Góngora y Quevedo - Páginas Personales UNAM

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DE GÓNGORA, LOPE Y QUEVEDO
I. GÓNGORA
H e l e í d o de cabo a rabo los Gongoremas de A n t o n i o Carreira 1 ,
c o l e c c i ó n de diecinueve estudios ya publicados a n t e r i o r m e n t e
casi todos, p e r o todos desconocidos para m í ( ¡ a tal p u n t o he
dejado de estar "al c o r r i e n t e " en cuanto a las actividades del
m u n d o h i s p a n í s t i c o ! ) . S a b í a quién era A n t o n i o Carreira: conocía los artículos de la revista Voz y Letra-que
l o muestran como
gran conocedor d e l ancho campo de la p o e s í a de los siglos de
o r o - y t a m b i é n su impecable e d i c i ó n de Nuevos poemas atribuidos a Góngora - q u e l o muestra como gran conocedor de manuscritos p o é t i c o s - , pero a ú n n o sabía de qué era capaz2. Estos
diecinueve "gongoremas", m u y eruditos, c o n e r u d i c i ó n jugosa,
y a d e m á s de m u y grata lectura, me h a n dejado deslumhrado.
Yo pensaba que n o h a b í a sino un gongorista de p r i m e r a magnitud "absoluta", o sea Robert Jammes, y ahora descubro que son
dos. Los Gongoremas están a la altura de los Études de Jammes.
Los dos p r i m e r o s gongoremas son de e n o r m e valor informativo (de m a n e r a especial para q u i e n n o está "al c o r r i e n t e " ) .
En el p r i m e r o , " G ó n g o r a d e s p u é s de D á m a s o Alonso", hace
Carreira u n repaso de los principales estudios gongorinos publicados en la segunda m i t a d del siglo x x (el m á s antiguo que
comenta es el de E m i l i o Carilla sobre El gongorismo en América,
de 1946), c o n buenos elogios para l o valioso, c o m o las Concordancias publicadas p o r los hispanistas de Wisconsin, y buenos
ANTONIO CARREIRA, Gongoremas, Eds. P e n í n s u l a , Barcelona, 1 9 9 8 ; 4 5 4 pp.
D e s p u é s de escritas estas palabras l l e g ó a mis manos su e d i c i ó n de
los Romances de G ó n g o r a , sobre la cual hago algunos comentarios infra,
pp. 3 1 1 - 3 1 5 .
1
2
NRFH, XLVIII (2000), núm. 2, 299-332
300
ANTONIO ALATORRE
NRFH, X L V I I I
pinchazos para lo hueco (sobre la Poética semiológica de Rafael
Ramos, p . 3 1 : " N o es la p r i m e r a vez que u n m o n t e de abstracciones acaba p o r parir u n r a t ó n " ; sobre los Aspeéis
ofGóngora's
Soledades de J o h n Beverley, p . 38: l i b r o construido "con interpretaciones arbitrarias o conjeturas descabelladas") 3 . E n el seg u n d o , "Defecto y exceso e n la i n t e r p r e t a c i ó n de G ó n g o r a " ,
recoge u n b u e n muestrario de esas dos maneras de errar el
blanco, pecar de menos y pecar de m á s . Igualmente instructivos son el gongorema 12, repaso de las "tareas pendientes" en
el estudio de las Soledades, y el 4, sobre los manuscritos en que
hay poesías de G ó n g o r a . (Así como la "avalancha crítica" que se
ha desatado e n los últimos tiempos se explica p o r el olvido e n
que h a b í a estado hasta entonces G ó n g o r a , así los numerosos
descubrimientos de manuscritos, varios de ellos p o r Carreira
mismo, muestran e l "retraso considerable" que existía: está sucediendo lo que d e b i ó haber sucedido en el siglo xix.)
"La p o s t e r g a c i ó n de G ó n g o r a - d i c e Carreira, p. 2 0 - h a b í a
sido tan escandalosa y h a b í a echado tan fuertes raíces, que n o
se conoce caso similar en que el mayor poeta de una lengua pasase p o r loco y se le tenga doscientos a ñ o s en el p u r g a t o r i o " 4 ; y
poco d e s p u é s (p. 45): " G ó n g o r a se considera ya e l poeta p o r
antonomasia entre nuestros clásicos". (Yo t a m b i é n digo que
G ó n g o r a es el mayor poeta de nuestra lengua, m u y p o r encima
s E l repaso se inicia con los Études de J a m m e s (1967), que siguen siendo
—dice CARREIRA- "lo mejor que existe sobre G ó n g o r a " (p. 25). Cf. t a m b i é n
p. 268: los Études son u n a "fiesta para cualquier lector aburrido por tantas
obras llenas de exhibiciones b i b l i o g r á f i c a s , t e r m i n o l o g í a s n e o t é r i c a s y variadas frituras conceptuales".
* E n efecto, no hay en la historia de la c r í t i c a e n lengua e s p a ñ o l a u n caso de semejante p e r d u r a c i ó n . E l j u i c i o hostil de M e n é n d e z Pelayo ya estaba
formado desde m u c h o antes de sus tiempos, y s i g u i ó vigente d e s p u é s . D o n
Marcelino no pudo sentir de otra manera. E l purgatorio de los poemas "difíciles" de G ó n g o r a va trabado con el purgatorio del Primero Sueño de Sor Juana. E l j u i c i o de los sorjuanistas puede resumirse e n esta sentencia: "Sor
J u a n a i m i t ó a q u í al c é l e b r e G ó n g o r a , ¡y la d i s c í p u l a d e j ó atrás al maestro!".
— A p r o p ó s i t o de la nota de la p. 231, donde lanza Carreira u n dardo contra
Octavio Paz, cuyo " o í d o algo r o m o " le i m p i d i ó apreciar las Soledades, a ñ a d o
que e n Memorias y palabras, M é x i c o , 1999, p. 347, hay u n a carta de Paz a Pere
Gimferrer (abril de 1990) que muy c a t e g ó r i c a m e n t e dice: " [ E l Polifemo es]
u n a de las obras centrales del siglo xvn europeo. E n cambio, aparte de que
no las t e r m i n ó , las Soledades son u n p o e m a divagatorio y no pocas veces
h u e c o . . . E l j u i c i o de M e n é n d e z Pelayo es justo...; [ G ó n g o r a es gran poeta],
pero no es Milton". ¡ C o n r a z ó n tampoco pudo Paz tragar el gran poema de
SorJuana!
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DE GÓNGORA, LOPE Y QUEVEDO
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de L o p e y de Quevedo.) 5 Los gongoremas de Carreira desbord a n entusiasmo: entusiasmo de b u e n lector, de crítico consciente, de maestro que instruye Y persuade. Y el objeto del
entusiasmo es siempre la poesía. Cuando Carreira aborda cuestiones de m é t r i c a y prosodia, cuando habla de manuscritos recién descubiertos o pone de relieve la i m p o r t a n c i a ú n i c a del
manuscrito C h a c ó n , cuando se detiene en aspectos de la historia literaria (o de la historia social, como en las vividas y b i e n
documentadas p á g i n a s sobre la r e l a c i ó n de G ó n g o r a con los
grandes s e ñ o r e s , en especial el d u q u e de L e r m a ) , nunca pierde de vista la meta: la c o m p r e n s i ó n entera de la obra de G ó n g o ra. A eso apunta su pasmosa e r u d i c i ó n . Y hay algo que me
sorprende gratamente: los paralelos que todo el tiempo traza
Carreira entre p o e s í a y m ú s i c a , m u c h í s i m o m á s elocuentes que
las presuntuosas jergas críticas de m o d a 6 . A b u n d a n las aporta5
Paz le dice a G i m f e r r e r (loe. cit): " M e g u s t a n . . . algunos sonetos [de
G ó n g o r a ] ; sin e m b a r g o , p r e f i e r o los de L o p e y de Quevedo". - E n 1952 le
o í a D á m a s o A l o n s o , en M a d r i d , u n a c o n f e r e n c i a e n que d i j o m á s o m e n o s :
" E n estos t r á g i c o s tiempos ya n o es el escapista G ó n g o r a n u e s t r o poeta; ahora n u e s t r o p o e t a es el c o m p r o m e t i d o Quevedo". — E l caso de BORGES es curioso. E n 1927, tercer c e n t e n a r i o de la m u e r t e de G ó n g o r a , d e c í a : ' Y o
s i e m p r e e s t a r é listo a pensar e n d o n L u i s de G ó n g o r a cada cien a ñ o s . . . ;
G ó n g o r a — o j a l á injustamente— es s í m b o l o de la cuidadosa t e c n i q u e r í a , de
la s i m u l a c i ó n d e l m i s t e r i o , de las meras aventuras de la sintaxis..., es d e c i r
de la m e l o d i o s a y perfecta n o l i t e r a t u r a que he r e p u d i a d o s i e m p r e " (artícu¬
l o r e c o g i d o en El idioma de los argentinos, 1928, p p . 123-124; cf. t a m b i é n "Exam e n de u n soneto de G ó n g o r a " , e n El tamaño de mi esperanza, 1926, p. 138).
E v i d e n t e m e n t e , al escribirestas duras palabras —suavizadas, sí, p o r el ojalá
injustamente— n o c o n o c í a Borges las Soledades p u b l i c a d a s p o r D á m a s o A l o n so. L o cierto es que s i g u i ó l e y e n d o a G ó n g o r a y l l e g ó a a d m i r a r l o . Su p o e m a
" G ó n g o r a " , escrito d e s p u é s de casi sesenta a ñ o s (y r e c o g i d o e n las Obvcis COTIIplstcis, 1989, t. 3, p. 4 9 2 ) , m u e s t r a u n a h o n d a c o m p r e n s i ó n de a q u e l l o Cjue
d e s d e ñ o s a m e n t e h a b í a l l a m a d o " t e c n i q u e r í a s " . E n los versos "Veo e n el
t i e m p o que huye u n a saeta/ r í g i d a y u n cristal e n la c o r r i e n t e / y perlas en la
l á g r i m a d o l i e n t e . / T a l es m i e x t r a ñ o o f i c i o de poeta. / / ¿ Q u é m e i m p o r t a n
las befas o el r e n o m b r e ? . . . " , e s t á h a b l a n d o G ó n g o r a , p e r o t a m b i é n Borges.
6
E n mis Ensayos sobre crítica literaria ( 1 9 9 3 ) , p . 23, c i t o el c o m e n t a r i o de
E d w a r d Sapir (Language, cap. 11) a l o que d i j o B e n e d e t t o Croce sobre la i m p o s i b i l i d a d de t r a d u c i r p o e s í a (de " t r a n s f e r i r " los valores p o é t i c o s de u n a
l e n g u a a o t r a ) . Es u n h e c h o , d i c e Sapir, que "la l i t e r a t u r a se t r a d u c e , v e n
ocasiones c o n asombroso a c i e r t o " . L o que pasa es que hav poemas v poemas. " U n estudio de C h o p i n es i n v i o l a b l e ; se m u e v e p o r c o m p l e t o d e n t r o
d e l m u n d o a c ú s t i c o del p i a n o ; u n a fuga de B a c h p u e d e traducirse a u n sistem a de t i m b r e s musicales d i f e r e n t e s sin que p o r e l l o d i s m i n u y a gravemente
su s i g n i f i c a c i ó n " . Y c o p i o m i c o m e n t a r i o : " A d m i r a b l e m a n e r a de i n v i t a r n o s
a p e n s a r sobre las distintas utilizaciones d e l m e d i o l i n g ü í s t i c o . L a c o m p a r a -
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ANTONIO ALATORRE
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ciones interpretativas, las precisiones, las puntualizaciones, las
finezas de o b s e r v a c i ó n , así sobre el yo de G ó n g o r a ( p p . 121¬
159) como sobre su angustia, en 1625, p o r n o poseer copia de
muchas de sus p o e s í a s ( p p . 180-182) 7 , o bien sobre "la novedad
de las Soledades', eso que d e j ó boquiabiertos p o r igual a u n Ped r o de Valencia y a u n J u a n d e j á u r e g u i (pp. 225-237), o sobre
el sentido de poemas c o m o " M a l haya el que en s e ñ o r e s idolat r a . . . " o como " T e n í a M a r i - N u ñ o u n a gallina...", o sobre la importancia de las atribuciones, aun de cosas que decididamente
n o son de G ó n g o r a 8 . De a n á l o g o interés son las contribuciones
de Carreira a la c o m p r e n s i ó n de "la controversia en t o r n o a las
Soledades' ( p p . 239-266): da a conocer u n "parecer" a n ó n i m o ,
hecho seguramente poco d e s p u é s de 1613, pero conservado en
u n manuscrito d e l siglo XVIII (y p o r t u g u é s ) , y hace u n a escrupulosa e d i c i ó n crítica de dos documentos de septiembre de 1613:
c i ó n musical dice, breve y agudamente, m á s que cualquier larga d i s q u i s i c i ó n
científica. E s o sí, para entenderla hay que haber penetrado, como desde
luego h a b í a penetrado Sapir, en los respectivos mundos sonoros del estudio
de C h o p i n y la fuga de B a c h " . L o mismo pienso de las comparaciones musicales de Carreira. —No estoy calificado para juzgar la t r a d u c c i ó n que hizo
Gilbert C u n n i n g h a m de las Soledades, pero si es tan buena como a m í me parece, G ó n g o r a e s t a r á m á s cerca de Bach que de C h o p i n .
7
Francisco de las Heras, editor de la Inundación Castálida, dice que el
volumen contiene "[los papeles] que pudo recoger S ó r o r J u a n a de muchas
manos en que estavan no menos divididos que escondidos, como thesoro"
( e p í g r a f e del p r i m e r soneto). S e g ú n esto, tampoco Sor J u a n a conservaba
copia de sus versos.
8
Las p o e s í a s atribuidas nos dan u n a idea muy precisa de lo que, a u n en
vida de G ó n g o r a , "se s e n t í a " como gongorino. - E n 1683 la Universidad de
M é x i c o o r g a n i z ó u n certamen en que se p e d í a , entre otras cosas, glosar cuatro versos de u n romance de G ó n g o r a , "Mientras él mira suspenso/ sus bellezas...", que M é n d e z Planearte no e n c o n t r ó en la ed. de Millé, y con
r a z ó n , pues es de A n t o n i o de Paredes (romance " L a que Persia vio e n sus
montes...", publicado como de G ó n g o r a en la ed. de Hozes y C ó r d o b a ) . —
L o curioso es que u n a de esas glosas fue publicada como obra de Sor J u a n a
en la Fama y Obras pósthumas (error de C a s t o r e ñ a , pues Felipe Salaizes no es
p s e u d ó n i m o , sino n o m b r e de u n oscuro poeta poblano: cf. la ponencia
de Salvador C r u z en el Coloquio internacional sorjuanino de M é x i c o , 1995,
pp. 77-80). — A p r o p ó s i t o de atribuciones: Carreira, p. 418, m e n c i o n a el
"Epitalamio" burlesco publicado como de Quevedo por J . M . B l e c u a y restituido por J . LARA GARRIDO a su verdadero autor, Rodrigo F e r n á n d e z de Púbera, en NRFH, 33 (1984), 380-395. E s raro que n i B l e c u a n i L a r a Garrido
hayan visto que ya J . HURTADO y A. GONZÁLEZ PATENCIA, Historia de la literatura
española, § 430 ( 6 a ed., Madrid, 1949, p. 483) hablan c o n toda naturalidad
de ese " E p i t a l a m i o " como obra de F e r n á n d e z de Ribera.
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la insolente carta a n ó n i m a y la respuesta de G ó n g o r a . L a autenticidad de ésta, puesta p o r ¡ a n i m e s en tela de j u i c i o , es reivindicada por Garreira c o n excelentes argumentos. T a m b i é n son
buenos los argumentos c o n que prueba que el famoso y útilísimo "Escrutinio" se debe a j o s é Pérez de Ribas. Finalmente, son
muy de agradecer los comentarios que hace Garreira sobre las
inepcias que n o pocas veces se i m p r i m e n . Hace falta, dice, " u n
«flagelo de hispanistas m e m o s » , naturales y extranjeros" 9 , para
"separar el grano de la paja" en la "copiosa" bibliografía gongorina. ¡Gran idea! Es preciso hablar claro. Es sano regresar a la
belle époque de los palos b i e n dados (como los que daba, p o r
ejemplo, M a r í a Rosa L i d a ) . Jammes lo hace en varios pasajes de
su ed. de las Soledades (cf. m i r e s e ñ a , NRFH, 44, p. 70). Y creo
que Jammes y Garreira tienen en la m a n o materiales m á s que
suficientes para confeccionar ese "flagelo" o zurriago. N o les
llevaría m u c h o t i e m p o 1 0 .
Es posible que en m i aplauso a Garreira haya i n f l u i d o u n a
r a z ó n m u y personal. M e siento, en efecto, c o m o identificado
con él. Es reconfortante la idea de que avanzamos p o r el mism o camino y hacemos frente c o m ú n . Entendemos de manera
muy parecida nuestra doble " m i s i ó n " de investigadores y profesores 1 1 , aunque yo la c u m p l a de manera imperfecta, m á s como
9
¿ H a b r á que entender que los "naturales" son los e s p a ñ o l e s , y que los
argentinos y peruanos y mexicanos somos "extranjeros"? Pero las cosas memas pueden hacerse bajo cualquier cielo. E n todas partes se cuecen habas. Y
si la o p o s i c i ó n es entre hispanohablantes y angloparlantes o f r a n c ó f o n o s ,
etc., ¿ a c a s o u n Bataillon o u n Gillet no hicieron obra m á s s ó l i d a que cualquiera comparable realizada por hispanohablantes? Y o q u i t a r í a las palabras
"naturales y extranjeros". — Claro que, a s í como n o puedo dar u n j u i c i o sobre la t r a d u c c i ó n inglesa de las Soledades, puede ser que e n a l g ú n caso la lectura de G ó n g o r a sea m á s fácil para m í que para alguien que no h a b l ó n i
leyó e s p a ñ o l en la primera infancia.
10
E n t r e las "tareas pendientes", dice GARREIRA (p. 290), la n ú m e r o uno
es " u n a e d i c i ó n crítica de las Soledades". Pienso que la e d i c i ó n de Jammes tiene ya algo de " c r í t i c a " , de m a n e r a que lo mejor que puede suceder es que
entre él y Garreira nos den la e d i c i ó n crítica monumental. L e s l l e v a r á m á s
tiempo que el "flagelo", pero q u i z á no mucho, sobre todo si cuentan con colaboradores inteligentes. Dice Garreira (p. 320): " L o s mss. gongorinos inte¬
gri hoy localizados, de calidad comparable [a la del ms. C h a c ó n ] , no llegan
a docena y media". Pero u n a docena y media de manuscritos es ya cantidad
respetable. No creo que con a ñ a d i r "otros cuya pista seguimos" (p. 24) cambie sensiblemente la s i t u a c i ó n actual.
11
M i seminario de p o e s í a , en la Universidad A u t ó n o m a , suele ser u n
"comentario de texto" a la m a n e r a del que hace C a r r e i r a e n el gongorema
ANTONIO AI ATORRE
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NRFH, X I VFII
aficionado que como profesional. A los dos nos i r r i t a n las ediciones hechas a la diabla, con malas notas v mala p u n t u a c i ó n
del texto fcf. sus p p . 293-298). Los dos ponemos mñv en alto la
e d i c i ó n de las Soledades p o r R o b e n j a m m e s , y t a m b i é n los
dos le hacemos uno que o t r o reparo 1 ^. En m i artículo-reseña
(NRFH, 44, 1996) sostengo que el poema de G ó n g o r a es m á s
"pagano" de como lo presenta Jammes (pp. 75-77); lo mismo
sostiene C a r r e ñ a (pp. 272-274). Observa él (p. 277) que hasta
ahora no se ha e m p r e n d i d o "el estudio de la versificación de
las Soledades", lo cual me hace pensar que l o que sobre esto dije
( p p . 60-66) q u i z á no sea i n ú t i l 1 3 . Por otra parte, subraya (pp.
287-289), como yo (pp. 82-83), l o "poco o r t o d o x o " de las ideas
de G ó n g o r a acerca de las h a z a ñ a s e s p a ñ o l a s de descubrimiento
y colonización, y dice que " c o n v e n d r í a hacer m á s pesquisas" sobre el particular, y esto me hace pensar que l o que dije sobre la
posible influencia del De orbe novo de Pedro Mártir quizá no
esté descaminado. Tampoco hay que olvidar a Las Casas. Seguramente la " n o o r t o d o x a " visión de las conquistas era compartida p o r una élite de e s p a ñ o l e s cuerdos e independientes. S e g ú n
1 3 , d o n d e hay unas valiosas " r e f l e x i o n e s sobre la e n s e ñ a n z a de la l i t e r a t u r a
e n e l b a c h i l l e r a t o " . T a m b i é n he r e p u d i a d o la c r í t i c a que C a r r e i r a l l a m a
" n e o t é r i c a " (p. 268) y yo " n e o - a c a d é m i c a " {Ensayos sobre crít. til., p p . 5 4 - 7 7 v
89-108).
•2 E n el v. 160 de la Soledad I (el c h i v o que " r e d i m i ó c o n su m u e r t e tantas vides") ve J a m m e s u n chiste "casi sacrilego" ( a l u s i ó n a Cristo R e d e n t o r ) .
E n m i e j e m p l a r e s c r i b í al m a r g e n : " N o m e c o n v e n c e " . M e agrada ver que
t a m p o c o convence a CARREIRA ( p p . 64-65). T a m b i é n m e parece "exceso" de
j a m m e s el sugerir que en " m o n ó c u l o g a l á n de Calatea" hav a l u s i ó n al c u l o
' ( i n c l u s o p r o p o n e leer monóculo, sin a c e n t o ) . S e r í a é s t e u n chiste m u y in-pert i n e n t e . E n dos r e s e ñ a s —la de la Carajicomedia y la d e l Arte de
de M o r a t í n (NIWH, 46, 4 6 9 - 4 7 3 y 4 8 8 - 4 9 5 ) — he c r i t i c a d o esta clase de excesos.
putear
CARREIRA d e f i e n d e ( p p . 2 7 9 - 2 8 0 ) , c o m o yo {loe. cit, p. 6 4 ) , la p r o n u n c i a c i ó n b i s i l á b i c a de fió en la Soledad I, v. 2 1 . Observa (p. 9 4 ) , c o m o vo (p. 62,
n o t a ) , q u e e n el ms. C h a c ó n se c o l a r o n a veces i n d i c a c i o n e s p r o s ó d i c a s
e r r ó n e a s ; p e r o C a r r e i r a da p o r b u e n a la l e c c i ó n " P u r p ú r e o creced, rayo l u c i e n t e " , que yo creo e r r a t a p o r " P u r p ú r e o creced, rayo l u c i e n t e " , y t a m b i é n
" m u c h a e n m e l a d a h o j u e l a " , que s e g ú n yo debe ser " m u c h a e n m e l a d a h o j u e l a " ( c o n h n o r m a l m e n t e aspirada). — A p r o p ó s i t o de los romances, dice
(p. 3 8 7 ) que, p a r a G ó n g o r a , "la v e r d a d e r a r i m a rica es la asonante". A l g o
p a r e c i d o d i j e e n mis "Avalares b a r r o c o s d e l r o m a n c e " , NRFH, 26, p. 376,
n o t a : " P a r a d ó j i c a m e n t e , las rimas difíciles de u n G ó n g o r a suelen estar e n
r o m a n c e s c o m o « A r r o j ó s e el m a n c e b i t o » o « L a c i u d a d de B a b i l o n i a » " . (Cf.
e n ese m i s m o v o l u m e n de la NRFH, p p . 286-295, las agudas reflexiones de
TOMÁS SEGOVIA sobre el asonante.)
13
A7Í/7/, X I A T Í Í
DK GÓNGORA, I.OPKYOCKVEDO
305
el conquistador Bernardo de Vargas Machuca {Milicia
indiana,
1 5 9 9 ) 1 4 , el "principal f u n d a m e n t o " que tienen los alzamientos
de indios, y los "estragos que han hecho v hacen", es "nuestra
codicia" ("como la sed que tenemos de plata y o r o es tanta, ha
sucedido echarlo derretido p o r la boca a los cristianos, diciéndoles que se harten de o r o , c o m o s u c e d i ó a Valdivia v a otros
capitanes"). Finalmente, C a r r e ñ a muestra (pp. 66-70), como yo
(pp. 80-81), curiosidad por el carbunclo de la Soledad I, w . 78-82 1 5 .
Hay algunos casos en que no estoy completamente de acuerdo con él:
1) E n las p p . 84-86 hace u n a lista de 53 sonetos que no figuran en el ms. C h a c ó n . ( T a m b i é n Millé enumera 53 sonetos,
pero C a r r e ñ a suprime tres de éstos, y a ñ a d e otros tres.) V a n
" s e ñ a l a d o s con asteriscos, desde u n o para los dudosos, hasta
tres para los m á s seguros...; los restantes deben considerarse
simplemente como atribuidos". Se entiende que estos últimos,
los que no merecieron n i u n asterisco, son los de atribución
más dudosa. Pero yo creo que sonetos como "Embutiste, Lopi11o, a Sabaot..."y " H e r m a n o Lope, b ó r r a m e el s o n é - . q u e n o
llevan asterisco, tienen traza de ser tan auténticos como "Por t u
vida, L o p i l l o , que me borres..." y " S e ñ o r , aquel D r a g ó n de i n glés veneno", que llevan tres asteriscos, o como " V i m o , s e ñ o r a
Lapa, su epopeia...", que lleva dos. N o c u m p l i r á n con el p r i -
• Milieu,
1
Y descnpaón de ìas indias, ed. de Madrid, 1892, t. 1, p. 73. G A LLARDO (Ensayo, t . 4, col. 911) p o n d e r a l a c o n s u m a d a ciencia y prudencia
del a u t o r " .
" Puedo iñ i'lii J I K í a dos i >t;<ias: a) " L a Faulaác
Guillem Torroella,
1« u i n i,< > j i u <k la p u n c í a n c u d del segle xiv, c o n t a les aventures de
, d um (¡u. n a * . ,pf s o b u el l k i . d u n a balena a r r i b a a u n a bella platja,
>n n « w , u n h m L aibon< le a l i , >nt ! i d i u que a q u e l l és el p a í s c í e l a fada
m
M i . i t , <¡r. v R ' i / I CAI.OXJA, llisí. de la lil. catalana, Barce>. i i n-L }) l
n G, H ìas i u n texto de Borges en The booli ofimannaiy
O i >n
,
(R . t , que i a ' t i e n el o r i g i n a l e s p a ñ o l ) , m e e c h é a leer
ine! ' K u c o C e n t e n e r a (Lisboa, 1602) , que descri he íTi í'j
' ! ! < v ¡o-, ! ' ; s sudamericanos: " . . . Y n o lejos de a q u í
•":••":•].' p r o p r i o 1 (/¡os '' e! Ca
nial ve/cs lie visto" ( a n o s t i l í a marginal¬
i n ' i »! i!,iin
ste a n i m a l en l e n g u a e i i a r a n í Anagjrii
,
/ t o m o IH >. " ) ; v prosigue: " L ' ñ a n i m a l e j o es algo
>
«s K ' 1
1« " l u / i e n t e / c o m o u n a brasa i g n i t a e n re¬
'
i ,
y
El poeta quiso es. zar u n o de esos
„
i
•» '
, n l 1 0 i o * / e n s e c n i W p i n o d é n v cieno
, , u 0 J, a p o c l - r . i v s e % " i m o m u v " h e r m o s o "
, . p-ro " r - r d ^ o p e - í r s e l e bocado/
306
ANTONIO ALATORRE
NRFH, X L V I I I
m e r requisito que p o n e Carreira, que es haber sido "transmitidos por buenos manuscritos", pero sí, y ampliamente, con el
segundo: las "razones estilísticas y biográficas". ¿ D e m a s i a d o s sonetos contra Lope? Pues sí. Para G ó n g o r a , que limaba despacio
y con p r i m o r cuanto h a c í a , t e n í a n que ser inaguantables la graf o m a n í a y la r a m p l o n e r í a de L o p e (y el aplauso p o p u l a r que lo
rodeaba). Son muchos sonetos porque L o p e era incansable:
¡esos doscientos sonetos de las Rimas humanas]...
(En la p. 185
el p r o p i o Carreira parece aceptar la autenticidad de "Embutiste, L o p i l l o , a Sabaot...").
2) Dice Carreira (p. 298) que, "de todas las musas, la de la
p o e s í a religiosa es la que menos asiste a G ó n g o r a " . Yo n o lo veo
así. El soneto "Pender de u n l e ñ o , traspasado el p e c h o . . . " es,
para mí, una de las grandes p o e s í a s religiosas e s p a ñ o l a s ; la serie de p o e s í a s de Corpus (1609) es una quintaesencia de teolog í a maravillosamente obsequiada a los no t e ó l o g o s , y u n a sola
de las p o e s í a s de Navidad (1615) vale m á s que todas las de Lope en Pastores
de Belén.
3) Las fábulas ovidianas burlescas ( H e r o y Leandro, P í r a m o y
Tisbe) son, desde luego, sensacionales. Pero n o b r o t a r o n de la
nada. S e g ú n yo, G ó n g o r a siguió la pista esbozada p o r Baltasar
del Alcázar. Dice Carreira (p. 368) que "nada hay en [Alcázar]
que evoque el m i s m o concepto de burlesco" que tiene G ó n g o ra, y pone c o m o e j e m p l o la "Cena jocosa". Pero la sabrosa morcilla de " Á n d e m e yo caliente..." y el v i n o sin aguar de "Buena
o r i n a y b u e n c o l o r . . . " recuerdan de cerca el h e d o n i s m o de esa
"Cena jocosa". Los denuestos de Alcázar contra C u p i d o , p o r
ejemplo en la letrilla " C o n t é n t a t e ya, rapaz,/ de las travesuras
hechas...", anuncian los de G ó n g o r a : " D é j a m e en paz, A m o r tir a n o . . . " y 'Ya no m á s , ceguezuelo h e r m a n o . . . " . A d e m á s , ya A l cázar h a b í a puesto en solfa a D i d o en dos sonetos y a H e r o y
L e a n d r o en las redondillas " T i e m p o fue que se d u d ó . . . " .
4) Ciertamente, c o m o dice Carreira ( " G ó n g o r a y su aversión p o r la reescritura", p. 180), G ó n g o r a no es c o m o Ouevedo,
que "repite sin empacho u n a y otra vez e u a l q i ú e r formulac i ó n que le parece l o g r a d a " 1 6 . E n c o n f i r m a c i ó n de esa regla de
no-reescritura m e n c i o n a una veintena de excepciones. U n a
de ellas es el verso "segunda invidia de Marte", que está en el
romance de A n g é l i c a y M e d o r o (1602) y reaparece tal cual en
u n o de 1609. Otras repeticiones son menos literales, p o r ejem16
Sobre esto puede verse lo que digo en NRFH, 4 7 (1999), p. 3 8 2 y nota 3 2 .
NRFH, X L V I I I
DE GÓNGORA, LOPE Y QUEVEDO
307
p í o "rey de los otros, río caudaloso" (1582) y "rey de las otras,
fiera generosa" (1584). Pero estas veinte excepciones son m u y
pocas. N o es difícil hallar otras: la imagen del T o r o celestial, al
comienzo de las Soledades, reaparece en otros lugares, p o r ejemp l o e n una de las letrillas de Navidad de 1615 (el buey del portal de Belén, "viéndose rayos su p e l o . . . " ) ; el chiste final de
" D u é l e t e de esa puente, Manzanares..." (1588) se repite en el
final de " S e ñ o r a d o ñ a puente segoviana..." (1609); la yegua andaluza de la SoledadII, v. 726 ("...cuyafecunda madre al genitiv o / soplo vistiendo m i e m b r o s . . . " ) reaparece en el soneto "Las
que a otros n e g ó piedras O r i e n t e . . . " , de 1621 ("Miembros apenas d i o al soplo m á s p u r o / d e l viento su fecunda madre bel l a . . . " ) ; dos i m á g e n e s d e l romance de A n g é l i c a y M e d o r o ,
" C o r o n a u n lascivo e n j a m b r e / de cupidillos m e n o r e s . . . " y "su
vestido espira olores", están t a m b i é n , respectivamente, en " A
u n t i e m p o dejaba el sol...", de 1605 ( " . . . e l a i r e / la madre de
A m o r c o r o n a ; / u n dulce lascivo e n j a m b r e / de hijuelos de la
diosa...") y en "Esperando están la rosa...", de 1609 (v. 49, " á m bar espira el vestido..."). Quizá la palabra "reescritura" n o sea
la adecuada.
Si n o tenemos a ú n la g r a n e d i c i ó n crítica de las Soledades, en
c a m b i o tenemos ya la de los romances, p o r obra del admirable
C a r r e ñ a . C o m p r e n d e cuatro v o l ú m e n e s 1 7 , dos para los r o m a n ces auténticos, que son los 94 d e l ms. C h a c ó n , y los otros dos
para los "atribuidos" c o n mayor o m e n o r f u n d a m e n t o , que sum a n nada menos que 2 2 1 1 8 . E l texto de las 315 composiciones
(y de cinco a p ó c r i f a s ) , de l i m p i d e z absoluta, descansa en u n
i m p o n e n t e aparato crítico y va a c o m p a ñ a d o de notas que aclar a n o c o m e n t a n muchos pasajes 1 9 . Pero n o voy a e n u m e r a r to17 Luis DE GÓNGORA, Romances, ed. crítica de Antonio Carreira, Quaderns
C r e m a , Barcelona, 1 9 9 8 ; 6 2 2 , 5 5 8 , 6 2 4 y 6 5 7 pp. L o s cuatro estudios sóbrelos romances que hay en Gongoremas, pp. 3 1 7 - 3 9 6 , aunque contienen materiales aprovechados e n la e d i c i ó n , siguen siendo proprio jure muy dignos de
ser l e í d o s .
18
M i l l é p u b l i c ó s ó l o dieciocho romances "atribuibles". Carreira elimina
nueve de ellos por decididamente a p ó c r i f o s . Así, de la serie de seis romances sobre el n i ñ o C u p i d o (cf. mis "Andanzas de Venus y Cupido e n tiempos
del R o m a n c e r o nuevo", Estudios...
dedicados a Mercedes Díaz Roig, E l Colegio
de M é x i c o , 1 9 9 2 , pp. 3 3 7 - 3 9 0 ) , el ú n i c o que se salva es " L l e g ó a u n a venta
Cupido..." ( # 1 1 7 ) .
•a L a s notas m á s jugosas son las que recogen los ecos de versos de G ó n gora e n autores c o n t e m p o r á n e o s y posteriores. Por ejemplo, la nota del t. 2 ,
308
NRFH, X L V 1 I I
ANTONIO AIATORRE
do lo que hay en semejante m o n u m e n t o de e r u d i c i ó n ("Esto,
Inés, ello se alaba;/ n o es menester alabarlo"). Me limitaré a
hacer unas cuantas observaciones, con la esperanza de a ñ a d i r
una m o n e d i t a al tesoro.
# 8, "Que se nos va la pascua, mozas...". L a maravilla d e l v.
17 (como la de la letrilla " A p r e n d e d , flores, en m í . . . " y la de u n
pasaje de la Isabela, I I . 1530 ss.) se abre en la m a ñ a n a y se marchita al oscurecer. S e g ú n Jammes (citado p o r Carreira), se trata de u n a i r i d á c e a mexicana, Tigridia pavonia. Ésta, en efecto,
d u r a lo que d u r a el d í a . Su n o m b r e mexicano es cacomite. Pero
al oír la copla de "La L l o r o n a " que dice "Ay de m í , L l o r o n a , /
L l o r o n a de ayer y h o y , / que ayer maravilla f u i / y ahora n i sombra soy", u n mexicano n o piensa en el cacomite, sino en otra
flor, llamada justamente maravilla, que d u r a l o que d u r a la noche (se abre cuando el sol se pone) 20.
# 10, "Diez a ñ o s vivió Belerma...". Siempre he q u e r i d o saber q u é son, exactamente, los déligos capatuncios
o capituncios)
(o
capotuncios,
del v. 106. Cita Carreira el laborioso i n t e n t o de
p p . 212-215, nos hace ver la e x t r a o r d i n a r i a f o r t u n a q u e t u v i e r o n los versos
" m u c h o s siglos de h e r m o s u r a / e n pocos a ñ o s de e d a d " ( r o m a n c e " A p e ó s e el
c a b a l l e r o . . . " ) y los versos " l o d e j ó p o r e s c o n d i d o / o l o p e r d o n ó p o r p o b r e "
( r o m a n c e " E n u n pastoral a l b e r g u e . . . " ) . E n m i " F o r t u n a varia de u n chiste
gongorino",
15 ( 1 9 6 1 ) , 4 8 3 - 5 0 4 , r e u n í b u e n n ú m e r o de ecos d e l
"chiste de los huevos", al final d e l r o m a n c e " A r r o j ó s e e l m a n c e b i t o . . . " ; CARREIRA, t. 1, p p . 487-488, d u p l i c a sin esfuerzo aparente ese n ú m e r o . - E n peq u e ñ a c o r r e s p o n d e n c i a , h e a q u í u n a m í n i m a a d i c i ó n . A p r o p ó s i t o del verso
" v i m a r f i l , vi p l a t a y n o " d e l r o m a n c e " E n la b e l d a d de Jacinta..." (de Paravi¬
c i n o ) , dice C a r r e i r a (Gongo-remas, p . 4 0 9 ) : "Si n o r e c o r d a m o s m a l , este verso
se p r o p u s o a l g u n a vez c o m o p i e f o r z a d o e n u n a glosa". E n efecto, n o rec u e r d a m a l : cf. MIGUEL HERRERO GARCÍA,
siglo
NRFH,
p . 1 7 5 (la glosa es de 1 6 8 0 ) .
Estimaciones literarias del
maravillas ,
xvii,
so " H u b o varias
dice C a r r e i r a . U n a de ellas, e l Heliotropum
minus, " f l o r azul listada de rayos roxos, de figura de c a m p a n i l l a "
Aut.),
se m a r c h i t a " i n m e d i a t a m e n t e que le da el sol", n i m á s n i m e n o s que la maravilla m e x i c a n a (cuyo n o m b r e c i e n t í f i c o desconozco); p e r o ésta, e n figura de
c a m p a n i l l a v u e l t a ' h a c i a a r r i b a , y t a m b i é n "listada", n o t i e n e n a d a de azul;
sus listas o "rayos" c o m b i n a n l i b r e m e n t e el r o j o , el a m a r i l l o y el m o r a d o . Por
o t r a p a r t e , las flores d e l
minus "suelen volver a v i v i r " , a u n q u e n o
m á s de tres d í a s , m i e n t r a s que las de la
m e x i c a n a amanecen p a t é t i c a m e n t e f r u n c i d a s y e n g u r r u ñ a d a s ( " c o m o r o q u e t e de o b i s p o " ) y n u n c a
reviven. T a l vez p o r eso n o se cultiva la p l a n t a en los j a r d i n e s ; se da e s p o n t á neamente. — El
menciona otra
que se abre de n o c h e v se
m a r c h i t a " c o n la v e n i d a d e l sol" ( l l a m a d a t a m b i é n , p o r eso,
N o se ve b i e n en q u é se distigue é s t a d e l Heliolropum
Heliotropum
Dice. Aut.
(Dice.
maravilla
maravilla
minus.
flor de la noche).
NRFH, X L V T I I
DE GONGORA, LOPE Y OJJEYEDO
309
e x p l i c a c i ó n de Ignacio A r e l l a n o , pero n o parece aceptarla ( n i
yo tampoco). M e p r e g u n t o si -unció n o será u n sufijo se mi-despectivo, como en el doctorandunao
de "Tenemos u n doctorand o . . . " , v. 28.
# 15, " A q u e l rayo de la guerra...". N o veo que haya r a z ó n
para mantener en el v. 38 la grafía overo (que supone una absurda e t i m o l o g í a ovum), siendo que hay testimonios de hovero,
aparte de que esta f o r m a , con su h aspirada, le viene perfectamente al o c t o s í l a b o : "sobre u n caballo ¿ o v e r o " .
# 18, " E n s í l l e n m e el asno r u c i o . . . " , v. 28. El sentido p r i m e r o
de pan y nueces debe de ser el mismo de pan y pasas, o sea 'una
miseria'. V é a s e CASTILLEJO, Clás.
Cast., t. 2, p. 318: el buboso se
dirige al palo de Indias para quejarse del r é g i m e n a que lo h a n
sometido: "Pan y pasas,/ seis o siete oncas escasas/ es la tasa la
m á s larga". Cf. t a m b i é n "De su esposo Pingan ó n . . . " (letrilla
" a t r i b u í b l e " a G ó n g o r a , s e g ú n M i l l é ) , w . 50-51: "Pan y queso,
pan y nueces/ m i postre y p r i n c i p i o son".
# 22, "Triste pisa y afligido...", w . 65-66: "En esto, ya salteado/
de una varonil vergüenza". Es recuerdo de Garcilaso, c a n c i ó n IV,
w . 53-54: "Entonces yo s e n t í m e salteado/ d u n a v e r g ü e n c a libre
y generosa". E n el curioso romance de G ó n g o r a alternan rigurosamente cuartetas líricas y cuartetas burlescas. La noble expresión de Garcilaso, engastada en la p e n ú l t i m a cuarteta, se viene
ruidosamente al suelo p o r el chiste escatológico de la última.
# 24, " H a n m e d i c h o , hermanas...". Para el r e t r u é c a n o 'Estoy m u y sano, aun sin ser de ios sanos de Castilla (v. 88), el sentido ' l a d r ó n disimulado' (cuya p r i m e r a d o c u m e n t a c i ó n es el
Dice. Aut.) me parece menos convincente que 'castellano sin
raza de moros n i j u d í o s ' (cf. Quijote, ed. R o d r í g u e z M a r í n ,
1947, t. 1, pp. 117-118). E n 'Soy sano, aunque no de los de Castilla (sino de los de A n d a l u c í a ) \ la c o n t r a p o s i c i ó n es m á s lógica
que en 'Soy sano, aunque no l a d r ó n disimulado'.
#25, " A h o r a que estoy de espacio...". Pienso que en u n par
de lugares p u d o G ó n g o r a imitar los dísticos " A d C u p i d i n e m " de
Folengo: "Solus solettus stabam colegatus i n u m b r a . . . , / m i l l a
travaiabat vodam pensiria m e n t e m . . . " ("Libre u n t i e m p o y desc u i d a d o , / A m o r , de tus garatusas..."); " c u m m i h i bolzoniger
cor, o y m é , C u p i d o f o r a s t i , / nec mus i n f a l l u m dardus albora
d e d i t . . . " ("Ésta era m i vida, A m o r , / antes que las flechas tuyas/
me hicieran su t e r r e r o / y blanco de desventuras").
#32, "Dejad los libros ahora...". Es raro que entre los eiemplos de la e x p r e s i ó n "cuando Dios en hora buena" (v. 85) no
310
ANTONIO AI ATORRE
NRFH, X L V I I I
incluya Carreira el del p r o p i o G ó n g o r a , " A u n q u e entiendo poco griego...", v. 5 1 .
# 40, "Moriste, ninfa bella...". El hiato que hav que hacer en
el v. 71 ( " d a r á a tus cenizas") es tan violento, que me p r e g u n t o
si n o s e r á conveniente adoptar la lección (atestiguada) " f e d a r á
a tus cenizas".
# 42, "Despuntado he m i l a g u j a s . C r e o que n o estaría de
m á s u n a nota sobre el cerote del v. 54. E l poeta está exhortando
a los "mozalbitos" e s p a ñ o l e s a embarcarse en u n a e x p e d i c i ó n
punitiva contra anglicanos, calvinistas y hugonotes: "Haced en
I n g a l a t e r r a / nobilísimo cerote". Este cerotees evidentemente lo
m i s m o que cera en el sentido de 'excremento', y se dice m u c h o
en M é x i c o . Así, pues, ' C á g a o s en Inglaterra: s e r á u n a acción
n o b i l í s i m a ' . (Cf. en el DRAEla
palabra mojón, a c e p c i ó n 5: ¡eso
es justamente el cerote mexicano!)
# 63, "Aunque entiendo poco griego...". Sobre "muchos dones a u n candil" (v. 19) dice Carreira: " N o sabemos a q u é se refiere esta e x p r e s i ó n " . Pero se puede colegir: los padres de H e r o
presumen de llamarse don Fulano y doña Fulana, pero esos dones
de nada sirven. (Cf., en "Que pida a u n galán M i n g u i l l a . . . " , el triste caso del pobre diablo que se casa " c o n una dama sin dote" con
tal de ascender socialmente, y que n o tarda en ver que u n pan es
mejor que cualquier damería.) La de H e r o es una familia de muertos de hambre ( " t é m p o r a s todo el a ñ o " ) .
## 68 y 85, " ¡ C u á n t o s silbos, c u á n t a s voces...!". Yo sugiero
(muy t í m i d a m e n t e ) quitar los signos de a d m i r a c i ó n y poner com a en el cuarto verso: 'Todas esas voces que resuenan en la nava de Zuheros las dan unos vaqueros', etc. E n la ed. de Millé, la
versión a l o divino carece de signos de a d m i r a c i ó n .
# 70, " C o n t a n d o estaban sus rayos...". Creo que el sentido
mejora si en el v. 18, "sorda tanto como bella", se pone coma en
vez de p u n t o . Los ocho versos hacen u n a o r a c i ó n , igual que los
o c h o primeros, que t e r m i n a n m e n c i o n a n d o una barquilla y
unas quejas; y el poeta c o n t i n ú a : 'Esas quejas las exhala u n pescador enamorado mientras su barca boga cerca de la orilla, com o m a r c a n d o el límite entre el m a r y la playa'.
# 74, "La ciudad de Babilonia...". U n o de los primores que hicieron tan famoso este romance es la nada fácil asonancia en ú-o
m a n t e n i d a a lo largo de 500 versos. Carreira cita como imitadores de este tour de forcé a Agustín de Salazar y Torres y a Francisco
Bernardo de Quirós. Pueden añadirse Luis Martín de la Plaza
("Aparte, la m i s e ñ o r a , / de los o í d o s los tufos"), Quevedo ("Son
NRFH, X L V T I I
DE GÓNGORA. LOPE Y QL'EVEDO
311
las torres d e j o r a y / calavera de unos muros...") y Sor Juana ("Rey
coronado del a ñ o , / ostenta su i m p e r i o J u l i o . . . " ) .
Id., v. 212; "de seis argentados puntos". A los puntos, medida
de l o n g i t u d del pie, dedica C a r r e ñ a u n a extensa nota a p r o p ó sito d e l v. 49 del # 32: "cinco puntos calza estrechos", y dice
que, "ajuzgar p o r textos concomitantes", cinco puntos eran "la
m e d i d a n o r m a l del pie f e m e n i n o " . Yo l o d u d o . Esos textos
"concomitantes" son todos h i p e r b ó l i c o s : Lope de Vega llega a
hablar de cuatro y a u n de tres puntos, y cuando Quevedo dice
que cierta muchacha "seis solos puntos calzaba" t a m b i é n está
p o n d e r a n d o la p e q u e ñ e z del pie. Hay que tener en cuenta los
versos iniciales de "Que pida a u n g a l á n M i n g u i l l a . . . " : presum i e n d o de u n pie m u y m e n u d o , M i n g u i l l a le pide a su g a l á n
unas zapatillas de 5 puntos, cuando en realidad es u n m u j e r ó n
(Menga) que calza 10. Cinco y diez son dos extremos, dos h i p é r b o l e s ; la "medida n o r m a l " sería unos siete u ocho puntos. A
la negra de "La ciudad de B a b i l o n i a . r e t r a t a d a en p l a n caricaturesco, le están m u y b i e n los diez puntos, que es como dice
el texto de Salazar M a n i o n e s - 1 .
Id., v. 235, "que velas hecho t u lastre". N o está claro, dice
Carreira, " p o r q u é el lastre se convierte en velas". Para m í sí está claro: el encerramiento de Tisbe era u n lastre que i m p e d í a
avanzar al barco del amor; pero, gracias al venturoso hallazgo
de la grieta en la pared, n o hay ya lastre, sino velas (hinchadas
p o r el v i e n t o ) .
Id., w . 297 ss. Probablemente c o n o c í a G ó n g o r a la Historia de
Píramo y Tisbe de A n t o n i o de Villegas, d o n d e figuran ya los augurios funestos (que faltan en O v i d i o ) . E l verso inicial de Villegas, "De P í r a m o y de Tisbe cantar q u i e r o . . . " , resuena en el
comienzo del otro romance de G ó n g o r a : "De Tisbe y P í r a m o
q u i e r o / .. .cantaros la historia".
Queda por averiguar ia equivalencia en c e n t í m e t r o s . Tras recorrer en
el DRAEXzs, definiciones de medidas antiguas de longitud, he obtenido los
siguientes resultados: u n a vara (83.59 cm.) consta de tres pies "de Castilla";
u n pie (27.86 cm.) tiene 12 pulgadas; la pulgada (2.32 cm.) se divide en 12 líneas, y la línea (0.16 cm.) tiene 12 puntos. Si a s í es, el punto es casi nada. Algo anda mal. S e g ú n la Enclopedia Espasa, citada por Carreira, se llama punto
"cada u n a de las partes de dos tercios de c e n t í m e t r o en que se divide el cart a b ó n de los zapateros" (es lo que dice t a m b i é n el DRAE, 11 a a c e p c i ó n de
punto). " E n tal caso —dice Carreira— es forzoso entender que los puntos se
contaban tan s ó l o a partir de u n a m e d i d a fija". Pero ¿ h a b í a esos cartabones
en el siglo xvn? ¿Y c u á l s e r í a la "medida fija"?
312
, W 7 / , XLVffl
ANTON ÍO AL ATO R RE
I I . LOPE DE VEGA
A falta de la e d i c i ó n de Poesías líricas de L o p e editadas en Clás.
Cast. p o r J o s é Montesinos, que no se halla en librerías, he utilizado ú l t i m a m e n t e la de A n t o n i o C a r r e ñ o (Poesía selecta, ed. Cátedra) en m i seminario de p o e s í a de los siglos de oro. Todos los
asistentes al seminario deben tener su ejemplar, pues se trata
de ejercicios de cióse reading. E n m i ejemplar hay u n buen núm e r o de subrayados y anotaciones, de manera que, al llegar a
mis manos la e d i c i ó n de Rimas
humanas
y otros versos, al cuidado
del mismo A n t o n i o C a r r e ñ o , lo p r i m e r o que hice fue confrontarla con la susodicha Poesía selecta de C á t e d r a .
El formato sigue siendo el mismo. Las dos ediciones comienzan con el romance "Gallardo pasea Z a i d e . . . " y t e r m i n a n
con el soneto "Alas perlas del alba d e s c o g í a n . . . " ; pero el tamañ o del nuevo l i b r o es m á s del doble (en ve/ de 200 composiciones, ahora son 436); C a r r e ñ o incluye íntegras las
Rimas
humanas (de las cuales h a b í a seleccionado sólo 36 sonetos) y
a ñ a d e varias composiciones largas, entre ellas el Huerto deshe22
cho, la silva El siglo de oro y el Arte nuevo de hacer comedias, así co-
m o una serie de "epitafios" (bastante anodinos). Es, pues, una
a n t o l o g í a generosa, que procura abarcar todas las facetas del
L o p e lírico (o didáctico, o burlesco) a lo largo de su vida. El antologo tiene, desde luego, derecho a sus preferencias. Si ahora
C a r r e ñ o omite varias composiciones importantes que figuraban, aunque fragmentariamente, en la ed. C á t e d r a (por ejemp l o las é g l o g a s " F i l i s " y " A m a r i l i s " y las e p í s t o l a s a G r e g o r i o
de A n g u l o y a Francisco de H e r r e r a M a l d o n a d o ) , n o hay sino
respetar su decisión. Pero, si se trataba de dar una idea de las
distintas facetas de L o p e , ¿por q u é no i n c l u i r p o e s í a s "de ingen i o " c o m o los e s d r ú j u l o s y los sonetos en eco?
Las anotaciones que he hecho en m i ejemplar de C á t e d r a
a t a ñ e n al texto de L o p e (lecturas equivocadas, puntuaciones
insatisfactorias) v sobre todo a las notas de C a r r e ñ o , que no
siempre le sirven de ayuda al estudiante: hay notas insuficientes, que n o aclaran el p u n t o (v a veces faltan d o n d e serían
o p o r t u n a s ) ; otras son "excesivas": a c u m u l a n datos que no tien e n al caso. E n cuanto al texto, la nueva e d i c i ó n es indudable-
Rimas humanas
otros versos,
« LOPE i»; VEGA.
y
e d . v est. o r e í . de A n t o n i o
C a r r e ñ o . Crítica, Barcelona, 1998: cv-h 1210 [ t o t a l , 1315] pp.
52).
ca,
(Biblioteca clási-
Mm-i, X L V Í I I
DE GÓXGORA, LOPE Y QUEVEDO
:;is
m e n t e m e j o r , m u c h o m á s correcta. E n c u a n t o a las notas, algunas son ahora m á s precisas v aclaratorias, p e r o siguen
e c h á n d o s e de menos otras que h u b i e r a n sido pertinentes: n o
observa C a r r e ñ o , p o r ejemplo, que el soneto "Este, si bien sarc ó f a g o , no d u r o / p ó r f i d o . . . " ("A la sepultura de Marramaquiz,
gato famoso", #365) es parodia del de G ó n g o r a , "Este en forma
elegante, oh p e r e g r i n o , / de p ó r f i d o luciente dura llave..." (para la sepultura del Greco) y está todo él en lenguaje g o n g o r i n o .
Es dato que i m p o r t a para ía cabal c o m p r e n s i ó n del soneto. M u chas notas son meramente decorativas; están fuera de lugar, no
van al grano; son superfluas, "in-pertinentes".
H e a q u í u n caso. En el soneto "Vierte racimos la gloriosa
p a l m a . . . " ( # 5 1 ) , los cuartetos hablan de desamor y esterilidad
(en vez de p u n t o , el v. 4 debiera llevar m e j o r p u n t o y coma), y
los tercetos, en cambio, de amor y fecundidad. La palmera no
polinizada se queda sin racimos, "Dafnes se queja en su laurel
sin f r u t o , /Narciso en blancas hojas se desalma", la tierra sin
lluvia está muerta, etc. Para que el estudiante entienda lo que
L o p e está diciendo n o hacen falta sino unas breves explicaciones: la ninfa Dafne r e c h a z ó el amor del dios A p o l o y q u e d ó
convertida en laurel, á r b o l t e n i d o p o r virginal; y Narciso, m u chacho bellísimo, r e c h a z ó el a m o r de la n i n f a Eco y, enamorado de sí mismo, a c a b ó convertido en una flor que se deshoja
sin dejar semilla (bonito verso, p o r cierto: "Narciso en blancas
hojas "se desalma).
E n la n o t a dice C a r r e ñ o que el m i t o de Apolo y Dafne figura en p o e s í a s de Garcilaso, Quevedo, T o m é de
Burguillos y Polo de M e d i n a . Estos datos adolecen de arbitrariedad: si el p r o p ó s i t o es instruir al estudiante sobre cuán gustado fue el m i t o en los siglos de o r o , hay ejemplos (Gregorio
Silvestre, Villamediana, Soto de Rojas, J e r ó n i m o C á n c e r ^ e t c . )
m u c h o mejores que Burguillos y Quevedo. Y son, sobre t o d o ,
datos superfluos: n o sirven para l a i n t e l i g e n c i a del soneto. La
nota sobre Narciso comienza así: "Narciso se establece como
s í m b o l o del culto ai yo con ramificaciones psicológicas y psicoanalíticas" (!), y c o n t i n ú a con u n a cita del tratado De amore de
Marsilio Fiemo. Yo pienso que cualquier poseedor de u n mínim o de cultura sabe lo que es el narcisismo. Y veo una especie
de c o n t r a d i c c i ó n : C a r r e ñ o parece dirigirse a u n estudiante
m u y b i s o ñ o (a quien hay que explicarle, p o r ejemplo, q u é es
postrero v q u i é n fue Sísifo) y a la vez m u v d u c h o (capaz de leer
sin t r a d u c c i ó n , una larga parrafada en l a t í n ) .
314
ANTONIO ALATORRE
NRFH, X L V I I I
Otros casos de "exceso", entre muchos: la disertación (motivada p o r u n romance devoto bastante pedestre) sobre la estructura de "la c o m p o s i c i ó n barroca" (p. 1051: "dirige el espacio en
varios planos que corresponden, pictóricamente, al j u e g o de luces y sombras...", etc.); las noticias sobre "el simbolismo de la
mariposa" a p r o p ó s i t o del soneto "La pulga" (p. 1076); y no pocos casos de información semi-enciclopédica muy prescindible,
parecidos al caso de Dafne, p o r ejemplo sobre Cupido (pp. 923¬
924), sobre el cuento de H e r o y Leandro (p. 925), sobre Dido
(pp. 929-930), sobre E n d i m i ó n (pp. 953-954; ésta comienza con
una cita de Pérez de Moya: " E n d y m i ó n s e g ú n San Fulgencio fue
u n gran sabio, el cual...", y sigue con otras dos: una de Cicerón,
en latín, y otra del B r ó c e n s e ) ; sobre P í r a m o y Tisbe (pp. 954-955),
sobre el río Manzanares (p. 754); sobre el epitafio como g é n e r o
literario (pp. 1021-1022), etc., etc.
Desde luego, en todos estos casos salta a la vista el admirable tesón de C a r r e ñ o , el e m p e ñ o con que acumula tantas y tan
variadas noticias. La tarea debe de haberle llevado m u c h o tiempo. Si alguien califica de " m o n u m e n t a l " esta e d i c i ó n , yo n o me
s o r p r e n d e r é . (La bibliografía ocupa 71 p á g i n a s de letra menuda.) Pero n o p u e d o r e p r i m i r la pregunta que una y otra vez me
viene a la cabeza: ¿Valía la pena?
Las siguientes observaciones cubren menos de la m i t a d de
los textos editados a q u í , pues casi todas p r o c e d e n de los apuntes que hice en m i ejemplar de la ed. C á t e d r a . (He dedicado
poca a t e n c i ó n a los materiales nuevos, salvo a algunos sonetos
de las Rimas
humanas.)
# 1, "Gallardo pasea Zaide...". El v. 5, "porque la vido sin ella",
n o tiene sentido. Es él, Zaide, q u i e n " i * vido sin ella" (sin Zaida) a causa de una larga ausencia. A l anotar este y otros romances n o hay que olvidar la existencia de las erratas de imprenta:
el editor tiene el deber de meter m a n o cada vez que haya que
enderezar lo que está t o r c i d o en las Flores de romances (Fuentes) y en el Romancero
general23.
# 4, " E n s í l l e n m e el p o t r o r u c i o . . . " . Este romance, que M o n tesinos creía atribuible a Lope, n o es suyo, sino de L i ñ á n (cf. A.
CARREIRA, Gongoremas,
p. 418). Si G ó n g o r a lo p a r o d i ó meraora-
23 E n a l g ú n lugar me he referido al soneto en eco de Pastores de Belén
que comienza en todas las ediciones con el verso "Dichoso aquel que en un
comprado prado", donde hay u n a errata n u n c a enmendada: tiene que ser
" e n no comprado prado".
NRFH, X L V I I I
DE GÓNGORA, LOPE Y QUEVEDO
315
b l e m e n t e en " E n s í l l e n m e el asno r u c i o . . . " , n o es porque fuera
de su detestado Lope, sino p o r q u e andaba en boca de toda la
gente. E n el v. 30, "de Zalemas" (Fuentes II) es mejor lección
que "de Zulema" (Romancero general):
el poeta enumera las
buenas prendas del m o r o A / a r q u e , y u n a de ellas es descender
del ilustre linaje de los Zulemas (no de u n a m u j e r llamada Zul e m a ) . E n el v. 45, "no le parezcas", la c o r r e c c i ó n de D u r á n n o
tiene vuelta de hoja: "no te parezcas a Venus".
# 1 1 , "De una recia calentura...". Este romance (testamento
de Belardo) debiera i r seguido, c o m o en la ed. C á t e d r a , p o r
" D e s p u é s que a c a b ó B e l a r d o . . . " (codicilo d e l testamento).
# 12, "Amada pastora m í a . E n los w . 5-8, en vez de " A la
n o c h e me aborreces/ y q u i é r e s m e a la m a ñ a n a ; / ya te ofendo a
m e d i o d í a , / ya p o r la tarde me llamas", l o que se lee en otras
fuentes es " Ya a la noche m e aborreces,/ ya me quies p o r la mañ a n a , / ya te o f e n d o . . . " , etc., y es l e c c i ó n m á s satisfactoria. (La
c o n t r a c c i ó n quies 'quieres' es b i e n conocida.)
# 14, " M i l a ñ o s ha que n o c a n t o . . . " , v. 8: n o "cubierto", sino
abierto, como se lee en Fuentes V: el l a ú d d e l g a l á n está 'hendido', ' d e s v e n c i j a d o ' ( a d e m á s de p o l v o r i e n t o y " c o n cuatro clavijas menos").
# 19, "De pechos sobre u n a t o r r e . . . " . E n este romance n o
sólo revive Belisa el drama de D i d o abandonada, sino que el com i e n z o mismo es reminiscencia del romance a n ó n i m o "La desesperada D i d o , / de pechos sobre u n a a l m e n a . . . "
(Romancero
general). La asonancia es la misma.
# 22, " E n u n a playa amena...". Yo invitaría al estudiante a
comparar el irónico final de esta c a n c i ó n c o n el final del romance " C o n t e m p l a n d o estaba F i l i s . . . " (# 10).
# 23, " ¡ O h libertad preciosa...!", v. 24: " d o n d e v e r é " es errata p o r "donde vera (el sujeto es " q u i e n leyere m i historia"). Para el v. 39, " l l o r o el ajeno m a l y canto el m í o " , cf. Petrarca: "e ó
i n o d i o me stesso ed amo a l t r u i " , v. 11 del soneto "Pace n o n trov o . . . " (que p o r cierto i m i t a L o p e en El príncipe perfecto: 'Yo muero y v i v o . . . " ) .
# 27, "Serrana celestial de esta m o n t a ñ a . . . " , v. 4: la coma de
venció hace decir a Lope que la blanca A u r o r a "venció a la noche" y " e n g a ñ a el [=al] m u n d o " , l o cual n o puede ser; sin la coma, el significado es otro (y b u e n o ) : la A u r o r a venció a la
N o c h e , esa e n g a ñ a d o r a d e l m u n d o .
# 29, "Serrana hermosa, que de nieve helada...". E n vez de
"alcalde" (v. 158) hay que leer alcaide (de la fortaleza). E l " m o n -
316
ANTONIO Al ATORRE
NRFH, X L V I Í I
te de la L u n a " (v. 179) se m e r e c í a una nota. Cf. la de R o d r í g u e z
M a r í n (ed. del Quijote, 1947, t. 2, p. 87) sobre los "montes de la
L u n a " mencionados p o r d o n Quijote.
# 44, "Éstos los sauces son y ésta es la f u e n t e . . . " . Los w . 10¬
11 - " M a s ¡oh gran desvarío!, que este l l a n o , / entonces m o n t e ,
le d e j é sin d u d a " - son m u c h o m á s claros si se q u i t a n las comas
de llano y monte. El sentido es: 'Cuando partí de a q u í , éste era
u n m o n t e [sitio arbolado] v ahora es u n llano'.
# 57, "Si culpa el concebir, nacer t o r m e n t o . . . " . C a r r e ñ o
p r o p o n e esta lectura; 'Si es culpa el concebir, el nacer es torm e n t o ; y si el vivir es guerra, la muerte es el fin h u m a n o , etc.'.
Yo no veo esos c o m o p e q u e ñ o s silogismos, sino una serie de
consideraciones conectadas p o r un ¿ ¿ s o b r e n t e n d i d o : \Siel concebir es culpa, si el nacer u n t o r m e n t o , si la vida una guerra, si
la m u e r t e es el final del ser h u m a n o . . . ' , etc. (Curioso soneto,
que presagia al Quevedo filósofo.)
# 64, "Bien fue de acero y bronce aquel p r i m e r o . . . " . Hubiera sido útil decir que a q u í L o p e recuerda a H o r a c i o : " l i l i r o b u r
etaes t r i p l e x . . . " (Od.,1: 3 ) .
# 89, "Entre aquestas colunas abrasadas...". Falta decir que
este soneto (al igual que los textos de diversos autores que se
m e n c i o n a n en la nota) procede del c é l e b r e de Castiglione,
"Superbi colli, e voi, sacre r u i n e . . . " . T a m b i é n falta decir que el
soneto italiano inspiró otros dos de Lope: "Soberbias torres, altos edificios..." y "Muros de Roma, plazas, teatros, cuevas..."
(cf.J. G. FUCILLA, Estudios
sobre elpetrarquismo,
1960, p. 249).
# 98, " I r y quedarse, y c o n quedar partirse...". Es éste, dice
C a r r e ñ o , " u n o de los sonetos de Lope que ha o b t e n i d o m á s lecturas"; y en la n o t a complementaria, l a r g u í s i m a (pp. 968-970),
hace u n c a t á l o g o de esas lecturas "obtenidas" p o r el soneto.
Echo de menos a G ó n g o r a , " A la M a m o r a , militares cruces...",
p r i m e r terceto.
# 103. " P a s é la mar cuando creyó m i e n g a ñ o . . . " , soneto d i r i gido " A L u p e r c i o L e o n a r d o [de Argensola]". Es respuesta a
cierta crítica de L u p e r c i o expresada quizá, s e g ú n C a r r e ñ o , en
u n soneto "que n o se conserva". Pero no hace falta postular u n
soneto. Las p o e s í a s de los Argensola, como las de tantos otros
poetas, circulaban en cartapacios manuscritos, y bien p u d o Lope leer en u n o de ellos los tercetos que o p o r t u n a m e n t e cita Car r e ñ o , d o n d e hay u n a crítica fuerte de los romances de Filis v
Belardo, "enfado general de nuestros días". (Esta útil cita faltaba en la ed. C á t e d r a . ) L o que no dice C a r r e ñ o es que los terce-
NRFH, X L V f f l
DE GÓNGORA, LOPE Y QUEVEDO
317
tos son en realidad de B a r t o l o m é L e o n a r d o (epístola "Pues hablar de las cosas p r o p r i a m e n t e . . . " , w . 58-63). Pero eran frecuentes las confusiones entre u n o y o t r o hermano: c o m p a r t í a n
n o s ó l o el apellido, sino t a m b i é n los ideales poéticos. Es claro
que a los dos les enfadaban esos romances, p o r ramplones. El
soneto de Lope, aunque m u y mesurado, deja ver muy b i e n
c u á n t o le dolió esa crítica de algo que, para él, era u n pedazo
del c o r a z ó n . E n el v. 6, trabajos n o tiene p o r q u é significar ' i m pedimentos'; quiere decir 'penas', 'sufrimientos'.
# 107, "Quiero escribir y el llanto n o me deja...". El final debe leerse "bien e n t i e n d e / que cuanto escribo y l l o r o todo es
m u e r t e " (estorban m u c h o los dos puntos de entiende). Y n o estaría de m á s aclararle al estudiante que le di (v. 11) significa ' d i le' (imperativo de decir).
# 1 2 1 , " E n c a n e c i ó las ondas con espuma...". E n el terceto
final dice Lope que la nave de J a s ó n a c a b ó r o m p i é n d o s e " p o r
dos manzanas de o r o " , para que el mar n o se alabara de "que
p o r l o mismo se p e r d i ó la tierra". E n verdad, este conceptillo es
u n galimatías: ¿ p o r q u é manzanas de oro (y dos) en vez del vel l o c i n o de oro que se r o b ó J a s ó n ? A guisa de e x p l i c a c i ó n , dice
C a r r e ñ o que este final "asocia el m i t o de J a s ó n con el de Hércules" (y remite al verso final de las octavas " N á y a d e s puras, que
de rojo acanto...", donde L o p e p o n d e r a la belleza del j a r d í n del
d u q u e de Alba diciendo "que es d i g n o de las guardas de Me¬
dea"). Pero esto n o es "asociar", sino confundir dos ciclos mitol ó g i c o s . L o p e cree que el j a r d í n de las H e s p é r i d e s , con sus
"guardas", es parte de la historia de Medea y j a s ó n . Yo diría simplemente que a q u í se le f u e r o n los pies.
# 170, 'Ya n o quiero m á s b i e n que sólo amaros...", v. 8: "y
para ser Eróstrato, abrasaros". La nota explica que Eróstrato es
" s í m b o l o de la fama execrable", lo cual n o viene al caso. L o que
dice L o p e es todo de signo positivo: él quiere vivir, quiere ser
venturoso, quiere que lo a d m i r e n y quiere ser Eróstrato para
incendiar ese t e m p l o de Diana que es el pecho de L u c i n d a .
# 188, "Gaspar, si e n f e r m o está m i b i e n , decilde...". S e r í a
b u e n o que la nota explicara d ó n d e está L o p e ( ¿ e n Sevilla?) y
d ó n d e el contador Gaspar de Barrionuevo (¿en Madrid?), para
que se entienda p o r q u é el poeta le hace u n encargo a su amigo. E n el v. 10, "que t r u e q u e " n o significa 'que altere', sino justamente 'que trueque' ('que me pase a m í su e n f e r m e d a d y
tome en cambio m i b u e n a salud').
318
ANTONIO ALATORRE
NRFH, X L V I I I
# 199, 'Ya vengo con el voto y la cadena...". Dice C a r r e ñ o
que a q u í el poeta está "a p u n t o de e m p r e n d e r en la rota nave el
nuevo viaje". N o hay tal. El poeta ha llevado al templo del Dese n g a ñ o los restos de su naufragio, y al final piensa agregar al
exvoto "ciertos papeles" que están a ú n en la encallada y destrozada nave. (Cf., en cambio, infra, #343.)
# 225, "Suelta m i manso, mayoral e x t r a ñ o . . . " . P o d r í a añadirse que fray Fernando L u j á n se inspiró en este y los otros
sonetos de la "serie de los mansos" para su soneto "Querido
manso m í o regalado..." {Flores de C a l d e r ó n , n ú m . 115)24.
# 228, "Es la m u j e r del h o m b r e lo m á s b u e n o . . . " . Este soneto figura t a m b i é n en las Flores de Espinosa y en algunos cancioneros manuscritos. E n el aparato crítico se l i m i t a C a r r e ñ o a
registrar las variantes. H u b i e r a sido útil comentarlas, pues revelan que el soneto tenía originalmente una estructura "dialogística". Dos personajes, A y B, dicen lo que sienten acerca de la
mujer. El sentir de A es altamente e n c o m i á s t i c o ; el de B, prof u n d a m e n t e negativo. A la d e c l a r a c i ó n i n i c i a l de A , "Es la m u j e r del h o m b r e lo m á s b u e n o " (sería útil explicar que "lo m á s
b u e n o del hombre" significa 'la mejor de las dos mitades en que
se divide el g é n e r o h u m a n o ' ) , replica B con u n enfático "Es la
m u j e r del h o m b r e lo m á s m a l o " (texto de las Flores). Y así siguen, verso a verso. ( A l final hay u n decelerando: A , "Es u n ángel"; B, "¡Y a veces una a r p í a ! " ; A , "Quiere"; B, " ¡ A b o r r e c e ! " ; A ,
"Trata b i e n " ; B, "¡Maltrata!".) Los w . 13-14 expresan el sentir
desapasionado de u n tercer personaje (Q: la m u j e r es "como
s a n g r í a , / que a veces da salud y a veces mata". Sobre esta estructura nada dice C a r r e ñ o ; lo que hace es invitar al lector a
comparar el soneto con otros, que a m í me parecen m u y distintos. Más al caso v e n d r í a el final del soneto "Si en la parte duod é c i m a tuviera...", de T o m é de Burguillos: " A m o r , ¿ q u é se ha de
hacer de las m u j e r e s , / que n i vivir con ellas n i sin ellas/ pue¬
den nuestros pesares y placeres?". E n cuanto al sentido, Carreñ o peca p o r "exceso" (de malicia): c o m e n t a n d o el verso "Su
muerte suele ser y su veneno", antítesis justa del verso anterior,
"Su vida suele ser y su regalo" (vida/muerte,
regalo/veneno),
hace
u n e x t r a ñ o comentario sobre la palabra veneno, que s e g ú n él
significa a q u í "el ó r g a n o sexual f e m e n i n o " (!).
24 E l romance de L o p e , " E l tronco de ovas vestido..." (# 7), i n s p i r ó otro
s o n e t o de L u j á n , " N o os vuelva a hallar, p a l o m o s g e m i d o r e s . . . " (ibid.,
n ú m . 116).
NRFH, X L V 1 I I
DE GÓNGORA, LOPE YQUEVEDO
319
# 232, "Sit, o sánete Hymenaee, hxc dies clara...", soneto en
cuatro lenguas. N o estaría de m á s corregir las erratas: v. 2: n o
"eas nimphas", sino "e as nimphas"; y v. 3, n o "girlande", sino
ghirlande.
# 237, "Siempre te canten, santo Sabaot...". L o p e estaba orgulloso de este soneto, pues l o puso c o m o remate de las Rimas
(1602). E n realidad, la h a z a ñ a es m u y tonta: la relación entre
verso y verso (y entre idea e idea) es p r á c t i c a m e n t e nula. El " i n g e n i o " está sólo en las rimas "difíciles": Sabaot, Lot..., harnee, Abimelec... (siempre voces agudas, y siempre nombres b í b l i c o s ) .
C a r r e ñ o explica laboriosa- (e inútil-) mente cada n o m b r e , salvo
el " d i v i n o Hilec y el "dolo B e h e m o t " ( " d o l o " debe de ser errata
p o r ídolo, tal como "Tezabel" es errata porjezabel).
E n cambio,
la b u r l a de G ó n g o r a , "Embutiste, L o p i l l o , a Sabaot...", es u n a
maravilla: él mantiene las palabras-rima de L o p e y fabrica u n
soneto que tiene sentido (y muy punzante). C a r r e ñ o menciona
u n soneto de C a l d e r ó n (en El divino Jasón) que imita el "artificio" de Lope. O t r a imitación se lee en el auto Llamados y escogidos ("Bella M i c o l , d u l c í s i m a R a q u e l . . . " ) . Otros imitadores son
M i r a de Amescua {auto Las pruebas de Cristo) y Francisco Álvarez de Velasco ("Si ha vuelto hoy a nacer en t i otro A c a b . . . " :
Rhythmica
sacra, B o g o t á , 1989, p. 332).
# 300, " ¡ C u á n b i e n a v e n t u r a d o . . . ! " . E n el v. 67, "el ave sacra
a M a r t e " n o es el águila (ave de J ú p i t e r ) , sino el gallo. E l á g u i l a
n o despierta a la gente.
# 3 1 1 , " ¡ C o n q u é artificio tan divino sales...!". La "basa per e g r i n a " en que se sienta la rosa n o puede ser 'el tallo', c o m o
dice C a r r e ñ o , pues el tallo no está f o r m a d o p o r "cinco puntas".
Se trata evidentemente de los s é p a l o s del cáliz. A l final toma
L o p e a la rosa e f í m e r a c o m o imagen de las esperanzas que se
f u n d a n "en la tierra", o sea 'en este m u n d o transitorio'. Ciertamente la tierra no es m e t á f o r a de 'la m u e r t e ' .
# 312, "Esta cabeza, cuando viva, t u v o . . . " . Para que se entienda el final hay que quitar el acento de dónde ( n i los gusanos
se d i g n a n estar en una calavera donde en o t r o t i e m p o h u b o m u cha p r e s u n c i ó n ) .
# 332, "Vengada la hermosa Filis...". Las cifras del v. 41 n o
son 'inscripciones', sino 'iniciales enlazadas' (bordadas en la
cinta). E l 'envidian' del v. 72 es clara errata p o r envidan. Cf. CoVARRUBIAS, s.v. " e m b i d a r " y t a m b i é n s.v. "falso": "Embidar
de falso,
treta de jugadores, para disimular los puntos que tienen y amed r e n t a r al c o n t r a r i o " (o sea, hacer
bluff).
320
ANTONIO ALATORRE
NRFH, XLV1II
# 337, " B o s c á n , tarde llegamos...". Las comillas indicadoras
de d i á l o g o están m a l puestas en el v. 1: es s ó l o Garcilaso q u i e n
lo dice. E n el v. 4 hay que poner coma en nocturnar. " N o hay
d o n d e n o c t u r n a r , palestra armada". Y esta palestra armada, en
i d i o m a culto, significa simplemente 'caballeros'; n o viene al caso decir que palestra es 'el lugar donde se lucha'. E l madona con
que Garcilaso se dirige a la criada d e l m e s ó n (v. 6) n o tiene
"función degradadora", sino al contrario (Garcilaso era m u y
cortés). En el v. 8, depingeno es "neologismo compuesto del prefijo de- y del verbo latino pendicare 'colgar', 'gotear'", sino simple
italianismo (dipingere ' p i n t a r ' ) . E n el p e n ú l t i m o parlamento
(que es tal vez de B o s c á n ) hay que quitar el acento de Qué, y sería bueno p o n e r exclamaciones en vez de interrogaciones:
"¡Que en tan p o c o / t i e m p o tal lengua entre cristianos haya!".
# 339, "Claudio, si quieres divertir u n poco...". S e g ú n Carreñ o , este Claudio fue u n o "de los grandes amigos de Lope". Yo
creo que es u n n o m b r e convencional, como Fabio, Clito, etc.
E n el v. 20 falta explicar que "Sidonia" es el duque de Medinasidonia, comandante de la A r m a d a Invencible. T a m b i é n convend r í a explicar que los w . 91-96 significan '¿Quién h u b i e r a dicho
que d e s p u é s de tantas tormentas h a b í a de hacerme sacerdote?'. El Theos d e l v. 96 significa 'Dios' (el Dios j u d e o c r i s t i a n o ) ;
n o veo n i n g u n a reminiscencia de Zeus. E n el v. 185, "efímeras
poemas" debe de ser errata de i m p r e n t a .
# 340, " A mis soledades voy...". Obviamente, el v. 101 debe
leerse "sin ser pobres n i ser ricos".
# 342, " C o r r í a u n manso arroyuelo...". Romance que termina con u n a letrilla de versos consonantes, "Madre, unos ojuelos
v i . . . " (cabeza y dos coplas, con r e p e t i c i ó n d e l estribillo). La letrilla, que estaba í n t e g r a en la ed. C á t e d r a , a q u í ha quedado
trunca.
# 343, "Pobre b a r q u i l l a m í a . . . " . E n el v. 6, "te engolfas" no
quiere decir 'te refugias', sino todo lo c o n t r a r i o : 'te lanzas (temerariamente) a alta mar'. E n el v. 48 c o n v e n d r í a explicar que
fortunas significa 'tempestades'.
# 350, " A ti la lira, a t i de Delfo y D é l o . . . " . Dice C a r r e ñ o que
mariposar, en el v. 8, significa 'vagar a capricho'. Parece que n o
e n t e n d i ó el chiste. L o p e parodia el t ó p i c o de la mariposilla que
acaba q u e m á n d o s e al volar en t o r n o al objeto de su amor: la
llama de una vela; T o m é de Burguillos deplora que la d e s d e ñ o sa Juana n o sea u n a llama, sino u n hielo. ( C o n v e n d r í a poner
p u n t o y coma en escama, v. 6.)
NRFH, XLV1II
DE GÓNGORA, LOPE Y QUEVEDO
321
# 352, "Bien puedo yo p i n t a r u n a h e r m o s u r a . . . " . N o veo
que el e p í g r a f e - " N o se atreve a p i n t a r su dama muy hermosa,
p o r no m e n t i r , [ l o cual] es m u c h o para p o e t a " - apunte "a la
vieja disputa" sobre la p r i m a c í a de p i n t u r a y p o e s í a : pintar,
a q u í , es simplemente 'hacer u n retrato en verso'. E n nota al v.
4 dice C a r r e ñ o que L o p e "se incluye c o m o lector de sus versos
aunque bajo la m á s c a r a de T o m é [de B u r g u i l l o s ] " . N o es exactamente eso.
El presupuesto
todo de las Rimas
de Burguillos es
que éste es persona distinta de Lope25.
# 353, " É r a s e el mes de m á s hermosos d í a s . . . " . Ayudarían
unos signos de a d m i r a c i ó n en el v. 9: " ¡ N o salió malo este versi11o octavo!" ( T o m é se aplaude a sí m i s m o ) . E n el v. 14 n o hay
que leer " e c h á r e l e " , sino echaréle ('Si n o me basta el soneto para
decir lo que quiero, le a ñ a d i r é u n estrambote').
# 354, " D o r m i d o , Manzanares d i s c u r r í a . . . " . H a b r í a que explicar el v. 11. T o m é le ha p e d i d o a Juana (lavandera) que le
lave el cuello (obviamente de la camisa), "y ella, sacando el rost r o del cabello" (bonito verso: al lavar, inclinada, el cabello le
ha estado ocultando el rostro), "me dijo que u n o [el de la camisa] de o t r o [el del c u e r p o ] me quitase".
# 355, "Si entré, si vi, si h a b l é , s e ñ o r a m í a . . . " . Los " p o é t i c o s
m o c h u e l o s " del v. 10 n o son "los amantes venidos a malos poetas", sino los poetas criticones, que se lanzan contra el p o b r e
Burguillos tal como se lanzan los mochuelos contra los ojos del
b ú h o ( p o r envidia: cf. G ó n g o r a , Soledad II, w . 891-901).
# 357, "Sulca del mar de A m o r las rubias ondas...". Convend r í a advertir que sulca, navega, etc., son imperativos dirigidos al
peine. N o explica C a r r e ñ o q u é es "barco de Barcelona" (v. 2): es
de suponer que los peines se fabricaban en Barcelona. E n el
v. 10, pararelos debe de ser errata de i m p r e n t a .
# 358, "Quien supiere, s e ñ o r e s , de u n p a s a n t e . E l v. 9 está m a l : " t o q u e del dicho B á r t u l o supiere". Debe ser "Zaque", com o se lee en la ed. o r i g i n a l . Y esto obliea a cambiar señores p o r
señoras en el v. 1: "Quien supiere, s e ñ o r a s . . . , / la que [aquella
de vosotras que] supiere...".
25 Cf. " L o p e , yo quiero hablar con vos de veras..." (# 380), donde T o m é
" d i s c ú l p a s e con L o p e de Vega de su estilo", y t a m b i é n el e p í g r a f e del # 374,
donde se explica que el soneto " L a pulga" se ha atribuido falsamente a Lope (siendo de T o m é ) . E n " B i e n puedo yo pintar..." (# 352), lo que dice
Burguillos es que los poetas suelen mentir, y, por ejemplo, L o p e l l a m ó "ángel de nieve p u r a " a Filis, que era morena. (Cf. en efecto # 1 1 , "De u n a recia
calentura...", donde Filis tiene "cabellos de oro".)
322
ANTONIO ALATORRF.
NRFH, X L V I I I
# 359, "Pluma, las Musas, de m i ingenio a u t o r a s . E l diálogo no está b i e n marcado: en los w . 5-6 habla el poeta, y en los
w . 7-8 la p l u m a .
# 361, " E l g a l á n de la l i n d a bigotera...". E n el e p í g r a f e
("Aún no d e j ó la p l u m a , y prosigue") advierte Burguillos que
este soneto es c o n t i n u a c i ó n del anterior. H u b i e r a estado b i e n
i n c l u i r l o a q u í . E n el v. 3, " n o es como vos la i m a g i n á i s agora",
es obvia la errata de la ed. original; debe ser " f e i m a g i n á i s " (fe =
ese galán a q u i e n la dama imagina bigotudo, siendo l a m p i ñ o ) .
# 363, "Juana, m i a m o r me tiene en tal estado...". A p r o p ó sito de sotana (v. 13) dice C a r r e ñ o que "el hablante declara su
c o n d i c i ó n de clérigo"; pero Burguillos no es clérigo, sino sacristán (los sacristanes vestían sotana, como los a c ó l i t o s ) ; lo que
declara es que su sotana se le está cayendo de vieja y r a í d a . (Cf.
# 3 6 8 , final.)
# 364, " ¡ A q u í del rey, s e ñ o r e s ! ¿Por ventura...?". Creo que
hay que explicar el chiste final: D e s p r e o c ú p e s e Tamayo; n o está p o r caer u n rayo en su casa; es sólo que la palabra rayo busca
u n consonante y lo encuentra en la palabra Tamayo. ( C a r r e ñ o
dice "una consonante", pero debe ser "un consonante".)
# 369, "Si h a b é i s visto al S o l í sin caperuza...". Soft n o es 'sufí, m u s u l m á n ' , sino título del rey de Persia (el Shah). El Solí
persa está a q u í en c o m p a ñ í a del corsario turco Barbarroja.
# 370, " ¡ T a n t o m a ñ a n a y nunca ser m a ñ a n a . . . ! " , v. 10: "esta
m a ñ a n a " tiene que ser errata p o r "este m a ñ a n a " que n u n c a llega (¡tonto m a ñ a n a ! ) .
# 373, "Vete a roer legajos procesales...", v. 5: figonales n o
puede venir "del italiano figoto"; es adjetivo creado p o r L o p e
a partir de figón. La coma que inserta C a r r e ñ o al final del v. 13
(y que no estaba e n la ed. C á t e d r a ) hace de volviste un verbo
intransitivo ('regresaste'), lo cual indica que se le e s c a p ó el sentido: es naturalmente verbo transitivo ('transformaste'): "volviste nieve las rosas" significa 'te pusiste p á l i d a ' .
# 374, "Picó atrevido u n á t o m o v i v i e n t e . L a s "dos puntas
de m a r f i l " n o son 'las dos u ñ a s entre las que perece la pulga'. A
la pulga no se la mata entre las u ñ a s (como al p i o j o ) , sino retorc i é n d o l a vigorosamente entre los dedos. Esas "puntas" son las
venias del í n d i c e y el pulgar de L e o n o r . Cf. v. 7: "y torciendo su
vida bulliciosa...".
# 375, "Dos cosas despertaron mis antojos...". Dice Carreñ o : "antojos: 'juicios sobre u n a cosa sin f u n d a m e n t o ' " . Esto n o
puede valer a q u í : b u e n f u n d a m e n t o t e n í a L o p e para a d m i r a r
NRFH, X L V I I I
DK GÓNGORA, LOPLi YQLHÍVEDO
323
a Rubens y a M a r i n o ; "mis antojos" es mis gustos', 'mis preferencias'.
# 378, "Puso tan grande amor (si amor se l l a m a ) . . . " . A q u í
cuenta Burguillos el caso de u n h o m b r e que se e n a m o r ó de su
gata, " d é c i m a de las nueve de la fama" (v. 4 ) . E n estas palabras
ve C a r r e ñ o una p o n d e r a c i ó n de "la hermosura de la gata, la décima musa p o r q u i e n pierde el seso el g a l á n " . Pero a q u í no vien e n al caso la hermosura n i las Musas. Se olvida C a r r e ñ o de "los
Nueve de la Fama" (a quienes dedica u n a m p l i o comentario en
el # 61). A las nueve m á s famosas cazadoras de ratones se suma
ahora esta insigne gata. H a b r í a que p o n e r mayúsculas: "las
Nueve de la Fama".
# 380, "Lope, yo quiero hablar c o n vos de veras...", v. 4:
"Musas rateras" no quiere decir 'ladronas', sino 'pedestres',
'que n o se levantan del suelo'.
# 414, " M a ñ a n i c a s floridas...". Este villancico tiene sólo 12
versos. L o que viene d e s p u é s es u n villancico distinto, "Alegraos, pastores...". Debiera haber s e p a r a c i ó n entre u n o y otro
(tal c o m o en el # 417 están separados " E n las m a ñ a n i c a s . . . " y
"Sale el mayo h e r m o s o . . . " ) .
# 416, " A l villano se lo d a n . . . " . A q u í se le e s c a p ó a C a r r e ñ o
r e m i t i r a M . FRENK, Corpus de la antigua
lírica popular,
núm.
1540.
# 422, " ¿ D e d ó viene, de d ó viene?...". La nota al v. 35 dice
así: "chapetón castellano: n o m b r e dado en M é x i c o al castellano o
europeo pobre, recién llegado; t a m b i é n al que volvía de las I n dias sin lograr fortuna". Pero esto contradice l o que se lee en la
nota inicial: que el baile " ¿ D e d ó viene?" comenta "la llegada del
A m o r bajo la m á s c a r a de u n i n d i a n o rico procedente de Panam á " . Por lo d e m á s , al e s p a ñ o l (pobre o no pobre) recién llegado se le dijo en M é x i c o gachupín m u c h o m á s que chapetón (voz
sobre t o d o peruana). El A m o r es n o sólo " c h a p e t ó n castellano",
sino t a m b i é n "criollo disfrazado". N o hay que buscarles sentido
preciso a chapetón n i a criollo, voces de que se sirve Lope para poner a l g ú n c o l o r i d o americano en este "baile de P a n a m á " .
# 426, " A caza va el caballero...". A q u í , c o m o en el # 414,
presenta C a r r e ñ o como u n a sola dos composiciones distintas;
la segunda comienza en el v. 2 1 : "Por el m o n t e c i c o sola...".
# 4 3 1 , " U n soneto me m a n d a hacer V i o l a n t e . . . " . E n la nota
i n i c i a l m e n c i o n a C a r r e ñ o "Pedís, reina, u n soneto; ya le hago...", soneto " a t r i b u i d o a Diego H u r t a d o de Mendoza". Ya nadie se lo atribuye. E l autor es u n Dieo-o de Mendoza (sin
Hurtado),
c o n t e m p o r á n e o de L o p e .
324
ANTONIO AI AT ORRE
NRFH, X L V I I I
I I I . QUEVEDO
L a Poümnia, segunda de las seis Musas que integran el Parnaso
español publicado en 1648 p o r Jusepe A n t o n i o G o n z á l e z de
Salas, "canta p o e s í a s morales, esto es, que descubren y manifiestan las pasiones y costumbres del h o m b r e , p r o c u r á n d o l a s
enmendar". Consta de 110 sonetos y dos poemas largos: " ¡ O h
corvas almas, o h facinorosos...!" (o sea el " S e r m ó n estoico de
censura m o r a l " que, con sus 389 versos, es el poema m á s largo
que hizo Quevedo en m e t r o de silva) y " N o he de callar, p o r
m á s que con el d e d o . . . " (o sea la famosa " E p í s t o l a satírica y
censoria", en tercetos).
L. Astrana M a r í n y j . M . Blecua editaron en u n solo c o n j u n to toda la p o e s í a "seria" de Quevedo, desmembrando la Poümnia
y a ñ a d i é n d o l e composiciones igualmente serias procedentes
de Las tres Musas
últimas
publicadas p o r A l d r e t e en 1670
(en
particular quince de los "salmos" del Heráclito cristiano y casi todas las silvas). Alfonso Rey ha decidido ahora "restaurar" la u n i dad original, sin a ñ a d i d o s 2 6 , aunque las p o e s í a s entremetidas
p o r Astrana y p o r Blecua descubran t a m b i é n "las pasiones y
costumbres d e l h o m b r e " y tengan la misma tónica grave y sentenciosa que las de la Poümnia.
Algo que llama i n m e d i a t a m e n t e la a t e n c i ó n es la uniformidad de los 110 sonetos, la semejanza estructural de unos c o n
otros. Están, p o r así decir, cuidadosamente "programados".
H a n salido de u n m i s m o tipo de m o l d e . Suelen ser desarrollo
de una "sentencia" antigua, y muchos tienen c o m o p u n t o de
partida o t r a m p o l í n la cita expresa de esa sentencia. Así, "Próvida la Campania al gran P o m p e o / piadosas, si molestas calenturas..." (soneto 1) es t r a d u c c i ó n de u n pasaje de Juvenal
("Provida P o m p e i o dederat Campania febres/ optandas..."), y
"Quitar codicia, n o a ñ a d i r d i n e r o , / hace ricos los h o m b r e s . . . "
(soneto 2) es t r a d u c c i ó n de u n a m á x i m a de S é n e c a ("Si vis divitem f a c e r é , n o n pecunias adjiciendas, sed c u p i d i t a t i detrahend u m est"). E l proceso de c o m p o s i c i ó n es m u y "visualizable":
está Quevedo leyendo a Plutarco, a Epicteto, a algunos Padres
de la Iglesia, a los satíricos latinos (Marcial, Persio, P e t r o n i o y
26 FRANCISCO DE QUEVEDO, Poesía moral (Poümnia), ed. Alfonso Rey, 2 a ed., rev.
y ampliada, Tamesis, Madrid, 1999; 407 pp. (Serie Textos, 43). No conozco la I a
ed. (1992), pero, s e g ú n la "Nota" de las pp. 11-12, y en palabras del propio Alfonso Rey, la 2 a "constituve u n libro nuevo, que reemplaza al anterior".
NRFH, X L V I I I
DE GÓNC;ORA, LOPE YQUEVEDO
325
sobre t o d o Juvenal), o bien a S é n e c a , su filósofo predilecto, y
de p r o n t o se detiene ante una frase llamativa p o r profunda,
p o r lapidaria, p o r p a r a d ó j i c a , etc., y piensa: " A q u í tenemos con
q u é fabricar u n soneto. ¡Ea, manos a la obra!". Por regla general, a partir del segundo cuarteto - y a u n a n t e s - abandona el
m o d e l o inicial y c o n t i n ú a c o n desarrollos propios, condensación de otras lecturas, o mosaicos de ideas que le son m u y queridas, pues las repite a q u í y allá, en verso l o mismo que en
prosa. Por supuesto, se esmera en la t e r m i n a c i ó n del soneto,
h a c i é n d o l a especialmente " m e m o r a b l e " , c o m o "Pues asco dentro son, tierra y gusanos" (v. 14 del soneto "¿Miras este gigante
c o r p u l e n t o . . . ? " ) , o como ' Y n o hallé cosa en que p o n e r los
o j o s / que n o fuese recuerdo de la m u e r t e " (final de "Miré los
m u r o s de la patria m í a . . . " ) . Pero entre el vistoso comienzo y el
vistoso final se apretujan, a m e n u d o sin ilación aparente, elementos nuevos, digresiones, "conceptos", de manera que la
c o m p r e n s i ó n del p e q u e ñ o pot pourri suele ser bastante ardua.
A veces u n solo tema da a l i m e n t o a dos sonetos seguidos, v.
gr. 3 y 4 (palabras de T á c i t o sobre S é n e c a ) , 28-29 (sentencias
de san A g u s t í n y san A m b r o s i o ) , 98-99 (la cortesana Frine) y
105-106 (pasajes del l i b r o de D a n i e l ) . Hay otras agrupaciones
m u y visibles: S é n e c a es el p u n t o de p a r t i d a de seis sonetos seguidos (33 a 38); Juvenal lo es de tres (98-100), y t a m b i é n de
o c h o de los veinte iniciales. Algunos están hechos todos de tópicos de la filosofía estoica, S é n e c a en especial, y en varios de
ellos (82, 83, 84, 93) el senequismo está expresamente cristianizado. P r e d o m i n a n el decoro " c l á s i c o " y el aire de philosophia perennis: tópicos consagrados, figuras ejemplares, alegorías,
emblemas: Astrea (9), Faetonte (23), el ostracismo ateniense
(71), Dionisio y Damocles (69), Seyano (98), la r u i n a del Imperio r o m a n o (80), la nave (59, 63, 8 9 ) , la tempestad (17, 101), el
p e ñ a s c o azotado p o r las olas (74), el rayo (58), el á g u i l a (11),
el l e ó n y el ratón (30, a p ó l o g o de Esopo), etc. De manera excepcional, cuatro de los sonetos (19, 67, 77 y 107) comentan
sucesos del m o m e n t o para sacar de ellos u n a l e c c i ó n m o r a l . El
m á s famoso de todos, "Miré los m u r o s de la patria m í a . . . " , deja
la i m p r e s i ó n de haber tenido c o m o p u n t o de p a r t i d a una visita
de Quevedo a su ruinosa T o r r e de Juan A b a d , aunque todo él
está amasado en pensamientos de S é n e c a .
La p r i m e r a parte del l i b r o (pp. 15-139) es u n "Estudio" de
í n d o l e técnica: historia del texto, descripciones bibliográficas
(de impresos y de manuscritos) y finalmente e d i c i ó n de diecio-
326
ANTONIO ALATORRE
NR1-H, X L V I I I
cho poemas en que hay variantes de alguna c o n s i d e r a c i ó n frente a los impresos en el Parnaso. (El soneto 50, "Pise, n o p o r desprecio, p o r grandeza...", figura en 13 manuscritos y en 3
impresos; el 6 8 , "Miré los muros de la patria m í a . . . " , en 7 manuscritos y en Las tres Musas últimas; una versión del " S e r m ó n
estoico" tiene 3 2 2 versos, otra 3 8 4 , y la del Parnaso 3 8 9 . )
Rey presta la debida a t e n c i ó n a "la o r d e n a c i ó n en Musas"
(pp. 2 1 - 2 4 ) , esto es, la a s i g n a c i ó n de los distintos g é n e r o s de
p o e s í a s a su respectiva Musa "inspiradora" (cuáles le tocan a
Clío, cuáles a Erato, etc.), pero no dice nada en cuanto a la ord e n a c i ó n interior de la Polimnia (por ejemplo, las agrupaciones
que antes s e ñ a l é ) . Para G o n z á l e z de Salas ( p r ó l o g o del Parnaso) , tan importante era la decisión en cuanto a "las professiones
que se applicassen a las Musas" como la relativa a "la distribución de las obras" (o sea el lugar de las p o e s í a s d e n t r o de cada
Musa). Es imposible, desde luego, precisar el papel que en estas dos ordenaciones tuvieron Quevedo y su editor, pero me
parece que Rey achica i n d e b i d a m e n t e el de G o n z á l e z de Salas.
Yo creo que todo esto fue tarea de él m á s que del poeta. Me
convence la enfática d e c l a r a c i ó n del p r ó l o g o : tras resolver m u chos problemas (tras l i m a r muchas "asperecas"),
finalmente
"habernos erigido este E s p a ñ o l Parnaso"; y, muy a sabiendas de
que los mal pensados atribuirán este p l u r a l a "envidia" (a ganas
de vestirse de plumas ajenas), insiste: "Que habernos, digo". Y n o
s ó l o eso. Hay que pensar en los e p í g r a f e s y en las notas sobre
fuentes ( S é n e c a , Juvenal, etc.), cosas ambas tan iluminadoras,
tan útiles —a m e n u d o imprescindibles— para entender a u n
poeta que, muy especialmente en la Polimnia, suele ser m u c h o
m á s i n t r i n c a d o que G ó n g o r a . (Dicho sea de paso, la labor de
G o n z á l e z de Salas, p r i m e r editor de las p o e s í a s de Quevedo, es
m u y superior a la de los dos primeros editores de G ó n g o r a . )
Se echa de menos en este "Estudio" inicial una s e c c i ó n dedicada a los aspectos p r o p i a m e n t e literarios (el pensamiento
estoico, sus fuentes, su e x p r e s i ó n p o é t i c a ) , ya que, como dice
RAIMUNDO L I D A (Prosas
de Quevedo, Barcelona, 1 9 8 1 , p. 1 3 ) , si pa-
ra expresar sus pensamientos "sobre vida, muerte, c o n d i c i ó n
h u m a n a " suele servirse Quevedo de la prosa, "su pensar m á s
elevado puede « n u c l e a r s e » mejor en t o r n o a una parte - m e m o r a b l e - de sus versos". Claro que la falta de una visión de
c o n j u n t o está m á s que compensada p o r la riqueza verdaderam e n t e deslumbrante de las notas que a c o m p a ñ a n a cada poem a (explicaciones léxicas, reminiscencias, pasajes paralelos de
NRFH, X L V I I I
DE GÓNGORA, LOPE Y QUEVEDO
327
otros autores y sobre todo de Quevedo m i s m o , etc.) Las observaciones que siguen son minucias, pero de algo p u e d e n servir.
# 9, " A r r o j a las balanzas, sacra A s t r e a . E l v. 9, 'Ya m i l i t a n
las leyes y el derecho", recuerda a G ó n g o r a : " c o n bártulos y
abades la m i l i c i a , / y los derechos con espada y daga" (soneto
"Grandes m á s que elefantes y que abadas...").
# 14, " L á g r i m a s alquiladas del c o n t e n t o . . . " . E l e p í t e t o Tenante del v. 14 n o viene de tomtrualis, sino simplemente de
tonans, p a r t i c i p i o de tonare 'tronar'.
# 19, "Si son nuestros cosarios nuestros puertos...", v. 7:
u
acuerdan la conciencia perezosa" n o es p r o p i a m e n t e 'la hacen
cuerda', sino 'la despiertan'.
# 20, " S e ñ o r d o n j u á n , pues con la fiebre apenas...". E l epígrafe dice: " A u n amigo, e n s e ñ á n d o l e a m o r i r antes": ese amigo
debe de ser el mismo "ilustre s e ñ o r d o n j u á n " ( G i r ó n y Zúñiga)
a q u i e n G o n z á l e z de Salas dedica el " S e r m ó n estoico" (p. 319),
tal como el " o h gran don Joseph" del # 109 es González de Salas.
# 26, " ¡ A h de la vida! ¿ N a d i e me responde?...". A p r o p ó s i t o
del v. 11, "soy u n fue y u n seré y u n es cansado", cita Rey este
pasaje del Chitón de las tarabillas: " ¿ H u b o á n i m o para subir el vellón, que fue, es y s e r á la d e s o l a c i ó n de todo, y ha de faltar para
bajarle?". Esto n o viene m u y al caso, p u e s > é ? , esy será son en el
Chitón verdaderos verbos, mientras que en el verso del soneto
están sustantivados. E l verso es ciertamente impresionante, pero n o tiene nada de "linguistically v i o l e n t " (como cree Elias
Rivers, citado p o r Rey): "un fue", " u n es" y " u n será" son tan ling ü í s t i c a m e n t e normales como " u n declaramos", " u n mirar", " u n
si', " u n mientras", " u n etc.". Cf. la copla "¡Si mi fue tornase a es/
sin esperar m á s será. . A " , de u n cancionero de la Biblioteca Vaticana, citado p o r H . G. JONES, NRFH,
21 ( 1 9 7 2 ) , p. 389. -
La
idea de las muertes sucesivas ("presentes sucesiones de difunto") está n o s ó l o en S é n e c a , sino t a m b i é n en Plutarco, De E
apudDelphos,
18 (Moralia,
392
D-F).
# 34,""Un godo, que u n a cueva en la m o n t a ñ a . . . " . Los w . 9¬
10, " . . . C o l ó n p a s ó los godos/ al i g n o r a d o cerco de esta bola",
significan simplemente que C o l ó n d e s c u b r i ó para los e s p a ñ o les u n a p a r t e antes ignorada de nuestro globo. N o veo que la
cita de Etienne Gilson venga al caso.
## 43 y 44, " V e n ya, m i e d o de fuertes y de sabios...". E n " h u ya el cuerpo i n d i g n a d o (o «irá la alma i n d i g n a d a » ) c o n gemid o / debajo de las sombras", no creo que haya que buscarle u n
significado particular a la indignación:
Quevedo se l i m i t a a tra-
328
ANTONIO ALATORRE
NRFH, X L V I I I
d u c i r el famoso verso final de la Eneida. (Cf. t a m b i é n el final
del Orlando furioso: "bestemmiando f u g g í l'alma
sdegnosa...".)
# 5 1 , "Tuvo enojado el alto m a r de E s p a ñ a . . . " . Es éste u n o
de los raros casos en que Rey n o ha logrado precisar la fuente
indicada p o r G o n z á l e z de Salas ( " A g a t ó n Samio, poeta trágic o " ) ; pero t a m b i é n u n a buena muestra de su e m p e ñ o indagador. (En cambio, el # 56, "Si n o t e m o perder lo que poseo...",
se puede tomar como ejemplo de soneto pertinente y abundantemente explicado en las notas.)
# 66, " ¡ O h , fallezcan los blancos, los postreros/ a ñ o s de d i t o ! " . Dice G o n z á l e z de Salas: "Este soneto es i m i t a d o de Per¬
sio..., y ansí de sentencia dificultosa". E n efecto, Persio es
proverbialmente dificultoso p o r lo apretado de su lenguaje (y
a q u í el de Quevedo n o le va en zaga). Sobre fallezcan comenta
Rey: "Clito pide que su vejez n o llegue, o que se acabe si ya está
en ella", l o cual n o tiene m u c h o sentido. Persio está d a n d o
ejemplos de las súplicas i m b é c i l e s que m u y en lo i n t e r i o r suel e n dirigirse a los dioses, y el p r i m e r o es: '¡Que se m u e r a m i tío
[para quedarme yo c o n sus riquezas]!'. Ese tío (patruus)
tiene
n o m b r e p r o p i o en el soneto: ' ¡ O j a l á se m u e r a ya C l i t o ! ' (cf. la
silva "Diste crédito a u n p i n o . . . " , w . 76-79). Parece inadvertencia de Quevedo el a t r i b u i r al m i s m o Clito, en el ú l t i m o terceto,
esos deseos asesinos. (El segundo ejemplo de súplica imbécil,
'¡Que me encuentre u n tesoro!', está en los w . 3-4 del soneto.)
# 68, "Miré los m u r o s de la patria m í a . . . " . Este soneto, y el
109, "Retirado en la paz de estos desiertos...", son los m á s profusamente ilustrados p o r Rey. Las notas son u n festín de erudición. Las del 109 n o dejan nada sin aclarar. Pero en el 68 hay
dos problemas de c o m p r e n s i ó n . Por u n a parte, el segundo
cuarteto está i n t e r r u m p i e n d o la c o n t i n u i d a d entre l o que precede ("Miré los muros") y l o que sigue ("Entré en m i casa") i n t r o d u c i e n d o i m á g e n e s m u y e x t r a ñ a s : u n sol que bebe arroyos y
unos ganados que se quejan del m o n t e p o r q u e les tapa el sol.
Por otra parte, la palabra patria es e n i g m á t i c a : unos críticos i n terpretan ' E s p a ñ a ' , otros 'una ciudad', otros 'una casa'. Yo creo
que la s o l u c i ó n de los dos problemas está en el romance "Son
las torres de Joray...", que es c o m o la "versión jocoseria" del
grave y solemne soneto. Tras la d e s c r i p c i ó n de las ruinas ("calavera", "esqueleto"), t a m b i é n en el romance se m e n c i o n a la
enojosa sombra de u n m o n t e . Las torres de Joray, c o m o se sabe, eran u n castillo e n ruinas, m u y cercano a la torre de J u a n
A b a d , la "casa" heredada p o r Quevedo de sus antepasados, y de
NRFH, X L V I I Í
DE GÓNGORA, LOPE Y QUEVEDO
329
la cual era " s e ñ o r " (aunque n o la habitaba, y p o r eso estaba
t a m b i é n en ruinas). E n el romance a ñ a d e Quevedo u n dato de
interés: "Este m o n u m e n t o b r u t o / me s e ñ a l a r o n p o r cárcel".
Me parece que soneto y romance se refieren a la llegada del
poeta a su casa cuando fue desterrado de la corte. E l soneto registra sus impresiones al apearse frente a eso que va a ser su
"cárcel" el t i e m p o que d u r e el castigo: ve ante t o d o lo ruinoso
de la fábrica (paredes a p u n t o de caerse, etc.); en seguida echa
una m i r a d a al desolado e n t o r n o (la sombra d e l m o n t e , que en
el soneto motiva la queja de los ganados, y que e n el romance
cae directamente sobre la casa, para "vestirla de l u t o " ) ; y finalmente se anima a entrar ( c u l m i n a c i ó n de toda esa m e l a n c o l í a ) .
Pero Quevedo es el maestro de la h i p é r b o l e . L a torre (de Juan
Abad) se convierte en las torres (de Joray). L a r u i n a de la casa y
la del castillo se f u n d e n en u n a sola, espectacular y patética: lo
que era el " h o m e n a j e " es ahora u n b u l t o i n f o r m e y amenazador; d o n d e h a b í a "alcaides" ahora hay buhos. Y, a d e m á s de esta
fusión, en el soneto hay otra: los sentimientos de Quevedo son,
n i m á s n i menos, los de su a d m i r a d o S é n e c a la vez que visitó su
muy abandonada casa campestre (su suburbanum).
La vida
coincide p u n t o p o r p u n t o con la literatura en este extraordinario soneto. E l romance n o m e n c i o n a al sol que bebe arroyos recién "desatados" d e l hielo, pero sí habla de u n arroyo, el
G u a d a l é n , que, como corre al pie del m o n t e , sabe c u á n t o s puntos calzan sus juanetes. ( D o n d e sí hay u n sol que bebe el agua
de u n a " c o r r i e n t e clara" desatada p o r el hielo es en la silva " A
una fuente".) O t r o interesante detalle del r o m a n c e está en los
versos d o n d e dice Quevedo que ese esqueleto de casa "me señ a l a r o n p o r cárcel,/ yo le t o m é p o r estudio"; y prosigue: "Aquí,
en c á t e d r a de m u e r t o s , / atento le o í discursos/ [al] bachiller
D e s e n g a ñ o / c o n t r a sofísticos gustos", —lo cual apunta hacia el
otro soneto famoso, el 109: "Retirado en la paz de estos desiert o s . . . / vivo e n c o n v e r s a c i ó n c o n los difuntos".
# 8 1 , " H a r t a la toga d e l veneno t i r i o . . . " . N o recoge Rey la
sugerencia de MARÍA ROSA LIDA, RFH, 1 (1939), p. 373, en cuanto
a la fuente de este soneto ( a n é c d o t a del filósofo A r i s t i p o recogida p o r D i ó g e n e s L a e r c i o ) .
# 8 7 , " N o digas, cuando vieres alto el v u e l o . . . " . Soneto d i r i gido, c o m o dice el e p í g r a f e , " c o n t r a los h i p ó c r i t a s y fingida virtud de monjas y beatas". N o está de m á s recordar que en
tiempos de Quevedo (y a u n d e s p u é s : cf. la Virtud al uso y mística
a la moda de Fulgencio A f á n de Rivera) fingir v i r t u d era buena
330
ANTONIO AL.AFORRE
NRFH, X L V I I I
f o r m a de medrar: devotos que se lucen, mujeres que no salen
de la iglesia, monjas que se las arreglan para criar fama de santas y aun de extáticas. Rey no encuentra en el soneto mismo nada
que justifique la m e n c i ó n de "monjas y beatas" ("O G o n z á l e z
de Salas se e x c e d i ó en su e x p l i c a c i ó n , o c o n o c í a la verdadera, y
algo enmascarada, intención de Quevedo"). Pero el significado
del v. 8, "traza es la cuerda y es rebozo el velo", n o puede ser sin o éste: las beatas y monjas hipócritas se azotan con una discip l i n a (cuerda) y se tapan el rostro con u n velo; pues bien, ese
azotarse es u n truco bien calculado (traza), esa modestia es u n a
tapadera (rebozo). El p r o p i o Rey observa que las palabras " m o n jas y beatas" se s u p r i m i e r o n en la e d i c i ó n de 1654 (señal de que
el censor las halló reprobables). Dice t a m b i é n que en la Polimwwzhay condenas de "la a m b i c i ó n y vanidad", no de "la hipocresía o la i m p i e d a d " ; pero ¿ q u é cosa es la v i r t u d fingida sino una
f o r m a de a m b i c i ó n y vanidad? Por lo d e m á s , el soneto 37 ("Si el
sol, p o r t u recato d i l i g e n t e . . . " ) se dirige expresamente a los h i p ó c r a t a s i m p í o s 2 7 . - C r e o que Rey n o interpreta bien el v. 1 1 ,
"equivoca su sitio y su semblante": gracias a la altura {sitio) y al
resplandor (semblante) que adquiere al lanzarse al aire, el cohete parece confundirse (equivocarse)
con las estrellas, pero n o
tarda en deshacerse en h u m o .
# 69, " T i r a n o de A d r i a el Euro, a c o m p a ñ a d a . . . " . Buena
muestra del gongorismo que m u y malgré lui se le infiltra a Quevedo: "bien presumida y m a l aconsejada", " l í q u i d a muerte bebe", "la playa procelosa/ i n f a m ó , en m i l naufragios dividida",
"que repita su r u i n a lastimosa". (Cf. # 95, v. 2: "y tanta invidia
en poco b u l t o encierra").
# 90, "Esa frente, o h Giaro, en r e m o l i n o s / torva, y en rugas
p á l i d a y funesta...": se trata, c o m o dice el e p í g r a f e , de la frente
de u n ignorante que, "severo y misterioso de figura", quiere parecer u n sabio sumido en profundas meditaciones pero a nadie
e n g a ñ a . S e g ú n Covarrubias, citado p o r Rey, "el r e m o l i n o en
m e d i o de la frente tienen [los fisionómicos] p o r mejor que los
d e m á s , y arguye á n i m o l e o n i n o " ; pero, naturalmente, este rem o l i n o n o está en la frente, sino d o n d e nace el cabello. Parece
m á s b i e n que los remolinos equivalen a las arrugas y a los "sem27 E l exhibicionismo de los disciplinantes de Viernes Santo es denostado
por Quevedo en la "silva" (en tercetos) "Deja la p r o c e s i ó n , s ú b e t e al paso..." y
en el romance "Fulanito, citanito,/ e n t r e m é s de la P a s i ó n . . . " . Cf. t a m b i é n "No
sé si es alma, si almilla...".
NRFH, X L V I I I
DE GÓNGORA, LOPE Y QUEVEDO
33]
blantes ceñudos" (v. 5 ) . Y n o viene al caso decir que existe u n
sustantivo torva ' r e m o l i n o de lluvia o nieve', puesto que a q u í se
trata sin d u d a del adjetivo torva 'fiera', 'aterradora' ( m á s que filósofo, ese i g n o r a n t e parece toro: v. 3 ) 2 8 .
# 109, "Retirado en la paz de estos desiertos...". El adjetivo
músicos del v. 7 n o significa ' p o é t i c o s ' , sino precisamente 'músicos' (califica a contrapuntos,
tecnicismo musical). L o que dice
Quevedo es que los grandes libros (en prosa o en verso) son
una m ú s i c a silenciosa, pero perdurable: "hablan despiertos",
mientras nosotros d o r m i m o s el " s u e ñ o " de la vida.
# 111, " O h corvas almas, o h facinorosos...". Conviene leer
el comentario de A . CARREIRA, Gongoremas, p. 374. E l i n i c i o pro-
cede de Persio, " O curvae in tomsanimae..." ( ' O h espíritus demasiado encorvados hacia la t i e r r a ' ) , pasaje aprovechado
asimismo, c o m o observa Carreira, en el Sueño del Infierno: " O h
corvas almas inclinadas al suelo". Pero la s u p r e s i ó n de in tenis en
el poema "deja la e x p r e s i ó n corvas almas desnuda, desprovista
de sentido". A Quevedo esto " n o le i m p o r t a : l o que pretende es
que alguien igual de sabio que él o su amigo d o n Jusepe, con
los vestigios de la cita, recuerde la fuente. Los d e m á s lectores
quedan excluidos n o sólo del j u e g o en sí sino t a m b i é n de la
c o m p r e n s i ó n " . (Yo diría m á s : las sentencias de moralistas y satíricos antiguos que sirven de p u n t o de arranque en estos eruditos
poemas le f u e r o n comunicadas a Quevedo, p r o b a b l e m e n t e ,
p o r su devoto G o n z á l e z de Salas, lector "profesional" de autores clásicos. Las palabras "habernos erigido este E s p a ñ o l Parnaso" parecen aplicarse m u y especialmente a la musa Polimnia.)
T e r m i n o c o n algunas otras minucias: p. 1 1 , n o "146.1", sino,
evidentemente, 106.1; - p. 18, n o "Permesso", sino Parnasso;
p. 22, § 3, falta acento en Melpómene; - p. 215, n . 2, lín. 2, "unas
espectros", y lín. 7, n o "dicera", sino dicere; - p. 216, n . 9, n o
" a n i m a n " n i " i n pulvis", sino animamy
in pulverem; - p. 277, n .
8, las palabras "Quevedo a s í " parecen errata p o r "Quevedo hizo"; - p. 311, n . 1, n o "res", sino rex;-#71.
" M i e d o de la v i r t u d
l l a m ó a l g ú n d í a . . . " : en el e p í g r a f e hay que quitar el acento de
28 E l sustantivo torva es moderno (COROMINAS, S.V. "turbar", lo fecha en el
siglo xix); lo antiguo es tolva, como se lee en La hora de todos, X , donde pinta
Quevedo u n a buscona piramidal que, sorbida por su "inmenso contorno de
faldas", queda en figura de "campana vuelta del revés, con facciones de tolva". Esta tolva ('remolino', ' v ó r t i c e ' ) , que no aparece e n el DRAErú en COROMINAS, es evidentemente lo mismo que tolvanera.
332
ANTONIO ALATORRE
NRFH, X L V I I 1
"los scholiastés" (se trata de 'los escoliastas'); en el v. 7 también
hay que quitar el acento de Aníbal (era voz aguda); en el 10, en
cambio, ostraco debe ser óslraco; - # 82, "Esta concha que ves,
presuntuosa...": en general, Rey marca g r á f i c a m e n t e las diéresis; debiera ser, pues, presuntuosa;
t a m b i é n debiera leerse Gíaro
en el verso inicial del # 90.
A N T O N I O ALATORRE
E l Colegio de M é x i c o
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