TODA LA MITOLOGÍA GRIEGA Y ROMANA Y SU RICO LEGADO CULTURAL La m itología griega y romana ha influido de manera funda­ mental en el desarrollo de la cultura occidental. Los dioses del Olimpo, los héroes de la guerra de Troya, los conquista­ dores del vellocino de oro, Edipo, Ariadna y tantos otros per­ sonajes han constituido una fuente inagotable de inspiración a lo largo de los siglos. El Diccionario de la mitología griega y romana reúne a un tiempo los mitos creados por los antiguos y las principales obras -literarias, pictóricas, escultóricas, musicales, cinematográficas- asociadas a estos. Ordenado rigurosam ente de la A a la Z y complem entado p o r un centenar de ilustraciones, este diccionario incluye un amplio repertorio de personajes, lugares, conceptos y temas esenciales de la mitología grecorromana. Completan la obra una serie d e apéndices (las fuentes literarias d e la mitología griega y rom ana, las relaciones entre m itología, historia, artes, religión, etc.) y un exhaustivo índice que facilitará a los usuarios la rápida localización de la Información buscada. www.FreeLibros.me DICCIONARIO ESPASA MITOLOGÍA GRIEGA Y ROMANA DIRIGIDO POR RENÉ MARTIN ES PASA www.FreeLibros.me E d ito ra C a ro lin a R eoy o T ra d u c c ió n A le g ría G a lla rd o SUM ARIO D ise ñ o J o a q u ín G a lle g o T itu lo o rig in a l D ictio n n a ire c u liu rcl d e la m yth o io g ie g réc o -m m u in e É d ilio n s N a th a n , P a ris , 1992 In li s p ro p ie d a d £> H d itio n s N a th a n , P arís © D e la tra d u c c ió n : A le g ría G a lla r d o L a u rel © D e to d a s la s e d ic io n e s e n c a s te lla n o : lis p a s a C a lp e , S . A ., M a d rid , 1996 O c ta v a e d ic ió n ; fe b re ro , 2 0 0 5 C t r o d u c c ió n ........................................................................................................ ix .................................................... x iv ó m o c o n s u l t a r e l d ic c io n a r io L A M IT O L O G ÍA G R E C O R R O M A N A L as fu cn ies litera ria s d e la m ito lo g ía g reco rro m an a . G eo g rafía m ito ló g ica ........................................................ C o rre sp o n d e n cia d e los n o m b res g rieg o s y latinos de d io ses y h é ro e s ............................................................... xvn xxvn xxxi D icc io n a rio d e la A a la Z ........................................................ 1 -456 Im p re so e n E s p a ñ a / P rin tc d in S p a in Im p re s ió n : U n ig ra f, S . L. E d ito ria l lis p a s a C a lp e . S . A. (M a d rid ) ANEXOS E stu d io gen eral d e la m ito lo g ía g r e c o r r o m a n a L a m ito lo gía g re c o rro m a n a y las artes p lásticas . . . . L a m ú sica y la in sp iració n m ito ló g ic a ........................ L a A n tig ü ed ad llev ad a al c i n e .......................................... ín d ic e gen eral ....................................................................... Indice de térm in o s y ex p resio n es procedentes de la m i­ to lo g ía g re c o rro m a n a ................................................... ín d ic e d e e sc rito re s y o b ra s an ó n im a s d e la A n tigüe­ d a d c l á s i c a ......................................................................... www.FreeLibros.me 457 479 481 483 485 505 511 S U M A R IO V l |l índice d e escritores y o b ra s an ó n im as p o sterio res a la A ntigüedad ...................................................................... 515 índice d e pinto res, escu lto res y o b ra s an ó n im as . . . . 527 índice de co m p o sito res y o b ra s m u sicales anónim as. 535 índice de realizadores c in e m a to g r á fic o s ............ 539 B ibliografía ........................................................................ 543 INTRODUCCIÓN L a m ito lo g ía g r e c o r r o m a n a 1 h a lle g a d o a n o so tro s a tr a v é s d e u n c o n ju n t o d e te x t o s q u e , e n s u m a y o r ía , fig u ­ ra n e n tr e la s o b r a s c a p ita le s d e la lite r a tu r a u n iv e rs a l (v e r e l a p a r ta d o « L a s f u e n te s lite r a r ia s d e la m ito lo g ía g r e c o ­ r r o m a n a » e n la p á g . x v ii ) . E s ta m ito lo g ía e s u n te m a o m ­ n ip r e s e n te , ta n t o e n la s l e t r a s c o m o e n la s a r t e s f i g u r a ti­ v a s , a lo la r g o d e to d o e l p e r í o d o h is tó r ic o c o n o c id o c o n e l n o m b r e d e A n tig ü e d a d c lá s ic a , c u y a im p re g n a c ió n m i­ to l ó g ic a p o d r ía c o m p a r a r s e a la c r i s ti a n a d e la E d a d M e ­ d ia . S u p r e s e n c i a s i g u e s i e n d o p o d e r o s a d u r a n t e la lla ­ m a d a A n t i g ü e d a d t a r d í a , e n e l c o r a z ó n d e u n I m p e r io r o m a n o q u e e n p le n o s i g lo iv s e g u ía m a n te n ie n d o lo s m ito s p a g a n o s c o m o b a s e d e lo s p ro g r a m a s e s c o l a r e s . 1 E n el E s t u d io g e n i -xa i . di -, l a m it o l o g ía g r e c o r r o m a n a (p ág . 4 5 7 y sig s.i el le c to r e n c o n tr a r á la s in d ic a c io n e s n e c e s a r ia s s o b r e la n a tu ra le z a y e l s ig n ifi­ c a d o d e lo s m ito s c lá s ic o s . www.FreeLibros.me X IN TRO D U C CIÓ N XI INTRODUCCIÓN N o c a b e d u d a d e q u e d u r a n t e la E d a d M e d i a e s t a i n s ­ i n a n i a , q u i n c e e n F r a n c i a , tr e c e e n I n g l a te r r a y E s p a ñ a , p ir a c ió n m i to l ó g ic a s e v e r á e n g r a n p a r t e e c li p s a d a p o r la o n c e e n Ita lia , o c h o e n lo s P a ís e s B a jo s y v a ria s m á s e s c r i­ c r i s ti a n a . S in e m b a r g o , i n c l u s o d u r a n t e e s t e p e r í o d o , a l ­ t a s e n la t ín , e n d a n é s , e n s u e c o y e n r u s o ( a la s c u a le s se g u n o s d e lo s g r a n d e s r e l a t o s m í t i c o s d e la A n t i g ü e d a d ( l a a ñ a d e n a l m e n o s u n a d e c e n a d e p a r o d i a s 1). g u e r r a d e T r o y a , e l p e r i p l o d e lo s A r g o n a u ta s , e l c i c l o te - E s c ie r to q u e la m ito lo g ía c o n o c e u n r e la tiv o e c lip s e en b a n o , la s a v e n t u r a s d e E n e a s ) s e r á n o b j e t o d e v e r s i o n e s e l s ig lo x i x , y a q u e e l r o m a n ti c is m o b u s c a p a r te d e su in s­ « n o v e la d a s » y d e r e e l a b o r a c i o n e s d iv e r s a s . p ir a c ió n e n la m i to l o g ía n ó r d i c a m á s q u e e n la d e lo s p a í­ A p a r t i r d e l R e n a c im ie n t o , la m i to l o g ía g r e c o r r o m a n a s e s m e d ite r r á n e o s . E n e l s ig lo x x , s in e m b a r g o , p e n s a d o re s v o lv e r á a s e r u n a im p o r ta n te fu e n te d e in s p ir a c ió n y p a s a r á y f iló s o f o s s e e n tr e g a r á n a la ta r e a d e b u s c a r u n s ig n ific a d o a d e s e m p e ñ a r u n a fu n c ió n p rim o rd ia l e n la c u ltu ra o c c i­ n u e v o a lo s m i to s d e la A n tig ü e d a d : la l e c t u r a q u e F re u d d e n ta l. E n to d a E u r o p a la s o b r a s d e a r t e y la s o b r a s l i te r a ­ r e a liz a d e l m i to d e E d ip o e s u n e je m p lo c a r a c te r ís tic o . E s­ ria s s e a lim e n ta n d e lo s g r a n d e s m i to s f o r ja d o s p o r lo s a n ­ c r ito r e s c o m o J . A n o u ilh (A n tí g o n a ), M . A u b (N a rc iso ), S. tig u o s . A e llo s a c u d e n p r o f u s a m e n t e p in to r e s , e s c u l to r e s y E s p r i u ( A n t í g o n a ) , A . G a l a ( ¿ P o r q u é c o r r e s , U lis e s ? ), p o e ta s q u e , p o r o t r a p a r t e , n o d e s d e ñ a r á n h a c e r l e s o b je to J. G ir a u d o u x ( L a g u e r r a d e T r o y a n o te n d r á lu g a r ), i . M a- d e v e r s io n e s p a r ó d i c a s , ta n e r u d i t a s c o m o ir r e s p e t u o s a s . ra g a ll (N a u s ic a ), B . P é r e z G a ld ó s (E le c tra ), J . P. S a rtre (L a s E s ta f u n c ió n d e s b o r d a d e h e c h o e l á m b ito d e la s a r t e s y d e m o s c a s ) , o G . T o r r e n te B a lle s te r ( E l r e to r n o d e U lise s), los la s le tra s y, e n e s t e s e n tid o , p u e d e v e r s e c ó m o la m ito lo g ía h a n u ti li z a d o c o m o f u e n t e d e in s p ir a c ió n te a tr a l, y e l c in e e n tr a a l s e r v ic io d e la i d e o l o g ía m o n á r q u ic a c o n L u is X IV , s e a p o d e r a d e e l l o s p a r a c o n v e r t i r l o s e n te m a s c in e m a to ­ e n V e rs a lle s e s p e c i a l m e n t e , m i e n tr a s lo s je s u í t a s ll e v a n a g r á f i c o s , g e n e r a l m e n t e d e s t i n a d o s a l g r a n p ú b li c o , p e ro c a b o un e x tr a o rd in a rio tr a b a jo d e c o n c ilia c ió n d e l p a g a ­ ta m b ié n e n o b r a s m a e s tr a s d e l s é p tim o a r te , c o m o la M e - n is m o y e l c r i s ti a n is m o ’. L o s a m o r e s d e D id o y E n e a s , q u e d e a d e P a s o lin i o la I f ig e n i a d e C a c o y a n n is . h a b ía r e l a t a d o V ir g ilio , c o n s t i t u y e n u n e j e m p l o s i n g u l a r ­ A e l l o s e a ñ a d e e l h e c h o d e q u e la m i t o l o g í a p e r m a ­ m e n te ilu s tr a tiv o d e e s t a f l o r a c ió n m ito ló g ic a : si n o s lim i­ n e c e s o r p r e n d e n te m e n te p r e s e n te e n e l c o r a z ó n m is m o d e ta m o s a l á m b ito d e la e s c e n a , p o d e m o s c o n ta r n o m e n o s d e la m o d e r n i d a d , d e la m á s p r e s t i g i o s a a la m á s c o tid ia n a , o c h e n ta a d a p ta c io n e s e n tr e 1 5 1 0 — f e c h a e n q u e a p a r e c e la d e s d e e l c o h e t e A r i a d n a o la b a s e d e d a to s b ib l io g r á f ic a p r i m e r a d e e l l a s — y 1 9 1 2 — f e c h a d e la m á s r e c i e n t e — , d e l m i s m o n o m b r e d e la B ib l io t e c a N a c io n a l d e M a d r id , q u e r e c u p e r a n e l m ito e n f o r m a d e tr a g e d ia s , tr a g e d ia s lír i­ h a s t a e l d e te r g e n te A ja x , p a s a n d o p o r lo s m i s i le s H a d e s , c a s , ó p e r a s o in c lu s o o p e r e t a s ; e n c o n tr a m o s v e in te e n A le - e l p r o g r a m a A p o l o , e l n a v i o C a l i p s o d e l c o m a n d a n te : V e r J e a n - P ie rr c N é ra u d a u . I. 'O lym pe ilu R o i-S o te it, ire s . c o l. « N o u v e a u x C o n ílu c n ts » , 1986. P a rís , L e s B o lle s I ,el- 1 V e r R e n e M a r lin ( e d .) , v ie it'u n m ythe. www.FreeLibros.me É née e l D U to n : nai.istm ce, fo n c tio im e m e n t e l sur- P a r ís , P u b lic a c io n e s d e l C N R S , 1990. INTRODUCCIÓN XII XIII INTRODUCCIÓN C o u s te a u o lo s p a ñ u e lo s H e r m e s . E s o s in c o n ta r lo s d ía s v e z lo s m ito s y s u s u p e r v iv e n c ia c u ltu ra l e x ig ía , en efecto , d e n u e s tra s e m a n a « p la n e ta r ia » , m u c h o s d e lo s c u a le s a lu ­ e f e c t u a r u n a s e le c c ió n r ig u r o s a y r e te n e r ú n ic a m e n te , e n ­ d e n a n o m b r e s d e d i o s e s — n o m b r e s c o n lo s q u e f u e r o n tr e c i e n t o s d e r e l a t o s , lo s m á s im p o r t a n te s y « p r o d u c ti­ b a u tiz a d o s lo s p la n e ta s d e l s is te m a s o la r — , y u n g r a n n ú ­ v o s » d e s d e e l p u n to d e v i s t a c u l t u r a l , a s í c o m o la s v e r­ m e ro d e té r m in o s y e x p r e s io n e s d e u s o c o rr ie n te c o m o s i o n e s m e j o r d o c u m e n t a d a s d e lo s m i to s — f r e c u e n te ­ « m e d u s a » , « h ilo d e A r ia d n a » , e tc . L o s m ito s d e la A n ti­ m e n te s u e le n te n e r v a ria s — , a s p e c to r e la c io n a d o m á s co n g ü e d a d tie n e n ta m b ié n u n v a lo r a r q u e t íp i c o y s u s te m a s y e l á m b i t o d e la e r u d i c i ó n q u e c o n e l d e l a c u lt u r a . L o p e r s o n a je s s e tr a s lu c e n , c o m o e n f i li g r a n a , d e tr á s d e m u ­ m is m o p o d e m o s d e c ir d e lo s a p a rta d o s d e d ic a d o s a la p o s­ c h a s o b r a s q u e a s i m p l e v is ta n o tie n e n n in g u n a r e la c ió n te r id a d d e lo s m ito s e n lo s d if e re n te s d o m in io s c u ltu ra le s , c o n e llo s : si lo s A tr id a s e s tá n to d a v ía e x p lí c it a m e n t e p r e ­ d o n d e la s e le c c ió n e r a ig u a lm e n te in e v ita b le , y a s e tratase s e n te s e n l o s e s c e n a r i o s d e lo s p r i n c i p a l e s te a t r o s m u n ­ d e lite r a tu r a , d e m ú s ic a , d e c in e o d e la s a rte s fig u ra tiv a s : d ia le s , a p a r e c e n ta m b ié n , p o r u n f e n ó m e n o d e « r e m a n e n ­ s o l o p o d ía m o s q u e d a r n o s c o n lo e s e n c i a l (a l m a r g e n d e c ia » , e n n o p o c o s f o l le t in e s te l e v is iv o s , p o r n o h a b la r d e a lg u n a s o b ra s q u e s e d e s ta c a b a n p o r su c a rá c te r p in to re sc o u n a s e r ie d e o b r a s d e c ie n c ia f i c c ió n , c o m o L a g u e r r a ele o p o r s u o r ig in a lid a d ) , y e s p e r a m o s h a b e r re te n id o to d o lo la s g a la x ia s , q u e n o h a c e n s in o p r o y e c ta r e n u n fu tu ro e s e n c i a l , a u n te n i e n d o e n c u e n t a q u e , e v id e n t e m e n t e , im a g in a r io e l p a s a d o im a g in a d o p o r lo s a n tig u o s . n u e s t r o c r i t e r i o d e s e l e c c i ó n p u e d a n o s e r c o m p a r tid o . L a m ito lo g ía g r e c o r r o m a n a c o n s titu y e p o r ta n to , ju n t o A q u e llo s le c to r e s q u e d e s e e n p r o f u n d iz a r m á s e n e l te m a a la h is to r ia a n ti g u a , u n o d e lo s p ila re s c u ltu r a le s e n c o n t r a r á n e n la b i b l i o g r a f í a q u e in c l u im o s la s o b ra s d e E u r o p a . E s c ie r to q u e c a d a u n a d e las e s e n c i a le s s o b r e la m a te ria . n a c io n e s q u e in te g r a n e l V ie jo C o n ti n e n te tie n e n s u h is ­ to r ia y su c u ltu r a p r o p ia s , p e r o to d a s e l l a s c o m p a r te n e s ta tr ip le h e r e n c i a , c u y a p r e s e r v a c i ó n e s e s e n c i a l si s e p r e ­ te n d e q u e la u n id a d e u r o p e a te n g a to d a s u d im e n s ió n c u l ­ tu r a l. E s ta s c o n s t a ta c i o n e s e le m e n ta l e s b a s t a n p a r a j u s t i ­ f i c a r l a p r e s e n t e o b r a , d o n d e l a p o s t e r i d a d d e lo s m ito s tie n e ta n ta im p o r ta n c ia c o m o lo s m ito s e n s í m is m o s . E s tá d ir ig id a a to d o s a q u e ll o s q u e , p o r c u r i o s id a d o d e s d e u n a p e r s p e c tiv a p e d a g ó g ic a , d e s e a n a c u d ir a la s r a í c e s m i to ­ ló g ic a s d e n u e s tr a c u ltu r a . N o h a c e fa lta d e c i r q u e e l le c t o r n o e n c o n tr a r á e n e s ­ ta s p á g in a s to d o s lo s m ito s g r e c o r r o m a n o s : p r e s e n ta r a la www.FreeLibros.me L o s A utores. XV C Ó M O C O N S U L T A R E L D IC C IO N A R IO Hemos adoptado la clasificación alfabética por ser la que permite una consulta más cómoda. Cada artículo invita a una consulta multidis­ ciplinar y permite realizar agrupamientos temáticos en torno a un per­ sonaje. un espacio mitológico o un concepto clave. El sistema de remi­ siones y de correlaciones de los artículos está diseñado para facilitar es­ tos agrupamientos temáticos, proporcionando claves o caminos a seguir para llegar a ellos sin por ello aumentar el cuerpo del artículo. Los índi­ ces situados al final de la obra facilitan la utilización del diccionario. En el artículo París, que tomamos como ejemplo, remisiones y co­ rrelaciones sugieren una prolongación del tema sobre el mito de la gue­ rra de Troya, sobre la noción de héroe y sobre el carácter trifuncional de la mitología indoeuropea, que ha puesto de relieve Gcorges Durnézil. El apartado Literatura permite situar el personaje en la epopeya y en la tragedia griegas. El apartado Iconografía recoge sus principales representaciones en las arles plásticas, desde la Antigüedad hasta fina­ les del siglo xix. ACCESO A TRAVÉS DEL índic e g eneral (pág. 485): Acudir al índice general, que remite bien al artículo correspondiente al término buscado, o bien a un término relacionado con el mismo. Ej.: «Medusa» remite a GORGONA, así como a MONSTRUOS, PEGASO, PERSEO, POSEIDóN O FOSIDCN. A Remisión: su consulta aclara la definición correspondiente. Etimología: indicado cuando contribuye a aclarar la definición. P A R IS ^ H ijo m e n o r d e P r ía m o '. re y d e T r o y a , y H c-cuba . ta m b ié n lla m a d o A le ja n d ro («el q u e p ro te g e a lo s h o m b r e s » ) ... - » ÍIK R O K S . «Sección cultural», q u e com prende: Palabras y expresiones ¡Lenguaj; en este apartado se incluyen los nombres m ito­ lógicos fo sus formaciones derivadas) uti­ lizados en cualquier ám bito de la vida moderna (lenguaje cotidiano, ciencias, li­ teratura, etc.). •■A CCESO A TRAVÉS DEL índice DE tér ­ m in o s Y EXPRESIONES PROCEDENTES DE LA Referencias literarias (Lit.): tomadas de toda la literatura occidental, desde la A n ­ tigüedad hasta el siglo XX. ■ A C C E S O A TRAVÉS DEL ín dic e DE es ­ c rito res Y OBRAS ANÓNIMAS DE LA ANTI­ GÜEDAD (pág. 5 1 1 ), Y DEL índice de es­ critores Y OBRAS ANÓNIMAS POSTERIORES A LA ANTIGÜEDAD (pág. 515) Referencias ico nográficos (Icón./: selec­ cionadas generalmente p or su valor es­ tético, p or una parte, y p o r la facilidad de acceso a estas obras, p o r otra. En es­ tas referencias figuran esculturas, mosai­ cos, pinturas, etc., incluyendo en ocasio­ nes las de autoría anónima. ■ A C C E S O A TRAVÉS DEL ÍNDICE Referencias musicales (Mús.): seleccio­ nadas, como en el caso de la literatura y la iconografía, con e l objeto de ilustrar las relaciones entre la mitología y el arte. Estas referencias incluyen formas musicoles diversos, desde la músico clásica hasta la canción. ■ ACCESO A TRAVÉS DEL índice de c o m ­ po sito res Y OBRAS MUSICALES ANÓNIMAS Referencias cinematográficas (CinJ: que incluyen tanto las películas destinadas al gran público como las obras que se a li­ mentan de referencias mitológicas. ■ ACCESO A TRAVÉS DEL índice de rea ­ lizadores c in em ato g r áfic o s (pág. 539 ) Esta selección perm ite constatar que la literatura y el arte occidentales han ex­ traído de la mitología una parte muy im ­ portante de su inspiración, tanto en rorma seria como paródica. Este diccionario es una guía para redes­ cubrir la herencia m itofógica grecorro­ mana que podemos encontrar en nues­ tros libros y museos, en nuestros discos, cintas y pantallas. Las listas arriba indicadas contienen: • el apellido y el nombre del outor; • los datos de su nacimiento y muerte; • su nacionalidad; • una enumeración de los artículos en los que aparece citado. Estos datos revelan: • los temas mitológicos más fecundos, que no son siempre los más importan­ tes del Corpus mitológico; • los outores más influidos por los textos mitológicos. MITOLOGÍA GRECORROMANA (pág. 505 ) DE PIN­ TORES, ESCULTORES Y OBRAS ANÓNIMAS (pág. 527) (p ág . 5 3 5 ) ... fu e e le g id o c o m o á r b itr o p a ra d irim ir Correlación: su consulta completa lo definición correspondiente. Sección cultural fver página contiguaI A Referencia a las fuentes textuales: ver tAS fuentes literarias de LA M irO IO G IA GRECORROM ANA ip á g . XVII) el litig io q u e e n fre n ta b a a la s tre s d io sa sp o r la p o s e s ió n d e la m a n z a n a d e o ro d e s ­ tin a d a « a la m á s b e lla » ... o f r e c ió e l p r e ­ m io a A f r o d ita ’... E s ta m o s a n t e u n o d e lo s m ito s q u e re fle ja n la id e o lo g ía « t r i ­ fu n c io n a l» d e lo s a n tig u o s p u e b lo s in d o ­ e u ro p e o s . - i FUNCIONES. ♦ Lit. P aris es uno de los principales perso­ najes de la epopeya troyuna. inm ortalizada en la ttíuda de Hom ero. Su destino inspiró una tragedia u Sófocles... •lean. Un fresco de Pompeya..,: París, es­ cu ltu ra de C anova, siglo s i s , S an Petersburgo. www.FreeLibros.me LAS FUENTES LITERARIAS DE LA MITOLOGÍA GRECORROMANA L o s m ito s so n u n m o tiv o re cu rren te a lo largo de toda la li­ te ra tu ra g re c o la tin a , e s p e c ia lm e n te en la p o é tic a , p e ro están ig u a lm e n te p re s e n te s en la filo so fía y e n la g e o g rafía; es fre­ c u e n te , sin e m b a rg o , q u e so lo a p a re z c a n d e fo rm a a lu siv a en o b ra s d o n d e n o c o n stitu y e n e l te m a c e n tra l. A q u í m en ciona­ re m o s ú n ic a m e n te a los a u to re s q u e tien en al m en os u na obra d e in s p ira c ió n e s e n c ia lm e n te m ito ló g ic a , o rd e n á n d o lo s c ro ­ n o ló g ica m e n te . F U E N T E S G R IE G A S H O M E R O . E ste p o e ta , q u e v iv ió en e l sig lo ix o en el s i­ g lo viii a. C ., e s cro n o ló g ic a m e n te el m ás an tig u o y uno de los m á s g ra n d e s e s c rito re s g rie g o s. S u s d o s e p o p e y a s, la ¡liada y la O d ise a , h a n s id o fu e n te in a g o ta b le p a ra to d a la literatu ra g rie g a y ta m b ién p a ra la latina. L a lita d a narra, en v ein ticu atro can to s y 15.537 versos, una p a rte d e la g u e rr a q u e lo s g rie g o s (o a q u e o s ) e m p re n d ie ro n c o n tr a lo s tr o y a n o s p a rtie n d o d e u n e p is o d io re la tiv a m e n te breve, la c ó le ra d e A q u iles co n tra A gam enón. L o s pasajes más c é le b re s son: e n el c a n to I, el e n fre n ta m ie n to e n tre los d o s j e ­ fes g rie g o s; en el c a n to V, el c o m b a te en el q u e la d io s a A fro ­ d ita y su h ijo E n e a s re s u lta n h e rid o s ; en el c a n to V I, la des- www.FreeLibros.me LAS FU ENTES LITERARIAS XVIII p ed id a de H é c to r y A n d ró m ac a ; e n el c a n to X V I, la m u e rte d e P atro clo a m a n o s d e H écto r; e n e l c a n to X V III, la d e sc rip c ió n d el e s c u d o d e A q u ile s ; e n e l c a n to X X II, e l c o m b a te e n tr e H écto r y A q u iles. s e g u id o e n e l c a n to X X III p o r lo s fu n e rale s d e P atroclo. L a O d ise a , m á s n o v e le s c a , e s t á ig u a lm e n te d iv id id a en v e in ticu atro c a n to s q u e su m a n u n to ta l d e 1 2 .0 0 0 v e rso s. L o s cuatro prim eros can to s relatan las p esq u isas q u e T e lém aco e m ­ p ren d e p ara a v e rig u a r e l p a ra d e ro d e s u p a d re U lise s, u n o d e los je f e s g rie g o s q u e p a rtie r o n a la g u e r r a c o n tr a T ro y a ; los v e in te s ig u ie n te s e s tá n d e d ic a d o s a la s a v e n tu r a s d e U lis e s, q u e in te n ta re g re s a r a la is la d e íta c a d o n d e le e s p e r a s u fiel e s p o s a P e n é lo p e (V -X II), y a l re to rn o d e l h é ro e a su p a tria (X III-X X IV ). E sto s d o s la rg o s p o e m a s so n v e rd a d e ra s a n to lo g ía s d e la m ito lo g ía g rie g a . E s m u y p o s ib le q u e c o n s e rv e n e l re c u e rd o d e c ie rto s a c o n te c im ie n to s h is tó ric o s , p e ro e n lo s h e c h o s re ­ la ta d o s in te rv ie n e n c o n tin u a m e n te lo s d io s e s, a c u y a c a b e z a se sitú a Z eus. S u papel es d e te rm in a n te e n a m b o s relato s, tan to e n e l d e s e n c a d e n a m ie n to d e la g u e r r a d e T ro y a c o m o e n su d e sa rro llo , a s í c o m o en la s a v e n tu ra s d e U lise s: e l m u n d o d e los d io s e s y el d e lo s h o m b re s s e in te rfie re n c o n sta n te m e n te . E s m u y fre c u e n te , p o r o tr a p a rte , q u e lo s p ro p io s h u m a n o s sean a su v e z « h é ro e s» , e s d e c ir, q u e e stén e m p a re n ta d o s c o n ­ sa n g u ín e a m e n te c o n a lg u n a d iv in id a d . L os H im n o s h o m érico s, q u e a u n q u e so n a lg o p o ste rio re s a H o m ero le fu e ro n a trib u id o s e n o c a s io n e s , c o n stitu y e n o tra s ta n ta s e v o c a c io n e s m ític a s d e lo s d io s e s ; d e lo s tre in ta o rig i­ n ales se c o n se rv a n q u in c e , lo s m á s c é le b re s d e lo s c u a le s so n el H im n o a A p o to , el H im n o a D e m é te r y el H im n o a H erm es. N .B .: D e las lla m a d a s « e p o p e y as c íclicas» so lo se h an c o n ­ serv ad o p e q u e ñ o s fra g m e n to s. E sta s e p o p e y a s, a lg u n a s d e las c u a le s so n a n te r io r e s a H o m e ro y o tr a s p o s te rio re s , se a g ru ­ p ab an e n d o s g ra n d e s c ic lo s: el « c ic lo tro y a n o » y el « c ic lo te- XIX LAS FUENTES LITERARIAS b a ñ o » . E sto s p o e m a s , h o y d e s a p a re c id o s, fu ero n la principal fu e n te d e in sp irac ió n d e lo s trá g ic o s g rie g o s (v e r p árrafo s si­ g u ien tes). H E S Í O D O . P o e ta d el sig lo vm a. C „ a u to r d e d o s textos fu n d a m e n ta le s: L o s tr a b a jo s y lo s d ía s y la Teogonia. L o s tra b a jo s y lo s días, p o em a d e 1.022 v erso s, incluye va­ rio s m ito s ju n to a p re c e p to s d e c a rá c te r e c o n ó m ic o , so cial y m o ra l. E n tre e llo s fig u ra el m ito d e P a n d o ra , la p rim e ra m u­ j e r q u e , a s e m e ja n z a d e la E v a b íb lic a , a p a re c e p re s e n ta d a c o m o re s p o n s a b le d e to d o s lo s m a le s q u e a flig e n a la h u m a­ n id a d . C o n tie n e ta m b ié n e l m ito d e las ra z a s , q u e re la ta los o ríg e n e s d e l h o m b re y p re se n ta su h isto ria c o m o u n a larga de­ c a d e n c ia , d e s d e la e d a d d e o ro a la e d a d d e l h ie rro , pasan d o p o r la e d a d d e b ro n c e y la e d a d d e lo s héro es. L a T eo g o n ia , c o m o su n o m b re in d ic a , re fie re e n 826 v er­ so s e l n a c im ie n to y la g e n e a lo g ía d e lo s d io s e s, p resen tan d o ta m b ié n lo s p rim itiv o s m ito s g rie g o s re la tiv o s al o rig e n del m u n d o . H e sío d o in te n ta « ra c io n a liz a r» u n u n iv e rso m ito ló ­ g ic o c o m p le jo , e n e l q u e d is tin g u e c u a tr o e ta p a s : e l n a c i­ m ie n to d e l u n iv e rso , el re in a d o d e U ran o , el rein a d o de C rono y e l re in a d o d e Z e u s, q u e c o rre sp o n d e ría al p resen te histórico del p o e ta . P ÍN D A R O . P o e ta líric o d el sig lo v a. C . (5 1 8 -4 3 8 ), autor d e c u a re n ta y c in c o O d a s tr iu n fa le s o E p in ic io s (literalm ente, « p o e m a s p a ra d e s p u é s d e la v ic to ria » ) d e d ic a d a s a los ven ce­ d o res d e lo s g ra n d e s ju e g o s p a n h e lé n ic o s: los ju e g o s o lím p i­ c o s (O lim p ia ), p ític o s (D e lfo s), ístm ic o s (C o rin to ) y ñem eos (N e m e a ). D e sd e e l p u n to d e v ista m ito ló g ic o , la im portancia d e su o b ra es c o m p a ra b le a la d e H esío d o . E n efec to , tom ando c o m o p u n to d e p a rtid a la s p ro e z a s d e p o rtiv a s, q u e e x alta en toda su d im e n sió n sim b ó lic a y u n iv ersal, P ín d aro recurre co n s­ ta n te m e n te a los m ito s y a la e n se ñ a n z a m o ral q u e p u e d e ex­ www.FreeLibros.me LAS FUENTES LITERARIAS XX XXI LAS FUENTES LITERARIAS tra e rse d e e llo s : p o r e je m p lo , al e x a lta r a u n v e n c e d o r o rig i­ n a rio d e C ire n e , e v o c a lo s a m o r e s d e la v ir g e n C ire n e y d e A p o lo y re la ta la e x p e d ic ió n d e lo s A rg o n a u ta s , q u e d e s e m ­ b o c a en la fu n d a c ió n d e la c iu d a d . ta n to , d e u n u n iv e rso a m b ig u o e n el q u e O re ste s e s , sim u ltá­ n e a m e n te , el v e n g a d o r ju s tic ie ro d e su p ad re y el asesin o im ­ p ío d e su m ad re. E S Q U I L O . P o e ta n a c id o e n E le u s is (5 2 5 - 4 5 6 a. C \), al q u e s e le a trib u y e n e n tr e s e te n ta y n o v e n ta tra g e d ia s . D e su e x te n sa p ro d u c c ió n d ra m á tic a so lo c o n s e rv a m o s sie te p ieza s: L os p e rs a s (4 7 2 a. C .). L o s s ie te c o n tr a T eb a s (4 6 7 a. C .). L a s s u p lic a n te s (4 6 3 a. C .) , P r o m e te o e n c a d e n a d o ( e n tre 4 6 2 y 4 5 9 a. C .) y la trilo g ía titu la d a O re stia d a (4 5 8 a. C .) fo rm a d a p o r tres piezas: A g a m en ó n , L a s co é fo ra s y L a s eu m én id es. E x­ c e rc a d e A te n as. E s a u to r d e c ie n to v ein titrés trag ed ias, d e las q u e ta n so lo se c o n se rv a n siete: A y a x (4 4 5 a. C .), L as traquin ia s (4 4 4 a. C .), c u y o p e rs o n a je ce n tra l e s H eracles, A ntígona (4 4 0 a. C .), E d ip o re y (e n tre 4 2 5 y 4 2 0 a. C ) , E lectra (h. 413 a. C .), F ilo c te te s (4 0 9 a. C .) y E d ip o en C o lo n a (representada p o stu m a m e n te el a ñ o 4 0 3 a. C .). El títu lo d e c a d a un a d e estas p ie z a s d e m u e s tra p o r s í so lo la im p o rta n c ia q u e la m itología tie n e e n la o b ra d e e s te d ra m a tu rg o . S u s tra g e d ias e stá n c e n ­ tra d as p o r lo g e n e ra l e n u n a e le c c ió n m o ral q u e d e b e resolver u n p e rs o n a je : E le c tra , ¿ h a d e m a ta r a su m a d re C litem n estra p a ra v e n g a r a su p a d re A g a m e n ó n , a se sin a d o p o r esta'?: A n tí­ g o n a, ¿ d e b e re sp e ta r la ley d iv in a y d a r sep u ltura a su herm ano m u erto . P olin ices, o re sp e ta r la pro h ib ició n d e C reonte, qu e en­ carna la ley d e la ciu d a d ? En la o b ra d e S ó fo cles la relación del h o m b re c o n lo s d io s e s e s tam b ién d e te rm in a n te, pero las divi­ n id a d e s e s tá n m e n o s p re s e n te s q u e e n la d ra m a tu rg ia d e E s­ q u ilo ; la v o lu n ta d d iv in a e s e n ig m á tic a p a ra m e jo r p o n e r de m a n ifie sto la d e b ilid a d y la ig n o ra n cia h u m a n a s (v éase la fun­ ción d e lo s o rá c u lo s en E d ip o re y y en L a s traq u ianas). S Ó F O C L E S . P o e ta n a c id o e n C o lo n a (4 9 5 -4 0 5 a. C .), c e p tu a n d o L o s p e rs a s, c u y o a rg u m e n to s e b a sa en u n a c o n te ­ cim ien to h istó ric o co n te m p o rá n e o , to d a s la s p ie z a s d e E sq u ilo b eb en d e fu e n te s m ito ló g ic a s . P a re c e s e r in c lu so q u e el p o e ta to m ab a el te m a de tre s tra g e d ia s — re p re sen ta d as el m ism o d ía con o c a sió n d e la s f ie s ta s c o n s a g r a d a s a D io n is o — d e d if e ­ ren tes ep iso d io s d e un m ism o c ic lo leg e n d a rio . D e e ste m o d o . L a s su p lic a n te s s e ría la p rim e ra p arte d e u n a trilo g ía d e d ic a d a a la s D a n a id e s , L o s s i e te c o n tr a T eb a s c e r r a r ía u n a trilo g ía q u e . d e sp u é s del p e c a d o d e L a y o , e l p a rric id io y e l in c e s to de E d ipo. e v o c a e l c o m b a te fra tric id a e n tr e los d o s h ijo s d e este ú ltim o y Y o casta, E te o c le s y P o lin ic e s. L a ú n ic a trilo g ía c o n ­ servada ín teg ram en te, la O restia d a , relata el a sesin ato d e A g a ­ m e n ó n , je f e d e la e x p e d ic ió n c o n tr a T ro y a , a m a n o s d e C lite m n e s tra y E g is to ( A g a m e n ó n ), s ig u e c o n la v e n g a n z a d e O re ste s, q u e m a ta a lo s a s e s in o s d e su p a d re (L a s co é fo ra s), y fin a lm e n te la h u id a de O re ste s, p e rse g u id o p o r la s e rin ia s, y su a b s o lu c ió n fin a l a n te e l tr ib u n a l a te n ie n s e d e l A rc ó p a g o í Im s eu m én id es). E n to d as esta s p ie z a s, d o n d e los h o m b re s p a re c e n siem p re re sp o n sa b le s d e su s a c to s , se v e a c tu a r, sin e m b a rg o , u n a v o ­ luntad d iv in a o m n ip re se n te q u e in te rv ie n e c o n sta n te m e n te so ­ b re e l e je m is m o d e la s re s o lu c io n e s h u m a n a s . S e tr a ta , p o r E U R Í P I D E S . P o e ta n a c id o e n S a la m in a (h . 4 8 0 -4 0 6 a. C .), su p ro d u c c ió n c o m p re n d e o c h e n ta y d o s p ie z a s de las q u e se c o n se rv a n d ie c io c h o tra g e d ia s y un d ra m a satírico. Su o b ra , m a r c a d a p o r la a c tu a lid a d c o n te m p o rá n e a , p e rm an ece sin e m b a r g o p ro f u n d a m e n te a n c la d a e n lo s m ito s g rie g o s, c o m o d e m u e s tra n lo s títu lo s d e s u s tra g e d ia s : A lc e s tis (438 a. C .). M e d e a ( 4 3 1 a. C .), H ip ó lito (4 2 8 a. C .), A n d ró m a c a (4 2 4 a. C .), H é r c u le s f u r i o s o (4 2 4 a. C .), L a s tro y a n a s (415 a. C .), Ifigenia en Táuride (414 a. C .), E lectra (413 a. C .), Helena www.FreeLibros.me LA S F U E N T E S L IT E R A R IA S X X II (4 1 2 a. C .). O re ste s (4 0 8 a. C .), Ifig e n ia en Á u licie (4 0 6 a. C .) o L a s b a c a n te s (4 0 6 a. C .). C o n E u ríp id e s, e l a n á lis is p s ic o ­ lógico. la p asió n y su s du d a s, las em o c io n e s y e l p h a to s irru m ­ pen c o n fu e rz a en el s e n o d e la m ito lo g ía : o ím o s la s v a c ila ­ c io n e s y la s e sp e ra n z a s d e M e d e a a n te s d e m a ta r a su s h ijo s, o las d e F e d ra a n te s d e q u e d e c la re su a m o r a H ip ó lito , a u n ­ q u e fin a lm e n te te rm in e d e já n d o s e a r r a s tr a r p o r la ra b ia y la pasión. E l le c to r d e sc u b re u n a m ito lo g ía m á s « h u m a n a » en la q ue lo s p erso n ajes le g e n d a rio s su fre n y d u d a n d e su s accio n e s c o m o e l co m ú n d e lo s m o rtales. A P O L O N I O [ D E R O D A S ] , P o e ta d e l s ig lo ni a. C ., e s a u to r d e u n a e p o p e y a e s tru c tu r a d a e n c u a tr o c a n to s . L a s a rg o n ú u tica s. E sta e p o p e y a , c e n tra d a e n la c o n q u is ta d e l v e llo ­ cin o d e o ro p o r Ja só n y lo s A rg o n a u ta s, y en la p a sió n q u e Ja só n d e sp ie rta e n M e d e a — q u e o c u p a to d o e l c a n to 111— , e stá c o n s id e ra d a c o m o e l m á s b e llo te x to a n tig u o q u e a n a liz a el se n tim ie n lo a m o ro so . E sta o b ra fu e o b je to d e u n a in te re sa n te reela b o ra c ió n en e l s ig lo i d . C ., q u e d e b e m o s al p o e ta la tin o V alerio F laco. FUENTES ROM ANAS C A T U L O . E ste p o e ta (h . 8 5 -h . 5 3 a. C .) e s a u to r d e p o e ­ sías variadas, e n tre las cu a le s fig u ra u n a ep y llo n (p e q u e ñ a e p o ­ p eya) d ed ica d a a las B o d a s d e Tetis y P eleo q u e in clu y e e l e p i­ so d io d e lo s a m o re s d e A ria d n a y T eseo. V I R G I L I O . L a o b ra c a p ita l d e e s te p o e ta (7 0 -1 9 a. C .) es \a E neida, un a e p o p e y a en d o c e c a n to s q u e se sitú a en la línea d e lo s p o e m a s h o m é ric o s. R e la ta la p a rtid a d e T ro y a d e l h é ­ roe tro y an o E neas, h ijo d e A fro d ita, d e sp u é s d e la c a íd a y d e s­ tru c c ió n d e la c iu d a d . A la c a b e z a d e u n g ru p o d e s u p e rv i- xxm L A S F U E N T E S LITER A R IA S v ie n te s. E n e a s p a rte a la b ú sq u e d a d e l lu g a r d o n d e , p o r m an ­ d a to d e los d io se s, d e b e rá fu n d a r u n a n u e v a T ro y a. E ste lugar n o e s o tro q u e e l L a c io , e n Italia , d o n d e los tro y a n o s se fusio­ n a rán c o n los a u tó c to n o s d a n d o o rig e n a un n u e v o pueblo, an­ te p a s a d o d e l p u e b lo ro m a n o . E s ta e p o p e y a se p re s e n ta en c ie r to m o d o c o m o u n a O d is e a s e g u id a p o r u n a llía d a : en e fe c to , lo s se is p rim e ro s c a n to s n arran la s av e n tu ras d e E neas, q u e rec u e rd a n m u c h o a la s d e U lise s (e sta v ez in clu y en d o una e s c a la e n C a rta g o , d o n d e e l h é ro e s u s c ita la p a sió n de la reina D id o ), y los s e is sig u ie n te s re la ta n lo s c o m b a te s q u e los tro ­ y a n o s y su s a lia d o s d e b e n lib ra r c o n tra o tro s p u e b lo s itálicos. H ay q u e d e sta c a r q u e el ca n to V I, p u n to cu lm in an te d e la obra, re fie re la b a ja d a d e E n e a s al m u n d o d e lo s m u e rto s (lo s In ­ fie rn o s ), d e l q u e V irg ilio o fre c e u n a s o b re c o g e d o ra d e sc rip ­ ció n : e n e l H ad e s, E n e as re cib e d e su p a d re A n q u ises la rev e­ lación d e l g lo rio so d e stin o d e R o m a , u n a v erd ad era síntesis de m ito lo g ía e h isto ria . A n tes d e e sc rib ir la E n eid a , V irgilio h ab ía c o m puesto poe­ m as d e te m a p asto ril (las B u có lica s, h. 4 3 a. C .) y un p o em a di­ d ác tico e n c u a tro can to s, d e in sp iració n h esió d ica (las G eórgi­ cas, 3 9 a 2 9 a. C .), e n e l q u e se in c lu ía n d o s ep iso d io s m itoló­ g ico s: u n a rein terp reta ció n o rig in al d e l final d e la e d a d de oro, en e l c a n to I, y u n re la to d e l m ito d e O rfe o y E u ríd ic e , en el ca n to IV. O V I D I O . E s te p o e ta (4 3 a. C .-1 7 d . C .) e s a u to r d e u na e p o p e y a e n q u in c e c a n to s , la s M e ta m o r fo s is (1 a. C .), qu e c o n s titu y e n u n v e rd a d e r o m a n u a l d e m ito lo g ía g rie g a , p re ­ se n tad o b a jo u n a fo rm a n arrativ a p artic u la rm e n te brillante. En e lla s re la ta , c o n a b u n d a n c ia d e d e ta lle s, u n e x te n so repertorio d e m ito s q u e g ira n siem p re e n to rn o a la tran sfo rm ació n o m e­ ta m o rfo s is d e u n a d iv in id a d o d e u n s e r h u m a n o . L os p rin ci­ p ales e p is o d io s so n lo s sig u ie n te s: en el c a n to I, la c o sm o g o ­ n ía , la s c u a tr o e d a d e s d e la h u m a n id a d , la g u e rra d e los www.FreeLibros.me LAS FU ENTES LITERARIAS XXIV g ig a n te s y lo s d io s e s , e l d ilu v io y e l c o m b a te d e A p o lo y P i­ tó n ; e n e l c a n to III. e l m ito d e F a e tó n ; e n e l c a n to IV, lo s d e In o y A ta m a n te y el d e P e rse o y A n d ró m e d a ; e n e l c a n to V. el d e P ro se rp in a ; en e l c a n to V II, el d e Ja s ó n y M e d e a (m ito d e los A rg o n a u ta s); e n e l c a n to V III, e l d e D é d a lo e íc a ro , ju n to al de la m u e rte d e H é rc u le s; e n e l c a n to X , el d e O rfe o y E uríd ice; e n los c a n to s X II, X III y X IV , e l « c ic lo tro y a n o » (g u e ­ rra d e T ro y a , v ia je s d e U lis e s, a p o te o s is d e E n e a s ); e l c a n to X V e s d e in s p ira c ió n m á s f ilo s ó f ic a — e n c o n c r e to p ita g ó ­ rica— q u e m ito ló g ic a . O v id io e s ta m b ié n a u to r d e u n a re c o p ila c ió n d e v e in tiu n a c a rta s fic tic ia s e n v e rso , las H e ñ id a s , e n la s c u a le s p re s ta su p lu m a a la s g r a n d e s e n a m o r a d a s d e la m ito lo g ía (A ria d n a , D ido, P en élo p e. F ed ra, e tc .). E sc rib ió ta m b ié n u n c é le b re A rte d e a m a r ( e n tre I a . C . y 2 d . C .) , d o n d e r e c u r r e a d iv e r s o s e jem p lo s to m a d o s d e la m ito lo g ía p a ra ilu s tra r « c a so s a m o ro ­ so s» . E s a u to r, p o r ú ltim o , d e lo s F a sto s, o b ra in a c a b a d a q u e el p o eta h a b ía c o n c e b id o c o m o u n a e s p e c ie d e c a le n d a rio re ­ lig io s o d e R o m a — s o lo c u e n ta c o n s e is c a n to s d e lo s d o c e p re v isto s : u n o p a ra c a d a m e s d e l a ñ o — , m o tiv o e s tru c tu r a l q u e le p e rm ite in s e rta r m u c h o s d e lo s m ito s c o n m e m o ra d o s en las fie sta s ro m an as. H I G I N I O (H y g in u s ). P o líg ra fo c o n te m p o rá n e o d e O v i­ d io , e s a u to r, e n tr e o tr a s o b r a s , d e la s F a b u la e , q u e re ú n e n d o sc ie n to s d ie c isie te re la to s m ito ló g ic o s c u y o a su n to y tra ta ­ m iento, c aren tes d e o rig in alid a d , n o añ ad e n n a d a n u e v o al co rpus m ito ló g ico . P o r o tra p a rte , la a trib u c ió n d e e s ta o b ra a H ig in io ta m p o c o e s u n á n im e . S É N E C A . F iló so fo y d ra m a tu rg o (4 -6 5 d . C .), e s a u to r de o c h o tra g e d ia s de te m a m ito ló g ic o , in s p ira d a s g e n e ra lm e n te en S ó fo c le s y E u ríp id e s : A g a m e n ó n , H é r c u le s fu r io s o , H é r ­ c u le s eteo, M ed ea , F e d ra , L a s fe n ic ia s , E d ip o , L a s tro va n a s. XXV LAS FUENTES LITERARIAS L a s a p o r ta c io n e s d e S é n e c a , q u e tr a b a ja b a d e h e c h o so b re fu e n te s q u e e n su m a y o ría h an lle g a d o h a sta n o so tro s, al corp u s m ito ló g ic o so n re d u c id a s. E S T A C I O . E ste p o e ta (h . 4 0 -h . 9 5 d . C .) e s a u to r d e dos e p o p e y a s, Ixi teb a id a y L a ac/uileida. L a p rim era , d e valor dis­ c u tid o , p re s e n ta al m e n o s e l in te ré s d e q u e a b o rd a el m ism o te m a d e u n a e p o p e y a g rie g a a n te rio r n o c o n se rv a d a : la lucha fra tric id a d e lo s p rín c ip e s te b a n o s E te o c le s y P o lin ices, hijos d e E d ip o y h e rm a n o s d e A n tíg o n a . L a s e g u n d a , in c o n c lu sa (s o lo c o n s ta d e d o s c a n to s ), e s ta b a d e s tin a d a a n a rra r las h a­ z a ñ a s d e A q u ile s , p e ro se in te rru m p e d e s p u é s d e re la ta r los p rim e ro s a ñ o s d el h éro e. V A L E R I O F L A C O . V er A P O L O N I O D E R O D A S . A P U L E Y O . F iló so fo y n o v e lista (h. 125-h. 190 d. C .), es a u to r d e l « C u e n to d e A m o r y P s iq u e » in te rc a la d o e n su n o ­ v ela L a s m e ta m o r fo s is o E l a s n o d e oro. A u n q u e e s p rá c tic a ­ m en te se g u ro q u e A p u le y o n o im a g in ó e ste m ito, ya q u e ex is­ ten te s tim o n io s ic o n o g r á fic o s a n te r io r e s a su o b ra , s í e s el ú n ico e s c rito r a n tig u o q u e n o s lo h a tra n sm itid o . C L A U D IA N O . P o e ta é p ic o (h . 3 7 0 -h . 4 1 0 d. C .), e s autor d e u n a G ig a n to m a q u ia y d e u n R a p to d e P ro se r p in a , qu e c o n s titu y e n la s ú ltim a s e p o p e y a s m ític a s d e la A n tig ü ed ad . S in e m b a r g o , c o m o e n e l c a s o d e S é n e c a , e s te p o e ta tard ío ta m p o c o p u e d e s e r c o n s id e r a d o c o m o u n a « fu e n te » str ic to se n su , y a q u e se lim ita a re to m a r u n a se rie d e m ito s tratad o s a n te r io r m e n te m u c h a s v e c e s, s o b re lo s c u a le s , d e h ech o , no a p o rta n a d a n u ev o . www.FreeLibros.me XXVIÍ GEOGRAFÍA MITOLÓGICA GEOGRAFIA MITOLOGICA b TRACI A r t ° ° Helésponto> r r PR -y roya Monte Ida O lim p o 4 - • Monte Osa peoe° * Monte Expedición Yolco . , peiión Sfege TESALIA - N A contra Troya^ Eta * Payaso u 9o Del^ * E s tín fa lo B E O C IA ^ H ^ T abas • ; " A w « r ‘ e «Enmanto «*NenléaAlenaS tipia* Micenas . Nemea V , W//e Argos * ^ Ji;into V Lema»,PELOPONESO • v Piloá • » * Esparta ( TaigeW’ L A ^ O N IA Cilera ú www.FreeLibros.me % i MAR i, ;-** Oe/os t i > GEOGRAFÍA M ITOLÓGICA XXVIII XXIX www.FreeLibros.me GEOGRAFÍA MITOLÓGICA XXX GEOGRAFIA M ITOLÓGICA XXXI N O M B R ES D E D IO S E S Y H ÉRO ES CORRESPONDENCIA DE LOS NOMBRES GRIEGOS Y LATINOS DE DIOSES Y HÉROES EL VIAJE DE ENEAS POR ORDEN A l f ABÉTICO GRIEGO GRIEGO LATÍN POR ORDEN ALEABÉTICO LATINO LATÍN D iv in id ad es m a y o re s l\ PONTO EUXINO LACIO ITALIA MERIDIONAL TRACIA 2 Enos B u(hrotum , 8 * 7 e p ir o vv" MAR \JESALIA MAR i ®Accio T ro y a !• 1 D élos EGEO Carlago NUMIDIA GRIEGO D ivinidades m a y ares A frodita A p o lo V enus A polo C eres Deméter A res A rtem isa o Ártem is M arte D ian a D ia n a Juno A rtem isa o Artemis H era A te n e a M inerva Júpiter Zeus C ro n o D em éter S aturno C eres L iber/B aco M arte D ioniso/B aco A res D io n iso /B a co H ad es/P lu tó n L iber/B aco O rco /P lu ló n M ercurio H ermes M inerva A tenea H efeslo H e ra V ulcano' Juno N ep tu n o P oseidón o Posidón H erm es H estia P oseidón o Posidón M ercurio Vesta N ep tu n o O rco /P lu tó n S atu rn o H ades/P lutón C rono V enus V esta A frodita Hestia Zeus Júpiter V u lcan o ' Hefeslo A polo A polo 1 Llam ado tam bién M ulcíber. D iv in id ad es m e n o res 1. Troya: la huida, d e s p u é s del incendio de la ciudad. 8. 9. Italia Meridional. Sicilia. 2. Tracia. 10. Cartago: lo s am o res d e Dido y Eneas. 3. Isla d e Délos. 11. D répano: ju e g o s funerarios en honor 4. Creía. 5. Islas E strófades: la s harpías. 12. C um as: d e s c e n s o a lo s infiernos. 6. Tesalia. 13. Lacio: lo s troyanos s e establecen 7. Epiro: reencuentro co n A ndróm aca. D ivinidades m en o res cárites g ra c ia s ca m en as Eros erin ias C u p id o furias C u p id o Eros fau n o s sátiros m o iras p a rc a s m usas cam en as fu rias g ra c ia s erinias cárites Perséfone sátiros Proserpina faunos p a rc a s moiras P ro serp in a Perséfone H éroes m usas H éroes de A nquises. en Italia. H eracles Hércules H ércules Heracles O d is e o Ulises Ulises O d iseo N.B.: Los restantes nom bres m itológicos son todos g rieg o s, ex cep tu an d o los d e algu­ n a s d iv in id ad es exclusivam ente itálicas {en p articu lar Ja n o y Q uirino). La etimología d e la m ay o ría d e estos nom bres e s o scu ra. El lector en c o n trará in c o rp o rad as en Tos artículos co rresp o n d ien tes las e s c a s a s etim ologías seg u ras o plausibles. www.FreeLibros.me A ACTEÓN E sle jo v e n c a z a d o r leb an o debe su celeb rid ad a su trágica y cruel m uerte. A cteón, que h a­ bía sido iniciado en el arte de la c a z a p o r el c e n ta u ro ' Q uirón*, se ja c ta b a d e su h ab ilid ad afir­ m ando q u e superaba a la propia A rtem isa*. Un d ía q u e reco rría los b o sq u es aco m p a ñ ad o d e su ja u r ía , so rp re n d ió a la c a sta d iosa bañán d o se desnuda en las aguas de un río. L a diosa, enfu­ recida, le ro c ió co n ag u a y A c­ teón q u e d ó tra n sfo rm a d o e n ­ tonces en u n cierv o . S u s perros se la n z a ro n en su p e rse cu c ió n sin re c o n o c e rle y , d e sp u é s d e d a rle c a z a , le d e s p e d a z a ro n y d ev o raro n . L a ja u ría v ag ó m u ­ c h o tie m p o p o r los b o sq u e s en b u sca d e su a m o h asta lle g a r a la cav ern a d e Q uirón, q u e, co n ­ m o v id o p o r los g em id o s d e los perros, m odeló u n a im agen que re p ro d u c ía fie lm e n te la fig u ra del jo v e n c a z a d o r im p ru d en te. www.FreeLibros.me ♦ Lit. F.l poeta latino Ovidio (43 a. C .-I7 d. C.) relata en el libro III de sus Metamorfosis la cólera de Diana', «la diosa de la aljaba», y la huida desespe­ rada del joven transformado en ciervo perseguido por su propia jau ría sedienta de sangre. A principios del siglo xvn. Mira de A mescua escribió su Fábula de Acteón y Diana, y un siglo más tarde, en el xvm. José An­ tonio Porcel y Salablanca hace una recreación burlesca del mito en su poema Acteón y Diana. El mismo tratamiento burlesco dieron al mito Alonso del Castillo Solórzano y Mel­ chor de Zapata (siglo xvn). ♦ Icón. Entre las obras anti­ guas, señalarem os Artemisa m atando a Acteón, crátera griega de h. 460 a. C. La meta­ morfosis de Acteón inspiró a muchos pintores posteriores: Parmigianino. 1523. Fontanellato; escuela de Fontaine- ADO N IS bleuu. siglo xvi. Louvre: Tiziano. 1556. Edimburgo. 1559. Londres. A D O N IS Se traía d e un a div in id ad de origen sirio , c o m o d em u estra n tan to su n o m b re (en fe n ic io Ación s ig n ific a « se ñ o r» , re ­ la c io n a d o c o n el té rm in o h e­ b reo del A n tig u o T e s ta m e n to Aliona)', «m i señ o r» ) c o m o sus vínculos con A frodita (la fe n i­ cia A starté) y su c u lto , p articu ­ larm ente im p o rtan te en la c iu ­ d ad de B ib lo s p e ro e x te n d id o tam bién p o r todo el M ed iterrá­ neo oriental, sobre to d o en A te­ nas y A lejandría. En el m ito g rie g o . A d o n is a p a re c e c o m o e l fru to de una u n ió n in c e s tu o s a e n tr e T ía s, rey de S iria , y M irra , h ija del m o n a rc a . A fro d ita , c o n s id e ­ rándose o fe n d id a p o r la jo v e n , le h a b ría in s p ira d o un lo c o d e se o p o r su p a d re q u e M i­ rra c o n s ig u ió s a tis f a c e r re c u ­ rrie n d o a u n a tre ta . C u a n d o T ías co m prendió qu e h ab ía y a­ cido con su hija, q u iso m a ta rla y M irra tuvo q u e huir. D espués de v ag ar d e sc o n so la d a d u ra n te m u c h o tie m p o , los dioses* se a p ia d a ro n d e e lla y la m e la m o rfo se a ro n e n el á rb o l d e la m irra , c u y a s ra m a s d e s tila n 2 u n as g o ta s a ro m á tic a s: las lá ­ g rim a s d e la m u c h a c h a. A lgún tie m p o d e sp u é s d e o p e ra rse la m e ta m o rfo s is . la c o rte z a del á rb o l se a b rió , d a n d o a lu z un h e rm o s o n iñ o , A d o n is, q u e c re c ió h a sta c o n v e rtirs e en un jo v e n d e d eslu m b ran te belleza. D e él se e n a m o ró a p a sio n a d a ­ m e n te A fro d ita , q u e le seg u ía d o n d e q u ie ra q u e iba y le c o n ­ virtió en su am an te. Un d ía que A d o n is c a z a b a fue atac ad o p o r un ja b a lí y m u rió a c o n se c u e n ­ c ia d e la s h e rid a s. L a d io s a , a b ru m a d a p o r el d o lo r , h iz o n a c er d e su sa n g re la ro ja a n é ­ m ona. A d o n is d e sp e rtó tam b ién la p a sió n d e P crséfo n e y las d o s d io s a s se d is p u ta ro n el a m o r del joven. E sta riv alid ad se s i­ tú a . se g ú n a lg u n a s v e rs io ­ n es. e n la in fa n c ia del héroe" — A fro d ita h a b ría c o n fia d o el b e b é a P e rs é fo n e p a ra q u e lo ed u cara— au n q u e, según otras, tu v o lu g a r d e sp u é s d e su trá ­ g ic a m u e rte . Z e u s tu v o q u e m ediar en el co n flicto y decidió q u e A d o n is p e rm a n e c ie s e la tercera parte del a ñ o con P ersé­ fo n e y o tro s cu atro m eses ju n to a A fro d ita , d e ja n d o la te rc e ra p a rte re stan te a la e le c c ió n del jo v e n . A d o n is p re firió la co m ­ pañía d e A frodita. 3 ADONIS Tiziano, Venus y Adonis. Madrid. Museo del Prado E ste paso anual del som brío D uran te las fiestas de Adorein o d e los m u erto s al m u n d o n is , c e le b ra d a s en A ten as en risueño y llorido de la diosa del p len o v eran o , las m ujeres d is­ a m o r fu e fá c ilm e n te ¡n terp re- p o n ían u n o s p eq u eñ o s re c i­ ta d o c o m o u n a im a g en d e la p íenles co n sem illas qu e. regav id a d e la n a tu ra le z a , un sím - d as co n ag u a tib ia y expuestas b o lo del c ic lo d e la veg eta ció n , al sol. c re c ía n en pocos días C o n stitu y e u n o d e los g ra n d e s p e ro se m a rch ita b a n p rácticam itos d e m u erte y resu rrecció n m en te c o n la m ism a rapidez: d e la A n tig ü e d a d . era n los llam ad o s «jardines de A d o n is» . A u n q u e es evidente www.FreeLibros.me ADO N IS que este rito presen ta u na clara relación co n el m u n d o vegetal, no d e b e le e rse en é l u n a im a ­ gen del ciclo vital de la n a tu ra ­ leza, y m enos aún d e los trab a­ jo s a g ríc o la s , sin o q u e , p o r el contrario, venía a sim b o liz ar la fra g ilid a d d e la se d u c c ió n , la esterilidad. ♦ Lengua. La palabra adonis ha pasado a la lengua conver­ tida en nombre común para de­ signar a un joven de belleza y apostura notables. La expre­ sión jardines de Adonis ha ser­ vido, desde la Antigüedad, para referirse metafóricamente a cualquier proyecto inmaduro cuya fragilidad y falta de con­ sistencia parecen condenarlo de antemano al fracaso. El nombre de este personaje mítico ha servido también para bautizar un género de plantas herbáceas; de una de sus espe­ cies. la Adonis versalis, se ex­ trae la adonidina, un principio activo utilizado com o tónico cardíaco. En poesía griega clásica, reci­ bía el nombre de verso adónico O verso adonio el que cerraba la estrofa sáfica. La m étrica española adoptó el mismo nombre para designar a un pentasílabo dactilico, utili­ 4 zado desde el siglo xiv como verso auxiliar en los hem isti­ quios de arte mayor y en la se­ guidilla, que em pezó a utili­ zarse com o verso indepen­ diente a partir de Cristóbal de Castillejo y alcanzó su mayor auge en el neoclasicismo. ♦ Lit. La interpretación sim ­ bólica del mito, que Ovidio había relatado en el libro X de sus Metamorfosis, permanece presente en el Sueño de Poli­ filo de Francesco. Colonna (1499), relato iniciático al que Nerval dedicará un notable co­ mentario en su Viaje a Oriente ( 18 5 1). En el Renacimiento, la figura de Adonis fue protago­ nista de num erosos poemas: H urtado de M endoza, Fábu­ la de Adonis, H ipómenes y A talanta (1553); Juan de la C ueva. Llanto de Venus a la m uerte de Adonis (publicado en 1582). El tem a continúa con gran fortuna literaria en el siglo xvn tanto en poesía —Juan de Tassis, conde de Villamediana, Fábula de Ve­ nus y A donis (1611-1615); Soto de Rojas, «Adonis», en Paraíso cerrado para muchos y jardines abiertos para pocos (1652); Tirso de Molina. «Fá­ bula de M irra, A donis y Ve­ nus» (1685), en la obra tea- ADONIS (ral Deleitar a p ro vech a n d o corno en teatro: Calderón de la Barca, Venus y Adonis ( 16591660). primera obra creada en España con la intención de que fuese cantada en su totali­ dad. La pieza teatral de Lope de Vega A donis y Venus (1604), ofrece una versión pastoril del mito, com o tam­ bién el Adonis de La Fontaine (1669). donde el poeta francés subraya el paso del tiempo que am enaza al herm oso adoles­ cente. La obra capital de Giambattista Marino. Adonis, novela poética divida en veinte cantos (1623), se centra particularmente en las pruebas iniciáticas que debe superar el héroe', prim ero en el jardín donde reside Venus*, en la isla de Chipre, y más larde a través de un viaje planetario. En la obra de Marino, sin embargo. Adonis muere sin posibilidad de retorno y no alcanza la con­ dición de divinidad. El tema del «jardín de Adonis» ocupa igualmente un espacio desta­ cado en la poesía inglesa, en particular en la obra de Spcnscr titulada la Reina de las ha­ das (1590), que alcanza la di­ mensión de alegoría filosófi­ ca. Lo mismo sucede en el Adonis y Venus tic Shakespeare www.FreeLibros.me ( 1593). donde la aventura apa­ rentemente humana de Adonis puede interpretarse como el sím bolo de la Belleza pura amenazada por el tiempo. Este mito también fue objeto de re­ creaciones burlescas durante el barroco: Castillo Solórzano. «Fábula de Adonis», romance incluido en Donaires del Par­ naso (1624), tal vez el mejor de su autor que, junto al chiste fácil y el afán jocoso, consigue en algunos momentos mos­ trarse como un poeta de gran calidad. En el siglo xvm. José Antonio Porcel y Salablanca escribió cuatro églogas bajo el título colectivo de E¡ Adonis. Durante el romanticismo, par­ ticularmente en Inglaterra, la figura de Adonis experimenta una contaminación con la de Orfeo . pasando a encarnar al poeta atraído por la muerte. Así puede observarse en el Endimión de Keats (1818), que recupera el motivo del doble ciclo vital de Adonis. El Adu­ náis de Shelley (1821) rinde homenaje postumo a su com­ patriota Keats. al que celebra bajo los rasgos de un pastorpoeta, convirtiéndolo en el símbolo de la vocación poética sofocada por la incomprensión de la sociedad. AFRODITA 6 junto a Venus (Tiziano, 1553, Hacia mediados del siglo XIX Madrid. Museo del Prado; el la figura de Adonis vuelve a Veronés. 1580. Madrid. Museo ser objeto de interés, revestida del Prado; Annibale Carracesta vez de un carácter sincré­ ci. h. 1600. Viena; Rubens, tico. como demuestra la multi­ siglo xvii, Florencia) o agoni­ plicidad de nombres atribuidos zante (Miguel Angel, mármol, al dios. Adonis se conviene en siglo xvi. Florencia; Rodin. la encarnación del dios d o ­ mármol, 1889. París). liente destinado a una gloriosa ♦ M us. Venus y Adonis, ópe­ resurrección. Así aparece, por ras de Marc-Antoinc Charpenejemplo, en el Viaje a Oriente tier (siglo xvii) y de John de Nerval, donde el poeta Blovv. 1682. Calderón de la evoca el Líbano — uno de los Barca escribió Venus y Adonis antiguos lugares de culto de ( 16 5 9 -1660). la prim era obra Adonis— como la patria origi­ creada en España con inten­ naria de numerosas religiones; ción de que fuese enteramente en «Isis» (Las hijas del fuego. cantada. Así. en 1701, el maes­ 1854) relaciona a Adonis con tro de capilla de la catedral de Osiris y con la figura de Cristo. Lima, Tomás de Torrejón y Tul aproximación aparece tam­ bién en La tentación de san Velasco. le puso música, con­ viniéndola de ese modo en una Antonio, de Flaubcrt (1894). y ópera comparable por su cali­ en El m artirio de san Sebas­ dad a las de Lully. tián. de D 'A nnunzio (1911). obra localizada en un imperio romano víctim a de la confu­ A F R O D IT A sión de cultos donde el autor D io sa g rie g a del a m o r y de enmarca la figura de su Adonis la b elleza. F o rm a p a rte d e los «decadente». d o c e g ra n d e s d io s e s ' d e l p an ­ - * AFRODITA. te ó n - o lím p ic o ’, c o n e l m ism o ♦ Icón. Los artistas de la Anti­ ran g o qu e A polo", A res' o A te­ güedad representaron a Adonis n ea ', pero no pertenece ni a esta bien de pie (estatua griega del g e n e ra c ió n d e h ijo s d e Z eu s siglo iv a. C . Roma), bien en el — a p esa r d e u n a trad ició n que momento de su muerte (urna ci­ la presenta co m o h ija de este úl­ neraria romana, posterior al si­ tim o y d e Dione— ni tam poco a glo i a. C.). Más tarde aparece la d e los d e sc e n d ie n te s de 7 C ro n o '. En re a lid ad se tra ta d e una d iv in id a d p re h e lé n ic a que se rem onta a las g ran d es diosas m adres del M editerráneo orien ­ tal. S u culto , d e orig en sirio, se extendió a través d e los fenicios d esd e C h ip re y C ite ra ’ h asta la G recia continental. E n carn a la o m n ip o ten c ia crea d o ra del d eseo am o ro so , al cual se h allan so m etid o s todos los s e re s v iv o s sin ex cep c ió n : hum anos, an im ales', incluso los m ism os dioses. Seductora, a ve­ c e s tem ib le , e s u n a d e las fu er­ z a s p rim o rd ia le s del m undo c o m o su g ie re la tra d ició n m ás e x te n d id a re lac io n a d a co n su n acim ie n to : seg ú n H esíodo, A frodita nació de U rano cu an ­ d o su h ijo C ro n o , d e sp u é s d e m utilarlo , a rro jó al m a r su s ó r­ g an o s sex u a les. L a se m illa del d ios castrado fecundó la espum a d e las o la s y en e lla s e n g e n d ró una d io sa d e rad ian te b elleza a c u y o paso nacían las flores. La d io sa rec ié n c re a d a a lc a n z ó la orilla de C itera —o d e C hipre— . d o n d e fue a c o g id a y c ria d a por las h oras1 y las gracias. T anto su n o m b re c o m o los e p íte to s co n q u e se la designaba se hacen eco del m ito d e su n acim ie n to : su n o m b re d e riv a ría del térm in o (tp h ro s (« la e sp u m a » ), y se la c o n o c ía tam b ién c o m o C itc re a www.FreeLibros.me AFRODITA Afrodita o Venus en la escultura romana de Venus itálica. Sevilla. Museo Arqueológico («la de C itera»), C ipris («la chi­ priota») o tam bién A nadiomene («la q u e vino del mar»). A fro d ita e s la p rotagonista d e n u m ero so s relatos d e carác­ ter am oroso. Z eu s la entregó en AFRODITA m a trim o n io al h áb il a u n q u e n ad a ap u e sto H efesto*, p ero A fro d ita se p ren d ó p ro n to del feroz A res y se cita b a con él en secreto . Su e sp o s o , in fo rm a d o p o r H elio" del a d u lte rio , q u iso vengarse y co nsiguió atrap ar en una red a los d o s am an tes en la ­ zad o s. p re se n tá n d o lo s a s í a n te todos los d io ses del O lim po", a quienes previam ente había co n ­ v o cado p ara a v e rg o n z a r p ú b li­ c a m e n te a los a d ú lte ro s. E n el O lim po, cuenta H om ero, resonó entonces la risa inextinguible de los dioses. D e los am ores ilegí­ tim os de A res y A frodita nacie­ ro n E ro s”, A n te ro s . D e im o (el Tem or), Fobo (el T error) y H ar­ m onía’. —» A R ES. A frodita co n ced ió su s fav o ­ re s a o tro s d io s e s: a H e rm e s ' — de c u y a unión n ació H erm af r o d ito — , a P o se id ó n ”, ta m ­ b ién a D io n iso ”, c o n q u ien e n ­ g endró a Príapo*. Sin em barg o , p arece h a b e r sid o A d o n is ', un sem idiós h elen izad o d e orig en o rie n ta l, e l q u e c o n sig u ió d e s­ p e rta r la m á s a rd ie n te p asió n en e l c o ra z ó n d e la d io sa . Su m uerte d ram ática — destrozad o p o r un ja b a lí en el cu rso de una c a c e ría — . v e n g a n z a sin d u d a d e alg u n a div in id ad celo sa , su ­ m ió a la diosa en el m ás terrible dolor. M ientras co rría hacia su 8 a m an te m o rib u n d o , u n a esp in a le a trav e só el pie y las g o tas de su sangre tiñeron d e púrpura las ro s a s, b la n c a s h asta aq u el fu ­ n esto d ía. A fro d ita n o d esd eñ ó c o m o a m a n te s a lo s sim p le s m o rtales, co m o A nquises, prín­ c ip e frig io d e q u ie n tu v o a E n eas”. —» a d o n i s . La región d e Frigia e s preci­ s a m e n te el m a rc o d e to d a s las le y e n d a s re la c io n a d a s c o n la g u erra d e T ro y a ”. S o b re el m o n te Ida tu v o lu g ar el célebre ju ic io d e París*, d o n d e H era", A te n ea y A fro d ita riv alizab an p o r la p o se sió n d e la m an za n a d e o ro d e stin a d a « a la m ás b e­ lla». D esig n ad o para arb itra r el c o n flic to , el jo v e n p a sto r, hijo del rey troyano Príamo", eligió a la d io s a del am o r, q u e le había p ro m e tid o e n tre g a rle a la m ás h erm o sa de las m ortales, la b e­ lla Helena", esposa de M enelao'. París se dirigió a E sparta y raptó a H elena co n ayuda de Afrodita, h ech o q u e sitú a a la d io sa en el origen d e la gu erra d e T roya. A p e s a r d e la a y u d a q u e siem p re dispensó a los (royanos, p articu­ larm en te a P aris y E n eas — in­ c lu s o se ría h e rid a en u n a o c a ­ sión, al a c u d ir en so co rro d e su hijo Eneas en un com bate qu e le e n fre n ta b a al a q u e o D iom ed cs— , n o p u d o e v ita r la caíd a y 9 d e stru c c ió n d e T ro y a. E neas c o n sig u ió esc a p a r, llev an d o c o n sig o los P en a te s d e la c iu ­ d a d . y fu n d aría u n a « n u ev a T roya». Este ep iso d io está rela­ c io n ad o co n los orígenes troyanos d e Roma". —» p a r í s . P aris n o fue el ú nico m ortal q u e se vio favorecido p o r A fro­ d ita . G ra c ia s a e lla Ja só n o b ­ tu v o el a m o r — y la p re c io sa a y u d a — d e M edea", H ip ó m en es c o n sig u ió a A talan ta, Pigm alión* p u d o v er c ó m o la e sta ­ tu a q u e h a b ía c re a d o c o b ra b a v id a y E neas lo gró d e sp e rta r la pasió n d e D id o ’, rein a d e C artag o . P e ro en la m ito lo g ía abundan m ás los casos q u e pre­ sen tan a A fro d ita co m o u n a d i­ v in id a d c ru e l q u e c a s tig a sin p ie d a d a to d o s a q u e llo s q u e d e sp ie rta n su re n c o r o d e sc u i­ dan su cu lto . A fro d ita se ven g a e n to n c e s in s p ira n d o p a sio n e s m o n stru o sas o fatales. P asífae y F edra- so n p o sib le m e n te los e jem p lo s m ás fam o so s, ju n to a H ip ó lito ”, c a s tig a d o p o r su a v ersió n a las m ujeres. E o s- (la A urora), q u e había c ed id o a los re q u e rim ie n to s d e A re s, fu e c astig a d a p o r la d io s a co n una irreprim ible pasió n h a cia el g i­ g a n te sc o O rio n . S eg ú n cie rto s re la to s, s e ría ta m b ié n la re s­ p o n sa b le d e la m u e rte d e O r- www.FreeLibros.me AFRODITA fc o ”. P e rsig u ió co n su o d io a P sique", a m a d a d e E ros. cuya b elleza consideraba una afrenta p erso n al. C astig ó el desdén de las m u jeres d e L cm n o s h a­ c ie n d o q u e d e sp ren d ieran un o lo r in so p o rtab le q ue provocó el re c h a z o d e su s m arid o s, a q u ie n e s te rm in a ro n e x te rm i­ n a n d o p a ra fo rm a r u na s o c ie ­ d ad c o n stitu id a so lo p o r m uje­ res. E O S , F F.D R A , H IP Ó L IT O , P A S ÍF A E , P S IQ U E . E ste c a rá c te r v engativo de la A fro d ita g rie g a no aparece ta n a c u sa d o en R om a, qu e h a­ c ia el sig lo ii a. C. la asim iló a V en u s-, u n a a n tig u a d io sa la ­ tin a d e la vegetación. En Roma ap arece m ás bien c o m o una d i­ vinidad bienhechora y práctica­ m ente podría considerase com o d io s a n a c io n a l: S ila atrib u y ó sus victorias a Venus F élix (fe­ liz, p ro p icia); P om peyo invocó a V en u s V ic irix (v ic to rio sa ) y C ésar rin d ió c u lto a Venus Ge­ n itrix (m ad re), presentándose a s í m ism o y a su linaje igens /ti­ lia ) — su p u e sta m e n te in a u g u ­ rad o p o r Ju lo , h ijo de E neas y n ie to p o r ta n to d e V enus— c o m o d e sc e n d ie n te s d e la diosa. ♦ Lengua. Con el nombre de Afrodita se relaciona el adje- 10 A FRO D ITA ti vo/su st a ni ¡vo afrodisiaco, «que provoca el deseo sexual». Este se designa a veces con el nombre de afrodisia, cuyo an­ tónimo. anafrodisiu, equivale a «frigidez». ♦ Lit. Mezclada con innume­ rables mitos, A frodita es una figura omnipresente en la lite­ ratura griega. Nos limitaremos a señalar que Platón, en Ledra (siglo iv a. C.). expone la teo­ ría según la cual existen dos Afroditas: una celeste, que sus­ cita el am or elevado; otra po­ pular. que provoca el am or sensual. En Roma, el poeta epicúreo Lu­ crecio (siglo i a. C .) invoca a Venus al principio de su poema como potencia suprema, fuente de toda vida y símbolo del Pla­ cer (voluptas), que constituye el máximo ideal de los epicúreos. Algo más tarde, Virgilio, en la Eneida, da carta de nobleza a la leyenda sobre los orígenes trovanos de Roma y presenta a Venus como la dulcísima y ma­ ternal protectora de Eneas. Por el contrario. Apuleyo (siglo u d. C.) la caricaturiza en el Cuento de Amor y Psique, don­ de la retrata como una madras­ tra celosa y malvada. Durante el R enacim iento, la concepción platónica del amor se mezcla en ocasiones con una visión cristiana (Ronsard. Amores, 1552; Spenser. C ua­ tro himnos, 1596). En el barroco, la diosa puede aparecer como un mero pretexto para variaciones sobre el tema del amor, com o en el Adonis de Giambattista Marino (1623). donde es «reina de las rosas». Pese a ello, su poder destructor, herencia de la literatura antigua, reaparece en autores como Racine, donde la vemos «aferrada con uñas y dientes a su presa» (Fedra, 1677). La literatura romántica, parti­ cularmente la alemana, asocia poder m aléfico y sensualidad (com o W agner). En la novela fantástica de M érimée La Ve­ nus d e lile (1837). una miste­ riosa estatua d e la diosa he­ chiza a un joven desposado y causa su muerte. La imagen de V enus parece debilitarse con los años: mientras Rimbaud, en su Venus Anadiomene, «espan­ tosam ente bella» tPoesías. 1870), reivindica una estética de la fealdad. Picrre Louys ofrece en su A frod ila ( 1896) una lectura sim bolista de la Antigüedad, donde el amor y la muerte se funden en una espe­ cie de erotismo «fin de siglo». —> ADONIS. AFRODITA ♦ Icón. De la Antigüedad se­ ñalarem os. entre numerosas obras maestras. El nacimiento de Afrodita, bajorrelieve del trono Ludovisi, h. 4 6 0 a. C’.. Louvre; C abeza de Afrodita. procedente de A m purias. si­ glo iv a. C . Barcelona: Cabeza de Venus (posible copia de la de Cnido de Praxítcles). siglo ív a. C „ Tarragona; Venus itá­ lica, mármol rom ano. Museo Arqueológico de Sevilla; A fro­ dita en la concha, terracota de Tanagra. siglo ni a. C , Louvre: la Venus de Mito, finales del siglo ti a. C., Louvre; el fresco pompeyano que representa Los am ores de M arte y Venus, h. 50 a. C.. Nápoles. Más tarde se repetirán especialmente los lemas siguientes: su nacimiento (Venus al nacer con amorcillo, siglo i a. C., Mérida. Badajoz; Boilicclli, Venus Anadiomene, 1485, Florencia; A lexandre Cabanel, Nacimiento de Venus, h. 1863. París), sus amores adúlteros (el Veronés, Venus y M arte, siglo xvi. T urín), el concurso de belleza (E l juicio de Parts: C ranach el Viejo, 1529, Nueva York; Rubens, si­ glo x v n , M adrid) o sim ple­ mente como el ideal de belleza femenino: Lucas Cranach, Ve­ nus, 1509, San Petersburgo. www.FreeLibros.me Ermitage; escuela de Fontainebleau. Venus en su locador. siglo xvi. Louvre; Canova. Ve­ nus Borghese, mármol que re­ presenta a Paulina Bonaparle. 1805. Roma; Velá/.quez. Ve­ nus d e l espejo. h. 1650. Lon­ dres. National Gallery. Tiziano la pintó en Ofrenda a Venus. h. 1518. Madrid, Museo del Prado, y en Venus recreándose en la m úsica, siglo xvi. Ma­ drid. Museo del Prado. Salva­ dor Dalí trata esta llgura mito­ lógica de una manera muy personal en su Cabeza otorrinológica de Venus. 1964, co­ lección privada, y en Venus de M i lo de los cajones. 1963, co­ lección Max Clarac-Seron. - » ADO N IS, EROS. ♦ Mus. Encontramos los mis­ mos tem as: Lully, El na­ cim iento de Venus, ballet, h. 1660; Campra. Los amores de Marte y Venus, ópera. 1712; Cari Orff, Triunfo de Afrodita, ópera. 195.3. En el Tannhiiuser de Wagner, 1845. Venus apa­ rece asim ilada a la divinidad germánica Holda. de análogos atributos: es la maléfica dis­ pensadora de un placer que se opone al verdadero amor. Georges Brassens cantó parti­ cularm ente su figura en can­ ciones como Les Amottrs d'an- AGAMENÓN tan, Le Bulle/in de Sum é —donde alude a las enferm e­ dades venéreas— o Les Trompettes d e Iti renommée. 12 g e n ia ” y E lec tra ", y m á s tard e u n hijo , O restes". D e s p u é s d e l ra p to d e H e ­ lena". h erm a n a de C litem n cstra —> ADONIS. y esp o sa d e M e n c lao ', herm ano ♦ Cin. Fernando C erehio y m e n o r del m onarca, A gam enón Víctor T urjanski. Afrodita, e s e le g id o je f e su p re m o d e la diosa del amor. 1958: la Afro­ e x p ed ic ió n griega co n tra Troya. dita de Fuest (1982) es una C o n v ertid o en «rey d e rey es» y adaptación de la obra hom ó­ a u re o la d o d e u n a m a je sta d nima de Plerre Louys. triu n fa n te , d e b e rá a fro n ta r una te rrib le d e c is ió n p e rs o n a l: o r­ AGAM ENÓN d e n ar el sacrificio d e su h ija IfiH ijo de A tre o y d e A éro p e . g en ia , d esig n ad a p o r el ad iv in o n ie ta del rey c re te n s e M in o s". C a lc a n te ” c o m o v íc tim a p ro p i­ A g am en ó n e s el ilu stre rey de cia to ria pa ra a p la c ar la ira d e la A rgos y de M icenas. L a m ald i­ d io s a A rte m is a '. E sta , irrita d a ción qu e p esa so b re su fam ilia, c o n tra A g a m e n ó n , h a b ía e n ­ a sí co m o su papel c o m o je f e de v ia d o u n a p ro lo n g a d a c a lm a las tro p a s g rie g a s d u ra n te la c h ic h a q u e m a n te n ía a la flo ta g u e rra d e T ro y a", s e lla rá n un a q u e a in m o v iliz a d a en la ra d a d e stin o d o n d e la e s tre c h a im ­ d e A u lid e . V ie n d o q u e e ra el b ric a c ió n d e tra g e d ia y g lo ria ú n ic o m e d io p a ra q u e la e x p e ­ adquieren tin tes ejem p lares. —» d ic ió n p u d iese c o n tin u a r su ca­ A T R ID A S . m in o h a c ia T ro y a , A g am en ó n E xpulsa a su tío T ie ste s del te rm in a p o r a c c e d e r al sa c rifi­ trono d e M icen as c o n la ay u d a c io , h e c h o q u e n o h a rá sino d e T in d á re o . rey d e E sp a rta , a c re c e n ta r el re n c o r d e C litem co n c u y a hija C litem n estra* se n estra c o n tra su m arido. h ab ía casa d o d e sp u é s d e h a b er A l c a b o d e n u e v e a ñ o s de m a ta d o a su p rim e r m a rid o . e sc a ra m u z a s a n te los m u ro s de T á n ta lo ”, h ijo d el re y T ie ste s. la s itia d a T ro y a , la h o stilid a d a s í c o m o al hijo d e am b o s. De la te n te e n tr e A q u ile s ” y A g a ­ e sta unión m ald ita, inaugurad a m e n ó n se p o n e v io le n ta m e n te co n un d o b le a s e s in a to y a la d e m a n ifie s to en u n a d is p u ta q u e C lite m n e s lr a se s o m e te a q u e en fre n ta rá a am b o s héroes* d isg u sto , nacerán d o s h ijas, i n ­ p o r la p o se s ió n d e la c a u tiv a 13 AGAMENÓN B riseida. A g am en ó n , q u e en el c u rso d e u n a e x p ed ic ió n co n tra u n a ciudad v ecin a se había ap o ­ d e ra d o d e C ris e id a , h ija d e un s a c e rd o te d e A p o lo ", fu e o b li­ g a d o a d e v o lv e r a su c a u tiv a p a ra p o n e r fin a la p e ste q u e e! d io s , irrita d o p o r la a c tu a c ió n d el m o n arca, había e n v iad o so ­ b re la s fila s g rie g a s. D e s p e ­ c h a d o , A g a m e n ó n re c la m ó c o m o d e sa g ra v io a B riseid a, la c a u tiv a fa v o rita d e A q u iles. E ste ú ltim o , fu rio so , se n eg ó a c o m b a tir en lo su c e s iv o . D e s­ p u é s d e p ro ta g o n iz a r v a ria s p ro ezas en el c am p o d e batalla, A g am en ó n , herid o , se v io o b li­ g a d o a reco n cilia rse c o n A q u i­ les y le d e v o lv ió a B riseid a . -> CALCANTE. A su re g re so d e T ro y a , A g a m e n ó n e s a s e s in a d o p o r E gisto, h ijo incestu o so d e T icstes, q u e d u ra n te la au sen c ia del m onarca se h ab ía co n v ertid o en a m a n te d e C lite m n c s tra y d u e ñ o d e M ic e n a s. D e las d i­ v ersas v e rsio n e s del a sesin ato , la q u e m a y o r fortu n a h a tenido e s a q u e lla q u e n o s p re s e n ta al rey s a lie n d o d e su b a ñ o y c a ­ y en d o b a jo la e s p a d a d el a s e ­ sino, in c a p a z d e d e fe n d e rse al tener trab a d o s los b razo s p o r la c a m isa q u e su e s p o s a C lite m nestra le había o frecido después www.FreeLibros.me d e c o s e r su s m a n g a s. C lite m ­ n eslra n o so lo fue cóm plice de e s te a se s in a to , sin o qu e tam ­ b ié n h a b ría p a rtic ip a d o en él, a d e m á s d e m a ta r p o r c elo s a C asandra", hija d e Príamo*, que A g am en ó n o b tu v o co m o botín d e gu erra y había convertido en su concubina. ♦ Lit. A lo largo de todo el re­ lato de la litada, el orgulloso Agamenón conserva el presti­ gio de la función monárquica de la que es símbolo viviente, pero muy raras veces aparece representado en el combate: el peso de su autoridad, man­ chada por una violencia des­ mesurada. queda particular­ m ente patente con motivo de su enfrentamiento con Aquiles. La Orestíada. célebre trilogía de Esquilo (458 a. C.). desa­ rrolla la implacable maldición que pesa sobre la familia real, donde cada miembro es alter­ nativamente cazador y presa: el águila negra de Agamenón, devorador de su hija Ifigenia. muere bajo las dentelladas de la leona Clitem ncstra y del lobo Egisto. mientras la ser­ piente O restes, asesino de su madre, será acorralada por otras cazadoras implacables, las erin ias-. Eurípides, en su AGAMENÓN tragedia Ifigenia en Atiliile, re­ presentada postumamente en el 406 a. C . evoca el doloroso di­ lema al que se enfrenta A ga­ menón. dividido entre el deber político y el amor paterno. Su autoridad como jefe le impone la terrible decisión del sacrifi­ cio. que desgarra su corazón indeciso de padre: «Tiem blo ante la idea de com eter este acto inaudito, y tem o ante la idea de rechazarlo, pues sé que mi deber es cumplirlo» (versos 1257-1258). En su obra l)e natura reivnt. el poeta epicúreo Lucrecio (h. 98-55 a. C.) convierte a Aga­ menón en la figura arquetípica del hombre cegado por el te­ mor a los dioses y presenta el sacrificio de Ifigenia com o el prototipo de los crím enes com etidos en nom bre de las creencias religiosas. Ya en el siglo xtil. Agamenón aparece como protagonista del poema «Agamenón aconseja la muerte de I lector», incluido en la obra Troyuna polimétriva. traducción del Raman de Trole. Pérez de Oliva trató el tema del enfrentamiento entre Aquiles y Agamenón en Im venganza de Agamenón (1528). Las traducciones de Eurípides dieron lugar en las literaturas 14 europeas al nacimiento de nu­ m erosas tragedias consagra­ das a Ifigenia. A unque ya Agam enón representa un pa­ pel im portante en la Ifigenia de Racine (1674). será a partir del siglo xviit cuando em pie­ cen a surgir las primeras obras significativas donde el mo­ narca griego aparece ya como el verdadero protagonista, com o en el Agam enón de J a ­ mes Thom son (1738), el de V ittorio Alfieri (Agam enón. 1776) o la tragedia Agamenón vengada, de V icente G arcía de la Huerta ( 17 8 5 -1786). En el siglo xix, la O restiuda de Alexandre Dumas ( 1865) con­ cede un papel más importante a Egisto, subrayando el amor que le une a C litcm nestra. G erhart Hauptmann concibió una Tetralogía de los A n idas. extensa m odernización del modelo antiguo, en la cual se inscribe La muerte de Agam e­ nón (1946). - 4 ELECTRA, IFIGENIA, ORKSTKS. ♦ /co n . Agam enón ha inspi­ rado sobre todo a los pintores del período napoleónico, como Guérin (Clitemnestra y Egisto disponiéndose a atacar a Aga­ menón. 1817. Louvre) o In­ gres. cuyo lienzo luis embaja­ dores de Agamenón (París) 15 ALÓADAS obtuvo el primer gran premio de Roma en 18 0 1. - 4 AQUILES. ♦ M ás. M ilhaud. Agamenón (1927). ópera oratorio incluida dentro de su Orestíada. —4 ORESTES. ♦ Cilt. TROVA. - 4 E L E G IR A . IFIGENIA . F.I triunfo de Alfides, libreto para la ópera de Lttlly (1674) que inspirará numerosas obras del mismo título durante todo el neoclasicismo e incluso hasta el siglo xx. desde la A leestis de Hugo von Hofmannsthal ( 1893) hasta El mis­ terio de Aleestis de Margueritc Yourcenar (1963). ♦ ¡con. De la Antigüedad se­ ñalaremos Di despedida de Ad­ meto y Aleestis (decoración de vasija, siglo v a. C . París) y numerosas decoraciones fune­ rarias. Rodin esculpió una MueHe de Aleestis. 1899. París. ♦ M ás. Lully. Aleestis o El triunfo de Aleides, tragedia lí­ rica, 1674: Gluck. Aleestis. ópera. 1767. A L C E S T IS H ija del rey P clias y e sp o sa del rey A dm eto d e T esalia, pro­ te g id o d e A p o lo ", o fre c ió su vida pa ra e v ita r la m u erte d e su esp o so . S im b o liza p o r ta n to el a m o r c o n y u g a l. H eracles*, c u a n d o d e sc e n d ió a los In fie r­ n o s ', la lib e ró d e l re in o d e las so m bras* y la a c o m p a ñ ó d e vuelta a la tierra, tan b ella y j o ­ ven c o m o en el m o m en to d e su m uerte. A LC ID E S O tro n o m b re p o r el q u e era ♦ I.it. Eurípides (siglo v a. C.) c o n o c id o —4 H E R A C L E S . escribió una Aleestis donde el personaje de la esposa que A LCM EN A acepta m orir en lugar de su E sp o sa d e - 4 a n f i t r i ó n . m arido resulta particular­ mente conm ovedor: sin em ­ A L E JA N D R O bargo. la escena de H eracles O tro n o m b re d e — 4 p a rís. borracho aporta una nota có­ mica a la tragedia. A LÓ A D A S Evocada en la Leyenda de las H ijo s d e P oseidón*, estos m ujeres ejem plares de Chau- g ig a n tes tuvieron la o sad ía de ecr (1386), Aleestis es la he­ a lza rse c o n tra los d io ses'. Lle­ roína de Quinault en Aleestis o g aro n a a p resar a A res . al que www.FreeLibros.me AMALTEA re tu v ie ro n p ris io n e ro d u ra n te trece m eses en cad en ad o d en tro d e u na v asija de b ro n ce, y pre­ te n d ie ro n a s a lta r e l c ie lo p o ­ niendo el m onte Pelión so b re el m onte O s a (q u e m iden 1.650 y 1,550 m etros, respectivam en te) co n el fin d e a lc a n z a r la c im a del O lim p o 1, a n te s de s e r fu l­ m in ad o s p o r el ray o d e Zeus*. AM ALTEA E sta ninfa* fue la n o d riz a de Z eus". Rea*, al v e r q u e su e s ­ p o so C ro n o ' ib a d e v o ra n d o a to d o s su s h ijo s c o n fo rm e n a ­ c ían . d e c id ió e s c o n d e r a su ú l­ tim o h ijo , Z eus*, e n el m o n te Ida, situ ad o en la isla de C reta. A llí lo re c o g ió la n in fa A rn altea; las abejas destilaban para el niño la m iel m ás dulce y las c a ­ bras lo a lim e n ta b a n c o n su le­ ch e. U n día, seg ú n c u e n ta O v i­ d io . la c a b ra q u e a lim e n ta b a a Z e u s se ro m p ió un c u e rn o ; A m altea lo llenó de llo re s y de fru to s y se lo o fr e c ió a Z e u s q uien, en ag rad ecim ien to , c o n ­ virtió a la n in fa y a la cab ra en estrellas (la constelación d e C a ­ pricornio). C u a n d o Z eus luchó c o n tra lo s titanes* se h iz o una arm adura con la piel d e esta ca­ bra: la ég id a'. S eg ú n o tra s v e rs io n e s del m ito, el nom bre d e A m altea co­ 16 17 AMAZONAS rre sp o n d e ría n o a la nin fa, sino a la p ro p ia cabra. ♦ Lengua. El cuento de Amal­ tea o cuerno de la abundancia, designado también con el tér­ mino de cornucopia, se ha convertido en el símbolo de la fecundidad. La expresión (tener) el cuerno d e la abundancia se aplica a quien goza de una situación económ ica privilegiada que adem ás mejora progresiva­ mente. ♦ Lit. Esta leyenda aparece en Calimaco (Himnos, 146. siglo ni a. C .) y en O vidio (Fastos. V, 115). ♦ Icón. En el cuadro de Coypel Júpiter con los coribantes. siglo xvn, Versallcs. Amaltea aparece ju n to a Rea. En La educación de Júpiter, tema del que Jordaens realizó al menos cinco versiones (16.15-1640. Louvre. Lodz, Bruselas. Cassel), se la representa ordeñando a la cabra. F.1 mismo motivo aparece en el lienzo de Poussin Júpiter niño criado p o r la ca­ bra Amaltea, siglo xvn. Museo Imperial de Berlín. AM AZONAS P ueblo de m u jeres cazadoras y g u erreras. L a trad ició n m ítica Poussin, Júpiter niño criado por la cabra Amaltea, Berlín. Museo Imperial in siste en la p o d e ro sa fa scin a ­ ción q u e e sta s fero c e s « b á rb a ­ ras» , a je n a s a la s c o s tu m b re s griegas, ejercían sobre los hom ­ b res; fa s c in a c ió n en la q u e se m ezclaban in q u ietan tem en te la atracció n sex u al y u n a d e sc o n ­ fian za instintiva. D e sc e n d ie n te s de A res*, dios d e la gu erra, o riginarias de los c o n fin e s d e l P o n to E u x in o (el m ar N egro) — bien del C áucaso o b ien d e la C ó lq u id e, p a­ tria d e M edea*— , su re in o p a ­ rece situ a rs e e n E sc itia (al su r d e R u sia ) o en T e m is c ira , al www.FreeLibros.me n o rte d e A sia M enor, o tal vez en T racia. R echazaban la auto­ rid a d d e lo s h o m b res — cuya p rese n c ia so lo to lerab an com o esclavos— y se gobernaban a sí m ism a s, c o n u n a reina a su fre n te . A u n q u e se u n ían o c a ­ s io n a lm e n te co n h om bres de trib u s v e c in a s p a ra re p ro d u ­ c irse . m atab an o so m etían a la e sc la v itu d a sus h ijos varones. E n c u a n to a su s h ijas, una tra­ d ició n atrib u y e a las am azonas la c o stu m b re d e co rta rle s el s e n o d e re c h o p a ra fa c ilita r la p rá c tic a del tiro c o n arco , lo AM AZONAS q ue ex p lic a ría la etim o lo g ía de la p alabra que d a nom bre a este p u eb lo — b astan te d isc u tid a — , q u e s ig n ific a « p riv a d a s d e un pecho» (m a zo s). E ran d e v o ta s d e A rte m isa ', c o n la q u e c o m ­ p artían ta n to la a fic ió n p o r la c aza co m o su voluntad d e v iv ir lejo s de los h o m b res. D iversas leyendas las presentan c o m o ri­ v a le s d e a lg u n o s d e los m ás destacados héroes* griegos: Belero fo n te s", H eracles*, u n o de cu y o s tra b a jo s c o n sistió p re c i­ sam en te en ap o d erarse del c in ­ turón de su reina. H ipólita; T eseo". q ue lo g ró co n q u istar, a la fu e rz a o p o r a m o r, el c o ra z ó n de A nlíope*. de la q u e tu v o un hijo. H ipólito"; A quilcs*. c u y o co razó n in flam ó d e a m o r la úl­ tim a m ira d a d e P cn tesilea* . reina d e las a m az o n as, q u e h a­ bía acu d id o en so co rro de Príam o y a la q u e e l h é ro e d io m u erte a n te lo s m u ro s d e Troya". ♦ Lengua. Una am azona es una mujer que monta a caballo colocando am bas piernas del mismo lado de la silla. La pa­ labra se utiliza tam bién a ve­ ces. hum orísticam ente, para designar a la prostituta que ejerce su oficio en los automó­ viles de los clientes. Por otra 18 parte, el gran río de A m érica del S u r llam ado Amazonas debe su nom bre al hecho de que los conquistadores espa­ ñoles que lo descubrieron to­ maron por amazonas a los be­ licosos indios que habitaban en sus márgenes —tal vez de­ bido a sus largas cabelleras— . d e ahí la apelación río de las Amazonas, que al sim p lifi­ carse se convirtió en e l A m a­ zonas. ♦ Lil. La literatura antigua hace frecuentes alusiones a las amazonas, pero sin dedicarles ninguna obra específica. La guerra contra las amazonas aparece evocada en la Teseida de Boccaccio ( 1339-1340). así com o en los Cuentos de Canlerbury de Chaucer (1387). El amor de Aquiles por la reina de las amazonas es tratado en la Pcntesilea de Kleisl (1808). En general, puede decirse que aun­ que la figura de la amazona no siem pre proporciona materia para un tema literario, aparece en cambio como telón de fondo en numerosas obras que evocan mujeres que. sin ser necesaria­ mente «guerreras», sí resultan «viriles» y fuertes y asumen funciones normalmente reser­ vadas a los hombres o bien prescinden de estos. A M A ZO N A S Amazona muerta. Ñapóles. Museo Arqueológico Nacional Los libros de caballerías espa­ ñoles del siglo xvi, y en espe­ cial las Sergas de Espkm dián (1510) de Garci Rodríguez de M ontalbo. prim era continua­ ción del celebre Am adís de Caula, recuperan la figura de las am azonas. El carácter mí­ tico de estos seres procedentes de un lugar nada concreto pero en todo caso lejano, venía muy bien para habitar la atmósfera repleta de magia, reinos extra­ ños y personajes extraordina­ rios de estas novelas. Al frente de las amazonas de Montalbo se encuentra la reina Calafia, descendiente de la Hipólita mi­ tológica. una mujer grande de cuerpo, herm osa, joven, va­ liente, fuerte y diestra en el arle de la guerra. Habitan la —todavía por aquel entonces im aginaria— isla de C alifor­ www.FreeLibros.me nia, situada en un lugar impre­ ciso de las Indias cercano al Paraíso terrenal. Años más larde, los conquistadores espa­ ñoles pondrían el nombre de California a la zona del actual estado de EE.UU. porque su visión les recordó la descrip­ ción ofrecida por Montalbo del reino de las amazonas. Esta figura aparece frecuente­ mente asociada a la de la «mu­ je r fatal», la devoradora de hombres implacable y sin co­ razón. El personaje de Lady Arabelle. que seduce a Félix de Vandenesse en El lirio del sa­ lle, de Balzac ( 1836), consti­ tuye un ejemplo perfecto: ex­ celente amazona, es también una temible seductora inacce­ sible a los sentimientos. Seña­ laremos. por últim o, que las amazonas grecolalinas se han AM BRO SÍA asociado frecuentemente a las w alkirias de la m itología es­ candinava, con quienes com ­ parten el carácter guerrero y su independencia respecto de los hombres. ♦ Icón. Las amazonas apare­ cen frecuentem ente represen­ tadas en vasijas antiguas: Aqui­ les dando muerte a la reina de las amazonas. 540 a. C.. Lon­ dres: Amazonas a caballo, án­ fora etrusca. h. el siglo v a. C.. París. La Amazona Mattel, es­ cultura del siglo v a. C. (Roma), representa a la g u e­ rrera herida, mientras que en el Museo Arqueológico Nacional de Ñapóles se conserva una es­ cultura helenística que repre­ senta una Amazona muerta del siglo ii a. C.: Rubens pintó una Batalla de las am azonas (1615, M unich) que destaca por su extraordinario sentido del movimiento. ♦ Cin. Las aventuras de estas guerreras intrépidas, cuyo po­ der de seducción representa una am enaza para la vida de los héroes, han fascinado tam­ bién a los cineastas: W alter Lang. El m arido de la am a­ zona, 1933: V ittorio Sala. 1.a reina de las am azonas. 1960; Terence Young. lo s amazonas, 1973: Al Bradley. Las am a­ 20 zonas hacen e l am or y la gu e­ rra, 1973, y Supermán contra las am azonas, 1973; Clifford Brown. Macisto contra la rehuí de las amazonas, 1973. A M B R O S ÍA D el g rie g o a m b ro sia , « a li­ m e n to d e in m o rta lid a d » (té r­ m in o d e riv a d o d e la p a la b ra bro lo s, «m o rtal» , p re c ed id a del p refijo priv ativ o a -), era el m is­ te rio so a lim e n to d e los d io s e s ' al c u al d e b ía n su in m o rta lid a d y que aco m p añ ab an con una b e b id a d e n o m in a d a n é c ta r'. ♦ L engua. Se ha dado este nombre a un género de plantas, de la fam ilia de las com pues­ tas, algunas de cuyas especies se tom an en infusión. F.n sen­ tido figurado, el térm ino am ­ brosía se utiliza para designar algún manjar exquisito y deli­ cado. AMOR El tem a del a m o r es sin duda el m á s im p o rtan te d e la m ito lo ­ g ía grecorrom ana. E xceptuando A r te m is a '- D ia n a ' y A ten ea"M in e rv a ', las d io s a s v írg e n e s, to d o s lo s d io se s" y to d a s las d io sas e x p e rim e n ta n av en tu ras a m o ro s a s q u e v an d e l sim p le d eseo carnal a la pasió n m ás in­ 21 ten sa. E stos a m o re s u n en tan to a las d iv in id ad es e n tre s í (Ares* y A fro d ita1, p o r ejem p lo ) c o m o a un d io s y u n a m o rtal (Zeus* y L eda", D á n a e ’ o A lc m e n a ) o tam b ién a u n a d io sa y u n m o r­ tal (co m o A fro d ita y A nquises, T etis" y Peleo"), y p o r su p u esto a lo s sim p le s s e r e s h u m a n o s (F ed ra" e H ip ó lito ", M edea* y Jasón*, Dido* y Eneas*). D e e s ­ ta s u n io n e s , la m a y o ría d e las veces ilegítim as y a v e ces ad ú l­ te ra s, n a c e n h ijo s q u e , c u a n d o son fru to d e u n a div in id a d y un m o rta l, so n d e n o m in a d o s h é ­ roes* o sem idioses*. - y C U P ID O , E R O S , P S IQ U E . ANDRÓM ACA H ija d e E e tió n , rey d e T e ­ b as' — c iu d ad m isia d e la T róad e p ró x im a a T r o y a '— , y e sp o sa d e Héctor*, h ijo de P ríamo*, sim b o liz a el a m o r c o n y u ­ gal y filia l fre n te a la cru e ld a d d e la g u e rra . S u p a d re y su s siete h e rm a n o s m u riero n a m a­ nos d e A quiles" du ran te u n a ex ­ p e d ic ió n d e c a s tig o q u e los griegos dirigieron co n tra la c iu ­ d ad d e T e b a s c u a n d o c o rría el o ctav o a ñ o d e la g u e rra c o n tra los tro y a n o s. C o n H é c to r tuvo un hijo , A stianacte. A l c a e r T ro y a su frió el m ism o d e stin o c ru e l q u e e s p e ­ www.FreeLibros.me ANDRÓMACA ra b a a to d as las cautivas troyanas, q u e fueron repartidas entre lo s v e n c e d o re s. A ndróm aca to c ó c o m o botín a N eoptólem o — ta m b ién lla m a d o P irro, «el lla m e a n te » — , el h ijo d e A qui­ les, q u e había d ad o m uerte a su e sp o s o H éctor. M ientras el n a­ v io d e su n u ev o am o se alejaba d e T ro y a , lle v á n d o la h acia el E piro, los griegos arrojaron a su h ijo A stian acte d esd e las m ura­ llas d e la ciu d ad en llamas. C o n v e rtid a p o r ley de gu e­ rra en la c o n cu b in a de N eoptó­ le m o , rey d e F tía , le d io un h ijo , M o lo so , d e sp e rta n d o los celo s d e la estéril reina Hermíon e, q u e in te n tó m a ta r al niño. C u a n d o Orestes* m ató a N eop­ tó le m o , q u e h a b ía acu d id o a D c lfo s p a ra c o n su lta re ! orácu­ lo , A n d ró m a c a y su h ijo se salv aro n d e la m u erte gracias a la in terv en ció n del anciano Pe­ leo , p a d re d e A q u iles. A ndróm a c a se c o n v irtió en to n ce s en la e sp o s a d e H é le n o , adivino tro y a n o h e rm a n o d e H écto r al q u e N e o p tó le m o había legado u n a p a rte d e su s tie rra s de E p iro . A la m u erte de H éleno, A n d ró m a c a p artió p ara fundar u n a c iu d a d en M isia a la que d io e l n o m b re d e su h ijo Pérgam o. - > C A SA N D R A , H ELENA . ANDRÓM ACA ♦ Lit. La M uda ha inm ortali­ zado la imagen de la «viuda de Héctor» sollozando desgarra­ doram ente sobre el cuerpo de su m arido m uerto (canto XXIV). Homero nos presenta a la esposa enam orada viendo partir llena de tem or a su e s­ poso. el más valeroso de los guerreros (royanos, en una es­ cena de emoción y ternura fa ­ m iliar que contrasta fuerte­ mente con la brutalidad de los combates (canto VI). Frente a Helena . coqueta y adúltera, A ndrómaca es la encarnación de la fidelidad conyugal, al igual que Penélope- en la Odi­ sea (—» ut.iSKS). Eurípides es­ cenifica su angustia y su coraje ejem plar: A ndróm aca. arras­ trada por el cruel Neoplólemo lejos de su hijo Astianacte. que iba a ser despeñado desde las murallas de Troya en Las 1ro­ yanos (415 a. C.): en Andróm aca (424 a. C .) tendrá que defender duram ente al bas­ tardo que tuvo de su nuevo amo contra los celos de Herím'one. Séneca recoge las quejas de las cautivas reducidas a la esclavi­ tud en su obra Las trayanas. tragedia com puesta entre 49 y 62 d. C.; en esta pieza. Andrómaca se enfrenta con un terri­ 22 ble dilem a: salv ar a su hijo o respetar el recuerdo de su e s­ poso muerto. El mismo dilema será el nudo de la tragedia de Racine del m ism o título. Vir­ gilio, por su parte, en su epo­ p eya la Eneida (29-19 a. C.) m uestra el em otivo reencuen­ tro d e dos supervivientes del desastre troyano: Eneas', al de­ sem barcar en el Epiro, encon­ trará a Andrómaca llorando so­ bre el cenotafio de su am ado Héctor (canto III). M ás adelante verem os reapa­ recer la figura de Andrómaca en diversas obras dedicadas a la guerra de T roya, com o por ejemplo el Román de Troie, de Benoit de Sainte-Maure (siglo xn ); La Troade, de R oben G arnicr (1579). o tam bién en La guerra de Troya no tendrá lugar, d e G iraudoux (1935). R acine la convierte en prota­ gonista absoluta de su tragedia Andrómaca (1667). donde en ­ carna la fidelidad trágica a un esposo am ado y el desgarra­ miento de la madre. El poema de Baudelaire «El cisne» (Lasflores del mal, 1857). dedicado a «todo aquel que ha perdido lo que nunca podrá recuperar», em pieza con estas palabras: «¡Andrómaca, en ti pienso!», y compara la melancolía del pa- 23 ANFITRION seante parisino en una ciudad cam biante con el do lo r que comparten todos los exiliados. ♦ Icón. D avid. El d olor y los lamentos d e Andrómaca sobre e l cuerpo d e H éctor, 1783. fragm ento del cuadro de in­ greso en la A cadem ia. París, Bellas Artes. ANDRÓM EDA E sp o sa d e —> per seo . A N F IT R IÓ N N ieto d e Perseo", y c o m o tal b is n ie to d e Z e u s ’, fu e re y d e T irin to , e n e l P e lo p o n c s o . Su e sp o sa , A lc m e n a , e ra tan b ella q u e Z e u s se e n a m o ró p e rd id a ­ m e n te d e e lla , p e ro a n te su in­ q u e b ra n ta b le fid elid ad el señ o r d el O lim p o ' s e v io o b lig a d o a a d o p ta r la a p a rie n c ia d e A n fi­ trión p a ra po see rla . E n g añ an d o d e e s te m o d o a s u m a rid o m ie n tra s c re ía e s ta r e n tr e su s b ra z o s , A lc m e n a c o n c ib ió d e Z e u s un h ijo d e s tin a d o a g ra n ­ d es h aza ñ as: H eracles". ♦ L en g u a . El térm ino a n fi­ trión ha pasado al lenguaje co­ rriente para designar a la per­ sona que recibe invitados a su mesa o en su casa. La palabra sosias, que se aplica a la per­ sona que tiene un extraordina­ www.FreeLibros.me rio parecido con otra, está asi­ mismo relacionada con este mito ( - 4 I.IT.). ♦ Lit. Este relato mitológico se prestaba evidentemente a una lectura vodevilesca y a todo tipo de versiones cóm i­ cas. La más antigua conocida es el A nfitrión de Plauio (h. 200 a. C .). de la que puede de­ cirse que derivan todas las de­ más. En ella aparece un perso­ naje. el esclavo Sosias, cuya apariencia tom ará M ercurio . al igual que Jú p iter' adoptará la d e Anfitrión. La tradición, por un curioso mecanismo «ni­ velador». quiso que ambos, amo y esclavo, pasaran al len­ guaje corriente convertidos en nombres comunes. D esde la pieza de Plauto. el tem a del dios que adopta la apariencia de un mortal con el objetivo de seducir a una mu­ je r ha inspirado numerosas va­ riantes no solo por la rentabili­ dad cóm ica de los juegos de equívocos a que se prestaba, sino también por la presencia subyacente de un tem a igual­ mente rentable: las dudas sobre la identidad. Rotrou volvió so­ bre el modelo de Plauto con Los sosias (1636). y lo mismo hizo M oliere con Anfitrión (1668). La pieza de Moliere ANFITR1TE termina con un suntuoso festín que Júpiter, siem pre oculto bajo la apariencia de Anfitrión, ofrece al rey y a sus amigos; el criado Sosias, que ha renun­ ciado definitivam ente a saber cuál de los dos A nfitriones es el verdadero, concluye excla­ mando: «¡El verdadero A nfi­ trión / es el A nfitrión que nos da de cenar!» De aquí deriva el em pleo de la palabra para de­ signar al huésped espléndido que agasaja magníficamente a sus invitados (—» LENGUA). El tema volverá a ser tratado por Kleist (Anfitrión, 1806) inspi­ rándose en M oliere, y más tarde por Giraudoux (Anfitrión 38, 1938). Este mito puede relacionarse de forma más general con el tema del doble, que puede adoptar di­ versas formas. De este modo, en cuanto al m otivo de la se ­ ducción. piénsese en las dife­ rentes versiones del mito de don Juan, con el seductor ha­ ciéndose pasar por su criado. Aunque desde una perspectiva diferente, volveremos a encon­ trar en Nerval el tema del doble que seduce y se casa con la mu­ jer amada, tema que desempeña un papel esencial tanto en el Viaje a Oriente ( 18 5 1) como en Aurelia (1855). 24 ♦ C in. R einhold Schiinzel propone una libre adaptación del m ito en L o s d io ses se d i­ vierten (1937). opereta paró­ d ica donde M ercurio se d es­ plaza sobre patines y los d io ­ se s- buscan vanam ente una A m érica que todavía no ha sido descubierta. A N F IT R IT E E sta n ereid a", h ija d e N e rc o ’ y d e D ó n d e, es la esp o sa legítim a d e Poseidón", q u e la h ab ía visto p o r p rim e ra v ez c u a n d o ju g a b a c o n su s h erm a n a s en las o rilla s del N ax o s. Q u e d ó p re n d a d o de e lla , p e ro la jo v e n d io s a ”, a su s­ ta d a, h u y ó d e él para refugiarse j u n to a A tlas". P o se id ó n lanzó en su p e rs e c u c ió n u n d e lfín , q u e regresó) tray én d o la sobre su lo m o , y lu e g o la lo m ó p o r e s ­ p o sa c o n v ir tié n d o la en re in a d e lo s m a re s , « la q u e ro d e a el m u n d o » (ta l e s e l s e n tid o e tim o ló g ic o d e su n o m b re g rie g o ). H ijo d e a m b o s es T ri­ tó n , m ita d h o m b re , m ita d p ez, q u e d u ra n te la s te m p e sta d e s d isfru ta arran can d o so n id o s sal­ v a je s a la s c a ra c o la s c o m o si fu eran p ífan o s. ♦ IJt. La Teogonia, de Hesío­ do (versos 243-931). y la O di­ sea (III) evocan la figura de 25 ANIMALES Amicns), y la Fuente de Anfi­ trite de los jard ines del pala­ cio de La Granja (Segovia). si­ glo XVIII. A N IM A LES L a m itología, c o m o explica­ c ió n d e lo s o ríg e n e s, debía a c la ra r el d e lo s s e re s v iv o s. Zeus" había encom endado la ta­ rea d e c re a rlo s a d o s titanes*, P ro m e teo " y su h e rm a n o Epim e teo , c u y o s n o m bres sig n ifi­ c a n , re s p e c tiv a m e n te , « p re v i­ Mosaico d e N eptuno y A n fitrite s o r» e « im p re v iso r» . A m bos (detalle), Roma, colección particular te n ía n a su d is p o sic ió n cierto n ú m ero d e c u a lid a d e s, en c a n ­ Anfitrite: Píndaro (Olímpicas, tid a d ilim itad a, co n las q ue po­ VI) canta a «Anfitrite, la de la d ían d o tar a su g u sto a los seres rueca de oro», y Ovidio (Meta­ q u e s e le s h a b ía e n carg ad o morfosis, I ) relata los orígenes crear. D ado su carácter, Epimedel mundo, «cuando Anfitrite le o se p u so m an o s a la obra sin aún no había extendido sus reflex io n ar y creó los anim ales, brazos sobre las orillas terres­ re p a rtie n d o e n tre e llo s p rá c ti­ tres». c a m e n te to d a s la s cu a lid a d e s ♦ ¡cotí. A parece siem pre re­ q u e los d o s herm anos tenían en presentada sobre su carro re serv a . D e e ste m o d o E pim etriunfal. Entre las obras an ti­ tc o d is trib u y ó g e n e ro sa m e n te guas destacan los mosaicos ro­ e n tr e lo s a n im a le s cu a lid a d e s manos titulados El triunfo de ta le s c o m o la fu e rz a y la velo­ N eptuno y A n fitrite. siglo III c id a d , la a s tu c ia y el v alo r, y d. C ., Louvre, y N eptuno y to d o tip o de atrib u tos físicos de A nfitrite. Rom a, colección d e fe n s a o d e a ta q u e , de tal particular. M ás próxim os a m o d o q u e la re s e rv a estab a nosotros son los cuadros de p rá c tic a m e n te a g o ta d a cuando Poussin (siglo xvn, Chantilly) q u is o e m p e z a r a c re a r a los y de B oucher (siglo xvm . h o m b re s. P ro m e te o tu v o q ue www.FreeLibros.me ANTEO encargarse d e rep arar, en la m e ­ d id a d e lo p o sib le , la im p re v i­ sió n de su h e rm a n o . L o c o n s i­ g u ió m al q u e b ie n , p e ro p a ra ello tuvo q u e ro b ar a los d io se s' el fu e g o c e le s te , ú n ic o m e d io p ara p aliar la in ferio rid ad física e in c lu s o « p s ic o ló g ic a » a q u e los h o m b res p arecían ab o cad o s re sp ecto a los an im ales. L o s m ito s g re c o r ro m a n o s so n un s o rp re n d e n te h e rv id e ro en e l q u e p u lu la n los a n im a le s m á s d iv e rso s; a lg u n o s in v e s ti­ g a d o res han p o d id o d e te c ta r en esta p rofusión la h u ella d e a n ti­ q u ís im a s re lig io n e s to ié m ic a s. —> B E S T IA R IO , H U M A N ID A D , P R O ­ M ETEO. ANTEO E ste m o n s tru o s o g ig a n te ', h ijo d el d io s P o s e id ó n ’ y d e G ca . la m ad re T ie rra , v iv ía en el d e s ie rto d e L ib ia , d o n d e se había co n v ertid o en el te rro r de los v iajero s q ue p o r a llí ac e rta ­ ban a p a sa r d e b id o a q u e te n ía la a fic ió n d e a d o r n a r c o n su s c rá n e o s e l te m p lo q u e h a b ía e rig id o e n h o n o r d e su p a d re . H eracles*, en e l c u rs o d e su b ú sq u e d a d e la s H c sp é rid e s", tu v o q u e e n fre n ta rs e a é l, p e ro el m onstruo p arecía inven cib le y a q u e c a d a v e z q u e su c u e rp o lo c a b a el su e lo , su m a d re G e a 26 le d a b a n u e v a s fu e rz a s . H e ra ­ c le s co n sig u ió e stra n g u la rlo le ­ v a n tá n d o lo e n v ilo p a ra e v ita r q u e ro z a r a la tie rra . L u e g o lo m ó a T in g e , la e sp o sa del g i­ g a n te , y tu v o c o n e lla u n h ijo , S ó fax , fu n d ad o r d e la ciu d ad d e T in is (T án g er). ♦ Icón. Se le representa siem­ pre luchando contra Heracles. Destacaremos la vasija de Eul'ronios, siglo v a. C.. Louvre: Pollaiolo (siglo xv) trató en di­ versas ocasiones el tem a de Anteo tanto en escultura como en pintura (Florencia); el pin­ tor Baldung Gricn supo dotar de viva expresividad a los ros­ tros de am bos adversarios (post. 1529, Cassel). A N T ÍG O N A H ija d e E d ip o y Y o c a sta y h e rm a n a d e Is m e n e , d e E te o c le s y d e P o lin ic e s". A n tíg o n a a c o m p a ñ ó a su p a d re c u a n d o e ste, al d e sc u b rir el c rim e n y el in c e s to q u e h a b ía c o m e tid o , p a rtió h a c ia e l e x ilio d e s p u é s d e a rra n c a rse lo s o jo s. S e refu ­ g ia ro n en C o lo n a , u n p u eb lec iIlo d e l Á tic a , d o n d e la m u erte trajo fin alm en te la p az a E dipo. A n tíg o n a re g re s ó e n to n c e s a T eb as* . D e s p u é s d e q u e E te o c lc s y P o lin ices se m atarán m u- 27 ANTÍGONA lu a m en te en su lu c h a fratricid a p o r el p o d e r, su tío C re o n tc , c o n v e rtid o en rey. d isp u so q u e se trib u tasen h o n ras fú n eb res al p rim e ro , p e ro p ro h ib ió , b a jo p e n a d e m u e rte , q u e P o lin ic e s re c ib ie ra s e p u ltu ra p o r h a b e r c o m b a tid o c o n tra su p ro p ia pa­ tria. d e c re ta n d o q u e su c a d á v e r q u e d a s e e x p u e s to a la s a lim a ­ ñ a s y a las a v e s d e ra p iñ a . L as tra d icio n e s g rie g a s e sta b le c ía n el d e b e r s a g ra d o d e s e p u lta r a los m u e rto s, se ñ a la n d o q u e en c a s o c o n tr a rio e l a lm a d e l d i­ fu n to v a g a ría e te r n a m e n te sin re p o so y n u n c a p o d ría a c c e d e r al re in o d e la s som b ras* . Is­ m en e se s o m e tió al e d ic to de C re o n te ; n o a s í A n tíg o n a , q u e tra n sg red ió c o n sc ie n te m e n te la p roh ib ició n del tiran o p o r am o r a su h e rm a n o y e n n o m b re d e « las ley es n o esc rita s e in m u ta ­ b le s d e lo s d io ses*» (S ó fo c le s, A n tíg o n a ). C o n d e n a d a a se r e m p a re d a d a v iv a , A n tíg o n a pone fin a su vida ahorcándose. S u p ro m e tid o H e m ó n , h ijo d e C re o n te , se d a m u e rte so b re el c u e rp o sin v id a d e A n tíg o n a, y la e sp o s a d e C re o n te , a su vez, se su ic id a d e d o lor. IN F IE R N O S , T E B A S . ♦ l.it. Esta versión de los h e­ chos es la que term inó im po­ www.FreeLibros.me niéndose con las célebres tra­ gedias de Sófocles. Antígona (440 a. C.) y Edipo en Colona (representada postumamente en 401 a. C.). En realidad, las tra­ diciones más antiguas son he­ terogéneas: Antígona aparece en algunas com o hija de Eurigania y Edipo, no siendo por tanto fruto de un incesto: en ocasiones se la presenta como esposa de Hemón y madre de un hijo: en otras versiones se afirm a que Hemón fue devo­ rado por la Esfinge . Eurípides renueva el tema en Las fenicias (h, 408 a. O . y la presenta abandonando Tebas tras la muerte de sus herm anos y en compañía de su padre. El caso de Antígona es particularmente ilustrativo de lo vanos que pue­ den resultar los intentos de re­ construir la «biografía» cohe­ rente de los héroes y heroínas de los mitos. Es tarea del poeta crear, partiendo de datos dis­ persos. personajes trágicos que den la medida del hombre y se impongan a la posteridad. An­ tígona ha quedado desde Sófo­ cles com o la heroína capaz de asum ir los valores éticos más elevados y pagar por ello con su vida, como el símbolo de la resistencia contra cualquier forma de tiranía. ANTÍG O N A Sin em bargo, cuando el m ito literario sobre A ntígona em ­ pieza a cobrar cuerpo en las le­ tras europeas y antes de encar­ nar la oposición a la tiranía, A ntígona había sim bolizado fundamentalmente la adhesión a los valores fam iliares. A sí aparece en las traducciones ro­ mances de la tragedia de Sófo­ cles. tanto en la italiana de Luigi Alamanni (1533) com o en la francesa de B aíf (1573). y también en la creación origi­ nal de Roben G arnier (1580). donde puede detectarse ya una cristianización del mito. Lo mismo se observa en la inter­ pretación que ofrece Rotrou en su A ntígona (1637) y sobre todo en el relato épico de Ballanche (1814). que la con­ viene en una heroína moderna, una santa com parable por su abnegación y espíritu de sacri­ ficio a J uana de Arco. En el siglo xix Antígona inspi­ rará la reflexión de los rom án­ ticos alemanes, especialmente a partir de la traducción que de la pieza de Sófocles realiza H oldcrlin que, en sus O bser­ vaciones sobre A ntígona (1804), ve en ella una figura blasfema y violenta. Según el filósofo Hegel. el mito de An­ tígona pone de m anifiesto la 28 contradicción mism a que con­ denaba a muerte a la sociedad griega, víctim a de la tensión entre los valores morales de la ciudad, encarnados en una fi­ gura masculina, Creonte, y los valores m orales «naturales» qu e profesa A ntígona com o m ujer (Estética, 1835). La interpretación abiertamente política del m ito se gesta d u ­ rante el siglo xix. El conflicto entre las leyes escritas y las le­ yes no escritas se convierte en el que enfrenta al individuo contra el poder absoluto. Esta interpretación aparecía ya es­ bozada en la A ntígona de All'ieri (1783), donde se denun­ ciaba enérgicam ente la razón de Estado y el poder m onár­ quico. Por extensión. Antígona se convierte en el sím bolo de la rebeldía y de la libertad anticoníorm isla. com o en la pieza d e .lean C octcau repre­ sentada en 1922 con una puesta en escena vanguardista. La A ntígona de A nouilh, re­ presentada en 1944 durante la ocupación alemana, parece ha­ berse convertido para muchos lectores en el m ejor símbolo del espíritu de la resistencia; sin em bargo, el au to r quería conseguir una cierta rehabilita­ ción de la figura del mariscal 29 ANTÍOPE Pétain. en la m edida en que pretendía explicar la elección de C reonte. A ntígona. por su idealism o y su aspiración a la pureza, recuerda a otras heroí­ nas de Anouilh. La resistencia a la autoridad es también la in­ terpretación que ofrece Bertolt Brechl en su Antígona (1948). y la que aparece en la novela de H ochhuth La Antígona de Berlín (1964), donde una joven berlinesa d esafía el poder de Hiller enterrando en secreto el cadáver de su hermano, asesi­ nado por sus declaraciones hostiles a los nazis. En la obra teatral Antígona (1939), Salva­ dor Espriú se sirve del mito para tratar más o menos direc­ tam ente el tem a de la guerra civil española. ♦ Icón. Antígona ante Creon­ te, ánfora griega, posterior al siglo v a. C., Berlín. El escul­ tor Joscph-Charles Marin rea­ lizó una notable terracota al estilo antiguo que representa a A ntígona y Edipo. h. 1800. París. ♦ M ás. Antígona, ópera: Honegger, 1927: Cari Orff, 1948. Antígona, ballet inspirado en la traged ia de S ófocles, m ú­ sica de M ikis T heodorakis, coreografía d e John C ranko. 1959. www.FreeLibros.me Apolonio y Taurisco de Rodas. El toro Farnesio. Museo Nacional de Nápoles A N T ÍO P E H ija d e N ic te o , re g e n te del re in o d e T e b a s -. Z e u s ', p ren ­ d a d o d e su gran b elleza, la per­ sig u ió y co n sig u ió unirse a ella b a jo la ap arien cia de un sátiro’, d e já n d o la encinta. T em iendo la ira d e su p a d re . A n tío p e buscó re fu g io en S ic ió n . d o n d e d io a lu z d o s ge m e lo s. A b rum ado de p esar y d e vergüenza, N icteo se su ic id ó , n o sin a n te s h ab er e n ­ c o m e n d a d o a su h erm ano Lico q u e le ven g ara. E ste últim o in­ v adió e n to n ce s la ciudad de Si­ c ió n , m a tó a su re y y tra jo a A n tío p e p risio n e ra a T ebas. L o s g e m e lo s re c ié n n acid o s 30 A N T R O PO G O N ÍA fu e ro n a b a n d o n a d o s e n el m onte C iterón. d o n d e un o s p as­ to re s lo s e n c o n tr a ro n y se e n ­ c a rg a ro n d e su c ria n z a . A n lío pe. m altratad a p o r L ico y su e s­ p o sa D irc e , q u e la h a b ía c o n v e rtid o en su e s c la v a , c o n ­ s ig u ió h u ir y re u n irs e c o n su s h ijo s. E s to s la v e n g a rá n m a ­ ta n d o a L ic o y D irc e , a la q u e ataron a los c u e rn o s d e u n to ro q u e la d e stro z ó c o n tra u n a s ro ­ c a s. D io n is o . irrita d o p o r e s te c rim e n , se v e n g ó d e A n tío p e haciéndola en lo q u ec er. A ntíope an d uvo erra n d o p o r toda G recia h a sta q u e fin a lm e n te la e n c o n ­ tró el c o rin tio F oco, héroe cpón im o de la F ó c id e , q u e la cu ró d e su locura y la c o n v irtió en su esp o sa. L a le y e n d a h a b la d e o tr a A n tío p e q u e a v e c e s se c o n ­ fu n d e c o n e sta . L a « s e g u n d a » A n tío p e s e ría h e rm a n a d e H i­ p ó lita . re in a d e la s a m a z o n a s ', q u e d io a T e se o ' un h ijo , H ip ó ­ lito . ♦ Lengua. Los responsables de un servicio francés de leleinformática se las arreglaron para formar el nombre Antiope con las iniciales de dicho se r­ vicio: «Adquisición Numérica y Televisuali/.ación de Im áge­ nes Organizadas en Páginas de Escritura» (de ahí la expresión subtítulos Antiope que aparece a m enudo en las pantallas de televisión francesas). ♦ ¡con. A polonio y T aurisco de Rodas. El toro Eamesio, si­ glo i a. C.. Museo Nacional de Ñ apóles, es uno de los más grandes grupos escultóricos de la A ntigüedad; representa el suplicio d e D ircc. El Louvre conserva tres lienzos inspira­ dos en el mito: T iziano. Júpi­ ter y Antíope. siglo xvi (sobre este cuadro realizó un grabado Bernard Barón): Correggio. El sueño d e A ntíope. donde ve­ mos a Z eus acercarse, bajo la apariencia de un sátiro . a la jo ­ ven dorm ida, h. 1524: Watteau. Antíope, siglo xvm. A N T R O P O G O N ÍA —> E D A D D E O R O . H U M A N I­ D A D . PA N D O RA , PROM ETEO. APOLO D io s d e l fu e g o s o la r y d e la b e lle z a , d e la s a rte s p lá s tic a s, d e la m ú s ic a y d e la p o e sía , es ta m b ié n el d io s o r a c u la r y el d io s d e la p u rific a c ió n . S u po­ d e r e s tem ib le. E s h ijo d e Z e u s y d e Leto y tie n e u n a h e rm a n a g e m e la . A rte m isa " , c o m o el S o l tien e p o r h e rm a n a a la L u n a . D es­ 31 A POLO p u és d e m u c h a s trib u la c io n e s p ro v o c a d a s p o r la c e lo s a H e ra 1, su m a d re d io a luz. a los g e m e ­ los en la is la d e D é lo s, q u e a p a rtir d e e n to n c e s se c o n v irtió en u n a tie rra sag rad a d o n d e n a­ die te n d ría d e re c h o a n a c e r ni a m o rir. E n e s ta is la tra n s c u rrió la in f a n c ia d e A p o lo , q u e al c re c e r p a rtió h a c ia e l p a ís d e los h ip e rb ó re o s’, d o n d e p erm a ­ neció p o r e sp a c io d e u n añ o . Se d irig ió lu e g o a D e lfo s . d o n d e llegó en m itad del v erano, y allí m a tó a P itó n ', u n m o n stru o " qu e te n ía a te m o riz a d o a l p a ís. P ara c o n m e m o r a r su v ic to ria sobre la se rp ie n te , A p o lo fundó los Ju e g o s « P írico s» . L u e g o se ap o d eró del o rá c u lo d e Tcm is*, que h asta e n to n ce s h a b ía d ete n ­ tado el m o n stru o , y c o n sag ró el trípode sa g ra d o d o n d e se se n ta ­ ría la P itia , u n a jo v e n s a c e rd o ­ Praxiteles. Apolo Sauróctono. tisa q u e tra n sm itía en térm in o s París.Musco del Louvre a m b ig u o s lo s o r á c u lo s q u e le in sp irab a el d io s. A p o lo fu e d e s te rra d o del lia s d e T ro y a . p e ro c o m o el O lim p o e n d o s o c a s io n e s . La m o n a r c a se n e g ó a p a g a rle lo p rim e ra v e z p o r h a b e r c o n s p i­ c o n v e n id o , A p o lo se v engó e n ­ rado co n tra Z e u s ju n to a P o sei- v ia n d o s o b re la c iu d a d una d ó n \ H e ra ’ y A te n e a , y la s e ­ p e ste q u e d ie z m ó a la p o b la ­ gunda p o r h a b e r asa e te a d o co n c ió n . L a seg u n d a v ez fue deste­ sus H echas a los c íc lo p e s , a lia ­ rra d o a T e s a lia p a ra c u id a r los dos d e Z eu s. S u p rim e r castig o , re b a ñ o s d e l re y A d m eto , el es­ al se rv icio del rey L ao m ed o n te, p o so d e A lcestis". U n a v ez su ­ consistió e n c o n stru ir las m ura- p e ra d a s e sta s p ru e b a s . A polo www.FreeLibros.me A PO LO recuperó su libertad y su puesto en el O lim p o. El m ás h e rm o so d e los d io ­ s e s ' tu v o n u m e ro sa s a v e n tu ra s a m o ro s a s 1 1 0 d e m a s ia d o a fo r­ tu n ad as. V arias n in fas” d e sp e r­ ta ro n su p a sió n , p ero n o s ie m ­ p re lo re c ib ie ro n c o n lo s b r a ­ z o s a b ie r to s : C ir e n e , q u e c o n c ib ió d e él a A r is te o ; C litia, a la q u e tra n s fo rm ó en helio tro p o p ara ca stig a rla p o r h a­ b erle tra ic io n a d o ; D afne", q u e , p a ra e s c a p a r d e l a c o s o d e l in ­ siste n te d io s , s u p lic ó y o b tu v o s e r tr a n s fo r m a d a en la u re l. T u v o a m o r e s c o n la s m u s a s ’, c o m o T a lía , c o n q u ie n e n g e n ­ d ró a lo s c o rib a n te s , o U ra n ia , d e c u y a u n ió n s e d ic e q u e n a ­ c ió O rfeo*. E n tre su s a m a n te s fig u ra n ta m b ié n a lg u n a s m o r­ ta le s: la in fie l C o r ó n id e , c o n q u ie n tu v o a A s c le p io ” C re ú sa, m ad re d e ló n : C a sta lia , una s e n c illa jo v e n d e D e lfo s q u e h u y ó de él y fu e tra n sfo rm a d a en fu en te; P sá m a te , q u e c o n c i­ b ió a L in o ; C a s a n d ra ”, q u e s u ­ frió un h o rrib le c a stig o p o r ha­ b e rs e n e g a d o a c e d e r a n te el dios. A polo a m ó tam b ién al j o ­ v en Jacin to * y lo c o n v ir tió en f lo r c u a n d o un a c c id e n te le p riv ó d e la v id a ; la m e ta m o r­ fosis* e n c ip r é s de C ip a ris o , o tro jo v e n q u e d e s p e r tó su p a ­ 32 sió n , c a u só en el d io s u n a gran a flic c ió n . - > j a c i n t o . I.as fu n cio n es d e A p o lo son m últiples: d ios d e la arm onía, se le a trib u y e la in v e n c ió n d e la m ú s ic a y d e la p o e sía , q u e h e ­ chizan el c o ra z ó n d e h o m b re s y d io s e s ; se s irv e p a ra e llo d e la lira, q u e o b tu v o d e H erm es", y ta m b ié n d e la fla u ta , o b je to de u n a v io le n ta d is p u ta c o n M arsias", a q u ie n d e s o lló v iv o p o r h a b e r o s a d o m e d irs e c o n él. A p o lo in s p ira a los c re a d o re s v erso s reg u lares y equilibrados. F recu e n te m e n te d irig e las d a n ­ z a s d e la s m u s a s en el m o n te P a rn a s o '; e s e n to n c e s « A p o lo M u s a g e ta » . L a s c a rite s" le a co m p a ñ an . E s tam b ié n el d ios q u e p u rific a : c o n o c e el a rte de s a n a r los c u e rp o s , a le ja n d o d e e llo s to d a im p u reza. Es «el b ri­ llante», «el lum in o so » (phoibos, e n g rie g o ), d io s del c a lo r so la r q u e h a c e g e rm in a r y m a d u ra r los fru to s, d io s del v eran o , q u e c a d a a ñ o tra e a los h o m b re s c u a n d o re g re s a d e l le ja n o país d e los h ip erb ó reo s. El p o d e r de e ste d io s es tem ib le, tan tem ible c o m o el del S o l, del q u e e s una im a g e n m ític a : m a ta c o n su s fle c h a s a lo s h ijo s d e N íobe* y e n v ía la peste co n tra las huestes d e A g am en ó n ", q u e n o resp e tó a la h ija d e su sa ce rd o te G rises. 33 A PO LO D ios g u erre ro , se p o n e del lado de los tro y a n o s d u ra n te el c o n ­ flicto c o n tra los aq u eo s. L obos, c a b ritillo s , c is n e s , c u e rv o s y d elfin es so n sus an im ales" p re ­ feridos. y su planta sagrada e s el laurel — tr ib u to a la e sq u iv a D afne— , cuyas ho jas m astica la Pitia d u ra n te sus trances. L o s ro m a n o s a d o p ta ro n m u y p ro n to a e s te d io s p re s ti­ g io so , c u y o n o m b re c o n se rv a ­ ro n , re te n ie n d o s o b re to d o su p o d e r s a n a d o r y su s a trib u to s so la re s (f re c u e n te m e n te a p a ­ re c e d e s ig n a d o c o n el n o m b re de F c b o ). El e m p e r a d o r A u ­ gusto (6 3 a. C .-I4 d. C .) le c o n ­ v irtió e n su d io s tu te la r e h iz o c o rr e r e l ru m o r d e q u e A p o lo e ra su p adre. ♦ Lengua. En el lenguaje co­ rriente. un apoto es un joven de belleza perfecta. El adjetivo apolíneo, en su acepción origi­ nal. hereda este mismo signifi­ cado. funcionando com o sinó­ nim o d e «apuesto, atractivo», a veces en sentido irónico; en una segunda acepción, forjada por el filósofo alemán Nietzschc. se aplica a lo que se ca ­ racteriza por su proporción, equilibrio y armonía, oponién­ dose en este sentido a dionisiaco (—> DIONISO). www.FreeLibros.me El nombre del dios ha servido para bautizar al célebre pro­ grama espacial estadounidense cuyo principal objetivo fue el desem barco del hombre en la Luna Iprograma Apolo). Antes se había dado su nombre a una hermosa mariposa, la Parnassiu s apollo, también llamada mariposa parnasiana. -> DAFNE. ♦ l.il. Apolo está muy pre­ sente en la Ufada, donde fre­ cuentem ente desem peña la función de protector de Paris*. Todos los poetas griegos y la­ tinos le rinden homenaje como inspirador divino de sus obras. Tanto en 1.a República como en I ms leyes. Platón (428-348 a. C .) insiste en la importancia del culto a Apolo, necesario para satisfacer a las masas po­ pulares que reclaman una ma­ gia ritual. Durante la Edad Media y el Renacim iento, Apolo se con­ funde frecuentemente, desde una perspectiva poética, con el propio Dios, como puede verse en el dramaturgo portugués Gil Vicente (El templo de. Apolo. 1526) o en Ronsard y los poe­ tas de la Pléiade. para quienes el artista inspirado es un «sa­ cerdote de Apolo». Con el tiempo. Apolo se irá convir­ A PO LO tiendo fundamentalmente en el símbolo del Sol regio y divino. Juan de la Cueva dedicó el pri­ mer libro de su obra Coro Fe­ beo de rom ances historiales 11583) a Apolo. Sobre los amo­ res del dios y Leucotoe, la rival de Clitia, el portugués Juan de M atos Fragoso escribió la fá ­ bula burlesca Apolo y Leucotoe (1652). O tra de las conquistas del dios sirve de argumento a la com edia de C alderón de la Barca Apolo y C lim ene (se­ gunda mitad del siglo xvu). En el rom anticism o. Apolo volverá a representar el im ­ pulso de la inspiración. En el H iperíón de Holderlin (17971799). el dios se confunde con las figuras de Jú p iter, de Dioniso* y de Cristo, apareciendo con el nombre de Hipcrión. pa­ dre de Helio-, con el cual apa­ rece fusionado; según Holder­ lin. el poeta está investido de una misión divina y expresa a través de su rebelión el re­ cuerdo de su origen solar. Asi­ mismo en Keats (H iperíón, 1819). Apolo encarna el ac ­ ceso al saber y la búsqueda de una nueva poesía. También desde una reflexión estética aparece la figura de A polo en Nietzschc. particularmente en El nacim iento de la tragedia 34 (1872). donde representa el mundo del sueño, del orden y del equilibrio, oponiéndose en este sentido a Dioniso, símbolo del arrebato y del desborda­ m iento de las fuerzas creado­ ras; de esta definición procede el térm ino apolinismo. —> DAFNE. ♦ ¡con. Entre las numerosas es­ culturas de la Antigüedad que celebran al más bello de los dioses citarem os el A polo de Veies, terracota ctmsca, siglo vi a. C.. Roma; el Apolo Sauróctonn, Praxíleles, siglo iv a. C\, copia romana, Louvre. Dios so­ lar, Apolo es una figura omni­ presente en Versalles. la ciudad del Rey Sol; citaremos el grupo Apolo servido p o r las musas, esculpido por Girardon para el bosquecillo de Apolo. 16661673. Madrid tam bién cuenta con una fuente dedicada al dios Apolo, esculpida en el siglo xviii por Manuel Álvarez. Los artistas escogieron a menudo escenas llenas de movimiento (Bernini, A polo y Dafne, h. I62Ü. Roma; Rodin. Apolo aplastando a la serpiente Pitón, yeso, 1895. Buenos Aires) o de emoción (Rafael. Apolo y Marsias, 1509, Roma). ♦ M ás. El laurel d e Apolo, zarzuela, It. 1657; Mozart. 35 AQUERONTE A polo y Jacinto, com edia en un acto. 1763; Stravinski, A polo Mitsagela, ballet, 1928. Muchas óperas que figuran en ­ tre las primeras de la historia de la música tienen como tema central el episodio de Dafne: la más antigua es la de Peri (Dafne, 1597); la más célebre, la de Richard Slrauss (Dafne, 1938). ♦ Cin. La película A polo XIII (1995). dirigida por Ron How ard. narra la desafortunada aventura de la tripulación de la nave espacial estadounidense que d a título a la cinta, que se encontró accidentalmente per­ dida en el espacio. A QUERONTE E ste h ijo d e H e lio y d e G e a ' fu e tra n s fo rm a d o p o r Z e u s 1 e n un río s u b te rrá n e o c o m o ca stig o p o r h a b er p ro p o r­ c io n a d o a g u a a los titanes", que se h a b ía n re b e la d o c o n tr a los d io se s* , tra ic io n a n d o a s í a los O lím picos*. El A qu cro n lc co n s­ titu ía la frontera e n tre el m undo d e los v iv o s y el m u n d o d e los m u e rto s (lo s In fie rn o s ). L as « s o m b ra s » 1 d e lo s m u e rto s se a c erc a b a n a su o rilla y e ra n re ­ c o g id o s a llí p o r el b arq u ero C aro n te", q u e lo s p a s a b a a l o tro la d o p re v io p a g o d e un ó b o lo www.FreeLibros.me q u e siem p re se ponía en la boca d e los d ifuntos. E ra un viaje sin re to rn o (e x c e p to en la doctrina m ístic a d e la reen carnación, de la q u e V irg ilio se h ace e c o en el c a n to V I d e la Eneida). D o s río s , u n o en G re c ia y o tr o e n E p iro , lle v a b a n e ste no m b re. ♦ L en g u a . L.a mariposa noc­ turna conocida con el nombre vulgar de mariposa de la m uerte o esfinge de la cala­ vera, porque presenta sobre su tórax unas manchas que re­ cuerdan esta figura, responde al nombre culto de Acherontia. otra alusión a la muerte simbo­ lizada por la calavera. ♦ Lit. V irgilio describe «el abismo cenagoso e hirvicntc... agitado por pesados borboto­ nes» (Eneida. VI). Racine. en Fedra (1677). expresa el ca­ rácter irreversible de la muerte con el siguiente verso: «Y el rapaz Aqueronte nunca suelta su presa.» En su poema «El desdichado» (Las quimeras, 1854). Gérard de Nerval exalta con estas palabras los poderes mágicos del poeta, que le per­ miten trascender la muerte: «Dos veces victorioso atravesé el Aqueronte.» -» INFIERNOS. ORFEO. AQUILES A Q U IL E S E s uno d e m á s señalados h é ­ ro e s ' g rie g o s. S u n o m b re s im ­ b o liza el v alo r en el c o m b a te y el ím p etu fo g o s o d e lo s s e n ti­ m ientos. S u in fan cia fu e ex c e p ­ c io n a l: su p a d re , e l m o rta l P e ­ le o . d e s c e n d ía d e Z eu s", y su m adre, la d io sa T etis", p e rte n e ­ c ía al lin a je d e O c é a n o " , d io s del océan o . S u m adre q u iso h a ­ c e rle in m o rta l, p a ra lo c u a l le su m e rg ió d e n iñ o en la s m á g i­ c a s a g u a s d el río E stige*, q u e te n ía n la p ro p ie d a d d e v o lv e r in v u ln e ra b le al q u e se b a ñ a ra en ellas. P ara e llo tu v o q u e s u ­ je ta r le p o r un ta ló n , q u e a l n o re c ib ir e l c o n ta c to c o n las a g u a s del río s e ría el ú n ic o p u n to v u ln e ra b le de su cu erp o . S egún o tra v ersió n , T e tis lo h a­ b ría s o m e tid o a la a c c ió n del fuego co n la e sp e ra n z a d e p u ri­ fic a r d e e s te m o d o e l c o m p o ­ nente m ortal q u e A q u iles h ab ía h e re d a d o d e su p a d re P e le o . P ero e ste c o n sig u ió a rra n c a rle a tiem p o de la s llam as, au n q u e el talón d erech o del n iñ o q u ed ó d a ñ a d o p o r el fu eg o . M ás a d e ­ la n te. el c e n ta u ro " Q u iró n * re ­ p a raría el d a ñ o c a u s a d o p o r el e x p e rim e n to de T e tis re e m p la ­ zan d o el h u e so q u e m a d o p o r el d e un g ig a n te ” c é le b re p o r su v e lo c id a d , c u a lid a d q u e se 36 tra n s m itiría a A q u ile s , a q u ien d e s d e e n to n c e s s e c o n o c e ría c o m o «el d e lo s p ie s lig e ro s » ( p o d a s o c h u s ). L a tra d ic ió n fu n d ió a m b a s v e rs io n e s , sin e m b a rg o co n tra d ic to ria s, d e tal m o d o q u e A q u iles a p a re c e a la v e z d o la d o d e u n a v e lo c id a d e x c e p c io n a l y c o n e l taló n c o m o ú n ic o p u n to v u ln e ra b le . S u e d u ca c ió n n o fue m en o s e x cep cio n al. Q u iró n , el m ás sa­ b io d e los c e n ta u ro s, le e n se ñ ó las v irtudes m o rales y g uerreras al tiem p o q ue le alim en tab a con e n tr a ñ a s d e le ó n y ja b a lí. Y a a d u lto , A q u iles se re v ela co m o u n te m ib le g u e rre ro , c o n v ir­ tié n d o s e e n u n o d e lo s p r in c i­ p a le s c a m p e o n e s a q u e o s d e la g u e rr a d e T ro y a* . D e so y e n d o lo s p re s a g io s y te m o re s d e su m ad re T etis, q u e le h ab ía a n u n ­ c ia d o q u e m o riría e n e s ta c a m ­ paña, el h é ro e se e m b a rc a hacia T ro y a al fre n te d e su s fie les m irm idones*. U n a trad ició n se­ c u n d a ria re f ie re q u e T e tis, sa b ie n d o el d e stin o q u e a g u a r­ d a b a a su h ijo , h a b ía c o n s e ­ g u id o o c u lta rlo d u ra n te n u ev e a ñ o s en la isla d e E sc iro s, en la c o rte d e l re y L ic o m e d e s , d is ­ fra z a d o d e m u je r y b a jo el n o m b re d e P irra (« la lla m e ­ a n te» , p o r su s cab ello s rojizos). D e lo s a m o r e s d e A q u ile s y 37 D e id a m ía , u n a d e las h ija s del re y L ic o m e d e s , n a c ió P irro , ta m b ié n lla m a d o N eo p tó le m o . U lises", q u e sab ía qu e T ro y a no p o d ría se r to m a d a sin A q u iles. id e ó u n a a rg u c ia p a ra s a c a r al h é ro e d e su re tiro : d is fra z a d o d e m e rc a d e r, se p re s e n tó en la c o rte d e L ico m e d e s o fre c ie n d o a s u s h ija s ro p a s y o tr a s c h u ­ c h e rías fem en in as b a jo las c u a ­ le s h a b ía e s c o n d id o a rm a s. A q u ile s n o p u d o d is im u la r su a le g ría al v e rla s , d e s c u b r ié n ­ dose a s í an te U lises, al cual no le fu e d ifícil c o n v e n c e rlo para q u e se u n iese a la cam p añ a. T e ­ tis n o tu v o m á s re m e d io q u e c e d e r a la v o lu n tad d e su h ijo y le a rm ó m agníficam ente para la e x p e d ic ió n b é lic a , p ro p o r c io ­ n á n d o le d o s c a b a llo s in m o rta ­ les d o ta d o s d e la fa c u lta d del h ab la, u n a n tig u o o b se q u io d e P oseidón*. A q u ile s se re u n ió con la arm a d a aq u ea en A ulidc. A llí s e e n fr e n tó p o r v e z p ri­ m era a la v o lu n tad del rey A ga­ m enón , q u e h a b ía d e c id id o in ­ m o la r a su h ija Ifig e n ia ", p e ro ni la c ó le ra ni e l a rro jo d e l h é­ roe co n sig u iero n e v ita r el sacri­ ficio d e la m u chach a. M á s ta rd e , y a a n te lo s m u ­ ros d e T ro y a , A q u ile s fue a c u ­ m u la n d o p ro e z a (ra s p ro e z a . Sin e m b a rg o , al d é c im o a ñ o de www.FreeLibros.me AQUILES Rubens. Tetis bañando a Aquiles en la laguna Estigia. Sarasota (Flo­ rida). Ringling Museurn of Art la c a m p a ñ a se p ro d u jo un n u e v o e n fre n ta m ie n to e n tre el h é ro e y A g a m e n ó n : el rey se a p o d e ró de B riseida, la cautiva fav o rita d e A quiles. E ste, preso d e có lera, se retiró a su tienda y se n eg ó a c o m b a tir en lo suce­ s iv o , tra y e n d o la d erro ta sobre las filas g riegas. S olo la m uerte d e su m á s q u e rid o am ig o . P a­ tro c lo , q u e h a b ía c a íd o a m a­ n o s d e H é c to r , c o n sig u ió que A q u iles reg resara, llam eante de furia y d o lor, al com bate. A qui­ le s c a rg ó c o n tra T ro y a , p e rs i­ g u ió tre s v e c e s a H é c to r en to rn o a las m u ra lla s de la c iu ­ d a d . c o n sig u ió d a rle alca n ce y A Q U ILES lo m ató con su espada. D espués d e h a b e r re n d id o h o n ra s fú n e ­ bres a P a tro c lo , A q u ile s . e n lo ­ q u e c id o p o r la p é rd id a d e su am ig o , a ló e l c u e rp o d e H écto r a su c a rro y lo a r r a s tr ó p o r el polvo. L as sú p licas d e P ríam o , rey de T ro y a y p ad re d e H éctor, c o n sig u ie ro n fin a lm e n te h a c e r m e lla e n la m a g n a n im id a d d e A quiles, q u ien accedió a d e v o l­ v e r e l c u e rp o d el c a íd o a su p a d re a c a m b io de un e le v a d o re s c a te . F u e en e s te m o m e n to c u a n d o P arís", g u ia d o p o r A p o lo 1, lo g ró h e rir m o r ta l­ m ente al h éro e en el taló n. A lgunos relatos secund ario s nos m uestran a A q u iles du ran te u na d e la s e s c a ra m u z a s q u e se d e s a rro lla ro n e n la lla n u ra d e T ro y a, d an d o m u erte a P entesilea . la rein a d e las am azon as", q u e h a b ía a c u d id o e n d e fe n s a d e los tro y an o s, o co m b atie n d o en d u e lo c o n M e m n ó n , el h ijo d e E o s ’, y a lg u n o s n o s h a b la n ta m b ié n d e lo s a m o r e s d el h é ­ roe co n P olíxena, un a d e las hi­ ja s de Pn'am o. - » CALCANTE. ♦ Lengua. Talón d e Aquiles: tínico punto débil de algo o de alguien que. p o r lo dem ás, es invulnerable. La expresión re­ tirarse Ia l guien) bajo su tienda 38 se em plea en ocasiones para designar la actitud de alguien que, com o Aquiles. se niega a lom ar parte en una acción co ­ lectiva movido por el despecho o por la cólera. ♦ Lit. La tradición homérica (siglo IX a. C .) convierte a A quiles en el héroe principal de la Iliada. cuyo tema central explícito es, precisamente, «la cólera de Aquiles». Poderoso guerrero, se distingue por su velocidad («Aquiles. el de los pies ligeros»), su belleza y. so­ bre todo, por su carácter inde­ pendiente y fogoso. Es cierto que ama la gloria, pero más to­ davía la am istad y el amor. El canto XI de la Odisea nos deja entrever, entre las sombras del Hades", el alm a de Aquiles que ha acudido a la invocación de Ulises: la sombra* del héroe lamenta su vida terrestre y ex­ presa ansiosamente su preocu­ pación por la suerte de su hijo Neoptólemo. Los estoicos condenaron seve­ ramente a este héroe dominado por las pasiones, pero el rey de M acedonia, el gran Alejandro (siglo iv a. C ) . hará d e él su modelo. El trágico griego Eu­ rípides (siglo v a. C .) le con­ vierte en uno de los protago­ nistas de Ifigenia en Áttlide. El AQUILES poeta latino Estacio (siglo i) le dedica una obra épica, la Aquileida. de la que solo llegó a es­ cribir dos cantos que relatan la infancia del héroe. La figura de Aquiles atraviesa los siglos com o el modelo del héroe guerrero, desde el In ­ fie rn o de Dante (Divina com e­ dia. 1307-1321) o la Aquileida bizantina — poem a anónim o del siglo x v — . hasta la A q u i­ leida (1799) de G oethe, cen­ trada en el valor del héroe ante su muerte inm inente, o El es­ cudo de Aquiles (1955), un li­ bro de poemas de Wystan Auden consagrado a la guerra. Boscán (siglo x vi), en su so­ neto CXXVIII («El hijo de Pe­ leo. que celebrado...»), com ­ para al héroe griego con su am igo G arcilaso: si Aquiles consiguió la gloria, Garcilaso tam bién podrá llegar a ella. A dem ás del tema de la cólera de Aquiles, símbolo del carác­ ter sobrehum ano del héroe y de su incapacidad para ad ap ­ tarse al mundo de los hombres (André Suarés, Aquiles venga­ dor, 1920), el episodio más tratado por la posteridad ha sido el del retiro del héroe en Esciros — con el travestism o del héroe y sus am ores con D eidam ía— . sobre todo en el www.FreeLibros.me ámbito lírico. En este sentido, destaca particularm ente Metastasio, cuya Aquiles en Esci­ ros dio origen a una famosa ópera de Caldara (1736). El mismo episodio inspiró tam­ bién a M argueritc Yourcenar su recopilación de relatos titu­ lada Fuegos (1932). El amor de A quiles por la reina de las am azonas encontró un trata­ miento dram ático en la Pentesilea ( 1808) de Kleist. Ramón de la C ruz se centró en la fi­ gura de la esclava favorita del héroe en su zarzuela heroica Briseida (h. 1768), a la que Antonio Rodríguez de Hita se encargó de poner música. En el verso «Aquiles inmóvil a zancadas» que aparece en La joven parca (1917). Paul Valéry alude al famoso argu­ mento con el cual Zenón de Elea pretendía dem ostrar la imposibilidad del movimiento, explicando que ni el mismo Aquiles sería capaz de alcanzar a una tortuga siempre que esta tuviera sobre él una ventaja, por pequeña que fuera. Por último, recordemos que la descripción homérica del «es­ cudo de A quiles» se ha con­ vertido para los teóricos mo­ dernos en el modelo mismo de descripción literaria de una AQUILÓN 40 1848. M ontpellier) y su paso obra de arle. Diego Hurlado de por el gineceo de Esciros (RuM endoza (prim era mitad del bens. Aquiles entre las hijas de siglo xvi) dedicó su soneto Licomedes, h. 1616. Madrid), XXXIV a este tem a («F.l e s­ así com o el episodio de Bri­ cudo de A quiles. que b a­ seida (G iandom enieo Tiépoñado...»). Se trata de una tra ­ lo. Briseida ante Agamenón, ducción directa de uno de los fresco, villa V alm arana, si­ Emblemas de Alciato. glo x v i i i ). El héroe aparece ♦ Icón. La A ntigüedad co n ­ también en el tapiz, de Juan de virtió las hazañas de A quiles Raes Historia de Aquiles. siglo en tema de gran número de es­ xvn. Santiago de Compostela. culturas (siglos iv y v. Louvre) ♦ M ás. Lully. Aquiles y Polty de pinturas sobre cerám ica xena, ópera. 1687; C uida­ (Em bajada d e Ayax, U lises y ra, Aquiles en Esciros. ópera. D ióm edes am e A quiles para 1776; A ntonio R odríguez instarle a lachar contra los de Hita. Briseida, zarzuela, tróvanos, Louvre). F.l episodio h. 1768. sobre texto de Ramón de los am ores del héroe con de la Cruz. Briseida fue profusam ente ♦ Cin. M arino G irolam i, La ilustrado (R apto de Briseida, cólera de Aquiles. 1962. pintura sobre copa griega. -> TROYA. Londres; Despedida de Aquiles y Briseida, fresco, siglo i a. C\. Pom pcya). F.n los siglos que A Q U IL Ó N D io s q u e lo s ro m a n o s id e n ­ siguieron, los pintores ilustra­ ron profusamente su juventud tific a ro n c o n e l g rie g o —> b ó ­ (Rubens. Quirón educando a r e a s . Aquiles. boceto para tapiz, 1630, R otterdam , y Tetis b a ­ A R A C N E S e g ú n O v id io , e s ta jo v e n , ñando a A quiles en la laguna Estigia. siglo xvn. Sarasota. q u e fu e tra n sfo rm a d a en ara ñ a Ringling M useum o f Art; (en grieg o , ara ch n é), e ra h ija de Jean-B apliste Regnault. E du­ un tin to re ro lidio. H abía ad q u i­ cación de Aquiles. obra de pre­ rid o (an ta re p u ta c ió n en el arle sentación en la A cadem ia, d e te je r q u e h asta las n in fas de 1783. Louvre: D elacroix. La la reg ió n a cu d ía n p a ra a d m ira r educación de Aquiles. boceto. su s ob ras. A racne, o rg u llo sa, se 41 ARACNE Velázquez. Las hilanderas o Fábula d e Aracne. Madrid. Museo del Prado atrevió a desafiar a la dio sa A te­ n e a ', p atro n a d e las b o rd ad o ras y las tejed o ras. L a d io s a re p re­ se n tó e n to n c e s so b re su te la a los d o ce d io ses del O lim p o 1, la d isp u ta q u e la e n fre n tó co n Poseidón sobre el nom bre q u e de­ bía da rse a la ciu d ad d e A tenas y. en las cu atro esq u in as, la d e ­ rrota d e los m ortales qu e habían o sa d o m e d irse c o n lo s d io se s. A racne rep resen tó las m etam or­ fo sis’ d e los d io se s y su s e scan ­ d a lo sa s in trig a s a m o ro sas: E u­ ropa y Z e u s 1 tra n sfo rm a d o en lo ro . L eda" y Z e u s c o n v e rtid o www.FreeLibros.me e n c is n e ... A te n e a n a d a pudo o b je ta r a u n tra b a jo tan p er­ fecto . p ero en un ra p to de celos d esg a rró furiosa la tela de la jo ­ v en . A ra c n e se a h o rc ó d e d e ­ s e s p e ra c ió n . A ten ea, tal vez a p ia d a d a , le sa lv ó la v id a co n ­ v in ié n d o la en araña. ♦ Lit. El m ito aparece en las Metamorfosis de Ovidio (siglo i a. C.). libro VI. versos 5-145. ♦ ¡con. Velázquez. Las hilan­ deras o Fábula de Aracne. 1657. Madrid. Museo del Prado. ARCA D IA ARCADIA E sta reg ió n c e n tra l d el Pelop o n eso , p o b la d a d e p a sto re s de ru d as co stu m b re s q u e ad o rab an al d io s Pan" y c u b ie rta d e e sp e ­ so s b o s q u e s , e ra , e n la im a g i­ n a c ió n d e lo s a n tig u o s , e l p a ís m ític o d e u n a fe lic id a d p asto ril q u e h a c e p e n s a r en e l m ito d el « b u e n s a lv a je » , tan c a ro a l si­ g lo x v iii . D e s d e e s ta p e r s p e c ­ tiv a, la A rc a d ia e ra u n a e sp e c ie d e p araíso te rre stre c u y o s h a b i­ ta n te s , lo s a rc a d io s , lle v a b a n u n a v id a c o n sa g ra d a p o r e n te ro a la m ú s ic a y a l c a n to (r e fle jo id ealizado d e la v id a de los p as­ to re s , te n id a p o r « o c io s a » e n c o m p a ra c ió n c o n la d e los a g ri­ c u lto res). ♦ Lit. El arcadism o fue una especie de ideología (o de ideal) m uy d e moda en la R oma surgida de las guerras civiles del siglo i a. C. C onsis­ tía en oponer a valores «mate­ riales». com o el poder y la riqueza, otros valores «espiri­ tuales» cu y a autenticidad se encarecía —el am or a la natu­ raleza. el culto a la belleza, el gusto por la m úsica— . todo ello desde una perspectiva que podría calificarse de «ecologism o a vani la lettre». T ales son los ideales que expresa 42 V irgilio en sus Bucólicas (4237 a. C.), poniendo en escena a pastores músicos y poetas pró­ xim os a los m íticos arcadios, aunque integrando tam bién te­ m as «realistas» relacionados con la política contemporánea. En 1502 el poeta y hum anista napolitano lacopo Sannazaro dio el título d e L a A rca d ia a una novela cuyo personaje principal es un amante desgra­ ciado que intenta o lvidar su tristeza al lado de los pastores arcadios. Inspirada en los auto­ res antiguos (especialmente en T eócrito, O vidio y V irgilio), esta obra un poco afectada, que pintaba con tintes idílicos la vida de los pastores, tuvo un éxito inmenso en toda Europa. En ella se inspiraron Im A rca­ dia de Philip Sidney (1590) y La A rcadia de Lope de Vega (1598). De Sannazaro deriva el género pastoril en sus diversas m anifestaciones, ampliamente cultivado en España a lo largo d e los siglos xvi y x v n . En poesía, este género adopta la form a d e égloga en la que un pastor —generalmente trasunto del autor— canta su am or por una pastora o ninfa”. Son fa­ m osas, entre otras, las tres églogas escritas por Garcilaso de la Vega entre 1526 y 1536. 43 ARCADIA Poussin. Los pastores d e la Arcadia. París. Museo del Louvre En prosa, la D iana de Jorge de M ontemayor (1559?) da inicio a un género, el d e la novela pastoril, de gran fam a en los siglos de oro. Todas tienen ca­ racterísticas sim ilares: varios pastores, más poetas y filóso­ fos que sim ples rústicos, h a­ blan ininterrum pidam ente de sus amores no correspondidos. Su m ayor aspiración es recu­ perar la llamada edad de oro', lo q u e lleva con sig o , necesa­ riamente. un menosprecio de la vida de la corte y una alabanza de la de la aldea. La naturaleza y los sentimientos, no obstante, www.FreeLibros.me están totalm ente idealizados hasta convertirse en arqueti­ pos. Suelen presentar alternan­ cia de verso — procedente de la lírica tradicional e italiani­ zante— y prosa. A la obra de M ontem ayor le siguió la Diana enam orada (1564) de G aspar Gil Polo. Se considera que la última novela pastoril es la C inlia d e A ranjuez (1629) de Gabriel del Corral. Entre la obra de Montemayor y esta úl­ tima se publicaron más de cua­ renta novelas pastoriles. Tal es el éxito que tuvo el género en España. Pero no es un caso ais- A RES 44 ludo, sino que el género pas­ S in e m b a r g o , n o s ie m p re toril se desarrolló tam bién sale v icto rio so e n los co m b ates; en otros países europeos. d e h e c h o re s u lta v a ria s v e c e s Por ejem plo, el m ás célebre h e rid o , s o b re to d o e n su s e n ­ ejem plo francés es La As- fre n ta m ie n to s c o n A tenea*, d i­ Irea (1607-1628) de Honoré v in id a d ta m b ié n g u e rr e ra c o n d'U rfé. q u ie n fo rm a u n a p a re ja p erfec­ ♦ Icón. Los pastores de la A r­ ta m e n te a n tité tic a . A te n e a , cadia de Poussin (1639, d io s a v irg e n q u e e n c a rn a la Louvrc) evocan la fragilidad fu e rz a in te lig e n te , re s p e ta d a de la dicha con la inscripción p o r los dioses*, p re v ale c e siem ­ F.t in A rcadia ego («Y o tam ­ p re s o b r e la d e s m e s u ra y la bién viví en la Arcadia»). viril b ru ta lid a d d e A res, d e já n ­ d o le in c lu s o e n e l m á s e s p a n ­ to so d e lo s rid íc u lo s, c o m o p o r ARES D io s d e la g u e rr a , e s o r ig i­ e jem p lo cu a n d o este , alcanzado n a rio d e T ra c ia , u n a c o m a rc a p o r u n a g ru e s a p ie d ra la n z a d a sem isalv aje situ a d a al n o rte de p o r la d io s a , s e re tir a g im o ­ G re c ia fa m o sa p o r su s c ab allo s te a n d o la s tim o s a m e n te del y p o r sus fiero s g u errero s. H ijo c a m p o d e b ata lla d e la m ano de d e Z e u s ’ y l l e r a ’, fo rm a p arle A frodita*. A tenea n o e s la única q u e le d e los O lím picos*, p ero resu lta o d ioso para la m ayoría de ellos, p o n e e n s itu a c io n e s h u m illa n ­ in c lu so p a ra su p ro p io p a d re te s . D o s v e c e s e s h e rid o p o r Z eus. E n la Ufada, p o e m a g u e ­ H e ra c le s y tre c e larg o s m eses rre ro p o r e x c e le n c ia , c o m b a te p e rm a n e c e p ris io n e r o d e los d e l la d o d e lo s (ro y a n o s y se A ló a d a s* . e n c a d e n a d o en u n a z a m b u lle g o z o s o en la fu rio sa v a s ija d e b ro n c e d e la q u e fi­ refriega esco ltad o p o r div in id a­ n a lm e n te — p e ro en u n e sta d o d e s s o m b ría s c o m o B ride* (la la m e n ta b le — c o n s ig u e re s c a ­ D isc o rd ia ). D e im o (el T e m o r) ta rlo H e rm e s '. El e p iso d io m ás y P o b o (el T e rro r). « A z o te d e c o n o c id o , sin d u d a , e s la risible los m o rta le s» , « sa n g rie n to h o ­ s itu a c ió n en q u e lo p u s o H em ic id a » . « lo c o » , ta le s so n los feslo* c u a n d o lo so rp re n d ió , en e p íte to s m ás fre c u e n te s q u e le fla g ra n te d e lito d e a d u lte rio , d e sig n an en la e p o p e y a h o m é ­ co n su e sp o sa A fro d ita: e l d ios d e la g u e rra y la d io s a del a m o r rica". 45 ARES Ares o Marte en el lienzo de Botticelli, Londres. National Gallery q u e d a ro n a p re s a d o s en la red m á g ic a p re p a ra d a p o r el h áb il H c fe sto , q u e p re s e n tó a s í a la p a re ja c u lp a b le a la m ira d a d e to d o s los O lím p ico s. - » AFRODITA. A d e m á s d e lo s h ijo s q u e tu v o c o n e s ta d io s a . A re s e n ­ g e n d ró u n a p ro le n u m e ro sa y violenta: las feroces amazonas*, el cru el D io m ed es. q u e alim en ­ taba a su s y eg u as co n carn e h u ­ m an a; F le g ia s, in c e n d ia rio del te m p lo d e A polo*, y o tr o s d i­ v e rs o s p e rs o n a je s ig u a lm e n te fu n esto s. P a ra v e n g a r a su h ija A lc ip c , v io la d a p o r u n h ijo d e P oseid ó n * , A re s m a tó al o f e n ­ so r y tu v o q ue co m p a re c e r ante los d io s e s p ara s e r ju z g a d o s o ­ bre la m ism a c o lin a d o n d e h a ­ b ía s id o c o m e tid o e l c rim e n . Fue absuelto. El lu g ar recibió el n o m b re de A re ó p a g o (co lin a de www.FreeLibros.me A re s) y se co n v irtió en la sede del p rim er trib u n al crim inal de A ten as en carg ad o de ju z g a r los d e lito s d e sangre. L o s ro m a n o s asim ilaron A res a su d io s Marte*. ♦ Lengua. Actualmente el tér­ mino de areópago se utiliza en sentido irónico para designar a un grupo de personas a quienes se atribuye competencia o au­ toridad para resolver ciertos asuntos. ♦ Lit. Ares aparece en nume­ rosas obras, pero rara vez com o personaje de primera fila. Podemos citar el Adonis de Marino (1623), Os Lisiadas de Luis de Camóes (1572). La sátira d e los dioses, poema burlesco de Francesco Bracciolini (1618). centrado en el episodio de los amores de Ares ARETU SA 46 riores, Ares aparece práctica­ y Afrodita, y La Venus ele Mú­ m ente siem pre representado renlo de Isivan Gyogyosi junto a Venus (B otticelli, (1664). poema narrativo en el h. 1485, Londres), sorprendi­ que el poeta húngaro canta los amores de los grandes señores. d o por V ulcano (B oucher, si­ glo xviii. Londres). Señalare­ En época contem poránea p o ­ m os adem ás el M arte y Rea demos encontrarle presidiendo S ilvia d e Poussin. siglo x v n , la recopilación poética de Louvre; por el vínculo que es­ W ystan Auden titulada El e s­ tablece entre el dios antiguo y cudo ele Ae/uiles (1955). cen ­ la historia de Francia, el Marte trada en el tem a de la guerra. Sobre los amores del dios con ofreciendo arm as a l.uis XIII de R ubens (siglo x v n , DulA frodita-V enus", Juan d e la w ich); V elázquez, El d ios Cueva escribió un poem a en M arte. 1640, M adrid, Museo octavas. Los am ores ele Men te del Prado; por sus efectos de y Venus (h. 1604). cuya escena luz y de som bra, el M arte de de la visita de Apolo a la fra­ R em brandt, 1655, G lasgow ; gua de V u lcan o - H efesto pa­ por últim o, el M arte desár­ rece ser un antecedente litera­ rio del cuadro de V clá/que/.. metelo p o r Venus y las gracias, En el siglo xvi el nom bre ro ­ escuela de David. 1824, de un violento cromatismo. mano del dios de la guerra se utilizaba en sentido genérico para designar al oficio de las ARETUSA E sta n in fa d e l P e lo p o n e s o , arm as, al que se oponía el de las letras: doble faceta esta de c u y o n o m b re g rie g o e r a A re tlos poetas de la época. Nume­ h o u sa . d esp ertó u n v io len to d e­ rosos poem as presentan al s e o en A lte o , d io s d el río q u e «fiero Marte» o al «furor de lle v a e s te n o m b re . A re tu s a in ­ Marte» como un obstáculo que te n tó e s c a p a r d e él s u m e rg ié n ­ el poeta enam orado encuentra d o s e e n e l m a r. p e ro A lfe o la para dedicarse a cantar su p e r s ig u ió s o b re la s o la s h a sta S ic ilia , d o n d e A rte m is a , p ro ­ amor. ♦ ¡con. Ares, llam ado Mente tecto ra d e la d iv in id ad , la m etaBorghese. e s una réplica ro ­ m orl'oseó en fuente. T o d a v ía en mana de una obra del siglo v la ac tu a lid a d , \n fu e n t e A re tu s a a. C. (Louvre); en obras poste­ a tr a e a lo s tu r is ta s q u e v isitan 47 S irac u sa ; e s u n e sta n q u e d o n d e c re c e n p a p iro s b a ñ a d o s p o r el a g u a d e u n a fu e n te c a u d a lo sa . E s ta m o s m u y p o s ib le m e n te ante u n o d e e so s « m ito s fu n d a ­ m e n ta les» q u e fo rja ro n los a n ­ tig u o s p a ra e x p lic a r u n h e c h o c o n stata b ie , y a q u e el río A lfeo d e sa p a re c e e fe c tiv a m e n te b a jo tie rra a n te s d e re a f lo ra r p a ra u n irse c o n e l m a r ( - > e s t u d i o ARGO é p o c a m icén ica, cu y a diosa tu ­ te la r e ra la d io sa H era’. U n s e g u n d o A rg o e s el c o n s tru c to r d e l n a v io de los A rg o n a u ta s'. —> A R G O N A U T A S , JA S Ó N . E l m á s c o n o c id o , sobre to d o a p a rtir de su nom bre lati­ n iz ad o A rg o s (de A rg ttsj, es un se r d o ta d o d e una fuerza prodi­ g iosa y p rovisto d e cien ojos re­ G E N E R A L D E I.A M IT O L O G ÍA G R E ­ p artid o s p o r todo su cuerpo (se­ C O R R O M A N A , L A E S E N C IA D E L g ú n o tra tra d ic ió n , en realidad M IT O ). « so lo » te n d ría d o s p ares de o jo s , u n o d e e llo s d e trá s de la ♦ L it. José A ntonio Porcel y c a b e z a ). E n tre su s víctim as fi­ Salablanca, Fábula de A lfeo y g u ra E q u id n a, un m onstruo" fe­ Aretusa (siglo xvm). m e n in o m a d re a su v ez de ♦ ¡con. El perfil de Aretusa, m o n stru o s. A rg o s era un g u ar­ rodeado de peces, aparece re­ d iá n p e rfe c to y a q u e incluso presentado en el anverso de c u a n d o d o rm ía m antenía co n s­ una decadracm a acuñada en tan tem en te abierto s al m enos la Siracusa a principios del siglo m ita d d e su s o jo s ; p o r e so la v a. C. (B iblioteca Nacional. c e lo s a H era c o n fió a su c u sto ­ París), .lean II Reslou. A lfeo y d ia a la jo v e n l o ’, y a tra n sfo r­ A retusa, siglo xvm , Tours. m a d a en te rn e ra . Z eu s, a p ia ­ d á n d o se d e su am an te, en v ió a ARGO H e rm e s’ en su a y u d a, e l cual S o n v a rio s lo s p e rs o n a je s c o n sig u ió d o rm ir a A rgos y le m ito ló g ic o s q u e lle v a n e ste d io m u e rte . H e ra , c o m o a g ra ­ n o m b re . U n o d e e llo s , n a c id o d e c im ie n to p o stu m o , sem b ró de la p rim e ra m u je r m o rtal q u e los o jo s d e su fiel se rv id o r so ­ se u n ió a Z e u s ', fu e rey d el Pe­ b re e l p lu m a je d e su a v e e m ­ lo p o n e s o . D io su n o m b re a b le m á tic a , el p a v o real. —» lo. aq u ellas tierras, el cual se m a n ­ U lis e s ' d io e l n o m b re d e A rgo tuvo p ara u n a ciudad, A rgos, de a su p e rro . U n e m o tiv o e p is o ­ g ra n im p o rta n c ia d u ra n te la d io d e la O d isea n arra cóm o el www.FreeLibros.me A RG O N A U TA S h é ro e ', tra s v e in te a ñ o s d e a u ­ s e n c ia . re g r e s a d is fra z a d o a íta c a : el ú n ic o en re c o n o c e rle e s su fiel A rgo, ahora viejo, q ue m u e re d e s p u é s d e s a lu d a r p o r ú ltim a v e z a su am o. ♦ Lengua. Se designa con el término argos a la persona muy vigilante («Nunca se apartaba de ella la gitana vieja, hecha un argos». Cervantes). En ciertos medios, la palabra designa una publicación que proporciona in­ formaciones especializadas, particularmente la cotización de vehículos de ocasión. ♦ ¡con. El m otivo m ás repre­ sentado es el instante de la muerte de Argos: M ercurio y Argos. Rubens, h. 1636-1638. Dresde y M adrid: Velázquez, 1659, Madrid. M useo del Prado: Agüero. Paisaje con M ercurio y Argos, siglo xvti. M adrid. M useo del Prado; 1.a m uerte ele A rgos de Rubens (Colonia) muestra a Juno1reco­ giendo los ojos de A rgos para adornar con ellos su pavo real. ARGONAUTAS H éroes" q u e ac o m p a ñ a ro n a Ja s ó n ' en la ex p e d ic ió n o rg a n i­ z a d a p a ra c o n q u is ta r e l v e llo ­ cin o d e o ro '. D eb en el n o m b re a su n a v io , e l A rg o " — q u e en 48 g rie g o sig n ific a «velo z» — , q u e e s tam b ién el d e su co n stru cto r; so n p o r ta n to « lo s m a rin o s del A rg o » . D e s p u é s d e h a b e r c o n s u l­ ta d o el o rá c u lo d e D c lfo s , J a ­ só n , a q u ien su tío P elias h a b ía im p u e sto la b ú sq u e d a d e l fa b u ­ loso v ello cin o , reúne co n ay u d a d e l le r a 1 u n g ru p o d e v alerosos h éro es, en u n p rin cip io o rig in a­ rio s d e T e s a lia , p a ra fo rm a r la trip u lació n . P ero m u y p ro n to la le y en d a a ñ a d e al g ru p o a H e ra ­ cles" y a o tro s h éro e s p ro ced en ­ te s d e la s m á s v a ria d a s r e g io ­ nes. E n e fe c to , las listas d e e x ­ p ed ic io n a rio s q u e p ro p o n en las d iv e rsa s tra d ic io n e s e x is te n te s so b re el m ito , en p e río d o s d ife ­ re n te s, re fle ja n e l d e s e o d e las c iu d a d e s g rie g a s d e c e le b ra r a su s p ro p io s h é ro e s lo c a le s p o r h a b e r p a rtic ip a d o e n e s ta g lo ­ rio sa e m p r e s a . L o s n o m b re s m á s ¡lustres, sin e m b arg o , fig u­ ra n e n to d o s lo s « c a tá lo g o s » , q u e c u e n ta n c o n un n ú m e ro re ­ la tiv a m e n te fijo d e p a rtic ip a n ­ tes: d e c in c u e n ta a c in c u e n ta y c in c o h o m b re s , c in c u e n ta de e llo s a lo s re m o s . —> J A S Ó N . A d e m á s d e J a s ó n , c a p itá n d e la e x p e d ic ió n , e n c o n tra m o s e n tr e o tr o s a A rg o , h ijo de F rix o y c o n s tru c to r d e l n a v io A rg o , c u y a p ro a fu e ta lla d a en 49 ARGONAUTAS Parentino, Expedición de los Argonautas, Padua, Museo Cívico la m a d e ra d e u n ro b le p ro c e ­ d e n te d e l b o s q u e sa g ra d o d e D o d o n a, o fre c id o p o r A te n e a ', q u e le h a b ía c o n fe rid o ad em á s el d o n d e la p ro fecía; a T ifis, su p ilo to , q u e a p re n d ió e l a rte d e la n a v e g a c ió n , e n to n c e s aún d esco n o cid o , d e b o ca de la p ro ­ pia A ten ea; a O rfe o , el m úsico tra c io c u y o c o m e tid o e ra m a r­ c a r la c a d e n c ia d e los rem e ro s; a v a rio s a d iv in o s , e n tr e e llo s A n fia rao ; a C a la is y Z e te s, los d o s h ijo s a la d o s d e B óreas*, www.FreeLibros.me d io s del v ien to del N orte; a los D io scu ro s* . C á s to r y P ó lu x ; a A casto, el propio hijo de Pelias, q u e se u n ió a la ex p ed ic ió n en e l ú ltim o m o m e n to ; a P eleo y su herm ano T elam ón; a Linceo, d o ta d o d e u n a v ista e x tra o rd i­ n a ria m e n te a g u d a , c o m o el lince c u y o n o m b re porta, y por últim o a H eracles, el gran héroe leb an o , q u e in terv iene particu­ la rm e n te e n un e p is o d io de la tra v e sía : el ra p to d e H ilas. —» V E L L O C IN O D E O R O . ARGO N A U TA S 50 L o s A rg o n a u ta s e m b a rc a n m e n te o f r e c e rá e n su h o n o r en el p u e rto te sa lio d e P á g a sa s u n o s su n tu o so s fu n erales. E n e l m o m e n to en q u e el d e sp u é s d e h a b e r h e c h o un sa ­ c rific io a A p o lo ', y su p rim e ra A r g o a lc a n z a b a B itin ia s e ro m ­ e s c a la s e r á la is la d e L e m n o s, p ió e l re m o d e H e ra c le s , v ié n ­ h ab itad a ú n icam en te p o r m u je ­ d o s e fo r z a d o s a h a c e r e s c a la p a ra re p o n e rlo . M ie n tra s H e ra ­ res. E stas, a q u ie n e s A fro d ita h a b ía c a s tig a d o im p re g n á n d o ­ c le s se d irig ía a un b o sq u e p ró ­ las d e un in s o p o rta b le h e d o r, x im o co n el o b je to d e en co n trar h a b ía n sid o a b a n d o n a d a s p o r un á rb o l a p ro p ia d o p a ra fa b ri­ su s m a rid o s y p a ra v e n g a rs e c a r o tro rem o , e l jo v e n H ilas, a habían ex te rm in a d o a to d o s los q u ie n H e ra c le s a m a b a , re c ib ió v a ro n e s d e la isla. L a s le m n ia - el e n c a rg o d e s a c a r a g u a d e un n as. lib re s y a d e la m a ld ic ió n p o zo . L as ninfas* q u e a llí h a b i­ d e A fro d ita , a c o g ie ro n co n ta b a n , m a ra v illa d a s p o r la b e ­ a g ra d o a los A rg o n a u ta s; e sto s lle z a d el jo v e n , le atraje ro n h a ­ se u n iero n a e lla s y rep o b laro n c ia su s d o m in io s a c u á tic o s , d e este m o d o la isla. d o n d e p e re c ió a h o g a d o . A b ru ­ D e sp u é s d e d e te n e rs e en m a d o d e d o lo r p o r la d e sa p a ri­ S am otracia para iniciarse en los ció n d e H ilas, H eracles se lanzó m isterios ó rfico s, pen etraro n en a u n a in ú til b ú s q u e d a d e su el H elesponto y d esem b arca ro n c o m p a ñ e ro y n o lle g ó a tiem p o e n la is la d e C íc ic o . c u y o re y p a ra e m b a r c a r en e l A rg o . El les recib ió con la m a y o r h o sp i­ v ia je p ro s ig u ió sin é l, p u e s ya talid ad . A l d ía sig u ie n te re e m ­ el D estino* (o las m o iras") h a ­ p re n d ie ro n su ru la , p e ro u n o s b ía n p re d ic h o q u e H e ra c le s no v ien to s c o n trario s les arro jaro n p a rtic ip a ría e n la c o n q u is ta del n uevam ente sobre la co sta de la v e llo c in o d e oro. isla en plena n o che. E n la o scu ­ E n e l p a ís d e lo s b é b ric e s, rid a d . q u e im p e d ía q u e los el rey Á m ico d esa fió a u n co m ­ h abitantes d e la isla y los A rg o ­ b ate sin g u la r a lo s A rg o n au tas, nautas se reco n o cieran , se e n ta ­ p e ro el lu c h a d o r P ó lu x le m ató b ló un fero z co m b ate en el cual ro m p ié n d o le e l c rá n e o . M á s m u rie ro n n u m e r o s o s is le ñ o s, tard e el A rg o tuvo q u e h a ce r e s­ entre ellos e l p ro p io rey C ícico , c a la en T ra c ia , e n la o rilla e u ­ a tra v e sa d o p o r u na lan za a rro ­ ro p e a d e l H e le s p o n to ; a ll í los ja d a p o r J a s ó n . q u e p o s te rio r­ h é ro e s fu e ro n a c o g id o s p o r el 51 rey F in e o , h ijo d e P oseid ó n * . D o la d o d el d o n d e la p ro fe c ía . F in co h a b ía sid o c a stig a d o p o r los d io s e s ' p o r h a b e r o sa d o p e ­ netrar en cierto s secretos; Z eu s “ le c e g ó , h a c ie n d o a d e m á s q u e las h arpías* se a rro ja se n so b re sus a lim e n to s y , d esp u és d e d e­ v o ra r p a rte d e la s v ia n d a s , e n ­ suciasen el re sto co n su s ex c re ­ m en to s c a d a v ez q u e p reten d ía c o m e r. L o s h ijo s d e B ó re a s, C ala is y Z e te s , h ic ie ro n h u ir a estos m onstruos* m itad m ujeres m itad a v e s, lib e rá n d o le p o r fin d e su a c o so . F in e o , e n a g ra d e ­ c im ie n to , re v e ló a lo s A rg o ­ n a u ta s c ó m o fra n q u e a r el s i­ g u ie n te o b s tá c u lo d e su ru ta: las s in ie s tra s ro c a s C ia n e a s. Las ro cas C ian eas — literal­ m en te la s « ro c a s a z u le s» ta m ­ bién llam ad as las S im p lég ad cs, « la s ro c a s q u e c h o c a n e n tre sí»— era n d o s esco llo s m ó v iles q u e se c e rr a b a n u n o c o n tra el otro c a d a v ez q u e un n av io pre­ ten d ía fra n q u e a rlo s , a p la s tá n ­ dolo y d e stru y é n d o lo . D esp u és de h a b e r s o lta d o u n a p a lo m a , que lo g ró p a sa r e n tre la s ro c a s p e rd ie n d o ú n ic a m e n te u n a plum a d e la c o la , los A rg o n au ­ tas, co n a y u d a d e A ten ea, c o n ­ siguieron a tra v esa r a to d a v e lo ­ c id a d el p a so d e la s C ia n e a s con esca so s dañ o s: so lo la popa www.FreeLibros.me ARGONAUTAS del A rg o su frió un leve d esp er­ fecto, c o m o le h ab ía sucedido a la p alo m a. D esde en tonces, por v o lu n tad del D estin o, las rocas C ia n e a s p e rm a n e c ie ro n inm ó­ viles. Y a en el Ponto Euxino, es d e c ir, en el m a r N eg ro, el A rgo p ro s ig u ió su v ia je sin p ro b le ­ m a s h a cia la C ó lq u id c au nque sin su p ilo to T ifis , q u e h ab ía m u e rto d e e n fe rm e d a d en el país d e los m ariandinos, siendo su s titu id o al tim ó n p o r A nceo. A v ista d as las c o sta s de la Cólq u id e . té rm in o d e su v iaje, el n avio rem ontó finalm ente el río Fase y e c h ó an c la s ante la capi­ tal, Eea. Ja s ó n se p resen tó entonces a n te e l rey d e la C ó lq u id e, Eetes, y le e x p u so el o b jeto de su m isió n . C o n la se c re ta e s p e ­ ra n z a d e d ese m b arazarse de él, el re y E e te s le im p u so una p ru e b a d e fu e rz a y h ab ilid ad : u n c ir al m ism o y u g o una pareja d e to ro s co n p ezu ñ as de bronce q u e d e sp e d ía n fu e g o p o r los o llares, ara r co n a y u d a de estos u n ex ten so ca m p o y sem brar en lo s su rco s a s í abiertos los dien­ te s d e un d ra g ó n , m atan d o por ú ltim o a l e jé r c ito d e h om bres a rm a d o s q u e n a c e ría de tal s ie m b ra . A y u d a d o p o r los p o ­ d e re s d e la m a g a M e d c a ', hija d e E e te s, a q u ie n A fro d ita ha­ A R G O N A U TA S 52 bía in sp irad o un cieg o a m o r po r d e r e l ru m b o . L a p r o a m á g ic a Ja só n , el h c ro e sa lió v ic to rio so d e l n a v io h a b ló e n to n c e s p a ra d e ta n te m ib le p ru e b a , p e ro el c o m u n ic a r a lo s A rg o n a u ta s rey se n e g ó pese a to d o a e n tre ­ q u e d e b ía n s e r p u rific a d o s p o r g a rle e l v e llo c in o d e o ro . C irc e ' , h e rm a n a d e E e te s y P aS ie m p re a y u d a d o p o r M e ­ s íf a e ’, q u e v iv ía en u n a is la de d ea. a q u ien h ab ía p ro m etid o el la c o s ta m e r id io n a l d e Ita lia . m a trim o n io , J a s ó n c o n s ig u ió D e sp u é s d e h a b e r v is to a la c é ­ a p o d e ra rse del p re c ia d o o b je to le b re h e c h ic e ra , J a s ó n p ro s i­ a p ro v e c h a n d o q u e la h e c h ic e ra g u ió su v ia je, d e ja n d o a trá s Esh ab ía d o rm id o c o n su s s o r tile ­ c ila y C a r ib d is ', la s s ir e n a s 1 y g io s al d ra g ó n e n c a rg a d o d e su las is la s E rra n te s (se g u ra m e n te c u sto d ia , y a m b o s h u y e ro n h a ­ la s is la s L íp a ri). El A r g o h iz o c ia el A r g o . q u e in m e d ia ta ­ u n a e s c a la en la isla d e los feam ente levó an cla s y se h izo a la c io s (h o y C o rfú ), d o n d e su tri­ m ar. E etes se lan zó en p e rse c u ­ p u la c ió n tu v o q u e h a c e r fren te c ió n de lo s fu g itiv o s y M e d e a . a u n c o n tin g e n te d e c o ic o s q u e p a ra r e tr a s a r e l a lc a n c e , n o se h a b ía n la n z a d o en su p e rs e ­ d u d ó e n m a ta r a su h e rm a n o c u c ió n . A lc ín o o , re y d e los p e q u e ñ o , q u e h a b ía e m b a rc a d o fe a c io s, a c u d e en a y u d a d e los c o n e lla , y la n z a r s u c u e rp o A r g o n a u ta s y la e x p e d ic ió n d escuartizado al m ar, obligan d o p u d o c o n tin u a r su c a m in o . a s í a E e te s a d e te n e rs e p ara re ­ - > M E D E A . c o g e r lo s r e s to s d e su h ijo y D e s v ia d o s d e s u ru ta p o r d a rles sep u ltu ra. D e e s te m o d o u n a te m p e sta d q u e le s a rro jó a e s c a p a r o n lo s a m a n te s d e la la c o s ta d e L ib ia , d o n d e tu v ie­ v e n g a n z a d el re y , tra ic io n a d o ro n q u e c a r g a r c o n el A r g o a h o m b r o s p a ra a tr a v e s a r el d e ­ p o r su hija. L a s tr a d ic io n e s d if ie re n s ie r to , lo s A rg o n a u ta s c o n s i­ ta n to s o b re la s c ir c u n s ta n c ia s g u ie r o n fin a lm e n te lle g a r a q u e ro d e a r o n e l re g r e s o d e la C reta. L a isla, g o b e rn a d a p o r el e x p ed ic ió n c o m o so b re el itine­ re y M in o s ’, e s ta b a c u sto d ia d a ra rio se g u id o p o r e l A rg o , q u e p o r u n g ig a n t e ’ d e b ro n c e lla ­ v aría m u c h o se g ú n la s d ife re n ­ m ad o T a lo s, un m o n stru o au tó ­ te s versio n es. Z eu s, irritad o p o r m a ta c o n s tru id o p o r H efesto" el fr a tric id io d e M e d e a , e n v ió q u e re c o rría tre s v e ces al d ía la una tem p estad q u e les h iz o p e r­ c o sta para im p e d ir la en trad a de 53 ARGONAUTAS in tru so s. L o s A rg o n a u ta s están a p u n to d e s e r d e stru id o s p o r el g ig a n te , p e ro u n a v e z m á s se sa lv a ro n g ra c ia s a M e d e a , c u ­ y a s a rte s c o n s ig u ie ro n d e s c u ­ b rir e l p u n to v u ln e ra b le d e T a ­ lo s — u n c la v o s itu a d o e n el to b illo d e l a u tó m a ta , q u e re te ­ n ía la s a n g re d e su ú n ic a v ena— y d estru irlo . T ra s h a c e r e sc a la en E g in a, lo s A rg o n a u ta s c o s te a n E u b e a y en tra n en Y o lc o cu a tro m eses d espués d e su partida. Jasó n e n ­ tre g ó e l v e llo c in o d e o ro a P elias y lu e g o c o n d u jo el A r g o a C o rin to p a ra c o n sa g ra rlo a Poseid ó n . ♦ L en g u a . El nom bre de a r ­ gonauta se ha aplicado a una especie de pulpo propia de ma­ res cálidos, a un tipo de velero de competición utilizado en las escuelas de vela y también a la tripulación de uno de los sub­ m arinos atóm icos destinados en el océano Artico. El nom bre del navio Argo de­ signa a un grupo de tres cons­ telaciones del hem isferio aus­ tral. ♦ L it. El conjunto de esta le­ yenda, extrem adam ente com ­ pleja y cuyo núcleo primitivo es anterior a los poemas homé­ ricos", rivaliza en celebridad www.FreeLibros.me con el otro gran periplo marí­ timo legendario: la Odisea. Es conocida sobre todo a través del extenso poema épico Im s argonáutieas. de Apolonio de Rodas (siglo tu a. C.). C om o en el caso de los poe­ mas homéricos, surgieron nu­ m erosas adaptaciones de las aventuras del Argo: los amores de Jasón y Medea, en particu­ lar. inspiraron una gran varie­ dad de poem as y piezas dra­ m áticas. En Rom a, Valerio Flaco (siglo i d. C .) escribió una epopeya imitada de la de A polonio y con el mismo tí­ tulo, pero no desprovista de originalidad en la descripción del sentimiento amoroso. - > JASÓ N, MEDEA. ♦ ¡con. Reunión de los Argo­ nau ta s en presencia de H e­ racles y Atenea. crátera griega, siglo v a. C „ Louvre: Gustave M oreau, Los Argonautas. 1887. París. En el Museo C í­ vico de Padua se conserva un lienzo titulado Expedición de Ios Argonautas, atribuido a Bernardo Parcntino. ♦ Cin. Después de Los gigan­ tes d e Tesalia, de Riccardo Freda (1960), el filme de Don Chaffcy Jasón y los Argonau­ tas (1963) traduce en imáge­ nes. con logrados efectos espe- 54 ARGOS cíales, las principales etapas del periplo de los Argonautas, desde la partida de la exped i­ ción hasta la conquista del ve­ llocino de oro gracias a las ar­ tes de Medea. ARGOS F orm a latinizada del nom bre —> A R G O . ARIADNA H ija de M in o s , re y d e C re ta , y d e P a sífa e ", e s h e r­ m ana de Fedra"; su n o m b re sig­ n ific a « la d e g ra n p u re z a » . S u ley en d a e s tá p ro b ab lem en te re­ lacio n ad a, en su s o ríg e n e s , co n el c u lto d e u na d io s a c re te n s e , p ró x im a a A fro d ita , c u y a p re ­ se n cia en C n o so s y D é lo s y en A rgos h a p o d id o s e r d o c u m e n ­ ta d a . M ás ta rd e , e l m ito en to rn o a A ria d n a se o rg a n iz a en to rn o a tre s re p r e s e n ta c io ­ nes sim b ó licas de la m u je r e n a ­ m o rad a: in ic ia d o r a h e ro ic a , a m ante a b a n d o n ad a, e sp o s a d i­ vina. A ria d n a c o n c ib ió u n a p a ­ sió n in m e d ia ta h a c ia T e s e o , p rín c ip e a te n ie n s e q u e h a b ía lle g a d o a C re ta p a ra c o m b a tir al M in o la u ro , h e rm a n a stro d e la princesa. Le a y u d ó a salir del Laberinto" pro po rcionándole un o v illo de hilo q ue le h ab ía d ad o D é d a lo ”, q u e T e s e o fue d e se n ­ ro lla n d o a m e d id a q u e se in ter­ n a b a e n e l L a b e rin to y q u e lu eg o le p e rm itiría e n c o n tra r la s a lid a . A ria d n a , c o m o M e d e a ’ co n Ja só n , traicio n ó a su padre p o r su a m a n te y h u y ó c o n él para e sc a p a r de la c ó le ra de M i­ n o s. T e s e o , sin e m b a rg o , la a b a n d o n ó d o rm id a en la isla d e N a x o s , s e g ú n u n a s v e rs io n e s p o r e l c a rá c te r infiel d e l h éro e y se g ú n o tra s p o r o rd e n d e los d io s e s . A l d e sp e rta r, m ie n tra s e l n a v io d e su a m a n te s e a le ­ ja b a , a p a re c ió D io n is o ' e n su c a rro tira d o p o r p a n te ra s y se ­ g u id o d e su c o rte jo . F ascin ad o p o r la b e lle z a d e la jo v e n , D io ­ n is o la c o n v e n c ió p a ra q u e se c a s a r a c o n él y la c o n d u jo al O lim p o ', d o n d e le o fre c ió una d ia d e m a d e o ro , o b ra d e H ef e s to '; e s ta d ia d e m a se c o n v e r­ tiría m á s a d e la n te en u n a c o n s­ te la c ió n . D e e s ta u n ió n d iv in a (h ie ro g a m ia ) n a c e ría n v a rio s h ijo s. - » D É D A L O , L A B E R IN T O . M 1N O TA U RO , TE SE O . ♦ L en g u a . La expresión el hilo de Ariadna se usa para de­ signar al cam ino seguido para resolver un problem a com ­ plejo. De este modo se explica el nombre del programa espa­ cial europeo que ha dado nom- 55 ARIADNA Carracci, Triunfo de Baco y Ariadna, fresco de la Galería Farnesio. Roma bre al cohete Ariadna. Sus creadores, en 1972. dudaban entre varios nombres mitológi­ cos: Pcnélope, Fénix. Prom e­ teo...: finalm ente prefirieron A riadna porque este proyecto permitía por fin salir del labe­ rinto de errores y negociacio­ nes en el que se encontraba atrapada la Europa espacial. a r i a d n a es también el nombre que la Biblioteca Nacional de Madrid ha dado a su catálogo automatizado, que se empezó a im plantar en 1988 y que con­ tendrá toda la información bi­ bliográfica sobre los fondos de la Biblioteca, así com o de los www.FreeLibros.me catálogos colectivos que ges­ tione. A ctualm ente, esta base de datos es accesible desde la red INTERNET. ♦ Lit. En una de su Heroidas (X). recopilación de cartas fic­ ticias dirigidas por heroínas m itológicas a sus amantes, el poeta latino Ovidio (43 a. C 17 d. C .) pone en boca de Ariadna las quejas elegiacas de la m ujer enam orada, traicio­ nada y abandonada en la playa de Naxos. El tema había sido tratado por Calulo (h. 85-h. 53 a. C .) algunas décadas antes. A riadna ha quedado com o el m odelo de la enam orada trai- 56 ARIA D N A d o n a d a , cuyos p atéticos la­ m entos conm ueven in clu so a los dioses: a sí aparece en C hau cer (la Leyenda ele las mujeres ejemplares, siglo xiv), que describe la vida de las am antes célebres: más tarde en la pieza de Rinuccini Ariadna — que sería ilustrada por Monteverdi (1608) en una d e las prim eras óperas de la h isto ­ ria— o en la de T ilom as Corneille (A ria d n a . 1672). Su destino desdichado aparece ev ocado en el célebre dístico de R acine (F edra, 1677): « iA riadna, herm ana m ía, de qué am or herida / m orís en la orilla donde lu isteis ab an ­ donada!» El personaje de A riadna aparece tratado a ve­ ces de lorina m ás original, com o en la trag icom edia El laberinto de Creía, d e Lope de Vega (1612-1615), donde A riadna parece d isp u esta a consolarse de su abandono con un antiguo prom etido que se encuentra en la isla de Lesbos. Al final de la obra se reconci­ lia con T cseo y Fedra. Pero es sobre todo el am or que inspira a D ioniso el q ue hace d e ella una figura ejem plar. B ajo este aspecto ocupa un lugar central en los D itiram bos de Dioniso. de N ietzschc 11888-1895), d onde su unión con el d ios se convierte en m etáfora de la vida en su veniente necesaria­ m ente dolorosa. A nte los la­ m entos de A riadna, Dioniso responde: «¿Acaso no hay que em pezar a o d iarse cuando se debe am ar? / Yo so y tu labe­ rinto.» Del mismo modo, en la A riadna en N axos d e Hugo von Hofmannsthal, cuya adap­ tación m usical fue realizada por R ichard S trauss, A riadna renace a través del am o r del dios. Las interpretaciones modernas le han concedido un lugar d i­ ferente: si en el Teseo de Gide ( 1946) su am o r es a la vez li­ b ertador y destinado a ser sacrificado, M arguerite Yourcen a r en ¿ Q uién n o tiene su m inotauro? (1963) concede un puesto destacado a la figura de A riadna. q u e renuncia por idealismo al am or de Teseo, al que se rinde en cam bio su her­ m ana Fedra. —> LABERINTO, M INO TA U RO, TE­ SEO . ♦ ¡co n . Los escu lto res han p referido frecuentem ente re­ p resentar a A riadna dorm ida, tanto en la Antigüedad (réplica de una obra del siglo iv a. C , R om a) com o en épocas poste­ riores (R odiil, Ariatlna. már­ 57 ARTEM ISA mol, h, 1889. París). Los pin­ tores la han mostrado más bien en compañía de Baco: Tiziano, B uco y A riadna, sig lo xvi. L ondres; T intoretto, B aco y A riadna coronada p o r Venus. sig lo xvi, V enecia: A nnibalc C arracci. T riunfo d e B aco y A riadna, fresco de la G alería Farncsio para ilustrar el tem a d e los am ores d e los dioses, 1597; Le Nain. B aco y A riad­ na. h. 1640. Orleans. ♦ M ús. La figura de A riadna abandonada por Teseo inspiró a m uchos compositores. Entre ellos citarem os a M onteverdi, el prim ero en in spirarse en el personaje para su ópera A ria d n a (so lo se conserva el céle b re «lam ento»), 1608; H aydn. A riadna en Naxos, cantata, 1789; M assenet, Ariadna, ópera, 1905; Richard S trauss, A ria d n a en Naxos. acto lírico, 1912; Darius Milhaud. E l abandono de A ria d ­ na, ópera m inuta, 1927; C ari O rff, El lam en to d e Ariadna. 1940. L es L uthiers recuperan la figura mitológica d e Ariadna en su aria operística cóm ica El beso d e Ariadna. escrita por el com positor ficticio Johann Se­ bastian Mastropiero. En ella, y en tres estilo s d iferentes para lograr un m ayor acercam iento www.FreeLibros.me a los gustos del público, Mastropiero presenta a Tcseo re­ quiriendo un beso de su amada Ariadna. ARMONÍA —> H A R M O N ÍA . ARPÍAS - 9 H A R P ÍA S . ARTEMISA o ÁRTEMIS D io s a ' g rie g a d e la castid ad y d e la c aza, a m en u d o tam bién d e la lu z lu n a r. H ija d e Z e u s ” y d e L elo*, e s h e rm a n a de A p o lo ”, a q u ie n a y u d a a n acer e n la isla d e O rtig ia , d e sd e e n ­ to n c e s lla m a d a D é lo s « la b ri­ lla n te » . Z e u s le o fre c e un arco y unas flech as q u e su hija le ha­ b ía p e d id o ; P a n ' le re g a la u na ja u r ía d e fe ro ce s perros. B e lla y á g il, « la d a m a de la s fie ra s » g u s t a d e re c o r re r lo s b o s q u e s y s e lv a s d e la A r­ c a d ia ', las c u m b re s y c im a s de lo s m o n te s T á ig c lo y E rim a n to , p e r s ig u ie n d o a las p re s a s q u e a s a e te a con su s fle ­ c h a s . P a ra so la z a rse , a c o stu m ­ b ra a b a ñ a r s e c o n la s n in f a s e n los río s, fu e n te s y lagos, ro ­ d e a d a d e c ie r v a s , c o n e jo s y l e o n c illo s c u y a lib e r ta d p ro ­ te g e . S u re in o e s la n a tu ra le z a v irg e n y sa lv a je . A R TEM ISA ARTEM ISA su s fle c h a s. M a ta a O rio n , e l g i­ g a n te s c o c a z a d o r q u e s o lía a c o m p a ñ a rla , y tr a n s fo r m a en c ie r v o a l d e s d ic h a d o A cteón ", u n jo v e n c a z a d o r q u e la h a b ía s o rp re n d id o d e s n u d a m ie n tra s se b a ñ ab a . —» a c t e ó n , c a l i s t o . S u s fle c h a s , im a g e n d e los ra y o s lu n a res, le sirv e n tam b ién p a ra v e n g a r la h o n ra d e su m a­ d re L e lo , q u e h a b ía s id o in s u l­ ta d a p o r N ío b e '. - » N ÍO B E . D u ra n te la g u e rra d e T ro y a ' e x ig e a A gam enón* e l sacrificio d e lfig c n ia * y s e m a n tie n e fa ­ v o r a b le a lo s tr o y a n o s . En R o m a s e rá a s im ila d a a D ia n a ', a n tig u a d io s a itá lic a . —> d i a n a . Artemisa o Diana en el lienzo de la Escuela de Fontainebleau Diana ca­ zadora con aljaba. París. Museo del Louvre D iosa o rg u llo sa y arisca, d e­ sea p erm an ecer virgen y protege la c a s tid a d de lo s jó v e n e s y d e la s d o n c e lla s, a q u ie n e s in te n ta a p a rta r d e la in flu en cia d e A fro ­ d i t a ’. q u e c o n s titu y e su fig u ra antitética. A rtem isa es la protec­ to ra tra d ic io n a l d e la s a m a z o ­ n a s”. H ip ó lito se rá u n o d e su s m á s fieles seg u id o res. P ara ca s­ tig a r a su c o m p a ñ e ra C a lislo " , q u e h a b ía c e d id o a lo s re q u e ri­ m ie n to s a m o ro s o s d e Z e u s , la tran sfo rm a en o sa y la a b a te co n —» H É C A T E , m e t a m o r f o s is . ♦ L e n g u a . El nom bre de la d io sa se ha dado a una planta de la fam ilia de las com pues­ tas, la artemisa, que posee pro­ piedades medicinales. ♦ L it. Forzosam ente hostil a A frodita. A rtem isa aparece m encionada frecuentemente en las trag ed ias de E urípides (48 0 -4 0 6 a. C .), com o por ejem plo en Hipólita. Bajo su nombre latino de Diana está presente en la obra de mu­ chos poetas de la Edad Media y del Renacimiento, la mayoría de las veces com o d iosa en e­ m iga del am or. La encontra- m os por ejem p lo en varias obras de Boccaccio: Im caza ele D iana (h. 1330). poem a sim ­ bólico y realista que alude a la vida de la corte napolitana; la Teseida ( 13 3 9 -1340), transpo­ sición p oética y novelesca de diversas figuras mitológicas; el N injale fie solano (1346). poe­ m a pastoril donde el am o r se m ezcla con la leyenda d e la fundación de Florencia. T am ­ bién aparece en el Ju eg o de D iana (1501), pieza teatral de Konrad Celtis, poeta alemán de expresión latina; en ü e lia ( 1554). de M aurice Scéve. que hace referencia a uno d e los nom bres d e D iana, o en Los a m o res d e D iana (1573). de D esportes. La diosa recibe un tratamiento desmitificador y ridiculi/.ador en el soneto LXI («A la cazadora gorda y flaca») de Diego Hurtado de Mendoza (prim era m itad del siglo xvi). En él, el poeta acusa a la diosa d e ser lo contrario de lo que presum e. G érard de Nerval la evoca com o diosa de la c a sti­ dad y de la fidelidad en «Arte­ m isa» (L as quim eras. 1854). aunque al final del soneto ex­ clama: «La santa del abismo es más santa para mí.» Kcats renueva el tema recupe­ rando un episodio poco cono­ www.FreeLibros.me cido. el único amor de la diosa por Endimión" (amado por Selene. la L una, a la que a me­ nudo se confunde con Diana), en el poem a del m ism o nom­ bre (1 8 1 8 ) que sirve como p retex to p a ra presentar una transfiguración rom ántica de un p aisaje bañado por la Luna. D iana puede convertirse tam­ bién en el símbolo de la belleza perfecta, como en el poema del presim bolista ruso Athanasio Fet titulado Diana ( 1856), en el que el poeta contempla con ad­ miración una estatua de la diosa tan bella que parece poder co­ brar vida, «blanca forma láctea deslizándose entre los árboles». Pero el mármol permanece in­ móvil. pues la estatua repre­ senta en sí misma la perfección artística en la que el creador moderno solo puede inspirarse con nostalgia. El asp ecto inquietante y lu­ n a r d e D iana, faceta de ori­ g en esencialm ente medieval, d o n d e la d iosa aparece fre­ cu entem ente representada en co m pañía de hechiceras con quienes participa en cacerías nocturnas, cuenta también con una ilustración moderna en la nov ela de Paul M orand liécate y sus perros ( 1954). en la 60 A SC A N IO que la crueldad y perversidad de la m ujer am ada p o r el na­ rrador se ponen de m anifiesto con la noche. En su novela D iana o la cazadora solitaria (1 9 9 4 ). el m exicano C arlo s F uentes hace una recreación m oderna del m ito a p a rtir de la p rotagonista, que es actriz d e H ollyw ood. ♦ Ic ó n . A rtem isa-D ian a ha inspirado a m uchos escultores antiguos, co m o la D iana de C abies. h. 345 a. C ., Louvre; Diana, siglo iv d. C ., Sevilla. Su im agen escu lp id a aparece adornando todo el castillo de A net. propiedad de D iana de Poitiers, favorita de Enrique II de F rancia. Los p in to res la han rep resen tad o bañándose (B oucher. 1742. L ouvre; Ru­ bens. D iana v su s n infas so r­ p re n d id a s p o r sá tiro s, s i­ glo x v ii. M adrid. M useo del Prado), cazan d o (escu ela de F ontaincblcau, sig lo x v i, L ouvre). con F.ndimión (A nnihale C arracci, h. 1600, R om a), con C alisto (T iziano, h. 1556. E dim burgo; Rubens, h. 1640. M adrid. M useo del Prado). ASCANIO H ijo d e E n e a s". JU LO . —» en ea s , ASCLEPIO E n la m ito lo g ía g rie g a , A sc le p io e s e l d io s s a n a d o r . E s h ijo d e A p o lo ’ y , se g ú n la v e r­ s ió n m á s e x te n d id a , d e C o r ó ­ n id e , h ija d e l re y te s a lio F le g ia s . E s ta s e d e jó s e d u c ir p o r u n m o r ta l lla m a d o is q u is c u a n d o e s ta b a e n c in ta y a del d io s , q u ie n la m a tó p a ra c a s ti­ g a r su in f id e lid a d . E n e l m o ­ m e n to e n q u e su c u e r p o ib a a c o n su m irs e en la p ira funeraria, A p o lo a rra n c ó al n iñ o d e l c a d á ­ v e r d e su m a d re . El d io s co n fió su h ijo a l c e n ta u r o ’ Q u iró n " , q u ie n lo e d u c ó y le e n s e ñ ó el a rle d e la m e d ic in a. A sc le p io p u s o su c ie n c ia al s e r v ic io d e lo s h o m b re s, reali­ z a n d o m u c h a s c u ra c io n e s y lle­ g a n d o in c lu s o a r e s u c ita r a los m u e rto s ( e n tre e llo s , s e g ú n se c u e n ta , a H ip ó li to ”, e l h ijo de T e s e o ”). P ara ello utilizó la san­ g r e d e M e d u s a , q u e A te n e a ' le h a b ía e n tr e g a d o ; s a n g r e q u e p ro c e d ía d e las v en as del flanco d e r e c h o d e la g o r g o n a ’ y q u e te n ía e l p o d e r d e d a r la vida, m ie n tr a s q u e la p ro c e d e n te de s u fla n c o iz q u ie rd o e r a u n ve­ n e n o v iru le n to . E s te p o d e r s o b r e la m u e r­ te q u e m a n if e s ta b a A sc le p io c o n s titu ía u n a g ra v ís im a a m e­ n a z a p a ra e l r e in o d e H ades", 61 p o r lo q u e Z e u s* , p a ra e v it a r q u e e l o rd e n d e l m u n d o s e a l­ te ra s e , d e c id ió fu lm in a r a A s ­ c le p io c o n u n ra y o . A p o lo v e n g ó a s u h ijo m a ta n d o a los c íc lo p e s ’, h ijo s d e Z e u s e n c a r­ g a d o s d e fa b ric a rle los ray o s, y p o r e llo fu e c o n d e n a d o p o r el s e ñ o r d e l O lim p o ' a s e r v ir d u ­ ran te u n a ñ o al re y A d m e to (el esp o so d e A lcestis*). A sc le p io , sin e m b a r g o , n o fu e p r e c ip i­ ta d o al T á rta ro * d e s p u é s d e su m u e rte c o m o o tro s m u c h o s h é ­ roes” q u e h ab ían o sa d o d e sa fia r el o rd e n o lím p ic o : se le c o n c e ­ d ió la in m o rta lid a d y e l ra n g o d e d io s , c o n v ie rtié n d o se e n u n a c o n s te la c ió n , e l S e r p e n ta r io (O fiu co). A s c le p io fu e o b je to d e un cu lto fe rv o ro so d u ra n te to d a la A ntig ü ed ad . L o s e n fe rm o s acu ­ dían a s u s sa n tu a rio s b u sc a n d o a liv io p a ra su s m a le s , s o b re to d o en E p id a u ro , su p rin c ip a l c e n tro d e d e v o c ió n . S e in tro ­ d u jo e n R o m a , e n 2 3 9 a. C ., sim b o lizad o e n u n a se rp ien te , y ad optó el n o m b re d e E sculapio. E sta re p r e s e n ta c ió n d e l d io s, m u y fre c u e n te , a s í c o m o su e m b le m a — u n b a s tó n en to rno a l c u a l se e n r o s c a u n a se rp ie n te — , q u e s e h a c o n v e r­ tido e n e l c a d u c e o ’' d e la c la s e m édica, in d ican c la ra m e n te qu e www.FreeLibros.me A SC LE PIO se trata de u n a div in id ad de tipo c tó n ic o ' y e s e n c ia lm e n te re la ­ c io n a d a c o n la s p o te n c ia s te ­ lú r ic a s , a p e s a r d e q u e tan to p o r su n a c im ie n to c o m o p o r su m u e rte m a n te n g a ta m b ién v ín c u lo s c o n la lu z y el fuego. S u s p o d eres se tran sm iten a tra­ v é s d e la tie rra : lo s e n fe rm o s q u e acu d ían a consultarle debían p a s a r u n a n o c h e e n su te m p lo a c o s ta d o s s o b re la tie rra y recib ían e n su e ñ o s las prescrip­ c io n e s te ra p é u tic a s c o rre sp o n ­ dientes. U na m edicina m ás cien­ tífic a s e iría d esp ren diendo pro­ g re siv a m e n te d e estas prácticas ritu a le s. E l c é le b re H ipócrates, p a tr ó n d e la m e d ic in a , e ra te ­ n id o p o r d e sc e n d ie n te del dios. L a etim o lo g ía m á s probable del n o m b re d e A s c le p io , re la c io ­ n a d a c o n la p a lab ra g rie g a uti­ liz a d a p a ra d e s ig n a r al to p o , c o n s titu y e o tr o te s tim o n io del p rim itiv o c a r á c te r c tó n ic o de e s ta d iv in id a d g rieg a. L a tra d ic ió n a trib u y e a A s­ c le p io d o s h ijo s, P o d a lirio y M a c a ó n — q u e p re s ta ro n su s s e r v ic io s c o m o m é d ic o s en el b a n d o g rie g o d u ra n te la guerra d e Troya*— , y v arias h ijas, e n ­ tre e lla s H ig ía (la S alu d ), a m e­ n u d o re p re se n ta d a a su lado, y P a n a c e a (r e m e d io p a ra todos los m ales). 62 A S T E R IÓ N ♦ L engua. El térm ino escula­ p io se em plea en ocasiones com o sinónim o humorístico de m édico o galen o <«Si añ ad i­ mos q ue g astaba g uantes de gam uza, habrá el lector reco­ nocido al perfecto tipo de e s­ cu la p io de la épo ca» . R. Palm a). T am bién se ha dado este nombre a una variedad de culebra que es capaz de trepar a los árboles enroscándose a su tronco. O bservem os por últim o que la palabra higiene procede del nom bre de una de las hijas del dios. H igía. y que el d e Pana­ cea se ha co n vertido en n o m ­ bre com ún, panacea, con el significado d e «rem ed io uni­ versal». ♦ ¡con. En las representacio­ nes antiguas. A sclcpio aparece prim ero — al igual que sucede con el C risto paleocristiano— com o un joven imberbe: poste­ riorm ente. a partir del siglo iv a. C .. se le representa com o un adulto barbado de rostro bon­ dadoso. com o el A sclepio sen ­ tado de E pidauro (M useo de Atenas): la estatua de Asclepio procedente de A mpurias. siglo iv a. C , Barcelona; el Escula­ p io rom ano co n serv ad o en el M useo Arqueológico Nacional de M adrid o el A sclepio de pie del M useo P rofano d e Roma. Esculapio, evidentemente, ocu­ pa un p u e sto d e h o n o r en tre los m édicos y fig u ra en fres­ co s d e las sa la s d e esp e ra de m uchos hospitales: citarem os el de E sculapio recibiendo el h o m en a je d e lo s m édicos, G ustave D oré. h. 1850, fresco d e l h o sp ital d e la C arid ad . M u seo d e la A siste n c ia P ú ­ blica, París. A S T E R IÓ N N o m b re a u té n tic o d e l —> min o ta u r o . A STREA H ija d e Z e u s ’ y d e T e m is" , la d io s a d e la J u s tic i a , y s ím ­ b o lo d e la v irtu d q u e re g ía a los h o m b r e s d u r a n te la e d a d d e o ro " , d e jó la tie r r a a l te r m in a r e s te p e río d o m ític o y se tra n s ­ fo rm ó e n to n c e s e n la c o n s te la ­ c ió n d e V irg o . ♦ Lit. A unque H o n o réd 'U ifé h aya d a d o e ste nom bre a la pastora que protagoniza su no­ vela pastoril La A strea ( 16071627). no existe ninguna rela­ ción entre el m ito de A strea y e sta obra, donde la m itología solo ap arece representada en las ninfas" que salvan a los dos amantes. 63 A T E N A S ( f u n d a c ió n d e ) L a fu n d a c ió n d e A te n a s , c o m o la d e to d a s la s g r a n d e s c iu d a d e s d e la A n tig ü e d a d , p a rtic ip a a la v e z d e l m ito , d e la le y e n d a y d e la h is to ria . E n el c o n ju n to d e re la to s q u e la re ­ fieren p u e d e n d is tin g u irs e a n ti­ g u a s c re e n c ia s re lig io s a s — en p a r tic u la r a r c a ic o s c u lto s c tó n ic o s’ v in c u la d o s a d iv in id a d e s in fe rn a le s (e s d e c ir, « s u b te rrá ­ n e a s » ) , c o m o lo s d e m o n io s s e r p ie n te s — y h e c h o s h is tó r i­ c o s tra n s fig u ra d o s , c o m o se ría el c a s o d e la s h a z a ñ a s d e T e se o ’, el h é ro e ’ fu n d a d o r p o r e x ­ c e le n c ia . S e g ú n la tr a d ic ió n m ític a m ás e x te n d id a , e l p rim e r re y d e la fu tu ra A te n a s s e ría C é c ro p e , un h é r o e n a c id o d e l p ro p io s u e lo d e l Á tic a a q u ie n fr e ­ c u e n te m e n te s e re p re s e n ta co n la p a rte s u p e rio r d el c u e rp o h u ­ m ana y la p a rte in fe rio r d e s e r­ p ie n te , in d ic a n d o a s í q u e e ra hijo d e la T ie rra . T o m ó p o r e s ­ p o sa a A g la u ro , h ija d e l rey A cteo, q u e le d io un h ijo y tres h ijas, y al m o r ir s u s u e g ro h e ­ redó el re in o d e e ste , a l q u e d io el n o m b re d e C ec ro p ia . B ajo su re in a d o tie n e lu g a r e l p rim e r e p is o d io d e la c iu d a d : la d i s ­ puta q u e e n f r e n tó a A te n e a " y P o se id ó n ' p o r la s o b e r a n ía s o ­ www.FreeLibros.me ATENAS b re el Á tic a , m ito q u e p o sib le­ m e n te s e a la tra n s p o s ic ió n d i­ v in a d e u n a riv a lid a d e n tre dos g ru p o s trib a le s. C é c ro p e , e le g id o c o m o á r­ b itro d e la q u e re lla , e sta b le c ió la p re la c ió n d e A ten ea, q u e ha­ b ía d a d o a la c iu d a d su p rim e r o liv o , m ie n tr a s q u e P o se id ó n s o lo h iz o b ro ta r u n a fu e n te d e a g u a sa lo b re . S eg ú n refieren al­ g u n o s h is to ria d o re s , lo s a te ­ n ienses to d a v ía m o straban en la c o lin a sa g ra d a d e la A cró p o lis lo s v e s tig io s v e n e ra d o s d e los p re s e n te s d iv in o s: u n o liv o que h a b ía re s istid o a la invasión de lo s p e rs a s (4 8 0 a. C .) y un p e ­ q u e ñ o la g o d e a g u a sa la d a . A te n e a se c o n v irtió así, d e fin i­ tiv a m e n te , e n la p a tro n a del Á tic a , a u n q u e su tío P o se id ó n n o q u e d ó to ta lm e n te e c lip sa d o y a q u e s u c u lto s e m an tu v o a s o c ia d o al d e la d io s a ta n to en la A c ró p o lis c o m o e n e l c a b o S u n ió n . C é c ro p e c o n se rv a e l p resti­ g io m ític o d e u n re y p a c ífic o , c o n fu n c io n e s e m in e n te m e n te c iv iliz a d o ra s. F u e el p rim ero en r e c o n o c e r la s u p r e m a c ía de Z e u s ' so b re lo s o tro s d io ses" y se le a trib u y e ta m b ié n el h ab er p u e sto fin e n su re in o a los sa­ c rific io s h u m a n o s . L a ley en d a c u e n ta q u e e n s e ñ ó a los h o m - 64 ATENAS b re s a e n te r r a r a s u s m u e rto s y q u e c r e ó e l p r im e r trib u n a l d e ju s tic ia de A te n a s, el A rc ó p a g o (la « c o lin a d e A re s '» ), c o n m o ­ tiv o d e un j u i c i o a l q u e tu v o q u e so m e te rs e el d io s , a c u s a d o d e a s e s in a to . S e le a tr ib u y e a v e c e s la in v e n c ió n d e la e s c r i­ tura, A ten ea c o n fió a las tre s h i­ ja s d e C é c ro p e , la s A g lá u rid e s, el c u id a d o d el p e q u e ñ o E ric to ­ n io ”, c r ia tu r a n a c id a d e l f r u s ­ trad o d e se o d e H cfesto* h acia la d io s a : e s ta s , m o v id a s p o r la c u r io s id a d , a b r ie r o n la c e s ta d o nd e A ten ea le h a b ía m etid o y d e s c u b rie ro n q u e el c u e rp o del n iñ o te rm in a b a e n u n a c o la d e se rp ie n te , c o m o lo s s e re s n a c i­ d o s d e la T ie rra . P re sa s d el p á ­ n ic o . se a r r o ja r o n al v a c ío d esd e la s ro cas d e la A cró p o lis. E n tre lo s d e s c e n d ie n te s d e C é c ro p e figuran a lg u n o s héroes fa m o so s: C é fa lo ”, a q u ie n a m ó la d io s a E o s - (la A u ro ra ); F a e ­ tó n '', el in f o rtu n a d o c o n d u c to r d e l c a r r o d el S o l, q u e a lg u n a s v e rs io n e s h a c e n h ijo d e lo s a n ­ terio res; D édalo*, el c o n stru c to r d el L a b e rin to ”. A te n a s p u e d e il u s t r a r g lo ­ rio sa m en te su s o ríg e n e s c o n las h azañ as d e o tro h éro e ilu stre: el re y E re c te o -, c o n fu n d id o e n las p rim e ra s fa s e s d e l m ito c o n E ricto n io . S e le a trib u y e en p a r­ tic u la r la in s ta u ra c ió n del fe s ti­ v a l d e la s P a n a te n e a s y la in ­ v e n c ió n d e l c a r r o p o r in s p ir a ­ c ió n d e A te n e a . S u m u e r te e s ta m b ié n p o sib le m e n te u n a c o n ­ s a g r a c ió n . y a q u e s e le id e n ti­ fic ó c o n P o s e id ó n , e l d io s q u e le h a b ía c a s tig a d o , y fu e h o n ­ ra d o en la A c ró p o lis c o n el n o m b r e d e P o s e id ó n -E re c te o en el te m p lo q u e s e e rig ió sobre s u p a la c io , e l E re c te ió n . —> E R E C T E O , E R IC T O N IO . U n d e s c e n d ie n te d e E re c ­ te o , T eseo ", h aría d a r a su rein o u n p a s o d e c is iv o a l lib e ra r a su p a tria d e la se rv id u m b re e c o n ó ­ m ic a re sp e c to a C re ta — e s te es p o s ib le m e n te e l s e n tid o h is tó ­ ric o d e su lu ch a v ic to rio sa c o n ­ tra el M in o ta u ro " — y al lle v a r a c a b o e l s in c c is m o a te n ie n s e , e s d e c ir , la fe d e ra c ió n p o lític a d e d iv e r s o s p u e b lo s q u e h asta e n to n c e s h a b ía n s id o v e c in o s . D e e s te m o d o fu n d a u n a ú n ica c iu d a d a g r u p a d a e n to r n o a la c o lin a sa g ra d a d e la A c ró p o lis, A te n a s , q u e se c o n v ie r te e n la c a p ita l d e l A tic a y c u y o n o m ­ bre, sie m p re e n p lu ral, atestig u a la p lu r a lid a d d e s u s o ríg e n e s . L a fe c h a d e e s ta fu n d a c ió n , que los m itó g ra lo s a v eces sitú a n en el s ig lo v i i i a. C , s ig u e sie n d o u n a in c ó g n ita , p e ro lo s h is to ­ r ia d o re s n o d u d a n e n s itu a r tal A TENEA a c o n te c im ie n to d u ra n te el p e ­ río d o m icé n ic o . ♦ L it. La fu n ció n política de Teseo aparece evocada en Tucidides, Isócrates y C icerón. Vida d e Teseo. en las Vidas paralelas de Plutarco (siglos Iiid .C .). —> A TEN EA . TESEO. ♦ Ic ó n . A ten ea y Poseidón. án fo ra griega, siglo vi a. C.. París: Jordaens. La disputa de N ep tu n o y Minerva, siglo xvu, Florencia. A TEN EA H ija d e Z eu s* , s e ñ o r d e los d ioses”, y d e su p rim e ra e sp o sa, M e tis ”, d io s a d e la s a b id u ría , form a p arte d e los d o c e g ran d es O lím p ic o s”. D io sa d e la g u erra, p e ro ta m b ié n d e la s a rte s y los o fic io s y d e l c o n o c im ie n to en g e n e ra l, s e r á id e n tif ic a d a en R o m a c o n M in e rv a " e in tro d u ­ cida e n la lla m a d a « tría d a c a p ito lin a » , a l la d o d e J ú p ite r" y Juno*. S u n a c im ie n to e s tá ro d e a d o d e p ro d ig io s . Z e u s h a b ía to ­ m ad o p o r e s p o s a a su « p rim a » M etis, h ija d e los titanes* O c é a ­ no" y T e tis . E n g rie g o , el n o m ­ bre d e M e tis s ig n ific a « la in te ­ lig en cia p rim o rd ia l» , en la q u e se a lia n la p ru d e n c ia y la p erfi- www.FreeLibros.me Escultura griega de A tenea Parthe­ nos. Atenas, Museo Nacional d ia . E lla p ro p o rc io n ó a Z e u s la d r o g a d e la q u e e s te se sirv ió p a r a q u e s u p a d re C ro n o " v o ­ m ita r a a to d o s su s h ijo s a n te ­ rio re s, q u e el d io s se h a b ía ido tr a g a n d o a m e d id a q u e nacían p o r m ied o a q u e a lg u n o pudiese d e rro c a rlo . P ero U ran o ” y Ciea h ic ie ro n s a b e r a Z e u s q u e a su v e z p o d ría s e r d e s tro n a d o p o r el h ijo q u e su e s p o s a M etis ATENEA d ie s e a lu z e n c a s o d e q u e e sta c o n c ib ie s e p o r s e g u n d a v ez. S ie m p re p ru d e n te , Z e u s se tr a g ó a M e tis ta n p ro n to su p o q u e e sta b a e n c in ta , y lle g a d o el m o m e n to d el p a rto p id ió a H efe s to ' q u e le a b r ie r a e l c rá n e o d e un h a ch azo : d e su c a b e z a n ació A te n e a la n z a n d o un g rito d e g u e rra y y a a d u lta , p e rfe c ta ­ m e n te a rm a d a y d is p u e s ta p ara e l c o m b a te . E sta d io s a d e s e m p e ñ a un p a p e l im p o rta n te e n la G ig a n to m a q u ia (g u e rra c o n tra lo s g i­ g a n te s ’), c o m b a tie n d o j u n t o a H eracles*. A te n e a d e rro ta y d e ­ s u e lla al g ig a n te P ala n te * , c o n c u y a p ie l se h iz o u n a c o ra z a , y p e rs ig u e h a s ta S ic ilia a E n c é la d o , o tr o g ig a n te , a q u ie n s e ­ p u lta b a jo la is la m ed ite rrá n e a . —> G IG A N T E S, PA L A N T E. A te n e a , la h ij a p r e d ile c ta d e Z e u s , e s a n te to d o la d io s a g u e r r e r a p o r e x c e le n c ia . E n e s te s e n tid o s e o p o n e a A res", d io s d e la fu ria irra c io n a l, q u e la n z a a l h o m b r e c o n tr a el h o m b r e e n un f u r o r a s e s in o . F re n te a l p o d e r c ie g o d e l h ijo d e Z e u s y H era", A te n e a s im ­ b o liz a la j u s t i c i a e n y p a r a el c o m b a te , la ra z ó n q u e d o m in a e l im p u ls o . C o m o ta l , g u ía y so s tie n e a lo s m á s fa m o so s h é­ ro e s": a lo s a q u e o s d u r a n te la 66 g u e r r a d e T r o y a ’, s o b re to d o a A q u ile s " y U lis e s* , a q u ie n p r o te g e r á d u r a n t e to d o su v ia je "; a H e ra c le s , a l q u e p ro ­ p o r c io n a a rm a s y c o n s e jo s c o n tin u o s p a ra q u e s a lg a b ien p a ra d o d u ra n te s u s tr a b a jo s , y q u e , e n a g r a d e c im ie n to , o fr e ­ c e rá a la d io s a las m a n z a n a s de o r o d e la s H e s p é r id e s ’; a J a s ó n \ a q u ie n a y u d a d u ra n te la c o n s tr u c c ió n d e l n a v io A rg o " , a P ersco * , a l q u e o fr e c e u n e s ­ c u d o d e b r o n c e p u lid o p a ra q u e p u e d a d e rr o ta r a M e d u s a y q u e , e n ju s ta c o rre s p o n d e n c ia , e n tr e g a r á a la d io s a la c a b e z a d e la g o rg o n a * p a r a q u e e s ta a d o rn e e l su y o . E s ta m b ié n la d io s a d e la in te lig e n c ia , h e r e d a d a d e su m a d r e , d e l a rte y d e la c ie n c ia c r e a tiv a , o p o n ié n d o s e e n e s te s e n tid o a l c o jo H e fc sto * , d io s d e la té c n ic a , d e la h a b ilid a d sim p le m e n te a p lic a d a a la m a ­ te r ia . D e e s te d o b le o rig e n se c o n s e r v a r á e n u n m is m o té r ­ m in o (le c h n é ) la n o c ió n a m b i­ v a le n te d e a r tis ta y a rte s a n o . P ro te c to ra d e h ila n d e ra s y b o r­ d a d o r a s , A te n e a n o d u d a r á en c a s t ig a r p o r s u s o b e r b ia a A ra c n e " , a lu m n a s u y a . E n su c iu d a d , A te n a s" , e s ta b a c o n s i­ d e ra d a c o m o la d io s a d e la ra ­ z ó n , d e s p la z a n d o a la s m usas* 67 ATENEA e n e l te r r e n o d e la lite r a tu r a filo s o fía . y la - A A R A C N E. D io sa «v irg en » p o r e x celen ­ cia, co m o d a n fe ta n to su epíteto P a rth en o s (« d o n cella» ) c o m o el tem p lo m á s cé le b re c o n sag rad o a e lla e n A te n a s , e l P a rte n ó n , d o n d e se la a d o ra b a b a jo tal a d ­ vocació n , A te n e a se o p o n e ta m ­ b ién a A fro d ita ", q u e e je rc e su p o d e r s o b re lo s h o m b re s co n unas arm as q u e la d io sa d e la in­ te lig e n c ia d e s p re c ia . E llo n o le im p id e p a rtic ip a r, ju n to a H era y A fro d ita , en e l c o n c u rs o d e b elleza arb itra d o p o r Paris", q u e se rá e l g e rm e n d e la g u e rr a d e T ro y a . A te n e a g u a rd a c e lo s a ­ m e n te su c a s tid a d ; H e fe s to in ­ ten tó e n u n a o c a sió n fo rza r a la d io sa , y a u n q u e su d e s e o q u ed ó fru stra d o , p ro d u jo u n e x tra ñ o v ástago , E ric to n k r, m itad h o m ­ bre, m itad se rp ien te , n a c id o del suelo fe c u n d a d o p o r e l esp e rm a del d io s, al q u e A te n e a e d u cará c o m o a u n h ijo . —> e r i c t o n i o , PARIS. A te n e a e ra v e n e ra d a e n v a ­ ria s c iu d a d e s g rie g a s c o m o d io s a tu te la r. L a e n c o n tra m o s , p o r e je m p lo , e n T r o y a b a jo la fo rm a d e u n a n tiq u ís im o íd o lo , el P a la d io " , a u n q u e e r a s o b re to d o A te n a s , c p ó n im o d e la d io sa , q u ie n se e n o rg u lle c ía d e su p r o te c c ió n . F,1 p re c ia d o www.FreeLibros.me o liv o , re g a lo d e A te n e a a la c iu d a d g r a c ia s a l c u a l lo g ró fr u s tr a r la s a s p ira c io n e s d e su riv a l P o se id ó n ", c o n v irtió a A ten as en la señ o ra indiscutible d e l Á tic a . a ten a s ( fu n d a ­ c ió n DF.), PA L A D IO , PALAS. S e la re p re s e n ta b a co m o u n a d io s a m a je s tu o s a , d e be­ lle z a se re n a y se v era; la m irada c e n te lle a n te d e su s legendarios o jo s g a r z o s re c u e rd a a la d e la le c h u z a , su a n im a l fa v o rito , a q u ie n s u e le v e rs e fre c u e n te ­ m e n te so b re su h o m b ro o en su m a n o . E ra ta m b ié n re v e re n ­ c ia d a c o m o p ro te c to ra d e las a rte s y las le tra s (d iv ersas aso ­ c ia c io n e s m o d e rn a s h a n c o n ­ v e r tid o a la le c h u z a e n e m ­ b le m a d e l h elen ism o ). C o m o d io s a g u e rre ra a p a ­ re c e s ie m p re a rm a d a : lan za , c a sc o , e sc u d o re d o n d o so b re el q u e fijó la c a b e z a d e M ed u sa q u e le o fr e c ie r a P e rs e o , q ue tie n e el p o d e r d e p e tr ific a r a c u a lq u ie r a q u e o s e m ira rla ; lle v a ta m b ié n la é g id a 1, coraza q u e Z e u s se h izo co n la piel de la c a b r a A m a lte a y q u e c o m ­ p a r tía c o n su h ija c o m o e m ­ b le m a d e l p o d er. « V icto rio sa» , c o m o in d ica su e p íte to N ik e (la c iu d a d d e N iz a e s d e u d o ra de e s ta e tim o lo g ía ), a p a re c e ta m ­ b ién c o n a la s o bien co n san d a­ ATENEA lia s a la d a s , q u e lo s a te n ie n s e s le re tira ro n e n su te m p lo d e la V ic to r ia A p te ra (« s in a la s » ) p a ra e s ta r s e g u r o s d e c o n s e r ­ v a rla ju n to a ellos. ♦ L engua. En A tenas, el A te­ neo era un tem plo consagrado a la diosa donde los poetas y oradores leían sus obras. A fi­ nales del siglo x v i m y p rin ci­ pios del xix se fundaron en Francia unas instituciones cul­ turales. donde se reunían cien­ tíficos y hombres de letras, que adoptaron el nombre de ateneo en recuerdo del nom bre del tem plo de la diosa de la sabi­ duría. A imitación suya se fun­ daron con el m ism o nom bre instituciones sim ilares en Es­ paña e H ispanoam érica. F.l de Madrid, fundado en 1835 y en­ clavado actualm ente en la ca­ lle del Prado, fue un centro esencial en la vida cultural del Madrid de la Restauración. De él se decía que era la antesala del C ongreso, porque muchos de los asuntos políticos y s o ­ ciales se debatían allí primero. En Bélgica y Suiza, un ateneo es un establecim iento de ense­ ñanza secundaria. —> KCHDA. ♦ l it. Etl la Odisea, A tenea es la protectora de U lises, el h é­ 68 roe cu y a inteligencia co n sti­ tuye su m ayor virtud. En obras posteriores, el papel de garante d e la sabiduría y de la equidad atrib u id o a la d iosa aparece ilustrado en sus intervenciones para salvar a O restes' del ciclo infernal d e su m aldición, p ri­ m ero en Las eum énides de Esq u ilo (458 a. C .) y m ás tarde en la ¡figenia en Táuriele de Eurípides (414 a. C.). En 1699. Fénelon confiere a la d iosa un papel principal en su Telémaco, donde tom a la apa­ riencia de M entor para guiar al hijo de Ulises en la búsqueda de su padre. Por otra parte. Atenea-Minerva aparece frecuente­ mente en las literaturas moder­ nas com o el símbolo del trabajo intelectual y de la sabiduría que de él resulta por una lenta acu­ mulación de conocimientos. En cuan to a la fórm ula de Hegel. «la lechuza de M inerva solo vuela al llegar el crepúsculo» I P rincipios d e la filo so fía del derecho. 18 2 1), significa que la filosofía solam ente puede ex­ p licar la historia del m undo u posteriori y que no puede mo­ dificar el curso de esta. ♦ ¡con. A tenea, diosa de la guerra y protectora de Atenas, fue profusamente representada en la Antigüedad griega. Cita- A T IS rem os la copia rom ana de la A tenea d e M irón, 4 6 0 a. C., A tenas; la llam ada A tenea del Varvakeion, réplica de la A te­ nea Parthenos d e Fidias, esta­ tua crisoelefantina (oro y martil) que adornaba el interior del Partenón, h. 450 a. C., Atenas. La diosa aparece tam bién en numerosas vasijas griegas, par­ ticularm ente en el episodio de su disputa con Poseidón (vaso del siglo vi a. C„ París; vaso del siglo tv a. C., San Petersburgo). y también en diversos bajorre­ lieves ¡Atenea pensativa, h. 460 a. C., Atenas). Más adelante se la representa oponiéndose a M arte’ (Tintoretto, siglo xvi, V enecia; David, 1824, Bruse­ las), en el juicio de París, o bien sola (Botticelli, tapiz, siglo xv. colección privada; Rodin, már­ mol, 1896, París). —> PARIS. ♦ Cin. En la película de Desmond D avis Furia d e titanes ( 1981) aparecen la diosa Ate­ nea y su lechuza — a la que Hefesto ha transformado en un robot tipo La guerra d e las g a ­ laxias— acudiendo en ayuda del héroe Perseo. ATIS T a m b ié n lla m a d o C ó rib a s , es un a n tig u o d io s a siá tic o d e la www.FreeLibros.me v e g e ta c ió n a d o ra d o en F rig ia y e n L id ia y a so c ia d o al c u lto de la d io s a C ib e les* . A tis e r a un jo v e n p a s to r q u e h a b ía sid o a b a n d o n a d o d e n iñ o e n tr e los ju n c o s d e u n río, d o n d e C ibeles lo h a b ía e n c o n tr a d o . E ra tan h e rm o s o q u e la d io s a e x p e ri­ m e n tó h a c ia é l u n c a sto a m o r y q u is o c o n v e r tir lo en g u a rd iá n d e su te m p lo , p e ro p a ra e llo el jo v e n d e b ía m a n te n e rse virgen. A tis, sin e m b a rg o , se en am o ró d e u n a n in fa " p ro v o c a n d o los c e lo s d e C ib e le s, q u e se opu so a su u n ió n . El d io s se c a stró en u n a c c e so d e lo cu ra y m u rió en la f lo r d e la e d a d . L a d io sa , p re sa d e rem o rd im ien to s, trans­ fo rm ó al jo v e n e n un p in o c o ­ ro n a d o d e v io le ta s , sím b o lo de la v id a v eg eta l q u e m u ere para r e n a c e r e te r n a m e n te . S egún o tr a s v e rs io n e s , C ib e le s le re ­ s u c itó y le d iv in iz ó p a ra a so ­ c ia rlo a su c u lto . El c u lto d e A tis y d e C ib e ­ le s fu e im p o rta d o a R o m a d u ­ ra n te e l im p e rio y d io lu g a r a fe s te jo s v io le n to s d o n d e los s a c e r d o te s se fla g e la b a n y en a lg u n o s c a s o s p ra c tic a b a n la a u to e m a sc u la c ió n . D u ra n te el p e río d o ta rd o rr o m a n o e s te c u lto a p a re c e c o m o u n a d e las « re lig io n es de sa lv a c ió n » (so te rio ló g icas) que 70 A TLA NTE p ro m eten a su s fie le s la re su ­ rrección y la inm ortalidad bie­ nav en tu rad a, d e sa rro lla n d o en este sen tid o unos tem as p ró x i­ m os a los del cristianism o. ♦ Lit. En su poema 63, el poe­ ta latino C atu lo (h. 85-h. 53 a. C .) presenta a Atis com o un joven griego que cede para su desgracia a la llamada de la na­ turaleza salvaje, representada por Cibeles. Ovidio recupera el m ito en el libro IV d e los Fas­ tos (principios del siglo I d. C .). M ás tarde, en el siglo tv. el em perador filósofo Ju ­ liano «el A póstata», el últim o em perador pagano, propondrá una lectura filosófica del mito de inspiración neoplatónica. Los textos antiguos qu e ev o ­ can la figura de Atis presentan de hecho enorm es diverg en ­ cias: A tis aparece unas veces com o un hom bre, otras com o un sem idiós' y otras com o un dios; su muerte es definitiva en unas versiones, m ientras que en otras va seguida d e una sem irrcsurrección vegetal o in ­ cluso de una v erdadera re su ­ rrección. El conjunto resulta extrem adam ente confuso y es muy posible qu e el m ito haya sufrido también contam inacio­ nes cristianas. A principios del siglo xvm , M elchor de Zapata escrib e en rom ance una F á­ bula d e A c is y Cibeles, en tono joco so , que servirá de modelo a otra que, en el m ism o siglo, se publicó anónim am ente bajo el títu lo H istoria, fá b u la o cuento de Cibeles, Atis y Sangarita, en la q u e abundan los chistes procaces y groseros y donde el tema de la castración de Atis se expone crudamente. ♦ Icón, y Más. -A C IB E L E S O CÍBELE. ATLANTE O tro n o m b re de A TLAS. ATLANTIDA Isla legendaria desaparecida a c o n s e c u e n c ia de un c a ta ­ clism o en el espacio de una no­ c h e y un d ía . C u e n ta Platón q u e en tie m p o s rem o to s los g rie g o s tu v ie ro n q u e rechazar p o r las arm as a un p u eb lo , los a tla n te s, p ro c e d e n te s de una g ran isla del A tlán tico situada fren te a las «colum nas de Hér­ cu les’» (actual estre ch o de Gib ra lta r). A llí v iv ía u n a huér­ fana, C litia , d e la q u e se en a­ m o ró P oseid ó n " y co n la que tu v o c in c o v ec es gem elos — u no d e lo s c u a le s se ría At­ la s '— q u e se c o n v irtie ro n en los diez reyes de la isla. 71 ATLÁNTIDA Su te rrito rio , q u e la s c o n ­ q u istas su c esiv a s d e su s reyes ac re c e n ta b a n d ía a d ía , a b u n ­ d ab a en m etales preciosos, e n ­ tre e llo s el oricalco, q u e b ri­ llaba co m o e l fuego; la flora y la fauna eran d e una exuberan­ cia extrem a; su población m uy n u m ero sa. L a A tlá n tid a , q u e pronto se convirtió en una gran potencia m arítim a y com ercial, poseía tam bién una extensa red de canales. En un principio, los reyes atlan tes se reunían y lle­ vaban a c a b o c e rem o n ia s para co n so lid ar lo s v ín cu lo s co n su padre Poseidón. S u sentim iento religioso, sin em bargo, fu e d is­ m inuyendo co n el tie m p o y se lanzaron a una guerra im peria­ lista a la q u e so lo p u d o re sis­ tirse la antigua A tenas. Esto su­ cedía, según el relato d e Platón, 9000 añ o s antes d e S olón, esto es, 9600 a. C. Zeus" castigó a la A tlántida sepultándola bajo las aguas d el m ar, q u e h a b ía fo r­ jad o su p o d er p ero tam bién su desm esura. ♦ Lit. El mito aparece referido esencialmente por Platón (428348 a. C .) en el Tim eo (21 y sigs.) y en Crítias (108 y sigs.). Poco recordada en la Edad Media, la leyenda de la Atlán­ tida vuelve a cobrar actualidad www.FreeLibros.me tras el descubrimiento de Amé­ rica (Francisco de Rioja, «A las ruinas de la Atlántida», poe­ ma, siglo xvir), que algunos identifican con el continente desaparecido bajo las aguas. A sí aparece más tarde en La Atlántida (1876), del poeta ca­ talán Jacinto Verdaguer, donde Cristóbal Colón parte en busca del continente desaparecido. Mientras Montaigne niega toda verosimilitud histórica a la le­ yenda (Ensayos, 1580), Frun­ cís Bacon (La nueva Atlántida. 1627) describe bajo este nom­ bre un Estado ideal gobernado por sabios. Con el romanticismo, la Atlán­ tid a aparece m ás que nunca com o el sím bolo de la edad de o ro ', del paraíso perdido (E.T.A. Hoffmann, El vaso ele oro, 1814). Frecuentemente evocada en las novelas de Ju­ lio V eme (Veinte mil leguas de viaje subm arino, 1870). se convierte en el siglo xx, a raíz d e La Atlántida de Pierre Bcnoít (1920) y la película de Pabst inspirada en esta novela — a las que siguieron tantas novelas y cintas de ciencia fic­ ción— . en una auténtica utopía popular, símbolo de una socie­ dad obsesionada por el miedo a su propia destrucción. 72 A TLA S ♦ M á s. La A tlántida, ópera inacabada de M anuel de Falla, basada en el poema d e Jacinto V erdag uer del m ism o título. Iniciada en 1927, fue acabada por su discípulo Ernesto Halffter y representada en 1962. Es un extenso fresco q ue abarca desde el hundim iento de la A tlántida hasta el descubri­ miento de A m érica por Cristó­ bal Colón. ♦ Cin. F.I continente desapare­ cido ha sido una fuente de ins­ piración para los cineastas, desde La A tlántida de Jacques F eyder (1921) y la de Pabst (1932) — am bas inspiradas en la famosa novela de Pierre Benoít— hasta La conquista de la Atlántida de V ittorio Cottafavi (1961). ATLAS E ste g ig a n te ", h ijo d el titán J á p e to y d e la o c e á n id c C lím e n e — o, se g ú n o tra trad ició n , d e P o seid ó n ' y d e C litia — , p e r­ te n e c e a la p rim e ra g e n e ra c ió n d e dioses". F ue co n d e n a d o a s o ­ p o rta r so b re su s h o m b ro s la b ó ­ v e d a c e le s te p o r to d a la e te r n i­ d a d c o rn o c a s tig o p o r h a b e r p a rtic ip a d o e n la lu c h a d e lo s g ig a n te s c o n tr a Z eus". E ra h e r­ m a n o d e P r o m e te o ' y E p irn c te o ; su m o r a d a s e e n c o n tr a b a Dibujo de A tla s y la Esfinge e n e l e x tr e m o d e O c c id e n te . H ija s s u y a s fu e r o n la s P lé y a ­ d e s ’ y la s H e s p é rid e s " . H e ra ­ c l e s ', e n e l c u rs o d e s u b ú s ­ q u e d a d e la s m a n z a n a s d e o ro , r e c u r r ió a s u a y u d a y le s u s ti­ tu y ó so s te n ie n d o e l c ie lo m ien ­ tra s A tla s ib a a b u s c a r lo s p re ­ c ia d o s fru to s p a ra e n tr e g á r s e ­ lo s. P e rs e o " lo tr a n s fo r m ó en m o n ta ñ a a n te e l m a l r e c ib i­ m ien to d e q u e h a b ía sid o objeto p o r p a rte d el g ig a n te c u a n d o el h é r o e re g re s a b a v ic to rio s o de su e n fre n ta m ie n to c o n M edusa. T a m b ié n se le c o n o c e c o n el n o m b re d e A tla n te . ♦ Lengua. Este gigante mítico dio su nom bre al Atlas, el alto m acizo m ontañoso situado en el norte d e Á frica. El nombre com ún atlas, que designa una colección d e m apas geográfi­ cos, se introdujo con este sig- 73 ATRIDAS niñeado en la lengua porque la prim era obra de este tipo, p u ­ blicada en 1595 por el g eó ­ grafo Mercator, aparecía ador­ nada con un frontispicio donde destacaba la figura del gigante mitológico. En anatom ía, el atlas e s la pri­ mera vértebra de las cervicales, llamada así porque sostiene di­ rectam ente la cabeza — com o Atlas sostenía el ciclo— al es­ ta r articulada con el cráneo. ♦ ¡con. H eracles y Atlas, metopa del tem plo de Z eu s en O lim pia, 4 6 0 a. C .; A tlas, es­ cultura. período lardorromano, Ñ apóles; A tla s y la Esfinge, grabado de un espejo etrusco. s u n tu o s o T á n ta lo ”, c o n una c e n a m o n s tru o s a o fre c id a a los In m o rtales d o n d e y a figuran los « in g re d ien tes» q u e caracteriza­ rá n la e x tr a ñ a h is to ria d e su s d e sc e n d ie n te s , q u e se am an , se m a ta n , s e d e s p e d a z a n y se d e ­ v o ra n e n fa m ilia . E n e fe c to , T á n ta lo , re y d e A s ia M en o r, fu e in v ita d o a la m e s a d e los d io s e s" , d o n d e c o n s u m ió n é c ­ tar* y a m b r o s ía ”, a lim e n to s d iv in o s q u e co n fe ría n la inm or­ ta lid a d y q u e T á n ta lo d e c id ió ro b a r p a ra o fr e c é rs e lo s a los ATREO R e y d e M ic e n a s . —> DAS. a t r i- ATRIDAS C é le b re d in a s tía h e ro ic a d e la m ito lo g ía g rie g a , la fa m ilia de los A n id a s d e b e su n o m b re a u n o d e su s m ie m b ro s, A treo . Es el a rq u e tip o d e fa m ilia « co n e sq u e le to s e n el a rm a rio » , g o l­ p e a d a p o r u n a fa ta l m a ld ic ió n que se c o n v e rtirá en fu en te ina­ g o ta b le d e in s p ira c ió n p a ra el universo literario d e la tragedia. L a m a ld ic ió n la in a u g u ra el in ic ia d o r d e la d in a s tía , el p re­ www.FreeLibros.me Menelaos. O restes y Electro (de la familia de los Atridas). Roma. Museo de las Termas A TR ID A S h o m b re s . S u « in g r a titu d » ib a u n id a a u n a ra r a s o b e r b ia : in ­ v itó a su v e z a lo s d io s e s a q u e c o m p a r tie ra n su m e s a y , p a ra p o n e r a p ru e b a su o m n isc e n c ia , les s irv ió u n a c e n a im p ía c u y o « p la to fu e r te » c o n s is tía e n su p ro p io h ijo P é lo p e g u is a d o . E ste o rg u llo in so le n te , im p re g ­ n ad o d e u n a terrible d esm esu ra , el e stig m a fatal d e la h ib r is ', le c o s ta r ía a T á n ta lo s u fa m o s o s u p lic io en el T á rta ro " , c o n d e ­ n ad o a p a d e c e r p o r to d a la e te r­ n id ad un h a m b re y u n a se d qu e n u n c a p o d ría saciar. P é lo p e , re s u c ita d o y re ­ co n stru id o p o r lo s h o rro riz a d o s d io se s, p a só a s e r co p e ro d e los O lím p ico s” a n tes d e c o n v e rtirse e n re y e n la E lid e. L a a s tu c ia y la tra ic ió n , ta n to c o m o su p ro ­ p io v a lo r y la p ro te c c ió n d e los d io se s, le p erm itirán e lim in a r al tira n o E n ó m a o y c a s a rs e c o n la h ija d e e s te , H ip o d a m ía * , a p o ­ d e rá n d o s e a s í d el tro n o . E n tre lo s n u m e r o s o s h ijo s de P é lo p e s e e n c u e n tra n P iteo , sa b io rey d e T recén y su e g ro de E g e o ”, q u e s e e n c a r g ó d e la e d u c a c ió n d e T e s e o ', lo q u e le c o n v ie r te p o r ta n to e n e l a n te ­ p a sa d o y m o d e lo p e rfe c to d e la m o n a rq u ía a te n ie n s e ; C ris ip o , q u e al s u s c ita r la p a s ió n d e Layo" se rá la c a u s a d e la s d e s ­ 74 g r a c ia s d e la o tr a g r a n fa m ilia m a ld ita d e la m ito lo g ía g rie g a , la d in a s tía te b a n a d e lo s L abdác id a s ( - 4 l a y o , t e b a s ) , y sobre to d o lo s g e m e lo s A tre o y T ieste s, q u e se rá n lo s p ro ta g o n ista s d e la tra g e d ia q u e se d e s a te en M ie e n a s p o r la s u c e s ió n al tr o n o d e e s te re in o , o b je to d e lu c h a s s a n g rie n ta s q u e re n a c e ­ rá n in c e s a n te m e n te e n tr e su s d e sc e n d ie n te s . M ie e n a s , e n e f e c to , c u y o tr o n o h a b ía q u e d a d o v a c ío al m o r ir E u ris te o ”, d e c id ió , a c o n ­ s e ja d a p o r e l o rá c u lo , e n tre g a r e l p o d e r a u n h ijo d e P é lo p e . H a c ía a lg ú n tie m p o q u e lo s g e ­ m e lo s se h a b ía n r e f u g ia d o en e s t a c iu d a d fa b u lo s a , « r ic a en o r o » : ¿ c u á l d e e llo s s e r ía su re y ? A tre o , el m ay o r, e ra e l p o ­ s e e d o r le g ítim o d e u n v ello cin o d e o r o 1, c o n s id e ra d o e m b le m a m o n á rq u ic o , y se h a b ía ca sa d o c o n A é ro p e , n ie ta d e M in o s 1, el f u n d a d o r d e la m o n a rq u ía c re ­ ten se. S in e m b a rg o , el h e rm an o m e n o r, T ie s te s , n o s o lo h a b ía ro b a d o e l v e llo c in o a su h e r­ m a n o , s in o q u e a d e m á s s e h a ­ b ía c o n v e rtid o en a m a n te d e su m u jer, A éro p e . El p u e b lo elig ió p rim e ro a T ie s te s , p e ro el p ro ­ p io Z eu s" d e c id ió o b ra r u n p ro ­ d ig io p a ra fa v o r e c e r la c a n d i­ d a tu r a d e A tre o , h a c ie n d o q u e 75 ATRIDAS L O S A T R ID A S Zeus Z eus T á n ta lo M in o s + E u ro p a + P a s ífa c (rey d e Creta) P é lo p e + C a tr e o H ip o d a m ía A ir e o A éro p e (herm ano g em elo d e Tiesies) C ll tc m n c s tr a + A g a m e n ó n (h ija d e Leda y Tindáreo) E le c lr a I tl g e n ia + H e le n a (hija de Z eus y l.ed al O r e s te s el S o l y lo s a s tro s d ie ra n m a r ­ c h a a tr á s e n s u c a r r e r a y se o c u lta ra n p o r e l e s te . T ie s te s a b d ic ó y p a r tió al e x ilio , y A treo o c u p ó e l tro n o . S u leg iti­ m id a d , s in e m b a r g o , q u e d ó m uy p ro n to en e n tre d ic h o y no la rd ó e n d a r p r u e b a s d e u n a d e s m e s u ra c o m p a r a b le a la d e su a n te p a s a d o T á n ta lo . C o n la te n ta d o ra p ro m e sa d e c o m p a r­ tir e l p o d e r, A tre o h iz o v e n ir a M ie e n a s a su h e rm a n o y le o fre c ió u n b a n q u e te d e c o n c i­ lia c ió n e n e l q u e fu e ro n d e s f i­ la n d o , g u is a d o s y b ie n c o n d i­ m e n ta d o s, to d o s lo s h ijo s d e T iestes, q u e A tre o h a b ía a s e s i­ nado sac rile g a m e n te c u a n d o in­ tentaban b u sc a r re fu g io ju n to al www.FreeLibros.me Y le n c la o H e rrn ío n e a lt a r d e l p ro p io Z e u s . T ie ste s n o d e sc u b rió el « se c reto » de la c o c in a d e su h e rm an o hasta que le m o stra ro n las c a b e z a s c o rta­ d a s d e su s h ijo s. H o rro riz a d o , h u y ó d e M ie e n a s d e s p u é s de c u b rir a A tre o d e m ald icio n es. C o n el c ie g o d e se o d e tener u n h ijo q u e le v e n g a ra , y si­ g u ie n d o el p é rfid o c o n se jo del o rá c u lo , T ie s te s , d is fra z a d o , v io ló a su p ro p ia h ija P e lo p ia d u ra n te u n a c e re m o n ia sagrada e n la q u e esta o ficiab a co m o sa ­ c e rd o tisa ; d e e s ta u n ió n inces­ tu o s a n a c e rá E g isto . P e lo p ia , e n c in ta , re g re s ó a M ieen as. A tre o la to m ó p o r e sp o s a y a d o p tó al n iñ o . U n a vez m ás la su ce sió n al trono d e M ieenas se A TR ID A S 76 a n u n c ia b a c o n f lic tiv a : ¿ q u ié n te m n e stra * s e h a b ía u n id o en se ría e l h e re d e r o , A g a m e n ó n ’, m a trim o n io , re c o n q u istó el p o ­ p r im o g é n ito d e A tre o y d e su d e r y e x ilió d e fin itiv a m e n te de p rim e ra m u je r, A é ro p e , o E g is­ M ic e n a s a su tío T ie s te s . P ero to , h ijo a d o p tiv o n a c id o d e su A g a m e n ó n , h e n c h id o d e o rg u ­ s e g u n d a e s p o s a , d e s c e n d ie n te llo p o r h a b e r s e c o n v e r tid o en d e su h e rm a n o m e n o r y fr u to re y d e r e y e s y je f e d e la e x p e ­ d ic ió n c o n tra T roya*, s e p erd ió de u n in c e s to ? A tre o e n c a rg ó a A g am en ó n a su v e z e n la d e s m e s u r a c in ­ y a s u h e rm a n o m e n o r M c n e - m o ló a s u h ija Ifig e n ia * p a ra lao" q u e en co n tra ra n a T ie ste s y c o n s e g u ir v ie n to s fa v o ra b le s lo tra je s e n a M ic e n a s . T ie s te s , p a ra la e x p e d ic ió n , g ra n je á n ­ c a rg a d o d e c a d e n a s , e s e n c a r ­ d o s e d e e s te m o d o el o d io inex­ c e la d o y c o n d e n a d o a m u erte, y tin g u ib le d e su e s p o s a C lite m A tre o d e s ig n a a s u h ij o a d o p ­ n e s tra . N a d a m á s p a r tir A g a ­ tiv o E g is to p a ra q u e e je c u te la m e n ó n , C lite m n e s tr a a b r ió su se n te n c ia . P e ro e n e l m o m e n to le c h o a E g isto . M ic e n a s p e rte ­ d e la e je c u c ió n e l p a d r e r e c o ­ n e c ía p o r fin a s u a m a n te , el n o c e a su h ijo g r a c ia s a la e s ­ v a s ta g o in c e s tu o s o d e la ra m a p ad a q u e e s te y a le v a n ta b a para m e n o r d e lo s A trid a s , q u e se d a r le m u e r te , la m is m a e s p a ­ c o n v e r tir á e n e l a s e s in o de d a q u e P e lo p ia c o n s ig u ió a rre ­ A g a m e n ó n , c o m o ta m b ié n lo b a ta r a su d e s c o n o c id o a g re s o r fu e d e A tre o : p o c o d e s p u é s de e n e l m o m e n to d e la v io la c ió n . su re g re s o v ic to rio s o , A g a m e ­ E g is to m a ta a A tre o y r e s ta u ­ n ó n , re y d e M ic e n a s, m u e re de­ r a a T ie s te s e n e l tr o n o d e M i- g o lla d o p o r E g isto . O restes* , e l h ijo d e A g am e ­ c en as. P e ro c o n tr a e l n u e v o rey , n ó n , q u e h a b ía sid o e d u c a d o en re p resen tan te d e la ra m a se c u n ­ e l e x tra n je ro , re g re s a y a a d u lto d a r ia d e la fa m ilia , a n tr o p ó ­ a M ic e n a s y c o n a y u d a d e su fag o , in c e s tu o so , a s e s in o d e su h e rm a n a E le c tra * d a m u e rte al h e rm an o , se a lz a rá A g a m e n ó n , u s u r p a d o r E g is to y a C lite m ­ p rim o g é n ito d e la ra m a p rin c i­ n e s tr a , s u p ro p ia m a d r e , q u e pal, h ijo le g ítim o y c o n un h is­ h a b ía s id o c ó m p lic e d e l a s e s i­ to rial lim p io d e c rím e n e s . C o n n a to d e A g a m e n ó n . E s te c r i ­ e l a p o y o d e l re y d e E s p a rta m e n d e s a ta la fu ria d e la s d io ­ T in d á re o , c o n c u y a h ija C li- sa s d e la v e n g a n z a , las e rin ia s', 77 ATRIDAS q u e e n lo q u e c e n a O re s te s y le h acen h u ir d e M ic e n a s. P e ro el o rd e n d e lo s O lím p ic o s te r m i­ n a rá im p o n ié n d o s e . O re s te s es p u rific a d o ritu a lm e n te y lu e g o ju z g a d o . S u a b s o lu c ió n im ­ p lic a , s im b ó lic a y e je m p la r ­ m e n te , e l fin d e la m a ld ic ió n q u e p e s a b a so b re la fa m ilia , y e sta b le c e la su p re m a c ía d e u n a filia c ió n m a s c u lin a y le g ítim a p a ra la tr a n s m is ió n d e l p o d e r, re s e rv a d o e x c lu s iv a m e n te , en lo su c e s iv o , a la ra m a p rin c ip a l d e la d in a s tía . - » A G A M E N Ó N , C L IT R M N F .S T R A O C L IT E M E S T R A , ELECTRA, O RESTES. ♦ Lit. Los tres grandes trágicos griegos rinden tributo uno Iras otro a la ilustre fam ilia de los Atridas, cuyas desgracias reite­ radas sin tregua proporcionan el argum ento ejem plar para mu­ chas tragedias. Así, en su trilo­ gía la OresKada (458 a. C .), Esquilo evoca la sangrienta ca­ dena de acontecimientos maldi­ tos que conduce desde el asesi­ nato de Agamenón (Agamenón j al de Clitem nestra (¡m .i canfo­ ras, es decir, «las portadoras de las libaciones»), para terminar con el perdón que la nueva ge­ neración de dioses otorga a Orestes ( I m euménules. es de­ cir, «las benévolas», un eufe­ www.FreeLibros.me mismo con el que se designaba a las terribles erinias). Sófocles compone una Electra (h. 413 a. C .) que se convertirá en una de las tragedias más ad­ miradas en toda la Antigüedad griega y latina. Por último, debemos a Eurípi­ des la escenificación de los destinos trágicos de la proge­ nie m aldita de Agam enón y Clitem nestra: Ifigenia en Tánride (414 a. C.>, Electra (413 a. C .), Orestes (408 a. C.). Ifigenia en A ulide (representada en 406 a. C-, ya fallecido su autor). Las obras modernas relaciona­ das en m ayor o menor medida con la familia de los Atridas son numerosísimas. A quí mencio­ naremos las que están dedicadas más específicamente a los orí­ genes de la maldición familiar. El lema hizo su entrada en la li­ teratura moderna a partir del Renacim iento. Fue particular­ m ente tratado en el siglo xvm por autores com o Crébillon (Atreo y Tiestes, 1707). Voltairc (Felópidas. 1772) y Ugo Foscolo (Tiestes, 1779). acentuando los dos últimos el am or que unía a T iestes y Aérope. Du­ rante los siglos xix y xx son es­ casas las obras dedicadas a la familia en su conjunto. 78 A UG ÍA S 79 ÁYAX e s t e n o m b re : u n o lla m a d o « A y a x O ile o » o « p e q u e ñ o A y a n te » , h ijo d e O ile o , y o tro , h ijo d e T e la m ó n , c o n o c id o c o m o e l « g ra n A y an te» . d e sp u é s d e su m u e rte , lo s h a b i­ tan tes d e la L ó c rid e e s tu v ie ro n o b lig a d o s a e n tre g a r c a d a a ñ o a d o s d e su s h ija s p a ra el serv icio del te m p lo d e A ten e a en T ro y a. Á y a x O ile o , o r ig in a r io d e la L ó c rid e , fig u ra e n tre lo s p re ­ te n d ie n te s d e H e le n a ' y o c u p a un d e sta c a d o lu g a r e n lo s c o m ­ b a te s q u e s e d e s a r ro lla n a n te lo s m u r o s d e T ro y a " , d o n d e a p a r e c e f r e c u e n te m e n te lu ­ c h a n d o al la d o d e s u h o m ó ­ n im o . D e p e q u e ñ a e s ta tu ra , rá ­ p id o y m u y h á b il c o n la j a b a ­ lin a , e s ta m b ié n a rr o g a n te , v a n id o s o e im p ío : c o m e te u n a g ra v e fa lta c o n tr a A ten ea* q u e le v a ld rá el re n c o r in fle x ib le de ♦ L engua. La expresión lim ­ la d io s a . E n e fe c to , u n a v e z to ­ p ia r lo s esta b lo s de A ugías m a d a T ro y a , v io la a la pro fetisa significa poner fin a un estado C a sa n d ra " en e l te m p lo d e A te­ de corrupción em prendiendo n ea y a lo s p ie s d e la e s ta tu a d e para ello d ifíciles reform as. la d io s a , d o n d e la jo v e n h a b ía in te n ta d o re f u g ia r s e . A te n e a , AURORA fu rio s a p o r e l s a c rile g io c o m e ­ O tro n o m b re d e la d io s a —» tid o , e n v ía u n a te m p e s ta d q u e EOS. d e s tr u y e e l n a v io d e A y ax c u a n d o r e g r e s a b a a su p a tria . ÁYANTE S a lv a d o p o r P o seid ó n ", to d a v ía O tro n o m b re d e lo s d o s h é ­ s e a tre v e a ja c ta rs e d e su suerte, ro e s1 co n o c id o s co m o —> á y a x . m u r ie n d o a h o g a d o — o a lc a n ­ z a d o p o r u n ra y o — p o r o rd e n ÁYAX d e la h ija d e Z e u s". L a im p ie ­ L a m ito lo g ía g re c o rro m a n a d a d d e A y a x p e s a r á la rg o m e n c io n a a d o s h é ro e s " c o n tie m p o so b re su s c o m p a trio ta s: e s h ijo d e T e la m ó n , a s u v e z hijo d e É a c o y h e rm a n o d e P e­ leo*. El « g ra n A y a n te » e s e l h é­ roe m á s v a le ro s o d e la a rm a d a g rie g a d e s p u é s d e A quiles*. S u a p o stu ra fís ic a ig u a la a su b ra­ v u ra : p ia d o s o y d u e ñ o d e sí m ism o , e s la a n títe s is d e su h o ­ m ó n im o , e l « p e q u e ñ o A y an te » , h ijo d e O ile o . Á y a x , so b re q u ie n h a b ía re c a íd o p o r so rte o la re s p o n s a b ilid a d d e e n f r e n ­ ta rse a H é c to r', c o n sig u e d e rri­ b a r al c a m p e ó n tro y a n o d e u n a p ed rad a, p e ro el c o m b a te se in­ te r ru m p e a n te s d e q u e p u e ­ d a d a r le m u e r te . E l « g ra n A y a n te » , a u té n tic o b a lu a rte d e los g rie g o s , p ro te g e fre c u e n te ­ m ente la re ta g u a rd ia d e su e jé r­ cito e n lo s m o m e n to s m á s d if í­ c ile s y s e r á é l q u ie n re s c a te el c a d á v e r d e s u ilu s tre p rim o A q u ile s , m u e r to p o r P aris*. D e sd e la m u e r te d e A q u ile s , Á yax tra ta r á a N e o p tó le m o , el h ijo d e A q u ile s , c o m o su y o p ro p io y c o m b a tir á a su la d o . El r e p a r to d e la s a rm a s d e A q u ile s , q u e tr a s u n a s e r ie d e —> A GA M EN ÓN , EL EC TR A , IFIGEN1A. ORESTES. ♦ ¡con. H> IFIGENIA. ♦ Cill. —> E L E C T R A , IF IG E N IA , TR O Y A . AUGÍAS E ste re y d e E lid e , e n e l Pelo p o n e s o , h a b ía id o d e s c u i­ d a n d o la lim p ie z a d e su s e s ta ­ b lo s , d o n d e e l e s tié r c o l s e ib a a c u m u la n d o a ñ o tr a s a ñ o . H e­ racles*, a q u ie n E uristeo* h a b ía o rd e n a d o q u e lo s lim p ia ra , d e s­ v ió p a ra e llo e l c u r s o d e d o s río s v e c in o s , e l P e n e o y e l A lfe o . A u g ía s s e n e g ó a p a g a r a H e ra c le s e l tra b a jo , m u rie n d o a m a n o s d e este. Á y a x , r e y d e S a la m in a , www.FreeLibros.me d elib e ra c io n e s serán entregadas a U lises*, p ro v o c a rá e l d e s p e ­ c h o d e Á y a x q u ie n , an sian d o v en g a rse d e la in gratitud de sus c o m p a tr io ta s y p re s o d e una c risis d e lo c u ra in d u cid a p o r la d io s a A te n e a , a rre m e te rá c o n ­ tra u n re b a ñ o d e o v e ja s , al que p rá c tic a m e n te e x te rm in a , c re­ y e n d o q u e se tr a ta b a d el e jé r­ c ito g rie g o . V u e lto en sí, ab ru ­ m ad o p o r la v erg ü en za y los re­ m o rd im ie n to s, Á y a x se suicida arro ján d o se sobre la espada que h a b ía to m a d o a H éctor. L a pos­ te rid a d lite ra ria g u a rd a rá de él la im a g e n d e l h é ro e v a le ro so d e rro ta d o p o r la locura. ♦ Lengua. Sin duda fue la efi­ cacia de Áyax en el combate lo que motivó que unos fabrican­ tes franceses de detergentes dom ésticos bautizaran con el nom bre francés del héroe a uno de sus productos, el Ajax. destinado a luchar... contra la suciedad. ♦ L it. C om o A ntígona’. E dipo' o Electra*. Áyax es un ser excepcional tocado por la desm esura (hibris ), tal como lo representa Sófocles, con cierto horror no exento de ad­ miración. en su obra Ayax (445 a. C .). probablemente la trage­ dia más antigua que se con- ÁYAX serva üe este autor. En el si­ glo x v i. Juan de la C ueva es­ crib ió un rom ance que tiene com o protagonista a este h é­ roe: Tragedia d e A ya x Tela­ món (1588). El tem a del re­ parto de las arm as de A quiles es tratado por H ernando de Acuña en C om iendo de A ya x Tehnnonio y Ulises p o r las a r­ mas de Aquiles (segunda mitad del siglo xvi). En 1810. el italiano Ugo Fos­ eólo titula Á ya x una obra de tem a m itológico en la que a l­ gunos com entaristas creyeron identificar a N apoleón Bona- 80 parte en el personaje d e A ga­ m enón; a su brazo derecho, Fouché, en el de Ulises; mien­ tras, el personaje d e Ayax sería una transposición del general Moreau. Ya en el siglo xx . An­ dró G ide escrib ió o tro Áyax donde el héroe aparece carac­ terizad o com o un personaje cuyo evidente valor no deja de o cultar cierta zafiedad, sobre todo cuando se le compara con la sutileza q u e despliega Uli­ ses. ♦ ¡con. A yax llevando a Aqitiles, grab ad o de la Biblioteca Nacional de Madrid. B BACANTES M ujeres q u e en Tebas*, arre­ batadas p o r el delirio dionisíaeo, fo rm ab an c o rte jo s d o n d e c a n ta ­ ban y d an zab an c o n los cabellos sueltos y el p ech o d e sn u d o , ap e­ nas c u b ie rta s co n p ie le s d e z o ­ rro. L a n z a b a n el g rito sa g rad o , « ¡E v o h é !» , sa c u d ía n la c a b e z a en to d a s d ireccio n es y , p oseídas p o r u n a fu e rz a so b re h u m a n a , perseguían a los an im ales salv a­ je s q u e luego dev o rab an crudos. Fueron m u y pron to co n fu n d id as con las m én ad e s, las ninfas" que­ m a r o n a D io n iso ’, y la ley en d a les a trib u ía la fa cu lta d d e h ace r m anar de los árb o les leche, vino y m iel. - » B A C O , PF.NTF.O. ♦ Lengua. El término bacante sirvió originariamente para de­ sign ar a las sacerdotisas de Dioniso. M ás tarde se aplicó a la m ujer libertina y lúbrica («Es la prim avera herm osa. www.FreeLibros.me Bacante en bajorrelieve. Madrid. Museo del Prado lasciva, blanca, inquieta... Pro­ vocativa ríe com o bacante loca», Rubén Darío). ♦ l.it. Las bacantes de Tebas proporcionan a Eurípides el ar- 82 B A C A N TE S gum ento de la pieza que lleva su nom bre (406 a. C .): en ella se presenta a estas mujeres pre­ sas del furor de D ioniso que, convertidas en instrumentos de la venganza d e este dios, d es­ pedazan a su rey Perneo1, cas­ tigando así el escepticism o de los tebanos. La mayoría d e las veces aparecen asociadas a Dioniso. Los rom anos evocan sobre todo su delirio: C atulo en A tis, 23, y O v id io en las M etam orfosis (siglo l a. C .), o T ácito en los Anales, X I, 31 (siglo ii d. C .). V irgilio, en el canto IV d e la Eneida, co m ­ para la locura am orosa de D ido1 a la de las bacantes y, por la m ism a época (siglo i a. C .), H oracio describ e en su O da II. 19. los m ilagros que realizaba el cortejo. En general, su posteridad lite­ raria está ligada a la de Dioniso. C itarem os el poem a en prosa de M aurice de Guérin ti­ tulado Ixi bacante ( 1862). El capítulo 68 de la novela de Julio Cortázar Rayuelo (1963), escrito en un lenguaje inven­ tado por el autor al que d en o ­ m ina «glíglico». incorpora el grito que las bacantes utiliza­ ban para aclam ar a su dios com o culm inación de una des­ cripción evidente de am or fí­ sico en la q u e el tex to va ad ­ q u iriendo un ritm o cada vez m ás acelerado: «(...) lajadehollante em bocaplubia del orgumio, los esproem ios del merpasm o en una sobrehum ítica agopausa. ¡Evohé! ¡Evohél». El sentido total del texto solo se com p leta con la com plici­ d ad del lector, cu y a im agina­ ción va d an d o el significado exacto a cada una de las pala­ bras inventadas. —> DION ISO, ORFEO. ♦ ¡co n . Son un m otivo muy frecuente en los vasos y co­ pas griegas (siglo iv, París, Louvre), donde figuran solas o en com pañía de Baco". Fragonard pin tó una (siglo xvin. A viñón). R odin, Bacantes abrazadas, sig lo x ix , París; Bacante, bajorrelieve griego, M adrid, M useo del Prado. Se las representa tradicionalmente semidesnudas (o levemente cu­ biertas con pieles d e animales o velos transparentes), con los cab ello s d esordenados y bai­ lando acom pañadas de cím ba­ los. Tiziano, Bacanal, h. 1518, M adrid. Musco del Prado; An­ dró L.holc. Viaje de placer, si­ glo x x , París. P icasso, en su etapa cubista, pintó una Baca­ n a l inspirándose en Poussin (1944). 83 BAUCIS ♦ C in. Jean C oeteau, en su rad o r» . L as fiestas religiosas en cinta O rfeo (1949), ofrece una s u h o n o r re c ib ía n el n o m b re de visión original de ellas con el b a c a n a le s ; e n e s to s fe ste jo s, «Club de las bacantes», reser­ e fe c tiv a m e n te , las c o stu m b re s vado ex clusivam ente a m uje­ « se lib e ra b a n » h a s ta tal p u n to res, una esp ecie d e grupo fe­ q u e en 18 6 a. C . e sta lló un es­ m inista a vant la lettre cuyos c á n d a lo s e g u id o d e un so n ad o m iem bros atacan y matan vio­ p ro c e so e n el q u e se vieron im ­ lentam ente al poeta, acusado p lic a d o s s ie te m il h o m b re s y d e d esp reciar a las m ujeres, m u je re s , v a rio s d e lo s c u a le s conform e al esquem a m ítico. — e n tr e e llo s c u a tr o sa c e rd o ­ En 1960, el realizador Giorgio te s — fu e r o n c o n d e n a d o s a Fcrroni se inspiró en la trage­ m u e rte . E n lo su c e siv o , las ba­ dia de E urípides — de la que c a n a le s e s tu v ie ro n su je ta s a re­ conserva, incluso en la ficha g la m e n ta c io n e s m u y e s tric ta s técnica, el canto del coro en - » DIONISO. off-— para su película L a s b a ­ cantes, que g ira en to rno a la ♦ le n g u a . La palabra bacanaI rivalidad en tre Pentco y Diose ha convertido en término si­ niso (—> lit.) . nónim o d e orgía, designando tam bién, por extensión, al al­ boroto ruidoso de los juerguis­ BACO tas. B a c o e r a o tr o n o m b r e d e U na canción báquica es una D io niso*. d io s d e l v in o . E ste canción de taberna en la que se n o m b re , a v e c e s e s c r ito Yaco, cantan los placeres de la be­ aparece p o r p rim e ra v e z e n S ó ­ bida. focles (E d ip o rey, v e rso 2 1 1) y —> BACANTF.S. es p ro b ab le m e n te d e o rig e n tra♦ Lit. e ¡con. —» d i o n i s o . cio. L o s ro m a n o s lo to m a ro n de lo s g r ie g o s b a jo la fo r m a B a c c h u s e id e n tific a ro n a D io ­ BAUCIS M u je r frig ia , e sp o s a d e Finiso c o n u n a a n tig u a d e id a d itálica, e l L ib e r P a te r ( lite r a l­ le m ó n . tra n s fo rm a d a e n árbol. m en te, « el p a d re lib re » ), c u y o C u e n ta la le y e n d a q u e h ace n o m b re s e re la c io n ó c o n el m u c h o tie m p o c re c ía n so b re a p o d o g r ie g o d e D io n is o . u n a m o n ta ñ a d e F rig ia d o s á r­ L yaeos, q u e s ig n ific a « el lib e ­ b o le s m u y p ró x im o s , un roble www.FreeLibros.me B A U C IS y u n tilo . S e g ú n O v id io , q u e n o s re fie re su h is to ria , Jú p iter", p r o t e c to r d e lo s h u é s p e d e s , q u is o a v e r i g u a r un d í a si lo s fr ig io s p ra c tic a b a n la h o s p ita ­ lid a d . P o r e ll o b a jó a la tie rra e n c o m p a ñ ía d e M e r c u r io ” y , d is f r a z a d o s c o m o p o b re s v ia ­ je r o s . e m p e z a ro n a r e c o r re r la c o m a r c a . N in g u n a p u e r ta , sin e m b a r g o , s e a b r i ó a lo s s u ­ p u e s to s v a g a b u n d o s . C u a n d o y a d e s e s p e r a b a n d e e n c o n tr a r la v ir tu d b u s c a d a e n tr e a q u e ­ lla s a ris c a s g e n te s , d ie r o n c o n e ll a , p o r c a s u a l id a d , d o n d e m e n o s h u b ie r a n p e n s a d o : e n u n a m o d e s tís im a c h o z a d o n d e v iv ía u n a p a r e ja d e a n c ia n o s , F ilem ó n y B a u c is. L o s d io s e s , ir r ita d o s p o r e l c o m p o r ta ­ m ie n to d e lo s frig io s , h ic ie ro n q u e las a g u a s se p u lta s e n la c o ­ m a r c a , s a lv a n d o s in e m b a r g o la c a s a d e F ile m ó n y B a u c is y tra n s fo rm á n d o la en un tem p lo . L o s e s p o s o s e x p r e s a r o n a n te lo s d io s e s s u d e s e o d e m o r ir ju n t o s y e s t o s a c c e d ie ro n . U n d ía s e c u b r i e r o n d e f o l la j e y s o lo tu v ie r o n tie m p o d e d e ­ c irse a d ió s a n te s d e c o n v e rtirse en á rb o le s. ♦ Lit. F.l episodio aparece re­ latado con sugerente belleza en O v id io (M eta m o rfo sis. 84 VIII, 616-715). La historia de Filem ón y B aucis se evoca a m enudo en la literatura como e jem p lo del am o r que sobre­ v ive a la v e je z y perdura h asta la m u erte. El tem a d e­ sem peña un papel importante en G o e th e , en p a rtic u la r en e l se g u n d o F a u sto (1830), d onde p resenta el m odelo de una pareja piadosa y modesta cu y a m u erte en com ún cierra c o m o un b ro c h e to d a una vida de am orosa convivencia. F recu en tem en te ap arece tra­ tado tam bién de form a hum o­ rístic a . en P ro u st p o r ejem ­ plo, sobre to d o en La fugitiva (1 9 2 5 ), d o n d e la p a re ja for­ m ada p o r M. d e N o rpois y M m e. d e V ille p a risis. con­ m o v ed o ra y rid ic u la , fun­ c io n a c o m o á c id o co n tra­ punto al am o r desdichado del narrador. El tem a está presente también, aunque con un hum or mucho m ás negro, en la p ieza d e Sa­ muel Beekett Final de partida (1957), donde los ancianos pa­ dres de Hamm, relegados al ol­ vido en unos cubos de basura, se profesan una ternura gro­ tesca que m anifiestan siempre que tienen ocasión, poniendo en evidencia el carácter irriso­ rio del amor. 85 B EL ER O FO N TES ♦ Icó n . El B ram antino. F ile­ m ón y Baucis. siglos xv-x v i, Colonia; Rubcns. Paisaje tem ­ pestuoso con Júpiter. Filemón y Baucis, h. 1640, Viena. ♦ M ú s. G ounod, Filem ón y Baucis. ópera. 1860. BELEROFONTES H ijo d e P o s e id ó n ', d e s c e n ­ d ía p o r v ía m a te rn a d e la fa m i­ lia re a l d e C o rin lo . S u p a d re « h u m a n o » , e l re y G la u c o , e ra h ijo d e S ísifo " . B e le ro f o n te s c o n s ig u ió d o m a r a P e g a s o ”, el c a b a llo a la d o , g r a c ia s a u n a b rid a d e o ro q u e le h a b ía p ro ­ p o rc io n a d o A te n e a 1. A lo m o s d e P e g a s o , e l h é ro e ” lle v a r á a c a b o d iv e rs a s h a z a ñ as. B e le ro fo n te s h a b ía c a u sa d o in v o lu n ta ria m e n te la m u e rte de un h o m b re y tu v o q u e ex ilia rse d e su tie rra , p u e s to d o h o m ic i­ dio e s u n a ta c h a so b re e l c u lp a ­ ble q u e e x ig e e x p ia c ió n . S e re ­ fu g ió e n la c o rte d e l rey d e T ¡rinto, P re to , q u e lo a c o g ió e n su c a sa d e s p u é s d e p u rific a rle d e su c rim e n . P e ro la re in a E stc n eb ea se p re n d ó d e é l y , d e s p e ­ c h a d a p o r h a b e r s id o re c h a ­ z a d a , le a c u s ó d e h a b e r in te n ­ ta d o s e d u c irla . P re to , a q u ie n las le y e s d e la h o sp ita lid a d im ­ p e d ía n d a r m u e r te a s u h u é s ­ p ed , d e c id ió e n v ia r a B e le ro ­ www.FreeLibros.me fo n tes a su su e g ro Y óbates, rey d e L ic ia , e n A sia M e n o r, con u n a ca rta sellad a en la qu e se le p e d ía m a ta r al m en sajero . Y ó­ b a te s le rec ib ió am istosam ente, p e ro n o le y ó la c a rta h a s ta el n o v e n o d ía d e la llegada de Belero fo n tes. C o m o las leyes de la h o s p ita lid a d le im p e d ía n a su v e z e je c u ta r p o r s í m ism o lo q u e la m isiv a p e d ía , e n c a rg ó a B e le ro f o n te s q u e lib ra se a su p a ís d e la Q u im era* , un m o n s­ truo" h íb rid o q u e e sc u p ía fuego y d e v o ra b a lo s re b a ñ o s de sus t ie r r a s , c o n la e s p e r a n z a de q u e m u r ie s e en la e m p re sa . P ero B elero fo n tes, m ontado so­ b re P e g a so , c o n sig u ió m atar al m o n stru o . Y ó b ates le en v ío en ­ to n c e s a lu c h a r c o n tra los beli­ c o s o s so lim o s y m á s tard e co n ­ tra la s a m az o n a s* . El héroe s a lió v ic to rio so d e a m b a s cam ­ p a ñ a s y d e u n a e m b o scad a que le te n d ie ro n lo s g u e rr e ro s del re y Y ó b a te s. E ste , m aravillado d e la s h a z a ñ a s d el h é ro e , re ­ n u n c ió a m a ta rlo y re c o n o c ió su o rig e n d iv in o . L e d io a su h ija en m a trim o n io , haciéndole h e re d e ro d e su reino. B e le ro fo n te s v iv ió feliz lar­ g o s a ñ o s y tu v o d o s hijos y una h ija , L a o d a m ía q u e , fr u to de su s a m o res co n Z e u s', co n ceb i­ ría a S arp cd ó n , el héroe troyano 86 BELONA a l q u e la U fa d a m u e s tra c o m ­ b a tie n d o g lo r io s a m e n te p o r su c iu d a d a n te s d e c a e r b a jo la e s ­ p ad a de Patroclo*. P ero B elero fo n les, h e n c h id o d e o rg u llo p o r s u s é x ito s , m o n tó u n d ía so b re P e g a s o c o n la lo c a p re te n s ió n d e a lc a n z a r e l O lim p o " . Z e u s , para c a stig a r su so b e rb ia , en v ió u n tá b a n o q u e p ic ó al c a b a llo a la d o , e l c u a l, c o r c o v e a n d o a su sta d o , d e sm o n tó a su jin e te . B ele ro fo n tcs se p re c ip itó al v a­ c ío y c a y ó a la T ie r r a , d o n d e e rró s o lita r io y m is e r a b le el re sto d e s u s d ías. E s ta le y e n d a o fr e c e a n a lo ­ g ía s e v id e n te s c o n lo s m ito s d e H e ra cles" y P e rse o ". E n el p ri­ m e r c a s o , p o r la m a n c h a o rig i­ n a d a p o r un c rim e n y la s p ru e ­ b a s s u c e s iv a s q u e se im p o n e n a l h é ro e p a ra la e x p ia c ió n d e e ste . E n e l s e g u n d o , p o r la s i­ m ilitud de situ acio n es: el m o n s­ tr u o , s ím b o lo d el c a o s" d e lo s p rim e ro s tie m p o s — Q u im e ra , g o rg o n a o d ra g ó n — , e s v e n ­ c id o p o r un h é r o e p r o c e d e n te d e l c ic lo , fu n c ió n s im b ó lic a q u e cu m p le n tan to las sa n d alia s a la d a s d e P e rs e o c o m o e l P e ­ g a s o d e B e le ro fo n te s . P e ro , al c o n tra rio q u e e s to s d o s h é ro e s, q u e c o n se g u irá n e le v a rs e h asta el c ie lo — H eracles ad q u irien d o la in m o rta lid a d y P e rs e o al s e r c o n v e r tid o e n u n a c o n s te la ­ c ió n — , B e le ro fo n te s rep resen ta el fra c a so d e e s ta a sp ira c ió n ascen sio n a!. A e s ta in te rp re ta c ió n e s p iritu a lis ta se a ñ a d e o tra m o ­ ra liz a n te , fa m ilia r pa ra los g rie ­ g o s, q u e v e e n e s te m ito el c a s ­ tig o d e l h o m b r e q u e s e d e ja ll e v a r p o r e l o r g u llo y la d e s ­ m e su ra . -> HIBRIS. ♦ L engua. Belerofontes fue el nom bre con q u e se bautizó al navio inglés d o n d e Napoleón B onapartc firm ó su rendición el 15 de ju lio d e 1815. ♦ ¡con. B elero fo n tes y Pe­ gaso. relieve antiguo, Roma, Palazzo Spada; Rubens, Bele­ rofontes m a ta n d o a la Q ui­ mera. siglo xvn, Bayona; Cocteau. Belerofontes m ontando a Pegaso, siglo x x , M entón, te­ cho del Ayuntamiento. ♦ M á s. L ully, B elerofontes, ópera, 1679. BELONA D io s a ro m a n a d e la g u e rra (b e llu m . e n la tín , s ig n ific a « g u e rra » ), e s , se g ú n la m ito lo ­ g ía itá lic a , h e rm a n a o e sp o sa de M a r te '. S u a s p e c to a m e d r e n ­ taba: s e la rep re sen ta b a cubierta c o n u n c a s c o y u n a c o ra z a y ar­ m a d a c o n u n a a n to r c h a , una la n z a y u n a m a z a o u n látig o . 87 B ESTIARIO ♦ Lit. V éanse las observacio­ nes d e A ulo G elio (Noches áti­ cas, XIII, 23 y ss.), del siglo it a. C. ♦ ¡con. Rodin, Belona, busto, retrato de su m ujer, 1880, Pa­ rís. El cuadro del aduanero R ousseau titu lad o La guerra ( 1894. M useo de O rsay, París) rep resen ta a una furia-, m on­ tada a caballo y con una antor­ cha en la m ano, recorriendo enloquecida un cam po de bata­ lla sem brado d e cadáveres. BESTIARIO El a n im a l, real o fa n tá stic o , o cupa u n im p o rtan te e sp a c io en la m ito lo g ía ju n t o a d io se s* y h éro es". A to d o s n o s re s u lta n fam iliares la s fig u ra s d e l p e rro C e rb e ro ”, el c a b a llo P e g a so " o de la lo b a C a p ito lin a ro m a n a , y las a r te s fig u r a tiv a s h a n p ro ­ p o rc io n a d o in n u m e ra b le s r e ­ p resen tacio n es d e ello s. N o h ay q u e o lv i d a r e l p a p e l q u e d u ­ ran te to d a la A n tig ü e d a d d e ­ se m p e ñ ó e l a n im a l c o m o v íc ­ tim a d e s a c r if ic io s , a u n q u e se trata e n e s te c a s o d e u n a sp e c to p u ram en te re lig io so . S u lu g a r e n la c iv iliz a c ió n g re c o rro m a n a d if ie re s e n s ib le ­ m en te d e l q u e o c u p a e n o tr a s c u ltu ra s a n tig u a s , d o n d e lo s dioses a p arecen frecu en tem en te www.FreeLibros.me Las serpientes en la escultura griega: Hércules niño estrangulando a una serpiente. Roma, Museo Capilolino r e p r e s e n ta d o s b a jo u n a fo rm a a n im al (en E gipto, p o r ejem plo, e n c o n tr a m o s a H o ru s, e l d io s h a lc ó n ; a A n u b is , e l d io s c h a ­ c a l, e tc .) . E n e l h e le n ism o , d o n d e e l h o m b re e s la m edida d e to d a s la s c o sas, los dioses se c o n c e b ir á n m u y p ro n to b ajo u n a a p a r ie n c ia p u ra m e n te h u ­ m a n a . El a n im a l y a n o se a s i­ m ila al d io s, sin o q u e q u ed a re ­ d u c id o a u n sim p le atrib u to d e e ste , sím b o lo d e su c a rá c te r e s ­ p e c ífic o (c o m o la c ierv a d e A r­ tem isa") o a u x ilia r en el ejerci­ c io d e su p o d e r (co m o el águila d e Z eus* d e v o ra n d o e l h íg a d o 89 B E ST IA R IO d e P ro m eteo "). S o lo c ie r ta s d i­ v in id a d e s m e n o re s p e rte n e c e n to d a v ía p a rc ia lm e n te al m u n d o an im al, y a sean te rrestres c o m o Pan , lo s sá tiro s- o lo s silenos", o m a r in a s c o m o lo s tr ito n e s (—> POSP.IDÓN O I’OSIDÓN), la s n e re id a s o la s sirenas*. E s c ie r to q u e la s d iv in id a ­ d e s m a y o r e s a d o p ta n , e n o c a ­ sio n es, un a fo rm a a n im a l: e n la e p o p e y a h o m é r ic a ’, p o r e je m ­ p lo . v e m o s a A te n e a ' tra n s fo r­ m a rse e n a v e ( b u itr e , g o lo n ­ d r in a ...) , y s o n s o b r a d a m e n te c o n o c id o s lo s m ú ltip le s « d is ­ fra c e s » q u e u tiliz a e l c a p r i­ c h o s o Z e u s e n su s a v e n tu r a s a m o ro sas. El se ñ o r del O lim p o ” se c o n v ie rte e n to ro p ara rap ta r a E u ro p a ”, e n c is n e p a ra u n irse a L e d a , e n á g u ila p a ra ra p ta r a G a n ím e d e s", e n s e rp ie n te p a ra h ace r su y a a P ro scrp in a”, e n c u ­ c lillo p o sad o so b re el reg azo d e H e ra ... P e ro se tra ta s ie m p re d e m etam orfosis* p a sa je ra s q u e n o a fe c ta n a la n a tu r a le z a p le ­ n a m e n te a n tr o p o m ó r f ic a d e la d iv in id a d . M u c h o s a s p e c to s a p a re n te ­ m e n te e x tr a ñ o s o a n e c d ó tic o s d e la m ito lo g ía c lá s ic a se e x p li­ can c u a n d o se los re lacio n a co n c o n cep cio n es religiosas m á s a r­ c a ic as lig ad as al sim b o lism o de lo s a n im a le s ", q u e a su v e z h a e v o lu c io n a d o c o n el tra n sc u rso d e la s e ra s ( s e r ía e l c a s o , p o r e je m p lo , d e la s e r p ie n te o del c a b a llo ) . P a r tic u la r m e n te ilu ­ m in a d o ra e n e s te s e n tid o e s la o p o s ic ió n e n tr e d iv in id a d e s c tó n ic a s ” (lig a d a s a la T ie rra ), h e re n c ia d e lo s c u lto s a la m a ­ d r e T ie r r a p r a c tic a d o s p o r los p u e b lo s a g ric u lto re s d e l M e d i­ te r rá n e o p re h e lé n ic o , y la s d i­ v in id a d e s u ra n ia s (c e le s te s ) de lo s p a s to re s in d o e u r o p e o s lle­ g a d o s m á s ta rd e . L a s e r p ie n te e s e l a n im a l q u e sim b o liz a p o r e x c e le n c ia el p o d e r d e la s fu e r z a s te lú ric a s. P o rta d o r d e los p o d e re s b e n éfi­ c o s d e la T ie r r a , e s u n a n im a l sa g ra d o , g a ra n te d e la fe c u n d i­ d a d , c o m p a ñ e r o d e D em éter* ; d o ta d o d e v ir tu d e s s a n a d o ra s , e s el a trib u to d e A p o lo ” y e l de A sc le p io ”. F iel g u a rd iá n d e los te s o ro s d e los d io s e s, tie n e a su c a rg o la v ig ila n c ia d e la s m a n ­ z a n a s d e o ro d e las H e sp érid es o e l v e llo c in o d e o ro d e la Cólq u id e . V in c u la d a a l m u n d o s u b te r r á n e o , r e p r e s e n ta a m e ­ n u d o e l e s p ír itu d e lo s d ifu n ­ to s , c o m o p o r e je m p lo en la E n e id a , d o n d e a p a r e c e co m o e n c a r n a c ió n d e l a lm a d e Anq u is e s , p a d re d e l h é ro e . En R o m a fig u ra s o b r e e l a lta r fa­ m ilia r, e n c a rn a n d o al « g en io » del d u e ñ o d e la c a s a . P e ro su s im b o lis m o e s a m b ig u o , p u d ien d o e s ta r tam b ién lig ad o a la m u e rte y a la s fu e r z a s m a lé fi­ cas, s ie n d o e s te el a s p e c to q u e p riv ile g ió p o ste rio rm e n te e l in ­ co n scien te c o le c tiv o occid en tal. S e rp ie n te o d ra g ó n , e s el in s ­ tru m e n to fu n e sto d e lo s d io ses: u n a s e r p ie n te m a ta c o n s u v e ­ n e n o a E u ríd ic e ; L a o c o o n te ”, sa c e rd o te sa c rile g o , m u e re a s ­ fixiado ju n to a su s d o s h ijo s p o r d o s s e rp ie n te s m o n s tru o s a s e n ­ v ia d a s p o r A p o lo ; so lo g ra c ia s a su fu e rz a d iv in a e l jo v e n H e ­ racles” c o n sig u e sa lir v icto rio so de la s q u e le e n v ía la v e n g a ti­ va H e ra . M u c h o s m o n s tru o s " p o se e n a tr ib u to s s e r p e n tin o s , d e s d e la c a b e lle r a d e M e d u s a hasta la c o la d e la Q uim era*. El m ito d e A p o lo d a n d o m u erte en D e lfo s a la s e r p ie n te P itó n " e instalando en su lu g a r su prop io o rá c u lo e s p o s ib le m e n te el r e ­ lato m ític o q u e m a n ifie s ta co n m a y o r c la r id a d la v ic to ria d e una d iv in id a d u ra n ia so b re u n a d iv in id a d c tó n ic a m á s an tig u a . —> MONSTRUOS. L o s p ájaro s, ev id en tem en te, p o se e n a f in id a d e s c la r a s c o n los d io s e s d e la s a ltu r a s , y el á g u ila , e l p á ja ro re y , s e a s o c ia n a tu r a lm e n te a Z e u s . E ra , s e ­ gú n s e d e c ía , e l ú n ic o a n im a l www.FreeLibros.me BESTIA R IO q u e p o d ía m ira r la faz del Sol. R e y e s y g ra n d e s g u errero s ap a­ re c e n c o m o p ro te g id o s del á g u ila (v e r la s v id a s le g e n d a ­ ria s d e A le ja n d ro M a g n o , de R ó m u lo , d e E scip ió n «el A fri­ c a n o » , d e M a rio ...), y c o m o sím b o lo d e la o m n ip o ten cia re­ a p a re c e rá ta n to a la c a b e z a del e jé r c ito ro m a n o c o m o e n los b la s o n e s d e lo s im p e rio s m o ­ d ern o s. O tro s d io ses olím picos” tie n e n un p á ja ro c o m o atributo o e m b le m a : A fro d ita ” la p a­ lo m a, H era el p av o real, A lcnea la le c h u z a , s ím b o lo d e la v ig i­ la n c ia y la sab id u ría. E n la é p o c a c lá s ic a , el c a ­ b a llo e r a p e rc ib id o c o m o un a n im a l d e c a rá c te r c e le ste : los c o rc e le s ra d ia n te s q u e arrastra­ b an e l c a rro d e l S o l; P eg aso , el c a b a llo a la d o q u e p e rm itió a B e le ro fo n te s" triu n fa r so b re la te r rib le Q u im e ra y s o b re las a m a z o n a s”. P ero o tro s m uchos m ito s m u estran h u e llas d e co n ­ c e p c io n e s m á s a n tig u a s en las q u e el a n im a l a p a re c e lig ad o a la s p o te n c ia s c ló n ic a s : H ad es' lie n e un tiro d e c a b allo s negros y , c u a n d o se p ro d u ce la disputa e n tre A te n e a y P o seid ó n ' por la s o b e ra n ía d e l Á tic a , el d io s d e lo s m a re s g o lp e a la tie rra con su tr id e n te y h a c e b ro ta r del su e lo un fo g o so sem en tal, sím ­ 90 B E S T IA R IO b o lo g u e rre ro . P o s e id ó n a d o p ­ ta rá p re c is a m e n te la fig u ra d e un c a b a llo p a ra u n irse a D e m é te r — a su v e z tra n s fo rm a d a en y e g u a — y e n g e n d ra r al c a b a llo A rión. H écate*, d iv in id a d in fe r­ n a l, se a p a re c e a n te lo s h e c h i­ c e r o s b a jo e l a s p e c to d e u n a y eg ua. El to ro , sím b o lo d e fu e rz a y d e fe c u n d id a d , re c ib ía e n la C re ta m ic é n ic a un c u lto q u e se s itú a e n lo s o r íg e n e s d e la le ­ y e n d a d e l M in o ta u ro " . L a v ic ­ to r ia s o b re e l to r o s e r á u n a d e las p ru eb as o b lig a d a s d el héroe, c o m o su tr iu n f o s o b r e la s e r­ p ie n te -d r a g ó n y , e n m e n o r g ra d o , so b re el leó n . L a im p o r­ ta n c ia s im b ó lic a d e l to r o , sin e m b a r g o , ir á d e c r e c ie n d o c o n e l tie m p o . -» H e r a c l e s , j a s ó n , TEBAS, TESEO. O tro s m u c h o s a n im a le s fi­ g u ra n e n lo s m ito s : e l p e rro ( C e rb e r o ), e l ja b a lí (d e E n ­ m a n to o d e C a lid ó n ) , e l c a r ­ n e ro , el c h iv o , el b u e y o la te r­ n era. M u ch o s d e e llo s so n seres f a n tá s tic o s , h íb r id o s d iv e r s o s c o m o lo s c e n ta u ro s * , la Q u i­ m e ra , lo s g rifo s c o n s a g r a d o s a A p o lo , c o n c a b e z a y a la s d e á g u ila y c u e r p o d e le ó n . M á s fa b u lo s a si c a b e e s e l a v e F é ­ n ix ', ú n ic o e je m p la r d e s u e s ­ p ecie , q u e d e sp u é s d e u n a larg a v id a s e in m o la a s í m is m a s o ­ b r e u n a p ira a r d ie n te y re n a c e d e su s c e n iz a s , m o tiv o q u e re ­ c u p e ra r á e l a r te p a le o c ris tia n o c o m o s ím b o lo d e re s u rre c c ió n o d e la re g e n e ra c ió n c o n fe rid a a tr a v é s d e l b a u tis m o . —> a c T E Ó N , A Q IJIL E S , A S C L E P IO , D IO N IS O , HERACLES, IO , M ELEA G RO , V E L L O C IN O D E O R O . C o m o h a p o d id o v e rs e , la fu n c ió n d e lo s d is tin to s a n im a­ les q u e a p a recen en los m itos es u n a s v e c e s n e g a tiv a y o tra s p o ­ sitiv a . N e g a tiv a , p o rq u e e n c a r­ n a n la b ru ta lid a d y la s fu erzas d e l c a o s ' d o m in a d a s p o r los d io s e s y lo s h é ro e s , o b ie n p o r­ q u e f u n c io n a n c o m o in s tru ­ m e n to s d e la v e n g a n z a d iv in a. P o s itiv a , p o rq u e s o n d ó c ile s s e r v id o r e s , s im p le s v e h íc u lo s d e lo s d io s e s , c o m o lo s c isn e s d e A fro d ita , o in té rp re te s d e la v o lu n ta d d iv in a d u r a n te las p rá c tic a s a d iv in a to ria s. E n o ca­ sio n e s ap a re c e n c o m o g u ía s del h é ro e , se ñ a lá n d o le e l e m p la z a ­ m ie n to p r e s c r ito p a r a fu n d a r u n a c iu d a d o p ro p o rc io n á n d o le lo s m e d io s p a ra c u m p lir su m i­ s ió n ( la s p a lo m a s d e Venus* c o n d u c e n a E n e a s ' h a s ta la ra m a d e o ro ). S u fu n c ió n nutri­ c ia e s s o b ra d a m e n te co n o cid a : la c a b ra d e A m a lte a 1 am am antó al p e q u e ñ o Z e u s , u n a o s a a li­ 91 B Ó REA S m en tó a Paris* y u n a lo b a cu id ó d e lo s g e m e lo s R ó m u lo y R e m o (m e n o s c o n o c id a e s la c ie rv a q u e a m a m a n tó a T é le fo , h ijo d e A p o lo ). E n c u a n to al m u n d o m a rin o , se ñ a la re m o s la fu n ció n tu te la r d e l d e lfín , fa v o ­ rito d e A p o lo , q u e sa lv ó la v id a del m ú s ic o A rió n , e p is o d io q u e se c o n v e rtirá p o sterio rm e n te en m o d elo d e o tra s m u c h a s y c o n ­ m o v e d o ra s h isto ria s. BIENAVENTURADOS S e g ú n H e sío d o , alg u n o s hé­ ro e s' o sem idioses* (-> e d a d d e o r o ) , al m o r ir n o ib a n a lo s In ­ fiernos", s in o a u n a s is la s m íti­ ca s d e n o m in a d a s is la s d e lo s B ie n a v e n tu ra d o s o is la s A fo r­ tu n ad as. s itu a d a s e n el e x tre m o o c c id e n ta l d e l m u n d o c o n o ­ cido. d e u n titá n " y d e la A u ro ra. R a p tó a la h ija d e Erecteo*, Oritía , d e la q u e tu v o v ario s hijos: Q u ío n e (n ie v e ), A u ra (b risa ). Z e te s y C a la is , lla m a d o s ta m ­ b ié n lo s B o rd a d a s (-> a r g o ­ n a u t a s ) . S u m o ra d a se lo c a ­ liz a b a e n T ra c ia , p a ra los g rie g o s la reg ió n fría p o r ex ce­ le n c ia . E ra el m á s p o d ero so de lo s v ie n to s y su v io le n c ia ha s id o e v o c a d a p o r to d o s los p o e ta s d e s d e H om ero. S e le re ­ p re s e n ta b a b a jo lo s ra s g o s d e un a n c ia n o b a rb a d o con alas en la e sp a ld a , los c a b e llo s c u b ie r­ to s d e n ie v e y u n a tú n ic a no­ ta n te . S e c o r r e s p o n d e c o n el A q u iló n latin o . ♦ L e n g u a . El n o m b re d e l d io s s e h a c o n v e r tid o e n n o m b re c o m ú n , e l bóreas, p a ra d e s ig ­ n a r al v ie n to d e l N o rte, aunque ♦ Len g u a . En la Antigüedad y durante la Edad M edia se dio el nombre de islas A fortunadas o B ienaventuradas a las islas C anarias. El prim ero de ellos sigue utilizándose frecuente­ mente en la actualidad. BÓREAS P e rs o n ific a c ió n d e l v ie n to del N o rte , u n o d e lo s c u a tr o v ie n to s p r in c ip a le s ju n t o a E u ro , N o to y C é firo * . E s h ijo www.FreeLibros.me s u u s o e s c a s i e x c lu s iv a m e n te lite ra rio . El a d je tiv o boreal se a p lic a a lo re la tiv o al e x tre m o N o r te : aurora boreal, tierras boreales. T a m b ié n se h a d a d o e l n o m b r e d e bóreas a u n in ­ s e c to q u e v iv e e n lo s n e v e ro s d e l n o r te d e E u ro p a y e n los A lp es. ♦ ¡ c o n . Bóreas y Orilla, lie n ­ z o s d e R u b e n s ( s ig lo XVII, V ie n a ) y d e B o u c h c r (1 7 6 9 , K im b e ll). BRISEIDA C a u tiv a fav o rita d e —> aq ui LES. BUSIR1S R ey de E g ip to e x tr e m a d a ­ m e n te c ru e l q u e fu e m u e r to p o r H e ra c le s". B u s ir is re in a b a c o m o tir a n o e n E g ip t o , d e d o n d e h a b ía e x p u ls a d o a P ro ­ te o '. I n te n tó r a p t a r a la s H e sp é rid e s " , c é le b r e s p o r su b e ­ lleza. P a ra a p a c ig u a r a lo s d io ­ ses* y d e v o lv e r la p ro s p e rid a d c 92 BR1SEIDA a su p a ís , q u e a tr a v e s a b a p o r u n p e río d o d e m a la s c o se c h a s , B u s iris s a c r ific a b a a Z e u s ' los e x tr a n je r o s q u e p o n ía n e l pie e n s u s ti e r r a s . U n d ía , H e ra ­ c l e s s e e n c o n tr ó fo r m a n d o p a rte d e la s v íc tim a s q u e iban a s e r s a c r ific a d a s , p e ro c o n s i­ g u ió r o m p e r s u s li g a d u r a s y m a tó a l tira n o . CADMO ¡con. H ércules castigando a Busiris, copa griega, siglo vi a. C „ Louvre. ♦ F u n d a d o r d e la c iu d a d d e T e b a s . —> h a r m o n ía , t e b a s . CADUCEO C a y a d o d e o ro q u e A p o lo re g a ló a H e rm e s 1 a c a m b io d e la s ir in g a , y q u e s e c o n v ir tió p ara e s te e n e l s ím b o lo d e su s fu n c io n e s d e h e ra ld o d e lo s d io s e s . - á ASCI.EPIO, HERMES, IRIS. CALCANTE A d iv in o o fic ia l d e l e jé rc ito g rie g o d u ra n te la g u e r r a d e T roya ; o rig in a rio d e M ic e n a s, era n ie to d e l d io s A p o lo , d e quien re c ib ió e l d o n d e p red ecir el fu tu ro . S u s p ro fe c ía s ja lo n a n tan to la p re p a r a c ió n c o m o el d e s a rro llo d e la c a m p a ñ a . A l p arecer, e l m ism o A g a m e n ó n había a c u d id o en p e rso n a a so ­ licitar su a y u d a p a ra la e x p e d i­ ción q u e c a p ita n e a b a c o m o «rey d e rey es» . www.FreeLibros.me Hermes portando el caduceo en su mano derecha en Mercurio (bronce florentino). Madrid. Museo Lázaro Galdiano 94 C A L1PSO C u a n d o A q u ile s ' a p e n a s te ­ n ía n u e v e a ñ o s . C a lc a n te a n u n ­ c ió q u e T ro y a n o p o d ría s e r to ­ m a d a sin su p re s e n c ia ni la d e F ilo ctetes". E n Á u lid e , g ra c ia s a los p re sa g io s d e u n sa c rific io , el a d iv in o p red ijo q u e la c iu d a d c a e ría e n e l tr a n s c u r s o d e l d é ­ c im o a ñ o d e la g u e rra . F u e p re ­ c is a m e n te C a lc a n te q u ie n e x i­ g ió a A g am en ó n el sacrificio de su h ija Ifig en ia" p a ra a p a c ig u a r la ira d e la d io s a A rte m is a ', q u e re te n ía in m o v iliz a d a a la flo ta g rie g a e n e l p u e rto d e Á u lid e . C u a n d o y a c o rría el d é c im o a ñ o d e c o m b a te s an te lo s m u ro s d e T ro y a , C a lc a n te d e sv e ló q u e la c ó le ra d e A p o lo so lo se a p a ­ c ig u a ría c u a n d o A g a m e n ó n d e ­ v o lv ie ra a la c a u tiv a C ris e id a a su p a d r e , s a c e r d o te d el d io s p r o te c to r d e lo s tr o y a n o s . S u p re d ic c ió n s e rá e l o rig e n d e la v io le n ta d is p u ta q u e e n fre n ta rá a A q u ile s y A g a m e n ó n p o r la p o s e s ió n d e B ris e id a , c a u tiv a del p rim ero . A lg u n as versio n es, p o r ú ltim o , a tr ib u y e n a C a l­ c a n te el a rd id q u e p e r m itir á a lo s a q u e o s to m a r T ro y a : e l c a ­ b a llo d e m a d e r a e n c u y o in te ­ rio r s e c a m u f la r á un c o n ti n ­ g e n te d e g u e r r e r o s g rie g o s . D e sp u é s d e la c a íd a d e la c i u ­ d ad . C a lc a n te p red ijo q u e el re ­ to r n o d e lo s v e n c e d o re s s e r ía a z a ro s o y se n e g ó a em b arcarse c o n e llo s. El a d iv in o c o n sig u ió lle g a r p o r su s p ro p io s m ed io s a C o lo f ó n , c iu d a d d e A s ia M e­ n o r, d o n d e e n c o n tr ó a M o p so , n ie to d e T ire s ia s " y ta m b ié n a d iv in o . U n o r á c u lo , s in e m ­ b a rg o , h a b ía p re d ie h o a C a l­ c a n te q u e m o riría e l d ía e n que su c a m in o se c ru z a ra c o n e l de o tr o a d iv in o m á s h á b il q u e él. L o s d o s h o m b r e s c o m p itie ro n e n tr e s í, v e n c ie n d o M o p so . C a lc a n te , h u n d id o p o r la d e­ r r o ta , m u r ió p o c o d e s p u é s de triste z a , o p u e d e q u e in c lu so se s u ic id a r a . S u s c o m p a ñ e ro s lo e n te rra ro n c e rc a d e C o lo fó n . ♦ Lil. Calcante desempeña un papel importante 1 1 0 solo en los poemas homéricos", sino tam­ bién en todas las tragedias y obras escénicas en general cuyo argumento parte del ciclo troyano. ♦ M ú s. En La b ella Helena. ópera bufa de Offenbaeh (1864). el sabio adivino es ob­ jeto de un chiste planteado como adivinanza. CALIPSO E sta n in f a ', a m e n u d o co n ­ s id e r a d a h ija d e H e lio " y de P e rs é is y h e rm a n a p o r ta n to de C irce* , v iv ía e n la is la d e Ogi- 95 C A LIPSO g ia , e n e l M e d ite r r á n e o o c c i­ d e n ta l. S u m o r a d a e r a u n a in ­ m e n sa g r u ta a d o rn a d a d e s u n ­ tu o so s j a r d i n e s y p o b la d a d e n infas h ila n d e ra s q u e la a m e n i­ z a b a n c o n su s c a n to s . U lises* d e se m b a rc ó e n su is la d e s p u é s d e u n n a u f r a g io y C a lip s o le aco g ió a m o ro sa y le re tu v o a su la d o d u ra n te d ie z a ñ o s . Z e u s", a c c e d ie n d o a la s s ú p lic a s d e A tenea”, q u e v e ía la n g u id e c e r a su p r o te g id o e n la is la d e la n in fa, p e rd id a y a su e s p e ra n z a de re g re s a r a Ita ca , e n v ió fin a l­ m e n te a H e rm c s p a ra q u e o r­ d e n a se a la n in fa q u e le d e ja ra p artir. C a lip s o tu v o q u e re s ig ­ n a rse a p e r d e r a s u a m a n te y ayudó a o rg a n iz a r la p a rtid a del héroe". ♦ L en g u a . El recuerdo de la O disea debió inspirar al co­ mandante Cousteau el nombre con que bautizó a su famoso barco oceanógrafico, el C a­ lipso. El nombre de esta ninfa de­ signa también a una canción y danza propia de las Antillas Menores. ♦ Lit. El canto V de la Odisea muestra a «la ninfa de cabellos ensortijados» cantando e hi­ lando con su «rueca de oro» en medio de «un bosque de ciprc- www.FreeLibros.me ses poblado de pájaros», ima­ gen idílica que se opone a la desesperación de Ulises («el héroe cuyo corazón habitan las lágrimas, los sollozos y la tris­ teza»), En la Eneida, el episo­ dio de Eneas1en Cartago recu­ pera y renueva el episodio ho­ mérico” de Ulises en Ogigia, siendo en este caso Dido' quien desempeña el papel que cumple Calipso en la Odisea. Calipso debe ser relacionada con muchos personajes de «hi­ landeras» que aparecen en la mitología, aspecto que la apro­ xima a la figura de Penélope". Representa una verdadera ten­ tación para Ulises, pero le pres­ tará su ayuda al tejer los hilos que servirán para confeccionar las velas de sus navios. En «El último viaje de Ulises», de Giovanni Pascoli (Poem as convi­ vales. 1904), desempeña un pa­ pel original. Ulises, que des­ pués de regresar a Itaca se aburre junto a una envejecida Penélope, vuelve a partir rumbo a los diferentes lugares que ja­ lonaron su periplo para descu­ brir que todos aquellos que en­ tonces había conocido han muerto. Solo Calipso vive toda­ vía. Ulises, sin embargo, muere al desembarcaren Ogigia, y la ninfa amortaja a su antiguo 96 CAUSTO am ante con un velo que había tejido con sus manos. —> UI.1SKS. ♦ Icó n . Ulives y C ttlipso. te ­ rracota de T anagra, época he­ lenística. colección privada. ♦ M ús. José de San Juan. Teléinaco v C alipso, zarzuela burlesca. 1723. sobre texto de José de Cañizares. C ALISTO N infa" d e A rcadia" q u e su s ­ c itó la p a s ió n d e Z e u s ' y fu e tr a n s fo r m a d a e n o s a . C a lis to e r a u n a n in f a d e g r a n b e lle z a ( k a llis té , e n g rie g o , s ig n ific a « m u y b e lla » ) c o m p a ñ e r a d e A r te m is a '. H a b ía p ro m e tid o c o n s e r v a r su v ir g in id a d y . c o m o s u s e ñ o r a , p a s a b a su tiem p o e rra n d o p o r los b o sq u e s p ersig u ien d o an im a le s salv ajes. Z e u s la v io y q u e d ó p re n d a d o d e ella , y p a ra se d u c irla a d o p tó lo s ra s g o s d e la p ro p ia A r te ­ m isa . U n d ía q u e la d io s a y su s é q u ito d e n in f a s fu e ro n a b a ­ ñ a rse a un m a n a n tia l, q u e d ó al d e s c u b ie r to e l s e c r e to d e C a ­ listo: c u a n d o la n in fa se d e sv is­ tió. su c u e rp o re v e ló q u e esta b a y a e n c in ta d e A rc a d e , fr u to d e su u n ió n c o n Z eu s. A rte m isa la re p u d ió y H e ra ’, c e lo s a , la tr a n s fo r m ó e n u n a o s a . S e g ú n o tra v e rs ió n d e l m ito , f u e la p r o p ia A rte m is a q u ie n re a liz ó la m e ta m o rfo sis" d e su an tig u a c o m p a ñ e ra . C a listo " m u rió d u ­ ra n te u n a p a rtid a d e c a z a y fue c o lo c a d a e n el c ie lo , conv ertid a e n la c o n s te la c ió n d e la O sa M ay o r. ♦ l.it. Este motivo de la poesía alejandrina fue desarrollado m ás extensam ente por Ovidio (M etam orfosis. II. 410). En una de las fábulas de el Laurel ele A polo, de L ope d e Vega (1 629). titu lad a «El baño de D iana», presenta el au to r el e p iso d io del descubrim iento del em barazo de la ninfa y los am ores de esta con Zeus. ♦ Icón. C alisto aparece repre­ sentada bien en el momento en que es seducida por Júpiter', que ha adoptado los rasgos de D iana’ (Rubens, Júpiter y Ca­ listo, h. 1610. C assel), o bien en el mom ento en que la diosa descubre el desliz de su com­ pañera (D iana y C alisto: Tiziano, 1556. E dim burgo; Rubens, sig lo x v n, M adrid. Mu­ sco del Prado). ♦ M ús. Francesco C’avalli. Ca­ listo. ópera, 16 5 1. 97 CAOS cas d e las fuentes. L os p o etas la­ tin o s, p o sib le m e n te p o r p a ra le ­ lism o (sin v a lo r lin g ü ístico ) co n el térm in o ca rm e n («canto»), las a sim ila ro n p ro n to a la s m usas* g rie g a s. E n p o e s ía la tin a , c a ­ m e n a e s p o r ta n to s in ó n im o d e m usa, a u n q u e a p a re c e n a m b o s nom bres. CAM PO S ELÍSEOS o ELISIOS A n títe s is d e l T á r ta r o ’, so n la p a rte d e los I n f le m o s ’ d o n d e las so m b ra s* d e lo s h o m b re s v irtu o so s lle v a n u n a e x is te n c ia d ic h o s a y f e liz , e n m e d io d e p a isa je s v e rd e s y flo rid o s . S on el m a rc o d o n d e se d e s a rro lla n los « d iá lo g o s d e lo s m u e rto s» , un g é n e ro lite ra rio q u e g o z ó de g ra n d e s a r r o llo d e s d e la A n ti­ g ü ed ad (L u c ia n o , sig lo u d . C .) h a sta e l s ig lo x v m . - > i n f i e r ­ nos. ♦ L en g u a . C on su nom bre se bautizó a la más bella avenida de París, que une la plaza de la C o ncorde con la de la E toilc, cerca de la cual se encuentran varias salas d e espectáculos que llevan el m ism o nombre. CAMENAS CAOS E n su o rig e n , la s cam e n a s fc á n te m e ) era n las d io sas" itáli­ In m e n s id a d v a c ía q u e , s e ­ gún lo s a n tig u o s , h a b ía p re c e ­ www.FreeLibros.me d id o a la fo rm a c ió n d el U n i­ v e rs o . E n e l s e n o de este a b is m o p rim o rd ia l c o e x istía n e n c ie rto m o d o , e strech am en te u n id a s, d o s e n tid a d e s indefini­ b le s , la T in ie b la (E re b o ”) y la N o c h e (N ic te ”), q u e al se p a ­ ra rse la u n a d e la o tra, y am bas d e l C ao s, d ie ro n lu g ar al «naci­ m ie n to » d e U rano" (el C ielo ) y d e G c a ‘ (la T ierra). En la Biblia e n c o n tr a m o s u n a c o n c e p c ió n a n á lo g a d e l e s ta d o p re v io a la fo rm a c ió n d e l U n iv e rs o (v e r G é n e s is 1, 2 : « L a tie rra estaba d e s ie rta y v ac ía , y las tinieblas r e p o s a b a n s o b r e la su p e rfic ie d e l a b is m o » ). S in e m b a rg o , m ie n tr a s e n la c o n c e p c ió n ju d e o c r is tia n a la fo rm a c ió n del U n iv e rso e s fru to d e un a inter­ v e n c ió n d iv in a d e n o m in a d a la C re a c ió n , p a r a lo s g rie g o s el U n iv e rs o n o fu e « c re a d o » p o r un D io s tra sc e n d e n te , sin o que s e fo rm ó « p o r s í so lo » , p o r una e sp e c ie d e g e n e rac ió n esp o n tá­ nea. N o existen, p o r tanto, C rea­ d o r ni c ria tu r a s : lo s m ism o s d io ses", e m p e z a n d o p o r U rano y Ciea, d e q u ie n e s surg iero n to­ d o s los d e m á s, form an parte in­ te g r a n te d e l U n iv e rs o . E s un a c o n c e p c ió n ra d ic a lm e n te d ife ­ re n te d e la d iv in id a d , q u e e x ­ c lu y e to d a id e a d e tra sc e n d e n ­ c ia ; lo s d io s e s so n in m o rtales y C A R IB D IS p o seen un o s p o d e re s de lo s q u e c a re c e n lo s h o m b r e s , p e ro , c o m o e s to s , fo rm a n p a rte «del m u n d o » y e s tá n « e n e l m u n ­ d o » , m ie n tr a s q u e e l D io s b í­ b lic o e s e x te rio r al m u n d o , q u e e s su c ria tu r a , e in d e p e n d ie n te d e él. ♦ Lengua. Se ha dado el nom­ bre de ca o s a toda realidad o situación que se caracteriza por la confusión y el desorden (caos molecular, en sentido fi­ gurado caos político); del tér­ mino se deriva tam bién el ad ­ jetivo caótico. CARIBDIS E s te m o n s tr u o 1 fe m e n in o v iv ía so b re u n a ro c a d el e s tre ­ c h o d e M e sin a , q u e se p a ra Ita ­ lia d e S ic ilia . T re s v e c e s al d ía, C a rib d is a b so rb ía e n o rm e s c a n ­ tid a d es d e a g u a y c u a n to s o b je ­ to s — n a v io s o a n im a le s — flo ­ ta s e n s o b r e e ll a , v o m itá n d o lo to d o p o c o d e s p u é s . H ija d e C e a - (la T ie rra ) y d e P oseidón", C a rib d is fu e p rim e ro u na jo v e n diosa* a q u ien Zeus* c a stig ó p o r su v o ra c id a d : h a b ía d e v o ra d o a lg u n o s d e lo s b u e y e s d e G e rio nes q u e H eracles* h a b ía c a p ­ tu rad o . Z e u s la fu lm in ó c o n un ra y o y la a rr o jó a l m a r. S i­ g u ie n d o los c o n se jo s d e C irce", 98 U lise s* c o n s ig u ió e s c a p a r p o r d o s v e c e s d e l m o n s tru o , la p ri­ m e r a c o n m a y o r fa c ilid a d q u e la s e g u n d a , p u e s e s ta v e z C a ­ rib d is a b so rb ió su n av io . U lises lo g ró a s irs e a u n a h ig u e r a q u e c r e c ía s o b r e la ro c a y , c u a n d o e l m o n s tru o e s c u p ió n u e v a ­ m e n te e l a g u a q u e h a b ía tr a ­ g a d o , e l h é r o e ' a p r o v e c h ó la fu e rz a d e la c o rrie n te g e n e ra d a p a ra a le ja r s e a g a r r a d o a un m á stil q u e flo tab a. A l o tr o la d o d e l e stre c h o de M e s in a h a c ía e s tr a g o s o tro m o n stru o , E sc ila . q u e d e v o ra b a a lo s n a v e g a n te s q u e h a b ía n c o n s e g u id o e s c a p a r d e C a r ib ­ d is . E s c ila te n ía la p a rte s u p e ­ r io r d e s u c u e r p o d e m u je r, p e ro d e su s in g le s su rg ía n seis f e r o c e s p e rr o s c o n la s fa u c e s e n tr e a b ie r ta s . T a n m o n s tru o s a c o m b in a c ió n e r a p r o d u c to de lo s c e lo s d e C irc e , fu rio sa p o r­ q u e G la u c o , u n m o n s tru o m a ­ r in o , la h a b ía d e s p r e c ia d o en b e n e fic io d e la jo v e n . ♦ L en g u a . S a lir d e Escila para d a r en Caribdis significa librarse de un peligro para ira caer en o tro m ás tem ible toda­ vía. ♦ Lit. La Odisea. XII, describe a los dos m onstruos y cuenta las dificultades que tuvo Ulises 99 C A RITES p ara franquear tan peligroso paso. Para los trágicos griegos, estos m onstruos constituyen com paraciones obligadas que se asocian a m ujeres crueles, com o Clitemnestra" en el A ga­ menón de Esquilo (verso 1233) o Medea* en la M edea de Eurí­ pides (verso 1343), donde Jas ó ir identifica a su m ujer con la «tirrena Escila». O vidio re­ fiere la m etam orfosis* d e Escila I Metamorfosis. XIV). CÁRITES E s ta s tre s jó v e n e s d io s a s ’, q u e R o m a d e n o m in ó la s g r a ­ c ia s , r e p r e s e n ta n e l e n c a n to y la b e lle z a y e s p a r c e n la a le ­ g ría p o r e l m u n d o . E u fró s in e , A g la y e y T a lía so n h ija s d e Z e u s ' y l le ra ' y frecu en tem en te se la s re p re s e n ta fo rm a n d o un c ír c u lo : d o s d e e ll a s m ira n en u n a d ir e c c ió n y la te r c e r a en o tra . F o rm a n p a rte d e l c o rte jo d e A polo" y se d ic e q u e tejieron las ro p a s d e H a rm o n ía* . S u s a trib u to s so n la s ro s a s, e l m irlo y el d a d o d e l ju e g o . ♦ L e n g u a . Su nom bre, tanto en latín com o en griego, evoca a la vez tanto el encanto físico com o la benevolencia, lo mismo que la palabra española gracia. El térm in o carism a. www.FreeLibros.me Las tres carites en el lienzo de Boiticelli La primavera (detalle). Floren­ cia. Galería Antigua y Moderna. derivado de la palabra griega, se utiliza para designar a la po­ derosa seducción que un indi­ viduo ejerce sobre su entorno. De carism a deriva a su vez el adjet ivo carismático. (N. B.: La palabra candad, de­ rivada del vocablo latino ca­ ras, «querido, caro», no tiene ninguna relación con el tér­ mino griego.) ♦ Lit. Hesíodo abre la Teogo­ nia con la intervención de las CARONTE carites, que avalan en cierto modo la voz del poeta. Se las celebra igualmente en los him­ nos líricos del poeta italiano Ugo Foscolo, Las gracias, re­ copilación de inspiración neo­ clásica dedicada al esculto r Canova <1798). ♦ /con. En la Antigüedad apa­ recen frecuentem ente repre­ sentadas durante su aseo (ce­ rám icas griegas, Pctit-Palais, París). El grupo de las tres gra­ cias ha inspirado a num erosos pintores (B otticelli, La prim a ­ vera, 1478, Florencia; Rubens, L as tres gracias, p osterior a 1630. M adrid, M useo del Prado; Dalí, Playa encantada can tres gracias fluidas, 1938, colección A. Reynolds Morse) y escultores (Fuente de las tres gracias, siglo x v m , jard in es del palacio de La G ranja (Seg ovia); C arpeaux. siglo xix, París; Z adkine, siglo xx. M u­ sco de Arte M oderno, París). CARONTE C a ro n te e s e l b a rq u e r o d e los Infiernos*. P a ra e n tra r e n el re in o d e lo s m u e rto s, las a lm a s d e b e n a tr a v e s a r e l A q u e ro n te * m o n ta d a s e n su b a rc a . E ste a n ­ c ia n o d e b arb a b la n c a se m u e s­ tra in fle x ib le c o n a q u e lla s q u e n o p u e d e n e n tr e g a r le e l ó b o ­ 100 lo re q u e r id o . E n la tra d ic ió n g rie g a , C a ro n te n o e s u n p e rso ­ n a je p e rv e rs o ni m a lig n o , p ero e n c a m b io lo s e s tru s c o s d a b a n e l m is m o n o m b r e ( b a jo la f o r m a d e C h a r u n ) a u n d io s s a n g u in a r io y c ru e l q u e , p o r c ie rto s ra sg o s (n a riz g a n c h u d a , o re ja s p u n tia g u d a s, ro s tro g e s­ ti c u la n te ) , p re f ig u ra la r e p r e ­ s e n ta c ió n c r is tia n a d e lo s d e ­ m o n io s . E s te C a r o n te e lr u s c o a p a re c e en los c a m p o s d e b a ta ­ lla d e s tr o z a n d o a lo s c o m b a ­ tie n te s a rm a d o c o n u n a en o rm e m a z a ; e n lo s In fie rn o s , m a ltra ­ ta b a a lo s m u e rto s. ♦ Lengua. En los espectáculos de gladiadores, se designaba con el térm ino caíanle a un es­ clavo enm ascarado que rema­ taba a los com batientes heri­ dos. ♦ L it. En el canto VI de la Eneida, V irgilio o frece un retrato am biguo d e Caronte com binando la representación griega y etrusca del personaje. Alfonso de Valdés, Diálogo de M ercurio y C arón (15281529). —» MERMES. ♦ Icó n . En el arte antiguo, el tipo griego es el más frecuen­ tem ente representado; sin em­ bargo, com o es evidente, en las cerám icas etruscas encontrare­ 101 CASANDRA mos la otra versión (siglos vtt- c ia s a las a rm a s d e F iloctetes", vi). una de las cuales muestra a a d e m á s d e a n u n c ia r a E neas la C aron te m atando a Áyax con fu n d a ció n d e R o m a . su maza. L a s p ro fe c ía s d e C asan d ra G iuseppe C’respi, Eneas, Ca­ ja lo n a n e l trá g ic o d e s tin o de ronte y la sibila, siglo xvm , T ro y a sin p o r e llo alterarlo: re ­ Vicna. c o n o c e a P a rís’, q u e h ab ía sido - 4 ÉST1GF./ESTIGIA. a b a n d o n a d o d e n iñ o y luego c o n s ig u ió e n tr a r se c re ta m e n te CASANDRA e n la c iu d a d , y p re d ic e la s n e ­ H ija d e P ríam o * , re y d e fastas co n secu en cias de su viaje T ro y a ', y d e su esp o sa H é c u b a', a E s p a rta , d o n d e e n c o n tra rá a e s la h e rm a n a g e m e la d e H e ­ H elena"; a n u n c ia la destrucción len o , d o ta d o c o m o e lla d e p o ­ d e T ro y a c u an d o su herm ano re­ d eres a d iv in a to rio s. P e rseg u id a g re s a d e E sp a rta c o n la esp o sa p o r A p o lo " , q u e se h a b ía e n a ­ d e M en e la o "; s e rá ju n to a Laom o rad o d e ella , C a sa n d ra h ab ía c o o n te . el sa c erd o te de A polo, p ro m e tid o e n tr e g a rs e a é l a la ú n ic a q u e p rev en g a a los trocam bio d e q u e el d io s la iniciara y a n o s co n tra el m isterioso caba­ en la s a rte s a d iv in a to r ia s . Sin llo d e m a d e ra q u e lo s g rieg o s e m b a rg o , u n a v e z in s tru id a en h a b ía n a b a n d o n a d o en la lla ­ esta cien c ia, C a sa n d ra se n eg ó a nura. T o d o e s en vano: los oídos ser su y a y el d io s se v e n g ó reti­ d e su s co m p atrio tas perm anece­ rándole n o el d o n d e la profecía, rá n s o rd o s a su s a d v e rte n c ia s. sin o el d e la p e rs u a sió n : to d a s —> ENEAS, HELENA, I.AOCOONTE, sus p re d ic c io n e s s e rá n c ie rta s , PARIS, ULISES. pero n a d ie la creerá. A l p ro d u c irs e e l s a q u e o de M ie n tra s q u e C a s a n d ra e n ­ T ro y a , C a sa n d ra e s v iolada por tra en tra n c e y e m ite su s o rá c u ­ A y a x ' O ile o e n e l te m p lo de los d e s d e la s s im a s d e u n d e li­ A te n e a ’, d o n d e h a b ía intentado rio q u e h ace q u e to d o s la to m en re fu g ia rs e . E s e n tre g a d a co m o p o r lo c a , s u h e rm a n o H e le n o p a rte d e l b o tín d e g u e rra a interpreta el p o rv e n ir a p a rtir de A g a m e n ó n " , q u e la c o n v ie rte sig n o s e x te rn o s, c o m o el v u elo en su co n cu b in a . A su regreso a de lo s p á ja r o s . S e rá H é le n o M ie e n a s , e l j e f e d e la e x p e d i­ q uien p re d ig a q u e T roya* c a e rá c ió n g rie g a m u e re v íc tim a del en m a n o s d e N e o p tó le m o g r a ­ c o m p lo t u rd id o p o r su esp o sa www.FreeLibros.me 102 CA STO R C lile m n e s tra * . E s ta , a y u d a d a p o r su a m a n te E g is to , m a ta ta m b ié n a C a s a n d r a , a q u ie n c o n sid erab a u n a p e lig ro sa rival. CÉCROPE -A ÁYAX. CLITEMNESTRA O CLI- CÉFALO TBMESTRA. E s te s e m i d i ó s ’, h ij o de H erm e s y d e H e r s e , fue a m a d o p o r la A u r o r a (E o s"), p e r o p e r m a n e c ió fie l a su e s ­ p o s a P ro c ris. E sta , e n fe r m iz a ­ m e n te c e lo s a , q u is o e s p ia rlo m ie n tra s c a z a b a , su a fic ió n fa­ v o rita , p e rs u a d id a d e q u e a c u ­ d í a a u n a c it a a m o r o s a . Al c o m p r o b a r q u e su s so s p e c h a s e r a n in f u n d a d a s . P ro c r is salió d e lo s m a to rra le s d o n d e s e h a­ b ía e s c o n d id o p a ra a rro ja rs e en su s b ra z o s . A l o ír e l ru id o . Gá­ f a lo la n z ó s u j a b a l i n a p e n ­ s a n d o q u e s e tr a ta b a d e algún a n im a l, a tr a v e s a n d o c o n e lla a P ro c r is a n te s d e h a b e r p o d id o re c o n o c e rla . ♦ Lengua. En Francia, durante la IV R epública, los periodis­ tas aplicaron el apodo de Casandra a Pierrc M cndés. polí­ tico cuyas predicciones eran tenidas p o r exageradam ente pesimistas. ♦ Lit. Gil V icente. A u to de la sibila Casandra (representado en 1513). El tema de la obra es religioso: C asandra recibe un m ensaje prem onitorio del na­ cim iento d e C risto q ue re ­ chaza. Al conocer el aconteci­ m iento queda, no o bstante, transformada. ♦ Icón. Casandra. perseguida po r Avax. se refugia junto aI al­ tar de Atenea, copa griega. 430 a. C - Louvrc; Rubcns, A va x v C asandra. 1616. V iena; Pradier. Casandra. escultura en mármol. 1843. Aviñón. ♦ C ’l / I . — > T R O Y A . CASTO R H e rm a n o g e m e lo d e P ó lu x . A m b o s h é ro e s ’’ s o n c o n o c id o s c o m o lo s —> DIOSCUROS. —> HELENA, TROYA. P rim e r re y d e A te n a s , - a ATENAS (FUNDACIÓN DE). ♦ L it. El poeta latino Ovidio, a finales del sig lo i a. C ., re­ co g e dos v eces e ste trágico ep iso d io — su stitu y en d o por otra parte a la A urora (aurora) p o r la B risa (a u ra )— en las M etam orfosis y en el A rle de a m ar, d o n d e lo u tiliz a para dem ostrar que los celos deben ser desterrados de las relacio­ nes am orosas. Jorge de Montem ay o r n arra, en la égloga 103 C EN TA U R O S seg u n d a d e su C ancio n ero (1554), la fábula de C é la lo y Procris, a la que llama «desas­ trada historia». CÉFIRO H ijo d e E o s", e s te jo v e n d io s p e r s o n if ic a e l v ie n to d e l O e ste , u n a s v e c e s a g ra d a b le , o tra s llu v io s o , q u e a n u n c ia la lleg ad a d e la p rim a v e ra . F u e él q u ie n lle v ó a P s iq u e ' h a s ta el p a la c io d e Bros*. L o s ro m a n o s le llam aro n F a v o n io . ♦ L en g u a . El céfiro e s el viento de Poniente y . p o r ex ­ tensión, una brisa suave y agradable. Es tam bién el nom bre q u e se ha d ad o a una tela de algodón ligera y casi transparente. ♦ Icón. Antoine Coypel, Flora y C éfiro, sig lo x v n , Louvrc. Aparece com o un adolescente con alas diáfanas y sonrisa casi femenina sosteniendo unas flo­ res en las manos. CENTAUROS L o s c e n ta u ro s e ra n h ijo s d e [x ió n ', re y d e T e sa lia q u e había te n id o la a u d a c ia d e d e s e a r a M era', y d e u n a n u b e c re a d a por Z e u s ' a im a g e n d e la d io sa. Son u n o s se re s m ita d h o m b re y m itad c a b a llo q u e v iv e n en la www.FreeLibros.me Centauro luchando, dibujo de J. B. Wicar sobre el grabado de J. Mathie n atu ra le z a ag reste; se alim entan d e c a r n e c ru d a y c a z a n a sus p re s a s a rm a d o s d e p alo s y pie­ dras. S u s co stu m b re s suelen ser b ru tale s, so b re to d o en relación c o n las m u je re s y c u a n d o están b a jo los e fe c to s del vino. In v ita d o s a las b o d a s de Piríto o , rey d e los la p ita s ’, se em ­ b o rra c h a ro n c in ten taro n v io lar a la n o v ia y a la s m u je re s q ue h a b ía n a sistid o a la cerem o n ia. L o s la p ita s c o n s ig u ie ro n ven ­ c e rle s en u n te rrib le c o m b a te y lo s e x p u ls a r o n d e T e s a lia . La b a ta lla d e lo s c e n ta u ro s y los lap itas e s u n m o tiv o frecu en te­ CENTAUROS m ente re p re se n ta d o en lo s te m ­ p lo s ( - » ¡CON.) y s im b o liz a el triu n fo d e la c iv iliz a c ió n so b re la b a rb a rie . - » TESEO. El c e n ta u r o N c s o in te n tó v io la r a D c y a n ir a , e s p o s a d e H e ra c le s* , q u ie n p e r s ig u ió al o fe n s o r y c o n sig u ió a tra v e sa rle c o n u n a H echa. A n te s d e e x p i­ ra r. N e s o c o n v e n c ió a la c r é ­ d u la jo v e n d e q u e re c o g ie s e su s a n g re y se s i r v ie s e d e e lla c o m o un filtro d e a m o r. D ey a n ir a , c o n v e n c id a d e q u e a s í c o n s e r v a r ía p a ra s ie m p r e e l a m o r d e su e s p o s o , le o f r e c ió u n a tú n ic a q u e h a b ía te ñ id o c o n la s a n g r e d e l c e n ta u r o . C u a n d o H e ra c le s s e la p u s o , e s ta se p e g ó a su c u e r p o p ro ­ d u c ié n d o le tan a tro c e s q u e m a ­ d u ra s q u e lle v a ro n al héroe* al s u ic id io . L a tr a d ic ió n h a c o n ­ se rv a d o el n o m b re d e o tr o s d o s c e n ta u ro s: P o lo s, q u e o fre c ió a H e ra c le s u n a g e n e ro s a h o sp ita ­ lid ad. y Q uirón", fa m o so p o r su c ie n c ia y su s a b id u ría , a q u ie n se c o n f ió la e d u c a c ió n d e A q u iles* . A m b o s ilu s tr a n e l p o lo p o sitiv o d e e sto s se res m í­ tic o s c a ra c te riz a d o s p o r su a m ­ b ig ü e d a d , q u e a s o c ia n u n a p a rte d e a n im a lid a d , p o r lo ta n to d e n a tu r a le z a , y o tr a d e h u m a n id a d , e s d e c ir , d e c u l ­ tu ra . - 4 BESTIARIO. 104 N .B .: L a s c e n ta u r e s a s (f e ­ m e n in o d e c e n ta u ro ) n o tien e n tr a d ic ió n lite ra ria . S o n u n a in ­ v e n c ió n d el p in to r Z e u x is ( s i­ g lo v a. C .) . a q u ie n s ig u ie ro n c ie rto n ú m e ro d e a rtista s, e sp e­ c ia lm e n te en P o m p ey a . ♦ L en g u a . La expresión una túnica ele N eso se utiliza para aludir a un do lo r moral devorad o r del q u e vanam ente se pretende huir. En ocasiones se aplica la pala­ bra cen ta u ro a un jin e te —o incluso a un m otorista— par­ ticu larm ente hábil y diestro, que forma cuerpo con su mon­ tura —o con su máquina. La centaura e s una planta con virtudes medicinales cuyo des­ cubrim iento se atribuye a Qui­ rón. De este término deriva a su vez la palabra centaurina. que designa una sustancia que existe en ciertas plantas amargas. ♦ L it. La fortuna literaria de los centauros es esencialmente m oderna. En el sig lo xtx la obra más destacada es posible­ m ente El centauro de Maurice de Ouérin (1840). En esta obra asistimos a la emergencia de la conciencia en un cuerpo entre­ gado por entero al ímpetu exu­ berante d e la vida salvaje. Leconte de Lisie, en sus Poemas 105 C ER B ER O a n tig u o s (1852). dedica un (P eloponeso); Rubens. Com­ poem a al centauro Q uirón. El b ate d e los lapitas y los cen­ poema de H etedia «Hércules y tauros, siglo xvn. Madrid. Mu­ los centauros» (L os trofeos, seo del Prado; C entauro lu­ 1893) subraya el conflicto en ­ chando, dibujo de J. B. Wicar tre hum anidad y anim alidad. sobre grabado de J. Mathie. si­ La figura mítica de los centau­ glo xvm ; Max Klinger, Com­ ros en co n tró tam bién cierto bate d e los centauros, finales eco entre los poetas modernos del siglo xtx. Galería Goubert: de L atinoam érica, com o R u­ Rubens. El rapto de Deidamía. bén D arío (C oloquio d e los h. 1636-1638. Madrid, Museo centauros. 1887-1908). José del Prado. Bourdelle, sin em ­ T ab lad a (E l centauro. 1894) bargo, esculpió un conm ove­ o Luis U rbina (E l baño del d o r C entauro m oribundo (fi­ centauro. 1905). El centauro nales del siglo x tx . París). El puede aproxim arse entonces a escultor C ésar, por su parte, los prim eros conquistadores exalta la potencia del Centauro españoles o al p ersonaje del (bronce, 1988, París). A Neso gaucho, que forma cuerpo con se le representa sobre todo en su caballo. De form a análoga, su intento de raptar a Deyanira: el cow boy, héroe d e los ii'í'.vH eracles, N eso y Deyanira. lern s am ericanos, aparece a copa griega, siglo v a. C . Bos­ veces com o un trasunto m o­ ton; Guido Reni. Deyanira y el derno de la figura mítica. centauro Neso, siglo xvn. ♦ ¡co n . M uchas representa­ Louvre. —> QUIRÓN. ciones de los centauros insisten ♦ Cin. La película El centauro en su carácter brutal: Centauro (1946). de A ntonio Guzmán raptando a una ¡apitu. frontón M erino, es una transposición del tem plo de Z eus en O lim ­ del tem a clásico al campo an­ pia. 4 6 0 a. C ., O lim pia; C en­ daluz con el loro com o prota­ tauro y lapita. m etopas del gonista. P artenón. sig lo v a. € ., L on­ —> h i -:r a c i .e s . dres; M iguel Angel, C ombate d e centauros, bajorrelieve, CERBERO o CERBERO 1492, Florencia; C om bate de P erro m o n stru o so q u e g u a r­ centauros y Iapilas. Iriso del d a b a la e n tr a d a d e lo s In fie r­ tem plo de B assaé. en Arcadia n o s . S u m isió n e ra im p e d ir la www.FreeLibros.me 106 CERES s a lid a a lo s m u e r to s y la e n ­ tr a d a a lo s v iv o s . S u s o la p r e ­ s e n c ia re s u lta b a a te rra d o ra : te ­ n ía tr e s c a b e z a s , c o la d e s e r ­ p ie n te y e l lo m o e r i z a d o d e c a b e z a s d e v íb o r a s . S in e m ­ b a r g o . f u e r e d u c id o a la im ­ p o te n c i a p o r v a r i o s h é ro e s " q u e d e s c e n d i e r o n v iv o s a lo s I n f ie r n o s . E s e l c a s o d e H e ­ ra c le s" . c u y a d c c im o s c g u n d a p ru e b a c o n s is tía p re c is a m e n te e n tr a e r e l p e r r o a E u ris te o * . H a d e s" h a b ía a c e p t a d o c o n la c o n d ic ió n d e q u e e l h é r o e r e ­ d u je se al a n im a l sin se rv irs e d e s u s a r m a s . H e r a c le s lo a f e r r ó c o n s u s b r a z o s , im p id ié n d o le re s p ira r, y lo lle v ó m e d io a s f i­ x ia d o a s u p rim o . A l v e rlo , E u ­ r is te o s e e s c o n d i ó e s p a n ta d o d e n tr o d e u n a ti n a ja y le ro g ó q u e v o lv ie ra a lle v a rlo lo a n te s p o s ib le a su lu g a r. O rfe o , p o r su p a rte , c o n s ig u ió a m a n s a r al a n im a l c o n la m ú s ic a d e su lira. E n c u a n to a E n e a s ', se g ú n c u e n ta V ir g ilio ( E n e id a , c a n ­ to IV ), c o n s ig u ió f r a n q u e a r la e n tra d a d e lo s In fie rn o s g ra c ia s a un p astel s o p o rífe ro q u e la s i­ bila" a rr o jó a l m o n s tr u o ’. —> BESTIARIO. ♦ Lengua. La palabra cerbero, y su com puesta cancerbero, se han convertido en nom bre co ­ mún para designar a un portero o a un vigilante inflexible y arisco. ♦ IJt. Una de las más célebres d escrip cio n es d e C erb ero la encontram os en el canto VI del Infierno de D ante (D ivina co­ m edia. 13 0 7 -13 2 1), d o n d e el poeta nos ofrece una aterradora im agen del m o n stru o so guar­ d ián con sus tres fauces ba­ beantes. S o lo V irgilio, que guía al poeta, consigue calmar a C erb ero arro ján d o le un pu­ ñado de tierra. ♦ ¡con. En la Antigüedad apa­ rece en m uchas piezas de cerá­ m ica griega ilustradas con los trabajos de H ércules (Cerbero co n d u cid o p o r H era cles ante E uristeo, hidria d e Cerveteri. fin ales del sig lo vi a. C.. L ouvre). El m ism o tem a apa­ rece tratad o en el lienzo de Z u rb arán H ércu les y e l Can­ cerbero, 1634. M adrid, Musco del Prado. ♦ C in . El m o nstruo infernal aparece en diversas aventuras de Hercules". 107 C IB ELES Fuente d e la Cibeles. Madrid ♦ le n g u a . De su nom bre pro­ o rig e n d e to d a s la s c o s a s , a n i­ cede el térm ino cereal y su de­ m a l e s ', h o m b r e s y d io se s". Es rivado cerealista. u n a d iv in id a d d e la naturaleza: ♦ Ic ó n . La dio sa de la tierra h a b ita e n lu g a r e s a p a rta d o s, c u ltiv ad a ap arece frecuente­ b o s q u e s y m o n te s , ro d e a d a d e m ente rep resen tad a ju n to a a n im a le s s a lv a je s y e s c o lta d a otras divinidades d e la natura­ p o r le o n e s . E je rc e su im p e rio leza: Rubens, C eres y Pan. Ce- s o b re el m u n d o v e g eta l, y se le res y Pontana, siglo XVII, M a­ e n c o m ie n d a n la s la b o r e s del drid. Ceres. escultura rom ana, c a m p o y la v itic u ltu ra. R om a, M useo del Vaticano. U n m ito d e p ro c e d e n c ia C ER ES D io s a ' itá lic a d e la a g ric u l­ tu ra . y m á s e s p e c ífic a m e n te de la s c o s e c h a s , q u e lo s ro m an o s id e n tif ic a r o n c o n la D e m é te r g rie g a . CIBELES o CÍBELE D iv in id a d im p o rta d a d e A sia M e n o r lla m a d a la « G ra n M a d re » o « M a d r e d e lo s d io ­ ses». C ib e le s a p a r e c e c o m o el www.FreeLibros.me ta m b ié n a s iá tic a , d e l q u e e x is ­ te n d iv e r s a s v e rs io n e s , la p r e ­ s e n ta e n a m o r a d a d e l p a s to r A tis*. q u e m u e re a c o n s e c u e n ­ c ia d e u n a a u to e m a s c u la c ió n — q u e h a d a d o p ie a v a ria s ¡n- C ÍC L O P E S te r p r e ta c io n e s — y e s r e s u c i­ ta d o p o r la d io s a , q u e lo m e ta m o r fo s e a e n p in o . E n e s ta le ­ y e n d a p u e d e v e rs e un v ie jo m ito d e la v e g e ta c ió n , q u e « m u e re » en o to ñ o p a ra re n a c e r d e n u e v o e n p r im a v e r a e n un c ic lo s ie m p re re n o v a d o . C o m o d io s a d e la f e c u n d i­ d a d , ha s id o a s im ila d a en o c a ­ sio n e s a D em éte r* y ta m b ié n a R ea", la m a d re d e Z eus*, e s p e ­ c ia lm e n te p o r O v id io (F a sto s, lib ro IV ). E l c u lto d e C ib e le s , de tip o o rg iá s tic o , s e in tro d u jo en R o m a y d io lu g a r a m a n ife s­ ta c io n e s s a n g rie n ta s e n las q u e lo s fie le s lle g a b a n in c lu s o a c a stra rs e , a im ita c ió n d e A tis. ♦ l.il. R onsard. en el soneto «Planto en tu favor este árbol de C ibeles...» (S ím elo s para Helena, 1572), inspirado en Teócrito. recupera el lerna del pastor A tis transform ado en pino para co nvertirlo en un sím bolo de la renovación del am or y un hom enaje erótico a la dam a am ada. —> a t i s . ♦ ¡con. M uchas m onedas de Asia M enor portan la efigie de C ibeles. C itarem os adem ás, entre las obras griegas de la época rom ana. C ibeles entre das leones y un busto de Atis, esculturas en m árm ol, Roma; 108 una lám para d e terracota con bustos de Cibeles y Atis y dos coribantes, Trieste; la escultura rom ana que representa a Cibe­ les en su trono, N ápoles, y la fam osa F uente d e la Cibeles de M adrid, q u e es, sin duda, uno d e los sím bolos de la ciu­ dad. Fue esculpida en el si­ glo xvtu por Francisco Gutié­ rrez. y Roberto Michel. ♦ M ú s. A tis, tragedia lírica, m úsica d e L ully, 1676; Puccini. 1780. C ÍC L O P E S o C IC L O P E S E s to s s e r e s m o n stru o so s e ra n u n o s g igantes" q u e poseían u n ú n ic o o jo s itu a d o e n m edio d e la fre n te . S u e le n a g ru p a rse en tre s h e rm a n d a d e s: lo s cíclo­ p e s u ra n io s, lo s c íc lo p e s herre­ ro s y los c íc lo p e s p a sto re s. L o s c íc lo p e s u ra n io s , hijos d e la T ie rra , C e a ’, y d e l C iclo, U ra n o ", fu e ro n a rr o ja d o s al T á rta ro p o r su p a d re , asustado d e s u p o d e r. S u m a d r e y sus h e rm a n o s lo s titanes®, en cab e­ z a d o s p o r C r o n o , les ayudaron a lib e ra rse y c o n su a y u d a des­ tro n a ro n a U ra n o , al q u e Crono h a b ía c a stra d o . P e ro C ro n o , te­ m e r o s o ta m b ié n d e su fuerza, le s a rro jó n u e v a m e n te a los In­ fie r n o s 1. Zeus® le s lib e ró defi­ n itiv a m e n te y e sto s, en agrade­ 109 c im ie n to , le o fre c ie ro n e l ray o , el re lá m p a g o y el tru e n o , e n tre ­ g an d o a d e m á s a H a d e s ' un c a sco y a P o se id ó n ' u n tridente. A polo* le s m a tó p a ra v e n g a r la m u erte d e su h ijo A s c lc p io ', y a q u e Z e u s h a b ía u tiliz a d o el ra y o d e lo s c íc lo p e s p a ra fu lm i­ n a r a e ste . L o s c íc lo p e s h e rr e ro s a y u ­ d a n a H efesto * e n la s fr a g u a s del d io s , s itu a d a s e n la s e n tr a ­ ñ as d e lo s v o lc a n e s , fo rja n d o las a rm a s d e lo s d io s e s" y los héroes*. A v e c e s s e c o n fu n d e n co n lo s c íc lo p e s c o n stru c to re s, q u e c o n stru y e n la s m u ra lla s d e las c iu d a d e s. L o s c íc lo p e s p a sto re s, d e d i­ cados al cu id a d o d e su s reb año s d e o v e ja s , so n sin e m b a rg o p e ­ ligrosos. S a lv a je s an tro p ó fag o s, v iven e n c a v e rn a s e ig n o ra n la p ied ad . El m á s fa m o so fu e Polifemo*. b e s t ia r io . ♦ L e n g u a . F,1 adjetiv o cicló ­ peo designa a todo aquello que por su m agnitud o tam año pa­ rece un trabajo propio de c í­ clopes; se aplica en particular a los m uros de los palacios y monumentos de la época micénica, construcciones denom i­ nadas de «aparejo ciclópeo». ♦ IJt. La Odisea (IX) describe la vida de los cíclopes pasto- www.FreeLibros.me C ÍC L O P E S O. Redon, El cíclope. Otterlo, Kroller Müller Museum res, esos «brutos sin fe ni ley» ávidos de carne y sangre hu­ m anas. H esíodo (Teogonia, 140), Virgilio (Geórgicas, IV) y H oracio (Odas. 1. 4) evocan a los cíclopes forjando los ra­ yos de Zeus. Los poetas m odernos se han inspirado sobre todo en la aventura de Polifemo. Citare­ mos la famosa Fábula de Poli­ fem o y Calatea ( 1612) de Luis de Góngora, considerada como la síntesis tem ática y formal del barroco, que fue muy im i­ tada en su época; el Polifemo de T om aso Stigliani, poema pastoril de principios del si­ glo xvn, y el Brindisi de los cí- C IR C E chtpes. recopilación d e sonetos que relatan la leyenda de Polil'emo y C a la te a 1, de A ntonio Malatesli (siglo xvn). Por último, en época moderna, señalemos un dram a de Albert Sam ain. PoUfemo (principios del siglo xx. obra postuma). La semejanza de Polifemo con los ogros q ue aparecen en los cuentos ha sido frecuente­ mente subrayada. El recuerdo de esta figura m ítica eslá pre­ sente com o telón de fondo en m uchas leyendas qu e presen­ tan a un ser m onstruoso ap ri­ sionado en una trampa. ♦ ¡con. El cíclope aparece re­ presentado frecuentem ente en cerámicas antiguas. Odilon Re­ don. El cíclope. 1898. Ollerlo. —> POl.IFF.MO. ♦ Cin. Los cíclopes hacen una aparición hum orística en Los titanes, de D uceio Tessari (1961). —> c l is e n . CIRCE E sta h e c h ic e ra , h ija d e H e ­ lio (el S o l) y d e P crse, a su v ez h ija d e O c é a n o ”, d e s e m p e ñ a un im p o rta n te p ap el en la ley en d a d e lo s A r g o n a u ta s y e n las a v e n tu r a s d e U lis e s . E ra h e r ­ m a n a d e F.etes y d e P asiT ae y te n ía su m o r a d a e n la is la d e I 10 E e a . q u e p o s ib le m e n te h a b ría q u e id e n tif ic a r c o n u n a p e n ín ­ su la italiana. S irv ié n d o se d e sus filtro s, tra n sfo rm a b a e n a n im a ­ le s ' a to d o s a q u e llo s q u e h o lla ­ b a n s u s d o m in io s . T a l fu e la su e rte q u e c o rriero n los c o m p a ­ ñ e ro s d e U lis e s , q u e fu e ro n c o n v e r tid o s e n c e r d o s c u a n d o d e s e m b a rc a ro n e n su is la p a ra e x p lo ra rla . S o lo U lise s, g ra c ias a la s a d v e rte n c ia s d e E u rílo co , se lib ró d e l h e c h iz o . U tilizan d o el m o lv , u n a p la n ta m á g ic a q u e h a b ía r e c ib id o d e m a n o s d e M erm es , c o n s ig u ió re s istirs e a lo s m a le f ic io s d e C irc e y la c o n m in ó p a ra q u e d e v o lv ie se a su s c o m p a ñ e ro s su fo rm a o rig i­ nal. L a h e c h ic e ra , sin em b arg o , se d u jo al h éro e y lo retu v o a su la d o d u ra n te u n a ñ o . C irc e , fi­ n a lm e n te . a c c e d ió a d e ja rlo p a rtir y le p ro p o rc io n ó los m e­ d io s n e c e s a r io s p a ra e v it a r las tr a m p a s d e las sire n a s . d e E s­ c ila y C a rib d is . e n v iá n d o le por ú ltim o a q u e c o n s u lta ra al a d i­ v in o P iresias . —> UI.ISES. ♦ L en g u a . Una circe designa a una mujer de poderoso atrac­ tivo. cuya seducción ningún hombre es capaz de resistir. ♦ L it. La Odisea (X) describe la isla y las drogas de la «pér­ fida diosa de cabellos cnsorli- CITERA jados». Hesíodo evoca sus en­ cantos f Teogonia. 956). Ovidio (M etam orfosis, X IV) pinta a «la cruel diosa rodeada por sus ninfas”, que recogían flores y plantas», y las m etam orfosis' que es capaz de provocar. Vir­ g ilio (E neida. V II, 799) d es­ crib e «el m onte de C irce» y Horacio (Odas. I, 7) compara a «P enélope y la radiante Circe atorm entadas p o r el am o r del m ism o hombre». El e p iso d io q u e se refiere a U lises y C iree ha sido inter­ pretado frecuentem ente com o ilustración del conflicto entre la inteligencia y la sensualidad, por no decir la bestialidad: así aparece en la C irce (1624) de L ope d e Vega o en E l m ayor encanto. A m or de Calderón de la Barca (1649). En cuanto al Ulises de Joyce, se ha relacionado en ocasiones el m ol y. q u e perm ite al héroe re­ sistirse a los encantamientos de C irce, con el nom bre de la m ujer d e Leopold Bloom, Molly; Circe, por su parte, apa­ rece com o la gerente de una casa de citas. En la obra de Ezra Pound (Cantos. 1919-1957). Circe ocupa un lugar significa­ tivo y simboliza el vínculo en­ tre el placer y la muerte. - > C LISES. www.FreeLibros.me ♦ M us. Circe, tragedia de apa­ rato. texto de Thomas Corneille y m úsica de Marc-Antoine Charpentier (1675): óperas del m ism o título d e Destilareis (1694) y de Egk (1948). ♦ Cin. —> u l i s e s . CITERA Is la g rie g a s itu a d a e n tre el P e lo p o n e s o y C re ta d o n d e, se­ g ú n la le y en d a , A frodita* puso el p ie . llev a d a p o r los céfiros", d e sp u é s d e n a c e r de la espum a d el m a r. E n la lite ra tu ra y el a rte , la is la d e C ite ra a p a re c e c o m o u n p a ra je e n c a n ta d o r c o n s a g r a d o al a m o r y lo s p la ­ ce re s. ♦ L en g u a . En lenguaje poé­ tico. la expresión p a rtir para Citera significa entregarse a las delicias del amor. ♦ Lit. N erval, en su Viaje a O riente (1851), presentó la triste realidad de la isla de C i­ tera. que había retornado al es­ tado salvaje. Baudelaire, reto­ mando este lema en su poema «Un viaje a Citera» (Las flores deI mal. 1857), convierte la isla en una «pobre tierra» donde se alza — suprema ridiculización de la leyenda— un sórdido patíbulo. - > AFRODITA. C L IT E M N E ST R A 112 ♦ Icó n . F.l lienzo d e W atteau D e su u n ió n m a ld ita c o n A g a ­ F.l em barque p ara la isla de m en ó n , q u e se h ab ía c o n v en id o Citera (dos versiones, h. 1717, en e l n u e v o re y d e M ic e n a s, na­ L ouvre y B erlín) hizo co rrer c e rá n tre s h ijo s: Iftgenia*. E lec­ ríos de tinta: algunos vieron en t r a ' y O restes*. —> a t r i d a s . él la alegre partida de grupos C u a n d o la flo ta g rie g a , de de enamorados hacia la isla del c a m in o a T ro y a ", q u e d ó in m o ­ Amor, m ientras otros lo inter­ v iliz a d a en A u lid e p o r la a u ­ pretaron com o su m elancóli­ s e n c ia d e v ie n to s , A g a m e n ó n , co regreso. De hecho, se trata­ je f e d e la e x p e d ic ió n , q u e debía ría m ás bien de una alegoría tra e r d e v u e lta a H e le n a , esposa atemporal. d e su h e rm a n o M enelao", atrajo a su e s p o s a y a su h ija m a y o r a CLITEMNESTRA o u n a tra m p a . C o n e l p re te x to de CLITEMESTRA c a s a r a I lig e n ia c o n A q u ile s ”, H ija d e L ed a" y T in d á re o , p re p a ró en se c re to e l sacrificio re y d e E s p a rta , y h e rm a n a d e d e s u h ija , c o n d ic ió n q u e la H e le n a ” y d e lo s D io sc u ro s" , d io sa A rte m isa” h a b ía im puesto C á slo r y P ó lu x . L a le y e n d a d e ­ p a ra a p la c a r su ira y c o n c e d e r c ía q u e C lite m n e stra e ra la h e r­ lo s v ie n to s n e c e s a r io s p a ra la m a n a g e m e la d e H e le n a , p e ro p a rtid a d e la e x p e d ic ió n . C o n ­ m ie n tra s q u e e sta se ría en rea li­ s u m a d o e l s a c r if ic io , C lite m ­ d ad h ija de Z e u s ', q u e se h a b ía n e s tra fu e e n v ia d a d e v u e lta a u n id o a L e d a b a jo la a p a rie n c ia M ic e n a s , d o n d e e m p e z ó a ali­ d e u n c is n e , C lite m n e s tra se ría m e n ta r p ro y e c to s d e v en g an za h ija d el m ortal T in d á re o . c o n tr a su e sp o so . S e c a s ó p r im e r o c o n T á n ­ D u ra n te la g u e rra d e T roya, ta lo ", h ijo d el rey d e M ic e n a s C lite m n e s tr a se m a n tu v o en T ie s tc s . p e r o A g a m e n ó n " , s o ­ p r in c ip io fie l a su e s p o s o au ­ b rin o d e e ste , m a tó a su e sp o s o s e n te , p e ro te r m in ó d e já n d o se y a su h ijo r e c ié n n a c id o . C l i ­ s e d u c ir p o r E g is to , h ijo in ces­ te m n e s tr a s e m o s tr ó re a c ia a tu o s o d e T ie s te s y p rim o de a c e p ta r c o m o m a r id o al a s e ­ A g a m e n ó n , a q u ie n h iz o su sin o , a q u ie n su s h e rm a n o s h a ­ a m a n te , c o n v ir tié n d o le en el b ía n p e rs e g u id o h a sta E sp a rta , n u e v o a m o d e M ic e n a s. Egisto d o n d e A g a m e n ó n se h a b ía r e ­ m a q u in a rá el a se sin a to del «rey fu g ia d o ju n to a l rey T in d á re o . d e re y e s » c u a n d o e s te regrese 113 CRONO v ic to rio s o d e la c a m p a ñ a d e T ro y a. S e g ú n la s d iv e rsa s v e r­ sio n e s d e la le y e n d a , C li te m ­ n e stra p a s a d e s e r s im p le te s ­ tig o d e l a s e s in a to p e rp r e la d o por su a m a n te a c o n v e rtirs e en su c ó m p lic e , lleg an d o in clu so a h e rir a s u m a r id o c u a n d o e ste , al s a lir d e l b a ñ o , s e h a lla b a in­ d efen so . P o r c e lo s m a ta rá ta m ­ bién a C a sa n d ra * , h ija d e l rey tro y a n o P ría m o ”, q u e A g a m e ­ nón h a b ía to m a d o c o m o p a rte del b o lín d e g u e rra . S ie te a ñ o s m ás ta rd e , C lite m n e s tra m u ere a m a n o s d e s u p ro p io h ijo , O reste s, q u e im p u ls a d o p o r su h erm an a E le c tra v e n g a b a a s í la m u erte d e s u p ad re. lla». C o n v e rtid a en reina de los Infiern o s", p a só a se r designada c o n e l n o m b r e d e P erséfone*. —> PERSÉHONE. CÓRIBAS O tro n o m b re d el d io s ATIS. COSM OGONÍA —> TEOGONIA. CREONTE R ey d e C o rin to . -> m edea. CREONTE R ey d e T e b a s". -» ANTIGO.NA, TEBAS. CRONO ♦ Lit. —> A GAM ENÓN, ATRIDAS, ELECTR A , ORESTES. ♦ Icón. —> AGAM ENÓN. ♦ C in. —> A T R ID A S , E L E C T R A . IFIGENIA. COCITO S e g ú n V irg ilio , es el p rin c i­ pal río d e lo s Infiernos", a u n q u e para o tro s a u to re s s e ría un s im ­ ple a flu en te del A q u e ro n te '. En griego su n o m b re s ig n ific a « la ­ mento». CORE H ija d e D em éte r* y Z e u s". Su n o m b r e s ig n if ic a « d o n c e ­ www.FreeLibros.me D iv in id a d g rie g a q u e reinó u n tie m p o s o b re la tierra . C ro n o , u n o d e lo s titan es", era el hijo m e n o r d e U ran o ’ y G ea’, p e rte n e cie n d o p o r ta n to a la g e­ n e ra c ió n d iv in a q u e p reced ió a la d e los O lím picos". C rono fue el ú n ic o q u e a c u d ió en ay u d a d e su m a d re G e a , la T ie rra , a q u ie n su esp o so se obstinaba en c u b rir p e rm a n e n te m e n te en un in c e sa n te a c to d e fecundación. C ro n o se ap o d eró d e la ho z que le h a b ía d a d o su m adre y cortó lo s te s tíc u lo s d e su p ad re. Esta m u tilac ió n m a rc ó la separación d el C ie lo y d e la T ierra e in au ­ 114 C T Ó N IC O g u ró e l p rin c ip io d el re in a d o de C rono. C ro n o v o lv ió a e n c e rr a r en el T á rta ro ’ a su s h e rm a n o s, los c íc lo p e s y lo s h e c a to n q u ir o s (g ig a n te s ' d e c ie n b ra z o s ), q u e h a b ía lib e ra d o a p e tic ió n d e su m a d r e . S e u n ió a su h e rm a n a , la titá n id e R e a ', d e la q u e tu v o m u c h o s h ijo s : H estia* . D e m é t e f , H era". H ades" y P o se id ó n 1. P ero c o m o G e a le h a b ía p re d ic h o q u e s e r ía d e s tr o n a d o a su v e z p o r u n o d e su s h ijo s , se a p re s u ró a d e v o r a r a e s to s a m e d id a q u e n a c ía n . S o lo e s ­ c a p ó el ú ltim o , Z e u s ’, a q u ie n R e a h a b ía e s c o n d id o e n C re ta d e sp u és de e n g a ñ a r a C ro n o e n ­ tre g á n d o le u n a p ie d ra e n v u e lta en p añ ale s. C u a n d o Z e u s cre ció se re b e ló c o n tr a su p a d re y lo d e stro n ó . C ro n o , d e rro ta d o , lú e o b lig a d o a d e v o lv e r la v id a a los h ijo s q u e h a b ía d e v o ra d o y a c o n tin u a c ió n fu e a r r o ja d o al T á rta ro . E n la tra d ic ió n re lig io sa órfic a . C ro n o a p a r e c e r e c o n c i­ lia d o c o n Z e u s , re c o n c ilia c ió n q u e m a rc a el a d v e n im ie n to d e u n a e ra d e p az y a b u n d a n c ia , la e d a d d e foro*. El c u lto d e C r o n o tu v o e s ­ c a s a e x p a n s ió n . C ro n o h a sid o a v e c e s c o n f u n d id o c o n C ro no.s, «el T ie m p o » e n g rie g o , sin q u e e x is ta re lac ió n etim ológica. L o s r o m a n o s lo a s im ila ro n a S a tu rn o ”. S o lía s e r re p re s e n ta d o bajo lo s ra s g o s d e u n a n cia n o . 1 15 C U PID O El an im al c tó n ic o p o r e x c e le n ­ cia e ra la s e rp ie n te , y c o m o tal figuraba e n el c a d u c e o ” d e A sclepio", d io s d e la m ed icin a . - > INFIERNOS. SATURNO, ZEUS. ♦ Lit. Hesíodo, Teogonia, 167 y ss. ♦ ¡con. Una vasija griega del sig lo vi (L ouvre) m uestra a C ro n o b ajo el asp ecto de un hom bre barb ad o cubierto por un largo ab rig o qu e recibe de R ea la piedra co n la que ha sustituido al niño Zeus. Crono, escultura romana. Madrid. Mu­ seo A rqueológico Nacional. -> SATURNO. ♦ L en g u a . El adjetivo a utóc­ tono. derivado de la mism a raíz griega, se aplica a lo que lia nacido o se ha originado en el m ism o lugar donde se en ­ cuentra (equivaldría al adjetivo indígena, según la etim ología latina). CUPIDO N o m b re la tin o — q u e sig n i­ fica «el d e s e o » — q u e lo s r o ­ m anos d ie r o n al E ro s 1 g rie g o . - » EROS, PSIQUE. Grabado de Barlolozzi sobre el lienzo de Parmigianino A m or labrando su arco. Galería de Dresde CTÓNICO E ste a d je tiv o , fo rm a d o so­ b re el s u s ta n tiv o g rie g o klilhón (« la tie rra » ), se a p lie a a las di­ v in id a d e s q u e te n ía n p o r mo­ ra d a h a b itu a l las profundidades d e la tie rra (in c lu s o a u n q u e tu­ v ie s e n re la c ió n c o n e l mundo s u p e r io r ) , e s p e c ia lm e n te Ha­ d e s ', H éeale* y P erséfone*. Es­ ta s d iv in id a d e s e sta b a n ligadas sim u ltá n e a m e n te a las nociones d e v id a y m u e rte e n la medida e n q u e lo s v e g e ta le s , fu en te y s ím b o lo d e la v id a , h u n d en sus ra íc e s y e x tra e n su a lim e n to de la s p r o f u n d id a d e s d e la tierra. ♦ L engua. El térm ino cupido se aplica al hom bre enam ora­ dizo y galanteador. También se designa con este nombre a las representaciones p ictóricas o escultóricas del amor, o amor- www.FreeLibros.me cilios, q u e lo p r e s e n ta n c o m o u n n iñ o d e s n u d o y a la d o q u e s u e le lle v a r lo s o jo s v e n d a d o s y v a a r m a d o c o n a rc o , flech as y c a rc a j. ♦ Lit. c ¡c o n . —> EROS. PSIQUE. D DAFNE P e rs e g u id a p o r A polo*, esta ninfa* s o lo p u d o e s c a p a r del d io s c o n v ir tié n d o s e e n la u re l, p la n ta a la q u e a lu d e su n o m ­ bre. E sta m eta m o rfo sis* , se g ú n u n as v e rs io n e s , fu e o b ra d e su p ad re, e l d io s -río P e n e o , y , se ­ gún o tra s , d e Zeus*. D e s d e e n ­ to n c e s el la u re l f u e la p la n ta c o n sa g ra d a a A p o lo , d io s d e la m ú sica y la s artes. ♦ L en g u a . El m ito d e Dafne, que explica la atribución sim ­ bólica del laurel al dios Apolo, ha dejado las más inesperadas h uellas en nuestra lengua. El laurel, com o planta consagrada al dios d e la ju v en tu d y d e las artes, se utilizaba para coronar en la A ntigüedad a los vence­ d ores d e los concursos de canto y poesía y también a los atletas, y en Roma se convirtió adem ás en un sím bolo de vic­ toria que lucían emperadores y www.FreeLibros.me generales. La costumbre se ex­ tendió a la Edad Media, donde los poetas, artistas y doctores recibían coronas de laurel, de ahí el verbo laurear («pre­ miar») y el adjetivo-sustantivo laureado, que en la actualidad designa a una persona galardo­ nada con diversos premios. La palabra bachilléralo, por otra parte, procede de la forma la­ tina b accae lauri(atus), que significa «coronado con bayas d e laurel». Hoy. la corona de laurel e s el em blem a del Pre­ mio Nobel. La expresión familiar dormirse en los laureles, que significa descuidarse o dejar de esfor­ zarse después de haber triun­ fado. tiene tam bién su origen en e sta asociación del triunfo con el laurel de Apolo, asocia­ ción que, por otra parte, si nos rem itim os al significado del m ito, no deja de resultar para­ dójica: el laurel sería el re- D A FN IS DÁNAE cuerdo, m ctam orfoseado pero G u illau m e C oustou (Dafne, viviente, de uno de los más so­ h. 1721. L ouvre) en e scu l­ nados fracasos d e A polo: su tura. frustrado am or por la esquiva ♦ M ú s. El la u rel d e Apolo, Dafne. zarzuela, h. 1657. ♦ L it. El tem a d e los am ores de Apolo y D afne fue am plia­ DAFNIS m ente tratado en la poesía de E s te p a s to r , h ijo d e l d io s los siglos de oro: G areilaso de H erm es* y d e u n a ninfa*, estab a la V ega, soneto XIII («A c o n sid e ra d o c o m o el c re a d o r de D afne ya los brazos le c re ­ la p o e s ía p a sto ril o « b u có lica» , cían»), 1526-1536: Diego Hur­ e s p e c ia lm e n te e n tr e lo s p a s to ­ tado de M endoza, octava inde­ re s sic ilia n o s . P e rd ió la v is ta y pendiente («¡H erm osa D afne, lu e g o se q u itó la v id a d e sp u é s tú que convertida...»), primera d e h a b e r e n g a ñ a d o , e n e s ta d o mitad del siglo xvt: Juan de d e e b rie d a d , a la n in fa N o m ia, A rguijo, A polo a D afne, so ­ a q u ie n h a b ía ju r a d o fid elid ad . neto (1605): Q ue vedo. Fábula —> ARCADIA. de D afne v A polo. A A polo persiguiendo a Dafne. /) Dafne ♦ L it. L a le y en d a d e D afnis huyendo de A polo, sonetos ha llegado hasta nosotros so­ desm itificadores (1605); Juan b re to d o a tra v é s del poeta de T assis, conde de Vi llam eg rie g o T eó crito (sig lo m a. diana. F ábula d e Faetón, C .). En sus B ucólicas, V (si­ A polo y D afne (161 1-1615). El g lo i a. C .), V irgilio describe tem a tam bién fue llevado a en can to s am ebeos (cantados escena p o r L ope de V ega en alternativam ente por los pas­ El am or enam orado, com edia to re s q u e in terv ien en en el publicada postum am ente en p o em a) la m u erte d e D afnis, 1635. se g u id a d e su a p o teo sis g lo ­ ♦ ¡co n . Son muy num erosas riosa. En el personaje de Daf­ las representaciones de este nis algunos eruditos creyeron episodio, tratado, entre otros. v er a Ju lio C ésar, o tro s al p o rT ié p o lo (siglo xvm . L ou­ poeta C atulo, pero estas inter­ vre) en pintura, y p o r Bernini pretaciones son poco convin­ IA polo y D afne. 1622-1625. centes. La célebre novela pas­ G alería B orghesc. R om a) y toril d e Longo (siglo tu d. C.) Grabado de R. Strange sobre el lienzo de Tiziano Dánae. Madrid. Museo del Prado titu lad a D afn is y C lo e no tien e n ingún elem en to m ito ­ ló g ic o y se d e sarro lla en un nivel e stric ta m en te hum ano, pese a lo cual los am ores del pastor Dafnis y de la bella ba­ ñista C loe n o dejan de reco r­ dar los d e D afnis y N omia. DÁNAE M a d re d e P e rs e o '. A c risio , rey d e A rg o s , e ra e l p a d re d e Dánae; u n d ía su p o p o r el o rácu­ lo d e D e lfo s q u e m o riría a m a ­ nos d e l h ijo d e D á n a e y d e s d e www.FreeLibros.me e s e m o m e n to re c lu y ó a su hija en u n a to rre d e b ronce. D ánae, sin e m b a rg o , fu e se d u c id a por Z e u s ”, q u e se u n ió a e lla m etam o r fo s e a d o en llu v ia d e o ro . D e s u u n ió n n a c ió P erseo . - > PERSEO. ♦ Lit. Este m ito está muy d i­ fundido en la literatura griega, desde H csíodo a Píndaro, y tam bién en la latina. Lo en­ con tram o s en O vidio (M eta­ m orfosis. IV) y en Horacio (Odas. III. 16). En la comedia 120 D A N A ID ES de T erencio FJ eunuco (siglo II a. C .), la contem plación de una pintura que representa el episodio d e la lluvia de o ro hace concebir al protagonista la idea de violar a la joven o b ­ je to de sus deseos; san A gus­ tín recuperará e sta escen a en el lib ro I de sus C onfesion es (397) com o un ejem p lo ilu s­ trativo de la influencia pern i­ ciosa de la literatura y la m i­ tología paganas. ♦ ¡con. La lluvia de oro ha fascinado a los artistas de todas las épocas: D ánae recibiendo Ui lluvia de Zeus, vaso griego, siglo tv a. C ., L ondres: T iziano. 1553. M adrid. M useo del Prado, pintado para F e li­ pe II (sobre este lienzo realizó un grabado Robert Strange en el siglo xviii); T intoretto. si glo xvt, Lyon; B ecerra, 1563. M adrid, palacio de El Pardo; Rembrandt. 1636. San Petersburgo; Egon Schiele. 1909. co ­ lección particular. La D ánae de G irodct (1799, colección privada) es una sá ­ tira de M lle. Lange. ♦ O h . La p elícu la de F ran ­ cesco de R obertis, co p ro d u c­ ción italo -fran co -esp añ o la, solo presenta elem entos mito­ lógicos en su título. Dánae. El lem a de la cin ta es la actu a ­ ción de los hom bres-rana ita­ lianos en la seg u n d a guerra mundial. DA NA ID ES E s e l p a tr o n ím ic o a p lic a d o a la s c in c u e n ta h ij a s d e Dán a o , re y d e L ib ia . D e s p u é s de la s d is p u ta s q u e e n f r e n ta ro n a e s t e c o n s u h e r m a n o E g ip to — y tal v e z ta m b ié n p o r m iedo a s u s c in c u e n ta h ijo s — h u y e ­ ro n d e l re in o e n c o m p a ñ ía del p a d re y s e in s ta la ro n en la Arg ó lid a . U n d ía s e p re s e n ta ro n e n A rg o s lo s c in c u e n ta s o b r i­ n o s d e D á n a o p a ra a n u n c ia r a s u tío s u v o lu n ta d d e re c o n c i­ lia c ió n y la i n t e n c ió n d e c a ­ s a r s e c o n s u s c in c u e n ta p ri­ m a s . D á n a o c o n s in tió en ello, p e r o o f r e c i ó c o m o re g a lo de b o d a a c a d a u n a d e s u s h ijas u n a d a g a , o r d e n á n d o l e s que m a ta ra n a su s m a rid o s. L a no­ c h e d e b o d a s to d a s d e g o lla ro n a s u s e s p o s o s e x c e p to H ip erm e s tra , q u e p e rd o n ó la v id a de L in c e o p o rq u e la h a b ía re s p e ­ tad o . L a s D a n a id e s , p u rific a d a s d e su c rim e n p o r H erm es" y A te n e a ”, c o n tra je ro n seg u n d as n u p c ia s c o n jó v e n e s d e la c o ­ m a rc a . L a ra z a d e lo s D áñaos, d e sc e n d ie n te s d e las p arejas así c o n s titu id a s , s u s titu y ó a la de 121 DÁRDANO los P e la s g o s . L in c e o v e n g ó la m u e rte d e su s h e rm a n o s m a ­ tando a la s D a n a id e s y a su p a ­ dre. E n lo s In fie rn o s " fu e ro n co n d en a d a s a lle n a r v an am e n te un to n el sin fo n d o d u ra n te to d a la e te rn id a d . ♦ L engua. El tonel d e las Da­ naides es una frase metafórica que designa una fuente de gas­ tos sin fin, una pasión insacia­ ble o una tarea im posible de cum plir y que exige continua­ m ente em pezarla d e nuevo. D anaidos: nom bre poético ap licado durante la guerra de Troya* a los naturales d e A r­ gos e incluso a lodos los grie­ gos (Homero). ♦ Lit. La lista de los nombres de las D anaides figura en Vir­ gilio (Eneida, X, 497), Horacio (Odas, III. 2) y en la Biblioteca d e A polodoro (siglo u d. C., II, 1 .5 y ss.). Un eco interesante del mito aparece en Las D anaides de Arturo G raf ( 1897). ♦ ¡con. Su suplicio ha sido frecuentem ente representado en la Antigüedad: bajorrelieve del V aticano, cerám icas a n ti­ g uas de figuras rojas sobre fondo ocre del M useo de M u­ nich. esculturas de mármol del Vaticano. www.FreeLibros.me DÁNAO P a d re d e las -> d a na id es . DÁRDANO H ijo d e Z eu s" y d e E lectra, h ija a su v e z d e A tlas", se casó c o n u n a h ija del rey frigio T euc r o (e n la tín T e itc e r), a n te p a ­ s a d o d e la fa m ilia re a l de T ro y a* . S e a tr ib u ía a D árd an o la c o n stru c c ió n d e e sta ciud ad, d e a h í q u e los p o e tas utilizaran e l n o m b re « D ard an ia» para d e­ s ig n a r ta n to a la T ró ad e c o m o a la c iu d a d d e T ro y a , al igual que e l té r m in o « d a rd a n io » se e m ­ p ic a r á c o m o s in ó n im o d e troy a n o (u s o e s p e c ia lm e n te fre ­ c u e n te en V irg ilio ). U n a v e rsió n d e l m ito , m uy e x te n d id a e n Italia, sitú a el n a­ c im ien to d e D árd an o en Etruria, re g ió n d e la q u e h a b ría e m i­ g ra d o p o ste rio rm e n te p ara in s­ tala rse e n F rig ia. E sta tradición c o n v ie r te p o r ta n to la región c e n tra l d e Ita lia e n la c u n a del p u e b lo tro y a n o . D e e ste m odo, el h é ro e ' E neas”, al instalarse en las o rilla s d el T íb e r con los su ­ p e rv iv ie n te s d e la g u e rra d e T ro y a , h a b ría h ec h o el cam in o in v e rs o al d e su a n te p a sa d o D á rd a n o : e l e x ilio a p a re n te de lo s tr o y a n o s e x p u ls a d o s de su p atria h ab ría sid o en realidad un re to rn o a los o ríg en es. D ÉD A LO ♦ L en g u a . El estrech o d e los D ardanelos. que com unica el m ar E geo y el m ar de M ár­ mara. tom a su nombre de Dárdano y de la com arca costera de la Dardania. ♦ Lii. y M ú s. R am eau, en 1739. tituló D ardan us a una tragedia lírica dedicada al constructor de Troya: está con­ siderada com o una de sus prin­ cipales obras. DÉDALO In g e n ie ro g rie g o q u e p erten eec al tip o d e héroes* c u y a su ­ tile z a . in v e n tiv a y h a b ilid a d m an ual a b re n v ía s a la h u m a n i­ d a d y sirv e n d e re fe re n c ia a las c re a c io n e s h u m a n a s. Fin la m i­ to lo g ía g rieg a e s el in v e n to r p o r an to n o m asia. F ue el p rim e ro en re p re se n ta r la fig u ra d e los d io ­ s e s al in v e n ta r la e s c u ltu r a , y la s o b ra s q u e s u r g ía n d e su s m a n o s p a re c ía n d o ta d a s d e v id a . C r e ó ta m b ié n v a r ia s h e ­ rra m ie n ta s in d isp e n sa b le s p a ra el tra b a jo d e a rq u ite c to s y c a r ­ p in te ro s : la p lo m a d a , la b a ­ r r e n a . la c o la . U n o d e su s a p re n d ic e s, sin e m b a rg o , a m e ­ n a zab a c o n s u p e ra r el g e n io d e su m a e s tro al c o n c e b ir a su v ez el c o m p á s y la s ie rra m e tá lic a , in s p ira d a e n la m a n d íb u la d e u n a s e r p ie n te . L le v a d o p o r 122 u n o s v io le n to s c e lo s , D é d alo lo a rro jó al v a c ío d e s d e lo a lto de la A c ró p o lis. C o n d e n a d o al e x ilio p o r su c rim e n , se re fu g ió e n C re ta , en la c o r te d e l re y M in o s* . P a ra c o m p la c e r a la re in a P a s íf a e ', in f la m a d a d e d e s e o h a c ia el p r o d ig io s o to r o q u e P o se id ó n ” h ab ía o fre c id o al m o n arca, im a­ g in ó u n in g e n io s o a rte fa c to c o n s is te n te e n u n a v a c a d e m a­ d e r a re c u b ie r ta d e c u e r o , g ra ­ c ia s al c u a l la re in a , e sc o n d id a e n su in te r io r , p u d o p o r fin u n irs e al a n im a l. D e e s ta unión n a c ió e l M in o ta u ro ”, m o n stru o ’ d e c u e rp o h u m an o y cabeza d e to r o . A p e tic ió n d e M in o s, D é d a lo c o n s tr u y ó e n to n c e s el L a b e rin to * , in tr in c a d o re c in ­ to d o n d e q u e d ó c o n f in a d o el m o n s tru o . M á s ta r d e , p ro p o r­ c io n ó a la e n a m o ra d a A riad n a' e l o v illo d e h ilo q u e p erm itiría a T e se o * , q u e h a b ía a c u d id o a C r e ta p a r a e n f r e n ta r s e c o n el M in o ta u ro , s a l ir v ic to rio s o de la p ru e b a . F u rio s o , M in o s en ­ c e r r ó a l in g e n io s o a rq u ite c to y a su h ijo Icaro* en el L aberinto, p e ro a m b o s c o n s ig u ie ro n esca­ p a rs e v o la n d o g r a c ia s a unas a la s d e c e ra y p lu m a s c o n stru i­ d a s p o r D éd alo . A l m o r ir e l im p ru d e n te I c a r o , a h o g a d o a n te su s ojos, 123 D é d a lo lle g ó h a sta S ic ilia y se p u so al s e r v ic io d e l re y C o c a Ios. A llí e d ific ó d iv e rs a s c o n s ­ tru cc io n e s p a ra s u n u e v o señ o r, e n tre e lla s u n a c iu d a d e la p a ra g u a rd a r e l te s o ro d e l m o n arca. —> (CARO, LABERINTO, TESEO. E s to s d iv e r s o s r e la to s le ­ g e n d a rio s so n la fo rm a l izac ió n im a g in a d a d e u n a c o n c e p c ió n fu n d a m e n ta l d e l p e n s a m ie n to g rie g o : la a m b iv a le n c ia d e la te c h n é . e s e te m ib le p o d e r d e c re a c ió n q u e c o n v ie r te al a rte ­ s a n o - a rtis ta e n u n p e rs o n a je am b ig u o , d isp e n sa d o r d e v id a y de m u e rte , c a p a z d e h a c e r v is i­ ble lo in v is ib le o d e d is im u la r lo v is ib le b a jo e l m a n to d e la ilusión. ♦ L engua. La palabra dédalo. convertida en nom bre común al igual que su sinónim o labe­ rinto, designa un lugar donde uno puede p erderse, o bien una complicación inextricable, tanto en sentido literal («un d é­ dalo d e callejuelas») com o en sen tid o figurado («un dédalo de dudas»). ♦ Lit. Platón (lón, 121). Virgi­ lio (Eneida, VI; G eórgicas, I) y O vidio (M etamorfosis. VIII) recuerdan la figura del indus­ trioso griego. En uno de sus diálogos, el M em nón (h. 382 www.FreeLibros.me D ÉDALO a. C ) . Platón alude a las escul­ turas de Dédalo, cuya aparien­ cia de vida es tal que «si no se las atara, escaparían y se d a­ rían a la fuga». El tratam iento literario del m ito retuvo esencialm ente al Dédalo creador. Aunque en su faceta d e audaz inventor del vuelo aparece frecuentemente confundido con su hijo Icaro. a partir del siglo xtx Dédalo se convierte en el símbolo del ar­ tista m oderno que lucha por la salvación por medio de su arte. Así aparece en la obra de Víc­ to r H ugo, en particular en La leyenda de los siglos ( 18591863). donde vuelve a aparecer com o el escultor ejem plar cu­ yas estatuas se animan, simbo­ lizando la potencia creadora. Pero e s sobre todo con Joyce con quien Dédalo entra a for­ mar parte de la imaginería mo­ derna. En el Retrato del artista adolescente (1916), el protago­ nista lleva el nom bre de Stcphen Dedalus y representa al artista enfrentado con el m undo. El laberinto del que debe huir es un laberinto verbal, y solo la escritura le permitirá liberarse y alzar el vuelo, aban­ donando simbólicamente la tie­ rra irlandesa. El Dédalo en Creta ( 1943), del poeta griego D EM ÉT ER Angelos Sikelianos, obra en la que se m ezclan la inspiración antigua y el cristianism o a tra­ vés de una versión lírica de Grecia —tierra de lo sagrado en todas sus formas— . pone de re­ lieve otra faceta de la figura mi­ tológica: aquí D édalo aparece com o un organizador político que ayuda a Teseo a derrocar la tiranía de Minos. 124 d id a d . H ija d e C ro n o " y R e a ', p e rte n e c e a la s e g u n d a g e n e ra ­ c ió n d iv in a . S u n o m b r e la d e ­ s ig n a c o m o M a d re d e la T ie rra ( d é = d a s e r ía e n d ia le c to d ó ­ r i c o e l e q u iv a le n te d e g é , «la tie r r a » , d e d o n d e se d e riv a n c o m p u e s to s c o m o g e o lo g ía , g e o g r a fía , e tc .) . A d if e re n c ia d e G e a " , q u e r e p r e s e n ta a la T ie rra en se n tid o c o sm o g ó n ico , —> ÍC A R O , L A B E R IN T O , M IN O S , D e m é te r e s la d io s a d e la tierra M INO TA U R O , TESEO. c u ltiv a d a , la q u e a lim e n ta a los ♦ ¡con. M encionarem os una h o m b re s. A l h a c e rle s e l d o n de notable representación de D é­ lo s c e r e a l e s , e n p a r t ic u l a r del dalo aludo portando la sierra trig o , D e m é te r le s p e rm itió pa­ y la paleta, bula de oro etrusca s a r d e l e s ta d o s a lv a je a la c u l­ del siglo v a. C „ B altim ore. tu r a y la c iv i liz a c ió n . S u le­ Dos m otivos d e este m ito han y e n d a o c u p a u n lu g a r esen cial tenido una especial fortuna e n la re lig ió n g rie g a . —» t e o ­ iconográfica: el d e D édalo g o n ia . atando las alas de fcaro (re­ D e m é te r tu v o d e su h e r­ lieve helenístico d e la villa Al- m a n o Z eu s* u n a h ija a la que bani, Roma: Donatello. relieve a d o ra b a , C o re ' . H ades", d io s de del palacio R ieardi, siglo xv, lo s In fie rn o s " , s e e n a m o r ó de Florencia; Canova, mármol, si­ e lla . U n d ía e n q u e la jo v e n re­ glo x ix , V enecia) y el de la c o g ía flo re s e n u n a p ra d e ra de caída de Icaro (fresco pompe- S ic ilia , c e rc a del E tn a, la tierra yano, siglo i a. C „ N ápoles; se a b rió a su s p ie s y d e su s pro­ Bruegel el V iejo, P aisaje con fu n d id a d e s s u r g ió u n c a r r o ti­ la caída de ¡caro, siglo xvi, ra d o p o r c u a tro c a b a llo s negros Bruselas; Rodin. escultura, si­ q u e ra p tó a la jo v e n , a rrastrán ­ glo xix. París). d o la al re in o d e la s s o m b ra s ”. A le rta d a p o r los g rito s d e soco­ DEMÉTER rro d e su h ija , D e m é te r recorrió A n tiq u ís im a d i o s a ' g r ie g a e l m u n d o c o n u n a a n to r c h a en d e la n a tu ra le z a y d e la fe c u n ­ c a d a m a n o , e n u n a b ú sq u e d a 125 an g u stia d a q u e d u ró n u e v e d ía s y n u e v e n o c h e s. E l e m p e ñ o fue en v an o. H e lio ', q u e to d o lo ve, le re v e ló a l fin la v e rd a d . D e ­ m éter s e n e g ó e n to n c e s a reg re ­ sa r al O lim p o ' y c u m p lir su s fu n c io n e s d iv in a s . D is f ra z a d a b a jo la a p a r ie n c ia d e u n a a n ­ ciana, re e m p re n d ió su d o lo ro so e rra r, q u e la c o n d u jo e s ta v e z h asta E le u sis, d o n d e re c ib ió la h o sp italid ad d e l re y C é le o y d e su esp o sa. C o n tra tad a c o m o n o ­ d riz a d e l p e q u e ñ o D e m o fo n te , hijo m e n o r d e lo s m o n a r c a s , decidió, m o v id a p o r la g ratitu d , c o n v e rtirlo e n in m o rta l, p a ra lo cual le s o m e tía to d a s la s n o ­ ches a la a c c ió n d e u n f u e g o p u rifica d o r. S o rp re n d id a p o r la reina, la d io s a d e jó c a e r a l n iñ o d u ra n te la o p e r a c ió n y a b a n ­ donó fu r io s a e l p a la c io , n o sin antes h a b e rs e d a d o a c o n o c e r y rec la m ar la c o n s tru c c ió n d e un tem plo. La d esa p a rició n d e D em éte r había s u m id o a la tie r r a e n la d e so la c ió n : e l s u e lo e s ta b a yerm o y lo s h o m b re s y a n im a ­ les c o r r ía n p e lig r o d e e x ti n ­ guirse. A n te la catá stro fe q u e se a v e c in a b a , Z e u s o rd e n ó a su herm ano q u e d e v o lv ie ra a la j o ­ ven, q u e e n lo s In fie rn o s h ab ía re cib id o e l n o m b r e d e P e rs é ­ fone". F in g ie n d o a c a ta r la s ó r- www.FreeLibros.me DEM ÉTER Deméter o Ceres en la escultura ro­ m ana de Ceres, Roma. Museo del Vaticano d e n e s d e Z e u s, e l a stu to H ades h iz o q u e P e rs é fo n e , q u e h asta e n to n c e s se h a b ía a b ste n id o de to d o a lim e n to , c o m ie ra un g ra n o d e g ra n a d a , sím b o lo del m a trim o n io . A s í s e lló el d e s­ tin o d e P e rsé fo n e , p u es ningún s e r v iv ie n te q u e h u b ie ra c o ­ m id o en el re in o d e los m uertos p o d ía v o lv e r a s a lir de ello s: d e s d e e s e m o m e n to la h ija de D e m é te r p e rte n e c ía a lo s In ­ fie rn o s . C o m o D e m é te r se n e ­ g a b a , p e s e a to d o , a a c e p ta r la p é rd id a d e f in itiv a d e su h ija , Z e u s e n c o n tr ó u n a fó rm u la D EM ÉT ER c o n c iliad o ra : P e rs é fo n e p e rm a ­ n e c e ría ju n i o a H a d e s , s u e s ­ p o so . la te r c e r a p a r te d e l a ñ o (en a lg u n a s v e rs io n e s se ría m e ­ d io a ñ o ), p e ro v o lv e r ía a s u b ir a las m o ra d a s o lím p ic a s ', ju n to a su m a d re , e l tie m p o restan te . D e e s t e m o d o , e n p r im a v e r a s u b e la s a v ia d e la s p la n ta s y D e m é te r, f e liz , c u b r e la tie rra c o n un m a n to d e v e g e ta c ió n d u ra n te el v e ra n o h a sta q u e las sem illas c a e n al su e lo y se h u n ­ d e n e n la tie r r a , q u e v u e lv e a c o n o c e r e n to n c e s la d eso la c ió n d el in vierno. El v a lo r e x p li c a ti v o del m ito e s e v id e n te : a lte r n a n c ia d e la s e s ta c io n e s , m is te r io d e la g e r m in a c ió n , c ic l o d e la v e g e ta c ió n ..., a f ir m a n d o al m is m o tie m p o e l e s tr e c h o v ín c u lo e x is te n t e e n tr e el a l i ­ m ento. fu e n te de to d a v id a, y la m u e rte . L a a lte r n a n c ia q u e se o b s e r v a e n la n a tu r a le z a e s la im a g e n m ism a d el d e s tin o d e l h o m b re , q u e al ab rirse a la idea d e m u erte y d e resu rre c c ió n ac ­ c e d e a la d e v id a e te r n a . E sta e s la re v e la c ió n q u e r e c ib ía el in ic ia d o e n lo s s o le m n e s m is ­ te r io s d e E le u s is , q u e c o n s t i­ tu ía n el e le m e n to e s e n c ia l d e l c u lto d e D e m é te r. L a d io s a e r a ta m b ié n h o n ­ ra d a en A te n a s c o n m o tiv o d e 126 la s T e s m o f o r ia s , c e re m o n ia s q u e c e le b ra b a n las m u je re s ca ­ sa d a s, c a m p o s fé rtiles d o n d e la s e m illa d e l e s p o s o h a ría nacer h ijo s le g ítim o s , f u tu ro s c iu d a ­ d a n o s. S u c u lto se e x te n d ía por to d o el m u n d o h e lé n ic o , sobre to d o en las re g io n e s p ro d u cto ­ ra s d e tr ig o , c o m o S ic ilia y C a m p a n ia , d o n d e s e a sim iló a la d io s a itá lic a C eres* . En e fe c to , se g ú n la le y e n d a D emé­ te r h a b ía e n tr e g a d o a T riptóle m o , u n o d e lo s h ijo s d e Céle o . u n c a rro tira d o p o r serpien­ t e s a la d a s y e s p ig a s d e trigo c o n la m is ió n d e e x te n d e r su c u ltiv o p o r to d o e l m u n d o . D e m é te r a p a re c e frecuente­ m e n te re p r e s e n ta d a c o ro n ad a d e e s p ig a s o c o n u n canastillo, sím b o lo d e fe c u n d id a d ; a veces s e n ta d a c o n u n a s a n to rc h a s y u n a s e r p ie n te , a n im a l ctónico del m u n d o su b te rrá n e o . El nar­ c is o y la a d o rm id e r a so n tam­ b ié n a trib u to s su y o s. ♦ L i t. O vidio o frece un ex­ tenso relato del mito de Demé­ ter al referirse a Ceres en el li­ bro IV d e los Fastos. En el siglo iv d. C .. el rapto de Proserpina* (nom bre latino de Perséfone) se convierte en el tema central d e uno d e los últimos poem as épicos de la literatura 127 DEUCALIÓN latina, que debem os al poeta Claudiano. -A PERSÉFONE. ♦ ¡con. En la Antigüedad. De­ m éter ap arece la m ayoría de las v eces ju n to a su hija: D e­ m éter y Core, frontón oriental del Partenón. sig lo v a. C., Louvre; Triptolemo, D em éter y C ore, relieve, h. 4 4 0 a. C., A tenas. C itarem os tam bién la D em éter d e Cuido, escultura en m árm ol del siglo iv a. C. (Londres), que representa a la diosa sola, sentada y cubierta por un velo, y la escultura ro­ mana de Ceres. Roma. —> CERES, PROSF.RPINA. DESTINO L o s g rie g o s llam ab an A n a g ké (p ro n u n c ia d o A n a n k é ) a u n a e sp ecie d e d iv in id a d , o m á s bien u n a fu e r z a s u p r e m a , q u e c o n sid e ra b a n s u p e r io r n o so lo al m u n d o , s in o a lo s m is m o s dioses". El D e s tin o a s í d e f in id o r e ­ cibía e l n o m b r e d e M oirct (e n plural m o ir a s ') . U n a n o c ió n análoga e ra d e s ig n a d a e n la tín con el té r m in o F a t u m —» FATUM, MOIRA / MOIRAS. DEUCALIÓN E s, ju n t o c o n s u m u je r P i­ rra, el a n te p a s a d o d e lo d o s los www.FreeLibros.me g rie g o s . Z e u s ', irrita d o p o r el c o m p o r ta m ie n to d e lo s « h o m ­ b re s v ic io s o s d e la e d a d de b ro n c e » , d e c id ió d e s tr u ir la ra z a h u m a n a se p u ltá n d o la bajo las ag u as. S o lo D eu calión y Pi­ rr a fu e ro n c o n s id e ra d o s lo su ­ f ic ie n te m e n te v ir tu o s o s p ara e s c a p a r d e l d ilu v io * . P ro m e ­ t e o ', p a d re d e D e u c a lió n , les a c o n s e jó q u e c o n s tru y e ra n un a rc a ; e n e lla flo ta ro n a la d e ­ r iv a d u ra n te n u e v e d ía s y n u e v e n o c h e s a n te s d e alca n zar la c im a d e un m o n te d e T esalia q u e a ú n s o b r e s a lía d e las a g u a s . H e rm e s ' le s p ro m e tió c u m p lir e l d e s e o q u e le p id ie ­ se n y D e u c a lió n s o lic itó te n e r c o m p a ñ e ro s . P a ra r e p o b la r la T ie rra , Z e u s a c o n se jó a lo s es­ p o s o s q u e a rr o ja ra n « lo s h u e ­ s o s d e s u m a d r e » d e tr á s de e llo s. D e u c a lió n c o m p ren d ió el c ríp tic o m e n s a je y la n zó detrás d e él p ied ras. D e e sto s «huesos d e la T ie rra » — M ad re u n iv e r­ s a l— n a c ie ro n lo s h o m b re s, y d e las p ie d r a s q u e a rro jó P irra la s m u je re s . L o s h ijo s q u e D e u c a lió n tu v o c o n P irra fu e­ ro n lo s a n te p a s a d o s le jan o s de lo s g rie g o s. E ste m ito d e b e re ­ la c io n a rs e c o n el m ito h e b re o d e N o é y c o n v a rio s m ito s an á­ logos. DILUVIO, HELÉN. 128 DIANA ♦ Lit. Píndaro (Olímpicas. IX, 41 y ss.) y O vidio (M etam o r­ fosis. I. 125-415). ♦ ¡con. Rubcns. D eucalión y Pirra, siglo xvn. Madrid, M u­ seo del Prado. DIANA A n tig u a d i v i n id a d itá lic a d e la n a tu r a le z a s a l v a je y d e lo s b o s q u e s , f u e m u y p r o n ­ to a s im ila d a a la A r te m is a ' g rie g a, c u y a m ito lo g ía asu m ió . M á s q u e e n la d io sa" c a z a d o ra , lo s ro m a n o s v e ía n e n e lla a la h e r m a n a g e m e la d e A p o lo ”; p a ra e llo s e r a s o b r e to d o la d io s a d e la c a s tid a d y d e la lu z lu n a r , s i m b o liz a d a p o r el c u a rto c re c ie n te q u e a d o rn a su c a b e lle ra . ♦ L en g u a . El nom bre de la diosa, a veces utilizado com o nombre com ún, designa a una joven cuyo p u d o r parece re­ chazar todo intento de acerca­ miento masculino; el complejo de Diana, expresión utilizada en psicoanálisis, designa en este sentido el rechazo en la m ujer de su sexualidad. Recibe el nom bre d e á rbol de D iana una cristalización arbo­ rescente qu e se o b tiene añ a­ diendo m ercurio a una disolu­ ción de sal de plata, metal asociado a la luz lunar que en­ cam a la diosa. En el h ipódrom o francés de Chantilly se corre el prem io de D iana, q u e se disputan potri­ llas jóvenes. ♦ L it. C ¡con. —> A R TEM ISA 0 Á RTEM IS. D IDO R e in a d e C a rta g o q u e am ó a E n eas" y se s u ic id ó c u a n d o el h éroe* p a r tió d e su la d o . Su n o m b re tirio e s E lisa. D id o e ra , e n e l s ig lo ix a. C ., u n a p r in c e s a d e T ir o que tu v o q u e h u ir d e F en icia c u a n d o s u c o d ic io s o h e rm an o P ig m a lió n a s e s in ó a su esposo S ic a r b a s (S iq u e o e n V irg ilio ). A c o m p a ñ a d a d e n o b le s tirios lle g ó h a s ta la s c o s ta s africanas y p id ió a lo s n a tiv o s q u e la c o n c e d ie s e n « c u a n ta tie rra pu­ d ie s e a b a r c a r u n a p ie l de b u e y » . Pastos a c e p ta ro n . La re in a c o rtó e n to n c e s la p iel en tira s fin ísim a s y c o n s ig u ió de­ lim ita r a s í u n a e x te n sió n consi­ d e r a b le d e te r r e n o su fic ie n te p a ra fu n d a r K a rt A d a s h t (C ar­ ta g o ) , q u e lite r a lm e n te quiere d e c ir « N u e v a C iu d a d » . Más ta r d e , c o n m in a d a a tom ar c o m o m a r id o al r e y nativo Y a rb a s, p re firió su ic id a rs e an­ te s q u e v io la r e l ju r a m e n to de 129 fid elid ad q u e h a b ía h e c h o a su d ifu n to m arid o . E n e sta versión del m ito , q u e e s la d e la « c a sta D id o » , E n e a s n o in te rv ie n e en m o d o a lg u n o . En la E n e id a , V irg ilio d e s ­ p laza te m p o ra lm e n te e s te m ito a la é p o c a d e la g u e r r a d e T roya", e s d e c ir, tre s sig lo s a n ­ tes. E n e a s , al q u e u n a te m p e s ­ tad h a b ía a rro ja d o a la s c o s ta s a fr ic a n a s , e s re c o g id o p o r los h a b ita n te s d e C a rta g o . D id o lo aco g e en su p a la c io y e l h é ro e re la ta d u r a n te u n b a n q u e te la c a íd a d e T r o y a y s u s p e r ip e ­ cias. L a re in a s e e n a m o r a p ro n to d e l tro y a n o p o r v o lu n ­ tad d e V e n u s* . D u ra n te u n a p a rtid a d e c a z a so n s o rp re n d i­ dos p o r u n a to rm e n ta y se re fu ­ gian e n u n a g ru ta , d o n d e D id o se c o n v e r tir á e n la a m a n te d e E n eas. P e ro e l h é ro e la a b a n ­ dona p a ra d irig irse h a c ia Italia, d o n d e le a g u a r d a su d e s tin o : fu n d a r u n a n u e v a T r o y a . L a re in a , p re s a d e la d e s e s p e r a ­ c ió n , h a c e le v a n ta r u n a in ­ m en sa p ir a y se in m o la e n su s llam as. E sta v e rsió n v irg ilia n a , re s u lta d o d e la « c o n ta m in a ­ ción» d e d o s le y e n d a s o rig in a ­ ria m e n te in d e p e n d ie n te s e n tre sí, te rm in a ría s u p la n ta n d o a la p rim e ra y a lc a n z a r ía u n a in ­ m ensa fo rtu n a lite ra ria . www.FreeLibros.me D ID O Dido y Ascanio en el lienzo de Guérin Eneas relatando a D ido las desgracias de Troya (detalle). París. Museo del Louvre D esp u és d e su m uerte. D ido fu e h o n ra d a c o m o d io s a y a si­ m ila d a a v e c e s a A tin a P erenna. ♦ Lit. D espués de Virgilio (Eneida, cantos I a IV y canto V I, donde se produce el en­ cuentro de Eneas y Dido en los Infiernos*), el m ito será reto­ mado por O vidio en su cuarta He roida. La posteridad literaria de Dido está estrechamente ligada a las innumerables versiones, paródi­ cas o no, de la Eneida de Vir­ gilio. que vienen a sum ar un D ID O centenar. Entre las obras que conceden un lugar más especí­ fico a D ido podem os citar el Román d Eneas (h. 1156), que centra su atención en los am o­ res de D ido y Eneas y desarro­ lla el análisis psicológico del personaje de la reina; el Román de la rose, de Guillaume de Lorris (h. 1230); el Infierno, de Dante (D ivina comedia. 13071321). donde figura entre las suicidas por amor; los Triunfos, de Petrarca ( 1352-1370); E l in­ fie rn o de los enam orados, de Iñigo López de Mendoza, mar­ qués de Santillana (códice más antiguo de 1444); la D ido en Cartago, de A lessandro de Pazzi (1524); Carra d e D ido a Eneas de H ernando de Acuña (1570-1580); D i honra de Dido restaurada, tragedia d e Lobo Lasso de la Vega (1587); Dido, reina de Cartago, de Christopher Marlowe (1594); Los am o­ res de Dido y Eneas, de Guillén de Castro (principios del siglo xvn); Elisa Dido, de Cristóbal de Virués (1609). La D ido de Pietro Metastasio (1724) inspiró a muchos compositores. Todas estas obras tratan prim ordial­ mente de sus amores con Eneas, pero una tragedia de Boisrobcrt. D i verdadera D ido o La D ido casta (1642), recupera la ver­ 130 sión primitiva de la leyenda, en la que no aparece Eneas. La versión de Lefranc de Ponipignan ( 1734) concede un lu­ g a r m ás d estacad o a las rela­ cio n es d e e sta co n Y arbas, el en em ig o de D ido, finalm ente d errotado p o r E neas. Johann Elias Schlcgel ( 1739) recupera este m otivo, p resentando a D ido com o una intrigante. A unque la figura d e D ido ha sim bolizado en general los su­ frim ientos de la am ante aban­ donada, el tem a de la fidelidad al esposo m uerto está siempre presente. De este m odo, en El lirio d e l valle, d e Balzac (1836), Mme. de M ortsauf apa­ rece calificada d e «D ido cris­ tiana» no solo p o r haber sido traicionada por Félix de Vandenesse. sino tam bién porque en nom bre de los principios cris­ tianos se niega a engañar a su m arido, aunque su negativa la lleve a m orir de tristeza. Jules Lemaítre. sin embargo, imaginó en 1905 una continuación feliz del episodio. En la obra teatral Dido (1823), el dramaturgo ar­ gentino Juan Cruz Varela hace una recreación del capítulo IV d e la Eneida. Señalem os por últim o una se­ rie de o bras del sig lo xx cen­ tradas tam bién en la figura 1 de Dido: C oros que describen los estados aním icos d e Dido, del poeta U ngaretti (1953); Elegía mayor: Cartago, poema de L éopold S éd ar Senghor (1979), que ofrece una lectura africana d e la leyenda; la n o ­ vela E l am or d e una reina, de D avid L ockie: L a s reinas ne­ gras, novela de Jacqueline Kelen (1987); Elisa, reina vaga­ bunda, nov ela del tunecino Fawzy M ellah (1988). ♦ ¡con. T odas las representa­ ciones de Dido se centran en su desgraciada aventura con Eneas; se la presenta acogiendo al troyano (A güero, D ido y Eneas, siglo xvm. Madrid. M u­ sco del Prado; Tiépolo, El fe s ­ tín d e E neas en la corte de Dido, siglo xvm, Vicenza; Guérin. Eneas relatando a Dido lasdesgracias d e Troya. 1817. Louvre), ocupándose de la ciu­ dad en compañía de su amante (T urner, D ido ordenando la construcción de Cartago, siglo xtx, Londres) y, sobre todo, po­ niendo fin a sus días tras la par­ tida de Eneas (C oypel, D i m uerte d e Dido, siglo x v n , Montpellier; Agüero, Salida de E neas d e Cartago, siglo xvn. M adrid, M useo del Prado). —> ENEAS. ♦ M Ú S. —» ENEAS. www.FreeLibros.me DILUVIO ♦ Ciit. En una película titulada D ido no ha m uerto (1987), la cineasta napolitana Lina Mangiacapre ofrece una lectura fe­ minista de la leyenda de Eneas y Dido. —> e n e a s , para el artículo en su conjunto. DILUVIO A un q u e la tradición o cc i­ d en tal c o n o c e so b re todo la versión bíblica del diluvio a tra­ vés d el m ito d el arc a d e Noé, m uchas son las m itologías que rela tan un ep iso d io análogo. E n co n tram o s este tem a esp e­ cialm ente en la sum eria (donde N oé se llam a Z iu su d ra), b ab i­ lónica (aq u í llam ado Ut-napistim ), in d ia (d o n d e el nom bre del héro e salv ad o d e las aguas e s M an u ). irania (donde se llam a Y im a) y , p o r últim o, en la g rieg a (papel desem peñado p o r D eu calió n '). E ncontram os tam b ién el m ism o m ito fuera del á m b ito in d oeuropeo, en p a rtic u la r en tre las culturas a m erin d ia s, p e ro desde una perspectiva cíclica que diferen­ cia claram e n te los m itos d ilu ­ v ia n o s d el N u ev o M undo de los del V iejo M undo. Tal vez sea posible explicar el c o n ju n to d e esto s relatos co m o el recu erd o , conservado D IO N IS O e n la m e m o ria c o le c tiv a , d e u n le ja n o p e río d o q u e se re m o n ta a fin a le s d e la e r a g la c ia l d el C u a te rn a rio , la lla m a d a g la c ia ­ c ió n w ü rm ia n a , d o n d e e l d e s ­ h ie lo d e e n o r m e s g la c ia r e s d e b id o al c a le n ta m ie n to d e la T ie rra d e b ió p ro v o c a r un sen si­ ble ascen so del n ivel d e lo s m a­ re s. q u e d a n d o s u m e r g id a s la s tie rra s m á s bajas. —> DEUCAUÓN. DIONISO D ios d e la e x u b eran cia de la n a tu r a le z a , y m u y e s p e c ia l­ m e n te de la v iñ a , q u e p ro v o c a la e m b r ia g u e z , la in s p ira c ió n d e s e n f re n a d a y e l d e lir io m ís ­ tic o . S e e n c a rn a en to r o , c a b ra o se rp ie n te , y su s sím b o lo s v e ­ g e ta le s so n la h ie d r a y la v iñ a e n ro s c a d a s e n to rn o a un b á c u ­ lo p a ra fo rm a r el tirso . S u á m ­ b ito e s el d e la a fe c tiv id a d . S e le c o n o c e ta m b ié n c o n el n o m ­ bre d e B aco”, n o m b re q u e ad o p ­ ta ro n lo s ro m a n o s . N o n a c ió d io s, sin o q u e a d q u irió la d iv i­ n id ad p o sterio rm en te. E ste s e m id ió s ', h ijo d e Z e u s ' y S é m e le , la h ija d e H a r­ m o n ía1 y del rey teb an o C adm o , tu v o un n a c im ie n to m ila g ro so . S é m e le , in s tig a d a p o r la c e lo ­ sa H e r a ', e x ig ió a su d iv in o a m a n te q u e se m o s tra ra a n te 132 e lla en to d o el e s p le n d o r d e su poder. Z e u s a c ced ió y se le ap a­ re c ió e n to n c e s ro d e a d o del tru e n o y e l ra y o . L a jo v e n m u ­ rió fu lm in a d a , p e ro Z e u s c o n si­ g u ió s a lv a r al n iñ o q u e S é m e le lle v a b a e n su v ie n tre y lo in tro ­ d u jo e n su p ro p io m u slo , d o n d e te rm in a ría la g e sta c ió n . A s í na­ c ió D io n is o , e l re s u c ita d o , «el n a c id o d o s veces». Z e u s , p a ra p r o te g e r a su h ijo d e la m a le v o le n c ia d e H e ra , le o c u ltó b a jo ro p a je s fe­ m e n in o s e n la c o r te d e l rey A la m a n te , p e ro H e ra lo d e sc u ­ b rió y v o lv ió lo c o a l rey . Z eu s e n c a r g ó e n to n c e s a H erm es* q u e e s c o n d ie s e a l n iñ o e n la m is te r io s a re g ió n d e N isa d o n d e , c o n v e rtid o e n cab rilillo , fu e e d u c a d o p o r u n a s n in fas", las m é n a d e s' , y p o r el sa b io Sil e n o \ q u e le e n s e ñ ó e l a rte de to c a r la fla u ta y le h iz o d e sc u ­ b rir e l v in o , c o n el c u a l se em ­ b ria g a ría a le g r e m e n te c o n sus c o m p a ñ e ro s. H e ra , s in e m b a r g o , logró d e s c u b r ir s u p a ra d e r o y le in­ fu n d ió la lo c u ra . D io n is o se c o n v irtió e n to n c e s en B acchos, e l « p r iv a d o d e ra z ó n » , y enip e z ó a r e c o r re r el m u n d o con­ v in ié n d o se p ara los h o m b res en un lib e rta d o r. A c o m p a ñ a d o de su a le g r e c o r te jo d e sátiros", 133 D IO N ISO Baco en el lienzo de Velázquez Los borrachos, Madrid, Museo del Prado con S ile n o , P ría p o 1 y las m é n a ­ des re c o rrió G re c ia c a n ta n d o y b ailand o al so n d e lo s ta m b o ri­ les. E n T ra c ia c a stig ó co n la lo ­ cura al re y L ic u rg o , q u e s e h a­ bía re s istid o a a c e p ta r s u cu lto : L ic u rg o , e n u n a c c e s o d e lo ­ cura, se c o rtó u n a p ie rn a y m u ­ tiló a su s h ijo s. El sem id ió s e m ­ barcó m á s ta rd e p a ra c o n tin u a r su v ia je , p e r o c o m o e l c a p itá n p re te n d ía v e n d e rle c o m o e s ­ clavo, D io n is o h iz o en lo q u e c e r a to d a la trip u la c ió n , q u e sa ltó por la b o rd a y fu e m e ta m o rfo seada e n d e lf in e s al to c a r el agua. www.FreeLibros.me S u v ia je le c o n d u jo h a sta A s ia , d o n d e C ib e le s" le in ició e n su s m iste rio s y le c u ró d e la lo c u ra d e H era. M o n tad o sobre u n c a r r o tir a d o p o r p a n te ra s , a d o r n a d o d e p á m p a n o s y de h ie d r a , D io n is o lle g ó a la In ­ d ia . A llí p o r d o n d e p a sa b a las g e n te s a c la m a b a n su s p r o d i­ g io s . S in e m b a rg o , d e re g re so al A tic a , su p e re g rin a je le c o n ­ d u jo h a s ta u n a c iu d a d q u e se n e g ó a re c o n o c e rle : T e b a s’. El héroe" p ro v o c ó la lo cu ra d e las te b a n a s y la m u e rte a tro z d e su rey , P e rn e o '. A n te s d e alcan zar e l O lim p o " , d o n d e fin a lm e n te D IO N IS O se le o to r g a r ía e l r a n g o d e d io s , D io n is o d e s c e n d ió a lo s In fie rn o s ' p a ra b u s c a r a su m a ­ d re S é m e le , q u e fu e in m o rta li­ z a d a y c o n v e r t id a e n la d io s a T io n e . El c u lto d e D io n is o a d o p ta a m e n u d o lo s ra s g o s d e u n a re lig ió n m is té ric a . R o m a c o n ­ fu n d e m u y p r o n to a D io n is o — o B aco — c o n e l a n tig u o d io s la tin o L íb e r P a te r . D io n is o s im b o liz a p a r tic u la r m e n te la a m b iv a le n c ia d el v in o , a la v ez re m e d io y d r o g a d e te m ib le s e fe c to s. —> BACANTES, BACO. ♦ Lengua. Se califica de dionisiaeo a lo que es fruto de la inspiración desordenada, exce­ siva y todavía no controlad a por la razón. M uchos térm inos teatrales se relacionan con el m ito de Dio­ niso, a quien los grieg os h a­ bían reconocido com o el dios del teatro: la palabra com edia proviene de cornos, el canto alegre y licencioso de su co r­ tejo: tragedia procede de la voz tragos, el chivo que se sa­ crificaba a este dios; el dram a satírico se organizaba, en su origen, en torno al canto de los sátiros, vinculados al cortejo de Dioniso. 134 El adjetivo ditirúm bíco, for­ mado sobre el sustantivo diti­ ram bo (v erso de ritm o muy m arcado cantado en honor del dios), designa al énfasis de una alabanza exaltada. Los antiguos llamaban dionisia a una piedra a la que atribuían las v irtudes d e d a r sabor de vino al agua y actuar com o re­ m edio para la embriaguez. ♦ Lit. L as penalidades y la apoteosis d e D ioniso fueron una poderosa fuente de inspira­ ción para los autores griegos y latinos. La litada, VI, evoca su lucha contra Licurgo; Píndaro le canta en sus Odas y refiere, en una de sus Olímpicas (11). la m uerte d e «Sém ele, la de las largas trenzas». El teatro griego concede un lugar privilegiado al dios, a quien celebraban en el inm enso teatro d e Atenas: Eurípides, en Las bacantes (406 a. C .). presenta una ima­ gen aterradora del dios, mien­ tras que Aristófanes, en Las ra­ nas (405 a. C ) . nos muestra un dios festivo que debe ir a bus­ c a r a los Infiernos al mejor poeta trágico. Los rom anos retuvieron esen­ cialm ente la im agen risueña del dios del vino y de la fertili­ dad d e los jard in es: Virgilio, en las Bucólicas (42-37 a. C.), 135 D IO N ISO las G eórgicas (39-29 a. C .) y la E neida (19 a. C .) canta al «dios q u e dispensa alegría». Por las m ism as fechas, Tibulo invoca su presencia para las fiestas agrestes; Horacio, espe­ cialm ente. com pone en sus O das cantos báquicos en honor del dios. La literatura eu ro p ea evoca p rim ero la figura del d ios del vino, com o en B aco en T oscana, d itiram bo en honor del vino d e Francesco Redi (1685), o en las B acanales de G iovanni Pindem onte (1785), obra prerromántica. Pero habrá que esperar hasta el siglo xix para que aparezcan los prim e­ ros signos d e renovación de esta figura mítica. Así, Baudclaire evoca en su poem a en prosa titulado «El tirso» (atri­ bulo esencial del dios) la doble n aturaleza de la inspiración p oética, m ezcla de rig o r y de libertad (Pequeños poem as en prosa. 1868). Será con la reflexión de Nictzsche cuando la figura de D io­ niso. que atraviesa toda su obra, adquiera una amplitud sin precedentes. Nietzsche se pro­ clama repetidamente «el último discípulo del filósofo Dioniso» (M ás a llá d e l b ien y d el mal. 1885; El crepúsculo d e los dio­ www.FreeLibros.me ses. 1888). En realidad. Nietzs­ che recurre al nombre del dios p ara designar uno de los con­ ceptos fundam entales de su pensamiento: el aspecto dionisiaco. Lo dionisiaco aparece primero en oposición a lo apo­ líneo en El nacim iento de la tragedia ( 1872), donde la pa­ reja antitética representa las dos fuerzas creadoras cuya fusión está en el origen del arte: el ensueño y el arrebato. Muy pronto, sin em bargo, lo apolí­ neo tiende a difum inarse en beneficio de lo dionisiaco, as­ pecto a través del cual Nietzs­ che expresa, contra la moral negadora del cristianismo, el sí rotundo a la vida, la suprema afirm ación de la voluntad de vivir. Esta oposición entre «una justificación de la vida, incluso en sus aspectos más aterrado­ res, más equívocos y más men­ daces», y el ideal decadente del cristianismo, hostil a la vida, se traduce en la fórmula «Dioniso contra el Crucificado» lEcce homo. 1888). Al resucitar la antigua forma del ditirambo. Nietzsche confiere a su pensa­ miento una expresión poética y pone en labios del propio dios un canto de santificación de la vida <D itiram bos de Dioniso. 1888-1895). 136 D IO S C U R O S La figura de Dioniso en la lite­ ratura m oderna parece haber sido profundam ente influida por la lectura nietzschcana. Así puede observarse en la obra de Hugo von H ofm annsthal. Ariadna en N axos (1910), que escenifica el en cuentro de A riadna' y D ioniso. y cuya adaptación m usical fue reali­ zada por R ichard S trauss. En «F.1 m úsico d e Saint-M erry» (C aligram as, 1918), A pollinaire superpone la leyenda del «encantador de ratas» a la fi­ gura m ítica d e D ioniso, que sim boliza la fuerza vital aso­ ciada a la creación artística. La oposición entre las dos fuerzas creadoras, la apolínea y la dionisiaca. es igualm ente el eje central de la obra de Tilom as M ann M uerte en V enecia (1913). —> A PO LO , ARIAD N A. ♦ Icó n . D ioniso aparece re­ presentado en m últiples cerá­ m icas griegas, especialm ente las destinadas a beber (finco en un banquete, siglo v a. C., Louvre), y también en escultu­ ras de bulto redondo (Dioniso. siglo iv a. C .. T arragona), en los relieves esculp idos en los tem plos (frontón este del Partenón, siglo v a. C .), o bien en pavim entos y m osaicos (T riunfo d e Baco, pavim ento procedente d e la antigua Tarraco, siglo i a. C .. Tarragona; Triunfo d e Baco, m osaico ro­ m ano procedente de Zaragoza. M adrid. M useo Arqueológico Nacional). M ás tarde se tendió a potenciar su faceta de rey de los bebedores: C aravaggio, Baco. h. 1595, Florencia, Ga­ lería de los U ffi/i; Velázquez, L o s borrachos (T riunfo de Baco), 1628. M adrid. Museo del Prado. Su figura aparece en piezas destinadas al servicio de m esa (B a co sobre un tone!. centro de mesa en porcelana de Saxe, 1775. Zurich; recipiente para vino en form a d e Baco. siglo x v in . B urdeos) y en los rótulos d e tabernas y despa­ chos de bebidas (rótulo del Co­ nejo Blanco, siglo xvm, París). D alí aporta una versión muy personal del d ios en su lienzo D ioniso escu p ien d o la vista p a n orám ica d e C aduques so­ b re la punta d e la lengua de una m u jer d e tres anaqueles, 1958. co lección A. Reynolds Morse. ♦ Cin. —>BACANTES. D IO SC U R O S L o s D io s c u r o s (e n g rie g o D io s K auro'i. « h ijo s d e Z eus») s o n lo s g e m e lo s C a s to r y Pó- 137 lu x , fr u to d e lo s a m o r e s d e Z e u s ' y L e d a '; s o n h e rm a n o s d e H elen a" y C lile m n e s lra ”. S u o rig e n y n a c im ie n to d ie ro n lu­ g a r a d if e re n te s v e rs io n e s . S e ­ gún la m á s d ifu n d id a , d e sc o n o ­ c id a e n lo s p o e m a s h o m é ric o s' p ero m u y e x te n d id a a tra v é s d e los a u to r e s tr á g ic o s d u ra n te la é p o c a c lá s ic a ( s ig lo v a. C .), L eda se h a b ría u n id o la m ism a n o c h e a su e s p o s o T in d á re o , rey d e E s p a rta , y a Z e u s , q u e h ab ía a d o p ta d o la fo rm a d e un cisne p a ra se d u c irla . L e d a p u so un h u e v o d el q u e n a c ie ro n d o s p a re ja s d e g e m e lo s : C á s to r y P ó lu x , p o r u n la d o , C lite m n e stra y H e le n a p o r o tr o . P e ro m ie n tra s C á s to r y C lite m n e stra serían h ijo s m o r ta le s d e la p a ­ reja real, P ó lu x y H e le n a serían el fru to d iv in o d e la u n ió n d e L eda c o n Z e u s. L o s g e m e lo s, a q u ie n e s a v e c e s se d e s ig n a co n el p a tr o n ím ic o d e T in d á r id e s (« h ijo s d e T in d á re o » ), so n c o ­ n o cid o s s o b re to d o p o r e l a p e ­ lativo p re stig io so d e D io scu ro s, pues a m b o s se b en e ficia n en a l­ g u n a s o c a s io n e s d e la p a te r n i­ dad d iv in a . H é r o e s ' d ó r ic o s p o r e x c e ­ le n c ia , a m b o s d ir ig e n u n a e x ­ p e d ic ió n c o n tr a el A tic a p a ra re s c a ta r a s u h e rm a n a H e le n a , q u e h a b ía sid o ra p ta d a p o r T e - www.FreeLibros.me D IO SC U R O S Cástor y Pólux (Grupo de san Ilde­ fonso). Madrid, Museo del Prado seo ". A la s ó rd e n e s de Jasó n " p a rtic ip a n ta m b ié n e n la e x p e ­ d ic ió n d e los A rgonautas", en el c u r s o d e la c u a l s e d is tin g u e n c o m o g u e rr e ro s en la b a ta lla q u e e n fre n tó a la tripulación del A rg o " c o n tr a las tro p a s del rey d e lo s b ébrices. S u d iv in iz a c ió n p re m a tu ra e x p lic a su au se n c ia en la guerra d e T ro y a " , c u y a c a u s a fu e sin e m b a r g o su h e rm a n a H elen a. E n e fe c to , u n a lu c h a h o m icid a c o n tr a d o s p rim o s s u y o s — a q u ie n e s s e g ú n u n a s v e rsio n e s d isp u ta b a n su s p ro m etid as (lia- D IO S E S m a d a s la s L e u c íp id e s , h ija s d e su tío L e u c ip o . h e r m a n o d e T in d á re o ) y q u e se g ú n o tra s e s ­ tu v o o rig in a d a p o r u n ro b o d e g a n a d o — p ro v o c ó la m u e rte de C a sto r. P ó lu x , h e rid o , fu e re c o ­ g id o p o r su p a d re Z e u s y tra n s ­ p o rta d o a l O lim p o * , p e r o r e ­ c h a z ó la in m o rta lid a d m ie n tra s su h e rm a n o p e r m a n e c ie s e e n lo s In fie rn o s* . E l s e ñ o r d e l O lim p o le s o f r e c ió e n to n c e s c o m p a rtir un d ía d e c a d a d o s el re in o d e los d io se s". E n a u to re s m á s r e c ie n te s . Z e u s c o lo c ó a a m b o s g e m e lo s e n la c o n s te la ­ c ió n d e G é m in is. E s to s jó v e n e s h é ro e s , g u e ­ rre ro s v ig o ro so s, p a sa n p o r s e r lo s p ro te c to r e s p a r tic u la r e s d e lo s m a rin o s d e b id o a su c o n d i­ c ió n d e A rg o n a u ta s . L os D io se u ro s e ra n r e v e r e n c ia d o s , ta n ­ to e n E s p a rta c o m o e n R o m a — d o n d e s e les d e d ic ó un te m ­ p lo en e l F o ro — . c o m o s ím b o ­ lo s d e la v irtu d g u e rre ra y d e la s o lid a rid a d fra te rn a . - 4 ARGONAUTAS. ♦ ¡con. U nas veces aparecen representados junios: C ásior y Pólux. ánfora griega, siglo vi a. C .; estatu as co lo sales que adornan el m onte C av allo en Roma, réplica d e obras griegas del siglo v a. C : C ásior y P ó­ 138 lux. escultura griega d e la es­ c u e la d e P raxíteles conocida con el nom bre de G rupo ¡le san Ildefonso. M adrid, Museo del Prado; Coysevox, escultura del parque de Versalles, 1712. O tras v eces se les representa en el episodio del rapto de las hi jas de Leucipo: Rapto de las Leucípides p o r C ásior y Pólux. vaso griego, h. 400 a. C., Lon­ dres: R ubens, C ásior y Pólux raptando a las h ija s d e Leucipo. h. 1620. Munich. ♦ M u s. R am ean, en su ópera C astor y P ó lu x (1737), evoca el m om ento en q u e Pólux acep ta d escen d er a los In­ fiernos para q u e su herm ano pueda regresar a la tierra y en­ contrarse con la mujer que am­ bos am an (idilio inventado por el compositor); la obra termina con Z eus co n ced ien d o el don d e la inm ortalidad a los dos herm anos y a la jo v en , que se convierten en estrellas. G eorges B rassens, en Les Cop ains d'ahord. ofrece una ima­ gen más bien peyorativa de los dos herm anos míticos. D IO S E S y D IO S A S L o s d io s e s y d io s a s d e la m ito lo g ía so n s e r e s d e u n a na­ tu r a le z a d is tin ta a la h u m an a: p e ro a u n sie n d o so b reh u m an o s 139 no se le s p u e d e c a lific a r d e s o ­ b re n a tu ra le s y a q u e p e rte n e ce n a su v e z a la n a tu r a le z a , en c u y o s e n o o c u p a n e v id e n t e ­ m en te u n lu g a r p riv ile g ia d o . P o se e n u n c a rá c te r a n tro p o ­ m órfico m u y d efin id o , p e ro q u e e s re s u lta d o d e u n a e v o lu c ió n o p e ra d a e n el tra n s c u rs o d e los sig lo s. E n e f e c to , m u c h o s d e ellos p re s e n ta n ra sg o s « n atu ristas» , e s d e c ir , p e rs o n ific a n fe ­ n ó m e n o s n a tu r a le s q u e fu e ro n sacralizad o s p o r el p en sa m ien to an tig u o . E n e s te s e n tid o Z eus", p o r e je m p lo , d e s e m p e ñ a e v i ­ dentes fu n c io n e s « m e te o ro ló g i­ cas»: c o m o s u c e s o r d e U ra n o ' , es el C ie lo lu m in o s o , c o m o in ­ dica c la r a m e n te s u n o m b re (-4 LENGUA)-, e s tam b ién el d io s de la to rm e n ta , d e la te m p e sta d y d e la llu v ia fe c u n d a n te , e n la m ism a m e d id a e n q u e su h e r ­ m ano P o s e id ó n p e rs o n ific a el e le m e n to líq u id o ( e s p e c ia l­ m en te e l m a r in o ), s u h e rm a n a D e m é te r” la tie r r a f é r til o su s hijos A p o lo ” y A rtem isa* la luz solar y la lu z lu n ar, re s p e c tiv a ­ m ente. E s to s c a r a c te r e s , q u e o b li­ gan a v e r e n lo s d io s e s m ito ló ­ gicos la p e r s o n if ic a c ió n d e «fuerzas d e la n a tu ra le z a » a d o ­ radas p o r lo s a n te p a s a d o s p roto h istó rico s d e lo s g rie g o s, han www.FreeLibros.me D IO S E S su b sistid o siem p re, co m o un te­ lón d e fo n d o , en la id ea q ue los a n tig u o s s e h a c ía n de los d io ­ se s . C o n el tie m p o , sin e m ­ b a rg o , se fu e ro n d ifu m in a n d o p o c o a p o c o e n b e n e fic io de o tro s c a ra c te re s, p sico ló g ico s y m o ra le s, q u e c o n s titu y e n ta m ­ b ién la p e rs o n ific a c ió n de c u a ­ lid a d e s p ro p ia m e n te hum an as: la a u to rid a d so b e ra n a e n Z eus, e l s e n tid o d e la b e lle z a en el c a s o d e A p o lo o el e s p íritu d e c a s tid a d en A rte m isa . P ero , lo q u e e s m á s im p o rtante, cad a d i­ v in id a d te r m in ó a d q u irie n d o u n a v e rd a d e r a p e rs o n a lid a d , tan to física c o m o m oral. D ioses y d io s a s se c o n v irtie ro n de este m o d o en e n tid a d e s fuertem ente in d iv id u a liz a d a s , e x p e rim e n ­ ta n d o to d o s lo s se n tim ie n to s y a d o p ta n d o lo d o s los c o m p o rta ­ m ie n to s p ro p io s d e lo s se res h u m an o s. L a có lera y la piedad, e l a m o r y lo s c e lo s , la b en ev o ­ le n c ia y el d e s e o d e v en g an za, so n un p atrim o n io q u e co m p ar­ te n lo s d io s e s y lo s sim p le s m o rta le s , a q u ie n e s P ro m e te o ’ c re ó , d e h e c h o , a im ag en y se­ m e ja n z a d e lo s d io s e s ( - 4 h u ­ m a n i d a d ). E n e s te s e n tid o v i­ v en a v e n tu ra s, luch an entre s í o e s ta b le c e n a lia n z a s , e x p e r i­ m en tan p e n a s y a le g ría s y, aun­ q u e n o p u e d e n m o rir, no p o r D IO S E S e llo so n in v u ln e ra b le s . E n u n a p a la b r a , s o n « h u m a n o s » en m u c h o s s e n tid o s y d e n in g ú n m o d o ap arecen c o m o se res p e r­ fe cto s, in a c c e sib le s a la s p a s io ­ n e s o im p e rm e a b le s a l s u f r i­ m ie n to . C o m o lo s h o m b r e s , e s tá n s o m e tid o s a l D e s tin o ', fu e rz a su p re m a a n te la q u e d e ­ b en in c lin a rse . L o q u e le s d if e r e n c ia fu n ­ d a m en talm en te de los h o m b res, a d e m á s d e lo s in m e n s o s p o d e ­ re s d e q u e d is p o n e n , e s p o r u n la d o la in m o rta lid a d , q u e les es c o n f e r id a a tr a v é s d e un a li­ m e n to e s p e c ífic o , la a m b ro s ía ', s ie n d o lo s ú n ic o s s e r e s v iv o s q u e se b e n e fic ia n d e e lla , y p o r o tro la d o la in v is ib ilid a d . P u e ­ d e n s in e m b a r g o , si a s í lo d e ­ s e a n , m a n if e s ta r s e a n te lo s m o rta le s , b ie n b a jo a p a rie n c ia h u m a n a o a d o p ta n d o c u a lq u ie r o tro asp e c to . A b a n d o n a n d o y a el te rre n o p u ra m e n te m ito ló g ic o p ara e n ­ tr a r e n el m á s e s p e c ífic a m e n te re lig io so , s e ñ a la re m o s q u e e n ­ tr e lo s a n tig u o s e x is tía a s i­ m is m o la n o c ió n d e u n a p r e ­ se n c ia re a l y v isib le d e lo s d io ­ s e s e n su te m p lo , e n c u y o in te rio r re s id ía n e n c a rn a d o s en la e s ta tu a q u e les re p re s e n ta b a en el re c in to s a g ra d o . U n te m ­ p lo , d e s d e la p e r s p e c tiv a p a ­ 140 gana, e ra la m orada de un dios, y por tal m otivo so lo los sacer­ dotes — servidores de la divini­ dad, en el sen tid o m ás estricto del térm ino— tenían derecho a pen e trar en él, m ien tras q u e el co n ju n to de lo s fieles estaba o b lig a d o a p e rm a n e c e r en el ex terio r delante del tem plo (en latín p r o fa n o , de ahí el adjetivo «profano»). ♦ L en g u a . N o creem os inútil presentar sucintam ente la raíz indoeuropea de donde deriva la palabra dios (entre otras). Esta raíz se presenta b ajo la forma dey- (en grado «reducido» dy-¡; su sentido fundamental es «luz del día» y recibe un sufijo -e w (en grado «reducido» -w), lo que da las formas siguientes: — dey - w - os > lat. deus, «dios», sobre el que se for­ m ará dea, «diosa»; — dey - w - a > lat. diva, ori­ ginariam ente «diosa», so­ bre el q u e se form ará el masculino divus, «divino»; — d y - w - os > gr. dios, «di­ vino»; — dy - cw - s > gr. Zeus y lat. D ius o ¡us, que aparece en el nom bre lup p iier (Júpi­ ter), derivado de lux pa tery análogo del sánscrito Diaus pitah, «el padre luminoso»; 141 D IO S E S — dy - ew - n > gr. Zen (acu­ sativo de Z eus) y lat. diem (acusativo d e diu s), sobre el que se construirá el no­ minativo dies, «el día». Pero la forma d ius subsiste en el adjetivo diurnus, del que proviene el derivado «diurno». De m odo q u e, a p esar de las apariencias, palabras tan dife­ rentes com o Zeus, dios, una d iva (de la óp era), el su stan ­ tiv o d ía o el ad jetiv o diurno proceden d e la m ism a raíz y so n . etim o ló g icam en te, her­ www.FreeLibros.me manas o primas. En cambio, la palabra griega théos, «dios». 1 1 0 está vinculada a esta raíz y su etim ología sigue siendo in­ cierta. ♦ Lit. El historiador romano Tácito (h. 55-h. 120) y su coe­ táneo el historiadorjudío Flavio Josefo, relatan que durante la guerra de Judea, en el siglo i de nuestra era. una voz sobrehu­ mana anunció en el templo de Jerusalén: «Los dioses se van», anunciando con estas palabras el final del paganismo. E ECO E sta ninfa* d e lo s b o sq u e s y las fu e n te s tu v o u n trá g ic o d e s­ tino. E co , m u y c h arlatan a, ac o s­ tu m b rab a a d is tra e r la a te n c ió n d e H e ra ' m ie n tra s Zeus* s e e n ­ tregaba a su s av en tu ras galantes. Hera, sin em b arg o , d e sc u b rió un día la in trig a y , lle n a d e fu ria, la c o n d e n ó a q u e s o lo p u d ie ra re ­ petir las últim as p alabras q u e es­ cu ch ara. M á s ta rd e , la n in fa se en am o ró d e N arciso* sin s e r c o ­ rre sp o n d id a p o r e s te : E c o fu e m arch itán d o se d ía a d ía y a d e l­ gazó h a s ta ta l p u n to q u e so lo q u e d ó d e e lla s u v o z d o lie n te . Según o tra versión, e l d io s Pan", d e sp e c h a d o p o r e l re c h a z o d e Eco, o rd e n ó q u e fu e ra d e s p e d a ­ zada p o r u n o s p a s to re s ; d e sus m ie m b ro s d is p e rs o s p o r lo s m o n tes to d a v ía se e le v a n las quejas la stim e ra s d e la ninfa. ♦ L engua. Un eco designa el sonido reflejado por un obstácu­ www.FreeLibros.me lo material y, en sentido más general, cualquier repetición de un término. La ecolalia, o repe­ tición de las palabras utilizadas por un interlocutor, es síntoma de un estado patológico. ♦ Lit. Aristófanes en Las fie s­ tas d e C eres (siglo v a. C.) y O vidio en las Metamorfosis. III. recogen el mito de Eco. La historia de Eco y Narciso fue am pliam ente tratada en la poesía de los siglos de oro: Fá­ bula de Narciso, de Hernando de A cuña (1570-1580) y Gre­ go rio S ilvestre (siglo xvi); Narciso, soneto de Juan de Arguijo (1605); F.t Narciso, de B erm údez y A lfaro (1618); Eco y Narciso, de Faría y S ousa (1620); Fábula de Eco de Tam ayo de Salazar (1 6 3 1); A Narciso y Eco, de Miguel de Barrios (1655). La fábula tam bién ha sido lle­ vada a escena: C alderón de la Barca. Eco y Narciso, comedia ED A D D E O R O palaciega (1661); so r Juana Inés d e la C ruz, El divino Narciso, versión «a lo divino» de la com edia de C alderón (h. 1680). Ya en el siglo x x . M ax A ub hizo una versión teatral vanguardista del m ito en Narciso (1927). EDAD D E O R O P eríodo m ítico d e los o ríg e ­ n e s de la h u m a n id a d ' en el q u e los h o m b re s v iv ían en la fe lic i­ d a d m ás c o m p le ta e n u n a esp e ­ c ie d e p a r a ís o te r re s tre . El « m ito de las razas» , tal c o m o lo re fie re H e sío d o , p e rm ite c o n o ­ c e r en e s ta d o p u ro un p e n s a ­ m ie n to m ític o v iv o q u e re f le ­ x io n a so b re la d e c a d e n c ia d e la so c ie d a d d e su tie m p o . C u e n ta H e s ío d o q u e fu e r o n c in c o las ra z a s q u e se s u c e d ie ro n d e s d e el n a cim ien to de la h u m an id a d . L o s h o m b re s d e la e d a d d e o ro fu e ro n lo s p rim e ro s ; c re a d o s p o r los d io s e s ' O lím p ic o s ’, v i­ v ía n e n lo s tie m p o s e n q u e re i­ n aba C rono ". C o m o lo s d io se s, v iv ían con « el c o ra z ó n lib re d e p re o c u p a c io n e s , a l m a rg e n d e la s p e n a s y al a b rig o d e las m i­ s e ria s » ; s ie m p re jó v e n e s , d e s ­ c o n o c ía n la e n f e r m e d a d y la v ejez . P a sa b a n el tie m p o en un p u ro re g o c ijo , a je n o s a to d o s los m a le s, y c u a n d o lle g a b a la 144 h o ra d e la m u e rte « p a re cía n su­ c u m b ir a u n d u lc e su e ñ o » . P o ­ se ía n to d o sin n e ce sid a d d e tra­ b a ja r o d e lu ch ar: « E l s u e lo fe­ c u n d o p ro d u c ía p o r s í so lo una a b u n d a n te y g e n e ro s a c o se c h a y e llo s v iv ía n d e su s c a m p o s , e n la a le g ría y la p az, e n m edio d e b ie n e s sin c u e n to .» V in o a co n tin u a c ió n la edad d e p lata , q u e c o rre sp o n d e ría al re in a d o d e Z e u s , ca racterizad a p o r u n a rela tiv a d e g ra d a c ió n en re la c ió n c o n la a n te rio r. C o n la e d a d d e b ro n c e la d e g rad ació n se a c e n tú a y a p a re c e n fen ó m e­ n o s c o m o el b an d id aje y la gue­ rra . T r a s la e d a d d e bronce v ie n e la raz a d e lo s héroes", re­ p re s e n ta d a e s p e c ia lm e n te por lo s h é ro e s d e T ebas* y lo s pro­ ta g o n is ta s d e la g u e rr a de T ro y a ’ ( - 4 b ie n a v e n t u r a d o s ). L a e d a d d e h ie rro , p o r últim o, c o rr e s p o n d e a la é p o c a d e H e­ s ío d o , ú ltim a fa se d e d e ca d en ­ c ia; la d e sc rip c ió n q u e o frece el a u to r n o p re s e n ta m á s q u e en­ fe rm e d a d e s, v e je z , m u erte e inc e rtid u m b re a n te un fu tu ro des­ c o n o c id o , a n g u s tia p o r el por­ v e n ir y tra b a jo s sin fin. L a edad d e o ro e n m a r c a b a e l re in o de D ic e , la J u s tic ia , p e ro la histo­ ria p o s te r io r d e la h u m an id ad a p a r e c e c o m o u n a la rg a suce­ sió n d e tro p ie z o s y c a íd a s en la 145 ED A D D E O R O h ib r is ' (la d e s m e s u ra ) y en la v io len cia. E n L o s tr a b a jo s y lo s días, de H e sío d o , e l « m ito d e las ra ­ zas» c o e x is te c o n un re la to antro p o g ó n ic o m u y d iferen te. E n R o m a , lo s m o ra lis ta s d e s a r ro lla rá n c o n e n tu s ia s m o e ste te m a ; la e d a d d e o ro a d ­ q u ie re e n to n c e s la a u re o la d e un « p a ra íso p erd id o » en el q u e re in a b a la J u s tic ia . C e le b ra r esta e ra m ític a y las co stu m b re s a n tig u a s e ra n a c tiv id a d e s q u e p articip ab an d e la sá tira so cial. Esta e d a d d e o ro co rresp o n d e al rein ad o d e S a tu r n o ’, q u e se h a ­ bía re fu g ia d o en el L a c io d e s ­ pués d e h a b e r s id o d e s tro n a d o p o r su h ijo Jú p ite r" . C o n S a ­ tu rn o , la c iv iliz a c ió n d io su s p rim e ro s p a s o s : e n s e ñ ó a los hom bres, q u e v ivían d e la re c o ­ le c c ió n , el u so d e la h o z y el arte d e c u ltiv a r la s tie rra s. C o m p a rtía e n to n c e s su re in o con e l d io s J a n o ”, q u e le h a b ía aco g id o e n e l L acio. - > HUMANIDAD. ♦ Lengua. La edad de oro es el período más afortunado de una civilización presente o fu­ tura. su época de esplendor (se dice, por ejem plo, «la edad de oro de la literatura española»), ♦ Lit. Este m ito aparece por www.FreeLibros.me prim era vez en Hesíodo (Los trabajos y los días, h. 106) y se convirtió muy pronto en un tópico de la literatura, espe­ cialmente en la poesía elegiaca latina del siglo i a. C . con au­ tores com o Calido, Propercio. T ibulo y O vidio. Virgilio, sin em bargo, en el canto I de sus G eórgicas (39-29 a. C .). in­ vierte con gran originalidad el sentido del mito al presentar el final de la edad de oro como un acontecimiento positivo que perm itió que los hombres pu­ dieran escapar de una emú me­ cedora felicidad preestable­ cida. dándoles la oportunidad de crearse, en la alegría y por medio del trabajo, una edad de oro más auténtica. A nterior­ m ente. en su cuarta Bucólica (42-37 a. C.). Virgilio ya había anunciado el retorno inminente de la edad de oro al término de las guerras civiles. Gérard de Nerval, en su poema «Deifica» incluido en Las qui­ m eras (1854). parece hacerse eco del poeta latino: «Regresa­ rán aquellos dioses por quienes lloras de continuo. / Ll tiempo traerá nuevamente el orden de los días antiguos.» En términos más generales, el mito de la edad de oro ha marcado la cul­ tu ra europea en la medida en E D IP O que ha alim entado el m ito com plem entario de la utopía, en la cual la organización de la ciudad ideal se presenta en ocasiones com o un retorno a los orígenes felices de la h u ­ manidad. En la obra de D ostoievski. en particular en L os dem onios (1871) y en El adolescente (1875), encontram os una inte­ resante interpretación de este mito: la visión idílica de la edad de o ro se transform a en una pesadilla aterradora y en un presentim iento del fin de la humanidad, dado que los hom­ bres están condenados a ceder ante la desm esura y la violen­ cia. —> A R C A D I A . ♦ ¡con. La edad de oro de In­ gres, h. 1850, castillo de Dampierre. es una apoteosis del desnudo femenino. E D IP O H ijo d e l re y d e T e b a s ' L a y o '. U n o rá c u lo h a b ía p re d ic h o q u e E d ip o m a ta ría a su p a ­ d re y s e c a s a r ía c o n s u m a d re . L a y o , p a ra e v it a r e l D e stin o " , a b a n d o n ó a su h ijo r e c ié n n a ­ c id o e n el m o n te C ite ró n d e s ­ p u és d e p e rfo ra r y a ta r su s to b i­ llo s, d e lo s c u a le s se r e s in tió to d a su v id a (en g rie g o su n o m ­ 146 b re s ig n ific a « p ie in flam ad o » ). P e ro e l n iñ o s o b r e v iv ió y fue re c o g id o p o r e l re y d e C o rin to , P ólib o . Y a a d u lto , e l o rá c u lo de D e lfo s le re v e ló la m a ld ic ió n q u e p e s a b a so b re é l y le a c o n ­ s e jó q u e s e e x ilia ra lo m á s lejos p o s ib le d e s u p a tr ia . C u a n d o p artía a l e x ilio sig u ie n d o las in­ d ic a c io n e s d e l o r á c u lo , E d ip o tu v o u n e n f r e n ta m ie n to e n el c a m in o c o n u n h o m b r e al q u e m ató : aq u e l h o m b re e ra su p ro ­ p io p a d re . S in s a b e r q u e había lle g a d o a s u v e rd a d e r a p a tria , E d ip o s e a d e n tr ó e n la re g ió n d e T e b a s , d o n d e u n m onstruo* c r u e l, la E sfin g e * , d e v o ra b a a c u a n to s c a m in a n te s acertab an a p a sa r p o r su s d o m in io s después d e p la n te a r le s u n o s e n ig m a s q u e e ra n in c a p a c e s d e re s p o n ­ d e r. E d ip o su p o re s o lv e r el que le p ro p u s o e l m o n stru o : «¿Q ué a n im a l tie n e c u a tro p a ta s p o r la m a ñ a n a , d o s a m e d io d ía y tres p o r la n o c h e ? » L a re sp u e sta era e l h o m b r e , q u e e n su in fa n c ia g a te a , d e a d u lto c a m in a sobre d o s p ie r n a s y y a a n c ia n o debe a p o y a rse en u n bastó n . D espués d e m a ta r a la E sfin g e fu e a c la ­ m a d o c o m o lib e r ta d o r e n toda T e b a s , y lo s te b a n o s , lle n o s de g ra titu d , le o fre c ie ro n e l (roño d e L a y o y la m a n o d e su viuda, Y o c a sta , q u e n o e ra o tra q u e su 147 ED IPO pro p ia m a d re . El o rá c u lo se h a­ bía c u m p lid o a e s p a ld a s d e l d e s d ic h a d o , q u e h a b ía h e c h o to d o p o r e v ita rlo p e ro n o p u d o e sc a p a r a la le y in e x o ra b le d e l D estino. A lg ú n tie m p o d e sp u é s , una terrible ep id e m ia d e p e ste aso ló la c iu d a d y E d ip o , q u e h a b ía in­ ten tad o a v e rig u a r q u é c rim in a l h abía p o d id o s u s c ita r la c ó le ra de lo s d io s e s ' , d e sc u b rió h o rro ­ riz a d o q u e e s e c rim in a l n o e ra Edipo y la Esfinge, decoración de o tro q u e él m ism o , c u lp a b le d e una copa griega, Roma, Museo del Vaticano p a rric id io e in c e s to . N o p u d iendo so p o rta r m ira r la v erd ad sear ver muerto. F.n la doctrina c a ra a c a r a , E d ip o se a rr a n c ó freudiana constituye el «punto los o jo s m ie n tr a s Y o c a s ta se nodal» de la sexualidad infan­ q u itab a la v id a . S u s h ijo s E teotil, que aparece en torno a la cles y P o lin ices* lo e x p u ls a ro n edad de tres años y desaparece de la c iu d a d y E d ip o v o lv ió a norm alm ente en la pubertad, y to m a r e l c a m in o d e l e x ilio , e s la noción fundam ental del a c o m p a ñ a d o e s t a v e z p o r su psicoanálisis. hija A n tíg o n a . S u s p a s o s les ♦ L it. El episodio de la peste llev a ro n h a s ta la a ld e a d e C o ­ y de la investigación subsi­ lona, c e rc a d e A te n a s, d o n d e el guiente que em prende Edipo rastro d e E d ip o d e sa p a re c ió . e s el tem a central de la tra­ gedia de Sófocles Edipo rey ♦ L en g u a . Freud dio el nom ­ (h. 425 a. C .), considerada bre de com plejo d e Edipo a las com o la obra m aestra del es­ tendencias instintivas que ex ­ crito r y la pieza m ás im por­ p erim enta el niño en los p ri­ tante del teatro griego. En 401 m eros años d e su vida hacia a. C. Sófocles ofreció una con­ sus progenitores, d e atracción tinuación de su tragedia en hacia su m adre y d e rechazo Edipo en Colona. En ella apa­ hacia su padre, visto com o un rece Edipo, proscrito y redurival al que puede llegar a de- www.FreeLibros.me E D IP O ciclo a la m endicidad, conver­ tido en víctim a sucesiva de Creonte y Polinices, que inten­ tarán raptarle, ya que un orácu­ lo había predieho la victo ria del que consiguiera apoderarse de él. E dipo consigue escapar de ambos con ayuda de Teseo”. rey de A tenas, pero desaparece en el cu rso de u na espantosa tempestad. Edipo aparece tam ­ bién. pero en otro contex to y exiliado por otros m otivos, en la pieza de Eurípides Las fe n i­ cias (h. 408 a. C.). El poeta la­ tino Séneca (siglo i d. C.) imitó en su Edipo la primera tragedia de Sófocles. Las tragedias de Sófocles ins­ piraron posteriormente muchas versiones qu e. por otra parte, no engendraron m odificacio ­ nes significativas del m ito lite­ rario: todo lo más. adiciones o supresiones de cierto s p erso ­ najes o algún in ten to de m o­ dernización. E ntre estas obras citarem os el Rom án d e Thébes (anónimo, h. 1149). Yocasta de G eorges G ascoigne (1575). E dipo de C o rn eille (1659). E dipo de John D rydcn y Nathanicl L ee (1679), E d ip o de V oltaire (1719). E dipo en la corle d e A dm elo (1778 ) y E dipo en C olona (1826 ) de Jcan-Franyois Ducis. Edipo en 148 A ten a s d e V ladislav Oz.erov (1804). En el siglo xtx se esboza ya un giro en la reflex ió n sobre el m ito que queda reflejad o en obras com o O bservaciones so­ b re Edipo, observa cio n es so­ b re A n tíg o n a ( 1804) d e Hold erlin . E l E dipo romántico (1 8 2 8 ) de A ugust von Platen. E dipo y la E sfinge ( 1897) de P éladan o E dipo y la Esfinge (1905) de Hofmannsthal. Pero será el psicoanálisis, a partir d e la obra d e Freud. el qu e perm ita retornar a los da­ tos prim itiv o s d e la tragedia, influyendo a su vez en toda la producción literaria del siglo xx . tributaria, en m ayor o me­ nor medida, de la lectura l'rcudiana. A utores com o Cocteau t Edipo rey, 1927 —adaptación musical de Stravinski— . y La m á q u in a in fern a l. 1934), G id c (E d ip o . 1931), Henri Ghéon (Edipo o El crepúsculo de lo s d io ses, 1952). Alain R o b b e-G rillct (L a doble m u erte d e l p ro fe so r Diipont, 1953) o T . S. Eliot (Fin de ca­ rrera. 1959) o fre c en en este sen tid o u n a versión moderna del m ito , a m en u d o simple­ m ente alegórica, que pasa por la trivialización del personaje de Edipo. 149 En La m uerte d e la Pitia. Fried rich D ürrenm att in serta las preo cu p acio n es del m undo contem poráneo en pleno cora­ zón d e la m itología griega cuando recrea el itinerario in­ terior de Edipo, que irá descu­ briendo los engranajes secretos de un d estin o ab surdo urdido por las predicciones de la Pitia* de Delfos y las maquinaciones del adivino Tiresias". En La interpretación d e los sueños (1900). Freud había comparado la estructura misma de la tragedia d e Sófocles, donde Edipo busca en su pa­ sado el crim en q u e ha com e­ tid o , con el desarrollo d e un análisis. Esta comparación será el punto d e p artida de una re ­ flexión m oderna donde, ya se trate d e psicoanálisis o de an ­ tropología. el m ito d e Edipo ocupa un puesto clave. ♦ ¡con. Un ánfora del siglo v a. C. representa a E uforbo v el niño Edipo (París), pero la ma­ yoría de las obras inspiradas en el m ito se centran en E dipo y la E sfinge (copa, 4 3 0 a. C „ Roma: Ingres, 1808, Louvre: G ustave M oreau, La E sfinge derrotada, 1878. París). ♦ M ás. Stravinski. Edipus rex, ópera o rato rio , tex to d e C o c­ teau (en latín), basada en la tra­ www.FreeLibros.me EGEO gedia de Sófocles, 1927; Edipo y e l tirano, ópera de Cari Orff basada en la tragedia de Sófo­ cles, 1959: R oberto Pineda D uque, E dipo rey. composi­ ción para la escena, h. 1954. C olom bia. Les Luthiers ofre­ cen una visión humorística del m ito en su Epopeya de Edipo d e Tebas (1974). ♦ C in . En 1967. Pier-Paolo Pasolini llevó al cine un E di­ p o rey c u y o desnudo lirismo ofrece una notable adaptación de la trag ed ia de Sófocles. P h ilip S aville, p o r su parte, film ó la m ism a pieza, repre­ sentada en el antiguo teatro de D odona. con el título El rey Edipo. EGEO H ijo d e P a n d ió n , a su vez n ie to d e E re c te o ”. e s uno d e los re y e s m ítico s d e A ten as y el p a­ d re d e u n o d e lo s m a y o re s hé­ roes" del Á tica. Teseo*. —> At e ­ nas (FUNDACIÓN DE), TESEO. ♦ L en g u a . F.l mar que baña las costas del Á tica lleva el nom bre d e F.geo en recuerdo de las dram áticas circunstan­ cias de su muerte: persuadido de que su hijo T eseo había m uerto durante su expedición a C reta contra el Minotauro*. 150 EGERIA se arrojó desesperado al m ar al ver la vela negra de duelo que, por error, llevaba el barco que traía a su hijo de regreso. X V, 48 2 y sigs.) y en T ito Livio (H isto ria d e Roma. I, 21. 3. siglo i a. C.). ÉGIDA EGERIA N in fa " tr a n s f o r m a d a en fu en te. E g e ria e ra u n a n in fa del L a c io , d io s a ' d e la s fu e n te s li­ g a d a al c u lto d e D ia n a " d e lo s b o sq u e s. L a le y e n d a la su p o n e c o n s e je ra d e u n o d e lo s p rim e ­ ro s re y e s d e R o m a , N u m a «el P ia d o so » , a q u ie n h a b ría in sp i­ ra d o la le g is la c ió n r e lig io s a , e n se ñ á n d o le p le g a ria s y c o n ju ­ ro s e f ic a c e s d u r a n te s u s e n ­ c u e n tr o s n o c tu r n o s . A l m o r ir e s te , E g e ria , d e s c o n s o la d a p o r la p érd id a, se retiró a A ricie, en e l L a c io , y ta n ta s fu e ro n la s lá­ g rim as q u e v e rtió p o r la m u erte d e N u m a q u e fu e tra n sfo rm a d a en fu e n te . E n R o m a s e le r e n ­ d ía c u lto c e rc a d e la P o rta C a pen a. ♦ L en g u a . En sentido fig u ­ rado, se aplica el nom bre de Egeria a toda m ujer o entidad personificada de género feme­ nino que se con sidera fuente de inspiración («M i herm ana es mi única Egeria». Musset). ♦ L it. E geria ap arece e se n ­ cialm ente en O vidio (Fastos, III. 273 y sigs.; M etamorfosis, AMALTEA, ATENEA. ♦ Lengua. La expresión estar bajo la égida (de alguien) sig­ nifica «estar bajo la protección de» o « bajo la au toridad pro­ tectora de», por alusión a la co­ raza q u e Z eu s' se hizo con la piel d e A m altea', la cabra que lo am am antó, y q u e convirtió en atributo y sím bolo de su po­ d e r protector, com partiéndola con Atenea". EGISTO R e y d e M ic e n a s . —> a t il ­ d a s. ELECTRA H ija d e C lite m n c s tr a ' y A g a m e n ó n * , re y d e A rg o s y M ic e n a s , y h e rm a n a d e Ifigen ia y O re s te s ’. S u d e s tin o ilus­ tr a la te r r ib le h e re n c ia d e los A trid a s ’, p risio n e ro s d e l círculo m a ld ito d e la v e n g a n z a asesina. a t r id a s . L a g u e r r a d e T r o y a ” la p riv ó d e u n p a d re al q u e apenas c o n o c ía , p e ro al q u e id o latrab a a p e sa r de q u e h a b ía sacrificado a su h e rm a n a Ifig en ia . C u an d o 151 ELECTRA e ste re g r e s a p o r fin v ic to rio s o al h o g a r, E le c tra le v e m o r ir a m an o s d e E g isto , e l a m a n te d e su m a d re , c o n la c o m p lic id a d — y tal v e z la p a r tic ip a c ió n — d e e s ta . L a j o v e n e s c a p a p o r p o c o d e la m u e rte g r a c ia s a la in te rv e n c ió n d e C lite m n e stra y c o n s ig u e s a lv a r a l p e q u e ñ o O re ste s d e la s m a n o s d e lo s a se s in o s p a ra c o n f ia r lo e n s e ­ c re to a su p r e c e p to r , q u e lo lleva le jo s d e l p a la c io d e M ic e ­ nas. E s c la v a y p ris io n e ra e n la c o rte d e l u s u r p a d o r E g is to , E le c tra m e d ita r á m in u c io s a ­ Irene P apas y Phoebus Rhazis in­ m e n te la v e n g a n z a q u e , e n lo terpretan a Electra y Egisto en la película Electra s u c e s iv o , d e te r m in a r á to d a su c o n d u cta. ♦ L en g u a . El apasionado Al c a b o d e sie te a ñ o s O re sapego a la figura del padre y el tes re g r e s a a M ic e n a s. E le c tra . asesinato de la madre vinculan que h a p e rm a n e c id o c a s ta y h a c o n s e rv a d o in ta c to to d o su ejem plarm ente la leyenda de o d io , r e c o n o c e a s u h e rm a n o Electra a la d e Edipo". En que, c o m o e lla , h ab ía a c u d id o a 1913, el psicoanalista Jung la tu m b a d e s u p a d re . J u n to s acuñó la expresión complejo ejecutan la v e n g a n z a , m a ta n d o d e E lectro para designar al equivalente femenino del com­ p rim ero a E g is to y lu e g o a C li­ plejo de Edipo. te m n e stra . M á s ta rd e , O re s te s ♦ Lit. Vengar a su padre: tal es se c a s a c o n H e rm ío n e , h ija d e Helena*, y E le ctra e s e n tre g a d a el eje sobre el que se articula el trágico destino de Electra. El en m a trim o n io a P íla d e s, el in ­ s e p a ra b le a m ig o d e su h e r ­ personaje de la joven virgen m ano, a q u ie n a c o m p a ñ a rá arisca e intransigente, insepa­ hasta F ó c id e . —» A g a m e n ó n , rable d e su herm ano Orestes, es, sin duda, la más genial in­ CLITEMNESTRA O C1.ITF.MESTRA, ll-'IGENIA, ORESTES. vención de la tragedia: el odio www.FreeLibros.me ELEC TR A de un hijo hacia su madre apa­ rece teñido en el inconsciente por turbias em ociones; el de la hija, en lugar de m itigarse, se acrecienta con celos im placa­ bles. Si Esquilo (Las coéjoras, 45S a. C .) excluye a la jo v en de la escena del crim en, m os­ trándola com o la piadosa y dulce aliada del ju sticie ro O restes. S ófocles (Elecira, h. 415 a. C .) presenta en cam bio a una heroína decidida que em ­ puja a su herm ano a la acción, llegando incluso a incitarle a m atar con sus salvajes gritos de alegría. E urípides, por su parte IElectro, 413 a. C .). ima­ gina que Egisto. para evitar su destino, la obliga a casarse con un cam pesino; pero a co n ti­ nuación el poeta enfrenta en un violento careo a la hija y a la madre: E lectra ejecu tará la venganza a cara descubierta, guiando adem ás la m ano de O restes, enm ascarado, que duda en el m om ento de asestar el golpe mortal a su madre Clitemnestra. La verdadera matri­ cida es Electra. mucho más que O restes que. en realidad, se ha lim itado a em puñar el arma. Muchas son las obras que vol­ verán sobre este m odelo an ti­ guo de la joven violenta y apa­ sionada. D ante la hace figurar 152 entre las alm as atorm entadas de los «L im bos» (el Infierno, en la D ivina com edia, 13071321). A partir del siglo x vi se m ultiplicaron las reinterpreta­ ciones de la tragedia de Sófo­ cles. Del siglo xvin menciona­ rem os la E lectra de Crébillon (1 708), la que aparece en el O restes de V oltaire (1750) y en el d e V ítto rio Alfieri (1776). En E lectra (1901), obra teatral de B enito Pérez Cialdós que originó un gran al­ boroto en su estreno por razo­ nes p o líticas, el au to r critica, com o en o tras obras suyas, la intolerancia y el fanatism o re­ ligioso. La E lectra de Hugo von llo fm an n sth al (1903). cu y a adaptación m usical fue realizada por Strauss, está ins­ p irada en una lectura nietzscheana d e G recia. En el siglo xx, la venganza implacable de Electra ha inspirado frecuente­ m ente a los escritores. Eugene O 'N eill, en A Electro le sienta bien e l luto (1931), trasladó el conflicto antiguo al m arco de la g u erra de Secesión d e los E stados U nidos. Jean Giraudoux resaltó en su Electro (1937) el fanatism o de la jo ­ ven, que provoca el declive de la ciudad y la m uerte d e miles de hom bres. En la pieza de 153 ENDIMIÓN Jean-Paul Sartre Las m oscas (1943), Electra hace crecer en Orestes el ansia de libertad ab­ soluta. —> ORFSTES. ♦ ¡con. Electra y Orestes, es­ cultura del siglo i. Ñapóles. —> ORESTES. ♦ M ú s. Al final d e la ópera d e R ichard Strauss E lectra (1909), la heroína, embriagada por la abrumadora satisfacción d e su venganza, se entrega a una danza dionisíaca al te r­ m ino de la cual se desplom a muerta. ♦ Citt. E lectra d e M ichaclis C aco y an n is (1 961) e s una adaptación d e la E lectra de Sófocles; Dudley Nichols, por su parte, realizó en 1949 una adaptación cin em ato g ráfica de la obra d e O 'N e ill A E lec­ tro le sie n ta bien e l luto. ( - > L IT .). ELISA N o m b re tirio d e la re in a —> D ID O . d e lo s d o m in io s d e la h e c h i­ c e ra . E lp e n o r m u rió al caerse d e u n a te r r a z a d o n d e se h ab ía q u e d a d o d o rm id o en e sta d o de e m b r ia g u e z . C u a n d o U lises d e s c e n d ió a lo s In f ie rn o s ’ e n ­ c o n tr ó la som bra* d e su am igo y le p ro m e tió re n d irle h o n ras fú n eb res. C u m p lirá su prom esa al lle g a r al L acio. ♦ Lit. En la Odisea. Ulises trata con am istad a quien, sin em bargo, es «el más joven de todos nosotros, el menos vale­ roso en el com bate, el menos prudente en el consejo» (X): es la primera sombra que compa­ rece ante él (XI) cuando el hé­ roe" invoca a los difuntos. E lpenor es el héroe epónim o de una obra de Jean Giraudoux (1919) donde el autor, a través del personaje del grumete griego, rinde un homenaje hu­ morístico a todos los persona­ je s que, com o «soldados ra­ sos». viven, sufren y mueren a la sombra de los héroes. ELPENOR ENDIMIÓN E ste c o m p a ñ e ro d e U lises* fue tra n sfo rm ad o en p u e rc o por Circe* y re c u p e ró su fo rm a h u ­ m ana g ra c ias a los ru e g o s d e su a m ig o . M á s ta rd e , c u a n d o lo s g rie g o s s e a p re s ta b a n a p a rtir E ste p a s to r, d o ta d o de una e x tr a o rd in a ria b e lle z a , in sp iró un c a s to y tie rn o a m o r a S ele n e ”, q u e c a d a n o c h e v e n ía a c o n te m p la rle m ie n tra s dorm ía. Z eu s* a c c e d ió a m a n te n e rlo www.FreeLibros.me EN EA S 154 e tern am en te en tan d u lc e su eñ o , im a g e n q u e v e n d ría a s im b o li­ z a r la felic id a d etern a. ♦ Lit. El tem a del am or de Selene por E ndim ión está pre­ sente en el poem a «heroico» Endim ión. d e V icente G arcía de la H uerta <1786). John Keats publicó en 1818 un poema en cuatro cantos titulado Endi­ mión dedicado a Chattcrton. ♦ Icó n . M uchos son los cu a­ dros inspirados en el Sueño de Endim ión. entre los que d es­ tacan los de T in to retto (siglo x v i, Londres). G uercino (siglo x v n , Florencia), R ubens (s i­ glos x v i - x v ii . Londres) y Girodet (1792, Louvrc). ENEAS P rín c ip e tro y a n o , h é r o e 1 d e la E n e id a d e V ir g ilio , q u e e s ­ c a p ó d e l s a q u e o d e T ro y a " y lle g ó a Ita lia , p o r v o lu n ta d d e J ú p ite r , p ara fu n d a r u n a n u e v a T ro y a , a r q u e tip o d e la fu tu ra R o m a. E n e a s e ra h ijo d e A n q u ise s y d e A f r o d ita ’ (V e n u s* ). F u e u n o d e los p rin cip ales je f e s (ro­ y a n o s d u ra n te la g u e rra , e l m á s v a lie n te d e s p u é s d e H éctor*. C u a n d o c a y ó T ro y a , E n e a s lo ­ g ró sa lv a r a los dioses* fa m ilia ­ re s , lo s P e n a te s ’, y c o n s ig u ió Bemini, Eneas y A nquises. Roma. Museo de la villa Borghese h u ir d e la c iu d a d en lla m a s car­ g a n d o a su p a d re s o b r e su es­ p a ld a . L le v ó ta m b ié n c o n sig o a s u h ijo A s e a n io , p e ro p e rd ió a su m u je r, C rc ú sa, y p ro n to tuvo q u e e m b a r c a r s e c o n u n grupo d e s u p e r v iv ie n te s e n b u s c a de u n a n u e v a tie rra d o n d e estable­ c e rs e . L a E n e id a , d u ra n te los seis p rim e ro s c a n to s , re la ta el pere­ g r in a je d e E n e a s a tr a v é s del M e d ite rrá n e o y la s dificu ltad es 155 q u e la e n e m ista d d e Ju n o p o n e en e l c a m in o d e l h é ro e . Su v iaje le c o n d u c e , e n tre o tra s re ­ g io n e s, d e T ro y a a T ra c ia , m ás ta rd e a C re ta p a s a n d o p o r D é ­ los, lu e g o a T e s a lia (A c c io ) p a ­ sa n d o p o r la s is la s E stró fa d e s, d o n d e te n ía n su m o rad a las har­ pías”, y a E p iro , d o n d e v u e lv e a v e r a A n d ró m a c a . E n Ita lia m e rid io n a l e n c u e n tra d iv e rsa s c o lo n ia s g rie g a s q u e y a se h a ­ bían e s ta b le c id o en la re g ió n . D esd e a llí s e d irig e h a c ia S ic i­ lia, p e ro J u n o d e s a ta u n a te m ­ pestad q u e le a p a rta d e Ita lia y le arro ja h a c ia la c o sta a frican a, d o n d e e s re c o g id o p o r D id o ", re in a d e C a rta g o ( lib r o 1). E neas re fie re a la re in a la to m a de T ro y a y la s d if ic u lta d e s d e su v ia je , q u e d e b e c o n d u c ir le h a c ia la tie r r a d e a s ilo q u e le han p ro m e tid o lo s o rá c u lo s (li­ bros I I -III ). D id o s e e n a m o ­ ra a p a s io n a d a m e n te d e l h é ro e tro y a n o y s e c o n v ie r te e n su a m a n te . P e ro lo s d io s e s n o quieren q u e E n eas se estab lezca en C a rta g o . c iu d a d q u e se c o n ­ v e rtirá e n la fu tu ra riv a l d e R o m a. O b e d e c ie n d o la o rd e n term in an te d e J ú p ite r, E n e a s se hace n u e v a m e n te a la m a r. D id o , d e s e s p e ra d a , s e in m o la sobre u n a p ira (lib ro IV ). E neas desem b arca e n to n c e s en S icilia, www.FreeLibros.me ENEAS d o n d e c e le b ra fu e g o s fu n e ra ­ rio s e n h o n o r d e su p a d re A nq u ise s, m u erto d u rante la escala a n te r io r (lib ro V ). M ás tard e d e s e m b a rc a en C u m a s , en Ita­ lia , d o n d e v isita a la sib ila ”, en c u y a c o m p a ñ ía d e s c e n d e rá a los In fle m o s ' . A llí en co n trará a la so m b ra” d e su padre, y d e sus la b io s re c ib e la re v e la c ió n del fu tu ro g lo r io s o q u e a g u a rd a a R o m a h a s ta e l re in a d o d e A u ­ g u s to (lib ro V I). —> MAPA DEL VIAJE DE ENEAS. S i lo s s e is p rim e ro s can to s d e la E n e id a re c u e rd a n a la O d ise a d e H o m ero tanto p o r su c o m p o s ic ió n c o m o p o r la s e ­ le c c ió n d e e p is o d io s , lo s seis ú ltim o s, p o r su c a rá c te r ép ico , e v o c a n m á s b ie n la U fada. En e f e c to , E n e a s e s h o s p ita la ria ­ m e n te a c o g id o p o r L atino", rey d e l L a c io , p e ro d e b e e n fr e n ­ ta r s e c o n las a rm a s a T u rn o , c a u d illo d e lo s rú tu lo s , cu y a h o stilid a d h a d e sp e rta d o Juno. T u rn o p re te n d ía la m an o de Lav in ia, h ija d e L atin o , p e ro este s e la h a b ía o fr e c id o en m a tri­ m o n io a E n e a s , p u e s h ab ía v is to en el tro y a n o al h o m b re a q u ien el D estino" había llam ado p a ra e le v a r el no m b re de los la­ tin o s h a sta las e stre lla s. E neas s e a s e g u ró e n to n c e s la a lian za d e E v a n d ro y d e su h ijo Pa- EN EA S l a n t c , q u e h a b ita b a n e n e l lu ­ g a r d o n d e se le v a n ta r ía la fu ­ tu ra R o m a , e l P a la tin o (lib ro s V1I-V1II). El m o m e n to m á s p e ­ lig ro so p ara las tro p a s tro y a n a s se p ro d u jo c u an d o T u rn o , en un a ta q u e sorpresa, lo g ró in cen d iar las n a v e s tro y a n a s e n a u s e n c ia de E n eas (lib ro IX ), p e ro la lle­ g a d a d el c a u d illo tr o y a n o y d e los c o n tin g e n te s a lia d o s c o n s i­ g u ió in v e rtir la situ a c ió n . E n el O lim p o se e n f r e n ta n J u n o y V e n u s, p e ro J ú p ite r se n ie g a a fa v o r e c e r a u n o u o tr o b a n d o . E n e a s s a le v e n c e d o r d el c o m ­ b a te , p e ro P a la n te m u e re (lib ro X ). El h é ro e o b tie n e u n a v ic to ­ ria so b re la c a b a lle ría v o ls e a d e la re in a C a m ila ( lib r o X I) y p o n e fin a la g u e rra m a ta n d o a T u rn o en c o m b a te s in g u la r. R e in a rá so b re u n p u e b lo e n el q u e se fu n d e n a rm ó n ic a m e n te las v irtu d e s d e lo s la tin o s y las d e los (ro y a n o s (lib ro X II). ♦ Lit. El mito de Eneas se re­ monta a Estcsícoro (siglos viivi a. C .) y llegó a Roma sin que diera lugar a obras litera­ rias antes de la Eneida de Vir­ gilio. El poeta inició este poema épico, dividido en doce cantos, en 29 a. C . pero quedó inconcluso a su m uerte, en 19 a. C. V irgilio estim aba que to­ 156 davía necesitaría otros tres años para term inar su relato, y antes d e m orir pidió q u e qu e­ m aran su obra. A ugusto se opuso a ello e hizo publicar la Eneida. La posteridad literaria de la fi­ gura de Eneas está ligada a las diversas versiones que suscitó la Eneida, q u e sería adaptada en d istintas épocas a diversas tradiciones nacionales. Encon­ tram os prim ero las adaptacio­ nes m edievales, com o el Ro­ m án d ’É n éa s (anónim o, h. 1 156), q u e d esarro lla los as­ pectos psicológicos y se centra especialm ente en los amores de D ido y Eneas y en el episo­ dio de Lavinia. En el siglo xn, el poeta holandés Heinrich van V eldeke realizó a su vez una adaptación del Eneas francés. En O s L usiadas (1572), el poeta portugués Luis de C am oes actualiza la Eneida al m ezclar figuras m itológicas paganas y tem as cristianos. A trav és de las aventuras de Vasco de Gama, comparadas a las d e Ulises y Eneas, Portugal aparece com o una nueva Roma destinada a dom inar el mundo. Por últim o, a p a rtir del siglo xvtt asistim os a una verdadera floración d e parodias de la E neida que vienen a propor- 157 ENEAS d o n a r una serie de ejem plos del g énero b urlesco, com o la E neida paro d ia d a d e G iam b altista Lalii (1634) o el Vir­ g ilio paro d ia d o d e Searron (1648-1652). Este últim o está c onsiderado com o uno de los p rincipales creadores del g é­ nero burlesco m oderno. C i­ tarem os tam bién las A ven tu ­ ras d e l p iadoso héroe E neas ( 1784) d e A loys B lum auer, a quien se ha llegado a calificar de Searron alemán, y la Eneida parodiada de Ivan Kotlarevski (1798), descripción d e la so ­ ciedad ucraniana de finales del siglo xvm. En nuestros días, la figura de E neas parece h aber sido d es­ tronada por la de Ulises' quien, com o se ha observado frecuen­ temente. está más próximo, sin duda, a la sensibilidad m o­ derna, pues su único objetivo es regresar al hogar, m ientras que las aventuras de Eneas es­ tán regidas por el destino fu­ turo de Roma. —> DIDO. ♦ Icón. El sacrificio de Eneas. bajorrelieve del Ara Pacis, si­ glo i a. C ., F lorencia; Eneas herido, pintura pompeyana, si­ glo l. Nápoles; Eneas llevando a su p a d re A nquises, pintura pompeyana caricaturesca (N á­ poles) d o n de los personajes www.FreeLibros.me tienen cabeza de perro. Más larde encontram os el Eneas y A iu/uises (B ernini, mármol, post. 1615, Roma; Van Loo, 1729. Louvre); Eneas y la sihila (Turner, 1798. Londres): Eneas y Venus (Pietro da Corlona. siglo x v i i , Louvre) y, so­ bre lodo, representaciones del episodio d e sus am ores con Dido í Eneas relatando a Dido las desgracias de Troya. Guérin. 1817. Louvre; D ido llo­ rando p o r la partida de Eneas. Lorrain, siglo x v i i ; M uerte de Dido: Rubens, 1635, Louvre; N atoire, sig lo xvm , Nantcs: Agüero, Dido y Eneas y Salida de Eneas d e Cartago, siglo x v i i , M adrid. M useo del Prado). ♦ M ás. Para el episodio de Dido y Eneas: Purcell, D ido y Eneas. 1689: Berlioz, Los tró­ vanos. ópera, 1863. Sobre Ascanio: Saint-Saens. Ascanio. ópera, 1890. ♦ C in. Eneas es el protago­ nista de D i guerra de Troya de G iorgio Ferroni (1961). donde su bravura se opone a la cobar­ día d e París'. En Los conquis­ ta d o res heroicos, de G iorgio R ivalta (1962). sus aventuras le conducirán desde la devas­ tada T roya hasta la futura R om a. Franco Rossi, que ya ÉOLO había film ado la Odisea, ofre­ ció en 1974 una adaptación te­ levisiva de la Eneida. ÉOLO D iv e rs o s d io s e s ’ o h é ro e s ' lle v a n e s te n o m b r e , a u n q u e el m á s c é le b re es e l h ijo d e H ip o te s y s e ñ o r d e lo s v ie n to s. H a ­ b ita b a en la is la d e E o lia , flo ­ ta n te y ro c o s a , y p e r m itía q u e s u s tu m u ltu o s o s s ú b d ito s c o ­ rrie ran s u e lto s p o r el m u n d o , o b ien los e n c e rr a b a en c a v e rn a s o e n o d re s de p iel, se g ú n su c a ­ p ric h o . É o lo e n tr e g ó a U lis e s' u n o d e e s to s o d re s p a ra a y u ­ d a rle a re g re sa r a Ita c a c u a n d o su b a rc o q u e d ó in m o v iliz a d o p o r u n a c a lm a c h ic h a , p e ro Éolo en una letra capitular de un códice medieval conservado en la biblioteca de la catedral de Verona 158 lo s c o m p a ñ e r o s d e l h é ro e , c r e y e n d o q u e c o n te n ía o ro , lo a b r ie r o n im p ru d e n te m e n te c u a n d o e s te d o rm ía . S e d e s e n ­ c a d e n ó e n to n c e s u n a p a v o ro sa te m p e s ta d y É o lo , te m ie n d o g ra n je a rs e la e n e m is ta d d e los d io s e s, se n e g ó en lo su c e siv o a a y u d a r a U lises. ♦ L en g u a . El adjetivo cólico se ap lica a to d o lo q u e pro­ viene d e la acción del viento, com o el arpa cólica, que suena al recibir el soplo de los vien­ tos, o la energía cólica, produ­ cida p o r la acción del viento. C lem ent A d er bautizó E olo a su p rim er ap arato volador, el prim ero que conseguía despe­ gar del suelo gracias a la ener­ gía proporcionada por un mo­ tor, con el cual efectu ó en 1890 y 1891 varios vuelos que no superaron los cien metros. Las islas Boticas era el nombre que los antiguos daban a las is­ las Lípari, situadas al nordeste de Sicilia, desde donde podían verse los territorios del dios. ♦ Lit. El canto X de la Odisea refiere las aventuras de Ulises y d e É olo, «caro a los dioses inm ortales». O vidio (M eta­ morfosis, XI) cuenta la bondad de Éolo hacia su hija Alcíone. desesperada por haber perdido 159 EOS en el m ar a su am ad o esposo Ceicc. ♦ ¡con. La figura del dios del viento aparece decorando una letra cap itu lar d e un códice conservado en la biblioteca de la catedral d e Verona. El epi­ sodio de la Eneida (canto I) en el que Juno" p ide a É olo que d esencadene una tem pestad para im p ed ir que E neas’ d e­ sem barque en Cartago, ha ins­ pirado varias obras, entre ellas una escultura d e Jean de Bologne, sig lo xvi, Florencia, y una d e las C uatro estaciones de D elacroix, E l invierno, que representa a Juno im plorando a Éolo, siglo xix. Sao Paulo. p e rs e g u irá c o n su im p la c a b le ren co r. S e e n a m o ró d e l gigante" O rio n , h ijo d e P o seid ó n ", y lo llev ó hasta la isla d e D élos, pero a llí lo m ató la arisca d io sa Arte­ m isa", a q u ie n el g ig a n te h ab ía in te n ta d o v io la r; O rio n fue tra n s fo rm a d o en co n ste la c ió n . M á s ta rd e E o s ra p tó al ap u esto C éfalo * y lo tra n s p o rtó hasta S iria , d o n d e tu v ie ro n un hijo. Faetón*. P o r últim o, raptó al troy a n o T ito n o , h erm an o m ayor de Príam o", fam o so p o r su ex trao r­ d in a r ia b e lle z a ; lo in sta ló en E tio p ía y tu v o d e é l d o s h ijo s, E m atión y M em n ó n (este últim o re in a ría m á s ta rd e so b re la c o ­ m a rca y m o riría an te los m uros EOS d e T ro y a " d u ra n te u n co m b ate D io s a - d e la A u ro ra , h ija co n A quiles"). T a n to se prendó del titá n ’ H ip c rió n y d e la titá- d el tro y a n o q u e su p licó a Z e u s' n id e T ía y h e rm a n a p o r ta n to q u e c o n c e d ie se la inm ortalidad d e H elio* (e l S o l) y d e S e le n e 1 a su a m a n te . P e ro sin la ju v e n ­ (la L u n a). P e rte n e c e a la g e n e ­ tu d e te rn a , q u e E o s h a b ía o lv i­ ración d iv in a p rim itiv a q u e p re­ d a d o p e d ir p a ra é l, T ito n o fue cedió a la lle g a d a d e lo s O lím ­ e n v e je c ie n d o y co n su m ién d o se picos". D e su u n ió n c o n A streo , d ía a d ía h asta te rm in ar conver­ hijo d e l titá n C río , c o n c ib ió a tid o en u n a re se c a cig arra qu e la los A stro s y a lo s V ie n to s (C é ­ s e n tim e n ta l d io s a d e la au ro ra firo", B ó rea s" y N o to ). P e ro e s g u a rd a b a en su p alacio. c o n o c id a s o b r e to d o p o r su s a m o río s, ta n n u m e ro s o s c o m o ♦ Lit. Homero concede un lu­ d esg raciad o s, y a q u e A fro d ita , gar im portante a Eos. la diosa celosa d e e n c o n tra r en e lla u n a m atinal, «la del peplo de aza­ rival e n el c o ra z ó n d e A re s ”, la frán». que regula la rítmica su­ www.FreeLibros.me 160 E P ÍG O N O S cesión de los días y de las ha­ zañas bélicas cada ve/, que abre, con sus «rosados dedos», las puertas del eielo al carro del Sol. O v id io , p o r su parte, evoca los am ores desgraciados de Eos en sus M etam orfosis (V II. 690 y ss.; X III. 581 y ss .). L ope de V ega. 1.a bella Aurora (1635). obra pastoril. ♦ ¡co n . Eos transportando a M envión, copa griega de Duris. h. 480 a. C.. Louvre. Annibale C arracci. C éfalo raptado p o r A urora, siglo x v i. Roma: Boucher. A urora y Céfalo, si­ glo xvni. París y Nancy. EPÍGONOS N o m b re d a d o a lo s h ijo s de lo s s ie te je f e s g rie g o s q u e se a lia ro n c o n tr a T e b a s 1. C o n s i­ g u ie ro n a p o d e ra rse d e la ciu d ad diez añ o s d esp u és d e q u e su s p a­ d re s m u riera n en la p rim e ra e x ­ p ed ición. El té rm in o g rie g o e p í­ g o n o s sig n ific a « d escen d ien te » . N o d e b e n c o n fu n d irs e lo s E p í­ g o n o s d e la m ito lo g ía c o n su s h o m ó n im o s h istó ric o s, los h ijo s d e lo s g e n e ra le s d e A le ja n d ro M ag n o q u e se repartieron su im ­ perio a la m u erte d e este. - > TEBAS. ♦ Lengua. El térm ino epígono se em plea en el ám bito político o artístico para designar al su­ ceso r o im itador de alguien: a veces adquiere sentido peyora­ tivo. ♦ L it. U na ep o p ey a griega. Los epígonos, de au to r desco­ nocido. relata la tom a de l ebas y constituye la continuación de la Tebaida, epopeya griega no co n serv ad a p ero que conoce­ m os a trav és d e la im itación que de ella hizo el poeta latino Estacio en el siglo i. —> TUBAS. EPIMETEO H e rm a n o d e P r o m e te o ” y c r e a d o r d e l re in o a n im a l. - > ANIMALES, PROMETEO. ER El m ito d e E r «el A rm enio» n o p erte n e c e a la m ito lo g ía pro­ p ia m e n te d ic h a . S e tr a ta de un m ito filo s ó f ic o im a g in a d o por P la tó n e n s u d iá lo g o L a R ep ú ­ b lic a ( s ig lo iv a. C .). L o s d io ­ s e s ” le h a b ía n c o n c e d id o c o n ­ te m p la r e l ju i c io a q u e e ra n so­ m e tid a s la s a lm a s e n e l más allá, a n te s d e s e r a d m itid a s para la re e n c a rn a c ió n . EREBO o EREBO El té r m in o g r ie g o E rebos, q u e p u e d e tra d u c irse «tinicbla» u « o sc u rid a d » , d e sig n a b a a una 161 E R IC T O N IO e n tid a d in d e f in ib le , p r e e x i s ­ E r e c te o e s ta m b ié n h e r­ te n te al U n iv e rs o y e s t r e c h a ­ m an o d e F ilo m e la ' y de Proene, m e n te a s o c ia d a , e n e l s e n o del a m b a s m e ta m o rfo se a d a s en pá­ c a o s' p rim o rd ia l, a u n a e sp e c ie ja r o s . D u ra n te su re in a d o e sta ­ d e « h e rm a n a g e m e la » lla m a d a lló u n a g u e r r a e n tr e A te n a s y N ic te " ( « la N o c h e » ). T r a s su E le u s is , q u e c o n ta b a e n tr e sus se p a ra c ió n , q u e m a rc ó la a p a ri­ a lia d o s c o n e l re y tr a c io E u ­ ció n d e l U n iv e rs o , E re b o p a s ó m o lp o , h ijo d el d io s Poseidón". a p e r s o n if ic a r la s « T in ie b la s » E re c te o c o n s u ltó al o rá c u lo d e d e lo s In fie rn o s * y N ic te la D e lfo s s o b r e e l re s u lta d o del «N o che» te rrestre . P o r e s te m o ­ c o m b a te y s u p o a s í q u e p a ra tiv o . e l n o m b r e d e E re b o a p a ­ o b te n e r la v ic to ria te n d ría q ue rece fre c u e n te m e n te e m p le a d o s a c r if i c a r a u n a d e su s h ija s. c o m o s in ó n im o d e lo s I n f ie r ­ T o d a s las h ija s del rey e stu v ie ­ nos. —> CAOS. ro n d is p u e s ta s a d a r su v id a p a ra s a lv a r a su p a tria . G racias ♦ le n g u a . Se ha dado el nom­ a e s te s a c r ific io lo s a te n ie n se s bre d e e reb o a una m aripo­ c o n s ig u ie r o n la v ic to ria , p ero sa n o ctu rn a d e gran tam año E re c te o , q u e h ab ía d a d o m uerte oriunda d e A m érica tropical. a E u m o lp o d u r a n te la b a ta lla , fu e fu lm in a d o p o r Z e u s ' a peti­ ERECTEO c ió n d e P o seid ó n , fu rio so p o r la U n o d e lo s p rim e ro s re y e s m u e rte d e su hijo . m ítico s d e A te n a s ', a m e n u d o - > ATENAS (FUNDACIÓN DE). c o n fu n d id o e n los o ríg e n e s d e l m ito c o n s u a b u e lo E ricto n io * ; ♦ ¡con. M uchas pinturas de a u n q u e c o n el tie m p o , y a m e ­ v asijas representan diversos dida q u e se v a p re c isa n d o la tra ­ ep iso d io s de la vida d e Erec­ dición m ític a y literaria, E recteo teo. Se conservan dos cabezas se d is tin g u e d e su a n te p a s a d o procedentes del Partenón (si­ para e n tr a r en la c r o n o lo g ía d e glo v a. C.), una en Atenas y la los p rim e ro s re y e s q u e s e a tr i­ otra en el Vaticano. buirá A te n as en la ép o c a clásica. Hijo d e P a n d ió n , le su c e d e e n el ERICTONIO trono al m o rir e ste , m ien tras q u e E ste rey d e A te n a s ' d e ap a­ su herm an o B utes recib e las fun­ r ie n c ia m o n s tru o s a e ra h ijo de ciones sa cerd o tales d e la ciudad. A te n e a ’ y H efestoL En una o ca­ www.FreeLibros.me 162 ÉR ID E sió n en q u e la d io s a ' h a b ía a c u ­ d id o a l ta l le r d e H e fe s lo p a ra e n c a rg a rle u n a s a rm a s , e l d io s , al v e rla , n o p u d o r e p r im ir su v io le n to d e s e o y s e p re c ip itó s o b re e lla c o n la in te n c ió n d e v io la rla . A te n e a c o n s ig u ió r e ­ c h a z a r el to rp e a ta q u e , p e ro u n as g o ta s d el e s p e r m a d e H efesto cay e ro n so b re el m u s lo de la c a s ta d io s a q u e , c ris p a d a , se lim p ió r á p id a m e n te c o n un tro z o d e te la y lo tir ó a l su e lo . D e la tie r r a a s í f e c u n d a d a n a ­ c e rá un e x tra ñ o v ásta g o , K ricton io , c u y a a p a r ie n c ia (m ita d h o m b r e , m ita d s e r p ie n te ) y c u y o n o m b re (« n a c id o de la tie­ rra » ) re v e la n su s o ríg e n e s c tó n icos". T e n ie n d o b u e n c u id a d o d e q u e lo s d io s e s n o se e n te r a ­ ran d e nad a. A ten ea lo m etió en un c e sto c u b ie rto q u e c o n fió en s e c r e to a la s tr e s h ija s d e C é c ro p e, p ero la cu rio sid ad las im ­ p ulsó a abrirlo. P resas d e pánico al d e s c u b r ir a la m o n s tru o s a c ria tu r a , s e a rr o ja ro n d e s d e lo a lto d e la A c ró p o lis. E ric to n io , e d u c a d o p o r A te n e a e n e l r e ­ c in to sa g ra d o d e su te m p lo , re­ c ib ió e l p o d e r d e m a n o s del rey C é c ro p e , y su h ijo P a n d ió n le su ce d e rá en el tro n o d e A ten as. A m e n u d o se le h a c o n fu n ­ d id o c o n su n ie lo E recteo". -A ATENAS (FUNDACIÓN DE). ÉRIDE D iosa* g e n e ra lm e n te c o n si­ d e ra d a c o m o h ija d e N icte", la N o ch e, y c o m p a ñ e ra — o h e r­ m a n a — d e A r e s ’, d io s d e la g u e rra . E s la p e rso n ific a c ió n de la D is c o r d ia , q u e e s p r e c is a ­ m e n te e l s ig n if ic a d o d e su n o m b re e n g rie g o . A l ig u al q u e a o tr o s g e n io s te m ib le s , c o m o la s e rin ias* o la s h arp ías*, se la re p re s e n ta b a alad a . D e s e m p e ñ a u n p a p e l d e c i­ siv o en e l re la to d e la s b o d a s de Tclis" y P eleo. É ridc se presentó e n la ce re m o n ia , a la q u e n o ha­ b ía s id o in v ita d a , y a rr o jó en m e d io d e la a sa m b le a u n a m an­ z a n a d e o ro q u e lle v a b a la ins­ c rip c ió n « p a ra la m á s b ella». E sta m a n z a n a , la lla m a d a m an­ z a n a d e la d isc o rd ia , se rá el o ri­ g e n d e la g u e rr a d e T roya*. En e fe c to , d a d o q u e tre s d io s a s se d is p u ta b a n e l p re m io , H e ra ’, A ten ea* y A fro d ita " , Z eu s" o r­ d e n ó q u e H erm es* las condujera a l m o n te Id a a n te e l p a s to r Pa­ r í s ”. h ijo d e l re y tro y a n o Príam o ‘, q u e a c tu a ría c o m o árbitro del co n flicto . L as tre s d io sa s in­ te n ta ro n s o b o r n a rlo c o n v alio ­ so s p re se n te s p ero P aris, desde­ ñ a n d o e l im p e rio te rre s tre que le h a b ía o fre c id o H e ra y la vic­ to r ia e n e l c o m b a te p ro m etid a p o r A te n e a , e sc o g ió a A frodita, 163 ERINIAS q u e le h ab ía a se g u ra d o el am o l­ d e la m u je r m á s b e lla d e la T ie ­ rra: H elen a* (s o b re e l s ig n i­ fic ad o « trifu n c io n a l» d el m ito . - » ESTUDIO GENERAL DE LA M I­ TOLOGÍA GRECORROM ANA, ORI­ GEN Y c a r a c t e r í s t i c a s t o l o g ía d e i a m i­ GRIEGA). —> AFRODITA, PARIS. ♦ L engua. La expresión (ser) la m an zana d e la discordia. que designa el origen o el mo­ tivo d e una disputa, es una he­ rencia de la historia de la man­ zana d e oro, convertida en o b ­ je to d e litigio en tre las tres diosas preocupadas por el pres­ tigio de su belleza. ♦ L it. En la T eogonia. H e­ síodo convierte a Elide, fuerza primordial nacida de la noche, en la m adre d e m uchos hijos que. com o la Pena, el Olvido o el H am bre, representan a b s­ tracciones de m ales o calam i­ dades. É ride, sin em bargo, puede encarnar tam bién el e s­ p íritu d e em ulación q u e, en Los trabajos y los días, inspira a cada hom bre el am or por su o ficio. H om ero, por su parte, d escribe las artim añ as de Éride en el cam p o de batalla, donde co m bate siem pre al lado d e A res. Por últim o, la tradición trágica y poética verá www.FreeLibros.me en ella solamente a la respon­ sab le lejana de la guerra de Troya, ERINIAS E s p ír itu s fe m e n in o s d e la J u s tic ia y d e la V en g an za, p er­ s o n ific a n u n a n tiq u ís im o c o n ­ c e p to d e c a stig o . L os rom anos la s id e n tific a rá n m ás tard e con su s furias". N a c id a s d e las g o ta s de es­ p e rm a y sa n g re q u e cayeron so­ bre Gea* c u a n d o C ro n o m utiló a U rano", so n p o r tan to prim iti­ v a s d iv in id a d e s c ló n ic a s ’ del p a n teó n * h e lé n ic o , y e n e ste s e n tid o p u e d e n c o m p a ra rs e a la s m o iras* (la s p a rc a s ” ro m a ­ n a s), q u e n o tie n en o tra s leyes q u e la s p ro p ia s y n o reconocen la a u to rid a d d e los O lím picos*, lo s d io s e s" d e la g e n e ra c ió n m á s jo v e n . A u n q u e e n u n p rin c ip io se la s m e n c io n a b a d e fo rm a g e ­ n éric a , te rm in a ro n adqu irien d o u n a id e n tid a d m á s precisa. Son tr e s . A le c to . T is íf o n e y M e ­ g e ra , r e p r e s e n ta d a s c o m o g e ­ n io s fe m e n in o s a la d o s c o n los c a b e llo s e n tr e v e r a d o s d e s e r ­ p ien tes y b la n d ie n d o antorchas <> lá tig o s . S u m o ra d a e ra el E re b o ", la s T in ie b la s in fe rn a ­ le s. A m e n u d o c o m p a ra d a s c o n « p e rr a s » , v u e lv e n lo cas a 164 ER IN IAS su s v íc tim a s , a la s q u e p e r s i­ g u e n s in d e s c a n s o . P ro te c to ra s s im b ó lic a s d e l o rd e n fu n d a m e n ta l d el c o sm o s — el u n iv erso o rg a n iz a d o fren te al c a o s' — y d el o rd e n relig io so y c ív ic o c a ra c te rís tic o d e l p e n ­ s a m ie n to h e lé n ic o , o p u e s to a la s fu e r z a s d e s e s ta b iliz a d o r a s d e la an arq u ía, p e rsig u e n a to d o a q u e l q u e h a y a c o m e tid o u n a fa lta s u s c e p tib le d e tu r b a rlo , d e s d e la s c o m e tid a s c o n tr a la fa m ilia h a s ta e l p e c a d o d e h ibris". C astig a n e s p e c ia lm e n te a los a s e s in o s , y a q u e su c rim e n e s ta n to u n a m a n c h a d e tip o re ­ lig io so c o m o u n a a m e n a z a para la e sta b ilid a d d el g ru p o so cial. E x p u lsa d o d e su c iu d a d , el c u l­ p a b le e rr a rá d e c iu d a d e n c iu ­ d a d , v íc tim a d e la p e rs e c u c ió n d e la s te m ib le s e r in ia s , h a s ta q u e en cu en tre un a au to rid ad c a ­ rita tiv a q u e c o n sie n ta e n p u rifi­ c a rlo d e su c rim e n . L a s e rin ia s se c o n v ie r te n e n to n c e s e n las e u m é n id e s , « la s b o n d a d o s a s » , e u fe m is m o c o n e l q u e se p r e ­ te n d ía h a la g a rla s p a ra d e s v ia r su c ó le r a y c o n s e g u ir q u e fu e ­ ran p ro p icias. ♦ Lit. D esde los poem as ho­ méricos*. la función esencial de las erinias es la de vengar el crim en y castigar especial­ mente los com etidos contra la familia, encabezados por el pa­ rricidio. La tradición trágica les otorga este papel fundamental a través de la historia ejemplar de dos fam ilias m íticas perse­ guidas p o r una m aldición im­ placable: los I.abdácidas, en torno a la figura de E d ip o ', y los Atridas", en to rno a la de O re ste s', am bos parricidas irresponsables que obtendrán la redención d e su crim en des­ pués de la purificación. La mal­ dición divina original cede así su lugar a un nuevo orden cí­ vico. -» AGAMENÓN, ATRIDAS, EDIPO, ORESTES. Por último, la Eneida de Virgi­ lio m odifica un tanto esta fun­ ción reguladora y redentora: las erin ia s se convierten en sim ples divinidades infernales que atorm entan a las alm as de los m uertos condenadas en el T ártaro'. - » INFIERNOS. En la E lectro d e Giraudoux (1937), las «pequeñas euméni­ des», que no dejarán de crecer a m edida que avanza la pieza, sim bolizan el avance inexora­ ble del destino. Las moscas, en la pieza de Sartre del mismo tí­ tulo (1943), son una represen­ tación simbólica de las erinias. ♦ Icó n . Jean Fussli, Las eri­ nias ju n to aI cuerpo d e Erifde, 165 ER O S siglos x v iii - x ix , colección pri­ vada; G ustave M oreau, O res­ tes y las erinias, 18 9 1, Turín. EROS D io s d e l A m o r". E ste n o m ­ b re , q u e s ig n if ic a « e l d e s e o sen su al» , re m ite en G re c ia a re ­ p re s e n ta c io n e s m u y d iv e r s a s se g ú n la s é p o c a s . E n H e s ío d o n a c e d e l c a o s ', c o m o G ea* (la T ie rra ). E s é l q u ie n p re s id e las u n io n e s d e lo s tita n e s ’, c o n c e ­ bidos p o r e sta ; m á s (ard e las d e los O lím p ic o s ” y , p o r ú ltim o , las d e lo s h o m b re s. E s e l p rin ­ c ip io u n iv e rs a l q u e a s e g u r a la g e n e ra c ió n y re p r o d u c c ió n d e las e sp e c ie s. E n la te o lo g ía ó r f ic a , q u e g o z ó d e u n a e x te n s a in flu e n cia en la a n tig u a G re c ia , E ro s s u r­ g ió c o n s u s a la s d e o ro d e l h u e v o p rim o rd ia l, s ím b o lo d e fe liz p le n itu d q u e a l d iv id ir s e fo rm a ría e l C ie lo y la T ie rra . A m e n u d o lla m a d o ta m b ié n P r o to g o n o s ( p r im e r n a c id o ) , P h a n e s (el q u e h a c e b rilla r), es un se r d o b le , b ise x u a l, c a p a z de u n if ic a r c o n s u p o d e r lo s a s ­ p e c to s d if e r e n c ia d o s , in c lu s o co n trario s, d e u n m u n d o co n c e ­ bido c o m o u n a frag m en tació n y d e g rad a ció n d e l S e r in icial. P la tó n , e n E l b a n q u e te (h . 385 a. C .), p re s e n ta a se is p er- www.FreeLibros.me Eros (a la izquierda) en el lienzo de Lucas Cranach Venus y el A m or (grabado en madera) s o n a je s q u e in te n ta n d e fin ir la n a tu r a le z a d e E ro s. S ó c ra te s, q u e fig u ra e n tre lo s in v itad o s, le d e s c r ib e c o m o un « d e m o ­ nio» o g e n io m ed iad o r e n tre los d io ses* y lo s h o m b re s , n acid o e n el ja r d ín d e lo s d io s e s de la unión d e P oro (el R ecurso) y de P e n ia (la P o b reza): es, co m o la s e g u n d a , u n a fu e r z a e te rn a ­ m e n te in s a tisfe c h a q u e con as­ tu cia, c o m o el p rim ero, siem pre c o n sig u e a q u e llo q u e persigue. L a tr a d ic ió n le a trib u y e o tr a s m u c h a s g e n e a lo g ía s . La m á s d if u n d id a le h a c e h ijo de EROS A frodita* y A res” y h e rm a n o d e A n te ro s (e l A m o r c o r r e s p o n ­ d id o ). El a rte y la lite ra tu ra c lá ­ sic a s le p in ta n c o m o u n h e r ­ m o so a d o le s c e n te p r o te c to r d e los a m o re s h o m o s e x u a le s, p e ro m á s ta rd e s e im p o n d rá la im a ­ g en d e un n iñ o tra v ie so arm a d o c o n a rc o y fle c h a s q u e d is p a ra ta n to c o n tr a lo s d io s e s c o m o co n tra los h o m b re s, o b ien p o r­ ta n d o u n a s a n to r c h a s c o n la s q u e in f la m a lo s c o r a z o n e s d e u n a p asió n irre sistib le . ♦ L engua. El adjetivo erótico designa lo relativo al am or, y especialmente al am or físico; y también lo que suscita el deseo y el place r sexuales. De él se deriva la palabra erotismo. L.a erotom ania es la obsesión sexual. Las acepciones figuradas del sustantivo flech a zo («enam o­ ram iento repentino») y del verbo Jlec h a r (« in sp irar un am or repentino a alguien») proceden precisam ente de la representación habitual de este dios, cuyas flechas hacían na­ cer el am or en los corazones. ♦ Lit. E ntre los poetas rom a­ nos. E ros, bajo el nom bre de C upido . se co n v ierte en una figura om nipresente. V irgilio m uestra cóm o Venus" recurrió 166 a él para provocar el am o r de D ido hacia E n eas'. El relato más célebre en el que participa es el d e Amor y Psique’ en las M etam orfosis de Apuleyo (si­ glo it d. C ) . En la literatura europea, las re­ ferencias al dios, tan to en su aspecto ad u lto c o m o bajo la apariencia de un niño m ofle­ tudo, son innum erables, sobre todo en la p o esía am orosa, c o m o por ejem plo en el Can­ c io n era d e P etrarca (1330) o en la poesía de G arcilaso de la Vega, en especial en su Oda a la flo r d e G uido (1 5 2 6 -1536), en la que Venus y C upido dia­ logan ponderando el gran po­ d e r del am or. E ntre las obras en que aparece com o personaje con entidad propia figuran, es­ pecialmente, las que se centran en sus am ores co n Psique, com o L a s b o d a s d e Psique y C upido, d e G aleo tto del Carretto (1520), pieza simbólica en la q u e intervienen múltiples personajes; H erm osa Psiquis. poem a d e Juan de M al Lara (h. 1550); P sique a Cupido. soneto d e Juan de Arguijo (1605): el A donis de Giambattista M arino (1623); Psique y Cupido, auto sacram ental de José de V aldivieso (1622); Ni A m or se libra de amor, come­ 167 ER O S dia d e C alderón de la Barca (1640) en la que introduce ele­ mentos propios del teatro d e la época, com o el d isfraz y la confusión de identidad de los personajes; o Los a m o res de P sique y C upido d e La Fontaine (1669), novela mitológica en prosa y verso. A veces se desdobla, com o en L a a sa m ­ b lea d e los am ores d e M arivaux ( 17 3 1), donde C upido y A m or se enfrentan ante los dioses del O lim pos el primero representando al placer y el se­ gundo al sentimiento. —> PSIQUE. La teoría psicoanalítica distin­ gue dos tipos fundamentales de impulsos; Eros es el nombre ge­ nérico que Ereud da al conjunto de los im pulsos relacionados con la sexualidad, a los que se opone el impulso de la muerte, designado con otro nombre mi­ tológico, Táñalo" (M ás allá del principio de placer, 1920;/;/ Yo y el Ello, 1923). ♦ ¡con. Eros aparece represen­ tado unas veces com o un niño entregado a travesuras y juegos infantiles (Eros cabalgando un delfín, vaso griego, siglo iv a. C., Louvre; E ros castigado en presencia d e Afrodita, fresco pompeyano, siglo i a. C , Ñapó­ les; Boueher, C upido cautivo. www.FreeLibros.me siglo xvm . la n d res), otras ve­ ces com o el mediador de los am ores humanos y divinos (Eros, Ariadna y Dioniso, vaso griego, siglo iv a. C „ Atenas; A legoría d e l Amor, escuela d e Fontainebleau, siglo xvi. Louvre). Aparece asimismo, bajo el aspecto de un chiquillo alado, en muchos cuadros que representan a los grandes aman­ tes de la mitología clásica (Botticelli. Venus y Marte, siglo XV. Londres; Boueher, Hércules y Ónf'ale. siglo xvm , Musco Pushkin, M oscú); figura tam­ bién solo, con sus atributos (Cupido tensando su arco, már­ mol, copia de Praxíteles, siglo iv a. C , Roma; Parmigianino, A m o r labrando su arco, siglo xvi. Drcsde, sobre el que Bartolozzi realizó un grabado), dor­ m ido (Eros niño, escultura ro­ mana en mármol. Madrid, Mu­ seo A rqueológico Nacional), recibiendo educación de sus pa­ dres (Van Loo, La educación deI A m or po r M ercurio y Ve­ nus. siglo xvm , M adrid, Real A cadem ia de Bellas Arles de San Fernando; Lucas Cranach. Venus y el Amor, siglo xvi). —> PSIQUE. ♦ Cin. En la película Cupido contrabandista (196!). Este­ ban Madruga trata el tema del ESCILA am or (personificado en el tí­ tulo con el nom bre del dios) y el policiaco. 168 L a E sfin g e (en g rie g o e s una p a la b ra fe m e n in a ) e s p o r ta n to un m o n stru o h íb rid o , co n ro stro y b u s to d e m u je r y c u e rp o d e ESCILA le ó n c o n a la s d e á g u ila . F u e e n ­ M o n s tru o m a r i n o . —» CA- v ia d a p o r H e ra ', diosa* del m a ­ RIBDIS. trim o n io , p ara cast ig a r al re y de T e b a s" , L a y o 1, q u e h a b ía ra p ­ ESCULAPIO ta d o y v io la d o al jo v e n C risip o N o m b re ro m a n o del d io s —» y q u e se n eg ab a en ca m b io a dar ASCLEPIO. u n h ijo a su e s p o s a le g ítim a . El m o n s tru o se h a b ía in s ta la d o en ESFINGE u n a m o n ta ñ a p ró x im a a la c iu ­ E ste m o n stru o tu b u lo so era d a d y d e v o ra b a a lo s v ia je ro s o rig in a rio d e E g ip to , d o n d e se q u e p o r a llí p a sa b an d e sp u é s de le re p r e s e n ta b a c o n c u e r p o d e p la n te a rle s u n o s e n ig m a s que le ó n y c a b e z a h u m a n a . El m o ­ e s to s n u n c a c o n s e g u ía n re s o l­ tiv o se e x te n d ió p o r A sia (A s i­ v e r. E d ip o ” fu e el ú n ic o que n a ), d o n d e se le añ a d ie ro n alas, c o n s ig u ió p a s a r la te rrib le y lleg ó a G re c ia m e d ia d o y a el p ru e b a . L a E s fin g e , a l v erse se g u n d o m ile n io a n te s d e n u e s­ v en cid a, se lan z ó al v ac ío desde tra era. El e n riq u e c im ie n to p ro ­ lo a lto d e u n a s ro c a s y pereció. g r e s iv o d e lo s a d o r n o s e n su s EDIPO. re p re se n ta c io n e s ic o n o g rá fic a s (c o lla re s, p e n d ie n te s, e tc .) c o n ­ ♦ L en g u a . En sentido figu­ d u jo a su fe m in iz a c ió n y , m á s rado. se dice que una persona a d e la n te , a l in te g r a r s e e n u n es o parece una esfinge cuando c ic lo d e re la to s lig a d o s a la c iu ­ adopta una actitud reservada o d a d d e T e b a s" , a d q u ir ió fin a l­ enigm ática. m e n te su c o n d ic ió n m ític a , s i­ R ecibe tam b ién este nombre g u ie n d o un p ro c e s o se m e ja n te una mariposa nocturna de gran a o tr o s m o n s tru o s , c o m o el tam año, la esfinge ile la cala­ le ó n d e N e m e a , q u e lo s m ito s vera. perteneciente a la familia c o n v ie r te n e n su « h e rm a n o » , de los esfíngidos. —> aquen a c id o ig u a lm e n te d e la v íb o ra RONTE. E q u id n a y d el p e rro O rtro s. ♦ ¡con. Este monstruo es muy - » HERACLES. p o p u lar en el arle grieg o. Es 169 frecuente encontrarlo en la es­ cultura arcaica (E sfinge d e los naxianos. h. 575 a. C „ Délos; D elfos, M useo d e la A crópo­ lis). Las esfinges son también frecu en tes com o adorno de m obiliario en Francia durante el D irectorio y el Im perio, sin d u d a por in flu en cia de la e x p ed ició n d e B onaparte a Egipto. ESTENTOR o ESTÉNTOR EU R ISTEO ÉSTIGE / ESTIGIA R ío s u b te r r á n e o d e n u e v e m e a n d r o s q u e b a ñ a b a lo s In ­ f ie r n o s . E s p re c is o s e ñ a la r q u e lo s a n tig u o s d a b a n el n o m b r e d e É s tig e o E s tig ia a u n m a n a n tia l d e la A rc a d ia ( r e g ió n c e n tr a l d el P e lo p o n e s o ) q u e b ro ta b a d e u na roca y d e s a p a r e c ía p o c o d e s p u é s b a jo tie r r a . S e c r e ía q u e e s ta fu e n te a flu ía al río in fe rn a l del m is m o n o m b re . H é r o e ’ q u e a p a r e c e c ita d o u n a s o la v e z e n la ¡ lia d a d e ♦ L engua. Pasar el Éstige (o H o m e ro , p e r o q u e p r o n to se la Estigia): morir; ju ra r p o r el c o n v irtió en u n a fig u ra p ro v e r­ Éstige: pronunciar un ju ra ­ bial p o r la p o te n c ia d e su v o z. mento terrible (solo los dioses A lg u n o s r e la to s le g e n d a rio s juraban «por el Éstige»). p o s te rio r e s le a tr ib u y e n la in ­ El adjetiv o estigia. utilizado v en ció n d e la tro m p e ta y u n fin básicam ente en lenguaje poé­ trá g ic o a m a n o s d e l d io s H e r­ tico y en sentido figurado, es irles", q u e lo h a b r ía d e r r o ta d o sinónim o de «infernal», d e sp u é s d e q u e E s te n to r le d e ­ ♦ ¡Con. —> INFIERNOS. safiara a su p e ra r la p o te n c ia d e su voz. EUMÉNIDES « E ste n to r. d e c o ra z ó n g e n e ­ N o m b re e u fe m íslic o co n el roso, d e v o z d e b ro n c e , q u e g ri­ q u e se c o n o c ía a las —> k r in ia s . taba ta n fu e rte c o m o c in c u e n ta h o m b re s j u n t o s » (U fa d a , c a n ­ EURÍDICE to V, v e rs o 7 8 5 ). E sp o sa d e o rfeo . ♦ Lengua. Del nombre del hé­ roe deriva el adjetivo estentó­ reo. que se aplica a la voz o al acento m uy potente y retum ­ bante. www.FreeLibros.me EURISTEO D e s p u é s d e la m u e rte de A n fitrió n ", el tro n o de M icenas d e b ía re c a e r so b re e l p rim o g é ­ n ito d e lo s d o s d e s c e n d ie n te s E U R O PA d e P erseo*: el fu tu ro H eracles* y s u p r im o E u r is te o . H era* . q u e n o e s ta b a d is p u e s ta a q u e e l h ijo d e A lc m e n a a e c e d ie s e a l tro n o , re tra s ó e l n a c im ie n to d e e s te y a d e la n tó e l d e E u ris ­ te o , q u e n a c ió d o s m e s e s a n te s d el tie m p o d e g e s ta c ió n y q u e m á s ta rd e re in a ría e n e l p u e sto q u e h u b ie r a c o r r e s p o n d id o a H e r a c le s . E s te tu v o q u e p o ­ n e rs e a su s e r v ic io d u r a n te d o c e a ñ o s , a lo la r g o d e lo s c u a le s r e a liz ó lo s « d o c e tr a b a ­ jo s » q u e E u ris te o le h a b ía im ­ p u e sto . —> HERACLES. EUROPA J o v e n a m a d a p o r Z eus* . E u ro p a e ra h ija d e A g e n o r, re y d e F e n ic ia , y h e r m a n a d e C ad m o . C u a n d o e s ta b a j u ­ g a n d o c o n s u s c o m p a ñ e r a s en u n a p la y a , Z e u s la v io y se e n a m o r ó d e e ll a . P a r a s e d u ­ c ir la se m e ta m o r f o s e ó e n to r o y se p re s tó a lo s ju e g o s y c a r i­ c ia s d e la s m u c h a c h a s . E u ro p a se e n v a le n to n ó y m o n tó s o b re s u lo m o . E n to n c e s Z e u s la ra p tó y a tra v e s ó el m a r lle v á n ­ d o la c o n s i g o h a s ta ll e g a r a C r e ta . D e s u u n ió n n a c ie r o n M in o s ’, R a d a m a n tis y S a r p e d ó n . E s te e p is o d io m a r c a r á e l o r ig e n d e la d in a s tí a c r e ­ te n s e d e M in o s. D e sp u é s d e su 170 171 EU R O PA m u e r te , E u ro p a r e c ib ió h o n o ­ r e s d iv i n o s y e l to r o , a n im a l c u y a f o r m a h a b í a a d o p ta d o Z e u s p a ra u n irs e a e lla , s e c o n ­ v ir ti ó e n la c o n s t e la c i ó n d e T a u r o . —> t e b a s . ♦ U t. Esta leyenda ha sido una fecunda fuente de inspiración p a ra la literatu ra g rieg a y la­ tina. O vidio la d esarrolla más extensam ente en las M etamor­ fo s is (II, 836 y ss.) y en los Fastos (V . 603 y ss.). Desde la Antigüedad, los autores se han in terro g ad o sobre el vínculo existente entre la figura mito­ lógica y el nom bre del conti­ nente. preguntándose, con Herodoto (siglo v a. C .), por qué se dio el nom bre de una heroí­ na asiá tic a a este territorio IH isto ria V il. 185). El mito fue tratado tam bién por Fran­ c isc o de A ldana (sig lo xv i) y C astillo Solórzano (E l robo de Europa, rom ance burlesco, si­ glo X V II). En nuestros días se considera que tal vínculo es dudoso; sin em bargo, ha inspirado a mu­ chos au to res, e n tre ello s a G iam b attista M arino en La zam pona (1620), recopilación de idilios mitológicos; a André C h én ier en sus Bucólicas (1 8 1 9 ) y a L econte de Lisie, Rubens. El rapto de Europa. Madrid. Museo del Prado (copia del lienzo de Tiziano) que en «El rap to de Europa» recu p era la leyenda antigua (Ú ltimos poem as, 1884). ♦ ¡con. Europa sentada sobre el toro, metopa del templo F de S elinonle, sig lo vi a. C ., Palerm o. Sobre el m ism o tem a: vaso griego, siglo iv a. C.. San P etersburgo; fresco d e Pom peya, siglo i, M useo de Ñapó­ les; gran núm ero de cuadros. www.FreeLibros.me entre los que destacan los de Tiziano ( 1562. Boston; sobre el que R ubens realizó una copia en el siglo xvu. Madrid. Museo del Prado), Rembrandt (1632. París, colección particular). Boucher (1747. Louvre). Mar­ tín de Vos (El rapto de Europa. siglo xvi, Bilbao). ♦ M á s. M ilhaud, El rapto de Europa, ópera minuta. 1927. F FA ETÓ N o FA ETO N TE E ste se m id ió s* , c u y o n o m ­ bre e n g rie g o s ig n ific a « el b ri­ lla n te » , e r a h ijo d e H e lio - y la o c eá n id e C lím e n e o , se g ú n otra tra d ic ió n , d e E os* y C éfalo * . S im b o liz a la h ib ris ”, e l o rg u llo d e sm e su ra d o q u e im p u ls a a los h o m b re s a d e s a f ia r a lo s d io ­ ses*. F a e tó n s e ja c t a b a c o n ti­ n u a m e n te d e s u s o ríg e n e s d iv i­ nos a n te su s c o m p a ñ e ro s, y u n o d e e llo s le re tó a q u e d e m o s ­ tra ra su filia c ió n . F a e tó n s u ­ p licó a su p a d re q u e le ay u d a ra y este a c o rd ó c o n c e d e rle e l p ri­ m er d e s e o q u e e x p re sa ra . El te ­ m e ra rio jo v e n p id ió q u e le d e ­ ja ra c o n d u c ir su fa b u lo s o c a rro d e fu e g o y H e lio n o tu v o m ás rem ed io q u e p e rm itírs e lo a p e ­ sa r d e s u s te m o re s . F a e tó n se a p o d e ró d e la s rie n d a s d e l c a ­ rro, p e r o lo s fo g o s o s c a b a llo s se lan za ro n e n u n a lo ca carrera, a m e n a z a n d o c o n e s tr e lla r s e c o n tra la b ó v e d a d e l c ie lo unas www.FreeLibros.me v eces, p recip itán d o se otras co n ­ tra la tierra y q u em a n d o m onta­ ñ a s y llan u ras. Z e u s', espantado p o r e l d e sa s tre , fu lm in ó a F ae­ tó n y e l jo v e n c a y ó al río Eríd a n o . S u s d e s c o n s o la d a s h e r­ m a n a s , la s H c lía d e s, le rin d ie ­ ro n h o n ra s fú n e b re s ; ta n to era su d o lo r y las lág rim as q u e ver­ tie ro n , q u e te rm in a ro n m etam o rfo sc á n d o s e e n sauces. ♦ Lengua. Convertido en nom­ bre común, un faetón designaba en el siglo xvm un carruaje des­ cubierto de cuatro ruedas, alto y ligero, y en nuestros días un coche descapotable de princi­ pios de siglo. ♦ L it. H esíodo y los trágicos griegos aluden a menudo al trá­ gico destino de este semidiós. O vidio relata su historia en el libro I de las M etamorfosis. La osadía de Faetón, com o la de Icaro, va a ser tratada en nu­ m erosos poem as del siglo xvi FATUM com o sím bolo de la osadía am orosa del pocla: Francisco de A ldana. rá b u la d e Faetón (1591): H ernando d e A cuña. Faetón, soneto (1570-1580); S oto de R ojas. L o s rayas de Faetón ( 1639). El mito tam bién fue llevado a escena p o r C alderón de la Barca en E l hijo d el Sol, Fae­ tón (siglo xvn). ♦ ¡con. La caída de Faetón adorna algunos sarcófagos ro­ manos (siglo n a. C . Copenha­ gue y Florencia). M ás tarde re­ aparecen tem as com o Faetón p idiendo a A p o lo que le deje conducir e l carro d el Sol (Poussin. siglo xvn. Berlín; Le Sueiir, siglo xvn. Louvre) y La caída d e Faetón (lienzo de Ruhens. siglo xvn. Bruselas. M u­ seo de Bellas A rtes; acuarela de G ustavo M orcan. 1878. Louvre). ♦ M ús. Lully. Faetón, ópera. 1693; S aint-Saéns. Faetón. poem a sinfónico. 1873. FATUM E n R o m a , p e rs o n ific a c ió n d iv in a del D e s tin o '. L a p a la b ra fa lta n p ro c e d e d el v e rb o la tin o Jari. q u e sig n ific a « h a b la r» ; s e ­ ría p o r ta n to lo q u e h a s id o d i ­ c h o y fija d o d e fo rm a ir r e m e ­ d ia b le (v é a se e n la c u ltu ra islá­ 174 m ic a la fó r m u la a n á lo g a « e s­ tab a e scrito » ). C o m o en G recia, d o n d e el D e stin o esta b a y a p e r­ so n ific a d o e n las m oiras* o p a r­ cas”, el F a tu m a p a re c e en R om a c o m o u n a p o te n c ia te m ib le y m is te rio s a q u e s e im p o n e a los p ro p io s d io s e s”; v e n d ría a s e r la p a r le d e fe lic id a d o d e s g r a c ia q u e 1c to c a a c a d a se r, q u e le es asig n a d a irrev o cab lem en te y sin p o s ib ilid a d d e in tro d u c ir c a m ­ b io alg u n o . S e g ú n e ste co n cep to d e F atu m , la h isto ria del m undo se ría c o m o u n te x to e s c rito por un « E sp íritu » p reex iste nte, cuyo d ic tam e n d e te rm in a el co n ju n to d e lo s a c o n te c im ie n to s q u e n e­ c e sa r ia m e n te h a n d e realizarse. El F a tu m d e b e d is tin g u irs e de la F o rtu n a ”. ♦ L engua. Con el térm ino fa ­ ltan se relacionan las siguien­ tes palabras: el adjetivo fa ta l (lat. fa ta lis), que originaria­ m ente sig n ificab a «determ i­ nado por el destino», de ahí su significación de «inevitable», y, por extensión, «desgraciado, determ in ad o p o r el destino para traer la desgracia» (espe­ cialm ente la m uerte: un diag­ n ó stico fa ta l) y «m uy malo, negativo o lamentable»; el sus­ tantivo, fatalidad, a sí com o el adjetivo fa tíd ico , «que indica 175 FAUNO una intervención del destino». El fatalism o es una doctrina, o sim plem ente una actitud inte­ lectual, q u e presupone la om ­ nipotencia del d estin o sobre los acontecimientos. La form a plural de Fatum acabó extendiéndose corno sustantivo singular fem enino, dando origen a la forma tardía Falo («diosa de los destinos»), de la cual deriva a su vez la pa­ labra hada; los cuentos de ha­ das. aunque de origen céltico y germánico, aparecen así vincu­ lados, por este sesgo etim oló­ gico, a la Antigüedad romana. FAUNO / FA UN O S L o s f a u n o s (e n l a t ..fa u r ti) era n , e n tre lo s la tin o s, u n a s d i­ v in id a d e s m e n o re s c a m p e s tre s q u e v iv ía n e n lo s b o s q u e s y p ro te g ía n a lo s re b a ñ o s . S e les suponía b e n é v o lo s (d e h ec h o su n o m b re s e fo rm a a p a rtir d e la m ism a ra íz q u e el v erb o fa u e r e . que sig n ifica « fav o recer» ), pero el h e c h o d e v e rlo s p ro v o c a b a la m uerte. S e g ú n la tra d ic ió n m ás gen eralizad a, se les co n sid e ra b a pro d u cto d e la « m u ltip licació n » de un d io s m á s a n tig u o llam ado F a u n o (e n la t., F a u n u s ), a n á ­ logo al d io s P a n ' d e lo s a rc a d io s, y q u e c o m o e s te e r a el pro tecto r d e reb añ o s y p asto res. www.FreeLibros.me Baccio Bandinelli. Fauno. San Petersburgo. Museo de ÍErmitage P o r o tra p a rle , se v e ía en él al in tro d u c to r d e em ig ran tes arcad io s en el L acio , atribución que im p lic a y a u n a c ie rta « h islo riz a c ió n » d e la fig u ra m ítica, c u y o c a rá c te r d iv in o se iría difu m in a n d o c o n el tiem p o hasta p a sa r a s e r c o n sid erad o co m o el p rim e r re y d e l L acio . S ería en ­ to n c e s c u a n d o , en cie rto m odo, h a b ría « estallad o » , d an d o lugar a u n a m u ltitu d d e p e q u e ñ o s d io s e s ” q u e lle v a b an su m ism o n o m b re . —> l a t i n o . ♦ Lengua. El nom bre común fa u n o , com o el de sátiro, de- FA V O N IO 176 signa a un hom bre lascivo. El incitante de «pequeña ninfa'» adjetivo fa u n e s c o se aplica al en carn ad o a la perfección en hombre que presenta los rasgos L olita, m ezcla ex p lo siv a de anim alescos o el co m p o rta­ falsa inocencia y provocativa miento libidinoso que la tradi­ malicia. ción atribuía a los faunos. ♦ lean. El arte antiguo repre­ El nom bre fem enino fauna, senta generalm ente a los fau­ que designa al conjunto d e los nos a imagen de Pan, con pier­ anim ales de una región, fue nas velludas, pezuñas de cabra, creado sobre el m asculino por orejas puntiagudas y cuernos, analogía con el térm ino flo ra '. aunque pueden tener también ♦ Lit. La figura de un fauno, un aspecto estrictam ente hu­ presente en num erosos textos m ano, com o el F auno dan­ antiguos, suscita en Nathaniel zando encontrado en Pompeya H aw thorne (E l fa u n o de m á r­ (sig lo i, M useo d e Nápoles). m ol, 1860) u na reflexión so ­ C abeza d e fa u n o : Jacob Jorbre los aspectos m ás oscuros daens, siglo xvn, Bilbao; Bacdel alm a hum ana, expuesta cio B andinelli, San Petersdesde las coordenadas del g é­ burgo. M useo d e 1’Ermitage. nero fan tástico y a trav és de ♦ M ú s. S obre los tem as del unos personajes que, arrastra­ poem a d e M allarm é antes dos p o r su s p asiones d em o ­ m encionado, C laude Debussy niacas, pierden su inocencia y com puso en 1894 el Preludio descubren el mal. En La siesta a la siesta de un fauno, una de de un fa u n o ( 1876), Stéphane las obras maestras de la música M allarm é evoca la ensoñación im presionista. erótica d e un fauno acostado bajo un olivo. El tem a inspiró FAVONIO tam bién a W illiarn F aulkn er N o m b re ro m a n o d e —> cé ­ una recopilación de versos de f ir o . ju v en tu d (E l fa u n o d e m á r­ mol. 1924). En L olita (1959), FEDRA de V ladim ir N abokov, el pro­ H ija d e M in o s", re y de tagonista H um bert-H um berl C r e ta , y d e P a sífa e * , e s her­ no d uda en co m p ararse a sí m a n a d e A ria d n a " y p o sib le ­ m ism o con un fau n o p e rsi­ m e n te s e a , c o m o e s ta , u n a an­ guiendo a ese tipo especial e tig u a d iv in id a d c re te n s e . Su 177 FEDRA n o m b re sig n ifica « la b rillan te» , en re c u e rd o d e su a s c e n d e n c ia solar. S u h e rm a n o D e u c a lió n " la e n tr e g ó e n m a trim o n io a su a m ig o T e s e o ', e n to n c e s re y d e A te n as, q u e a n te s h a b ía e sta d o c a s a d o c o n la a m a z o n a " A n ­ tíope*. F e d ra d io d o s h ijo s a su e s p o s o , p e ro s e e n a m o r ó v io ­ len tam en te d e H ipólito", h ijo d e T e s e o y la a m a z o n a . El jo v e n , g ra n a m a n te d e la c a z a y d e v o to d e A rte m isa " , re c h a z ó su s in s in u a c io n e s y F e d ra , te m ie n d o q u e la d e la ta s e , le a c u só a n te su e s p o s o d e h a b e r in ten tad o v io larla. E ste m ald ijo el n o m b re d e su h ijo y p id ió a los d io se s* s u m u e r te , q u e n o ta rd ó e n p ro d u c irs e . F e d ra , a b ru m a d a p o r lo s re m o rd i­ Mme. Duchesnois en la Fedra de m ie n to s y la d e s e s p e ra c ió n , se Racine. París. Biblioteca de Artes Decorativas su ic id ó . - > H I P Ó L I T O , TESEO. ♦ Lit. Según las dos tragedias de Eurípides, de las que solo se conserva una, el suicidio de Fedra se produce bien después de la muerte de Hipólito o bien antes de que esta confiese al joven su am or culpable. Fedra ha pasado a la posteridad como una víctim a de la fatalidad, de la pasión ineludible, com o la figura ejem plar del am or trá ­ gico y devastador: «¡A h, des- www.FreeLibros.me dichada de mí! ¿Q ué hago? ¿H asta dónde quiere arras­ trarm e mi razón extraviada? He sido víctima del delirio, un dios me ha golpeado con el vértigo...» (Hipólito, 428 a. C . versos 238-240). En su tragedia Fedra (h. 50 d. C .), el au to r latino Séneca im ita a Eurípides y presenta a la propia Fedra confesando su am or a H ipólito. Algunas dé- FED RA cadas am es. Ov idio había d e ­ dicado a Fcdra una d e sus Hem idas. En el libro X d e El asno de o ro (siglo M d. C .). Apuleyo recupera el mito, mo­ dernizándolo e insertándolo en la novela com o un relato se ­ cundario o «caso». Las diversas versiones del mito respetan casi siem pre el e s­ quem a antiguo. Fedra repre­ senta a la seductora arrastrada por una pasión culpable y no correspondida, remitiendo así a otros episodios legendarios, com o por ejem plo el de José y la m ujer de Putifar. Sin em ­ bargo. con el paso de los siglos se irá produciendo una evolu­ ción del mito caracterizada por la progresiva diíum inación del personaje de H ipólito, que to­ davía mantenía el papel de pro­ tagonista en la tragedia de Ro­ b e n G arnier a la que da título (1573). El neoclasicism o trae consigo la Fedra de R acine (1677). que había sido prece­ dida por otras muchas. Con esta obra, en la que el escritor pro­ pone una lectura jansenista del mito. Fedra se conviene en per­ sonaje central y en una figura literaria de primera lila, adqui­ riendo dimensiones metafísicas: Fedra, condenada por la fatali­ dad. encarna definitivamente la 178 pasión destructora. A sí sucede tam bién en la Fedra (1909) de G abriele D 'A nnunzio, que ce­ lebra el triunfo de la pasión y esboza una com paración entre la muerte trágica de Fcdra y la de otra am ante maldita, Isolda. A unque la figura de Fedra tuvo pocas ilustraciones modernas, está presente sin em bargo en m uchas obras com o motivo li­ terario. Es el caso de Im embru­ ja d a d e B arbey d'A urevilly (1852), donde el am or prohi­ bido de la protagonista aparece explícitamente com parado con la pasión d e Fcdra. Lo mismo sucede en La arrebatiña de Z o la (1872), que ofrece una transposición m oderna del am or de Fcdra en el de la prota­ gonista. Renée, hacia el hijo de su marido. La descripción de la pasión de En busca d e l tiempo perdido (1913-1928), donde Proust se com place a menudo en ilustrar de forma paródica o dram ática versos clásicos, está profundamente impregnada de referencias a la tragedia raciniana. A sí, la partida brutal d e A lbertine, en La fugitiva (1925), aparece relacionada por el narrador con un famoso verso: «D icen que una pronta partida os alejará de nuestro lado...» En general. Fedra re- 179 FÉNIX presenta el símbolo de la pasión prohibida o no correspondida y condenada por ello a la muerte. - » HIPÓLITO, TESEO. ♦ ¡con. Eros. Fedra e H ipóli­ to. vasija griega, siglo iv a. C., B erlín. Rubens, L a m uerte de H ipólito, sig lo s x v i-x v ii, co ­ lección particular. El gixipo Fe­ dra e Hipólito de Pierre Guérin (1802, Louvre) entusiasmó a la crítica de la época. Cabanel re­ presenta a F edra en el lecho del do lor (1880, M ontpellicr, Museo Fabre). —» HIPÓLITO. ♦ M ás. Hipólito y A rid a , pri­ mera ópera conservada de Ram eau (1733). En esta obra Hi­ pólito no m uere, sino que es salvado por D iana’. Fedra. música para ballet de Georgcs Auric, coreografía de Scrge Lifar sobre argum ento de Jean C ocleau, 1950. ♦ C in. La película F edra (1956), d irig id a por M anuel M ur Oti y protagonizada por Emm a Penclla, E nrique Diosdado y V icente Parra, e s una versión libre y m oderna d e la tragedia de Séneca. FÉNIX El F é n ix ( d e l g r ie g o p h o inix, « ro jo » , c o lo r d e la p ú rp u ra www.FreeLibros.me d e sc u b ie rta p o r los fenicios) era un av e fab u lo sa d e los desiertos d e L ib ia y E tio p ía , d el tam año d e u n á g u ila , q u e v iv ía varios sig lo s. E sta a v e e ra ú n ica en su e s p e c ie y s o lo p o d ía re p ro d u ­ c irse re n a c ie n d o d e su s cenizas d e s p u é s d e in m o la rs e a sí m ism a e n u n a p ira llam ad a in ­ m o rta lid a d . E ste m ito fu e m u y p o p u lar e n la é p o c a p a leo c ristian a, que h iz o d e él u n s ím b o lo de la re ­ su rre c c ió n en c u a n to que el ave F én ix tra n sfo rm a su m u erte en un re n a c im ie n to , en una nuev a v ida. S e la re p re se n ta b a sie m p re d e fre n te , c o n la c a b e z a vuelta h a c ia la d e re c h a , d e p ie.an te su pira. ♦ Lengua. Se dice de una per­ sona que es un fé n ix cuando está dotada de cualidades ex­ cepcionales y , en cierto sen­ tido, es única en su género (tal e s el sentido del apelativo que sus contem poráneos dieron a Lope de Vega, «el fénix de los ingenios»). La expresión se r (parecer) el a ve F énix se aplica fam iliar­ m ente a la persona que se re­ cupera física o psíquicamente, o que recobra su fama o noto­ riedad, después d e una etapa 180 FID E S muy negativa. T am bién se aplica, hum orísticam ente, a la persona que parece no enveje­ cer nunca. ♦ Lit. Herodoto, II, 73. Ovidio. M etamorfosis. X V, 392 y ss. El ave m ítica tuvo una gran posteridad literaria. En la Edad Media parece sim bolizar la re­ surrección de C risto, perspec­ tiva desde la cual cada alm a salvada sería, a su vez. un fé­ nix. M ontaigne, p o r su p a r­ te. com para al m ítico anim al con el gusano de seda (E n sa ­ yos, 1580), intentando de este modo desposeerle de cualquier atributo m ágico, tal vez para contrarrestar la creencia, en ­ tonces bastante extendida, de que el ave existía realm ente. Es frecuente que aparezca en los tratados alquím icos y m á­ gicos de los siglos xvi y x v n com o im agen de la unión de los contrarios. La m ayoría de las veces, en cualquier caso, se trata de alusiones d e carácter sim bólico, com o en los E sta­ dos e Imperios del Sol, de Cyrano de Bergerac (1661), o en El Fénix renaciendo d e sus ce­ nizas. del poeta húngaro Istvan Gyógyosi (1693). Paralelamente, la figura mítica del ave Fénix irá adquiriendo una significación am orosa, in­ cluso específicam ente erótica, en la m edida en q u e evoca el etern o ren acer del deseo y el fuego de la pasión. Así aparece en el C ancionero d e Petrarca (siglo x iv ), en toda la poesía am orosa del R enacim iento o en autores m ás recientes, com o Apollinaire en Alcoholes (1 9 1 3 ) y en P oem as a Lou (1947). donde sim boliza tam­ bién el ardor de la inspiración poética, o en Paul Eluard. cuya recopilación poética E l fénix (1951) i lustra el tema del amor que siem pre renace. ♦ ¡con. Fénix, m osaico de D afne, siglo v, Louvre. FIDES E n R o m a , p e rs o n ific a c ió n d iv in a d e la p a la b r a d a d a (fi­ eles). F id e s a p a r e c e re p re s e n ­ ta d a c o m o u n a a n c ia n a d e ca ­ b e llo s b la n c o s, m á s an tig u a que el p ro p io Jú p ite r", p a ra sig n ifi­ c a r q u e to d o o rd e n so c ia l y po­ lític o s o lo p u e d e e s ta r g a ra n ti­ z a d o p o r e l re s p e to a la buena fe e n q u e s e b a s a n lo s c o m p ro ­ m is o s p ú b lic o s y p riv a d o s . Se le o f r e c ía n s a c r if ic io s c o n la m a n o d e r e c h a e n v u e lta en un lie n z o b la n c o . E sta d io sa" debe re la c io n a rs e c o n o tra divinidad itálica p ro tecto ra d e l juram ento: e l d io s D io F id io . 181 F1LOCTETES ♦ L en g u a . La palabra f e pro­ viene de fid e s en el sentido de «confianza». FILEMÓN E sp o so d e —» b a u c is . FILOCTETES E ste h éro e" g rie g o o rig in a ­ rio d e T e s a lia , m ie m b r o d e la e x p e d ic ió n c o n tr a T ro y a* , h a p a sa d o a la le y e n d a p o r h a b e r sid o e le g id o c o m o d e p o s ita rio del a r c o y la s f le c h a s e n v e n e ­ nadas d e H eracles*. L as v e rsio ­ nes q u e e x p lic a n c ó m o la s a r ­ m as d e l fa m o s o h é ro e tro y a n o h a b ía n lle g a d o a su p o d e r d i­ vergen. S e g ú n u n a s, la s h a b ría re c ib id o d e su p a d re , m ie n tra s q u e o tr a s a firm a n q u e fu e el p ro p io H e ra c le s q u ie n se las legó c o m o re c o m p e n sa p o r h a ­ ber e n c e n d id o e l fu e g o d e la pira so b re la q u e e ste a g o n iza b a d e d o lo r . F ilo c te te s h a b ía j u ­ rado n o re v e la r e l lu g a r d e la m u erte d e H e ra cle s. El d e stin o c a stig a ría la tr a ic ió n a e s te j u ­ ram ento c o n u n a te rrib le h e rid a y c o n e l re c h a z o d e lo s su y o s . El ilu stre le g a d o q u e d e te n ­ taba F ilo c te te s, y q u e to d o s e n ­ v id ia b a n , le c o n v e r tía e n un hom bre m u y v alio so . O b lig a d o c o m o e s ta b a p o r e l ju r a m e n to h ech o a T in d á r e o , c o m o a n ti­ www.FreeLibros.me g u o p re te n d ie n te d e H elena*, F ilo c te te s a c u d ió a la guerra de T r o y a a l m a n d o d e un c o n tin ­ g e n te d e s ie te n a v io s y c in ­ c u e n ta arq u ero s. P ero cu ando la a rm a d a g r ie g a h iz o e s c a la en T e n e d o s , d o n d e c e le b ra ro n un s a c r if ic io , F ilo c te te s fu e m o r­ d id o e n e l p ie p o r u n a s e r­ p ie n te . L a h e rid a se in fe c tó rá ­ p id a m e n te m ie n tr a s el v iaje p ro se g u ía. L o s je fe s de la ex p e­ d ic ió n , n o p u d ie n d o s o p o rta r m á s e l h e d o r q u e se desprendía d e la h e rid a ni los g rito s d e do­ lo r d e l h e rid o , d e c id ie ro n , a su ­ g e re n c ia d e U lises*, ab an d o n ar a l d e s g r a c ia d o e n la is la d e ­ s ie rta d e L e m n o s. A llí p e rm a ­ n e c ió F ilo c te te s d u ra n te d iez la rg o s a ñ o s , s u b s is tie n d o g ra ­ c ia s a lo s a n im a le s q u e c o n s e ­ g u ía a b a tir c o n su s flech as in ­ fa lib le s, p ero sin lle g a r a sanar d e su h erid a . L o s g rie g o s, e n tre tan to , se d e s e s p e ra b a n a n te lo s m uros d e T ro y a , q u e c o n tin u a b a re ­ sistie n d o . El a d iv in o H éleno — h ijo d e P ríam o* y h e rm a n o g e m e lo d e C asandra*— , al q ue hab ían h ech o prisionero. Ies pre­ d ijo q u e lo s tro y a n o s so lo p o ­ d rían se r vencidos con las arm as d e H e ra c le s . U lis e s p a rtió por tan to h a c ia L e m n o s co n N eoptó lem o , el h ijo de A quiles", para FILOM ELA in te n ta r c o n v e n c e r al a b a n d o ­ n ado F iloctetes d e q u e se u n iese a ello s. C e d ie n d o a la a stu c ia d e los e m b a ja d o re s, q u e le habrían p ro m e tid o q u e e n T ro y a s e ría c u ra d o d e su h e rid a , o b ien im ­ p u lsad o p o r el d e b e r p a trió tic o , F ilo c te te s a c e p tó u n irs e a las tro p as griegas. A llí fu e efe c tiv a ­ m e n te c u ra d o p o r lo s h ijo s d el d io s A s c le p io ' y p u d o to m a r p a rte en lo s c o m b a te s . U n a d e su s H echas e n v e n e n a d a s a c a b ó co n la v id a d e Paris*. F ilo c te te s f u e u n o d e lo s p o c o s j e f e s g r ie g o s q u e tu v o u n re g re so sin in c id e n te s . M ás ta r d e m o r iría c o m b a tie n d o c u a n d o a c u d ió e n s o c o r r o d e una c o lo n ia d e R o d as q u e h ab ía s id o a ta c a d a p o r lo s b á r b a ­ ro s in d íg e n a s d e l s u r d e Italia. -¥ TROYA. ♦ Lit. En su tragedia Filoctetes (409 a. C .), Sófocles im agina que es el propio Heracles divi­ nizado quien eonsigue conven­ cer al héroe para que se una al ejército griego: «Con m is fle­ chas arrancarás la vida de Pa­ ris / que fue la causa de tantas desgracias / y derribarás el po­ der de Troya» (versos 14261428). ♦ ¡con. Filoctetes herido, vasija griega, h. 460 a. C-. Louvre. 182 F IL O M E L A H e rm a n a d e P r o e n e tr a n s ­ f o r m a d a e n p á ja r o c o m o e lla . F ilo m e la y P ro e n e e ra n h ija s d e l re y a te n ie n s e P a n d ió n , q u e e n tr ó e n g u e r r a c o n T e b a s ’. P a ra a s e g u r a r s e la a lia n z a d e T e r e o . re y d e T r a c ia e h ijo de A r e s ', le e n tr e g ó a su h ija P r o e n e e n m a trim o n io . E sta p ro n to e c h ó d e m e n o s a s u h e r­ m a n a y e n v ió a s u e s p o s o a A te n a s p a ra q u e fu e s e a b u s ­ c a rla , P ero T e rc o , n a d a m ás ver a F ilo m e la , e x p e r im e n tó u n a v io le n ta p a s ió n p o r la m u c h a ­ c h a , y e n e l v ia je d e re g r e s o a T r a c ia c o n s ig u ió s a tis f a c e r su d e s e o p o r la fu e rz a . T e m e ro so d e q u e la jo v e n re v e la s e lo su ­ c e d id o , le c o r tó la le n g u a y la e n c e rr ó e n u n lu g a r se g u ro . Fi­ lo m e la , sin e m b a rg o , c o n sig u ió d e n u n c ia r a P ro e n e e l c rim e n d e T e re o b o rd a n d o lo su ced id o e n u n ta p iz q u e h iz o lle g a r a su h e rm a n a . P ro e n e , lo ca d e rabia, m a tó a Itis, el h ijo q u e h a b ía te­ n id o c o n T e re o , lo d e sp e d a z ó y s e lo s ir v ió g u is a d o a s u m a­ rid o . M ie n tra s e l h o rro riz a d o T e re o p e rs e g u ía a la s d o s h e r­ m a n a s se o p e r ó u n a m e ta m o r­ fo sis : P ro e n e fu e tran sfo rm ad a e n g o lo n d rin a , F ilo m e la e n rui­ s e ñ o r y T e r e o e n a b u b illa , el a v e d e a sp e c to g u e rre ro , co n su FLORA 183 Rubens. El banquete de Tereo. Madrid. Museo del Prado pico e n fo rm a d e la n za y el o r­ g u llo so c o p ete . ♦ Lit. O vidio, M etamorfosis. VI, 4 12 y ss.; Lope de Vega. ¡m Filomena (1621). versión de la fábula narrada por Ovidio. ♦ ¡con. R ubens, E l banquete de Tereo, h. 1636-1638, M a­ drid. M useo del Prado. FL O R A D io sa ro m a n a d e las flo res y la p rim a v e r a . F lo r a e r a la d io sa itá lic a d e la v e g e ta c ió n y presidía la a p ertu ra d e las flores y , e n g e n e r a l, d e « to d o lo q u e www.FreeLibros.me flo re c e » . S e le c o n sag ró el m es d e a b ril y en su h o n o r se c e le ­ b ra b a n u n o s ju e g o s , los Floralia . S e la r e p r e s e n ta s ie m p re a d o rn a d a co n flores. E ra una de la s d o c e d iv in id a d e s a las q ue s e o fre c ía n sa c rific io s ex p ia to ­ rio s c a d a v ez q u e su cedía un fe­ n ó m e n o e x tra o rd in a rio . O v id io la h a c e e sp o s a de u n o d e lo s d io s e s ” d el viento. C éfiro ”, c re a n d o u n a leyenda de inspiración g rieg a sobre el tema. ♦ Lengua. La flo ra es el con­ ju n to de plantas de un país o región. 184 FO R T U N A ♦ Lit. O vidio, Fastos, V. 20 y ss. ♦ Icó n . Flora, fresco d e Stahia. siglo i a. C .. Ñ apóles; Poussiil. E l triunfo de Flora, lienzo, h. 1630, L ouvre; Carpeaux, escultura, 1864, Louvre. FORTUNA En R o m a, d iv in id ad q u e e n ­ c a r n a b a e l A z a r. L a d i o s a ' la ­ tin a F o rtu n a s e id e n tific a c o n la T iq u e ” g rie g a : e s la p e r s o n if i­ c ació n de la S u e rte , fa v o ra b le o a d v e rsa , q u e se u n e a lo s h o m ­ b re s y rig e su s v id a s . S e h a b la d e F o rtu n a b o n a o d e F o rtu n a m a ta , p u e s se tra ta d e u n a d iv i­ n id a d v e le id o s a y c a m b ia n te q u e e n c a rn a lo im p re v is to y lo in e s p e ra d o de la e x is te n c ia h u ­ m a n a . L a F o rtu n a s e d is tin g u e del F a lu n v , e l D e s tin o ', q u e e s u n a fu e r z a c ie g a e in v e n c ib le . S e la s u e le r e p r e s e n ta r c o n un c u e rn o d e la a b u n d a n c ia o bien c o n un tim ó n , y a q u e d irig e la e x is te n c ia d e los h o m b re s. ♦ L engua. La fo rtu n a ha que­ dado com o esa potencia miste­ riosa que distribuye los bienes y los males al azar: la fo rtu n a e s ciega. los ca prichos de la fortuna, etc. La palabra ha ter­ m inado siendo tam bién sinó­ nim o de «riqueza», en cuanto Nicoletto da Módena, Fortuna (grabado en cobre) que esta es considerada un don de la Fortuna. ♦ L it. En las M etam orfosis u El asno d e oro. Apuleyo (siglo ii d. C .) convierte al protago­ nista en víctim a de la Fortuna ad v ersa, a la que se opone la diosa salvadora Isis’. ♦ Icó n . R ubens, Fortuna, h. 1636-1638, Madrid, M useo del P rado; N icoletto da Módena. Fortuna. 185 ten ía c o m o « fu n c ió n » re g ir un s e c to r b ie n d e te r m in a d o d e la v id a . D e e s ta s tre s f u n c io n e s , la p rim e ra e ra la d e la s o b e r a ­ n ía, la s e g u n d a la d e la g u e rra y la te rc e ra la d e la p ro d u c c ió n (y re p r o d u c c ió n ) . E s ta « id e o ­ lo gía tr ilu n c io n a l» , p u e s ta a la luz p o r e l c o m p a ra tis ta fran c é s G e o rg e s D u m é z il, c o r r e s p o n ­ d ía p ro b a b le m e n te a u n a d iv i­ sió n d e la s o c ie d a d e n tre s castas d ife re n c ia d a s . D e tal o r­ g an iza ció n so c ia l n a d a su b siste en la G r e c ia y la R o m a a n ti­ g u as; e n c a m b io , e n la m ito lo ­ g ía y e n la r e lig ió n g r e c o r r o ­ m a n a s s e o b s e r v a n v e s tig io s m ás o m e n o s im p o r ta n te s d e esta a n tig u a c o n c e p c ió n trifu n cional, p o r e je m p lo e n el relato de los o ríg e n e s d e la g u e rr a d e T ro y a ” o e n la tr ía d a p re c a p itolina ro m a n a . L a p re s e n c ia en un m ito d e e le m e n to s d e trifu n c io n a lid a d e s u n f u e r te in d ic io a f a v o r d e l o rig e n in d o e u r o p e o d e d ic h o m ito . - » QUIRINO. FUNCIO NES E n la m ito lo g ía d e lo s an ti­ g u o s in d o e u ro p e o s, lo s dioses* e s ta b a n d iv id id o s e n tre s ca te ­ g o r ía s , c a d a u n a d e la s c u ale s www.FreeLibros.me FU RIA S FURIAS D iv in id a d e s in fe rn a le s ro ­ m a n a s a s im ila d a s a las erinias" g rie g a s. ♦ L en g u a . La palabra furia, convertida en nombre común, significa «ira violenta»; en sentido figurado se designa con ella bien a la persona muy irritada y colérica, o bien a la violencia desalada de los ele ­ mentos (la furia de los vientos, d el mar, etc.). La expresión p o n erse com o una furia, que significa «enfadarse de forma violenta», es sinónim a de otras expresiones procedentes del registro mitológico, com o po­ nerse com o una hidra, y como esta, se aplica indistintamente a hom bres y m ujeres a pesar de ser un sustantivo femenino. - > HARPIAS, HIDRA DE LERNA. T am bién se dio el nombre de fu r ia s a unos m urciélagos de A m érica del Sur de aspec­ to particularm ente horrible. —> HARPIAS. G GALATEA D iv in id a d m a r in a q u e f o r ­ m aba p a rle d e la s n e re id a s”, h i­ ja s d e N e re o ". S u le y e n d a v a u n id a a la d e l c íc lo p e P o li­ fem o”, c u y o s a m o re s re c h az a b a y q u e , c e lo s o , a p la s tó b a jo u n a ro c a a l p a s to r A c is , su a f o r tu ­ nado riv a l. G a la te a tra n sfo rm ó a su a m a n te A cis en u n río y e s ­ cap ó d e P o life m o p a ra re u n irse triu n fa lm c n lc c o n la s o tr a s n e­ reidas. E s p re c is o o b s e r v a r q u e los p u eb lo s c e lta s (d e g a lli: g a lo s , g á la ta s d e A s ia M e n o r , g a le scs) e ra n a v e c e s c o n s id e ra d o s c o m o d e s c e n d ie n te s d e lo s h é ­ roes" n a c id o s d e lo s a m o r e s d e P o life m o y G a la te a , a u n q u e o tra s t r a d ic i o n e s le s a s ig n a n com o a n te p a s a d o m ític o a H e ­ racles”. ♦ Lit. E ntre las obras dedica­ das a Polifem o. algunas insis­ ten en su am o r p o r G alatea. www.FreeLibros.me com o la Fábula de Polifemo y C alatea d e Luis de Góngora ( 1612); el Polifemo de Tomaso Stigliani. poem a pastoril de principios del siglo xvn. o el Brintlisi de los ciclopes de An­ tonio Malatesti (siglo xvn), re­ copilación de sonetos que rela­ tan la leyenda de Polifem o y G alatea. La fábula de Acis y G alatea ha inspirado asimismo múltiples obras, entre las cua­ les pueden citarse La zampona de Giambattista Marino (1620), recopilación de idilios mitoló­ g icos, así com o una novela pastoril d e Cervantes, la C ala­ tea (1585), continuada en 1783 p o r Jean-Pierre C laris de Florian. E stas dos últim as obras ofrecen, sin embargo, una ver­ sión hum anizada y moderni­ zada del episodio, que ya no tiene nada de m itológico. De hecho, el nom bre de esta ne­ reida pronto se convirtió en un tópico de las obras pastoriles. G A N ÍM ED ES 188 en las que generalm ente hay una pastora-ninfa* que lleva su nombre. ♦ ¡con. Son frecuentes las re­ presentaciones de los Am ores d e A cis y C alatea sorprend i­ d o s p o r P olifem o (p articu lar­ m ente im presionante el grupo de la fuente M édicis en el jar­ dín de L uxem burgo, en París, esculpido por O ttin, siglo xix; Lorrain, 1657. Dresde). Rodin. Polifemo y Acis, bronce. 1888. París. N o m enos num erosas son las representaciones del Triunfo de C alatea (especial­ m ente la d e R afael, 1514. R om a). D alí. C alatea de las esferas, retrato de su m ujer y m usa G ala. 1952. colección Cellini, Ganímedes, Florencia. Museo del Bargello privada. ♦ M ás. A cis y Calatea: Lully. pastoral. 1686; H aendel, pas­ y se lo lle v ó p o r los a ire s hasta toral, 1720; H aydn, ópera, el O lim p o * , d o n d e le c o n v irtió 1790. e n c o p e r o d e lo s d io s e s 1. Allí v e r tía e l n é c ta r ” e n la c o p a de GANÍMEDES Z e u s . El á g u ila q u e le tran s­ J o v e n ra p ta d o p o r Z eu s". p o rtó p o r el a ire fu e conv ertid a G an ím ed es e ra «el m á s b ello de e n c o n ste la c ió n . los m o lía le s» , p rín c ip e de la fa ­ m ilia real d e T r o y a ' y d e s c e n ­ ♦ L e n g u a . Un ganím edes es d ie n te de D á rd a n o '. P asto re a b a un jo v en apuesto y compla­ c o n su re b a ñ o s o b r e u n a m o n ­ ciente («los ganím edes de for­ ta ñ a , c e r c a d e T r o y a , c u a n d o mas lascivas». Apollinairc). Z e u s lo v io y se e n a m o r ó a p a ­ C on su nom bre se bautizó el sio n a d a m e n te d e él. E l d io s se principal satélite de Júpiter. tra n s fo rm ó e n to n c e s e n á g u ila ♦ Lit. El rapto de Ganímedes G EA ha sido una fecunda fuente de in spiración para la literatura griega y rom ana desde Ho­ m ero (¡liada, V, 265 y ss; XX, 232 y ss.) hasta O vidio (M eta­ m orfosis, X. 155 y ss.). El tem a tam bién fue tratado d u ­ rante el barroco: Júpiter a G a­ nímedes, soneto de Juan de Arguijo (1605); Jú p iter vengado o Fábula d e C riselio y Cleón, com edia de Diego Jim énez de Enciso (1632). ♦ ¡co n . Z eus raptando a Caním edes, terraco ta griega, h. 4 8 0 a. C ., O lim pia; G aním e­ des, escu ltu ra, siglo iv d. C., G ranada; vaso griego. 470 a. C .. A tenas. Sobre el mismo tema, lienzo de Rubens (1636, M adrid, M useo del Prado), de R em brandt (siglo xvii, D res­ de); G aním edes, bronce de B envenuto C ellini. siglo xvi, F lorencia; José A lvarez C u­ bero. G aním edes, escultura, 1818, M adrid. Real Academia de B ellas A rtes d e San Fer­ nando. GEA E n la c o s m o g o n ía a n tig u a , p e rs o n ific a c ió n d e la T ie rr a . C e a d e s e m p e ñ a u n p a p e l im ­ p o rtan te e n la T e o g o n ia h e sió d ica, d o n d e n a c e d e s p u é s del caos* y a n te s d e E ro s": e s la www.FreeLibros.me p rim e ra re a lid a d m a te ria l del C o s m o s . E n g e n d ró p o r sí m ism a a l C ie lo (U rano*), a las M o n ta ñ a s y a l m e d io m a rin o (P o n to ). M á s tard e se u n ió a su h ijo U ra n o , q u e la c u b rió p o r c o m p le to , y d e su unión n acie­ ro n lo s prim ero s dioses*, qu e ya n o e ra n u n a sim p le p ersonifica­ c ió n d e e le m en to s; lo s se is tita­ nes* y la s s e is titá n id e s , lu eg o lo s cíclopes* y lo s h ecato n q u ir o s , g ig a n te s* d e c ie n b ra z o s. P e ro n in g u n o d e s u s h ijo s lle ­ g a b a a v e r ja m á s la lu z d el d ía p o rq u e su e sp o so U rano, q ue la c u b r ía c o n s u c u e rp o e n un c o n tin u o a c to d e fe cu n d ació n , im p e d ía e l a lu m b ra m ie n to de s u d e s c e n d e n c ia , c o n d e n a d a a p e r m a n e c e r e n e l v ie n tre de G e a . E lla e n tr e g ó a su ú ltim o h ijo , C ro n o ", la h o z ritu a l y le p id ió q u e ca stra ra a U rano para lib erarla. C o n su h ijo P o n to en­ g e n d ró d iv in id a d e s m a rin a s, e n tre e lla s a N e re o 1 —> c r o n o . C u a n d o C r o n o tu v o el po­ d e r en su s m a n o s d e m o stró se r tan tira n o c o m o su p a d re . G ea d e c id ió in te r v e n ir de n u ev o a c o n se ja n d o a Rea* q u e e sc o n ­ d ie ra al p eq u e ñ o Z eu s en C reta y a y u d a n d o m á s tard e a Z e u s a d e r r o c a r a su p a d re c o n el a p o y o d e los titanes, qu e habían s id o lib e ra d o s del T ártaro*. En 190 G IG A N TE S la c o sm o g o n ía an tig u a. G c a d e ­ s e m p e ñ a u n p a p e l p ro te c to r , aseg u ran d o la co n tin u id a d d e la v id a fre n te a l e g o ís m o d e los elem en to s m ascu lin o s. —» z e u s . C o n el T á r ta r o , d io s m a lé ­ fico, e n g e n d ró a T ifón*, m o n s ­ truo* d e te m ib le p o d e r a q u ie n Z e u s h u b o d e c o m b a tir p a ra a s e n ta r su so b e ra n ía . S e le a tr i­ b u y e n c o m o h ijo s s u y o s o tr o s m u c h o s m o n stru o s: P itón", C a ribdis", las h arpías"... M ás tard e fu e a s im ila d a e n o c a s io n e s a D e m é te r” o a C ib eles". ♦ L en g u a . La raíz gé-, que significa «la tierra», es la base de muchas palabras: geografía, geología, geomorfismo, etc. ♦ Lit. Hesíodo, Teogonia. 167 y ss. ♦ Icón. Zeus luchando contra un gigante en p resencia de C ea. copa griega. 415 a. C.. Berlín. GIGANTES N a c id o s d e G ea" (la T ie rra ) f e c u n d a d a p o r la s a n g r e d e U ra n o ” (el C ie lo ) , a q u ie n su h ijo C ro n o h a b ía c o r ta d o lo s ó rg a n o s g e n ita le s a p e tic ió n d e su m ad re. L os g ig a n te s so n u n a ra z a m o n s tru o s a : d e ta m a ñ o « g ig a n te sc o » y fu e rz a in v e n c i­ b le , d o ta d o s d e u n a c a b e lle ra y u n a b a r b a h ir s u ta s , c o n s e rv a n la a p a r ie n c ia h u m a n a e x c e p to p o r la s p ie rn a s, s u s titu id a s por u n a c o la d e s e rp ie n te . A u n q u e so n d e o rig e n d iv in o , p u ed en m o r ir a c o n d ic ió n d e q u e sean a b a tid o s a la v e z p o r u n d io s y u n m o rta l. El m o tiv o m á s rele­ v a n te d e su le y e n d a lo c o n s ti­ tu y e s u c o m b a te c o n tra lo s d io ­ ses", la G ig a n to m a q u ia . G e a le s d io la v id a para v e n g a r a su s p rim e ro s h ijo s, los tita n e s ", a q u ie n e s Z e u s" en ce­ rró e n e l T á rta ro * . N a d a más n a c e r en e l su e lo d e T ra c ia ata­ c aro n ai C ie lo arro ján d o le enor­ m e s p e ñ a s c o s y á rb o le s en lla m a s . In c ita d o s p o r G e a , d e­ c la ra ro n la g u e rra a lo s O lím p i­ c o s", q u e y a s e h a b ía n p rep a­ ra d o p a ra d e f e n d e r s e d e su a m e n a z a . En e fe c to , Z e u s , que s a b ía q u e p a ra d e r r o ta r lo s ne­ c e sita ría el a p o y o d e un mortal, h a b ía e n g e n d r a d o a u n h é ro e d e u n a fu e rz a s in ig u a l: H era­ c le s ”. P o r o tr a p a rte , e l señor del O lim p o ” se h a b ía apoderado a d e m á s d e la h ie rb a m ág ica que G e a h a b ía p ro d u c id o p a ra que lo s g ig a n te s fu e ra n invencibles a n te lo s g o lp e s d e los mortales. —> TEOGONIA. L a b a ta lla se d e s a r ro lló en la s « T ie rra s a rd ie n te s » , m iste­ r io s a re g ió n v o lc á n ic a donde 191 vivían los g ig an tes. E stos se en ­ fren taro n c o n tra los d io s e s c o a ­ lig a d o s a rro já n d o le s ro c a s , p e ­ ñ a sc o s q u e a r r a n c a b a n d e las c im a s d e lo s m o n te s y a n to r ­ c h a s fo r m a d a s c o n e n o rm e s tro n c o s d e r o b le s . H e ra c le s a b atió a l g ig a n te A lc io n e o co n una d e s u s fle c h a s en v e n e n a d a s y, p o r c o n s e jo d e A te n e a ”, le a rra s tró le jo s d e l s u e lo d o n d e h abía n a c id o p a ra q u e m u riese, ya q u e al e n tra r en c o n ta c to co n la tie rra v o lv ía a c o b r a r v ig o r. Z eu s fu lm in ó a P o rf irió n , q u e in ten tab a v io la r a H e ra , y H e ­ racles le re m ató d e u n flechazo. E fia lte s m u r ió a tr a v e s a d o p o r d o s f le c h a s , u n a q u e le e n tró por e l o jo d e re c h o , la n z a d a p o r A p o lo -, y o tr a q u e le e n tró p o r el izq u ierd o , a rro ja d a p o r H era­ cles. A te n e a a p la s tó a E n c é la do c u a n d o in te n ta b a h u ir d e l c am p o d e b a ta lla , a rr o já n d o le en cim a la is la d e S ic ilia ; d e sd e entonces y a c e b a jo la isla, a rro ­ ja n d o a v e c e s s u a lie n to d e fuego p o r e l v o lc á n E tn a . La m ism a s u e rte c o rr ió M im a n te , a q u ie n H c fe s to ” s e p u ltó b a jo una m a s a d e m e ta l a rd ie n te y yace b a jo e l V e s u b io . A te n e a mató y d e s o lló a R aíante", c u y a piel c o n s e r v ó p a ra re c u b r ir su coraza. D e e s te m o d o c a d a d io s abatió a u n g ig a n te , al q u e H e ­ www.FreeLibros.me GIGANTES ra c le s re m a ta b a lu eg o c o n una d e su s (le c h a s , e n v e n e n a d a s c o n la sa n g re d e la h id ra --. ♦ Lit. La G igantom aquia. re­ latada inicialmente por Hesío­ do (siglo vm a. C.). fue objeto en Rom a, en el siglo iv d. C„ d e una epopeya de Claudiano. una de las últim as grandes obras de la Antigüedad de ins­ piración mitológica, de la que solo conservamos el principio. Los gigantes aparecen con fre­ cuencia, en los libros de caba­ llerías españoles del siglo xvi. com o sím bolo del Mal y de la barbarie contra la que el caba­ llero debe luchar. A partir del B asagante o el Famongomadán del A m adís de Caula — obra que inicia el ciclo en 1508— . la figura del gigante se va a convertir en una cons­ tante del genero, y será paro­ diada por Cervantes en el Qui­ jo te ( 16 0 5 -16 15) en el episodio en que hace luchar al caballero m anchego con unos molinos de viento. ♦ Icón. La G igantom aquia es uno d e los tem as favoritos de la escultura griega, siendo uno de los más utilizados para de­ corar los frontones de templos, donde la morfología de los gi­ gantes se prestaba particular­ G IG ES m ente bien a las exigencias plásticas del edificio (bajorre­ lieve helenístico de Pérgatno. siglo ni a. C ., B erlín; bajo­ rrelieve griego, siglo 11 a. C.. Del fos). GIGES o GÍES G ig e s, o G íe s , e s e l n o m b re d e u n o d e lo s tr e s h e c a to n q u iros (gigantes" «d e cien brazos» ) n a c id o s de G ea" y U rano". E s ta m b ié n un p e rs o n a je h is tó ric o , re y d e L id ia en el s ig lo vil a. C ., f u n d a d o r d e la d in a s tía d e lo s M e rm n a d a s . A lg u n o s re la to s le g e n d a rio s re ­ fieren su ascen sió n al trono. S e­ g ú n el re la to q u e P la tó n o fre c e e n L a R e p ú b lic a , G ig e s e ra un p a s to r q u e , d e s p u é s d e e n c o n ­ trar un an illo q u e co n fe ría la inv is ib ilid a d , lo h a b ría u tiliz a d o p a ra s e d u c ir a la e s p o s a d el rey C a n d a u lo y m a t a r a e s t e ú l­ tim o . H e r o d o to , p o r su p a rte , c u e n ta q u e e l re y C a n d a u lo , d e s m e s u r a d a m e n te o r g u llo s o d e la b e lle z a d e s u m u je r, o b lig ó a s u f a v o r ito G ig e s a q u e se e sc o n d ie ra en la c á m a ra re a l p a ra a d m ir a r a la re in a d e s n u d a . E sta d e s c u b r ió a G i­ g e s y . h e r id a e n su p u d o r, le o b lig ó a m a ta r a l r e y y a t o ­ m a rla p o r esp o sa . 192 ♦ Lit. La historia de Giges no se convierte realm ente en un mito literario hasta el siglo xix. si bien es cierto que la leyenda que refiere Platón se relaciona con el tema del hom bre invisi­ ble, que ha conocido una larga posteridad literaria que llega hasta nuestros días. Sin em ­ bargo, el relato que Herodoto presenta del episodio inspiró Las dam as galantes, de Brantóm e (1665-1668), uno de los Cuentos de La Fontaine (1674). y también El anillo de Giges, de Fcnelon (1690). este últim o se­ gún la versión de Platón, En su novela El rey Candaulo ( 1844). T héophile G autier da una versión pintoresca de este tema, que encontrará numero­ sas ilustraciones en el siglo xix bien desde una perspectiva vodev ilesca, com o p o r ejemplo El rey Candaulo. de Meilhac y Halcvy ( 1873), o desde plantea­ m ientos p oéticos o eróticos, con el G iges y Candaulo. de R obcrt Lytton (1868). Fried rich H cbbcl, en E l anillo de G iges (1856), propone una versión mucho más trágica del tema al presentar a Giges divi­ dido entre la lealtad que debe a su rey y el sentim iento de cu lpabilidad. Por últim o. El rey C andaulo d e A ndré Gide 193 GO RG O N A (1899) subraya la oposición enlrc el rico rey C andaulo y la pobreza de Giges. GORGONA E x iste n tr e s g o r g o n a s . E s­ te n o . E u ría le y M e d u s a , h ija s d e F o rc is y C e to , d iv in id a d e s m arin as n a c id a s d e P o s e id ó n ' y Gea*. F o rm a n p a rle , p o r ta n to , del p a n te ó n ' p rc o lím p ic o , c ep a p ró d ig a e n d iv e r s o s m o n s ­ tru o s". E ra n h e rm a n a s d e las g ra y a s , d e la te r rib le E s c ila y del d ra g ó n q u e g u a rd a b a el j a r ­ dín d e las H e sp é rid o s’, y h a b i­ taban n o le jo s d e allí, en e l e x ­ tre m o O c c id e n te . P ro v is ta s d e u n a s a la s d e o r o . e s to s m o n s ­ tru o s fe m e n in o s te n ía n o jo s c e n te lle a n te s y la c a b e z a e r i­ zad a d e s e r p ie n te s , d ie n te s d e ja b a lí, c u e llo e s c a m o s o y m a ­ nos d e b ro n c e ; y to d o aq u e l q u e c o n te m p la b a su ro s tro q u e d a b a c o n v e rtid o e n p ied ra. F rec u en tem e n te se u ti li z a d a p e la tiv o d e g o rg o n a p a ra re fe ­ rirse a M e d u s a , la ú n ic a d e las tres q u e e r a m o rta l. P o s e id ó n había o s a d o u n irse a e lla en un te m p lo d e A te n e a " , s e g ú n u n a tra d ic ió n q u e e x p lic a a s í la a y u d a q u e la d io s a ” p re s tó a P e rs e o ’ p a ra q u e e s te d ie s e m u erte al m o n stru o . C u a n d o el héroe le c o rló e l c u e llo , d e su www.FreeLibros.me Mosaico con cabeza de gorgona, Tarragona. Museo Arqueológico c u e rp o m u tila d o su rg iero n dos s e r e s e n g e n d ra d o s p o r P o seid ó n , e l c a b a llo P eg aso- y C ris a o r, u n g ig a n te * a rm a d o con u n a e s p a d a d e o ro . E ste, a su v e z , s e r ía p a d re d e l m o n stru o G e rio n e s y , seg ú n una versión, ta m b ié n d e E q u id n a , la m u je r v íb o ra , la c u a l c o n c ib ió d e T i­ fó n u n a p ro g e n ie m o n stru o sa (e l p e rr o O r tr o s , C e rb e ro " , la h id ra d e L e rn a , la Q uim era* q u e m ató B elerofonles ...). A te­ n e a c o lo c ó la c a b e z a de M e­ d u s a e n el c e n tro d e su escudo, a p o d e rá n d o se a s í d e su tem ible p o d e r p e trific a d o r. L os a n tro ­ p ó lo g o s v en en el g org o n eio n , o « c a b e z a d e la g o rg o n a » , una a n tig u a m á sc ara ritu al de valor m á g ic o . - 4 HERACLES, MONS­ TRUOS, PERSEO, TEOGONIA. 194 G R A C IA S ♦ L en g u a . El anim al m arino llam ado m edusa recibió el nom bre del m onstruo m itoló ­ gico debido al aspecto serpen­ tino de sus tentáculos. Medusa era también el nombre de un barco que en 1816 sufrió un terrible naufragio y cuyos supervivientes fueron abando­ nados a la deriva amontonados en la fam osa «balsa d e la M e­ dusa»; este suceso inspiró a Géricault su fam oso cuadro La balsa d e la M edusa, co n se r­ vado en el Louvre, que se con­ sidera el m anifiesto de la e s ­ cuela pictórica romántica. ♦ L it. F rancisco de la Torre com para el p o d er paralizador de la cabeza de M edusa con el que pura él tiene el am or, que una vez conocido es imposible de abandonar, en el soneto XXV («Amor con la cabeza de M edusa...»), p ublicado en 1631. El m ism o tem a había sido tratado por autores com o Petrarca, Varchi o Domenichi. adorno d e tejado en terracota, siglo vu a. C.. Siracusa; M ás­ cara d e gorgona. tem plo del Belbedere, O rvieto, siglo iv a. C.), las cerámicas (plato ático, G orgoneion de Lydos, h. 550 a. C.), las puertas (portal del ho­ tel de los Em bajadores de Ho­ landa, París) y los suelos (Mo­ saico con cabeza de gorgona, época rom ana, T arragona); es también tem a de diversos lien­ zos (Caravaggio, 1598. Floren­ cia; Rubens, 1618, Viena: Lévy-Dhurmer, siglo xx , Lou­ vre; D alí, La gorgona (M e­ dusa). 1950, colección privada) y de esculturas (M edusa Rondanini. copia de un original de Fidias, siglo v a. C ., Munich; Giacometti, 1935, Nueva York). —> PERSKO. ♦ Cin. En la película Furia de titanes, d e D esm ond Davis (1981). aparece vencida por Persco; d a tam bién su nombre a la cinta fantástica de Tercncc Fisher The Gorgon (1964). —> PliRSHO. ♦ ¡con. La cabeza de M edusa ha fascinado a los artistas de todos los tiempos: decora los tem plos (C abeza de Medusa. GRACIAS N o m b re c o n e l q u e en R o m a se c o n o c ía a la s —» c a ­ r it e s . H HADES H ijo d e C ro n o * y R e a ' y h e rm a n o d e Z e u s ' y P o se id ó n ”, co n q u ie n e s se re p a rtió el U n i­ v erso d e s p u é s d e la v ic to ria d e lo s O lím p ic o s* s o b r e lo s tita ­ nes*. E s e l s o b e r a n o d e l te n e ­ b ro so m u n d o d e lo s In fiern o s". In flexible, es ab o rre c id o p o r to d o s, in c lu s o p o r lo s m ism o s Inm ortales, a p e sa r d e n o s e r un d io s m a lé v o lo ni in ju sto . S u n o m b re e ra d e m al a u g u rio , d e ahí q u e p a ra n o m b ra rlo se re c u ­ rriera frecu en tem en te a d iv erso s e u fem ism o s, c o m o P lu tó n ' («el R ico»), y a q u e a l s e r el a m o d e las profundidades d e la tierra p o ­ seía to d a s su s riq u e z a s m in eras y re g ía ta m b ié n la fe c u n d id a d del su e lo e n su s asp e cto s ag ríco ­ las, característica q u e lo aso cia a D em éter". S u a trib u to prin cip al es un c a s c o q u e co n fiere la invisibilidad a su p ortador, reg alo de los cíclopes"; d e h e c h o , el sig n i­ ficado etim ológico d e su nom bre www.FreeLibros.me Hades o Plutón en la estatua romana de P lutón procedente de Mérida (Badajoz) g rie g o e s « e l In v isib le» . O tros dioses" o h éro e s’, c o m o Atenea". H c rm e s” o P erseo", utilizaron e n ocasio n es e ste objeto mágico. - » TEOGONIA. H A RM O N ÍA 196 rida). sentado en su trono, a H a d e s a p a re c e ra r a s v e c e s veces con C erbero a sus pies. en lo s m ito s , e x c e p to e n el d e Es más frecuente, sin embargo, D em éter. su h e rm a n a , c u y a hija verle raptando a Perséfone C o re ' ra p tó p ara c o n v e rtirla en (Rubens, siglo xvii, París y Ba­ re in a d e lo s In fie rn o s c o n el y ona; e scu ltu ra de G irardon, no m bre d e Perséfone". S u unión siglo xvn. Bruselas). n o tu v o h ijo s (—> d e m é t e r ). Se —> PROSliRRINA. atribuye a H ades d o s in fid elid a ­ d e s c o n y u g a le s , u n a c o n la n in fa M e n te , a la q u e tr a n s ­ HARMONÍA fo rm ó e n la p la n ta d e la m en ta H a rm o n ía , g e n e ra lm e n te p a ra p ro te g e rla d e lo s fe ro c e s c o n s id e r a d a h ija d e A r e s 1 y c e lo s d e P e rs é fo n e , y o tr a co n A fro d ita " , fu e e n tr e g a d a p o r u n a h ija d e O c é a n o " , L c u c e , a Z e u s ' c o m o esp o sa a C a d m o , el q u ien c o n v irtió en el á la m o p la ­ p rim e r re y d e T e b as . T o d o s los tea d o q u e cre c ía en los C am p o s d io s e s" a s is tie ro n a lo s e s p o n ­ E líse o s", a o r illa s d el río d e la s a le s tra y e n d o m a g n ífic o s pre­ M e m o ria. H o m e ro n o s m u e s tra sen tes, e n tre e llo s un v estid o te­ al d io s h e rid o en e l h o m b ro p o r j i d o p o r las g ra c ia s ' y u n co llar u n a (lech a d is p a ra d a p o r H e ra ­ d e o ro , o b ra d e H efesto ". Estos cles", a q u ie n q u is o im p e d ir el re g a lo s e s ta b a n d e s tin a d o s a a c c e s o a su re in o . H a d e s tu v o d e s e m p e ñ a r u n im p o rta n te pa­ q u e re f u g ia rs e e n e l O lim p o ', p e l, a m e n u d o fu n e s to , e n la d o n d e un b á ls a m o m a ra v illo so v id a d e su s p o s e e d o r e s . Por le sa n ó m uy p ro n to . e je m p lo , d u ra n te la g u e r r a de lo s S ie te c o n tr a T e b a s , P o lin i­ ♦ Lengua. Con el nom bre del c e s se sirv ió del c o lla r p a ra so ­ dios de los m uertos se bautizó b o r n a r a E rif ile , h e rm a n a del un proyecto europeo de cohe­ rey d e A rg o s , A d ra s to ; E rifile tes con cabeza nuclear, el pro ­ c o n v e n c ió e n to n c e s a su e s­ véelo H ades, que no llegó a p o so . e l a d iv in o A n fia ra o , para ponerse en marcha. q u e p articip ara en la expedición ♦ ¡con. En las representacio­ en la q u e s a b ía q u e p e re ce ría . nes antiguas. H ades aparece M á s la r d e , su h ijo A lcm eó n com o un soberano barbado, de v e n g ó a su p a d re m a ta n d o a rostro severo (Pintón, estatua E rifile , s ie n d o p e rs e g u id o por rom ana procedente de M é- las te rrib le s e rin ia s '. 197 H A RPÍA S ♦ L engua. En la lengua espa­ ñola existen dos ortografías distintas para esta palabra: a r­ m onía y harm onía, aunque suele preferirse el uso de la pri­ mera forma. A sí, la voz arm o­ nía en sus diferentes acepcio­ nes. al igual que sus derivados (arm onioso, armonizar, arm ó­ nico, etc.), se relacionan e ti­ m ológicam ente con el nombre de la esposa d e C adm o, a su vez form ado sobre una raíz que ex p resa la noción de unión, de ju sta proporción de los elem entos que constituyen un todo. Relieve griego con Harpía robando un niño. Londres. British Museum C e le n o , « n u b e to rm entosa». Su m o ra d a e ra n la s is la s E stró faE s to s g e n io s a la d o s e ra n d e s, e n el m a r E g eo . T e m ib le s h ijas d e T a u m a n te — a su v ez « ra p to ra s » d e a lm a s y n iñ o s h ijo d e P o n to (e l M a r ) y G ea* — d e a h í su n o m b re — , se las (la T ie r r a ) — y d e E le c tra , h ija r e p r e s e n ta a v e c e s so b re las de O c é a n o ; h e rm a n a s u y a e ra tu m b a s, ap o d erán d o se del espí­ Iris", la m e n s a je r a d e lo s d io ­ ritu d e l m u e rto y lle v á n d o se lo ses". P e rte n e c e n p o r ta n to a la en su s g arras. g e n e ra c ió n d iv in a p re o lím p iL a le y en d a en la que desem ­ ca, c o m o la s e rin ia s " . —> t e o ­ p eñ an e l papel m ás d estacado es g o n ia . la del rey F ineo, a q u ien los A r­ S o n , c o m o la s sire n a s" , g o n a u ta s’ lib eraro n d e la perse­ m onstruos* fe m e n in o s h íb rid o s, c u c ió n d e e sto s m o n stru o s. En m itad m u je r m ita d a v e s , p r o ­ e fe c to , c u a n d o Jasó n " y sus vistas d e a g u d a s g a rra s. S e su e ­ c o m p a ñ e ro s h icie ro n e sc a la en len m e n c io n a r d o s: A e lo , T ra c ia , e n c o n tra ro n a su rey « v ie n to te m p e s tu o s o » , y O c í- b a jo el p eso d e una terrible m al­ pete, « v u e lo v e lo z » , a u n q u e a d ic ió n : F in e o , q u e e ra adivino, veces s e m e n c io n a u n a tercera. h ab ía o sa d o p e n e tra r cierto s se­ HARPÍAS www.FreeLibros.me 198 H ÉC A TE c re to s y Z e u s ', p a ra c a s tig a r su a tre v im ie n to , n o so lo le h a b ía d e ja d o c ie g o s in o q u e a d e m á s había ord en ad o a las harpías q u e le a c o sa ra n sin p ie d a d , d e tal m o d o q u e c a d a v e z q u e el rey in te n ta b a a lim e n ta rs e e s ta s se lan zaban so b re su s v ia n d a s y se las arreb atab an , o b ien las e n su ­ c ia b a n c o n s u s e x c re m e n to s . Fueron los d o s h ijo s d e B óreas", C a la is y Z e tc s , m ie m b ro s d e la e x p e d ic ió n , q u ie n e s c o n s ig u ie ­ ro n e x p u ls a r d e fin itiv a m e n te a los m o n s tru o s , lib rá n d o le d e la m a ld ic ió n . E n a g ra d e c im ie n to , e l rey re v e ló a lo s A rg o n a u ­ ta s c ó m o p r o s e g u ir su p e rip lo . tido figurado a una persona de carácter desabrido, m alvada y rapaz, y debe relacionarse con o tro s nom bres com unes del misino registro procedentes de la m itología, com o fu r ia o hi­ dra. R esulta curioso observar que todos ellos han dado lugar a form aciones exp resiv as del tip o p onerse com o una... ¡arpía/furia/hidral. que son prác­ ticamente sinónim as y signifi­ can «enfadarse d e form a vio­ lenta», con la diferencia de que la ex presión s e r (ponerse co m o ) u n a a rp ía se aplica exclu siv am en te a mujeres. —> ARGONAUTAS. I.F.RNA. P o r ú ltim o , u n a tr a d ic ió n re f ie re q u e la s h a rp ía s , u n id a s a l d io s -v ie n to C é firo ", h a b ría n e n g e n d ra d o a lo s d o s c a b a llo s d iv in o s d e A q u ile s " y a lo s d e los D io scu ro s", C a s to r y P ó lu x , re p u ta d o s p o r s e r ta n rá p id o s c o m o el viento. P o r o tra parte, el térm ino ar­ pía. com o el d e fu ria , designa tam bién a un género d e mur­ ciélagos. —» ERINIAS. ♦ Ic ó n . H arpía robando un niño, relieve griego. Londres. ♦ C in. En Jasón y lo s Argo­ nautas. d e D onald Chaffey (1963), se m uestra su combate con estos. ♦ Lengua. En la lengua espa­ ñ ola existen d o s ortografías distintas para esta palabra: a r­ p ía s y harpías, aunque suele preferirse el uso de la primera forma. F.l nombre genérico de estos m onstruos m íticos, utili­ zado en singular com o nombre común, arpía, designa en sen­ H> ERINIAS. FURIAS, HIDRA DE HÉCATE M ó cate e s u n a d iv in id ad c o m p le ja , in d u d a b le m e n te muy a r c a ic a , p r o c e d e n te d e C aria ( s u r d e A s ia M e n o r ). N o es p ro ta g o n is ta d e n in g ú n relato m ític o ni fig u ra ta m p o c o en 199 H o m e ro . E s u n a d io s a a la v ez lu n a r, in fe rn a l y m a rin a. S e g ú n H e s ío d o , s e r ía d e s ­ c en d ie n te d e los tita n e s ', h ija de P c rse s y A ste ria , p e ro n o p e rte­ n e c e a l p a n te ó n " d e lo s d o c e g ra n d e s d io s e s” olím picos*. Sin e m b a rg o , su p o d e r, q u e s e e x ­ tie n d e so b re la tie rra , e l m a r y el c ic lo , e s in m e n so . D iv in id ad b ien h ech o ra, h a c e p ro sp e ra r las e m p re sa s d e lo s h o m b re s (c ría d e g a n a d o , g u e rra s, v ia je s, p ro ­ c eso s...), p e ro p u e d e c o n d e n a r­ las a l fra c a so s i a s í le p la c e . El p ro p io Z eu s* re s p e ta s u o m n i­ p o ten cia. C o n e l tie m p o e s ta im a g e n tu te la r s e d if u m in a . H é c a te se c o n v ie rte e n u n a in q u ie ta n te d iv in id a d d e l r e in o d e lo s In ­ f ie rn o s ', d o n d e a v e c e s s e la e n c u e n tra s o s te n ie n d o d o s a n ­ to rc h a s e n la s m a n o s . C o m o P erséfo n e”, p a sa a m e n u d o p o r h ija d e D em éte r* . V in c u la d a a un m u n d o n o c tu rn o , d io s a d e la L u n a y d e la m a g ia , a p a re c e a m e n u d o b a jo fo rm a s a n im a le s (perra, loba, y e g u a ) se g u id a p o r una ja u r ía a u llan te . E s la T rip le H é c a te d e lo s s o r tile g io s , q u e se a lz a e n lo s c r u c e s d e c a m i­ nos — lu g a re s p a rtic u la rm e n te c o n sag rad o s a la s p rácticas m á ­ g ic a s— b a jo la fo rm a d e u n a e sta tu a tr ic é f a la o in c lu s o c o n www.FreeLibros.me H ÉC A TE tres c u erp o s. En u n a ép o c a m ás ta rd ía s e o p e ró u n a asim ilación e n tr e H é c a te , A rte m is a ' y Sele n e ”. E n R o m a , H é c a te se ría id e n tif ic a d a c o n T riv ia , d io sa d e las e n c ru c ija d a s. L a tr ip lic id a d ta n a c u sa d a d e H é c a te , p e rc e p tib le tan to en s u s a n tig u o s p o d e re s (aire, m ar y tie rra ) c o m o e n la s d iv e rsa s re p r e s e n ta c io n e s d e la d io sa — a l ig u a l q u e la Q u im e ra ” o C e rb e ro ”— , h a ría re fe re n c ia a u n a d iv is ió n d e l tie m p o o del a ñ o m u y a rc a ic a q u e im plicaba tre s p e río d o s , c a d a u n o de los c u a le s e s ta r ía s im b o liz a d o por u n an im al. ♦ L it. En la novela de Paul M orand H écate y su s perros (1954) el narrador ve cóm o su am ante C lotilde se Iransform a durante la noche y deja escapar palabras incomprensi­ bles. Poco a poco descubre que lleva un vida secreta y se en­ treg a al placer de forma ani­ mal. ♦ ¡con. Los artistas antiguos asimilaron Hécate a ArtemisaD iana', y la representaron de form a análoga, asociándole frecuentem ente un perro, ani­ mal que le estaba consagrado: a veces se la representa con tres rostros o tres cuerpos. HÉCTOR 200 201 HÉCUBA p e ro s u d e s tin o e s m o r ir b a jo los g o lp e s d e A q u ile s , q u e a rr a s tr a su c a d á v e r a ta d o a su c a r r o b a jo la s m u r a lla s d e T ro y a. El a n c ia n o P ría m o c o n ­ s e g u irá fin a lm e n te q u e A q u i­ les le d e v u e lv a e l c u e rp o d e su h ijo a c a m b i o d e u n e le v a d o rescate. -> A N D RÓ M A CA , A Q U IL E S , PRÍAMO. Rubens. H éctor m uerto por Aquiles, París, Museo de Bellas Arles ♦ C in. La película H écate de D aniel S ehm id (1 9 8 2 ) eslá inspirada en la novela de Paul M orand: la diosa m aléfica en­ carna los fantasm as sexuales del deseo masculino. HÉCTOR P rim o g é n ito d e P ríam o * , re y d e T ro y a " , y d e H é c u b a ', e s p o s o d e A n d r ó m a c a ”, e s el h é ro e ” tro y a n o p o r e x c e le n c ia . F ra n co y v a le ro s o , s e re n o a n te la a d v e r s id a d y c o m p a s iv o tan to h a c ia su fa m ilia c o m o ha­ c ia su s h o m b res, e s el je fe enér­ g ic o e in d is c u tib le d e lo s e jé r­ c ito s (ro y a n o s, a l c o n tra rio que su h e rm a n o P a ris ”, c u y o s ad e­ m a n e s p o c o v ir ile s s o n fre­ c u e n te m e n te o b je to d e burlas. D u r a n te e l d é c im o a ñ o de la g u e r r a d e T r o y a , H é c to r se c u b r e d e g lo r ia y h o s tig a sin c e s a r a lo s h é r o e s e n e m ig o s a p r o v e c h a n d o la a u s e n c ia de A q u ile s ”, q u e se h a b ía negado a c o m b a tir . M a la a P a tro c lo ”, ♦ L it. La epopeya hom érica” ha in m ortalizado las hazañas de H éctor, al que conocem os esencialm ente por los relatos de la ¡liada: los episodios he­ roicos, com o su com bate con­ tra Patroclo o sus últim os m o­ mentos frente a Aquiles. alter­ nan co n em o tiv as y patéticas escenas, com o su despedida de Andrómaca y d e su único hijo A stianacte. o tam bién la resti­ tución de su cadáver al anciano Príamo, destrozado por la pér­ dida de su hijo. La Iliada ter­ mina con los funerales del hé­ roe dirigidos p o r A ndróm aca. Hécuba y Helena", hacia la que H éctor siem pre se m ostró be­ névolo. ♦ Icó n . S e le representa solo tH éctor, escultura de Canova, siglo x ix), en el m om ento de desp ed irse de su esposa IH éctor y Andróm aca. crátera www.FreeLibros.me griega de V ulci. h. 530 a. C.. W urzburgo) y de su hijo tHéc­ to r y A stianacte. escultura de C arpcaux, 1854, París), du­ rante su com bate con Aquiles (num erosos vasos griegos), o bien m uerto (F unerales de Héctor, tapiz de finales del si­ glo x v . N ueva York; Rubens H éctor muerto p o r Aquiles, si­ glo x v n . París, M useo de Be­ llas Artes; lienzo de David, si­ glo xix, C hálons-sur-M arne). —> TROYA. ♦ Cin. -> TROYA. HÉCUBA S e g u n d a e s p o s a d e P ría ­ m o ', re y d e T ro y a ”, le d io una a b u n d a n te d e s c e n d e n c ia q u e o sc ila , seg ú n las d iferentes ver­ s io n e s, d e d ie c in u e v e hijos se­ g ú n la trad ició n m ás extendida, a lo s c in c u e n ta q u e p ro p o n e el a u to r tr á g ic o E u ríp id e s . L os m á s fa m o so s so n H é c to r”, P a ­ r ís ”, C a s a n d r a ”, H é le n o , P o líx e n a y T ro ilo . E sta fecundidad e x tr a o r d in a r ia e s u n o de los e le m e n io ¡^ q u e p e rm ite n r e la ­ c io n a r la le y en d a d e T ro y a con la id e o lo g ía in d o eu ro p ea d e las tre s funciones* y v e r en la gu e­ rr a d e T ro y a u n a n tiq u ís im o m ito h u m a n iz a d o y co n v ertid o e n h is to ria . —> f u n c io n e s , pa ­ r ís , PRÍAMO. H EFESTO ♦ Lit. Fernán Pérez de O liva, Hécuba triste (h. 1530). - » P R ÍA M O . ♦ Cin. —> TROYA. HEFESTO H e fe s to e s e l d io s d e l fu eg o , a u n q u e n o d el fu e g o c e ­ le s te ni d e l f u e g o d o m é s tic o , sin o d el fu e g o d e la tie rra , e l d e lo s v o lc a n e s , c u y o d o m in io p e rm ite el tra b a jo d e lo s m e ta ­ le s. S u m a r a v illo s a h a b ilid a d lin d a p rá c tic a m e n te c o n la m a ­ g ia . A l c o n tr a r io q u e lo s o tr o s d io s e s ', c a r a c te r iz a d o s p o r su p e rfe c c ió n y b e lle z a fís ic a s , H e fe s to e s fe o , d e f o r m e y li­ s ia d o , ra s g o s q u e s in d u d a se re m o n ta n a r e p r e s e n ta c io n e s m u y a r c a ic a s d e la fig u ra d e l a rte sa n o e n las s o c ie d a d e s p ri­ m itiv as. S e g ú n H e s ío d o , e s h ijo d e Hera* y so lo d e H era, q u e lo h a ­ b ría e n g e n d ra d o « sin m e d ia r u n ió n a m o ro s a , p o r d e s p e c h o hacia su esposo». E n la Ilíada es h ijo d e Z eus" y H era. U n d ía su padre, furioso al verle to m a r par­ tid o p o r e s ta e n u n a d is p u ta , le ag arró p o r un p ie y lo p re c ip itó al v a c ío d e s d e la s a ltu ra s del O lim po’. H efesto c a y ó e n la isla d e L em n o s y q u e d ó c o jo a c o n ­ se c u e n c ia d e la c a íd a . S e g ú n o tra s v e rs io n e s , fu e su m ad re 202 q u ie n lo a rro jó a la tie rra , av e r­ g o n z a d a al v erle defo rm e y poco ag raciad o . M ás tarde, H efesto se v en g aría d e H era reg alán d o la un tro n o d e o ro q u e la in m o v iliz ó co n m ág icas lig ad u ras en cuanto la d io s a se s e n tó e n é l. H efesto p u s o c o m o c o n d ic ió n p a ra lib e­ ra rla q u e se le p e rm itie ra re g re ­ s a r a l O lim p o y re c u p e r a r su p u e s to e n tr e lo s d io s e s , o b te ­ n ie n d o e n to n c e s a A frodita* en m a trim o n io . E s ta ta m b ié n te n ­ d ría o c a s ió n d e p r o b a r la v e n ­ g a n z a d e su lisia d o p e ro h ab ilí­ s im o e s p o s o , e l c u a l la « so r­ p re n d ió » d e s a g ra d a b le m e n te c o n u n a red d e m a lla s invisibles q u e c a y ó so b re e lla y s o b r e su am a n te A res’, inm ovilizándolos, c u a n d o a m b o s s e e n tre g ab an ale g re m e n te a su s a m o re s adúl­ tero s. H efesto re d o n d eó la faena e x p o n ie n d o a la p areja culpable, to d a v ía e n la z a d a , a la s m iradas b u rlo n a s — o e n v id io s a s — de lo s o tro s dio ses. E n e l O lim p o , H e fe s to se c o n s tru y ó u n p a la c io rad ian te, to d o d e b ro n c e , d o n d e s e a fa ­ n a b a e n s u s ta re a s a y u d a d o por a u tó m a ta s d e o ro . R e sid ía tam­ b ié n e n L e m n o s y , e n general, en to d o s lo s lu g a res volcánicos. L o s ro m a n o s lo id e n tific a ro n c o n su d io s V u lc a n o ' y situaron s u s fo r ja s b a jo e l E tn a . A yu­ 203 HELÉN d a d o p o r lo s c íc lo p e s* , fa b ri­ c a b a lo s ra y o s d e Z e u s, la s fle­ c h as d e A rtem isa ” y A p o lo -, las s u n tu o s a s a rm a s d e A q u ile s* , las d e E n e a s ... Z e u s re c u rrió a é l p a ra c r e a r a P a n d o r a 1, p a ra e n c a d e n a r a P ro m e te o " e n el C á u c a so , e in c lu so le p id ió q u e le h e n d ie ra e l c rá n e o p a ra p e r­ m itir el n a c im ie n to d e A te n e a ’. M ás ta rd e , H e fe sto e x p e rim e n ­ taría u n v io le n to d e s e o p o r la d io s a q u e h a b ía a y u d a d o a n a ­ c e r e in ten taría fo rzarla, a u n q u e sin é x ito ; d e s u e sp e rm a d e rra ­ m ad o s o b r e la tie r r a n a c e ría E ric to n io ”, f u tu r o re y d e A te ­ nas y a n te p a s a d o d e T e s e o ”. E R IC T O N IO . ciolini (1618) centrado en el episodio de los amores de Ares y Afrodita, o en La red de Vulcano, de D om enico Batacchi (finales del siglo xvm). ♦ ¡con. —* VULCANO. HELE H ija d e A ta m a n te , re y de T e b a s ”, y h e rm a n a d e F rix o . C u a n d o a m b o s h e rm a n o s e sta ­ b an a p u n to d e se r sacrificados p o r su p ro p io p a d re , em p u jad o a l c rim e n p o r lo s c e lo s de su s e g u n d a e s p o s a Ino*, fueron m ila g r o s a m e n te s a lv a d o s p o r u n c a m e ro a la d o , d o ta d o de un v e llo c in o d e o ro ”, q u e se llevó a a m b o s p o r lo s a ire s. S in e m ­ b a rg o , a u n q u e F rix o lleg ó sano y s a lv o a la C ó lq u id e , H ele c a y ó al m a r d u ra n te e l v u elo , e n e l e s tr e c h o q u e s e p a r a el M e d ite rrá n eo del m a r N egro, el a n tig u o P o n to E u x in o . - > v e ­ ♦ Lengua. La imagen que pre­ senta Hom ero en el canto I de la lltiula, donde vem os a los dioses sacudidos por una risa inextinguible a la vista de He­ festo, que regresaba triunfante l l o c i n o D E O R O . y cojean d o al O lim po, es el ♦ L en g u a . En recuerdo de la origen de la expresión una risa homérica'. joven desaparecida, el mar donde se ahogó recibió el * Lit. F.l episodio que m ás ha nombre de Heles/tonto, literal­ inspirado a los escritores e s el m ente «m ar de Hele», actual de la red invisible, empezando estrecho de Dardanelos. por H om ero, que lo refiere en la O disea (can to V III, versos 265 y ss.). Aparece también en HELÉN La sátira de los dioses, poema H ijo prim ogénito d e D eueaburlesco d e Francesco Brac- lión* y P irra , e s el héroe* ep ó - www.FreeLibros.me HELENA n im o d e to d o s lo s g rie g o s , lo s h e le n o s . R ey d e F tía , e n T e s a ­ lia, e lig ió in s ta la rse e n el lu g a r e x a c to d o n d e su s p a d re s s e h a ­ bían e sta b le c id o d e sp u é s d el te­ r r ib le d ilu v io * e n v ia d o p o r Z e u s ' p a ra d e s tr u ir a la h u m a ­ n id a d '. S u s tr e s h ijo s , D o ro s , J u to y É o lo ', s e c o n v e r tir á n m á s ta r d e e n lo s a n te p a s a d o s m ític o s de los tre s g ra n d e s p u e ­ b lo s h e le n o s — lo s d o r io s , lo s jo n io s y lo s e o lio s — , c u y o te ­ rr ito r io e s la H é la d e , té r m in o q u e e n s u o r ig e n d e s ig n a b a a T e s a lia , m á s ta r d e a la G re c ia c o n tin e n ta l (c o n e x c e p c ió n del P e lo p o n e s o ) y f in a lm e n te a la G re c ia a ctu a l. HELENA H ija d e Z eu s" y L e d a 1 — la esp o sa d el rey esp a rta n o T in d á reo— , m e re c e sin lu g ar a du d as s e r d e s ig n a d a c o m o « a q u e lla c o n q u ie n lle g ó el e s c á n d a lo » . S u e x tr a o r d in a r ia b e lle z a d e s ­ p e rta b a p a s io n e s : p o r e ll a se d e s e n c a d e n ó la g u e r r a d e T r o y a ', q u e te r m in a r ía c o n la c a íd a y d e s tr u c c ió n d e la c i u ­ d a d q u e h a b ía s id o c o n o c id a c o m o « la d u e ñ a d e A sia» . F ru to d e la u n ió n d e L e d a c o n Z e u s , q u e h a b ía a d o p ta d o la fo rm a d e un c is n e p a ra s e d u ­ cirla, e s h e rm a n a d e C lite m n e s- 204 tra" y d e C á s to r , q u e s í se ría n h ijo s d e T in d á r e o y p o r ta n to m o rta le s , m ie n tr a s q u e su o tro h e r m a n o , P ó lu x , s e r ía c o m o e lla h ijo d e Z e u s . d io s c u ROS. M u y p r o n to s u b e lle z a a tr a jo m ira d a s c o d ic io s a s . C u a n d o te n ía d o c e a ñ o s fue r a p ta d a p o r T e s e o " , q u e q u iso c o n v e r tir la e n su e s p o s a , pero fu e re s c a ta d a p o r su s d o s h er­ m a n o s m ie n tr a s e l h é r o e ' a te ­ n ie n s e e s t a b a r e te n id o e n los In fie rn o s ', d o n d e h ab ía acudido c o n s u a m ig o P iríto o , q u e pre­ te n d ía c o n q u is ta r a Perséfone*. C u a n d o tu v o e d a d d e to m a r m a rid o , p ráctic am en te to d o s los p rín c ip e s d e G re c ia acu d ie ro n a la c o r te d e T in d á re o p a ra so li­ c it a r la m a n o d e H e le n a . Este, te m ie n d o g ra n je a rs e la en em is­ ta d d e lo s re c h a z a d o s o q u e el c o m p r o m is o d e su h ija diera p ie a a lg u n a v io le n c ia , le s im ­ p u s o a to d o s , s ig u ie n d o los c o n s e jo s d e U lis e s ’, u n so ­ le m n e ju r a m e n to : lo s p re ten ­ d ie n te s d e b e r ía n a c u d ir en a y u d a d e a q u e l a q u ie n Helena e lig ie r a p o r e s p o s o , fu e ra este q u ie n fu e ra y p a sa se lo q u e pa­ sa s e . F u e e l A trid a* M e n e la o ' q u ie n o b tu v o la m a n o d e la be­ lla H e le n a ; p o c o d e sp u é s la pa­ re ja te n ía u n a h ija , H erm íone. 205 F u e e n to n c e s c u a n d o H e ­ len a se c o n v irtió e n e l p e ó n in­ v o lu n ta r io q u e d e te r m in a ría c u á l d e la s tr e s d io s a s , H e ra ’, A te n ea ’ o A fro d ita ', ib a a o b te ­ n e r la m a n z a n a d e o ro q u e Éride", la d io s a d e la D isco rd ia, h a b ía o fr e c id o c o m o u n e n v e ­ n e n a d o d e s a f ío « a la m á s b e ­ lla» . H e le n a se s itú a a s í e n los o ríg e n e s d e la g u e rra d e T ro y a . En e f e c to , d e s d e ñ a n d o lo s re ­ g a lo s d e H e ra y d e A te n e a , P a ­ r ís ', h ijo d e l re y tro y a n o P ría mo% e le g id o c o m o á r b itr o d e tan p a r tic u la r c o n c u r s o d e b e ­ lleza, c o n c e d ió su v o to a A fro ­ d ita , q u e le h a b ía p ro m e tid o el a m o r d e la m u je r m á s h e rm o sa d e la tie rra : H e le n a . P a rís, q u e h a b ía id o e n e m b a ja d a a E s­ p a rta . a p r o v e c h ó q u e e l re y M e n e la o h a b ía a c u d id o a C re ta a lo s fu n e r a le s d e su a b u e lo p a ra r a p ta r a H e le n a , a q u ie n A fro d ita h a b ía h e c h o su c u m b ir a los e n c a n to s d el p rín c ip e tr o ­ y a n o . L o s a m a n te s h u y e ro n a T ro y a lle v á n d o s e c o n s ig o , de p a so , lo s te s o r o s d e M e n e la o . - » P A R IS . D iv e rs a s e m b a ja d a s q u e fueron a T ro y a p a ra re c la m a r la e n tre g a d e la fu g itiv a — e n tr e e lla s u n a d e U lis e s y o tr a d el p ro p io M e n e la o — re s u lta r o n infructuosas. El m a rid o b u rlad o www.FreeLibros.me HELENA Canova. Helena de Troya, Londres, colección privada re u n ió en to n c e s a lo d o s los an ­ tig u o s p re te n d ie n te s d e H elena y les re c o rd ó el ju ra m e n to que h a b ía n p re s ta d o a T in d á re o . P a ra v e n g a r su h o n o r y e l de to d a G recia, un ejercito dirigido p o r A g a m e n ó n ', su h e rm a n o m a y o r, se d irig irá a T ro y a para tra e r d e v u e lta a la e sp o s a rap ­ tada. H e le n a , m u y b ien a c o g id a p o r P ría m o y su fa m ilia , fue c o n s id e ra d a p o r lo d o s c o m o la e s p o s a le g ítim a d e P aris. C a- 206 HELENA s a n d r a ' fu e la ú n ic a q u e p ro f e ­ tiz ó e l fa ta l d e s e n la c e d e tal u n ió n , y s o lo e l p u e b lo s e g u ía v ié n d o la c o m o u n a e x tr a n je r a , a la q u e d e te s ta b a p o r c o n s id e ­ ra rla re s p o n sa b le d el la rg o c o n ­ flic to q ue se a v e c in a b a , q u e d u ­ r a r ía d ie z a ñ o s . D e s p u é s d e la m u e rte d e P a ris , P ría m o la e n ­ tre g ó e n m a tr im o n io a o tr o d e su s h ijo s, D e ífo b o , p ro v o c a n d o a s í lo s c e lo s d e l a d iv in o H élc n o , h e r m a n o g e m e lo d e C a san d ra, q u e , m o v id o p o r el d e s­ p ech o. a c e p tó re v elar a lo s g rie ­ g o s c ó m o to m a r T ro y a. C u a n d o U lis e s c o n s ig u ió in tr o d u c ir s e en la ciu d a d d is fra z a d o d e m e n ­ d ig o , fu e r e c o n o c id o p o r H e ­ le n a , p e r o e s t a n o s o lo n o le d e s c u b r ió s in o q u e in c lu s o le a y u d ó a a p o d e r a r s e d e l P a la d io '. u n a e s ta tu a d e A te n e a n e ­ c e saria p a ra d a r la v ic to ria a los griegOS. —> F I L O C T E T E S , P A I .A D IO , PA L A S . C u a n d o lle g ó la n o c h e fatal d e la c a íd a d e T r o y a , fu e H e ­ le n a q u ie n , d e s d e lo a lto d e las m u r a lla s , a g it ó la a n to r c h a c o m o señ al c o n v e n id a p a ra q u e r e g r e s a ra la Ilo ta g r ie g a . E n e fe c to , su s c o m p a trio ta s h ab ían s im u la d o u n a fa ls a r e tir a d a y e sp e ra b a n e m b o s c a d o s, d e s ­ p u és d e h a b e r a b a n d o n a d o e n la lla n u ra e l c a b a llo d e m a d e r a id e a d o p o r U lis e s . C u a n d o su e s p o s o a p a re c ió a n te e lla lo c o d e ra b ia y d is p u e s to a m a ta rla , a H e le n a le b a s tó c o n d e s n u d a r s u b e lle z a p a ra o b te n e r e l p e r­ d ó n d e M e n e la o , c o m o tam b ién e l d e to d o s lo s g u e r r e r o s g r ie ­ g o s , q u e s e h a b ía n p ro p u e s to la p id a rla . E l r e g r e s o d e H e le n a y d e M e n e la o a G re c ia f u e ta n a z a ­ ro s o c o m o e l d e lo s o tr o s h é ­ ro es. L a p a re ja ta rd ó o c h o añ o s e n r e g r e s a r a E s p a r ta d e s p u é s d e h a b e r p a s a d o p o r d iv e r ­ s a s a v e n tu r a s e n e l M e d ite rr á ­ n e o o r ie n ta l, e n p a r t ic u l a r en E g ip to . L a tra d ic ió n m á s e x te n ­ d id a m u e s tra a H e le n a re c o n c i­ lia d a c o n s u e s p o s o y c o n v e r ­ tid a e n e je m p lo d e to d a s la s vir­ tu d e s d o m é s tic a s . S a lv a d a p o r A p o lo ', fu e d iv in iz a d a y c o n si­ g u ió la in m o rta lid a d p a ra M e­ n e la o e n c o m p e n s a c ió n p o r to ­ d o s lo s to r m e n to s q u e e s te su ­ frió p o r su c u lp a . —> m e n e l a o , TROYA. ♦ L it. C asi todos los autores an tig u o s hacen relato s m ás o m enos extensos d e la leyenda de Helena. Además de las epo­ peyas hom éricas", q u e nos la muestran tanto en T roya, en la ¡liada, co m o en el cam ino de regreso a E sparta, en la Odi- 207 HELENA sea. retendrem os una serie de obras que, a pesar de las múlti­ ples y variadas versiones de la ley en d a, co inciden en p la n ­ tearse la responsabilidad — por n o d e c ir la c u lp ab ilid ad — de H elena en la guerra de Troya. Instrumento de Afrodita, mujer fatal p o r excelencia, la m ayo­ ría de los autores la ju z g a c u l­ pable por su consentim iento al rapto. E urípides co n d en a a la veleidosa esposa d e M enelao, que encuentra su principal acu­ sadora en H écuba (L as traya­ nas. 4 1 5 a. C .); S éneca re to ­ m ará los m ism os argum entos acusatorios, más violentamente todavía, en Las troyanos (entre 49 y 62 d. C.). Algunos, sin embargo, intenta­ ron ex cu sar a H elena, víctim a de los hom bres y/o de los dioses", llegando incluso a re­ dactarse panegíricos exculpatorios. El orador ateniense Isócrates (436-338 a. C .), en el suyo, dem uestra que la guerra fue beneficiosa para G recia al haberle perm itido vencer a una poderosa p otencia rival. En cuan to al elo g io del sofista G orgias (48 7 -3 8 0 a. C .), ex ­ plica que la fatalidad, la co ac­ ción y las pasiones son facto­ res que. con ju g ad o s, pueden absolver a la herm osa heroína. www.FreeLibros.me M ás sorprendente resulta la transposición de la leyenda que propone E urípides en su He­ lena (412 a. C.). Retomando la tradición atribuida al poeta Estesíco ro — según la cual He­ lena nunca siguió a Paris hasta Troya— y la que ofrece el his­ toriad o r H erodoto (h. 485-h. 425 a. C.) —que la muestra re­ tenida prisionera en Egipto por el rey Proteo*— , Eurípides em prende la rehabilitación de aquella a quien tanto había censurado en Las troyanas. En efecto, según esta nueva trage­ d ia . lo q u e en realidad Paris trajo con sig o a T roya no fue sino u n a especie de fantasma que la ofendida Hera había for­ m ado a im agen de Helena, m ientras que la verdadera He­ lena habría perm anecido du­ rante toda la guerra en Egipto en la corte del rey Proteo, a quien Hermes", por orden del propio Z eus, había encom en­ dado la custodia de la bella, la cual de este m odo se habría mantenido fiel a su esposo Me­ nelao. En cuanto al retomo a Esparta. Eurípides im agina en su Orestes (408 a. C.) que este se pro­ duce el mismo día en que el jo­ ven es juzgado en Micenas por el asesin ato de su madre Cli- HELENA [emncslra. C om o su lío Menelao se negaba a defenderlo, el desesperado O restes am enazó con m atar a H elena, pero esta fue m ilagrosam ente salvada por Apolo, que la transportó al Olimpo para convertirla en di­ vinidad protectora d e los nave­ gantes. —> M EN K I.A O , O RESTES. Las obras que la posteridad consagre a la guerra de Troya, com o en la Antigüedad, se in­ terrogarán sobre la culpabilidad de H elena. En el Rom án de Troie. de Benoít de SaintcMaurc (siglo xn). Helena y Pa­ rís forman una pareja de am an­ tes perfectos y Helena aparece com o el prototipo de la belleza ideal. En los Sonetos p u n í H e­ lena (1572). R onsard lleva a cabo una fusión poética entre el nom bre real de la m ujer que ama y el de la heroína legenda­ ria: su am or se convierte así en el pretexto para una serie de va­ riaciones mitológicas e históri­ cas. En uno de sus sonetos más célebres, los ancianos tróvanos, al ver pasar a Helena, admiten: «N uestros males no m erecen una sola de sus miradas.» Apa­ rece igualm ente evocada en el '/n u lo y C resida (1602) de William Shakespeare. En el siglo xvn, con el redescubrim iento de los clásicos 208 griegos, se su b ray a nueva­ m ente la responsabilidad de H elena en el d esencadena­ m iento d e la guerra troyana. com o por ejem plo en La Troad e d e Robert G arn ier (1579). P aralelam ente, sin em bargo, se instala otra trad ició n que tiende a convertir a Helena en una esp ecie d e figura divina. Así. desde la versión anónima y p o p u lar del /-'ansio. Helena es invocada por Fausto, que la hace venir desde los Infiernos. Lo m ism o sucede en La trá­ g ica historia d e l doctor /-'ans­ io d e C h risto p h e r M arlow e (1588) y en el segundo /-'ansio de G oethe (1830). O tros auto­ res com o G óm ez R ocha y U lloa, siguiendo la corriente d esm itificadora del barroco, tratan la figura de H elena de m anera burlesca {Elena, ro­ mance jocoso, h. 1672). Pero la rehabilitación de la fi­ gura de Helena suscitará en lo sucesivo, a finales del siglo xix. un desarrollo de obras de­ dicadas más específicamente al personaje en sí m ism o, como por ejem plo la Helena egipcia de Hofmannslhal, cuya versión m usical fue realizada p o r Ri­ chard Strauss, o Helena de Es­ parta d e Ém ile Verhaercn (1 9 12). o también, en tono bur- 209 leseo. L a bella H elena de M eilhac y H alévy (1864). adaptada a la m úsica por Offenbach, versión vodevilesea del dram a d e Menclao. En La guerra de '/'roya no tendrá lu ­ gar. de Giraudoux (1935), He­ lena, que se burla de todos los corazones pero que no deja de ser censurada por su insensibi­ lidad, da prueba d e una gran lucidez en lo que respecta a la realidad inm ediata d e la g u e­ rra. D esem peña tam bién un im portante papel en la Odisea de N ikos K azantzakis (1938). Por últim o, en la novela M e ­ m orias de Helena (1988), Sophie C hauvcau rehabilita con hum or y sensibilidad a la «es­ candalosa» reina d e Esparta. C ulpable o inocente, Helena aparece en definitiva, a través de las múltiples obras que evo­ can su figura, com o un perso­ naje solitario y a m enudo re­ chazado, a quien su prodigiosa belleza nunca p rotegió d e la desgracia. ♦ ¡con. T oda la gesta de He­ lena ha sido una poderosa fuente de inspiración para la cerámica griega: su nacimiento Illu evo con Leda, vasija, siglo iv a. C.. Viena), su matrimonio IM enelao conduciendo a H e­ lena a la cám ara nupcial, va­ www.FreeLibros.me HELENA sija, siglo iv a. C., Tubinga), sus amores adúlteros (mosaico del Rapto de Helena, siglo IV a. C .. Pella; París, Helena y Eros. vasija griega, siglo iv a. C., Munich). S erá su aventura troyana el motivo que más persista como un gran tema artístico en los si­ glos posteriores: El rapto de Helena, cuadros de Tintoretto (siglo xvi. Madrid. Museo del Prado). Guido Reni (siglo xvn. Louvrc). Giordano (siglo xvn. Caen), Gustave Moreau (1852, París): David, Helena y Puris. 1789, Louvre; Antonio Canova, H elena de Troya, siglo xix. Londres, colección pri­ vada; Gustave Moreau. Helena en la Puerta Escea. 1880. París. ♦ Mus. Glut'k. París y Helena. ópera, 1770: en La bella He­ lena. ópera bufa de Ol fenbach (1864), se convierte en una mujer frívola, de «virtud ligera de cascos» por obra y gracia de Venus'. ♦ Cin. Ya en 1927 sir Alexandre Korda dedicó una película a la herm osa Helena titulada La vida privada de Helena de Troya. Helena, desde su rapto hasta la caída de Troya provo­ cada por su causa, es la prota­ gonista de Helena de Troya de HEUO R oben W ise (1954) y m ás larde de H elena, reina de Troya (19 64) de G io rg io Ferroni. 210 P u e d e , p o r ta n to , re v e la r a H cfe s to " lo s a m o r e s a d ú lte ro s de su e s p o s a A frodita* c o n el b e li­ c o s o A res* o in fo rm a r a D e m é ­ —> TR O Y A . te r ’ d e q u e H a d e s” h a ra p ta d o a su h ija P e rsé fo n e ". P e ro su p o ­ d e r e s lim ita d o y e s tá o b lig a d o HELIO D io s g r ie g o d e l S o l (e s el a p e d ir a y u d a a Z e u s p a ra v e n ­ sig n ific a d o d e su n o m b re ) c la ­ g a r s e ; a s í, c u a n d o lo s c o m p a ­ ram en te distin to d e A polo", otra ñ e ro s d e U lise s" d e v o ra r o n a l­ d iv in id a d s o la r. E s h ijo d e l ti­ g u n o s d e lo s e s p lé n d id o s b u e ­ tá n ’ H ip e rió n y d e la tilá n id c y e s b la n c o s q u e su s h ija s T ía ; su s h e rm a n a s so n E o s ', la c u id a b a n , tu v o q u e s e r Z e u s A u ro ra, y S e le n e ”, la L u n a . S u q u ie n c a s tig a r a a lo s c u lp a b le s e s p o s a , la o c e á n id e P e rs é is , le fu lm in á n d o lo s c o n s u s ra y o s. A u n q u e A n to n io y C leo p ad io v ario s h ijo s, e n tre e llo s E ete s ( - » a r g o n a u t a s ) . C irc e " y tra , e n e l sig lo i d . C ., llam aro n P asífae* ; d e la o c e á n id e C lí- a s u s g e m e lo s H e lio y S e le n e , m ene tu v o siete h ijas, la s H elía- e l c u lt o o fic ia l a l d io s d e l Sol n o a p a r e c ió e n R o m a hasta d c s. y u n h ijo . F a e tó n ’. E s a n te to d o e l s e r v id o r d e é p o c a m u y ta rd ía , e n co n c re to Z e u s ', y to d o s lo s d ía s e m ­ e n e l s ig lo m , m o m e n to e n que p ren d e p a ra él u n a c a rre ra en el e l e m p e r a d o r A u re lia n o erig ió c ic lo : p re c e d id o d e la A u ro ra , u n te m p lo a S o ! in v ic ta s («Sol a p a re c e c a d a m a ñ a n a p o r in v ic to » ). E s te c u lto ad q u iriría o rie n te m o n ta d o e n u n c a rro d e g ra n im p o rta n c ia d u ra n te el pa­ fu eg o tira d o p o r c a b a llo s lu m i­ g a n is m o ta rd ío , ev o lu c io n a n d o n o so s , a u re o la d a s u c a b e z a d e p ro g re s iv a m e n te h a c ia u n cuara y o s d e o ro . A tr a v ie s a a s í el sim o n o te ísm o so lar. c ie lo h a s ta lle g a r a l c a e r la ♦ L en g u a . E ncontram os el la rd e al o c é a n o , d o n d e su s c a ­ nom bre del d io s recogido en b a llo s se b a ñ a n . D u ra n te la n o ­ una serie d e p alabras com­ c h e re c o r re a b o rd o d e u n a puestas form adas a partir del b a rc a e l o c é a n o q u e ro d e a el p refijo helio- q u e indican la m undo. idea de «Sol», por ejem plo en N ad a de lo q u e su c e d e en el heliotropo, planta cuya flor pa­ u n iv e r s o e s c a p a a s u m ira d a . 21 I HERA rece seguir el curso del Sol, o en heliosis, que significa «in­ solación». ♦ ¡con. Su carro ha inspirado a los artistas de la Antigüedad (vasijas griegas, Louvre y Lon­ dres) y posteriores. Odilon Re­ don lo convirtió en uno de sus lem as p redilectos a p a rtir de 1905 (París. Petit-Palais; B ur­ deos). HERA H ija d e C ro n o " y R e a ', h e r­ m a n a y e s p o s a d e Z e u s " , e s la d iv in id a d tu te la r d e l m a trim o ­ nio. F u e e d u c a d a p o r O c é an o " y T c tis* e n lo s c o n f in e s d e l m u n d o . S e u n ió a Z e u s e n s o ­ lem n es e sp o n s a le s y fu e su te r­ cera e s p o s a , d e s p u é s d e M e lis ' y T em is*. E n s u c a lid a d d e e s ­ p o sa d e l m á s g ra n d e d e lo s O lím p ic o s ', H e ra e s la p ro te c ­ to ra d e l m a trim o n io y d e la s m ujeres c a sa d a s , y su h ija II¡tía a siste a la s m u je re s e n e l m o ­ m ento d e l p a rto . L o s p o e ta s , s in e m b a r g o , presentan g e n e ra lm e n te d e ella un re tra to p o c o h a la g a d o r. C e ­ losa, v io le n ta y v e n g a tiv a , n o cesa d e a c o s a r y p e rs e g u ir co n sus te m ib le s c e lo s a la s n u m e ­ rosas a m a n te s d e su c asq u iv an o m arido, lle g a n d o in c lu so a c a s ­ tigar a a q u e lla s q u e h an su c u m - www.FreeLibros.me Estatua griega de Hera dando de m am ar al pequeño Hércules. Roma. Museo del Vaticano b id o a l s e ñ o r d e l O lim p o ' p o r la v io le n c ia o c o m o re s u lta d o d e a lg u n a d e la s tre ta s d el c a ­ p ric h o so d io s. S u c ó le ra im pla­ c a b le la lle v a ta m b ié n a c a s ti­ g a r a lo s d e s c e n d ie n te s de e s ­ ta s . E s el c a s o d e H e ra c le s ”, h ijo d e A lc m e n a y A n fitrió n 1, q u e e n re a lid a d h a b ía s id o e n ­ g e n d ra d o p o r Z e u s: H era lo h iz o e n lo q u e c e r h a sta tal punto q u e le c o n v ir tió e n a se s in o de su s p ro p io s h ijo s. H ERA P e rs ig u ió a lo*, v o lv ió loca a In o ”, h iz o m o rir a S é m e le , e n ­ cin ta de D ioniso*; in ten tó m atar a C a lis to ”, p r e te n d ió im p e d ir q u e L e lo 1 d ie s e a lu z a A r te ­ misa* y A p o lo ’ ..., to d a s e lla s se d u c id a s p o r Z eu s. A p e s a r de su s m ú ltip le s d is e n s io n e s c o n e s te , s e r á s ie m p re la re in a d e l C ie lo , se n ta d a al la d o d e su e s ­ p o s o so b re un tr o n o d e o ro . T ie n e p o d e r s o b r e la to rm e n ta y e l re lá m p a g o ; la s h o r a s ” e Iris* e stá n a su se rv icio . U n o d e lo s m á s fa m o s o s e p is o d io s d o n d e d a p ru e b a d e su s c e lo s e s e l c o n c u rs o d e b e­ lleza q u e la en fre n tó a A frodita* y A te n e a ”. L a s tr e s diosas* to ­ m a ro n a Paris* c o m o á rb itro , y H e ra le o f r e c ió la s o b e r a n ía u n iv ersal si la d e s ig n a b a c o m o la m á s b e lla d e la s d io s a s. P ero P a ris re c h a z o s u o f e r ta , p re f i­ rie n d o la c a n d id a tu r a — y el p re m io — d e A fro d ita , y H e ra . p a ra v e n g a rs e , p ro v o c ó la d e s­ tru c c ió n d e T r o y a ”. —> p a r í s . S o lo en e l g ra n d io s o re la to d e la c o n q u ista del v e llo c in o d e o ro a p a re c e c o m o la b e n é v o ­ la p r o te c to r a d e lo s h é r o e s ” y la in s p ira d o r a d e su s h a z a ñ a s. —> A R G O N A U T A S . E n R o m a fu e a s im ila d a a J u n o ', c o n s e rv a n d o m u c h o s d e su s ra s g o s y a tr ib u to s g rie g o s . 212 E n la E n e id a d e V irg ilio p e rsi­ g u e c o n su r e n c o r a l tro y a n o E n e a s" , a q u ie n p ro te g e en c a m b io su m a d re V e n u s”. L a v a c a y e l p a v o real eran lo s a n im a le s q u e le e sta b a n c o n sa g ra d o s. A rg o s e ra su c iu ­ d a d fa v o rita , c e rc a d e la c u al se a lz a b a u n o d e su s te m p lo s m ás fa m o s o s . S u c u lto e r a u n o de lo s m á s e x te n d id o s e n G re c ia , ♦ L it. En su calidad d e reina de los d io ses ocupa un lugar preponderante en toda la lite­ ratura griega. Su leyenda está extensam ente desarrollada en la llía d a d e H om ero, donde aparece com o uno de los per­ sonajes prin cip ales; en este texto asistim os tam bién a sus querellas con Zeus. ♦ Icón. La más antigua repre­ sentación que se conserva de H era e s una estatua acéfala y hierátiea. la Hera de Sanios (si­ glo vi a. C .. Louvre); Hera dando de m am ar a l peque­ ñ o Hércules, escultura griega. Rom a. Juno figura al lado de V enus y Minerva* en el juicio de Paris; aparece tam bién re­ presentada ju n to a su real es­ poso (Antoine Coypcl. Júpiter y Juno, siglo xvn, Rcnnes). Gus­ ta ve Moreau pintó una acuarela que representa El pavo real que­ 213 H ERACLES jándose ante Juno ( 18 8 1. París), y Jean Paris es autor de un óleo del m ism o título (Salón 1913. París) que ilustra la fábula de La Fontaine. —> p a r í s . ♦ Cin. -> o l í m p i c o s . HERACLES L la m a d o H ércules* p o r lo s la tin o s , s ím b o lo d e la fu e rz a v a le ro sa , e s u n o d e lo s héroes* m á s p re s tig io s o s d e la m ito lo ­ g ía g rie g a . Infancia y ju ven tu d H e ra c le s e r a h ijo d e u n a m o rtal, A lc m e n a , n ie ta d e P erseo ”, y su p a d re o fic ia l e ra A n ­ fitrión”, e sp o s o d e esta e h ijo de A lceo , ta m b ié n n ie to d e Perseo. P e ro s u v e rd a d e r o p a d re e ra Z e u s”. T e n ía u n h e rm a n o g e ­ m elo lla m a d o Ificle s. L a c elo sa H e ra a rr a n c ó a Z e u s la p ro ­ m esa d e q u e el d e sc e n d ie n te d e P erseo q u e n a c ie ra p rim e ro te n ­ dría d o m in io a b so lu to so b re to ­ dos c u a n to s le ro d easen . A c o n ­ tin u a c ió n , r e c u r rie n d o a to d a s su s tr e ta s , s e la s a r r e g ló p a ra q u e E u r is te o ”, p rim o d e H e ra ­ c le s y v e rd a d e r o d e s c e n d ie n te de P erseo , v in iese a l m u n d o an ­ tes q u e e l h é ro e . C u a n d o e s te n a c ió , e n la c iu d a d d e T e b a s ”, H era e n v ió d o s se rp ie n te s p a ra q u e m atasen al n iñ o , p e ro e l pe- www.FreeLibros.me Heracles o Hércules en la estalua ro­ mana de Hércules abatiendo un ciervo. Palermo. Museo Nacional q u e ñ o H e ra c le s la s estran g u ló , d a n d o p ru e b a d e sd e la c u n a de su p ro d ig io sa fu e rz a. H erm es”, p o r o rd e n d e Z e u s, lo d e p o sitó u n d ía en el re g a z o d e H era, que se h a b ía a d o rm e c id o , p ara que e l n iñ o m a m a se d e e lla la leche d e la in m o rta lid a d ; la diosa* d e s p e r tó v io le n ta m e n te d e su s u e ñ o y u n c h o rro d e leche e s ­ c a p ó d e su p ec h o , n a cie n d o así la V ía L áctea. M á s ta rd e , H e ra c le s ap ren ­ d ió d e A n fitrió n el a rte de con­ d u c ir u n c a rro , d e L in o a to c a r la lira y d e E u rilo el m anejo del a rc o . C o m o re c o m p e n s a p o r h a b e r m a ta d o al le ó n d e C iteró n , q u e ata c ab a los rebaños del rey T e sp io , e ste le en treg ó a sus 214 HERACLES c in c u e n ta h ija s . L ib e ró T e b a s d e la tiran ía del rey E rg in o , qu e im p o n ía a la c iu d a d un p e sa d o tr ib u to , y C r e o n tc , e l re y leb a n o , le e n tr e g ó a su h ija M é g a ra p o r esp o sa , a g ra d e c id o p o r lo s s e r v ic io s d e l h é ro e . P e ro H e ra c le s , e n lo q u e c id o p o r la im p la c a b le H e ra , m a tó a su s p ro p io s h ijo s en un ra p to d e lo ­ cu ra . R e c u p e ra d a la ra z ó n , p ar­ tió d e la c iu d a d p a ra e x p ia r su c rim e n s ig u ie n d o lo s c o n s e jo s d e la P itia , q u e le o b lig ó a a b a n d o n a r s u p r im e r n o m b re , A lc id e s (« d e s c e n d ie n te d e A lc e o » ), p a ra a d o p ta r el d e H e ra ­ c le s (« g lo ria d e H e ra » ). E u risteo. q u e se h a b ía c o n v e rtid o en el rey d e T irin to , le o rd e n ó rea ­ liz a r e n e l p la z o d e d o c e a ñ o s o tro s ta n to s tra b a jo s im p o sib les d e lle v a r a c a b o p a ra u n sim p le m o rta l. E s ta s e r á la e x p ia c ió n d e su c rim e n . L o s tr a b a jo s d e H e r a c le s • E l le ó n d e N e m e a . E sta fiera, en g e n d ra d a p o r lo s m o n s­ tr u o s ' E q u id n a y O rtro s, se h a ­ b ía c o n v e rtid o e n e l te r r o r d e l v a lle d e N e m e a . H e ra c le s in ­ te n tó p rim e ro a tr a v e s a r lo c o n su s fle c h a s o a p la s ta r lo c o n su clav a , p e ro fue en v a n o , p u e s el a n im a l te n ía u na piel e n la q u e n ingún arm a p o d ía h a c e r m ella. F in a lm e n te c o n sig u ió e stra n g u ­ la rlo c o n su s p r o p ia s m a n o s y se h iz o u n a tú n ic a c o n la in v u l­ n e r a b le p ie l d e la fie ra . Z e u s c o n v ir tió al le ó n e n c o n s te la ­ c ió n p a ra q u e d e e s a m a n e ra q u e d a s e c o n s ta n c ia d e la h a ­ z a ñ a d e H e rac le s. • L a h id r a d e L e r n a '. H e ra ­ c le s p u d o v en ce rla c o n la ayuda d e su so b rin o Y o la o . —> h id r a 215 H ERACLES GENEALOGÍA DE HERACLES DÁNAE + ZEUS PKRSEO + ANDRÓMEDA ELECTR1ÓN + ANAXO ZEUS + ALCMBNA 11ERACLES + DEYANIRA ALCHO + ASTIDAM ÍA + ANFITRIÓN ESTÉNELO * M O R E EURISTEO IEICLES HILIOS DF. LERNA. • E l j a b a l í d e E rim a n to . E ste a n im a l m o n s tru o s o d e v a s­ ta b a lo s b o s q u e s d e A r c a d ia ', d o n d e H e ra c le s lo a n d u v o p e r s ig u ie n d o d u r a n te m u c h o tie m p o . C o m o E u ris te o q u ería al ja b a lí viv o , el h é ro e lo atrapó c o n u n a re d y s e lo lle v ó a su p rim o ; e s te , e s p a n ta d o al v e r a la c ria tu r a , se e s c o n d ió e n una tin aja. M ie n tra s p e rse g u ía al ja ­ b a lí p a ra d a r le c a z a , H e ra c le s tu v o u n e n fre n ta m ie n to co n los c e n ta u ro s * , m a ta n d o a d ie z de e llo s. • L a c ie r v a d e A r te m is a '. E s te a n im a l fa b u lo s o , c o n s a ­ g ra d o a la d io s a A rtem isa , tenía c u e r n o s d e o ro y p e z u ñ a s de b ro n c e y e r a ta n v e lo z q u e no p o d ía s e r a lc a n z a d o . H erac les p e rs ig u ió a la c ie rv a d u ra n te un a ñ o y c o n s ig u ió a p o d e ra r s e de e lla d e s p u é s d e h e rirla c o n una fle c h a . LOS HKRACLIDAS • L a s a v e s d e l la g o E stín fa lo. E s ta s r a p a c e s d e A rc a d ia d e v o ra b a n la s c o s e c h a s y m a ­ ta b an a lo s v ia je ro s . A te n e a ' o freció al h é ro e u n o s c ím b a lo s cuyo so n id o e s p a n tó a la s a v es, a las q u e H e ra c le s p u d o e n to n ­ ces m a ta r c o n su s flech as. • L o s e s ta b lo s d e A u g ía s" . - 4 AUGÍAS. • E l to r o d e C reta. H eracles c o n s ig u ió d o m a r a e s te s o b e r­ bio a n im a l, a l q u e P o s e id ó n ' había e n fu re c id o y q u e a so la b a la isla. • L a s y e g u a s d e D io m e d e s. Este rey d e T ra c ia a lim e n ta b a a sus y e g u a s c o n c a rn e h u m a n a . H eracles c o n s ig u ió m a ta r a su am o y s e lo o f r e c ió a e s ta s com o p asto , lo g ran d o a sí a m a n ­ sarlas y u n c ir la s a l c a r r o d e D iom edes. www.FreeLibros.me • £ / c in tu ró n d e la rein a de la s a m a z o n a s *. H ip ó lita , reina d e las a m a z o n a s, p o seía un cin­ tu ró n q u e A res* le h a b ía o fre ­ c id o . H e ra c le s , a y u d a d o p o r T e s e o " , la m a tó y s e a p o d e ró del p re c ia d o o b jeto . E n el curso d e e s ta e x p e d ic ió n s a lv ó a A lcestis* y a H c sío n e , hija del rey L a o m e d o n te , a m e n a z a d a p o r u n m o n s tru o m a rin o . C o m o el rey n o le e n tre g ó la recom pensa p ro m e tid a , H e ra c le s ju r ó v e n ­ g arse . • L o s b u e y e s d e G erio n es. E ste re y a fric a n o te n ía un m ag­ n ífic o re b a ñ o v ig ila d o p o r un d ra g ó n y u n p e rro d e d o s c a b e ­ z a s. A g o ta d o p o r el c a lo r, H e ­ ra c le s a m e n a z ó a H e lio ” co n su s flechas. E ste, p ara calm arlo, le o fre c ió u n bajel d e o ro que le c o n d u jo al b o rd e d el o c é a n o . 216 H ER A C LES A llí e n c o n tró el re b a ñ o , se a p o ­ d e ró d e los a n im a le s y d e sp u é s d e un larg o v iaje lo g ró tra é rs e ­ los a E u risteo , q u ien lo s o freció en sa c rific io a H era. • L a s m a n za n a s d e o ro deI ja r d ín d e la s H e s p é r i d e s *. H e ra . q u e h a b ía r e c ib id o e s ta s m a n z a n a s c o m o re g a lo d e b o ­ d a s . la s te n ía a l c u id a d o d e u n as ninfas" y un d ra g ó n e n un ja r d ín m a g n ífic o d o n d e so lo A tlas" te n ía d e re c h o a p en etrar. H eracles co n sig u ió la a y u d a del g ig a n te ", e l c u a l se a p o d e ró d e los fru to s m ien tras el h é ro e sos­ te n ía e n su lu g a r la b ó v e d a c e ­ le ste . F ue d u ra n te e s ta e x p e d i­ c ió n c u a n d o H e ra c le s m a tó a A n teo y lib e ró a P ro m e te o . El d ra g ó n fu e lle v a d o al c ie lo y co n v ertid o en u n a co n stelació n : la se rp ien te . • C e r b e r o “. E u ris te o . a te ­ rra d o a n te la n u e v a c a p tu r a d e H eracles, d e v o lv ió el m o n stru o a lo s I n f ie r n o s ”. A l b a ja r al re in o d e lo s m u e r to s e n b u s c a d e C e rb e ro , H e ra c le s lib e r ó a T e se o . - > c e r b e r o o c e r b e r o . El r e g r e so a T e b a s El h é ro e , p u r if ic a d o d e su d e lito d e s a n g r e , r e g r e s ó a su p a tria . E n el c u rs o d e u n a d is ­ p u ta m a tó al rey E u rito y tu v o q u e e x p ia r su n u e v o c rim e n c o n v irtié n d o se e n e sc la v o d e la re in a d e L id ia , O n fa le . C u a n d o e s ta fin a lm e n te le c o n c e d ió la lib e rta d , H e ra c le s p a rtic ip ó en d iv ersas e m p re sa s, e n tre e lla s la c a c e ría d e l ja b a l í d e C a lid ó n , la e x p e d ic ió n d e lo s A rg o n a u ta s ” y la p r im e r a g u e r r a d e T ro y a ”, e n e l c u r s o d e la c u a l d io m u e r te a l m o n a r c a L a o m e d o n te . P re s tó ta m b ié n a y u d a a los d io s e s e n su c o m b a te co ntra lo s g ig a n te s . ARGONAUTAS, GIGANTES, TROYA. M u erte y a p o te o sis H e ra c le s s e c a s ó c o n D eyan ira , h ija d e l re y E n eo , d esp u és d e s a lv a rla d e A q u e lo o , a l que su p a d re p r e te n d ía im p o n e rle c o m o e sp o so . E ste d io s , h ijo de O c é a n o " y d e T e tis ”, s e d is tin ­ g u ía ta n to p o r su fu e r z a c o m o p o r su c a p a c id a d p a ra m etam o rfo se a rse en río, en serpiente o e n to r o fu rio s o . M á s tard e, H e ra c le s m a tó accid en talm en te a E u n o m o , u n jo v e n se rv id o r d e su s u e g ro , y tu v o q u e partir n u e v a m e n te al e x ilio . A travesó c o n u n a H e c h a a l c e n ta u ro N e so , q u e h a b ía in te n ta d o vio­ la r a D e y a n ira , p e ro e ste , antes d e m o rir, e n tre g ó a la jo v e n una tú n ic a e n v e n e n a d a c o n s u san­ g re d ic ié n d o le q u e c o n e lla po­ d ría r e a v iv a r el a m o r d e Hera- 217 H ERACLES c íe s s i a lg ú n d ía se d e b ilita b a . U n a v e z in s ta la d o e n T ra q u is , H e ra c le s s e a p o d e ró d e la h ija d e l rey E u rito y D e y a n ira , c e ­ lo sa , le o fre c ió la tú n ic a . N a d a m á s c u b rirs e c o n e lla , el h é ro e fue a ta c a d o p o r e l v iru le n to v e­ n en o q u e im p re g n a b a la p ren d a y , d e v o r a d o p o r a tr o c e s d o lo ­ res, o rd e n ó q u e le v a n ta se n u n a pira e n el m o n te E ta y s e la n zó a la s lla m a s . D e y a n ira , a b r u ­ m ad a p o r lo s re m o rd im ie n to s y d e s e s p e ra d a p o r h a b e r lo p e r ­ d id o , s e a h o r c ó . Z e u s o rd e n ó que el h éro e fu e ra sa c a d o d e las llam as y le c o n d u jo al O lim p o , d o n d e le c o n c e d ió la in m o rta li­ dad. A l m ito d e H e ra c le s se a ñ a ­ dió el m ito e g ip c io d e B usiris". Los d e s c e n d ie n te s d e l h é ro e , los H era clid a s, p e rse g u id o s p o r el o d io d e E u ris te o , o b te n d rá n la a y u d a d e T e s e o y s e in sta la ­ rán en e l P e lo p o n e s o . M u c h a s fa m ilia s r e a le s , c o m o la d e C reso o la d el re y e tr u s c o T u r­ quino, p re te n d ía n d e sc e n d e r d e los H era c lid as. ♦ Lit. El mito de Heracles fue tratado en tres tragedias de Eu­ rípides: H eracles furioso. Alceslis y L os Heraclidas. Sófo­ cles dedica Las traquinias a la muerte del héroe (segunda m i­ www.FreeLibros.me tad del siglo v a. C.). Homero evoca los doce trabajos en la //««/« (VIH. XIV. XVIII. XIX) y también Hesíodo en su Teo­ gonia (V. 287 y ss.). En la Edad Media. Enrique de Vi 1lena recupera la figura del héroe en su obra Los trabajos d e H ércules (1417). Ya en el sig lo x ix . en La Atlántida ( 1876), poema de Jacinto Verdaguer. H ércules llega a los confines del m undo oriental, precediendo en su periplo a Cristóbal Colón. ♦ ¡con. Los trabajos de Heracles-H ércules aparecen deco­ rando muchas vasijas griegas del período arcaico y sirven com o motivo escultórico de va­ rios monumentos griegos (Iriso del Tesoro de los atenienses en Delíos, h. 490 a. C ). de escul­ turas exentas IHércules aba­ tiendo un ciervo, grupo escultó­ rico de la época romana de Pompeyo. Museo Nacional de Palermo; H ércules en la pri­ mera atierra de Troya, frontón oriental del templo de Afaia. en Egina. Gliptoteca de Munich) y de numerosos mosaicos roma­ nos (época rom ana. Liria. Va­ lencia). ¡ a i locura de Hércules. crátera del pintor Asteas. 340 a. C.. Madrid. Museo Arqueo­ lógico Nacional. Sus hazañas HERACLES continuaron inspirando a los ar­ tistas durante siglos: H ércules niño estrangulando a una se r­ piente, escultura griega, Roma; Pollaiolo. H ércules y la hidra d e Lerna, siglo xv. Florencia; Baldung Crien. Hércules y A n­ teo, siglo x v i, E strasburgo; Gustave Moreau. Diomedes de­ vorado p o r sus caballos, 1865, Ruán. O tros recuerdan sus en ­ frentam ientos con Juno (Hera dando de m am ar a l pequeño H eracles, escultura griega, Roma. M useo del V aticano; T intoretto. O rigen de la Vía Láctea, 1580, Londres; Rubens, La creación de la Vía Láctea. h. 1636-1638, M adrid, M usco del Prado) o también sus am o­ res: Jean de Bologne. Neso rap­ tando a Deyanira, bronce, siglo xvi, Louvie; Boucher, Hércules y Onfale, anterior a 1728, Moscú. Zurbarán pintó una se­ rie de diez lienzos sobre los tra­ bajos de Hércules para el salón de Reinos del C asón del Buen Retiro: H ércules abrasado por ht túnica del centauro Neso. Lucha de Hércules con la hidra d e Lerna. H ércules detiene el curso del río A!feo, Lucha de H ércules con el ja b a lí de Erimanto, H ércules con Anteo, H ércules y el toro d e Creta, H ércules vence a Geriones, 218 Hércules con el león de Nemea, Hércules y el Cancerbero, Hér­ cules separa los m ontes de C alpe y A hyla, 1634. Madrid. M useo del Prado. La Torre o F aro de H ércules es una torre romana, de la época de Trajano, que se encuentra en la ciudad de La Coruña. ♦ C in . H eracles-H ércu les es el protagonista privilegiado de m uchas películas donde el ac­ to r q u e in te rp re ta su papel — com o el cam peón deportivo S tev e R eeves en alg u n a s de ellas— tien e ocasión d e lucir su a tlé tic a m u scu latu ra en el curso de una serie de aventu­ ras. en su m ayoría d e corte fan tástico y con esc a sa rela­ ción con la m itología clásica. S eñ alarem o s, en tre o tras, las sig u ien tes: L o s tra b a jo s de H ércules (1957) y H ércules y la rein a d e L idia (1 9 5 8 ), de Pietro Francisci; G li am ori di E renle, d e C arlo-L udovico B rag ag lia (1 9 6 0 ); L a ven­ g a n za d e H ércu les (1 960) y L a co n q u ista d e la Atlántida (1961). de V ittorio Cottafavi; H ércules contra los vampiros, de M ario Bava (1961); Ulises con tra H ércules, d e Mario C aian o ( 19 6 1); H ércu les d e­ sencadenado, de G ian Franco Parolini (1962); Hércules con- 219 tra M oloch, d e G io rg io Ferroni (1 9 6 3 ); H ércu les e l in ­ vencible, d e Al W orld (1963); E l triunfo d e Hércules, de A l­ b erto De M artillo (1964); H ércules contra los h ijo s d e l S ol, de O sv ald o C ivirani (1 964), co p ro d u cció n hisp an o -italian a; Las a ven tu ra s d e H ércules, de Lewis Coates (1 984). M en cio n arem o s por últim o al pintoresco Hércules, a terrizad o en p len o sig lo xx b ajo los rasgos del debutante A rnold S chw arzenegger —el fu tu ro C on an el B árb aro — , que ap arece en H é rcu les en Nueva York, de Arthur Seidelman (1969). El personaje de Tarzán, creado p o r el novelista E dgar Rice B urroughs, tantas veces lle­ vado al cine, aparece en ciertos aspectos com o una «rem anen­ cia» de Heracles. HÉRCULES N o m b re q u e d ie ro n a H e ra ­ c le s8 lo s ro m a n o s , q u ie n e s a d o p taro n e l c o n ju n to d e la le ­ y e n d a a ñ a d ie n d o v a rio s m o ti­ vos: m a ta a l la d ró n C a c o , q u e en e l m o n te A v e n tin o le h a b ía q u ita d o a lg u n o s b u e y e s d el re ­ baño d e G e rio n e s ; to m a p o r e s­ posa a F a u n a , d e la q u e tu v o un hijo. L a tin o ", e p ó n im o d el L a ­ www.FreeLibros.me H ÉR C U LES c io ; a p a re c e c o m o a m ig o del b u e n rey E v an d ro . q u e reinaba so b re el m o n te Palatino cu ando E neas* lle g ó a Ita lia , d onde fu n d a r ía u n c u lto e n m em o ria d el h é ro e '. El H é rcu les rom ano e s u n a fig u ra m e n o s v io le n ta q u e H e ra c le s, y se le ve en o ca­ s io n e s c o n u n a lira a c o m p a ­ ñ a n d o a la s m u s a s' y a A polo" M u sa g e ta . El á la m o e s su árbol c o n sa g ra d o . - > HERACLES. ♦ Lengua. Un hércules, utili­ zado com o nombre común, de­ signa a un hombre de poderosa musculatura o de fuerza prodi­ giosa. El adjetivo hercúleo se aplica a todo lo que posee una potencia colosal. Las columnas d e Hércules designan a las dos m ontañas del actual estrecho de G ibraltar. lugar donde su­ puestamente Hércules sostuvo la bóveda celeste. ♦ L it. V irgilio IEneida, canto VIII) y Tito Livio (Historia, li­ bro I, siglo i a. C .) refieren la lucha de Hércules y Caco. Sé­ neca dedicó dos tragedias a H ércules fu rio so y a Hércules en el m onte Eta (siglo l d. C.). Ovidio (Metamorfosis, VIL IX. X, XII, XV) relata hazañas del héroe. ♦ ¡con. y C in. -> H e r a c l e s . H E R M A F R O D IT O HERM AFRODITO H ijo d e H en ries" y de A fro ­ d ita". a q u ie n e s d e b e su n o m ­ b re . U n d ía q u e s e b a ñ a b a en la s a g u a s d e u n la g o , e n C a ria , la n in f a 1 S a lm á c id e , p re n d a d a de su g ran b e lle z a , le a b ra z ó y , c o m o e s te se re s is tía a su s in s i­ n u a c io n e s a m o r o s a s , la n in fa ro g ó a lo s d io s e s q u e su s c u e r ­ p o s n u n c a se se p a ra se n . S u s ú ­ p lic a fu e c o n c e d id a y d e sd e e n ­ to n c e s fo rm a ro n un so lo s e r d e d o b le n atu raleza. H erm afro d ito , p o r su p a rte , o b tu v o d e e llo s q u e to d o h o m b re q u e se b a ñ a ra en la s a g u a s d e l la g o p e rd ie s e su v ir ilid a d . F ig u r a a m e n u d o e n tr e lo s c o m p a ñ e r o s d e D io ­ n iso . ♦ L engua. El nom bre d e este d ios, con v ertid o en adjetivo, significa «que está d o tad o de caracteres sexuales masculinos y femeninos», y se aplica tanto al genero humano com o a cier­ tas especies vegetales o anim a­ les (el caracol, la lom briz de tierra, la sanguijuela). ♦ L it. La fortuna literaria de Hermafrodito tiende a m ezclar el relato de O vidio, que refería su historia en las M etam orfo­ sis. co n los num erosos m itos relativos a la figura del andró­ gino presentes en varias reli­ 220 giones. En particular, la figura de Herm afrodito se confunde a m enudo co n los andróginos evocados en El b a n q u ete de Platón (sig lo tv a. C .). Según ex p lica A ristó fan es en este texto, en los orígenes existían tres tip o s d e seres hum anos, unos provistos de dos cuerpos m asculinos, o tro s form ados p o r d o s c u erp o s fem eninos y una tercera c ate g o ría c o n sti­ tuida por los hombres-mujeres o an d ró g in o s. E stos, em puja­ dos por la soberbia, pretendie­ ron asaltar el Olimpo- y fueron castig ad o s p o r Z e u s’, que los seccio n ó en d o s m itades. Los hom bres, desde entonces, bus­ can siem p re la m itad q u e les falta, lo que explicaría el fenó­ m eno del amor. Estos orígenes com plejos perm iten com pren­ d e r p o rq u é , en la tradición li­ teraria. la bisexualidad aparece unas veces com o una anomalía dolorosa y otras com o un rasgo de superioridad. D urante m ucho tiem po, la fi­ gura del herm afrodita e s objeto de escán d alo y se convierte a m enudo en sinónim o de homo­ sexual. A sí aparece, por ejem­ plo. en el pan líelo de Thomas A rtus contra los «favoritos» de Enrique III titulado L a isla de lo s herm afroditas (1605). De I m odo m ás general, el epíteto d e herm afrodita o d e a n d ró ­ gino se aplica frecuentemente a algo que se considera contra natura o que reúne aspectos contradictorios. T al e s el sen ­ tido con que lo em plea Dante en el Infierno (Divina comedia. 13 0 7 -1 3 2 1) al referirse a una poesía que intenta conciliar los contrarios, o también el que re­ fleja el A donis de Giambattista Marino (1623), donde el propio dios aparece com o una figura andrógina y sim boliza la natu­ raleza dual de la poesía. La figura mítica del herm afro­ dita aparece evocada a menudo en situaciones novelescas am ­ biguas. Encontram os un ejem ­ plo cele b re en la n ovela de Théophile G autier La señorita d e M aupin (1 836), que co n ­ tiene frecuentes alu sio n es a O vidio, y cu y a heroína se d e­ fine a sí m ism a com o « p erte­ neciente al tercer sexo», pues en ella se funden el cuerpo y el alm a de una m ujer con el c a ­ rácter y la fuerza d e un hom ­ bre. L ejos de co n stitu ir una ventaja, e sta bipolaridad la hace desgraciada, y a que nun­ ca podrá encontrar un hombre al que unirse. B alzac, p o r su parte, crea en Serqfita ( 1835) una figura ideal de andrógino. www.FreeLibros.me H ER M A FR O D ITO reuniendo los dos sexos y per­ m itiendo así que la joven pa­ reja fo rm ada por W ilfrid y Minna se una. Esta unión ideal aparece nuevamente en El lirio d e l ralle ( 1836). donde el en­ cuentro entre Félix de Vandenesse y M m e. de M ortsauf aparece contem plada desde la óptica d e una androginia pla­ tónica. P osiblem ente sea en Proust d o n d e la vacilación entre an ­ dró g in o y herm afrodita sea m ás ev idente. En Sodom a y Gomorra (1 9 2 1), al designar a los homosexuales com o «hom­ bres-mujeres» parece más bien referirse a los andróginos de Platón: igualmente, el encuen­ tro entre Jupien y M. de Charlus parece responder a este mito, ya que cada uno encuen­ tra en el o tro al «hom bre pre­ destinado». Sin em bargo, la descripción del joven acostado, en el que se descubren invo­ luntariam ente rasgos fem eni­ nos. ev o ca la representación tradicional del herm afrodita. Y para ex p licar el fenóm eno de la «inversión». Proust evoca una hipótesis científica, un «hermafroditismo inicial cuyas huellas parecen conservarse en algunos rudimentarios órganos fem eninos en la anatom ía del 222 H ER M ES hombre y en otros tantos órga­ nos m asculinos en la anatom ía de la m ujer». Pero en am bos casos el fenóm eno ya no ap a­ rece considerado, co m o an ­ taño. algo «contra natura». El hermafrodita, por último, se presta a veces a variaciones có­ micas. com o por ejem plo en el «dram a surrealista» de Apollinaire titulado Las tenis tle 77resias (1917). donde T eresa, una joven fem inista casada, se niega a tener hijos y se trans­ forma en «señor mujer» adop­ tando el nom bre de T iresias, mientras su marido, convertido en mujer, traerá m iles de hijos al mundo. —> t ir e s ia s . ♦ ¡con. La estatuaria antigua representa a Hermafrodito con un arm onioso cuerpo de mujer y dotado de órganos sexuales m asculinos, a m enudo d o r­ m ido en una p ostura llena de gracia y languidez: H erm afro­ dito. m árm ol, réplica d e una obra del siglo IV a. C., Berlín; Eras andrógino (v asija, siglo iv a. C ., V ienaj. sem ejante en todo a H erm afrodito a excep­ ción de que se le representa alado. Ya en el siglo xx. D alí pintó un H erm afrodita i la e s­ tética es el m ayor m isterio terrestre). 1943, colección A. Reynolds Morse. HERM ES N a c id o d e Z e u s y M a y a , h ija d e A tla s ', e n u n a c a v e rn a d e l m o n te C ile n e , e n A rc a d ia ', e s te d io s m a n ife s tó d e s d e su m á s tie rn a in fan cia las d o s c u a ­ lid a d e s p rin c ip a le s a las q u e se v in c u la n to d a s su s fu n c io n e s d iv in a s, m u y d iv e rsa s; la in teli­ g e n c ia a s tu ta y la m o v ilid a d . A l p o c o d e n a c e r c o n sig u ió d e s e m b a ra z a rs e d e su s p añ ales y c o n e l c a p a ra z ó n d e u n a to r­ tu g a , q u e e n c o n tr ó d e la n te d e la g ru ta , fa b ric ó u n n u e v o in s­ tr u m e n to m u s ic a l, la lira. L u e g o s e d ir ig i ó a T e s a lia , d o n d e ro b ó c in c u e n ta v a c a s de un re b a ñ o c o n fia d o a l cu id a d o d e su h e rm a n o A p o lo ", q u e en a q u e l m o m e n to e s ta b a e n tre te ­ n id o e n o c u p a c io n e s g a la n te s. H a c ie n d o q u e la s b e s tia s m a r­ c h a r a n h a c ia a tr á s — o , seg ú n o tr a s v e r s io n e s , e n v o lv ie n d o s u s p e z u ñ a s e n tr o z o s d e c o r ­ te z a p a ra d is im u la r su s h uellas, d e s p u é s d e h a b e r a ta d o a sus p ro p io s to b illo s u n a s ra m a s— , c o n d u jo a los a n im a le s a través d e to d a G r e c ia h a s ta lle g a r a P ilo s , d o n d e lo s d e jó e sc o n d i­ d o s e n u n a c a v e rn a . L u e g o re ­ g re s ó a la g ru ta y v o lv ió a m e­ te r s e e n s u c u n a c o n e l aire m á s in o c e n te d e l m u n d o . A p o lo , s e ñ o r d e la s a rte s ad iv i­ 223 n a to ria s , n o ta rd ó e n e n te ra rs e d e to d o e l a s u n to y a c u d ió a M a y a e x ig ie n d o la d e v o lu c ió n d e l r e b a ñ o . E s ta p r o te s tó in ­ d ig n a d a , m o s tr á n d o le a l n iñ o d o rm id o c o m o u n b e n d ito . A p o lo re c u rrió e n to n c e s a Z eu s q u ie n , a l o ír la s d e s v e r g o n z a ­ d a s m e n tir a s d e H e rm e s , e s ta ­ lló e n c a r c a ja d a s y le o rd e n ó q u e d e v o lv ie s e e l g a n a d o . A p o lo , sin e m b a rg o , fa sc in a d o p o r lo s m e lo d io so s so n id o s q u e su h e r m a n o e x tr a ía d e la lira , a c e p tó c e d e r le e l r e b a ñ o a c a m b io d e l in s tru m e n to . H e rm e s in v e n tó lu e g o la si­ rin g a (o fla u ta d e P a n ’), q u e A p o lo ta m b ié n a d q u irió a c a m ­ bio d e l la rg o ca y a d o d e o ro q u e u tiliz a b a p a ra c u id a r su s re b a ­ ños. U n d ía , H erm es se p a ró con él a d o s s e r p ie n te s q u e lu c h a ­ ban e n tr e s í. A m a n s a d o s , lo s reptiles se en tre la z aro n en to rno al c a y a d o ; e s te e s e l o rig e n del c a d u c e o , q u e , re m a ta d o g e n e ­ ralm ente p o r d o s p e q u eñ a s alas, era e n tre los g rie g o s e l sím b o lo d istin tiv o d e los e m b a ja d o re s y d e lo s h e r a ld o s (e s d is tin to al c a d u c e o ' d e lo s m é d ic o s , q u e está fo rm a d o p o r un h a z d e j u n ­ q u illo s e n to r n o a l c u a l se e n ­ rosca la se rp ie n te d e A sc le p io ' y v a c o ro n a d o p o r e l e s p e jo d e la P ru d en cia). www.FreeLibros.me H ERM ES Praxlteles, Hermes con el niño Dioniso. Museo de Olimpia D io s m e d ia d o r, H e rm e s es e l m en sa je ro d e Z e u s tanto ante lo s d io s e s ' c o m o an te los h o m ­ b res. E s é l, p o r e je m p lo , quien tra n sm ite a C a lip so ' la orden de d e ja r p artir a U lise s’ y q u ien re­ v ela a e s te ú ltim o la planta m á­ g ic a q u e le p ro te g e rá de los he- H ER M ES 224 c h iz o s de C irc e -. In té rp re te d e H e r m a f r o d ilo ”, A u ló lic o — el la v o lu n ta d d iv in a , d e s e m p e ñ a a b u e lo d e U lise s, el h o m b re de en e s te s e n tid o u n a fu n c ió n a u ­ lo s m il r e c u r s o s — y e l d io s x ilia r ju n to a m u c h o s h é r o e s ': P a n , n a c id o c o m o H e rm e s en H e ra c le s ', a q u ie n p ro p o rc io n a A rca d ia . su e s p a d a y a l q u e p ro te g e rá ♦ Lengua. F.l adjetivo herm é­ m u c h a s v e c e s ; P e rs e o 1. a l q u e en treg a el c a sc o de Hades* y las tico está etim ológicam ente li­ sa n d a lia s ala d a s; F rix o y H ele* gado a Hermes. En efecto, los griegos dieron al dios egipcio re c ib e n d e él el c a r n e r o a la d o Thot. señor de las ciencias y de d e v ello cin o d e o ro q u e les sa l­ vará de la m u erte. la magia, el nombre de Hermes L o s p ro p io s I n m o rta le s le Trim egislo (tres veces grande). d e b e n m u c h o : s a lv a a A re s Su d o ctrin a estab a contenida c u a n d o esta b a p risio n ero d e los en los llam ados libros herm é­ A loadas", so c o rre a Z e u s e n su ticos. en los cuales se inspi­ lu c h a c o n tr a T if ó n ” y e l s e ñ o r rarían los alquim istas. Este d e lo s d io s e s s e p o n e e n su s Hermes es completam ente dis­ tinto al Hcrmes-Mercurio de la m a n o s p a ra q u e le a y u d e a d e s ­ b a r a ta r la s v e n g a n z a s u rd id a s época clásica. Los dos sentidos p o r la c e lo s a Hera* p a ra m a ta r m odernos del adjetivo hermé­ tico. «perfectam ente cerrado» al g ig an te" A rg o s”, g u a rd iá n d e la jo v e n l o ', p o r eje m p lo , o lle ­ (com o el «sello hermético» de v a r a lu g a r s e g u r o a l p e q u e ñ o los alquimistas) y «muy difícil Dioniso*. de com prender», derivan am ­ bos del sentido antiguo del tér­ En la tie rra , e s e l d io s d e la e lo c u e n c ia , e l p ro te c to r d e lo s mino. En su calidad d e dios de los v ia je ro s y . m á s la r d e , d e lo s viajeros. H erm es h a dado su m e r c a d e re s , p e r o ta m b ié n d e los la d ro n e s . E n lo s In fie rn o s" nombre, por un lado, a una im­ es el e n carg ad o d e esc o lta r a las portante m arca francesa de ar­ a lm a s de los m u e rto s (H e rm e s tícu lo s d e viaje y. p o r otro, a un proyecto europeo d e ve­ p s y c h o p o m p e ). E n R o m a fu e a sim ila d o a M ercurio*. hículo espacial. D e su s a m o re s c o n d io s a s o ♦ Lit. El nom bre de Hermes. m o rta le s n a c ie ro n d iv e rs o s h i­ calificado o no de Trimegisto. sirvió durante m ucho tiempo jo s . L o s m á s c o n o c id o s so n 225 HERM ES com o «sello de autenticidad» para los libros de contenido eso­ térico, sobre todo a partir del si­ glo xvi. El dios ocupa también un lugar importante en la tradi­ ción islám ica, donde se le d e­ signa con el nom bre de Idris. Algunos críticos consideran que la figura d e Virgilio, que guía a Dante en el Infierno (Divina co­ media. 1307-1321), recuerda a la d e Hermes. Con el nombre de M ercurio interviene en mu­ chas obras literarias, desem pe­ ñando funciones de mensajero benéfico. En este sentido pudo ser también confundido con los arcángeles cristianos Gabriel o Miguel. Mercurio aparece como interlocutor, jun to al barquero Caronte", en el Diálogo de Mer­ curio y Carón ( 1528-15 2 9 ), del erasm ista español Alfonso de Valdés. La función del dios en esta obra es manifestar y defen­ der la justicia y el gobierno del emperador Carlos V. ♦ Icón. Adem ás de las figuras estilizad as esculpidas en las en crucijadas (un p ilar coro­ nado por un busto hum ano), H erm es aparece frecuente­ m ente representado com o un hom bre barbado, vestido con una larga túnica, calzado con sandalias aladas y a m enudo tocado con el pélaso, el som ­ www.FreeLibros.me brero redondo de los viajeros griegos, y portando el caduceo. Protector de los pastores, se le ve tam bién llevando un cor­ dero sobre los hombros («crióforo»), Desde finales del siglo v a. C. la estatuaria lo muestra desnudo e im berbe, com o un joven atleta de arm oniosa be­ lleza. Aparece a menudo ocupándose del pequeño Dioniso: Hermes devuelve Dioniso a l Paposileno. crátera griega. 440 a. C , el V aticano; H ermes con el niño Dioniso, mármol griego de Praxíteles (réplica antigua), finales del siglo tv a. C., Olim­ pia; se le representa también solo, con o sin sus atributos de dios d e los viajes: Hermes de Maratón, bronce, siglo iv a. C„ A tenas: M ercurio, bronce, si­ glo xvt, Madrid. Museo Lázaro Galdiano. M ás adelante los ar­ tistas retuvieron sobre todo su función en los amores de Zeus e lo (Mercurio y Argo: Rubens, Velázquez, Agüero, lienzos, si­ glo x v n , M adrid, M useo del Prado), u ocupándose de la educación de C upido-: Louis Michel Van Loo, La educación d el A m or p o r M ercurio y Ve­ nus, siglo x v n , M adrid. Real A cadem ia de Bellas Artes de San Fernando. —> a r g o . HÉROES HÉROES 226 d e lo s d iá lo g o s d e P la tó n (4 2 8 L a c a te g o r ía d e lo s h é ro e s 3 4 8 a. C ) , el filó s o fo S ó c ra te s re s u lta p r o b le m á tic a : ¿ c u á l e s r e la c io n a e l té r m in o c o n el su o rig e n y su e s tru c tu r a o n lo - a m o r (e n g rie g o e r a s ) y d e fin e ló g ic a ? , ¿ so n sim p le s in te rm e ­ a lo s h é ro e s c o m o « n a c id o s de d ia r io s e n tr e lo s d io s e s" y lo s lo s a m o r e s d e u n d io s y u n a h u m an o s? H esío d o . e n L o s ira- m o r ta l o d e u n m o r ta l y una b a jo s y lo s día s, lla m a « h é ro e s d io s a » : se ría n p o r ta n to « se m i­ o s e m id io s e s ”» a lo s h o m b r e s d io se s» , y tal e s , en la A n tig ü e ­ d e la « c u a rta ra z a » , lo s q u e v i­ d a d , el s e n tid o m á s fre c u e n te v ie ro n e n tre la e d a d d e b ro n c e d e l té rm in o . P e ro d e s d e la ¡lia­ y la e d a d d e h ierro (—» e d a d d e d a (s ig lo ix a. C .) h a sta lo s a u ­ to re s la tin o s, a p a re c e n d iv ersas ORO , SEMIDIOSES). P índaro, p o eta g rie g o del si­ a c e p c io n e s d e la p a la b ra: e l h é­ g lo v a. C , d is tin g u e tre s c a te ­ ro e e s u n a s v e c e s u n c a u d illo g o ría s de se re s: d io s e s , h é ro e s m ilita r — y p o r e x te n s ió n cu a l­ y h o m b re s . E n el C r a tilo , u n o q u ie r h o m b re q u e s e d istin g u e p o r su n a c im ie n to , su c o ra je o su ta le n to — ; o tr a s v e c e s e s un se m id ió s, a m ed io c a m in o entre lo s d io s e s y los h o m b res; puede s e r ta m b ié n u n a d iv in id a d lo ­ c a l, u n je f e d e trib u , d e c iu d ad , d e u n a a g ru p a c ió n ( s e r ía el c a s o , e n A te n a s , d e lo s h éro e s « e p ó n im o s » , q u e d ie r o n su n o m b r e a la s d if e r e n te s trib u s q u e in te g ra b a n la c iu d a d ) ; por ú ltim o , e l e p ít e to d e h é ro e es c o n c e d id o ta m b ié n a lo s em pe­ ra d o r e s ro m a n o s d iv in iz a d o s . E n g e n e ra l, e n la m itología g rie g a p u e d e n d is tin g u irs e una se rie d e ra s g o s e s e n c ia le s . Los Dos de los héroes participantes en la guerra de Troya: Áyax llevando a h é ro e s tie n en e stre c h a s relacio ­ A quiles, grabado de la Biblioteca n e s c o n e l c o m b a te , la s artes Nacional de Madrid a d iv in a to r ia s , la m e d ic in a , la 227 in ic ia c ió n y lo s m is te rio s (O rfe o ”). F u n d a n c iu d a d e s y su c u lto tie n e u n c a r á c te r c ív ic o . S o n lo s a n te p a s a d o s d e g ru p o s c o n sa n g u ín e o s (T á n ta lo ) y los re p r e s e n ta n te s p ro to típ ic o s d e m u c h a s a c tiv id a d e s h u m a n a s fu n d a m e n ta le s (D é d a lo " , íc a ro ”). S e d is tin g u e n p o r p o s e e r cie rto s a trib u to s físic o s q u e les hacen d e s ta c a r (b e lle z a , fu e rz a so b re h u m a n a ) y q u e pueden lin d a r c o n lo m o n s tru o s o : P élo p e ” tie n e u n a e s ta tu ra g ig a n ­ te sc a , H e ra c le s 1 tie n e tre s fila s d e d ie n te s . A v e c e s p re s e n ta n cie rto s ra s g o s físic o s an im ale s: C é c ro p e , p rim e r re y m ític o del A tic a , e s u n s e r m ita d h o m b re y m ita d se rp ien te . D e s d e s u n a c im ie n to y su in fa n c ia d e m u e s tra n u n c o m ­ p o rta m ie n to e x c é n tr ic o m a r­ cad o p o r la d e sm e su ra (h ib ris ) y la v io le n c ia q u e tr a d u c e su n a tu ra le z a a m b iv a le n te , p o r n o d e c ir a b e rr a n te : p a d re s o p a ­ rien tes m u e rto s, a se s in a d o s p o r e n v id ia o p o r c ó le ra — in c lu so sin ra z ó n — , fe c u n d a c io n e s en m a s a (H e r a c le s ) , v io la c io n e s , in c e sto s (T ie s te s, E d ip o ”), d io ­ sa s a g r e d id a s ( I x i ó n ’ in te n ta v io lar a H era*), sa n tu a rio s p ro ­ fa n a d o s (A q u ile s* m a ta a T ro ilo , e l h ijo m e n o r d e P ría m o“, e n e l te m p lo d e A p o lo ”; www.FreeLibros.me H ÉR O ES Á yax" O ilc o v io la a C asan d ra en el te m p lo d e A ten ea”). L o s h é ro e s so n los testigos d e la « flu id e z d e los orígenes» q u e p re sid ió el p rin cip io de los tiem p o s. D esp u é s d e la co sm o ­ g o n ía y e l tr iu n fo d e Z eus", y tras la aparició n d e los hom bres, c u a n d o to d a v ía las estructuras y la s n o rm a s n o e sta b a n lo su fi­ c ie n te m e n te e s ta b le c id a s para d e te rm in a r la m e d id a d e las co­ sas, p a rtic ip a ro n en la e la b o ra ­ c ió n d e las in stitu cio n es, d e las ley es, d e las técn icas y las artes, fu n d a n d o a s í e l u n iv e rso h u ­ m an o , d o n d e las tran sg resio n es y los e x c e so s q u ed arán proscri­ to s en lo su c e s iv o . D esd e ese m o m en to , el «tiem po» del mito, de c a rácter m ág ico , abierto, ina­ c a b a d o y c o n tra d ic to rio , q u e ­ d a d e fin itiv a m e n te c e rra d o y d e ja p a s o al tie m p o d e la h is ­ toria. P ro d u c to s d e u n a fe c u n ­ d a c ió n d iv in a e x tra o rd in a ria (c o m o Perseo*. h ijo d e D ánae”, e n g e n d ra d o p o r Z e u s b a jo la a p a r ie n c ia d e u n a llu v ia de o r o ) , lo s h é ro e s se d istin g u e n e n o c a sio n e s p o r u n a d o b le pa­ te rn id a d , c o m o H eracles o T es e o ”. La m a y o ría d e la s veces so n a b a n d o n a d o s d e n iñ o s al re v e la rse inquietantes profecías p a ra la fam ilia (E d ip o , Perseo). HÉROES y so n a m a m a n ta d o s p o r a n im a ­ le s s a lv a je s (P arís* a lim e n ta d o p o r u n a o s a , R ó m u lo y R e m o p o r u n a lo b a ). V ia ja n a leja n a s tie rra s (U lises*, Jasó n "), se d is ­ tin g u e n p o r su s in n u m e ra b le s p ro e z a s , c e le b ra n m a trim o n io s d iv in o s (P e le o y Tetis*, d e c u y a unión n acerá A q u iles; C a d m o y H arm onía"). A n c e s tro s e p ó n im o s d e r a ­ z a s , d e p u e b lo s o d e fa m ilia s (lo s a r g iv o s d e s c ie n d e n d e A rgo", P é lo p e d io su n o m b re al P elo p o n eso , A tre o e s e l a n te p a ­ sad o de lo s A tridas*), rey es m í­ tic o s (T e s e o ) , in ic ia n a los h o m b res e n el c o n o c im ie n to d e d iv e rsa s in stitu c io n e s y o ficio s: la s le y e s c ív ic a s , la m o n o g a ­ m ia , la m e ta lu rg ia , e l c a n to , la esc ritu ra , la e strate g ia... F u n d a ­ d o re s d e c iu d a d e s p o r e x c e le n ­ c ia ( T e s e o , C a d m o , R ó m u lo ), in sp iran a lo s p e rs o n a je s h is tó ­ ric o s la fu n d a c ió n d e c o lo n ia s , c o n v irtié n d o s e a s u v e z e n h é ­ ro e s d e sp u é s d e su m u erte. In sta u ra n a s im is m o lo s j u e ­ g o s d e p o rtiv o s ( P é lo p e , H e r a ­ c le s ), lo q u e e x p lic a la h e ro ific a c ió n d e lo s a tle ta s v ic to r io ­ sos. A lg u n o s e stá n a s o c ia d o s a lo s rito s d e in ic ia c ió n d e lo s a d o le s c e n te s . M u c h a s d e su s a v e n tu ra s so n , d e h e c h o , p ru e ­ b a s in ic iá tic a s , c o m o la p e ­ 228 n e tra c ió n d e T e s e o e n el L a b e ­ rin to * y s u c o m b a te v ic to rio s o c o n tra e l M in o tau ro * , o e l p aso ritu a l d e A q u ile s a tr a v é s del fu e g o y e l a g u a c u a n d o fue e d u c a d o p o r lo s c e n ta u r o s '. P e ro e l ra s g o m á s c a r a c te ­ r í s ti c o d e lo s h é r o e s e s su m u e rte , s ie m p re v io le n ta , e n la g u e rr a o p o r tr a ic ió n , y s in g u ­ la r m e n te d ra m á tic a : O rfe o y P e n te o ’ m u e re n d e sp e d a z a d o s, A cte ó n * e s d e v o r a d o p o r sus p ro p io s p e rr o s , H ip ó lito * p o r su s c a b a llo s , A se le p io " e s fu l­ m in a d o p o r Z e u s... M u c h a s v e­ c e s lo s h é ro e s su c u m b e n v ícti­ m a s d e la lo c u ra y d e su p ro pia v io le n c ia (Á y a x , H e ra c le s ). N u n c a d u d a n e n e n fre n ta rs e c o n lo s d io s e s c o m o s i fu e ran su s ig u a le s p e ro , c o n la e x c e p ­ c ió n d e H e ra c le s , el h é ro e per­ fe c to c u y a a p o te o s is s e ñ a la su d iv in iz a c ió n , s ie m p re e s c ru e l­ m e n te c a s tig a d o p o r lo s O lím ­ pico s* . L a m u e r te m a g n ific a , sin e m b a r g o , su c o n d ic ió n so ­ b re h u m a n a , p ró x im a a la gloria d iv in a . D e s p u é s d e su d e s a p a r i­ c ió n , lo s h é r o e s d is f r u ta n de u n a « p o s t- e x is te n c ia » ilim i­ ta d a . S u s d e s p o jo s e stá n carga­ d o s d e te m ib le s p o d e re s m ág i­ c o s y s e d e p o s ita n d e n tr o d e la c iu d a d , a v e c e s in c lu s o e n el 229 H ÉR O ES in te r io r d e lo s s a n tu a r io s (a s í P élo p e e n el te m p lo d e Z e u s en O lim p ia ). S u s tu m b a s y c e n o ta fio s c o n stitu y e n el c e n tro del c u lto h e ro ic o , a c o m p a ñ a d o d e rito s y s a c r if ic io s c o m o e l d e lo s d io s e s . El h é ro e m u e rto se c o n v ie r te e n u n g e n io tu te la r q u e p ro te g e a la c iu d a d c o n tr a d iv e r s o s a z o te s : in v a s io n e s , e p id e m ia s , c a tá s tr o fe s n a tu r a ­ les... L o s s a n to s y lo s m á rtire s d e la tra d ic ió n c ris tia n a les s u ­ c e d e rá n m á s tard e e n e s ta fu n ­ ción tu telar. ♦ L en g u a . La palabra héroe designa en la actualidad a un hom bre q u e ha dado pruebas d e un v alo r extraordinario o. también, al personaje principal de una obra de ficción, su pro­ tagonista. Pero el adjetivo h e ­ roico, cuyo sentido habitual es «excepcionalm ente valeroso», conserva el sentido antiguo del term ino en expresiones com o lo s tiem p o s heroicos, alu­ diendo a la «época de los o rí­ genes». y p oem a heroico, donde el adjetivo es sinónim o de «épico». ♦ L it. El héroe literario de la Edad Media es heredero directo de los de la Antigüedad greco­ rromana. De hecho, las aventu­ ras caballerescas medievales. www.FreeLibros.me Uno de los principales héroes grie­ gos: Hércules en la primera guerra d e Troya, Gliptoteca de Munich como luego las renacentistas, se basan en parte en la llamada materia troyana, que está cons­ tituida por una serie de obras derivadas o traducidas de los primitivos textos sobre la gue­ rra de T roya'. De esa manera, los héroes heredan una serie de rasgos clásicos que les convier­ ten en seres extraordinarios, a medio camino entre los dioses y los hom bres. Así. igual que ocurre con Heracles o con Meleagro , la procreación de estos héroes viene acompañada de una serie de señales sobrenatu­ rales. Desde muy niño, el caba- HÉROES Mero medieval y renacentista se enfrenta a una serie de situacio­ nes adversas que, sin embargo, supera sin dificultad. Es el caso de A m adís de C aula o Mordred. el hijo del mítico rey A r­ turo, abandonados en una cesta en el río com o lo habían sido Rómulo y Remo. Su genealogía es ilustre. A un­ que obviam ente ya no pueden ser hijos de dioses, puesto que en la Edad M edia la c o n ce p ­ ción del m undo es cristiana, son hijos de reyes o futuros re­ yes de valentía, p rudencia y «heroicidad» probadas. A de­ más. muestran ciertas caracte­ rísticas naturales que les con­ ducen. desde jóvenes, a reali­ zar grandes proezas. A sí, tras una serie de pruebas iniciáticas en las que demuestran su valor —com o había em prendido He­ racles con la resolución de sus doce trabajos o T eseo en su aventura con el M inotauro— . se produce el reconocim iento de su condición d e héroe y, a partir de entonces, les suele ser encom endada una m isión e s­ pecial destin ad a a su m ayor glorificación, que en el caso de Jasón fue la conquista del ve­ llocino de o ro ', en el de Eneas1. Aquiles. Ulises o Héc­ to r’, la guerra de Troya, y en el 230 caso de los caballeros m edie­ vales y renacentistas, a Galaad. h ijo d e A rturo, se le en co ­ m endó la conquista del Santo Cirial, y a E splandián, hijo de A m adís. la lucha contra el in­ fiel y la conquista de la mítica ciudad de Constantinopla. En tod as estas av enturas, el héroe se p resenta com o un guerrero invencible, de fuerza prodigiosa, d o tes de m ando y valentía sin lím ites. Además, las aventuras am orosas suelen alternarse con las caballeres­ cas, m ostrando así el héroe su doble naturaleza: humana y semidivina. La consecución de la fam a en el ám b ito g u errero o caballe­ resco lleva consigo la glorifi­ cació n final del héroe. Igual q u e H eracles una vez muerto e s conducido al O lim po", Ar­ turo, a su muerte, es trasladado a la legendaria isla de Avalón, donde, según las leyendas, per­ manece dorm ido y no muerto. Este carácter m ítico del héroe es rechazado desde la concep­ ción del m undo barroco, mar­ cada p o r el desengaño y la vi­ sión realista d e la existencia hum ana. A sí, Lázaro de Tormes, com o los dem ás picaros célebres de esa época, no tiene un linaje ilustre, ni acomete ha- I zanas extraordinarias, ni es glo­ rificado a su m uerte. Antes bien, su vida transcurre entre rufianes y prostitutas, sirviendo a un m endigo ciego, a un cura de pueblo o a un escudero em ­ pobrecido, a los que tiene que engañar para sobrevivir. La va­ lentía, heroicidad y fuerza so­ brehum ana se diluyen: el p i­ caro 11 0 acom ete m ás aventura que la de sobrevivir en una so ­ ciedad q u e le es hostil y de la que nunca podrá escapar. El romanticismo crea un doble héroe. Por una parte, el héroe trágico de los dramas románti­ cos, cu y a existencia está m o­ vida por tres fuerzas esenciales: el am or sin medida, el orgullo o la desmesura (reaparece aquí la hibris clásica) y el destino, que le es siem pre adverso. Su vida está marcada por una lucha in­ terna que le lleva a enfrentarse al resto del mundo, convirtién­ dose de esta forma en el incomprendido por excelencia. El fin del héroe del dram a romántico es trágico, porque todas las fuerzas — la del destino, la del m undo exterior y la suya pro­ pia— se alian contra él para destruirlo. Pero el romanticismo recupera tam bién, aunque con evidentes transformaciones, la figura del www.FreeLibros.me H E S PÉ R ID E S héroe heredada del mundo clá­ sico en la novela de aventuras, que, desarrollada parcialmente en siglos anteriores, alcanza su esplendor en el xtx. El culto al «yo» y el ansia de libertad ro­ mánticos contribuyen al éxito de este género, cuya vigencia continúa en la actualidad. Es el caso de las novelas d e Defoe, Sw ift, Stevenson. Melville, Salgari o Verne, entre otros autores. En el siglo xx el héroe, siem ­ pre dispuesto a acom eter em ­ p resas extraordinarias, consi­ gue rom per las barreras del tiem po y el espacio en el gé­ nero de la ciencia ficción. Junto a este, en nuestros días y desde el realismo del siglo xtx, toma cuerpo un héroe distinto, despojado —com o ocurría en el siglo x v u con la novela pi­ caresca— de todo carácter so­ brenatural. Es el héroe urbano, inm erso en los problemas y en la sociedad de su tiempo, cuya existencia dista mucho de los prodigios y aventuras del héroe clásico. HESPÉRIDES L a s H e s p é rid e s so n las « n in fa s del p o n ien te» , hijas de la N o c h e (N icle") en la T eogo­ n ia d e H e sío d o , a u n q u e según HÉSPERO 232 o tr a s v e rs io n e s s e ría n h ija s d e o ro fu e r a n d e v u e lta s al ja rd ín A tla s ' y H é s p e ris ( —» h é s p e ­ d e l q u e y a n o s a ld ría n . —> in ­ f i e r n o s , HERACLES. r o ). S o n tr e s , s e g ú n la tr a d i ­ c ió n m á s e x te n d id a : E g le (la ♦ L en g u a . El nom bre HespéB rilla n te ), E ritia (la R o ja ) y rides d eriv a d e u n a palabra H e s p e ra re tu s a (la A rc lu s a del griega que significa «la tarde». p o n ie n te ). C o n a y u d a d el d r a ­ C on él puede relacionarse el g ó n L ad ó n c u id a n del ja rd ín d e lo s d io se s* , d o n d e c r e c e n la s térm ino Hesperia («región del poniente». O ccidente), con el m anzanas d e o ro q u e G ea' que los griegos designaban a o fr e c ie r a a H era" c o m o p r e ­ Italia y los rom anos a España. se n te de b o d as. U n o d e lo s ú l­ ♦ ¡con. H eracles y las Hespé­ tim o s tr a b a jo s q u e E u ris te o " rides, relieve de la villa Alim p u s o a H e ra c le s * c o n s is tió en tra e r e sa s m a n z a n a s. El h é ­ bani, Rom a; Las H espérides, cuadro d e P rim aticcio (siglo roe tu v o d e b u s c a r d u ra n te m u ­ c h o tie m p o el ja r d ín , d el q u e la xvi, Fontaineblcau) y d e Turner (siglo xix, 1806. Londres, m ito lo g ía o fre c e lo c alizacio n es National Gallery). d iv e r s a s : e n e l e x tr e m o O c c i­ d e n te . en los lím ites del o céan o y c e rc a d e la s is la s d e lo s B ie­ HÉSPER O H e rm a n o d e A tlas" y padre n av enturados", al p ie del m o n te A tla s , o in c lu s o e n e l p a ís d e d e H é s p e r is , la c u a l c o n c ib ió lo s h ip e r b ó re o s " , e n e l le ja n o c o n s u tí o a la s H e sp é rid e s* . U n d ía q u e H é s p e ro h a b ía su ­ N o rte. L o e se n c ia l en e s te m ito e s b id o s o b r e lo s h o m b r o s de la re lació n — fu n d am en tal en el A tla s p a r a e s c r u ta r e l h o ri­ p e n sa m ie n to m á g ic o a rc a ic o — z o n te , c a y ó a l s u e lo y su e n tre e l O e ste , re g ió n d o n d e se c u e rp o se q u e b ró a c o n se c u e n ­ p o n e e l S o l, y e l m u n d o d e los c ia d e la c a íd a . E ste b re v e mito m u erto s. L as m a n z a n a s d e o ro d a b a c u e n ta d e la ru p tu ra entre so n d e h e c h o fru to s d e in m o r­ Á f r ic a y E s p a ñ a a tr a v é s del ta lid a d . y la v ic to r ia d e H e ra ­ e s tre c h o d e G ib ra lta r. c le s en e s ta p ru e b a p re fig u ra su ♦ Lengua. El nombre de Hés­ tr iu n fo fin a l s o b r e la m u e r te . p ero significa «la tarde» (lo D e sp u é s d el ro b o . A ten ea* se que se explica por la localiza­ o c u p ó d e q u e las m a n z a n a s d e 233 H ID R A D E LERNA ción geo g ráfica del m ito, en ció n ju d e o c ristia n a del «pecado O ccidente); e s m orfológica­ d e o rg u llo » , la soberbia). El tér­ m ente idéntico a la voz latina m in o d e s ig n a ta m b ién , p o r ex ­ vesper. d e la q u e proceden el te n sió n , a « la in so len cia» y «el adjetivo vespertino y el sustan­ fu ro r» , c o n se c u e n cias del orgu­ tivo víspera, que en plural d e­ llo; en e ste sen tid o p ued e tom ar signa un oficio relig io so que el sig n ificad o d e «violencia, se­ antiguam ente solía cantarse al v ic ia » , e n e s p e c ia l « v io le n c ia anochecer. c o m e tid a c o n tr a un a m u je r, v io la ció n » . HESTIA D io sa " v ir g e n ( c o m o A te ­ nea" y A rte m isa ), e ra h erm a n a de Z eu s* . A u n q u e e s t a d iv in i­ d ad fo rm a b a p a rte d e lo s d o c e O lím p ic o s ”, c a r e c e d e m ito s p ro p io s y s o lo p u e d e d e c ir s e q u e e r a la d io s a d e l fu e g o d el h o g a r. L o s ro m a n o s le d ie r o n el n o m b re d e V esta* y te n ía en R om a un fu eg o sa g rad o que m a n te n ía n e n c e n d id o u n a se c ta d e s a c e r d o tis a s , la s v e s­ tales. ♦ Lengua. Este último sentido explica la palabra híbrido y sus derivados. Un híbrido es un ser vivo, anim al o vegetal, pro­ ducto del cruce de dos especies diferentes a las que en cierto sentido se ha violentado, obli­ gándolas a unirse. Una obra hí­ brida se forma de dos o varios elem entos diferentes que no están inicialmcnte concebidos para unirse. HIDRA D E LERNA HIBRIS E s te té r m in o g r ie g o n o e s e s p e c ífic a m e n te m ito ló g ic o , p e ro d e s ig n a u n a n o c ió n q u e re a p a re c e a m e n u d o e n lo s re ­ lato s m ític o s . L a h ib r is e s « la d e sm e su ra » y , m á s e s p e c ífic a ­ m e n te , « e l o r g u llo » , q u e e m ­ puja a lo s h o m b r e s a q u e r e r e m u la r a lo s dioses* o a riv a li­ z a r c o n e llo s (e n c ie rta m e d id a pu ed e re la c io n a r s e c o n la n o ­ www.FreeLibros.me E ste m o n stru o , c u y o n o m ­ b re s ig n ific a « s e rp ie n te de a g u a » , e r a h ija d e T if ó n ' y E q u id n a (la v íb o ra ). T e n ía c u e rp o d e p e rro y n u ev e c a b e ­ z a s, u n a d e e lla s in m ortal, y su a lie n to e ra le ta l (-> m o n s ­ t r u o s ) . E uristeo* h a b ía o rd e ­ n a d o a H eracles" q u e m atara al m o n s tru o , h a z a ñ a q u e se ría el « s e g u n d o tra b a jo » d el héroe". C o m o c a d a v e z q u e e s te c o r- 234 H ILAS H ércules y la hidra de Lerna, d e­ coración de un ánfora ática. Roma. Museo de villa Giulia ta b a u n a d e la s c a b e z a s d e l m o n s tru o v o lv ía a c re c e r le in ­ m e d ia ta m e n te o tra e n su lu g ar, re c u r rió a la a y u d a d e s u s o ­ b rin o Y o la o q u ie n , p a ra e v ita r q u e e s ta s se re p r o d u je r a n , ib a q u e m an d o la s h erid as d e la b es­ tia a m e d id a q u e H e ra c le s c e r ­ c e n a b a su s c a b e z a s m o r ta le s . D e e s te m o d o p u d o c o rta rle al fin la c a b e z a in m o rta l, q u e e n ­ te rró b a jo un e n o rm e p e ñ a s c o , y lu eg o e m p o n z o ñ ó su s H echas c o n la s a n g r e d el m o n s tru o . HERACLES, MONSTRUOS. ♦ Lengua. Se denomina hidra. en zoología, a un pequeño ani­ mal tcntacular d e agua dulce que se reproduce por partenogénesis: si el animal es cortado en trozos, de cada uno de ellos surgirá una nueva hidra. Es también el nombre de una cule­ bra marina muy venenosa. En sentido figurado, la palabra desig n a un azo te q u e se re­ nueva sin cesar, a pesar de los esfuerzos que se hagan para atajarlo: la hidra d e l paro, de la delincuencia. La expresión p onerse como una hidra, que significa «enfa­ darse violentam ente» y se aplica indistintam ente a hom­ b res y m ujeres, e s práctica­ m ente sin ó n im a de o tras ex­ presiones procedentes del re­ gistro mitológico. —> H A R P Í A S , l-U R IA S . ♦ Icón. Hércules y la hidra de Lerna, ánfora ática, Roma. Mu­ seo de villa CJiulia; El combate de H ércules contra la hidra de Lem a, grabado de Lasne, siglo xvii; Gustave Moreau. Hércules y la hidra de Lerna. 1876, Chi­ cago: Zurbarán, L ich a de Hér­ cules con la hidra de Lerna. 1634, Madrid. Museo del Prado. HILAS - » ARGONAUTAS. 235 HIPERBÓREOS E ste p u e b lo m ític o , q u e v i­ vía e n e l e x tre m o se p te n trio n a l d el m u n d o c o n o c id o (su n o m ­ b re s ig n ific a « m á s a llá d e l país d e B ó re a s » ), a c o g ió a A p o lo ” d e sp u é s d e su n acim ien to . D e s­ p u é s d e i r a D e lfo s , re g r e s a b a c a d a o to ñ o al p a ís d e lo s h ip e r­ b ó re o s m o n ta d o en su c a rro ti­ ra d o p o r c is n e s b la n c o s p a ra v o lv e r a p a rtir c a d a v e ra n o . A v e c e s s e d ic e q u e su m a d re L e to ” e r a o r ig in a r ia d e l m is te ­ rio so país. E ra e s ta u n a re g ió n p a ra d i­ síaca: el c lim a e ra d u lc e y a g ra ­ d a b le , la n o c h e n o e x is tía , su suelo fértil y las co se c h a s a b u n ­ d a n te s . L o s h ip e r b ó re o s e ra n p ia d o s o s , d e c o ra z ó n p u ro y v irtu o s o s ; p a s a b a n la v id a en m ed io d e b a ile s y c á n tic o s y la m u e rte s o lo v e n ía a e llo s c u a n d o e s to s a s í lo d e c id ía n , a rr o já n d o s e e n to n c e s g o z o s o s al m ar. H IPN O O lao Magno Historia de gentlh u s sepienlrioitalibus 11555) para proponer el Norte como una región feliz que ha esca­ pado a la presencia del mundo m oderno, donde los hombres gozan de una larga vida y una beatitud que les acerca a lo di­ vino. A cerca de la existencia del mítico pueblo de los hiper­ bóreos en concreto, afirma que. si bien no hay pruebas concluyentes, debemos consi­ d erar que por debajo de toda duda o leyenda existe siempre algo de verdad. HIPNO P e r s o n ific a c ió n d el S u eñ o (e n g r ie g o h ip n o s ), e s h ijo de E re b o ’, las T in ie b la s d e los In­ fie rn o s" , y N ic te ’, la N o c h e , y h e rm a n o g e m e lo d e T á n a to ’, la p e rs o n ific a c ió n d e la M u erte. R e c o rre c o n tin u a m e n te la tie r r a , d u r m ié n d o lo to d o a su p a so . A p e tic ió n d e H e ra d u r­ m ió a Z e u s" p a ra p e rm itir q ue ♦ L en g u a . El adjetivo h ip e r­ P oseidón* in te rv in ie se en favor bóreo designa todo lo relacio­ d e lo s g rie g o s d u ra n te la g u e ­ nado con el extrem o Norte. rr a d e T ro y a " . C o n s u h e rm a ­ ♦ U t. Antonio de Torquemada n o T á n a to lle v ó h a s ta L ic ia el dedica los dos últimos tratados c u e rp o d e l v a le ro so S arp ed ó n , d e su m iscelánea renacentista m u e r to a l p ie d e la s m u ra lla s Jard ín d e flo re s cu rio sa s (h. d e T ro y a. P o r últim o , concedió 1568) a la geografía «septen­ a E n d im ió n ", d e q u ien se había trional». Se basa en la obra de e n a m o r a d o , e l d o n d e d o rm ir www.FreeLibros.me H IPO D A M ÍA 236 p a ra s o lic ita r s u m a n o , p e ro su p a d re s e n e g a b a a c a s a r la p o r c e lo s y p o r te m o r. E n e fe c to , E n ó m a o e s ta b a a rd ie n te m e n te e n a m o r a d o d e s u p ro p ia h ija y a d e m á s u n o r á c u lo le h a b ía —> TÁNATO. p re d ic h o q u e m o r iría a m a n o s ♦ Lengua. Palabras com o hip­ d e s u y e rn o . H a b ía d is p u e s to , notizar. hipnotismo, hipnótico, p o r ta n to , q u e so lo e n tre g a ría a etc., derivan del nom bre c o ­ H ip o d a m ía a l q u e c o n sig u ie se mún hipnos, no del nom bre d e rro ta rlo e n u n a c a rre ra d e ca­ rro s e n tr e P is a y C o rin to . Enópropio del dios. ♦ Lit. A m enudo reducido a m a o , g ra c ia s a lo s v e lo c e s c a ­ una pura abstracción, a Hipno b a llo s q u e le h a b ía o fr e c id o el se le atribuyen diversas m ora­ d io s A r e s ', s ie m p r e re s u lta b a das: la isla de Lem nos, según v e n c e d o r y y a h a b ía d ad o Homero; los Infiernos, según m u e r te a d o c e d e s g ra c ia d o s Virgilio: la lejana orilla de los c o m p e tid o r e s , c u y a s c a b e z a s cim erios, en el Ponto E uxino c o rta d a s a d o rn ab a n la p u e rta de (m ar N egro), según O vidio, su p a la c io . F u e e n to n c e s que adem ás le atribuye un pa­ c u a n d o a p a re c ió P é lo p e . lacio encantado donde todo H ip o d a m ía se e n a m o ró per­ d id a m e n te d e l jo v e n héroe" ve­ duerme. ♦ icón. Los escultores griegos n id o d e A sia y d e c id ió tra ic io ­ le representan com o un joven n a r a s u p a d re . C o n s ig u ió que de ro stro grave, a veces pro­ e l a u r ig a M irtilo , q u e e sta b a visto de un par de alas unidas a e n a m o ra d o d e e lla , su stitu y e ra sus sienes o bien a sus hom ­ la s c la v ija s d e l c a r r o d e E n ó ­ bros, recordando entonces a las m a o p o r o tr a s d e c e r a , q u e no ta rd a ro n en c e d e r d u ra n te la ca­ figuras de los ángeles. rrera. El a c c id e n te c o s tó la vida HIPODAMÍA a E n ó m a o , d a n d o a P é lo p e el H ija d e E n ó rn a o , re y d e re in o d e P is a y la m a n o d e Hi­ P is a , e n É lid e ; su n o m b re s ig ­ p o d a m ía . M al p a g a d o p o r lo s s e rv i­ nifica « d o m a d o ra d e ca b a llo s» . Era ta n ta su b e lle z a q u e n o p a­ c io s q u e h ab ía p re sta d o . M irtilo ra b a n d e lle g a r p re te n d ie n te s m u rió a m a n o s d el n u e v o rey. c o n lo s o jo s a b ie r to s p a r a p o ­ d e r a s í c o n te m p la r lo s e te r n a ­ m en te. A H ip n o s e le a tr ib u y e n c ie n h ijo s, e n tre e llo s M orfeo*. 237 H IPÓ L ITO b ie n p o rq u e h a b ía in te n ta d o v io la r a H ip o d a m ía o b ie n p o r­ q u e e sta , d e sp e c h a d a p o r h a b e r sid o re c h a z a d a p o r e l a u rig a , le a c u só fa lsa m e n te d e h a b e r a b u ­ s a d o d e e lla . A l m o rir. M irtilo la n z ó u n a m a ld ic ió n c o n tr a la d e s c e n d e n c ia d e la p a re ja real, c o n trib u y e n d o a s í a a c re c e n ta r las d e s g r a c ia s q u e ib a n a a b a ­ tirse so b re lo s A tridas". H ip o d a m ía , c e lo s a d e su h i­ ja s tro C risip o , p la n e ó su m u erte y, o b ie n h iz o q u e su s h ijo s A tre o y T ie s te s lo m a ta ra n , o bien lo m a tó e lla m is m a c o n la e s p a d a d e l re y te b a n o L ay o ", in v ita d o a l p a la c io . A l d e s c u ­ b rirs e e l c rim e n , P é lo p e e x ­ p u lsó — o m a tó — a s u e sp o sa . S in e m b a r g o , d e s p u é s d e su m u erte y p o r o rd en d e un o rácu ­ lo, s u e s p o s o d e p o sitó su s c e n i­ za s e n u n a c a p illa d e l A ltis, el re c in to s a g r a d o d e O lim p ia . - > ATRIDAS, PÉLOPE. ♦ Lit. El poeta latino O vidio celebra la b elleza d e Hipodam ía en sus A m o res (h. 15 a. C.): «Sí, muy poco faltó para q u e Pélope. contem plando tu rostro, H ipodam ía. n o cayese bajo la lanza del rey de Pisa» (II, versos 15-16). ♦ ¡con. R ubens, El rapto de H ipodam ía. 1635, B ruselas. www.FreeLibros.me HIPÓLITO H ijo d e T eseo ", rey d e A te­ n a s, y A n tío p e " , h e rm a n a de H ip ó lita , la re in a d e las am az o ­ nas*; su n o m b re sig nifica «el de los c a b a llo s d esb o c ad o s» . D e s p u é s d e la m u e rte de A n tío p e , T e s e o s e c a só co n Fe­ d ra", h ija d e l rey c re te n s e M i­ nos* y h e rm a n a d e A riadna*. C u a n d o T e s e ó fu e e x p u ls a d o d e A te n a s p o r h a b e r m a ta d o a su rival Palante" y a los hijos de e ste , s e in s ta ló e n T re c é n ju n to a su a b u e lo P ite o , d o n d e a n tes h a b ía e n v ia d o a su h ijo H ip ó ­ lito p a ra q u e s e e d u c a ra . El j o ­ v e n , d e s d e ñ a d o p o r un p ad re re p u ta d o p o r su s a v e n tu ra s g a­ la n te s , se h a b ía re fu g ia d o en u n a c a stid a d arisca y en una de­ v o c ió n e x a lta d a p o r la diosa" A rte m isa '. E s m ás, desdeñaba a A fro d ita* , n e g á n d o s e a in te re ­ sa rse p o r el a m o r y las m ujeres. P a ra v e n g a rs e , la u ltra ja d a d io s a h iz o co n c e b ir a Fedra una p a sió n in m e d ia ta y devoradora p o r su h ijastro , desencadenando a s í u n a te rrib le v e n g a n z a de la q u e H ip ó lito se ría la p rim era e in o c e n te v íctim a. D u ra n te la la r g a a u s e n c ia d e T e s e o en los Infiernos", F e­ d ra se o fr e c ió a H ip ó lito , pero e s te la re c h a z ó . A l re g re s a r T e s e o . F e d ra , ta n to p o r d e s p e ­ 238 H O M É R IC O c h o c o m o p o r te m o r a s e r d e ­ la ta d a , a c u s ó fa ls a m e n te al j o ­ v e n d e h a b e r in te n ta d o v io ­ larla. R e c h a z a n d o la s p ro te sta s d e in o c e n c ia d e H ip ó lito , T e ­ s e o p id ió a P o se id ó n q u e c a s ­ tig a ra a su h ijo y el d io s e n v ió e n to n c e s un m o n s tr u o s o to r o m a r in o q u e e m e r g ió d e la s a g u a s c u a n d o H ip ó lito c o n d u ­ c ía su c a r r o p o r la p la y a . L o s c a b a llo s , e s p a n ta d o s , e m p r e n ­ d iero n u na lo c a c a rre ra y e l j o ­ v e n c a y ó d e l c a r r o , m u r ie n d o a p la stad o c o n tra u n a s rocas, Al s a b e r su m u e r te , F e d r a se a h o rc ó . ♦ Lit. V íctim a de la pasión culpable de Fcdra, Hipólito rei­ vindica su inocencia con dolo­ roso orgullo en la tragedia de E urípides H ipólito coronado (428 a. C \). cuyo argum ento retomará más tarde el autor la­ tino Séneca para su pieza L e ­ dra (h. 50 d. C.). En la Fedra de Racine (1677). la muerte de H ipólito es objeto del «relato d e T crám eno». considerado uno de los m ejores ejem plos de larga tirada narrativa. —> p r ­ o r a . ♦ Icón. Sarcófago romano con relieves alusivos a la leyenda d e H ipólito, siglo ni. T arra­ gona. 239 HUMANIDAD HOMÉRICO A d je tiv o c a lific a tiv o q u e se a p lic a a lo rela c io n a d o c o n H o ­ m e ro o c o n lo s p o e m a s é p i­ c o s q u e la tra d ic ió n lite ra ria le a tr ib u y e , la lita d a y la O d ise a ( - » LAS FUENTES LITERARIAS DE LA MITOLOGÍA GRECORROMANA). P o r ex te n sió n , el a d je tiv o puede sig n ific a r tam b ién « d ig n o de los re la to s h o m é ric o s » o « r ic o en e p is o d io s e s p e c ta c u la r e s » (se h a b la e n e s te se n tid o d e batalla o lo c u ra « h o m é ric a » ); la ex p re ­ sió n « risa h o m é r ic a » d e s ig ­ n a u n a ris a la r g a y p o d e ro s a , « in e x tin g u ib le » , se m e ja n te a la q u e se g ú n la / lia d a (c a n to 1) se a p o d e ró d e lo s O lím p ic o s ’ a la v is ta d e H efesto * , e l d io s cojo. - » HEFESTO. HORAS H ija s d e Z e u s ” y T em is". tie n en u n a d o b le fu n c ió n : rigen e l o rd e n so cial y el o rd e n d e la n a tu ra le z a y d e la s e sta c io n e s. L o s g rieg o s las llam ab an Eunom ía ( O rd e n ), D ic e (J u s tic ia ) e Iren e (P a z ), n o m b re s relacio n a­ d o s c o n su p rim e ra fu n c ió n . L o s a te n ie n s e s , s in e m b a rg o , la s d e s ig n a b a n c o n n o m b re s q u e h a c ía n a lu s ió n a la fe rtili­ d a d : T a lo (T a llo . R e to ñ o ), C a r p o (F r u to ) y A u x o (C re c i­ m ie n to ). L a s h o ra s, relieve griego del Prito- neo d e T asso s, P arís, M useo del Louvre E s ta b a n a s o c ia d a s o rig in a ­ ria m e n te a la p rim a v e r a , al v e ra n o y al in v iern o . M ás tard e a u m e n tó su n ú m e ro h a sta do ce, c o rre s p o n d ie n d o a la s d o c e d i­ visiones del d ía . S e la s v e a m e­ nu d o d a n z a n d o c o n la s m u s a s y la s carites* , lle v a n d o llo re s y p la n ta s e n la m a n o . E n el O lim p o ” g u a rd a n la s p u e rta s del C ic lo , s irv e n a las p rin c ip a ­ les d io sas* y c u id a n lo s c o r c e ­ les c e le s te s . E n R o m a se les llam ó ho ra e. ♦ le n g u a . De su nombre gené­ rico. u través del latín horae, de­ riva el sustantivo hora, que de­ signa la división del día. Como nom bre propio y en plural, las www.FreeLibros.me Horas designan también las di­ ferentes partes del breviario, en un principio definidas por los momentos del día en que se las recitaba; el Libro de las Horas del duque de Berry (siglo XV) es fam oso por sus miniaturas. ♦ L it. H om ero y Hesíodo solo m encionan a tres diosas. O vidio las evoca en sus Fas­ tos (I) y en sus Metamorfosis (II. XIV). ♦ ¡con. C alim aco. Pan y las horas, bajorrelieve, finales del siglo v a. C., Roma; Hora cu­ bierta con un velo, relieve, si­ glo i a. C ., Atenas; Las horas, relieve griego, Louvre. HUMANIDAD L a m ito lo g ía no so lo e x ­ p lic a el o rig e n del m undo, el de lo s d io s e s" y e l d e lo s a n im a ­ le s ', s in o ta m b ié n el d e la h u ­ m a n id a d . S e g ú n H e sío d o , el c r e a d o r d e lo s h o m b re s habría sid o P rom eteo" q u e, después de­ q u e su h erm an o E pim eteo crea­ r a a lo s a n im a le s , m o ld eó a los s e re s h u m a n o s a im agen de los d io s e s , d á n d o le s la b ip e d e sta c ió n . L u e g o ro b ó el fu e g o c e ­ le s te (el d e l ra y o o e l d el S ol) p a ra o fre c é rs e lo a los h om bres c o n e l fin d e q u e p udieran p ro ­ te g e r s e c o n tr a lo s a n im a le s , a lo s q u e E p im e te o h a b ía olor- H U M A N ID A D g a d o c a s i to d a s la s c u a lid a d e s d i s p o n i b l e s . —> P r o m e t e o . H ech o s a im agen d e los d io ­ ses, los h o m b re s ten ían m u ch a s se m e ja n z a s co n e llo s ta n to físi­ c a s c o m o p sico ló g icas, p ero ca ­ re c ía n d el a tr ib u to e s e n c ia l d e los s e re s d iv in o s: la in m o rta li­ dad. D e e ste m o d o , los h o m b re s era n , p o r ex c e le n c ia , « lo s M o r­ ta le s» ( a s í se le s d e s ig n a b a en griego: broto)'), m ientras q u e los d io s e s e ra n « lo s In m o rta le s » . E n los p rim e ro s tie m p o s to ­ d o s los s e r e s h u m a n o s e ra n d e se x o m a sc u lin o . L a c re a c ió n de la m u je r fu e d e c is ió n d e Z eus". C e lo s o d e lo s p r iv ile g io s q u e P ro m eteo h ab ía c o n c e d id o a los 240 h o m b r e s , q u is o c o n tr ib u ir a o b r a a p o rta n d o su p ro p io g r a ­ n ito d e a re n a : u n s e r n o c iv o y p e rtu rb a d o r, ta n to m á s p e li­ g ro s o c u a n to q u e su a sp e c to se­ ría ca u tiv a d o r. A s í n a c ió la p ri­ m e ra m ujer, P andora", fabricada p o r H efeslo* a p etició n d e Zeus. L a h u m a n id a d q u e d a b a d e fin i­ tiv a m e n te c o n s titu id a , p e ro las c o n d ic io n e s d e su a p a ric ió n so ­ b re la tie rra la d e stin a b a n a toda su erte d e trib u la cio n e s. E s te m ito a n tr o p o g ó n ic o c o e x is te e n L o s tr a b a jo s y los d ía s , d e H c sío d o , c o n u n relato m u y d if e re n te , e l « m ito d e las ra z a s» . —> e d a d d e o r o . —» ANIMALES, CAOS, TEOGONIA. I ÍCARO H ijo d e D é d a lo " , e l c o n s ­ tructor d e l L aberinto*, y u n a es­ c la v a d e M in o s* . D e s p u é s d e q u e T ese o * m a ta ra al M in o tauro" y lo g ra se s a lir d e l L a b e ­ rin to g ra c ia s al o v illo q u e D é­ d a lo h a b ía p r o p o r c io n a d o a A ria d n a ', e l a rq u ite c to y su h ijo fu e ro n e n c e rr a d o s p o r e l fu ­ rio so M in o s e n la in e x tric a b le c o n s tru c c ió n . D é d a lo fa b ric ó e n to n c e s u n a s a la s h e c h a s c o n cera y p lu m as, q u e fijó so b re su e sp a ld a y la d e íc a ro , y a m b o s e sc a p a ro n v o la n d o d e l L a b e ­ rin to , n o sin q u e a n te s D é d a lo Relieve helenístico con Dédalo h u b ie ra re c o m e n d a d o a su hijo e Icaro, Roma, villa Albani q u e n o v o la s e d e m a s ia d o a lto ni d e m a s ia d o b ajo. P e ro el o r g u llo im p u ls ó a m o s. H eracles* le e n te rra ría en íc aro a la d e s o b e d ie n c ia . E m ­ u n a p e q u e ñ a isla llam ada Icaria. briagado p o r el p o d e r q u e le d a ­ —> ARIADNA, DÉDALO. El m ito d e íc a r o no ha d e ­ ban la s a la s , se a c e rc ó ta n to al Sol q u e la c e r a s e fu n d ió y el ja d o d e a lim e n ta r los su eñ o s de im p ru d en te se p re c ip itó a l m a r lo s h o m b re s d e se o s o s d e volar E geo, n o lejo s d e la is la d e S a - p a ra c o n q u is ta r lo s aires. www.FreeLibros.me 242 ID O M E N E O ♦ L engua. El m ito del peli­ groso vuelo del hijo de Dédalo ha dado nombre en España a la Operación Icaro. que consiste en el despliegue de aviones es­ pañoles en Bosnia. Estos, junto a las fuerzas aéreas desplegadas en la zona pertenecientes a otros países, integran en co n ­ junto la Operación Vuelo Pro­ hibido de Naciones Unidas. Su misión e s vetar el vuelo sobre Bosnia-Herzegovina. ♦ Lit. Rara v ez tratado com o figura autónom a, sino general­ m ente asociado a la de su p a­ dre. es celebrado sin em bargo en las Alabanzas de D 'A nnunzio <1903). Durante el Renaci­ miento. la identificación poetaícaro, o incluso poeta-Faetón*. fue un m otivo recurrente por influencia de poetas italianos com o Petrarca o T ansillo. De esta m anera se id en tifica a la am ada con el Sol al q ue el pocta-lcaro se acerca en un vuelo osado, m etáfora d e la osadía am orosa. C om o en la leyenda mítica, la caída en pi­ cad o traerá consigo la co n se­ cución de la gloria del héroepoeta con la consiguiente in­ m ortalidad. a la q ue llega a través del am or y la palabra poética. A sí es presentado el tem a en el soneto «Icaro» de H ernando de A cuña, en el so­ neto V il de F rancisco d e Aldana («¿Cuál nunca osó mortal tan alto el vuelo...») o en el so­ neto XII d e G arcilaso de la Vega. —> O K I)A I.O . LABERINTO. ♦ /c o n . D édalo e Icaro. re­ lieve helenístico, R om a, villa A lbani. Boris y V aleria Kukulicv, Icaro. pintura sobre placa. M oscú, 1981. —> D ÉD ALO. ♦ M ás. Serge Litar. Icaro, ba­ llet. 1935. co n una orquesta form ada ú nicam ente con ins­ trum entos de percusión. ♦ Cin. En la película de Henri Vemeuil /... como Icaro (1979), el fiscal (Y ves M onland) que investiga un asesinato político inspirado en el del presidente Kennedy, «cae» a su vez asesi­ nado por haberse acercado de­ m asiado a la verdad, com o el h éro e' m ítico muere por acer­ carse dem asiado al Sol. La re­ ferencia al mito queda explícita en los últimos minutos de la pe­ lícula a través de la figura de la esposa del fiscal, autora de un libro sobre el significado de los grandes mitos clásicos; la orga­ nización crim inal responde al nombre clave de «Minos». IDOM ENEO R e y d e C re ta , n ie lo d e M i­ n o s" y P a s í f a c ’, e s e l c a u d illo 243 de lo s e jé r c ito s c r e te n s e s d u ­ rante la g u e rra d e T ro y a". O b li­ g a d o p o r e l ju r a m e n t o c o m ú n de los p reten d ien tes d e H elena", c o n d u jo el e n o rm e c o n tin g e n te de lo s v e in tic u a tro n a v io s c r e ­ te n s e s y s e d is tin g u ió e n el c o m b ate ju n to a los p rin c ip ale s héroes" g rie g o s a p e sa r d e se r el de m a y o r ed a d . F ig u ra e n tre los n ueve je f e s q u e se o fre c e n para el c o m b a te s in g u la r c o n tr a H écto r"; s e e n f r e n tó a E n ea s", pero co n sig u e e sq u iv a r su s g o l­ p es; p o r ú ltim o , s u n o m b r e fi­ g u ra e n tr e lo s g u e r r e r o s q u e p e n e tra ro n e n T r o y a e s c o n d i­ d o s e n e l c a b a llo d e m a d e ra idead o p o r U lises". —> h e l e n a , UI-ISES. L a s tra d ic io n e s so b re e l fi­ nal d e l h é ro e d iv e rg e n . S e g ú n a lg u n a s , su r e g r e s o d e T r o y a se d e s a r r o ll ó s in in c id e n te s e Id o m e n e o r e in ó tr a n q u i l a ­ m en te e n C re ta e l re s to d e su s d ía s . S e g ú n o tr a s , d u r a n te e l v ia je d e r e g r e s o s e d e s e n c a ­ d e n ó u n a te r r ib l e te m p e s ta d sobre la flo ta c re te n s e y e l rey , p a ra a p la c a r la fu ria d e P o sc id ó n ’, p r o m e tió s a c r i f i c a r al d ios e l p rim e r s e r v iv o q u e se e n c o n tra s e a l d e s e m b a r c a r en C re ta . El D e s tin o q u is o q u e fuese su p ro p io h ijo , q u e h a b ía v e n id o a r e c i b ir lo ; fie l a su www.FreeLibros.me IFIGENIA p ro m e s a , el m o n a rc a p ro ced ió al s a c r ific io . E x p u ls a d o d e su re in o , tu v o q u e p a rtir en to n ce s h a c ia el s u r d e Italia. S e r e l a c io n a ta m b ié n con Id o m e n e o la re p u ta c ió n leg en ­ d a r i a d e lo s c r e te n s e s d e se r u n p u e b lo m e n tiro so . S e d ecía q u e e l rey d e C re ta h a b ía p ro ­ v o c a d o la m a ld ic ió n d e M e ­ d ea", q u e c o n d e n ó a su s sú b d i­ to s a m e n tir p o rq u e Idom eneo, a c tu a n d o c o m o á r b itr o p ara d ir im ir e l títu lo d e b e lle z a que se d is p u ta b a n e lla y T etis", ha­ b ía e le g id o a e s ta últim a. ♦ Lit. Idomeneo es uno de los principales personajes del Telémaco de Fénelon (1699). en el que aparece com o un mal rey. Los contem poráneos de Féne­ lon. em pezando por el mismo Rey Sol. vieron en el personaje así retratado una transposición satírica d e Luis XIV y su po­ lítica. ♦ M ús. Idom eneo. rey de Creía, ópera de Mozart (1781). p resenta una turbia situación conflictiva entre el padre y el hijo, enam orados de la misma cautiva. IFIGENIA H ija p rim o g é n ita d e A g a ­ m e n ó n 1, re y d e A rg o s y M ice- IF1GEN1A 244 d e su s c ie rv a s s a g ra d a s durante u n a c a c e ría , e x ig ía e l sacrificio d e Ifig e n ia p a ra p e rm itir la sa ­ lid a d e la Ilo ta. P re s io n a d o p o r su s g u e rre ­ ro s im p a c ie n te s p o r co m b a tir, s o b re lo d o p o r e l a stu to Ulises* y p o r s u p ro p io h e rm a n o M en e la o ’, A g a m e n ó n te rm in ó a c e p ta n d o la te r rib le d e c isió n . H iz o v e n ir d e M ic e n a s a su es­ p o s a y a su h ija p re te x ta n d o un m a trim o n io d e e s ta c o n A quiMosaico del sacrificio de Ifigenia le s ’. E s te ú ltim o , f u r io s o por procedente de Ampurias. Barcelona, h a b e r s id o p a r te in v o lu n ta ria Museo Arqueológico d el e n g a ñ o , in te n tó e n v a n o sal­ v a r a la m u c h a c h a c o n ayuda ñ a s , y C lite m n e s tr a '. E s h e r ­ d e C lite m n estra . Ifig en ia aceptó m an a d e E le c tra ’ y O re s te s ’. m o r ir c o n v a le n tía y d ig n id ad J o v e n d ig n a e in o c e n te , e x ­ p e ro , e n el m o m e n to e n q u e iba p u e sta al terrib le d e s tin o fam i­ a s e r in m o la d a , A rte m is a la liar, es la v íc tim a c o n m o v e d o ra s a lv ó , s u s titu y é n d o la p o r una d e la im p o te n c ia d el p o d e r p a­ c ie r v a , y la lle v ó c o n s ig o a tern o fren te al o rd e n d e lo s d io ­ T á u rid e , c e rc a d e la p enínsula s e s ', q u e p u e d e lle g a r a im p o ­ d e C r im e a , d o n d e la c o n v irtió n e r cru e le s sacrificio s. —> a t r i - e n s a c e rd o tis a d e su c u lto . Los DAS. v ie n to s re g r e s a ro n en to n ce s, C u a n d o la flo ta g r ie g a se p e r m itie n d o q u e la arm ada d irig ía h a c ia T ro y a" a las ó rd e ­ g rie g a p ro s ig u ie ra su viaje. n e s d e A g a m e n ó n , u n a e x tra ñ a Ifig e n ia p e rm a n e c e rá largos c a lm a la m an tu v o in m o v ilizad a a ñ o s al se rv ic io d e la d io sa . Su d u ra n te m u c h o tie m p o e n el c o m e tid o e r a s a c rific a r a todos p u e rto d e A u lid e, e n B eo cia. El lo s e x tra n je ro s q u e u n a tem pes­ a d iv in o C a lc a n t e ”, q u e h a b ía tad h u b ie ra a rro ja d o a la inhós­ sid o co n su ltad o , a n u n c ió q u e la p ita co sta . U n d ía , sin embargo, d io sa A rtem isa*, irritad a po rq u e re c o n o c ió e n d o s d e la s vícti­ A g a m e n ó n h a b ía m a ta d o u n a m a s q u e d e b ía in m o la r a su IFIGENIA 245 h e rm a n o O re ste s y a su in se p a ­ rab le a m ig o P íla d e s, a q u ie n e s el o rá c u lo d e D e lfo s h a b ía e n ­ v ia d o a T á u r id e p a ra e x p ia r la m u e rte d e C lite m n e s tra y tra e r a A te n as la e sta tu a d e A rtem isa c o n s e r v a d a e n e l te m p lo d e T áu rid e . Ifig e n ia c o n sig u ió sa l­ v arlo s e n fre n tá n d o se al b á rb a ro rey d e los ta u ro s. T o an te, y d es­ p u é s d e e n tr e g a r le s la e s ta tu a h u y ó co n e llo s h a c ia G re c ia . Se in stalará fin a lm e n te e n e l A tic a p ara fu n d a r un sa n tu a rio c o n sa ­ g ra d o a la d io s a c a z a d o ra , p o r fin a p a c ig u a d a y s a tisfe c h a , en lo s u c e s iv o , c o n s a c r ific io s sim b ó lico s. —» O R E S T E S . ♦ L it. A unque no ap arece en la epopeya homérica*, Ifigenia se convierte en una de las figu­ ras preferidas de los trágicos griegos, q u e harán de ella el sím bolo del am or filial sacrifi­ cado a los imperativos de la ra­ zón d e E stado q u e luego se convierte en el instrum ento de una redención divina. Protago­ nista d e una trag ed ia d e Es­ quilo, Ifigenia, y otra de Sófo­ cles, C rises, am bas perdidas, conquista la gloria ejem plar de víctim a expiatoria inm olada por su propio padre en la pieza de E urípides titulada Ifigenia en Aulide, representada en 406 www.FreeLibros.me a. C. después de la muerte de su autor: «Entrego mi cuerpo a G recia. Inm oladlo y tomad Troya. Así los tiempos guarda­ rán m em oria de mi nombre» (versos 1397-1398). Sin em ­ bargo, en una tragedia anterior, Ifigenia en Táuride (414 a. C ), E urípides desarrollaba el des­ tino de la joven después de un p rodigioso pero poco creíble desenlace de la cerem onia del sacrificio. En esta pieza, Ifigenia, convertida en sacerdotisa d e A rtem isa, salva la vida de O restes y contribuye a su re­ dención. En Rom a, el poeta epicúreo L ucrecio (siglo i a. C .) con­ vierte a ifigenia — que aparece con el nom bre arcaico de Ifinasa— en el arquetipo de las víctimas de la religión, denun­ cian d o los crím enes que se com eten en su nombre. Las prim eras traducciones de las tragedias de Eurípides suscita­ ron desde el Renacimiento una interpretación cristiana del sa­ c rific io d e Ifigenia. conside­ rado com o el equivalente p a­ gano del sacrificio de Isaac o el de C risto. Esta visión cris­ tianizada de la heroína antigua es la que aparece, por ejemplo, en la Ifigenia en Aulide (1640) d e R otrou. que concede una 246 ILION función nueva al am or de Aquiles por la joven. La o b ra d e R acine señala un g iro im pórtam e en la posteri­ dad literaria de la figura de Ifigenia. C on su Ifig e n ia en A u lid e (1674) in tro d u ce el personaje de E nfilo, qu e ocu ­ pará el lugar de la m uchacha en el altar del sacrificio, pero sobre todo, siguiendo de cerca a su m odelo E urípides, conci­ ba el recuerdo y la im itación de la poesía griega con una vi­ sión religiosa bíblica. Junto a la obra de R acine se d esarro ­ llan varias Ifig en ia en Táuride, co m o la d e P ier Jacopo M artello (1709). que m ultipli­ can las p erip ecias políticas y am orosas. D esde finales del siglo xvm aparece una nueva interpreta­ ción del m ito que supone una vuelta a sus fuentes. W inckelmann celebra la sen cillez de la tragedia antigua, Schiller vuelve a traducir la ¡figenia en A ulide d e E urípides. La obra esencial es la ¡figenia en Táuride de G oethe (1787). que convierte a T oante en el autor del sacrificio de Ifigenia e in­ siste en la visión hum anizada d e los dioses. La nueva inter­ pretación de Goethe dom ina el siglo XIX. En el siglo x x podem os men­ c io n a r Ifigenia en Delfos (1941) e Ifig en ia en Áulide (1944) de G erhart Hauptmann, que se articulan en torno a una reflexión sobre la guerra y la violencia. - * AGAM ENÓN. ♦ Icón. Ifigenia y O restes ante la estatua de A rtemisa, crátera griega, siglo iv a. C .. Ferrara; Sacrificio de Ifigenia. mosaico procedente de A mpurias, siglo ii-i a. C-, Barcelona; El sacrifi­ cio d e ¡figenia. fresco d e la «C asa del poeta trágico» en Pompeya (siglo i d. C ) . parece ser una ilustración de la escena según la describe Lucrecio. ♦ M ú s. A dem ás d e las dos ó p eras d e G luck, Ifigenia en Á ulid e (1 774) e Ifigenia en Táuride ( 1779). existen al me­ nos trein ta obras sobre el pri­ m er tem a entre 1632 y 1819, y m ás d e quin ce sobre el se­ gundo entre 1704 y 1817. ♦ C in. En su Ifigenia (1981). M ichaelis C acoyannis ofrece una herm osa adaptación cine­ m atográfica de la ¡figenia en Áulide de Eurípides. ILIÓN O tr o n o m b r e d e la c iu d a d d e T r o y a ' d e riv a d o d e l nom bre d e l i o , h ij o d e T r o s , a s u vez 247 n ie to d e D á r d a n o ', e l a n te p a ­ s a d o d e l p u e b lo tr o y a n o . L o s ro m a n o s r e la c io n a r o n e s te n o m b re c o n e l d e Ju lo " (e n lat. lu lu s ), h ij o d e E n e a s ’ y a n te ­ p a sa d o m ític o d e la g e n s h ilia o lu lii, a la q u e p e rte n e c ía J u ­ lio C é s a r . L a ¡ lia d a , e l títu lo del c é le b re p o e m a h o m é r ic o ', s ig n if ic a « la e p o p e y a tro y an a» . —> t r o y a . INDIGETES E n e l s is te m a d e c re e n c ia s ro m a n a s, lo s d io s e s ’ In d ig e te s (d el la tín in d ig e s , « o rig in a rio del p a ís , o riu n d o » ) so n lo s d io ­ se s d e la p a tr ia . R e p re s e n ta n e s e n c ia lm e n te la c r e e n c ia en los p rin c ip io s s o b r e n a tu ra le s , p ró x im o s a u n p e n s a m ie n to m ág ico , q u e re g ía n e l c u m p li­ m ie n to d e lo s a c to s d e la v id a , los a c o n te c im ie n to s d e la N a tu ­ raleza o la e x is te n c ia d e los o b ­ je to s . E n tre e s ta s d iv in id a d e s pueden d istin g u irse d o s gru p o s: • L o s d io s e s m e n o r e s , « e s­ p e c ia liz a d o s » , q u e rig e n la s m ás m ín im a s o p e ra c io n e s d e la v ida c o tid ia n a y s e c u e n ta n p o r c e n te n a re s . E n e l c a m p o , p o r e je m p lo , h a b ía u n a d io s a R u sin a q u e v e la b a so b re lo s c a m ­ pos, u n d io s J u g a n it u s q u e tu ­ te la b a la s c im a s ( ju g a ) d e lo s m o n tes, u n a d io s a V a lo n a q u e www.FreeLibros.me INDIGETES p ro teg ía los valles. L as sem illas d e trig o q u e h ab ían sido planta­ d a s e s ta b a n b a jo la p ro tecció n d e la d io s a S e ia , los tallos y las e s p ig a s b a jo la d e S e g e tia , los g ra n o s re c o le c ta d o s b ajo la de T u te lin a . P ero S e g e tia no era la ú n ic a q u e v e la b a p o r e l c re c i­ m ie n to d e l tr ig o , s in o q u e era a y u d a d a e n su ta r e a p o r o tra s d o s d io s a s , P r o s e r p in a ' y V olu tin a , y p o r u n d io s , N o d u tu s, c a d a u n o d e los cu ale s tenía en­ c o m e n d a d o e l c u id a d o d e u na p a rte d e la p la n ta . L o m ism o s u c e d ía e n e l m e d io u rb a n o : tre s d iv in id a d e s p ro te g ía n la e n tra d a d e las c a sa s, F o rc u lu s, q u e v e la b a lo s b a tie n te s de las p u e rta s ; C a r d e a , q u e p ro te g ía lo s g o z n e s , y L im e n tin u s , e n ­ c a rg a d o d e v e la re ! um bral. E s­ to s d io s e s , q u e c o n s titu ía n un a u té n tic o h e rv id e ro d e p e q u e ­ ñ a s fu e r z a s p ro te c to r a s , e s ta ­ b a n , p o r ta n to , en to d as partes. • L a s g r a n d e s d iv in id a d e s « e sp e c ia lista s», c a d a un a en un á m b ito b ie n d e lim ita d o p e ro b asta n te am p lio : M a r te ', encar­ g a d o d e la g u e rra y d e la lucha e n g e n e ra l b a jo to d o s su s a s ­ p e c to s, in c lu id a la lu ch a contra la s c a la m id a d e s n a tu ra le s (de a h í q u e fu e ra fre c u e n te m e n te in v o c a d o p o r los c am p e sin o s); V e n u s ’, e n c a rg a d a d e la fecun- IN FIE R N O S tild ad y d e to d o lo re la c io n a d o c o n la s e x u a lid a d ; C eres* , e n ­ c a r g a d a d e la fe r tilid a d d e la tie rra y d el c re c im ie n to d e las p la n ta s ; N e p tu n o ”, e n c a rg a d o d e to d o lo r e la c io n a d o c o n el a g u a y la s a c tiv id a d e s a c u á t i­ c a s ; J a n o ’. e n c a rg a d o d e to d o lo q u e se a b re , d e to d o c o ­ m ie n z o . y o tr o s m u c h o s to d a ­ v ía , to d o s e llo s e n c a b e z a d o s p o r J ú p ite r ', e n c a rg a d o d e todo lo q u e su c e d e e n el c ie lo , e s p e ­ c ia lm e n te d e la s to r m e n ta s y del ray o . T o d a s e sta s d iv in id a ­ d e s , c o n e x c e p c ió n d e J a n o , s e ría n a s im ila d a s a la s d iv in i­ d a d e s g rie g a s q u e m á s se les a sem ejab an . A d q u irie ro n d esd e e n to n c e s u n a m ito lo g ía p ro p ia d e la q u e c a r e c ía n o r i g in a r ia ­ m en te en R o m a y sin la cu a l no h a b ría n te n id o e s p a c io e n e s ta o b ra. INFIERNOS P a ra lo s a n tig u o s , lo s In ­ fie rn o s e ra n la m o r a d a d e lo s m u e rto s, d e to d o s lo s m u e rto s, y n o , c o m o el I n f ie rn o d e lo s c ris tia n o s , un lu g a r d e c a s tig o re s e rv a d o a lo s m a lv a d o s . L o s g rie g o s lo d e s ig n a b a n c o n el n o m b re d e «el H ad es» — e s d e ­ c ir , e l re in o d e H a d e s ' (« e l In ­ v is ib le » ), q u e re in a b a e n su s d o m in io s ju n to a su esp o sa Per- 248 s é f o n e '— o c o n e l d e E re b o ' (« la s T in ie b la s» ). C o n tra ria m e n te a lo q u e su ­ g ie r e el té r m in o la tin o in ferí, q u e d e s ig n a « lo s e s p a c io s in fe­ rio re s» o « s itu a d o s a b a jo » , los In f ie r n o s m ito ló g ic o s n o son fo rz o sa m e n te un e sp a c io subte­ rrá n e o . E n e l c a n to X I d e la O d is e a , d o n d e U lis e s ’ a c c e d e p o r m a r al p a ís d e los m uerto s, e s te s e lo c a liz a e n e l e x tre m o s e p te n tr io n a l d e l m u n d o , más a llá d e l río O c é a n o ”, q u e rodea la tie rra se p a ra n d o e l m u n d o de lo s v iv o s del d e lo s m u erto s. A m e n u d o ta m b ié n se le sitú a ha­ c ia O c c id e n te , lu g a r d o n d e se o c u lta el S o l — q u e se sup on ía q u e d e s c e n d ía al re in o d e los m u e r to s d u ra n te la n o c h e — , p u n to c o n tr a rio a O rie n te , que p e rte n e c e a la A u ro ra y a l que se a so c ia to d o ren acer. E stas re­ p re s e n ta c io n e s , b a s a d a s e n un e je h o riz o n ta l, c o e x is te n c o n la d e u n m u n d o d e los m u e rto s si­ tu a d o b a jo tie r r a , re p re s e n ta ­ c ió n lig a d a sin d u d a a lo s ritos d e in h u m a c ió n , p e ro tam b ién a la s im á g e n e s d e m u e rte seguida d e re to rn o a la tie rra q u e ofrece e l c ic lo v e g e ta l. E s ta c o n c e p ­ c ió n v e rtic a l e s tá ta m b ié n pre­ s e n te e n H o m e ro , a s í c o m o en H e s ío d o , q u ie n d is tin g u e un H a d e s s u b te r r á n e o y u n T ár- 249 IN FIER N O S TOPOGRAFIA D E LO S INFIERNOS TARTA RO Paso del M orada A queronte C am pos Territorios inundo de d e los (o Bstige) últimos los vivos muertos de los lamentos al d e los m uertos insepultos (campi ¡agentes) (ultim a arva) Lcteo (río del olvido) m u n d o d e los vivos E s ta to p o g r a f ía s e d e d u c e d e la d e s ­ m e n te t r a s u n a e s ta n c ia d e p u r if ic a ­ c r i p c ió n d e lo s I n f ie r n o s q u e o f r e c e c i ó n e n e l T á r ta r o , q u e d e e s te m o d o E ne id a . d e s e m p e ñ a r ía la f u n c ió n d e l « P u r g a ­ q u e e s la in á s e l a b o r a d a d e to d a s la s to r io » c r i s t ia n o . S o lo lo s p e o r e s c r i­ q u e río s h a n p r o p o r c io n a d o lo s e s c r i­ m i n a l e s s o n c o n d e n a d o s a p e rm to r e s a n t i g u o s . H e m o s t o m a d o e s te a n e c e r e t e r n a m e n te e n e l T á r ta r o , y e s q u e m a , e n s u s a s p e c t o s e s e n c ia le s , ú n ic a m e n t e la m b ié n a l g u n a s « s o m ­ E s tru c tu ra s b r a s » d e v irtu d s in ta c h a v iv irá n eter­ E n e id a , P a rís , n a m e n te e n lo s C a m p o s E lís e o s . L a V ir g ilio e n e l c a n to IV d e la d e l lib r o d e J o c l T h o m a s de I d im a g in a rio en la L-cs B e lle s L e tlr c s . 1 9 8 1 . L o s m u e r ­ (in s e p u lti) s o lo m a y o ría d e e lla s se re e n c a rn a rá en pue­ o tro s c u e rp o s d e s p u é s d e h a b e r b e ­ d e n f r a n q u e a r e l É s ti g c a l c a b o d e b id o la s a g u a s d e l L e tc o , q u e le s tra e ­ to s s in s e p u lt u r a v a r i o s s i g l o s d e e s p e r a . L o s o tr o s r á e l o l v i d o d e s u v id a a n t e r i o r . D e p e r m a n e c e n c i e r t o t i e m p o e n lo s e s t e m o d o , s e g ú n V ir g ilio ( in s p ir a d o ca m p i Ingentes, o b ie n e n l o s u ltim a a rva, d e p e n d ie n d o d e su g r a d o d e d e ­ e n e l p e n s a m ie n t o p ita g ó r ic o ), la e s ­ s a p e g o d e l m u n d o d e lo s v iv o s , del d e f i n iti v a p a r a u n a p e q u e ñ a m in o ría q u e d e b e n t e r m i n a r a l e já n d o s e . S e d e v e rd a d e r o s c o n d e n a d o s y p a r a u n a a d e n tr a n e n to n c e s e n e l m u n d o d e los p e q u e ñ a m i n o r ía d e a u té n tic o s e le g i­ m u e rto s . L a m a y o ría d e e llo s d e b e d o s ; p a r a lo s d e m á s s o lo s e r ía e n re a ­ t a n c ia e n lo s I n f ie r n o s s o la m e n te es to m a r la v ía d e la iz q u ie r d a , q u e c o n ­ lid a d u n a e s ta n c ia p r o v is io n a l, a u n ­ d u c e a l T á r ta r o ; u n a m i n o r ía a c c e d e q u e d e v a r io s s ig lo s d e d u r a c ió n , y la d ir e c t a m e n t e , p o r la v í a d e la d e r e ­ m u e rte v e n d ría a re p re s e n ta r, p o r c h a , a l o s C a m p o s E lís e o s , a l o s q u e ta n to , u n in te r v a lo e n tr e d o s v id a s te­ s e p u e d e l l e g a r la m b ié n in d i r e c t a ­ r r e s tr e s . www.FreeLibros.me 251 IN FIE R N O S P a tin ir. E l p a s o d e la la g u n a E s tig la , taro*, s itu a d o a m a y o r p r o f u n ­ d id a d to d a v ía , d o n d e p e rm a n e ­ c e n p r is io n e r o s a q u e llo s q u e o sa ro n re b e la rse c o n tra los d io ­ s e s ’ c e le s te s . S e r á e s t a la c o n ­ c e p c ió n q u e te r m in a r á im p o ­ n ié n d o s e ta n to en G re c ia c o m o e n R o m a . A s í E n e a s ', e n el c a n to V I d e la E n e id a , d e b e rá e fe c tu a r un d e s c e n s o a lo s In ­ fie rn o s g u ia d o p o r la sib ila" d e C u m as. - » T E O G O N IA . L a m o r a d a d e lo s m u e r to s e s tá p o b la d a d e « a lm a s » o « so m bras»*, e s p e c ie d e d o b le s in m a te ria le s d e lo s se re s v iv o s q u e se d e sp re n d e n d e e s to s lle­ g ad a la h o ra de la m u erte. E stas so m b ra s llev an e n lo s In fiern o s u n a e x is te n c ia la r v a r ia e n u n M a d r id , M u s e o d e l P r a d o m u n d o lle n o d e b ru m a s , vícti­ m a s d e l re c u e r d o o b s e s iv o de su v id a te rre stre. « P re fe riría ser e sc la v o d e u n h u m ild e granjero q u e r e in a r s o b r e to d o s esto s m u e r to s , s o b r e e s te in m en so p u e b lo e x tin to » , d e c la ra a Uli­ s e s la s o m b r a d e l g lo rio so A quiles*. L a m is m a su e rte está r e s e r v a d a a to d o s , s in d is tin ­ c ió n e n tr e v ir tu o s o s y m a lv a ­ d o s ; s o lo re c ib e n c a s tig o los c r im in a le s m ític o s q u e o saron d e s a f ia r a lo s d io se s. E s te lu g a r d e d e so la c ió n e s tá c e r c a d o p o r río s p a v o ro ­ so s : e l É stig e* d e to rtu o so s m e a n d ro s, c u y o so lo n o m b re es g a r a n te s o le m n e d e lo s jura­ m e n to s d e lo s d io s e s; el Pirifle- g e to n te (río d e fu e g o ) y el C o ­ rito " (r ío d e lo s la m e n to s ), c u ­ yos c u rs o s s e u n e n p a ra fo rm a r el A q u e ro n te ”, d e a g u a s c e n a ­ gosas. P ara p e n e tra r en el re in o de lo s m u e r to s , e l a lm a d e b e a tra v e sa r e s te río a b o rd o d e la b arc a d e C a r o n te ’, p a g a n d o al siniestro b a rq u e ro u n ó b o lo q u e se c o lo c a b a e n la b o c a d e l d i­ fu n to , s in lo c u a l e l a lm a p e r ­ m an ec ería e n a q u e lla o rilla tan p róxim a al m u n d o d e lo s vivos, e rra n d o p o r to d a la e te r n id a d . En la o tr a o rilla d e l A q u e ro n te se a b ría n y a la s p u e rta s d e los In fie rn o s, g u a rd a d a s p o r el te ­ rrible C erbero*. L a to p o g ra fía in te rio r d e los e s p a c io s in f e rn a le s a p a re c e ev o cad a d e fo rm a s d iv e rsa s se­ gún lo s a u to r e s . E n c u a lq u ie r c aso , e l d e s a r ro llo d e la re f le ­ xión m o ra l fu e im p o n ie n d o pro g resiv am en te u n tratam ien to diferente d e la s alm a s se g ú n los m éritos re a liz ad o s en la v id a te ­ rre stre , d e a h í q u e se m e n c io ­ nen d o s r e g io n e s d is tin ta s ; los C a m p o s E líseo s* p a ra lo s v ir­ tu o so s y e l T á r ta r o , lu g a r d e castig o p a ra lo s c rim in a le s, e n ­ tre lo s q u e s e e n c u e n tra n T á n ­ talo*, Ixión* a la d o a su ru ed a de fuego, S ísifo " , la s D a n a id e s ’... El a lm a s e d ir ig e h a c ia u n a u otra re g ió n d e s p u é s d e h a b e r www.FreeLibros.me IN FIER N O S c o m p a r e c id o a n te lo s tre s ju e ­ c e s su p re m o s : É a c o , M inos" y R a d a m a n lis , to d o s e llo s h ijos d e Z eus*. P la tó n , en e l F edón, in tro d u c e a d e m á s la idea de un c a s tig o p ro p o rc io n a l a la falta c o m e tid a y a l a rre p e n tim ie n to d e l c u lp a b le , d e u n a p u rific a ­ c ió n y d e u n a s a lv a c ió n p o si­ b le s tr a s u n p e río d o d e e x p ia ­ c ió n . A v e c e s se s u g ie re la n o ció n d e u n a reencarnación de la s alm a s q u e , a n te s d e volver a la tie rra , d e b e n b e b e r e l a g u a d e l L e te o ', río del olvido. E ntre lo s p o e ta s ó rf ic o s , el a lm a del in ic ia d o , c o n d u c id a p o r H erm e s * p s y c h o p o m p e (c o n d u c to r d e a lm a s) y a d v e rtid a con pre­ c is ió n so b re el itin e ra rio a se ­ g u ir e n el re in o d e lo s m u erto s y las fó rm u la s q u e d e b e rá p ro ­ n u n ciar, p o d rá b e b e r finalm ente e l a g u a d e l la g o d e la M em oria y re c o b ra r a s í su o rig e n d iv in o y su e te rn id a d . L a d esc rip c ió n m á s p re c is a y m ás ric a e s la q u e o fre c e V irg ilio en el can to V I d e la E n e id a , d o n d e lo s In­ fie rn o s a p a re c e n rep resen tad o s c o n fo rm e a u n a v e rd ad era g e o ­ g ra fía sim b ó lic a d e inspiración p ita g ó r ic a ( —> T O P O G R A F Í A D E L O S IN F IE R N O S ). D iv e rs o s m ito s a n tig u o s n o s m u e s tra n a m o rta le s q u e v a n a lo s In fie rn o s y reg resan IN FIE R N O S v iv o s : H e ra c le s " , T e s e o " , O rf e o \ E n e a s... S u v ic to ria so b re la m u e rte d e s p u é s d e la s p ru e ­ b as q u e h a n te n id o q u e superar, y q u e le s h a n c o n d u c id o h a sta e l s e c re to d e las c o s a s o c u lta s, c o n firm a s u id e n tid a d h e ro ic a . E ste m o d e lo d e b ú s q u e d a in ic iá tic a v o lv e rá a a p a re c e r, m a­ tiz a d o , e n o tro s m u c h o s re la to s p o steriores de d iv ersas culturas. ♦ Lengua. F.I term ino fue uti­ lizado en singular por los cris­ tianos para designar a lo que la mitología pagana denom inaba el Tártaro, es decir, el lugar re­ servado al castigo eterno de los condenados. El adjetivo infer­ n a l conserva su sentido an ti­ guo en la expresión la morada infernal («el m undo de los muertos»). ♦ U t. Sería em presa vana pre­ tender ofrecer un inventario de todas la referencias literarias a los Infiernos, sobre to d o te ­ niendo en cuenta que la repre­ sentación del Infierno cristiano aparece en m uchos casos con­ tam inada p o r la influencia de los grandes textos antiguos. Por otra paite, aunque la repre­ sentación concreta de los In­ fiernos —o del Infierno, según los casos— ha inspirado m u­ chas obras, especialmente poé­ 252 ticas, ha term inado dejando paso a una representación me­ tafórica. D esde esta perspec­ tiva, toda prueba dolorosa, toda exploración de los límites humanos, toda aproximación a la m uerte, pueden convertirse legítimamente en una metáfora del descenso a los Infiernos que em prendieron los grandes héroes* mitológicos. Es preciso distinguir asimismo el descenso a los Infiernos en el sentido antiguo, es decir, la visita al m undo de los muertos (de todos los m uertos), de la exploración del Infierno en el sen tid o cristiano, q u e agrupa solo a los condenados. Es el caso del Infierno de Dante (Di­ vina comedia. 13 0 7 -13 2 1), que presenta un Infierno cristiano claram ente opuesto al Paraíso. Sin em bargo, durante su ex­ p loración, el poeta e s guiado p o r V irgilio, a lo q u e habría que añadir otros aspectos que. com o la descripción d e la en­ trada a los Infiernos, por ejem­ plo, obedecen a una itnaginen'a antigua, con figuras com o Cer­ bero o Caronte. Por último, en este Infierno no solamente en­ contram os alm as cristianas, sino tam bién paganos célebres que, virtuosos pero privados de la fe, perm anecieron ajenos a 253 IN FIERNOS la redención, siendo por tanto la doctrina cristiana la q u e fi­ nalm ente asegura la unidad de la obra. D ante es, sin duda, el único escritor, exceptuando los autores de la A ntigüedad, que supo d a r u n a representación tan precisa y com pleta del In­ fierno. Directamente inspirada en D ante está la obra de Iñigo L ópez d e M endoza, m arqués d e S antillana, El infierno de los enam orados (códice más an tig u o de 1444), En ella, el autor presenta a los más fam o­ sos am antes de la Antigüedad y de su propia época. Es preciso señalar, además, que cierto número de obras evocan el descenso a los Infiernos de un héroe concreto. —> e n e a s , O R FE O , TE SE O , ULISES. E ntre las innum erables obras modernas que hacen referencia m etafórica al d escen so a los Infiernos, algunas rem iten de forma precisa a la descripción antigua. Al final d e la Aurelia d e N erval (1855), el narrador com para la experiencia que acaba de vivir con «lo que para los antiguos representaba la idea de un descenso a los In­ fiernos». Esta experiencia es la de la locura o . m ás ex acta­ m ente, la del sueño vivido com o una «segunda vida». Lo www.FreeLibros.me que justifica plenamente la re­ ferencia, sin em bargo, es la alusión a las «puertas de mar­ fil o de hueso» que, según Ner­ val, lo separan del «mundo in­ visible», y que para Virgilio eran las puertas del reino de los muertos. En Proust, aunque con otro tratamiento, encontra­ m os diversos episodios que pueden ev o car el descenso a los Infiernos, en particular en E l tiem po recobrado (1928), cuando durante la guerra el na­ rrador vagabundea por las ca­ lles tenebrosas d e París o en los pasillos del metro. Un caso sim ilar nos encontra­ m os en L uces d e bohemia (1920) de Valle-Inclán, donde el au to r cuenta el viaje dan­ tesco del protagonista, Max Estrella —trasunto literario del bohem io A lejandro Saw a— , por el M adrid nocturno de principios de siglo, acom pa­ ñado de don Latino de Híspalis. Recorre tabernas, librerías, cafés e incluso una delegación de policía, antes de morir solo, pobre y abandonado en el qui­ c io d e la puerta de su propia casa. Sin em bargo, la alusión más interesante es la que apa­ rece en La prisionera (1924), d onde Proust com para la ex­ ploración del mundo de la lio- 254 IN O m osexualidad. a la que se cnirega el narrador con un d e s­ censo a los Infiernos, lam en­ tándose 11 0 obstante de que en tan ingrata tarea no encuentre V irgilio ni D ante q ue le ay u ­ den y le iluminen. Por últim o, aunque el m otivo del descenso a los Infiernos es el que parece haber servido de fuente de inspiración a más obras literarias, la salida de los Infiernos ha proporcionado en ocasiones un tem a igualm ente rico. Al final d e la novela de John Dos Passos M anhattan T m n sfe r ( 15)25). el protag o ­ nista. que se aleja con pena de Nueva York — a la que varias veces ha calificado de ciudad infernal— . parece reh acer de form a inversa el trayecto que conducía a los muertos al reino del más allá entregando su óbolo a un anciano cuya b ar­ caza le perm ite ascender poco a poco hacia la luz. ♦ lcon. Joachim Patinir pintó El p aso de la laguna Estigia (1510. M adrid. M useo del Prado), donde se m ezclan asom brosam ente los tem as cristianos (ángeles alados en el m argen correspondiente a los C am pos Elíseos, una hoguera en la orilla de los condenados) y paganos (Caronle, su barca y el cuerpo in grávido de las sombras, el perro Cerbero). Para las representaciones anti­ guas ile las moradas infernales. — > sismo, T K S K O . ♦ Cin. M arco propicio para la fan tasía, los Infiernos son la m orada ideal de diversos m onstruos en las aventuras de Hércules* o de Macisto*. —> IIÉR C U I.fiS, M ACISTO. El protagonista de L os titanes (D u ccio T essari, 1961) hace una rápida incursión en el reino de los muertos no exenta de humor. —> t i t a n k s . INO T a m b ié n lla m a d a Leucótea d e sp u é s d e s e r tra n sfo rm a d a en n in fa '. In o e ra la h ija d e Cadmo y H arm o n ía". T o m ó p o r esposo a A ta m a n te , re y d e T e b a s ', e in­ te n tó lib ra rse , p o r e e lo s , d e los h ijo s q u e e s te h a b ía te n id o de u n a u n ió n a n te rio r, F rix o y H e le '. A c o g ió a D io n iso " para e d u c a rlo ju n to a lo s h ijo s que h a b ía te n id o d e A ta m a n te . Pero H era", fu r io s a c o n tr a la pareja q u e había a c o g id o al fruto de los a m o re s a d ú ltero s d e Z eus", hizo e n lo q u e c e r a lo s e s p o s o s , lle­ v á n d o le s a m a ta r a su s propios h ijo s. L as d iv in id a d e s m arinas se ap ia d a ro n d e Ino y la convir­ tie ro n e n u n a n e re id a ’, Leucó- 255 tea, la d io s a ' d e l E m b ru ñ o , p ro ­ tectora d e lo s m arin o s. ♦ M us. /no, cantata dramática de Telem ann (1765). IO M u c h a c h a a m a d a p o r Z eu s y tra n s fo rm a d a e n te r n e ra , lo , hija del d io s flu v ial d e la A rg ó lida, Inaco, e ra sacerd o tisa d e la diosa" lo cal, H era”. Z e u s c o n si­ guió s e d u c ir a la jo v e n , p e ro Hera so rp rend ió a los d o s am a n ­ tes. El d io s c o n v irtió a lo e n u n a tern era b la n c a p a ra s a lv a rla de las iras d e su e sp o s a , p e ro tu v o que c e d e r a n te H e ra y e n tre g á r­ sela. E sta e n c o m e n d ó al p a sto r Argos* la v ig ila n c ia de la m etam o rfo se a d a a m a n te d e s u e s ­ poso. H crm cs", p o r e n c a rg o d e Z eu s, m a tó a l g u a rd iá n y H era fijó s o b re la c o la d e u n p a v o real, su a v e fa v o rita , lo s c ie n o jos d e su fiel A rg o s. E te rn a ­ m ente c e lo s a , e n v ió u n te rrib le tábano q u e m artirizab a sin c e sa r los flan c o s d e la te rn e ra lo . E n ­ lo q u e c id a p o r la s p ic a d u ra s, tuvo q u e h u ir sin d e s c a n s o p o r todo el m u n d o , sig u ie n d o un iti­ nerario q u e v aría seg ú n los p o e ­ tas. E n E g ip to , p o r fin , Z e u s hizo q u e re c o b ra ra su fo rm a hu ­ mana. A su m u e rte fu e c o n v e r­ tida en co n stelació n . www.FreeLibros.me Correggio. Júpiter e lo. Museo de Viena ♦ L e n g u a . G aliIco bautizó con el nombre de lo al primer satélite del planeta Júpiter que acab ab a d e descu brir, inspi­ rado por los mitológicos am o­ res del señor de los dioses con la jo v e n arg iv a. Los tres si- 256 IRIS guíenles satélites descubiertos se llam aron, p o r análogo mo­ tivo. E u ro p a'. G aním edes" y Calisto*. lo es sin duda una de las «pa­ labras de dos letras» que ha re­ cibido m ayor núm ero de d efi­ niciones crucigram eras más o menos afortunadas, desde «Pa­ ció en las verdes praderas» hasta «S eguro habría dicho: "¡O h, tábano, suspende tu vuelo!"», pasando por «Sacer­ dotisa con pezuñas», «Se puso com o una vaca», «R um iaba am argos pensam ientos», «Se hizo vegetariana» y otras m u­ chas más. ♦ L it. E sq u ilo , P rom eten. versos 589 y ss.; L as su p li­ cantes, versos 41 y ss.; O v i­ d io . M etam orfosis, 1, 583 y ss. D urante el barroco es fre­ cuente el tratam iento burlesco d e este m ito: Ju an del V alle C av ied es, F á bula b u rlesca d e J ú p ite r e Io ( 16 8 1- 1692); C a stillo S o ló rzan o , C anción d e lo cuando la desterró Juno poniéndola tábanos en la cola (siglo X V II). ♦ I c ó n . De su av e n tu ra con Z e u s-J ú p ite n la ico n o g rafía retu v o fu n d am en talm en te el m om ento en que es seducida por el d io s (C orreggio, J ú p i­ te r e lo. h. 1530, V iena) y el m om ento en q u e es liberada del v ig ilan te A rgos lio sa l­ vada p o r H erm es. vasija griega, sig lo v a. C’.. Berlín). - > A RGO . IRIS D iv in id a d g r ie g a p re o lím p ic a , e s la p e rs o n ific a c ió n del a r c o iris. D e s c ie n d e d e la raza d e O c é a n o ' y e s h e r m a n a de la s h arp ía s* ’. A im a g e n del a rc o iris, e s ta b le c e u n contacto p ro v is io n a l e n tr e e l c ic lo y la tie r r a , lo s d i o s e s ' y lo s h o m ­ b r e s . E s la m e n s a je r a d e los d io s e s , e n p a r tic u la r d e Z e u s’ y H era", y tr a n s m ite s u s órde­ n e s a to d a s p a rte s , a v e c e s in­ c lu s o h a s ta lo s In fie rn o s* . En H o m e ro e s « Iris , la d e lo s pies r á p id o s c o m o e l v ie n to » , y se la r e p r e s e n ta a m e n u d o , com o a H e rm e s* , c o n s a n d a lia s ala­ d a s y u n c a d u c e o * . T ie n e alas d e o r o y e l te n u e v e lo q u e la c u b r e s e « ir is a » a l s o l , ad o p ­ t a n d o to d o s lo s c o lo r e s del a rc o iris. ♦ L e n g u a . El sustantivo iris. que d esig n a a la vez la mem­ brana que ocupa el centro an­ te rio r del o jo , una planta or­ nam ental d e g ran d es flores y un insecto de las regiones tro­ picales, e s un calco del nom­ 257 IXJÓN bre grieg o d e la d iosa, iris, que d esig n a el a rco iris, tér­ m ino com puesto a su vez so­ bre la p alab ra g rieg a, d e la que tam bién deriva el adjetivo irisado. ♦ Icón. Iris: G uy Head. siglo xviii. Rom a. G alería S. Luc; Rodin, bronce, siglo xix. París. ISIS El c u lto d e e s ta d io s a e g ip ­ c ia y d e su h e rm a n o y e s p o s o O siris ( a m e n u d o re b a u tiz a d o S e ra p is ) s e e x te n d ió p o r el m u n d o g rie g o , y m á s ta rd e p o r el ro m a n o , a p a rtir d e l s ig lo ni a . C . S in e m b a r g o , la m ito lo ­ gía d e e s ta s d o s d iv in id a d e s n o e x p e rim e n tó m o d if ic a c io n e s re s p e c to a su s c o n te n id o s o r i­ g in ales e g ip c io s , p o r lo q u e n o se rá te n id a e n c u e n ta e n e s ta s páginas. ♦ L it. La novela d e A pulcyo las M etamorfosis o El asno de oro (siglo ii d. C .) se inscribe en una perspectiva isíaca: Isis perm ite que el protagonista L ucio, m etam orfoseado en asno, recupere su form a hu­ mana; el últim o libro de la no­ vela tiene un carácter práctica­ mente místico. www.FreeLibros.me IX IÓ N Ixión e ra rey d e los lap ilas’, p u e b lo d e T e s a lia . P a ra e v ita r te n e r q u e p a g a r a su su e g ro la d o te p ro m e tid a , Ix ió n le h izo c a e r a tra ic ió n en un fo so lleno d e b ra s a s a rd ie n te s , añ ad ien d o a s í a su p e rju rio u n c rim e n sa­ c r ile g o p o r h a b e rlo c o m e tid o c o n tra u n m iem b ro d e la fam i­ lia. Z e u s" a c e p tó p u rific a rlo y lle g ó in c lu s o a s e n ta rlo en la m e s a d e lo s dioses*’, d o n d e p u d o p ro b a r la am b ro sía* . La in g ra titu d d e Ix ió n , sin e m ­ b arg o . n o te n ía lím ites e intentó n a d a m e n o s q u e s e d u c ir a H era*. P e ro Z e u s fo rm ó una n u b e a im ag en d e la d io sa y fue c o n e s te v a n o sim u la c ro con q u ie n Ix ió n se u n ió , e n g e n ­ d ra n d o , se g ú n se c u e n ta , a los c e n ta u ro s '. Z e u s c a stig ó la im ­ p u d ic ia del o sa d o rey atándolo a u n a in m e n s a ru e d a d e fu eg o q u e g ira b a sin c e s a r e n los aires (o e n el T á rta ro , según algunos a u to res). ♦ Icón. Rubens. Ixión enga­ ñado p o r Juno, h. 1620. Louvre. R ibera, en su lienzo Ixión (1632. M adrid. Museo del Prado), lo representa atado a la rueda ardiente. J JACINTO H é ro e ' la co n io m u erto a cc i­ d en talm en te p o r Apolo" y tran s­ fo rm a d o e n flo r. Ja c in to , jo v e n de g ra n b e lle z a , e r a a m a d o p o r A polo. U n d ía q u e lo s d o s ju g a ­ ban, el d is c o q u e h a b ía lan za d o el d io s so b re p a só su o b je tiv o y m ató in v o lu n ta ria m e n te al h e r­ m o so J a c in to . A p o lo , h o rr o ri­ z a d o , in te n tó r e a n im a r a su c o m p a ñ e ro , p e ro la sa n g re m a ­ naba e n a b u n d a n cia d e la h erid a y su ca b e z a ca y ó , c o m o u n a flor co n e l ta llo ro to . L a h ie rb a , m an ch ad a p o r la san g re del m u ­ c h a c h o , re v e rd e c ió e n to n c e s y del su e lo b ro tó u n a flo r pú rp u ra, el ja c in to . S e d ic e ta m b ié n q u e T á m iris, el le g e n d a rio m ú sico tracio , in v e n tó la p e d e r a s tía « in s p i­ ra d o » p o r la e x tr e m a b e lle z a del jo v e n , d e q u ien ta m b ié n h a ­ bría sid o am a n te . Ja c in to sim b o liz a la v e g e ta ­ ció n tie r n a y fr e s c a d e la p ri­ www.FreeLibros.me m a v e ra q u e m u e re b a jo los ra ­ y o s d e u n S o l d e m a s ia d o a r­ d ie n te . ♦ L en g u a . F.l ¡ácim o al que alude el m ito no es nuestro ja ­ cinto, introducido mucho más larde en Europa por los turcos, sino una variedad de lirio de color rojo amoratado. M ás re­ lación con el m ito tendría una variedad de silicato de circonio de co lo r m arrón rojizo, pare­ cido al d e la sangre, llamada también jacinto. ♦ L it. O vidio, Metamorfosis, X, 162-219. ♦ Icón. Rubens, La muerte de Jacinto, siglo x v i i , Madrid. JA N O U n o d e lo s m á s a n tig u o s d io s e s ” d e R o m a, rep resen tad o c o m o u n a fig u ra m a scu lin a b i­ c é fa la c o n d o s ro stro s barbados q u e se o p o n e n . P a ra los p rim i­ tiv o s la tin o s e s el d io s del cielo 260 JA S Ó N lu m in o s o y e l o r ig e n d e to d o . E s el p o rte ro c e le s te (e n la tín , ja iu u i sig n ifica « p u erta» ) y abre el c ie lo a la luz. S u le y e n d a e s tá lig a d a a la d e lo s o ríg e n e s d e R o m a . S e in sta ló so b re el J a n íc u lo — c o ­ lin a a la q u e d io su n o m b re — y su re in a d o co in c id e c o n la ed a d d e o ro . A c o g ió a S a tu rn o ", in ­ v e n tó la n a v e g a c ió n y la m o ­ n e d a y e n s e ñ ó a lo s in d íg e n a s a c u ltiv a r la tie rra , p r o p o r c io ­ n á n d o le s a s í la a b u n d a n c ia . C u a n d o e l C a p ito lio fu e in v a ­ d id o p o r las tro p a s sa b in a s y la d e rr o ta d e lo s la tin o s p a re c ía in m in e n te , J a n o h iz o b ro ta r un m a n a n tia l h ir v ie n te d e la n te d e lo s e n e m ig o s. A l m o r ir fu e d i ­ v in iz a d o . P o r e s te m o tiv o las p u e rta s d el te m p lo d e J a n o , en el F o ro , c e rr a d a s e n tie m p o d e p a z , se a b ría n e n tie m p o s d e g u e rra p a ra q u e el d io s p u d ie se a c u d ir s ie m p re e n a y u d a d e R om a. J a n o e s la d iv i n id a d d el u m b ra l y d e la p u e r ta q u e , c o m o é l, tie n e u n a d o b le fa z . P e ro se le h o n r a b a s o b r e to d o c o m o d io s d e lo d o c o m ie n z o (inilici)- d e a h í su p rio rid a d en la s p le g a r ia s y e n lo s rito s , d o n d e se le in v o c a b a e n p r i ­ m e r lu g a r, a n te s q u e al p ro p io Jú p iter". ♦ Lengua. En sentido metafó­ rico. un ja n o e s una persona que presenta dos aspectos muy diferentes en tre sí, incluso opuestos, o que lleva una doble vida; el térm ino funciona a ve­ ces com o sinónim o d e hipó­ crita. En heráldica, designa a una figura quimérica que repre­ senta una cabeza con dos caras que miran en sentido opuesto. La palabra que designa al pri­ mer mes del año, enero, deriva del latín vulgar ienuarius, a su vez deri vado de ¡anuañus. que significa «mes d e Jano». JA S Ó N H ijo d e E só n , re y d e la ciu­ d a d te s a lia d e Y o le o , a su vez n ie to d e É o lo ”, e s la fig u ra cen­ tral d e u n c ic lo h e ro ic o m u y cé­ le b r e e n la A n tig ü e d a d : e l perip lo d e lo s A rg o n a u ta s * en b u sc a d e l v e llo c in o d e oro*. S u padre Esón había sido ex­ p u ls a d o del tro n o d e Y o le o por su h erm an astro Pelias, nacid o de la u n ió n d e su m a d re c o n Poscid ó n . Ja só n , m u y n iñ o entonces, fu e c o n fia d o p o r su m a d re al c e n ta u ro Q u iró n ’, q u e le educó en el m o n te P elió n enseñándole la m ed icin a c o m o a sus otro s pu­ p ilo s. L le g a d o a la ed a d adulta, Jasó n re g re só a Y o leo e n el mo­ m e n to e n q u e P e lia s e sta b a a 261 JA S Ó N p u n to d e o fre c e r u n sa c rific io a su p a d re P o seid ó n . El d e sc o n o ­ cido, q u e h ab ía p e rd id o u n a san­ d a lia a l a tra v e s a r u n río , a tra jo in m ed ia ta m e n te la a te n c ió n del rey, a q u ie n u n o rá c u lo h a b ía p re v e n id o c o n tr a «el h o m b re calzad o c o n u n a so la san d alia» . Para e lim in a r al so b rin o q u e ha­ bía v e n id o a re c la m a r e l p o d e r q u e le h a b ía sid o u su rp a d o , P e- Jasón sale d e las fauces del dra­ lias d e c id ió im p o n e rle u n a d ifí­ gón, decoración de un kylix griego, Roma, Museo del Vaticano cil m isió n , e s p e ra n d o q u e le fuese fa tal: c o n q u is ta re ! v e llo ­ cino d e oro , v ig ilad o p o r u n d ra­ a c o m p a ñ a d o d e la h e c h ic e ra gón e n e l re in o d e E etes, la C ó l- M e d e a * , h ija d e l re y E e te s, q u id e, e n lo s c o n fin e s d e l m a r c u y a p r e c io s a a y u d a le h a b ía p e r m itid o s u p e r a r to d o s los Negro. D e s p u é s d e h a b e r c o n s u l­ o b s tá c u lo s , J a s ó n e n tr e g ó el tado al o rá cu lo d e D elfo s, Jasón tr o fe o a P e lia s . E s te , sin e m ­ re c ib ió la a y u d a d e lo s m á s b a rg o , n o e s ta b a e n a b s o lu to g ran d es h é ro e s ' d e G re c ia , e n ­ d isp u e sto a d ev o lv e rle el trono. tre ello s H eracles", O rfe o ’ y P ó ­ L o s A rg o n a u ta s c o n s ig u ie ro n lux, y o rg a n iz ó u n a e x p ed ic ió n fin a lm e n te d e se m b a ra z a rse del hacia la C ó lq u id e . B a jo la u s u rp a d o r g ra c ia s a los m aléfi­ d ire c c ió n d e A te n e a " , y c o n c o s h ech iz o s d e M ed ea, q u e lo ­ a y u d a d e H c r a ’, q u e d e s e a b a g ró p e rs u a d ir a las h ija s d e Pev en g arse d e P e lia s p o rq u e d e s­ lia s p a ra q u e d e s c u a r tiz a ra n a deñaba su cu lto , el h é ro e A rgo", su p a d re e h irv ie se n su s p e d a ­ h ijo d e F rix o — a q u ie n e l v e ­ z o s c o n la v a n a e s p e r a n z a d e llocino d e o ro h a b ía s a lv a d o de re ju v e n e c e rle . L o s h a b ita n te s niño d e s e r sacrificad o — , c o n s­ d e Y o le o , h o rro riz a d o s p o r tal truyó u n n a v io q u e fu e b a u ti­ c r im e n , e x p u ls a r o n d e la c iu ­ zad o c o n s u n o m b r e , e l A rg o . d a d a J a s ó n y M e d e a . R e fu ­ g ia d a en C o rin to , la p a re ja v i­ -> A RGO N AU TA S. D e s p u é s d e r e g r e s a r d e la v irá fe liz d u ra n te d ie z a ñ o s, en C ó lq u id e c o n e l v e llo c in o y lo s c u a le s e n g e n d ra rá n v ario s www.FreeLibros.me 262 JU L O h ijo s. P e ro J a s ó n te r m in ó c a n ­ sá n d o s e d e M e d e a y la re p u d ió p a ra c a s a r s e c o n G la u c e , h ija d el re y c o rin tio C re o n te . L o c a d e c ó le ra y d e se s p e ra c ió n , M e ­ d e a d e c id ió v e n g a rs e m a ta n d o a G la u c e , a C r e o n te y a su s p ro p io s h ijo s , h a b id o s d e su u n ió n c o n J a s ó n , p a r a f i n a l­ m e n te h u ir e n u n c a r r o tira d o p o r d r a g o n e s q u e le h a b ía r e ­ g a la d o H elio", e l S o l. J a s ó n v iv ió to d a v ía a lg ú n tiem p o , seg ú n c ie rta s ley en d a s, h a sta q u e un d ía q u e d e s c a n ­ sa b a a l p ie d e s u v ie jo b a rc o , s o ñ a n d o c o n su s p a s a d a s g lo ­ ria s . la p r o a c a rc o m id a s e d e s ­ p ren d ió y c a y ó so b re él, m atán ­ d o lo . - » M E D E A . ♦ Lit. La gesta heroica de Ja­ són fue celeb rada esen cial­ mente en Las argonáuticas, un largo poem a q ue concibió A polonio d e R odas, poeta y gram ático alejandrino (siglo ni a. C .), para riv alizar con la epopeya homérica” y que sería im itado cuatro siglos después por el poeta latino V alerio Flaco. En la tragedia de Eurí­ pides M edea (431 a. C .). donde la heroína lleva a cabo su terrible venganza com o am ante apasionada y rech a ­ zada. Jasón —cu y a gloria ha­ bía can tad o el poeta Píndaro (518-438 a. C .) en su IV Pftica— no es más que un egoís­ ta vanidoso, únicam ente preo­ c u p ad o p o r su propio pro­ vecho. Para la literatura m oderna co ­ rrespondiente, - 4 M E D E A . ♦ ¡con. Jasón aparece ante todo com o el conquistador del vellocino: Jasón, A ten ea y el dragón, copa g rieg a, siglo v a. C , Roma; Jasón sale de las fauces d el dragón, kylix d e fi­ g uras rojas d e D uris, Roma. M useo del V aticano; e s tam­ bién el seductor d e Medea: G ustavo M oreau, Jasón y el Amor, 1890, colección particu­ lar. M EDEA. ♦ M ús. C avalli, Jasón, ópera. 1649; Jasón o La conquista del vellocino, zarzuela heroica de texto anónimo y música de Ca­ yetano Brunetti, 1768. ♦ Cin. —> A R G O N A U T A S . JULO N o m b r e q u e lo s la tin o s d ie r o n a A s c a n io , e l h ijo de E n eas* . E s te n o m b r e , e n p rin ­ c ip i o r e l a c io n a d o c o n e l de Ilio n ", p e rm itió q u e la g e n s lulia — a la q u e p e rte n e c ía Julio C e s a r — s e p r e s e n ta s e c o m o p e r t e n e e ie n t e a l lin a je de E n e a s . —4 e n e a s . 263 JU N O D io sa " itá lic a y lu e g o ro ­ m a n a a s im ila d a a la H e ra ' g rie g a . D iv in id a d p rim o rd ia l ju n to a s u h e rm a n o y e s p o s o Jú p ite r* , J u n o e s h ija d e S a ­ tu rno" y Rea*. R e in a d e l C ie lo , d io s a d e la L u z , re p r e s e n ta b a o rig in a ria m e n te e l c ic lo lu n a r. D io s a tu te la r d e la m u je r, e n ­ c a rn a to d o s los c a ra c te re s d e la fe m in id a d y e s la p ro tec to ra del n o v ia z g o , e l m a trim o n io , el e m b a r a z o y e l p a rto . P ro te g e e s e n c ia lm e n te a la s m u je re s q u e tie n e n u n e s ta tu s ju r íd i c o re c o n o c id o e n la c iu d a d : la s m a tro n a s, las m u je re s c a sa d a s. El d ía d e la s c a le n d a s d e m arzo se ce le b ra b a la fie sta d e las M atr o n a lia e n h o n o r d e J u n o L u cina, la d io sa d e la L u z , e sto es, d e lo s p a rto s q u e d a n a luz n u e ­ vos c iu d a d a n o s. S i c a d a h o m b r e te n ía su G e n iu s, c a d a m u je r te n ía su J u n o , d o b le d iv in o tu te la r. J u n o R e g in a tie n e u n a fu n ­ c ió n p o lític a . E s la d io s a p ro ­ te c to ra d e R o m a y , m á s c o n ­ c re ta m e n te , d e la p o b la c ió n fem enina. F o rm a parte d e la tría­ d a c a p ito lin a , ju n to a J ú p ite r y M in e rv a ”. J u n o C a p r o tin a e s la d io s a d e la fe c u n d id a d , y J u n o P ro n uhia la d e las b o d as. J u n o M o- www.FreeLibros.me JÚ P IT E R n eta, q u e h ab ía salv ado a Roma d e la in v a sió n g a la d e 390 a. C. (la s o c a s d el C a p ito lio ), e ra re ­ p u ta d a p o r su s su g eren cias, sus a d v e rte n c ia s y su s b u en o s co n ­ se jo s. J u n o c o n c ilia b a p o r tan to la s d o s fu n c io n e s d e so b e ra ­ n ía y fe c u n d id a d y c o n stitu ía « la re p re se n ta c ió n d iv in a de la fu n c ió n s o c ia l q u e la m a tro ­ n a d e s e m p e ñ a b a e n R o m a» (M . M eslin ). - 4 H E R A . ♦ ¡M., ¡con., Cin. -a h e ra . JÚPITER H ijo d e S aturno" y Rea*. Su n o m b re, Jú p iter, d eriva d e D ius P a te r. «el P a d re lu m in o s o » , d o n d e D iu s e s e l e q u iv a le n te la tin o d e l g rie g o Z eus. Personi­ fic a c ió n d e la L u z y lo s fe n ó ­ m e n o s c e le s te s e n tr e lo s p u e ­ b lo s itá lic o s , fu e a s im ila d o al Z eus* g rie g o a d o p ta n d o su g e­ n e a lo g ía y a v e n tu ra s , p a rtic u ­ la rm e n te las g ala n tes. E n R o m a se le atrib u y ero n e p íte to s c u ltu ra le s . E s el d io s F u lm in a to r o T o n a n s, el qu e e sg rim e el rayo. E s tam bién J ú ­ p ite r E liciu s, e l q u e trae la llu ­ via; el cam p e sin o le hace ofren­ d a s y le d ir ig e p le g a ria s antes d e la sie m b ra p a ra q u e sea pro- 264 J Ú P IT E R d o r e s s e p o n d rá n a c o n tin u a ­ c ió n b a jo la p ro te c c ió n d e Jú p i­ te r , h a c ié n d o s e p a s a r p o r una e n c a rn a c ió n d e l d io s . S u p rem o s e ñ o r d el m u n d o , e s e l p ro te c ­ to r d e l E s ta d o ; J ú p it e r S ta to r d e c id e la s u e rte d e la s b a ta lla s y o b tie n e lo s tro fe o s; lo s g e n e ­ rales q u e h a b ía n te n id o derech o a l tr iu n fo a c u d ía n a s u tem p lo , e n e l C a p ito lio , a o f r e c e r le su c o r o n a y u n s a c r if ic io . En e f e c to , e l C a p ito lio le e sta b a c o n s a g r a d o y e n é l s e le h o n ­ r a b a b a jo e l e p íte to O p tim u s M a x im u s . F o rm a b a , ju n to a Ju n o * y M in e rv a * , la lla m a d a « tría d a c a p ito lin a » . 265 JÚ P IT E R vis [die], «[día] consagrado a Júpiter». El m ayor planeta de nuestro sis­ tem a solar fue bautizado con el nombre de Júpiter, nombre, por otra parte, que los alquim istas daban también al estaño. El á rb o l d e J ú p ite r e s una - » ZEUS. Escultura rom ana de J ú p ite r Serapis, Roma. Museo del Vaticano p ic io a la a g r ic u ltu r a , y a q u e J ú p i te r r ig e ta m b ié n la f e r til i­ d a d d e lo s ca m p o s. J ú p ite r F id iu s e s g a ra n te d e la p a la b r a d a d a , d e la r e c titu d en las re la c io n e s so c ia le s, d e la fid e lid a d a lo s tr a ta d o s , el q u e a s e g u r a b u e n a s r e la c io n e s in ­ te rn a c io n a le s. S u fu n c ió n p o lí­ tic a es m u y im p o rta n te y n o c e ­ sa rá d e a u m e n ta r b a jo la R e p ú ­ b lica: e l sa c e rd o te d e J ú p ite r, el lla m e n D ia lis, e s un p e rs o n a je im p o rta n te , r e s p e ta d o y c u ­ b ie rto d e h o n o re s . L o s e m p e ra ­ ♦ Lengua. Del nombre del dios deriva el adjetivo jupiterino, qu e se aplica al que posee un carácter imperioso y dominador («ceño jupiterino». Balzac). La palabra latina jo v ia lis, que significaba «de Júpiter», tomó el sentido de «nacido bajo el signo de Júpiter», de ahí el ad­ jetiv o jo via l, «alegre, con una alegría franca y comunicativa» — probablemente por influencia del italiano giovale— , y sus de­ rivados jovialidad, jovialmente. El térm in o ju e ve s, utilizado para designar al cuarto día de la sem ana, deriva del latín lo- www.FreeLibros.me planta arbórea de hojas ovala­ das y flores rojas originaria de China. ♦ Lit. —> Z E U S . ♦ ¡con. Júpiter Serapis. escul­ tura, Rom a, M useo del Vati­ cano. —> Z E U S . ♦ M á s . —» ZEU S. L LABERINTO E dificio construido por Dé­ dalo", p o r o rd e n d el re y M i­ nos", y d e s tin a d o a s e rv ir d e e n c ie rro al M inotauro*. E ra una m araña inextricable d e sa­ las y c o rre d o re s , d el q u e so lo T e se o ’ co n s ig u ió sa lir g rac ias al h ilo d e A ria d n a '. E l L a b e ­ rin to re p re s e n ta la im ag en m ítica d e lo s e d ific io s p rin c i­ p esco s d el p e río d o m in o ico cre te n se . S u m ism o n o m b re rec u erd a la « d o b le h ac h a» , sím b o lo d e la a u to rid a d real. Se le p u e d e c o n s id e ra r ta m ­ bién c o m o u n a im a g en d el reino d e la m uerte. ♦ L en g u a . C o nv ertid o en nom bre com ún, la palabra la­ b erinto. al igual q u e su sinó­ nim o dédalo, representa un vasto edificio de innumerables salas; posteriorm ente pasó a designar cualquier red compli­ cada d e cam inos o d e pensa­ www.FreeLibros.me m ientos cuya salida resulta di­ fícil encontrar. En anatom ía, el térm ino de­ signa al conjunto formado por las partes sensoriales del oído interno. ♦ Lit. Desde la Edad Media, el mito recibió una interpretación cristiana: el mundo es un labe­ rinto custodiado por el diablo, q u e tenía prisioneros a los hombres hasta que Teseo, asi­ milado a Cristo, vino a salvar­ los. A parece igualm ente el tem a del «laberinto de amor», particularmente en el relato de B occaccio, que presenta a un am ante desgraciado (el Labe­ rinto d e amor. 1354), y el poe­ ma d e Francesco C olonna El sueño d e Polifilo (1499), en el que el protagonista penetra en un laberinto mágico donde será iniciado en el am or. Este as­ pecto aparece desarrollado en las num erosas obras centradas en las aventuras am orosas de LA B ER IN TO Ariadna, de Teseo o d e Fedra', com o E l su eñ o de una noche de verano, d e Shakespeare (1594), o E l ¡aberimo de Creta de Lope de Vega (1612-1615): los sufrim ientos am orosos se identifican con un laberinto del que el enamorado no puede es­ capar por haber perdido el hilo que le hubiera conducido a la salida. D e form a m ás general, se d e­ sarrolla la concepción del la­ berinto com o im agen sim b ó ­ lica del m undo, concepción que podem os ver reflejada, p o r ejem plo, en los viajes de don Q uijote (Cervantes, 16051615). El tem a aparece com o trasfondo en m uchas novelas de aventuras y. a partir del ro­ manticismo, puede ser identifi­ cado con el del c astillo m is­ terioso. A sí se observa en la novela gótica de Ann Radcliffe Los m isterios d e U dolfo (1794), en la ¡sis de Villiers de risle-A d am ( 1862) o también en El hombre que rió de Victor Hugo (1869). Encontram os su eco en E l gra n M eaulnes de Alain Fournier (1913). donde el itinerario iniciático del pro­ tagonista aparece representado en el largo peregrinaje que le conduce al T erritorio M iste­ 268 rioso a través d e un dédalo de cam inos y arroyos. Indisociable d e la obra de K afka (E l proceso, 1925; El castillo, 1926\Am erika, 1927), el tem a del laberinto adquiere en el siglo x x una tonalidad in­ q u ietan te y fantástica, com o una formalización de la angus­ tia humana. Puede entonces ser asociado a la escritura, en la m edida en q u e solo el artista puede encontrar a través de su obra el hilo de A riadna que le perm itirá escapar de una con­ dición hum ana problem ática. Es el caso del R etrato d e l ar­ tista ado lescen te de Joyce (1916), donde el protagonista, Stephen Dcdalus, deberá cons­ truir a través de su obra un la­ berinto de palabras para esca­ par al mundo en que vive y en el q u e se halla atrapado por su historia y sus orígenes. Encontramos la misma temática del laberinto literario en El A leph d e Borges (1949), en El em pleo d el tiem po d e Michel Butor ( 1956), donde el protago­ nista pasa un año en una ciu­ dad inglesa sin salir de ella, o también en Ixi vida, instruccio­ nes d e uso, de G eorges Perec (1978), donde el laberinto es re­ presentado a la vez por un in­ m ueble parisino habitado por 269 LA O C O O N TE m últiples inquilinos, y por el entrecruzamientode los hilos de la narración. El laberinto es sin duda una d e las representacio­ nes mitológicas que han encon­ trado en la literatura contempo­ ránea un desarrollo más impor­ tante. A sí. por ejem plo, este m ito está presente en la novela de Julio C ortázar Rayuelo (1963). No solo en su argu­ mento: la búsqueda incesante de la propia identidad a través de los vericuetos y bifurcaciones de la vida que se emprenden y se desandan para buscar un nuevo camino, sino en la propia concepción d e la novela por parte del autor. Cortázar consi­ dera que la novela como género debe permitir bifurcaciones, de­ sarrollos y digresiones y. sobre todo, debe tener una estructura flexible, no m ecánica. En R a­ yuelo. Cortázar pone en práctica su teoría: es el lector, necesaria­ mente activo en el acto de leer, el que elabora su itinerario por la novela-rayuela que le ofrece una pluralidad de lecturas. P osteriorm ente este motivo fue recuperado en arquitectura con un sim bolism o cristiano, una especie de peregrinaje sustitutorio, bien com o enlo­ sado (catedral de Chartres, si­ g lo x n i; co leg iata de SaintQ uentin, siglo xv), com o mo­ saico o com o estructura vege­ tal en un jardín (laberinto de césped en Hilton, Inglaterra, o el laberinto de Hamplon-Court que aparece en Tres hombres en un barco, de Jerome K. Jerome. 1889). El juego de la rayuela, con su recorrido dibu­ ja d o en el suelo, es un vestigio del tem a del laberinto. LAOCOONTE H erm an o d e A n q u ises y sa­ c e rd o te d e A p o lo ", e s . c o n C asa n d ra * . e l ú n ic o e n p o n e r en g u a rd ia a T ro y a" c o n tra el m is­ te rio so c a b a llo d e m adera idea­ d o p o r U lis e s” q u e los g riegos, p a r a e n g a ñ a r a lo s tro y a n o s, h a b ía n a b a n d o n a d o en el c a m p o d e b a ta lla d e s p u é s de fin g ir q u e se retira b an co n toda —» A R IA D N A , D É D A L O , M IN O S , su flo ta. M 1N O TA U R O , T E S E O . L a o c o o n te , q u e h ab ía arro­ ♦ Icón. M uchas monedas cre­ j a d o u n a ja b a lin a c o n tr a los tenses (Sala d e las M edallas, fla n c o s d e l g ig a n te s c o anim al París) y m osaicos representan re v elan d o a s í q u e estaba hueco, el Laberinto con o sin el Mino- s e o p u s o a q u e fu e ra in tro d u ­ tauro. c id o e n el re c in to d e la ciu d ad www.FreeLibros.me 270 LA PITA S al c a b a llo . P a ra n o in c u r r ir en la s ira s d e lo s I n m o r ta le s , se a p re s u ra ro n a in tro d u c irlo d e n ­ tro d e la s m u ra lla s d e la ciu d ad , p r e c ip ita n d o a s í la r u in a d e T ro y a. ♦ Icón. Laocoonte, mármol de tres escultores d e R odas, se­ gunda m itad del siglo n a. C., V aticano; Francesco Hayez, Laocoonte, 1812, M ilán; Dalí, L aocoonte ato rm en ta d o por las m oscas, 1965, colección privada. —>T R O Y A . Grupo escultórico helenístico del Laocoonte. Roma. Museo del Vaticano LAPITAS y a c o n se jó q u e m a rlo . P e ro d o s se rp ie n te s m o n s tru o s a s s u rg ie ­ ro n d el m a r y a te rra ro n c o n sus a n illo s a lo s d o s h ijo s d e L ao c o o n te , asfix iá n d o lo s, a s í c o m o a su p ad re, qu e h ab ía c o rrid o en su a y u d a . A q u e lla s s e r p ie n te s h a b ía n s id o e n v ia d a s p o r A p o lo , f u r io s o c o n tr a L a o c o o n te p o rq u e e s te h a b ía p r o f a ­ n a d o su te m p lo a l u n ir s e a su e s p o s a a lo s p ie s d e la e s ta tu a d iv in a . L o s tro y a n o s , e s p a n ta ­ d o s p o r e s ta s m u e r te s y e n g a ­ ñ a d o s p o r u n e s p ía e n e m ig o , in te rp re ta ro n , s in e m b a r g o , el p r o d ig io c o m o u n c a s t ig o d i­ v in o p o r h a b e r o s a d o o p o n e rs e L o s la p ila s e ra n u n p u eb lo d e T e s a lia , re g ió n s itu a d a al n o rte d e G re c ia e n la q u e se en ­ c o n trab an b o y ero s q u e pastorea­ b a n a c a b a llo , q u e d ie r o n o ri­ g e n a la le y e n d a d e lo s c en ta u ­ ro s '. Ix ió n , y m á s ta rd e su hijo P ir íto o , e l a m ig o d e T e s e o ', fu e ro n re y e s d e lo s la p ita s, que se c o n s id e ra b a n d e sc e n d ie n te s d e l d io s flu v ia l P c n e o . E n el b a n q u ete d e b o d as d e P irítoo, el jo v e n re y in v itó a s u s h e rm a ­ n a s tro s lo s c e n ta u ro s , p e ro e s­ to s se e m b o rra c h a ro n e intenta­ r o n r a p ta r a la n o v ia y a las re s ta n te s in v ita d a s , d e se n c a d e ­ n a n d o e l c é le b re c o m b a te entre c e n ta u ro s y lap ita s q u e term inó 271 LATINO c o n la v ic to ria d e e sto s últim os. M ás ta rd e , sin e m b a rg o , se ría n v e n cid o s p o r H eracles", q u e h a­ b ía a c u d id o e n a y u d a d e l rey d o rio E g im io , v e c in o d e lo s lap ita s , a q u ie n e s e s to s a m e n a ­ zab an . ♦ Lengua. El termino designa en singular un fogón bajo dis­ puesto para cocinar. Empleado en plural y en sentido figurado, la palabra lares designa a ve­ ces la casa propia fam iliar u hogar («volver a sus lares»), —> CENTAUROS. LATINO ♦ ¡con. -> CEN TA U RO S. LARES D iv in id a d e s ro m a n a s d e o rig e n e tr u s c o p r o te c to r a s d e las e n c ru c ija d a s y lo s h o g a res. L o s L a re s, e n o c a sio n e s a s im i­ lad o s a d io ses" in fe rn a le s, c a re ­ c e n d e h e c h o d e e tim o lo g ía p re c isa y d e m ito lo g ía p ro p ia ­ m e n te d ic h a . S o n s im p le m e n te d iv in id a d e s v in c u la d a s a u n lu ­ gar. E n e ste sen tid o v e lab a n p o r el a g e r ro m a n a s, « lo s c a m p o s c u ltiv a d o s d e R o m a » . E l L a r f a m ilia r is e r a e l p r o te c to r d e l á m b ito f a m ilia r, e s d e c ir , d e toda la fa m ilia , ta n to las p e rso ­ n as lib re s c o m o lo s e s c la v o s . Los L a re s c o m p íta le s p ro teg ían las e n c r u c ija d a s , lu g a r d e e n ­ c u e n tro s p o r ex c e le n c ia . E n R o m a s u c u lto e r a m u y p o p u la r. S e le s re p r e s e n ta b a c o m o a d o le s c e n te s , v e s tid o s co n u n a c o r ta tú n ic a y s o s te ­ n ie n d o u n c u e rn o d e la a b u n ­ dancia. www.FreeLibros.me R ey d e l L acio y h éro e' epón im o d e lo s la tin o s lig ad o a los o r íg e n e s tr o y a n o s d e R om a. C u e n ta n q u e a L atin o se le ap a­ re c ió la s o m b ra ' d e su p ad re F a u n o 1 p a ra aco n sejarle qu e ca­ s a r a a s u ú n ic a h ija , L a v in ia . c o n u n e x tr a n je r o q u e p ro n to a p a re c e ría , y le a n u n c ió q u e d e tal u n ió n n a c e ría u n a raza qu e re in a ría so b re e l m u n d o entero. C u a n d o E n e a s' d e se m b a rc ó en Ita lia , L a tin o c o m p re n d ió q ue El su de en rey Latino da en m atrimonio a hija Lauinia a Eneas, ilustración un códice medieval conservado la Biblioteca Vaticana de Roma 272 LATONA la p re d ic c ió n se re alizab a. Pero Ju n o", q u e o d ia b a a E n eas, d e ­ s e n c a d e n ó la g u e rr a e n e l p a ís d e s p e n a n d o lo s c e lo s y la c ó ­ lera en el co razó n d e T u rn o , rey d e lo s ró tu lo s , q u e p re te n d ía ta m b ié n la m a n o d e L a v in ia . L a tin o p e rm a n e c ió a p a ñ a d o de e sta g u e rra , p e ro a la m u erte d e T u rn o selló la p az e n tre su pu e­ b lo y el d e los tro y a n o s. p o r la p a sió n , le ra p tó y se unió a é l. C r is ip o te rm in ó su ic id á n ­ d o s e y P é lo p e m a ld ijo a L a y o , m a ld ic ió n q u e a c a r r e a r ía su d e s g r a c ia y la d e su s d e s c e n ­ d ie n te s. LEDA H ija d e T e s tio , re y d e E tolia , y e s p o s a d e T in d á re o , rey d e E s p a rta , d e b e su c e le b rid a d a s u s a m o r e s c o n Z eus*. E s la - > ENEAS. m a d re d e lo s D io sc u ro s", C a s ­ ♦ Lit. Existen diversas leyen­ to r y P ó lu x , d e H e le n a ' y de das sobre la genealogía de La­ C lite m n e s tra ”. L a c o n c e p c ió n d e s u s hijos tino y sobre sus aventuras con Eneas, pero la más conocida es d io lu g a r a d iv e rso s re la to s, en la versión que ofrece V irgilio p a rtic u la r en lo q u e se refie re al en el canto VII de la Eneida. n a c im ie n to d e H e le n a . S eg ú n * Icon. El episodio de la pre­ a lg u n a s v e rsio n e s, H elen a sería sentación d e Lavinia a Eneas e n realid ad h ija d e N ém esis*, la fue ilustrado en un códice me­ d io s a d e la J u s tic ia d iv in a , y dieval conserv ado en la B i­ Z e u s , e l c u a l la s e d u jo b a jo la blioteca V aticana d e Roma. a p a r ie n c ia d e u n c is n e , m ien ­ tra s q u e la d io s a a su v ez se ha­ LATONA b r ía m e ta m o r fo s e a d o e n oca. N o m b re ro m a n o d e —> P o co d e sp u é s d e u n irse al señor LF.TO. d e los dioses*, N é m e sis p u so un h u e v o y lo a b a n d o n ó , sien d o LAYO re c o g id o m á s ta rd e p o r u n pas­ R e y d e T e b a s ' y p a d re d e to r q u e se lo lle v ó a la re in a de E d ip o , q u e le m a tó sin s a b e r el E s p a rta . D e a q u e l h u e v o , que v ín c u lo de sa n g re q u e le s unía. L e d a h a b ía g u a rd a d o en un co ­ S ie n d o h u é s p e d d e l rey P é- f r e c illo , n a c ió u n a b e llísim a lo p e ", en su ju v e n tu d , s e e n a ­ n iñ a a la q u e L e d a h iz o p asar m o ró de C ris ip o , u n o d e los h i­ p o r su p r o p ia h ija , d á n d o le el j o s d e su a n fitrió n . D o m in a d o n o m b re d e H elena. 273 LETE L a v e rs ió n m á s e x te n d id a , sin e m b a rg o — so b re to d o en la é p o c a c lá s ic a y a trav é s d e E u­ ríp id es— , h a c e d e L ed a la v e r­ d a d e ra m a d re d e H e le n a . L ed a se h a b ía u n id o la m ism a n o ch e a su e s p o s o T in d á re o y a Z e u s, q u e ta m b ié n se le h a b ría a p a re ­ c id o b a jo la fo rm a d e un cisn e , s ie n d o f e c u n d a d a p o r a m b o s . L le g a d o e l m o m e n to . L e d a p u so u n h u e v o — o d o s , se g ú n a lg u n o s a u to r e s — d e l q u e n a ­ c ie ro n d o s p a re s d e g e m e lo s , C á s to r y P ó lu x , p o r u n a p a rte , y C lite m n e s tr a y H e le n a , p o r o tra . P e ro m ie n tr a s C a s to r y C lite m n e s tr a e ra n lo s h ijo s « m o rta le s » d e la p a r e ja re a l, P ó lu x y H e le n a e ra n e l fru to « d iv in o » d e la u n ió n d e Z e u s con L eda. ginalcs perdidos), por Correg­ gio (siglo xvi. Berlín), Tintore lio (siglo xvi, Florencia), el Veronés (siglo xvi, Dijón). Ru­ bens (imitación del cuadro per­ dido de M iguel A ngel, siglo xvn, Dresde), Boueher (1742. Estocolm o). G ustave Moreau (m uchas versiones, la de 1875 en París). LEMURES E ra n , en R o m a , los fa n tas­ m as d e los m uertos. Al llegar la n o c h e p o d ía n re to rn a r a la tie rra , b a jo la a p arien cia d e ani­ m a le s , p a ra e s p a n ta r y a to r­ m e n ta r a los v iv o s. L os L ém u ­ re s se id en tificab an a veces con las L arv as, los L a re s' y los M a­ nes". ♦ Lengua. Un lém ur &s el es­ ♦ ic ó n . El huevo d e Leda. pectro de un muerto, aunque se suele utilizar más en la forma co p a griega, siglo tv a. C.. plural. La palabra designa tam­ Bonn, Boston, C olonia. Lou­ bién a unos pequeños mamífe­ vre; D alí, Leda atóm ica i El ros tropicales de vida esencial­ huevo in m o rta l d e Leda su s­ mente nocturna y aspecto un pendido en el espacio), retrato de su m ujer y musa. Gala. tanto espectral, características 1949. colección privada. La ambas a las que deben su nom­ bre. aventura de Leda con Zeus-Júp i t e r ha sido inm ortalizada m uchas veces: en la A ntigüe­ LETE / LETEO L ete, c u y o no m b re significa dad (Florencia. V enecia, M u­ seo Capitolino), por Leonardo « o lv id o » , e ra u n a d iv in id ad na­ da Vinci y Miguel A ngel (ori- c id a d e B rid e ' (la D isc o rd ia ), www.FreeLibros.me 274 LE TO c o n c e b id a c o m o u n a a b s tr a c ­ c ió n , y h e rm a n a d e H ip n o " (el S u e ñ o ) y T á n a to " (la M u e rte ). U n río d e lo s In fie rn o s ' llev a b a su n o m b r e ( L e tc o ) y e n su s a g u a s tr a n q u ila s la s a lm a s d e lo s m u e rto s b e b ía n el o lv id o d e su v id a te rre stre . E n la s d o c tri­ n as q u e p o s tu la b a n la re e n c a r­ n a c ió n , la s a lm a s , p u rific a d a s d e su s a n tig u a s m a n c h a s d e s ­ p u és de u na e sta n c ia m á s o m e ­ n o s la rg a en lo s In f ie rn o s , b e ­ b ía n s u s a g u a s p a r a p e rd e r to d o s los re c u e rd o s d el m u n d o s u b te rrá n e o , q u e ib a n a a b a n ­ d o n a r p a ra e n tr a r e n un n u e v o c u e rp o . E n e l c a n to V I d e la E n e id a , E n eas* d iv is a e n la s a m e n a s o r illa s d e l L e te o u n a m u ltitu d d e a lm a s p a re c id a s , d ic e V irg ilio , a a b e ja s lib a n d o la s flo re s d e la s p r a d e r a s y r e ­ v o lo tean d o con su s z u m b id o s a la lu z se re n a d el v eran o . S u p a ­ d re A n q u is e s le m o s tró e n tr e a q u e lla m u c h e d u m b r e a lo s d esc e n d ie n te s su y o s, q u e serían los h é ro e s ' d e la fu tu ra R o m a ’. H oy puede verse e n la región d e T eb as" un río q u e lle v a el nom bre d e L eteo, p ero su s aguas han p e rd id o el v a lo r m ítico. ♦ Lengua. El térm ino letargo designa un estado de som no­ lencia profunda y prolongada. d e c arácter patológico, que puede se r síntom a d e varias enfermedades nerviosas, infec­ ciosas o tóxicas. En sentido fi­ g urado, indica un estad o de abatimiento y total ausencia de v italid ad , y tam bién es sinó­ nim o de sopor o m odorra. De él deriva el adjetivo letárgico. En zoología se utiliza esta pa­ labra para significar el tiempo en que alg u n o s anim ales per­ m anecen en in actividad y re­ poso absoluto. LETO H ija d e l t i t á n ’ C e o y d e la titá n id e F e b e , e s la m a d r e de A p o lo " y A rte m isa " , c o n c e b i­ d o s d e Z e u s". S u s a m o r e s con e l a m o d e l O lim p o " d e sa ta ro n la ira d e la c e lo s a Hera*, q u e in­ te n tó e v ita r el p a rto . L eto buscó e n v a n o u n lu g a r d o n d e d a r a lu z a lo s g e m e lo s d iv in o s, pero tie rra s y lla n u ra s h u ía n d e ella. In c lu so lo s h o m b re s la rech aza­ b a n , te m e ro so s d e H e ra , y Leto lo s c o n v ir tió e n ra n a s . S o lo la is la d e s ie r ta y e r r a n te d e O rtig ia c o n s in tió e n a c o g e rla , y c o m o re c o m p e n sa fu e fija d a al su e lo y to m ó el n o m b re d e Dé­ lo s, « la b rilla n te » . L o s dolores d el p a rto d u ra ro n n u e v e d ía s y n u e v e n o c h e s . F in a lm e n te , la d io s a Ilitía, q u e p re s id e los par­ 275 UCAÓN to s , s e d e jó c o n m o v e r — o s o ­ b o rn a r— y a li v ió a la d e s g r a ­ ciad a . A rte m isa fu e la p rim e ra en v e n ir al m u n d o y a y u d ó a su m adre a p a rir a A p o lo . S e c o n ta b a ta m b ié n q u e L e to , p a r a d a r a lu z , tu v o q u e hu ir del p aís d e lo s hiperbóreos", d o n d e v iv ía , a d o p ta n d o la a p a ­ rie n c ia d e u n a lo b a (lu k o s en g riego), lo q u e e x p lic a ría el e p í­ te to d e lic ó g e n e s o « n a c id o d e u n a lo b a » q u e fre c u e n te m e n te se a ñ a d e a l n o m b re d e A p o lo . L e to fu e m u y q u e r id a p o r sus h ijo s , q u e s ie m p re v e la ro n p o r e lla . P a ra v e n g a rla c a stig a ­ ron a N íobe* y a b a tie ro n al g i­ g a n te T itio , q u e h a b ía q u e rid o v io la rla (—> n í o b e ). L o s ro m a ­ nos la lla m a ro n L a to n a . ♦ ¡can. Los artistas han ilus­ trado generalmente el episodio en el que Latona transforma en ranas a los cam pesinos que la habían rechazado: Rubens. si­ glo x v n , M unich; A güero, sig lo x v n , M adrid, M useo del Prado; herm anos M arsy, fuente de Latona en Versalles, siglo XVII. www.FreeLibros.me LEUCÓTEA N o m b re a d o p ta d o p o r —> d e s p u é s d e h a b e r sido tra n sfo rm a d a en u n a n ereid a'. in o LICAÓN R e y d e la m ito lo g ía g rieg a q u e p r a c tic a b a s a c r ific io s h u ­ m an o s. L icaó n e ra rey de A rca­ d i a ’ y te n ía c in c u e n ta h ijos ha­ b id o s d e d iv e r s a s m u jeres. T a n to e l re y c o m o su s h ijos e ra n re p u ta d o s p o r su im p ie ­ d a d . L a le y e n d a d ic e q u e L i­ c a ó n h a b ía s a c r ific a d o a un n iñ o s o b r e e l a lta r d e Z e u s , o b ie n q u e h a b ía d a d o a c o m e r la c a rn e d e u n n iñ o a Z e u s , qu e h a b ía v e n id o a p e d irle h ospita­ lid a d d is fra z a d o d e cam pesino, p a r a v e r si re a lm e n te e r a un d io s . Z e u s , h o rro riz a d o , fu l­ m in ó c o n su s ra y o s a L icaó n y a s u s h ijo s o , se g ú n o tra le ­ y e n d a , los tra n sfo rm ó en lobos. E ste m ito e s tá re la c io n a d o con lo s s a c r if ic io s h u m a n o s q ue p ra c tic a b a n lo s a rc a d io s en ho­ n o r a Z e u s L ic e o (d e l m o n te L ic e o , m o n ta ñ a d e A rc a d ia d o n d e te n ía c o n s a g r a d o un tem p lo ). M MACISTO L a m ito lo g ía g rie g a c o n o c e a u n M a c is to , h e rm a n o d e F rixo y Hele* y c o m o e llo s hijo del re y d e T e b a s ' A ta m a n te . El p e rs o n a je , sin e m b a r g o , d e b e su « in m o rtalid ad » so b re to d o al c in e , q u e h a c re a d o o tr o M acisto , u n h é ro e ' s u p u e s ta m e n te m ític o y d o ta d o d e u n a fu e rz a so b re h u m an a cu y a s h a z a ñ a s n o dejan d e re c o rd a r las d e H ércu ­ les*. L o m e n cio n am o s aq u í, p o r ta n to , s o lo a títu lo d e c u r io ­ sidad. - » V E L L O C IN O O H O R O . ció de la justicia; en esta cinta debe arrancar a la joven Cabina de las garras de los pérfidos car­ tagineses durante la segunda guerra púnica. M ás larde, se convertirá en el atlético prota­ gonista de toda una serie de aventuras fantásticas y scudom itológicas — no menos de quince títulos entre 1915 y 1920— de las que citaremos, entre las más recientes; Macisto nella térra dei ciclopi, de Anto­ nio Leonviola (1961); Puños de hierro, de Giacomo Gentilomo (1961); M acisto contra los monstruos, de Guido Malatesta (1962); M acisto alpino, de G uido Brignone (1916), M a­ cisto a ll inferno, de Riccardo Preda (1962); M acisto contra los hombres de piedra, de Gia­ com o Gentilomo (1964). ♦ C in. El M acisto cinem ato­ gráfico. pura invención del rea­ lizador italiano G iovanni Pastrone. aparece en Cabiria (1913) com o un esclavo gigan­ tesco — interpretado por un descargador d e m uelles de «hercúlea» musculatura— que. MANES defendido por un general ro­ S eg ú n la creen cia rom ana en mano, pone su fuerza al servi­ la su p erv iv en cia del s e r hum ano www.FreeLibros.me 278 M ARA TÓ N d e s p u é s d e la m u e r te , lo s M a ­ n es eran u n as d iv in id a d e s in fe r­ n ales q u e rep resen tab an a las a l­ m a s d e lo s m u e rto s . S u a p e la ­ c ió n es u n a a n tífra s is (c o m o la d e la s e rin ia s "). p u e s m a n ís e s u n a a n tig u a p a la b ra la tin a q u e s ig n ific a « b e n é v o lo » . F.ra u n a fo rm a de h a c e rlo s p ro p icio s. L o s M a n e s e ra n o b je t o d e c u lto en R o m a. E n un p rin c ip io se les in m o lab a v íc tim a s h u m a ­ n a s, c e r e m o n ia lu e g o p e r p e ­ tu a d a p o r e l rito fu n e r a rio d e lo s g la d ia d o re s . S u n o m b re a p a re c e s o b re to d o e n la s lá p i­ d a s se p u lc ra le s b a jo la in s c rip ­ c ió n D .M ., q u e s ig n if ic a D is M a n íb u s ( « a lo s d io s e s M a ­ n e s» ). L a s tu m b a s , e n e f e c to , e sta b a n b a jo su p ro te c c ió n . ♦ L en g u a . La palabra m anes designa a las alm as de los muertos consideradas com o vi­ vas en el más allá: invocar los m anes ele los antepasados. MARATÓN H ijo d e E p o p e o , re y d e S ic ió n . S ie n d o y a u n h o m b r e a d u lto , a b a n d o n ó su p a ís p a ra h u ir d e un p a d re d e s p ó tic o y v io le n to , s e d ir ig ió a l A tic a y a llí se e s ta b le c ió e n la c iu d a d q u e lle v a su n o m b r e , d o n d e in s titu y ó la s p rim e ra s ley es. 279 U n a v e z m u e r to E p o p e o , v o lv ió a s u p a tr ia re u n ie n d o b a jo su p o d e r a S ic ió n y C orin to , la s c iu d a d e s q u e llev an el n o m b re d e su s d o s h ijo s. ♦ Lengua. En el año 490 a. C. tuvo lugar en los alrededores d e la ciu d ad de M aratón una céle b re batalla q u e lleva su nombre entre los persas de Da­ río y los griegos. El triunfo fue de estos últimos. El m aratón, prueba deportiva de resistencia incluida en los Juegos O lím picos desde 1890, es una carrera pedestre de 42,195 km de longitud. Tiene su origen en la carrera que hizo un soldado griego, participante en la batalla de Maratón, hasta Atenas, para com unicar la vic­ toria de sus com patriotas. La d istancia recorrida por este hombre fueron esos 4 2 ,195 km. T ras com unicar la victoria, cayó muerto de cansancio. ♦ Lit. Pausanias. Descripción d e Grecia. I. II. M ARSIAS E ste sileno* frig io tu v o una m u e r te a tr o z a m a n o s de A polo". M arsias h a b ía recogido la fla u ta d e d o s tu b o s q u e Ate­ n e a ' h a b ía a rro ja d o le jo s d e sí, ir rita d a a l v e r d e s f ig u ra d o su MARTE lo largo de la historia del arte: vaso griego, 450 a. C.. Berlín; esculturas del período helenís­ tico (copias en el Louvre. en Estam bul); Rafael, Triunfo de A p o lo sobre M arsias. Roma; Tiziano, 1570, Kromcriz; Jordaens, 1650, Amsterdam; Van Loo, 1735 (obra de ingreso en la Academia), Par ís. MARTE E s te d io s , m u y a n tig u o en R o m a , e r a la d iv in id a d d e los c o m b a te s , d e la p rim a v e ra Rafael, Triunfo d e Apolo sobre Mar­ (c o m o a te s tig u a el n o m b re d e sias. Roma, Museo del Vaticano u n m e s , m a rz o ) y d e la ju v e n ­ tu d q u e , e n e s ta e s ta c ió n , p ar­ rostro c u a n d o to c a b a e l in s tru ­ tía d e n u e v o a la g u e rr a . E ra m ento. N a d a m á s te n e rla e n su o b je to d e u n im p o rta n tís im o p o d er, M a r s ia s p ro v o c ó a c u lto y fo rm a b a , ju n to a J ú p i­ A polo ja c tá n d o s e d e to c a r m e ­ ter* y Q u ir in o ', la p rim e ra trí­ jo r q u e é l. E l o rg u llo d e l im ­ a d a d iv in a ro m a n a . E n un te m ­ p ru d e n te M a r s ia s fu e d u r a ­ p lo d e R o m a s e c o n s e rv a b a n m ente c a s tig a d o . E l d io s se d o c e e s c u d o s , u n o d e los c u a ­ m o stró d is p u e s to a c o m p e tir le s , m e z c la d o c o n o n c e ré p li­ con M a r s ia s , p e ro d e s p u é s d e c a s id é n tic a s , s e d e c ía q ue d e rro ta rlo s e v e n g ó d e l v ie jo p e rte n e c ía al d io s y c o n stitu ía sátiro* s u s p e n d ié n d o lo d e u n u n a e s p e c ie d e ta lism án tu telar pino y d e s p e lle já n d o lo vivo. d e la c iu d a d . E n e l lla m a d o « C a m p o d e M a rte» , llan u ra sa­ ♦ Icón. El castigo de Marsias. g ra d a s itu a d a fu e ra d el recin to debido a las posibilidades a r­ s a g r a d o d e R o m a , d e s fila b a n tísticas q u e ofrecía (la expre­ la s tro p a s arm a d a s. sión atorm entada del rostro, el L o s an im a le s q u e le estaban c uerpo retorcido p o r el supli­ c o n sa g ra d o s e ra n el picam ade­ cio), reaparece una y otra vez a ro s o p á ja r o c a rp in te ro y la www.FreeLibros.me 280 M EDEA loba, lo qu e p o sib lem en te sea el orig en d e la le y e n d a q u e le atri­ b u y e la p a te rn id a d d e R ó m u lo y R e m o . S e le a s im iló al A res g rie g o , c u y a m ito lo g ía a d o p tó , p a rtic u la rm e n te e n lo re la tiv o a s u s re la c io n e s c o n V enus* A fro d ita ". E n é p o c a d e A u ­ g u sto . u n o y o tra se c o n v ie rte n e n d iv in id a d e s tu te la r e s d e l p u e b lo ro m a n o . — > A F R O D IT A , C IÓ N R O M A (F U N D A ­ D E ). ♦ L engua. El in a n e s es «el día de M arte» (M o n is d ie). y el adjetivo m arcial significa «belicoso». El m es de m arzo recibió su nom bre, d esd e la A ntigüedad, debido a que la actividad guerrera, que se inte­ rrum pía durante el invierno, solía reanudarse con la prima­ vera. El planeta M a n e debe su nom­ bre a su color rojizo, qu e re ­ cuerda al de la sangre. Tanto el nom bre propio de M arcial com o el de M artin derivan del nom bre del dios rom ano de la guerra. ♦ Lit. e ¡con. —* a r e s . MEDEA H ija de E cles, rey d e la C ólq u id e , re g ió n s itu a d a a o rilla s del m a r N eg ro . P o r la ra m a p a ­ te rn a e s n ie ta d e H e lio ', el Sol, y so b rin a d e la h e c h ic e ra C irc e ' y d e P asífae", la e s p o s a d el rey c re te n se M in o s . L a ley en d a , de h e c h o , a trib u y e a la s tre s m u je ­ re s e l m ism o d o m in io so b re las a rte s m á g ic a s . M e d e a d e s e m ­ p e ñ a u n p ap el e sen c ia l en el ci­ c lo d e lo s A rg o n a u ta s* : s u p a­ s ió n p o r Ja só n * y la s c o n s e ­ c u e n c ia s fu n e stas q u e d e e lla se d e r iv a r o n la c o n v ie r te n e n el tip o d e la m u je r fatal, tra id o ra a su p a d re y a su p a tria , a b a n d o ­ n a d a p o r el a m a n te al q u e había s a lv a d o — c o m o A ria d n a * por T eseo*— , p e ro ta m b ié n e sp o sa c e lo s a y v e n g a tiv a , te m ib le por su s p o d e re s d e h ech ic era. F u e e lla q u ie n a y u d ó a J a ­ s ó n ', d e l q u e se e n a m o ró a pri­ m e ra v is ta , a s u p e ra r to d o s los o b stá c u lo s q u e fu e en contrando e n s u c o n q u is ta d e l v e llo c in o d e oro*. S u s u n g ü en to s m ágicos p ro te g ie ro n al h é ro e d e l resue­ llo d e f u e g o d e lo s to r o s que d e b ía v e n c e r p o r o rd e n d e Ecte s , y e lla m ism a le c o n d u jo al b o sq u e sag ra d o d o n d e e sta b a el v ello cin o , d u rm ien d o lu eg o con s u s s o r tile g io s a l te r rib le d ra ­ g ó n q u e lo v ig ila b a . D esp u és d e h a b e r c o n s e g u id o c o n sus a rte s q u e J a s ó n se a p o d erara d e l p re c ia d o tr o f e o , n o dudó ta m p o c o e n c o m e te r u n crim en 281 m edea h o rr e n d o p a r a fa v o r e c e r la h u id a d e lo s A rg o n a u ta s e im ­ p e d ir q u e lo s n a v io s d e s u p a ­ d re E ete s, la n z a d o s e n p ersec u ­ c ió n d e lo s fu g itiv o s , d ie ra n a lc a n c e al A rg o ". d e s p e d a z ó a su p ro p io h e rm a n o , a l q u e h a ­ b ía e m b a r c a d o c o n s ig o c o m o re h é n , y a rr o jó s u s p e d a z o s al m ar, o b lig a n d o a s í a su p a d re a d e te n e r la p e rse c u c ió n p a ra r e ­ c o g er u n o a u n o los resto s d e su h ijo m e n o r c o n e l fin d e trib u ­ ta rle s h o n ra s fú n e b re s. P o r ú l­ tim o , c o n s ig u ió a n iq u ila r c o n sus a rte s la fu e rz a d e l h a sta e n ­ to n c e s in v e n c ib le T a lo s , el g i­ g a n te d e b ro n c e q u e M in o s h a ­ bía p u e sto c o m o cen tin ela en su isla. A c a m b io d e s u a y u d a , J a ­ só n le h a b ía p ro m e tid o el m a ­ trim o n io . S e rá la v io la c ió n d e este ju r a m e n to lo q u e d e s e n c a ­ d e n e la tr a g e d ia . C u a n d o p o r Medea, pintura procedente de Herfin Ja só n re g re só a Y o lc o , M e­ culano, Nápoles. Museo Arqueoló­ gico Nacional dea le a y u d ó ta m b ié n a d e s e m ­ b arazarse d e l u su rp a d o r P elias, que n o esta b a d is p u e sto a re sti­ El « e x p e rim en to » fracasó y los tuirle el tro n o q u e le h a b ía arre ­ h a b ita n te s d e Y o lco, h o rro riza­ b a ta d o a p e s a r d e q u e J a s ó n le d o s p o r el c rim e n , ex p u lsaro n a h a b ía e n tr e g a d o e l v e llo c in o . Ja s ó n y a M e d e a d e la ciudad. R e fu g ia d o s e n C o rin to , la M edea h iz o c re e r a las h ija s del u su rp ad o r q u e co n se g u iría n d e ­ p a re ja v iv irá feliz, d u ra n te diez volver la ju v e n tu d a su p adre si, a ñ o s. Ja s ó n , sin e m b a rg o , c a n ­ d espués d e c o rta rlo en pedazos, s a d o d e M e d e a y v e la n d o e x ­ los h acía n h e rv ir e n un cald e ro . c lu s iv a m e n te p o r su s p ro p io s www.FreeLibros.me 282 M ED EA in te re s e s , re p u d ia a e s t a p a ra p ro m eterse a G la u c e , la h ija del rey c o rin tio C re o n te . E n lo q u e ­ c id a d e c ó le r a y d o lo r , M e d e a fr a g u a u n a te r rib le v e n g a n z a : o frece a G lau ce un v estid o n u p ­ c ial q u e a b ra sa in m ed iatam en te a su d e s g r a c ia d a riv a l y a l a n ­ c ia n o C re o n te , q u e h a b ía a c u ­ d id o a so c o rre r a su h ija ; a co n ­ tin u ació n m ata a su s p ro p io s h i­ jo s , d o s n iñ o s h a b id o s d e su u n ió n c o n J a s ó n . D e s p u é s d e c o m e te r e s to s c r ím e n e s , h u y e e n un c a r r o m á g ic o tira d o p o r d ra g o n es a la d o s, un p resen te d e su a b u e lo H elio . M e d e a se in s ta la e n to n c e s e n A te n a s , d o n d e o b tie n e la p ro te c c ió n d el re y E geo*. E ste , p e rs u a d id o d e n o te n e r d e s c e n ­ d e n c ia , p u e s ig n o ra b a e n to n c e s la e x is te n c ia d e T e s e o ' , s e c a sa c o n la h e c h ic e ra p a ra a s e g u r a r la su c e sió n al tro n o . C u a n d o el jo v e n re g r e s a a A te n a s p a ra d a rs e a c o n o c e r, M e d e a in te n ta e n v e n e n a r lo e n v a n o ; E g e o , q u e h a re c u p e ra d o a su h ijo , la e x p u ls a d e A te n a s . M e d e a r e ­ g resa a la C ó lq u id e co n M ed o s, e l h ijo q u e h a b ía te n id o c o n E g e o y a l q u e la le y e n d a c o n ­ v ie r te e n e l a n te p a s a d o e p ó n im o de los m e d o s. A llí m a d re e h ijo d a rá n m u e r te a P e rs e s , q u e h a b ía tra ic io n a d o a su h e r­ m a n o E e te s y u s u r p a d o su tr o n o . A lg u n a s tr a d ic io n e s s i­ tú a n a M e d e a e n lo s C a m p o s E lís e o s ' d e s p u é s d e su m uerte, q u e p e rm a n e c e e n v u e lta e n el m iste rio . — > A R G O N A U T A S , JA S Ó N , VELLO­ C IN O D E O R O . —> Lit. Eurípides, en su trage­ dia M edea (4 3 1 a. C .) —en la q u e se inspirarán m ás tarde O vidio, en una trag ed ia per­ dida, y luego Séneca, entre 49 y 62 d. C .— . presenta una he­ roína apasionada que descarga su terrible venganza sobre un Jasón egoísta y vanidoso, pre­ o cupado únicam ente por su pro p io p rovecho: «N o desfa­ llezcas, olvida que estos niños son tu bien más preciado, que tú les trajiste al m undo. Más tarde llorarás. Les m atas y sin em bargo les am as. ¡Ay, triste d e m í, d esdichada mujer!» (Medea, versos 1246-1250). En la literatura medieval, Me­ d ea ap arece sobre todo como la figura d e la m ujer abando­ nada. A dquiere un papel más im portante a partir del siglo xvu, mom ento en que la pareja form ada por Jasón y Medea se convierte a m enudo en el sím­ bolo d e una oposición entre valores o nociones diferentes. 283 MEDEA A sí, C alderón de la Barca, en el auto sacram ental El divino Jasón (segunda mitad del siglo xvn), convierte al héroe en una figura aleg ó rica del Bien, opuesta a la de Medea. que re­ presenta la idolatría y el furor de la pasión. Este dram aturgo español vuelve a tratar el lema en Los tres m ayores prodigios (segunda mitad del siglo xvu). Jasón y M edea aparecen en otras obras teatrales barrocas, com o E l vellocino d e oro (1623), com edia de L ope de V ega, o L o s en ca n to s de M e ­ d ea (1644), tragedia de Rojas Zorrilla. En Corneille (La con­ q uista d e l vellocino d e oro. 1660), los poderes de la hechi­ cera dan pie a numerosos efec­ tos dram áticos. C orneille, sin em bargo, incide en la sole­ dad y el sufrimiento de Medea. En la tragedia lírica de MarcA ntoine C h arp en tier M edea (1693). sobre libreto de Thomas Corneille, la hechicera ex­ presa igualmente sentimientos humanos. El romanticismo se apodera de la figura d e M edea y la co n ­ vierte en un ser violento y apa­ sionado, víctim a de la Némesis\ La obra más importante es la trilogía El vellocino d e oro, de Franz G rillparzer, formada www.FreeLibros.me por E l huésped (1818). Los A rg o n a u ta s (1819) y Medea (1820), donde el vellocino apa­ rece com o un objeto funesto para aquellos que se apoderan de él y cuyo poder maléfico solo deja de ejercerse cuando es llevado a D elfos, sim boli­ zando a sí el carácter inaccesi­ ble de lo sagrado. En el siglo x x se observa una modernización del mito, como en A nouilh. con Medea ( 1946). donde la hechicera es una bohemia que desafía el or­ den establecido, representado por Jasón, o en C urrado A l­ varo. con L a larga noche de M edea (1949). donde esta apa­ rece com o una víctim a del re­ chazo que, com o extranjera, provoca en C orinto. viéndose em pujada a matar a sus hijos. En general, las ilustraciones li­ terarias del m ito inciden en el valor sim bólico del vellocino d e oro. que representa el ideal lejano que se conquista a tra­ vés d e una serie de pruebas, pero que el amor puede ayudar a alcanzar. En M edea la en­ cantadora (1954). José Berga­ ntín realiza una versión libre de la tragedia de Séneca. ♦ Icón. M edea aparece a ve­ ces representada con Jasón (G ustave M oreau. M edea y M ED U SA 284 Ja.«m, siglo xix, Louvre), pero taba representado por la can­ la m ayoría de las veces se la tante M aría C allas, cu y a be­ m uestra com o la asesina de lleza hierática contribuye a re­ sus hijos. U nas veces el c ri­ saltar la de la puesta en escena. men se com ete ante nuestros —> A R G O N A U T A S . ojos (Mecleu. ánfora griega de C am pania, h. 340 a. C.. M EDUSA Louvre; D elacroix, M edea f u ­ L a ú n ic a g o rg o n a " q u e era riosa apuñalando a sus lujos, m o rta l. —> g o r g o n a , p e r s e o . siglo xix, Louvre), otras veces la vem os m editando, con a s ­ MEGERA pecto en loquecido, antes o U n a d e la s tr e s er in ia s . después del crim en (M edea m editando el asesinato d e sus MELEAGRO hijos, pintura pom peyana, si­ H ijo de E n eo , rey d e los etoglo i a. C., Ñ apóles; M edea, lio s d e C a lid ó n , y d e u n a her­ pintura de H erculano. siglo i m a n a d e L e d a ', A lte a . C uan d o a. C.. Ñapóles). n a c ió , la s p arcas* v a tic in aro n ♦ M ús. M arc-A ntoine Char- q u e s u v id a d u ra r ía e l tiem p o pentier hizo de su ópera Medea q u e tard ase en c o n su m irse un ti­ (1693). que describe la ven­ z ó n q u e e n e s e m o m e n to ardía ganza de la hechicera, una obra e n e l fu e g o . S u m a d re , alar­ barroca llena de efectos dram á­ m a d a , lo re tiró rá p id a m e n te y, ticos (evocación de los Infier­ d e s p u é s d e a p a g a rlo , lo guardó nos . temblor de tierra, aparición e n u n c o fre p a ra a la r g a r d e esa de dem onios, destrucción del m an e ra la v id a d e su hijo. palacio). C herubini com puso E s te h éro e* e s c é le b re por una ópera cómica con el mismo h a b e r p articip ad o e n el episodio título ( 1797) muy admirada por d e l « ja b a lí d e C a lid ó n » : Eneo, Beethoven y considerada como d e s p u é s d e la re c o le c c ió n , la prim era ópera rom ántica. h a b ía o f r e c id o u n s a c r ific io a M ilhaud com puso otra ópera to d o s los d io ses" p e ro h ab ía ol­ con el mismo título (1939). v id a d o a A rte m is a '. E sta, ofen­ ♦ Cin. Pier-Paolo Pasolini re­ d id a , h a b ía e n v ia d o a C alidón visó y corrigió la tragedia de c o m o c a s tig o u n m o n s tru o s o Eurípides en su M edea (1969). ja b a l í q u e a s o la b a la co m arca. El papel de la protagonista es­ C u a n d o M e le a g r o a lc a n z ó la 285 edad a d u lta , d e c id ió lib ra r a su p a tria d e e s te to rm e n to y , p a ra ello, re u n ió a alg u n o s d e los h é­ roes m á s c é le b re s d e su tiem p o , p ro m etien d o al v e n c e d o r la piel y lo s c o lm illo s d el a n im a l. E n ­ tre e sto s h é ro e s s e e n c o n tra b a n los D io sc u ro s C á s to r y P ó lu x , Ific le s — e l h e rm a n o d e H e ra ­ c le s — , T e se o \ Jasó n ", L inceo, P irítoo, e n tre o tro s, y u n a c a z a ­ d o ra, A ta la n ta , d e la q u e M e ­ leagro se h a b ía e n a m o ra d o . D esp u és d e q u e el ja b a lí h u ­ biese a c a b a d o c o n la v id a d e varios d e los h é ro e s p a rtic ip a n ­ tes en la c a c e ría y fu e ra h erid o v arias v e c e s , e n tr e o tr o s p o r A ta la n ta , M e le a g ro c o n s ig u ió d arle m u e r te , a d ju d ic á n d o s e por e ste h e c h o los v a lio so s d es­ pojos d e l a n im a l, q u e o fre c ió a su a m a d a A talan ta. E ste g e s to d e M e le a g ro in ­ dignó a sus tíos, los h erm anos de Altea, q u e tam bién h a b ía n parti­ cipado e n la ca c ería y p ensaban que si M elea g ro ren u n ciab a a su trofeo, e s te le s c o rre s p o n d ía a ellos p o r s e r lo s p a rie n te s m á s cercanos. L a a m b ic ió n d e su s líos e n fu re c ió a M e le a g ro y les dio m u erte a llí m ism o. A l c o n o c e r la n o tic ia del trágico fin d e su s h e rm a n o s . A ltea, d e s e s p e ra d a , s a c ó el ti­ zón q u e a se g u ra b a la v id a d e su www.FreeLibros.me M ELEAGRO Scopas, Meleagro, Roma. Museo del Vaticano h ijo y , n o sin m u ch o vacilar en ­ tr e la p ie d a d y e l a m o r de m a­ d re , y el d e se o d e v e n g an za, lo a rro jó al fuego. M u e rto M elea­ g ro , c o n s u m id o p o r un fu e g o in te rio r ab ra s a d o r. A ltea, ab ru ­ m a d a p o r la c u lp a y d e sh e c h a p o r e l d o lo r , s e d io m u e rte al ig u a l q u e C le o p a tra , la esp o sa d e l h é ro e . S u s d e sc o n s o la d a s h e rm a n a s, e n tre las q u e se e n ­ c o n tra b a D ey an ira, fu eron co n ­ v e rtid a s en p ájaros. E n la U fa d a , s in e m b a rg o , n o a p a re c e e l e p is o d io del ti­ z ó n . s in o q u e , d e s p u é s de la M ÉN A D ES caz a d el ja b a lí, M e le a g ro p a rti­ c ip ó e n la b a ta lla d e su p u e b lo c o n tra los c u re te s, en la q u e h a­ b ría d a d o m u e rte a u n o d e su s tíos. S eg ú n esta o b ra , su m u erte se h a b ría p ro d u c id o e n u n o d e lo s en fre n ta m ie n to s o b ien se la h a b ría c a u s a d o e l d io s A p o lo ', q u e a p o y a b a a lo s c u re te s e n la g u erra. A M e le a g ro s e le s itú a a m en u d o en la ex p e d ic ió n d e los A rg o n a u ta s " , y ta m b ié n se c u e n ta q u e c u a n d o H e ra c le s d e s c e n d ió a lo s I n f ie r n o s ’ se e n c o n tr ó c o n su s o m b ra " y , a p ia d a d o p o r la h is to r ia d e su tr á g ic a m u e r te , le p r o m e tió a M e le a g ro q u e s e c a s a r ía co n su h e rm a n a D cy an ira. 286 c re te n se M in o s”, e s el h erm an o m en o r d e A g am en ó n ' y el es­ p o s o d e H elena". P e rte n e c e por ta n to a la fa m ilia m a ld ita d e los A trid as", c u y a s e d d e p o d e r re­ a v iv a e n c a d a g e n e ra c ió n la v e n g a n z a a se sin a . —> a t r i d a s , A g a m e n ó n y M e n e la o , ex ­ p u ls a d o s d e M ic e n a s p o r su p rim o E g isto , q u e h ab ía m atado a A tre o y re s ta b le c id o en el tro n o a su p a d re T ie s te s , h er­ m a n o m e n o r d e A tre o , se refu­ g ia n e n E sp arta ju n to al rey Tind á re o , q u ie n le s a y u d a rá a e x p u lsa r d e fin itiv am en te a Ties­ te s. L o s d o s h e rm a n o s s e casa­ rá n c o n la s d o s p rin c e s a s hijas d e L e d a ’, la e sp o sa d e Tindáreo. A g a m e n ó n , q u e h a b ía recon­ q u is ta d o e l re in o d e M icenas, ♦ L it. O vidio. M etam orfosis e lig e a C litem nestra* y propone (siglo i a. C .). libro VIH; Ho­ M en elao a H elen a”, c u y o verda­ mero. litada, IX. d e ro p a d re n o es o tro q u e Zeus-. ♦ Icón. Scopas. M eleagro. si­ S ig u ie n d o e l c o n s e jo de glo iv a. C ., M useo del V a ti­ U lis e s ’, T in d á r e o im p o n e en ­ cano; Rubens, A talanta y M e­ to n c e s u n ju r a m e n t o a lo s nu­ leagro, antes de 1636, Madrid, m e ro s o s p re te n d ie n te s q u e as­ M useo del Prado. p ira n a la m a n o d e la bellísim a H e le n a : d e b e rá n a c u d ir en MÉNADES a y u d a d e l q u e H e le n a esco ja O tro n o m b re d e la s b a c a n ­ c o m o m a rid o , fu e ra e s te quien te s ’. —> D IO N IS O , ORI-TIO. fu e re . E l e le g id o e s M enelao. D e su u n ió n n a c e rá u n a niña, MENELAO H e rm ío n e . H ijo d e A ire o , re y d e M ic e ­ M e n e la o , c o n v e rtid o en rey n a s. y d e A é ro p e , n ie ta d el rey d e E sp a rta d e s p u é s d e la abdi­ 287 c a c ió n a su f a v o r d e l a n c ia n o T in d á re o , r e c ib e c o n la r g u e z a al tr o y a n o P a ris ’, h ijo d e l re y Príam o*. A p ro v e c h a n d o q u e el c o n fia d o m a r id o h a b ía p a rtid o d e su p a la c io p a ra a c u d ir a los fun erales d e su a b u e lo e n C reta, Paris ra p ta a H ele n a y la lle v a a T ro y a ”, ju n t o c o n u n a p a rte m uy c o n sid e ra b le d e l te s o ro de M en elao . In v o c a n d o el a n tig u o ju r a m e n to q u e lo s p re te n d ie n ­ tes d e H e le n a h a b ía n h e c h o a T in d á re o , M e n e la o p id e ay u d a a su h e rm a n o y c o n v o c a a to ­ d o s lo s g r a n d e s j e f e s g rie g o s p a ra v e n g a r la a fr e n ta q u e , s e ­ g ú n é l, m a n c illa e l h o n o r d e toda G re c ia . —> p a r í s . M e n e la o p a rtic ip a e n la e x ­ p e d ic ió n c o n tr a T ro y a c o n s e ­ sen ta n a v io s. N o e s é l, sin e m ­ bargo, q u ie n o b tie n e e l m a n d o su p re m o , s in o s u h e rm a n o A g a m e n ó n , c u y a a m b ic ió n y habilidad c o rre n p a re ja s c o n su v a len tía . D u ra n te la g u e rr a , e l lím id o y m e n o s o rg u llo s o M e ­ nelao, a p e s a r d e su v a lo r c o m o g u e rre ro , p e rm a n e c e s ie m p re en un s e g u n d o p la n o , o s c u r e ­ cido p o r la s o m b ra d e s u h e r ­ mano y d e h é ro e s ’ m á s b rilla n ­ tes. —> A G A M E N Ó N , T R O Y A . D u ra n te e l d é c im o a ñ o d e h o s tilid a d e s s e o r g a n iz a un d uelo e n tr e M e n e la o y P a ris www.FreeLibros.me MENELAO p a ra d e c id ir e l r e s u lta d o del co n flicto . El g rie g o e stá a punto d e m a ta r al tr o y a n o c u a n d o la d io s a A fro d ita ” in terv ien e para sa lv a r a su p ro te g id o y lo trans­ p o rta , e n v u e lto e n u n a nube, de v u e lta a su p alac io . M enelao fi­ g u r a e n tr e lo s g u e rr e ro s q u e , e m b o s c a d o s e n e l c a b a llo de m a d e r a , p e n e tr a ro n e n T ro y a . T o m a d a la c iu d a d , M en e la o b u s c a a H e le n a p o r to d a T ro y a h a sta q u e fin alm en te la encu en ­ tra e n c a s a d e D eífo b o , un h er­ m a n o d e P a ris , a q u ie n h ab ía s id o e n tr e g a d a e n m a trim o n io d e s p u é s d e la m u e rte d e e ste. M e n e la o , q u e a rd ía e n fu ria a s e s in a , o lv id a s u s p ro p ó s ito s d e v e n g a n z a v e n c id o p o r la b e­ lle z a d e H e le n a y p o r e l p o d e r d e A fro d ita . - » h e l e n a . D e sp u é s d e la v icto ria, M e­ n e la o se a p re s u ró a re g re s a r a E s p a rta c o n H e le n a , p e ro les e sp e ra b a un v ia je llen o d e inci­ d e n te s p u e s lo s d io se s" d e la c iu d a d v e n c id a p e rs e g u irá n a lo s n a v io s c o n su c ó le ra . O b li­ g a d o a p a s a r p o r E gipto, d onde p e rm a n e c ió c in c o a ñ o s acu m u ­ la n d o riq u e z a s , M e n e la o llegó p o r fin a E s p a rta o c h o añ o s d e s p u é s d e h a b e r d e ja d o G re ­ c ia . L le v ó d e s d e e n to n c e s una e x is te n c ia a p a c ib le ju n t o a su e s p o s a . D e sp u é s d e su m uerte. M EN TO R a m b o s re c ib ie ro n e l d o n d e la in m o rtalid ad y fu ero n tra n sp o r­ ta d o s a los C a m p o s E líse o s”. 288 C lilem n estra: M enelao, aun­ q u e in icialm en te se m uestra reticente, accede finalm ente a sa lv a r a su so b rin o y a Electra ” d e la co n d en a a muerte d ecretad a p o r el trib u n al m¡cénico. —> H E L E N A . ♦ ¡con. y M ás. —> h e l e n a . ♦ Cin. —> HELENA, 1E1GENIA. ♦ L it. En la llíacla, M enelao está vinculado a los orígenes de la g u erra de T roya, figu­ rando adem ás en div erso s com bates de la cam paña. En TROYA. la tragedia de Eurípides Iftgenia en A til i d e (406 a. C .). pre­ siona a A gam enón p ara que MENTOR sacrifique a su hija Ifigcnia F ie l a m ig o d e U lis e s ', a con el fin de g arantizar la sa­ q u ie n el h é ro e ' h ab ía e n co m e n ­ lida de la flota griega, inm o­ d a d o , al p a rtir p a ra T r o y a ', que vilizada en A ulide. Eurípides, v e la r a p o r s u s in te re s e s , c o n ­ por otra parte, recoge también f iá n d o le a d e m á s la e d u c a c ió n una versión d iferen te a la le­ d e su h ijo T e lé m a c o '. A te n e a ” yenda hom érica’ en su trag e­ a d o p tó la a p a rie n c ia d e M entor dia H elena (412 a. C ) , según p a ra a c o m p a ñ a r a T e lé m a c o en la cual Menelao, después de la la b ú sq u e d a d e su p adre. victoria, encuentra a su esposa en E gipto, d onde esta habría ♦ L en g u a . Un m en to r es un perm anecido en la m ás abso­ consejero sabio y experim en­ luta castid ad durante d ie c i­ tado. o bien un preceptor. siete años, m ientras que París, ♦ L it. En la O disea. Mentor en realid ad , solo habría lle ­ aparece brevemente en el canto vado a Troya una falsa Helena II y A tenea ocupa su lugar en que la diosa Hera' había crea­ los cantos II, III y IV . d o a im agen de la verdadera F énelon, en el sig lo x v n , es­ para p reserv ar el ho n o r de la cribe un Telémaco (1699) des­ esposa de M enelao. P o r ú l­ tinado a la formación del nieto tim o. en O restes (408 a. C ) . de Luis X IV , el duque de BorEurípides hace que M enelao y g o ñ a. En esta o b ra concede Helena regresen a M icenas en un lugar p rivilegiado a Men­ el m om ento en qu e O restes' tor. el pedagogo por excelen­ acababa de m alar a su madre c ia . q u e n o e s o tro que Mi­ 289 M ETA M O R FO SIS n e rv a ' que ha adoptado su a s­ pecto para g u ia r al hijo de Ulises. T E LÉM A C O , UI.ISES. MERCURIO D io s ro m a n o d e l c o m e rc io (su n o m b r e s e fo rm a c o n la m ism a r a íz q u e la p a la b ra m erx , « m e r c a n c ía » ) q u e d e s ­ p u és d e h a b e r sid o a sim ila d o al H e rm e s” g rie g o p a só a se r ta m ­ bién d iv in id a d p ro tec to ra d e los viajero s y m e n saje ro d e los d io ­ ses”. - » H E R M E S . ♦ Lengua. El miércoles (Mercurii dies) es el día de Mercurio. C on el nom bre de este dios se bautizó al planeta del sistema so lar m ás próxim o al Sol y tam bién a un metal, el m ercu­ rio. cuya fluidez evoca la m o­ v ilidad del m ensajero de los dioses. ♦ U t. e ¡con. HERM ES. METAMORFOSIS E n la m ito lo g ía g r e c o r r o ­ m an a , la m e ta m o r fo s is d e los dioses* o d e lo s h o m b res, e s d e­ cir, la tra n sfo rm a c ió n c o m p le ta de su fo rm a y d e su n a tu ra le z a , es un re c u rso c o m ú n a n u m e ro ­ sas le y e n d a s: D a fn is ' tra n s fo r­ m ado en ro c a , N arciso* en flor, P roene en ru ise ñ o r, etc. www.FreeLibros.me L o s d io s e s so n lo s ú n ico s q u e p u e d e n d e c id ir su p ro p ia tra n s fo rm a c ió n . Y a e n la O d i­ s e a v e m o s a A te n e a ’ tra n sfo r­ m a rs e en p á ja ro o a d o p ta r la a p a rie n c ia d e M e n to r'. P ero es Z e u s ' q u ie n a p a re c e c o m o el d io s « d e las m il form as». S u le­ y e n d a e s casi ex clu sivam ente el r e la to d e su s m ú ltip le s m e ta ­ m o rfo s is e n a n im a l, e n fu erza d e la n a tu r a le z a o e n sim p le m o rta l. T o m a la fo rm a d e un c is n e p a ra u n irs e a L e d a ” o la d e u n ra d ia n te to ro b lan co para r a p ta r a E u ro p a " y lle v a rla so ­ b re su lo m o h a s ta C re ta . S e p re se n ta an te D án ae \ encerrada e n su to rre , c o m o u n a llu v ia de o ro q u e a trav iesa u n a g rieta del te c h o p a ra c a e r e n el reg azo de la jo v e n . E n c o m p a ñ ía d e H erm es*, s e p re s e n ta b a jo la a p a ­ rie n c ia d e u n sim p le v iajero en c a s a d e F ile m ó n y B aucis*. E s­ ta s tra n sfo rm a c io n e s, c o m o las d e P ro te o ' o la s d e N ereo", son s ie m p re v o lu n ta ria s y, so b re to d o , re v e r s ib le s . P ro te o , p o r e je m p lo , d e s p u é s d e h a b e rse tr a n s fo r m a d o e n le ó n , s e r­ p ie n te , p a n te r a , ja b a lí, a g u a o á rb o l, re c u p e r a su fo rm a h u ­ m a n a para resp o n d er a aquellos q u e , v e n id o s a co n su ltarle, con­ s ig u e n a p re s a rle a p e s a r d e su c a m b ia n te a p arie n cia . 291 M E T A M O R F O S IS Metamorfosis ríe Zeus en un sátiro: grabado de B. Barón sobre el lienzo de Tiziano Júpiter y Antíope. París. Museo del Louvre E n el c a s o de lo s m o rta le s , p o r el c o n tr a r io , e l c a m b io d e fo rm a e s im p u e s to : la m e ta ­ m o rfo sis e s e l s ig n o d e l p o d e r d e un d io s irritad o o. en o c a sio ­ n e s. b e n é v o lo . E s e l p r o c e d i­ m ie n to d e in te rv e n c ió n d iv in a m á s c o rr ie n te p a ra v e n g a r la m o ra l e s c a r n e c id a , c a s tig a r la h ib r is ’ d e lo s o r g u llo s o s o las a fr e n ta s p e rs o n a le s a a lg ú n d io s. L a b e n e v o le n c ia m u e v e a los dio ses, p o r ejem p lo , a tra n s­ f o r m a r a F ilo m e la e n p á ja ro p a ra q u e a s í p u e d a e s c a p a r d e T e re o q u e . d e sp u é s d e v io larla, la p e rs e g u ía c o n un h a c h a p ara m a ta rla . In v e rs o s e r ía e l c a s o d e L ic a ó n '. c o n v e rtid o e n lo b o por haber dado de com er a Z eu s carn e h u m an a c u a n d o este v in o a p ed irle h o sp ita lid ad , o el d e A c lc ó n ”, c o n v e rtid o en c ie r­ v o p o r A rte m isa y d e stin a d o a s e r d e v o r a d o p o r s u s p ro p io s p e rro s p o r h a b e r so rp re n d id o a la d io s a d e sn u d a . A llí d o n d e e x is te m iste rio b ro ta el m ito. A hora b ien, la m e­ ta m o rfo sis se p re se n ta la m ay o ­ ría d e las v e ces co m o u n a ex p li­ c a c ió n del m u n d o p o é tic a , pero ta m b ié n sim b ó lic a y relig io sa, c o m o u n a ju s tific a c ió n d e cada u n a d e las p resen cia s fam iliares q u e ro d e a n al h o m b re : S irin g e e s tran sfo rm ad a en (lauta. Toreo en a b u b illa . D afn e" en laurel, q u e d a n d o a s í ju stific a d a 1 1 0 solo la e x iste n cia d e e sta p lan ta, sino ta m b ié n s u s c a ra c te rís tic a s (su b rillan te fo llaje, su resisten cia al in v iern o ...). L a m etam o rfo sis es la e x p re s ió n d e u n a re la c ió n p ro fu n d a del h o m b re co n la n a­ tu r a le z a y la h u e lla d e l p e n s a ­ m ie n to an im ista del h o m b re d e los p rim ero s tiem p o s: su im ag i­ n ació n . d e sp e rta d a p o r un d eta ­ lle o p o r la c a ra c te rís tic a p a r ­ tic u la r d e u n a p la n ta o u n a n i­ m al. in v e n ta un re la to p a ra e x ­ p lic a r. p o r e je m p lo , el a s p e c to g u e rre ro d e la a b u b illa , c o n su la rg o p ic o en fo rm a d e ja b a lin a y su c o p e te . L a m e ta m o rfo s is a p a re c e ta n to e n lo s lla m a d o s m ito s e tio ló g ic o s (e s d e c ir, de los o rígenes) c o m o el d e N íobe . c u y o c u e rp o p e trific a d o p u ed e e x p lic a r la fo rm a d e u n a ro ca: c o m o en los m ito s c o s m o g ó n i­ co s: P irra y D e u c a lió n . ú n ico s se res h u m a n o s sa lv a d o s d e l d i­ lu v io e n v ia d o p o r J ú p i te r , la n ­ zan ira s d e s í los « h u e so s d e su m a d re » . G e a . q u e al tra n s fo r­ m a rse en m u je re s y h o m b re s p e rm itirá n e l s e g u n d o n a c i­ m ien to d e la h u m an id ad . El m ito d e la m e ta m o rfo sis s u e le a p a r e c e r p o r ta n to c o m o un m ito a n tro p o g ó n ic o y g e n é ­ sic o (e s d e c ir, re la c io n a d o c o n el n a c im ie n to ) q u e p ro p o rcio n a al h o m b re u n a re s p u e s ta n o so lo a los m iste rio s d el m u n d o q u e le ro d ea, sin o tam b ién al de su p ro p ia e x isten c ia . www.FreeLibros.me M ETA M O R FO SIS ♦ U t . En Homero, los dioses se m etam orfosean para inter­ venir en la vida de los hom ­ bres. particularm ente en el campo de batalla. La m etam orfosis luc también objeto de una reflexión filosó­ fica sobre la transmigración de las alm as y la reencarnación. A sí. en el Tínico de Platón (si­ glo tv a. C .). el prim er naci­ miento del hombre es debido a una acción del demiurgo, pero sus reencarnaciones sucesivas dependen únicamente del buen o mal com portam iento que haya regido la existencia de las alm as de los individuos; asi. por ejemplo, las aves son la re­ encarnación de hombres sin maldad, m ientras que los im ­ béciles se transforman en rep­ tiles y en gusanos, y los cobar­ des... ¡en mujeres! ü is Metamorfosis tic Ovidio (si­ glo 1 a. C’.l. extenso poema de más ríe 12.IKH) hexámetros, reú­ nen los relatos de numerosos mitógrafos griegos en una co ­ lección de leyendas etiológicas clasificadas cronológicamente desde el caos original hasta la época de Augusto, incluyendo también la del propio César, mclam orfoseado en astro. Fin las Metamorfosis o Ei asno de oro de Apuleyo (siglo 11 a. C .i. el 292 M ETIS proceso de transformación es el tema central de este relato fan­ tástico: Lucio, apasionado por la magia, es transformado en asno, y será necesaria la intervención de la diosa egipcia Isis* para que recupere su forma primitiva. El mito está siempre presente a lo largo de la historia d e la lite­ ratura, en particular en el ge­ nero del cuento m aravilloso o fantástico, donde una de las principales manifestaciones de lo sobrenatural es precisamente la m etam orfosis. E sta puede afectar tanto a un objeto inani­ mado — por ejem plo, una cala­ baza transformada en la carroza de Cenicienta (Charles Perraull, C uentos d e antaño. 1667)— com o a un ser hum ano, la m a­ yoría de las veces transformado en animal. En El crotalón (pri­ mera mitad del siglo xvt), diá­ logo renacentista de ideas erasmistas escrito por Cristóbal de Villalón. uno de los interlocu­ tores. que resulta ser un gallo, relata las aventuras que ha vivido en sus m últiples m eta­ m orfosis. Una recuperación particularmente irónica de este m odelo m ítico puede verse en La m etam orfosis de Kafka (1915), donde un hum ilde via­ jante de comercio despierta un día transformado en cucaracha. ♦ Icón. En E l im perio de Flora. P oussin representa d i­ versos protagonistas de la obra d e O vidio a quienes la muerte transformará en llores (anterior a 1630, D resde). L as M eta­ m orfosis d e O vidio fueron ob ­ je to de m uchas ediciones ilus­ tradas, una de ellas, por ejem ­ plo, por Picasso (1931). METIS L a p a la b ra g rie g a m etis. que s ig n ific a a la v e z « sa b id u ría » y « a s tu c ia » , e r a e l n o m b re d e la p rim e ra e sp o s a d e Zeus*, q u e el a m o d e l O lim p o * s e trag ó c u a n d o e s ta b a e n c in ta d e A te­ n e a ”. P re te n d ía Z e u s q u e M etis s e g u ía a c o n s e já n d o le d e s d e su v ie n tre . —> a t e n e a . MIDAS M id a s , re y d e F rig ia , e s el p ro ta g o n is ta d e v a rio s cu en to s p o p u la re s d e c a rá c te r m oralizad o r . S ile n o " , el v ie jo c o m p a ­ ñ e ro d e D io n is o ”, s e se p a ró del a le g r e c o r te jo d e l d io s e n una d e su s h a b itu a le s b o rra c h e ra s y s e e x tr a v ió , q u e d á n d o s e luego d o rm id o . U n o s c a m p e sin o s fri­ g io s lo e n c o n tra ro n y , despu és d e a m a rra rlo co n g u irn a ld a s de ro s a s, lo lle v a ro n d e e s ta guisa a n te el re y . M id a s lo reconoció, p u e s h a b ía sid o in ic ia d o en los 293 m is te rio s d el d io s d e l v in o , y d e s p u é s d e a g a s a ja rlo d u ra n te d ie z d ía s en su p a la c io lo e n v ió d e re g re s o , c o n g ra n d e s h o n o ­ res, h a s ta D io n is o . E ste , a g ra ­ d e c id o p o r h a b e r re c u p e ra d o a su c o m p a ñ e ro , p ro m e tió a M i­ d as h a c e r realid ad c u a lq u ie r d e­ seo q u e le p id iese. M id a s , im p r u d e n te m e n ­ te , e lig ió q u e to d o lo q u e su c u e rp o ro z a se s e c o n v irtie ra en oro. El rey , lle n o d e a le g ría p ri­ m e ro a l e x p e r im e n ta r su m á ­ g ic o d o n c o n p ie d ra s y p lan tas, no ta rd ó en c o m p ro b a r tam b ién q u e to d o s lo s a lim e n to s q u e lle v a b a a su b o c a c o r r ía n la m ism a su e rte . C o m p re n d ie n d o q u e e s ta b a c o n d e n a d o a m o rir d e h a m b re y d e s e d , p id ió a n ­ g u stia d o a D io n is o q u e le re ti­ ra se e l d o n fa ta l. D io n is o a c e p tó y e n v ió a M id a s a p u ri­ fic a rs e a l n a c im ie n to d e l río P actólo", c u y a s a g u a s arra stra n d esd e e n to n c e s p e p ita s d e o ro . L a c o rte d a d d e l re y le a c a ­ rrearía o tra d e sg ra c ia . C o n m o ­ tiv o d e u n a c o n tr o v e rs ia e n tr e Pan* y A p o lo ”, en la q u e e l p ri­ m ero h a b ía o s a d o d e c la ra r q u e la m ú s ic a d e su fla u ta a g re s te , la sirin g a , e ra s u p e rio r a la q u e A polo e x tra ía d e su lira. M id as, a p e sa r d e la s e n te n c ia fa v o ra ­ ble al s e g u n d o d e T m o lo , el www.FreeLibros.me M IDAS d io s d e la m o n ta ñ a , to m ó p a r­ tido c o n aires d e suficiencia por e l fla u tis ta . A p o lo , o fe n d id o p o r su s o b e rb ia , h izo c recer en la c a b e z a d e l m o n a rc a u n as e n o rm e s o re ja s d e asn o . El rey d is im u ló su d e sg ra c ia b ajo una tiara, p e ro tu v o q u e hacer partí­ c ip e d e su s e c r e to al e sc la v o q u e le c o rta b a el c a b e llo , o b li­ g á n d o le b a jo p e n a d e m uerte a g u a rd a r silen cio . A l c a b o de a l­ g ú n tie m p o , a p u n to d e re v e n ­ ta r b a jo tan p e sa d a c a rg a , el in­ fe liz p e lu q u e r o se re tiró a un lu g a r a p artad o , e x c a v ó un hoyo e n el su e lo y lu e g o lo v o lv ió a ta p a r d e s p u é s d e c o n fia r a la tie rra su sec reto . P ero , p o r d e s­ g ra c ia , u n as c a ñ a s q ue a llí cre­ c ía n n o ta rd a ro n en p ro p a la r a lo s c u a tr o v ie n to s la n o ticia: « E l re y M id a s tie n e o re ja s de b u rro». ♦ L en g u a . La expresión ser (parecer) e l rey M idas se aplica a la persona que genera riqueza con cualquier empresa que emprende. ♦ Lit. Herodoto (siglo v a. C.) recoge la leyenda en su Histo­ ria (I, VIII). y también Ovidio (M etamorfosis, XI) y Virgilio (Eneida, X ). ♦ Icón. Poussin, Midas, h. 1630, Nueva York. 294 M INERVA MINERVA A n tig u a d io s a ro m a n a , p ro b a b le m e n te d e o rig e n etru sc o . q u e fo rm a c o n J ú p ite r" y Juno la tr ía d a c a p ito lin a . C o m o ta l. e s p r o te c to r a d e R o m a , p e r o e s . s o b r e to d o , la p a tr o n a d e lo s a rte s a n o s y del tra b a jo m a n u a l, y a v e c e s ta m ­ b ié n d e lo s m é d ic o s (M in e r v a m ed ica ). M ás ta rd e , fu e a s im i­ lada a la A ten ea" h e lé n ic a y se c o n v irtió en to n c e s, a sem ejan z a s u y a , en s ím b o lo d e l c o n o c i­ m ien to y de la sa b id u ría . C o m o A tenea, tenía co n sa g ra d o s la le­ c h u z a o e l b ú h o y e l o liv o . T a m b ié n , c o m o a A te n e a , se la re p re se n ta b a a rm a d a y c u b ierta co n c a s c o y co ra z a . ♦ Lengua. Rn la expresión de propia m inerva, el nom bre de la diosa, convertido en nombre com ún, equivale a «inteligen­ cia. invención» (con este sen­ tido. muy fiel por otra parte al espíritu del mito, solo se utiliza en esta locución). Un á rbol de M inerva es un olivo y un ave de M inerva un búho. La im agen d e la diosa cubierta con su coraza ha dado pie a que se llam e m inerva a un aparato ortopédico co n ce­ bido para m antener erguida la cabeza. En tipografía, una m inerva es una pequeña m áquina de im ­ prim ir inventada en 1902. po­ siblemente así bautizada por su «inteligencia»: el operario que se ocupa de ella se denom ina minervista. ♦ Lit. e ¡con. —>A T E N E A . M INOS R ey d e C re ta , h ijo d e Z eu s y E u ro p a , e sp o s o d e P a síla c y p a d re d e A ria d n a " y Fedra*. P a ra d e m o s tra r q u e lo s d io ses esta b a n d isp u e sto s a concederle to d o s su s d e se o s , p id ió a Poseid ó n q u e h ic ie se s u rg ir d e l mar un lo r o b la n c o , p ro m e tié n d o le q u e lu e g o lo s a c r ific a ría en su h o n o r. P e ro M in o s n o se m os­ tr ó m u y d is p u e s to a m a n te n e r su p ro m e sa y d e c id ió co n serv ar al s o b e r b io a n im a l. P o se id ó n , fu rio s o , se v e n g ó in s p ira n d o a P a s íla c u n a ir re s is tib le pasión p o r el lo ro , del q u e co n c e b irá al M in o tau ro ". La fig u ra d e M in o s, situada e n las f r o n te r a s d e l m ito y la h is to r ia , a p a r e c e c o m o el p ri­ m e r so b e ra n o d e C n o so s al que se a tr ib u y e h a b e r c iv iliz a d o a lo s c re te n s e s , s o b r e q u ie n e s rein ó co n ju s tic ia y bondad. Sus d o te s c o m o le g is la d o r p ru d en ­ te y s a b io le v a lie ro n el honor d e c o n v e r tir s e , d e s p u é s d e su 295 M IN O TA U RO m u erte en S icilia, en u n o d e los ju e c e s d e los m u erto s e n los In ­ fie rn o s", ju n to a E a c o y R a d am an lis. —> d é d a l o , (c a r o . El n o m b re d e M in o s re fle ja m ític a m e n te la p o te n c ia talaso c rá tic a c re te n s e q u e , d e s d e el se g u n d o m ile n io a n tes d e n u e s­ tra e ra , se e x te n d ió p o r to d o el m a r E g e o . El tr ib u to h u m a n o q u e C r e ta e x ig ía a A te n a s es te s tim o n io d el e c o le g e n d a rio de su p o d e r. —> t e s e o . ♦ Lit. En su evocación de los Infiernos. U lises' encuentra a M inos, «el ilustre hijo de Zeus que. con un cetro de oro en la m ano, hacía ju s tic ia en tre los m uertos sentado en un trono» (H om ero, O disea, canto XI. versos 568 y ss.). M inos aparece com o ju e z in ­ fernal en la Divina comedia de D ante ( 1321). que lo presenta transform ado en un terrible d iablo. La supervivencia lite­ raria de su figura aparecerá posteriormente ligada a las in­ terpretaciones m odernas del m ito del L aberinto'. —» l a b e ­ r in t o , M IN O T A U R O . T E S E O . MINOTAURO M o n stru o " h íb r id o c o n c a ­ beza d e to r o y c u e rp o d e h o m ­ bre, c u y o v e r d a d e r o n o m b r e www.FreeLibros.me Teseo dando muerte al Minotauro, pintura pompeyana. Nápoles. Museo Arqueológico Nacional e r a A s te r ió n . N a c ió de la u n ió n d e P a sífa e * . e s p o s a del re y c r e te n s e M in o s", c o n el p ro d ig io so to ro b la n c o qu e P o­ s e id ó n h a b ía e n v ia d o a l m o ­ n a rc a . C u a n d o M in o s d e s c u ­ b rió e l n a c im ie n to d e l .M ino­ ta u r o , lo o c u ltó c o n h o rr o r a to d a s las m ira d a s en cerrán d o lo e n e l L a b erin to * q u e su a rq u i­ te c to D édalo* h a b ía c o n ceb id o al e fe c to : u n a m a ra ñ a d e sala s y c o rre d o re s d o n d e to d o aquel q u e p e n e tr a b a te r m in a b a p e r­ d id o , in c a p a z d e e n c o n tr a r la sa lid a . C a d a a ñ o lle g a b a n a C re ía siete m u c h ac h o s y siete m ucha­ c h a s aten ien ses destin ad o s a ser 296 M IN O TA U R O p a slo del m o n stru o , trib u to qu e e l p o d e ro s o M in o s h a b ía im ­ p u e sto a la c iu d a d d e A te n a s. El p rín c ip e a te n ie n s e T eseo * d e c id ió o p o n erse a tal san g ría y se o f r e c ió p a r a c o m p a r tir la s u e rte d e lo s d e s g r a c ia d o s jó v e n e s co n d e n a d o s a m o rir d e ­ v o ra d o s . U n a v e z en el L a b e ­ rin to , el h é ro e m a tó al M in o ta u ro y c o n s ig u ió e n c o n tr a r la s a lid a g r a c ia s al o v illo q u e A r ia d n a ', u n a d e la s h ija s d e M in o s y P a sífa e . le h a b ía p ro ­ p o rcio n ad o . L a le y e n d a d e l M in o la u ro e s p o s ib le m e n te el e c o d e un c u lto c re te n s e al to r o y d e la p rá c tic a d e s a c r if ic io s h u m a ­ n o s d u ra n te la é p o c a m in o ic a . —> A R I A D N A , T P .S K O . ♦ Lit. O vidio. M etam orfosis. libro VIII. versos 167 y ss. Aunque el M inotauro encarnó durante m ucho tiem po la bes­ tialidad en estado puro, en el siglo xx será objeto de una es­ pecie de «rehabilitación», en el m arco de una reflexión sobre el concepto de m onstruosidad y sus relaciones con la m oder­ nidad. Desde los años treinta, con la publicación de la revista vanguardista de Skira M inolauro (1933-1938). se c o n ­ vierte en el sím bolo d e la b e­ lleza m oderna, d e la belleza «convulsiva» a la q u e aspira­ ban los surrealistas, imagen de un m undo atorm entado. No por casualidad m uchas obras escritas después de la guerra vuelven a descu b rir, sim u ltá­ neamente, la figura de la bestia m itológica. En El A leph de Borges (1949). el Minotauro se ofrece sin resistencia a Teseo. com o también en Los reyes de Julio Cortázar ( 1949). donde el m onstruo se niega a combatir y acepta la muerte. Por último, en el T eseo de N ikos Kazantzakis (1949). de la m uerte del m onstruo nace un hombre nuevo, que sale del Laberinto en co m pañía de T eseo para crear un m undo mejor. El Mi­ notauro puede ser tam bién la imagen del m onstruo que cada ser hum ano lleva en su inte­ rior. com o sucede en la obra de Marguerite Y ourcenar ¿Quién no tiene sil minotauro ' ( 1963). —» L A B E R IN T O , M IN O S , PA SÍF A E . T U S 1:0. ♦ ¡con. Teseo dando muerte al Minotauro es un tema presente en toda la A ntigüedad: vasija griega, siglo vi a. C ., Louvrc; mosaicos romanos: siglo i. Ña­ póles; finales del siglo m - co­ mienzos del siglo tv d. C.. Tú­ nez. B ardo; pintura pompe- 297 MOIRA yana. sig lo i a. C.. Ñapóles. Rodin esculpió un M inotauro (siglo xix, París) y J.-W . Watts lo pin tó 11885. Londres). Un aguafuerte de Picasso, Teseo m atando a l M inotauro (1933, París), aborda tam bién el m ism o tema. ♦ Cin. TESEO. M al. c o n o c ió un g ran é x ito en lo s ú ltim o s s ig lo s tic la A n ti­ g ü e d a d g re c o rro m a n a y llegó a p re s e n ta rs e c o m o u n riv al del c ristia n is m o . L a m ito lo g ía mitráica, sin em b arg o , se m antuvo e stric ta m en te irania, sin experi­ m e n tar co n ta m in a cio n es greco­ rro m an as, p o r lo q u e no será te­ nida en cu en ta en estas páginas. MIRMIDONES E ra el n o m b re d e un p u eb lo d e T e s a lia d el q u e A q u ile s ’ fue re y . S e g ú n la le y e n d a , Z e u s m e ta m o r fo s e ó u n a s h o rm ig a s en h o m b re s p a ra re p o b la r e l te ­ rrito rio te s a lio d e s p u é s d e q u e e ste s u f rie r a u n a te r rib le h a m ­ b ru n a q u e h a b ía e x tin g u id o p rá c tic a m e n te a su s h ab ita n te s. T al s e r ía e l o r ig e n d e lo s m ir­ m id o n es, c u y o n o m b re se re la ­ cio n a e tim o ló g ic a m e n te co n la p a la b ra g rie g a m y r m e x ( « h o r­ m iga»). MOIRA / MOIRAS P e rso n ific a c ió n d el d estino q u e p e rte n e c e a c a d a s e r hu­ m an o , seg ú n el lo te d e dich as y d e s d ic h a s q u e le h a y a c o rre s ­ p o n d id o al azar. E stas div in id a­ d e s s u e le n s e r re p re se n ta d a s c o m o tre s h e rm a n a s q u e , m ás q u e v elar sobre el d estino de los h o m b re s , v ig ila n q u e e s te se c u m p la . En su s o ríg e n e s a b s­ tracto s e im p erso n ales, la M oira — n o m b re q u e en g rieg o sig n i­ fic a « la p o rc ió n a sig n a d a » — e ra ta n in flex ib le c o m o el D es­ ♦ L engua. La palabra m irm i­ tin o ', y to d o s , h o m b re s y d io ­ dón se utiliza a veces en la len­ ses*, e s ta b a n so m e tid o s a ella: gua clásica para designar a un n a d ie p o d ía tr a n s g re d ir su ley personaje de pequeño tam año sin p o n er en p eligro el orden del o escaso talento. m u n d o . C u a n d o llega «la hora» d e l D e s tin o , e l p ro p io Z e u s ’ s o lo e s tá a u to riz a d o a re tra sa r MITRA El c u lto d e e s te d io s d e o ri­ su c u m p lim ie n to , n u n ca a im ­ g en ir a n io , e n v ia d o d e s d e el p ed irlo . D e las e p o p e y as hom éricas cielo p ara ay u d a r a los h o m b res a lu c h a r c o n tr a la s fu e r z a s del se d e sp re n d e la im agen d e una www.FreeLibros.me M ON STRU O S trin id a d c o n d o b le g e n e a lo g ía : según u na, las tres d io sas serían h ija s d e Z e u s ' y T e m is ” y p o r ta n to h e rm a n a s d e la s h o ra s"; se g ú n o tra, so n h ija s de N icle", la N o c h e , y p e r te n e c e r ía n p o r ta n to a la g e n e ra c ió n p rc o lím pica. R e p re se n ta d a s e n lo su c e ­ siv o c o m o tre s a n c ia n a s h ila n ­ d e ra s — C lo to « la h ila n d e r a » , L á q u e s is « la s u e r te » y A tro p o «la in flexible»— , m iden la vida d e c a d a s e r h u m a n o d e s d e su n a c im ien to h asta su m u e rte con a y u d a d e un s im b ó lic o h ilo d e lan a q u e la p rim e ra h ila, la s e ­ g u n d a d e v a n a y la te rc e ra c o rta llegada «la hora». —» t e o g o n i a . L a s m o ira s n o tie n e n m i ­ to lo g ía p ro p ia m e n te d ic h a , sie n d o la tra n s p o s ic ió n im a g i­ naria d e u n a co n c e p c ió n filo só ­ fic a y re lig io s a d el m u n d o . En R o m a r e c ib ir á n e l n o m b r e d e parcas". ♦ ¡con. —1 P A R C A S . M O NSTR U O S L a g e sta del h éro e" a n tig u o llev a aso c ia d a o b lig ato riam en te el tr iu n fo s o b r e u n o o v a rio s m o n stru o s: T e s e o m a ta al M in o ta u ro . P e rse o a la g o rg o n a ' M e d u s a y al d ra g ó n q u e d e b ía d e v o ra r a A n d ró m e d a . B elero fo n te s ' a la Q u im e ra " , U lises* 298 — m á s h u m a n o sin d u d a — se c o n f o r m a c o n e s c a p a r d e to d a s u e r te d e s e r e s m o n s tru o s o s q u e s a le n a su p a s o (lo s c íc lo ­ pes*, la s siren as", E sc ila , C aribdis*). El p ro to tip o d e l h é ro e m a ta d o r o d o m a d o r d e m o n s­ tr u o s e s , p o r s u p u e s to , H e ra ­ cles", q u e d e se m p e ñ a e s e papel en n u e v e d e su s d o c e trab ajo s, s a lie n d o v e n c e d o r d e su e n ­ f r e n ta m ie n to s u c e s iv o c o n un leó n , u n ja b a lí, un to ro , a v e s de ra p iñ a, ete. En e ste c a s o se trata d e a n im a le s to m a d o s d e la rea­ lid ad . p e ro a m e n u d o su ca rá c ­ te r a te rra d o r p ro c e d e d e d iv e r­ so s e le m e n to s a ñ a d id o s su p er­ p u e sto s a su fo rm a o rig in a l. La s e rp ie n te , q u e o c u p a e n los m i­ to s u n lu g a r p riv ile g ia d o , ha d a d o o r ig e n al n a c im ie n to de u n a s e le c ta v a rie d a d d e d rag o ­ nes: ju n to a la h id ra d e Lerna", u n a se rp ie n te p lu ric c fa la d e le­ tal a lie n to m u e rta p o r H eracles, te n e m o s al d ra g ó n q u e m ata C a d m o , a l q u e v ig ila e l v e llo ­ c in o d e o ro ; a L a d ó n . e l g u ar­ d iá n d e la s m a n z a n a s d e o ro de las H e sp érid es”, etc. A d em ás de las fo rm a s a n im a le s, las formas h u m a n a s p u e d e n p ro p o rc io n a r ta m b ié n a b u n d a n te m ateria p rim a p a ra se re s m o n stru o so s. —> BESTIA R IO , H ER A CLES, JASÓN. L a m o n s tru o s id a d se mani- 299 M O N STR U O S M O NSTRUO S CELEBRES NACIDOS DE GE A, LA TIERRA, Y DE PO N TO , EL OCÉANO C E A + PO N TO N e re o T aum as 1.udón V la s g o r g o n a s la s tre s ( e n tr o e lla s H e s p é rid e s tic la s m a n z a n a s M ED U SA ) ( s o lo en \ la s g ru y a s d e o r o d e la s a lg u n a s H e s p é rid o s ) tra d ic io n e s ) P eeaso C erb e ro h id ra d e L ern a Q u im e ra C ris u o r O rtro s T ( p e r r o <lc «lo s c u b e /. E s fin g e (ie rn m e s le ó n d e N e m e a fiesta b a jo a sp e c to s d iv erso s: el g ig a n tism o (lo s tita n e s . lo s g i­ g a n t e s ) . la fa lla d e a lg ú n ó r­ g a n o ( c o m o lo s c íc lo p e s , co n un s o lo o jo , o las g ra y a s , o b li­ g ad as a c o m p a rtir e n tr e las tres su ú n ic o o jo y su ú n ic o d ie n te ) o. p o r el c o n tra rio , la p ro life ra ­ ció n d e e s to s ( C e r b e r o ’ e s un. p e rro d e tre s c a b e z a s , A rg o s tie n e o jo s re p a r tid o s p o r to d o su c u e r p o , G e r io n e s e s u n g i­ g an te c u y o c u e r p o e s tá tr ip li­ c a d o h a sta la s c a d e ra s , lo s h e calo n q u iro s tien en c ie n brazos). El h ib r id is m o e s e l r a s g o m ás www.FreeLibros.me E ru rib io (d ra g ó n g u a rd iá n E q u id n a T ifó n FO R O S + CKTO d ra g ó n g u a rd iá n d e l v e llo c in o d e o ro re p re s e n ta d o : a n im a le s c ru z a ­ d o s, c o m o la Q u im era o los gri­ fo s; c ria tu r a s m ita d h u m a n a s m ita d a n im a le s , c o m o las g o r­ g o n a s , la s h a r p ía s ’, el M inola u r o , la E sfin g e ", la s sire n a s, E scila, los cen ta u ro s’... M uchos m o n s tru o s a c u m u la n a p la c e r v a ria s d e e s ta s c a ra c te rístic a s: el ab o m in a b le T ifó n es, en este se n tid o , un m o d e lo del género. —» ARGONAUTAS, HERACLES, PERSE O , TE O G O N IA . S eg ú n cierta s v ersiones más re c ie n te s , a lg u n o s d e e sto s m o n s tru o s s e ría n p ro d u c to de 300 M ON STRU O S m e ta m o rfo sis* : E s c ita y M e ­ d u sa . p o r e je m p lo , h a b ría n sid o b e lla s m u ch ac h as a n te s d e c o n ­ v ertirse e n s e re s a te rra d o re s , la p rim e ra v íctim a d e la v en g a n za d e C ir c e ' (o d e P o s e id ó n " ), la s e g u n d a d e la d e A te n e a ”. S in e m b a r g o , e n su g ra n m a y o ría , los m o n s tru o s m ito ló g ic o s son c ria tu r a s n a c id a s d e la T ie r r a (G e a ) e n lo s p rim e ro s tie m p o s del m u n d o , b ien p o r h a b e r sid o e n g e n d ra d o s d ir e c ta m e n te p o r ella, c o m o los g ig a n te s o T ifó n , o b ie n p o r d e s c e n d e r d e F o rc is y C e to , fru to s d e su u n ió n c o n P o n to , e l M a r ( - > c u a d r o : M O N ST R U O S C É L E B R E S N A C ID O S D E G E A , L A T IE R R A , Y D E P O N T O , El o c é a n o ). E q u id n a (« la v í­ b o ra» ), en co n c re to , e n g e n d ró a su v e z c o n T ifó n u n a m o n s ­ truosa p ro g en ie: C e rb e ro , la hi­ d r a d e L e rn a , la Q u im e r a y el p e rro O rlro s ; lu e g o s e u n iría a e ste ú ltim o , tra y e n d o al m u n d o n u e v a s a b o m in a c io n e s : la E s­ fin g e d e T e b a s , el le ó n d e N em ea y el te m ib le d ra g ó n q u e v e la b a el v e llo c in o de oro. C o n fu s ió n g e n e a ló g ic a , c o n fu s ió n m o r fo ló g ic a : to d a s e s ta s c r ia tu r a s lle v a n in s c rita s las h u e lla s d el c a o s ” p rim itiv o , d e la v io le n c ia d e lo s p rim e ro s tie m p o s d el m u n d o . S u e li m i­ n a c ió n d e l u n iv e r s o , p rim e ro p o r lo s d io ses" y m á s ta rd e p o r lo s h é ro e s , s im b o liz a e l e s ta ­ b le c im ie n to d e u n o rd e n m ás a rm o n io s o y m á s h u m a n o , el tr iu n f o d e la in te lig e n c ia y la ra zó n so b re las fu e rz a s b ru tales d e l in s tin to ( o , s e g ú n la in te r­ p re ta c ió n p s ic o a n a lític a d e los m ito s, la v ic to ria del S u p e r-Y o s o b r e e l E llo ). El C o s m o s d e ­ rro ta al C ao s. - » 301 M USA S bre el M a l. Estos enfrentamien-enfrentam ientos del héroe caballeresco y un ser m onstruoso serán parodia­ d o s por C ervantes en el Q ui­ jo te (1605-1615). —> A R C iO , C A R IB D IS , C E R B E R O O C E R B E R O , C ÍC L O P E S O C IC L O P E S , E R IN IA S , G IG A N T E S , G 1G ES O G I E S , G O R G O N A , M IN O T A U R O , PO L 1I-E M O , S IR E N A S . T E O G O N IA . MORFEO ♦ L it. La literatura caballe­ resca d e la Edad M edia y el Renacimiento incorpora el ele­ m ento m onstruoso en algunos d e sus personajes, general­ m ente los antagonistas del hé­ roe. Del en frentam iento y el triunfo de este último sobre gi­ gantes. dragones, perros mons­ truosos, etc., se infiere, por una parte, el carácter extraordina­ rio del héroe (-> h é r o e s ) y . por otra, el hecho de que él es el en carg ad o de m antener la virtud y el orden en el mundo, frente al vicio y el desorden que representan los monstruos desde la A ntigüedad clásica. C uando el elem ento religiosocristiano aparece en estos li­ bros de caballerías, la lucha y el triunfo del hom bre sobre el m onstruo será una representa­ ción de la victoria del Bien so­ g rie g o Hefesto*. L o s latinos d e ­ c ía n q u e su no m b re se derivaba d e l v e rb o m u lc e o , « ab la n d a r, su a v iz a r» , e x p lic a n d o que V ul­ c a n o , el d io s d e la s frag u as, m o ld e a b a e l h ie rro q u e a b la n ­ d a b a c o n el fuego. D io s d e lo s su e ñ o s , h ijo d e H ip n o ”, e l S u e ñ o , y d e N ic te ”, la N och e. ♦ L en g u a . E star (o caer) en los brazos de M orfeo: dorm ir (o dorm irse); sa lir de los b ra ­ zo s d e M orfeo: despertarse (expresiones familiares utiliza­ das irónica o festivamente). Del nom bre del dios del sueño procede el del principal alca­ loide del opio, la morfina, que a su vez ha dado diversos deri­ vados: m orfinom anía, m orfi­ nismo y m orfinómano. En m e­ dicina se aplica el calificativo m orfeico a ciertas m anifesta­ ciones del cereb ro durante el sueño. MULCÍBER O tro n o m b re del d io s latin o V u lcan o * , a s im ila d o a l d io s www.FreeLibros.me M U SA S E stas n u e v e d io s a s” son h i­ j a s d e Z e u s ” y M n e m ó sin e , d io s a d e la M em o ria . S u s c a n ­ to s y d a n z a s a m e n iz a n los b an­ q u e te s d e los d io ses. A polo" di­ rig e su s ju e g o s e n los claro s del m o n te H e lic ó n y c e r c a d e las fu e n te s d e l P a rn a so ”. S o n e lla s q u ie n e s conceden la in sp ira c ió n a los p o etas y los m ú s ic o s. C a lío p e p ro p o rc io n a el ritm o a los v e rso s y a las fra­ se s cad e n c io sa s d e la p ro sa ora­ to ria : sim b o liz a la E lo cuencia. C lío c a n ta e l p a s a d o d e los h o m b r e s y d e la s c iu d a d e s: es la m u s a d e la H isto ria . E ralo e x p resa en la E leg ía las alegrías y la s p e n a s d e l a m o r. E u te rp e f a s c in a c o n e l h e c h iz o d e la M ú s ic a a h o m b re s y an im ales. M c lp ó m e n e h a b la d el s u fri­ m ie n to y d e la m u e rte , te m a s fu n d a m e n ta le s d e la T rag ed ia. P o lim n ia in s p ira a lo s p o etas q u e se a c o m p a ñ a n d e la lira y p re s id e la P o e s ía líric a . T alía, q u e s e b u rla d e to d as las cosas. M USA S e s la m u s a d e la C o m e d ia . T erp síco re se co n sag ra a los rit­ m o s d e la D a n /a . U ra n ia , p o r últim o, m u sa d e la A stro n o m ía, c a n ta la a rm o n ía d e lo s a stro s. L o s ro m a n o s la s id e n tific a ro n co n su s c a m e n a s . ♦ L engua. Las m asas sim bo­ lizan las letras y. más específi­ camente, la poesía. l.a m asa es la inspiradora, real o mítica, de todo artista. El m useo era originariam ente el templo de las musas, que se alzaba sobre una c o lin a de A tenas co n sag rad a a estas diosas. El térm ino m úsica de signaba en un p rin cip io al conjunto de las arles p resid i­ d as por las m usas, y más tarde pasaría a designar espe­ cíficam ente al arte d e los so ­ nidos. ♦ l.il. La tradición hom érica canta a las musas: Hesíodo. en la Teogonia, establece su espe­ cificidad. Safo (sig lo vil-vi a. C.). la poetisa de Lcsbos. en­ seña a sus discípulos a consa­ grarles coronas, y Platón (428 348 a. (1.) reconoce su poder para «dirigir la danza del Bien». Píndaro ( 5 18-438 a. C.) se presenta a sí m ism o com o «el portavoz.» de su musa. Sería im posible pretender re­ 302 coger aquí todas las referencias literarias a la figura de las mu­ sas, sobre todo cu poesía. Baudclaire. en l.as flo re s ¡leí mal 11857). ofrece en el poema «La Musa enferma», «de ojos hue­ cos». una variación so rp ren ­ dente del m otivo d e la musa d oliente y el poeta deshere­ dado. y presenta en «La musa venal» una parodia de la Inspi ración, obligada a prostituirse.. José Martí habla de su musa en el poema «M usa traviesa» (/vinai'lillo, 1882). y Delm ira A gustini, en su poem a «La m usa», o frece la descripción de su musa Ideal: «Y o la quiero cambiante, misteriosa y co m pleja; / con dos o jos de a b ism o que se vuelvan fana­ les; / en su boca, una fruta per­ fumada y bermeja / que destile más miel que ios rubios pana­ les.» (1:1 libro blanco. 1907). V ietor Hugo, en el prólogo de los Castigos (1853). escribe que el poeta satírico latino Juvenal (siglo ii d. C.) añadió una décim a musa a las nueve mito­ lógicas. la Indignación, decla­ rando que era esta quien le ins­ piraba. ♦ león. De las múltiples obras antiguas que representan a las musas, mencionarem os las nu­ m erosas replicas del grupo de 303 M USAS Grabado de Guérin sobre el lienzo de G. Romano La danza d e las musas. Florencia. Palacio Pitti Praxíteles (siglo v a. C . Roma. Berlín. París): el Sarcófago de las musas: mármol rom ano, h. 160. L ouvre. y sig lo m-iv. M urcia: frescos pom peyunos, siglo i a. C . Nápolcs. Entre las obras posteriores citarem os La risita d e A tenea a las m usas (siglo xvi. C o ndé-sur-l'E seaut). donde se distinguen con gran claridad sus atributos; La danza de las musas, de Giulio R om ano (siglo x vi). sobre el www.FreeLibros.me que G uérin realizó un graba­ do en el siglo xtx; las de l.e Sueur (cinco cuadros, h. 1650, Louvre): La masa cómica y la musa serla, estatuas de Pradier en la fuente Moliere, siglo xix. París. ♦ Más. El Parnaso o h t apo­ teosis de C orelli y La apoteo­ sis de Lully. piezas de música de cámara de Couperin ( 1725). cuyos personajes principales son las musas y Apolo. N NARCISO S e g ú n O v id io , e r a h ijo del río C e fiso y d e la ninfa* L eiríope. S u b e lle z a d e s p e r ta b a el a m o r en to d o s lo s c o ra z o n e s , pero él rech azab a co n desd én in­ flexible a to d o s, h o m b re s y m u­ jeres. L a n in fa E c o ’ ta m b ién se enam oró d e él, pero N arciso hu ­ b iera p re f e rid o m il v e c e s la m u erte a su s a b ra z o s. U n jo v e n al q u e N a rc iso h a b ía ro to e l c o ­ razón se la m e n tó d e se s p e ra d o : «¡O jalá lle g u e a a m a r co n la in ­ ten sid a d q u e y o le a m o y ta m ­ poco p u e d a p o s e e r n u n c a e l o b ­ jeto d e su a m o r!» N ém esis" o y ó aquella am a rg a p legaria y la eje­ cutó. U n d ía q u e N a rc iso re g re ­ saba d e c a z a r p a s ó c e rc a d e un arroyo y, al in clinarse p a ra a p la ­ car su sed, v io reflejada en aq u e­ llas lím p id a s a g u a s su p ro p ia im agen. Q u e d ó e x ta sia d o y sin ­ tió un a rd ie n te d e s e o p o r aquel cu ya im a g e n le d e v o lv ía el agua, sin sa b e r q u e s e tra ta b a d e www.FreeLibros.me Caravaggio. Narciso, Roma, Galería de Arle Antiguo s í m ism o . D e se sp e ra d o p o r no p o d e r a lc a n z a r el o b je to de su am o r, q u e hu ía de su s m anos di­ solv ién d o se, fue languideciendo d e pasió n insatisfecha hasta m o­ rir al p ie d e a q u e lla s aguas. Fue m e ta m o rfo se a d o en un a flor, el n a rc iso , sím b o lo e n tre los a n ti­ g u o s d e la m u erte prem atura. N A R C ISO ♦ L engua. C o n v en id o en nom bre com ún, un narciso es un hom bre enam orado d e sí m ism o, fascinado por su p ro ­ pia belleza. En psicoanálisis, el narcisism o es un com portam ienio desviado en el cual el sujeto experim enta una adm i­ ración exclusiva y enferm iza por sí mismo. El narciso es una planta de flo­ res blancas muy olorosas que florece en primavera. ♦ L it. La versión más co n o ­ cida del m ito e s la que Ovidio refiere en sus M etam orfosis (III. versos 339- 510). En ella. N arciso reconoce haberse to ­ mado por otro y com prende el carácter imposible de su amor. La gran riqueza poética del tem a ha inspirado num erosas ilustraciones literarias e inter­ pretaciones a m enudo d iv e r­ gentes. Rousseau, en Narciso o F.l limante de si m ism o ( 1752). hace de N arciso un joven que se enam ora de un retrato en el que. sin él saberlo, se le había representado com o mujer: el mito se asocia aquí a una refle­ xión sobre la relación con el propio vo. El am or a sí mismo aparece denunciado en N arci­ so o La isla de Venus {1769) de Clincham p de M alfilatre. d o n ­ de Narciso, destinado a a m a ra 300 Eco. se enam ora a su pesar de su propio reflejo, pero muere de desesperación al descubrir la verdad. El lem a, ilustrado también por G iam baltista Ma­ rino t G alería. 162(1) o por el poeta portugués Antonio Feli­ c ia n o d e C astilho I C artas de F eo a N arciso. 1821). repre­ senta siem pre el p eligro del am or a sí mismo. A finales del siglo xtx el lema encuentra nuevos tratamientos. La figura de N arciso aparece com o telón tic fondo en Fl re­ trato de Darían (hay. de Oscar VVildc (1890). donde todos los espejos devuelven al protago­ nista la engañosa im agen de una belleza inalterable, mien­ tras que su retrato refleja mis­ teriosam ente su verdadero ros­ tro. marcado por las huellas del tiempo y del vicio. Por las mis­ mas fechas. André Gide. en su Tratado d e N arciso (1893), convierte la figura mitológica en la representación del artista preocupado por ir más allá de las apariencias, siendo aquí la transparencia del agua donde N arciso se contem pla el símbolo de la perfección de la obra de arte, contemplación impres­ cindible, por tanto, a pesar de los riesgos que entraña. García Lorca ofrece una visión inti- NAUSICAA inista del m ito en «N arciso», poema perteneciente a su libro Canciones ( 1924). Max Auh, en su dram a en tres actos N ar ciso (1927). realiza una recrea­ ción moderna del mito. Aunque la mayoría d e las ver­ siones insisten en el aspecto negativo de este am or, Paul V aléry. en su poem a -'F rag ­ mentos de Narciso» (Finamos, 1926). invierte la perspectiva m ostrando q u e no hay más am or verdadero que el am or a s í m ism o, y haciendo de N ar­ ciso el sím bolo del espíritu consciente del propio yo. que busca conocerse. ♦ Icón. Narciso aparece repre­ sentado bien en co m pañía de Leo (pintura de la casa de Lu­ crecia en Pom peya. sig lo i: Poussin. siglo w n. Louvre) o bien contem plándose en la fuente que le será fatal (Tinto retío, siglo xvi. Rom a; C'aravaggio. siglo x v n . Roma): G usta ve M oreau pintó, en torno a 1890. al m enos cinco versiones de la escena que fi­ guran en colecciones p articu­ lares y en el M useo Gustavo Morcan, en París. D alí ofrece una versión muy personal del m ito en su lienzo M etam orfo­ sis de Narciso. 19 3 6 -1937. co ­ lección Edward F. W . James. www.FreeLibros.me N A U S ÍC A A o N A U SIC A P rin ce sa feacia. hija del rey A lc in o o y d e A re te . S u in te r­ v e n c ió n e s d e c is iv a en uno de los e p is o d io s d e la O disea. U n a n o c h e , m ie n tra s d o r­ m ía , A te n e a se le p re se n tó en su e ñ o s p id ién d o le q u e al día si­ g u ie n te fu e s e al río a la v a r su ro p a y la d e s u s h e rm a n o s. C u a n d o lle g ó la m añ an a, N aus íe a a o b e d e c ió a la diosa" y se d irig ió al río co n alg unas de sus c ria d a s . M ie n tra s e sp e ra b a n a q u e se s e c a s e la ro p a q u e ha­ b ía n la v a d o , se d is tra ía n ju­ g a n d o a la p e lo ta , y uno d e sus g rito s d e s p e r tó a U lis e s '. q ue d o rm ía en un b o sq u e cercano. El h éroe h ab ía llegado a esta is la , d e s c o n o c id a p a ra él, tras p e rm a n e c e r v a rio s d ía s en el ag u a d e b id o a un naufragio ocu­ rrid o tras su p artida de la isla de la n in fa C a lip so . —> plises . U lise s. c u b ie rto so lo co n u n a s ra m a s, se p re se n ta en la o rilla d e l río a n te las m u c h a ­ chas. Todas huyen asustadas por el asp e c to del h éroe” salvo Naus íc a a q u e . c o n v e n c id a y fa sc i­ n a d a p o r las e n v o lv e n te s p a la ­ b ras de U lises. prom ete ayudarle y le envía al palacio de su padre, d o n d e p o d rá co n se g u ir un barco y lo d o lo n e c e sa rio p ara p ro se­ g u ir su viaje hacia flaca. N Á Y A DES La m uchacha, que ha q u e­ d a d o e n a m o r a d a d el h é ro e , le c o m u n ic a a su p a d re , e l rey A lc in o o , su d e s e o d e c a s a r s e co n U lise s; b o d a q u e le p a re c e m u y b ie n al re y . S in e m b a r g o , U li­ se s , q u e e s tá c a s a d o c o n P e n é lope* y d e s e a c o n tin u a r el v ia je h a c ia su p atria, ren u n cia a c o m ­ p ro m e te rse co n N au sícaa. A lg u n o s a u to r e s a firm a n q u e , a ñ o s m á s ta r d e , T e lé m aco*. h ijo d e U lise s, c a s ó co n N a u síc a a . D e e s te m a trim o n io h a b ría n a c id o P ersép o lis. 308 ♦ Lit. El poeta latino Ausonio (siglo iv) o frece en su poema sobre la M osela una evocación p articularm ente sugerente de los juegos acuáticos d e sátiros' y náyades en las aguas del río. ♦ Icó n . L os escultores las re­ presentan muy a m enudo para decorar las fuentes, por ejem­ plo en la Fuente de ios inocen­ tes en París (Jean Goujon, 1548) o el B año de las ninfas en V ersalles ( F r a n g ís Girardon. h. 1670). NÉCTAR ♦ Lit. H om ero. Odisea. VI, VII, VIII. Joan M aragall, Nausiea, obra teatral. 1903-1907. B e b id a d e lo s dioses* co n la q u e a c o m p a ñ a b a n la am brosía", y q u e c o m o e s ta le s c o n fe ría la in m o rta lid ad . NÁYADES N o m b re d e la s n i n f a s ' d e lo s r í o s y d e la s f u e n te s . B e ­ lla s y s e d u c t o r a s , e r a n ta m ­ b ié n te m ib le s p o rq u e , c o m o la L o re le i g e r m á n ic a , a tr a ía n a lo s j ó v e n e s a s u s d o m in io s a c u á tic o s, d o n d e p e re c ía n a h o ­ g a d o s. -> N IN F A S . ♦ Lengua. A veces se designa con el nom bre d e n á yade a una joven que nada con gracia y soltura. Tam bién se aplica a la larva acuática de ciertos in­ sectos. ♦ Lengua. La palabra califica una bebida delicio sa («este vino es puro néctar»)-, en la Antigüedad designaba un vino d e la isla d e Q u ío m uy repu­ tado. En b o tánica, nécta r es el lí­ quido azucarado secretado por ciertas llores llamadas nectarífe r a s, m uy ap reciado por las abejas. NÉM ESIS E n s u s o ríg e n e s , N é m e sis e r a la p e rs o n ific a c ió n ab stracta y s im b ó lic a d e la V e n g a n z a d¡- 309 vina, p ero co n el tiem p o fue a d ­ q u irie n d o p ro g re s iv a m e n te lo s c a ra c te re s e s p e c íf ic o s d e u n a d iv in id a d , c o n u n a g e n e a lo g ía y u n a m ito lo g ía p ro p ia s d e fin i­ d a s p o r u n a tra d ic ió n m á s lite ­ raria q u e relig io sa. C o n sid e ra d a h ija d e N ic te ", la N o c h e , y d e O céano*, fo rm a p a rte d e la g e­ n e ra c ió n d iv in a p rim itiv a , n o so m e tid a p o r ta n to a la a u to r i­ d ad d e lo s O lím p ic o s* . C o m o las erinias", c a stig a e l crim en en g en e ra l, p e ro so b re to d o el p e ­ c a d o d e h ib ris* , la d e s m e s u ra , q u e h a c e o lv id a r a lo s h o m b re s los lím ite s d e su c o n d ic ió n h u ­ m an a. L a m e s u ra , n o c ió n fu n ­ d am en tal d el p e n sa m ie n to filo ­ só fic o y re lig io s o e n la G re c ia a n tig u a , e s e l g a ra n te ta n to del eq u ilib rio u n iv ersal d el c o sm o s —el u n iv e rso o rg a n iz a d o frente al c a o s "— c o m o la u n id a d c í­ vica d e l g r u p o s o c ia l, y se o p o n e a l d e s o r d e n y la a n a r ­ q u ía . N é m e s is , c u y o n o m b re s ig n ific a « la q u e d is trib u y e c o n fo rm e a l r e p a r to e s ta b le ­ c id o » , v e la c e lo s a m e n te p o r el c u m p lim ie n to d e la le y c ó s ­ m ica q u e e s ta b le c e q u e la d e s ­ g ra c ia s u c e d e n e c e s a r ia m e n te a la fe lic id a d , s o b r e to d o c u a n d o e s ta e s e x c e siv a . N a d a ni n a d ie e s c a p a a s u p o d e r r e ­ gulador: ni el o rg u llo d e los p o ­ www.FreeLibros.me N EPTU N O d e ro so s, ni la v a n id ad d e los ri­ c o s , ni la v io le n c ia d e lo s c r i­ m in ale s. - » L E D A , T E O G O N Í A . ♦ Lit. El escritor satírico Auguste Barthélem y publicó en­ tre el 27 de marzo de 1831 y el I d e abril de 1832 una serie de cincuenta y dos panfletos se­ m anales dirigidos contra el gobierno de Luis Felipe y titu­ lados Némesis. La oda de La­ m artine A N ém esis es réplica de uno de ellos. NEPTUNO D io s itá lic o d e l a g u a y del e le m e n to líq u id o e n g e n e ra l, c u y o n o m b re d e riv a p ro b a b le ­ m e n te d e la m is m a ra íz q u e la p a la b r a « n a fta » (d e l g rie g o n a p h té ) , s in ó n im o d e « p e tró ­ leo». D e sp u é s d e se r asim ilado al P o se id ó n " g rie g o , p a só a ser el d io s d e l m a r y e ra e l patrón d e n a v e g a n te s y p escadores. ♦ L en g u a . Se bautizó con su nombre a un planeta de nuestro sistem a solar, uno de los más alejados del Sol. Fue también el nom bre en clave de la ope­ ración naval que desem bocó en el desem barco de Normandía el 6 de ju n io de 1944. ♦ ¡con. —» POS BIDÓN O POSIDÓN. N ER EID A S G rupo escultórico helenístico .Ne­ reida. Roma. Museo del Vaticano N E R E ID A S luis c in c u e n ta h ija s d e M e­ rco . c o n o c id a s c o m o la s n erei­ d a s . e ra n d iv in id a d e s m a r in a s d e g ra n b el l e / a q u e h a b ita b a n en el p a la c io s u b m a rin o d e su p a d re . C a b a lg a b a n s o b r e las o la s m o n ta d a s e n d e lf in e s o a lo m o s d e c a b a llo s m a rin o s . P e rs o n ific a b a n e l m o v im ie n to rá p id o d e la s o la s y el a s p e c to ris u e ñ o d el m a r. A lg u n a s , c o m o T e tis . A n fitrile o G a la ­ ic a . d e se m p e ñ a n un p ap el p ro ­ ta g o n ista e n v a rio s m itos. * L engua. F.l nom bre de n e­ reida. perdida toda poesía, se aplica a un gusano m arino que vive en fondos cenagosos. ♦ l.it. En ¿7 nniniln d e (iuermantes. I (1920). Proust. a lo largo de una extensa metáfora, com para a las m ujeres de la aristocracia entrevistas en los palcos durante una función de 310 ópera con nereidas semioeullas en sus «bañeras», mientras sus com pañeros aparecen como «dioses barbudos». ♦ Icón. Nereida, relieve, mo­ num ento de las nereidas, siglo iv a. C\, Londres; mosaico, si­ glo n. Tirngad; grupo escultó­ rico. época helenística. Roma, Vaticano. NEREO N e re o , «el a n c ia n o del m a r» , e s c o m o P ro te o u n a d i­ v in id a d m a rin a . E ra e l h ijo p ri­ m o g é n ito d e P o n to y G e a . la T ierra, y el p a d re d e la s n e re i­ d as . C o m o P ro teo , g u a rd a b a el re b a ñ o d e fo c a s d e P o se id ó n ' y e r a ta m b ié n u n s a b io a d iv in o , p e r o s e n e g a b a a re v e la r sus o rá c u lo s. P a ra e s q u iv a r las pre­ g u n tas in d iscreta s d e I Ieraeles . q u e q u e r ía c o n o c e r e l m is te ­ rio so re tiro d e las H e sp é rid e s', N e re o se m e ta m o rfo se ó .sucesi­ v a m e n te e n a g u a y e n fuego. H e ra c le s c o n s ig u ió so rp re n ­ d e r le d o r m id o y , d e s p u é s de e n c a d e n a rlo p a ra q u e n o e sc a ­ p a ra , p u d o p o r fin h a c e rle h a­ blar. S u m o ra d a h a b itu a l e ra el m a r E g e o . S e le re p re se n ta b a c o n el ro stro b a rb a d o , portando u n tr id e n te o u n c e tr o , c o n la p a r te s u p e r io r h u m a n a y la p a rle in fe rio r d e p e /. 311 ♦ L it. N ereo aparece sobre todo en la O disea y en la le­ yenda de Heracles. ♦ Cin. En la película de Vittorio C ottafavi La conquista de la A tlá n tid a (1961). N ereo aparece com o el célebre an ­ ciano protei forme metamorfoseándose continuam ente para escapar de Hércules-. NICTF ancian o sabio y respetado que se d e sta c a en el c a m p o d e batalla p e ro so b re to d o en el consejo de los je f e s , sien d o el m ás anciano d e ello s. A co m p añ ó a M enelao p o r to d a G rec ia p ara ayudarle a reu n ir a los je fe s aq u eo s después d el ra p to d e H e le n a ’; se in te r­ p u so e n tre A q u ile s” y A g a m e ­ n ó n ' c u a n d o se d isp u tab an a la m ism a c a u tiv a y se esfo rzó N ESO h a sta el fin al p a ra p re s e rv a r la U n o d e lo s c e n t a u r o s '. c o n c o rd ia en el c a m p o griego. CENTAUROS. HERACLES. D e s p u é s d e la c a íd a de T ro y a , N é sto r e v itó p o r poco la N ÉSTO R v io le n ta te m p e s ta d en la qu e H ijo de C loris. una d e las h i­ p erec e ría n ta n to s g riegos, y e n ­ ja s d e N ío b e '. y N elc o , a su v e / tró sin c o n tra tie m p o s en su p a ­ h ijo d e P o s e id ó n ' y rey d e la tria. D ie z a ñ o s d e sp u é s acogió c iu d a d d e P ilo s, fu n d a d a p o r él a T e lé m a c o ’, q u e había acudido en la c o sta oeste del Peloponeso. a él en b u sc a d e n o tic ia s d e su N é s to r s e e n c o n tr a b a a u ­ p adre, y le a co n sejó q ue fuese a sente d e P ilo s c u an d o H eracles v e r a M e n ela o . N é sto r m u rió a la n z ó u n a e x p e d ic ió n p u n itiv a e d a d a v a n z a d a y su tum ba, que co n tra la c iu d a d , e sc a p a n d o a sí to d a v ía s e e n se ñ a en P ilos, fue a la m a sa c re e n la q u e p e re c ie ­ m u y h o n rad a. ron s u s o n c e h e rm a n o s . Ya a d u lto , se d is tin g u ió en d iv e r­ N IC T E sas c a m p a ñ a s c o n tra las c iu d a ­ N icte (d e l g rie g o ny.x. « n o ­ d es v e c in a s , p e ro d e s ta c a b a c h e » ) e ra h ija del C aos" y h e r­ ig u a lm e n te p o r su s p ro e z a s d e ­ m a n a d e E re b o '. M ie n tra s que p o rtiv a s. C o n v e rtid o en re y d e e s te re p re s e n ta las T in ie b la s P ilos, re c ib ió d e A p o lo 1 e l p ri­ s u b te rrá n e a s (e n p a rtic u la r las v ile g io d e u n a lo n g e v id a d e x ­ d e los In fie rn o s ), N icle perso­ trao rd in a ria . n ifica las T in ie b la s celestes. Es P a rtic ip ó en la g u e rr a d e la m a d re d e H ipno*. T á ñ a lo y T ro y a ’, d o n d e a p a re c e c o m o un M orfeo*. www.FreeLibros.me NINFAS ♦ ¡con. F.11 el Iriso del aliar de Pérgam o (período helenístico. M useo de B erlín), N icte ap a­ rece com o una m ujer cubierta co n una larga túnica de plie­ gues. M uchos artistas m oder­ nos han representado a la No­ che com o una m u jer velada, pero se trata más de una figura alegórica que de la antigua diosa" mitológica. NINFAS H ija s de G e a ”, o m á s fr e ­ c u e n te m e n te d e Z e u s", e s ta s jó v e n e s d io s a s ' p e rs o n ific a n la v italidad y fe c u n d id ad d e la n a­ turaleza. D e sn u d a s o se m id e s n u d a s , fre c u e n ta n lo s p a ra je s n a tu r a ­ les, g ru ta s, río s , b o s q u e s y p ra ­ d e ra s , d o n d e c a n ta n , b a ila n o h ila n . L o s h o m b re s les d irig e n p le g arias p a ra q u e les sean p ro ­ p icias. P o seen fa c u ltad es pro fétic a s y e s tim u la n el v a lo r y la g ra n d e z a d e esp íritu . S e las e n ­ c u e n tra e n el c o rte jo d e d io s a s c o m o A rte m isa " o e n e l d e a l­ g u n a n in fa p o d e ro sa , c o m o C a ­ lip so '’. A m a d a s p o r lo s d io s e s (Z e u s , A p o lo ", H e rm e s ”, D io ­ n iso*, H a d e s ”, e tc .) , s o n ta m ­ b ién o b je to d el d e s e o d e P a n ”, P ría p o ” y lo s sátiro s* . A v e c e s se e n a m o ra n d e s im p le s m o rta ­ le s , c o m o H ila s . L o s a n tig u o s 312 d is tin g u ía n v a rio s tip o s d e nin­ fa s : la s n e re id a s* d e l m a r , las n á y a d e s ' d e río s y a g u a s c o ­ rrie n te s, las h a m a d ría d e s d e los á rb o le s , la s d r ía d e s d e lo s ro ­ b le s , las o ré a d e s d e las m o n ta ­ ñ as, las n ap eas d e los v alles, las m e lía d e s d e lo s fre sn o s, las alse id e s d e las flo re sta s... ♦ L e n g u a . En griego, el tér­ m ino designa tam bién a una mujer cubierta por un velo, en particular a la joven desposada. En esp añ o l, la palabra ninfa ev o ca, por ex tensión, a una joven de gracia seductora, aun­ que, utilizada en sentido peyo­ rativo, viene a se r una desig­ nación eu lem ística d e «pros­ tituta». Por metáfora, el térm ino ninfa se utiliza para designar a la se­ gunda fase d e la metamorfosis de los insectos. En plural, nin­ fa*, es el nom bre que reciben los labios menores de la vulva. Existe también una forma mas­ culina. ninfo, poco usada, que es sinónim o de «narciso»*. La ninfomanía es un deseo se­ xual exacerbado en la mujer, que puede llegar a alcanzar di­ mensiones patológicas (ninfómana). Un n in fea (del g rieg o numphaion) era un lugar consagrado NtO BE a las ninfas; la mayoría de los ja rd in e s antiguos tenían uno, form ado por una gruta natural o artificial con una pequeña fuentecilla en su interior. En ellos se les ofrecían las prim i­ cias de las cosechas. ♦ L it. Los poem as latinos y griegos están poblados de nin­ fas. Hesíodo (Teogonia, 130) y H om ero (O disea. XVII) rela­ tan su nacimiento. Teócrito (si­ glo i d d. C . ) las evoca a me­ nudo (Idilios. XI y XIII). Los poem as de Virgilio que cantan la campiña romana (Bucólicas, VI y V II; Geórgicas, III, VI), hacen también numerosas alu­ siones a estas divinidades. En la Eneida. Eneas* invoca a las ninfas del T íb e r (V III) y ve cóm o sus navios se metamorfosean en ninfas (IX). Horacio las canta en sus O das (I, II, III) y O vidio en sus Fastos (IV ) y en sus Metamorfosis. En la poesía del Renacimiento se produce una identificación ninfa-pastora, convirtiéndose a sí la figura m itológica en un elem ento más del m undo pas­ toril q u e sirve de m arco a los amores que canta el poeta-pas­ tor. En este sentido, las ninfas, que aparecen frecuentem ente bañándose en el río o tejiendo, son requeridas por el poeta www.FreeLibros.me para que le escuchen sus penas de am or y se solidaricen con él. Son innum erables los poe­ tas que utilizan este tópico li­ terario de la época: Garcilaso d e la V ega, Francisco de Aldana, F rancisco de la Torre. Hurtado de Mendoza, Gutierre de Cetina, etc. ♦ ¡con. Figuran junto a Diana* y A polo, o bien se las repre­ senta defendiéndose de los ata­ q ues de los sátiros, com o en una serie de figurillas de terra­ cota de T anagra del siglo tv a. C . (colección particular), o más adelante en Rubens. N in­ fa s y sátiros y Diana y sus nin­ fas sorprendidas por sátiros, h. 1635, M adrid. M useo del Prado. A lgunos artistas prefi­ rieron representarlas solas, asociadas al tem a del agua: G oujon, Ninfas de los ríos de la fuente d e los Inocentes. 1549. París; Coysevox, Ninfa d e la concha, m árm ol. 1683. Louvre. Dufy pintó una Ninfa acostada en los trigales, siglo XX. París. NÍOBE H ija d e T án talo ", e ra la m a­ d re d e lo s N ió b id as, siete hijos y s ie te h ija s. O rg u llo s a d e su n u m e r o s a p ro g e n ie , se ja c tó c o n in s o le n c ia d e h a b e r su p e- NIX 314 « s o lo » c o n s ig u ió m a ta r a seis. Z e u s . c o n m o v id o p o r e l d o lo r d e N ío b e . la c o n v ir tió e n una ro ca d e la q u e m a n a u n a fuente: las lá g rim a s d e la m a d re q u e ha v is to m o rir a su s hijos. Escultura romana de N íobe y una de sus hijas. Florencia, Galería de los Uffizi rudo a L e lo , q u e so lo h a b ía len id o a A p o lo y A rte m isa . Eslo s d e c id ie ro n v e n g a r el h o n o r d e su m adre y m ataro n a los h i­ j o s d e N ío b e c o n su s fle c h a s: A p o lo se e n c a rg ó de lo s hi jos y A rte m is a d e la s h ija s , a u n q u e ♦ l.it. En el libro VI de sus M etam orfosis, el poeta latino O vidio ofrece un cuadro con­ m ovedor del dolor materno de Níobe. ♦ Icón. La trágica historia de N íobe y sus h ijo s inspiró nu­ m erosas o bras en la A ntigüe­ dad. sobre to d o escultóricas, dadas las posibilidades artísti­ cas que o frecía el dramatismo del tem a. E ntre las m ás fa­ m osas cita re m o s la N ióbide herida, sig lo v a. C .. Roma; N íobe y u n a d e su s hijas, co ­ pia rom ana, h. 280 a. C., Flo­ rencia. Tintoretto reprodujo el m ism o tem a (sig lo x v t. Módena). NIX O tro n o m b re d e —> nictf .. O OCÉANO I lijo d e U rano* y C e a . e ste titán e s la p e rs o n ific a c ió n del e le m e n to a c u á tic o y . c o m o tal. el p a d re d e to d o s los río s. E sta fig u ra m ito ló g ic a re s p o n d e a u n a a n tig u a c re e n c ia se g ú n la cual la T ie rra e ra un d isco p lano c irc u n d a d a p o r un in m e n so río c irc u la r lla m a d o O céan o . ♦ Lenigua. Los océanos, que para los antiguos no eran sino partes de este río, conservan el recuerdo d e esta concepción. O D IS E A E p o p e y a h o m é ric a q u e re ­ lata el d ifíc il y p e lig ro s o v ia je q u e h iz o U lise s" (en g rie g o O d ise a ) p a ra re g r e s a r a (ta c a d e s p u é s d e te r m in a r la g u e rr a de T ro y a ’. —> u l i s e s . ♦ Ix’hgua. Por analogía, la pa­ labra odisea se utiliza para d e­ signar un viaje lleno de peripe­ www.FreeLibros.me cias y dificultades y. por exten­ sión. las dificultades o trabajos que alguien pasa antes de lograr su propósito («conseguir que lo admitieran en la facultad de de­ recho fue toda una odisea"). O D IS E O N o m b re g r ie g o d e —> CLI­ SES. O L ÍM P IC O S E s ta s d iv in id a d e s , d o c e en to ta l, fo rm an u n a v erd ad era fa­ m ilia e n la q u e se d is tin g u e n d o s g e n e ra c io n e s, la p rim era cic­ la s c u a le s se ría en re alid ad , se­ g ú n la t e o g o n i a l a te rc e ra g e ­ n e ra c ió n d e los dioses*. P rim e ra g e n e ra c ió n : Z e u s’ ( J ú p ite r p a ra lo s la tin o s ), sus d o s h erm an o s. P o seid ó n (N eptu n o " ) y H a d e s ' o P lu tó n . y su s tr e s h e rm a n a s , D e m é le r ( C e r e s ), H e s tia ’ (V e s ta ) y M era' (J u n o ), e s ta ú ltim a e s ­ p o s a d e Z eu s. 316 O L ÍM P IC O S S e g u n d a g e n e ra c ió n : Ares*’ (M arte* ), h ijo d e Z e u s y H e ra ; A polo*, H erm es* (M e rc u rio " ), A rte m isa* (D ian a* ), h ijo s d e Z e u s y o tr a s d io s a s ; A te n e a ' (M in e rv a ”), s u p u e s ta m e n te n a c id a so lo d e Z e u s ; H e fe s lo ' (V u lc a n o 'j, nacido so lo d e H era. A f r o d ita ” (V e n u s* ), a u te n tic a O lím p ic a s e g ú n H o m e ro Z e u s ), n o lo s e r ía e n re a lid a d se g ú n la T e o g o n ia d e H esío d o : n a c id a d e la e sp u m a d e las olas fe c u n d a d a s p o r e l e s p e r m a d e C ro n o ”, s e h a b ría c o n v e rtid o en O lím p ic a p o r a d o p c ió n , seg ú n la v e rs ió n m á s c o r r ie n te d e su m ito . El c a s o d e D ioniso* (B aco * ), h ijo d e Z e u s y d e una m o rta l, s e ría a n á lo g o . (q u e la p r e s e n ta c o m o h ija d e d io s e s y d io s a s , t e o g o n ia LOS D IO SE S PRINCIPALES (se g ú n H E S ÍO D O ) C aos É rc b o N ic le (N o c h e ) H ie r H é m e r a (D ú o 3 c íc lo p e s E ro s L ie u U ra n o M o n ta ñ a s 3 h e c a t o n q u i f o s (c ie n b ra z o s) L o s tita n e s O céano P o n to C 'c o J á p e to C río L a s titíín id e s llip e rió n + C ro n o R ea | T e lis T ía M n e m ó s in e T e m is Febe L o s O lím p ic o s P rim era generación de los O lím picos: 1 I c s t i a , D e m é t e r , H a d e s , P o s e i d ó n . Segunda generación: A r e s , A p o l o . H e r m e s , H e f e s l o , A r t e m i s a , A t e n e a . H e ra , /c u s . . 317 OLIM PO ♦ L en g u a . El adjetivo olím ­ pico («relativo al O lim po’») ha tom ado un sentido peyorativo, significando «altanero, sober­ bio, suficiente», en expresiones com o sonrisa olím pica o d es­ d én olím pico («Y decían esto co n desdén olím pico, com o si tuvieran a m ano todos los bi­ lletes del Banco de España en calderilla», B lasco Ibáñez). En medicina, por influencia de la representación iconográfica y especialm ente escultórica de los dioses, el adjetivo se aplica a la frente muy desarrollada q u e p resenta abultam ientos frontales prom inentes, d efo r­ m ación que se ha relacionado con un raquitism o infantil. O lim pia fue en la Antigüedad un gran centro religioso del Peloponeso, célebre p o r su san­ tuario de Z eus O lím pico, que se convirtió en la sede d e unas com peticiones dep o rtiv as or­ g anizadas en honor del dios, los Juegos O lím picos u Olim­ piadas, tradición qu e se m an­ tiene viva en nuestros días. ♦ Icó n . La a sam blea d e los dioses, copa griega, siglo vi a. C.. París. Biblioteca Nacional: Los d io ses deI Olimpo, gran fresco d e G iu lio R om ano, h. 1532, Sala de los Gigantes, pa­ lacio del Té, M antua: Van Ba­ www.FreeLibros.me len, E l fe s tín de los dioses, h. 1620, Louvre. ♦ M ús. A rthur Bliss, The O lym pians, ópera, 1949. Una d e las más fam osas canciones d e carabineros. El p lacer de los dioses, pasa revista a las di­ ferentes formas de entregarse a los placeres carnales que pre­ conizan los distintos dioses, desde el «oscuro celoso agui­ jo n ead o por el am or» (Vulcano) hasta «Plutón con su in­ m ensa panza», pasando por Baco, Hércules* y Júpiter. ♦ C in. La digna asam blea de los dioses aparece reunida en su palacio del O lim po en el prólogo hum orístico que abre H ércules en Nueva York (1969). de A rthur Seidelman: más tarde la vemos presidida por Laurence Olivier, en el pa­ pel de Zeus, en la película Fu­ ria d e titanes (1 9 8 1), de Desm ond Davis. —» h é r c u l e s , p e r s e o . OLIMPO E l O lim p o e s u n m acizo m o n ta ñ o so q u e s e a lz a al norte d e G re c ia y a lc a n z a lo s 1.9 1 1 m e tro s . E s c a rp a d o , c u b ie rto la rg o tie m p o p o r las n iev es y a m e n u d o e n v u e lto en n u b e s, de d ifíc il a c c e so , o fre c ía a los an­ tig u o s — q u e n o p ra c ticab an el 319 ORCO a lp in is m o — u n a im a g e n a m e ­ d re n ta d o ra y m is te rio s a q u e le v a lió s e r c o n s id e r a d o c o m o la re s id e n c ia d e las d iv in id a d e s m a y o re s, lla m a d a s p o r e s ta ra ­ z ó n lo s O lím p ic o s ’. S in e m ­ bargo. su co n d ició n d e m ontañ a te r re s tre te r m in ó d iíu m in á n d o s e y el O lim p o s e c o n v ir tió en una región su p raterrestre. sin lo c a liz a c ió n p re c is a , a la q u e m á s o m e n o s p o d r ía c o m p a ­ ra r s e c o n lo s « C ic lo s » d e la im a g in e ría cristia n a . ♦ Leiifiiia. D e su nom bre de­ riva. por m etátesis consonan­ tica. el de un famoso personaje de los cuentos Infantiles, el ogro. La forma fem enina, orea, de­ signa a un tem ible mamífero marino. ORESTES H ijo d e A g a m e n ó n . rey de A rg o s y d e M ic e n a s, y C litem n e s tra . E s h e rm a n o d e 11'igen ia y E le ctra . O re ste s aparece c o m o el in s tru m e n to ú ltim o de ♦ Lit. En la poesía renacentista, tina m ald ició n an cestral q u e pe­ tan im pregnada de elem entos sa b a s o b re su fa m ilia , d o n d e la mitológicos, el O lim po es con­ s a n g r e lla m a b a in d e fin id a ­ siderado a menudo sinónimo de m e n te a la san g re. E s e l juguete Cielo, generalm ente utilizado d e un d e stin o trá g ic o del q u e es para referirse a la gloria conse­ m á s v íc tim a q u e v e rd a d ero guida por el poeta a través del a g e n te . amor o la poesía: «L 'alto monte O re s te s e ra a ú n n iñ o cu an ­ del Olimpo, do se escribe / que d o , te r m in a d a la g u e rr a de no llega a subir ningún nubla­ T ro y a , tu v o lu g a r el asesinato d o / (...) sobre sus tillas cumbres d e su p adre A g am en ó n , víctima me recibe. / porque allí este se­ ile la v e n g a n z a d e C litem ncslra guro y sosegado / un claro y d e su a m a n te E g isto . S u her­ Amor, que el alma me ha ilus­ m a n a E le c tr a c o n s ig u ió sal­ trado / con la clara virtud que v a rlo d e la m u erte y lo co n fió a en m í concibe» (Juan Boscán, mi tío, e l re y d e F ó c id e . Este lo e d u c ó ju n to a su p ro p io hijo, soneto CXXV. 1543). P ila d o s , y a m b o s jó v e n e s se ORCO c o n v irtie ro n en a m ig o s insepa­ N o m b re p o p u la r q u e los ro ­ rab les. Y a a d u lto , O re ste s con­ m a n o s s o lía n d a r al d io s d e la su ltó el o rá c u lo d e D elfo s, que M u erte. —» h a d e s . p i .i t ó n . le o r d e n ó r e g r e s a r a M icenas para v e n g a r la m u erte d e su p a ­ dre. P e ro a u n q u e n o d u d ó en m a ta r al u s u r p a d o r E g is to . su b razo v a c iló a n te la s s ú p lic a s de p ie d a d d e su m a d r e , c o m ­ p re n d ie n d o e l te r rib le a lc a n c e del a c to q u e iba a c o m e te r. C on el ro stro c u b ie rto p o r un v e lo y g u iad o p o r su h e rm a n a E lectra. cu y o fie ro o d io le in c itó a a ta ­ car, te r m in ó e je c u ta n d o e l ú l­ timo a c to d e la m ald ició n fa m i­ liar: el tn a tric id io . A ta c a d o p o r la lo c u ra , O restes fu e p e rs e g u id o p o r las im placables erin ia s , m o n stru o ­ sas p e r s o n if ic a c io n e s d iv in a s de la v e n g a n z a y e l re m o rd i­ m iento, e n c a rg a d a s d e c a s tig a r con p a rtic u la r rig o r lo s c rím e ­ nes c o m e tid o s co n tra la fam ilia. A p e s a r d e h a b e r s id o p u r i f i­ cado d e su c rim e n p o r A p o lo ” en D e lfo s y d e un la rg o e x ilio , las e rin ia s s ig u ie ro n a to r m e n ­ tándolo h asta q u e A te n e a le li­ beró d e f in itiv a m e n te d e su acoso d e s p u é s d e la s e n te n c ia del trib u n a l del A re ó p a g o , q u e se c o n v e rtirá e n el p rin c ip al tri­ bunal a te n ie n s e e n c a r g a d o d e ju zgar los d e lito s d e san g re. D e sp u é s d e s u a b s o lu c ió n , y co n el fin d e o b te n e r la d e f i­ n itiva c u r a c ió n d e su lo c u r a , O re stes tu v o q u e p a r t ir h a c ia T áu rid e . p o r o rd e n d e A p o lo . www.FreeLibros.me O R E ST E S Escultura griega de la Cabezo de Orestes. Roma. Museo de las Termas p a r a tr a e r u n a e s ta tu a d e la d io s a A r te m is a q u e se v e n e ­ ra b a e n aq u e l le ja n o p a ís y e ra o b je to d e u n c u lt o b á rb a ro . N a d a m á s d e s e m b a r c a r e n la is la , O re s te s y P ila d o s fu ero n h e c h o s p ris io n e ro s p o r los na­ tiv o s d el lu g a r y d e s ig n a d o s c o m o v íc tim a s p a ra el sa c rifi­ c io ritu a l a la d io s a c a z a d o ra . P e ro la s a c e r d o tis a e n c a rg a d a d e la s a n g rie n ta c e re m o n ia no e ra o tr a q u e Ifig en ia . su propia h e rm a n a , a q u ie n A g a m e n ó n , d e c a m in o h a c ia T ro y a , h ab ía te n id o q u e s a c r if ic a r en A u lid e p a ra a p la c a r a A rte ­ m is a y q u e la d io s a h a b ía d e ­ c id id o s a l v a r e n el ú ltim o m o- O R ESTES m e n tó p a ra p o n e rla a su s e r v i­ c io . L a m u c h a c h a re c o n o c ió a su h e rm a n o , le a y u d ó a a p o d e ­ ra r s e d e la e s ta tu a y h u y ó c o n él a G re c ia . D espués de re g re sa r de T á u rid e , O re s te s r a p tó a su p rim a H e rm ío n e, h ija d e M en ela o “ y H e le n a ', q u e le h a b ía sid o p ro m e tid a p o r e s p o s a sien do n iñ o s y a la q u e su padre h a b ía p ro m e tid o m á s ta rd e , en T ro y a, a N eo p tó lem o , el h ijo de A quiles". D e sp u é s d e la m u e rte d e su riv a l — q u e a lg u n a s v e r­ sio n e s le a tr ib u y e n — , O re s te s se c a s ó c o n H e rm ío n e . d e la q u e tu v o un h ijo , re in a n d o d e s d e e n to n c e s s o b r e A rg o s y E s p a rta c o m o s u c e s o r d e M en ela o . P o c o tie m p o a n te s d e su m u e rte , la p e ste a s o ló su re in o y el o rá c u lo re v e ló q u e lo s d io ­ s e s ' re c la m a b a n la re c o n s tru c ­ ció n d e la s c iu d a d e s d e stru id a s d u ra n te la g u e rra de T ro y a y d e lo s c u lto s q u e a ll í s e le s r e n ­ d ía n . O r e s te s e n v ió e n to n c e s c o lo n ia s d e c o n s tr u c to r e s a A sia M e n o r p a ra q u e s e e n c a r­ g a ran d el p ro y ecto . D e sp u é s d e m o r ir a e d a d m u y a v a n z a d a — a los o c h e n ta a ñ o s , se g ú n la le y e n d a — . re c ib ió h o n o re s d i ­ vinos y fu e e n te rra d o en T eg ea , A rcadia". A T R ID A S , E L E C T R A . 320 ♦ L it. El matricidio. aureolado por un tem or misterioso que le hace tal vez más espantoso aún que el parricidio — el cual está presente en la práctica to tali­ dad de las leyendas antiguas—, es un tem a frecuente en el tea­ tro griego: de las treinta y tres trag ed ias q u e se han conser­ vado, o ch o se centran en el destino de los últimos Atridas", y diez lugares d e G recia pre­ tendían haber visto la purifica­ ción de O restes, siem pre reno­ vada. siem pre ineficaz, testi­ m oniando así la extraordinaria popularidad del episodio. El asesinato es el tem a de Las coéforas d e Esquilo (458 a. C.) y de las dos Electro, la de Só­ focles (h. 413 a. C.) y la de Eu­ rípides (413 a. C.). Preso de la locura y condenado por el tri­ bunal de Micenas en el Orestes d e E urípides (408 a. C .). absuelto por el tribunal ateniense gracias a Atenea en Ixis eitinénides (últim a parte d e la trilo­ g ía la O restíada d e Esquilo, rep resen tad a en 458 a. C.), O restes prosigue su redención, siem pre bajo la protección de A tenea, en la Ifigenia en Táu­ ride de Eurípides (414 a. C.). Entre las obras m odernas que recogen el mito, además de las numerosas obras dedicadas a la 321 O R FE O familia de los Atridas y en par­ ticu lar a Ifigenia y a Electra, m encionaremos la A ndróm in a d e Hacine (1667), el O restes de Voltaire (1750) y el de Vittorio Alfieri (1776). En el siglo xtx, la Orestíada de Alexandre Dumas (1865) concede un pa­ pel importante a Egisto, subra­ yando el am o r que le une a C litem nestra. En la pieza de Jean-Paul S artre l.as m oscas ( 1943), Orestes encarna la exi­ gencia de libertad absoluta que le lleva a liberarse del senti­ m iento de cu lpabilidad, que Egisto alimenta para oprim ir al pueblo. Las «moscas» que dan nombre a la pieza simbolizan a las erin ia s'. En la novela de A lvaro C unqueiro El hom bre que se pa recía a Orestes (1969), el héroe' quiere olvidar la obligación de venganza im­ puesta por los acontecimientos familiares. - » AGAMENÓN, ELECTRA. IFIGEN IA . ♦ Icón. Orestes y las euménides, crátera griega, siglo iv a. C.. Louvre. Posteriorm ente, y sobre el mismo tema, diversas obras romanas, bajorrelieves y p inturas m urales (M usco de Ñapóles): Cabeza de Orestes, escultura d e la época rom ana, Rom a; M enelaos. O restes y www.FreeLibros.me Electro. Roma; Sarcófago de H usillos, M adrid. Musco A r­ queológico Nacional. —» f.i.ecTRA. ♦ M ás. M ilhaud compuso la m úsica p ara la versión de la Orestíada de Esquilo realizada por C laudel (representada de 1914a 1915) y. paralelamente, una ópera titulada Las euménides (1922). ♦ Citl. —> ELECTRA, IFIGENIA. ORFEO O rfe o e s h ijo d e la m u s a ’ C a lío p e (se g ú n o tra s versiones d e P o lim n ia o d e C lío ) y de Eag ro , rey d e T racia. P oeta y m ú­ s ic o , h e c h iz a b a c o n su s cantos a c u a n to s le e s c u c h a b a n . Los a n im a le s s a lv a je s le se g u ía n s u b y u g a d o s , lo s á rb o le s in c li­ n a b a n las ra m a s a su p a so , las m is m a s ro c a s s e c o n m o v ía n c o n lo s d u lc e s a c e n to s d e su lira. S e le a trib u ía la invención d e e s te in s tru m e n to o b ien el p e rfe c c io n a m ie n to de la lira de s ie te c u e rd a s q u e A p o lo ’ había r e c ib id o d el jo v e n H erm es", a la q u e a ñ a d ió d o s n u ev as c u e r­ d a s e n h o m e n a je a la s m usas, c re a n d o a s í la cítara. T o m ó p a rte e n la e x p e d i­ c ió n d e lo s A rg o n a u ta s ’ m a r­ c a n d o la c a d e n c ia d e los rem e­ ro s y c a lm a n d o c o n su v oz las O R FE O 322 323 O R FE O o la s im p e tu o s a s . G ra c ia s a su a y u d a , su s c o m p a ñ e ro s p u d ie ­ ro n lib ra rse d e p e re c e r c e rc a d e la ro c a d e la s siren as* , p u e s la b e lle z a d e su c a n to a n u ló el e m b r u jo d e la s v o c e s d e e s ta s tra ic io n e ra s cria tu ra s. —> a r g o ­ c o n su e s p o s o a c o n d ic ió n de q u e fu e ra d e trá s d e é l y d e que e s te n o v o lv ie s e la m ira d a h a­ c ia a trá s h a sta q u e n o h u b ieran lle g a d o al m u n d o d e lo s vivos. P e ro p o c o a n te s d e a lc a n z a r la lu z , O r f e o , in c a p a z d e re s is ­ tirs e , s e v o lv ió h a c ia E u ríd ic e nau ta s. E l te m a d e l d e s c e n s o a lo s y e s ta d e sa p a re c ió , p e rd id a esta In fiern o s” a p a re c e lig ad o d e sd e v e z p a ra sie m p re . su s o ríg e n e s a l m ito d e O rfe o , O rfe o la llo ró d e se sp e ra d a ­ q u e s in d u d a s e r e m o n ta a e s ­ m e n te y tu v o u n trá g ic o fin so ­ tr u c tu ra s r e lig io s a s y s o c ia le s b re e l q u e d iv e rg e n la s distintas m u y a n tig u a s . P o s te rio r m e n te tra d ic io n e s . L a m a y o ría d e las se a s o c ió a un te m a s e n tim e n ­ v e rs io n e s p re s e n ta n c o m o una tal (e l a m o r m á s a llá d e la c o n s ta n te su d e sp e d a z a m ie n to m u e r te ) q u e se c o n v e r t ir ía e n a m a n o s d e u n a s m u je re s , sin fu e n te d e in s p ira c ió n lite r a r ia d u d a s u p e r v iv e n c ia d e a n ti­ so b re to d o a p a rtir d e la é p o c a q u ís im o s r ito s p re h e lé n ic o s h e le n ís tic a . O rfe o h a b ía to ­ (e je c u c ió n ritu al d e u n « re y sa­ m a d o p o r e s p o s a a la n in fa " g ra d o » en e l se n o d e u n a socie­ E u ríd ic e y la a m a b a a p a s io n a ­ d a d m a tria rc a l) . O rfe o h ab ría d a m e n te . U n d ía , c u a n d o E u rí­ sid o d e s p e d a z a d o p o r la s m uje­ d ic e c o r r ía d e s c a l z a s o b r e la re s tr a c ia s , u ltr a ja d a s p o r el h ierb a p a ra e s c a p a r d e A riste o , c o n s ta n te re c h a z o q u e e s te les h ijo de A p o lo , fu e m o rd id a p o r m a n ife sta b a, b ie n p o rq u e se ha­ u n a s e r p ie n te , a c o n s e c u e n c ia b ía m a n te n id o fie l a la m em o ­ d e lo c u a l m u rió . In c o n so la b le r ia d e E u ríd ic e , o b ie n p o rq u e p o r su p é rd id a , O rfe o d e c id ió ir d e s p u é s d e h a b e r la p e rd id o a b u s c a r la a lo s I n f ie rn o s . El s o lo te n ía r e la c io n e s c o n m u­ re in o d e lo s m u e r to s se s o m e ­ c h a c h o s . O tra v e rs ió n p ropone tió al h e c h iz o d e su s c a n to s : el q u e O rfe o , a l re g re sa r d e los In­ te r r ib le C e r b e r o ” s e a m a n s ó , f ie rn o s , h a b ía in s titu id o unos los su p licio s se d e tu v ie ro n . H a ­ m iste rio s q u e re v e la b a n los se­ d es" y P e r s é f o n e ”, ta m b ié n c r e to s d e l m á s a llá , p e ro que c o n m o v id o s , c o n s i n ti e r o n en e s ta b a n r e s e rv a d o s e x c lu s iv a ­ d e ja r q u e E u ríd ic e r e g r e s a r a m e n te a lo s h o m b r e s . U n día Rubens. O r f e o y E u r íd ic e . Madrid, Museo del Prado q u e lo s e s ta b a c e le b ra n d o , las m u je re s se a p o d e ra r o n d e las a rm a s q u e lo s c e le b r a n te s h a ­ bían d e ja d o a la e n tr a d a d e la casa d o n d e te n ía lu g a r e l rito e irru m p ie ro n fu rio sa s , m a ta n d o a O r f e o y a su s d is c íp u lo s . T am b ién e s fre c u e n te la a trib u ­ ció n d e la m u e r te d e l p o e ta a las m énades" q u e , p re sa s del fu ­ ror d io n is ía c o , le h a b ría n d e s ­ pedazado d u ra n te u n a o rg ía b á ­ q u ic a e n e l m o n te P a n g e o . Su m uerte, se g ú n e s ta v e rsió n , s e ­ ría u n a v e n g a n z a d e D io n iso ", celoso d e l c u lto q u e O rfe o re n ­ www.FreeLibros.me d ía a A p o lo y fu rio so co n tra el m ú sico p o r d esp reciar el suyo y e n se ñ a r el rech azo a los sacrifi­ c io s sa n g rie n to s. —» d io n is o . E n lo s re la to s en q ue el hé­ ro e ” es d e sp e d a z a d o , las m uje­ re s a rro ja n s u s re sto s al río Heb ro , q u e los a rra stra al m ar. La c a b e z a y la lira d el p o e ta , e m ­ p u ja d a s p o r las o la s, llegaron a la is la d e L e s b o s , c u y o s h a b i­ ta n te s erig iero n u n a tum ba para a c o g e rla s . D u ra n te m u ch o tie m p o se e le v a rá n d e a q u e lla tu m b a c a n to s d o lie n te s y el s o ­ n id o d e la lira. L e sb o s se c o n ­ ORFEO v ir tió a s í e n la tie r r a p riv ile ­ g ia d a d e la p o e s ía lírica. E n to r n o al m ito d e l d e s ­ c e n so a los In fie rn o s c ris ta liz ó u n a c o rr ie n te d e p e n s a m ie n to , o rig in a l en e l m u n d o g rie g o , qu e eo n v irlió a O rfe o — a quien se s u p o n ía d c te n to r d e r e v e la ­ c io n es so b re e l tra y e c to q u e d e­ b ía s e g u ir e l a lm a e n e l m á s a llá — e n el p ro feta d e u n a re li­ g ió n artic u la d a e n to rn o al tem a d e la S a lv a c ió n . El o rfis m o , s u r g id o e n m e d io s p o p u la r e s , e s a n te to d o u n m o d o d e v id a e s p e c ífic o , re p re se n ta d o p o r ri­ to s d e p u r if ic a c ió n , la u tiliz a ­ ció n d e fó rm u la s m á g ic a s y n u ­ m e ro s a s p r o h ib ic io n e s , e n tr e e lla s la d e c o m e r c a rn e , v e g e ta ­ ria n ism o q u e lo s itu a b a al m a r­ g en d e las p rá c tic a s relig io sa s y s o c ia le s d e la c iu d a d . E sta « v id a ó rfic a » e s ta b a a so c ia d a a u n a te o lo g ía q u e n o s o lo p r e ­ se n ta su p ro p ia e x p lic a c ió n del o rig en del m u n d o , sin o tam b ién la d e los o ríg e n e s d el h o m b re y d e su d e s tin o e s p ir itu a l. El m u n d o , seg ú n e sta c o n c e p c ió n , su rg ió d e un h u e v o p rim o rd ia l d e l q u e n a c ió e l p rim e r s e r v iv o , m a c h o y h e m b ra a la vez. q u e e n g e n d ró to d o lo q u e e x iste. E sta e n tid a d p rim ig e n ia e r a F a n e s , « el B rilla n te » (o E r o s ', s e g ú n o tr a s v e rs io n e s ) . 324 L a p a rle s u p e r io r d el h u e v o se c o n v irtió en la b ó v e d a c e le ste y la p a rte in t e r io r e n la T ie rra . D e la te o g o n ia ” d e riv a d a de e s t a c o n c e p c ió n re te n d re m o s s o b r e to d o e l m ito d e Z a g re o . h ijo d e Z e u s ” y d e P e rs é fo n e . ra p ta d o d e n iñ o p o r los tita n e s ’ y lu e g o d e v o ra d o p o r e sto s, Z e u s lo re s u c itó c u a n d o en g e n ­ d ró a D io n iso , d iv in id a d central d e l o r f is m o c o n q u ie n s e le s u e le id e n tif ic a r a m e n u d o . El h o m b re , p o r su p a rte , n a c ió de la s c e n iz a s d e lo s tita n e s , fu l­ m in a d o s p o r Z e u s, y s u n atu ra­ le z a es, p o r ta n to , p arcialm en te d iv in a , a u n q u e e s t á ta m b ién m a rc a d a p o r la m a n c h a del cri­ m e n . E s ta e s p e c ie d e p e c a d o o rig in a l le c o n d e n a a v iv ir pri­ sio n e ro d e u n c u e rp o h u m a n o o a n im a l. A l c a b o d e u n a serie de r e e n c a r n a c io n e s y d e la s co ­ rre sp o n d ie n te s e sta n c ia s en los In fie rn o s , d o n d e e x p ía su s fal­ tas, su a lm a p u e d e p o r lin acce­ d e r a u n a p u rific a c ió n d e fin i­ tiv a y e s c a p a r a su c o n d ic ió n p a ra re c o b r a r su n a tu ra le z a di­ vina. El p e n s a m ie n to griego, d esd e P ilág o ras a P lató n , estuvo m u y in flu id o p o r la s d o ctrin as ó rfic a s, y a q u e e s ta s respondían a necesid ad es esp iritu ales que la relig ió n tradicional n o p odía sa- 325 O R FE O tisfaeer. S u preocupación central en la s a lv a c ió n d e l a lm a y su tendencia al m o n o teísm o co n tri­ b u y ero n ta m b ié n d e fo rm a im ­ p o rta n te al p a s o d e l p a g a n is m o al c ris tia n is m o . D e e s te m o d o , en e l a rle p a le o c ris tia n o O rfe o a p a re c e a m e n u d o c o m o u n a p refig u ració n p a g a n a d e C risto . ♦ L en g u a . Un orfeón es un coro formado originariam ente solo por hom bres, aunque en algunos casos puede ampliarse con voces blancas (m ujeres y niños). ♦ L it. El m ito de O rfeo apa­ rece a menudo evocado por los autores griegos: los trágicos (E squilo, A gam enón; E urípi­ des, Ifigenia en Aulitle, Alcestis. Im s bacantes); Platón (La República. 364; E l banquete. 179) y. en el siglo i d. C .. Diodoro de Sicilia (I, III. IV). Los poetas latinos volvieron sobre el tem a, en tre ello s O vidio (Metamorfosis, X. XI) y Virgi­ lio en el conm ovedor relato de la IV Geórgica. El mito d e O rfeo es quizá uno de los que han inspirado las más ricas representaciones a r­ tísticas. posiblem ente porque su protagonista es a su vez un creador, sím bolo por excelen­ cia del m úsico y del poeta, al www.FreeLibros.me que su arte confiere poderes excepcionales. Es cierto que la historia de Orfeo y Eurídice es. ante todo, la del am or absoluto que ignora la muerte. Efectiva­ mente, O rfeo no es solo el hé­ roe que, negándose a aceptar la muerte de la mujer amada, de­ safía a las potencias infernales; es también el héroe que muere por su amor, pues es su fideli­ dad al recuerdo de Eurídice lo que provoca el furor asesino de las mujeres tracias. Sin em bargo, es un am or que lleva en sí mismo su propia de­ bilidad: O rfeo no es capaz de superar la últim a prueba, y es el propio exceso de su pasión im paciente la causa de la pér­ dida definitiva de la amada. Y lo que es más, no es su amor lo que le perm ite entrar en los Infiernos, sino el poder de su canto. Orfeo aparece enton­ ces com o la figura del poeta que no tem e enfrentarse a la m uerte p ara encontrar en ella su más fecunda inspiración. En algunas obras, la figura de Eu­ rídice tiende a difum inarse hasta convertirse en un puro pretexto para la exploración de un ám bito prohibido para el hombre. Este mito fue ampliamente tra­ tado en el Renacim iento. Así. ORFEO el tem a de O rfeo atrayendo con su canto aparece en varias ocasiones a lo largo del C an­ cionero de Petrarca. En Garcilaso tam bién están presentes varias facetas del m ito, hasta culm inar en la É gloga III (1526-1536). En ella, el poder del canto de Orfeo se identifica d efinitivam ente con el de la palabra poética tras la muerte del poeta. Si O rfeo después de muerto, cuando las m ujeres de T racia arrojaron su cabeza al río Hebro. podía seguir invo­ cando el nom bre de su amada Eurídice y, de este m odo, con su canto consiguió la inm orta­ lidad y la gloria para los dos; así. el poeta, a través de su poesía, puede alcan zar la a n ­ siada gloria para él y para su am ada. En este sentido deben interpretarse las palabras de Garcilaso: «(...) mas con la len­ gua m uerta y fría en la b o ca / pienso mover la voz a ti debida / libre mi alm a d e su estrecha roca. / por el Estigio lago con­ ducida, / celebrando t'irá , y aquel sonido / hará parar las aguas del olvido» (Égloga III. segunda octava). El am or de O rfeo y E urídice aparece representado p o r p ri­ mera vez en el teatro en la F á­ bula d e Orfeo de Poliziano (h. 326 1470). obra que será seguida d e otras m uchas ilustraciones literarias, entre las cuales des­ tacarem os F l rúen lo d e Orfeo y E urídice, de R obert Henryson (1 508), El m arido más firm e, de Lope de Vega ( 16 171621). El divino Orfeo, d e Cal­ derón d e la Barca {1663). ade­ más del libreto de Rinuccini (E urídice, 1600) y el de Ranieri de C alzabigi, q u e inspi­ rará la ó pera d e O luck en 1762. La pareja m ítica ocupa el puesto de honor en todas es­ tas versiones y a veces su his­ toria se desliza hacia el teiTeno de la com edia, o incluso al del vodevil, com o e s el caso del O ifeo en los Infiernos, de Offenbach (1858-1874). donde E urídice e s una coqueta a la q u e aburre profundam ente la m úsica de su m arido. En el m ism o tono, la E urídice de Anouilh (1942) pone en escena a una pareja desunida por la in­ fidelidad d e E urídice. El mito aparece entonces com o el sím­ bolo del am or imposible. A partir del siglo X IX . sin em­ bargo, la figura del O rfeo po­ eta parece im ponerse sobre la del m arido inconsolable. Así. G érard de N erval pone corno epígrafe de la segunda parte de Aurelia ( 1855) el célebre grito 327 O R FE O d e O rfeo en la ópera de Gluck: «¡E urídice, E urídice!» En e fecto , el narrador acaba de perder por segunda vez, por su p ro p ia culp a, a la m ujer de la que depende su destino y, lo que es más importante, ha per­ dido la esp eran za d e en co n ­ trarla más allá de la m uerte, convencido de q u e a él le está vedada la salvación. Pero, al fi­ nal del relato, el narradores li­ berado de su am or y asim ila la experiencia de la locura que ha padecido después de un «des­ censo a los infiernos»: ha sa­ lido victorioso de esta prueba gracias al poder salvador de la escritura poética. Este es tam ­ bién posiblem ente el sentido del m isterioso verso de «El d esdichado» (L as quimeras, 1854). donde el poeta, m odu­ lando su canto «sobre la lira de O rfeo», puede afirm ar: «Dos veces victorioso atravesé el Aqueronte.» Paulatinam ente se irá afir­ m ando u n a lectura nueva del m ito según la cual la m úsica — o la poesía— es la verdadera am ante de O rfeo y el objetivo últim o de su descenso a los In­ fiernos. En Orfeo rey, de Víc­ tor Segalcn (1916), por ejem ­ plo, la am ante del poeta está celo sa d e su m úsica, com o www.FreeLibros.me tam bién en O rpheus Descending, de T ennessee W illiams (1957), donde O rfeo, aquí un guitarrista, prefiere su guitarra al am or de las mujeres. La fas­ cinación poética d e la muerte aparece destacada también en la obra de Rainer M aria Rilke con «Orfeo, Eurídice, Hermes» (Nuevos poemas, 1907-1908) y en los Sonetos a O ifeo ( 1923), com o tam bién en los Cantos órjicos, de Dino Campana (1914). José Ricardo Morales traslada a nuestros días el mito y lo trata d e form a irónica en Orfeo o el desodorante ( 1972). La o b ra de Proust aparece atravesada asim ism o de refe­ rencias — en ocasiones humo­ rísticas— al m ito de Orfeo qu e pueden d a r cuenta de la oposición en tre el am or y el arte sobre la cual se edifica A la b ú sq u ed a d e l tiem po p er­ d id o ( 19 1 3 -1928). Aunque el m ito está asociado a todas las e x p erien cias d e separación (Swann buscando a Odetle en­ tre las som bras de los buleva­ res parisinos, el narrador lla­ m ando a su abuela por telé­ fono), es el am o r del narra­ d o r por A lberline —a quien pierde por primera vez cuando esta huye de su lado y la se­ gunda cuando muere— el as- 328 ORFEO pecio q ue p arece rep ro d u cir más fielm ente el esquem a m i­ lico. D espués de la m uerte de esta, el narrador se volverá en vano hacia el infierno del p a­ sado de A lbertinc: es un m undo q ue en lo su cesiv o le quedará vedado. Sin embargo, el verdadero des­ censo a los Infiernos del narra­ dor posiblem ente tiene lugar en G uermantes cuando, rodea­ do de personajes envejecidos, convertidos ahora en m eras sombras, com prende que d e su exploración del pasado no solo debe traer consigo los rostros de los seres queridos desapare­ cidos. sino sobre todo la obra literaria. Esta dcsvalori/.ación del am or en beneficio de la escritura aparece tam bién en la película escrita y realizada p o r Jean C octeau O rfeo (1949), donde el poeta se m uestra muy poco preocupado por resucitar a Eurídice, su gris y devota esposa. Orfeo, en realidad, intenta bus­ c ar a la M uerte, esa m ujer de m isteriosa belleza qu e le en ­ señó a pasar d e un m undo a otro a través de los espejo s y que, sobre todo, le d io acceso a una poesía extraña qu e él se esfuerza en descifrar. O rfeo no puede p o r m enos qu e ex p e ri­ mentar. por tanto, una inmensa alegría al perd er por segunda vez a su esposa, para poder así regresar al reino de la Muerte. Por lo d em ás, en su cinta Le. testa m en t d 'O rp h é e (1963), C octeau prescinde claramente del tem a del am or para exaltar los vínculos entre la poesía y la m uerte. Las o bras modernas acentúan a sí la aventura poé­ tica de O rfeo y. cuando dejan espacio al am or, lo hacen para su b ray ar que este debe pasar por la ausencia y el duelo. —> INFIERNOS. ♦ ¡con. O rfeo aparece repre­ sentado unas veces con su lira, fascinando con sus cantos a un público hum ano o animal (Or­ fe o con lo s ir a d o s, crátera griega, 4 5 0 a. C ., B erlín; Or­ fe o enca n ta n d o a las bestias, sig lo iv d. C .. m osaico ro­ m ano, L aon, y sig lo ii, Zara­ goza; a lo q u e habría que añ ad ir una decena d e cuadros m o d ern o s, en tre ello s Orfeo. títu lo d e varios lienzos de G ustave M oreau, h. 1865, Pa­ rís): otras veces aparece junto a Eurídice o llorando (O rfeoy Eurídice, bajorrelieve griego, siglo v a. C „ N ápolcs; con el m ism o título, lienzo de Poussin, sig lo x v u . L ouvre, y Rubens, h. 1636-1638, Madrid, 329 O SIR IS M useo del Prado; G ustave cándalo en el mom ento de su M oreau. O rfeo sobre la tumba estreno — la acción es una pa­ d e E urídice. 1890, París). Su rodia de la leyenda (con can­ cortejo de ménades fue repre­ cán final)— , pero que pronto sentado sobre todo en la A nti­ obtuvo un éxito arrollador. En güedad: M énade, crátera L a s d esg ra cia s de Orfeo, griega, h. 4 8 0 a. C .. Palermo; ó pera d e cám a ra d e Darius M énade danzando, relieve M ilhaud (1926), O rfeo es un grieg o , h. 4 0 0 a. C ., Rom a; sanador que cura a las bestias M ogrobejo, O rfeo y las m éna­ salvajes y Eurídice una bohe­ des, panel de b ronce, finales m ia; d esd e luego, la historia del siglo xix-principios del xx. es bastante diferente a la de la Bilbao. Entre las innumerables tram a antigua... pero también representaciones iconográficas term ina mal. Por últim o, O r­ del m ito citarem os tam bién fe o 53. ópera concreta de PicO rfeo de.spedaz.udo p o r las rre S ch ae ffe r y Pierre Henry m u jeres d e Tracia, d ib u jo de (1 953), m ezcla de bel canto D urero (siglo xvi, Naum burg) a la italiana y de sonidos y O rfeo enseñando a los hom ­ electroacústicos, desencadenó b res las a rtes y la paz. lienzo tam bién un sonado escándalo. de Delacroix (siglo xix, París, ♦ Cin. Orfeo, de Jean Cocteau C ám ara de los Diputados). (1949). seguido en 1959 de Le ♦ M á s . E ra n atural que el testament d'O rphée (—>LIT.). m úsico por excelen cia in sp i­ El Orfeo negro, de Marcel Carara o bras m usicales. C itare­ mus (1959), es una adaptación m os L a fá b u la d e Orfeo. m oderna del m ito situada en dram a musical d e M onteverdi pleno carnaval de Río de Ja­ (1 6 0 7 ); O rfeo, can ta ta fran ­ neiro. Jacques Demy propone cesa de Rameau (1721); Orfeo o tra adaptación m oderna en y E urídice, ó p era d e G luck P arking (1985), donde la (1 7 6 2 ); O rfeo y E urídice. muerte de Eurídice es causada ópera de H aydn ( 17 9 1) repre­ por una sobredosis. sen tad a p o r p rim era vez en 195 I : O rfeo en los Infiernos, O SIR IS ópera fantástica de Offenbach D io s eg ip cio , h erm ano y es­ isis . (1 8 5 8 ) que cau só un gran e s­ p o so d e www.FreeLibros.me p PACTOLO PALADIO R ío d e L id ia , lla m a d o ta m ­ b ién e l « río q u e a r r a s tr a o ro » . E ste p e q u e ñ o c u rs o flu v ia l e ra fa m o so p o rq u e e n su s a g u a s se e n co n trab an p e p ita s d e o ro . M i­ das", q u e h a b ía d e v u e lto a D io ­ niso'' su c o m p a ñ e ro S ile n o ”, al q u e u n o s ca m p e sin o s d e su s tie­ rras h a b ía n a p re s a d o y lle v a d o a su p re s e n c ia , re c ib ió del d io s el d o n d e tr a n s fo r m a r e n o ro todo lo q u e to ca se . P ero n o h a ­ bía te n id o e n c u e n ta al so lic ita r tal d e s e o q u e ta m b ié n tra n sfo r­ m aría e n m etal c u a n to s a lim e n ­ tos in te n ta s e lle v a rse a la b o ca. D e s fa lle c id o d e h a m b re y d e sed, su p lic ó a D io n is o q u e an u ­ lase el d o n . E l d io s le a c o n se jó q u e se p u rific a se e n e l río P a c ­ tólo, c u y a s a g u a s, d e sd e e n to n ­ ce s, a rr a s tr a n p e p ita s d e l p r e ­ ciado m etal. - » d i o n i s o , m i d a s . E ra u n a e sta tu a m isteriosa, c o n s tru id a p o r A te n e a ', dotada d e virtudes m ágicas, que cayó de lo s c ie lo s e n e l m o m e n to de la fundación de T ro y a ' y que desde e n to n c e s lo s tro y a n o s adoraron c o m o u n a e sp e c ie de talism án p ro te c to r. El a d iv in o H éleno, h e rm a n o g e m e lo d e C asandra", p re d ijo q u e la c iu d a d no podría s e r to m a d a m ie n tra s el P aladio p e rm a n e c ie s e e n p o d e r d e los tro y a n o s. U lise s”, al co n o c e r el a u g u rio , c o n sig u ió p e n e tra r en T ro y a d isfraz a d o d e m endigo y, ay u d a d o p o r D io m edes, se ap o ­ d e ró d e la e s ta tu a y la llev ó al c a m p a m e n to griego. E xisten sin e m b a rg o o tra s ley en das q ue in­ tegran el P alad io en los orígenes d e R o m a ”. S e g ú n e sta s versio­ n es, el P ala d io h ab ría perm ane­ c id o e n T ro y a y E neas" logró s a lv a rlo d el in c e n d io q u e d e s­ tru y ó la c iu d a d y lo llev ó c o n ­ sigo hasta R om a, donde se le ve- ♦ L it. O vidio, M etam orfosis. XI. 85. www.FreeLibros.me 332 PALAN TE n e ra b a e n e l te m p lo d e V esta*. D e e s te m o d o , ta n to e n R o m a c o m o en T ro y a , la seg u rid a d d e la c iu d ad q u e d ó lig ad a a la co n ­ serv ació n d e la estatu a. S u n o m ­ b re d e riv a d e P alas", e l a p o d o a d o p tad o p o r A tenea. • L engua. El térm ino paladín (o paladión) se ha conservado en nuestra lengua com o nom ­ bre com ún para d esignar a cualquier objeto en que estriba o se cree que consiste la segu­ ridad de una cosa. El paladín es un m etal ligero, relativ am en te esc a so , cuyo nom bre deriva de un pequeño astero id e al q ue se b autizó Palas. PALANTE N o m b re d e d iv e rso s héroes* o p erso n ajes q u e in terv ien en en d ife re n te s m itos: • H ijo d e l titá n " C r ío y e s ­ p o so d e Éstige*, el río d e los In­ fiernos". D e su u n ió n , se g ú n la T e o g o n ia d e H e sío d o , n acie ro n v a rio s h ijo s q u e r e p r e s e n ta n a b s tra c c io n e s m o r a le s : Z e lo (E m u la c ió n ) , N ic e (V ic to ria ), C ra to s (P o d e r) y B ía (F u e rz a ). • G ig a n te " a la d o . L a d io s a A tenea* lo m a tó d u ra n te la G ig a n to m a q u ia y , d e s p u é s de d e ­ so llarlo , se h izo u na c o ra z a co n su p iel y c o n se rv ó su s a la s , que a tó a su s p ro p io s to b illo s . S e ­ g ú n a lg u n o s m itó g r a fo s , se ría su n o m b re (e n g rie g o P a la s ) el q u e la d io s a a d o p tó c o m o una e s p e c ie d e a p o d o . - » p a l a d i o , pa la s. • H e rm a n o m e n o r d e Egeo" y tío d e T e se o " . T e s e o te n d rá q u e lu c h a r c o n tr a él y su s c in ­ c u e n ta h ijo s , lo s P a lá n tid a s , p a ra d e fe n d e r su d e re c h o leg í­ tim o a l tr o n o d e A te n a s , a m e­ n a z a d o p o r esto s. • G u e rre ro itá lic o , a lia d o de E n e a s" e n la g u e r r a q u e e n ­ fre n tó a e s te c o n T u m o , rey de lo s rú tu lo s. PALAS P a la s e s el e p íte to ritu a l de la d io s a A te n e a ", a m e n u d o re­ v e r e n c ia d a b a jo e l n o m b r e de P a la s A te n e a o s im p le m e n te P ala s, ca so frec u e n te e n los tex­ to s literario s. S e g ú n u n a le y e n d a tardía, A te n e a h a b ía a d o p ta d o el nom ­ b re d e u n a d e su s p ro te g id a s, a q u ie n h a b ía m a ta d o a c cid en tal­ m e n te e n e l c u r s o d e u n a dis­ p u ta . P a ra h o n r a r su m em o ria. A te n e a c o n s tru y ó el P a la d io -. • L e n g u a . Un pequeño aste­ roide fue b autizado con el nombre Palas. 333 PAN PALES A n tig u a d iv in id a d ro m a n a p ro te c to ra d e lo s re b a ñ o s y p a­ tr a ñ a d e lo s p a s to re s . D io su n o m b re al m o n te P a la tin o , u n a de la s s ie te c o lin a s d e R o m a . C a re c e d e m ito lo g ía p ro p ia y no tie n e e q u iv a le n te g rieg o . PAN D e s c o n o c id o e n la s le y e n ­ d a s h o m é ric a s", a p a re c e e n r e ­ la to s p o s te rio re s c o m o h ijo d e Z e u s ’ y d e H ib ris (o d e C a ­ lis te ) . V en erad o e sp ec ia lm en te en A rc a d ia * , e s e l d io s d e los p asto re s d e e s ta re g ió n y re p re ­ se n ta e l p o d e r y la fe c u n d id a d d e la n a tu r a le z a s a lv a je , co n fuertes c o n n o ta c io n e s sex u ales. E sta d iv in id a d h íb rid a , m i­ tad h o m b r e , m ita d m a c h o c a ­ brío (c u e rn o s , p a la s h e n d id a s), vive h a b itu a lm e n te e n lo s b o s­ ques y las m o n ta ñ a s, d e lo s q u e no d u d a e n s a lir p a ra la n z a rse en p e rs e c u c ió n d e la s n in f a s ’. Es el c a s o d e S irin g e , q u e c o n ­ sig u ió e s c a p a r d e é l m e ta m o rfo seánd ose en c a ñ a , c o n la cual Pan, p a ra c o n so la rse , fa b ric ó el in s tru m e n to q u e lle v a e l n o m ­ bre d e la nin fa y q u e tam b ién se d e s ig n a c o n e l d e « fla u ta d e P an » . S e le s u e le r e p r e s e n ta r c o ro n a d o c o n ra m a s d e p in o y p o rtan d o e l c a y a d o d e l p a sto r. www.FreeLibros.me Escultura griega d e Pan. L ondres. British Museum E sta d iv in id a d la sc iv a, scxualm e n te in s a c ia b le , fo rm a parte d el ru id o s o y a lo c a d o c o rte jo d el d io s D ioniso". L o s ro m a n o s lo id e n tific a ­ ro n c o n e l d io s itá lic o Fauno". U n a le y en d a refiere qu e, bajo el re in a d o d e l e m p e ra d o r T ib erio PAN (s ig lo i d . C .) , e l p ilo to d e u n n a v io se s in tió c o n m in a d o p o r u n a v o z m is te rio s a a a n u n c ia r: « E l d io s P a n h a m u e r to .» C u a n d o o b e d e c ió , la n a tu ra le z a e n te ra se p u s o a g e m ir. D e s d e la A n tig ü e d a d , e l n o m b r e d e l d io s fu e r e la c io ­ n a d o co n la p a la b ra g rie g a pa n , q u e sig n ifica «to d o » , a u n q u e en re a lid a d n o e x is te re la c ió n e ti­ m o ló g ic a a lg u n a e n tr e a m b o s té rm in o s. E sta fa lsa e tim o lo g ía trajo co n sig o la id ea de q u e Pan s im b o liz a b a « el g ra n T o d o » o , d ic h o d e o tra m a n e ra , la p o te n ­ c ia u n iv e rsa l d e la v id a. U n re ­ c u e rd o d e e s ta c re e n c ia lo te n e ­ m o s , p o r e je m p lo , e n un v e rso d e V íc to r H u go: « S o y P an , so y T o d o : ¡Jú p iter, a rro d ílla te !» —> S Á T IR O S . ♦ L engua. F.l llam ado miedo púnico d esignaba o riginaria­ mente el espanto que desperta­ ban las súbitas apariciones del dios, de a h í el sustantivo p á ­ nico. Las palabras panteón, p a n ­ teísm o y otras form adas a par­ tir d e la v oz griega pan («todo»), no tienen ninguna re­ lación con el Pan mitológico. ♦ Lit. La mayoría de las veces se le recuerda en com pañía de Dioniso. Eurípides, en sus tra­ 334 gedias M edea (431 a. C .) y E lectra (413 a. C .), evoca la postración que provoca la có­ lera del dios, los antros profun­ dos donde se esconde y la mú­ sica d e la flauta que tan to le complacen. Virgilio, Propercio y H oracio (siglo i a. C .) lo mencionan en sus escenas cam­ pestres. En el barroco es fre­ cuente el tratam iento burlesco de esta figura m itológica. Así ocurre, por ejem plo, en la Fá­ bula de Pan y Siringa de Casti­ llo S olórzano (siglo xvn), en el poema Pan y Siringa ( 1665) de M iguel d e B arrios o en el rom ance de Polo d e Me­ dina del m ism o título (1634). en los que dom ina el realismo, el tono jo co so y el lenguaje gongorino. ♦ ¡con. En la Antigüedad apa­ rece unas veces com o un dios m úsico (Pan m úsico y las nin­ fa s , fresco pom peyano, h. 50 a. C., Ñ apóles; Pan. escultura griega. Londres), otras jun to a Baco" (estípite d e Pan lle­ vando a l niño Baco. siglo iv a. C .. R om a) y tam bién como el sátiro” lúbrico que importuna a diosas' y muchachas (Afrodita y Pan, escultura, h. 100 a. C., A tenas). Posteriorm ente, los pintores concedieron particular atención a su aventura con Si- 335 PA N D O R A ringe (Poussin, siglo xvn, Lou­ vre. Reims, Dresde). Una d e las representaciones más habituales del Diablo, que lo muestra con cuernos, rabo y patas hendidas d e m acho ca ­ brío, e stá d irectam ente inspi­ rada en la representación tradi­ cional d e Pan, q u e para los cristianos pasó a simbolizar los aspectos más inm orales y per­ versos del paganismo. ♦ M ú s. B ach, Echo y Pan, 1731. Una canción de G eorge B rassens se titu la Le C rand Pan est m ort («El gran Pan ha muerto»). PANDORA P a n d o ra fu e la p rim e ra m u ­ je r. L o s p rim e ro s re la to s m íti­ c o s r e l a tiv o s a la c r e a c ió n y a p a ric ió n d e la e s p e c ie h u ­ m an a s o b re la tie rra tie n e n en c o m ú n la a u s e n c ia d e m u jeres. H e s ío d o c u e n ta q u e Z e u s", q u e rie n d o v e n g a rs e d e P ro m e ­ teo" y d e lo s h o m b r e s , p o r q u ie n e s e s te h a b ía o s a d o ro b a r el fu e g o d iv in o , h iz o q u e R e te sto ", c o n a y u d a d e A te n e a ’, creara u n a c ria tu ra m a ra v illo sa a im a g e n d e lo s I n m o r ta le s . L os o tr o s d io s e s 1 la a d o rn a ro n g e n e ro s a m e n te c o n « to d o s lo s d o n es» (e s c e s p re c isa m e n te el s ig n ific a d o en g rie g o d el n o m ­ www.FreeLibros.me b re P a n d o r a ): g ra c ia , p e rs u a ­ s ió n , h a b ilid a d m an u al... P ero H erm es" in tro d u jo en su c o ra ­ zó n el m al y el en g añ o . Pan­ d o r a fu e e n v ia d a c o m o regalo a E p im e te o , h e rm a n o d e P ro ­ m e te o , q u e s e d u c id o p o r su e n c a n t o la to m ó p o r e s p o s a , d e s o y e n d o lo s p ru d e n te s c o n ­ s e jo s d e s u h e rm a n o , q u e le h a b ía p re v e n id o c o n tra lo s r e ­ g a lo s d e lo s d io se s. E n su c a s a E p im e te o g u a r­ d a b a u n c o f r e c illo q u e h ab ía p ro h ib id o to c a r a su esp o sa . P an d o ra , d e m a s ia d o curiosa, lo a b rió en c u a n to tu v o o p o rtu n i­ d a d y to d o s lo s m a le s d el g é ­ n e ro h u m a n o q u e a llí e sta b a n e n c e rr a d o s e sc a p a ro n y se e x ­ te n d ie ro n p o r el m u n d o . P a n ­ d o r a c o n s ig u ió c e r r a r el co fre, p e ro d e m a s ia d o ta rd e : so lo q u e d ó d e n tro la E sp eran za, tan e n g a ñ o s a a m e n u d o p a ra los m o rtales. S eg ú n o tra versión, el c o f r e c illo e n c e rra b a to d o s los b ie n e s q u e esta b a n destinados a lo s h o m b re s, q u e d e este m odo los p e rd ie ro n . C o m o la E va bí­ b lic a , el m ito g rie g o p resen ta a la m u je r c o m o la re s p o n sa b le d e to d a s las m ise ria s hum anas. P a n d o r a fu e la m a d re de P irra. —> D EU C A L1Ó N , H U M A N ID A D , TKOG O N ÍA . 337 PA N TEÓ N ♦ L engua. La expresión la caja ele Pandora se utiliza para indicar que lo que parece muy atractivo o beneficioso puede resultar muy perjudicial. En el siglo xvn se bautizó con el nom bre de Pandora a una muñeca de tamaño natural, una especie de m aniquí utilizado p ara presentar la m oda fran­ cesa en las cortes europeas. ♦ Lit. —> PROM ETEO. ♦ ¡con. Pandora entre Atenea y H efesto. copa arcaica. L on­ dres: Rossetti. Pandora. 1869. Buscot. colección Faringdon; Paul Klee. D ie B iichse der Pandora a is Stillehen. 1920. N ueva Y ork; C arlos Franco. Pandora. 1989. Madrid, colec­ ción de arte contemporáneo del Banco Hipotecario. PANTEÓN C o n ju n to d e d iv in id a d e s de u n a m ito lo g ía o d e u na relig ió n p o lite ísta , c o m o e ra n la s d e los a n tig u o s g rie g o s y ro m a n o s. K1 e m p e ra d o r g rie g o o rd e n ó erig ir e n R o m a un te m p lo e n su h o ­ n o r. el P an teó n . ♦ ¡jnigua. El térm ino panteón ha pasado a nuestra lengua para designar un m onum ento funerario destinado al enterra­ miento de varias personas. p a r ís PARCAS D iv in id a d e s q u e re p r e s e n ­ ta n la o m n ip o te n c ia d e l D e s ­ tino- e n la re lig ió n ro m a n a , lla­ m a d a s p o r a n tíf r a s is « la s q u e sa lv a n » (d el latín p a r c e r e ) p o r­ q u e , p r e c is a m e n te , n a d ie se s a lv a d e e lla s . P o s e e n lo s c a ­ ra c te re s d e las m oiras" g riegas, c o n la s q u e se fu e ro n id e n tif i­ c a n d o p a u la tin a m e n te . E n sus o ríg e n e s e ra n u n o s g e n io s m a­ lé f ic o s q u e p re s id ía n e l n a c i­ m ie n to d e lo s h o m b r e s , pero te r m in a r o n a s im ilá n d o s e por c o m p le to a la s tre s in fle x ib le s h e rm a n a s h ila n d e ra s p o r cuyas m a n o s s e d e s liz a , in e x o r a b le ­ m e n te , la v id a d e los m ortales. L a p r im e r a p re s id ía e l n a c i­ m ie n to , la se g u n d a el m atrim o ­ n io y la te rc e ra la m u e rte . E n e l F o ro d e R o m a están su s e s ta tu a s , c o m ú n m e n te d e­ s ig n a d a s c o m o T r ia Fetta, los « T re s D e s tin o s » o la s «T res H ad as» . — > F A TU M , M O IR A /M O IR A S . ♦ L en g u a . El sustantivo parca, en sin g u lar y como nombre común, se utiliza a ve­ ces en lenguaje literario como sinónim o de «muerte». ♦ Lit. La jo v e n parca de Paul V aléry (1 9 1 7 ) está muy lejos de la representación tradicio- Goya. E l D e s t i n o o Los tres p a r c a s . Madrid, Museo del Prado nal d e las a te rrad o ras parcas épocas: Salviati, Las tres par­ de la m itología. El personaje cas. siglo xvi, Florencia; Ru­ bens. Las parcas hilando el eleses en realidad «la conciencia consciente», que constituye el tino de María de Médicis. siglo v erd ad ero tem a del poema. xvn. Louvre; Goya, El Destino E ncontram os, p o r o tra parte, o Im s tres parcas, pintura ne­ una versión humorística de las gra. 18 19 -1823. Madrid. Museo tres figuras legendarias en la del Prado; Sérusier. La parca novela El m undo d e d u é r ­ d o to , posterior a 1900. colec­ m a n les I de Proust (1920). ción privada. En escultura, donde tres ancianas, condena­ grupo de mármol de Gcrmain d a s al o strac ism o por su e s ­ Pilón, h. 1560. Museo de candalosa vida pasada, apare­ Cluny. cen ante los ojos del narrador com o tres caducas parcas cu­ PARIS yas m anos habrían « tejido la H ijo m e n o r d e Príam o*, rey dudosa reputación» de m u­ d e T ro y a ', y H é c u b a -, tam b ién chos dignos caballeros. lla m a d o A le ja n d r o («el qu e ♦ ¡con. Al ser unas figuras re­ p ro te g e a lo s h o m b re s » ). Su lacionadas con la muerte poseen d e s tin o y s u s a c to s e stá n in d i­ un carácter intem poral que ha s o lu b le m e n te u n id o s a los o rí­ propiciado que fueran tomadas g e n e s d e la g u e rra q u e cau saría como lema artístico en todas las la ru in a d e su ciudad. www.FreeLibros.me PA R IS 338 C u a n d o H é c u b a e s ta b a e m ­ j a d o e n la s b o d a s d e T e tis " y b a ra z a d a d e él, so ñ ó q u e d a b a a P e le o . P a ris , d e s d e ñ a n d o los lu z u n a a n to r c h a q u e in c e n ­ p re s e n te s q u e le p ro m e tía n d ia b a T ro y a . E ste p ro d ig io fu e H e ra ' y A ten ea", o fre c ió e l p re ­ in te rp re ta d o c o m o un m a l p re ­ m io a A f r o d i ta -, q u e le h a b ía sag io y P ríam o d e c id ió m a ta r al p ro m e tid o e l a m o r d e la m u jer n iñ o . P e ro su m a d r e le s a lv ó , m á s b e lla d e m u n d o , H e le n a ', a b a n d o n á n d o lo lu e g o e n e l re in a d e E sp a rta . D e s d e e n to n ­ m o n te Id a , c e r c a d e T ro y a . c e s será el p ro te g id o d e la d iosa U n o s p a s to re s lo re c o g ie ro n y d e l a m o r, q u e fa v o re c e rá todas c ria ro n — s e g ú n o tr a v e r s ió n , s u s e m p re sa s, p e ro se g ran jeará P aris h ab ría sid o c ria d o p o r un a ig u a lm e n te e l r e n c o r d e s p e ­ o sa — ; c u a n d o c re c ió , e l jo v e n , c h a d o d e la s o tr a s d o s d io s a s, c o n v e rtid o e n p a s to r, v ig ila b a q u e e n lo s u c e s iv o n o d e ja rá n los re b a ñ o s d e su fa m ilia a d o p ­ d e p e rs e g u ir c o n s a ñ a im p la c a ­ tiv a y a h u y e n ta b a a lo s la d r o ­ b le a P aris... y a to d o e l p u eblo n es, lo q u e le v a lió el a p o d o d e tr o y a n o . E s ta m o s a n te u n o de lo s m ito s q u e re fle ja n la id e o ­ A le ja n d ro . —> h é r o e s . E n u n a o c a s ió n . P a ris a c u ­ lo g ía « trifu n c io n a l» d e lo s an ­ d ió a T ro y a p a ra p a r tic ip a r en tig u o s p u e b lo s in d o e u ro p e o s . u n o s j u e g o s f ú n e b r e s , d o n d e —> F U N C IO N E S . p ro n to d e s ta c ó a l s a l i r v ic t o ­ A p e s a r d e los so m b río s va­ rio s o d e to d a s la s p ru e b a s . El tic in io s d e C a sa n d ra , q u e an u n­ jo v e n f u e r e c o n o c id o p o r su c ió e n v a n o e l fa ta l d e s e n la c e h e r m a n a , la p r o f e tis a C a s a n ­ d e e s ta a v e n tu r a , P a ris s e las d ra , y P ría m o , fe liz p o r re c o ­ a rre g ló p ara s e r in c lu id o e n una b ra r al h ijo q u e c r e ía p e rd id o , e m b a ja d a q u e s e d ir ig í a a E s­ le re s titu y ó su lu g a r en la m a n ­ p a rta . A llí s e d u jo a H e le n a en sió n real. a u s e n c ia d e su m a r id o , e l rey M ien tras g u a rd a b a lo s reb a­ M e n e la o ’, q u e h a b ía p a rtid o ñ o s d e su p a d re e n e l m o n te h a c ia C re ta p a ra a s is tir a unos Id a , fu e e le g id o c o m o á r b itr o fu n erale s, y la rap tó , saqueando p a ra d ir im ir el litig io q u e e n ­ a d e m á s la s a rc a s r e a le s y lle­ fren tab a a las tre s d io s a s' p o r la v á n d o se c o n s ig o c u a n ta s riq u e­ p o se s ió n d e la m a n z a n a d e o ro z a s p u d o re u n ir. E n T ro y a , Pa­ d e stin a d a « a la m á s b e lla » q u e rís y H e le n a fu e r o n m u y bien E ride ', la D isco rd ia, h a b ía a rro ­ a c o g id o s p o r P ría m o y la fam i­ 339 PA R IS Rubens. El juicio d e Paris. Madrid. Museo del Prado lia re a l. S o lo C a s a n d ra c o n ti­ flic to , c o n s ig u e e s c a p a r d e la n u ó p r o f e tiz a n d o d e s g r a c ia s . m u e rte s o lo g ra c ia s a la ay u d a A lg u n o s a ñ o s m á s ta rd e , e l h e ­ d e A fro d ita , q u e le e n v u elv e en c h o d e q u e lo s tro y a n o s s e n e ­ u n a e s p e s a n u b e y le d e v u elv e g asen o b stin a d a m e n te a d e v o l­ m ilag ro sam en te al lecho de H e­ ver a H e le n a lle v ó a M e n e la o a le n a . M u c h o s tro y a n o s , e n tre reclam ar la a y u d a d e lo s p rín ci­ e llo s su h e rm a n o m a y o r H éc­ pes g r ie g o s , o b lig a d o s p o r el tor", se b u rla n a m en u d o de sus ju ra m e n to q u e T in d á re o h a b ía ad e m a n e s p o c o viriles. Será Pa­ im p u esto a lo s an tig u o s p re te n ­ ris, sin e m b a rg o , q u ien consiga d ie n te s d e su h ija . S e o rg a n iz ó m a ta r a A q u ile s ’, e sta vez g ra ­ a sí u n a e x p e d ic ió n p u n itiv a c ia s a la ay u d a del d ios A p o lo ', c o n tra T ro y a c o n A g a m e n ó n ", q u e d irig e su fle c h a co n tra el el h e rm a n o m a y o r d e M en e lao , ú n ic o p u n to v u ln e ra b le del hé­ co m o c o m a n d a n te su p rem o . roe" griego, el talón. Paris muere L a im a g e n q u e la tra d ic ió n a su v e z p o r u n a flecha envene­ nos o f r e c e d e P a ris d u ra n te la nad a lan za d a p o r Filoctetes", ar­ gu erra n o e s p re c isa m e n te g lo ­ m ad o c o n el a rc o d e H eracles". rio sa . V e n c id o p o r M e n e la o —> H E L E N A . M E N E L A O . d u ra n te u n c o m b a te s in g u la r o rg a n iz a d o a l p r in c ip io d e la ♦ Lit. Paris es uno de los prin­ c o n tie n d a p a ra d ir im ir e l c o n ­ cipales personajes de la epo- www.FreeLibros.me 340 PA R N A SO peya iroyana. inmortalizada en la llíaíla de H om ero. Su d es­ tino inspiró una tragedia a Sófocles y otra a E urípides, am bas tituladas A lejandro y actualmente perdidas. La pie/a d e E urípides contaba el naci­ m iento de Paris, rodeado de funestos presagios, y su aban­ dono en el monte Ida. com pa­ rable al de E d ip o '. Era la prim era parte d e una trilogía centrada en el trágico destino de T roya, de la que solo se conserva la últim a parte, titu ­ lada Las troyanas <415 a. C.). donde se presenta a las cau ti­ vas troyanas que serían repar­ tidas com o bolín de guerra en­ tre los vencedores después de la caída de la ciudad. El episodio del ju icio es re la ­ tado en el «Romance de Paris. del ju ic io qu e d io cuando las tres deesas le hallaron d u r­ m iendo», de a u to r anónim o, incluido en el C ancionero de Am beres (siglo xvi). ♦ Icón. Un fresco de Pompeya representa a París seduciendo a H elena (siglo i a. C.. N ápo­ les): un m osaico de A ntioquía del siglo ti ilustra El ju ic io de Paris (Louvre). El mismo tema fue más tarde representado por C ranach (1529. C openhague. Nueva York), G iordano (siglo C openhague. Berlín. Leningrado), Rubens (siglo x v i i , L ondres, D resdc. M adrid). W attcau (siglo xvm, Louvre) y Bouchcr (siglo xvm , Londres). Paris m atando a Aquiles, Ru­ bens, siglo x v i i , Berlín; París. escultura de Canova, siglo xix, San Petersburgo. ♦ Cin. —> T R O Y A . x v ii. PA R N A SO E s ta c a d e n a d e m o n ta ñ a s, q u e s e a lz a c e r c a d e D e llo s y d o n d e a c tu a lm e n te e x is te una e s ta c ió n d e d e p o r te s d e in­ v ie r n o , e s ta b a c o n s id e ra d a c o m o la re s id e n c ia trad icio n al d e A p o lo - y la s m u s a s ", p o r lo q u e se le c o n s id e ra b a u n lugar p riv ile g ia d o p a ra la inspiración p o é tic a y m u sical. ♦ ¡Jíiigua. El término parnaso designa, en sentido figurado, al conjunto de todos los poetas de un lugar o de una época deter­ m inada (p o r ejem plo, el par­ naso español), y tam bién una colección de poesías de varios autores. Ha d ad o origen asi­ mism o a expresiones, algunas de ellas ya desusadas: subiráI Parnaso, dedicarse a la poesía; esca la d e l P arnaso (en latín G radas a d Parnassum ), nom­ bre dado prim ero a un famoso 341 PASÍFAE José M aría de Heredia. Théodiccionario de prosodia latina dorc de Banvillc y Leconte de publicado en 1702 y más tarde L isie, se unieron para formar a diversos estudios para piano. una escuela poética que recibió Del nombre d e este monte mí­ el nombre de Parnaso, tomado tico derivan también el nombre cu lto de un g énero de plantas del d e la rev ista El Parnaso contem poráneo, donde publi­ de flores claras y olorosas (gé­ caban sus obras. Cultivaban la nero P arnassia) y el d e unas mariposas europeas de alas se­ impersonalidad y la perfección form al, por oposición al des­ m itransparentes que viven en bordam iento romántico. Es el terrenos m ontañosos (género movimiento literario conocido Parnassius). com o partíasian ismo. M ontparnasse, el célebre ba­ ♦ Icón. F.I Parnaso, lienzo de rrio p arisino frecuentado por M antegna, siglo x v, Louvre; artistas y bohem ios, tom a su nombre precisamente del mon­ fresco de Rafael, h. 1511. Va­ te Parnaso. ticano: lienzo de Poussin. siglo El térm ino p a rnasianism o, xvii, Madrid. nom bre d e un m ovim iento poético desarrollado en F ran­ PASÍFAE E s p o s a d e M in o s ”, rey de cia entre 1866 y 1876, y su der¡ vado parnasiano, están asi­ C re ta , e s h ija d e H elio ”, d iv in i­ m ism o relacionados con el d a d s o la r p re o lím p ic a , y Perm ítico m onte d e las musas sé is , u n a d e las h ija s d e O céa­ n o ’ y T e tis 1. E s h erm ana de Ee­ ( ^ /./ / .). ♦ Lit. Hacia 1620, un grupo de te s, rey d e la C ó lq u id e , y d e la escritores franceses, el más co ­ h e c h ic e ra C irc e '. - 4 a r g o n a u ­ nocido de los cuales es Théo- t a s . M a d re d e Fcdra* y de phile de Viau. publicaron, con el título de Parnaso de los poe­ A r ia d n a ’, s e e n a m o ró c ie g a y tas satíricos, una recopilación a rd ie n te m e n te d el to ro b la n c o de poesías licenciosas que fue q u e P o se id ó n 1 h ab ía en v ia d o a inm ediatam ente anatem izada M in o s y q u e e s te se h a b ía re ­ por el Parlamento y confiscada s is tid o a s a c r ific a rle , ro m ­ por los jesuítas. M ás tarde, ha­ p ie n d o la p ro m e s a q u e h ab ía cia 1860, otro grupo de poetas, h e c h o al d io s . P o se id ó n , e n fu ­ en tre los cu ales destacaban re c id o , s e v e n g ó in sp iran d o en www.FreeLibros.me 342 PA TRO CLO la re in a un ir re p rim ib le d e s e o p o r e l a n im a l. C o n a y u d a d e D é d a lo ", P a s ífa e p u d o fin a l­ m en te ap a c ig u a r su s a rd o re s c a ­ m u fla d a d e n tr o d e u n a te rn e ra d e m a d e r a d is e ñ a d a p o r e l in ­ g e n io s o a rq u ite c to d e l L a b e ­ rin to '. D e a q u e lla u n ió n c o n tra n a tu r a n a c ió e l M in o ta u ro ’, m o n stru o * h íb r id o c o n c u e rp o h u m a n o y c a b e z a d e to ro . -¥ D É D A L O , M IN O S , M IN O T A U R O . L o s m ito s a trib u y e n a P a sí­ fa e e l m ism o ta le n to c o m o h e ­ c h ic e ra q u e a su h e rm a n a C irc e y a su s o b r in a M e d e a " . P a ra c a s tig a r la s in f id e lid a d e s d e M in o s la n z ó c o n tr a é l un so rti­ le g io q u e h a c ía q u e to d a s su s d e sd ic h a d a s a m a n te s m u rie se n v íc tim a s d e lo s e s c o r p io n e s y s e r p ie n te s q u e b ro ta b a n d el c u e rp o d el m o n a r c a c a d a v e z q u e e s te p r e te n d ía e c h a r u n a c a n a al aire. ♦ Lit. Juan de la Cueva, en su romance «Pasífae», incluido en la obra Coro Febeo d e roman­ ces historiales (1588). trata ex­ clusivam ente el tem a d e sus am ores co n el toro y el n aci­ m iento del M inotauro con in­ tención m oralizante. Sin em ­ bargo. este rom ance puede considerarse prácticamente una excepción ya que. m ientras que la mayoría de las interpre­ taciones literarias, sobre lodo las modernas, centran su aten­ ción en las figuras de Fedra, el Minotauro o Minos, la de Pasí­ fae parece casi olvidada, a no ser en Racine. que le dedica un verso m ovido por la musicali­ dad de su nom bre («La hija de M inos y P asífae», F ed ra, 1677). Es, sin embargo, la pro­ tagonista de un poema dramá­ tico d e M ontherlant tPasífae. 1938) donde la reina, recor­ dando en este sentido a otras heroínas del escritor, se une al M ino tau ro no por am or, sino para d em o strar que no teme d esafiar a la opinión del mundo. M IN O S, M INO TA U RO. ♦ icó n . Pasífae y Dédalo, ba­ jorrelieve antiguo, Roma. Gus­ tave Moreau, Pasífae. h. 1890, colección particular. PATROCLO L a a m ista d re c íp ro c a q u e le u n ía a A q u iles* e s p ro v e rb ia l. P a rtic ip ó ju n to a é l e n la guerra d e T r o y a ”, d o n d e lle v ó a cabo n u m e r o s a s h a z a ñ a s . C uan d o A q u ile s se re tiró d e l co m bate, P a tro c lo , al v e r la situ ació n crí­ tic a e n q u e se e n c o n tra b a n los g rie g o s , c o n v e n c ió a su am igo p a ra q u e le p r e s ta s e su arm a- .343 Patroclo muerto, decoración de una crátera griega, Agrigento, Museo Ar­ queológico d u ra y le d e ja s e c o m b a tir . A s í a rm a d o , lle v ó a c a b o u n a v e r­ d a d e ra c a r n ic e r ía e n tr e la s f i ­ las tr o y a n a s , q u e s o lo a c a b ó c u an d o H é c t o r , c o n a y u d a d e Apolo", c o n sig u ió d a rle m uerte. Se d e s e n c a d e n ó e n to n c e s u n a s a n g rie n ta b a ta lla e n to r n o al cuerpo d e P atro c lo . A l c o n o c e r la m u e rte d e su a m ig o , A q u ile s se la n z ó s in a rm a s a l c o m b a te , espantando co n u n terrib le g rito a los tr o y a n o s , q u e h u y e ro n d esp av o rid o s. A q u ile s , d e s tro ­ zado p o r la p é r d id a , rin d ió h o n ras fú n e b r e s a s u a m ig o . A Q U IL E S . ♦ L it. La m uerte de Patroclo aparece relatada en los cantos XVI a XXIII de la litada. www.FreeLibros.me PEG A SO ♦ Ic ó n . Enlrc las numerosas o bras antiguas que tratan el tem a citarem os A quiles ven­ d ando a Patroclo (interior de una copa griega, h. 500 a. € .. Berlín), que destaca por el hu­ m ano gesto d e Patroclo. que vuelve la cabeza para no mirar sus heridas; Patroclo muerto, decoración d e una crátera g rieg a (siglo v a. C .), A gri­ gento, y M enelao llevando el cuerpo d e Patroclo (período helenístico, Florencia); la céle­ bre escultura bautizada como Pasquino, en Roma, parece ser el fragmento de una réplica de esta estatua. PEG A SO C a b a llo a la d o e n g e n d ra d o p o r P o s e id ó n ” y n a c id o d e la s a n g r e d e la g o rg o n a ” M ed u sa al s e r d e c a p ita d a p o r P e rs e o . E l n o m b r e d e e s te a n im a l m í­ tic o e s t á r e la c io n a d o al p a re ­ c e r c o n la p a la b ra g rie g a pegé, q u e s ig n ific a p re c isa m e n te « fu en te» , y el a g u a e s en efecto u n m o tiv o re c u rre n te en la s le ­ y e n d a s a é l a s o c ia d a s . S e c u e n ta q u e P e g a so h a b ía hecho b ro ta r la fu e n te H ip o cren e (« fu en te del cab allo » ) en el He­ licón, la m o n tañ a d e las musas*, g o lp e a n d o la tierra co n sus cas­ c o s , a s í c o m o o tr o m a n a n tia l 344 PE LE O c e rc a d e T re c é n . F u e p r e c is a ­ m e n te m ie n tra s b e b ía las a g u a s d e l P ire n o , c e r c a d e C o rin to , c u a n d o B e le ro fo n tc s * le s o r ­ p re n d ió y c o n s ig u ió re d u c irlo . A lo m o s d e P e g a s o , e l héroe* p u d o m a ta r a la Q u im e ra * y v e n c e r a la s a m a z o n a s* . P e ro c u a n d o B e le ro f o n te s , c e g a d o p o r e l o rg u llo d e s u s v ic to ria s , q u iso a s c e n d e r h a sta la m o ra d a d e lo s dioses*, el c a b a llo a la d o le a rr o jó al v a c ío y a lc a n z ó e l O lim p o , d o n d e se c o n v irtió en u n o d e lo s c o r c e le s d e Z e u s", e n carg ad o , seg ú n la ley en d a, d e tra e rle el ray o . M á s ta rd e se ría tra n s fo rm a d o e n u n a c o n s te la ­ ción. naso. sig lo x v , L ouvre; Ciustave M oreau. El poeta viajero. siglo xix. París. A veces se le representa solo: m edalla de B envenuto C ellini, sig lo xvi, París; lienzo de Odilon Redon, h. 1900. Otterlo. ♦ Cin. En la película Furia de titanes, de D esm ond Davis (1981), Pegaso es dom ado por Pcrseo y se conv ierte en la montura del invencible héroe. PELEO P a d re d e —» a q u i i .e s . PELIAS R e y d e Y o lc o , e n T e sa lia . —> A 1 .C E S T 1 S , A R G O N A U T A S , JA - SÓN , M EDEA, V E L L O C IN O DE ♦ L engua . Un pegaso es un O R O . pez de O ceanía sin vejiga na­ tatoria cuyas aletas pectorales, PÉLOPE H ijo d e T á n ta lo * , re y de muy desarrolladas, recuerdan a F rig ia , y d e E u rin a s a s, a su vez un par de alas. En num ism ática, el pegaso es h ija d e P a ctó lo * , e l río d e las una m oneda de la antigua C o­ a re n a s d e o ro . S u s o b e rb io p a d re , p a ra po­ rinto, así llam ada por figurar en ella el caballo m itológico. n e r a p ru e b a la o m n isc c n c ia de En la península Ibérica, la Am- lo s d io ses* , lo d e s c u a rtiz ó y se purias griega y rom ana acuñó lo s irv ió g u is a d o a lo s O lím p i­ sus m onedas con este motivo, c o s ' e n u n fe s tín q u e h a b ía que luego pasaría a otras c iu ­ o rg a n iz a d o en su h o n o r. H orro­ r iz a d o s , to d o s s u p ie ro n d e in ­ dades peninsulares. ♦ ¡con. Pegaso figura m uy a m e d iato q u e se tra ta b a d e carne menudo en obras que celebran h u m a n a e x c e p to D e m é te r1 que, la poesía: M antegna. El P a r­ a b s o rta tal v e z e n e l d o lo r oca­ 345 s io n a d o p o r la p é rd id a d e su hija C o re , o sim p le m e n te h am ­ b rie n ta , n o p re s tó a te n c ió n a lo q u e s e le s e r v ía y d io b u e n a c u en ta , sin la m e n o r vacilació n , d e u n o d e lo s h o m b ro s d el d e s­ d ic h a d o jo v e n . L o s d io s e s c a s ­ tig a ro n d u ra m e n te e l c rim e n del p a d re y re s u c ita ro n al h ijo , r e c o n s tru y e n d o s u c u e r p o y s u s titu y e n d o e l h o m b r o q u e D e m é te r se h a b ía c o m id o p o r o tro d e m a rfil pu lid o . D esp u és d e su resu rrecció n , P é lo p e fu e a m a d o p o r P o se id ó n “, q u e lo c o n v irtió e n s u c o p ero . El d io s le e n tr e g ó u n c a ­ rro d e o ro y u n tiro d e c a b a llo s a la d o s q u e le p e rm itie ro n c o n ­ q u is ta r a la b e lla H ip o d a m ía ’, h ija d el rey E n ó m ao d e P isa, en la E lide. E n ó m ao , ard ien tem en te en a­ m o rad o d e su p ro p ia h ija , d e sa ­ fia b a a to d o s lo s p re te n d ie n te s q u e v e n ía n a p e d ir la e n m a tri­ m o n io a u n a c a rr e ra m o rta l. El rey s a lía s ie m p re v ic to rio so d e la p ru e b a g ra c ia s a u n tiro q u e le h a b ía re g a la d o A re s" y , d e s­ p u é s d e d e c a p ita r a l p re te n ­ d ie n te v e n c id o , c la v a b a la c a ­ b eza e n la p u e rta d e s u p a la c io p a ra d e sa n im a r a los o tro s a s p i­ ra n te s . D o c e d e s v e n tu ra d o s p re te n d ie n te s a d o rn a b a n a su p e sa r el p a la c io del rey c u a n d o www.FreeLibros.me PÉLO PE s e p re s e n tó P é lo p e e H ip o d a­ m ía se e n a m o ró d e él a prim era v ista . T ra ic io n a n d o a su padre, s o b o r n ó a su a u rig a M irtilo p a ra q u e sa b o te a ra e l c a rro an­ te s d e la c a rr e ra , su stitu y e n d o lo s e je s d e m a d e ra p o r o tro s de c e ra . El a c c id e n te a s í p ro v o ­ c a d o c o stó la v id a a E n ó m ao y p u s o a la b e lla H ip o d a m ía y al re in o d e P is a en m a n o s d e Pé­ lo p e . M irtilo , q u e h ab ía traicio­ n a d o a su rey p o r a m o r a H ip o­ d a m ía , re c ib ió la m u erte com o p a g o a s u s s e rv ic io s . A n te s de m o r ir, sin e m b a rg o , lan zó una m a ld ició n q u e c o n trib u irá a e n ­ g ro s a r e l c ú m u lo d e d esg racias q u e s e a b a tiría n so b re los d es­ c e n d ie n te s d e la p a re ja , los A tridas*. A P é lo p e , q u e p ro c e d ía de A sia M enor, se le atrib u ía la in­ tro d u c c ió n en G re c ia d e las fa­ b u lo s a s riq u e z a s d e su fam ilia, q u e a p o rta ro n u n p o c o d e lujo o rie n ta l a un p a ís h a sta e n to n ­ c e s p o b re y rú stico . S u nom bre e s tá ta m b ié n v in c u la d o a la fu n d a c ió n d e lo s Ju e g o s O lím ­ p ic o s e n E lid e . E n e fe c to , se­ g ú n d iv e r s a s tra d ic io n e s , fue P é lo p e q u ie n h a b ría instaurado los p rim e ro s ju e g o s funerarios, d e d ic a d o s a la m e m o ria de E n ó m a o , q u e c o n el tiem p o iría n c a y e n d o e n d e su s o h asta PE N A T E S 346 c o n lo s G e n io s , lo s L ares*, los M a n e s’ y lo s L é m u re s* , d e las n u m e r o s a s d iv in id a d e s m e n o ­ re s d e c a rá c te r d o m é s tic o d e la p r im itiv a re lig ió n ro m a n a . Se le s re p r e s e n ta b a e n p e q u e ñ a s d a s. e sta tu illa s d e m a d e ra o d e arc i­ ♦ Lengua. Pélope dio su nom­ lla, a m e n u d o to sc a s, q u e se co ­ bre a la península m ontañosa lo c a b a n al fo n d o d el a triu m , en situada al sur de G recia, el Pe­ e l « la r a r» . D u ra n te la co m id a , to pone so (literalm ente «la isla s e p o n ía c e r c a d e e llo s unos de Pclope»), actualmente sepa­ p la to s e sp ec ia le s c o n alim entos, rada del continente por el canal y d e te rm in a d o s d ía s se les ofre­ c ía n sa c rific io s. de Corinto. E x is tía n ta m b ié n u n o s P e­ ♦ Lit. El poeta Píndaro (5 18-h. 438 a. C .) glorifica las hazañas n a te s p ú b lic o s , p ro te c to re s del de Pélope en el prim ero de sus E s ta d o , h o n ra d o s e n e l tem plo poemas dedicados a los Juegos d e V esta* e n R o m a. S e le s re p re se n ta b a c o n ras­ Olímpicos. El tem a de las riquezas de Pé­ g o s d e a n c ia n o s y la c a b e z a cu­ lope aparece m encionado en b ie rta p o r u n velo. una octava independiente del poeta renacentista Francisco de PENÉLOPE H ija d e Ic a rio , h e rm a n o de Aldana (segunda mitad del si­ glo xvi). En ella, el poeta re ­ T in d á r e o , y d e la ninfa* Perichaza toda posible riqueza m a­ b e a , e s p o r ta n to p rim a d e H e­ terial. porque lo único que de­ lena*. E s la tie rn a y fie l esposa sea es libertad y una vida d e U lises* — q u e c a s ó c o n ella d e sp u é s d e l m a trim o n io d e He­ alejada de tormentos. le n a — q u e le d io u n h ijo , Telém aco*. P e n é lo p e e s p e r ó fiel­ PENATES E n tre lo s ro m a n o s , dioses* m e n te a s u e s p o s o d u r a n te su d o m é s tic o s q u e p ro te g ía n e l la rg a a u s e n c ia . P re s io n a d a por hogar. L o s P e n a te s p a re c e n h a ­ u n c e n te n a r d e p re te n d ie n te s b e r sid o e n su o rig e n d o s d iv i­ q u e o c u p a r o n su p a la c io de n id a d e s tu te la r e s d e la d e s ­ Ila c a y d ila p id a ro n su s bienes, p e n sa . F o rm a b a n p a rte , ju n t o c o n c ib ió u n a a r g u c ia p a ra d e­ 347 PEN ÉLO PE q u e H e ra c le s* lo s r e s ta u r ó en h o n o r d e su in iciad o r. L o s P e ló p id a s so n lo s d e s ­ c e n d ie n te s d e P é lo p e , e n p a rti­ c u la r A tre o y T ie s te s . —» a t r i - Penélope teje la tela, fresco del palacio Vecchio. Florencia m o ra r la d e c is ió n q u e e s to s e x ig ían : n o se c a s a r ía c o n u n o de e llo s h a sta q u e n o term in ase el s u d a r io q u e e s ta b a te jie n d o para su a n c ia n o su e g ro L aertes. P e n é lo p e p a s a b a , p o r ta n to , su tie m p o e n tr e g a d a a e s t e tr a ­ b ajo, p e ro p o r la s n o c h e s d e s ­ h a c ía lo q u e h a b ía te jid o d u ­ rante el d ía . N o su p o re c o n o c e r a su e s p o s o U lis e s c u a n d o e ste se p r e s e n tó d is f r a z a d o e n su casa , p e r o s e m o s tró lle n a d e p ie d a d h a c ia e l m e n d ig o q u e fin g ía se r. U lis e s n o le re v e ló su id e n tid a d h a s ta h a b e r d a d o m u erte a to d o s los p re te n d ie n ­ tes. A te n e a " , c ó m p lic e c o m ­ www.FreeLibros.me p r e n s iv a , d ila tó c o n s id e ra b le ­ m e n te las h o ra s d e e s a p rim era n o c h e q u e lo s e sp o s o s pasaban ju n t o s d e s p u é s d e ta n to s añ o s d e s e p a ra c ió n . —» l l i s e s . ♦ L it. Los cantos 1 y IV de la ücli sea nos presentan a «esta m ujer divina que llora a su es­ poso» y la m uestra «devorada por la angustia» ante la ausen­ cia de su hijo. El canto XXIII se dem ora en la descripción del reencuentro de los esposos y m uestra al héroe’ «soste­ niendo en sus brazos a la m ujer d e su corazón, su fiel com pañera». En una de sus 348 PENTEO I le roídas, el poeta latino O v i­ d io (siglo 1 a. C .) p resta su plum a a Penélope. D iego H urtado d e M endoza (primera mitad del siglo xvi) le dedica un poem a en o cta­ vas, de carácter desm itificador («¿Por que duermes, Penélope, señera.,.»), en el que la insta a aprovechar la vida y dedicarse al am or m ientras U lises está ausente. En la literatura contemporánea no es (recuente su tratam iento como personaje principal. En el Ulises de Joyce (1922). donde aparece representada en el per­ sonaje de M olly Bloom , cuyo monólogo interior revela la irri­ tación que a veces experimenta hacia Leopold Bloom. trasposi­ ción de Ulises: a pesar d e las recientes infidelidades que ha com etido, siente un am or pro­ fundo hacia su marido, cuyo re­ greso espera pacientemente y al que había prom etido servir el desayuno en la cama. En el tea­ tro español de nuestros días. Pe­ nélope es protagonista de varias obras: La tejedora ele sueños, dram a de A ntonio Buero Vallejo (1925) que desm itifica la figura de una Penélope que. ya sin amor, espera a Ulises; ¿Por qué corres, Ulises'/, en la q u e A ntonio G ala (1975) trata el tem a del am o r y el desam or: ¡Oh, Penélope! (E l retorno ele U lisesj, de G onzalo Torrente B allester(l987). ULISES. ♦ Icón. Penclopc es represen­ tada unas veces hilando rodea­ da d e sus pretendientes (Jacopo Bassano, siglo xvi, Rcnnes: Luca Giordano, siglo xvi. El E scorial; P enélope teje leí tela, fresco del palacio Vecchio, Florencia), otras veces sola, esperando (escultura de Bourdelle, principios del siglo xx. París), o bien en compañía d e U lises (P rim aticcio, siglo xvi. Toledo. Ohio). ♦ M ú s. P enélope (1795), ó pera d e C im arosa; ópera del mismo título de Fauré (1913). B rassens absuelve a todas las Penélopes que, algo cansadas de su «U lises de bulevar», ali­ mentan culpables sueños amo­ rosos. precio de una fidelidad dem asiado perfecta. PENTEO P entco e ra un rey d e T ebas', h ijo d e u n o d e lo s h o m bres « se m b ra d o s» p o r C a d m o y de u n a d e la s h ija s d e e s te últim o, A gave. C u an d o D ioniso" — cuya m a d re, S é m ele , e ra h erm a n a de A g a v e — q u is o in tro d u c ir su c u lto en T e b a s, P en teo s e opuso 349 PE R SÉFO N E p o r c o n s id e ra r q u e e ra d e m a ­ siado v io le n to y licen cio so , n e­ g á n d o se a d e m á s a re c o n o c e r la d iv in id a d d e D io n iso . E ste se v engó tran sp o rtá n d o le al m onte C ite ró n , d o n d e se e n c o n tra b a n las m u je re s te b a n a s q u e , p resas del fu ro r d io n isia c o , se h a b ía n u n id o a las b acan tes". L lev ad as p o r el fre n e sí, d e s p e d a z a ro n a Penteo to m ándolo p o r un anim al salvaje. S u p ro p ia m ad re le d e s­ garró con su s m an o s y en sartó su cabeza en un tirso, u n bastó n ro ­ deado de h ied ra y p ám p an o s qu e era el a trib u to del d io s D ioniso. C uan d o A g a v e salió finalm ente de su d elirio , d e sc u b rió h o rro ri­ zada lo q u e h a b ía h e ch o . D io ­ niso se v engaba a sí del o rg u llo y de la im p ied a d d e l h ijo y d e las calum nias q u e la m ad re, tiem po atrás, h a b ía p ro fe rid o c o n tra S é ­ mele. ♦ L it. Este paroxism o de ho­ rror trágico es el tem a central de la tragedia de Eurípides I m s bacantes (pieza escrita en los últim os años de su vida y re­ presentada postum am ente, en 406 a. C.) donde, frente a la ra­ zón hum ana, se expresa de forma sobrecogedora la fuerza irracional del aliento m ístico propia del espíritu dionisiaco. ♦ Cin. —» BACANTES. www.FreeLibros.me PENTESILEA R e in a d e las a m a z o n a s’, es h ija d el d io s A rc s :. D u ran te la g u e r r a d e T ro y a " in te rv in o en a y u d a d e lo s tro y a n o s y m urió a m a n o s d e A quiles" durante un c o m b a te . E ste, a d m ira d o d e su b e lle z a , llo ró a m a rg a m e n te su m u e rte . - 4 a m a z o n a s . ♦ L it. Iñigo López de M en­ doza. m arqués de SantiIlana, presenta en su poema «El planto que hizo la reina Pentesilea» (siglo xv) a la amazona que. enam orada de H écto r, llora su muerte. ♦ ¡con. Aquiles ante Pentesilea. copa griega, h. 460 a. C„ Munich. PERSÉFONE H ija d e Z e u s ’ y D em é te r', re c ib ió p rim e ro e l n o m b re de C o re" (e n g rie g o « d o n cella» ). D esp u é s d e se r rap tad a p o r Ha­ d e s 1 se c o n v irtió en su esp o sa y re in a d e lo s In fie rn o s ', c a m ­ b ian d o e n to n c e s su nom bre por el d e P e rsé fo n e . El relato d eta­ lla d o d e e s ta a v e n tu ra fo rm a p a rte d e l m ito d e D em éter. Z eu s, c o m o rep aració n, estab le­ c ió q u e P erséfo n e regresaría en p rim a v e ra ju n to a su m ad re y v o lv e ría a d e s c e n d e r al m undo d e las tin ieb las al llegar la época 350 PERSÉFO N E b e llo A d o n is ”, a q u ie n A fro ­ d ita ’ h a b ía p e d id o q u e rap tara y d el q u e lu e g o y a n o q u is o sepa­ ra rs e . Él ta m b ié n tu v o q u e re ­ p a rtir su tie m p o e n tre la T ierra y lo s In fie rn o s. —> a d o n i s . E n los m ito s ó rfic o s , P ersé­ fo n e s e u n e a Z e u s , q u e la se ­ d u jo m e ta m o r fo s e a d o e n se r­ p ien te. D e su u n ió n n a c e ría Zag r e o q u e , p e r s e g u id o p o r los im p la c a b le s c e lo s d e H e ra ’, fue d e s p e d a z a d o p o r lo s tita n e s ” y m á s ta r d e re s u c ita d o c o n el n o m b re d e Y a c o . F ig u ra ju n to a la p a re ja D e m é te r-C o re en los m iste rio s d e E le u sis. - > o r f e o . Perséfone o Proserpina en la escultura E n R o m a , P e rs é fo n e fue d e Bemini El rapto d e Proserpina. a s im ila d a a P ro s e rp in a ’. —> D ERoma. Galería d e la villa Borghese d e la siem bra. S u u n ió n c o n H a­ d e s n o tu v o h ijo s. H o m e ro la m u e s tra c o m o « la te r rib le P ersé fo n e» , se n ta d a e n un tro n o al la d o d e su e s p o s o , p e ro p u e d e ta m b ié n m o s tra rs e b e n é v o la , c o rn o p o r e je m p lo c o n O rfeo*. El te m e ra rio P iríto o , a c o m p a ­ ñ a d o d e P erseo", tu v o la o sa d ía d e q u e re r ra p ta rla , s ie n d o c o n ­ d e n a d o p o r e llo a p e rm a n e c e r p o r to d a la e te rn id a d e n lo s In ­ fiernos so ld ad o a « la silla del o l­ v ido». - 4 H A D E S , P E R S E O . P e rs é fo n e e x p e rim e n tó u n a ú n ic a p asió n e x tram arital p o r el M ETER. ♦ Lit. El m ito de su rapto, transm itido por Homero y He­ síodo, reaparece en Roma en O vidio IF astos. IV). Coluinela, siglo i d. C . (poem a sobre los jardines: libro X de su De a gricultura), y en Claudiano (s. iv), que le dedica la última epopeya m itológica de la lite­ ratura antigua. Una de las interpretaciones más significativas del mito es la de G oethe, q u e en Proserpina (1776) propone una compara­ ción de la figura griega con la Eva bíblica. A finales del siglo 351 PE R S E O xix aparecen una serie de obras inspiradas en la figura mítica de Perséfone. Sw inburne, en el H im no a Proserpina y en El jardín de Proserpina, ambos de 1866, presenta una visión pro­ fundam ente m elancólica del mito. D ante G abriel Rossetti íProserpina, 1881) interpreta el rapto de la diosa1 y su confina­ m iento en el m undo de los m uertos com o una auténtica pérdida de identidad. D e la m ism a época destacarem os tam bién D em éter y Perséfone (1887), d e Tcnnyson. C on el «H im no a Proserpina» de D’A nnunzio (E l fu eg o , 1900). el poeta se une a las numerosas interpretaciones que convierten Rubens. Perseo y Andrómeda, Madrid. Museo del Prado a los Infiernos en el espacio de la creación estética. Lo mismo se observa en la Perséfone de d e Z e u s ' c o n u n a m ortal. S u ori­ Cicle (1934). g en le v in cu la a la ciudad de A r­ —» D EM ÉTER, INFIERNOS, ORFEO, g o s. S u n ie ta A lc m e n a será la PROSERPINA. m a d re d e H eracles". ♦ Icó n . R apto d e Perséfone, U n o rá c u lo h a b ía p red ich o obra d e G irardon ejecutada a a A crisio , re y d e A rgos, q u e su partir de los bocetos de Le Brun h ija D án ae tra ería al m undo un (siglo x v n . jard in es d e Versa- h ijo q u e le m ataría. P ara ev itar Mes); Bernini, El rapto de Pro­ al D e stin o ', e n c e rró a su hija en serpina, 1622, Roma. —» p r o ­ u n a c á m a ra su b te rrá n e a d e p a ­ s e r p in a . re d e s d e b ro n c e , p e ro Z eu s, m e ta m o r fo s e a d o en llu v ia de PERSEO o ro , c o n s ig u ió e n tr a r a trav és P erseo es u n o d e los m uchos d e u n a h en d id u ra del techo y de h éro es n a c id o s d e lo s a m o re s a q u e lla u n ió n n a c ió P erseo . www.FreeLibros.me PERSEO D u ra n te a lg ú n tie m p o D á n a c c rió a su h ijo e n s e c r e to , p e ro A c ris io c o n s ig u ió a v e rig u a r la v erd ad y la e n c e rró ju n to co n el n iñ o en un a rc a q u e lu eg o lanzó al m a r. A m b o s fu e ro n ju g u e te d e las o la s h asta q u e Finalm ente estas les em p u ja ro n h asta la isla d e S c rifo s , e n la s C íc la d e s , d o n d e P e rs e o y s u m a d re fu e ­ ro n re c o g id o s p o r un p e s c a d o r q u e e d u c ó a l n iñ o . A lg u n o s a ñ o s m á s ta r d e , P o lid e c te s , el re y d e la is la , s e e n a m o r ó d e D á n a e y q u is o a le ja r a P e rs e o , q u e se h a b ía c o n v e r tid o e n un v a le ro so jo v e n . E n e l c u rs o d e u n b a n q u e te y r e c u r r ie n d o al e n g a ñ o , c o n sig u ió h a c e rle p ro ­ m e te r q u e tr a e ría la c a b e z a d e u n a d e la s tre s g o rg o n a s , M e ­ d u s a , un m o n stru o * c o n c a b e ­ llo s d e s e r p ie n te s y u n ro s tro tan a te r ra d o r q u e c o n v e r tía en p ie d ra a to d o aq u el q u e se a tre ­ v ía a m ira rlo d e fren te. G ra c ia s a la a y u d a d e M er­ m e s ' y A te n e a ", P e rs e o c o n s i­ g u ió lle v a r a c a b o e s ta h azañ a . A cu dió p rim ero ante las g rayas, h e rm a n a s d e la s g o rg o n a s , qu e p o seían los s e c re to s q u e le p e r­ m itirían lleg ar h asta ella s. Pistas te r rib le s a n c ia n a s , q u e v iv ía n en las m o n tañ as del A tlas, esta ­ ban o b lig ad as a c o m p a rtir e n tre la s tr e s e l ú n ic o d ie n te y el 352 ú n ico o jo q u e te n ía n , q u e se pa­ sab an p o r tu rn o s. P erseo co n si­ g u ió a r r e b a tá rs e lo s , fo rz á n d o ­ las a s í a rev elarle e l c a m in o que c o n d u c ía h a s ta la s n in fa s", las c u a le s a su v e z p o s e ía n unos o b je to s m á g ic o s q u e e l jo v e n n e c e sita ría p a ra a fro n ta r su e m ­ p re sa . L as n in fa s le en treg a ro n u n a s s a n d a lia s a la d a s , u n zu ­ rró n y el c a s c o d e H ad es", que te n ía la p ro p ie d a d d e h a c e r in­ v isible a su p o rtad or. H erm es le p r o p o r c io n ó a d e m á s u n a a fi­ la d a h o z d e a c e ro p a ra c o rta r la c a b e z a al m o n stru o . A sí pertre­ c h a d o , el h é ro e lle g ó p o r fin a la m o ra d a d e la s g o rg o n a s , si­ tu a d a en el e x tre m o O ccid en te, n o le jo s d e l re in o d e lo s m u er­ to s . L o s m o n s tru o s d o rm ía n c u a n d o P e rs e o , g r a c ia s a sus sa n d a lia s v o la d o ra s, lle g ó jun to a e lla s y c o n sig u ió c o r ta r la ca­ b e z a d e M e d u s a , la ú n ic a que e ra m o rtal. El h é ro e p u d o acer­ c a rs e a e lla sin m ira rla d e frente y s in rie s g o d e s e r v is to , si­ g u ie n d o s o lo la im a g e n refle­ ja d a q u e le d e v o lv ía s u escudo. E n a lg u n a s v e rs io n e s e s e l e s­ c u d o d e la p ro p ia A te n e a , que la d io s a s o s te n ía c o m o si fuera un e sp e jo so b re M ed u sa, lo que s ir v e d e g u ía a P e rs e o . D e la s a n g r e q u e e s c a p a b a d e la he­ rid a d e l m o n s tru o su rg ie ro n un 353 c a b a llo a la d o . P e g a so 1, y un g i­ g a n te ’ a rm a d o c o n u n a e s p a d a de o ro , C risa o r. P erseo m e tió la h o rrib le c a b e z a d e la g o rg o n a en el z u rró n y h u y ó , e sc a p a n d o d e la s o tr a s d o s g o rg o n a s g ra ­ cias al c a s c o d e la d iv isib ilid ad . E n e l c a m in o d e v u e lta p i ­ d ió h o s p ita lid a d al g ig a n te A tlas". C o m o e s t e se m o s tró p o co h o s p ita la rio , P e rs e o sacó la cabez.a d e M e d u s a y la b la n ­ d ió a n te el g ig a n te , q u e q u e d ó p e trific a d o al m ira rla y se c o n ­ v irtió e n m o n ta ñ a . P o c o d e s ­ p u és d is tin g u e u n a b e lla m u ­ ch ach a e n c a d e n a d a a u n a ro ca: era A n d ró m e d a , h ija d e l rey C e fe o d e E tio p ía y d e C a s io pea. El d io s P o se id ó n " , p a ra v en g ar a su s h ija s las n e re id a s , a q u ie n e s C a sio p e a h a b ía o fe n ­ d id o al ja c ta rs e d e s e r m á s h e r­ m osa q u e e lla s , h a b ía e n v ia d o so b re e l r e in o un h o rr ib le m onstruo m a rin o q u e sem b ra b a la d e s o la c ió n y la m u e rte . Un o rá c u lo h a b ía re v e la d o q u e el p aís n o se v e r ía lib re d e e s te azo te h asta q u e el re y o frec iese a su h ija A n d ró m e d a c o m o v íc ­ tim a e x p ia to r ia a l m o n s tru o . P e rs e o , c o n m o v id o , h iz o p ro ­ m eter a lo s re y e s q u e le c o n c e ­ d e ría n la m a n o d e s u h ija si c o n s e g u ía s a lv a rla . C a y e n d o desde el c ic lo g ra c ias a su s sa n ­ www.FreeLibros.me PE R S E O d a lia s a la d a s. P erseo co nsiguió s o r p re n d e r y m a ta r a la b estia, e n g a ñ a d a p o r la so m b ra q u e el h é ro e p ro y e c ta b a so b re las a g u a s . T o d a v ía te n d rá qu e c o m b a tir c o n tra el tío de la jo ­ v en, F in c o , q u e la p reten d ía en m a trim o n io . G ra c ia s a la c a ­ b e z a d e M e d u sa , P erseo co n si­ g u ió lib ra rs e d e é l y d e sus c ó m p lic e s c o n v ir tié n d o lo s en e s ta tu a s d e p ie d ra . R e g re só a S é rifo s en c o m p a ñ ía d e A ndró­ m e d a y a ll í se v e n g ó d e P o li­ d e c te s, q u e e n su a u s e n c ia h a­ b ía q u e rid o v i o l a r a su m adre. S a c a n d o n u e v a m e n te la cab eza d e M e d u sa , c o n v irtió en piedra al tira n o y a su s a m ig o s m ie n ­ tra s s e d iv e r tía n en un b a n ­ q u e te . L u e g o d e v o lv ió a H e r­ m e s las san d alias, el zurrón y el c a sc o y o fre c ió a A ten ea la ca­ b e z a d e M e d u sa , q u e la d io s a ' c o lo c a rá e n el c e n tro d e su e s ­ cu do . P e rse o , a lg o m á s tard e, d e ­ c id ió reg resar a A rgos, su patria d e n a c im ie n to . A c ris io , reco r­ d an d o el o rác u lo , h u yó al co n o ­ c e r la n o tic ia . S u d e s tin o , sin e m b a r g o , n o d e ja ría d e c u m ­ p lirs e . M ie n tra s a s is tía co m o e s p e c ta d o r a u n o s ju e g o s fu n e­ ra r io s e n L a ris a , fu e m o rta l­ m e n te g o lp e a d o p o r e l d is c o q u e h a b ía a rr o ja d o u n o d e los PER SEO p a r tic ip a n te s , q u e n o e r a o tr o q u e su n ie to P e rs e o . E s te , q u e n o c o n s id e ra b a a p ro p ia d o o c u ­ par e l tro n o d e su ab u elo , a l q u e h a b ía m a ta d o a c c id e n ta lm e n te , ca m b ió el tro n o d e A rg o s p o r el d e T ilin to co n un p rim o d e D ánae. S e a tr ib u y e a P e rs e o la c o n stru cció n d e la s m u ra lla s d e M ice n as. A s u m u e rte fu e c o n ­ v e r tid o e n u n a c o n s te la c ió n , ju n to a su e sp o s a A n d ró m e d a y su s s u e g ro s C e fe o y C a sio p e a . ♦ Lengua. Las Perseidas son estrellas fugaces cuyo punto radiante está en la constelación de Perseo. S uelen observarse entre el 10 y el 1 2 de agosto, y en E spaña se las conoce tam ­ bién por el nom bre popular de Lágrim as de san Lorenzo, ya que la festividad del santo se celebra el día 12. ♦ Lit. A pesar de su enorm e popularidad, este mito solo nos ha llegado a través d e breves alusiones dispersas en la litera­ tura griega. Es cierto que Perseo es el protagonista principal de la X II P ítica de Píndaro, pero las tragedias de Eurípides y Sófocles centradas en su fi­ gura, al igual qu e la A ndró ­ meda de Eurípides, se han per­ dido. O vidio, sin em bargo, le 354 dedica varios relatos llenos de detalles en los libros IV y V de sus Metamorfosis. Los am ores d e Perseo y An­ dróm eda inspiraron numerosas rep resentaciones literarias en las cu ales A ndróm eda suele sim b o lizar el d eseo amoroso. El tem a está presente en Juan d e la C u ev a («R om ance de A ndróm eda y cóm o Perseo la libró d e la m uerte y d e lo que su ced ió m ás», incluido en su obra Coro Febeo d e romances historiales, 1588, en Lope de Vega (E l Perseo, 16 11 - 1615 y L a A ndróm eda, poem a en oc­ tavas reales) y en Calderón de la B arca (1653), para quien la victoria del héroe sobre Me­ dusa simbolizaría el triunfo del Bien sobre el M al. La Andró­ meda de Corneille (1650), ins­ pirada en las ó p eras italianas dedicadas a este tema, d a pie a una m oralización del mito, y aunque Andrómeda ya no apa­ rece encadenada desnuda, si­ gue representando la seducción amorosa. El tem a de los am ores d e Perseo vuelve a ser objeto de aten­ ción en las M oralidades le­ g en d a ria s d e Ju les Laforgue ( 1888), esta vez d e form a pa­ ródica: A ndróm eda es una adolescente caprichosa y ator­ 355 mentada por el deseo, mientras qu e Perseo aparece com o un seductor cínico y fanfarrón. El verdadero am or de Andrómeda sería en realidad el monstruo, al q u e consigue resucitar bajo el aspecto de un apuesto joven. El enfrentamiento entre Perseo y M edusa ha suscitado igual­ mente múltiples interpretacio­ nes. Medusa, a quien se repre­ senta frecuentem ente a la entrada de los Infiernos-, apa­ rece com o un sím bolo del h o ­ rro r que fascina, del M al que atrae y repele a la vez, pero tam bién com o la imagen de la fem inidad inquietante y p eli­ grosa q u e el h éroe d eb e ven­ cer. En S odom a y G omnrra (1921), Proust ju e g a con los d o s elem entos del relato m í­ tico: el hom osexual solitario que no ha conseguido encon­ trar com pañero aparece com ­ parado sucesivam ente a una Andrómeda a la que ningún ar­ gonauta* vendrá a salv ar y a una medusa arrojada a la arena d e una playa. ♦ ¡con. Perseo perseguido por la s gorgonas, vasija griega, 4 2 0 a. C., Ferrara. Sin duda los motivos más representados son su victoria sobre M edusa (Perseo d egollando a M edusa en p resen cia d e Atenea, m etopa www.FreeLibros.me PE R S E O del tem plo de Selinonte, siglo vi a. C., Palermo; Antonio Canova, Perseo blandiendo la ca­ b eza d e Medusa, siglo xix, P ossagno) y la liberación de Andrómeda (pavimento proce­ dente d e la antigua Tarraco, si­ glo i a. C „ Tarragona; Benvenuto Cellini, Perseo salvando a Andróm eda, bronce, 1533, F lorencia y Louvre; Tiziano, sig lo xvi, San Petersburgo; A ntoine C oypel, siglo xvn, Louvre; Rubens, h. 1640. Ma­ drid, M useo del Prado: escul­ tura d e Pierre Puget, 1684, Louvre; Charles Natoire, siglo xvm, Troycs; Gustave Moreau, h. 1885, París. ♦ M ás. Lully, Perseo, ópera, 1682. ♦ Cin. El legendario combate d e Perseo contra M edusa ins­ piró a no pocos realizadores, atraídos por los aspectos es­ pectaculares y fantásticos que envuelven al personaje del m onstruo. C itarem os, entre otros, Perseo y Medusa de A l­ berto De M artino, 1962, co ­ producción hispano-italiana. L as hazañas de Perseo para co n q u istar a la bella A ndró­ m eda y su espectacular lucha contra Medusa fueron llevados tam bién a la pantalla, con lo­ grados efectos especiales, en la PIGM A LIÓ N 356 cinta de Desmond Davis Furia de titanes (1981), que relata la vida del héroe desde su naci­ miento hasta su consagración. PIGMALIÓN P ig m a lió n e r a u n re y d e C h ip re q u e se e n a m o ró d e u n a e s ta tu a d e A f r o d ita '. El p o e ta la tin o O v id io le p re s e n ta c o m o u n e s c u lto r q u e h a b ía c re a d o u n a e sta tu a d e m arfil en la q u e h a b ía p la s m a d o su id eal fe m e ­ n in o . A p a s io n a d a m e n te e n a ­ m o ra d o d e su c re a c ió n , d irig ió fe rv o ro sa s p le g a ria s a A fro d ita y e sta, c o n m o v id a , in su fló vida a la m a te ria in a n im a d a . P ig m a ­ lió n p u d o a s í to m a r p o r esp o sa a su c ria tu ra y tu v o d e e lla u n a h ija, lla m a d a Pafo. ♦ le n g u a . El pigm alión de al­ guien es una persona que ha contribuido de forma determ i­ nante a su educación o a la evolución de su carrera. ♦ Lit. En su célebre Pigmalión ( 1913), G corge-B ernard Shaw describe la transform ación de una m uchacha nacida y criada en los bajos fondos de la socie­ dad en una lady perfectamente respetable. Entre las obras rela­ cionadas con este m ito citare­ mos tam bién E l ham bre de arena de Hoffmann (1816), h t A udrey H epburn y Rex H arrison recrean el mito de Pigmalión en la película My ja ir lady estatua d e m árm ol d e Arnim ( 1819). Im Venas de lile de Mérim ée ( 1837) o El retrata ava­ lado de E dgar A lian Poe ( 1842). donde se opera una in­ versión del mito: la obra de arte que ha creado el artista será la causante de la muerte de la jo­ ven que la había inspirado. En El señor d e Pigmalión ( 1921), obra teatral de Jacinto Grau. los m uñecos creados por Pigma­ lión, que quieren vivir, se rebe­ lan contra su creador y acaban m atándolo. Manuel Vázquez Monlalbán realiza, en su relato Pigmalión (1973), una versión moderna del mito. ♦ Icó n . La leyenda ha inspi­ rado a los artistas sobre lodo a partir del siglo xvm (Fragonard, B ourges; B oucher. San Petersburgo). El grupo cscul- 357 PÍRAMO pido por Étiennc Falconet (1756, L ouvre) tuvo tal éxito en el Salón de 17 6 1 que la m a­ nufactura de Sévres realizó una porcelana sobre el m ism o (M useo de A rtes Decorativas. París). Rodin esculpió también un grupo (1889, París), así com o G eróm c (1892. San S i­ meón, California). ♦ Cin. G eorges C ukor dirigió en 1964 la película M y Fair Lady, una recreación moderna del mito, protagonizada por Rex Harrison y Audrey Hepburn. a in te rc a m b ia r su sp iro s y pala­ b ra s d e a m o r a tra v é s d e una g r ie ta d e l m u ro q u e le s se p a ­ ra b a . U n d ía , fin a lm e n te , c o n ­ c e rta ro n u n a c ita fu e ra d e la c iu d a d , c e r c a d e u n a tu m b a a c u y o p ie c re c ía un m o rero b la n c o re g a d o p o r un m a n a n ­ tia l. L a p rim e ra e n lle g a r fue T is b e , p e ro tu v o q u e c o rr e r a re fu g iarse en u n a g ru ta cercana al v e r a p ro x im a rse a una leona, y e n su h u id a d e jó c a e r el velo q u e lle v a b a . El a n im a l, con las fa u c e s to d a v ía m a n ch a d as con la sa n g re d e u n a p re sa reciente, PÍLADES o lfa te ó e l v elo d e la m uchacha A m ig o in s e p a r a b l e d e —» y , d e s p u é s d e d e s g a r ra rlo , se ORESTES. a le jó d e l lu g ar. C u a n d o Píram o lle g ó al lu g a r d e la c ita en c o n ­ PÍRAMO tró el v e lo roto y ensangrentado L a le y e n d a d e P ír a m o y y , c rey e n d o m u erta a su am ada, T isb e , d e o rig e n b a b iló n ic o , e s se a tra v e só co n su e sp a d a presa el p ro to tip o d e m u c h a s h isto rias d e la d e s e s p e ra c ió n . T is b e re ­ a rtic u la d a s e n lo m o a u n a m o r g re s ó p o c o d e s p u é s , y al e n ­ tan p o d ero so q u e c o n sig u e v en ­ c o n trarlo m uerto se suicidó a su c e r to d o s lo s o b s tá c u lo s , in ­ v e z so b re el c u e rp o d e Píram o. c lu id a la m u e r te . H a lle g a d o L o s frutos del m orero, hasta en­ h a sta n o s o tro s a tra v é s d e l re ­ to n c e s b la n c o s , to m a ro n d e s­ lato q u e e l p o e ta la tin o O v id io d e e n to n c e s e l ro jo c o lo r de la in c lu y ó e n s u s M e ta m o r fo s is . s a n g r e d e lo s d e sd ic h a d o s P íra m o y T is b e , lo s a m a n te s a m a n te s , c u y a s c e n iz a s , al fin p ro tag o n istas, e ra n d o s jó v e n e s m e z c la d a s, fu e ro n d ep o sitad as que v iv ía n en c a sa s c o n tig u a s y en u n a ú n ica urna. se a m a b a n a rd ie n te m e n te . L a o p o s ic ió n d e su s p a d re s , c o n ­ ♦ Lit. Los amores contrariados trario s a s u u n ió n , les o b lig a b a de Píramo y Tisbe y el trágico www.FreeLibros.me 358 PIRR A error que causaría su muerte tu­ vieron un eco particularm ente célebre en el Romeo y Julieta de Shakespeare (1595). inspirado a su vez en antiguas leyendas de­ dicadas al m ism o tem a. La m uerte conjunta por am or ya había aparecido en el romance medieval A m or m ás poderoso que la muerte, donde Albaniña se deja m orir tras la muerte de su am ado Conde N iño. En el poema se produce la m etamor­ fosis de los dos am antes: «de ella nació un rosal blanco. / del nació un espino albar». En el si­ glo xix. Juan Eugenio Hartz.cnbusch recupera este final trágico en su obra teatral Los am antes de Teruel <1837), en la que. por un desafortunado error. Diego M arsilla cae m uerto a los pies de su amada Isabel cuando esta, obligada por sus padres, estaba a punto de casarse con otro. Al ver esto, la dam a a su vez. cae sin vida. ♦ Icón. La m uerte de los d es­ graciados amantes inspiró a va­ rios pintores y a menudo sirvió com o pretexto para la represen­ tación de paisajes cam pes­ tres: M anuel Deutsch (siglo xvi. Bale). Cranach el Viejo (si­ glo xvi. Bam bcrg). T intoretto (siglo xvi, M ódena). Poussin (siglo xvii. Frankfurt). PIRRA E sp o sa d e —> D E U C A L IÓ N . PITIA J o v e n s a c e r d o tis a e n c a r­ g a d a d e tra n s m itir lo s o rá c u lo s d e l d io s —> a p o l o . PITÓN E s te m o n s tru o " , n a c id o de G e a ’, a so la b a la F ó c id e , región s i tu a d a a l p ie d e l m o n te P a r­ n a s o '. c e r c a d e D e lfo s , d e v o ­ ra n d o h o m b re s y b e stia s y c o n ­ ta m in a n d o la s a g u a s. A polo" lo a tra v e só c o n su s H ech as, lo en ­ te rró e n el a m p lía lo s (el cen tro d e la T ie rr a ), fu n d ó lo s Ju eg o s P íd e o s p a ra c e le b ra r su h azaña y to m ó p o s e s ió n d e l o rá c u lo q u e o c u p a b a e l m o n s tru o . A llí la P itia , s e n ta d a s o b r e e l tr í­ p o d e sa g ra d o y m a sc a n d o ho­ j a s d e la u r e l, e m itía a n te los c o n su lta n te s su s a m b ig u a s pro­ fecías. ♦ L en g u a . El nom bre común p itó n desig n a a una serpiente constrictor de gran tamaño. El térm in o p ito n isa e s sinó­ nim o de profetisa o vidente; su eq u iv alen te m asculino, desu­ sado. es precisam ente pitón. an tes utilizado con el signifi­ cad o d e «adivino, m ago, he­ chicero». 359 PO U FEM O PLÉYADES PLUTÓN E ran las siete h ijas d e A tlas" y P léy o n e: E le c tra, M a y a , T á ig e te , A lc ío n e , A s té r o p e , M é rope y C elen o . S eg ú n la v ersió n m á s e x te n d id a d e l m ito , las s ie te s e s u ic id a ro n c u a n d o su p adre fue c o n d e n a d o a c a rg a r el C ielo so b re su s h o m b ro s, o bien al m o r ir su h e rm a n o , y fu e ro n tra n s fo rm a d a s e n u n a c o n s te ­ la c ió n . O tra le y e n d a , q u e la s h ace c o m p a ñ e ra s d e A rte m isa ', c u e n ta q u e el c a z a d o r O rio n las e s tu v o p e rs ig u ie n d o d u ra n te c in c o a ñ o s y q u e Z e u s ', a p ia ­ d a d o d e ella s, las tra n sfo rm ó en p a lo m a s. D e s p u é s fu e ro n d iv i­ n iz a d a s y m e ta m o rfo s e a d a s en e s tre lla s . L o s n a v e g a n te s c o n ­ c ed ía n a e s ta c o n ste la c ió n g ra n im p o rta n c ia p o rq u e a p a re c e en el c ic lo d e s d e m a y o h a sta o c tu ­ bre, d u ra n te el p e río d o fa v o ra ­ ble p a ra la n av e g a c ió n . U n o d e lo s n o m b re s ritu a ­ les d e H ades", el d io s griego de lo s I n f ie r n o s ”. S ig n ific a «el R ic o » y n o e v o c a s u a sp e c to terro rífic o , sin o su p o d e r com o p r o te c to r d e la fe c u n d id a d de la tie r r a . P o r a s im ila c ió n co n u n a d iv in id a d la tin a p rim itiv a. D ie s P a te r, se c o n v ir tió en el n o m b re c o r r ie n te d e e s te d io s e n tr e los ro m a n o s. E sto s le d a ­ b a n ta m b ié n e l n o m b re d e O rco * , q u e e n la s p rim itiv a s c re e n c ia s p o p u la re s itálicas c o ­ rre sp o n d ía a u n d e m o n io d e la m u e rte a m e n u d o rep resen tad o e n la s p in tu ra s fu n erarias etrus- ♦ Lengua. Una pléyade es un grupo de personas que. siendo contem poráneas, d estacan en cualquier actividad, muy espe­ cialm ente en el cam p o de las letras. Fue este el nom bre que ad optó un grupo d e poetas del R enacim iento francés. La Pléiade, entre los que se e n ­ contraban R onsard y Du Bellay. www.FreeLibros.me C a S . —> H A D E S . ♦ L en g u a . Se bautizó con el nombre de Pintón u un planeta del sistem a solar, descubierto en 1930. bastante alejado del Sol. De este procede a su vez el nombre del plutonio. PO D A RC ES N o m b re o rig in al del rey de T roy a" —> I’R í a m o . POLIFEMO E ste cíclope", hijo de Posei­ d ó n 1 y la nin fa” T o o sa, e s un c í­ c lo p e p a sto r g o lo s o d eg u slad o r d e carn e h u m an a (—» c í c l o p e s o c i c l o p e s ) . V iv ía en u na gruta PO L IFE M O Rubens. P o l i f e m o . Madrid. Museo del Prado q u e a lg u n o s sitú a n e n S ic ilia , c e rc a d el v o lc á n E tn a — e l c í­ c lo p e v e n d ría a s e r a s í la re p re ­ se n ta c ió n m ític a d el v o lc á n — , m ientras o tro s la lo calizan e n la re g ió n d e N á p o le s . P a s a b a su tie m p o p a sto re a n d o c o n su s re ­ b a ñ o s y e n la e la b o ra c ió n d e q u eso s. C u a n d o U lises' d e s e m ­ barcó en su s tierras. P o lifem o lo a p re só ju n to c o n su s c o m p a ñ e ­ 360 ro s y to d o s lo s d ía s , m a ñ a n a y n o ch e, d e v o ra b a a u n o d e ellos. U lis e s c o n s ig u ió d o rm ir al c í­ c lo p e e m b o r ra c h á n d o le c o n el v in o d e M a ró n . M ie n tra s P o li­ fem o d o rm ía , U lise s y s u s co m ­ p a ñ e ro s c a le n ta ro n a l ro jo vivo u n a e s ta c a y a tra v e s a ro n con e lla e l ú n ic o o jo del m onstruo*. E ste , c e g a d o , fu e p a lp a n d o una a u n a su s ov ejas p ara com probar q u e eran las ú n ic a s en sa lir d e la g ru ta , p ero n o se le o c u rrió tan­ te a r el v ie n tre d e lo s a n im a le s, q u e e r a p re c isa m e n te d o n d e se h a b ía n a fe r ra d o lo s g rie g o s si­ g u ie n d o las in d icacio n es d e Uli­ se s , q u e a s í c o n s ig u ie ro n esc a ­ p a r. C u a n d o f in a lm e n te c o m ­ p re n d ió q u e e sto s h ab ían huido, P o life m o b ra m ó a lo s cu atro v ie n to s p id ie n d o a y u d a a sus h e rm an o s. C u a n d o le pregunta­ ron q u ién le hab ía d e ja d o herido y b u rla d o , P o life m o so lo pudo r e s p o n d e r « N a d ie » , p o rq u e tal e ra e l n o m b re c o n q u e U lises se h a b ía id e n tif ic a d o a n te e l cí­ c lo p e , ju g a n d o c o n la sim ilitu d fo n é tic a e n tr e su v e rd a d e ro n o m b re . O d ise a , y o u d e is , que en g rie g o sig n ific a «nad ie» . Los c íc lo p e s , c re y é n d o le lo c o , se a le ja ro n d e s u la d o y le dejaron so lo c o n su rab ia. El c ie g o Poli­ fe m o la n z ó hacia el n avio q u e se a le ja b a e n o rm e s tro z o s de m on­ 361 PO LIN ICES taña. D e sd e e n to n c e s P o seid ó n , el p a d re d e Po lifem o , perseguirá c o n su ira a U lise s. E l m ito d e P o lifem o se re la c io n a co n el d e C a la te a ", u n a n e re id a q u e r e ­ c h a z ó e l a m o r d e l c íc lo p e y a c u y o a m a n te , A c is , P o se id ó n m a tó p o r c e lo s . —> g a l a t f . a , ULISES. fe m o lanzando una roca, si­ glo xvii. Roma; Rubens. Poli­ fem o , siglo xvii, Madrid, Mu­ seo del Prado), bien en su desafortunada aventura con G alatea (Polifem o y Calatea, fresco de la época romana. Pa­ rís) o bien entregado a sus actividades bucólicas (Polife­ mo tocando la flauta, Poussin. siglo x v ii , San Petersburgo; Carraeci, siglo x v ii, Roma). ♦ L it. En el canto IX de la O disea se relata el enfrenta­ —» GALATEA. m iento en tre U lises y Poli­ ♦ Cin. —> u l i s e s . femo, «m onstruo de voz terri­ ble y corazón sin piedad». Ovi­ dio (M etamorfosis, XIII) narra POLINICES P o lin ic e s e s , ju n to a E teolos infortunados amores del cí­ clope por Galatea, «más blanca c le s , A n tíg o n a ' e Ism e n e , hijo que los p étalos nevados de la d e E d ip o ' y Y o c a sta . C u a n d o alheña». El libro XIV de las s a lie ro n a la lu z lo s c rím e n e s M etam orfosis refiere el en ­ in v o lu n ta rio s q u e h a b ía c o m e ­ cuentro d e U lises y Polifemo, tid o E d ip o , E tco cles y Polinices «el de las fauces voraces que u ltra ja ro n v a ria s v eces a su pa­ gotean sangre hum ana». Juan d re y e s te le s m a ld ijo . A m bos Pérez de Montalbán, Polifemo, c o n v in ie ro n e n re in a r un año c a d a u n o e n T e b as", p ero auto sacramental (h. 1630). - » CICLOPES O CICLOPES, GA­ c u a n d o el p laz o de E teocles ex ­ p ira b a , se n e g ó a c e d e r el trono LATEA. ♦ ¡con. Polifem o figura, bien a su h e rm a n o . P o lin ic e s re c u ­ en el episodio en que Ulises re­ rrió e n to n c e s al re y d e A rgos y vienta su ú nico o jo (U lises y la n z ó c o n tra la c iu d a d la e x p e ­ sus compañeros cegando a Po­ d ic ió n p u n itiv a q u e E squilo re ­ lifemo, copa griega de figuras la ta e n s u tra g e d ia L o s S ie te n egras, donde el cíclope apa­ c o n tr a T e b a s (4 6 7 a. C .). D u ­ rece sentado en lugar d e estar ra n te la c o n tie n d a , los do s h er­ tum bado y dorm ido, sig lo vi m a n o s s e e n fre n ta ro n en c o m ­ a. C ., Louvre; C arraeci, P oli­ b a te s in g u la r a n te u n a d e las www.FreeLibros.me PÓ LU X 362 p u e rta s d e la c iu d a d y s e m a ta ­ C ro n o * y R ea", f u e d e v o ra d o ron m u tu am en te, c u m p lié n d o se p o r s u p a d re al n a c e r a l igu al a s í la m a ld ic ió n d e E d ip o . S u q u e to d o s s u s h e rm a n o s y h e r­ lío C re o n te , c o n v e rtid o e n re y m a n a s , e x c e p to e l m e n o r, d e T e b a s , tr ib u tó h o n ra s f ú n e ­ Z e u s ”, q u e a l c r e c e r c o n sig u ió b re s r e a le s a E te o c le s , p e ro q u e C ro n o v o m ita ra a to d o s sus p ro h ib ió q u e e l re b e ld e P o lin i­ h ijo s . P o s e id ó n lu c h ó lu e g o c e s re c ib ie r a s e p u ltu r a . D e s a ­ ju n t o a lo s O lím p ic o s * e n su fia n d o a la ley h u m a n a , s u h e r­ g u e r r a c o n tr a lo s tita n e s* ; en m a n a A n tíg o n a a c u d ió ju n to al e s ta o c a sió n los cíclo p es" le en­ c a d á v e r d e P o lin ic e s y v e r tió tre g a ro n el trid e n te , q u e se co n ­ tie rra so b re él. E ste a c to d e p ie ­ v e rtiría e n su a tr ib u to y q u e el d a d fu e c a s tig a d o c o n la d io s u tiliz a r á p a r a d e s e n c a d e ­ m u erte. —> a n t í g o n a , t e b a s . n a r te m p e s ta d e s y te rre m o to s. A l p r o d u c ir s e e l r e p a r to del PÓLUX m u n d o e n tr e lo s tr e s h ijo s de H erm an o g e m e lo d e C asto r. C ro n o , le to c ó e n su e rte e l im ­ A m b o s h éro es" s o n c o n o c id o s p e rio d e l m a r, a u n q u e H om ero c o m o los —> D IO S C U R O S . to d a v ía le lla m a « el q u e e stre ­ m e c e e l su e lo » . —> T E O G O N IA . POM ONA D e ca rá c te r a m b ic io so , intri­ D iv in id a d ro m a n a d e lo s g a n te y p e n d e n c ie ro , se c o n fa­ fru to s (p o m a ) y d e lo s ja r d in e s b u ló u n d ía c o n H era", h arta de d esp ro v ista de m itolo gía propia. la s in fid e lid a d e s d e Z e u s, para d e rr o c a r a l s e ñ o r d e l O lim p o '. ♦ ¡con. V arias estatu as anti­ A y u d ad o s p o r casi todos los dio­ guas la representan com o una ses", c o n s ig u ie ro n encadenarlo m uchacha portando frutas y m ientras dorm ía, pero Z eu s se li­ flores. En 1912. el esculto r b e ró c o n a y u d a d e T etis* y de Maillol la representó com o una B riareo , u n g ig a n te d e cien bra­ m ujer robusta y algo entrada z o s , y c a s tig ó d u ra m e n te a los en carnes, llevando unos frutos c u lp a b le s . P o se id ó n y Apolo* en las manos. fu ero n c o n d e n a d o s a se rv ir du­ rante u n añ o al rey d e Frigia, LaPO SEID Ó N o PO SID Ó N o m e d o n te , y c o n stru y e ro n para P o se id ó n e s el d io s d el m a r él la s m u ra lla s d e Troya*. Como y d el e le m e n to líq u id o . H ijo de e ste se n eg ó a p a g a rle s el salario 363 c o n v e n id o , los d io se s d e sc a rg a ­ ron so b re é l su ira: A p o lo d esen ­ cad en ó la p este sobre la ciu d ad y P oseidón h izo su rg ir del m a r un monstruo* q u e sem b ró la d eso la­ ció n en el reino. D u ra n te la g u e rra d e T ro y a P o seid ó n n o d e jará d e p erseg u ir c o n su r e n c o r a lo s tro y a n o s , e x c e p to a E n e a s", a q u ie n s a l­ vará la v id a d u ra n te su co m b a te co n A q u iles", tal v e z p o rq u e el héroe" n o p e rte n e c ía a la estirp e d e L a o m e d o n te y d e P ríam o*. P o se id ó n e s ta r á s ie m p re del lado d e los g rieg o s, a u n q u e m ás tard e p e rsig u ió a U lises* c o n su c ó le ra , d e s e n c a d e n a n d o c o n tra él te r rib le s te m p e s ta d e s p a ra v en g ar a su h ijo , e l c íc lo p e ' Polifcm o", a q u ie n e l h é ro e h ab ía ceg ad o , - a p o l i f e m o . P o s e id ó n s e e n f r e n ta r á a m enudo a o tro s d io se s p a ra ase ­ g u ra r su so b e ra n ía so b re d iv e r­ sas c iu d a d e s . L o s re la to s m á s c o n o c id o s se re fie re n a A te n a s y A rg o s. E n el c a s o d e A te n as, fue d e rro ta d o p o r la d io s a A te ­ nea*. P o s e id ó n , g o lp e a n d o el suelo c o n su trid e n te , h a b ía h e ­ ch o b r o ta r u n a fu e n te d e a g u a sa lad a (o u n c a b a llo , se g ú n o tras v e rs io n e s ), m ie n tr a s q u e la d io s a h a b ía h e c h o s u r g ir un olivo. E ste d o n , p re n d a d e p ro s­ p erid a d y d e p a z , fu e ju z g a d o www.FreeLibros.me PO SE ID Ó N Poseidón o N epluno e n el mosaico d e N e p t u n o , villa rom ana de Casale. Sicilia s u p e r io r . P o s e id ó n , c o m o re ­ presalia, inundó p arte del Atica. - > A T E N A S (F U N D A C IÓ N D E ). E n el c a s o d e A rg o s tuvo q u e v é rse la s co n H era. L os tres d io s e s flu v ia le s d e l p a ís p refi­ rie ro n a la d io s a , q u e salió ven­ c e d o r a , y P o se id ó n se v engó e s ta v e z se c a n d o to d o s los ríos d e l re in o . El ira sc ib le d io s m i­ tig ó sin e m b a rg o su m aldición a l e n a m o r a r s e d e A m im o n e, u n a d e la s D anaidcs* — las cin ­ c u e n ta h ija s d el re y arg iv o Dán a o — , a q u ie n su p a d re h ab ía P O S E ID Ó N 364 e n v ia d o j u n t o a s u s h e rm a n a s c o la s c o m o p íf a n o s ) y e l c a m ­ e n b u s c a d e a g u a . D e s p u é s d e b ia n te P ro te o ", q u e g u a rd a b a lib ra r a la m u c h a c h a d el a ta q u e lo s re b a ñ o s d e fo c a s d e l d io s. d e u n sátiro * , P o s c id ó n h iz o L a e s p o s a le g ítim a d e l d io s b ro ta r p a ra e ll a u n a tr ip le e ra A nfitrite", p ero su s am antes, fu e n te d e a g u a d u lc e , a c a m b io d io s a s o m o r ta le s , s e c u e n ta n d e lo cu al A m im o n e se e n tre g ó p o r c e n te n a re s y su p ro g e n ie es al dios. in n u m e ra b le . C o n s u a b u e la El d io s fr a c a s ó e n o tr o s G ea* e n g e n d r ó al g ig a n te A n ­ in te n to s p o r a f ir m a r su p o d e r: teo*. m á s ta rd e v e n c id o p o r H e­ fu e d e s p la z a d o d e D e lfo s p o r racles* . S e u n ió a su h e rm a n a A p o lo , d e E g in a p o r Z e u s , d e D em éte r* , m e ta m o r fo s e a d o en N a x o s p o r D ioniso*, d e T re c é n c a b a llo , p o rq u e e ll a h a b ía in ­ p o r A te n e a . P e ro c a s i to d o el te n ta d o h u ir d e é l tra n sfo rm ad a p a ís d e C o rin to — c u y a so b e ra ­ e n y e g u a . D e e s ta u n ió n n a c ie ­ n ía se d is p u ta b a c o n H e lio '—, y ro n e l c a b a llo A e rió n y un a p rin c ip alm en te el istm o b a ñ a d o h ija , « la S e ñ o ra » , c u y o no m b re p o r el m ar, q u e d ó b a jo el p o d e r n o e s ta b a p e rm itid o pronunciar. d e P o seid ó n ; salv o la c iu d a d e la T a m b ié n c o m o c a b a llo p o sey ó ( A c r o c o r in to ) , q u e fu e d o m i­ a la g o rg o n a " M e d u s a , d e c u y o n a d a p o r e l d io s d e l S o l. A s i­ c u e rp o d e c a p ita d o su rg ió el ca ­ m ism o. e ra tam b ién el so b eran o b a llo P egaso". d e u n a re g ió n s itu a d a e n los P o seid ó n e s e l p a d re d e m u­ c o n fin e s d el m u n d o c o n o c id o , c h o s h é ro e s y el a n tep a sa d o m í­ la fa b u lo sa A tlántida". tic o d e m u c h a s fa m ilia s reales. S u m o ra d a h a b itu a l e r a un D e é l d e s c ie n d e n p o r e je m p lo p a la c io d e o ro en la s p ro fu n d i­ lo s te b a n o s A g e n o r y C a d m o . d a d e s d el m a r E g eo . S e d e s p la ­ M u c h o s d e su s h ijo s serán z a b a s o b re la s o la s e n un c a rro m o n s tru o s o s o m a lv a d o s : ad e­ tira d o p o r u n o s a n im a le s m ita d m á s d e P o life m o , lo s A lnadas", c o rc e le s , m ita d s e r p ie n te s , e s ­ los b a n d id o s C e rc ió n y Escirón, co lta d o p o r un c o rtejo de peces, a m b o s m u e rto s p o r T eseo*; e n ­ d e lfin e s o d iv in id a d e s m arin as: g e n d ró a L a m o s, re y d e lo s lcslas h e rm o s a s n e re id a s ', lo s tr i­ tríg o n e s, p u e b lo q u e la O disea to n e s (s e re s c o n la p a rle s u p e ­ p re s e n ta c o m o c a n íb a le s; al g i­ r io r h u m a n a y la in f e r io r d e g a n te c a z a d o r O rio n ... L o s an ­ p ez, q u e h a c ía n s o n a r su s c a ra ­ tig u o s s a c rific a b a n a P o scid ó n 365 el to r o y el c a b a llo . E s to s a n i­ m a le s, te rre stre s, sim b o liz a n la im p e tu o s id a d y la v io le n c ia , p e ro ta m b ié n la p o te n c ia g e n e ­ rad o ra . E s e sp e c ia lm e n te n o ta ­ b le la im p o rta n c ia q u e lo s m i­ to s r e la c io n a d o s c o n e l d io s c o n c e d e n a l c a b a llo . S u in te r­ p re ta c ió n . j u n t o a o tr o s d a to s c o m o la e tim o lo g ía (el n o m b re d e P o seid ó n c o n tie n e la raíz in­ d o e u ro p e a p a l, «el p o d e r» , p er­ c e p tib le to d a v ía e n té rm in o s c o m o d é s p o ta , o m n ip o te n c ia , p o te n c ia l, e tc .) , s u g ie re n q u e P o se id ó n d e b ió s e r u n a d iv in i­ d a d p r e h e lé n ic a c a ra c te riz a d a p o r la o m n ip o te n c ia , p o ste rio r­ m e n te s u p la n ta d a en e s te te ­ rre n o p o r Z e u s y re le g a d a ai á m b ito m á s re s trin g id o d e l e le ­ m e n to líq u id o . L o s ro m a n o s lo a sim ila ro n a su N eptuno*. PRÍAM O en la plaza de Cánovas del C astillo, pero es tan grande la fama de esta fuente que. popu­ larm ente. se la conoce como plaza de Neptuno). Frecuente­ m ente figura tam bién ju n to a A nfitrite (R ubens, siglo xvn, Berlín) o salvando a Amimone del sátiro (Antoine Coypcl, si­ glo xvn. Compiégne; Boucher, sig lo xvm . Versalles). Merry Blondcl pintó La disputa de M inerva y N eptuno (1822, L ouvre) y Van Dongen hizo un autorretrato en el que apa­ rece con los atributos del dios (siglo x x . París). - > ANFITRITE. ♦ Citt. En Jasón y los A rgo­ nautas. d e Donald Chaffey (196.3). el d ios de los mares ayuda a los intrépidos Argo­ nautas1a franquear el estrecho de las Rocas Azules. ♦ Icón. Se le reconoce por su PRÍAMO tridente (A tenas, sig lo vi; án ­ U ltim o h ijo d e L ao tn efora de Etruria, h. 4 8 0 a. C.. d o n te . re y d e T roya". L lam ado B erlín; m o saico d e Neptuno, o rig in a lm e n te P o d a rc e s , reinó villa romana de Casale. Sicilia: s o b r e T ro y a c o n e l n o m b re de bronce del sig lo n a. C.. P ría m o y p a só a la ley en d a por Louvre; fresco de l.uca G ior- s e r el m o n a rc a b a jo c u y o re i­ dano, 1682, Florencia) y se le n a d o se d e sa rro lló la g u erra de representa m uy a m enudo en T ro y a c u a n d o e ra y a un h o m ­ fuentes (Juan Pascual de b re a n cian o . Mena, Fuente de N eptuno. s i­ C u a n d o P ría m o e ra n iñ o y glo xvm, Madrid. Está situada to d a v ía s e lla m a b a P o d arces, www.FreeLibros.me 366 PR ÍA M O H e ra c le s " la n z ó u n a o f e n s iv a c o n tr a la c iu d a d p a ra v e n g a rs e d e L a o m e d o n te , q u e s e h a b ía n e g a d o a p a g a rle e l sa la rio q u e le h a b ía p ro m e tid o p o r sa lv a r a su h ija H e sío n e . H e ra c le s d e s ­ tr u y ó la c iu d a d y m a tó a to d a su fa m ilia e x c e p to a é l, a q u ie n su h e rm a n a salv ó d e la m asacre c o m p rá n d o lo sim b ó lic a m e n te a c a m b io d e su v e lo . E l n iñ o s e ­ ría c o n o c id o e n lo s u c e s iv o co n el n o m b r e d e P r ía m o , « c o m ­ p ra d o m e d ia n te re sc a te » . H eracles e n tre g ó al jo v e n c ísim o P ría m o el re in o d e T ro y a , q u e poco a p oco fu e extendiendo su p o d e r p o r to d a la reg ió n y s o ­ b re la s islas d e la c o s ta asiática. S u re in a d o fu e p a rtic u la rm e n te p ró s p e ro p a ra la c iu d a d , q u e lle g ó a s e r c o n o c id a c o m o « la d u e ñ a d e A sia» y e n v id ia d a p o r su s teso ro s. —> t r o y a . D e s p u é s d e un p rim e r m a ­ trim o n io , P ría m o to m ó p o r e s ­ p o sa a H écu b a", d e la q u e tu v o u n a n u m e ro s ís im a d e s c e n d e n ­ c ia . S e g ú n a lg u n a s v e rs io n e s , de s u u n ió n n a c ie ro n c in c u e n ta h ijo s — los m á s fa m o so s d e los c u a le s fu e r o n e l m a y o r , H é c ­ tor"; e l s e g u n d o , P a ris’; e l a d i­ v in o H é le n o , D e ífo b o , se g u n d o e sp o s o tro y a n o d e H elena*, y el b e n ja m ín , T ro ilo , m u e rto a m a ­ n o s d e A quiles*— y c in c u e n ta h ija s , e n tr e e ll a s la p ro fe tis a C a sa n d ra * , c o n s id e ra d a la m ás h e rm o s a ; C rc ú s a , la e s p o s a d e E n eas* ' y la m e n o r, P o líx e n a , m a d r e d e A s c a n io , s a c rific a d a so b re la tu m b a d e A q u iles. P ríam o a siste a lo s p rin cip a­ le s a c o n te c im ie n to s q u e v a n a p ro v o c a r la p erd ic ió n d e su ciu­ d a d sin p o d e r ni q u e re r cam b iar su c u rso in ex o rab le: n acim ien to d e P aris — c u y a g e stac ió n había e s ta d o ro d e a d a d e fu n e sto s pre­ sa g io s q u e lo d e sig n a b a n com o e l c a u sa n te d e la ru in a d e la ciu­ d ad — y ab an d o n o d e l recién na­ c id o ; reg reso d e l hijo perd id o , ya ad u lto , reco n o cid o p o r C asandra y a c e p ta d o n u e v a m e n te en el sen o d e la fam ilia real; em bajada d e P a ris a E sp arta , d e la q u e re­ g re sa c o n H elena, esp o sa d e M e­ nelao"; a c o g id a d e la p areja adúl­ te ra , a la q u e P ríam o re cib e con lo s b ra z o s abierto s a p e sar d e los s in ie s tro s v a tic in io s d e C a sa n ­ d ra , lle g a n d o in c lu s o a u nirlos o fic ia lm e n te e n m atrim o n io . —» HELENA . D u ra n te la g u e rra c o n tra los g rie g o s , q u e re c la m a b a n la de­ v o lu c ió n d e H e le n a , P ríam o , d e m a s ia d o v ie jo p a ra to m ar p a rte e n lo s c o m b a te s , s e tiene q u e lim ita r a p re s id ir lo s co n se­ jo s . V e p e re c e r a su s h ijo s uno a u n o y s u d o lo r lle g a rá al pa- 367 PRÍAM O LOS PRIAMIDAS Z e u s + E l e c t r a ( h ija d e ! g ig a n te A T L A S ) D á rd a n o (rey d e T ro y a , d i o su nom bre al estrech o d e D ardanelos) E ric to n io T ros lio Laom edonte Príam o H écuba Ircy d e T roya) 1 9 h i j o s ( c in c u e n ta s e g ú n E u r íp id e s ) , e n t r e e l l o s : A n d f ó m a c a + H é c to r P a ris C a sa n d ra I H é le n o P o líx e n a ( g e m e lo s ) A stia n a c te A n d r ó m a c a + N e o p tó le m o ^ | M o lo s o ro x ism o c u a n d o A q u ile s a rra s­ tr e p o r e l p o lv o e l c u e r p o d e H écto r, a q u ie n e l h éroe" g rie g o h a b ía m a ta d o e n c o m b a te s in ­ g u la r d e la n te d e las m u rallas d e T ro y a . E l a n c ia n o r e y te n d r á q u e re b a ja rse y a c u d ir al c am p o e n e m ig o , al e n c u e n tro d el v e n ­ c e d o r, p a ra su p lic a rle la d e v o ­ lu c ió n d e l c a d á v e r d e s u h ijo a www.FreeLibros.me c a m b io d e u n e le v a d o rescate. C u a n d o c a e la c iu d a d , p resa de la s llam as, P ría m o q u iere tom ar las a rm a s p a ra in te n ta r u n a d e ­ fe n s a d e s e s p e ra d a , p e ro su e s­ p o sa H é cu b a lo arra stra hasta el a lta r d e Z e u s ', al fo n d o del pa­ la c io , p a ra p o n e rse b a jo la p ro ­ te c c ió n d e l d io s . N eo p tó lem o , e l h ijo d e A q u ile s, lo descubre 368 P R ÍA PO y d e g ü e lla sin p ie d a d . S u c a d á ­ v e r p e r m a n e c e r á in s e p u lto . - » A Q U IL E S , H É C T O R . ♦ L it. En la Híada. Príam o aparece com o 1111 anciano rey afable y generoso. Su piedad y dignidad son particularm ente sensibles en el conm ovedor episodio en que viene a recla­ m ar a A quiles el cu erp o de H éctor: «El gran Príam o a fe ­ rró con sus m anos las rodillas de A quiles y besó las m anos terribles, asesinas, que tantos h ijos suyos habían m atado» (canto XXIV). Su esposa Hécuba, figura bas­ tante borrosa en H om ero, ad ­ quiere carta de nobleza en Eu­ rípides (H écuba. 424 a. C ., y Las 1rayanas, 4 15 a. C.) y más tarde en Séneca (Ixis troyanas, entre 49 y 62 d. C .). donde en ­ carna en sí m ism a to das las desgracias de T roya, ante cu ­ yos m uros ve perecer uno a uno a todos sus gloriosos hijos. H éctor, por su parte, ha qu e­ dado inm ortalizado en la ep o ­ peya homérica* com o el más valeroso de los guerreros troyanos. tan bravo en el combate com o sensible a las dulces ale­ grías familiares. - » ANDRÓMACA. ♦ Cill. —> TROYA. PRÍAPO D io s rú s tic o d e la fe c u n d i­ d a d , e s g u a rd iá n d e lo s j a r d i ­ n e s, c u y a p ro s p e rid a d a seg u ra. E s h ijo d e A fro d ita" y D io n iso ’ o Z e u s " , s e g ú n la s v e rs io n e s . D e sd e su n a c im ie n to s e c a ra c ­ te riz ó p o r u n e n o rm e m iem b ro v iril s ie m p re e re c to . T al d e fo r­ m id a d h a b ría sid o c a u s a d a por la m a le v o le n te H e ra ". F o rm a p a rte d e l c o rte jo d e D io n iso . ♦ L en g u a . El p ria p ism o es una afecció n q u e se caracte­ riza por la erección continua y a m enudo d o lo ro sa del pene. 11 0 a co m p a ñ ad a d e deseo sexual. ♦ Lit. Virgilio y T ibulo (54-h. 20 a. C .) cantan ul dios protec­ tor de los jardines que. armado d e una guadaña y pintado de rojo, servía tic espantapájaros. Su contemporáneo I loracio, en una Sátira (I. 8), presenta al dios com o «terror de los ladro­ nes y los pájaros» asistiendo, tallado en un trozo de higuera, a una escen a d e m agia noc­ turna. Uno de los temas del Sa­ lí ricón d e P etronio (siglo 1 d. C .). arquetipo de la novela o ccidental, es la búsqueda de su virilidad perdida que em ­ prende el narrador, Encolpo, víctim a d e la ira vengativa de 369 PR O M ETEO Pu'apo (parodia de la búsqueda de Itaca que emprende Ulises*, perseguido por la cólera de Po­ seidón'). (1961). vem os a Teseo y a H ércules’ enfrentarse a un gi­ gante d e piedra directam ente inspirado en Procustes y sus bárbaras prácticas. PR O C USTES S o b reno m b re d e P olipem ón, PROMETEO c é le b re b a n d id o d e l Á tic a q u e H ijo d e l titán* J á p e to y de T eseo " e n c o n tró e n su c a m in o u n a d e la s h ija s d e O céano*, d e re g re so a A ten as. F in g ien d o A sia o C lím e n e , e s h erm an o de o fre c e r h o sp italid a d a los v iaje­ E p im e te o y d e A tlas* y p rim o ros, P ro c u s to s — c u y o n o m b re h e rm a n o d e Z eu s", al q u e lo ­ g rie g o s ig n ific a «el q u e e stira g r a r á e n g a ñ a r h á b ilm e n te en m a rtille a n d o » — lo s s o m e tía a v arias o casio n es. «E l Previsor», un suplicio sab iam en te adap tad o seg ú n el sig n ificad o de su nom ­ a la co n stitu c ió n d e su s d e sv en ­ b re e n g rie g o , p a sa d e s e r el tu ra d o s h u é sp e d e s : a ta b a a los sim p le e m b a u c a d o r q u e e ra en alto s a u n a c a m a d e m a sia d o p e­ su s o ríg e n e s a c o n v ertirse en el q u e ñ a y a los d e c o rta e sta tu ra a c re a d o r y sa lv a d o r de la hum a­ otra d e m a sia d o g ra n d e , y a c o n ­ n id a d , d e s a f ia n d o a un se ñ o r tinu ació n rec tific a b a c u id a d o sa ­ d e lo s d io s e s ' q u e s e c o n d u c e m ente el tam añ o de su s cu erp o s, c o m o u n tira n o cru el. co rtán d o les los pies en el p rim er H ábil artesan o , P rom eteo es c a so o e s tira n d o s u s m ie m b ro s c o n s id e r a d o e l c r e a d o r de los e n el s e g u n d o . A p lic a n d o el p rim e ro s h o m b re s , a lo s q ue prin cip io trad icion al d e l T aitó n , m o d e ló c o n b a rro . S in e m ­ T e se o a tó a P ro c u s te s a u n a de b a rg o , e s m u c h o m á s conocido sus fa m o sas ca m a s y le c o rtó la c o m o b e n e fa c to r de la hum ani­ cabeza. d a d ”, a la q u e s o c o rrió en d o s o c a sio n e s d e sa fia n d o la cólera ♦ L en g u a . A veces se utiliza d e Z eu s. —» h u m a n i d a d . la expresión la cania (o e l te ­ L a p rim e ra v e z a rb itró un cho) de Procustes para desig­ c o n flic to e n tre los d io s e s y los nar una regla impuesta brutal y h o m b r e s p a ra d e te r m in a r q ué mezquinamente. p a rte d e lo s a n im a le s in m o la ­ ♦ Cin. E 11 H ércules contra los d o s c o rre s p o n d e ría a c a d a uno vam piros, d e M ario Bava u n a v ez sa crificad o s. P rom eteo www.FreeLibros.me 371 PROM ETEO PR O M E TE O fu e te r rib le . E n v ió a lo s h o m ­ bres u n a c ria tu ra fu n e sta cread a e x p re s a m e n te p a ra tr a e rle s la d e sg ra c ia , P a n d o ra ', e im a g in ó p ara P ro m e te o u n su p lic io m uy e sp e c ia l: e l la d ró n fu e e n c a d e ­ n a d o p o r H e fe s to a u n m o n te d el C á u c a s o d o n d e c a d a d ía a p a re c ía e l á g u ila d e Z e u s p a ra d e v o ra rle e l h íg a d o , q u e v o lv ía a c r e c e r le n u e v a m e n te p a ra c o n v e rtir s e e n p a s to , s ie m p re fre s c o , d e la ra p a z , - a p a n dora P ro m e te o y s u d e s tin o . d e c o ra c ió n d e una copa griega, M u s e o d e A te n a s d e s c u a r tiz ó un b u e y y fo rm ó rio so p o r h a b e r sid o e n g añ ad o , d o s m o n to n e s: p o r u n a p a rte la d e c id ió c a s tig a r a lo s m ortales, c a rn e y la s e n tr a ñ a s c u b ie r ta s a lo s q u e e s ta tre ta h a b ía favo­ c o n la e n s a n g r e n ta d a p ie l d e l re c id o . F u e e n to n c e s c u an d o a n im a l, y p o r o tr a lo s h u e s o s , P ro m e te o c o r r ió p o r seg u n d a a tr a c tiv a m e n te e n v u e lto s c o n v e z e n a y u d a d e la h um anidad. E n e fe c to , Z e u s p riv ó a los b la n c a g ra s a . Z e u s , s e d u c id o p o r e l a p e tito s o a s p e c to d e l h o m b re s d e l fu e g o v ita l y Pro­ m o n tó n g ra s ic n to , d e jó la m e ­ m e te o d e c id ió ro b a rlo d e la fra­ j o r p a rte a lo s m o r ta le s , g e s to g u a d e H e fe sto " p a r a tra e rlo a q u e s e ría e l o rig e n d e la s p rá c ­ la tie r r a , e s c o n d ié n d o lo en el tic a s r itu a le s d e la re lig ió n ta llo d e u n a p la n ta . D e paso g rie g a , d o n d e so lo se o f r e c ía a tra n sm itió a lo s h o m b re s e l se­ los d io s e s lo s h u e s o s y la g ra s a c r e to d e m u c h a s té c n ic a s div i­ d e lo s a n im a le s s a c r if ic a d o s . n a s , e n tr e e lla s la m e talu rg ia. P ero e l s e ñ o r d e lo s d io s e s, fu ­ E s ta v e z la v e n g a n z a d e Z eus . L ib era d o p o r H e ra c le s ', q u e m a tó a l á g u ila , P ro m e te o a c e p tó c o n v e rtirs e e n in m o rta l en lu g a r d e l c e n ta u ro ” Q u iró n ' , q u e a n s ia b a la m u e r te d e s d e q u e u n a fle c h a e n v e n e n a d a d e H erac les le a lc a n z ó a c c id e n ta l­ m e n te , p ro d u c ié n d o le a tr o c e s d o lo re s. Z e u s a u to riz ó d e b u en g rad o la lib e ra c ió n y la in m o r­ ta lid a d d e su p rim o , a g r a d e c i­ d o p o rq u e P ro m e te o le h a b ía p u e sto e n g u a rd ia c o n tr a la unión q u e e l se ñ o r d e los d io ses p ro y e c ta b a c o n T e ti s ”, d e s v e ­ lá n d o le q u e e l h ijo q u e e s ta trae ría a l m u n d o d e s tro n a ría a su padre. G ra c ia s a su s d o te s de a d iv in o , P ro m e te o in d ic ó ta m ­ bién a H eracles c ó m o p o d ía h a­ c e rs e c o n la s m a n z a n a s d e o ro d e las H esp é rid e s". P o r ú ltim o , e n se ñ ó a su h ijo D e u c a lió n ’ el www.FreeLibros.me m e d io para sa lv a rse del terrible d ilu v io " c o n el q u e Z e u s p la­ neab a d e stru ir a la raza hum ana y c ó m o h a c e r a e s ta re n a c e r y r e p o b la r la tie rra . —> a t l a s , D E U C A L IÓ N , H E R A C L E S . ♦ L it. El m ito de Prometeo, benefactor de la humanidad, perseguido por la venganza di­ vina c iniciador de la primera civilización hum ana, gozó desde la A ntigüedad de una extraordinaria fortuna tanto li­ teraria com o filosófica. Ningún m ito ha encarnado m ejor el destino del hombre en sus lu­ chas y esperanzas, un destino q u e divide a la raza humana entre los que tienen fe en la ac­ ción del hom bre, los «prometéieos». y los que, en palabras d e C laudel, están «con todos los Zeus y contra todos los Prometeos» y condenan el or­ gu llo im pío de aquellos que. com o Satán, osan desafiar al poder divino. De la trilo g ía que Esquilo (525-456 a. C.) consagró a este m ito, titulada la Prometeidu — probablem ente una de sus últim as obras— , tan solo nos ha llegado la últim a pieza. Prometeo encadenado, y algu­ nos breves fragm entos de la segunda. La liberación de Pro- PRO M ETEO m eteo. En ellas vem os al hé­ roe' bienhechor alzarse valien­ tem ente contra un tirano m al­ vado, celoso e ingrato, que ha perdido todo el prestigio que rodeaba al gran Zeus de las tra­ gedias anteriores del poeta: «Mi falta es voluntaria, volun­ taria. no lo negaré; / al salvar a los mortales he procurado mis m ales» (P rom eteo enca d e­ nado, versos 266-267). Platón, por su parte, sigue en el Protágoras (siglo v a. C .) la vertiente popular del m ito que E sopo h ab ía ex p u esto en sus F ábulas (sig lo vi a. C .). que presenta a P rom eteo com o el creador de todos los seres v i­ vos. D espués de los m últiples escritores latinos que se inspi­ raron en el m ito (L ucrecio , C iceró n , O v id io y H oracio, entre otros), los prim eros e s ­ critores cristian o s, com o san A gustín (354-430) o T e rtu ­ liano (h. 155-220). llegarán incluso a adoptar la figura de Prom eteo, rebelado contra los dioses y crucificado por ello, com o una p refig u ració n de C risto redentor. El m ito no dará pie a nuevas ilustraciones literarias hasta el Renacimiento, y especialmente con la publicación en el siglo xviii de las primeras traduccio­ 372 nes del Prom eten encadenado de E squilo. E ncontram os al personaje d e P rom eteo en la G enealogía deorum d e Boc­ caccio (sig lo x iv), donde en­ carna al sabio, al erudito que trae el progreso a los hombres. Su encadenam iento en el Cáucaso sim boliza los sufrim ien­ tos del esp íritu ligados a la investigación. Análogamente, en La estatua d e Prometeo (1669), C alderón d e la Barca convierte la figura mítica en un ser cultivado e inteligente que. con el fuego, aporta a los hom­ bres la luz, representación sim­ bólica de la ciencia. P ro m eteo , p o r o tra parte, se convierte pronto en un tópico de la poesía am orosa, particu­ larm ente a p a rtir del Rena­ cim ien to . S u s sufrim ientos sim b o lizan los torm entos am orosos, m ientras que Pan­ dora representaría a la amante sin co razó n q u e solo deja al hom bre la esp eran za. En el m arco de una cristianización del mito, algunos eruditos ven tam b ién en la aparición de Pandora una transposición del pecado original. A partir del siglo xvu la lectura del m ito adquiere tintes cada vez más pesim istas y los escri­ to res condenan a menudo a 373 PR O M E TE O P rom eteo com o responsable efectivo d e los m ales de la hu­ m anidad. A sí R ousseau, en el D iscurso sobre las ciencias y la s a rtes (1 750), afirm a que Prom eteo, al inventar las cien­ cias, arrebató al hom bre su bondad original, pervirtiendo su naturaleza inocente. V o ltaire, sin em b arg o , p re ­ senta en P andora ( 1740) a un Prom eteo alzado contra un Jú­ p ite r' cru el, prefig u ran d o a sí las prim eras lecturas rom ánti­ cas. Estas, a su vez, abrirán el cam in o a la in terpretación m oderna del mito, donde Pro­ m eteo se c o n v e rtirá en un sím bolo de la rebelión m etafí­ sica y relig io sa. E sta lectura pasa por una afirm ación de la figura del P rom eteo escultor, que crea a los hom bres ex ac­ tam ente com o Júpiter, p o r no d e cir en c o n tra d e Júpiter. D esde esta perspectiva, G oe­ th e d e d ic ó v arías o b ras al m ito, esp e c ia lm en te su Pro­ m eteo (1773) — dram a inaca­ bado donde el héroe m ítico es el fu n d ad o r y leg islad o r de u n a so cied ad ju s ta , un poeta brillante que rechaza toda im i­ tació n y niega to d a tra sc e n ­ d en cia , e q u ip arán d ose a los d io ses— y P andora (edición com pleta, 1850). www.FreeLibros.me Muchas obras rom ánticas rin­ den hom enaje a la figura de Prom eteo bien com o artista o genio incomprendido, como en el Prometeo de Byron (1816), o bien com o un ser dañino y culpable. De este modo, la fa­ m osa obra d e M ary Shelley, F rankenstein (1818), tiene com o título alternativo F.l mo­ d ern o Prom eteo, recordando así la dimensión creadora de la figura mítica. Con el romanti­ cism o se opera, por tanto, una rehabilitación de las figuras de los grandes transgresores, com o Satán o Caín, que repre­ sentan la rebelión contra Dios, llám ese este Júpiter o Jehová. En el Viaje a O riente ( 1851) de G crard de N erval, la histo­ ria de A doniram . el genial es­ cultor rebelado contra Dios y descendiente de la estirpe de C aín, e s una reescritura del m ito de Prometeo. A este Pro­ m eteo victorioso se opone el representado por el narrador de P andora (1854), obra donde Nerval evoca los sufrimientos que en el poeta provoca una m ujer coqueta y frívola, que se cierra con un grito de dolor di­ rigido contra Júpiter. Por el contrario, el dram a lírico de S helley Prom eteo liberado (1818) postula que las propias PRO M ETEO debilidades de la hum anidad son el origen del M al. en c ar­ nado en Júpiter, Pero el h o m ­ bre es capa/,, sin ayuda de los dioses, de encontrar el cam ino del Bien. Esta interpretación rom ántica, que pone el acen to sobre el progreso y la co nfianza en la evolución positiva del hombre, irá desapareciendo progresiva­ m ente a lo largo del siglo xx. En su Prom eteo m ol enca d e­ nado ( 1899), Gide propone una lectura más psicológica del m ito m ostrando que el águila que atorm enta al héroe es en realidad su propia conciencia, que le im pide v iv ir al m ante­ nerlo prisionero de las prohibi­ ciones y del m iedo al pecado. C itarem os tam bién el ensayo de Albert Camus «Prometeo en los Infiernos» (E l verano, 1946): «El héroe encadenado conserva, en medio del rayo y el trueno divinos, su fe serena en el hom bre», y la obra de H cinrich M iiller, que en su Prometeo (1969) propone una lectura política del mito, subra­ yando el conflicto entre el pro­ greso revolucionario y el poder establecido. En general, la re­ ferencia a Prometeo en el siglo xx. a m enudo trivializada. re­ presenta toda tentativa de opo­ 374 sición al orden establecido, a los valores tradicionales, y todo esfuerzo por superar los límites de la naturaleza hum ana. Esta ligura mitológica es tratada de form a irónica en la novela de Ramón Pérez de Ayala Prome­ teo (1916) y en H ay una nube sobre e l fu tu ro (1965), d e José Ricardo Morales. ♦ Icón. Diversos episodios del m ito fueron ilustrados plásti­ camente: su actuación en favor de los hom bres (Rubens, Pro­ m eteo llevando e l fuego, siglo x v n , M adrid); su encadena­ miento (Prometeo y su destino, decoración d e una copa griega d e figuras negras, A tenas; T¡ziano, 1550, M adrid; Rubens, siglo x v n . O ldem burgo; Gus­ tavo M orcau, 1868, París); su liberación (Heracles liberando a Prometeo, copa griega, siglo vil a. C., Atenas; Max Klinger. grabado, finales del siglo xixprincipios del x x , colección privada). ♦ M ús. L a estatua de Prome­ teo, zarzuela basada en la obra de C alderón d e la Barca del mism o título, h. 1672; Prometheus, ballet de Beethoven, 1801. ♦ Cin. Prom eteo aparece en el prólogo que abre Ulises contra H ércu les d e M ario Caiano 375 PR O T E O (1961), donde, im itando el P rom eteo encadenado de Es­ quilo, M ercurio reprocha a Prom eteo, encadenado al Cáucaso, que haya entregado a los hom bres el fuego que les ha vuelto tan insolentes. PROSERPINA D io s a ” ro m a n a d e lo s In ­ fiernos*. E n su s o ríg e n e s e ra u n a m o d e s ta d iv in id a d a g ra ria q u e p re s id ía e l c re c im ie n to del trig o y q u e m á s ta r d e fu e a s i­ m ilad a a la P e rs é fo n e ” g rie g a . - » C E R E S , C O R E , DEM É T E R , H A ­ D E S , P F .R S É F O N E , P I.U T Ó N . ♦ Lit. —> PERSÉFO NE. ♦ Icón. Los artistas retuvieron sobre todo el episodio d e su rapto: Sarcófago rom ano con escenas alusivas a este episo­ dio, siglo ni, Tarragona; Nicolo dell'A bbate, siglo xvi, Louvre; Rembrandl, siglo xv n , Berlín; Rubens, h. 1636-1638, Madrid, M useo del Prado; B ernini es­ culpió sobre el mismo tem a un g ru p o lleno d e m ovim iento (1622, Roma, villa Borghese). - > HADES. ♦ M ú s. E l rapto d e Proserpina (1678), ópera española de F ilippo C oppola; Proserpina, óperas de Luíly (1680) y de Saint-Saens (1887). www.FreeLibros.me PROTEO D iv in id a d m a rin a g rie g a lla m a d a , c o m o N ereo*, «el an ­ c ia n o d e l m ar». E n la O disea es e l g u a rd iá n d e lo s re b a ñ o s de fo c a s d e P o s e id ó n '. T e n ía su m o ra d a e n la is la d e F a ro s, en la d e s e m b o c a d u r a d el N ilo. C o m p a rte c o n N e re o e l p o d e r d e a d o p ta r d iv e r s a s fo rm as, sim b o liz a n d o a s í la flu id ez del a g u a , p ro p ie d a d d e la q u e p ar­ ticipa. C o m o N ereo , e s tam bién u n d io s o ra c u la r, « p u e s to d o lo s a b e ...: lo q u e e s , lo q u e fu e y lo q u e tra e rá c o n s ig o el p o rv e­ n ir» (V irg ilio , G eó rg ica s, IV ), p e ro re c u rre a la m etam orfosis* p a ra e s c a p a r d e lo s q u e p reten ­ d e n c o n su lta rle . P u e d e co n v e r­ tir s e e n u n e le m e n to , c o m o la tie rra , e l a g u a o e l fu e g o . M e­ n e la o ", s ig u ie n d o lo s co n se jo s d e la p ro p ia h ija d e P roteo, Idote a , c o n sig u ió a p o d e rarse de el a p e s a r d e la s m ú ltip le s tra n s­ fo rm a c io n e s d e P ro te o en león, se rp ie n te , p a n te ra y ja b a lí. E n la H e le n a d e E u ríp id e s e n c o n tr a m o s o tr a v e rsió n del m ito se g ú n la c u al P ro teo , c o n ­ te m p o rá n e o d e la g u e rr a de T ro y a", se ría e l rey d e la isla de F aros. Hermes* h ab ría confiado a su c u id a d o a la v erdadera H e­ lena*, m ie n tr a s q u e P a ris ', en re a lid a d , s o lo h a b ría lle v a d o a P S IQ U E T ro y a u n a e s p e c ie d e d o b le d e la b e lla fa b r ic a d o p o r la a stu ta H era*. E n F a ro s la e n c o n tr ó , fiel e in ta c ta , su e s p o s o M e n e ­ lao. —> HELENA. P ro te o r e p r e s e n ta e l p o d e r d el c a m b io v o lu n ta rio . S im b o ­ liza la m a te ria o rig in a l q u e sir­ v ió p a ra c r e a r el m u n d o . ♦ L engua. La palabra proteo. usada com o nom bre com ún, designa a una persona que cam bia frecuentem ente de com portam iento, de opinión o de humor. D erivado suyo es el adjetivo proteico, que significa « cam biante, que cam bia de forma o de ideas». ♦ Lit. V irgilio recoge la v e r­ sión de H om ero (O disea, IV. versos 349 y ss.) y dedica un extenso relato al mito: sin em ­ bargo. en las G eórgicas (IV ). es A risteo quien con su lta a Proteo. Ver tam bién Herodoto (H istoria, II. 110) y O vidio (M etamorfosis, XI, 224 y ss.). ♦ Icón. Proteo aparece repre­ sentado con cuerpo de hombre y cola de pez. ♦ Cin. —» NEREO. PSIQUE P e r s o n if ic a c ió n d e l A lm a ( p s iq u e e n g rie g o ). S im b o liz a e l d e stin o * d e l a lm a h u m a ­ 376 n a , d iv i d id a p o r la a tr a c c ió n o p u e s ta q u e s o b r e e lla e jerc en e l a m o r d iv i n o y e l a m o r te ­ rre stre . P s iq u e , h ija d e re y , e r a de u n a b e lle z a ta n p e r f e c ta q u e d e s p e r tó in m e d ia ta m e n te los c e lo s d e A fro d ita -, c o n q u ien se la c o m p a r a b a . L a d i o s a ', irri­ ta d a d e v e r c ó m o s u s a lta re s ib a n q u e d a n d o d e s ie r to s , e n ­ c a rg ó a su h ijo E ros*, e l A m or, q u e la v e n g a r a . M ie n tr a s que s u s h e rm a n a s e s ta b a n y a casa ­ d a s, P siq u e p e rm a n e c ía virgen, re le g a d a a p e s a r d e su b elleza. S u p a d r e , q u e y a d e s e s p e ra b a d e c a s a rla y so s p e c h a b a alguna m a ld ic ió n c e le ste , fu e a co n su l­ ta r a l o r á c u lo d e A p o lo " , que a s í h a b ló : « V e a la c im a del m o n te , o h re y , y so b re u n a roca a b a n d o n a a tu h ija c u id a d o s a ­ m e n te d is p u e s ta y e n g a la n a d a p a ra u n a s n u p c ia s fú n eb res. No e s p e r e s u n y e r n o n a c id o d e la r a z a h u m a n a , s in o u n m o n s­ t r u o ’ c r u e l, f e r o z y se rp e n ­ tin o ...» L o s p a d r e s d e P s iq u e o b e­ d e c ie r o n a l o r á c u lo . Pero c u a n d o la jo v e n e s p e r a b a la a p a ric ió n d e l m o n s tru o q u e el d e stin o le te n ía re se rv a d o como e sp o s o , u n d u lc e cé firo la trans­ p o r tó h a s ta u n v a lle d o n d e q u e d ó d o rm id a . A l d e sp e rta r se 377 e n c o n tr ó a n te u n p a la c io e n ­ c a n ta d o e n e l q u e s e fu e a d e n ­ tran d o , g u ia d a p o r v o c e s in co r­ p ó re a s , p a ra n o d e s c u b r ir s in o b elleza y o p u len cia. A l lle g a r la n o c h e , P s iq u e n o tó c e r c a d e e lla la p re se n c ia d e l m a rid o q u e le h a b ía a n u n c ia d o el o rá c u lo . P siq u e n o p o d ía v e rlo , p e ro n o p a re c ía ta n m o n s tru o s o c o m o tem ía y s e e n tre g ó a él. C o n las p rim e ra s lu c e s d e l d ía , s u e s ­ p o so d e sa p a re c ió . El tie m p o p a s a b a y P siq u e v ivía d ic h o s a e n a q u e l p a la c io , p e ro e c h a b a d e m e n o s a su fa ­ m ilia . P id ió p o r ta n to a s u e s ­ poso q u e la p e rm itie ra v e r a sus h e rm a n a s. E s te te r m in ó a c e p ­ tando, h a c ié n d o le p ro m e te r q u e n unca in te n ta ría v e rle el ro stro . P ero la s h e r m a n a s d e P s iq u e , celosas d e su felicid ad , hicieron n a c e r la d u d a e n su c o ra z ó n , a firm a n d o q u e su e s p o s o e ra sin d u d a u n m o n s tru o , y a q u e se n eg a b a a m o strarse, y la c o n ­ v e n c ie ro n p a ra q u e d e s v e la s e su se c re to . P s iq u e , p rim e ro in­ d ecisa, te rm in ó d e c id ié n d o se y d e s o b e d e c ió a su e s p o s o . U na n o c h e, m ie n tr a s e s te d o rm ía , pudo p o r fin c o n te m p la rlo a la luz d e u n a lá m p a ra : e r a el h e r­ m o so E ro s e n p e rs o n a , « u n m o n s tru o c r u e l» , e n e f e c to , pero s o lo e n s e n tid o fig u ra d o . www.FreeLibros.me P S IQ U E G rupo escultórico h e l e n í s t i c o de A m o r p P sique. Rom a, Museo Capitolino p u e s ta n to h a c e s u f rir a los h o m b re s. S o rp re n d id a y m ara­ v illa d a , P s iq u e d e jó c a e r u n a g o ta d e ac e ite a rd ie n te q ue d es­ p e rtó al d o rm id o . E ro s d e sa p a ­ reció . P siq u e in ic ia rá e n to n c e s un la rg o p e re g rin a r en busca d e su e s p o s o , q u e se h ab ía refugiado en e l p a lac io d e su m adre A fro ­ d ita y le h a b ía re v e la d o el o r i­ g e n d e la q u e m a d u ra . La diosa se la n z ó in m e d ia ta m e n te tras P S IQ U E lo s p a s o s d e P s iq u e p a r a v e n ­ g a rs e . D e s p u é s d e a p o d e r a r s e d e e lla , la h iz o a z o ta r y le im ­ p u s o c u a tro p ru e b a s , a p a re n te ­ m e n te im p o s ib le s d e r e a liz a r , q u e d e sp u é s d e m u c h a s c a la m i­ d a d e s P siq u e lo g ró fin a lm e n te lle v a r a té rm in o . D e lo s In fie r­ nos", d o n d e la h a b ía c o n d u c id o su ú ltim a p ru e b a . P s iq u e tra jo c o n s ig o u n a c a ja q u e su c u r io ­ s id a d le im p u ls ó a a b r i r , c a ­ y e n d o in m e d ia ta m e n te e n un su e ñ o m o rta l. P e ro E ro s la e n ­ c o n tró y c o n sig u ió d e sp e rta rla , o b te n ie n d o d e Z e u s" q u e le s u n iera e n le g ítim o m atrim o n io . P sique, e le v a d a a! O lim po*, c o ­ m ió la a m b ro sía * q u e la c o n ­ v e rtiría e n u n a d io sa. P siq u e so lo fu e fe liz m ie n ­ tra s se a b s tu v o d e p ro fu n d iz a r, lle v a d a p o r u n a c u r io s id a d in ­ q u ie ta , e n la s c a u s a s y la n a tu ­ ra le z a d e su fe lic id a d : el c o n o ­ c im ie n to e s fu e n te d e d o lo r. E ste relato , p o r su sig n ific a d o a la v e z a le g ó r ic o y f ilo s ó f ic o , tien e e strech o s v ín c u lo s c o n los m ito s d e O rfeo* y E u ríd ic e y el d e A fro d ita y A donis*. ♦ Lit. El m ito d e Psique es tardío. A parece por prim era vez en la literatura en el C uento de A m o r y d e Psique, relato inserto en las M etam or­ 378 fo s is o El asno d e oro de ApuIcyo (sig lo u d. C .). E sta fá­ b ula ap arec e rep etid as veces en au to res p lató n ico s y neoplató n ico s. q u e veían en el m ito la prom esa de una felici­ dad eterna en el m ás allá. P osteriorm ente fue o b jeto de num erosas interpretaciones que incidían en el tema del co­ nocim iento. A sí ap arece en B occaccio, cu y a G enealogía deo ru m (siglo x iv ) o frece un repertorio de los m itos de la A ntigüedad y u n a interpreta­ ción sim bólica de los mismos; en G aleotto del C arretto (Las bo d a s d e P sique y Cupido, 1520, pieza sim bólica de múl­ tiples personajes) o también en el A donis de Giambaltista Ma­ rino (1623), que convierte a Psique en el sím bolo de la as­ censión del su jeto a la cons­ ciencia. La F ontaine, en Los am ores d e P sique y Cupido (1 669), novela m itológica en prosa y verso, ofrece una ver­ sión más ligera del tema, mien­ tras q u e C orn eille redacta, en colab o ració n con M oliere y Quinault y sobre una partitura de L ully, una tragedia-ballet IPsique. 1671) donde la diosa es acusada de pretender esca­ par a las leyes del am or hu­ m ano. Es posible establecer 379 PS IQ U E una relación entre la historia de Psique y la famosa leyenda de la Bella y la Bestia. —> BROS. ♦ ¡con. El arte asigna a esta he­ roína un origen más antiguo q u e el cuento d e A puleyo: bronces corintios de finales del siglo iv a. C., terracotas del si­ glo n a. C „ donde Psique apa­ rece representada com o una m ariposa (al igual que en los frescos d e Pom peya). y sobre todo un fam osísim o grupo es­ cultórico de m árm ol donde Eros y Psique, tiernam ente abrazados, se dan un casto beso traduciendo su unión mística y su am or divino (siglo m a. C., Roma, Museo Capitolino). www.FreeLibros.me En siglos posteriores la histo­ ria de Psique h i/o las delicias de los artistas. Rara vez se la representa sola (Psique, már­ mol de Pradier, siglo xix, L ouvre), sino más bien con Amor: lienzos de Gcrard (siglo x ix. Louvre), de David (siglo x ix. colección particular); es­ culturas de Canova (siglo xix. L ouvre). de Rodin (anterior a 1886, París). Asimismo existen varios ciclos que narran dife­ rentes episodios del mito: Ra­ fael, logia Farncsina, siglo xvi, Roma; cinco tapices de Beauvais sobre cartones de Boucher, siglo xvm, Roma. ♦ M ús. Manuel de Falla, Psi­ que (1924). Q Q U IM E R A A n im a l fa b u lo s o h ija d e E q u id n a , la v íb o ra — u n m o n s­ tru o ’ m ita d m u je r y m ita d s e r­ p ien te— , y d e l g ig a n te ' T ifón". P o r lo c o m ú n s e la r e p r e s e n ta con c u e rp o d e c a b ra , c a b e z a de león y c o la d e s e r p ie n te , a u n ­ que a v e c e s s e la d e sc rib e c o m o un a n im a l d e tre s c a b e z a s , u n a de c a d a u n o d e e sto s a n im a le s . Escultura griega de Quimera herida La Q u im e ra , a q u ie n se atrib u ía por Belerofontes. Florencia, Museo Arqueológico un a lie n to d e fu e g o , v iv ía en L ic ia , re g ió n m e r id io n a l d e las creacio n es vanas de la A sia M e n o r, d o n d e c a u sa b a e s­ im aginación y, por extensión, tragos d ev o ran d o h o m b re s y re ­ las id eas falsas (M oliere en b añ o s. B e le ro fo n te s * , a lo m o s L a s m ujeres sabias: «D ebéis de P e g a so " , c o n s ig u ió m a ta rla d esh acero s d e tales q uim e­ h u n d ie n d o e n s u s fa u c e s u n a ra s», d ice C risala). De esta lanza c o n p u n ta d e p lo m o q u e, acep ció n d eriv a el adjetivo al fu n d irse p o r e fe c to d e la re s­ quimérico. p ira c ió n lla m e a n te d el m o n s ­ ♦ Lit. Al escoger el título para truo. p ro v o c ó s u a sfix ia. su recopilación poética Las q uim era s (1854), G érard de ♦ L e n g u a . C o n v e rtid o en N erval p arece ju g ar con las nom bre com ún, la palabra d e­ d o s acepciones del término. signa desde el siglo xvi todas www.FreeLibros.me QU1RINO 382 En su sentido m itológico pri­ ♦ Ic ó n . Q uim era herid a por m itivo. la alusión ul anim al líe le rajantes, escu ltu ra grie­ fabuloso indica qu e tanto la ga (sig lo v a. C .). Florencia: colección com o los m ism os G ustave M oreau, La quimera, poem as están com puestos par­ 1867, Cambridge, EE.UU. Los tien d o de fuentes d e in sp ira­ artistas de la Edad M edia die­ ron el nom bre d e q uim eras a ción m uy d iv ersas, d onde se m ezclan la m itología antigua los animales fantásticos, escul­ y la religión cristiana, los per­ pidos o p intados, form ando a sonajes h istórico s y los seres veces gárgolas, que no tienen im aginarios. A través de esta ninguna relació n con la qui­ m ism a vía conecta con el se ­ m era antigua. gundo sentido del térm ino, el del nom bre com ún, en la m e­ QUIRINO dida en que estos poem as ex­ D iv in id a d itá lic a m u y an ti­ presan las vanas ensoñaciones g u a , d e o rig e n s a b in o , q u e la ro m an a de la im aginación. E ncontra­ p r im itiv a re lig ió n m os el m ism o ju e g o en el a d o p tó e n é p o c a a rc a ic a . Q uipoem a de B audelaire «C ada rin o fig u ra , d e n tr o d e e s te sis­ cual con su quim era» IP eque­ te m a d e c r e e n c ia s , c o m o un ñ o s poem as en prosa. 1868), d io s re p r e s e n ta tiv o d e la « ter­ donde cad a hom bre aparece c e r a fu n c ió n » in d o e u ro p e a , y c o nvertido en m ontura del fo rm a ju n t o a J ú p ite r ', d io s de m onstruoso anim al, sim b o li­ la p r im e r a fu n c ió n , y M arte', zando a sí el d esd ich ad o d e s­ d io s d e la s e g u n d a fu n c ió n , la tino del hombre dom inado por p r im e r a « tr ía d a c a p íto lin a » o su im aginación y conden ad o « tr ía d a p r e c a p ilo lin a » (la se­ a arrastrar su qu im era allá g u n d a e s ta r ía fo r m a d a por donde le lleve su destino. D e­ J ú p ite r , J u n o " y M in e rv a '). solación de la quim era ( 1956F U N C IO N E S . 1962). libro de poemas de Luis P o ste rio rm e n te se ría identi­ C ern ad a escrito en el exilio, fic a d o c o n R ó m u lo o , p a ra ser d eja en trev er en sus versos la m á s e x a c to s , c o n e l dios am argura del poeta. Es uno de R ó m u lo , el h é r o e ’ d iv in iz a d o los libros que más han influido d e s p u é s d e su m u e r te . E s una en los poetas españoles de las d iv in id a d sin m ito lo g ía propia últimas décadas. y c a re c e d e e q u iv a le n te griego. 383 Q U IRÓ N ♦ le n g u a . El Quirincd, una de las siete colinas d e Roma, debe su nombre a que en ella se ha­ bía edificado un tem plo a Quirino. A ctualm ente e s el nom ­ bre del palacio presidencial y d e la p laza que se extiende ante él. QUIRÓN Q u iró n e s e l cen tau ro * m ás co n o cid o , re p u ta d o p o r su sa b i­ d u ría y s u c ie n c ia . H ijo d e C r o n o ', q u e h a b ía to m a d o la a p a rie n c ia d e u n c a b a llo p a ra u n irse a u n a h ija d e O céan o * , n a c ió in m o rta l. T e n ía s u m o ­ ra d a e n la c u m b r e d e l m o n te P e lió n , e n T e s a lia . A c u d ió e n ayuda d e P eleo , p a d re d e A q u i­ les', a q u ie n lo s o tro s c e n ta u ro s se d is p o n ía n a m atar. L e a y u d ó a s e d u c ir a la d i o s a ' T etis* y c u a n d o d e e s t a u n ió n n a c ió A q u ile s se le c o n f ió la e d u c a ­ ción d el n iñ o . E d u c ó ta m b ié n a A sclepio”, a Jasón* y a Acteón*, www.FreeLibros.me e n tre o tro s héroes*. Q u iró n en ­ se ñ a b a a s u s p u p ilo s el arte de la c a z a y d e la g u e rra , p ero ta m b ié n la m ú s ic a , la é tic a , la m e d ic in a y el c o n o c im ie n to de la s p la n ta s (c o m o la centaura, a s í d e s ig n a d a e n su h o n o r). P ra c tic a b a la c iru g ía (su n o m ­ b re d e riv a d e la ra íz chier, q ue s ig n ific a « m an o » ). Q u iró n fu e h e rid o ac c id e n ­ ta lm e n te p o r u n a flecha d e H e­ racles*. C o m o la s h e rid a s c a u ­ s a d a s p o r e s ta s fle c h a s eran in c u r a b le s , Q u iró n , n o pud ie n d o so p o rta r la idea d e sufrir e te rn am e n te los atro ces dolores d e la h e rid a , c a m b ió su in m o r­ ta lid a d c o n Prom eteo*, q u e h a­ b ía n a c id o m o rta l, y p u d o a sí e n c o n tr a r e n la m u e rte e l fin a su s su frim ien to s. ♦ Icó n . G iuseppe C respi. El centauro Quirón con Aquiles, 1700, Viena. - > AQU1LKS. R REA E s h ija d e U rano* y G e a ' y p erten e ce p o r ta n to a la c a te g o ­ ría d e la s titánides*. C o n v e rtid a en la e s p o s a d e C ro n o " , su p o q u e e ste d e v o ra b a a su s h ijo s y c o n s ig u ió s a lv a r a! m á s p e ­ q u e ñ o , Z eu s* , e n tr e g a n d o a C ro n o u n a p ie d r a e n v u e lta en p a ñ a le s en lu g a r d e l n iñ o . L u e g o h u y ó c o n su h ijo h a s ta C re ta , d o n d e s e lo e n tr e g ó a A m al te a ' p a ra q u e a m a m a n tase al fu tu ro re y d e los dio ses". S e o b s e r v a u n a fre c u e n te asim ilació n d e R e a c o n la dio sa frigia C ibeles*. —> C R O N O , T E O ­ G O N IA , Z E U S . m u lo , p e ro e l e p is o d io aparece c o m o u n a co n tin u ació n de la le­ y e n d a tro y a n a . D e s p u é s d e la c a íd a d e su c iu d a d , un g ru p o de tro y a n o s co n d u cid o s p o r Eneas* d e se m b a rc a ro n en la d esem b o ­ c a d u ra d e l T íb e r y se a liaro n c o n la p o b lació n local. Eneas se c a s ó c o n L a v in ia , h ija d el rey L atino", y d e sp u é s d e un a larga g u e rra c o n tra los rú tu lo s fundó u n a c iu d a d , L av in ium . El h ijo d e E n e a s , A sc a n io (ta m b ié n lla m a d o Ju lo"), fundó a su v e z A lb a L o n g a . D e la d e s c e n d e n c ia d e lo s rey es al b a ñ o s n a c e rá n , c u a tro sig lo s m á s ta r d e , R ó m u lo y R em o. - » TROYA. REMO S u a b u e lo N u m ito r h ab ía s id o d e s tro n a d o p o r A m u lio . h e rm a n o m e n o r d e l m o n arca, - » R O M A (F U N D A C IÓ N D E ) . q u e h a b ía o b lig a d o a d e m á s a R e a S ilv ia , h ija d e N u m ito r, a ROMA (fu n d a ció n d e) p ro fe sa r c o m o v estal, confiando L a tr a d ic ió n la s itú a e n el e n q u e lo s v o to s d e c a stid a d a 753 a. C . y la a tr ib u y e a R ó ­ q u e esta b a su jeta anularían toda H e rm a n o d e R ó m u lo , f u n ­ d a d o r d e la c iu d a d d e R o m a '. www.FreeLibros.me RO M A p o s ib ilid a d d e q u e e s ta p ro c u ­ ra s e d e s c e n d e n c ia al a n tig u o m o n a r c a d e A lb a . L a m u c h a ­ c h a . s in e m b a r g o , fu e v io la d a p o r e l d io s M a rte " y c o n c ib ió d e é l d o s g e m e lo s . A m u lio , v ie n d o e n lo s n iñ o s a d o s p e li­ g ro s o s h e re d e r o s , m a n d ó q u e los a rro ja ra n al T íb c r d e n tr o d e u n c e s to . E s te f u e d e p o s ita d o m ila g r o s a m e n te e n la o r illa y u n a lo b a (a n im a l c o n s a g ra d o a M a rte ) c a le n tó co n su c u e rp o y a m a m a n tó a lo s d o s p e q u e ñ o s , q u e lu eg o fu ero n re c o g id o s p o r u n a p a re ja d e p asto res. Y a a d u lto s , fu e ro n re c o n o ­ c id o s p o r s u a b u e lo N u m ito r, a q u ie n d e v o lv ie r o n e l tr o n o u s u r p a d o d e s p u é s d e m a ta r a A m u lio , y d e c id ie ro n fu n d a r u n a ciu d ad so b re el lu g ar d on d e h a b ía n s id o s a lv a d o s . C o n s u l­ ta d o s lo s a u s p ic io s p a ra d e te r ­ m in a r q u ié n se ría e l fu tu ro rey, la o b se rv a c ió n d el v u e lo d e los p á ja ro s p a re c ió d e s ig n a r a R ó rnulo. E ste trazó en to n c e s so b re el P alatin o un su rc o q u e m arca ­ ría e l r e c in to s a g r a d o (p o m o r iu m ) d e la fu tu ra c iu d a d . L a s b u rlas d e R e m o , q u e n o e s ta b a d e a c u e rd o c o n la c o n c lu s ió n d e lo s a u s p ic io s , p ro v o c a r o n u n a lu c h a e n tr e a m b o s h e rm a ­ n o s q u e te r m in ó c o n la m u e rte d e R em o, a q u ie n R ó m u lo m ató 386 d e u n a la n z a d a . L a c iu d a d se lla m a rá R o m a p o r el n o m b re de su fu n d a d o r, p e ro el fra tric id io q u e d a r á d e s d e e n to n c e s c o m o u n a e s p e c ie d e p e c a d o orig in al e n e l q u e lo s ro m a n o s v e rá n la c a u s a d e s u s g u e rra s c iv ile s. E n e s ta s le y e n d a s en c o n tra ­ m o s lo s r a s g o s c o m u n e s a m u c h o s m ito s d e p o d e r — la a m e n a z a q u e p a ra lo s q u e lo d e te n ta n re p re s e n ta u n a nueva g e n e r a c ió n ; a b a n d o n o d e un n iñ o « p e lig ro s o » ( v é a n s e , por e je m p lo , lo s c a s o s d e Jasón*, P a r is ”, E d ip o ", e n la m ito lo g ía g rie g a , o e l d e J o s é e n la litera­ tu ra b íb lic a )— y características c o n sta n te s e n m u c h a s g e sta s de d iv e r s o s h é r o e s ”: p a r to m ú lti­ p le , o rig e n re a l, a d o p c ió n tran­ sito ria p o r p a d re s d e extracción h u m ild e , a b a n d o n o , exposición a l a g u a , p re s e n c ia d e u n anim al q u e d e se m p e ñ a u n a fu n ció n nu­ tric ia y tu te la r re s p e c to del hé­ ro e ( lo b a e n R ó m u lo y R em o, o s a e n P a ris , á g u ila e n G ilg am é s , e tc .). C o n R ó m u lo c o m ie n z a la lla m a d a « e ta p a h is tó ric a » de R o m a . L a c iu d a d fu e pob lad a p rim e ro p o r p a sto re s y hombres fu e ra d e la le y (c rim in a le s , es­ c la v o s fu g itiv o s , d ese rto re s, a p á trid a s ) q u ie n e s , p a ra encon­ tr a r m u je re s , re c u r rie r o n a la 387 ROMA Rubens. Róm ulo y Remo, Roma, Galería Campidoglio astu cia. In v ita ro n a u n a fie sta a un p u e b lo v e c in o su y o , lo s sa­ b in o s, y r a p ta r o n a to d a s su s m u c h a c h a s s o lte ra s , a la s q u e lu eg o h ic ie ro n su s e s p o s a s . El rapto d e s e n c a d e n a ría u n a g u e ­ rra. El re y sa b in o T a c io m a rc h ó co n tra R o m a y lle g ó a to m a r la c iu d a d e la , e d if ic a d a s o b r e el C a p ito lio , g ra c ia s a la c o m p li­ cidad d e la v e sta l T a rp e y a , s e ­ www.FreeLibros.me d u c id a s e g ú n u n a s v e rs io n e s p o r e l o ro d e los sa b in o s o, se­ gú n o tra s, p o r la a p o stu ra de su je f e . C o m o p a g o a su traició n , los sab in o s la aplastaron bajo el p e so d e su s e sc u d o s. U na terri­ b le b ata lla se d esen cad en ó en la lla n u ra d el fo ro y lo s ro m an o s y a re tro c e d ía n p re s a s d el p á ­ n ic o c u a n d o J ú p i t e r en p e r­ so n a , a c u d ie n d o a las plegarias ROM A 388 d e R ó m u lo , p u s o fin a la r e t i­ T u e r to » , d e M u c io E s c é v o la ra d a . E l c o m b a te s e re a n u d ó « el Z u rd o » ), se re m o n ta n a e s­ c o n m á s b río si c a b e , p e r o la s q u e m a s n a rra tiv o s m u c h o m ás jó v e n e s sab in as, u n id as ya a sus a n tig u o s, p re se n te s e n las m ito ­ m a rid o s, s e la n z a ro n e n m ed io lo g ía s d e o tr o s p u e b lo s , q u e d e la re frie g a p a ra s e p a ra r a los e m a n a n d e las e stru c tu ra s m e n ­ c o m b atien tes. R o m a n o s y s a b i­ ta le s — y ta l v e z s o c ia le s — d e n o s s e fu n d ie ro n e n u n so lo la s o c ie d a d in d o e u r o p e a a r­ pueblo, los qu iritas. D esp u és d e c a ic a . A u n q u e e s to s re la to s un larg o re in a d o , R ó m u lo d e sa ­ p u e d a n tr a n s p a r e n ta r b riz n a s p a re c ió m is te rio s a m e n te d u ­ d e r e a lid a d , s e tr a ta a n te to d o ra n te u n a te m p e s ta d (c o m o d e u n a m ito lo g ía h is to riz a d a . E d ip o e n la le y e n d a tro y a n a ) y R o m a p ro p o rcio n a, e n e ste sen­ se a s e g u r ó a l p u e b lo q u e lo s tid o , u n e je m p lo o rig in a l e n la d io ses" lo h a b ía n lle v a d o c o n A n tig ü e d a d . e llo s c o n v in ié n d o lo en un dio s: N o d e ja d e re s u lta r u n a cu­ rio s a iro n ía d e la h isto ria q u e el Q uirino". El c a r á c te r « m a r a v illo s o » ú ltim o e m p e ra d o r ro m a n o , des­ d e la m u e rte d e R ó m u lo s e u n e tro n a d o p o r lo s b árb a ro s en 476 al q u e a p a re c e e n la s le y e n d a s d . C ., s e lla m a b a p rec isam e n te re la tiv a s a s u in f a n c ia , p e ro R ó m u lo . S u c a íd a m a rc a tradid e s d e la A n tig ü e d a d fu e in te r­ c io n a lm e n tc el c o m ie n z o d e la p re ta d o c o m o un a s e s in a to p o ­ E d ad M ed ia. lític o h á b ilm e n te c a m u f la d o . ♦ L it. La segunda parle de la N o s e n c o n tr a m o s , e v id e n t e ­ m e n te , e n lo s lím ite s e n tr e la Eneida de V irgilio (cantos VII m ito lo g ía y la h is to ria . L o a X II) presenta el relato épico d e la llegada de Eneas a Italia m is m o p u e d e d e c ir s e d e su s o tr o s e p is o d io s (T a rp e y a , o r i­ y las prim eras guerras que si­ guieron al establecim iento de g e n d e l p u e b lo r o m a n o e n la fu s ió n d e d o s e tn ia s ...) . L o s los troyanos en el Lacio. El historiador Tito Livio (h. 60 a n á lis is d e G e o r g e s D u m é z il a. C .-I7 d . C .) m enciona bre­ m u estran q u e e sto s e p iso d io s, y vemente estos hechos en el pri­ o tr o s m u c h o s c o n s id e r a d o s m er libro d e su H istoria de c o m o v estig io s d e lo s p rim e ro s s ig lo s d e la h is to r ia d e R o m a Roma. Refiere a continuación (h a z a ñ a s d e H o racio C o c le s «el el nacim iento d e Róm ulo y 389 RÓ M U LO R em o, su infancia, la funda­ ción de R om a y el reinado de los siete prim eros reyes. En cualquier caso, se muestra muy cuidadoso al precisar que se ha basado más en «tradiciones em bellecidas por leyendas poéticas» que en docum entos auténticos. ♦ Icón. La loba y los gemelos aparecen representados con m ucha frecuencia: Loba ro ­ m ana. bronce etrusco, 500 a. C., Roma (los gem elos fue­ ron añadidos en el siglo xvi); Annibalc Carracci, Nacimiento d e Rómulo, fresco de una sala del palacio M agnani. 15881592, Bolonia; sobre el mismo tem a: fresco de G iuseppe Cesari para la Sala de los Conser­ vadores en el Capitolio, 1593, Rom a; lienzo d e Rubens. si­ www.FreeLibros.me glo x v u , Roma. Sobre los prim eros tiem pos de Roma: Poussin, El rapto de las sabi­ nas, siglo xvu, Louvre. ♦ Cin. La fundación legendaria de Roma y la lucha fratricida de los gemelos míticos fueron lle­ vadas a la pantalla en la cinta de Sergio C orbucci Rómulo y Remo ( 1961) con una fidelidad relativa a la tradición «clásica», a veces sazonada con algunos toques fantásticos. Después de haber fundado Roma, Rómulo, encarnado por Roger Moore, será el intrépido protagonista de E l rapto de las sabinas de R i­ chard Pottier (1963). RÓMULO F u n d a d o r d e la de R om a, -ó r o m a c ió n D t- ) . c iu d a d (fu n d a ­ s SÁTIROS E sto s d io se c illo s d e la n a tu ­ ra le z a , h íb rid o s d e h o m b re y m ac h o c a b río , fo rm an p arte del a le g re c o rte jo d e D io n iso ". S u c a b e z a y su to rso so n h u m an o s, pero tien en u n o s c u e m e c illo s d e cab ra, larg as orejas pu ntiagudas, u n a larg a c o la y p a ta s co n p e z u ­ ñ a s h e n d id a s d e m a c h o c a b río . R e c o rre n lo s c a m p o s e n b u s c a d e n in fa s' o d e m u ch ac h as m o r­ ta le s c o n la s q u e s a tis f a c e r su d e s e n fre n a d o a p e tito se x u a l. A m an e l v in o , la d a n z a , la m ú ­ sica. C u a n d o se h aecn v iejo s re ­ ciben el n o m b re d e silenos*, del n o m b re d e l p re c e p to r d e D io ­ n iso . F e o s y v e n tru d o s , su e le n d e sp la z a rse so b re a sn o s . L a re ­ p resentación cristia n a d e los d e ­ m o n io s está d ire c ta m e n te in sp i­ rada en lo s sátiros. - > SI LEÑ O . ♦ L en g u a . Un sá tiro e s un hom bre lascivo y. a m enudo. exhibicionista. www.FreeLibros.me ♦ Lit. En Atenas se designaba con el nombre de «drama satí­ rico» una pieza de teatro hí­ brida, mezcla d e género paté­ tico y com edia, cuyo coro estaba formado por sátiros. El único dram a de este tipo que ha llegado hasta nosotros es El cí­ clope d e Eurípides (siglo v a. C ., fecha d e com posición in­ cierta). En unos extractos de Los sabuesos de Sófocles (46Ü a. C .) aparecen los sátiros y Sileno buscando los bueyes de A polo’ robados por Hermes". N.B.: El término sátira (del la­ tín satura, «ensalada»), que de­ signa un género literario, no tiene relación con el drama sa­ tírico ni con la figura del sátiro. En uno de los poemas de U i le­ yenda d e los siglos ( 18591863). Víctor Hugo presenta al p ersonaje del sátiro, persona­ lización d e la vitalidad natu­ ral, delante de la asam blea de los O lím p ico s'. El diosccillo agreste desafía con insolencia SA T U R N O a estos y, convertido en un ser gigantesco, se afirm a com o el gran T odo, ante el cual los m ism os d io ses' deben arrodi­ llarse. — > D I O N I S O , P A N . ♦ ¡co n . L os sátiros aparecen siem pre en las escenas báqui­ cas. a menudo en com pañía de Sileno o las ménades*: Sátiros y m énades danzando, ánfora griega, siglo v a. C ., París: Poussin, Escena báquica con ninfas y sátiros, 1632, Madrid. Museo del Prado; Rubens: N in­ fas y sátiros, h. 1635; Sátiro, h. 1636-1638. y Diana y su s nin­ f a s sorprendidas p o r sátiros, siglo xvn, los tres en M adrid. M usco del Prado. Pero ta m ­ bién se les rep resen ta solos, bien con el aspecto d e un ser mitad hombre mitad macho ca­ brío, o bien co n el de un ser hum ano provisto de cuernos y orejas puntiagudas. SATURNO D iv in id a d itá lic a y ro m a n a id e n tif ic a d a c o n el C .rono g rieg o . S u h ijo Júpiter", a q u ien u n a tre ta d e su m a d re Rea* h a ­ b ía s a lv a d o d e c o rr e r la m ism a s u e rte q u e s u s o tr o s h e rm a n o s — q u e S a tu rn o h a b ía id o d e v o ­ ra n d o a m e d id a q u e n a c ía n te ­ m e ro so d e q u e le d is p u ta s e n el p o d e r— , s e re b e ló c o n tr a é l y 392 c o n s ig u ió d e stro n a rle . S a tu rn o a b a n d o n ó e n to n c e s G re c ia y se in s ta ló e n e l C a p ito lio , e n el e m p la z a m ie n to d e la fu tu ra R o m a ”, d o n d e fu e a c o g id o p o r Jano*. S atu rn o a p a re c e p o r tanto c o m o e l re y d e lo s a b o ríg e n e s, la s p rim itiv a s tr ib u s itá lic a s, y ta m b ié n c o m o el a n te p a sa d o de lo s re y e s d e l L a c io . D u ra n te to d o el tie m p o q u e re in ó sobre e l L a c io , lo s h o m b re s v iv iero n e n la e d a d d e oro*, e ta p a m ítica d e fe lic id a d y d ic h a . E s u n dios « c iv iliz a d o r» : e n s e ñ ó a los h o m b re s e l c u ltiv o d e la tie rra y s e le h o n ra b a c o m o d iv in id a d tu te la r d e v in a te ro s y c a m p e si­ n o s. P re s id ía la s ie m b ra y p ro ­ te g ía lo s c u ltiv o s c o n fia d o s a la tierra. E ra e l d io s d e los abonos, q u e a p o rta n fe rtilid a d al suelo. S u a trib u lo e ra u n a h o z, que u tiliz a b a p a ra s e g a r las m ieses, p a r a ta l a r lo s á r b o le s y podar las v iñ a s. T e n ía c o n sa g ra d o e l m es de d ic ie m b re , p u e s e s la é p o c a en q u e e m p ie z a la g e rm in a c ió n de las se m illa s, le ja n o p re lu d io de la s c o s e c h a s fu tu ra s . S e le re­ p r e s e n ta b a c o m o u n a n cia n o c u b ie rto co n u n a a m p lia c a p a y c o n u n a h o z o p o d a d e ra en la m ano. S e le ce le b ra b a en las Satur­ n ales, tie m p o d e lic e n c ia eam a- 393 SA TURN O v a lesca y d e se n fre n o , d o n d e las c la s e s so c ia le s se in v e rtían : los e s c la v o s d a b a n ó rd e n e s a su s a m o s y e s to s d e b ía n s e rv irle s . - > C R O N O , JA N O . ♦ L en g u a . En la lengua mo­ d erna, una sa tu rn a l es una fiesta o reunión que termina en orgía desenfrenada, por alusión a las S aturnales d e la antigua Roma. Con el nom bre de Saturno fue bautizado uno de los planetas d e nuestro sistem a solar. Los alquim istas llam aban saturno al plom o, metal «frío» com o este planeta. De ahí el término saturnism o, q u e desig n a una enfermedad crónica producida por la intoxicación con sales de Goya. Saturno devorando a uno de plomo. ♦ L it. El tratam iento literario sus hijos. Madrid, Museo del Prado de la figura de Saturno ofrece guos.» Sin em bargo Saturno, dos polos opuestos. D esde el signo de los artistas, está aso­ verso de V irgilio en las Bucó­ ciado también a la melancolía, licas (IV), «...redeunt Saturnia com o demuestra un célebre es­ regna» («he aquí que retoman tudio del historiador de arte Erlos tiem pos d e Saturno»), win Panofsky (Saturno y la quedó asociado al regreso de la melancolía, 1964). Los poetas edad de oro. «Délfica», poema citan a menudo su nombre. En d e G érard de N erval incluido su «Epígrafe por un libro con­ en L a s q uim eras (1854), pa­ denado» (L as flo r e s de! mal, rece hacerse eco de V irgilio: 1857), Baudelaire aconseja al «¡Regresarán aquellos tiempos « lector apacible y bucólico» que tan to lloras! El tiem po que arroje lejos de sí «este li­ traerá el orden de los días anti- www.FreeLibros.me SELEN E bro saturnino, / o rgiástico y melancólico». Verlaine, por su parte, se sitúa en la m ism a tra­ dición al titular su prim era re­ copilación poética Poem as sa ­ turninos ( 1866) y al invocar en el prólogo al «fiero planeta, caro a los nigrom antes», cuya influencia m arca a los artistas condenándoles al infortunio. De modo m ás o m enos ex p lí­ cito, el signo de Saturno está asociado también a los amores «escandalosos», y en particular a la hom osexualidad, com o prueban, p o r ejem plo, varias imágenes de Proust en Sodoma y Cam orra ( \ 921). ♦ Icón. Saturno aparece a m e­ nudo com o un anciano d es­ nudo cubierto por una am plia capa. Girardon (siglo xvn, par­ que de V ersalles) le presenta com o personificación del in­ vierno. Varios pintores eligie­ ron representarlo en el m o­ m ento en qu e devora a sus hijos: P rim aticcio (siglo xvi. Louvre). Rubens (h. 1636. Ma­ drid, Museo del Prado) y sobre todo G oya (h. 1820. M adrid, M useo del Prado), en una vi­ sión d e pesadilla donde S a ­ turno aparece com o un m ons­ truo' desgarbado de enloque­ cida mirada. ♦ M ú s. Mugues D ufourt, S a ­ 394 turno, pieza para instrumentos d e viento, percusión e instru­ m entos electrónicos, 1979. El títu lo refleja la atm ósfera de luz m acilenta q u e Dufourt quiso conferir a su obra. SELENE P e rs o n ific a c ió n d e la L u n a, e s a A rte m isa “-D iana" lo q u e su h e rm a n o H elio - es a A polo". Su m ito lo g ía s e re d u c e a l c a sto a m o r q u e sin tió p o r E ndim ión". - > F .N D IM IÓ N . 395 v ie ra e l m is m o s e n tid o — , n o ­ c ió n q u e sin e m b a rg o re su ltab a in a c e p ta b le p a ra lo s ju d í o s o r­ to d o x o s. E n L o s tr a b a jo s y lo s d ía s, H e s ío d o lla m a « h éro es* o s e ­ m id io s e s » a lo s h o m b re s d e la « c u arta raza » q u e o c u p a n la era situ a d a e n tr e la e d a d d e b ro n c e y la e d a d d e h ie rro , y q u e p ro ­ ta g o n iz a n e s p e c ia lm e n te la s g esta s d e T eb as" y T roya". A su m u erte tu v ie ro n el p riv ile g io de m o ra r n o en e l H ad es", sin o en la s « is la s B ie n a v e n tu ra d a s » . SEM IDIO SES - > B IE N A V E N T U R A D O S , E D A D D E S e c o n s id e ra b a se m id io se s a lo s se res q u e p a rtic ip a b a n a la v e z d e la n a tu ra le z a d iv in a y de la n a tu r a le z a h u m a n a , a g ru ­ p a n d o p o r u n a p a rte a s e re s in­ m o r ta le s p e ro d e s p r o v is to s de v e rd a d e ra s o b e ra n ía , c o m o los fa u n o s " , lo s s á t ir o s ' y la s n in ­ fas", y , p o r o tra p a rte , a h u m a­ n o s f r u to d e la u n ió n e n tr e un d io s y u n a m o r ta l o e n tr e un m o r ta l y u n a d io s a " , c o m o H eracles , H elena", E neas", Ró­ m u lo y o tro s m u ch o s. E sta c re ­ e n c ia f a c ilitó c o n s id e ra b le ­ m e n te , s in d u d a , la e x p a n sió n d el c ristia n is m o e n tre las m asas p o p u la re s p a g a n a s e n la m e d i­ d a e n q u e la n o c ió n d e «H ijo d e D io s» les re s u lta b a fam iliar — a u n q u e e n re a lid a d n o tu ­ O R O , IN F IE R N O S . SERAPIS O tro n o m b re d el d io s e g ip ­ c io O s ir is , e s p o s o d e la d io s a - > IS IS . SIBILA M u je r in sp irad a p o r los d io ­ ses" q u e , seg ú n lo s an tig u o s, te ­ n ía e l p o d e r d e p r e d e c ir e l fu ­ turo. O rig in a ria m e n te , S ib ila era el n o m b re d e u n a m u c h a c h a le­ g e n d a ria d o ta d a d e l d o n d e la p ro fe cía , p e ro p a s ó lu e g o a d e ­ s ig n a r a to d a s la s p ro f e tis a s . E ste s is te m a d e a d iv in a c ió n , p a re c id o a l d e la P itia d é lf ic a , e sta b a e x te n d id o p o r to d a G re ­ cia y lu e g o se d e sa rro lló e n Ita­ www.FreeLibros.me SIBILA lia . L o s e ru d ito s la tin o s m e n ­ c io n a n d e d ie z a o n c e sibilas. L a s ib ila e ra a n te to d o una p r o f e tis a e s p e c ia lm e n te inspi­ ra d a p o r A p o lo ' y en cargada de d a r a c o n o c e r su s o rácu lo s. Las m á s c o n o c id a s e ra n la d e E n ­ tr a s , e n L id ia , y la d e C u m as, e n C a m p a n ia , a la s q u e la le ­ y e n d a c o n fu n d e a m en u d o . E s ta ú ltim a h a b ía p e d id o a A p o lo q u e le c o n c e d ie ra u na la rg a v id a , p e ro p o r d e sg ra c ia o lv id ó p e d ir le ta m b ié n la j u ­ v e n tu d . A m e d id a q u e iba e n ­ v e jec ie n d o , fue e n co g ién d o se y re s e c á n d o s e h a s ta p a re c e r una cig a rra; en to n ce s la m etieron en u n a ja u lilla q u e c o lg a ro n en el te m p lo d e A p o lo en C u m as. A d if e re n c ia d e la P itia , la sib ila n o e s ta b a e s tric ta m e n te ligada a un sa n tu a rio . —> e n ea s . L a s s ib ila s e s ta b a n v istas c o m o e l s ím b o lo d e la sab id u ­ ría a n tig u a . U na trad ició n cris­ tia n a a firm a b a q u e h ab ían pred ic h o e l a d v e n im ie n to del cris­ tian ism o . ♦ L en g u a . U na sibila es una m ujer que predice el futuro, una adivinadora: una sibila de feria. Del sustantivo sibila de­ rivan los adjetivos sinónimos sibilítico y sibilino, que literal­ m ente significan «que liene SIBILA 396 Grabado de F. Cecchini sobre la pintura mural de Perugino Grupo de sibilas, legisladores y profetas, Casa del Cambio, Perugia sentido profético». pero que en sentido figurado se aplican para designar aqu ello que re ­ sulta oscuro, m isterioso o am ­ biguo: palabras sibilinas. Libros sibilinos: Recopilación de oráculos, escrita en griego, que los latinos llamaron lihris fa ta le s o fa ta sibilina. Según refiere la tradición, una an ­ ciana (¿la sibila de C um as?) propuso al rey rom ano T ur­ quino «el Soberbio» venderle los nueve volúm enes de estos libros. T urquino no aceptó, p ues la cantidad q u e pedía la anciana le pareció dem asiado elevada. Hila entonces quemó tres volúm enes y le pid ió la m ism a sum a por los restantes. El rey volvió a negarse y la m ujer quem ó o tro s tres. Sor­ prendido por tanta obstinación, el rey terminó comprándole los tres últim os. E stos libros se conservaban en el C apitolio al cuidado de una secta de sacer­ d o tes en carg ad o s, por orden 397 SILEN O del Senado, de consultarlos en caso de prodigios o calam ida­ des públicas. En el siglo t fue­ ron quem ados, aunque más tarde se restauraron y pasaron al templo de Apolo, en el Pala­ tino. O ráculos sibilinos: R ecopila­ ción del sig lo vi d . C. com ­ puesta por diatribas y profecías g riegas d e inspiración judeocristiana. ♦ Lit. V irgilio describe el an ­ tro de la sibila de C um as y la convierte en la guía de Eneas" en su descenso a los Infiernos" (Eneida. III y VI). Véase tam ­ bién O vidio, M etam orfosis, XIV, 30. Petronio. en el Satiricó n (siglo i), p resenta a la si­ bila convertida en ju g u e te de unos niños q u e le preguntan: «Sibila, sibila, ¿qué quieres?». Ella responde: «Q uiero m o­ rir...» ♦ ¡co n . La sib ila d e C um as fue pintada por Van Eyck (si­ glo x v . G ante), M iguel Angel (h. 1510, capilla S ixtina, V a­ ticano). Rafael (1514, Roma). T urner pintó E neas y la sibila (1798, L ondres). www.FreeLibros.me ♦ M ús. L.a S ibila aparece m encionada, por análogas ra­ zones, en el célebre canto del D ies irae, introducido en 1249 en el oficio de difuntos, donde se dice que el rey David, «cuín sibylla» («con la sibila»), anunció el fin del mundo. SILENO D io s d e la s fu e n te s y los m a n a n t ia l e s , h ijo d e P an" y p a d re d e los sá tiro s ”, tu v o a su c a r g o la c r ia n z a d e D io n is o ”. E ra u n a d iv in id a d fe s tiv a y a lg o c h u s c a a la q u e se im a g i­ n a b a c o m o u n a n c ia n o g ro ­ t e s c o y v e n tr u d o , s ie m p re ta m b a le a n te b a jo lo s e fe c to s d e l v in o , a m e n u d o m o n ta d o s o b r e u n a s n o y , a v e c e s, con 398 SILV A N O SILVANO Grabado sobre el lienzo de Ribera Sileno borracho. Ñapóles, Museo de Capodimonte c o la , c a s c o s y o re ja s d e c a b a ­ llo. E s u n a p re s e n c ia c o n s ta n te e n e l c o r t e j o d e D io n is o . S u n o m b re se e m p le a b a a v e c e s e n p lu r a l p a r a d e s i g n a r a lo s s á tiro s v ie jo s. ♦ /co n . Figura muy frecuente en la pintura y escultura an ti­ guas. Sileno aparece la m ayo­ ría de las veces en estado de embriaguez (Sátiro sosteniendo a Sileno ebrio, «vaso Borguese», siglo m a. C., Louvre: Rubens, Sileno, siglo xvn, M u­ nich: Ribera. Sileno borracho, 1623. Ñ apóles) o com iendo glotonamentc (Antoinc Coypel, Sileno m anchado de moras, 1701. Reims); a veces se le re­ presenta tam bién con el p e ­ queño Dioniso (mármol, siglos iv-m a. C-, Louvre). D iv in id a d m e n o r ro m a n a , m u y a n tig u a y p o p u la r e n Italia y e n el L a c io , e ra el d io s d e las flo re s ta s . C o m o F a u n o ", e s un d io s q u e c o n f ie r e fe r tilid a d a lo s c a m p o s y p ro te g e lo d o lo q u e v iv e e n lo s b o s q u e s (en la­ tín s ilv ia s ig n ific a « b o sq u e » ). E ra ta m b ié n e l p ro te c to r d e los c a m p e s in o s , d e lo s p a s to re s y su s reb a ñ o s, d e los c a m p o s c u l­ tiv a d o s y d e lo s j a r d in e s . L os c a z a d o r e s in v o c a b a n su n o m ­ b re y le a g r a d e c ía n la fo rtu n a e n la c a z a . A m e n u d o se le co n ­ s a g r a b a n lo s c o to s d e la s p ro ­ p ie d a d e s ru ra le s. E ra h o n ra d o ju n to a Ceres", L ib e r P a te r y Pales", e n la s fies­ ta s c a m p e s in a s , lle g a d a la é p o c a d e re c o le c c ió n . S e le re p re s e n ta b a c o m o un a n c ia n o a m a b le , d e ro s tr o j o ­ v ia l y b e n e v o le n te . S u s a trib u ­ to s e r a n la h o z y e l r e to ñ o de árb o l. S e le o fre c ía trig o y raci­ m o s d e u v a s , lib a c io n e s d e le­ c h e y v in o . F u e id e n tific a d o c o n Pan*. —» p a n . SIRENAS E s to s m o n s tru o s " m arin o s, c u y o n ú m e r o v a ría d e d o s a c u a tro seg ú n la s v e rsio n e s, eran u n as av e s co n c a b e z a y to rso de m u je r. E ra n h ija s d e l d io s flu­ 399 SIREN AS v ia l A q u e lo o y te n ía n s u m o ­ ra d a e n u n a is la s itu a d a c e rc a d e la c o sta m erid io n a l d e Italia. L a m a y o r p a rte d el tie m p o v a­ g a b a n p o r e l m a r y c o n su s m a ­ ra v illo s o s c a n to s a tra ía n h a c ia los a rre c ife s a los n a v io s, c u y a s tr ip u la c io n e s d e v o r a b a n d e s ­ p u és d el n a u fra g io . O rfe o ', co n la m ú s ic a d e su lira , c o n s ig u ió q u e lo s A rg o n a u ta s ’ n o s u c u m ­ b ie ra n a s u c a n to . U lis e s ' ta m ­ b ié n lo g ró e s c a p a r d e e lla s ta ­ p o n a n d o c o n c e ra lo s o íd o s d e su s m a r in e r o s y o rd e n á n d o le s q u e le a ta r a n a l m á s til d e su b a r c o p a r a p o d e rla s e s c u c h a r sin p e lig ro d e c a e r v íc tim a s d e su h e c h iz o . L a s s ire n a s , d e rro ­ ta d a s , s e la n z a ro n a l m a r o se tra n sfo rm a ro n e n ro c a s. ♦ L en g u a . E scuchar el canto d e las sirenas: dejarse seducir o convencer por algo poco se­ guro; una voz d e sirena: una voz em brujadora; una sirena: una m ujer peligrosam ente atractiva y seductora. R ecibe tam bién el nom bre de sirena un potente aparato utili­ zado para lanzar señales sono­ ras d e ad vertencia, em pleado en un principio en el medio marino, en barcos y puertos. Bl term ino designa asim ism o un instrum ento para contar el nú- www.FreeLibros.me F. von Uhde. Sirenas, Munich, colección particular m ero de vibraciones de un cuerpo sonoro en un tiempo determinado. Los sirenios (o vacas marinas) son unos mamíferos acuáticos d e gran tam año, corno el ma­ natí, cuyos gritos parecen la­ mentos humanos. ♦ Lit. El canto XII de la Odi­ sea muestra los intentos de las sirenas por seducir a los grie­ gos con sus «voces hechice­ ras». Platón, en el mito de Er «el A rm enio» (La Repúbli­ ca. X). habla de ocho sirenas situadas en las esferas que li­ mitan el espacio del mundo. O vidio (Metamorfosis, V) ex- S IR E N A S plica qu e son las com pañeras de Perséfone', provistas de alas para buscar en el m ar a su amiga desaparecida. La fortuna literaria de la figura m ítica de las sirenas viene acom pañada p o r una sensible transform ación operada en el plano iconográfico, que las convirtió en unas criaturas fan­ tásticas con cuerpo de m ujer de cintura para arriba y cola de pez. A sí aparece descrita al m enos en un tratado anónim o del siglo vi titulado De monstris. La interpretación cristiana las convierte en el sím bolo de la d u p licid ad d e la n atu raleza hu m ana, en la que conviven el Bien y el M al. La am biva­ lencia que une lo hum ano y lo m onstruoso puede convertirse tam bién en m otivo dram ático, com o su ced e en el fam oso c u en to de A ndcrsen L a x i r e ­ m ití, d onde e sta, en am orada del príncipe qu e había entre­ visto desde las profundidades del mar. sueña co nvertirse en se r hum ano para p o d er v iv ir su am or. T ransform ada final­ mente en una verdadera mujer al precio de a tro ces su fri­ m ientos. verá su am or desde­ ñado y traicionado. El m otivo de la transform ación de la si­ 400 re n a en m u jer es recuperado por José Luis Sam pedro en su novela La vieja sirena ( 1990). La ex p erien cia del ca n to de las siren as c o m o d esc u b ri­ m iento d e un canto inhum ano y c o m o ten tació n d e ced e r a u n a p elig ro sa sed u cció n , ha suscitado m últiples com enta­ rios. El crítico M aurice Blanchot d ed ica la prim era parte de su o b ra El lib ro p o r venir (1 9 5 9 ) al «can to d e las sire­ nas». q u e con stitu y e la ex p e­ rien cia fundam ental de todo e scrito r. P ara B lan ch o t. el «encuentro» con las sirenas es el m om ento en que se abre el espacio im aginario que propi­ cia la escritu ra. Sin haber prestado o ídos al canto enig­ m ático y peligroso de las sire­ nas no existiría la obra litera­ ria. T o d a o b ra e s p o r tanto, simbólicamente, el relato de la «navegación» que conduce al e n cu en tro con las sirenas, c o m o d em u estra , para B lan­ ch o t, la o b ra de Proust En b u sca d e l tiem po perd id o (1913-1928), relato del acon­ tecim iento que perm ite escri­ b ir y escritura de este aconte­ cim iento. ♦ ¡con. La representación tra­ dicional d e las sirenas como seres con torso de mujer y cola 401 SÍSIFO de pez data de la Edad Media, l.a iconografía antigua (ánfora del Brilish Muscum que ilustra el episodio de U lises y la s si­ renas, siglo v a. C .; marfil del templo de Artemisa" en Efeso) las m uestra siem pre con ca ­ beza y senos d e m ujer y cuerpo y alas de ave. Friedrich von Uhdc, Sirenas, 1875, M u­ nich. ♦ M ús. El golfo d e las sirenas, zarzuela compuesta sobre texto de Calderón de la Barca (1657) en la que se relata la aventura d e U lises con ellas. El grupo m usical El Ú ltim o de la Fila hace referencia a este episodio en su canción S o y un a c c i­ dente: «B usco una orilla ex ­ traña pero y o no soy U lises. Q ue nadie m e ate cuando las sirenas canten.» ♦ C in. La pelícu la de F rattfo is T ru ffau l L a siren a del M ississippi (1969). inspi­ rada en la novela d e W illiam Irish, p resen ta a u n a m ucha­ cha, inocente y seductora a la vez. qu e atrae irresistib le­ mente a los hombres causando su perdición. W alt Disney, en su película de dibujos anim a­ dos La sirenita (1991). realiza una versión cin em ato g ráfica del cuento de Andcrsen. - > U L IS E S . www.FreeLibros.me Tiziano. Sisifo. Madrid, Museo del Prado SÍSIFO H ijo d e E o lo ‘, a su v ez hijo d e H e lé n ', y n ie to d e D eucalió n y P irra , la m ito lo g ía g re ­ c o rro m a n a lo p re se n ta c o m o el m ás a stu to y el m en o s escrupu­ lo so d e los m o rtales. S e le co n ­ sid e ra b a u n o d e lo s fundadores d e C o rin to . C a d a e p is o d io de su le y e n d a e s la h isto ria de una d e su s a rtim añ as. C u a n d o A u tó lico , reputado a u to r de n u m e ro so s latrocinios, le ro b ó su s reb añ o s, S ísifo con­ fu n d ió al c u a tre ro m ostrándole la m arc a q u e había grabado por p re c a u c ió n b a jo la p e z u ñ a de c a d a u n o d e su s an im ales y que re z a b a así: « M e h a ro b ad o A u­ tó lic o .» U na n o c h e se las arre ­ S ÍS IF O g ló p a ra c o n v e r tir s e e n el a m a n te d e A n tic le a , la h ija d e A u tó lico , q u e e s ta b a p ro m etid a a L ae rtes. S e g ú n e s ta tra d ic ió n , d ifu n d id a p o r lo s a u to re s trá g i­ c o s p e r o d e s c o n o c id a e n lo s p o e m a s ho m érico s* , s e ría e l la ­ d in o S ís ifo , y n o L a e r te s , el v erd ad ero p a d re d e U lises", q u e h a b ría h e re d a d o d e é l su le g e n ­ d a ria a stu cia. M ás ta rd e , in s ta la d o e n C o rin to , d o n d e h a b ría fu n d a d o los Ju e g o s Is tm ic o s, S ís ifo fu e te s­ tig o c a s u a l d el ra p to d e E g in a , la h ija d el d io s llu v ia l A so p o , y re v eló al d e sc o n s o la d o p a d re la id e n tid a d d e l r a p to r — q u e n o e r a o tr o q u e e l rijo s o Zeus*— a c a m b io d e q u e e s te h ic ie se b ro ­ ta r u n m anantial e n la ciu d a d e la d e C o rin to . L a d e la c ió n a tr a jo so b re S ís ifo la c ó le ra d el se ñ o r d e l O lim p o ", q u e le im p u so un c a stig o e je m p la r y ete rn o : a rro ­ j a d o a lo s In fie rn o s * , f u e c o n ­ d e n a d o a e m p u ja r un e n o rm e b lo q u e d e p ie d r a h a s ta lo a lto d e u n a co lin a, d e sd e d o n d e ca ía n u e v am e n te h asta la b a se , v ién ­ d o se o b lig a d o S ís ifo a e m p e z a r u n a y o tr a ve?., e n u n e s f u e rz o e te rn a m e n te fru stra d o . U n a tra d ic ió n d ife re n te e x ­ p lic a el to r m e n to d e S ís if o c o m o c a s tig o a o tr a d e s u s s u ­ p e rch erías. Z eu s, p a ra v en g arse 402 d e la d e la c ió n d e S ís ifo , e n v ió a T á n a to * . la M u e rte , p a ra q u e se a p o d e ra s e d e é l, p e r o fu e el a s tu to m o r ta l q u ie n c o n s ig u ió h a c e r lo p ris io n e r o y lo re tu v o c a r g a d o d e c a d e n a s , lib ra n d o a s í a lo s m o rta le s p o r u n tiem po d e l f u n e s to g e n io a la d o . T á ­ n a to " , lib e ra d o f in a lm e n te p o r A res*, re e m p re n d ió la p e rse c u ­ c ió n d e s u v íc tim a . E s ta v ez, S ís ifo ro g ó a s u e s p o s a q u e no le trib u ta se h o n ra s fú n eb res. Al lle g a r a lo s In f ie r n o s , S ísifo p u d o a s í p e d ir a H ades* q u e le p e rm itie ra re g re sa r al m u n d o de lo s v iv o s c o n e l p r e te x to de c a s t ig a r la im p ie d a d d e su e s ­ p o sa . S ís ifo re g re só p o r ta n to a C o rin to y su s d ía s tra n s c u rrie ­ ro n d ic h o s o s h a s ta e d a d m uy a v a n z a d a , p e r o c u a n d o fin a l­ m e n te m u r ió , lo s e s c a r m e n ta ­ d o s dioses* le im p u sie ro n e l su­ p lic io d e la r o c a p a r a m a n te ­ n e r lo o c u p a d o s in d e s c a n s o y q u e n o p u d ie ra a s í u rd ir nuevas tretas. El c a s tig o d e S ís if o , que a p a re c e y a e n la O d is e a (canto X I), p a só a la p o s te rid a d com o u n a re p re se n ta c ió n e je m p la r de lo s to r m e n to s e te r n o s q u e su ­ frían e n e l T ártaro* lo s m ortales in s o le n te s y lo s g ra n d e s c rim i­ n a le s , to d o s e llo s c o n d e n a d o s p o r los d io s e s p o r s u p e ca d o de SO M BRA 403 h ib ris", e x c e s o d e o rg u llo y d e c o n f ia n z a e n s í m is m o s . T á n ­ talo * , P ro m ete o * o Ix ió n " so n o tro s e je m p lo s c é le b re s. — > IN F IE R N O S . ♦ L it. El destino d e Sísifo, cuya falta no siem pre aparece bien definida en la tradición, re­ cibió numerosas interpretacio­ nes. Su castigo puede aparecer com o sím bolo del espíritu hu­ mano incapaz de elevarse sobre la m aterialidad d e las cosas. G utierre d e C etina (siglo xvi) com para el castigo im puesto a Sísifo con los continuos altiba­ jo s que él sufre por causa de su amor. En el Guzmán de Alfarache, novela picaresca de Maleo A lem án (1599-1604), la vida del picaro G uzm án m antiene paralelism os evidentes con el mito de Sísifo. Las acciones se repiten, y una y otra vez. el pro­ tagonista vuelve al mismo punto de su existencia, sin po­ d e r salir d e la picaresca, con­ vencido de que su vida, com o la de Sísifo, es un continuo su­ b ir para volver a caer. En «La m ala suerte» de Baudelaire (Las flo re s del mal. 1857), S í­ sifo e s un ser heroico q u e el poeta moderno, condenado a la soledad y a reanudar una y otra vez sus esfuerzos, no puede www.FreeLibros.me imitar. Sísifo, menos presente en la literatura que Prometeo —con el que sin embargo tiene bastantes afinidades— . ad­ quiere más importancia en el si­ glo X X . En El m ito de Sísifo ( 1942), Albert Carnus convierte el castigo legendario de Sísifo en un sím bolo de la condición hum ana, caracterizada por el absurdo. Pero lejos de rebe­ larse. el hom bre debe aceptar este destino, y Sísifo se con­ vierte entonces en la figura de ese hombre reconciliado con su condición absurda, com o tra­ duce la famosa fórmula: «De­ bemos imaginar a Sísifo feliz.» ♦ ¡con. Tiziano lo representó, rodeado de resplandores infer­ nales, abrumado por el peso de la roca (1549, Madrid. Museo del Prado). SOM BRA F o rm a v a g a e in m aterial (o s e m im a te ria l) b a jo la c u a l los d ifu n to s m o rab an e n los Infier­ nos*. E n e s te se n tid o , som bra y a lm a so n té rm in o s p rá c tic a ­ m e n te sin ó n im o s, au n q u e estas n o c io n e s n o s e c o rre sp o n d a n e x a c ta m e n te . ♦ L en g u a . El reino leí imperio, la m orada) de las som ­ bras: los Infiernos. SO M BRA ♦ Lit. En un sobreeogedor epi­ sodio de la O disea (canto XI). vem os a Ulises* proceder a la nekuia — evocación de los muertos— en el misterioso país de los cimerios. Después de ca­ var un foso en un lugar deter­ minado y regarlo con la sangre de unos toros inm olados en sa­ crificio, U lises entra en con­ tacto con las «som bras», que vienen a beber ávidam ente esa 404 sangre que por algunos minutos les dará cierta materialidad, per­ m itiendo a sí que el héroe* in­ tercambie noticias con ellas. En el canto VI de la Eneida, Eneasdesciende él m ism o a los In­ fiernos para encontrarse con las sombras de los difuntos que co­ noció en vida, entre ellas la de Dido" y la de su padre Anquises*. que le profetiza el glorioso futuro de Roma*. T TANATO e l e n c a rg a d o p o r Z eus* d e c a s ­ P e rso n ificació n d e la M u e r­ tig a r a S í s i f o ', p e r o e l a s tu to te (e n g rie g o th a n a to s), h ijo d e m o r ta l c o n s ig u ió e n g a ñ a rlo y E re b o ', las T in ie b las infernales, h a c e r l o p r is io n e r o , lib ra n d o y d e N icte", la N o ch e, e s el h er­ a s í, p o r u n tie m p o , d e su fu ­ m ano g e m e lo d e H ipno*, p erso ­ n e s ta p re s e n c ia a lo s h om bres. n ific a c ió n d e l S u e ñ o . — > S ÍS IF O . R e p re s e n ta d o c o m o u n g e ­ nio a la d o , a c u d e a b u s c a r a los ♦ Lit. Tánato no dio lugar a un m o rta le s c u a n d o e l tie m p o d e m ito propiam ente dicho, y la su v id a h a e x p ira d o . C o rta e n ­ m ayoría d e las veces aparece to n c e s u n m e c h ó n d e lo s c a b e ­ reducido a una simple abstrac­ llo s d e l d if u n to p a ra e n tr e g á r­ ción, al igual que su gemelo s e lo c o m o p re s e n te a H ades* y Hipno. Introducido com o per­ lu e g o lle v a s u c u e rp o a l re in o sonaje en el teatro — com o en d e lo s m u e rto s. A s í tra n s p o rtó la A icestis de Eurípides (438 el c u e r p o d e l v a lie n te héroe* a. C .). donde aparece cubierto lic io S a rp e d ó n , c a íd o a l p ie d e por una túnica roja y blan­ la s m u r a lla s d e T ro y a * . F u e d iendo una espada— , inter­ ta m b ié n a b u s c a r a A lc e stis* , viene sobre todo en relatos po­ q u e p o r a m o r h a b ía o c u p a d o pulares, al margen de cualquier en e l fé re tro e l lu g a r d e s u e s ­ esquem a m ítico. En el relato p o s o m u e r to . T u v o e n to n c e s fantástico de Edgar Alian Poc q u e e n fr e n ta rs e c o n H e ra c le s", titu lad o «La máscara de la q u e le o b lig ó a d e v o lv e r a la muerte roja» (Nuevas historias jo v e n , d e la q u e y a s e h a b ía extraordinarias, 1856) volve­ ap o d e ra d o . T á n a to fu e ta m b ié n mos a encontrar la misma apa­ www.FreeLibros.me TÁ N TALO rición espectral vestida de rojo <|ue nos presentaba Eurípides. ♦ Icón. La crátera de Eul'ronio (siglo vi a. C .. N ueva York. M etropolitan M useum ) repre­ senta a H ipno y T áñ alo lle­ vando el cuerpo de Sarpedón. TÁNTALO M o n arca d e u n a ric a reg ió n d e A sia M e n o r (F rig ia o L id ia , s e g ú n la s v e rs io n e s ) , h ijo d e Z e u s , d is fru ta b a d e la a m ista d d e lo s d io s e s , q u e in c lu s o lo in v ita b a n a s u m e s a e n el O lim p o ". S u n o m b r e , s in e m ­ b arg o , ha q u e d a d o lig a d o al te ­ rrib le su p lic io a q u e fu e c o n d e ­ n ad o en los Infiernos ', e l cual se a trib u y e a d iv e rs a s c a u sa s . S e ­ g ú n a lg u n a s tr a d ic io n e s , tr a i­ c io n ó la c o n f ia n z a d e lo s In ­ m o rtales d ifu n d ien d o cie rto s se­ c re to s a lo s q u e h a b ía te n id o a c c e s o en e l O lim p o , lle g a n d o in c lu s o a ro b a r e l n é c ta r ' y la a m b ro sía " d e lo s d io s e s p ara d á rs e lo s a lo s h o m b r e s . T a m ­ b ié n se le p re s e n ta c o m o p e r ­ ju r o p o r n e g a r h a b e r recib id o d e Z e u s e l p erro d e o ro q u e e ste le h a b ía c o n fia d o y q u e Z e u s c o n ­ se rv a b a d e s d e su in f a n c ia , p a ­ sa d a ju n to a A m altea* e n C reta . P e ro e l p e o r d e su s c r í m e ­ n e s fu e h a b e r o f r e c id o a lo s d io s e s un b a n q u e te e n e l q u e 406 les s irv ió la c a rn e d e su pro p io h ijo P élo p e * , a q u ie n h a b ía d e s c u a r tiz a d o y g u is a d o , p ara p r o b a r la o m n is c e n c ia d e los d io s e s . L o s In m o rta le s d e s c u ­ b rie ro n in m e d ia ta m e n te la n a ­ tu r a le z a d e l m a n ja r q u e se les o fre c ía y lo re c h a z aro n h o rro ri­ z a d o s . T o d o s e x c e p to D e m é ter", q u e d e v o ró h a m b rie n ta un h o m b r o d e l d e s d ic h a d o jo v e n sin d a r s e c u e n ta d e n a d a . Los d io s e s re s u c ita ro n a P é lo p e y re e m p la z a ro n su d e sa p a re c id o h o m b r o p o r o tr o d e m a r fil. El p a d re im p ío fu e c a stig a d o a su­ frir h a m b re y se d c ie rn a s. E n lo m á s p ro f u n d o d e l T ártaro* q u e d ó T á n ta lo , s u m e rg id o en u n la g o h a s ta e l c u e llo y m uy c e r c a d e u n á rb o l c a rg a d o de fru to s d e lic io s o s : c u a n d o in­ te n ta b e b e r, e l a g u a se retira ; c u a n d o in te n ta c o m e r , la s ra­ m a s se a le ja n d e su m ano. El sa c rile g io d e T á n ta lo pe­ sa rá so b re to d a su descendencia. S u h ija N ío b e 1, c u y o s h ijo s mo­ rirá n b a jo las fle c h a s d e A rte­ m isa" y A p o lo -, h a q u ed ad o c o m o e l s ím b o lo d e l d o lo r m a­ te rn o in c o n s o la b le . El m ons­ tru o so festín se re p ro d u c irá ge­ n e ra c io n e s d e s p u é s , cuando A tre o , h ijo d e P é lo p e , h ag a co­ m e r a su h e rm a n o T ie s le s la c a rn e d e su s tre s h ijo s. L a fatal 407 TEBAS herencia se transm itirá m arcando san g rien ta m en te el d e stin o d e la fa m ilia d e A g a m e n ó n ', h ijo de A treo, m ate ria trá g ic a d e la que E sq u ilo e x tra e rá s u trilo g ía la O re stía d a (4 5 8 a. C .). —> a t r i D A S , N ÍO B E , P É L O P E . ♦ Lengua. La expresión supli­ cio d e T ántalo evoca una s i­ tuación en la q u e se está muy cerca de lo que se ansia sin po­ der jam ás alcanzarlo. ♦ Lit. En Tántalo (1935), n o ­ vela de Benjamín Jarnés, el au­ tor se sirve del personaje m ito­ lógico para escrib ir sobre sus propias preocupaciones. TÁRTARO R e g ió n d e lo s In fie rn o s* d o n d e s u f r ía n to r m e n to s e te r ­ n o s la s a lm a s d e q u ie n e s , p o r sus c rím e n e s , h a b ía n m e re c id o se r c a s tig a d o s d e s p u é s d e su m u erte. S e g ú n la tra d ic ió n m ás d ifu n d id a , q u e se r e m o n ta a H o m e ro , e l T á r ta r o e s ta b a s i­ tu a d o e n la s m á s re m o ta s p ro ­ fu n d id a d e s d e l U n iv e rs o , m u ­ c h o m á s a b a jo q u e lo s p ro p io s In fiern o s. S o lo e s ta b a n c o n d e ­ n ad o s al c a stig o e te rn o d e T á r­ ta ro a lg u n o s h éro es* m ític o s , c u lp a b le s d e h a b e r o fe n d id o al p ro p io Z eus* (c o m o Ix ió n ”, S ís ifo ” o T á n ta lo " ). M á s ta rd e , www.FreeLibros.me p o r in flu e n c ia d e l p itag o rism o e s p e c ia lm e n te , se e x te n d ió la n o c ió n d e u n « T á rta ro = lu ­ g a r d e s u p lic io s » m u c h o m ás « a b ie r to » y d e s tin a d o n o ya so lo a los « g ra n d e s transgresore s» arq u e típ ic o s, sin o tam bién a lo s sim p le s m o rtales. L os su ­ p lic io s d el T á r ta r o , a lo s q ue ta n to se p arecen los del infierno c ristia n o , n o era n forzosam ente e te r n o s ; s e r v ía n ta m b ié n p ara p u rifica r las alm as q u e, después d e h a b e rlo s s u p e r a d o , p o d ía n e s c o g e r e n tr e re e n c a rn a rs e o a c c e d e r a los C a m p o s E líseos”. E sta co n c e p c ió n a n u n c ia y pre­ fig u ra la n o c ió n d el « p u rg a to ­ rio » cristian o . —> IN F IE R N O S . ♦ L en g u a . En lenguaje poé­ tico se utiliza la palabra tártaro com o sinónim o de «infierno». ♦ L it. H om ero. ¡Hada, canto VIII. H csíodo. Teogonia. 722 y sigs. TEBA S E s ta c iu d a d d e B eo cia fue f u n d a d a p o r C a d m o , h ijo del re y fe n ic io A g e n o r, p o r orden d e A polo*, a q u ie n el m onarca h a b ía a c u d id o a c o n s u lta r a D e lfo s d e s p u é s d e h a b e r b u s ­ c a d o la r g a e in ú tilm e n te a su h e rm a n a E uropa*. S o b re el lu- TE B A S Sémele. hija del fundador d e Tebas, en Júpiter y Sém ele, lienzo de Moreau, París, Museo Gustave Moreau g a r q u e e l o rá c u lo h a b ía d e s ig ­ n a d o , C a d m o m a tó u n d ra g ó n n a c id o d e A res" q u e h a b ía e x ­ te rm in a d o a su s c o m p a ñ e ro s . A te n e a - le a c o n s e jó q u e s e m ­ b rara los d ie n te s d el m onstruo*, de lo s c u a le s s u r g ió , a m e n a ­ z a n te , un e jé r c ito d e h o m b r e s a rm a d o s , lo s E s p a rto i (e n g rie g o , « lo s h o m b r e s s e m b ra ­ dos»), C a d m o lan zó p ied ras en ­ tr e e llo s y e s to s e m p e z a r o n a a c u sa rse u n o s a o tro s d e h a b e r­ la s a rr o ja d o y te r m in a ro n m a ­ tá n d o s e e n tr e sí. S o lo s o b r e v i­ v ie ro n c in c o , y c o n su a y u d a 408 C a d m o fu n d ó la c iu d a d . S erían lo s a n te p a s a d o s d e la a risto c ra ­ c ia teb an a . D e s p u é s d e e x p ia r la m u e r te d e l d ra g ó n s irv ie n d o c o rn o e s c la v o a A re s d u ra n te o c h o a ñ o s , C a d m o se c o n v irtió e n re y d e T e b a s y Z eus* le en ­ tre g ó p o r e s p o s a a H arm o n ía", h ija d e A re s. S u m a trim o n io se c e le b ró c o n fa s to e x tr a o rd in a ­ rio y a é l a c u d ie ro n to d o s los d io ses". L a p a re ja tu v o u n a n u ­ m e r o s a d e s c e n d e n c ia . Y a a n ­ c ia n o s , p a r tie r o n h a c ia Iliria, d o n d e rein aro n to d a v ía a n te s de s e r tra n sfo rm a d o s en serpientes y a lc a n z a r los C a m p o s E líseo s'. C a d m o p e rte n e c e a la c a te ­ g o ría d e lo s h é ro e s ’ c iv iliz a d o ­ res. D ic e la le y e n d a q u e enseñó a lo s h o m b r e s e l a rte d e u n c ir lo s b u e y e s y a r a r lo s c a m p o s, m o s tr á n d o le s ta m b ié n cóm o e x p lo ta r la s r iq u e z a s m in e ra s d e la tie rra . A d e m á s d e T eb as f u n d ó v a ria s c iu d a d e s e im ­ p o rtó e l a lfa b e to , in v e n to fen i­ c io . P e rso n ific a la in flu e n c ia de la c iv iliz a c ió n orie n ta l en la pri­ m itiv a G re c ia . F re n te a e s te h é ro e positivo, la s g e n e ra c io n e s q u e le sig u ie ­ ro n e s tu v ie ro n a b o c a d a s a las p e o re s d e sg ra c ia s. S é m e le , una d e su s c u a tro h ija s, fu e am ante d e Z e u s y tu v o la im p ru d e n c ia 409 TE B A S LOS DESCENDIENTES DE CADMO----------------C A D M O A u tó n o e 4 In o L e a rc o H a rm o n ía (hija d e A ro s y A frodita) Á g a v e + E q u ió n ( ) I-cucóle») A c te ó n j + M e lic e rte s S é m e le + Z e u s P O L llX )R O íun E spartoi) PEN TEO D io n is o LABDACO O c lu s o M cneceo CREONTK I-A Y O Y o c a s ta + E D IP O I le m ó n P o lin ic e s H le o c le s A n tíg o n a Ism e n c • L o s n o m b r e s d e lo s re y e s d e T e b a s a p a r e c e n e n m a y ú s c u la s . d e p e d irle q u e se le m an ifestara e n to d o s u p o d e r: m u rió fu lm i­ nada. In o ”, m a d ra stra d e F rix o , se s u ic id ó c o n su h ijo M e lic e r­ tes. A u n q u e tan to u n a c o m o otra te rm in a ro n a lc a n z a n d o la in ­ m ortalidad, la d esd ich ad a A utón o c tu v o q u e v e r c ó m o su h ijo A cteón*, m e ta m o rfo s e a d o en c ie rv o , e r a d e v o ra d o p o r su s p ro p io s p e rro s. P o r ú ltim o . A g a v e , p re s a d e l fu r o r d io n i- www.FreeLibros.me s ía c o , d e s c u a rtiz ó a su propio h ijo P e n te o , q u e s e h a b ía con­ v e rtid o en re y d e T eb as. Polid o ro , h ijo d e C a d m o , reinó so ­ b re T e b a s , p e ro la tradición no e sta b le ce c o n c larid ad si fue an­ te s q u e P e n te o — e n cu y o caso h a b ría sid o d e stro n ad o p o r este s o b rin o — o d e sp u é s d e este. —» D IO N IS O , V E L L O C IN O D E O R O . L a tr a n s m is ió n d el p o d e r e n T e b a s s ig u ió m a rc a d a p o r 410 TEBAS la c o n f u s ió n , m e z c la n d o d e fo r m a fu n e s ta lin a je s y g e n e ­ r a c io n e s e n e l s e n o d e u n a m is m a f a m ilia . C o m o e l h ijo d e P o lid o ro e r a d e m a s ia d o j o ­ v en p a ra a c c e d e r al tr o n o , e s te p a s ó a o tr a r a m a te b a n a d e s ­ c e n d ie n te d e lo s E s p a r to i. El p o d e r p a só , p u e s , p rim e ro a N ic te o , lu e g o a L ic o , h e rm a n o d e e ste , p a ra re c a e r fin a lm e n te en A n fió n y Z e lo , d o s g e m e lo s n ie to s d e N ic te o . S e le s a t r i ­ b u y e la c o n s t r u c c i ó n d e la s m u r a lla s d e la c iu d a d , c u y a s p ie d r a s s e h a b r ía n le v a n ta d o s o la s g r a c ia s a lo s s o n id o s d e la lira d e A n fió n , q u e e r a m ú ­ sico . L á b d a c o , h ijo d e P o lid o ro , re c u p e ró a c o n tin u a c ió n el p o ­ d e r y e s fre c u e n te q u e e l p a tro ­ n ím ic o L a b d á c id a s a p a r e z c a p a ra d e s ig n a r al c o n ju n to d e la d in a s tía . L a y o ", h ijo d e L á b ­ d a c o , se rá e l p a d re d e E d ip o ”. C u a n d o L ay o m u era a m an o s d e su h ijo , C r e o n te , d e s c e n ­ d ie n te d e P e rn e o , e je r c e r á el p o d e r e n T e b a s h a s ta q u e su s o b rin o E d ip o s e c o n v ie r ta en rey . C re o n te v o lv e rá a se n ta rse e n e l tr o n o d e T e b a s c u a n d o E d ip o p a rta a l e x il io d e s p u é s d e c o n o c e r la h o rr ib le v e rd a d d e su d e s tin o , y d e n u e v o d e s ­ p u és d e la m u e rte d e E tc o c lc s, h ijo d e E d ip o . E s te s e h a b ía h e c h o c o n el p o d e r y se n egaba a e n tr e g á r s e lo a su h e rm a n o m a y o r P olinices*. C o m o re p re­ sa lia , P o lin ic e s, a y u d a d o p o r el rey a rg iv o A d ra sto y o tro s g u e­ r r e r o s c é le b r e s , la n z ó c o n tra E te o c le s la fa m o s a ex p e d ic ió n c o n o c id a c o m o « lo s S ie te co n ­ tr a T e b a s » . E n f r e n ta d o s en c o m b a te s in g u la r , lo s h e rm a ­ n o s s e m a ta ro n m u tu a m e n te a n te u n a d e la s p u e r ta s d e la c iu d a d . L o s le b a n o s obtuvieron fin a lm e n te la v ic to ria y e x te r­ m in a ro n a to d o s lo s a saltan tes, d e lo s q u e s o lo s a lv ó la vida A d ra sto . A q u í s e s itú a la inter­ v e n c ió n d e A n tíg o n a '. —» a n t í G O N A , E D I P O , P O L IN IC E S . D ie z a ñ o s d e sp u é s , los Epí­ g o n o s " , h ijo s d e lo s je f e s que h a b ía n m u e r to e n e l c o m b a te , lan za ro n o tra e x p ed ic ió n contra T e b a s , e s ta v e z c o n é x ito . Los h a b ita n te s d e la ciu d a d huyeron s ig u ie n d o lo s c o n s e jo s d e l adi­ v in o T iresias* , y T e b a s fue des­ tru id a y saq u e a d a . ♦ L en g u a . El adjetivo beodo se u tiliza en sentido figurado para calificar a alguien torpe o p o co refin ad o , cerrad o a las letras y a las artes. T al es la fam a, en efecto , q u e desde la A ntig ü ed ad ten ían los habi- I tantos d e esta región sobre la que se fundó Tebas. ♦ L it. La dinastía d e los Lab­ dácidas, com o la d e los A tri­ das*, p ro p o rcio n ó a los d ra ­ m aturgos atenienses del siglo v a. C. la m ateria de sus prin­ cipales tragedias. Para la cul­ tura occid en tal, las piezas de S ó fo cles han co n v ertid o a E dipo y A ntígona en los per­ so n ajes m ás rep resen tativ o s d e la co n dició n hum ana. La lucha fratricida entre Eteocles y P o lin ices ap arece evocada en L o s S iete contra T ebas de E squ ilo (467 a. C .) y en Las fe n ic ia s d e E urípides (h. 408 a. C .). que en L as bacantes (406 a. C .) m uestra la muerte de Penleo, víctim a d e la ven­ ganza de Dioniso. En Roma, el poeta Estacio (si­ glo i d. C.) dedicó una epopeya en doce can to s titulada la Te­ baida al enfrentam iento entre Eteocles y Polinices, inspirán­ dose en una epopeya griega ac­ tualm ente perdida. D esde la Edad M edia, la le­ yenda de la ciudad disfrutó de una gran fortuna literaria, com o en el Rom án d e Thébes (anónim o, h. 1 149). El episo­ dio de los Siete contra Tebas y sus incidencias aparecen a si­ m ism o en la Tebaida de Ra- www.FreeLibros.me TEI.ÉM AC O cine (1664), muy próxima a las fuentes antiguas, y en Eteodes y P olinices de G abriel Legouvé (1799). ♦ M ás. Luíly. Cadmo y Herm íone (por Harmonía), ópera. 1673, sobre libreto de Quinault. ♦ Cin. -» e d i p o . En H ércules y la reina d e Li­ dia (1958). Pietro Francisci m uestra el enfrentam iento en­ tre E teocles y Polinices ante los m uros de Tebas, siguiendo una tram a inspirada muy libre­ m ente en el Edipo en Colona de Sófocles y Los Siete contra Tebas de Esquilo. TELÉMACO H ijo d e U lises” y Penélope*. S u fig u ra h a p a s a d o a la le ­ y e n d a c o m o p ro to tip o del am or f ilia l. A u n q u e en o c a sio n e s d e ja tra slu c ir c ie rta ingenuidad p ro p ia d e su ju v e n tu d , siem pre d e m u e s tra v irtu d y piedad. Sus p a d re s le p ro fe sa n ig u alm en te un in q u e b ra n ta b le a fecto . P asó s u in f a n c ia e n Ita c a , e d u c a d o p o r e l s a b io M e n to r”. A l c u m ­ p lir d ie c isie te añ o s, fu rio so por la in so len c ia d e lo s p reten d ien ­ te s d e su m a d re , d e c id e p a rtir en b u sca d e su padre y se dirige h a c ia E sp a rta p a ra c o n s u lta r a N é s to r” y M e n e la o '. A ten ea” le T E M IS p ro te g ió d u ra n te su b ú sq u e d a y le d e v o lv ió a íta c a , d o n d e e n ­ c o n tró a su p a d re y le a y u d ó a re c u p e ra r el p o d er. 412 (1806); A n tonio G onzález de León, E l hijo d e U lises, zar­ zuela. 1768. TEMIS ♦ L it. La prim era parte d e la Odisea (cantos II. III, IV) está dedicada a la búsqueda de Tclém aco. El hijo de Ulises vuelve a tom ar parte en el re­ lato hom érico' a p artir del canto XV y hasta el final, junto a su padre. Fénclon le convierte en el pro­ tagonista de su obra didáctica Las a ven tu ra s d e Telém aco (1699). El joven parte en busca de su padre guiado por M in erv a'-A ten ea. q ue ha to ­ m ado el asp ecto del ancian o Mentor. Después de una aven­ tura am orosa (T elém aco se enam ora de la ninfa' Eucaria, suscitando a su vez el am or de Calipso*), pasa una larga e s ­ tancia en la corte del rey Idom e n e o , cu y a p o lític a — que Fcnclon presen ta con tintes negros— recuerda m ucho a la de L uis XIV. E sta crítica e n ­ cubierta le valió a Fénelon el exilio. ♦ Icón. Historia d e Telémaco, serie de tapices. 1730, Madrid. ♦ M ás. Telém aco, óperas de Alessandro Scarlatti (1 7 18), de G luck (1765) y de B oieldieu D io s a 1 d e l O rd e n y la J u s ­ t i c ia , e s h ij a d e U r a n o ’, el C ie lo , y d e G e a * , la T ie rr a . F o rm a p a r te , p o r ta n to , d e la p rim itiv a g e n e ra c ió n p re o lím p ic a d e lo s tita n e s " y p e rs o n i­ fic a la L e y d iv in a y m o ra l. Fue la s e g u n d a e s p o s a d e Zeus*, d e s p u é s d e M e tis ', y le d io v a­ rio s h ijo s: la s tre s m oiras*, que lo s ro m a n o s lla m a ro n p a rc a s1; la s t r e s h o ra s " y , s e g ú n a lg u ­ n a s t r a d ic i o n e s , la s H e s p é rid es*. F u e T c m i s , a l p a re c e r, q u ie n a c o n s e j ó a s u e s p o s o q u e se c u b r ie s e c o n la p ie l de la c a b r a A m a lte a " , la é g id a , p a r a u s a r la c o m o c o r a z a c o n ­ tr a lo s g ig a n te s" . S u u n ió n c o n e l s e ñ o r de lo s d io s e s le c o n f ir ió e l p riv i­ le g io , r a r o p a ra u n a d iv in id a d p r i m i ti v a , d e r e s id ir c o n los O lím p ic o s ’. T e n ía d o te s profétic a s y re in a b a e n e l sa n tu a rio p ític o d e D e lf o s a n te s d e q u e s e in s ta la s e A p o lo * , a q u ien e n s e ñ a r ía e l a rte d e la a d iv in a ­ c ió n . A n u n c ió q u e e l h ijo de T e ti s ', A q u iles* , s e r ía m á s po­ d e ro s o q u e su p a d re y a d v irtió a A tlas* q u e u n h ij o d e Z eu s 413 v e n d r ía a r o b a r la s m a n z a n a s d e o ro d e la s H esp érid es* . TEO G O N IA ú ltim o q u e co n q u istó el p o d er y re in a to d a v ía so b re los dioses y - » H E R A C L E S , T E O G O N IA . so b re lo s h o m b res. L a te o g o n ia , c iñ é n d o s e al ♦ L en g u a . La expresión tem ­ se n tid o literal d e la palabra, de­ p lo de Tem is se utiliza en oca­ b e r ía s e r ú n ic a m e n te e l re la to siones, y en ciertos contextos, del « n ac im ie n to d e los dioses». com o sinónim o d e palacio de S in e m b a r g o , e n H e sío d o , la justicia. te o g o n ia se a b re c o n u n a c o s ­ m o g o n ía (« n acim ien to del U ni­ TEOGONIA v e rs o o rg a n iz a d o » ), y a q ue re­ G e n e a lo g ía le g e n d a ria d e la ta p rim e ro e l n a c im ie n to de los dioses* g rie g o s. L a teo g o n ia la s p rim era s d iv in id ad es — per­ g rie g a , se g ú n el p o e m a d e H e ­ so n ific a c io n e s d e e lem en to s— , sío d o , e s a n te to d o e l re la to del lu e g o el d e los p rim e ro s dioses n a c im ie n to d e « to d a la ra z a d e y la ta rc a e m p re n d id a p o r estos los e te rn o s In m o rta le s» y d e su p a ra o rg a n iz a r el m u n d o y po­ d e s c e n d e n c ia , p e ro a p a re c e d e r f in a lm e n te r e in a r en el ta m b ié n c o m o la e p o p e y a d e O lim p o . los c o m b a te s q u e e n fre n ta ro n a L a T e o g o n ia c o m ie n z a por las d if e re n te s g e n e ra c io n e s d e ta n to re la ta n d o e l n a c im ie n to las d iv in id a d e s p o r la c o n q u ista d e l U n iv e rs o . E n lo s o ríg e n e s del p o d e r, p u e s lo s d io s e s , al d e l m u n d o e x is tía el c a o s", la ser in m o rta le s, s o lo p u e d en su ­ v id a in d ife re n c ia d a , un abism o c u m b ir a la v io le n c ia d e o tr o s sin fo n d o d o n d e e rra b a n los d io ses m á s fu e rte s q u e ello s. La e le m e n to s sin n o rte ni d ire c ­ h is to ria d e e s to s c a m b io s d e c ió n . M á s ta r d e a p a re c ie ro n re in a d o c o n d u c e a l p o e ta a G e a ”, la T ie rra , e lem en to de es­ e n u m e ra r la s tre s g e n e ra c io n e s ta b ilid a d , la M a d re U n iv ersal d iv in a s q u e , se g ú n la le y e n d a , q u e se e n f r e n ta al e s ta d o de se fu ero n su c e d ie n d o e n el U n i­ c o n fu s ió n d e C a o s y e n g e n ­ verso: p rim e ro la g e n eració n d e d r a r á to d o lo q u e e x is te , y U rano*, lu e g o la d e C ro n o * y E ros*, el A m o r, p rin c ip io crea­ por ú ltim o la d e los O lím picos", d o r d e la vida. a cu y a c a b e z a se sitú a Zeus*. El C a o s e n g e n d ró d e sí m ism o p o e ta e x a lta la p o te n c ia s o b e ­ a d o s e n tid a d e s c o n tra ria s , ra n a d e l s e ñ o r d e l O lim p o ", el E rebo* (la s T in ie b la s) y N icle' www.FreeLibros.me T E O G O N ÍA (la N o ch e), q u e a su v e z e n g e n ­ d ra ro n su s o p u e s to s y c o m p le ­ m e n ta rio s , E te r y H é m e ra (la L uz del d ía). E l D ía y la N o ch e se u n ie r o n p a ra f o r m a r el T ie m p o ; E re b o y É te r fo rm a n u n a p a re ja d e o p u e s to s , e l n e ­ g ro y e l b la n c o . G e a , p o r su p a rte , h iz o n a c e r d e s í m is m a , sin in te rv e n c ió n d e p rin c ip io m a s c u lin o a lg u n o , lo q u e to d a ­ v ía f a lta b a e n e l U n iv e rs o . T r a jo p rim e ro al m u n d o a U ra n o , el C ie lo , « ig u a l a s í m ism a» , p a ra q u e la c u b rie ra y f e c u n d a s e , e n v o lv ié n d o la p o r e n te ro . L a p a re ja C ie lo -T ie rra , p o r fin c o n s titu id a , o rg a n iz a el m u n d o en un C o sm o s sim étrico y e q u ilib ra d o . L u e g o , G e a e n ­ g e n d ra d e s í m ism a a la s M o n ­ ta ñ a s y a su c o n tr a r io líq u id o , P o n to , e l e le m e n to m a rin o . A q u í te r m in a la p rim e ra p a rte d e la c o sm o g o n ía , u n a v e z q u e h a n a p a r e c id o to d o s lo s e l e ­ m e n to s p r im o r d ia le s d el C o s ­ m os: la T ie rra , el C ie lo , e l M ar. E n lo s u c e s iv o , G e a y a n o e n g e n d r a r á d e s í m is m a , sin o q u e s e r á f e c u n d a d a p o r e le ­ m en to s m asc u lin o s. S e u n e a su h ijo U ra n o y c o n c ib e a lo s tita ­ n e s ' y la s titá n id e s — lo s p r i­ m e ro s d io s e s q u e no so n m eras p e r s o n if ic a c io n e s d e lo s e le ­ m e n to s — , a s í c o m o a lo s tre s 414 c íc lo p e s* y a lo s tr e s h e c a to n q u ir o s ( g ig a n te s ' d e c ie n b ra ­ z o s ), se re s v io le n to s y p rim iti­ vos. N in g u n o d e e sto s h ijo s, sin e m b a r g o , c o n s ig u e v e r la luz d e l d ía p o rq u e su p a d re , U rano, te n d id o s o b re G e a e n u n in ce ­ s a n te a c to d e p r o c r e a c ió n , no le s d e ja s a l ir d e l v ie n tr e d e su m a d re . E l n a c im ie n to d e los d io s e s d e l U n iv erso h a quedado p o r ta n to in te rru m p id o p o r la p o te n c ia se x u a l d e so rd e n a d a y e x c e s iv a d e U ra n o . G e a crea e n to n c e s e l m e ta l y c o n é l fa­ b ric a u n a h o z , q u e e n tre g a a su ú ltim o h ijo , C ro n o , p a ra q u e la lib ere del p e so d e su incansable e s p o s o . C r o n o c o r t a e n to n c e s lo s te s tíc u lo s d e su p a d re . S o ­ b re la s a g u a s d e P o n to c a e n go­ la s d e s e m e n q u e fe c u n d a n su e s p u m a , e n g e n d r a n d o a A fro ­ dita", so b re la T ie rra c a e n gotas d e sa n g re , d e la s q u e n a c e n las c rin ia s* y la s n in fa s ' d e lo s ár­ b o le s . G e a , e s t a v e z u n id a a P o n to , tra e al m u n d o a N ereo ’, p a d re d e la s n e re id a s ’, y a va­ rio s m o n stru o s* m a rin o s. L a c a stra c ió n d e U ra n o sig­ n if ic ó ta m b ié n u n a ru p tu ra en e l U n iv e rs o : e l C ie lo se separó d e fin itiv a m e n te d e la T ie rra y s e fijó e n la c im a d e l C osm os. E s te a c o n te c im ie n to m a rc ó el fin d e la p rim e ra g e n eració n d¡- 415 v in a , p e r o p e r m itió q u e e l m u n d o se p o b la ra c o n lo s h ijo s n a c id o s d e a m b o s . S in e m ­ b a rg o , e n e l n u e v o m u n d o a s í e s ta b le c id o a p a re c e rá n fu e rz a s n u e v a s : la v io le n c ia y e l o d io — sim b o liz a d o s p o r e l a c to c a s ­ tr a d o r d e C r o n o y p o r e l n a c i­ m ie n to d e las e rin ia s , d iv in id a ­ d e s d e la v e n g a n z a — , p e ro ta m b ié n e l a m o r c o n e l n a c i­ m ie n to d e A fro d ita . L a s e g u n d a g e n e ra c ió n , la d e lo s tita n e s , s e r á a p a r tir d e e n to n c e s la d u e ñ a d e l m u n d o , con C ro n o c o m o c a b e z a su ­ p rem a. A lg u n o s tita n e s y titá n i­ d es se u n e n e n tre sí: O céano* y T e tis’ e n g e n d ra n lo s río s y m a ­ n an tiale s; H ip e rió n y T ía a H e­ lio*. S elene" y Eos*; C e o y F eb e a d o s h ija s, L eto" y A ste ria. L a p a re ja m á s im p o rta n te s e r á la q u e fo rm e n C ro n o y R e a ’, q u e te n d rá n c in c o h ijo s : H e s tia ’, D e m é te r’, H e r a ', H ades* y P o ­ se id ó n '. P e ro C ro n o s u p rim e a su d e s c e n d e n c ia , c o m o h ic ie ra su p a d re U ra n o , d e v o r a n d o a sus h ijo s u n o a u n o a p e n a s n a ­ cen p o r te m o r a q u e u n o d e ello s le a rre b a te e l p o d er. D e sd e e l a c to sa c rile g o q u e C ro n o c o m e tió c o n tra su p ad re, la te o g o n ia a p a r e c e m a rc a d a por la le y d el T a lió n . El d o m i­ nio d e C ro n o , e stab le c id o p o r la www.FreeLibros.me TEO G ON ÍA fu e rz a , a rr a s tr a rá a e ste al ine­ v ita b le e n g ra n a je q u e establece q u e to d a falta v a se g u id a de su c a s tig o : su p o d e r p u e d e serle a rr e b a ta d o c o m o é l lo hizo. Z e u s , el ú n ic o h ijo q u e C ro n o n o h a b ía lle g a d o a su p rim ir g r a c ia s a u n e n g a ñ o d e R ea, q u e le h a b ía d a d o u n a p ie d ra e n v u e lta e n p añ a le s p ara q u e la d e v o ra ra e n lu g a r del niño, cre­ c e rá e n la is la d e C re ta y, ya a d u lto , se reb elará c o n tra su pa­ d re y le d e s tro n a rá d e sp u é s d e u n a la rg a g u e rra . - 4 zr.us. El re in a d o d e Z e u s y d e sus h e rm a n o s y h e rm a n a s significa e l d o m in io d e la te rc e ra g e n e ­ ra c ió n d e lo s d io s e s, los O lím ­ p ic o s . E l o rd e n d e l m u n d o q u e d a e s ta b le c id o e n lo s u c e ­ siv o . L a su p re m a c ía d e Z eus es s o b e ra n a p u e s , a d ife re n c ia de su p a d re , h a b asa d o su poderío e n I n j u s ti c ia y e n e l d e re c h o . R ep arte lo s h o n o res y los pode­ re s c o n s u s h e rm a n o s H ades, q u e re in ará en los In fie rn o s ', y P o s e id ó n , a q u ie n c o rr e s p o n ­ d e rá e l re in o d e l m ar. E sta te o g o n ia va seg u id a en H e s ío d o d e u n a h é ro o g o n ia , c a tá lo g o d e se m id io se s* n a c i­ d o s d e u n d io s y u n a m o rtal o d e u n a d io s a y u n m o rta l. De la s u n io n e s d e lo s d io s e s e n tre s í n a c e rá n a c o n tin u a c ió n m u ­ TESEO c h a s div in id a d e s, p e ro e sto s na­ c im ie n to s s u c e d e n y a e n un m u n d o o r g a n iz a d o q u e n o tien e, p o r tanto, u n a re lació n d i­ re c ta co n la teo g o n ia. 416 m ás larde recogería Hesíodo por escrito. De ser exacta esta interpretación, probaría que el relato hesiódico conserva con notable fidelidad antiquísimos mitos indoeuropeos que se re­ montarían a la prehistoria y se­ rían testim o n io d e un pensa­ miento religioso muy próximo a los orígenes d e estos mitos. ♦ Lit. Es preciso destacar que existen tradiciones múltiples y divergentes de los m itos co s­ m ogónicos. En H om ero en ­ contramos otra tradición según la cual el Agua sería el origen TESEO H ijo d e E tra , n ie ta d e P é­ de los dioses, y O céano y Telo p e", y d e E g e o ’, re y d e A te ­ tis" la pareja primordial. La Teogonia de Hesíodo es un n a s , c u y a a s c e n d e n c ia s e re ­ docum ento capital para la his­ m o n ta h a s ta H e fe s to ’ a tra v és toria de los dioses en la m ito­ d e E re c te o " . E s e l h éro e* del logía griega. La tradición A tic a p o r e x c e le n c ia . S u n a c im ie n to e s t á a u re o ­ retendrá esencialm ente su ver­ sión sobre la creación del la d o p o r u n a tra d ic ió n d e doble mundo y su catálogo de las ge­ p a te r n id a d , h u m a n a y d iv in a . S u m a d re, E tra , v io la d a p o r Po­ nealogías divinas. Ver tam bién O vidio. M eta ­ s e id ó n " , s e h a b ía u n id o esa m is m a n o c h e a E g e o , a q uien morfosis. libro 1. ♦ ¡con. Es preciso señalar que P ite o , re y d e T re c é n y p a d re de las célebres pinturas rupestres la m u c h a c h a , h a b ía a n te s e m ­ del llam ado «valle de las M a­ b ria g a d o . El ru m o r d e e s ta a s­ ravillas». en los Alpes maríti­ c e n d e n c ia d iv in a , d ifu n d id a por mos, fechadas en torno a 1500 P ite o , c o n trib u irá a la g lo ria del a. C .. han sido recientem ente n iñ o n a c id o d e a q u e lla u n ió n , interpretadas por Em ilia M as- T e se o , y al o rg u llo d e la ciudad son. investigadora del CNRS q u e c o n v e r tir á e n s u c a p ita l, (Centre National de la Recher- A te n a s. E d u c a d o p o r s u a b u e lo en che S cientifique), com o ilu s­ traciones iconográficas de la T r c c é n , p ro n to s e d is tin g u ió teogonia, m uy parecidas a las p o r su v ig o r y b rav u ra. A l cum ­ que unos ochocientos años p lir lo s d ie c isé is añ o s, su madre 417 d e sv e ló e l m en sa je q u e E g e o le h a b ía e n c a r g a d o q u e tr a n s m i­ tiese a su fu tu ro hijo . E n efecto , a n te s d e p a rtir, E g e o h a b ía s e ­ p u lta d o su e s p a d a y su s s a n d a ­ lias b a jo u n e n o rm e p e ñ a s c o y h a b ía p e d id o a E tra q u e r e v e ­ la s e e l e s c o n d ite a su h ijo c u a n d o fuese c a p a z de m o v er la ro c a p a r a re c u p e r a r e s a s p ru e ­ b a s d e su id e n tid a d ; e n to n c e s d e b e ría lle v á rse la s a E g e o , q u e le r e c o n o c e r ía c o m o h ijo le g í­ tim o y le h aría s u c e s o r su y o en el tro n o d e A ten a s. T e s e o c o n ­ s ig u ió m o v e r la ro c a y a p o d e ­ ra rse d e lo s o b je to s sin d ific u l­ tad y , d e s o y e n d o la s re c o m e n ­ d a c io n e s d e s u fa m ilia , e lig ió d irig irs e a A te n a s p a s a n d o p o r el is tm o d e C o rin to , re g ió n in ­ fe sta d a d e m o n s tru o s ' y b a n d o ­ le ro s: e l jo v e n T e s e o d e s e a b a e m u la r a H e ra c le s”. E n E p id a u ro m a tó a P eri fetes, u n h ijo d e H e fe sto q u e a ta ­ c a b a a lo s v ia je ro s a p la s tá n d o ­ les e l c r á n e o c o n u n a e n o rm e m a z a , y s e a p o d e ró d e l a rm a , q u e c o n s e rv ó c o m o a trib u to . A c o n tin u a c ió n a p lic ó a l b a n d id o S in is e l m ism o tra ta m ie n to q u e e s te d a b a a s u s v íc tim a s , a la s q u e d e s c u a r tiz a b a a tá n d o la s a d o s p in o s q u e lu e g o s e p a ra b a b ru scam en te. L ib eró a los h a b i­ ta n te s d e la z o n a d e u n a c e rd a www.FreeLibros.me TESEO Teseo y Poseidón, decoración de una crátera griega. Bolonia, Museo Municipal m o n stru o sa q u e había devorado a m u c h o s h o m b re s. Pin el reino d e M é g a r a d io m u e rte al b a n ­ d id o E s c ir ó n , q u e d e s p u é s de d e sv a lija r y m a ta r a los d esg ra­ c ia d o s q u e ca ía n en su s m anos, a lim e n ta b a c o n su s resto s a una to r tu g a g ig a n te q u e , g ra c ia s a T e s e o , tu v o la o p o rtu n id a d de d e g u sta r ta m b ién el sa b o r d e la c a rn e d e E s c iró n . E n E le u sis a p la s tó al re y C e rc ió n , q ue o b lig a b a a lu c h a r c o n é l a los e x tra n je ro s y lu eg o lo s m ataba. T e s e o o c u p ó a s í e l tro n o de E le u s is , c iu d a d q u e m á s tarde u n ir ía a A te n a s . P o r ú ltim o , a p lic a n d o s ie m p re la ley del T a lió n , lib ró a la re g ió n del b a n d id o P ro cu stes", q ue acogía a fa b le m e n te a los viajeros ofre­ c ié n d o le s c o m id a y c a m a . Por d e s g r a c ia , su a lb e r g u e te n ía s o lo d o s le c h o s , u n o d em asía- TESEO d o p e q u e ñ o y o tr o d e m a s ia d o g ra n d e . P e ro e ra n m á s q u e s u ­ fic ie n tes: P ro c u s te s a ta b a a los a lto s a la c a m a p e q u e ñ a y a lo s d e c o rta e s ta tu ra a la g ra n d e , y a c o n tin u a c ió n a d a p ta b a la c o n stitu ció n d e su s d e sd ich ad o s h u e sp ed es a la c a m a co rre sp o n ­ d ie n te co rtá n d o le s lo s p ie s a los p rim e ro s y e stira n d o lo s m ie m ­ b ro s d e lo s s e g u n d o s . T e s e o re c tific ó e l ta m a ñ o d e P ro c u s ­ tos c o rtá n d o le la cab e z a . D e sp u é s d e h a b e r su p e ra d o c o n g lo ria to d a s e s ta s p ru e b a s , e l h é ro e e n tr ó p o r fin e n A te ­ n a s, d o n d e r e in a b a u n a g ra n c o n f u s ió n . E g e o v iv ía b a jo la fé ru la d e la h e c h ic e ra M ed ea", q u e le h a b ía d a d o u n h ijo , p ero n o te n ía h e r e d e r o le g ítim o , y P a la n le " , h e r m a n o m e n o r d e l re y , c o n s p ir a b a c o n s u s c i n ­ c u e n ta h ijo s p a r a a p o d e r a r s e d e l tr o n o . T e s e o , d e s p u é s d e e lu d ir u na te n ta tiv a d e e n v e n e ­ n a m ie n to q u e M e d e a h a b ía u r­ d id o c o n tr a é l, c o n s ig u ió q u e su p a d re le r e c o n o c ie r a m o s ­ trá n d o le la e s p a d a q u e e s te h a ­ b ía d e ja d o e n T r e c é n . D e s ig ­ n a d o h e re d e r o le g ítim o d e l re in o a te n ie n s e , s e e n f r e n tó a c o n tin u a c ió n c o n tr a s u s p r i­ m o s , lo s P a lá n lid a s , m a tá n d o ­ lo s: un trib u n a l a te n ie n se le a b ­ s o lv ió d el c rim e n . 418 P a ra p o n e r fin al trib u to hu ­ m a n o q u e e l r e y c r e te n s e M i­ n o s ' e x ig ía c a d a a ñ o a lo s a te ­ n ie n s e s , T e s e o se p re s e n tó c o m o v o lu n ta rio y e m b a r c ó en e l n a v io q u e ll e v a b a h a c ia C r e ta a lo s d e s d ic h a d o s jó v e ­ n e s d e s tin a d o s a c o n v e rtirs e en p a s to d e l M in o ta u ro * . E n c e ­ rra d o c o n su s c o m p a ñ e ro s en el L a b e rin to " , T e s e o s e e n f r e n ­ tó c o n e l te r rib le m o n s tru o , lo m a tó y c o n s ig u ió s a lir del in e x tric a b le re c in to g r a c ia s al h ilo q u e le h a b ía d a d o A ria d n a ”, la h ija d e l re y M in o s . La p rin c e s a , q u e se h a b ía e n a m o ­ ra d o d e T e s e o a p rim e ra v ista, h u y ó c o n é l e n su n a v io . P ero e l v o lu b le h é r o e n o ta r d ó en a b a n d o n a r la e n la is la d e N ax o s . C u a n d o a v is ta b a n y a las c o s ta s d el A tic a , T e s e o , e n su a le g r ía , o lv id ó c a m b ia r la s ve­ las n e g ra s q u e lle v a b a e l barco p o r u n a v e la b la n c a , s e ñ a l de v ic to r ia q u e h a b ía c o n v e n id o c o n su p a d re . E g e o , q u e a g u ar­ d a b a im p a c ie n te e l re g re s o de T e s e o , a l v e r la s v e la s n e g ra s p e n s ó q u e e s ta s a n u n c ia b a n la m u e rte d e su h ijo y , p re s a d e la d e se sp e ra c ió n , se a rro jó al m ar, q u e d e s d e e n to n c e s lle v a su n o m b re . D e sp u é s d e c e le b ra r lo s fu­ n e r a le s p o r E g e o , T e s e o reo r- 419 TE SE O GENEALOGIA DE TESEO IIKFKSTO ERICTON IO ZE U S P A N D IO N I TÁNTALO ER E C T E O P E L O LE + HII’O D A M ÍA CÉCROPH PANDIÓN II PITEO (h e rm an o d e T ¡osles y <lu A ln.su ETRA + EGEO P A LA N T E T ESE O g a n iz ó la v id a Cincuenui PAL,AN TIPAS p o lític a del re in o lle v a n d o a c a b o e l « s in e c is m o » a te n ie n s e (re u n ió n en u n a s o la c iu d a d d e v a ria s a l­ deas c o n tig u a s ). -> atenas (FUNDACIÓN DE). T e s e o p a rtic ip a a c o n tin u a ­ c ió n en u n a e x p e d ic ió n c o n tra la s a m a z o n a s ', q u e v iv ía n en lo s c o n f i n e s d e l m a r N e g ro . S o b re e s te e p is o d io g u e rr e ro y a m o ro s o la s tra d ic io n e s d iv e r ­ g e n , p e r o to d a s c o n s e r v a n el r e c u e r d o d e u n a in v a s ió n d e l A tic a p o r e s ta s te m ib le s g u e ­ r r e ra s . T e s e o lle g ó h a s ta el re in o d e la s a m a z o n a s ta l v e z e n c o m p a ñ ía d e H e ra c le s , q u e www.FreeLibros.me h a b ía v e n id o a a p o d e ra rs e del c in tu ró n d e H ip ó lita , su reina. A llí c a p tu r ó a A n tío p e ”, h e r­ m an a d e H ip ó lita. Y a fuera por a m o r o a la fu e r z a , la jo v e n p a r tió c o n T e s e o , p e ro las fu ­ r io s a s a m a z o n a s m a rc h a ro n c o n tr a e l Á tic a e in v a d ie ro n la c a p ita l. V e n c id a s p o r lo s a te ­ n ie n s e s , s e v ie ro n o b lig a d a s a a c e p t a r la p a z . L a a m a z o n a q u e T e s e o h a b ía lo m a d o p o r e s p o s a m u rió d e sp u é s d e d a r a lu z un h ijo , H ip ó lito", q u e m ás a d e la n te d e s p e rta rá en Fedra". la s e g u n d a e s p o s a d e T e se o . u n a tr á g ic a p a s ió n . - f » Hi p ó ­ l it o . TESEO E l g ra n a m ig o d e T e s e o fu e P iríto o , so b e ra n o d e lo s la p ita s” en T e sa lia q u e , sie n d o g ra n a d ­ m ira d o r d e la s p ro e z a s d e l h é ­ ro e a te n ie n s e , h a b ía in te n ta d o m e d irs e c o n é l e n u n a o c a s ió n re tá n d o le a un c o m b a te . El d u e lo , sin e m b a rg o , n o lle g ó a re a liz a rse , p u e s a m b o s c o n te n ­ dien tes, ad m irad o s m u tu am en te d e la n o b le z a y a p o s tu ra d e su c o n tr a rio , se ju r a r o n a m is ta d e te r n a y s e h ic ie ro n in s e p a r a ­ bles. In v itad o a las b o d a s d e Pi­ r íto o c o n H ip o d a m ía * , T e s e o c o m b a tió c o n tra lo s c e n ta u ro s ' e b rio s q u e p re te n d ía n r a p ta r a la n o v ia y a su s c o m p a ñ e ra s lap ita s ( - » l a p it a s ). M á s ta rd e , sin e m b a r g o , lo s d o s a m ig o s c o n sid e ra ro n q u e d e b ía n b u sc a r c o m p a ñ e ra s m á s d ig n a s d e su a s c e n d e n c ia d iv in a y d e c id ie ­ ro n u n ir s e a h ija s d e Z eu s". F u e ro n p rim e ro a E s p a rta y ra p ta ro n a H e le n a ”, c u y a b e ­ lle z a y a se c e le b ra b a a p e s a r d e q u e e n to n c e s e r a ca si u n a n iñ a . L a m u ch ach a fu e so rtead a y c o ­ rr e s p o n d ió a T e s e o , e l c u a l la d e jó al c u id a d o d e s u m a d re , E tra . C a s to r y P ó lu x , s u s h e r ­ m a n o s . d e s c u b r ie r o n s in e m ­ b a rg o e l p a ra d e ro d e H e le n a y la re s c a ta ro n . P ir íto o , p o r su p a rte , h a b ía e le g id o a P e rs é fo n c . e s p o s a d el d io s H a d e s ”. 420 L o s d o s a m ig o s b a ja r o n p o r ta n to a lo s Infiernos* d isp u esto s a ra p ta rla . H a d e s s im u ló a c o ­ g e rlo s c o n la m a y o r h o s p ita li­ d a d y le s in v itó a se n ta rse , pero c u a n d o lo s v is ita n te s q u isie ro n le v a n ta rse n o p u d ie ro n h acerlo , q u e d a n d o m iste rio s a m e n te so l­ d a d o s a la s « s illa s d e l o lv id o » , q u e le s h ic ie ro n p e r d e r la n o ­ c ió n d e s u id e n tid a d . S o lo T e ­ s e o c o n s ig u ió s a l ir d e lo s In ­ fie rn o s g ra c ia s a H e ra c le s , q u e le lib e r ó c u a n d o b a jó a l re in o d e la s so m b ra s* a c a p tu r a r a C e rb e ro * . P ir ito o p e rm a n e c ió so ld a d o p a ra s ie m p re a su silla d e l o lv id o . (F u e d u r a n te la e s ta n c ia d e T e se o en lo s Infier­ n o s c u a n d o F e d ra , c re y é n d o s e v iu d a , in te n tó s e d u c ir a H ip ó ­ lito .) —> H I P Ó L I T O . D e re g re s o a A te n a s, T eseo s e e n c o n tr ó c o n q u e s u s e n e ­ m ig o s , p e n s a n d o q u e h ab ía m u e rto , s e d is p u ta b a n el poder. A m a rg a d o y d e c e p c io n a d o , a le jó d e la c iu d a d a lo s d o s h i­ j o s q u e tu v o c o n F e d r a para p ro te g e rle s y d e c id ió ex ilia rse. S e re f u g ió e n to n c e s e n la isla d e E sc iro s, d o n d e p o s e ía alg u ­ n a s p r o p ie d a d e s fa m ilia re s , p e ro el re y L ic o m e d e s , a su s­ ta d o a n te la id e a d e te n e r en sus tie rra s a un in v ita d o tan célebre c o m o p e lig ro so p a ra su corona, 421 TE SE O le a tra jo a la c im a d e u n a c a n ti­ la d o c o n e l p re te x to d e m o s ­ tra rle su s tie rra s y le p re c ip itó a l v a c ío . A s í m u rió e l m á s f a ­ m o so h é ro e a te n ie n se. D esp u és d e p a r tic ip a r e n la g u e r r a d e T ro y a ”, su s h ijo s re c u p e ra ro n el tro n o d e A ten as. D u ra n te la b a ta lla d e M ara­ tó n (4 9 0 a. C .), lo s a te n ie n s e s c re y e ro n v e r u n h é ro e d e e s ta ­ tu r a p r o d ig io s a q u e h a b ía v e ­ n id o a a y u d a r le s a c o m b a tir a lo s p e rs a s : e r a T e s e o . H a c ia 4 7 4 a. C ., el g e n e ra l a te n ie n s e C im ó n tra jo d e E sc iro s la s c e ­ n iz a s d e l h é ro e p a ra d a rle s se­ p u ltu ra e n la c iu d a d d e sp u é s de u n a c e re m o n ia fa stu o sa . ♦ Lit. En la tragedia de S ófo­ cles E dipo en C ulona (rep re­ sentada postum am ente en 401 a. C .). T eseo interviene com o un rey pacífico, lleno de sabi­ duría y justicia, para conceder asilo a Edipo' cuando este, re­ chazado por todos, se refugió cerca de A tenas con su hija Antígona*. En cambio, aparece com o un padre auto ritario y cruel en el Hipólito, de Eurípi­ des (428 a. C.), donde maldice a su h ijo H ipólito, injusta­ m ente acusado por su madras­ tra Fedra. En esta últim a obra se inspiró Séneca para escribir www.FreeLibros.me su tragedia Fedra. compuesta hacia 50 d. C. La figura del rey de Atenas aparece celebrada en la litera­ tura medieval profana. Evo­ cad o en el Infierno, de Dante ID ivina comedia. 1307-1321). aparece en la Teseida de Boc­ caccio (1339-1340), como mo­ delo del perfecto caballero, con aventuras más novelescas que míticas. Así sucede también en los Triunfos, de Petrarca ( 13521370). donde le vemos desfi­ lando en el cortejo de Amor entre Ariadna* y Fedra, o en los Cuentos d e Canterbury. de C h aucer (1387), que retie­ ne básicam ente sus múltiples aventuras amorosas. A partir del R enacim iento su historia será objeto de adapta­ ciones escénicas, com o en El sueño de una noche de verano, d e Shakespeare (1594), El la­ berinto d e Creta, auto sacra­ mental de T irso de Molina (h. 1635), Los tres mayores, de Calderón de la Barca ( 1636) o en E l laberinto de Creta, de Lope de Vega (1612-1615). En la Fedra de Racine (1677) apa­ rece com o el «voluble adora­ dor de mil objetos diversos» y padre cruel, desempeñando un importante papel en la obra. La interpretación m oderna de la 422 T E T IS figura tic T eseo incide en el tem a del laberinto com o m etá­ fora del m undo y de la e sc ri­ tura. y en el del m onstruo, que a veces aparece com o el doble de Teseo. Es el caso del Teseo de N ikos K a 7.a 11t7 .akis (1949), donde la m uerte del m onstruo d a nacim iento a un hom bre nuevo que sale del laberinto ju n to a T eseo para c re a r un m undo m ejor. En El A leph (1949). B orges sugiere, en cambio, que el Minotauro ofre­ ció su cuello a la espada de T e­ seo. G ide, en su Teseo (1946), se entrega a una reflexión s o ­ bre el sentido de la vida que constituye en cierto m odo su testam ento literario. —> a r i a d N A . L E D R A . L A B E R IN T O , M IN O T A I IR O . ♦ ¡con. Se evocan las prim e­ ras ha/.añas am orosas del hé­ roe (T eseo y e l gru p o c e n ­ tauro-mujer lapila, frontón del tem plo d e Z eus en O lim pia, siglo v a. C .: T eseo y P o sei­ dón, decoración de una crátera griega. 400 a. ('.. Bolonia; Ru­ bens. El rapto de Deidamía. h. 1636-1638, M adrid, M useo del Prado), pero sobre lodo su aventura con A riadna desde su v ictoria sobre el M inotauro ( Teseo y e l M inotauro. vasija griega, sig lo iv a. C .. A tenas; TETIS v aso grieg o d e figuras rojas con las hazañas de T eseo. co­ nocida com o la C opa d e Aisón. sig lo iv a. C... M adrid. M usco A rqueológico N acio­ nal; Teseo vencedor de! Mino­ tauro. fresco pom peyano, si­ g lo 1 a. € . , Ñ apóles; Marc Saint-Saens, Teseo y el M ino­ tauro. ta p iz d e A ubusson. 1943) hasta el ab andono de A riadna (H istoria d e Teseo y A riadna. escu ela italian a del siglo x v . Aviñón). A R IA D N A . ♦ M ú s. L ully. Teseo, 1675; Darius M ilhaud, La liberación de Teseo, ópera m inuta, 1927. ♦ C in. Protagonista de la pe­ lícula d e S ilv io A m adio El m onstruo d e C reta (1 9 6 1). el héroe, en com pañía de Hércu­ les'. se enfrenta en H ércules contra los vampiros, de Mario Bava ( 19 6 1), a un gigante de piedra directam ente inspirado en el bandido Procustes y sus bárbaras prácticas. TETIS E s ta d io s a ” g r i e g a e s una n e re id a ” h ija d e N ereo * , e l an ­ c ia n o d e l m a r. U 11 v ín c u lo pro­ f u n d o la u n ía a H e ra ", q u e la h a b ía c ria d o , y a H e fe sto ’. Es la m a d r e d e A q u ile s ” y la ab u e la d e N e o p tó le m o . Rubens, T e t i s r e c ib e la s a r m a s d e V u l c a n o p a r a su h ijo A q u i le s , Paris. M useo de Versalles S u u n ió n c o n P e le o , e l re y m ítico d e Flía, en T esalia, es uno de los e p iso d io s m á s cele b ra d o s d e la m ito lo g ía. E lla n o deseaba entregarse a él e intentó resistirse tran sfo rm án d o se su c esiv am en te en ag u a, v ien to , león, fuego... A p e sa r d e to d a s su s m e ta m o rfo ­ s is', P eleo fin alm en te co n sig uió ren d irla . D e e s ta u n ió n n a c ió A quiles. —> a q u ile s . N o d e b e c o n fu n d írs e le co n la tilá n id e ‘ T e tis. —> t e t is . www.FreeLibros.me ♦ L it. T etis interviene en el desenlace de la Andrómaca de E urípides (424 a. C .) lleván­ dose con ella al palacio de N ereo al anciano Peleo. —> AND RÓ M A CA . El episodio de las bodas de Te­ tis y Peleo fue a menudo can­ tado por los poetas. El poeta latino Catulo (h. 85-h. 53 a. C.) les dedica un largo poema (L X IV ) por el que van desfi­ lando hom bres y dioses; en T E T IS esta fiesta fue cuando la D is­ cordia (É ride1). furiosa por no haber sido invitada, arrojó en m edio de los asistentes la fu­ m osa m anzana d e oro, fuente de tantas desgracias futuras. —» T R O Y A . 424 A m érica del N orte y Eurasia) del contin en te de G ondw ana (A m érica del Sur, Á frica, In­ dia. A ustralia y la Antártida). ♦ Lit. Las oeeánides, hijas de Tetis, aparecen en el coro de la tragedia de Esquilo Prometeo encadenado (h. 460 a. C'.). ♦ ¡con. Las bodas d e Telis y Peleo, sarcófago antiguo de la villa A lbani. Rom a; Rubens. TIESTES H e rm a n o g e m e lo d e A treo. siglo xvti. L ondres; C oypel. T a is trayendo a A qu iles las —» ATRIDAS. arm as fo rja d a s p o r Vulcano. siglo xvii, V ersalles; Rubens. TIFÓN T ifó n (ta m b ié n lla m a d o 77Telis recibe las armas de Vidcano p ara su hijo A quiles. si­ f e o o T ifo e o ) e s u n m o n struo* glo xvn. París; Ingres, Z eu s y h ijo d e G e a ' y T á rta ro ”. P e rte ­ Tetis, 1811. Aix-en-Provence. n e c e a l lin a je d e la s d iv in id a ­ d e s p rim o rd ia le s n a c id a s d e la T ie r r a , f u e r z a s m o n s tru o s a s TETIS H ija de U ran o y G e a ’, sim ­ c o n tr a la s q u e Z e u s ' tu v o q u e b o liz a la fe c u n d id a d d e las e n fre n ta rs e p a ra e s ta b le c e r d e­ ag u as. Es la e sp o s a d e O céano* f i n itiv a m e n te e l o r d e n o lím ­ y m a d re d e to d o s lo s río s , a s í p ic o . G e a e n g e n d r ó a e s t e ú l­ c o m o d e la s n infas* o e e á n id e s tim o h ij o p a ra v e n g a r la q u e p e rso n ific a n lo s río s, a rr o ­ d e r r o ta lo s tita n e s ” y d e lo s gi­ g a n te s ”. y o s y fuentes. T ifó n e ra u n s e r g ig an te sc o N o d e b e c o n fu n d írs e le co n la n ereid a* T e tis , m a d re d e y a te r r a d o r . S u c a b e z a ro zab a la s e s tr e lla s y c o n su s b ra z o s A quiles*. —> TETIS. e x te n d id o s , c u y o s d e d o s rem a­ ♦ Lengua. El m ar de Tetis de­ ta b a n c a b e z a s d e d ra g o n e s, po­ signa un m ar desaparecido, en d ía to c a r a la v e z O rie n te y O c­ realidad una extensa área de c id e n te . S u s o jo s la n z a b a n lla­ sedim entación m arina, que en m a s y h o rrib le s v íb o ra s ceñían eras geológicas pasadas sepa­ la p a rte in f e r io r d e su c u e rp o raba L aurasia (las actuales a lad o . 425 C u e n ta H e s ío d o q u e T ifó n a ta c ó a los dioses* y fu e fu lm i­ n a d o p o r el ra y o d e Z e u s. O tra trad ició n ev o c a , en ca m b io , una lu c h a m u c h o m á s larg a d u ra n te la cu al los d io se s, a te rro riz ad o s p o r e l m o n s tru o , tu v ie ro n q u e h u ir h a sta E g ip to , d o n d e se e s ­ c o n d ie r o n a d o p ta n d o fo rm a s a n im a le s . S o lo Z e u s o s ó e n ­ f re n ta rs e c o n é l, p e ro d u ra n te un te r r ib le c u e r p o a c u e rp o el m o n s tru o p u d o a p o d e ra r s e d e la h o z c o n la q u e Z e u s ib a a r ­ m a d o y le c o rtó lo s ten d o n e s de b ra z o s y p ie r n a s . D e s p u é s d e red u cirlo a la im p o ten cia, T ifón lo e n c e r r ó e n u n a c a v e r n a d e C ilic ia y e sc o n d ió lo s te n d o n e s d e l d io s e n u n s a c o d e p ie l d e o so q u e c o n f ió a la v ig ila n c ia d e u n a d ra g o n a , D el fin a. H e r­ m es", a y u d a d o p o r P a n ”, lo g ró a p o d e ra rse d e l s a c o y v o lv ió a c o lo c a r lo s te n d o n e s a Z e u s. El se ñ o r d e los d io s e s re c u p e ró su fu erza y se la n z ó d e n u e v o a la lucha u tiliz a n d o v a ria s v e c e s el ray o . T ifó n , h e rid o , h u y ó h asta S ic ilia , p e ro Z e u s c o n sig u ió fi­ n alm en te a p la sta rlo arro ján d o le e n c im a el m o n te E tn a, d e d o n ­ de a v e c e s salen to d a v ía las lla­ m as y lo s ru g id o s del m o n stru o p risio n ero . D e T ifó n y E q u id n a , la v í­ b o ra , n a c ie ro n d iv e rs o s m o n s­ www.FreeLibros.me TIRESIA S tr u o s , e n tr e e llo s C erb ero * , la Q u im e ra ” y la h id ra de L ern a”. - » MONSTRUOS, TEOGONIA. ♦ Lengua. La palabra tifón, utilizada com o nombre común en griego desde la época anti­ gua. designa actualm ente un ciclón tropical muy violento. TIQUE D iv in id ad g rieg a q ue perso­ n if ic a e l A z a r q u e rig e la vida d e lo s h o m b re s. E s u n a d iv in i­ d a d sin m ito lo g ía p ro p ia pero q u e fu e o b je to d e u n c u lto im ­ p o rta n te e n la G re c ia h e le n ís­ tica. S e co rresp o n d e con la For­ tu n a ” d e lo s latinos. ♦ ¡con. La Tique: Eutíquides de Sición. siglo ni a. C , bronce dorado, réplica en el Vaticano; lienzo de Rubens, siglo xvu, M adrid; grabado de Durero (1511). TIRESIAS C é le b re a d iv in o g rieg o que a p a re c e en lo d o s lo s episo d io s m ito ló g ic o s relacion ados con la c iu d a d d e Tebas* . F u e él quien a c o n s e jó q u e se e n tr e g a ra el tro n o d e la c iu d a d al v en ced o r d e la E sfin g e "; m á s tard e sus re v e la c io n e s c o n d u c irá n a E dipo* a d e s c u b r ir el m isterio T IR E S IA S q u e ro d e a b a s u n a c im ie n to y su s c rím e n e s in v o lu n ta rio s. "Pi­ re s ia s e r a c ie g o d e s d e jo v e n . S eg ún alg u n as v ersio n es, su c e ­ g u e ra h a b ía sid o c a u s a d a p o r la d io s a A te n e a ', q u e le c a s tig ó a s í p o r h a b e r la s o r p re n d id o m ie n tr a s s e b a ñ a b a , a u n q u e c o m o c o m p e n s a c ió n le c o n c e ­ d ió el d o n d e « v e r» e l fu tu ro . E n la O d is e a (c a n to X I), U lises" irá a c o n s u lta r le a l H a d e s p a ra a v e r ig u a r la s c ir c u n s ta n ­ c ia s e n q u e s e d e s a r r o lla r á su re g re so a Itaca. S eg ú n o tra s v ersio n es, T iresia s h a b ía s o r p r e n d id o a d o s se rp ie n te s m ie n tr a s s e a p a r e a ­ b a n y h a b ía m a ta d o a la h e m ­ b ra , q u e d a n d o c o n v e r tid o en m u jer. S iete a ñ o s m á s ta rd e , en c irc u n s ta n c ia s s im ila re s , m a tó al m a c h o y re c o b ró su se x o p ri­ m itiv o . E sta e x p e rie n c ia ú n ic a h iz o q u e Z e u s" y H e r a ' r e c u ­ rrie ra n a é l c o m o á r b itr o p a ra d irim ir u na d isc u sió n e n tre a m ­ b o s so b re q u ié n , el h o m b re o la m u je r, e x p e rim e n ta m á s p lac e r e n e l a m o r. C u a n d o T ir e s ia s a firm ó q u e la m u je r e x p e r i­ m e n ta n u e v e v e c e s m á s p la c e r q u e e l h o m b r e , H e ra , in d ig ­ n a d a , le c a s tig ó d e já n d o le c ie g o , p e ro Z e u s le o to r g ó el d o n d e la p r o f e c ía y u n a la rg a vida e q u iv a le n te a sie te g e n e ra ­ TITA N ES 426 c io n e s h u m a n a s . V o lv e re m o s a e n c o n tra rle , e n e fe c to , e n e l c i­ c lo te b a n o , d e s d e la é p o c a d e C a d m o h a s ta la e x p e d ic ió n de lo s E p íg o n o s". E l sig n ific a d o ese n c ia l d e la fig u ra d e T ire s ia s re s id e en su p a p e l d e m e d ia d o r. T ire s ia s es a n te to d o , p o r s u s d o te s p ro fétic a s, u n in te rm e d ia rio e n tre los d io s e s ' y lo s h o m b re s , p e ro lo e s ta m b ié n , p o r su c o n d ic ió n a n d ró g in a , e n tr e lo s h o m b re s y la s m u je re s y , p o r la d u ra c ió n e x c e p c io n a l d e su v id a , e n tre lo s v iv o s y lo s m u erto s. ♦ Lit. El personaje reaparece en la literatura europea en su doble carácter d e profeta y de andrógino desde el L dipo rey d e Sófocles (h. 425 a. C.). En el «dram a surrealista» de A pollinaire L a s tetas de Tire­ sia s (1917). Teresa, una joven fem inista casada que se niega a te n e r hijos, se convierte en un «señ o r m ujer» después de librarse de sus pechos y adopta el nom bre de T iresias; su ma­ rido, en cam bio, se encargará de traer m iles d e hijos al m undo para repoblar la ciudad de Zanzíbar. T eresa reaparece al final de la pieza bajo los ras­ gos de una cartomántica, paró­ dico vestigio del papel pro- Rubens, La caída de los titanes. Bruselas. Museo de Bellas Artes fótico d e T iresias. La figura n e c e n a la g e n e ra c ió n d iv in a del adivino tebano desempeña p r im itiv a d e la q u e s u r g irá la tam bién un papel im portante d e los O lím p ic o s '. S on do ce en en la obra del poeta inglés to ta l, s e is h ijo s y s e is hijas, lo ­ T . S. Eliol Terrena vago d o s e llo s d e e sta tu ra gigantesca (1944), donde, a través de su y a lg u n o s c o n c e b id o s c o m o función de adivino, puede apa­ p e rs o n ific a c ió n d e a b stra c c io ­ recer com o una figura sim bó­ n e s. F u e ro n lo s p rim e ro s qu e lica del creador. re in a ro n e n e l m u n d o , y se ♦ M ús. Poulenc, L as tetas de u n ie ro n e n tre e llo s p ara en g e n ­ Tiresias. 1947, ópera bufa ba­ d ra r o tra s m u c h a s d iv in id ad es. sada en la obra d e Apollinaire. —» O L ÍM PIC O S. D e sp u é s d e la castración de U ran o , q u e h ab ía im p ed id o que TISBE M u c h a c h a a m a d a p o r —> p í - s u s h ijo s s a lie s e n d e las e n tra ­ ñ a s d e G e a c u b rié n d o la en un RAMO. c o n tin u o a c to d e fe cu n d ació n , lo s tita n e s se h ic ie ro n con el TITANES y TITÁNIDES N a c id o s d e U r a n o ’, el p o d e r en c a b e z a d o s p o r C ro n o ', C ic lo , y G e a ', la T ie rra , p e rte ­ e l m e n o r d e e llo s , a u to r d e la www.FreeLibros.me 428 TITA N ES m utilación y derrocam iento de su padre. Pero del m ism o modo q u e C ro n o h ab ía d e stro n a d o a su p ad re U ran o . Z e u s ', el h ijo m en o r d el titá n , e x p u lsó a su vez al suyo para reinar en su lu­ gar. S e entabló entonces u n a lu­ cha entre los titanes, que habían acu d id o en so c o rro de su h e r­ m ano. y los futuros O lím picos, ag ru p a d o s en to rn o a Z eu s. E sta lu ch a, c o n o c id a c o n el nom bre de T itanom aquia, duró seis añ o s y term inó co n la vic­ to ria d e fin itiv a de lo s n u ev o s dioses" del O lim p o 1. Z eu s arro jó a los v e n c id o s al T á r­ ta ro s donde quedaron co n fin a­ d o s p o r to d a la e te rn id a d bajo la v ig ilan c ia de sus h erm a n o s los hecatonquiros (gigantes' de cien brazos), convertidos en sus carceleros. E n lo s m ito s g r ie g o s , e l r e i­ nado de lo s tita n e s ap arece u n a s v e c e s c o m o un p e río d o d e b a rb a rie y o tr a s , a l c o n tra rio , co m o u n a e d ad d e o ro ' p ró s­ p e r a y d i c h o s a . —> t e o g o n ía , TF.MIS, TETIS. ♦ le n g u a . I.a palabra litan se utiliza en sentido figurado para designar a una persona de fuerza y resistencia excepcio­ nales o que destaca en algún aspecto. Es tam bién el nombre que recibe una gigantesca grúa utilizada para levantar grandes pesos. La expresión un trabajo tle tita n es alude a una tarea, obra. etc., cuya realización im­ plica un esfuerzo desmesurado. En este sentido, el nom bre ha d ad o origen p o r derivación al adjetivo titánico, sinónim o de «desm esurado, excesivo». De­ rivado suyo e s también el sus­ tantivo titanio, que designa un m etal blanco y m uy duro de gran resistencia a la corrosión. El Titanio era el nom bre con q u e fue bautizado un paque­ bote transatlántico británico, el más grande y lujoso construido hasta la fecha. Se hundió al chocar con un iceberg durante su prim era travesía, en la no­ ch e del 14 al 15 d e abril de 1912. Cerca de 1.500 personas perecieron en el naufragio. ♦ L it. M uchas obras poéticas se insp iraro n en los titanes o en su descendencia. En el ro­ m an ticism o . representan a m enudo la rebelión, en parti­ c u la r c o n tra un D ios que sus cria tu ra s se niegan a recono­ c e r com o propio. El Titán de Jean Paul ( 18 0 0 -1803) es una novela educativa que presenta a un p erso n aje obsesionado p o r la idea del desdobla­ miento. ilustración del destino 429 TROYA trágico del hombre condenado al desgarro. ♦ ic ó n . R ubens, La caída de los titanes, siglo xvu, Bruselas. ♦ M ás. Mahler, Sinfonía n." I, llamada «Titán», 1888 y 1896. ♦ C in. Los titanes d e D uccio T essari (1 961) p resenta con h u m o r y fantasía las proezas d e los titanes, liberados de los Infiernos' por Jú p ite r para re­ conquistar Tebas", que ha sido invadida por los m alvados de turno. Les capitanea el «benja­ mín» C río, cuya astucia mara­ v illa a todos. En contra d e lo que su título parece sugerir, la película d e D esm ond Davis F uria d e tita n e s (1 9 8 1 ) no tiene nada q u e v e r con los ti­ tanes. TRIVIA D iosa1 rom ana de las encru­ cijad as que se identificó con la H écate' griega. —> h é c a t e . TROYA T ro y a, la «dueña d e Asia», la le g en d a ria ciu d ad que in­ m o rta lizó la ep o p e y a hom é­ r ic a 1, ap a rece situ ad a bajo el signo d e la gloria y la traición: p re se n te s d iv in o s y prom esas no respetadas jalonan su histo­ ria d esde su fundación hasta su d estru cció n por la astu cia y la fuerza. La riqueza y fecundidad d e su p u eb lo la relacionan con la «tercera función» indoeuro­ pea. - y FUNCIONES. F u e fu n d ad a en la llanura d el E sc a m a n d ro p o r lio , hijo — » C iO R G O N A , P E R S E O . del rey T ro s — a su vez funda­ d o r m ítico del reino troyano— , q u e la b au tizó co n el nom bre TRITÓN D io s m arino. -> a n f i t r i t e , d e I lio n '. A lg ú n tie m p o d es­ BESTIARIO, POSEIDÓN O P O S I D Ó N . p u é s d e su fu n d ac ió n , Zeus* e n v ió u n a se ñ a l p ara d em o s­ ♦ L en g u a . El nom bre de este tra r su fav o r y protección: una p ersonaje m ítico, hijo d e P o­ estatu a d e la d io sa P alas” A te­ seidón" y A nfitrite', ha pasado nea", el P alad io ", m ilag ro sa­ al lenguaje corriente para de­ m en te caíd a del cielo. Para al­ signar a un pequeño anfibio, el b erg arla, lio h izo co n stru ir en T ro y a un g ra n te m p lo co n sa­ tritón. C on su nom bre fue bautizado g rad o a A tenea, lio es el ante­ tam bién uno de los satélites de p a s a d o co m ú n d e d o s linajes Neptuno, en recuerdo de su re­ reales tro y an o s llam ados a te­ lación con el dios de los mares. n e r u n o s d e stin o s tan ilustres www.FreeLibros.me 430 TR O Y A La destrucción d e Troya, ilustra­ ción del manuscrito de la Destruction d e Troye la C rand m ise par p ersonnaiges d e Milet. Bruselas. Biblioteca Real c o m o o p u e s to s : la ra m a e n c a ­ b e z a d a p o r su h ij o L a o m e d o n te — p a d re d e P ría m o " — , c o n d e n a d a a la e x tin c ió n , y la d e su h ija T e m is te — a b u e la de E n e a s — , d e s t in a d a a p e r p e ­ tu a r s e g lo r io s a m e n te a t r a ­ v é s d e la fu n d a c ió n d e R o m a ”. -¥ P A L A D IO , P A L A S , R O M A D A C IÓ N (F U N ­ D E ). A l m o rir lio le s u c e d ió su hijo L aom edonte, q u e hizo co n s­ tru ir las m u ra lla s d e la c iu d a d c o n a y u d a d e A p o lo ' y P o se i­ dó n ", p e ro lu e g o se n e g ó a p a ­ g arles el salario co n v en id o . Este p rim e r p e rju rio p ro n to a tra e ría toda suerte d e calam idades sobre su rein o . P ara em p e z a r, L aom ed o n lc tu v o q u e a p la c a r la có lera d e P o se id ó n sa c rific a n d o a su h ija H e sío n e a l m o n stru o " m a ­ rin o q u e e l d io s h a b ía e n v ia d o c o n tra T ro y a . H eracles”, q u e e s­ ta b a d e p aso e n la ciu d ad , aceptó s a lv a r a la jo v e n a c a m b io de q u e L a o m e d o n te le e n tre g a ra c o m o re co m p e n sa los d o s cab a­ llo s in m o rta le s q u e Z e u s h ab ía o fre c id o al rey c o m o d esag rav io p o r h a b e r ra p ta d o a u n o d e sus hijo s, G aním edes*. A q u í se p ro ­ d u jo e l s e g u n d o p e rju rio del nad a escarm entado L aom edonte. H e ra cle s, e fe c tiv a m e n te , c o n si­ g u ió sa lv a r a la m u ch a c h a , pero e l re y se n e g ó a c u m p lir lo acor­ d ad o . El h é ro e” teb an o , ardiendo d e fu ria , o rg a n iz ó e n to n c e s una e x p e d ic ió n c o n tra T ro y a , y con a y u d a d e T e la m ó n , el p a d re de A y a x ”, to m ó la c iu d ad y la con­ v irtió e n ru in a s . E sta e s la p ri­ m e ra d e stru c c ió n d e T ro y a y el p rim e r e x te r m in io d e u n linaje real troyano: H eracles, e n efecto, m a tó a L a o m e d o n te y a lodos su s hijo s, in d u ltan d o so lo al más p e q u e ñ o , P o d a rc e s, a q u ien sal­ varon las súp licas d e su herm ana H esíone. El niño to m ó d esd e en­ to n c e s el n o m b re d e P ríam o (« c o m p ra d o m e d ia n te rescate») y H e ra c le s le c o n fió to d o el re in o troyano. 431 TROYA C o n P ría m o e l p a ís c re c ió e n e x te n sió n , p ro sp e rid a d y p o ­ d e r. P ría m o c a s ó c o n H é c u b a ”, d e la q u e tu v o m u c h o s h ijo s q u e se d istin g u irá n en la g u e rra d e T r o y a . C u a n d o e s t a se d e ­ s e n c a d e n ó , P ría m o e r a y a d e ­ m a sia d o a n c ia n o p a ra c o m b a tir y tu v o q u e lim ita rs e a p re s id ir lo s c o n s e jo s , v ie n d o c ó m o su s h ijo s m o rían u n o a u n o b a jo las a rm a s g rie g a s . C u a n d o T ro y a c a e a l fin , e l a n c ia n o m o n a rc a m u e r e d e g o lla d o p o r N e o p tó le m o , e l h ijo d e A q u ile s ”, d e q u ie n u n o rá c u lo h a b ía p ro fe ti­ z a d o q u e se ría el su p re m o v e n ­ c e d o r d e la c iu d a d . A l c a b o d e d ie z a ñ o s d e g u e rr a , N e o p tó lem o , c o n la s m ism a s a rm a s d e H e ra c le s q u e u n a v e z h a b ía n r e s p e ta d o la v id a d e P ría m o , a c a b a b a a s í co n el ú ltim o P riam id a , e l c a b e z a d e la fa m ilia . C o n P ría m o y su lin a je d e sa p a ­ re c ía d e fin itiv a m e n te la ciu d ad d e T ro y a . —> f il o c t e t e s , i .a o C O O N T E , P R ÍA M O ♦ L engua. N uestro idioma ha conservado varias expresiones fam iliares que guardan vivo el recuerdo de la ep opeya troyana. Así. por ejemplo, la frase fam iliar A h í (o allí, o aquí) fu e Troya ex p resa q u e lo q u e se tiene a la vista solo son las rui­ www.FreeLibros.me nas o los restos de algo que tuvo gran importancia pero que está ya desaparecido: puede in­ d icar igualm ente un suceso desgraciado («Al salir de Bar­ celona volvió Don Q uijote a m irar al sitio donde se había caído y dijo: "A q uífue Troya: aquí mi desdicha, y no mi co­ bardía, se llevó mis alcanzadas glorias..."», Cervantes). Se uti­ liza tam bién para indicar el m om ento en que estalla un conflicto o surge una dificultad que com plica el desarrollo de alguna situación. La expresión exclam ativa ¡arda Troya! expresa la volun­ tad de hacer algo sin importar las consecuencias — general­ m ente negativas— que pueda acarrear la acción («Váyase us­ ted o disparo, y ¡arda Troya!». Bretón de los Herreros). T am bién relacionada con la historia de Troya es la locución fam iliar tirios y /royemos, que se aplica a partidarios de ban­ dos o intereses opuestos, por alusión a las numerosas luchas que en el siglo xi a. C. mantu­ vieron Troya y Tiro, la princi­ pal ciudad de la antigua Feni­ cia. por el control comercial del Mediterráneo. ♦ Lit. Troya es el centro de la epopeya hom érica' y le da su 432 TR O Y A LA GUERRA DE TROYA: LO S ADVERSARIOS FRENTE A FRENTE L O S G R IE G O S LOS TROYANOS A G A M E N Ó N , je f e d e la e x p e d ic ió n . P R IA M O . re y d e T ro y a , d e m a s ia d o a n ­ M E N E L A O . h e rm a n o m e n o r d e A g a m e ­ n ó n . e s p o s o d e H e le n a , c u y o r a p to e s c ia n o p a ra c o m b a tir: m u e rto p o r N e ­ o p tó le m o . e l d e s e n c a d e n a n te d e l c o n flic to . A Q U IL E S . e l m á s v a lie n te d e lo s p rín c ip e s H E C T O R , h ijo m a y o r d e P ría m o . je f e del r e u n id o s p o r M e n e la o : m u e rto p o r P a ­ e j é r c i t o tr o y a n o : m u e r to p o r A q u ile s , r is . de P A R I S , h e r m a n o m e n o r d e H é c to r : m u e rto N E O P T Ó L E M O . lla m a d o P irro , h ijo d e E N E A S , h ijo d e A n q u is c s . e l m á s v a lie n te PA TRO CLO , td a m ig o in s e p a ra b le A q u ile s : m u e rto p o r H é c to r. A q u ile s : te n d rá e l p r iv ile g io d e to m a r p o r K ilo c te te s . d e s p u é s d e I le c to r . T ro y a . U L IS E S . e l m á s a s tu to d e lo s g rie g o s : c o n ­ D E I E O B O , h e r m a n o p r e f e r id o d e H é c to r, c ib e e l c a b a llo d e m a d e ra q u e p e rm i­ c a s a d o c o n H e le n a d e s p u é s d e P a ris : tirá to m a r T ro y a . m u e r to p o r M e n e la o . D IO M E D E S . e l c o m p a ñ e ro p re fe rid o de U lis e s . C A L C A N T E , e l a d iv in o d e la e x p e d ic ió n . A Y A X O ile o . « e l p e q u e ñ o A v a n te » ; v io la H E L E N O , h e rm a n o g e m e lo d e C a sa n d ra ; a d iv in o . a C asan d ra. A Y A X d e S a la m in a . « e l g ra n A y a n te » ; se s u ic id a . F IL O C T H T H S . d e p o s ita r io d e la s a r m a s d e H e ra c le s , im p r e s c in d ib le s p a r a la to m a d e la c iu d a d . ID O M E N L O N E S T O R , e l m á s s a b io y p ru d e n te . • Y p o r p a r te d e los dio ses: Z E U S , u c u ía c o m o á r b itr o d e l c o n f lic to (a f a v o r d e u n o s o d e o tro s ). A TENEA f HERA 1 d e ñ a d a s p o r P a ris . fu r io s a s p o r h a b e r s id o d e s - P O S E I D Ó N . a q u ie n I^ a o m e d o n te . p u d re d e P r í a m o . s e h a b í a n e g a d o a p a g a r lo A F R O D I T A , e l e g i d a p o r P a r i s c o m o la m á s b e lla . A P O L O , q u e a y u d a a P a r is a m a ta r a A q u i­ le s. c o n v e n id o p o r la c o n s t r u c c i ó n d e la s m u ra lla s d e T ro y a . I IH F E S T O . q u e d e te s ta a A re s, el a m a n te ile A f r o d ita . A R E S , q u e s e e n f r e n t a v a r i a s v e c e s a A te ­ nea. 433 TRO Y A nom bre, la Iliada (de Ilion). A m bicionada por ios griegos, defendida por A frodita', que la había convertido en su ciudad predilecta, es el marco princi­ pal donde se d esarrollan los com bates que decidirán quién se la lleva com o prem io. Eurí­ pides. en la tragedia Las lraya­ n a s (415 a. C .), presenta el destino m iserable de las muje­ res arrastradas com o esclavas lejos d e su ciu d ad , destruida por los vencedores. A plica a los troyanos el adjetiv o «bár­ b aros», e s d ecir, extranjeros, pero la Troya d e la leyenda no d ifiere en nada d e una ciudad griega. D esde la Antigüedad, la guerra d e T roya proporcionó abun­ d ante m ateria para m uchas ilustraciones literarias, si bien la m ayoría de las veces a p a ­ rece com o telón de fondo de las aventuras de un héroe par­ ticular. Aunque algunos textos com o el R om án d e Troie de Benoit de Sainte-M aure (siglo x n ) — traducida al español en el siglo xiii bajo el título de Troyano polimétrica—, la Destruction d e 7'roye la G rand m ise p a r personnaiges en más d e 30.000 versos, d e Jucques M ilet (1484), L a T roade de R obert G arnier (1579) o. m u­ www.FreeLibros.me ch o más tarde. La guerra de Troya no tendrá lugar, de G¡raudoux (1935), abordan el conjunto d e la leyenda, en otras m uchas obras la guerra de T roya es lo que legitima una situación presente o ex ­ plica consecuencias terribles de tramas diversas: la elección dolorosa de Agamenón" en las obras dedicadas a su figura o a la suerte de Ifigenia-. la situa­ ción d e Andrómaca", etc. La mayoría de las veces la ciudad aparece com o una entidad abs­ tracta y simbólica, rara vez re­ presentada a través del común d e sus gentes, a no ser tal vez en el célebre soneto de Ronsard. donde unos ancianos tro­ yanos exclam an al ver pasar a la herm osa Helena": «Nuestra desgracia no merece una sola de sus miradas» (Sonetos para Helena. 1572). La traición d e los dioses (1987). de la norteam ericana Marión Z im m er Bradley. pro­ pone una recreación novelesca d e la epopeya hom érica vista desde la perspectiva troyana. ♦ Icón. Son múlliplcs los epi­ sodios de la guerra de Troya q u e inspiraron a los artistas desde sus causas iniciales <EI ju ic io de Paris: vasija griega, siglo iv a. C., Vierta; lienzo de TRO Y A Cranach el Viejo, 1529, Nueva York; Turner. Crixeida, 1811. colección particular. —> p a r ís .) hasta los m om entos dolorosos que marcaron su final: Leí toma de Troya, copa griega, h. 490 a. C... L ouvre; sarcófago ro­ m ano con escenas relativas a este episodio, conocido com o Sarcófago de Tarragona, M a­ drid. Museo Arqueológico Na­ cional; serie de tapices, finales del siglo xv-principios del s i­ glo xvi. Zaragoza; Luocoonte, el Greco, h. 1607. Washington; H éctor y Astianacte. escultura de C arpeaux q ue obtuvo el Prem io de Roma en 1854, Pa­ rís, M usco d e B ellas Artes: David. Los finiera les d e Pat ro­ clo, 1779. D ublín. y E l do lo r d e A adró m aca an te el cuerpo ele Héctor. 1783, Louvre, frag­ m ento del lienzo de recepción en la Academia; Los funerales de H éctor, posterior a 1780, 434 C hálons-sur-M arne; G uérin, Leí últim a noche d e Troya. 1829, Angers. ♦ M ús. Los trovemos, ópera de B erlioz (1863) en dos partes: La lom a d e Troya y Los troyan o s en C artago; la primera d escribe el ho rro r de los últi­ m os días d e la ciudad sitiada, la segunda se cen tra en los am ores de Dido* y E neas. La ex tensión d e la obra ha sido, por desgracia, un obstáculo para su representación. ♦ C in . El d estin o glorioso y trágico de T roya ha inspirado numerosas películas en las que aparecen los m ás célebres per­ sonajes d e la ep opeya hom é­ rica. C itarem os, en tre otras: Roben Wise, Helena d e Troya. 1954; Giorgio Ferroni, Leí gue­ rra ele Troya, 1961; Michaelis C aco y an n is. L a s troyanas. 1971, adaptación de Las troyaneis de Eurípides. u ULISES U lis e s, c u y o n o m b re la tin o U lix e s d e riv a , a tr a v é s d e u n p ré sta m o d ia le c ta l, d e su n o m ­ b re g r ie g o O d is e a , e s h ijo d e L ae rlc s, re y d e la is la d e Ila c a, y d e A n tic le a , c u y o a b u e lo e ra H erm es* . A lg u n a s v e rs io n e s q u e re fie re n el m ito d e e s te h é­ ro e ’ g rie g o c u e n ta n q u e su m a ­ d re lo c o n c ib ió e n re a lid a d del a s tu to S ísifo*. S u ju v e n tu d e s ­ tuvo llen a d e v iajes’’ a p a íses le­ ja n o s . D e u n o d e e llo s tra jo c o n sig o e l a rc o d e H e ra c le s ” y en o tro se h iz o u n a c ic a triz im ­ bo rrab le m ie n tra s c a z a b a u n j a ­ b a lí e n e l P a r n a s o ”. C u a n d o L a e rtc s e n v e je c ió , c e d ió el tro n o a s u h ijo . M ás ta r d e , s e ­ d u c id o p o r la b e lle z a d e H e ­ lena", a c u d ió al re in o d e T in d á re o a p e d ir s u m a n o , a r r a s ­ tran d o a to d o s lo s p re ten d ien tes a p re s ta r u n ju r a m e n to d e m u ­ tu a a lia n z a . H e le n a , sin e m ­ b a rg o , o p tó p o r M en elao * y www.FreeLibros.me U lise s se c a s ó e n to n ce s con Pen é lo p e ”, q u e le d io un ú n ico h ijo , Telé-maco*. —> h e l e n a . C u a n d o se p ro d u jo la guerra d e T roya*, U lise s, p e se a haber p re s ta d o ju r a m e n to , se resistió a d e ja r Ita c a . S im u la n d o h a­ b e rs e v u e lto lo co , a ra b a sin ce­ s a r la p la y a y p la n ta b a sal en lo s su rc o s a b ie rto s. P e ro P alam ed es, u n o d e los m iem b ro s de la e x p e d ic ió n , le p u so a prueba in te rp o n ie n d o e n el c a m in o d e su a ra d o al p e q u e ñ o T elem aco : U lise s, in s tin tiv a m e n te , d esv ió e l a ra d o . V ie n d o desc u b ierto su ju e g o , U lis e s n o tu v o m á s re ­ m e d io q u e re u n irs e c o n la a r­ m a d a a q u e a . C o n su a stu cia c o n sig u ió a su v ez q u e Aquiles" p a r tie s e a la g u e rra ( - » a q u i LES ). E n T ro y a , d o n d e fo rm a p a rte d e lo s je f e s g rie g o s , se d istin g u e a la v ez co m o valiente g u e rr e ro y h áb il d ip lo m á tic o . E n c o m p a ñ ía d e su fiel a m ig o D io m e d e s se in tro d u jo d is fra ­ U U SES 436 Los lestrígones atacan las ñaues de Ulises, fresco romano, Pompeya z a d o e n T ro y a y s e a p o d e ró d e la e s ta tu a tu te la r d e la c iu d a d , e l P a la d io 1. P a ra v e n g a rs e d e P a la m e d e s, le a c u s ó falsam e n te d e tr a ic ió n y e s te m u r ió l a p i­ d a d o p o r su s co m p a ñ e ro s. C o n ­ c ib ió . p o r ú ltim o , la a rg u c ia del c a b a llo d e m a d e ra q u e p e rm iti­ ría a lo s a q u e o s e n tra r en T ro y a y q u e d ó al m a n d o d e lo s s o ld a ­ d o s e m b o s c a d o s e n e l c a b a llo . T erm in ad a la g u erra, re c ib ió las a rm a s d e A q u ile s , c o m o p r e ­ m io a l m e jo r g u e rre ro , y a H éc u b a ', q u e m o riría la p id a d a p o r los g riegos. —> p a l a d i o , t r o y a . D e s p u é s d e la g u e r r a , Pos e id ó n ” le fu e h o s til y se m b ró d e d if ic u lta d e s s u v ia je d e re­ g r e s o a íta c a . U n a te m p e stad e m p u jó a U lis e s y su s c o m p a ­ ñ e ro s h a c ia la s c o s ta s d e T rac ia , e l p a ís d e lo s c ru e le s cicon e s. A llí p e r d ió a s e is m ie m ­ b ro s d e s u tr ip u la c ió n , pero te rm in a ro n v e n c ie n d o a lo s c¡c o n e s , a lo s q u e e x te rm in a ro n , p e rd o n a n d o s in e m b a r g o la v id a a u n s a c e rd o te d e A p o lo ', M a r ó n , q u e le s e n tr e g ó varios o d re s d e v in o . L u e g o pusieron ru m b o h a c ia L ib ia y a rrib aro n 437 al p a ís d e lo s lo tó fa g o s ( « c o ­ m e d o re s d e lo to » ), d e d o n d e U lis e s te n d r á q u e s a c a r a la f u e r z a a s u s c o m p a ñ e ro s , q u e h a b ía n su c u m b id o a la e m b ria ­ g u e z p ro d u c id a p o r e s ta p lan ta. D e s e m b a r c ó m á s ta r d e e n el p a ís d e lo s c íc lo p e s ', d e d o n d e c o n sig u ió e sc a p a r re c u rrie n d o a su a s tu c ia d e s p u é s d e c e g a r al m á s c ru e l d e e llo s , P o life m o ', h ijo d e P o s e id ó n ( —» p o l i f e m o ) . L a c ó le r a d e l d io s p e r ­ se g u irá d e sd e e n to n c e s a U lises y s u s c o m p a ñ e ro s . M á s ta rd e É o lo ’, s e ñ o r d e lo s v ie n to s, les o f r e c ió s u a y u d a , p e r o la im ­ p ru d e n c ia d e a lg u n o s m ie m ­ b ro s d e la trip u la c ió n d e s e n c a ­ d e n ó u n a te r rib le te m p e s ta d . C o n s ig u ie ro n lo m a r tie r r a en C a m p a n ia , d o n d e e s c a p a r o n a d u ra s p e n a s d e lo s le stríg o n e s, u n o s g ig a n te s* a n tr o p ó fa g o s . L as p é rd id a s, sin e m b a rg o , fu e ­ ron terrib les: so lo se sa lv ó d e la d e s tru c c ió n la n a v e d e U lise s, q u e d e s p u é s d e m u c h a s p e n a li­ d a d e s a lc a n z ó la is la d e E e a , d o n d e r e in a b a la h e c h ic e ra C irce*. A llí U lis e s s e v io fo r­ z a d o a p e rm a n e c e r d u ra n te un añ o ju n to a C irc e , q u e se h a b ía e n a m o r a d o d e é l y le d io un h ijo , T e lé g o n o ( - » c i r c e ) . P o r c o n se jo d e C irc e , el h é ro e fue a c o n s u lta r a la s o m b ra ’ d e l a d i­ www.FreeLibros.me ULISES v in o T iresia s* , d irig ié n d o se al p a ís d e los cim erio s, m isteriosa reg ió n situ ad a e n los lím ites del o c é a n o q u e ro d e a la tie rra , d o n d e re in a b a u n a noch e e te r n a . A llí U lis e s in v o c ó las s o m b r a s d e lo s m u e rto s y o b ­ tu v o d e T ire s ia s la p re d ic c ió n d e q u e fin a lm e n te lo g ra ría re ­ g r e s a r a íta c a s a n o y sa lv o , p e ro so lo . U lis e s re e m p re n d ió su v ia je , c o n s ig u ie n d o esc a p a r d e la s e d u c c ió n m o rta l d e las sirenas" y d e los p elig ro s de Esc ila y C a rib d is* ( - » c a r i b d i s , s i r e n a s ). Z e u s", sin e m b a rg o , d e s e n c a d e n ó u n a te rrib le te m ­ p e s ta d e n la q u e p ereciero n to ­ d o s su s c o m p a ñ e ro s, castigados p o r h a b e r d e v o ra d o los bueyes s a g r a d o s d e l S o l e n la is la d e T rin a c ia . D e s p u é s d e p a sa r n u ev e d ía s a la d e riv a aferrad o a u n m á s til, U lis e s lle g ó a la isla d e C alip so ", d o n d e la ninfa* le retu v o v a rio s años. P o r orden d e Z e u s, C a lip so d e jó partir por fin al h é ro e . U n a te m p e sta d le a rro jó , e x te n u a d o , a las playas d e F e a c ia , d o n d e los rey es Alc ín o o y A re te y su h ija N au sícaa* le a c o g ie ro n a m ig a b le ­ m e n te y le o fre c ie ro n un navio p a ra lle g a r h a s ta íta c a . S u au­ s e n c ia h a b ía d u ra d o v ein te a ñ o s. —» NAUSÍCAA O NAUSICA. C u a n d o lle g ó a íta c a nadie U L ISE S le re co n o ció e x c e p to su n o d riz a E u riclea y su v iejo p e rro A rg o ”. U lis e s re v e ló s u id e n tid a d a E u m eo . su fiel p o rq u e riz o , y a su h ijo T e lé m a c o . C o n a y u d a d e e llo s u rd ió un p la n p a ra e x ­ p u ls a r a lo s p re te n d ie n te s d e su e sp o sa , q u e se h ab ían ad u eñ ad o d e su c a s a y d ila p id a b a n su s b ie n e s . P e n é lo p e h a b ía c o n s e ­ g u id o e lu d ir h a s ta e n to n c e s el a c o so d e e sto s re c u rrie n d o a su co n o cid a e strata g em a (—» p e n é ­ l o p e ). U lis e s , d is f r a z a d o d e m e n d ig o , s e in tro d u jo e n la c a s a s o p o rta n d o los in s u lto s d e los p re te n d ie n te s y la s in s o le n ­ c ia s de A n lín o o , el m á s b ra v u ­ có n d e ello s. D u ra n te un festín , se o rg a n iz ó un c o n c u rs o d e tiro c o n s is te n te e n a tr a v e s a r c o n u n a s o la f le c h a u n a s e r ie d e an illo s. U lises fu e e l ú n ic o q u e co n sig u ió te n s a re ! a rc o m ág ico y m a tó u n o a u n o a to d o s lo s p re te n d ie n te s . R e c u p e r ó el tr o n o d e Ita e a y a s u m u je r. A ten ea* le a y u d a r á c o n su s c o n se jo s a re s ta b le c e r la p a z en la isla. C o n v ie n e s e ñ a la r q u e el v ia je d e U lis e s h a s id o in te r­ p re ta d o en o c a s io n e s c o m o la tra n sp o sició n te rre stre del v iaje d e los h é ro e s m u erto s h a c ia las « is la s d e lo s B ie n a v e n tu ra ­ d o s”». 438 ♦ L en g u a . Una odisea e s un viaje lleno de incidentes. -> onisK.o. C on el nom bre d e U lises se b au tizó una sonda espacial am ericano-europea concebida para sobrevolar no solo los pla­ n etas de