el desarrollo de dulcinea y la evolución de don quijote

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EL D E S A R R O L L O DE D U L C I N E A
Y L A EVOLUCIÓN DE D O N Q U I J O T E
C l a r o está q u e n o h a y ningún ' ' d e s a r r o l l o ' ' de D u l c i n e a e n l a o b r a
de C e r v a n t e s e n el sentido corriente de l a p a l a b r a , y a q u e n o existe,
n i s i q u i e r a c o m o u n personaje " a u s e n t e " , e n l a n o v e l a . C r e a c i ó n
de D o n Q u i j o t e basada e n A l d o n z a L o r e n z o ( q u e sí pertenece a l
m u n d o de l a n o v e l a a u n q u e n u n c a a p a r e c e ) , D u l c i n e a está a l a
disposición de c u a l q u i e r a de los personajes de l a n o v e l a p a r a m a n i p u l a r a l c a b a l l e r o , p e r o se p r e s t a i g u a l m e n t e a las m a n i p u l a c i o nes conscientes o inconscientes d e l p r o t a g o n i s t a m i s m o . ' E l d e s a r r o l l o de D u l c i n e a " se referirá a q u í a las facetas d e l d e s a r r o l l o
de D o n Q u i j o t e reflejadas e n su a c t i t u d h a c i a ella y a l a m a n e r a
de v e r l a e n d i s t i n t o s m o m e n t o s de su t r a y e c t o r i a v i t a l e n el t r a n s c u r s o de l a n o v e l a . A d i f e r e n c i a de otras t r a n s f o r m a c i o n e s de l a
r e a l i d a d p r a c t i c a d a s p o r D o n Q u i j o t e , D u l c i n e a es u n a creación
consciente s i n las r e s t r i c c i o n e s de u n a p r e s e n c i a a c t i v a d e n t r o de
la a c c i ó n , así c o m o el sueño de l a c u e v a de M o n t e s i n o s es u n a
creación inconsciente. E l l a será e n c u a l q u i e r m o m e n t o l o q u e D o n
Q u i j o t e q u i e r e q u e sea, c o n m á s l i b e r t a d q u e m o l i n o s de v i e n t o ,
m a n a d a s de ovejas o barcos a b a n d o n a d o s . O c u p a , a d e m á s , el l u gar c e n t r a l q u e c o r r e s p o n d e a l a d a m a q u e i n s p i r a a los caballeros a n d a n t e s de sus a m a d o s l i b r o s de caballerías, es l a p e r s o n a
a q u i e n q u i e r e i m p r e s i o n a r c o n sus hazañas, l a personificación
de su " p ú b l i c o " .
4
1
A p a r e c e i n i c i a l m e n t e D u l c i n e a c o m o u n accesorio i m p r e s c i n 1
C o m o h a n o t a d o J O S É E S C A R P A N T E R , " e s t a e s p e c i a l condición d e n o i n -
t e r v e n i r d e m o d o d i r e c t o e n l a u r d i m b r e n o v e l e s c a y v i v i r sólo e n el p l a n o a b s t r a c t o de l a s r e f e r e n c i a s , p o s i b i l i t a d e n t r o d e l a técnica n a r r a t i v a l a creación
de
d i s t i n t a s imágenes d e l p e r s o n a j e , e s t r u c t u r a d a s según e l p e n s a r , e l v e r y
el s e n t i r de q u i e n e s t r a z a n s u s r e t r a t o s ' ' ( " T r a y e c t o r i a d e D u l c i n e a " , Crítica
hispánica, 7 [ 1 9 8 5 ] , p . 1 0 ) . A q u í sólo n o s i n t e r e s a l a p e r s p e c t i v a v a r i a b l e d e
Don
Quijote.
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ALLEN
XXXVIII
d i b l e p a r a l a c a r r e r a de c a b a l l e r o a n d a n t e q u e p r o y e c t a D o n Q u i j o t e . D e s p u é s de i d e a r el p r o y e c t o y r e q u e r i r los accesorios más
i m p o r t a n t e s , c o m o son el y e l m o y el c a b a l l o , " s e d i o a e n t e n d e r
q u e no le faltaba otra cosa sino b u s c a r u n a d a m a de q u i e n e n a m o r a r s e " ( I , 1 ; las c u r s i v a s son m í a s , a q u í y e n a d e l a n t e ) . D a d a esta
m o t i v a c i ó n , su " d e v o c i ó n " es r u t i n a r i a e i m i t a t i v a : " n o d u r m i ó
D o n Q u i j o t e , p e n s a n d o e n su señora D u l c i n e a , por acomodarse a
lo que había leído en sus libros" ( I , 8 ) . C o m o h a n o t a d o J u l i o R o d r í g u e z L u i s , se d i r i g e a D u l c i n e a e n u n d i s c u r s o i m a g i n a r i o " c o m o
si v e r d a d e r a m e n t e f u e r a e n a m o r a d o " ( I , 2 ) . D o n Q u i j o t e está
dispuesto a reemplazarla, para conseguir lo que quiere, p o r la h i j a de c u a l q u i e r " r e y de los c r i s t i a n o s o de los paganos [ q u e ] t e n g a
g u e r r a y t e n g a h i j a h e r m o s a " ( I , 21)* E n c u a n t o a l a c a s t i d a d d e
su d a m a , n o le p r e o c u p a a D o n Q u i j o t e el e j e m p l o cíe A n g é l i c a
c o n M e d o r o , " p o r q u e m i D u l c i n e a d e l T o b o s o osaré j u r a r q u e
n o h a v i s t o e n todos los días de su v i d a m o r o a l g u n o , así c o m o
él es, e n su m i s m o t r a j e " ( I , 2 6 ) . Sancho nos asegura q u e A l d o n za " t i e n e m u c h o de c o r t e s a n a " ( I , 2 5 ) , y D o n Q u i j o t e está d i s p u e s t o a j u r a r q u e " s e está h o y c o m o l a m a d r e q u e l a p a r i ó " ( I ,
26).
L a poesía q u e semejante d a m a i n s p i r a e n el c a b a l l e r o está a
la a l t u r a de esta c o n c e p c i ó n i n i c i a l . E n t r e los versos q u e g r a b ó
D o n Q u i j o t e e n los árboles de S i e r r a M o r e n a estaban éstos:
2
y así, hasta henchir u n pipote,
aquí lloró don Quijote
ausencias de Dulcinea
del Toboso ( I , 25).
V i v a l d o , el c a b a l l e r o q u e a c o m p a ñ a a D o n Q u i j o t e al e n t i e r r o de G r i s ó s t o m o , suscita l a caracterización más e l a b o r a d a que
el c a b a l l e r o p r o p o r c i o n a e n l a P r i m e r a p a r t e , p i d i e n d o " n o m b r e ,
patria, calidad y h e r m o s u r a " :
su nombre es Dulcinea; su patria, el Toboso, u n lugar de la M a n cha; su calidad, por lo menos, ha de ser de princesa, pues es reina
y señora mía; su hermosura, sobrehumana, pues en ella se vienen
2
" D u l c i n e a a través de los dos Quijotes",
NRFH,
18 ( 1 9 6 5 - 1 9 6 6 ) , p. 3 8 0 .
A ñ a d e R O D R Í G U E Z L U I S , además, q u e " D u l c i n e a a p a r e c e c o n el v a l o r de a d i ción a u n o s p r e p a r a t i v o s d e r i v a d o s de u n a decisión d e l todo i n d e p e n d i e n t e de
e l l a ' ' ( p . 3 7 9 ) . Citaré el Quijote según l a e d . de J O H N J A Y A L L E N , Cátedra, M a drid,
1984.
NRFH,
XXXVIII
EL DESARROLLO D E DULCINEA
851
a hacer verdaderos todos los imposibles y quiméricos atributos de
belleza que los poetas dan a sus damas: que sus cabellos son oro,
su frente campos elíseos, sus cejas arcos del cielo, sus ojos soles, sus
mejillas rosas, mármol su pecho, marfil sus manos, su blancura nieve,
y las partes que a la vista h u m a n a encubrió la honestidad son tales,
según yo pienso y entiendo, que sólo la discreta consideración puede encarecerlas, y no compararlas ( I , 13).
L a b a n a l serie de tópicos p e t r a r q u i s t a s r u t i n a r i o s " h a s t h e effect
of r e d u c i n g D u l c i n e a t o a grotesque m o s a i c o f s c u l p t u r a l m a t e r i a l s " , c o m o h a d i c h o C h a r l o t t e S t e r n , p e r o es sobre t o d o l a a d i c i ó n de ' 'las p a r t e s q u e a l a v i s t a h u m a n a e n c u b r i ó l a h o n e s t i dad"
que encomienda D o n Quijote a la "discreta consideración"
de V i v a l d o l o q u e coloca l a descripción d e f i n i t i v a , si b i e n i n c o n s c i e n t e m e n t e , d e n t r o d e l género a n t i p e t r a r q u i s t a . " E l etcétera es
de m á r m o l " , m e parece r e c o r d a r h a b e r l o leído e n G ó n g o r a , a l
d e s c r i b i r éste a u n a d a m a .
E l c o m e n t a r i o sobre l a c a l i d a d de D u l c i n e a es t a n egocéntrico
y t a n poco i n f o r m a t i v o q u e V i v a l d o insiste: " e l l i n a j e , p r o s a p i a
y a l c u r n i a q u e r r í a m o s s a b e r " . A c o s a d o así, D o n Q u i j o t e ofrece
u n a lista de v e i n t i c i n c o f a m i l i a s a las q u e no pertenece D u l c i n e a ,
a s e g u r a q u e su f a m i l i a p o d r í a v e n i r a ser el comienzo de u n l i n a j e
i l u s t r e , y c i e r r a l a discusión d i c i e n d o : " n o se m e r e p l i q u e en est o " ( I , 13). " D o n Q u i j o t e ' s response is e v a s i v e " , dice C h a r l o t t e
S t e r n . M á s b i e n defensiva, diríamos. " P i n t ó l a en m i imaginación
c o m o l a deseo, así e n l a belleza c o m o e n l a p r i n c i p a l i d a d " , le r e v e l a D o n Q u i j o t e a S a n c h o en S i e r r a M o r e n a ( I , 2 5 ) , y c o m p a r a
su p r e f e r e n c i a p o r D u l c i n e a a l a p r e f e r e n c i a de u n a v i u d a p o r u n
a m a n t e e n u n a anécdota p o p u l a r : " p a r a l o que y o le q u i e r o , t a n ta filosofía sabe, y m á s , q u e A r i s t ó t e l e s " . C o n e x q u i s i t o c u i d a d o
va i n s i s t i e n d o C e r v a n t e s e n el frío u t i l i t a r i s m o de esta c o n c e p c i ó n
o r i g i n a l : u n a " c o s a q u e le f a l t a b a " , s u s t i t u i b l e p o r o t r a , tabula
rasa q u e n o t i e n e q u e ser n i saber n a d a , h e m b r a q u e p u e d e s e r v i r le p a r a d a r c o m i e n z o a u n l i n a j e . S t e r n t i e n e t o d a l a razón al n o t a r q u e " D o n Q u i j o t e conveys t h e s u b j e c t i v i t y o f his i m a g e o f
D u l c i n e a b y e m p h a s i z i n g the first p e r s o n : « P o r lo q u e y o q u i e r o » ,
« b á s t a m e a m í pensar y creer», « Y o m e h a g o cuenta», « y o i m a g i n o » " , y a u n p o r e n c i m a d e l énfasis e n l o s u b j e t i v o v a l a c l a r a
"cosificación" utilitaria.
3
4
3
H,
C H A R L O T T E S T E R N , " D u l c i n e a , A l d o n z a , a n d the theory of speech a c t s " ,
67 (1984), 64-65.
4
Ibid.,
p . 66.
852
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NRFH,
ALLEN
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A l final de l a P r i m e r a p a r t e , es difícil n o estar de a c u e r d o c o n
la caracterización de D o n Q u i j o t e que h a hecho r e c i e n t e m e n t e Peter R u s s e l l : " h i s t o t a l d e v o t i o n t o the i m a g i n a r y D u l c i n e a is a l t o g e t h e r e g o c e n t r i c " . O c o n l a afirmación de A n t h o n y Close de
q u e " t h e h e r o ' s a t t i t u d e t o w a r d s D u l c i n e a is a c o m i c s h a m a n d
his a t t i t u d e t o w a r d s t h e people w h o q u e s t i o n h i m a b o u t h e r is a b s u r d s o p h i s t r y " . E l c o n c e p t o q u e t i e n e D o n Q u i j o t e de D u l c i n e a e n l a P r i m e r a p a r t e se l i m i t a a lo i n s t r u m e n t a l , l o c o n v e n c i o n a l y l o físico.
S e g ú n S t e r n , " D o n Q u i j o t e n e v e r v a r i e s his i m a g e o f D u l c i n e a . I n C h a p t e r 64 o f the second p a r t she is still the b e a u t i f u l p r i n cess she was at the b e g i n n i n g o f his j o u r n e y " ( p . 7 0 ) . Es v e r d a d ,
y t a m b i é n es v e r d a d q u e D o n Q u i j o t e es t o d a v í a el flaco c i n c u e n t ó n l o c o , p e r o es i g u a l m e n t e v e r d a d que e n l a S e g u n d a p a r t e él
protagonista cambia radicalmente, y a m e d i d a que cambia D o n
Q u i j o t e , c a m b i a su c o n c e p t o de D u l c i n e a .
E l t e x t o f u n d a m e n t a l p a r a el c o n c e p t o de D u l c i n e a que tiene
D o n Q u i j o t e e n l a S e g u n d a p a r t e surge e n el capítulo 3 2 , c u a n d o
r e p i t e l a d u q u e s a el i n t e r r o g a t o r i o de V i v a l d o de l a P r i m e r a , p i d i e n d o p r i m e r o " q u e le delinease y describiese [. . . ] l a h e r m o s u r a y facciones de l a señora D u l c i n e a " . C o m o h a señalado C l o s e ,
e m p i e z a D o n Q u i j o t e de u n a m a n e r a r i d i c u l a , t o m a n d o a l pie de
la l e t r a u n a i m a g e n figurada de l a tradición d e l a m o r cortés: " S i
y o p u d i e r a sacar m i c o r a z ó n y p o n e r l o ante los ojos de v u e s t r a
g r a n d e z a , a q u í , sobre esta mesa y e n u n p l a t o [. . . ] " . L e parece
a C l o s e q u e " h i s defence t o t h e D u k e ' s questions a b o u t D u l c i n e a ' s social status is m u c h the same as t h a t w h i c h he offers to s i m i l a r questions [ b y V i v a l d o ] i n P a r t I , 1 3 " ; cree además que " t h i s
i m p l i e s t h a t his m e n t a l i m a g e o f D u l c i n e a has i n n o w a y c h a n g e d
f r o m w h a t i t was i n e a r l y P a r t I " . A t i é n d a s e , s i n e m b a r g o , a l a
m a n e r a de r e l a t a r D o n Q u i j o t e el e p i s o d i o d e l e n c a n t a m i e n t o de
D u l c i n e a y a su reacción a l alegato de l a d u q u e s a , basado en l a
P r i m e r a p a r t e , de que el caballero " l a e n g e n d r ó y parió e n su e n t e n d i m i e n t o " . L a respuesta de D o n Q u i j o t e aquí se d i s t i n g u e t a j a n t e m e n t e de su contestación a V i v a l d o :
5
6
7
N i yo engendré n i parí a m i señora, puesto que la contemplo como
conviene que sea una dama que contenga en sí las partes que pue-
p.
5
P E T E R R U S S E L L , Cervantes, O x f o r d U n i v e r s i t y P r e s s , O x f o r d , 1985, p. 4 6 .
6
A N T H O N Y C L O S E , " D o n Q u i x o t e ' s love for D u l c i n e a " , BHS,
252.
7
Id.
50 ( 1 9 7 3 ) ,
NRFH,
XXXVIII
EL DESARROLLO D E DULCINEA
853
d a n hacerla famosa en todas las del m u n d o , como son: hermosa sin
tacha, grave sin soberbia, amorosa con honestidad, agradecida por
cortés por bien criada y, finalmente, alta por linaje [. . . ] ( I I , 32).
T o d o esto es m u y c o n v e n c i o n a l , p o r s u p u e s t o , y C i ó s e o p i n a q u e
el énfasis p a r t i c u l a r de D o n Q u i j o t e e n " a l t a p o r l i n a j e " es el d e t a l l e q u e c o m p r u e b a l a intención irónica f u n d a m e n t a l . Pero h a
h a b i d o u n c a m b i o s i g n i f i c a t i v o e n los p u n t o s de r e f e r e n c i a : p r e d o m i n a c l a r a m e n t e a h o r a el carácter de D u l c i n e a sobre l a desc r i p c i ó n física. Insiste el d u q u e , t a l c o m o l o había hecho V i v a l d o ,
e n l a cuestión d e l l i n a j e , y l a réplica de D o n Q u i j o t e d i f i e r e y a
marcadamente:
8
Dulcinea es hija de sus obras, y [. . . ] las virtudes adoban l a sangre,
y [. . . ] en más se ha de estimar y tener u n humilde virtuoso que
u n vicioso levantado. C u a n t o más que Dulcinea tiene u n jirón que
la puede llevar a ser reina de corona y cetro; que el merecimiento
de u n a mujer hermosa y virtuosa a mayores milagros se estiende
( I I , 32).
L a descripción de D u l c i n e a q u e D o n Q u i j o t e le había p r e s e n t a d o a V i v a l d o q u e d ó l i m i t a d a a l o físico, p e r o l o q u e a h o r a se
esfuerza el c a b a l l e r o p o r i n v e n t a r es el carácter de D u l c i n e a . L a
r e s p u e s t a a l a p r e g u n t a sobre el l i n a j e de l a d a m a sigue esa m i s m a línea, y el c o n t r a s t e c o n el e p i s o d i o de V i v a l d o es a u n m á s
c l a r o . A pesar de a f i r m a r p o s t e r i o r m e n t e q u e " D u l c i n e a es p r i n c i p a l y b i e n n a c i d a , y de los h i d a l g o s l i n a j e s q u e h a y e n el T o b o s o
[. . . ] a b u e n seguro q u e n o le cabe poca p a r t e a l a s i n p a r D u l c i n e a " , l a respuesta e n este m o m e n t o n o es y a l a d e f e n s i v a de a n tes. Establece a g r e s i v a m e n t e u n c o n t r a s t e implícito c o n l a obrallinaje de los d u q u e s . E n " h i j a de sus o b r a s " suena el r e c u e r d o de
l a P r i m e r a p a r t e , y l a anfibología de jirón d e m u e s t r a q u e D o n Q u i j o t e m a n e j a a q u í el i d i o m a c o n u n a maestría q u e c o n t r a s t a v i v a m e n t e c o n chuscas e q u i v o c a c i o n e s c o m o j u r a r q u e D u l c i n e a " s e
está h o y c o m o l a m a d r e q u e l a p a r i ó " e n l a P r i m e r a p a r t e .
H a y u n c o n t r a s t e i g u a l m e n t e fuerte e n t r e l a poesía q u e D o n
Q u i j o t e le d e d i c a a D u l c i n e a e n l a S e g u n d a p a r t e — p o r c o n v e n c i o n a l q u e sea— y los versos g r o t e s c a m e n t e r a m p l o n e s de l a P r i m e r a ( " a s í , hasta h e n c h i r u n p i p o t e " , I , 2 6 1 ) . S o n versos t r a d u c i d o s de u n m a d r i g a l de P i e t r o B e m b o :
8
Ibid.,
p. 253.
JOHN J
854
ALLEN
NRFH,
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A m o r , cuando yo pienso
en el m a l que me das, terrible y fuerte,
voy corriendo a la muerte,
pensando así acabar m i m a l inmenso;
mas en llegando al paso
que es puerto en este m a r de m i tormento
tanta alegría siento,
que la vida se esfuerza y no le paso.
Así el v i v i r me mata,
que la muerte me torna a dar la vida.
¡Oh condición no oída
la que conmigo muerte y vida trata! ( I I , 68).
L o s c a m b i o s q u e he q u e r i d o a p u n t a r aquí s o n , o b v i a m e n t e ,
sólo reflejos de los c a m b i o s m á s p r o f u n d o s q u e sufre D o n Q u i j o t e
e n el t r a n s c u r s o de sus a v e n t u r a s . Según c a m b i a n sus m o t i v a c i o n e s , c a m b i a l a d a m a q u e las " e n c a r n a " (si se m e p e r m i t e l a p e r versión del término). " R e l i g i ó n es l a caballería", a f i r m a D o n Q u i j o t e e n el capítulo 8 de l a S e g u n d a p a r t e .
Hemos de matar en los gigantes a la soberbia; a la envidia en la
generosidad y buen pecho; a la ira, en el reposado continente y quiet u d del ánimo; a la gula y al sueño, en el poco comer que comemos
y en el mucho velar que velamos; a la l u j u r i a y lascivia, en la lealtad que guardamos a las que hemos hecho señoras de nuestros pensamientos; a la pereza, con andar por todas las partes del m u n d o
[ . . . ] ( H , 8).
H a s t a C i ó s e c a r a c t e r i z a este pasaje c o m o p o r t a d o r de " s a b i duría"
L a a r r o g a n c i a de l a P r i m e r a p a r t e es r e e m p l a z a d a p o r u n a crec i e n t e " m e s u r a " . " T o d o el m u n d o se t e n g a , si t o d o el m u n d o
n o confiesa q u e n o h a y e n el m u n d o t o d o d o n c e l l a más h e r m o s a
q u e l a e m p e r a t r i z de l a M a n c h a , l a sin p a r D u l c i n e a d e l T o b o s o " , les había e x i g i d o D o n Q u i j o t e a los m e r c a d e r e s e n el capítul o 4 de l a P r i m e r a p a r t e . C u a n d o le p i d i e r o n u n r e t r a t o de l a d a m a , replicó así: " S i os l a m o s t r a r a , ¿ q u é hiciérades e n confesar
u n a v e r d a d t a n n o t o r i a ? L a i m p o r t a n c i a está e n q u e s i n v e r l a l o
habéis de c r e e r , confesar, a f i r m a r , j u r a r y d e f e n d e r " . H a y q u e
c o m p a r a r esto c o n su respuesta a las d u d a s d e l C a b a l l e r o de l a
B l a n c a L u n a c o n respecto a l a supremacía de l a belleza de D u l c i 9
9
Ibid.,
p. 254.
NRFH,
XXXVIII
EL DESARROLLO D E DULCINEA
855
nea: " y o osaré j u r a r q u e j a m á s habéis v i s t o a l a i l u s t r e D u l c i n e a ;
q u e si v i s t o l a h u b i é r a d e s , y o sé q u e procurárades n o poneros e n
esta d e m a n d a , p o r q u e su v i s t a os desengañara de q u e n o h a h a b i d o n i p u e d e h a b e r b e l l e z a q u e c o n l a s u y a c o m p a r a r se p u e d a "
(11,64).
C o m o h e m o s v i s t o , el c o n c e p t o q u e f o r m u l a D o n Q u i j o t e de
D u l c i n e a i n i c i a l m e n t e se l i m i t a a l o i n s t r u m e n t a l , l o c o n v e n c i o n a l y l o físico. H a c i a el final de l a S e g u n d a p a r t e h a l l e g a d o a ser
u n d e c h a d o de v i r t u d , íntegramente l i g a d a a l a c o r d u r a q u e y a
e m p i e z a el c a b a l l e r o a saber q u e h a p e r d i d o : " s i m i D u l c i n e a saliese de los [ t r a b a j o s ] q u e padece, m e j o r á n d o s e m i v e n t u r a ^ adobándoseme eljuicio, p o d r í a ser q u e e n c a m i n a s e m i s pasos p o r m e j o r
c a m i n o d e l q u e l l e v o " ( I I , 57). C o m o a p u n t a R u t h E l Saffar, " t h e
e f f o r t t o confíate D u l c i n e a a n d A l d o n z a L o r e n z o is t h e subject o f
Don
Quixote, P a r t I I " . L a s percepciones de D o n Q u i j o t e d e l
m u n d o q u e l o r o d e a se v u e l v e n cada vez m á s " n o r m a l e s " a m e d i d a que va recobrando la c o r d u r a . Paradójicamente, sin e m b a r g o , D u l c i n e a se hace a l a m i s m a vez menos c o r p ó r e a .
A l g o de esto había v i s t o E m i l i o G o g g i o a l e s c r i b i r , e n 1952,
q u e " t h e r e are i n r e a l i t y t w o d i f f e r e n t D u l c i n e a s , as t h e r e are t w o
d i s t i n c t a n d inseparable D o n Q u i j o t e s , o r r a t h e r [. . . ] each o f these
characters plays a d u a l role [. . . ] " . Pero G o g g i o n o parece h a ber v i s t o el d e s a r r o l l o de D o n Q u i j o t e implícito e n esta d o b l e d u a lidad.
L a orientación m o r a l de l a n u e v a visión de D o n Q u i j o t e de
l a caballería a n d a n t e e n l a S e g u n d a p a r t e v a parejas c o n l a n u e v a
o r i e n t a c i ó n de su c o n c e p t o de D u l c i n e a . P o r m i p a r t e , y o n o e n c u e n t r o i n d i c i o de n i n g u n o de estos dos elementos e n l a P r i m e r a
p a r t e , y m e parece q u e los críticos " d u r o s " , a h o r a representados
a n t e u n p ú b l i c o más a m p l i o p o r el l i b r o de R u s s e l l , tendrán q u e
enfrentarse más d i r e c t a m e n t e c o n las señales de u n o s cambios f u n d a m e n t a l e s e n D o n Q u i j o t e , sobre t o d o e n los capítulos p o s t e r i o res a l a estancia c o n los d u q u e s , y los c a m b i o s e n su concepto de
D u l c i n e a ; es d e c i r q u e tendrán q u e i n c o r p o r a r de a l g u n a m a n e r a
estos c a m b i o s d e n t r o de l a visión i n a l t e r a b l e m e n t e c ó m i c a d e l l i b r o q u e nos h a n o f r e c i d o . A pesar de d a r n o s u n análisis basado
m e t i c u l o s a m e n t e e n el t e x t o , C i ó s e n o nos ofrece n i n g u n a c i t a de
1 0
n
1 0
R U T H E L S A F F A R , Beyond fiction.
Cervantes,
1 1
cha",
The recovery of the femenine in the novéis of
U n i v e r s i t y o f C a l i f o r n i a P r e s s , L o s A n g e l e s , 1984, p. 5 9 .
EMILIO GOGGIO,
MLQ,
4
' T h e d u a l role o f D u l c i n e a i n Don Quijote de la
13 ( 1 9 5 2 ) , p. 2 8 5 .
Man-
856
JOHN J.
ALLEN
NRFH,
XXXVIII
los últimos d i e c i o c h o capítulos, sobre t o d o el e n c u e n t r o e n t r e D o n
Q u i j o t e y S a n s ó n e n su p a p e l de C a b a l l e r o de l a B l a n c a L u n a ( I I ,
6 4 ) . R u s s e l l sólo ve u n " k i n d l y v i c t o r " e n el a r r o g a n t e y v e n g a t i v o S a n s ó n de este e p i s o d i o . D o n Q u i j o t e sigue s i e n d o l o c o e n I I ,
6 4 , p e r o sólo de a c u e r d o c o n l a n u e v a p e r s p e c t i v a c u i d a d o s a m e n te p r e p a r a d a p o r el t e x t o p o d e m o s e n t e n d e r l a disposición d e l cab a l l e r o a m o r i r a m a n o s d e l C a b a l l e r o de l a B l a n c a L u n a p o r a f i r m a r l a s u p r e m a c í a de D u l c i n e a d e l T o b o s o c o m o a l g o m á s q u e
u n a locura sin sentido.
JOHN J . ALLEN
University of Kentucky
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