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el libro rojo

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El libro rojo
C O N T I N UA C I Ó N
II
Gerardo Villadelángel Viñas
COORDINADOR
II
ÍNDICE
El libro rojo
Imagen
La literatura ha testimoniado este morbo compulsivo. Desde la
Ilíada de Homero o Guerra y paz de Tolstoi hasta nuestros clásicos
mexicanos: las novelas históricas de Victoriano Salado Álvarez y Juan
A. Mateos, Los de abajo de Mariano Azuela, los libros de Martín Luis
Guzmán. A esa fascinante belleza de la guerra sólo puede oponerse,
para convertirla en otra realidad —dice Alessandro Baricco—, la
TEZONTLE
MÓNICA
M AY E R
Y VÍCTOR
LERMA
II
1928
1959
El libro
rojo
CONTINUACIÓN
Idea y coordinación general de
G E RAR DO VI LLADE LÁNG E L VIÑAS
Curaduría artística de
E D GAR D O GANAD O K I M
F O N D O D E C U LT U R A E CO N Ó M I C A
Primera edición: 2011
_________________________________________________________________
Villadelángel Viñas, Gerardo, coord.
El libro rojo, continuación, II / coord. de Gerardo Villadelángel
Viñas ; pról. de Josu Landa ; curaduría de Edgardo Ganado Kim. –
México : FCE, 2011
XXVI + 478 p. : ilus. ; 27 × 21 cm – (Colec. Tezontle)
Edición ilustrada con obra plástica original para este volumen.
ISBN 978-607-16-0676-1 (empastada)
978-607-16-0675-4 (rústica)
1. México – Historia 2. Crimen – México – Historia 3. Periodismo –
México – Nota roja 4. Artes visuales 5. Literatura I. Landa, Josu,
pról. II. Ganado Kim, Edgardo, curaduría III. Ser. IV. t.
LC F1227
Dewey 972 V196l Vol. II
_________________________________________________________________
Distribución mundial
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www.fondodeculturaeconomica.com
Tel. (55) 5227-4672 Fax (55) 5227-4640
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D. R. © 2011 FONDO DE CULTURA ECONÓMICA
Carretera Picacho-Ajusco, 227; 14738 México, D. F.
Se prohíbe la reproducción total o parcial de esta obra,
sea cual fuere el medio, sin la anuencia
por escrito del titular de los derechos.
ISBN:
978-607-16-0676-1 (empastada)
978-607-16-0675-4 (rústica)
Impreso en México
Printed in Mexico
Página V
frase de daniel guzmán
í nd i ce
AG RAD E C I M I E N TO S
xvii
P RÓLO G O
L A S A N G R E E N T I N TA C O N V E R T I D A
T E X T O D E J O S U L A N DA
xix
1928-1929
¿ Q U É H A C E M O S ? M ATA R A O B R E G Ó N
T E X T O D E Á N G E L E S M AG DA L E N O C Á R D E NA S
I M A G E N D E M Ó N I C A M AY E R Y V Í C T O R L E R M A
3
1929
E L C R I M E N D E L A C A L L E M ATA M O R O S
T E X T O D E A L A I N - PA U L M A L L A R D
I MAG E N D E ANAB E L Q U I RART E Y J O R G E O R N E LAS
19
IX
1929
M A R Í A T E R E S A L A N DA
T E X T O D E E D UA R D O R O JA S R E B O L L E D O
I M A G E N D E B E AT R I Z Z A M O R A
39
1930
LO S AH O R CAD O S D E TO P I LEJ O
( P A L A B R A S P E R D I D A S / P A L A B R A S TA C H A D A S )
T E XTO D E F E R NAN D O C U R I E L
I M AG E N D E F E R NA N DA B R U N ET
55
1932
R E P O RT E AZ NAR
T E X T O D E PA B L O R A P H A E L
I M AG E N D E E D UA R D O A BA R OA
71
1934
D O M I N G O R O J O E N C OYOAC Á N
T E X T O D E D AV I D M A R T Í N D E L C A M P O
I M AG E N D E F E R NA N D O CA R A BA JA L
87
1936
L A P A S I Ó N S E G Ú N C O N C E T TA
T E X T O D E FA B I E N N E B R A D U
I MAG E N D E MAGALI LARA
103
X
ÍNDICE
1938
U N S O L DA D O L L A M A D O J UA N .
U NA C I U DA D L L A M A DA 1 9 3 8
T E X T O D E H E R I B E RT O Y É P E Z
I MAG E N D E R U BÉ N G UT IÉ R R E Z
123
1939
¡ YA “ T R A I M O S ” L A F ATA L I D A D E N L A S A N G R E !
T E X T O D E R I CA R D O P É R E Z M O N T F O RT
I MAG E N D E V I C E N T E RAZ O
139
1940
L A S E L E C C I O N E S A L M A Z A N I S TA S
T E XTO D E J O S E F I NA M O G U E L F LO R E S
I MAG E N D E SAÚL V I LLA
153
1940
L A L O CA D E C OYOAC Á N
T E X T O D E A L B E RT O R U Y- S Á N C H E Z
I MAG E N D E N É STO R Q U IÑO N E S
171
1942
L A S M U E R TA S D E G O Y O
TEXTO DE VICE NTE LEÑE RO
I M AG E N D E J UA N PA B L O M AC Í A S
193
ÍNDICE
XI
1943
E L CA S O D E L FAQ U I R H A R RY
T E XTO D E J O SÉ D E LA C O LI NA
I M AG E N D E G E R DA G R U B E R
209
1944
U N BAI LE D E MÁS CARAS
(ÓP E RA E N S E I S ACTO S)
TEXTO DE ALI N E PETTE R S SON
I M A G E N D E J O S É M I G U E L G O N Z Á L E Z C A S A N O VA
215
1945
MAX I M I N O ÁV I LA CAMAC H O
T E X T O D E C A R L O S S I LVA C Á Z A R E S
I M A G E N D E G U S TAV O M O N R O Y
233
1942-1945
U N A TA R D E P I N TA D A D E A C E R O
T E XTO D E CAR LO S C H I MAL
I MAG E N D E MAR IAN O V I LLALO B O S
2 47
1945
LOS H E R MANOS VI LLAR LLE DÍAS
T E XTO D E R O LO D I E Z
I M A G E N D E R I TA P O N C E D E L E Ó N
269
XI I
ÍNDICE
1946
L A M ATA N Z A D E L E Ó N
T E XTO D E LU I S F E R NAN D O B E R NAL
I MAG E N D E LO R E N Z O V E N T U RA
283
1951
W I L L I A M S . B U R R O U G H S M ATA A S U E S P O S A
T E XTO D E J O R G E GAR CÍA-R O B LE S
I MAG E N D E GAB R I E L MAC OT E LA
301
1952
N E B U LO S O F U LM I NAN T E:
H IG I N IO S OB E RA DE LA F LOR
T E X T O D E A L B E RT O C H I M A L
I MAG E N D E I LÁN LI E B E R MAN
313
1952
C RÓN I CA D E U N DÍA D E S P U É S :
L A N O C H E H E N R I Q U I S TA E N L A A L A M E D A
T E X T O D E E L I S A S E RV Í N
I N T E R V E N C I Ó N D E DA N I E L A L CA L Á
329
1956-1961
L A M U E R T E D E A C O S TA M E Z A Y O T R O S
P E R I O D I S TA S B A J A C A L I F O R N I A N O S
T E XTO D E GAB R I E L T R UJ I LLO M UÑOZ;
I N T E R V E N C I Ó N D E CA R O L I NA E S PA R R AG OZ A
ÍNDICE
XI I I
1957
P A N C H O VA L E N T I N O ,
EL CON FESOR DE CURAS
T E X T O D E J . M . S E RV Í N
I N T E R V E N C I Ó N D E L A U R A A N D E R S O N B A R B ATA
339
1958
U NA S O N R I SA E N T R E LAS S O M B RAS
T E XTO D E G O N ZALO LI ZAR D O
I M A G E N D E I V Á N T R U E TA
361
1959
EL MÉDICO AS ES I NO
T E X T O D E PA B L O B E L A U N Z A R Á N
I MAG E N D E H U M B E RTO D U Q U E
383
1959
P E Q U E Ñ O T R I U N FA D O R
T E X T O D E A NA GA R C Í A B E R G UA
I M AG E N D E A L E JA N D R O GA R C Í A
403
XIV
ÍNDICE
L I S TA D E O B R A S
413
AUTO R E S
423
A R T I S TA S
431
BI BLIOGRAFÍA
439
ÍNDICE
XV
a gr a de ci mi entos
A los colaboradores, y en especial a Adriana Segura Andrade, Marvel
del Ángel Viñas, Manu y Silvia Augé, Ana Laura Álvarez, Mauricio
Badillo, Roger Bartra, Constantino Bértolo, Lolita Bosch, Angélica
Bracho, Fabienne Bradu, Alfredo y Mario Carrasco Teja, Gabriel
Castillo, Alejandra y Antonio Chacón, Teófilo Cohen, José Antonio
Cordero, Edgar Córdova, Adriana Díaz Enciso, Marcelo Díaz Alessi,
Manuel Díaz González Rojas, Joaquín Díez-Canedo Flores, Ío i Dogme
Eliot, Miguel Ángel Echegaray, Joseph Estavillo, Alejandra García
Hernández, Simone Victoria García-Ramírez, Dora Gómez Viñas,
Jennifer González Covarrubias, Irmi Gropp, Alma Guillermoprieto,
Juan José Gurrola (†), Alfredo Gurza, Jorge F. Hernández, Antonio
Huitrón, Rubén Hurtado, Cecilia Jarero, Vannesa Kaldman, Josu
Landa, Sun Lee, Vicente Leñero, Gabriela Eugenia López, Ángeles
Magdaleno, Alain-Paul Mallard, Erika Miller Flores, Ivett Montalván,
Eulalio Montero Carrasco (†), Gabriel de la Mora, Fernando Morales,
Iván Morales, Susana Morales, Paola Morán, León Muñoz Santini,
Amalia Ortiz Cortez, José Ortiz Monasterio, Servando Ortoll, Paulina
Osorio, José Emilio Pacheco, Nelly Palafox, Eduardo Antonio Parra,
Raquel Peguero, Ricardo Pérez Montfort, Roberto Pliego, Ednodio
Quintero, Alberto Ruy-Sánchez, Antonio Saborit, Juan José Saer (†),
Consuelo Sáizar, Bárbara Santana, Ana María Serna Rodríguez, Martí
Soler, César Solís, Abraham Tari, Ryukichi Terao, Ana María Trujillo
Plaisant, Hiroyuki Ukeda, Álvaro Uribe, Marcelo Uribe, Bernardo,
Fernando y Jorge Villadelángel, Patricia Villegas, Zoila Viñas Fajardo
(†), Daniel Weisberg Madrazo, Gregory Zambrano, Carla y Tomás
Zurián, y a Neuronal Laboratorio+Creativo, diario El Gráfico y las
galerías kurimanzutto y La Refaccionaria.
XV I I
pr ólogo
La sangre
en tinta convertida
J O S U L A N DA
T
odos los caminos de la vida conducen a la
muerte, pero hay unos que son largos y lisos, mientras otros son breves y abruptos.
Esta meritoria compilación de escritos e imáge-
nes, concebida e impulsada por Gerardo Villadelángel Viñas, ofrece una amplia relación de veintiséis
sucesos en los que numerosos habitantes de este país llegaron a la
inevitable meta de casi todos tan temida, por atajos escabrosos y por
demás cruentos.
Según el Génesis, el primer hijo de la primera pareja humana,
Caín, mató brutalmente a su hasta entonces único hermano, por una
pasión tan vulgar como los celos. No soportó que Yahveh prefiriera
XIX
los corderos degollados por el pastor Abel a su ofrenda de agricultor.
El mito no tendría mayor relieve si no se cifraran en lo que cuenta,
cuando menos, cuatro consecuencias capitales: el surgimiento de la
civilización, la peligrosa incidencia de las pasiones en las relaciones
interpersonales, la diversificación y complicación del deseo y la presencia del crimen como epítome de lo antihumano en todo lo que
concierne a lo humano.
En el origen demasiado humano de la sociedad está el crimen.
El mal arte de asesinar —con vocación de estilo o burdamente, tanto
da— es tan antiguo que aparece como condición para el surgimiento y
despliegue del eufemísticamente llamado “oficio más antiguo” y todos
los que se hayan dado a su rededor. Y, por supuesto, se ha ejercido en
toda comunidad humana, incluso en las de mayor refinamiento cultural; no solamente en el ámbito del “pueblo del Libro”. Baste con recordar cómo en la cultísima Atenas del siglo iv a.C. prosperó la confabulación que terminó segando la vida de Sócrates. El recurso a las normas
vigentes no bastó para ocultar la pulsión vengativa de quienes lo acusaban. No soportaban la independencia política del filósofo ni su integridad ante ciertos intereses dominantes en la ciudad-Estado ni que
—de modo similar a Abel— pareciera favorecido por el propio Apolo délfico ni que descubriera, con sus procederes irónicos, la raigal y no
pocas veces petulante ignorancia de quienes creían saber de todo, aun
de los asuntos más abstrusos. “A causa de esta investigación me he
creado muchas enemistades, muy duras y pesadas”, dice Platón que
dijo su maestro durante su apología ante el jurado. La condena contra
Sócrates ilustra un gran avance respecto de lo que evidencia el mito de
Caín y Abel: la invención de la pena capital como el ejercicio de las
más bajas pasiones, en especial la venganza, por otra vía (mucho más
sofisticada y más llevadera, en la medida en que su condición legal la
exime de toda eventual culpa). Con ello, finalmente, ese hecho trágico
da una buena pauta sobre una de las supuestas señas de la identidad
mexicana: las complejas y profundas ligas entre el monopolio legal de
la violencia —prerrogativa exclusiva del Estado— y los delitos más
nefandos.
XX
PRÓLOGO:
LA
SANGRE
EN
TINTA
CONVERTIDA
El libro rojo, tanto en su versión decimonónica como en ésta de
ahora, resalta la inserción de México en esa corriente demasiado
humana de la que dan cuenta los grandes mitos. También aquí somos
cainitas y abelinos, según las proporciones del caso en cada quien.
Y entre los que, sin ambages, se adscriben en la estirpe de Caín, unos
se valen de poderes públicos mientras otros actúan por iniciativa privada. Sin descartar, desde luego, las mixturas de ambas opciones.
Por eso, los textos que contienen este y todos los tomos de El libro
rojo. Continuación son como retazos tejidos con el hilo rojo, el hilo de
sangre, con que finalmente debe tejerse la memoria de la nación
—gran avatar del mito—, si no queremos que aparezca minada de troneras o exornada con las flores artificiales de una retórica mendaz.
Estos escritos empujan hacia la luz las sombras de nuestra historia y
nuestra intrahistoria, la sordidez de los actos de muchos de nuestros
antepasados que no nos atrevemos a encarar. Su aparición es, por
ello, una suerte de exorcismo que, en palabras de J. M. Servín, plasmadas en este mismo volumen, nos induce a “mirar el pasado sin
suspiros nostálgicos”.
Todos tenemos lo nuestro de cainitas y abelinos. Estamos compuestos de fiereza y mansedumbre en partes y grados específicos y,
en realidad, como advirtió Spinoza, nadie sabe de lo que es capaz un
cuerpo. No faltan las reencarnaciones de Caín en estado “puro” —con
independencia del tipo de pasión que agite sus entrañas: no solamente la envidia o la venganza—. La historiografía da cuenta de esos
monstruos, según el calado social de sus actos. Hitler, Franco, Stalin,
son algunos de los casos más sonados en nuestro tiempo. Es comprensible que los relatos historiográficos se interesen más en esa
clase de potencias genocidas, puesto que sus crímenes ponen en peligro la suerte de toda una comunidad o de colectivos humanos muy
amplios. Una contribución de textos como los que aquí se compendian consiste en poner de relieve el hecho incómodo y menos atractivo de que la intrahistoria, ese despliegue silencioso del tiempo a lomo
de las vidas de gente más o menos común, mientras reafirma las raíces de una sociedad, también está manchada de sangre.
PRÓLOGO:
LA
SANGRE
EN
TINTA
CONVERTIDA
XX I
Pero tal vez la aportación más singular de El libro rojo. Continuación
estribe en evidenciar el modo concreto en que se han entreverado
una historia y una intrahistoria sangrientas en México. La muerte
cruenta fue a un tiempo el método y la “solución” cuando un poder
fáctico decidió deshacerse de Álvaro Obregón en La Bombilla, de los
vasconcelistas que murieron ahorcados y/o con los cráneos reventados a culatazos en Topilejo, de los almazanistas baleados en medio de
los mítines en los que intervenía su candidato, de los católicos que
osaban enfrentarse a las huestes de Garrido Canabal, de un caudillo
díscolo e impresentable como Saturnino Cedillo, de un enemigo político siempre incómodo como León Trotski, de un peligroso arribista
como Maximino Ávila Camacho, de un chivo expiatorio criminalizado como el norteño Juan Soldado o de periodistas indómitos como
Manuel Acosta Meza, Fernando Márquez y Carlos Estrada Sastré. En
fin, si algo evidencian estas páginas es el peso del asesinato en la vida
política del país.
Esa corriente de cainismo institucionalizado sigue su curso conforme a nuevos dispositivos y procedimientos. Todo indica que la
delincuencia organizada, en especial el narcotráfico, ha confeccionado con piezas procedentes de nuestras cleptocracias, de los ideales
del mercado global, de los efectos hiperestimulantes del deseo suscitados por el marketing y los medios de comunicación masiva, de las
instancias policiacas y judiciales más corruptas, de las decadentes
estructuras del aparato seudoeducativo y afines, una de las maquinarias más mortíferas de todos los tiempos. Hay claros indicios que permiten pensar en la gradual formación de una megaestructura de
administración “legítima” de la muerte, en la que suman sus fuerzas
nihilistas ciertos Estados cada vez más “canallas” y las más variadas
mafias y bandas, movidas por el afán de lucro fácil, ilimitado e impune o por alguna bandería de cariz político o religioso.
De manera análoga, la muerte perpetrada con alevosía y violencia, como expresión de una vil voluntad de poder, fue el recurso y el
“remedio” cuando alguien con sangre fría o caliente optó por aniquilar a la mujer reacia a satisfacer urgencias afectivas o sexuales o, en
XX I I
PRÓLOGO:
LA
SANGRE
EN
TINTA
CONVERTIDA
contrapartida, a la que prodiga con excesiva facilidad sus favores en
ese mismo terreno. También a la ricachona displicente y ostentosa, al
comerciante empeñado en criar a su verdugo en el seno de su propia
familia, a tantas y tantos “objetos del deseo” incapaces de aquilatar la
profunda frustración de sus amantes, a las parias orilladas a prácticas
y formas de vida despreciables… En suma, a cuanto ser más o menos
indefenso o poseedor de algún bien codiciado o de algún rasgo de
carácter de difícil o imposible encaje para ciertos espíritus cainitas.
Entre muchos otros, el caso de los hermanos Villar Lledías, narrado
en este libro, confirma de manera modélica los móviles y la brutalidad de ese impulso asesino, pero adquiere un relieve más llamativo
en virtud de que, al estilo más típicamente mexicano, los policías
encargados de resolverlo pusieron su ilícito grano de arena sobre el
horrendo crimen: saquearon hasta donde pudieron —con toda naturalidad, como si fuera parte del procedimiento— las riquezas que el trío
de avaros había acumulado durante décadas.
Los cuajarones de sangre que pringan nuestra historia e intrahistoria son indelebles: no habrá agua que los lave. La eliminación o el
confinamiento de los cainitas más activos no basta para la reparación
de sus daños a la sociedad. Hace falta algo más para que sus efectos
nocivos se disuelvan en el tiempo y la normalidad siga su curso.
Lo que, finalmente, metaboliza las secuelas del crimen es su transformación en mito, en literatura. Las muertes violentas seguirán
repitiéndose, como si se tratara de una ofrenda continua en el altar
de un tácito dios sanguinario; pero el país será capaz de asimilar sus
funestas consecuencias en la medida que sepa convertirlas en leyenda oral o escrita. Éste es el Tezcatlipoca, el espejo humeante, en el
que podremos encarar la terrible verdad desatada por Caín y su quijada asesina.
En su mayor parte, los cada vez más complejos e influyentes aparatos de información no parecen enterarse de su enorme responsabilidad en ese proceso de creación discursiva, sin el cual tanto crimen
acumulado sería insoportable. El afán de lucro y de poder de sus propietarios no necesita más legitimidad que los réditos obtenidos y está
PRÓLOGO:
LA
SANGRE
EN
TINTA
CONVERTIDA
XX I I I
por encima de todo lo que implique el bien común. Algún día se
verán, con una nitidez inesquivable, los acerbos efectos de un periodismo escrito y audiovisual empeñado en potenciar el morbo ante los
sucesos criminales y no en su transfiguración mítica, por medio de
las posibilidades que a tal fin ofrece la palabra. Con esa actitud,
muchos periódicos, televisoras, radioemisoras, sitios de internet y
similares no sólo siembran el temor y el temblor en la sociedad, sino
que estimulan los más graves delitos. De ahí que su incidencia alcance cotas cada día mayores, allí donde la “información” se practica
como un irresponsable sucedáneo de una verdadera narrativa y de un
discurso crítico, analítico, en suma comprometido con lo más eminentemente humano.
Gerardo Villadelángel ha sabido catar bien estas verdades y ha
tenido la feliz audacia de convocar a una nutrida cohorte de escritores, historiadores, biógrafos, cronistas, periodistas, ensayistas y afines
—algunos de ellos eminentes en sus respectivos campos, incluidos los
de las artes visuales— con la encomienda de renovar esa imprescindible narrativa del crimen. Hay que celebrar que hayan respondido a su
llamado y que lo hayan hecho con la calidad y rigor que los trabajos
compendiados en este volumen permiten apreciar.
Buena parte de los textos aquí reunidos versan sobre hechos ampliamente estudiados. Fenómenos como la guerra sucia contra grupos
opositores y las atrocidades en torno a los feminicidios del celebérrimo
Goyo Cárdenas, por mencionar sólo dos casos sonados, son bastante
conocidos en el país y resulta muy difícil agregar algún dato importante sobre ellos. Pero eso no desdice la originalidad ni el interés de los
escritos que revisitan esos acontecimientos. Precisamente, uno de
los efectos laudables de la iniciativa de Villadelángel radica en que ha
inducido a una reinterpretación epocal de esos sucesos tan conocidos,
a nuevos modos de acercarse a viejos tópicos enquistados en las zonas
más sombrías de nuestra historia e intrahistoria. Por eso, la pluralidad
de tratamientos, visiones y modos de narrar a que ello ha dado lugar
hace de esta resurrección y continuación de El libro rojo una de las
más ricas y amenas fuentes de conocimiento de nuestro pasado.
XX I V
PRÓLOGO:
LA
SANGRE
EN
TINTA
CONVERTIDA
Lo anterior, por supuesto, sin dejar de contar la valía que también le imprimen a este libro las estimables relaciones de sucesos no
siempre tan resaltados, pero no por ello menos representativos del
torrente criminal que fluye bajo el suelo histórico que nos sostiene.
Ahí están, el espantoso caso, entre tantos más, de Pequeño Triunfador
que borda con maestría la pluma de Ana García Bergua, y la inefable
práctica de tiro de William S. Burroughs sobre la cabeza de su esposa.
Las páginas de este libro son un espejo de nuestras almas, no tan
apacibles ni límpidas como lo exigen la siempre difícil convivencia
con los otros y nuestro propio anhelo de paz interior. A fin de cuentas,
nada humano nos es ajeno, incluyendo esa violencia que, en determinadas circunstancias, puede derivar en lo peor. Y, en ese punto, los
mexicanos aportan, a lo más, una coloratura específica a la participación en esa verdad universal. Así es como pueden entenderse las primeras palabras de la confesión, escrita con mano y letra propios, del
polifacético aventurero y hampón Pancho Valentino: “Soy producto de
México”.
PRÓLOGO:
LA
SANGRE
EN
TINTA
CONVERTIDA
XXV
II
1928
1959
1928- 1929
¿Qué hacemos?
Matar a Obregón
Á N G E L E S M AG DA L E N O C Á R D E NA S
Al mirar al pobre Manco,
revuelto dijo el infierno:
“¡De México están llegando
los bandidos del gobierno!”
corrido anónimo
E
l martes 17 de julio de 1928 fue el día marcado para que un capítulo más de la historia política mexicana tocara su fin. El lugar, un restaurante famoso por su comida y servicio, propiedad
del español Emilio Casado: La Bombilla, situado al
final de la avenida Insurgentes en la municipalidad
de San Ángel, al sur de la ciudad de México. En ese comedor campestre se reunían para diferentes festejos los políticos importantes de la
época, sobre todo si eran grupos numerosos. En agosto de 1927 ahí se
le ofreció al general Carlos A. Vidal, jefe de la campaña pro Serrano,
un banquete con motivo de su cumpleaños, al que asistieron como
invitados especiales los precandidatos presidenciales Arnulfo R. Gómez
3
Imagen
mónica
mayer
y víctor
lerma
y el propio Francisco Serrano. El dato quizá no lo tuvo en mente el
diputado guanajuatense Enrique Fernández Martínez cuando un año
después reservó cincuenta y cinco asientos y mandó confeccionar un
arco floral que decía: “Homenaje de honor de los guanajuatenses al
C. Álvaro Obregón”, caudillo cuyo cuerpo sin vida deshojó, tras desplomarse, la terminación de esa frase.
Se trataba de amigos, el acceso era libre, no se solicitó vigilancia
especial. ¿A qué o a quiénes podía temer el todopoderoso jefe militar?
Serrano y R. Gómez ya estaban muertos y el presidente Plutarco Elías
Calles había cedido al grado de apoyarlo públicamente, muy a pesar de
Luis Napoleón Morones, su secretario de Industria y Comercio. Por lo
demás, los que lucharon por el sufragio efectivo y la no reelección —y
que seguían con vida— tenían cargos públicos importantes, y el Congreso
logró modificar la Constitución para permitirle reelegirse —eso sí, no de
manera consecutiva, había que cuidar las formas— y aumentar su periodo presidencial de cuatro a seis años. De hecho algunos de esos dóciles
diputados estaban sentados a su mesa: a su izquierda, Aarón Sáenz,
Enrique Romero, Ricardo Topete, Ezequiel Padilla; a su derecha, Federico Medrano, Arturo H. Orcí y Octavio Mendoza acompañados del
senador Antonio Valadés, José Aguilar y Maya y Jesús Guzmán Baca,
presidente de la Suprema Corte de Justicia. La única seguridad personal
era el general Ignacio Otero, su ayudante.
Obregón y la mayor parte de los comensales llegaron al festejo
entre diez y veinte minutos antes de la hora convenida: la una de la
tarde. En la mesa principal, adornada con claveles rojos, se habló de
las reformas tocantes a la supresión de los ayuntamientos en el Distrito Federal. Mientras se bebía brandy y coñac los meseros servían trozos de lomo, arroz y frijoles. Al llegar al plato final el agasajado, que
tenía frente a sí un vaso de vino tinto a medio consumir, pudo hacer
el último chiste de su vida a propósito del cabrito enchilado que le
servían. Luego escuchó: “El limón me dio en la cara y el zumo en el
corazón…”, versos de la canción El limoncito.
Un joven delgado de veintisiete años, vestido con un sencillo traje
café, suéter tipo charleston y corbata de moño, llevaba al cuello una
4
EL
LIBRO
ROJO
cámara fotográfica. Portaba también un lápiz y una libreta de notas
en la que había trazado los rostros del director de la Orquesta Típica,
el maestro Alfonso Esparza Oteo, de Aarón Sáenz y de Álvaro Obregón.
Todos sonreían, y cedieron al halago al verse retratados. El dibujante,
José de León Toral, se acercó al general para mostrarle un segundo
perfil. Sostuvo sus papeles con la mano izquierda y con la derecha no
supo cuántas veces apretó el gatillo.
De la necropsia se desprendió que disparó en doce ocasiones.
La primera bala de la pistola semiautomática star calibre 705 entró
por la nuca al nivel de la primera vértebra cervical; la segunda a cuatro
centímetros de la comisura labial. Ambas terminaron su trayectoria
en la cavidad bucal, desgarrando la base de la lengua, lo que hubiese
sido suficiente para lograr una muerte segura. Pero Dios le dio la fortaleza y la confianza que tanto le había pedido hasta por escrito, según
constó en sus apuntes. Entonces siguieron la tercera, la cuarta y las
restantes que se incrustaron en lo que quedaba del brazo derecho, en
la cavidad torácica y las vértebras dorsales, dañando los pulmones
en ambas pleuras, la aorta descendente, el diafragma y el estómago.
Las últimas dos se alojaron en la cavidad craneana, dañando el cerebro y sus envolturas pálidas. Cada una de las heridas fue mortal.
En La Bombilla todo era confusión. Los obregonistas golpearon a
José de León con puños y cachas de pistola. Lo arrastraron y lo patearon. Le gritaron: “¡Asesino! ¡Cobarde!” El coronel Juan Jaimes, enloquecido por la ira, no sabía si acribillarlo o torcerle un brazo. A punto
estaba de matarlo cuando intervino el diputado Aurelio Manrique:
“¡No! ¡No! ¡No! ¿No ven que su vida es clave para descubrir la trama
del crimen?” La pequeña libreta y el arma resultarían fundamentales
para entender por qué se había llegado a ese momento. Topete lloraba en medio de los clamores: “¡Un médico! ¡Aún vive!” A la postre se
convencieron de que Álvaro Obregón había fallecido y juraron vengar el atentado. A las 14:55 Plutarco Elías Calles llegó, y con él Roberto
Cruz, inspector general de Policía, Joaquín Amaro, secretario de Guerra y Marina, y Abundio Gómez, oficial mayor y encargado de la subsecretaría que se hizo acompañar por jefes y oficiales que se respon-
¿QUÉ
HACEMOS?
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sabilizaron de limpiar el cadáver. El diputado Eduardo Mena Córdova
y Lauro Quiroz Cevallos, empleado público de veinte años, identificaron el cuerpo que fue velado en Palacio Nacional para luego ser inhumado en su natal Sonora.
José de León Toral fue interrogado por el presidente. No dio su
verdadero nombre. Dijo llamarse Juan, alias que adoptó como jefe de
la Liga Defensora de la Libertad Religiosa (ldlr) en la colonia Santa
María la Ribera. Aun así, no negó su acto. “Yo soy el único responsable. Maté al general Obregón porque quiero que reine Cristo Rey, pero
no a medias, sino por completo.”
La página editorial de Excélsior del 18 de julio de 1928 se preguntaba: “¿Cómo vamos a crear una democracia si apenas electo [reelecto en realidad] al candidato presidencial se le asesina?” No hubo
cuestionamientos similares cuando mataron salvajemente a Serrano
y a Gómez, por sólo mencionar a los personajes del escenario electoral del momento. El diario agregaba que quien ejecutó al general era
un individuo oscuro, anónimo, sin personalidad de ninguna especie,
acaso un loco o el instrumento de terceras personas. Sí, era oscuro y
anónimo porque no pertenecía al grupo que usufructuó la Revolución,
porque era un ciudadano común y corriente, un ferviente católico, un
hombre que asumió —siempre— la responsabilidad de haber actuado
por su cuenta.
Sobre él y su familia se hizo sentir todo el poder del Estado. El
diputado José Llerenas, director del autodenominado “Periódico de
las Vanguardias”, El Mexicanista, envió una carta abierta al presidente, con copia al general Amaro, sobre el “hecho revelador de que
la mayor parte de la familia Toral presta sus servicios personales al
gobierno que usted representa, lo que causa sonrojo y vergüenza a
la familia revolucionaria en general”.1 Enlistaba además cómo y en
qué dependencias lo hacían, afirmando que se trataba del nepotismo más taimado. Era una muestra de la venganza de “las viudas de
Obregón”, que pedían sangre en nombre de la lucha revolucionaria
1
El Mexicanista, 6 de agosto de 1928. La copia en Fideicomiso Calles-Torreblanca, archivo de
Joaquín Amaro.
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EL
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por tan “monstruoso asesinato” mientras posicionaban a una nueva
figura por encima de Emiliano Zapata, Francisco Villa y Venustiano
Carranza.
El mismo día del crimen, con la cara sangrada por los golpes, José
de León Toral rindió su declaración ministerial. El proceso pasó por
tres juzgados de primera instancia, empezando en Coyoacán, turnándose a Tlalpan e instalándose en definitiva en Tacubaya a cargo del
juez segundo Alonso Aznar Mendoza, quien ordenó inventariar los
objetos personales del preso: una pistola automática marca star 705
con seis balas, dieciocho pesos plata, una goma, puntillas, una cámara fotográfica, un rosario de cuentas negras, una estampa del Apostolado
del Espíritu Santo, un pañuelo con las iniciales jlt y, por supuesto,
una libreta con sus dibujos y reflexiones:
Golpes y la muerte inmediatamente. Que me coman vivo y me tachen de
asesino. Que me falle la cosa. Que no me anime a la mera hora. Miedo al
cielo. ¿Cómo me irá? ¿Resistiré? Dios dirá y me dará fortaleza, confianza.
Qué bonito ratito pasé hoy con el Santísimo. Acostarme más temprano.
Fomentar el amor a Paz.2 ¿Qué hacemos? Matar a Obregón.
Ante el juez, De León Toral, casado, padre de Juan José y Esperanza de
la Paz, con domicilio en Sabino número 212 colonia Santa María la
Ribera, hizo un recuento de su educación formal en colegios católicos, tanto en su natal San Luis Potosí como en Monterrey y la ciudad
de México. Perteneció al Centro Unión, integrado por antiguos alumnos del marista Colegio Francés, y al Club Alvarado de futbol, donde
conoció a los hermanos Miguel Agustín y Humberto Pro, quien lo
invitó a participar en la ldlr. Los dos compartieron, además del
juego y el destino trágico marcado por la figura de Obregón, una
estrecha amistad que incluso llevó a José a llamar Humberto a su tercer hijo, nacido cuando estaba en prisión.
2
El Universal, febrero de 1929. Un reportero le preguntó si Paz Martín del Campo, su esposa,
había sido “su único episodio amoroso”, José de León le respondió: “No es un episodio, ha sido
mi vida entera”.
¿QUÉ
HACEMOS?
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Acudía a oír misa, confesarse y comulgar a la parroquia del
Espíritu Santo, situada en la misma calle en que vivía. Después de
cerradas las iglesias practicaba sus ejercicios religiosos en casas particulares como la suya, la de su pariente Pascual Toral o la de la monja
Concepción Acevedo de la Llata —la famosa madre Conchita—.
A preguntas expresas sobre su educación, lecturas, aficiones y
experiencias laborales, respondió que había leído a Tomás de Kempis,3
autor de La imitación de Cristo, a Emilio Salgari, Julio Verne y las
Sagradas Escrituras. Como discípulo en la Academia de San Carlos
del romántico Germán Gedovius, pintó varias copias del Último día
de Numancia, imagen atemporal de la resistencia a la vez que paradigma del pequeño frente al poderoso. Escuchaba a Schubert, aunque
a últimas fechas, dijo, por influencia de su hermano Aureliano, había
conocido la música de Beethoven. Le gustaba el circo —al que fue
pocas veces— y sólo recordaba haber asistido a una corrida de toros.
Era aficionado a los deportes —su cuerpo lo confirmaba—, señaladamente al box y al futbol. No olvidó decir, bromeando, que no tenía
ninguno de los dos vicios, “el de fumar y el de no comprar”. Asimismo,
hizo un recuento desde su trabajo en la casa H. E. Gerber, donde dejó
su puesto a Humberto Pro, a las clases de gráfica en el Colegio
Católico de la calle de San Borja y su paso por el Departamento de
Dibujo del periódico Excélsior. En sus informes, los interrogadores
incluyeron una nota diciendo: “Cada vez que lo hemos visitado nos
acoge con benevolencia y saluda de manera cortés”.4
En la parte crítica de sus declaraciones confirmó que la idea de
matar al general le vino días después del atentado dinamitero en
Chapultepec, ocurrido en noviembre de 1927. Entonces estimó que
alguna razón habría tenido el ingeniero Luis Segura Vilchis para dirigir su ataque, y conversó con la madre Conchita sobre Judith y
Holofernes y de cuál sería la solución para que pudieran profesar
3
El libro IV de La imitación de Cristo está dedicado a la Eucaristía, y es quizá el más famoso
tratado sobre el Santísimo Sacramento.
4
Archivo General de la Nación (agn), Antiguo Fondo Reservado, “Proceso a José de León
Toral”, vol. 13, f. 17.
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EL
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ROJO
libremente su religión y pasar todos los momentos que quisieran con
el Santísimo expuesto, sin miedo, sin tiempo. La respuesta era simple: desaparecer tanto al que era considerado el autor intelectual de
la persecución, como a Calles, el ejecutor, y al patriarca de la Iglesia
cismática José Joaquín Pérez, la comparsa. La madre le presentó a
Manuel Trejo, que le prestó la pistola facilitándole dieciocho balas y
le enseñó en dos o tres ocasiones su manejo. El 12 de julio fue a la
Villa de Guadalupe para hacer prácticas de tiro. Por esos días escuchó
en un tranvía una conversación que le causó una fuerte impresión: el
aviador Emilio Carranza había sido fulminado por un rayo, castigo
del cielo según la señorita que transmitía la noticia. En efecto, el piloto salió de Nueva York el 12 de julio de 1928 y el 13 su cuerpo fue
encontrado por unos campesinos entre bayas y cerezas. Estaba carbonizado a escasos metros del avión, que recibió la descarga en
Mount Holly, Nueva Jersey. La historia la comentó con su confidente,
concluyendo que el rayo aquel debía haberle caído al Manco. Luego,
su muerte bien podía ser un asunto forjado por el destino, la romana
fortuna o la cristiana providencia.
Tras las confesiones iniciales, los arrestos no se hicieron esperar. Fueron consignadas las primeras diez personas, entre ellas
María de la Paz Toral y Aureliano de León Sánchez, padres de José;
su esposa Paz; las hermanas Josefina y Concepción Acevedo de la
Llata, e Ignacio Trejo Morales, hermano de Manuel, su maestro en
el uso de la star 705. La lista se amplió desmesuradamente, de acuerdo con las investigaciones de dos policías célebres por su eficacia y
su escrupulosa corrupción, que incluía desde la trata de blancas
hasta la complicidad y extorsión con grupos de chinos: Valente
Quintana y Pablo Meneses, agente confidencial de la Secretaría de
Gobernación.5 Ambos firmarían como testigos en todas las detenciones y declaraciones. Si desde Beccaria6 se aceptaba que las penas no
debían ser trascendentes, ¿por qué detener a padres, esposa, hermanos, amigos?
5
6
Excélsior, 4 de julio de 1931.
Cesare Bonesana, marqués de Beccaria, De los delitos y de las penas, 1764.
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HACEMOS?
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Comparecieron todos aquellos que guardaban la más mínima
relación con José y que pudieron ser localizados en la ciudad de
México e incluso en el interior del país.7 Por fortuna para su hermano
Jesús, entonces subteniente, el jefe de Operaciones Militares de la
Huasteca, José Amarillas, avaló tanto su desempeño militar como su
conducta, lo que el tiempo confirmó al ascender a general brigadier y
profesor de la Escuela Superior de Guerra, donde creó e impartió
cursos y escribió varios textos históricos, en uno de los cuales admitió, al igual que Pablo de León, su adhesión al socialismo.8
Pero no toda la familia tuvo la misma suerte. A sus padres, esposa
y hermanas se les detuvo en los sótanos de la inspección de policía,
que para colmo se inundaron en esas fechas, agravándose las condiciones de insalubridad. Ahí permanecieron quince días, sin alimentos
ni autorización para sentarse. Al cabo serían liberados por falta de
pruebas.
A José y a la madre Conchita les fue confirmado el auto de formal
prisión. El 20 de octubre el procurador general de la República,
Ezequiel Padilla, entregó sus conclusiones y pidió la pena de muerte
para el primero y veinte años de prisión para la segunda. Dirigidos
los debates por el juez Alonso Aznar, en ellos participaron los defensores José García Gaminde y Demetrio Sodi Pallares, que años atrás
había redactado la renuncia de Porfirio Díaz, y los acusadores Antonio
Taracena, Enrique Medina, Antonio del Palacio, Juan Correa Nieto,
procurador del Distrito Federal, y el ya citado licenciado Padilla
—quien estuvo presente en los hechos, lo que no era una violación
procesal aunque sí implicaba un problema ético (poco después de la
acusación renunció a su cargo en la procuraduría, donde permaneció
sólo cuarenta y cinco días)—. El jurado popular se integró por nueve
ciudadanos. A los reportes de la prensa nacional y extranjera se sumó
la filmación de una película, según consta en los archivos del Depar-
7
De Guadalajara y San Luis Potosí trajeron a Paz y a Jesús de León Toral.
Jesús de León Toral, Memorias, edición particular, Centro de Estudios Históricos José de
León Toral.
8
10
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tamento Confidencial de Gobernación,9 entidad que prohibió que
circulara y se exhibiera.
Bastó que Excélsior consignara la tranquilidad y buenos modales
de José durante el proceso para que los obregonistas amenazaran con
incendiar el diario.10 De hecho el 1º de noviembre se presentaron en
la audiencia para, ahí sí, inflamar el clima con gritos de “¡Viva
Obregón! ¡Muera Toral! ¡Muera Sodi!” y azuzar a la multitud por conducto de Ricardo Topete, Aurelio Manrique, Arturo H. Orcí y otros
diputados. Los indiciados fueron agredidos salvajemente, les arrancaron los cabellos, los golpearon y escupieron.
De León Toral tuvo tiempo de denunciar las torturas que padecía
en la Inspección General de Policía —y que constan en sus dibujos y
notas—. Eran inútiles, no tenían siquiera la finalidad de obtener una
confesión puesto que siempre admitió su culpabilidad. Tiempo después su amigo Ernesto el Chango García Cabral las ilustró. Además del
tormento físico “no lo dejaban dormir, le daban de comer cada veinticuatro horas. Tenía las piernas hinchadas, estaba en la silla como un
andrajo, como un hilacho… en los ojos una profunda pena, algo inquietante [y] junto a él [el general titular Antonio] Ríos Zertuche”.11
El 8 de noviembre de 1928 el secretario del juzgado Luis Lajous
leyó con la voz alterada: “Primero. José de León Toral es culpable del
delito de homicidio de que lo acusa el Ministerio Público. Segundo:
Por tal motivo se le impone la pena de muerte”. Y fue conducido a la
Penitenciaría del Distrito Federal, al Palacio de Lecumberri, y alojado
en la crujía H, en bartolinas con centinelas de vista.
Sus defensores apelaron ante la Suprema Corte de Justicia, que
atravesaba al igual que otras instituciones por un periodo de inestabilidad. El licenciado Sodi interpuso un amparo argumentando que se
9
agn, Fondo Gobernación, sección Dirección de Investigaciones Políticas y Sociales, cajas 27
y 31.
10
El 6 de agosto de 1928 el periódico El Mexicanista acusó a Excélsior de reaccionario, toda
vez que probablemente la madre Conchita había tenido tratos con la viuda de Rafael Alducín,
su fundador.
11
María Concepción Acevedo y de la Llata, Obregón. Memorias inéditas de la madre Conchita,
México, Libro-Mex Editores, 1957, edición y prólogo de Armando de Maria y Campos, p. 110.
¿QUÉ
HACEMOS?
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11
trataba de un delito político, en cuyo caso estaba prohibida la pena de
muerte, mas Paulino Machorro Narváez objetó diciendo que un delito político ataca la vida del Estado y no la de una sola persona; por
ello el homicidio era un delito común, y luego no estaba comprendido en las excepciones establecidas por el artículo 22 de la Constitución. Añadió que no debían confundirse los delitos políticos con los
crímenes y atentados que pudieran ser cometidos a la sombra de
un ideal: “Privar de la vida es un homicidio que carece de naturaleza política”.
El 6 de febrero de 1929 las ideas de Machorro fueron aprobadas
por otros tres ministros, pero como siempre hay gente digna que
busca un margen para actuar correctamente y no convalidar decisiones superiores, bien procedan de la presidencia de la República o del
Congreso y se les adorne con el velo de la legalidad, Francisco Barba
se excusó por haber actuado sin esperar los resultados de la investigación.12 Los magistrados habían afirmado conocer el caso jurídicamente, a pesar de que la Suprema Corte quedó integrada en
diciembre de 1928 y no comenzó a funcionar hasta el 7 de enero
de 1929 con un rezago de quince mil amparos —uno de ellos era el de
José de León, que le fue negado con gran celeridad—.
La defensa cumplió hasta el último momento e interpuso todos
los recursos que la ley autorizaba. Para obtener la gracia del indulto
recurrió al ya presidente Emilio Portes Gil, que la negó mediante un
telegrama remitido desde el tren en que se trasladaba a su natal Tamaulipas para asistir a la toma de posesión del gobernador Francisco
Castellanos. Su respuesta fue:
[José de León] gozó en el proceso de toda clase de garantías… se le permitió rendir todas las pruebas de descargo… el jurado popular fallando en
conciencia y el Tribunal Superior fundándose en la ley lo encontraron
culpable… por ello la justicia y la legalidad justifican la pena capital
impuesta.
12
La discusión del caso aparece en las versiones taquigráficas del Libro de Actas de la
Suprema Corte de Justicia de febrero de 1929.
12
EL
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Contradecir la opinión generalizada ante los obregonistas que clamaban venganza era un riesgo muy difícil de correr, y Portes Gil no
lo corrió.
Al día siguiente, el 7 de febrero, el doctor José Manuel Puig
Casauranc, jefe del Departamento Central, firmó la orden de fusilamiento número 291 y ordenó al director de la Penitenciaría del Distrito
Federal, el coronel Felipe Islas, que informara a José de León Toral
que disponía de veinticuatro horas para dictar sus disposiciones,
luego de lo cual se llevaría a cabo la sentencia. De acuerdo con el
código penal, la ejecución se hizo pública fijando carteles en el lugar
en que se desarrollaría y en el domicilio del reo, expresando su nombre y su delito. Aun así, se prohibió la presencia del público, además
de la impresión de placas y películas fotográficas en el interior de
la penitenciaría antes, durante y después del fusilamiento, aunque
pudieron asistir representantes de los medios nacionales y extranjeros. A pesar de que la ley establecía que no debían apersonarse funcionarios, éstos pelearon por obtener un lugar en primera fila.
Por su parte, José de León firmó de enterado y dijo: “Estoy sereno.
El pensamiento de la muerte no me atormenta en lo absoluto. Mi
padre, mi madre, mi esposa, todos están resignados. Esperamos juntos el final”. En la víspera recibió a sus familiares hasta las 23:00
horas, salvo a su hermano mayor, que fue retenido al abandonar la
celda 997 de la crujía H por habérsele encontrado unos dibujos —el
croquis de la penitenciaría y el paredón— con una nota: “Pablo de
León, hermano. Desde allá sabré lo que más falta te haga y procuraré
conseguírtelo”. Pidió hablar con la madre Conchita, pero se lo negaron. El coronel Islas ordenó no abrir las celdas. Esa noche reinó un
silencio profundo.
La última mañana el jefe de celadores le preparó el desayuno
—chocolate y pan—. José de León se lavó y se peinó. A las 8:00 horas
recibió los auxilios espirituales de los presbíteros Ignacio Flores y
Luis Soto. Lo acompañaban sus defensores, su hermano Pablo, su
padre y su madre, a la que no se le permitió entregarle un pequeño
bulto que contenía una sábana de seda blanca. Un diputado pudo
¿QUÉ
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13
acercarse para cuestionarlo: “¿Conoce y está de acuerdo con el quinto
mandamiento?”13 José sólo respondió: “Señor, yo no discutiré nada,
quiero estar tranquilo”.
A las 11:30, con su saco negro “impecablemente cepillado” y su
pantalón a rayas, se despidió de doña María, que lo abrazó fuertemente y lo besó varias veces diciéndole: “ ‘Hijito, no te olvides de tu
pobre madre cuando estés en el Cielo’. [José] le pidió la bendición y se
hincó con respeto y humildad”.14
A las 12:20, sin pronunciar palabra, salió de su celda, donde dejó
caricaturas del capitán Vieyra, jefe de celadores de la penitenciaría,
“por el buen trato”; de José Mijares Palencia, jefe de la Fuerza de
Seguridad Pública, y de su peluquero. Al coronel Islas le regaló el
espejito frente al que se peinaba.
El capitán José Rodríguez Rabiela dirigió al pelotón que ejecutó la
sentencia, integrado por ocho gendarmes que escoltaron a José por el
largo pasillo que conducía al polígono:
Entraron por una reja a un jardincillo de perfumados heliotropos. Siguieron
hasta el patio de la enfermería y luego al pasillo que conduce al paredón.
En el ángulo de la muralla, lado noreste, se veía la mancha blanca del cuadro pintado sobre el paredón materialmente salpicado de impactos. Volvía la
cara para ver a los que quedaban detrás, como si buscara un amigo; creyendo reconocer a uno en un gendarme de la escolta, le sonrió, pero rectificando su debilidad recuperó la serenidad […] El sol daba con toda su fuerza
en aquel lugar, de tal manera que José de León Toral, al ponerse frente a los
que habían de disparar sobre él, quedaría bañado por la luz.15
Cayó del lado derecho y fue palideciendo hasta tener un color terroso.
Cuando aún movía una de sus manos, el jefe de celadores le dio el
tiro de gracia en la sien izquierda, con una pistola colt. 45 con cachas
13
No matarás.
María Toral de De León, Memorias de María Toral de De León, madre de José de León Toral,
México, Tradición, 1972, ejemplar N1.1. de Federico de León Toral.
15
El Universal, 9 de febrero de 1929.
14
14
EL
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de cuerno de reno que había sido regalo de Obregón a Rodríguez
Rabiela. Luis Soto sacó de su pecho un relicario con los santos óleos.
Fueron él y el general Lucas González quienes lo cubrieron con la
sábana de seda de la señora María Toral.
Sin ser necesaria la autopsia los médicos legistas dieron fe de que el cadáver
presentaba heridas por proyectil de arma de fuego, una circular de seis milímetros en la región masteterial izquierda, otros orificios penetrantes de cráneo, tórax y abdomen, con ocho orificios de entrada, múltiples fracturas
escapulares, costales y vertebrales. Conclusión: que juntas y separadas fueron mortales y que por sí solas produjeron la muerte.16
Según lo dispuesto por las autoridades, no se permitiría ninguna
pompa ni manifestación con motivo del sepelio. Esa tarde el cuerpo
del hijo le fue entregado al señor Aureliano de León. Miles de personas esperaron su turno durante horas para desfilar en la capilla
ardiente instalada en el domicilio de la familia. La policía y los bomberos, que lanzaron chorros de agua para contener a los católicos que
deseaban entrar, permanecieron en guardia el resto del día. Una misa
secreta se realizó como a eso de las dos de la madrugada. La inhumación se llevó a cabo el domingo 9 de febrero de 1929, en medio de un
fuerte dispositivo de seguridad que cubrió desde la colonia Santa
María la Ribera hasta el Panteón Español. Miles de personas arrojaron flores al paso del cadáver de José de León Toral.
Delante de la señora María Claudia Tapia viuda de Obregón no
volvió a pronunciarse el nombre de De León Toral.17 Sin embargo
envió a la Secretaría de Gobernación el telegrama que le dirigió la
señora María de la Paz Toral pidiendo por la vida de su hijo, después
de ser detenida por segunda ocasión con su esposo y su nuera.
Antes, en noviembre de 1928, un sobrino del general Álvaro
Obregón, el capitán Jesús Obregón, intentó asesinar al ya preso José
16
agn, Antiguo Fondo Reservado, Proceso a José de León Toral, vol. 14, certificado de defunción firmado por el doctor José Manuel Puig Casauranc.
17
Sara Sefchovich, La suerte de la consorte, México, Océano, 2002, 2ª ed., p. 231.
¿QUÉ
HACEMOS?
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15
de León, mas fue desarmado. Una hora después, en su casa de las
calles de Colima, el militar se suicidó.
Los obregonistas lograron, además de su venganza, que sus intereses alcanzaran estatus oficial, apoyo simbólico, legitimidad histórica. En 1930 Enrique Aragón diseñó, con esculturas exteriores de
Ignacio Asúnsolo representando el sacrificio y el triunfo, el monumento más grande a la memoria de un solo revolucionario. El templo
art déco al caudillo sonorense sería terminado en 1935, en el mismo
lugar de su muerte.
La madre Conchita fue enviada a las islas Marías a cumplir su
sentencia. Ahí estuvo trece años, ahí el general Mújica, director de la
cárcel de muros de agua, la instó a escribir sus memorias —a la par
que instruir a sus hijos.
Era entre ama de llaves, presa a la que se tiene consideraciones y compañera de los que ahí vivíamos. Concepción cosía, bordaba, cocinaba dulces y
pasteles estupendos, pintaba sobre seda y terciopelo ramos de nomeolvides,
rosas, cabezas de charros y chinas poblanas, hacía óleos y acuarelas horribles y escribía cosas muy cursis.18
También ahí contrajo matrimonio con otro de los implicados en el
caso, Carlos Castro Balda. Concepción Acevedo de la Llata murió en
la ciudad de México en 1979, en su domicilio de la avenida Álvaro
Obregón.
18
Judith Martínez Ortega, La isla, citado por Armando de Maria y Campos en Obregón.
Memorias inéditas de la madre Conchita.
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“Los cuajarones de sangre que pringan nuestra historia e intrahistoria son indelebles: no habrá agua que los lave. La eliminación o
el confinamiento de los cainitas más activos no basta para la reparación de sus daños a la sociedad. Hace falta algo más para que
sus efectos nocivos se disuelvan en el tiempo y la normalidad siga
su curso. Lo que, finalmente, metaboliza las secuelas del crimen
es su transformación en mito, en literatura. Las muertes violentas
seguirán repitiéndose, como si se tratara de una ofrenda continua
en el altar de un tácito dios sanguinario; pero el país será capaz de
asimilar sus funestas consecuencias en la medida que sepa convertirlas en leyenda oral o escrita. Éste es el Tezcatlipoca, el espejo
humeante, en el que podremos encarar la terrible verdad desatada
por Caín y su quijada asesina […] Gerardo Villadelángel ha sabido
catar bien estas verdades y ha tenido la feliz audacia de convocar a
una nutrida cohorte de escritores […] y afines con la encomienda
de renovar esa imprescindible narrativa del crimen. Hay que celebrar que hayan respondido a su llamado y que lo hayan hecho con
la calidad y rigor que los trabajos compendiados en este volumen
permiten apreciar […] La pluralidad de tratamientos, visiones y
modos de narrar a que ello ha dado lugar, hacen de esta resurrección y continuación de El libro rojo una de las más ricas y amenas
fuentes de conocimiento de nuestro pasado.”
JOSU LANDA
www.fondodeculturaeconomica.com
Secuela de lo que fue, en palabras de José Luis Martínez, una de las grandes empresas editoriales del siglo XIX mexicano, esta obra en cinco volúmenes abunda en la tradición del ejercicio de la prosa que vincula los discursos historiográfico, literario y periodístico, en su interpretación paralela sustentada en la imagen y, sobre todo, en el tratamiento de la sangre como
leitmotiv. A manera de continuación de El libro rojo publicado en 1870, cerca de trescientos
autores –historiadores, cronistas, narradores y artistas visuales– compendian una suerte de
antología abreviada, por su horizonte inabarcable, de crímenes ocurridos en nuestro país
de 1868 a nuestros días.
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