Iris debía producir en el público una ilusión contraria: la ilusión de que ella, ser vivo, no era otra cosa que una muñeca grande: declaremos sin requilorios, en honor de la joven artista, que la ilusión se impuso más de una vez á nuestros sentidos con las fascinaciones de la realidad. También es cierto que ella sabía adoptar con automática exactitud las posturas en que los fabricantes suelen poner á estas lindas criaturas de cartón y aserrín. Como intérprete de la realidad, la señora Iris tiene derecho, ¡vaya si lo tiene!, en consecuencia, al noble dictado de artista, —título que tampoco se le debe escatimar como cantante, pues, si su voz carece de potencia, esta falta de volumen queda suplida por la dulce pastosidad con que ella de su garganta gentil se desprende. Es de justicia declarar que el señor Heras (maese Hilarius) merece también alabanza por el feliz desempeño del papel que en La muñeca le fué confiado: ya dedicaré á este actor notable algunas líneas en otra oportunidad: hoy por hoy, sólo aspiro á que la figura inteligente de Esperanza Iris se recorte como una silueta luminosa sobre el gris oscuro de esta seudo-croniquilla. Ingenuamente he de confesar que yo me sentía un si es no es predispuesto contra la señora Iris, — y de ello tuvo la culpa, á fe, el encargado de redactar y confeccionar los programas, á quien sin duda le pareció de perlas epíteto de tanta suposición como genial para encarecer el mérito sobresaliente de la joven tiple: "debut de la distinguida y genial primera tiple", reza el programa en que se anuncia el estreno de la graciosa actriz. Mala espina me dan á mí las gentes de teatro que se anuncian por ahí con título de geniales. Una de dos: ó el redactor de los programas no sabe lo que la tal palabreja en buena ley significa ó es que el buen señor nos quiere tomar el pelo bonitamente, y en este último caso cuenta a litle too much, como dicen los yanquis, con la ignorancia del público á quien se propone dejar boquiabierto. N o sale muy bien parada la señora Iris, sin embargo, al ser calificada con los motes de distinguida y genial, á la vez: ya lo observó hace tiempo don Juan Valera: el valor de estos remoquetes ha venido tan á menos que decirle distinguido á un autor (y, por extensión, á un artista) es decirle p o c o menos que adocenado. Usase la tal palabreja, por consiguiente, para decirle mediocre con amable eufemismo á cualquier chisgaravís de la pluma. Resulta una antinomia ridícula de asociar esos dos vocablos, y, por 3486 consiguiente, la señora Iris queda, con todo rigor, en el triste predicado de genio mediocre. Gran injusticia. La encantadora tiple dista no poco, sin duda, de ser un genio; pero, á la vez, ella merece en el arte de las tablas una calificación superior, muy superior á la que malamente la palabra distinguida comporta. Un consejo de amigo, (de amigo ignorado, que es la mejor casta de amigos: no deje la señora Iris que le pongan motes en los anuncios de la Compañía: ese expediente de cartel está ya muy desacreditado en América. En España no se usa. Por lo demás ¿á qué los calificativos convencionales ó mentirosos cuando el público ha de hacer por su cuenta las rectificaciones correspondientes? Gastón de Silva Oh, f é m i n a ! Para Páginas Ilustradas Mis o j o s en el ansia vespertina cegaron de fatigas en la espera, y me así á tu recuerdo cual si fuera un dulce lazarillo. Buena y fina tal como una caricia femenina á calmar un dolor, la noche austera sobre la triste y larga carretera alzaba un reino de quietud divina. Mi anhelo sollozaba, mas en vano, que á mi dolido corazón la mano adversa castigaba con rigores; y en esa lobreguez, consoladora, tu recuerdo inflamó como una aurora el oro de mis cielos interiores. Luis Tablanca Ocaña—Colombia. 3487 Momentos de sinceridad (Notas críticas) 7.—Alma y sangre—poesías de Luis Rosado Vega (México) 8.—El Bachiller—novela de Amado Nervo (México) 7.—Luis Rosado Vega es, sin duda alguna, uno de los mejores poetas mexicanos. Su nombre merece ser citado á la par de los de Amado Nervo, Luis Urbina, Salvador Díaz Mirón, Efrén Rebolledo y Balvino Dávalos. Es un poeta que no manifiesta la tendencia, tan general hoy entre los latino-americanos de imitar algo europeo, mejor dicho, algo francés. América ha perdido muchísimos literatos, debido, precisamente, al espíritu de imitación; muchos de nuestros escritores, aun cuando escriben en español y publican sus artículos y sus poesías en las revistas del Nuevo Continente, no son americanos, son franceses, para ellos la última novedad de bulevares parisienses es más artística que la mejor caución de los regiones andinas. Aman la América por reflejo, saben que es bella porque lo han leído en libros ajenos, no porque la hayan contemplado con sus propios ojos, no porque se hayan inspirado ante las bellezas de un Niágara, de un Iguazú, de un Chimborazo, de un Titicaca, de unas Pampas ó ante la existencia toda actividad de los gauchos y de los vaqueros ó ante los tesoros de ternura que viven olvidados en cada rincón de las casas campesinas del continente colombino. Eso no merece ser estudiado. Para ellos es en Francia y en Francia en París y en París en el Barrio Latino en donde hay que buscar el corazón de la América. Ellos forman la legión de los don Juanes de la literatura hispano-americana: desprecian lo que en su patria tienen para adornarse con los encajes y con las joyas que logran robar á sus maestros —como ellos pomposamente los llaman —á sus maestros los bebedores de ajenjo y los conquistadores de grisetas de bajo precio. Van á la conquista de lo fácil, cuando no de lo ya conquistado. Como don Juan, su abuelo, (eterno, por desgracia) siguen los senderos ya pisados, beben en las copas labradas en donde otro bebedor, harto ya, ha dejado rastro de sus libaciones; violan doncellas que han olvidado, desde hace mucho tiempo, las plegarias que acostumbran repetir las jóvenes en sus lechos vírgenes, escriben prosas y versos, en los cuales, á cada momento, se tropieza con flores cuyo perfume ya hemos aspirado y cuyos pétalos, demasiado descoloridos, han servido para adornar otras cabelleras. Luis Rosado Vega, por fortuna, y con él todos los que comienzan á hacerse un nombre en América, no pertenece á la raza pretensiosa de Tenorios que hoy envilece nuestra literatura. Rosado Vega es un poeta que se inspira en lo que le rodea para escribir sus poesías, que no tiene necesidad de respirar los ambientes apestados de París ni leer las obras que de esos ambientes son floraciones. Ha publicado tres libros, tres hermosos libros; del primero no puedo hablar hoy porque no lo tengo á la mano, del último me ocuparé cuando analice la tristeza que se nota en las más recientes poesías del bardo mexicano. ALMA Y SANGRE es su segundo libro de poesías. Está dividido en cuatro partes: Las peregrinaciones; Del Alma y del Ensueño; Otras visiones y otras ansias; Los poemas. Las peregrinaciones son encantadoras. Pero las más bellas, sin duda alguna, son Vamos á la Romería, El Volcán y En pos de Sulamita. En la primera habla el poeta á su hermanita, deben ir juntos á la romería de la Virgen que perdona bondadosa los pecados de los niños. Y llegan á la iglesia endonde 3488 «allá e n lo m á s alto, l a V i r g e n M a r í a contenta sin d u d a de su romería p a r e c e q u e á todos las g r a c i a s les dá.» Y c o m o l a n i ñ a e m o c i o n a d a llora, él le d i c e c o n t e r n u r a : «Deja esos tus llantos, hermanita mía, para aquellos tiempos que después vendrán e n q u e n o v a y a m o s á la r o m e r í a que entonces entonces la V i r g e n María quizá nuestras culpas no perdonará.» H a y t a n t a b o n d a d , h a y t a n t a t e r n u r a en e s a p o e s í a q u e no s e p u e d e men o s d e l e e r v a r i a s v e c e s y d e s e n t i r l a e m o c i ó n d e l i c a d a q u e , e n el t e m p l o i l u m i n a d o , h i z o l l o r a r á la p o b r e c h i q u i t i n a . E n El Volcán el p o e t a s e e x p l i c a l a t r i s t e z a d e l g e n i o d e d e s t r u c c i ó n q u e d u e r m e e n l o s r i n c o n e s o s c u r o s d e l a n c h o c r á t e r : el v o l c á n s i e n t e u n d o l o r h e r m a n o del d o l o r q u e e x p e r i m e n t a el b a r d o , «es el d o l o r e n o r m e d e s e r f u e g o y sentirse de nieve circundado; dolor d e ser a m o r y d e ser ansia y sentir la heladez del desengaño.» E s a q u í , en e s t a p o e s í a , e n d o n d e h e e n c o n t r a d o p o r p r i m e r a v e z la tristez a d e R o s a d o V e g a , u n a t r i s t e z a v e r d a d e r a m e n t e t r i s t e , n o e s a fiesta d e l d o l o r á q u e nos h a c e a s i s t i r u n g r a n n ú m e r o d e p o e t a s l a t i n o - a m e r i c a n o s : l l o r a n c o n l á g r i m a s d e c o c o d r i l o q u e e n j u g a n con p a ñ u e l o s d e s e d a , d e c o l o r e s m u y v i s t o s o s y que d e j a n s e n t i r el e x c e s o d e p e r f u m e d e q u e , a n t e s d e s a l i r d e c a s a , h a n sido saturados. E s o s lloriqueos m e traen á la memoria las l á g r i m a s d e un poeta español q u e , en poesías de un sentimentalismo fastidioso, lloraba a m a r g a m e n t e la m u e r t e d e su e s p o s a , m u e r t e q u e él m i s m o c a u s ó d á n d o l e un p u n t a p i é c u a n d o e l l a s e encontraba en estado interesante. S u s poesías, llenas de g e m i d o s son, aún h o y , el e n c a n t o d e m u c h a s p e r s o n a s q u e n o s a b e n q u e , m i e n t r a s e n s u s v e r s o s él llor a b a su d e s g r a c i a , e x i s t í a u n a s i m p á t i c a c r i a t u r a q u e , c o n m o v i d a , e n j u g a b a , c o n los p l i e g u e s d e su c a m i s i t a b o r d a d a , l a s l á g r i m a s d e l s e ñ o r . T a m b i é n En pos de Sulamita es u n a poesía m u y bella, en ella s a b e m o s del éxodo del poeta q u e b u s c a "á a q u e l l a c u y o s o j o s p a r e c e n d e p a l o m a , á a q u e l l a c u y o a l i e n t o l l e v a m u y rico a r o m a de aloe y cinamomo, á aquella de mejillas c u a l l a flor d e l g r a n a d o , la d e los l a b i o s l l e n o s d e m i e l , l a d e los d i e n t e s c u a l b l a n c a s o v e j i l l a s y cual dos corderitos los p e r f u m a d o s p e c h o s » L a s e g u n d a p a r t e d e l l i b r o l l e v a c o m o t í t u l o Del Amor y del Ensueño. E n ella h a y t a n t a s cosas bellas, h a y t a n t a s dulces esperanzas, t a n t a s caricias a l a d a s q u e m e es i m p o s i b l e o c u p a r m e d e t o d a s e l l a s . M i p l a c e r s e r í a r e c o g e r var i a s d e e n t r e e l l a s , f o r m a r con su p e r f u m e u n hermosísimo r a m o d e flores y c o l o c a r l o á l o s p i e s d e m i a m a d a : e l l a e s b e l l a , m u y b e l l a , el h o m e n a j e s e r í a d i g n o d e ella. Otras visiones y otras ansias s e l l a m a l a t e r c e r a p a r t e d e Alma y S a n gre. E s e n e s t a p a r t e e n d o n d e se a d m i r a la f a c i l i d a d c o n q u e el p o e t a d e s c r i b e l o s p a i s a j e s q u e se p r e s e n t a n a n t e s u s o j o s ; su m a n o , a l m a n e j a r el p i n c e l , e s firm e y s e g u r a . los t o q u e s q u e e n s u s c u a d r o s a p a r e c e n s o n t o q u e s d e a r t i s t a , d e u n a r t i s t a q u e s i e n t e l a s g r a n d e s e m o c i o n e s y q u e p o s e e e l d o n d e s a b e r l a s exp r e s a r con delicadeza. 3489 «Todo el sopor lo invade, es el momento de la siesta, la costa reverbera bajo tórrido sol, y en la ribera el ponto va á morir cansado y lento. Perezoso y candente arroja el viento asfixiadores hálitos de hoguera, y sofocante corre por doquiera del cálido terral el seco aliento. Del sol bajo la ardiente llamarada denso color de azogue el mar afecta; vuela el mosco en sonante remolino, reposa en la ribera calcinada un barco, y en la sombra que proyecta, puesto el gorro en la faz duerme un marino.» (Marinas, pág. 87—88) « Ella salía de su cabaña mísera, llevaba el cántaro en el hombro, iba á la fuente despertando el silencio de la tarde que se anegaba en oro, con su risa sana y jovial. Reía porque un mozo que tras ella salió, sinceramente le hablaba del amor y la ventura. diéndola no sé qué lindas cosas y arrojándole flores á la espalda. Llegó á la fuente, y los fugaces hilos del agua le corrieron por los brazos cual blancos gusanillos temblorosos. Al ruido del agua, y al ruido musical de la risa, entre el boscaje asomó curiosa la cabeza una vaca, con ojos preguntones y húmedos de dulzura, vió á la moza y comenzó á bramar suavemente.» (La muerta juventud, pág. 132—133) Otras poesías bellas, en esta parte, son: Cristo: «Con tu faz llena de alburas y tus santas manos puras y tus blancas vestiduras, triste y pálido caminas por ciudad y por desierto; mas no obstante, qué tinieblas de maldad y de egoísmo te circunda, cual si fueras un celeste lirio abierto bajo de una inmensa noche y en la boca de un abismo!» El primer beso: «El la dijo rendido y suplicante no sé que ardientes frases amorosas, y un beso la pidió y en el instante de juntarse las bocas temblorosas, de la cándida niña en el semblante el huerto derramó todas tus rosas.» (1) ( 1 ) U n amigo mío encuentra en esta poesía la influencia del poeta español Vicente W. Querol. N o puedo hacer mía esa consideración p o r muchas razones, entre las cuales, la principal es que n o c o n o z c o , c o m o l o debiera, t o d a la obra del escritor españ o l citado. 3490 Tu tienes alas: «Es que tú eres un sér con alas, es que tú sueñas, es que tú sientes esos anhelos indefinibles de algo muy grande, de algo sin nombre que no se explica, de algo muy hondo que llena el pecho, que casi ahoga; es que tú sientes esos anhelos jamás colmados." De Los Poemas, que forman la última parte son solamente tres; tienen un verdadero valor poético los dos últimos: Las Voces del Bosque en el cual oímos los murmullos del ramaje, los cantos de las aves, las frases orgullosas de las rocas, el silbar amoroso de los vientos, la furia desencadenada del ábrego, el tierno coloquio último del agua con el césped y las conversaciones ingenuas de los cálices con los insectos. El naufragio de las almas es un poema hermoso, que bastaría él solo para consagrar el triunfo de un cantor de las tristezas humanas. Para terminar, Alma y Sangre es un libro revelador, nos revela un temperamento de artista original, de cuya musa mucho tiene que esperar la poesía hispano-americana. 9.—Es verdaderamente curioso el tener que escribir el estudio crítico de una obra hispano-americana leyéndola no en español sino en francés. La culpa no es mía. Amado Nervo —junto con otros libros suyos— me envía una traducción, "publicada por Vanier, el editor de Verlaine," de su primera novela EL BACHILLER. Por qué me ha enviado la traducción francesa y no el original español? Para hacerme saber que su obra había sido juzgada digna de una versión al idioma de Víctor Hugo? No quiero ser maligno, no quiero atribuir esa vanidad al distinguido poeta mexicano. El es uno de los pocos escritores hispanoamericanos que no se creen intelectualidades pujantes, él tiene el orgullo, el orgullo —no la vanidad—de su ingenio, porque Amado Nervo es un artista de talento: lo atestiguan sus obras que ya son bastantes y que, casi todas han sido recibidas con aplauso de parte de quien lee con el deseo de pasar un buen rato y de parte de quien lee con el único y fastidioso objeto de hacer estudios críticos. Amado Nervo ha hecho muy mal en abandonar la novela, su Bachiller, traducido al francés con el nombre de Origene y publicado por Vanier, el editor de Verlaine, nos deja ver la habilidad narrativa que posee la pluma del escritor mexicano. Se trata de un joven provincial que, sugestionado por el ambiente de superstición religiosa en medio del cual se desarrolla su inteligencia, se convence de que su misión en esta tierra es la de servir á Dios en la forma de sacerdote ó de fraile, lo cual, para él caso da lo mismo. Pero su vocación que, como ya he dicho, es hija del medio ambiente en que vive, disminuye poco á poco, principalmente cuando en él se despiertan las primeras ansias del amor, cuando su boca siente la nostalgia de otra boca en cuyos labios sonrosados poder depositar la ofrenda dulcísima de un beso. En la obra está magníficamente estudiada la psicología del joven Felipe, quien poco á poco va cediendo á las seducciones de una pasión por una ella que recuerda y cuya imagen, dispensadora de caricias enervantes, se le presenta en medio de los ejercicios piadosos á que lo obliga su noviciado. El continuo conflicto moral entre la castidad que se impone el sacerdote y las visiones voluptuosas que a menudo asaltan su imaginación, debilitan al joven seminarista y lo hacen caer enfermo, Su tío, un hombre incapaz de comprender la lucha terrible que se efectúa en la conciencia del desgraciado muchacho, atribuye la enfermedad al mucho estudio y como remedio seguro aconseja é impone una temporada de campo, unos cuantos meses pasados en la alegre hacienda suya. Allá Felipe ve á la muchacha cuya imagen había turbado su tranquilidad: ella es Asunción, la hija del administrador de la finca; como es natural, se ven a menudo, ella es amable, tiene para él todas las atenciones que se tienen para un enfermo, sin embargo, hay en ella algo que supera á la enfermera, su bondad es hija de la pasión que en su pecho ha dominado durante algún tiempo y que ahora encuentra modo de revelarse, olvidando las pasadas timideces é implorando del amado que no la abandone, que no continúe en su 3491 idea de hacerse sacerdote. Bien se puede servir á Dios de muchas otras maneras: como buen marido y como buen padre de unos hijos hermosos, encantadores que ella le promete dar. El, sugestionado por las palabras ardientes de aquella muchacha, está á punto de ceder, pero lo salva á tiempo el recuerdo de Orígenes, aquel padre de la iglesia que se dió la muerte con el fin de mantenerse casto. Y Felipe, nuevo Orígenes, ante los ojos llenos de claridades voluptuosas de aquella virgen deseosa de no serlo, se suicida salvando así —con un pecado tal vez menos perdonable—la castidad de su cuerpo. Todo en este libro ha sido hecho bien, el estudio psicológico es profundo, aun cuando esté presentado en pocas páginas. El protagonista es un tipo muy bien determinado, que mantiene su carácter en toda la obra, el carácter indeciso de quienes han vivido siempre sabiendo que para ellos existe un refugio contra los peligros de la existencia. Asunción es una chica llena de seducción; las frases de amor que pronuncia y que son, á la vez, profundas y, á la vez, superficiales; la coquetería que despliega ante los ojos del joven enfermo; todo en ella despierta nuestras simpatías, simpatías que hacen más lógico el conflicto que se efectúa en la mente de Felipe. El ambiente de Pradela, la ciudad religiosa en extremo, que dá lo mejor de su juventud á los seminarios y á los conventos, está muy bien presentado, hay en él detalles que demuestran en el autor un espíritu de observación muy desarrollado. Un error es preciso notar en la obra: en la parte primera la acción va muy lentamente, casi con pereza, mientras que en la segunda salta á la vista el ansia que al escribir se iba apoderando del autor, el ansia de llegar al final lo más pronto posible, ansia que lo obliga á ser rápido, demasiado rápido. Se llega á la catástrofe más pronto de lo debido, olvidando, como es natural, muchas cosas hermosas que tal vez hubiesen embellecido la novela. Era necesario detenerse un poco más en el estudio de la obra de seducción desplegada por Asunción, era necesario hacer resaltar con líneas más fuertes la indecisión del protagonista y entonces en El Bachiller nos hubiéramos encontrado con un hermoso caso psicológico. Así como lo ha dejado Amado Nervo es una promesa, una bella promesa de mejores obras narrativas. Lástima que el autor no haya continuado cultivando la novela. El es un poeta bueno, como novelista sería uno de los primeros novelistas hispano-americanos. José Fabio 3492 Garnier L e y e n d a s ticas Para Páginas Ilustradas A LILIA Es innato en el hombre el temor á efectos sobrenaturales y á fenómenos que no pueda abarcar su inteligencia, y en este último caso achaca los acontecimientos á seres fantásticos, siendo eso el origen de ciertos relatos que forman las consejas de cada pueblo. A propósito de leyendas, existe una muy curiosa en esta villa. A l Sur de la población, y á corta distancia, se levanta, cual m a j e s t u o s a atalaya, el Cerro de las Cruces, y es creencia general que ese monte f u é f o r m a d o por la cabeza de una espantosa sierpe, cosa que narran así: «En remotos tiempos, un hechicero indígena que venía de lejanas tierras con tres huevos encantados d e j ó uno en el Gran L a g o de Nicaragua, del que nació una enorme culebra. Siguió su camino y depositó otro en Nicoya, produciendo un reptil análogo, y el tercero lo dejó en los Angeles de Cartago. Habiendo tenido noticia del suceso un sacerdote, pudo aplastar la cabeza de la serpiente del último lugar, pero cuando llegó á Nicoya no le fué fácil hacer lo mismo, pues el ofidio estaba ya oculto, y apenas l o g r ó amarrarlo con una gruesa cadena al altar mayor de la iglesia, donde siguió creciendo hasta enlazar la cola con la que está en el L a g o , y es f a m a que cuando hay sacudimientos sísmicos, éstos se deben á las contorsiones del reptil, y, siendo el Cerro su cabeza, se necesita bendecirlo anualmente para aplacar sus iras." El día señalado es el tres de mayo, fiesta de la Santa Cruz: al despuntar la aurora, es de ver el enjambre de romeros, de todos los pueblecillos, que se aprestan á verificar la ascensión. Los pintorescos flancos del collado presentan animado aspecto, y es indefinible la impresión que se siente con el aroma de las plantas silvestres, el matutino frío y el olor de la tierra húmeda de sereno. Al terminar el hermoso bosquecillo por donde va la vereda, el panorama que se admira es espléndido: las brumas cubren t o d o el valle, lo que da la completa ilusión de que el Golfo se dilata en derredor, y cuando el astro-rey asoma en el oriente, aparece al pie del Cerro el caserío de la villa, cuyas habitaciones semejan una bandada de níveas palomas, destacándose en lontananza una parte del mar. Reunidos los fieles, el cura ofrece el Sacrificio Divino é implora protección para el pueblo, plantándose tres cruces, de lo que toma su nombre el collado. Terminadas las ceremonias religiosas, son de ver los g r u p o s q u e se forman en derredor de apetitosas viandas, que son consumidas en medio de la más franca alegría. T o d o lo que se diga de esa excursión es v a g a sombra de la realidad: se necesita conocer los soberbios paisajes de esta península, orgullo de Costa Rica, para formarse idea de lo q u e son las giras en esta región. Jura Sol Nicoya, El Guanacaste, junio de 1908. 3493 La miseria Señor Director dorada de PÁGINAS ILUSTRADAS P a r í s , m a y o d e 1908 El Ministro de la Guerra acaba de decidir bruscamente un cambio notable en la forma de las charreteras, y esta medida ha de entrar en vigor á partir del 1° de julio próximo. En virtud de este decreto una infinidad de infelices tenientes que con sueldo no superior al de un albañil. tienen que gastar en representación más que un diputado ó un senador, se van á ver o b l i g a d o s á tirar por la ventana un dinero que quizas necesitarían g a s t a r en comer. Da verdaderamente lástima pensar en la miseria dorada de tantos hombres jóvenes, sin fortuna, pero instruidos y tan capaces c o m o cualesquiera otros de hacerse una vida activa y cómoda, y q u e se empeñan, por el capricho de ir vestidos con trajes de color y llevar sombrero con plumas, en estancarse para siempre en una carrera sin porvenir. Alg u n o s lo hacen por vocación, y no son ellos los que se quejan; pero la mayor parte se meten á militares sin saber por qué, sin amor al oficio, á veces por no cansarse en buscar o t r o camino donde emplear su actividad, si es que la tienen. Y son estos los que más se lamentan de lo mísero de los sueldos y lo escaso de los ascensos. ¿ N o comprenden que si los ascensos son escasos y los sueldos míseros es porque hay sobra de aspirantes á oficial? P a r a los 1300 á 1400 alumnos que admiten cada año las escuelas militares francesas, se presentan cerca de 8000 candidatos, lo cual representa un desperdicio de más de 6000 jóvenes, quienes después de haber estudiado hasta los veinte años y costado á sus familias un dineral, se encuentran sin oficio y sin preparación alguna para la « s t r u g g l e f o r life» teniendo que entrar en cualquier comercio con un retraso de cuatro ó cinco años sobre sus compañeros menos ambiciosos que empezaron á trabajar más temprano. Y si esto sucede en Francia, nación práctica entre todas las naciones, qué diremos de los españoles y americanos donde no hay padre, por apurado que esté, que no se crea deshonrado si no son sus hijos médicos, a b o g a d o s ó cualquier cosa por el estilo. L o esencial no es comer sino ir de levita ó de uniforme. L o s ingleses y americanos, naciones mucho más prácticas q u e nosotros no conceden tanta importancia á las pieles de burro en que los latinos consignan las horas que pasaron g a s t a n d o los calzones en los bancos de las aulas. Allí se admite que un buen contramaestre, que antes f u é obrero, dirija solo una fábrica, si sabe verdaderamente su oficio. En Francia se exige un diploma de ingeniero para dirigir la más ínfima fábrica. En España y en América basta q u e cualquier zoquete venga de Francia y se titule ingeniero para que inmediatamente le confíen los trabajos más importantes, aunque en la vida no haya hecho estudios ni trabajado en su oficio. P o r mi parte creo necesario unir la práctica con la enseñanza técnica, y preferiría un poco más t r a b a j o manual y menos matemáticas trascendentales en las escuelas de ingeniería. A s í tendríamos ingenieros q u e n o se vieran, como ocurre hoy día á muchos alumnos de las escuelas superiores de Francia, apurados para desmontar una dinamo. 3494 Miguel de TOrO Gisbert ROBERT HERMANOSGRAN ALMACEN de ROPA HECHA PARA LA ESTACION D u r a n t e m u c h o s a ñ o s h a sido y continuará siendo el primero en su g é n e r o d e C e n t r o América. C o n s t a n t e renovación d e todo lo q u e e n materia d e vestidos p u e d a desearse. Vestidos para Niños de todas clases y precios DE INVIERNO S e ha r e c i b i d o un completo surtido de C A P A S d e HULE PONCHOS MACFERLANES SOBRETODOS impermeables CAPAS p e q u e ñ a s p a r a colegiales ZAPATOS POLAINAS PARAGUAS desde ¢1.50 ¡Lo mejor y más barato! PARFUM CAMIA V. RIGAUD PARIS APIOLINA CHAPOTÉAUT AGUA de KANANGA DEL JAPON S A L U D Regulariza elflujomensual, corta los retrasos y supresiones así como los dolores y cólicos que suelen coincidir con las épocas. En todas las farmacia DE LAS SEÑORAS HIGIENE de las SEÑORAS Desconfiarse DILUIDO EN AGUA, EL CRYSTOL TOCADOR de las imitaciones. V. RIGAUD 8, rué Vivienne, PARIS 8 Es el remedio soberano de las afecciones uterinas cura las flores blancas, las metritis y en general todas las dolencias de las vías uterinas. PARIS, 8, Rué Vivienne, y en todas Farmacias. ción musical con el nombre de «Sociedad del Arpa». L e deseamos l a r g a v i d a . N o s han llegado más f o t o g r a f í a s de las otras R e p ú b l i c a s de C e n t r o A m é r i c a p a r a el C o n c u r s o de Belleza, entre ellas 6 d e G u a t e m a l a v e r d a d e r a m e n t e bonitas. R e c i b i m o s la siguiente e s q u e l a : «Domitila v. de H i d a l g o cumple con el grato deber de participar á V . el p r ó x i m o enlace de su h i j a L o l a con el señor don Juan M. S e g r e d a y tiene el placer de invitarle á la ceremonia, que se e f e c t u a r á en su casa de habitación de esta ciudad, el 15 del corriente á las 8 de la noche. San J o s é , julio de 1908». Felicidad p a r a los c o n t r a y e n t e s . E s t a noche se pondrá en escena en el T e a t r o Nacional las zarzuelitas en I a c t o : Viento en popa, El chico de la portera y La Sultana. L o s n o m b r e s de E s p e r a n z a Iris y la Peral, son el m e j o r a t r a c t i v o que llevará mucho p ú b l i c o á nuestro coliseo. El m a r t e s próximo se representará la ópera española El Relámpago, el j u e v e s l a s piezas El señor Joaquín, Patria Chica y Carceleras y el s á b a d o Bacacio. Esta abierta, por quince días, la matrícula para las clases de Medicina L e g a l para los a l u m n o s de s e g u n d o y t e r c e r años de la E s c u e l a de D e r e c h o . Desde el 1° de julio actual, se estableció el servicio de g i r o s postales con el R e i n o de Italia, pudiéndose g i r a r desde 1 f r a n c o á 500. N u e s t r o c r o n i s t a de t e a t r o s A r m a n d o Manrique dará su opinión sobre la C o m p a ñía Gutiérrez, en el próximo número de esta R e v i s t a . L a «Sociedad T i p o g r á f i c a de Socorro Mutuo» v a t o m a n d o incremento, de lo cual nos alegramos. Pronto publicará, una v e z a p r o b a d o s por el P o d e r E j e c u t i v o , sus Estatutos, que han sido elaborados p o r los señores don J a i m e T o r m o , don Daniel U r e ñ a y don J. R . Mesén. LIBROS Y REVISTAS Flauta ingenua. — L l e g a á nuestras manos este libro de v e r s o s que publica el señor R o b e r t o V a l l a d a r e s . N o contiene sino pocas páginas y es el p r i m e r e n s a y o de un joven que apenas si tendrá la edad de v e i n t e años. H a y m u c h o s d e s c u i d o s en la obrita, pero se explica, un parto literario p r e m a turo no puede ser de otro modo. Sin em- b a r g o , la inspiración no escasea y se a d i v i n a un adorador f e r v i e n t e de Darío, N e r v o y L u g o n e s . Flauta ingenua m e r e c e p a s a r p o r el tamiz de la crítica, pero de la crítica sana, la que enseña y corrige, p a r a q u e m e j o r p r e p a r a d o nos pueda ofrecer m á s tarde el autor lo m u c h o que se p u e d e esperar de él. El Arbitraje entre Honduras y N i c a r a g u a . - R e c t i f i c a c i ó n d o c u m e n t a d a al E x c m o . señor don José D o l o r e s G á m e z , de lo q u e consigna en la memoria presentada al C o n g r e s o de N i c a r a g u a el 26 de diciembre de 1907, por el E x c m o . señor D o c t o r don Antonio A. R a m í r e z F . Fontecha. — T i p o g r a f í a « L a Prensa Popular».— Tegucigalpa, Honduras. — O b r a en nuestras manos este voluminoso folleto de 236 páginas, acompañado de un m a p a de Honduras, otro del R e i n o de G u a t e m a l a y de la p r o v i n c i a de Y u c a t á n del año 1750, una p a r t e del N u e v o Mapa de la A m é r i c a Septentrional construido p o r don L u i s de Surville V i l l e r e y y W a n t r e s , en el año 1787, y el P l a n o de la línea divisoria entre H o n d u r a s y Nicaragua, correspondiente al A c t a V de la Comisión M i x t a de Límites. Y a lo leeremos con atención. R e c o m e n d a m o s á nuestros lectores la interesante revista que p u b l i c a con el título de Boletín literario y bibliográfico la librería hispano americana de París, 2, square D e l a m b r e , X I V e . Contiene todas las obras publicadas en F r a n c i a y en E s p a ñ a durante el mes. E s t a publicación es un v e r d a dero repertorio en el que el hombre de ciencia, el médico, el literato, el ingeniero, podrán e n c o n t r a r c a d a mes t o d a s las o b r a s que á su profesión ó estudio se refieren. A c o n s e j a m o s á nuestros lectores que pidan una m u e s t r a de esta revista, indicando si desean la edición f r a n c e s a ó la española, mensionándose de n o m b r e de nuestro periódico á dicha librería que tendrá el may o r g u s t o en m a n d a r l e s gratis y franco alg u n o s números. Informe del Ingeniero Warren H. Knowlton sobre la terminación del F e r r o c a r r i l al Pacífico y otros puntos relativos á la misma vía. H e m o s recibido este folleto que ha publicado el Ministerio de F o m e n t o . Informe del Director é Inspector General de Obras Públicas, durante el año económ i c o de 19o á 1908. — A c u s a m o s recibo d e este folleto anexo á la Memoria de F o m e n to correspondiente á los m i s m o s años. Sol y Niebla. — D e S a n Miguel, El S a l v a dor, se nos envía el primer número de esta R e v i s t a mensual que dirige el señor S a l v a dor A. y G u e r r e r o . R e g i s t r a buen material literario. El Comercio. — N o s hace su primera visit a esta publicación d e d i c a d a á Ciencias, A r t e s , Comercio, Industria y A g r i c u l t u r a , que v e la l u z en N e w Y o r k . Son sus edit o r e s los señores J. S h e p h e r d C l a r k C° D i c h a r e v i s t a c u e n t a con 34 a ñ o s de existencia. BASES D E L C O N C U R S O PAGINAS D E B E L L E Z A D E ILUSTRADAS 1 a )—Páginas Ilustradas abre un concurso para elegir la mujer más bella de cada uno de los países de Guatemala, el Salvador. Honduras, Nicaragua y Costa Rica, que haya de disputar el campeonato de la belleza universal á Miss Margarita Frey, de Chicago. 2 a ) - L o s interesados deben remitir los retratos al comisionado ó comisionados que en su oportunidad se nombrarán en las ciudades de Guatemala, San Salvador. Tegucigalpa y Managua, quienes á su vez los remitirán á la Dirección de Páginas Ilustradas, apartado de correos número 453, San José de Costa Rica, expresando al dorso con toda claridad el nombre y lugar del nacimiento de la señora ó señorita y una nota con el color de los ojos, del cabello y del rostro. Será conveniente que se envíen varias fotografías de la misma persona y que una de ellas sea de cuerpo entero. 3 a ) T o d a s las fotografías recibidas serán examinadas por un Jurado compuesto de cinco miembros propietarios y tres suplentes cuyos nombres se expresarán oportunamente. La misión de este Jurado se- rá seleccionar entre los veinte retratos de mujeres más bellas de cada uno de los países citados, cuatro por cada país, entre los cuales ha de ser elegida cada una de las Reinas. 4 a ) A d e m á s del Jurado de Selección. que se cita, habrá otro que se llamará Jurado de Elección, compuesto de tres miembros propietarios y dos suplentes, el cual escogerá una Reina por cada uno de los cinco grupos dé cuatro fotografías seleccionadas, ó sea una por cada país. 5 a )—Podrán tomar parte en el Concurso no sólo las señoritas sino también las señoras que lo deseen, pues lo que se pretende es buscar la mujer más bella de cada una de las cinco Repúblicas hermanas, cualquiera que sea su estado civil. 6 a ) - L a s fotografías pueden ser remitidas por las interesadas y por sus amigos y parientes. Páginas Ilustradas ha nombrado sus representantes para este concurso. en Guatemala, á don Francisco Contreras B.; en San Salvador, al Dr. Alonso Reyes Guerra; en Tegucigalpa. á don Luis Andrés Zúñiga y en Managua á don Juan R. Avilés.