Todos y todas a la Marcha de los Imigrantes

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Nosotros imigrantes - Ano I - Edição Número - Outubro/Novembro 011
Nosotros imigrantes - Ano I - Edição Número - Outubro/Novembro 011 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
Todos y todas a la Marcha
de los Imigrantes
En este año nuestra
marcha será el
04 de diciembre,
domingo, con una
caminata que
empieza en la Plaza
de La República
y termina en la
Plaza de la Sé,
con acto público
y expresiones
culturales de
danzas típicas de
cada país. Será
un momento de
reivindicar nuestros
derechos… (leia mais)
Pág. 03
Como regularizar un
inmigrante en Brasil?
Conforme el Estatuto del Extranjero
vigente, las posibilidades de lograr la
permanencia definitiva son muy pocas
y remotas, o sea: solamente para los
que tienen hijos brasileños o que estén
casados con brasilero (a) y por reunión
familiar, si un miembro de la familia
(padre, madre, esposo (a) tenga la
permanente... (leia mais)
Pág. 08
Leiga Scalabriniana e Jornalista foi
assassinada por Narcotraficantes
no México
O corpo de Maria Elizabeth Macias, editora-chefe do jornal
Primera Hora, publicado em Nuevo Laredo, Tamaulipas estado
(leste), foi encontrado decapitado em 24 de setembro de 2011.
Esta mulher de 39 anos de idade é o quarta jornalista morta
desde o início do ano.. Segundo fontes, Maria Elizabeth Macias
usava as redes sociais para denunciar as ações do tráfico de
drogas na região. Ela
tinha um blog sob o
pseudônimo de “a
menina de Nuevo
Laredo.” De acordo
com o Procurador
Geral do Estado
de Tamaulipas, ao
lado do corpo da
jornalista havia dois teclados de computador, um toca-discos
e alguns cabos, acompanhados por uma mensagem. “ … para
aqueles que não querem acreditar que isso aconteceu a mim
por minhas ações” (leia mais)
Pág. 08
Anistia aos Imigrantes: Sonho
ou Pesadelo?
Pág. 06
A Voz das Comunidades: Peru,
Bolívia, Itália, Chile págs 04 e 05
Migrações: águas que movem
moinhos Pe. Alfredo J. Gonçalves, CS
Pág. 03
1º Festival de Música e Poesia
do Imigrante
Pág. 02
Barbárie: usineiros incentivam
crack para cortadores de cana
em SP
Em algumas plantações de canade-açúcar espalhadas pelo interior
paulista
foram
encontradas
realidades dramáticas: alguns
cortadores trabalhando até 14
horas por dia, sem interrupção,
graças ao uso do crack.
Pág. 02
Nosotros imigrantes - Ano I - Edição Número 2 - Outubro/Novembro 2011
N
Editorial
a primeira edição do Jornal
“Nosotros Imigrantes” reafirmamos
nossa mobilização na luta por
direitos e o resgate de nossas raízes
culturais.
“Eu era estrangeiro e tu me acolhestes”
(Mt 25,35-36)
Quantos de nós já não sentimos na
carne e na alma a dor de estar longe de
nossas pátrias? Quão sofrível é estar
distante de nossos pais, filhos, irmãos,
parentes, em busca de uma vida melhor
para todos, todas?
O grito pela vida não poderá silenciar
jamais e, neste sentido, o Jornal “Nosotros
Imigrantes” coloca-se a serviço das
comunidades imigrantes para anunciar
um mundo mais acolhedor, sem xenofobia,
onde todos somos irmãos, filhos do
mesmo Pai, buscando um mundo sem
fronteiras.
Nesta edição, abordaremos as
migrações na mensagem de Pe. Alfredo
Gonçalves. Temos duas compatriotas
bolivianas que expõem o perfil da
mulher imigrante; o espaço “voz das
comunidades” trás Bolívia, Peru, Paraguai,
Haiti, Chile e Itália, apresentando ações de
convivência e de partilha. Temos também,
uma chamada para a Marcha do “Dia
Internacional do Imigrante”, o caminho
percorrido na história, a luta pelos
direitos civis: direitos fundamentais à
vida, à liberdade, à igualdade perante a lei:
direitos de ir e vir, de escolher o trabalho,
de manifestar o pensamento, de organizarse; há os direitos sociais, tais como: direito
à educação, ao trabalho, ao salário justo,
à saúde, à aposentadoria, entre outros.
Há, também, o direito político: o direito ao
voto, para escolher seus representantes,
pois o dever de pagar impostos é uma
dura carga nos ombros de todos, devido,
também, ao alto valor cobrado em taxas
para a regularização migratória.
Percebemos, então, que a ausência
dos direitos civis, sociais e políticos
representa um obstáculo à construção da
cidadania do imigrante. Lutemos, então,
pelos nossos direitos!!!!!
Nesta segunda edição do “Nosotros
Imigrantes” fazemos uma homenagem
à “La Vírgen de Guadalupe”, que é “la
Madre del Pueblo Latinoamericano”, que
ilumina o caminho do imigrante!
Um abraço “hermano y fraterno” da
redação.
Actividades del CAMI:
E
l centro de Apoyo al Migrante – CAMI
– es un servicio de lucha por todos los
derechos de los inmigrantes de varias
nacionalidades. Actúa en la defensa de los
derechos para obtención de ciudadanía, como
regularización migratoria, asesoría jurídica, y
ofreciéndoles la posibilidad de aprendizaje
profesional en los cursos de informática y
portugués para la llena inserción social; actúa en
la prevención del trabajo similar a la esclavitud y
al tráfico de personas. Propone cambios en la ley
de Inmigración, juntamente con Organizaciones,
Asociaciones y Comunidades de inmigrantes.
•
Ofrece asesoría jurídica y psicosocial a
inmigrantes víctimas del trabajo similar a la
esclavitud, en conjunto con el Ministerio del
Trabajo, como en el caso de la Confección
Téxtil Zara, ampliamente divulgada en la
Prensa, donde se mantenían inmigrantes
trabajando en situación similar a la
esclavitud.
•
Los cursos de la Escuela de Informática
y Ciudadanía del segundo semestre
empezaron el 2 de septiembre, con clases
de informática y portugués, con participación
de, por lo menos, 100 inmigrantes entre
hombres, mujeres y adolescentes de varias
nacionalidades que desean una profesión
para inserirse en el mercado de trabajo
brasilero.
I Festival de Música e
Poesia do Imigrante
T
odas as nacionalidades de imigrantes
são convidadas a participar do Iº Festival
de Música e Poesia do Imigrante para
o ano que vem, 2012. O evento vai acontecer
na Igreja N. S. da Paz, possivelmente no mês
de junho, mês da Semana do Migrante.
Convocamos os grupos musicais,
folclóricos e poetas para se prepararem.
Haverá boa premiação, e as melhores músicas
farão parte de uma publicação em CD.
O tema tanto das músicas quanto das
poesias versa sobre migrações, direitos e
cidadania que envolve a vida e a realidade
dos imigrantes.
As letras, músicas e poesias devem ser
inéditas. Qualquer grupo pode participar
sendo profissional ou não.
Mais informações:
• SPM - Tel.: 2063 7064
• CPM - Tel.: 3207 0888
• CAMI - Tel.: 2694 5428
Encontro de Formação
C
onvidamos a todos e todas a participarem
de um dia de formação sócio-pastoral a
realizar-se no dia 23 de outubro de 2011,
no salão nobre da Igreja da Paz, na Rua do
Glicério, 225, com início às 9 hs e término às 17
hs. O encontro de formação será assessorado
pelo Pe. Alfredo J. Gonçalves. A animação
do encontro está a cargo dos Jovens Sem
Fronteiras do CAMI. Haverá almoço gratuito no
local e ônibus que parte do CAMI.
Inscreva-se pelo tel. 2694-5428. (Resp.: Ivone)
Barbárie: usineiros incentivam crack
para cortadores de cana em SP
E
m algumas plantações de cana-de-açúcar espalhadas pelo interior
paulista foram encontradas realidades dramáticas: alguns cortadores
trabalhando até 14 horas por dia, sem interrupção, graças ao uso do
crack. Tal situação foi registrada por um levantamento inédito da Frente
Foto: Beto Novais - UFRJ
Parlamentar de Enfrentamento ao Crack e outras drogas, da Assembleia
Legislativa de São Paulo. Segundo o estudo sobre a proliferação do entorpecente no Estado e apresentado no
dia 20 aos 29 parlamentares da frente, que ficaram todos surpresos, esse é um dos usos crescentes da droga;
sobretudo porque o motivo de tamanha produtividade, um sonho para todo usineiro, é pequeno, barato e cada
vez mais fácil de conseguir: o crack. Outro fato estarrecedor é a consequência para esse ‘super-funcionário’,
um drama muito conhecido: em poucos anos, uma saúde devastada e, não raro, a morte.
De acordo com o deputado estadual Donisete Braga (PT), tal prática é liberada pelos próprios usineiros e sua
maior incidência foi verificada em cidades como Ribeirão Preto, Vale do Ribeira, Pontal, São José do Rio Preto e
Alta Paulista, regiões onde há forte indústria sucroalcooleira. “Os funcionários fazem uso da droga para agregar
valor físico e aumentar a produção”. Ele também disse que a liberação do consumo de crack por parte das usinas
está ligada à produtividade que, em geral, os trabalhadores são pagos pelo volume de produção pois a maioria não
possui vínculo formal de trabalho; isso leva a outra situação cruel. “É comum após quatro ou cinco anos esses
funcionários serem afastados ou demitidos por causa da saúde debilitada pelo crack”, afirmou Braga.
Segundo o parlamentar, as informações do estudo são o primeiro passo para se programar uma fiscalização
dessa prática entre outras ações por parte do Estado para sua erradicação. A pesquisa abordou políticas
públicas, investimentos e programas de combate a drogas, e foi respondida por 325 municípios do Estado,
que concentram 76% da população.
Expediente:
Serviço Pastoral do Migrante - SPM
Tel.: (0xx11) 2063-7064
http://spmigrantes.wordpress.com
spm.nac@terra.com.br
Rua Caiambé, 126 - Ipiranga - São Paulo/SP
Centro Pastoral do Migrante - CPM
Tel.: (0xx11) 3207-0888
www.cpmigrantes.com.br
secretaria@cpmigrantes.com.br
Rua do Glicério, 225 - Liberdade - São Paulo/SP
Jornalista Responsável: Pe. Antonio Garcia Peres Neto - MTB 3081
Organizador: Nelson Bison
Editoração Eletrônica: Hernane Martinho Ferreira (11) 8837-5057
Centro de Apoio ao Migrante - CAMI
Tel.: (0xx11) 2694-5428
www.cami-spm.org
spm.cami@terra.com.br
Rua Coronel Morais, 377 - Pari - São Paulo/SP
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Nosotros imigrantes - Ano I - Edição Número - Outubro/Novembro 011
Marcha Mundial de los/las inmigrantes!
Y
a estamos organizándonos para el 5º año de MARCHA de las/los
inmigrantes que viven en San Pablo, organizada por el Servicio Pastoral
de los Migrantes – SPM, Centro de Apoyo al Migrante – CAMI, Centro
de Pastoral del Migrante – CPM, CIDIC, con Asociaciones de Inmigrantes,
Colectividades, Consulados, Sindicatos, entre otros. En este año nuestra
marcha será el 04 de diciembre, domingo, con una caminata que empieza
en la Plaza de La República y termina en la Plaza de la Sé, con acto público
y expresiones culturales de danzas típicas de cada país. Será un momento
de reivindicar nuestros derechos: derecho al voto, nueva ley de inmigración,
ratificación de la Convención de los inmigrantes por el Estado brasilero, por
políticas públicas, disminución de la burocracia en los servicios ofrecidos a
los inmigrantes, prevención del trabajo similar a la esclavitud, al tráfico de
personas, lucha contra la criminalización del inmigrante indocumentado.
Nuestra lucha es mundial porque en el mundo entero se celebra el Día
Mundial del Inmigrante.
Pero, ¿cómo comenzó la Movilización Mundial del Inmigrante?
Desde 1997, las organizaciones asiáticas de inmigrantes, lideradas
por Filipinas, ya celebraban el 18 de diciembre como el Día Internacional de
Solidaridad por los Inmigrantes. Eligieron esta fecha porque el día 18 de diciembre
de 1990 las Naciones Unidas, a través de la Resolución 45/158, aprobaron la
Convención de Protección de los Derechos de todos los trabajadores Inmigrantes
y sus familiares. La referida Convención pasó a vigorar el primero de Julio de
2003, con la vigésima adhesión: del Timor Leste.
Después de amplia movilización y presión mundial, el 4 de diciembre
la Organización de las Naciones Unidas –ONU, declaró el 18 de diciembre
como Día Internacional del Inmigrante. Fue elegido como el día para difundir
los derechos humanos y libertades fundamentales de los inmigrantes y para
crear un Foro para intercambio de experiencia y de luchas por derechos de
los inmigrantes.
En junio de 2006, en Madrid – España –el II Foro Mundial de Migraciones
solicitó que todas las organizaciones presentes celebraran el Día Internacional
del Inmigrante el 18 de diciembre.
El Servicio Pastoral de los Migrantes – SPM, asumió el compromiso y
comenzó en el mismo año, el proceso de movilización del Día del Inmigrante
en Brasil. Algunas ciudades brasileras han promovido debates, eventos
culturales. El día 17 de diciembre de 2006, en la Plaza Kantuta, en San
Pablo, se realizo el Primer Acto Cívico y Cultural del Día del Inmigrante, con el
tema: Integración, Ciudadanía Universal, Derechos Humanos. Estuvieron
presentes 1.500 personas, hubo presentaciones culturales, y lectura de la
“Carta del Inmigrante”.
En 2007, el 16 de diciembre,
el segundo acto se celebró el
Día Cívico y Cultural de los
Inmigrantes, con marcha por el
centro de la ciudad de São Paulo,
del Teatro Municipal hasta la Plaza
de la Catedral, donde hubo el
acto público. Tres ejes marcaron
esta movilización: Integración,
Universal
Ciudadania
y
Derechos Humanos.
En 2008, el 14 de diciembre,
el lema fue: “Marcha por la
Integración de los Pueblos:
nuestras voces, nuestros derechos, por un mundo sin muros”. En Sao
Paulo, fue la tercera vez de la Marcha del Inmigrante. Espontáneamente la
gente gritó en las calles por donde pasava, “Amnistía ahora”. Un paso más
allá del miedo, más allá del silencio; un grito desde dentro. Los inmigrantes
representaron, en la Plaza de la Sé, una gran pared, dibujada en un papel
que luego fue desgarrado y roto por la multitud en movimiento. En este día, se
denunció la ley anti-inmigrante de Europa: la Directiva de Retorno.
En el año de 2009, el 13 de diciembre, hubo la 4ª Marcha de los Inmigrantes,
con el tema: Por el acceso a todos los derechos. El inmigrante lucha contra
la exclusión social, por ciudadanía universal. Los jóvenes inmigrantes crearon
un logotipo y hicieron camisetas para sensibilizar la sociedad. Fue en este año
que los inmigrantes conquistaron la Amnistía para regularizarse.
En 2010, el día 6 de diciembre, el Día de los Inmigrantes se realizó en
Foz do Iguaçu- PR, durante la Cumbre Social del MERCOSUL. Inmigrantes
de San Pablo viajaron hasta Foz do Iguaçu para celebrar los veinte años de la
Convención de la ONU para Protección de todos los Trabajadores Inmigrantes
y Miembros de sus familias. Se celebró, incluso, el Primer año del Acuerdo de
Libre Residencia del MERCOSUR, Chile y Bolivia.
LA “Carta Manifiesto” tenía el tema: “Por un MERCOSUR libre de
xenofobia, racismo y todas las formas de discriminación”.
En este año de 2011, ocurrirá la 6ª Marcha con participación activa de
muchos inmigrantes y Asociaciones de inmigrantes.
Llamamos a todos los inmigrantes para los encuentros de organización
de la Marcha del Día Internacional del Inmigrante que se conmemora el 4 de
diciembre de 2011.
Roberval Freire
Migrações: Águas que movem moinhos
Pe. Alfredo J. Gonçalves, CS
e a segunda metade do século XIX e as primeiras décadas do
século XX, foi um período fortemente marcado por deslocamentos
humanos de massa, as migrações hoje superam aquele período
em número e em complexidade.
Segundo o historiador Peter Gay, entre 1820 e 1920 cerca de 62
milhões de pessoas deixaram o velho continente europeu. Buscavam
novas terras e novos horizontes nas Américas, na Austrália e na Nova
Zelândia. A Revolução Industrial havia criado o trabalho assalariado e
desencadeado a grande mobilidade humana, primeiro do campo para a
cidade e, num segundo momento, cruzando os oceanos. “Far l’America”
do outro lado do Atlântico, sina de milhões de italianos, era sinônimo de
um futuro mais promissor no novo continente. Juventude e primavera se
aliavam num misto de fuga e busca, de sonho e esperança, de luta e
trabalho. O Eldorado americano atraía igualmente os ingleses, irlandeses,
espanhóis, portugueses, alemães, entre outros.
Difícil o país que, de alguma forma, não esteja envolvido no vaivém
de pessoas, seja como lugar de origem, de destino ou de trânsito, quando
não tudo ao mesmo tempo. Novos rostos, antes confinados ao próprio
território nacional, estão a caminho.
Traços, costumes e culturas diferentes se justapõem, se sobrepõem e
se mesclam pelas ruas, praças e espaços públicos em geral. Essa presença
cotidiana do outro, estranho, diferente” é extremamente ambígua. Engendrase a cultura dos nossos, aqueles que estão do lado de cá dos muros, em
contraposição aos outros, que se arrastam do lado de fora dos muros.
Mas o outro pode, igualmente, converter nossa casa numa tenda,
aberta a quem bate e a quem passa. Tenda para o descanso e a
recuperação das forças do peregrino. Se, no caso anterior, o fechamento
cria guetos, aqui a abertura proporciona espaços comunitários. Numa
palavra, o outro sempre interpela, ou como um perigo hostil de quem
devo defender-me, ou como um convite à solidariedade e ao crescimento
recíproco. Esse é, aliás, o terreno fértil e ambivalente onde se engendra
a identidade. A chegada do outro obriga a rever minhas práticas e
meus princípios, a incorporar e/ou rejeitar valores e contravalores. O
dinamismo da cultura nasce e cresce nesse campo minado: preconceitos,
discriminação, xenofobia e racismo se confundem e se misturam com
aproximações, laços imprevistos e relações novas. Daí que a cultura não
pode ser entendida como algo acabado, definitivo, e sim um processo
onde cada ponto de chegada se converte em novo ponto de partida, cada
pessoa e cada povo obrigam a novas interpretações. É neste sentido que
a memória do passado, se não pode modificar os fatos sociais, modifica
continuamente sua significação, dependendo do contexto atual em que é
chamada a comparecer. Um rápido olhar às narrativas evangélicas mostra
que um encontro profundo no presente pode resgatar uma vida inteira, por
mais sinuosa e perturbadora que tenha sido sua trajetória, como é o caso
da estrangeira samaritana, só para citar um exemplo (Jo 4,1-42).
A pergunta final que se pode levantar é a seguinte: que moinhos
tendem a mover as águas dos fluxos migratórios atuais? Ou, em termos
mais modernos, que turbinas põem em ação a força insuspeitada
dessas correntes humanas em movimento? Explicitando, seus sonhos e
esperanças, sua energia vital deverá ser cooptada, manipulada e servir
como massa de manobra para a reprodução ampliada do capital? Ou, ao
contrário, poderá cavar veredas novas no terreno contraditório da história,
abrindo perspectivas históricas para a construção de uma sociedade justa,
solidária e sustentável, do ponto de vista social e ecológico?
A crise da modernidade não será um sulco no solo histórico, o
qual, ao mesmo tempo que gera intensa mobilidade humana, faz dos
migrantes sementes vivas e ativas, propensas a fecundar esse sulco
com alternativas sociais, econômicas, políticas e culturais? Em tal
perspectiva, os migrantes e as migrações aparecem como profetas de
um amanhã renovado e recriado. Justamente por terem de atravessar
o deserto escuro do não lugar – sem papéis nem raiz, sem pátria nem
rumo – tendem a converter-se nos mensageiros privilegiados no novo
lugar, ou se quisermos, do Reino de Deus.
Também neste caso, uma vez mais, a ambiguidade se faz presente. A
experiência negativa de duras travessias tanto pode encerrar a pessoa num
isolamento que lembra o berço ou o ventre materno (o retorno ao não ser),
quanto projetá-la potencialmente para os desafios de novas fronteiras (o ser
diferentemente). A crise ou a encruzilhada, num primeiro momento, costuma
levar-nos ao colo materno. Num segundo momento, porém, ela deixa ali os
fracos e lança os fortes para o futuro desconhecido, na busca incansável de
novos horizontes. As correntes migratórias, fenômenos visíveis ou movimentos
subterrâneos, podem ser canalizadas para movimentar as engrenagens e
interesses da acumulação capitalista e neoliberal, sem dúvida, mas podem
também mover os moinhos ou turbinas de uma transformação social mais
profunda e radical. Essa é a esperança de quem crê, luta e caminha nas
trajetórias dos migrantes ou nas pegadas do peregrino de Nazaré.
S
Nosotros imigrantes - Ano I - Edição Número 2 - Outubro/Novembro 2011
Itália
Biblia e Emigrazione
Il mese di settembre é per la
Chiesa del Brasile il mese dedicato
alla Biblia. La Sacra Scrittura é
molto ricca per quello che dice
rispetto all’emigrazione. Giá agli
inizi il Signore chiama Abramo per
uscire dalla sua terra e andare a
iniziare una comunitá nella Nuova
Terra che Dio gli stá preparando.
Se poi pensiamo alla stessa
storia del popolo dell’Alleanza noi
vi troveremo vari momenti nella sua
storia di popolo migrante. Si trova
in Egitto, debe uscire e percorrere
un longo cammino per giungere
nuovamente alla terra promessa.
Quando si trova in esilio a
Babilonia, debe nuovamente partire
e Dio si servirá pure di Re pagani
per portare nuovamente il popolo al
suo ritorno, Ciro, Dario, Artaserse
etc. La stessa terra Promessa sará
una striscia di territorio, un corridoio
di passaggio, di incontro di grandi
civilitá di ogni tempo come ci racconta
la Missionaria Scalabriniana Anna
Fumagalli. Il popolo dell’alleanza ha
provato nella sua stessa storia cosa
significa uscire dal proprio territorio,
dalla propia comunitá e avere
l’eseprienza a contatto con altre
comunitá, altri popoli, altre religioni.
Se poi entriamo nel Nuovo
Testamento vi troviamo che lo
stesso figlio di Dio ha lasciato la
sua dimora per venire ad abitare tra
noi. Sappiamo in primo luogo che
la sua venuta é orientata per il suo
popolo: inizia la Nuova alleanza
ma parte del suo popolo non
l’accetta come il Messia promesso
e quindi quanti riferimenti nei
vangeli dove mette in evidenza la
fede trovata fuori di Israele, come
“la vedova di Sarepta, Namann il
Siriio, la Regina del sud, gli abitanti
di Ninive, il centurione romano, la
parabola del samaritano, é l’unico
che ritorna a ringraziarlo… non
era giudeo… ma straniero.
La memoria di questa apertura
di Gesú sará pure decisiva per le
prime comunitá cristiane e per il
loro atteggiamento nei confronti
dei “non ebrei”. Lo stesso Paolo
si rivolgerá ai pagani, agli altri.
É quindi il mandato di Gesú…
portare e viver la sua Missione nel
mondo intero, perché é un solo il
popolo amato da Dio.
Pe. Giogio Cunial cs.
Pároco da Igreja pessoal das
comunidades dos imigrantes italianos
em São Paulo.
Missas em italiano: primeiro domingo
de cada mês às 11h na Igreja N. S.
da Paz – Rua do Glicério, 225.
A
VOZ
Haiti
DAS
Os novos rostos da imigração para
o Brasil
Poucos dias após a celebração dos 206 anos
da Independência do Haiti, comemorada em 1º de
janeiro, o Haiti, no dia 12 de janeiro de 2010, precisamente às 16h53m, sofreu
uma das maiores tragédias do mundo. Um terremoto que deixou as marcas de
destruição atingindo toda a capital e outras regiões, deixando milhões de vítimas.
Foi um ano marcado por tristezas, traumas, lágrimas, perdas de vidas e de bens
materiais. E logo em seguida, uma epidemia de cólera atingiu a população.
Segundo pesquisas internacionais e algumas especulações, essa epidemia
foi trazida pelas Forças de Paz em Missão no país caribenho, causando ainda
novas vítimas. Como se não bastasse, logo em seguida, o país se viu envolto na
farsa política das fraudulentas eleições presidenciais, mas que foi imediatamente
resolvida com a ajuda da Comunidade Internacional. Diante de tudo isso, a
pergunta que se faz: O que fazer? Para onde ir?
Para o Brasil, nunca houve migração haitiana, depois do abalo, isso não
tardou a acontecer e hoje, há migrantes haitianos no Brasil. Em Manaus, um
dos lugares em que mais cresce essa pequena onda migratória, com a chegada
desses haitianos. Muitos estão vindo de outros países, como Equador, Santo
Domingo, Argentina, Chile, etc., queixando-se de que a renda desses países não
lhes é favorável, é pouca. Assim, acabam saindo à procura de outros lugares. A
maioria dos que saíram do Haiti, tenta usar as fronteiras brasileiras como lugar
“de passagem ou rota” (migrantes de trânsito) a fim de chegar a outro destino,
Guiana Francesa ou outros países. Os que ficam estão sendo acompanhados,
acolhidos, orientados pastoralmente pela ação social da Igreja-Mãe, nos lugares
onde eles se encontram. Sendo assim, pode-se notar que está ocorrendo uma
onda migratória de forma desordenada. Nem mesmo responsáveis do Brasil
sabem o que dizer diante disso. Pois bem, essa pequena onda migratória
haitiana para o Brasil é vista como de “migrantes ambientais ou de pessoas
vítimas de desastres naturais”, em busca de trabalho e moradia, para voltarem
a sonhar, e a manter a eles mesmos e às suas famílias. No total, estima-se que
pelo menos 1500 vítimas haitianas do terremoto já chegaram ao Brasil, sem
contar os que estão na fronteira em Tabatinga, à espera de documentação, para
depois alcançarem a capital amazonense, Manaus.
Chegando ao final dessa pequena reflexão, como estudante religioso, vivendo
no Brasil, gostaria, enfim, de agradecer em nome dos meus irmãos haitianos,
“migrantes ambientais ou deslocados”, a todo o povo brasileiro, sobretudo,
ao povo amazonense pela acolhida dada a esses irmãos. Por outro lado, um
agradecimento que vai ainda ao Conselho Nacional de Imigração, ao Instituto de
Direito Humano, enfim, a todos os que acolheram e continuam a acolhê-los. Não
podemos esquecer os padres e irmãs scalabrinianos, engajados nessa missão
nos vários Estados do Brasil, de maneira mais especial, em Manaus. Por fim,
a todos os diferentes serviços pastorais e instituições da sociedade civil; leigos
e missionários que estão ajudando a esses irmãos a se integrarem, na medida
possível, na cultura e no mercado do trabalho. Que Deus abençoe esta terra
amada, Brasil!
Pierre Dieucel
Estudante de Teologia - escalabriniano - http://www.dieucel.blogspot.com
Bolívia
Dia da Independência da Bolívia 186 Anos
“Viva mi patria Bolivia”
El día 06 e 07 de agosto fue comemorado el día de La
Independencia de Bolivia que cumplió 186 años de Independencia. Y también
celebramos el día de la virgen de Copacabana y de la virgencita de Urkupiña.
Esta celebración se realizo en el Memorial de América Latina, mucha gente
bonita paso y sobre todo personas de otros lugares y nacionalidades, todos estuvieron
presentes, conociendo un poco más de la Cultura Boliviana, algunos pasaban para
ver lo que había en la fiesta, lo que más les llamaba la atención era el sonido de las
bandas tocando, miraban y escuchando los instrumentos andinos que les parecía
muy agradables y que iban al ritmo y a la elegancia de los disfraces de los morenos,
de la diablada, de los tinkus, de los caporales y entre otros grupos, todos con las
ropas lindas, coloridas.
Las cholitas con sus polleras con su manta y adornadas con sus lindas joyas. Los
morenos con aquellos trajes grandes danzando con mucha alegría, sin importarse del
día tan caluroso, danzando con mucha fe y devoción, muchos danzaron por primera
vez sintiendo una grande emoción que contagiaba a los espectadores, porque es lindo
ver nuestra cultura siendo demostrada en un país grande llamado Brasil.
Al total fueron 14 grupos que se a presentaron entre los días sábado y domingo, la
alegría era mayor porque tenían tiendas donde muchas personas podían deleitarse con
las comidas típicas de Bolivia, especialmente las personas de otras nacionalidades.
Fueron dos días de mucha alegría y de mucho calor, que calentaban y animaban,
eran un total de 58 mil personas que nos acompañaron y apreciaron nuestra Cultura
Boliviana. Siendo 40 mil el día 06 (sábado) y 18 mil el día 07 (domingo), segundo datos
de la organización.
Estos fueron días maravillosos, no solo por nuestra independencia sino que
también una muestra de nuestra unión, de nuestra fe, confirmando que estos 186
años vividos con alegría y diciendo: “Viva mi patria Bolivia una gran nación por ella doy
mi vida también mi corazón”.
Carla Lucero Larico Yanapa
Chile
C
Los estudiantes em chile
Las movilizaciones comenzaron
a mediados de mayo para exigir
que el Gobierno Chileno vuelva a
administrar la educación primaria
y secundaria, que se prohiba a las
instituciones privadas lucrarse con
la educacion y que se garantice
en la constitucion el derecho a una
educacion publica y de calidad, la
constitucion en Chile es de 1980
quando, governaba Pinochet.
En Chile el estado solo
financia el 10% de la Universidad
Publica, el resto esta a cargo
de las familias o de los mismos
estudiantes . Como los aranceles
son muy alto, tienen que pedir un
credito para estudiar.En 4 años
de estudio, los estudiantes deben
aproximadamente 15 millones
de pesos, es decir alrededor de
40.000 dolares, el salario minimo
en chile es cercano a 390 dolares,
si el Estado chileno financiase la
carrera de cada estudiante, gastaria
mucho menos de lo que gasta hoy
otorgando creditos y endeudando a
millones de jovenes universitarios
durante los proximos 20 años.
Chile es el pais con mayor nivel de
privatizacion de la educacion en el
mundo por cada peso que aporta el
Estado a la educacion universitaria,
los estudiantes y sus familias tienen
que poner cinco pesos.
En chile con 17 millones de
habitantes, hay un millon de alumnos
en la educacion superior, incluidas
universidades e institutos tecnicos,
casi el 50% de los estudiantes
en edad universitaria estan en la
universidad, un porcentaje mayor
al de la mayoria de sus vecinos
Las protestas estudiantiles
que paralizan el pais han sido vista
en gran parte del mundo como un
sintoma del fracaso del sistema
universitario abierto a la iniciativa
privada que rige el pais. Chile adopto
un sistema usado en Australia,
que permite que los estudiantes
empiecen a pagar su educaciòn
una vez que se gradùen y consigan
un empleo y tienen que pagar una
suma fija, independientemente de
sus ingresos y el grande problema
de sus padres que ellos son los
que garantizan el prèstamo, por
eso toda la familia se encuentra
con grandes deudas, lo que ayuda
a explicar el amplio respaldo al
movimiento estudiantil.
Miguel Ahumada
Nosotros imigrantes - Ano I - Edição Número 2 - Outubro/Novembro 2011
OMUNIDADES
Paraguai
La Comunidad Paraguaya.
El Paraguay es conocido como “El
Corazón de la América” por su forma y
localización en el mapa.
En este artículo juntamos una gotita
de un estudio formal de la cuestión
migratoria y lo que vemos al caminar por
una ciudad que recibe todos los días, por medio de los ómnibus que llegan
a São Paulo, una gran cantidad de paraguayos.
Según informaciones del trabajo “La migración internacional de
paraguayos y sus efectos actuales en el origen”, de autoría de Dionisio
Borda y Cynthia Gonzáles, los principales motivos para la salida de
paraguayos del país de origen son las dificultades económicas, la pobreza,
la desigualdad y la falta de empleos.
Juntan-se a estos la inestabilidad, persecución política y la migración
interna rural-urbana.
También llega a los oídos las historias de personas que llegaron a
São Paulo para estudiar por un acuerdo entre universidades y por acá se
quedaron.
Brasil no es el destino principal de los paraguayos, primero es
Argentina, después España.
Pero cuando caminamos por el centro de São Paulo parece que esta
información no es verdadera. Escuchamos por los caminos el idioma
guaraní - Paraguay tiene dos idiomas oficiales: el español y el guaraní –
otra característica típica del paraguayo es llevar siempre en todas partes
su termo y yerba para preparar el “terere” o el mate junto a los amigos o
en las oficinas de costuras, la ocupación principal de la coletividad.
Los barrios de Bom Retiro, Casa Verde, Jardim Brasil, las ciudades
de Guarulhos, Campinas y Santo André tienen fuerte representación de
grupos paraguayos. Hay también otros barrios donde viven pero en menor
cantidad o disperso.
La comunidad paraguaya, diferente de los hermanos chilenos,
bolivianos, no tiene todavía una institución formal jurídica que atienda
sus intereses políticos-sociales junto a las autoridades brasileñas, hay
grupos que tienen objetivos distintos pero no menos importantes, porque
es necesario respetar y integrar la historia y cultura guaraní a la cultura
local.
En este punto dos espacios tienen papel fundamental, la Pastoral del
Migrante en São Paulo, y Igreja Nossa Senhora Auxiliadora que abren
sus espacios para las demonstraciones religiosas, culturales y sociales
de la colectividad paraguaya, ofrecer apoyo y suporte a las cuestiones
jurídicas y psicológicas de los que necesitan.
Los 3ºs. Sábados de cada mes se realizan las novenas paraguayas en
las casas amigas. Dejamos ya la invitación para compartir junto a nosotros
la Celebración por la Virgen de Caacupé en este año de Bicentenario de
la Independencia, en 11 de Diciembre en la Igreja da Paz, con procesión,
misa, tarde cultural, gran baile, comidas y artículos típicos de Paraguay.
Pojopy
Patrícia Rivarola
Brasileña, de mamá y hermana paraguayas. Así… paraguaya de corazón.
Apoio:
Peru
Agradecimiento a las familias
Novenas – 2011
Este año celebramos, mes a mes , la
novena en honor al SEÑOR DE LOS
MILAGROS-2011. Fueron muchas las
casas donde el Señor entró, muchas las
puertas que se abrieron. Nos reunimos
en varias casas, caminamos por varios
barrios… Habían muchos rostros amigos, así como también rostros
nuevos. En cada encuentro compartimos muchas alegrías, risas; muchos
pesares y nostalgia; muchos testimonios y mucho más. Nos reunimos en
varios barrios de esta gran São Paulo. Cantando y rezando a una misma
voz, en una misma oración, unidos por una misma FE.
Es así como agradecemos a cada una de las familias , a cada uno de
los devotos y devotas, a los amigos y hermanos latinoamericanos que con
su presencia hicieron posible la realización de la novena de este año. Es
a estas personas que les deseamos muchas bendiciones, mucha fuerza,
mucha salud y mucha fe. Y así , nos unimos al unísono en una misma
oración para juntos continuar caminando en COMUNIDAD.
Gran fiesta en honor al “señor de los milagros” octubre 2011
Cada año la Comunidad Peruana celebra una gran fiesta religiosa y
tarde cultural con platos y danzas típicas en el mes de Octubre. Por tal
motivo invita a todas las familias latinoamericanas, devotos y devotas,
amigos y amigas, público en general a participar de la gran celebración
anual del Santo patrón del Perú: El “Señor de los Milagros”.
6° RECORRIDO PROCESIONAL
El recorrido será por las inmediaciones de la Iglesia.
Día: 22 de Octubre (Sábado) - Hora: 18h
MISA Y TARDE CULTURAL
La misa latina, como de costumbre se realizará el último Domingo del mes.
Día: 30 de Octubre (Domingo) - Concentración: 11h
Local: Igreja “Nossa Senhora da Paz”
Rua Glicério, 225 - Liberdade - São Paulo - Telef : 3207-0888
Los esperamos!!!
Nancy Olivares
Migrantes peruanos podrán residir y trabajar en países
de la Comunidad Andina y Mercosur
Los migrantes peruanos podrían residir y trabajar sin obstáculos ni
dificultades en Bolivia, Ecuador, Colombia, Brasil, Argentina, Paraguay,
Uruguay y Chile, gracias a la propuesta hecha formalmente en Bogotá
por los Parlamentarios Andinos Peruanos, en el sentido que los países
de la Comunidad Andina se adhieran en bloque al Acuerdo de Residencia
del MERCOSUR. Lo cual permitiría que los migrantes peruanos en los
8 países mencionados puedan residir y desarrollar cualquier actividad
lícita, con solo la demostración de su nacionalidad y no contar con
antecedentes penales, sin exigir siquiera la acreditación de trabajador
mediante contrato, e independientemente de la su situación migratoria en
la que se encuentren, a través de una visa temporaria de dos años tras la
cual pueden optar a la definitiva.
La adhesión beneficiará también a los migrantes de Ecuador y Colombia.
Bolivia forma parte desde su inicio del Acuerdo. El Perú se adhirió este año
y está en proceso de implementación. El “Acuerdo sobre Residencia para
Nacionales de los estados partes del MERCOSUR, Bolivia y Chile” fue
establecido en el 2002 y se aplica desde el 2009. Permite trabajar en plena
igualdad de derechos con la población del país receptor.
En el caso directo de los ciudadanos irregulares, este acuerdo permitirá
que se solucione inmediatamente su situación migratoria, recobrando sus
plenos derechos, beneficiando especialmente para los pueblos indígenas,
mujeres, niños y niñas.
El Dato: 10 millones de migrantes de la Comunidad Andina están
dispersos en el mundo, el 10% de su población total. De ese total, 3 millones
son migrantes entre países de la CAN. Existen 6 millones de migrantes
intraregionales en los bloques regionales de la CAN y el MERCOSUR.
Nosotros imigrantes - Ano I - Edição Número 2 - Outubro/Novembro 2011
ANISTIA AOS IMIGRANTES: SONHO OU PESADELO?
CARTA ABERTA À SOCIEDADE BRASILEIRA
São Paulo, setembro de 2011
D
iante do marco Legal Internacional dos Direitos Humanos dos
Imigrantes, o Brasil está desatualizado, atrasado e andando na
contramão da história. O Estatuto do Estrangeiro de 1980 (ainda
vigente) elaborado durante a Ditadura Militar e com características de
segurança Nacional é a maior prova disso.
Ao mesmo tempo em que o tema das Migrações está sob a
responsabilidade do Ministério da Justiça, na prática quem decide é
a Policia Federal aonde mais uma vez se revela que o Migrante não
é tratado como um cidadão e sim, muitas vezes, como um suspeito ou
possível delinqüente. Infelizmente, a criminalização das migrações é uma
realidade na maioria dos Países. Ainda se insiste em desviar o foco da
atenção sobre as verdadeiras causas da crise. Se as estruturas injustas
do sistema não mudarem, as vítimas (os migrantes e refugiados de modo
especial) aumentarão rapidamente em todas as partes do mundo.
Para complicar mais ainda a situação dos migrantes, os serviços
dos portos e Aeroportos foram terceirizados e estão na mão de grupos
e pessoas com muito pouco conhecimento sobre o tema, pouca prática
e pouca humanidade nas relações e na comunicação com os, as
imigrantes. Dificilmente encontramos alguém que fale outro idioma, nem
mesmo o espanhol. As reclamações e queixas de maus tratos, de falta de
informação, ou informações desencontradas e a dificuldade de entenderem
as orientações por não compreenderem o idioma é freqüente na Pastoral
dos Migrantes e outras Instituições da Sociedade Civil.
Ressaltamos também as taxas altíssimas que são cobradas dos
imigrantes, pelos documentos expedidos pela Policia Federal, os quais
devem ser renovados permanentemente num vai e vem sem fim do povo
migrante. Nos últimos cinco anos muitos imigrantes renovaram até quatro
vezes seus documentos e em todas elas pagam altas taxas ao governo.
Diante desta situação aparecem as máfias e os aproveitadores
(despachantes, cartórios, advogados, Ongs e particulares) que geralmente
subornam, mentem e enganam quando se oferecem para qualquer tipo de
tramitação. A Pastoral dos Migrantes nestes últimos cinco anos assessorou,
orientou e acompanhou mais de 40 mil imigrantes, (esperamos que não
seja em vão todo este esforço e trabalho).
Cremos que diante desta precária situação o tema do/a imigrante
deveria ser repensado como uma política pública de Estado separado da
Polícia Federal, pois o/a migrante é trabalhador/a assim como os milhões de
brasileiros/as que trabalham e ou que buscaram outro país para trabalhar.
O Estado Brasileiro em 2005 assinou um Acordo bilateral com a Bolívia
dando uma imagem positiva internacionalmente e no momento da renovação
a grande maioria dos imigrantes não conseguiu o documento permanente
e depois de sucessivas renovações temporárias foram orientados para
entrar na Anistia de 2009, perdendo assim tudo o que haviam conseguido
pelo acordo.
O Brasil foi reconhecido mundialmente e teve visibilidade Internacional
pelo gesto humanitário e solidário na aprovação da Anistia a qual foi um
grande sucesso no primeiro momento, porém, outra vez, na transformação
de visto provisório para permanente, diante da burocracia, da falta de
comunicação entre os poderes responsáveis pelo tema e os autoritarismos
de atendentes e agentes federais muitos imigrantes não estão conseguindo
a documentação e já um grande número perdeu a única oportunidade que
durou tão pouco tempo. Nos perguntamos: Para que tanto esforço em
aprovar uma anistia e regularizar mais de 40 mil imigrantes residentes no
Brasil se na transformação de provisório para permanente se inviabiliza o
processo de uma grande parte dos solicitantes?
A cada dia temos na Pastoral dos Migrantes uma versão diferente e, a todo
momento, assistimos pais, mães e jovens chorando e caindo no desespero
porque depois de um longo caminho de regularização estão chegando ao
nada. Outra triste situação é aquela de muitos imigrantes que ao apresentar
os requisitos para a renovação simplesmente seu documento é retido pela
Federal e retornam a situação de irregulares, apesar do documento, pela
força da lei, ser válido até o último dia de sua validade.
A burocracia e a falta de comunicação entre os diferentes níveis de
poder são constantes na atenção e no atendimento do poder público em
relação aos poucos imigrantes que temos em nosso país se comparados
aos mais de 4 milhões de brasileiro que vivem no exterior.
Depois de um longo processo de diálogo com o Secretario da Justiça, com
a Chefe do Departamento de Migrações e com delegados da Policia Federal
em São Paulo, em relação ao vazio legal da lei de anistia que estava causado
tanto transtorno e sofrimento a tantas famílias, foi aprovada e publicada no
Diário Oficial da União no dia 28 de julho a Portaria Nº 1.700. Já passaram
mais de dois meses de sua publicação e lamentavelmente o Departamento
de Migrações da Polícia Federal de São Paulo não modificou sua prática e
não está aplicando a Portaria do Ministério da Justiça. Na prática do cotidiano
da Pastoral, as reclamações e dificuldades dos migrantes continuam do
mesmo jeito como se nada tivesse acontecido e é de conhecimento público
e nacional que houve mudanças claras e significativas na referida Portaria.
O imigrante tem as mesmas necessidades que qualquer ser humano
e não pode ser tratado com tanta indiferença. A situação legal de qualquer
pessoa é fundamental para garantir sua cidadania, portanto denunciamos
e repudiamos esta insensibilidade no tratamento aos imigrantes e a falta
de comunicação que existe entre os vários níveis do poder público deste
país em relação aos anistiados de 2009 e as instituições que trabalham
com os mesmos.
Ser migrante e migrar não é delito.
Enquanto os imigrantes, pastorais, instituições civis e movimentos
sociais aguardam pela implementação Nacional da Portaria Nº 1.700 do
Ministério da Justiça, projetos de suma importância relacionados aos
imigrantes continuam congelados e permanecem no silêncio do Congresso
Nacional ou na Casa Civil, tais como a Nova Lei de Migração e a Convenção
da ONU sobre os Direitos Humanos dos trabalhadores imigrantes e suas
famílias, o qual em âmbito do MERCOSUL, somente o Brasil ainda não
assinou e nem ratificou.
A Pastoral dos Migrantes propõe soluções visando a construção de
uma cidadania universal. Estamos abertos ao diálogo e à participação
reivindicando políticas de inclusão social para todos os imigrantes
residentes no país.
SPM - Serviço Pastoral dos Migrantes
CPM - Centro Pastora Migrantes
CAMI - Centro de Apoio ao Imigrante
7
Nosotros imigrantes - Ano I - Edição Número - Outubro/Novembro 011
PAROQUIA PESSOAL DOS IMIGRANTES LATINOAMERICANOS E ITALIANOS
N
“Eu era migrante e vocês me acolheram” (Mt. 25, 35)
estes 71 anos de história, queremos fortalecer e confirmar o
compromisso com a dimensão sócio-transformadora, missionária e
acolhedora, como Igreja profética, junto aos migrantes e imigrantes.
Uma pastoral com incidência social e política junto aos governos e
organismos
nacionais
internacionais
para alcançar leis de migração justas;
políticas migratórias que atuem em favor
dos migrantes, que combata todo tipo de
xenofobia, preconceitos, discriminações
aos que são apenas diferentes. As
diferenças devem ser acolhidas como
riquezas e jamais como problemas, vendo
os migrantes seres humanos portadores
de um mundo novo.
Temos a esperança de que é possível construir um mundo sem muros
físicos, psicológicos, culturais, políticos e religiosos, enfim, um mundo
sem fronteiras. Assumimos o compromisso de cuidar o planeta terra
como nossa única casa porque entendemos que somos uma só família e,
portanto, todos chamados a administrar os recursos naturais com justiça e
responsabilidade.
Um pouco de história
A Igreja, em São Paulo, através dos Missionários Scalabrinianos
celebra setenta e um anos de presença amiga e acolhedora na Paróquia
N. S. Da Paz junto aos migrantes. Os primeiros missionários, enviados
pelo fundador, o Bem Aventurado João Batista Scalabrini, chegaram ao
Brasil em 1887 e construíram sua sede missionária no Ipiranga. No início,
acompanharam os imigrantes Italianos que trabalhavam nas fazendas de
café e cana de açúcar no interior de São Paulo e, em seguida, assumiram
o compromisso com os filhos (crianças pobres e órfãos destes mesmos
imigrantes que não tinham condições dignas para sua manutenção e
são acolhidos nos orfanatos da Vila Prudente e do Ipiranga que até hoje
funcionam com a mesma finalidade). Mais tarde, encarnam seu carisma
junto aos migrantes internos, marinheiros e imigrantes de diferentes
nacionalidades que chegavam ao Brasil.
No contexto da segunda guerra mundial, os padres carlistas, na
pessoa do Pe. Millini, assumem uma nova iniciativa em favor da paz e dos
migrantes. Neste novo contexto, de conjuntura mundial, nasce a Igreja N.
S. da Paz para seguir acolhendo os imigrantes que continuavam chegando
da Europa por causa da violência generalizada.
Nas décadas de 1940 - 60, tivemos, no Brasil, o grande êxodo interno
rural causado em parte pela “indústria da seca” e pela pobreza estrutural
do país, aonde milhões de migrantes partem de suas terras de origem
para alimentar o incipiente parque industrial no Sudeste do País e, neste
contexto, através da Congregação Scalabriniana, na pessoa do Pe. Alberto
Zambiasi, é fundada, em 1974, a AVIM (Associação de Voluntários para
a Integração do Migrante), junto ao complexo estrutural da Igreja N. S.
da Paz, no centro de São Paulo. Essa associação acolheu milhares de
brasileiros especialmente vindos do Norte e Nordeste do Brasil. Em 1996
há uma reestruturação da AVIM e esta passa a ser CASA DO MIGRANTE.
U
Atualmente acolhe pessoas de nacionalidades, culturas e religiões
diferentes. (Mais de 50 nacionalidades diferentes a cada ano).
Nas décadas de 1960 -70, no contexto da violência causada pelas
sucessivas ditaduras militares na América Latina, milhares de imigrantes
hispano-americanos chegam ao Brasil em busca de segurança e de vida.
Neste contexto (1977), nasce, através do Pe. Mário Miotto, a Pastoral dos
Latinos, também funcionando junto a Igreja da paz. Por meio deste serviço,
centenas de imigrantes são acolhidos, documentados e acompanhados
garantindo direitos, cidadania e dignidade. Nesse momento difícil da história
do Brasil e da Igreja, um grande aliado à Missão da Paz foi o Cardeal D.
Evaristo Arns, um grande defensor dos direitos humanos e da justiça em
favor dos imigrantes e, depois de duas décadas de intenso trabalho sóciopastoral (em 1995), a Arquidiocese de São Paulo cria a Paróquia Pessoal
Latino-Americana, hoje coordenada pelo Pe. Mário Geremia cs., integrando
um grupo de leigos (as), representantes de diferentes comunidades latinoamericanas.
Em 1965, nasce também, através dos Missionários Scalabrinianos o
CEM (Centro de Estudos Migratórios, hoje com sua sede também na Igreja
da Paz) que, juntamente com demais entidades, é uma referência para o
tema das migrações.
A Igreja Pessoal dos imigrantes italianos, constituída em 1956, continua
presente como sede na Igreja N. S. da Paz, aonde os diferentes grupos
e comunidades celebram e festejam suas devoções e datas significativas
durante todo ano. O padre responsável que acompanha as comunidades
italianas em São Paulo é Giogio Cunial cs.
No ano de 1980, devido ao grande volume de migrantes internos se
deslocando do campo para as cidades, êxodo que se intensifica a partir da
década de 60, a CNBB (Conferência Nacional do Brasil), lança a Campanha
da Fraternidade sobre o tema das
migrações com o lema: “Para Onde
Vais?” Essa campanha fomentou
uma mobilização nacional em torno
do tema e é neste contexto (1985)
que é fundado o Serviço Pastoral
dos Migrantes – SPM na Igreja do
Brasil. O SPM com o fim de somar
junto aos imigrantes em São Paulo,
estrutura em 2005 o CAMI (Centro
de apoio ao migrante).
Em todo este conjunto de
trabalhos, reafirmamos nosso
compromisso e sonhamos com a
cidadania universal junto aos migrantes protagonistas da história e profetas
da paz. A eles nossa gratidão, nosso compromisso e nossa presença.
“Para o Migrante a Pátria é a terra que lhe dá o pão, a acolhida e o
trabalho e aonde está o migrante ali deve estar a Igreja” (Scalabrini)
Pe. Mário Geremia CS
Coordenador da Pastoral do Migrante e
Pároco da Igreja Pessoal dos Fiéis Latino Americanos
Nossa Senhora de Guadalupe
n sábado 9 de diciembre de 1531 el indio Juan Diego,
recién convertido a la fe católica, se dirigió al templo
para oir Misa. Al pie de un cerro pequeño llamado
Tepeyac vio una nube blanca y resplandeciente y oyó que lo
llamaban por su nombre. Vio a una hermosa Señora quien
le dijo ser “la siempre Virgen María Madre de Dios” y le pidió
que fuera donde el Obispo para pedirle que en aquel lugar se
le construyera un templo. Juan Diego se dirigió a la casa del
obispo Fray Juan de Zumárraga y le contó todo lo que había
sucedido. El obispo oyó con admiración el relato del indio y le
hizo muchas preguntas, pero al final no le creyó.
De regresó a su pueblo Juan Diego se encontró de nuevo
con la Virgen María y le explicó lo ocurrido. La Virgen le pidió
que al día siguiente fuera nuevamente a hablar con el obispo y
le repitiera el mensaje. Esta vez el obispo, luego de oir a Juan
Diego le dijo que debía ir y decirle a la Señora que le diese
alguna señal que probara que era la Madre de Dios y que era
su voluntad que se le construyera un templo. De regreso, Juan
Diego halló a María y le narró los hechos. La Virgen le mandó que volviese
al día siguiente al mismo lugar pues allí le daría la señal. Al día siguiente
Juan Diego no pudo volver al cerro pues su tío Juan Bernardino estaba
muy enfermo. La madrugada del 12 de diciembre, Juan Diego marchó a
toda prisa para conseguir un sacerdote a su tío pues se estaba muriendo.
Al llegar al lugar por donde debía encontrarse con la Señora prefirió
tomar otro camino para evitarla. De pronto María salió a su encuentro y
le preguntó a dónde iba. El indio avergonzado le explicó lo que ocurría.
La Virgen dijo a Juan Diego que no se preocupara, que su tío no moriría
y que ya estaba sano.
Entonces el indio le pidió la señal que debía llevar al
obispo. María le dijo que subiera a la cumbre del cerro donde
halló rosas de Castilla frescas y poniéndose la tilma, cortó
cuantas pudo y se las llevó al obispo. Una vez ante Monseñor
Zumarraga Juan Diego desplegó su manta, cayeron al suelo
las rosas y en la tilma estaba pintada con lo que hoy se conoce
como la imagen de la Virgen de Guadalupe. Viendo esto, el
obispo llevó la imagen santa a la Iglesia Mayor y edificó una
ermita en el lugar que había señalado el indio
El hecho causó gran asombro, y, los fieles acudieron en
masa al Palacio Episcopal, y posteriormente llevado en triunfo
a la gran iglesia que fue construida en la colina a la Santísima
Virgen.
Desde entonces, la Virgen de Guadalupe es un gran
santuario nacional de México, constantemente visitado por
una multitud de fieles que recurren a la Virgen en todas sus
necesidades.
El manto de Juan Diego se venera en el Santuario de
Nuestra Señora de Guadalupe. En 1979 el Papa Juan Pablo II
consagró solemnemente a Nuestra Señora de Guadalupe como patrona
de toda América Latina.
Nadie mejor que la Santa Patrona personal de la parroquia de fieles
de América Latina en la Arquidiócesis de San Paulo que es Nuestra
Señora de Guadalupe, ella es la que une a todos en torno a su Hijo Jesús,
el Salvador del mundo.Que Nuestra Virgen de Guadalupe que es nuestra
fuerza y que siempre este a nuestro lado para que nos acompañe.
“EN EL CAMINO DE UN IMIGRANTE SIEMPRE HAY UN SANTUARIO”
Miguel Ahumada e Pe. Mário Geremia cs
Nosotros imigrantes - Ano I - Edição Número - Outubro/Novembro 011
E
COMO REGULARIZAR UM
IMIGRANTE NO BRASIL?
n Brasil, el inmigrante se encuentra con la ley 6.815/1980, que fue
reglamentada por decreto ley nº 86.715/1081, y que es nombrada de
“Estatuto del Extranjero”. La misma define la forma de regularización
y de permanencia legal de quien viene de otro País. A toda persona que
llega a Brasil puede recibir las siguientes visas: de turista, de tránsito,
temporaria, permanente, de cortesía, oficial y de diplomático. Estas visas
son siempre individuales, o sea, solamente para una persona, con la
posibilidad de ser ampliada también para familiares conforme el Estatuto
de Extranjero.
El actual Estatuto, vigente en Brasil, ha sido muy criticado por no estar
en sintonía con la Constitución Brasileña y el Marco jurídico Internacional
de los Derechos Humanos. Actualmente Brasil está en descompaso con
la realidad de los migrantes y con los avances Internacionales y de la
globalización. Al mismo tiempo en que vivimos esta triste realidad interna,
el Estado Brasileño ha dado muestras de apertura y de sensibilidad sobre
el tema de las migraciones y esto lo podemos comprobar en los diferentes
acuerdos de reciprocidad bilaterales firmados con Bolivia, Uruguay, Argentina
en los últimos años. También con la ley de amnistía de 2009 que acogió a
todo inmigrante que vivía de forma irregular en el País. Tuvimos también
en el mismo año la firma y aprobación de la ley de residencia del Mercosur
(Brasil, Paraguay, Uruguay y Argentina) y los Países asociados (Bolivia
y Chile), posibilitando
así la documentación a
todos los inmigrantes de
estos Países hermanos y
vecinos.
Conforme el Estatuto
del Extranjero vigente, las
posibilidades de lograr la
permanencia
definitiva
son muy pocas y remotas,
o sea: solamente para los
que tienen hijos brasileños
o que estén casados con
brasilero (a) y por reunión familiar, si un miembro de la familia (padre,
madre, esposo (a) tenga la permanente.
Tenemos por lo tanto en el momento solamente estas tres posibilidades
de regularización en el País: Por la ley de residencia del Mercosur, por la
Amnistía (renovación) y por el Estatuto de Extranjero (Ley Brasileña).
Tengan en cuenta que la regularización por la amnistía y por el Mercosur,
solo resulta permanente después de dos años de estada provisoria (Por la
Amnistía) o temporaria (Por el Mercosur). Son dos momentos por lo tanto,
en el proceso de regularización, o sea: primero se hace el pedido, dando
entrada en la Policía Federal que lo envía al Ministerio de Justicia para ser
analizado y publicado. Dentro de los tres meses antes de su validad se
hace la transformación de provisorio o temporario para permanente.
El Estatuto posibilita aún la regularización del inmigrante, por medio
de una visa temporaria para quien vienen para estudiar y trabajar, como
profesor, científico, periodista, religioso o otros profesionales cuyos criterios
son aceptados o aprobados por la ley.
Sería muy largo tratar aquí sobre el tema de la regularización del
inmigrante en Brasil. Tenemos a nivel Nacional un Consejo que cuida del
tema sobre todo en los casos especiales que es el CNIg (Consejo Nacional
de Inmigración. Este Consejo también asesora y propone al Gobierno
políticas de Migraciones en donde el inmigrante tenga ciudadanía plena.
En los próximos números vamos seguir hablando del asunto.
O
MULHER IMIGRANTE
Tema “Mulher Imigrante” é algo que me fascina desde que iniciei
meu trabalho com os imigrantes, talvez pelo fato de ser filha de
imigrantes.
Nestes últimos anos, com base no atendimento no Centro Pastoral do
Migrante, na Igreja da Paz, São Paulo, o número de mulheres imigrantes
cresceu de forma considerável, chegando a 60% das pessoas atendidas,
sendo em sua maioria mulheres jovens em torno de 20 anos a 35 anos
de idade, confirmando a feminização da migração.
O que me espanta é a coragem que essas mulheres demonstram,
ao deixarem seus países, sua cidade natal, suas famílias, filhos, pai,
mãe amigos, amores. Coragem que me inveja, pois são mulheres que
enfrentam a saudade, a mudança de hábitos, costumes, alimentação,
tudo em busca de melhores condições de vida, em busca de trabalho
para pagar dívidas em sua terra natal, manter sua família e gerar
melhores condições econômicas para a família.
Na corrida em busca de melhores condições de vida, acabam
formando suas famílias, criando seus filhos e, na maioria das vezes,
sendo responsáveis por metade do orçamento familiar com seu
trabalho. Com jornada dupla ou tripla, essas mulheres imigrantes
não são devidamente reconhecidas. Tolhidas em seus direitos, sem o
amparo de sua família que deixou no seu país de origem, discriminadas,
e muitas vezes controladas e reprimidas por seus maridos, têm muita
dificuldades em acessar a lei em sua defesa. Vivendo esta violência
doméstica silenciosa, estas mulheres guerreiras não se curvam diante
das dificuldades e tampouco aos obstáculos, pois são esperançosas.
Buscam informações e, assim, na escola da vida e do sofrimento, lutam
por uma condição melhor.
Sustentam suas famílias, que ficaram na terra de origem, educando
os filhos e formando profissionais.
A mulher imigrante quando conhecedora de seus direitos, no caso
que observo nesta cidade de São Paulo, é solidária tornando-se agente
multiplicador, levando a suas colegas e companheiras de trabalho toda a
informação de que necessitam. No cotidiano, ela transmite sua cultura e
seus costumes a seus filhos, regatando suas raízes de resistência.
Até mesmo seu silêncio é uma forma de contestação e protesto
contra a discriminação e exclusão a
que está sujeita. Mas, a cada dia que
passa, se torna sujeito, organizando
o espaço que defende a vida e a
dignidade, como mulher lutadora.
Ruth Camacho
Advogada do Centro Pastoral
Migrante da Igreja da Paz
Leiga Scalabriniana e Jornalista foi assassinada por Narcotraficantes no México
Leigos Scalabrinianos
A
Comunidade do Movimento Leigo Escalabriniano (MLS) está de luto pela terrível morte violenta de um membro: María Elizabeth Macías
Castro, 39 anos, conhecida como Marisol, que trabalhava num jornal, em Tamaulipas, que foi sequestrada e assassinada.
O comunicado enviado à Agência Fides, assinada pelo Scalabriniano Pe. Francisco Pellizzari, conselheiro espiritual da América do Norte,
informa que “quarta-feira, 22 de setembro, Marisol Castro, Leiga Scalabriniana do grupo de Nuevo Laredo, México, foi seqüestrada por um grupo de
narcotraficantes “chefões” desta região de fronteira. Depois de dois dias de buscas e silêncio dramático, seu corpo sem vida apareceu numa rua na
cidade de Nuevo Laredo, cidade onde ela nasceu e trabalhava como editora e ilustradora de um jornal local”.
“Pedimos uma oração para a nossa amiga e membro do Comitê Central do Movimento de Leigos Scalabrinianos que com grande afeto e fidelidade
trabalhava na Casa del Migrante em Nuevo Laredo e mantinha contato diário com muitos de nós do Movimento”, conclui o comunicado. Marisol foi
“uma mulher de fé e grande compromisso com a justiça” – testemunha Pe. Rui Pedro.
Fonte: Clube da Imprensa e Agência Fides
http://www.rsradios.com.br/noticia/Leiga-Scalabriniana-e-jornalista-foi-assassinada-na-tentativa-de-amorda%C3%A7ar-redes-sociais
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