ciclo coral-sinfónico de amorim Ciclo Coral-Sinfónico de Amorim A necessidade da arte é tão natural para o homem como alimentar-se ou descansar. É, a par de outros factores primários, importante para a qualidade de vida! Qualidade que fica bem patente nas emoções reflectidas dos intérpretes ou do público, quando uma realização musical tem lugar. A música é tão útil para o desenvolvimento intelectual (dada a sua interdisciplinaridade) como para o bem-estar físico e psíquico dos seres. É, por consequência, um direito! Importa ainda sublinhar, que o ponto de partida é, potencialmente, o mais fecundo - refiro-me à criação e desenvolvimento de uma estrutura que congrega crianças e jovens - o Coro dos Pequenos Cantores de Amorim. A Orquestra do Norte foi criada com o objectivo de dotar populações dessa mesma qualidade. Tem vindo a fazê-lo com sucesso junto do público em geral, através da realização de um reportório abrangente e apelativo, com o maior envolvimento possível dos recursos inerentes a cada núcleo populacional como: coros, solistas ou instituições vocacionadas para esta forma de expressão artística. Se por um lado este envolvimento constitui uma ponte entre a Orquestra e o seu público, ele representa também, uma oportunidade de afirmação artística, pessoal ou colectiva, desses mesmos recursos. Assim, e pela conjugação de vontades, nasce o Ciclo Coral Sinfónico de Amorim, um conjunto de realizações que articula, no mesmo patamar, recursos regionais na sua maioria, mas também nacionais e internacionais, com o propósito de interpretar obras maiores do reportório coral sinfónico. Os benefícios supracitados constituem só por si, motivação suficiente para o trabalho artístico e organizativo subjacente. No entanto, o ciclo que agora levamos a efeito, representa também um investimento humano e material com retorno efectivo na projecção da comunidade que o acolhe e suporta, quer no plano nacional, quer internacional. José Ferreira Lobo Director Artístico do Ciclo Coral Sinfónico de Amorim 4 5 Paróquia de Amorim ZEFERINO VILAR O povoamento do território de Amorim é muito remoto. A sua proximidade com a Cividade de Terroso, que terá sido ocupada desde o século IX antes de Cristo até ao século IV depois de Cristo, a sua inclusão nos caminhos de Santiago, rota dos peregrinos que se dirigiam a Compostela após a descoberta do túmulo daquele Santo Apóstolo, entre os anos 812 e 814, são naturalmente dados que nos permitem concluir sobre a sua existência longínqua, muito anterior à própria nacionalidade. A sua toponímia é também uma prova de antiguidade da povoação: assim, Amorim terá derivado do genitivo latino de Amorinus, ou seja Amorini, correspondendo a «Villa Amorini» ou Vila de Amorim. Amorinus seria o senhor destas terras. Santiago de Amorim consta já da primeira enumeração paroquial da Igreja de Braga, realizada na primeira metade do século XI, após a restauração da Diocese vulgarmente conhecida pelo Censual do Bispo D. Pedro. Este Censual indica-nos as dádivas e obrigações pagas, de acordo com o direito de visitação que lhes assistia. Mas outros documentos nos acompanham no seu percurso histórico, ao longo dos séculos. As inquirições de 1220, realizadas no reinado de D. Afonso II, fazem referência a Santiago de Amorim e às suas vilas, que hoje designamos por lugares. Nelas constam a «villa Catilli» hoje Cadilhe, a «villa Mandini» hoje Mandim, a «villa Maurilli» hoje Mourilhe, todas elas de origem germânica. Aludem também a outras «vilas» existentes na época como Travassos, Sencadas, Sistelos. Pedroso, Agra… A existência de «villas» com termos de raiz germânica não será muito de estranhar tendo em conta que após a queda do império Romano do Ocidente, no século V, estas terras foram ocupadas por povos «chamados» bárbaros», oriundos do centro/leste da Europa, como, por exemplo, os visigodos e os suevos, povos esses que por aqui se instalaram durante alguns séculos. Não podemos esquecer ainda até que os celtas, de origem muito próxima daqueles, passaram muitos séculos na cividade de Terroso. Mais tarde surgem novos lugares na freguesia, como Cardosas, Torrinha, Fontaínha e outros. De registar que Torrinha deverá o seu nome ao facto de ser uma continuidade territorial da Quinta da Torre, de Terroso, cujo território se estendia muito para além do Vilar. As referências a Santiago de Amorim nas Inquirições de 1343, durante o reinado de D. Afonso IV, são também elementos importantes que nos transmitem uma imagem muito interessante da nossa terra, naquelas épocas distantes. Também nestas Inquirições são referidos os casais existentes nos diversos lugares da freguesia. Além disso dão-nos indicadores interessantes sobre as actividades da época, principalmente na agricultura e na pesca. De registar que este documento refere Santiago de Morim, em vez de Santiago de Amorim. A Bula papal de Sua Santidade o Papa Gregório XIII, de 1580, que instituiu a Confraria do Santíssimo Sacramento de Amorim é um outro documento histórico que atesta particularmente a antiguidade e a importância da povoação em si e, de um modo muito especial, a religiosidade do seu povo. O Tombo de Amorim, mandado fazer por pelo Senhor Dom Manuel de Sousa, Arcebispo de Braga, em 1546, Memórias Paroquiais de 1736 e 1758 e os Livros de Visitações são outros tantos documentos históricos a registar. A nível administrativo, Amorim tendo sido da terra medieval de Faria, foi do termo de Barcelos no século XIII; em 1434, o Arcebispo D. Fernando Guerra anexou a Igreja de Amorim, com as suas rendas, ao Cabido de Braga; mas em 1546 já estava unida, «in perpetuum» ao Convento de Santa Clara do Codeçal, da cidade do Porto. 6 7 Igreja Paroquial Em 1835, Amorim passou a integrar o Termo de Vila do Conde, até 1870/1871, altura em que entrou definitivamente para o concelho de Póvoa de Varzim. Amorim possui um invejável património arquitectónico religioso, construído ao longo dos séculos. O capitel românico que terá pertencido a um templo da mesma época e que terá existido no mesmo local onde hoje se encontra a igreja matriz, de construção renascentista, de 1595; o cruzeiro de 1642 existente no adro da mesma Igreja Matriz; a capela de Santo António de Cadilhe de 1651, erigida no lugar do mesmo nome, com o seu cruzeiro, de 1750, e a igreja paroquial construída pela Família dos Bonitos de Amorim, no início do século XX, no lugar de Estrada Nova. Foi inaugurada em 5 de Setembro de 1920 pelo Arcebispo de Braga D. Manuel Vieira de Matos que nela celebrou a primeira missa. A freguesia e a paróquia de Amorim territorialmente compreendiam as actuais freguesias e paróquias de Amorim e Averomar. Por decreto eclesiástico de 17 de Janeiro de 1922, do Arcebispo de Braga D. Manuel Vieira de Matos e mais tarde por deliberação administrativa, Averomar desmembrou-se de Amorim, passando a ser definitivamente freguesia e paróquia autónomas. Todavia, as fronteiras actuais da freguesia e da paróquia de Amorim não são coincidentes. Amorim hoje, como paróquia, é geograficamente maior do que a própria freguesia. A origem da Igreja Nova de Amorim está ligada à ilustre Família dos Bonitos, que a construíram. Segundo Cândido Landolf, no Meu Panteon, Manuel João Gomes de Amorim, 1848 e 1900, e seu irmão Francisco, quando foram para o Brasil terão prometido que se Deus e a Virgem os ajudassem na fortuna, quando regressassem mandariam construir uma igreja em sua honra. Efectivamente foi bastante compensadora a obra que aquela família realizou no Brasil. Foram felizes nos empreendimentos que, na zona do Recife, realizaram. Daí o cumprimento da promessa feita. No seu regresso à terra natal há que pôr mãos à obra. Como prometeram assim o fizeram. A construção da referida igreja foi então posta a concurso por 12 contos de reis de base, logo após a morte de Manuel João. Por esta verba ser demasiado baixa para a realização de uma obra tão imponente, os três irmãos vivos, Joaquim, António e Francisco, que vieram a falecer bastante mais tarde, assumiram o excesso de mais oito contos de reis e mandaram construir a igreja. Enquanto isso, a esposa do benemérito Manuel João, Dª. Adelaide Soares Amorim, pernambucana, que viveu entre 1853 e 1905, mandou construir a escola das Sencadas, para meninas, já que em Amorim apenas existia a escola de Cadilhe, para rapazes. O criador desta grande obra que imortalizou esta família foi o Arquitecto Arnaldo redondo Adães Bermudes que viveu entre os anos 1864 e 1947. Este ilustre arquitecto projectou mais dois templos bem conhecidos a Igreja de Pousa, em Barcelos, e a Igreja Matriz de Espinho, também de linhas esbeltas e modernas como a de Amorim. Mas a sua obra não é só de cariz religioso. Adães Bermudes foi autor de obras importantes de que se destacam o monumento ao Marquês de Pombal, que encima a Avenida da Liberdade, em Lisboa, os edifícios dos Paços do Concelho da cidade de Sintra, do Instituto Superior de Agronomia de Lisboa e do Hospital da Covilhã. A construção da Igreja Nova de Amorim iniciou-se em 1904 e ficou concluída em 1909. Como em 1910, foi implantada a República cujo poder político da época confiscou muitos bens à Igreja Católica, o que aconteceu também em Amorim, o novo templo, que era de propriedade privada, esteve encerrado até 1920. Em 5 de Setembro desse ano a Igreja Nova foi então solenemente inaugurada e benzida pelo arcebispo de Braga D. Manuel Vieira de Matos, que nela celebrou a primeira missa. Com o desmembramento da freguesia e paróquia de Amorim, em Amorim e Averomar, em 1922, a Igreja Nova passou a ser desde então, a Igreja Paroquial de Amorim. Durante alguns anos, a família benemérita dos Bonitos promoveu também a conservação do edifício da Igreja Nova, mas, entretanto, foi a paróquia que passou a assumir esse encargo, bem como o arranjo dos jardins em frente da mesma igreja. Com o passar dos tempos, tanto o edifício da Igreja Nova como os jardins, foram-se degradando. Novamente um outro Benemérito aparece, Dr Manuel Moreira Giesteira, natural de Aguçadoura. Embora não sendo de Amorim, onde tem familiares muito próximos, há mais de uma década que tem dedicado um carinho muito especial pela paróquia e pela gente de Amorim, de um modo muito particular, pela sua Igreja Nova e pelos grupos corais Coro Infantil de Amorim, Pequenos Cantores de Amorim e Amorim & Laundos Ensemble. De salientar, entre outras iniciativas importantes que tomou nos últimos anos, o restauro completo da mesma igreja Nova, o que levou durante algum tempo ao seu encerramento, bem como o arranjo dos jardins que embelezam o adro, e o suporte financeiro de todos estes 3 corais desde a sua fundação até aos dias de hoje. 8 9 9 de Maio 22h00 Gabriel Fauré REQUIEM Introitus Kyrie 3 Offertorium 4 Sanctus 5 Pie Jesu 6 Angus Dei 7 Lux Aeterna 8 Libera Me 9 In Paradisum 1 2 Gabriel Fauré AVE VERUM Op. 65, No. 1 Michael Hurd JONAH MAN JAZZ Liliana Coelho SOPRANO Bruno Pereira BARÍTONO Daniel Ribeiro ÓRGÃO Pequenos Cantores de Amorim Coro Júnior Silva Monteiro Coro do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga Coro Juvenil do Conservatório de Música do Porto Schola Cantorum «Os Pastorinhos de Fátima» Ensemble Vocal Pro Musica . José Manuel Pinheiro DIRECÇÃO Orquestra do Norte 10 11 Gabriel Urbain Fauré (1845-1924) Nasceu em Pamiers, França, a 12 de Maio. Aluno de Camille Saint-Saëns (de quem recebeu grande influência) na escola Niedermeyer, Fauré foi organista da igreja de Saint-Sauveur em Rennes (1866), e, depois, na Madeleine, em Paris. Em 1896, foi nomeado professor de Composição do Conservatório de Paris, do qual foi director de 1905 a 1920. Teve alunos ilustres como Ravel, Aubert, Koechlin, Dukas, Schmitt, entre outros. Com Debussy e Ravel, Fauré dominou a moderna música francesa. Mestre no campo da canção e da música de câmara, fiel à forma, soube reunir, com inteligência e sensibilidade, uma melodia ampla e flexível e uma concepção harmónica de grande mobilidade. Intimismo, recolhimento, discrição e serenidade definem a actividade criadora de Fauré. Por isso mesmo, deu preferência aos lieder e à música de câmara, géneros banidos pelos operistas. Entre os vários ciclos de lieder destacam-se a Canção de Eva (1907-1910), O jardim fechado (1915-1918), com versos de Charles van Lerbeghe. Anterior a este, é o ciclo de nove melodias sobre textos de Verlaine. A sua obra-prima é o Requiem Op. 48. Nada dos desesperos do juízo final, mas uma pacificação do "Dies irae", uma promessa de acesso "In paradisum". Na sua derradeira fase, Fauré alcançou um estádio de verdadeira sabedoria. O quarteto para cordas em mi menor Op. 121 (1924), o seu último opus, é um exemplo. Fauré morreu em Paris, a 4 de Novembro. Gabriel Fauré respondeu deste modo às críticas que a estreia de seu Requiem provocou: ”Dizem que não expressa bem o terror diante da morte. Alguém o apelidou de “berceuse”(cantiga de embalar) da morte. Mas é assim mesmo que eu o concebo: uma venturosa libertação, uma aspiração à felicidade do outro mundo, e não uma experiência dolorosa.“ Em coerência com essa ideia, Fauré suprimiu a sequência do “Dies irae” e incluiu trechos como o “Pie Jesu” e a antífona “In paradisum”, que fortalecem a visão da morte como libertação e não como uma coisa má. A morte dos seus pais parece ter sido a causa desse projecto começado em 1887. Inicialmente, compôs um Requiem em 5 andamentos, para o coro de La Madeleine de Paris, do qual era director, e para uma pequena orquestra (violas, violoncelos, contrabaixos, harpa, tímbales e órgão). Foi assim apresentado a 16 de Janeiro de 1888. Mais tarde, acrescentou o “Ofertorium” e o “Libera me” e, em 1898, ampliou a orquestração. A estreia da versão definitiva ocorreu no dia 12 de Julho de 1900, no Trocadero de Paris, com grande sucesso. Introitus Requiem aeternam dona eis, Domine,et lux perpetua luceat eis.Te decet hymnus, Deus, in Sion,et tibi reddetur votum in Jerusalem.Exaudi orationem meam;ad te omnis caro veniet. Kyrie Kyrie eleison.Christe eleison.Kyrie eleison. Offertorium Domine Jesu Christe, Rex gloriae,libera animas defunctorumde poenis inferni,et de profundo lacu.Libera eas de ore leonis,ne absorbeat eas tartarus,ne cadant in obscurum.Hostias et preces tibi,Domine, laudis offerimus.Tu suscipe pro animabus illisquarum hodie memoriam facimus.Fac eas, Domine,de morte transire ad vitam,quam olim Abrahae promisisti,et semini eius. Sanctus Sanctus, sanctus, sanctus,Dominus Deus Sabaoth.Pleni sunt coeli et terragloria tua.Hosanna in excelsis. Pie Jesu Pie Jesu Domine,dona eis requiem,requiem sempiternam. Angus Dei Agnus Dei,qui tollis peccata mundi,dona eis requiem,requiem sempiternam. Lux Aeterna Lux aeterna luceat eis, Domine,cum sanctis tuis in aeternum,quia pius es.Requiem aeternam, dona eis, Domine,et lux perpetua luceat eis. Libera Me Libera me, Domine,de morte aeterna,in die illa tremendaquando coeli movendi sunt et terra,dum veneris judicaresaeculum per ignemTremens factus sum ego, et timeodum discussio venerit,atque ventura ira.Dies illa, dies irae,calamitatis et miseriae,dies magna et amara valde.Requiem aeternam, dona eis, Domine,et lux perpetua luceat eis. In Paradisum In paradisum deducant te angeli,in tuo adventususcipiant te martyres,et perducant tein civitatem sanctam Jerusalem.Chorus angelorum te suscipiat,et cum Lazaro quondam paupereaeternam habeas requiem. Dentro do estilo reminiscente do seu famoso Requiem, o Ave Verum Corpus de Fauré foi composto em 1894, imediatamente a seguir à composição dos últimos andamentos da missa fúnebre. A obra foi completada em 1906, e baseada numa versão anterior de 1877. Esta obra é um dos vários trabalhos de Fauré composto para soprano e órgão. Apresenta o mesmo sentido de melodia e harmonia que caracteriza o estilo composicional do músico francês. O Ave verum corpus natum é uma sequência medieval para o Corpus Christi. O texto parece ter surgido no século XIV, mas a sua autoria é desconhecida. Além da suave melodia gregoriana tradicional, recebeu, para além de Fauré, composições de Mozart, Schubert, Gounod, entre muitos outros. A poesia é breve, de apenas cinco versos, mas de alta densidade teológica, celebrando os mistérios da Encarnação do Verbo, Paixão e Eucaristia. Ave verum corpus natum de Maria Virgine Salve, ó verdadeiro corpo nascido da Virgem Maria Vere passum, immolatum in cruce pro homine Que verdadeiramente padeceu e foi imolado na cruz pelo homem Cuius latus perforatum fluxit aqua et sanguine De seu lado trespassado fluiu água e sangue Esto nobis praegustatum mortis in examine Sê para nós remédio na hora tremenda da morte O Iesu dulcis, o Iesu pie, o Iesu fili Mariae. Ó doce Jesus, ó bom Jesus, ó Jesus filho de Maria. 12 13 Michael Hurd (1928-2006) Michael Hurd nasceu a 19 de Dezembro. Foi aluno de Thomas Armstrong e Bernard Rose. Estudou ainda Composição com Lennox Berkeley. Entre 1953 e 1960 foi professor de Teoria na Escola da Marinha Real. Mais tarde mudou-se para Hampshire, onde trabalhou como freelancer em composição. Embora tenha escrito diversas obras de câmara e orquestrais, bandas sonoras e música de cena, Hurd é essencialmente conhecido pela sua música coral, nomeadamente a sinfonia coral Shepherd's Calendar (1975), as suites corais Music's Praise (1968) e This Day to Man (1974), e as obras para coro Genesis (1987), Night Songs of Edward Thomas (1994), e Five Spiritual Songs (1996). Na vertente mais ligeira, encontramos as suas cantatas, iniciadas em 1966 com Jonah Man Jazz e, mais tarde, com Swingin' Samson (1973), Hip Hip Horatio (1974), Rooster Rag (1975) e Adam-in-Eden (1981). Escreveu três óperas: The Widow of Ephesus (estreada no Festival Stroud, no Reino Unido, em 1971), The Aspern Papers (estreada no Festival de Música da Primavera de Port Fairy, na Austrália, em 1995) e The Night of the Wedding (estreada no mesmo festival em 1998). A sua música levou-o à Suécia, Holanda, aos Estados Unidos e, por diversas vezes, à Austrália, onde esteve intimamente envolvido na criação do Festival de Música da Primavera de Port Fairy. Entre os seus 18 livros publicados encontramos três biografias pioneiras: The Ordeal of Ivor Gurney (OUP, 1978), Vincent Novello and Company (Granada, 1981), e Rutland Boughton and the Glastonbury Festivals (OUP, 1993). Publicou ainda vários trabalhos biográficos sobre Elgar, Vaughan Williams e Mendelssohn. É autor do The New Oxford Junior Companion to Music (1979), The Orchestra (Phaidon, 1981), e de An Outline History of European Music (Novello, 1968, revisto em 1988). Faleceu em Agosto de 2006. A cantata Jonah Man Jazz foi escrita em 1966. A obra fala-nos de Jonah e do seu orgulho e incapacidade para mostrar compaixão. Jonah foi enviado por Deus a Nineveh, a capital do império Assírio, para convencer o seu povo a arrepender-se pelos muitos pecados cometidos. No entanto, em vez de seguir as ordens do Criador, decide embarcar para Tarshish, que se pensa ter existido no sul de Espanha, exactamente no extremo oposto para onde tinha sido enviado. Deus resolve criar uma tempestade terrível para castigar Jonah. Ao dar-se conta que a tempestade lhe era destinada, pede aos marinheiros que o atirem ao mar para que possam seguir a viagem com tranquilidade. Jonah é lançado ao mar para ser engolido de seguida por uma baleia. O profeta pede por socorro. Deus diz então à baleia que lance Jonah em terra firme e ordena-lhe novamente que vá a Nineveh. Jonah passa três dias proclamando a destruição da cidade caso não se arrependam. O povo arrepende-se imediatamente e, por isso, Deus decide não cumprir a sua ameaça. Jonah fica furioso com a compaixão do seu mestre. Pecaram, deviam pagar! Irritado, resolve abandonar a cidade e cultivar um campo nos seus limites. Deus decide presenteá-lo com uma grande planta que cresce sobre Jonah e lhe dá sombra, deixando-o muito feliz. No dia seguinte, Deus manda um verme comer a planta e Jonah fica sem sombra. Completamente arrasado pelo calor, o profeta implora ao criador a sua própria morte. Deus pergunta-lhe então: “Estás triste com a morte da planta?”, “Sim”, responde. Deus replica: “Importas-te com uma planta que nem sequer criaste, e não deveria eu importar-me com uma cidade de 120.000 pessoas e muitos animais?” Adonai, Adonai, El rahum v'hanun Deus compassivo e gracioso, parco na ira, abundante na bondade Estas palavras usadas pelo autor encontram-se no Exodus, capítulo 34. 14 de Maio 10h00 | 14h30 | 16h00 A Orquestra na Escola CONCERTOS DIDÁCTICO-PEDAGÓGICOS José Manuel Pinheiro DIRECÇÃO Orquestra do Norte 16 17 Anatomia da Orquestra Uma orquestra sinfónica é constituída por três famílias de instrumentos: as cordas, os sopros - madeira e metal - e a percussão. A cada uma destas famílias corresponde uma série de instrumentos. Família das Cordas Sons produzidos pela vibração de uma corda tensionada Violino Instrumento mais pequeno desta família e, por isso, mais agudo. Tem um enorme potencial de expressividade, agilidade e sonoridade. O violinista segura o instrumento sob o queixo e entre o ombro. Com os dedos da mão esquerda pressiona as cordas e com a mão direita faz deslizar o arco sobre as mesmas. O arco é uma vareta de madeira na qual se formam cerca de 150 cerdas (de crina de cavalo) esticadas que friccionam as 4 cordas. Viola de Arco Tem uma configuração semelhante ao violino com a diferença de ser um pouco maior e, por isso, o seu timbre ser mais grave e ter uma sonoridade mais nasal. Violoncelo É também um instrumento semelhante ao violino, mas que, pelo seu tamanho bastante maior, necessita de ser apoiado no chão (através de um espigão de metal) e entre os joelhos do músico que está sentado. Além disso, o arco é mais curto, robusto e pesado. Contrabaixo É o instrumento maior da família das cordas. Por essa razão, é também o mais grave. Tal como o violoncelo, é executado apoiado no chão através de um espigão de metal. O contrabaixista toca em pé ou sentado num banco alto. Família dos Sopros Sons produzidos pela vibração através do sopro Nesta família, os instrumentos estão divididos em duas secções: a) Sopros de madeira b) Sopros de metal a) Sopros de Madeira Flautim É o instrumento mais agudo da orquestra e tem um som muito estridente e penetrante, capaz de se sobrepor a um tutti. Tem a forma de um tubo cilíndrico, com pequenos orifícios, constituído por duas partes a cabeça e o corpo. Na cabeça situa-se a zona pelo qual o músico sopra, a embocadura. O tubo contém ar que, quando soprado em direcção à aresta, sai pelos buracos que ficarem abertos. O músico segura o flautim na transversal para o lado direito em relação a si. segura-se para a frente. Construído em ébano, tem palhetas feitas de cana ou plástico. Quando se sopra a pressão do ar à entrada da palheta força esta a abrir-se, permitindo a passagem do ar. Essa pressão vai colocar o ar que está dentro do tubo em vibração. Oboé De palheta dupla, que consiste em duas palhetas que batem uma contra a outra, fazendo vibrar a coluna de ar dentro do tubo cónico. Feito normalmente em ébano, é constituído por três partes: a embocadura, o corpo e o pevilhão. Fagote É o maior instrumento da família dos sopros de madeira, por isso, produz sons mais graves. Tem também uma palheta dupla, mas mais larga. Toca-se numa posição oblíqua em relação ao fagotista. Segura-se ao pescoço por uma bandoleira, ou pode ser apoiado numa correia que se segura debaixo das pernas quando o instrumentista está sentado. Desmontável em cinco partes, é constituído por dois tubos justapostos unidos na base por uma parte de tubo em forma de U. baixo com a mão esquerda, que actua sobre os pistões para alterar a afinação das notas e o timbre, e a mão direita dentro da campânula. Trombone É o único desta família que tem varas. As varas são dois tubos cilíndricos encaixados um no outro em forma de U, um dos quais desliza dentro do outro para aumentar ou diminuir o comprimento do tubo, de modo a produzir sons graves ou agudos. Também existem trombones com pistões, mas o de varas é o mais usado. O trombonista segura o trombone para a frente, deslizando a vara com a mão direita. Bocal em forma de taça (como o do trompete), só que maior. As sete posições da vara correspondem a sete notas com intervalos de meio-tom entre elas. Tuba É o instrumento mais grave de todos os metais da orquestra porque tem o tubo e o bocal maiores. O tubo é cónico e termina na campânula. A tuba segura-se na vertical com a campânula virada para cima. Tem um ressoador largo e cónico com o bocal em forma de taça, mas mais largo e fundo. b) Sopros de Metal Flauta Transversal Tem um pouco mais do dobro do comprimento do flautim e é constituída por três partes que encaixam umas nas outras: a cabeça, o corpo e o pé. Construída em prata, ouro ou platina, o tipo de funcionamento deste instrumento é igual ao do flautim. Trompete Tem um bocal em forma de taça, um tubo cilíndrico e recto que se torna cónico no final (com três pistões), terminando na campânula. O trompetista toca segurando o trompete para a frente na horizontal. Clarinete É constituído por cinco partes: boquilha (onde está a palheta), barrilete, duas partes intermédias e o pevilhão (mais largo que o tubo). O som pode ser muito forte ou muito suave. Ao soprar põe-se em vibração uma palheta simples, que bate contra a boquilha fazendo vibrar a coluna de ar dentro do tubo cilíndrico. O clarinete Trompa O som é obtido por vibração labial. Tem um bocal cónico e fundo, que permite a sonoridade aveludada do instrumento, e um tubo estreito e longo cónico que está enrolado, e que termina numa campânula. Tem três ou quatro pistões diferentes dos do trompete, que são os cilíndricos rotativos. O trompista segura a trompa para 18 19 Família da Percussão Sons produzidos através de um batimentoons produzidos pela vibração de uma corda tensionada Tímbales São constituídos por uma membrana ou pele esticada, que tapam uma caixa de cobre ou fibra de vidro, com uma forma mais ou menos hemisférica, que pode ter vários tamanhos. Dispõem-se em semi-círculo, à frente do percussionista (o maior e mais grave à esquerda, o mais pequeno e mais agudo à direita), que os percute com vários tipos de baquetas. Na orquestra podem-se utilizar vários tímbales, normalmente de dois a cinco. Os tímbales podem ser afinados esticando mais ou menos a membrana através de parafusos ou com o pedal. Pratos São discos metálicos que se seguram por pega de couro presa num orifício ao centro do prato. Produzem som ao serem percutidos com vários tipos de baquetas ou chocando-os um contra o outro. Bombo Tem duas grandes membranas esticadas que se percutem com uma baqueta própria, que geralmente se denomina por maceta. Tem uma forma cilíndrica e assenta num suporte que permite colocá-lo em qualquer posição. Caixa Tem duas membranas esticadas: uma superior onde se toca com duas baquetas de madeira e outra inferior. Assenta num tripé, tem uma forma cilíndrica e pode tocar-se numa posição ligeiramente inclinada ou na horizontal. O som mais característico chama-se “rufo”. Xilofone Conjunto de barras de madeira muito dura de diferentes tamanhos que estão dispostas na horizontal, dos sons mais graves para os mais agudos (como as teclas de um piano). Ao serem percutidas por baquetas de madeira ou borracha duras ou, por um som mais suave, de fios de lã, vibram produzindo sons de alturas determinadas. fendas onde estão as soalhas (pequenos pares de discos de metal). O som é produzido pela percussão da membrana com a mão que, ao mesmo tempo, faz soar as soalhas. Marimba Semelhante ao xilofone, embora as barras de madeira sejam mais compridas, mais largas, e de menor espessura. Cada barra tem por baixo um tubo ressoado. Glockenspiel É como o xilofone, só que as barras são de metal. Vibrafone Tem barras de metal maiores que as do glockenspiel e por isso produz sons mais graves. Por baixo de cada barra do vibrofone existem tubos que funcionam como caixas de ressonância que amplificam o som. Estes tubos têm discos rotativos que podem ser movidos por um motor eléctrico que quando accionado os tapa e destapa provocando um efeito de ondulação do som. Tem também um pedal abafador que permite amortecer o som, originando uma sonoridade semelhante à do “vibrato”. Triângulo O som que produz não tem uma altura determinada. É feito de uma barra de metal dobrada em forma de triângulo que se suspende e se percute com uma pequena haste de metal. Bar Chimes É constituído por um conjunto de tubos metálicos de vários tamanhos, suspensos verticalmente numa barra. Ao serem agitados com a mão, os tubos chocam entre si e produzem sons de alturas indeterminadas. Pandeireta Tem normalmente uma pele fixa a um aro cilíndrico que pode ser de madeira metal ou plástico com várias 20 21 17 de Maio 21h30 Rossini STABAT MATER Ana Paula Russo SOPRANO Ana Calheiros MEZZO-SOPRANO José Manuel Araújo TENOR José de Oliveira Lopes BARÍTONO Orfeão de Vila Praia de Âncora Félix Carrasco DIRECÇÃO Orquestra do Norte 22 23 Gioacchino Rossini (1792 - 1868) Gioacchino Rossini nasceu em Pesaro, Itália. Aos catorze anos ingressou no Conservatório de Bolonha. Em 1810 estreou-se em Veneza com La cambiale di matrimonio que obteve grande sucesso. Triunfou no La Scala de Milão em 1812 com La pietra del paragone. Foi, no entanto, com uma ópera séria - as duas anteriores eram bufas - que Rossini, na altura com apenas 20 anos e já famoso em Itália, conquistou as plateias de Viena. A ópera intitulada Tancredi estreou em 1813. No mesmo ano compôs também L'italiana in Algeri, estreada em Veneza. Com Elisabetta, regina d'Inghilterra, apresentada em Nápoles em 1815, iniciou o período napolitano do compositor que dirigiu os teatros da cidade até 1817. Em 1816, em menos de três semanas, Rossini escreveu Il barbiere di Siviglia para o teatro Argentina de Roma. Em 1817, o compositor voltou à ópera cómica com La Cenerentola, estreada em Roma. Ainda neste ano compôs La gazza ladra que foi à cena em Milão. Em 1822 o compositor concluiu a sua actividade em Itália, voltando à tradição do século XVIII com Semiramide, que estreou em Veneza em 1823. Rossini mudou-se para Paris onde reescreveu Maometto II e Moisé e compôs Comte Ory que foi à cena no teatro da Ópera em 1828. Estando no apogeu da fama, o músico despediu-se do teatro com a sua última ópera Guglielmo Tell, que estreou na Academia Real de Música de Paris em 1829. O silêncio criativo de Rossini foi interrompido por trabalhos esporádicos, como o Stabat Mater de 1841, Petite messe solennelle de 1863, e um grupo de peças de câmara para piano e para voz e piano, recompilados com o título Péchés de vieillesse. Gioacchino Rossini morreu em Paris em 1868. Stabat Mater é um hino católico romano do século XVI, atribuído a Jacopone da Todi (1236-1306), uma meditação sobre o sofrimento de Maria, mãe de Jesus, durante a sua crucifixão. O título é tirado da primeira linha do texto, Stabat Mater dolorosa (Estava a mãe dolorosa). O Stabat Mater é, talvez, o mais poderoso poema e o mais imediato do latim medieval. Diversos compositores musicaram este texto, entre eles, Pergolesi, Rossini, Antonín Dvorák, Szymanowski e Penderecki. Foi uma das últimas composições de Verdi. Dizem que Rossini, após ouvir o Stabat Mater de Pergolesi, em Nápoles, comentou que jamais ousaria escrever uma obra similar, com receio da comparação. No entanto, e apesar da recusa do compositor, o cardeal Don Francisco Fernandez Varela encomendou-lhe a obra. O compositor relutante acabou por aceitar, com a condição de ser apresentada apenas em privado. Projectada inicialmente para 12 andamentos, acabaria por ficar-se pelos 10 actuais. Rossini escreveu inicialmente três partes (Stabat Mater para coro e solistas, Eja Mater fons amoris para coro à cappella e, por último, o quarteto Quando corpus morietur), que estrear-se-iam em Madrid, em 1832. Diz-se que o compositor teria um acordo com Giovanni Tadolini, seu amigo, no sentido deste escrever os restantes andamentos. No entanto, um desaguisado entre ambos [após a morte de Don Varela em 1837, um editor parisiense, ofereceu uma boa quantia para que a obra fosse publicada. Giovanni Tadolini, como cocompositor, aceitou a oferta sem hesitar, deixando Rossini furioso pela quebra do acordo inicial] levou a que Rossini escreve-se, ele mesmo, os restantes andamentos. A obra completa estreou-se a 7 de Janeiro de 1842 em Paris, tornando-se imediatamente num sucesso absoluto. Rossini diria, mais tarde, que o seu Stabat Mater deveria ser tocado e cantado com muita qualidade porque “ está cheio da música gloriosa.” Stabat mater dolorosa Estava a mãe dolorosa Pro pecatis suae gentis Pelos pecados do seu povo juxta crucem lacrimosa, vidit Jesum in tormentis A chorar junto à cruz Ela viu Jesus no tormento, dum pendembat filius et flagellis subditum da qual o seu filho pendia Flagelado pelos seus súbditos Cujus animam gementem Vidit suum dulcem natum A sua alma soluçante Viu o seu doce Filho contristatam et dolentem, moriendo desolatum, inconsolável e angustiada A morrer desolado pertransivit gladius dum emisit spiritum… era atravessada por um punhal ao entregar o seu espírito... O quam tristis et aflicta Eia, mater, fons amoris Oh, quão triste e aflita Oh mãe, fonte de amor, fuit illa benedicta me sentire vim doloris estava a bendita mãe faz como que eu sinta toda a sua dor mater unigeniti! fac, ut tecum lugeam do Filho Unigénito! para que eu chore contigo. Quae moerebat et dolebat, Fac, ut ardeat cor meum Trespassada de dor, Faz com que o meu coração arda et tremebat, cum videbat, in amando Christum Deum, chorava, vendo no amor a Cristo Senhor nat poenas incliti ut sibi complaceam o tormento do seu Filho para que possa consolar-me Quis est homo, qui non fleret, Sancta Mater, istud agas, Quem poderia não se entristecer Mãe Santa, marca profundamente Christi matrem si videret, Crucifixi fige plagas, Ao contemplar a Mãe de Cristo no meu coração in tanto supplicio? cordi meo valide A sofrer tanto suplício? As chagas do teu Filho crucificado Quis non posset contristari Tui nati vulnerati, Quem poderia conter as lágrimas Por mim, teu Filho coberto de chagas piam matrem contemplari tam dignati pro me pati, vendo a mãe de Cristo quis sofrer os seus tormentos, dolentem cum filio? poenas mecum divide dolorida junto ao seu Filho? Quero compartilhá-los 24 25 Fac me vere tecum flere, Fac me cruce custodiri, Faz com que eu chore Faz com que eu seja custodiado pela cruz, crucifixo condolere, morte Christi praemuniri, e que suporte com Ele a sua cruz fortalecido pela morte de Cristo donec ego vixere conforverti gratia. enquanto dure a minha existência e confortado pela graça. Juxta crucem tecum stare Quando corpus morietur Quero estar em pé. Quando o corpo morrer, te libenter sociate fac, ut animae donetur ao teu lado, junto à cruz faz com que a minha alma alcance in planctu desidero paradisi gloria. chorando junto a ti. a glória do paraíso. Virgo virginum praeclara, Amen. In sempiterna saecula Virgem de virgens notável, Amém. Pelos séculos dos séculos mihi jam non sis amara não sejas rigorosa comigo, fac me tecum plangere deixa-me chorar junto a ti Fac ut portem Christi mortem Faz com que eu compartilhe a morte de passionis fac consortem Cristo que participe da Sua paixão et plagas recolere. e que rememore as suas chagas Fac me plagis vulnerari, Faz como que me firam as suas feridas, cruce hac inebriari que sofra o padecimento da cruz ob amorem filii pelo amor do teu Filho Inflammatus et accensus, Inflamado e elevado pelas chamas per te, virgo, sim defensus seja defendido por ti, ó Virgem, in die judicii. no dia do juízo final. 18 de Maio 16h30 Antonin Dvorák STABAT MATER Ana Paula Russo SOPRANO Larissa Savchenko MEZZO-SOPRANO João Martins TENOR Rui Silva BARÍTONO Ensemble Vocal Pro Musica José Ferreira Lobo DIRECÇÃO Orquestra do Norte 28 29 Antonin Leopold Dvorák (1841-1904) Nasceu em Nelahozeves (República Checa), a 8 de Setembro. Filho de um humilde comerciante, aos oito anos de idade teve despertada a sua vocação musical, mas só pôde realizar os primeiros estudos em 1853, já residindo na cidade de Zlonice. Quatro anos depois instalou-se em Praga, onde iniciou uma vida de sacrifícios, aliviados pelo sucesso na composição de um hino patriótico (1873). Depois de uma fase influenciada por Wagner e Liszt, tornou-se adepto do movimento nacionalista checo iniciada por Smetana. O impulso decisivo para a sua carreira ocorreu em 1877 quando, sob recomendação de Brahms, os Duetos morávios foram editados na Alemanha. Desde então, os programas de concerto dos diversos países passaram a colocar em destaque o nome de Dvorák. Por volta de 1891 a produção de Dvorák já era numerosa. Tinha abordado todos os géneros, revelando-se especialista em música de câmara. O Trio para piano Op. 90 - Dumky (1891), foi imediatamente incorporado ao repertório de todos os conjuntos camerísticos. A posição estética do compositor também já estava definida, como a do seu conterrâneo Smetana, igualmente abeberado nas fontes folclóricas. Popularidade, fama, honrarias, tornaram-se comuns na vida de Dvorák. Em Praga, recebeu o título de Doutor honoris causa da universidade. Foi nomeado professor e, mais tarde, director do conservatório. Chegou a ser nomeado membro da câmara dos pares do império austríaco. arbitrariamente apelidado de Americano (1893); o Concerto para violoncelo em si menor Op. 104 - Obraprima no género; e uma colectânea de peças para piano intitulada Humoresques, das quais a sétima chegou a ser a música quase mais tocada em todo o mundo. A música religiosa de Dvorák inclui o Stabat Mater, trabalho de rara beleza, que pode ser considerado como uma das melhores peças de sua criação. Esta obra abriu as portas internacionais das salas de concerto ao compositor nacionalista Checo. Quando regressou a Praga, a fidelidade às origens continuou inalterada. Dvorák dedicou-se à composições de peças sinfónicas e óperas. E, nestas últimas, principalmente, os elementos musicais e dramáticos são de pura inspiração folclórica checa. A glória em vida acompanhou-o até a morte. Dvorák morreu em Praga, em 1904 e foi sepultado como herói nacional. Sabemos que Dvorák compôs o seu Stabat Mater entre Fevereiro e Maio de 1876, imediatamente depois da morte da sua filha Josefa. Logo depois deixou o trabalho de lado. No ano seguinte, a tragédia golpeou outra vez a sua casa: as duas crianças restantes morreram; Ruzena em Agosto e Otakar em Setembro. Em Outubro, Dvorák começou a orquestrar a obra, terminando-a em Novembro. A primeira apresentação ocorreu em Praga, no Theatre Provisional (o teatro nacional Checo do interior do país), a 23 de Dezembro de 1880. De início, esta obra de Dvorák não foi prevista para ser apresentada na igreja como era de costume e sim, como peça de concerto, baseada num texto religioso, da mesma maneira que a Missa Solemnis de Beethoven e o Requiem de Berlioz. Dvorák era um católico devoto e sincero, cuja fé era firme e inquestionável. O seu Stabat Mater e o seu Requiem reflectem o seu espírito católico universal e o espírito do seu tempo. Embora os sentimentos pessoais de Dvorák possam ter afectado a sua escolha do poema do Stabat Mater, apenas os primeiros e os últimos dois andamentos reflectem directamente o significado do texto na música. A sua fama atravessou o Atlântico. Dvorák foi dirigir o conservatório de Nova Iorque. Nos Estados Unidos foi atraído pela melodia dos índios e dos negros. Três anos na América resultaram para Dvorák na fase mais conhecida da sua actividade criadora. A ela pertencem obras como a célebre Sinfonia n.º 9 em Mi menor - Do Novo Mundo (1893); o Quarteto em Fá maior Op. 96, 30 31 biografias 32 33 Manuel Moreira Giesteira Nasceu a 8 de Outubro de 1944 na Freguesia da Aguçadoura, Póvoa de Varzim. Em 1955 emigrou para o Brasil, juntamente com sua família (pai, mãe e 3 irmãos) e foi residir na cidade de São Paulo. Fez a escola primária em Aguçadoura e quando chegou ao Brasil, foi estudar no Seminário Salesiano de onde saiu aos 14 anos. Em 1959 ingressou como “office-boy” no extinto Banco Português do Brasil. Aos 17 anos entrou para a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, no curso de Direito, tendo-se formado com 22 anos. Aos 20 anos tornou-se Gerente Geral de Operações do Banco Português do Brasil e, aos 24 anos, foi nomeado Advogado Chefe do referido Banco. Com 24 anos foi aprovado como Professor Titular da disciplina de Direito Tributário na Faculdade de Economia e Gestão de Empresas e Professor Titular de Direito Comercial da Faculdade de Direito. Ambas as Faculdades integram a Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP). Aos 25 anos demitiu-se do Banco Português do Brasil e criou um escritório de advocacia, tendo exercido a profissão de Advogado e Professor até aos 52 anos. Foi advogado e consultor jurídico na área tributária e comercial de várias empresas brasileiras. Deixou a advocacia e ingressou na actividade empresarial, possuindo actualmente empresas de participações e empreendimentos. É também accionista de vários bancos e empresas industriais brasileiras. É membro e participa financeiramente na Associação de Assistência à Criança Defeituosa e na Associação de Pais de Amigos dos Excepcionais de Lagoa Vermelha do Rio Grande do Sul. A 5 de Setembro de 1998 inaugurou a construção de um sonho antigo, o Monumento ao Emigrante, financiado pelo próprio. Trata-se de uma obra localizada no alto do Monte São Félix, na Freguesia de Laundos, Póvoa de Varzim. O seu conjunto escultório representa a partida da família Giesteira para o Brasil em 1954. Também nesse dia inaugura o restauro interior e exterior da Igreja paroquial de Amorim, cujos Pequenos Cantores de Amorim custos foram por ele totalmente suportados, inclusive, posteriormente, os jardins existentes no seu adro. Em Novembro de 2007 o jornal Valor Económico do Brasil dá-lhe honras de primeira página: «o advogado surpreende pelo uso do dinheiro. Fundou, totalmente às suas expensas, um Instituto de Promoção Humana, no bairro de Cabuçu, município de Guarulhos, na Grande São Paulo, que será o principal herdeiro do seu património». Esse Instituto, terá uma área construída de 30.000 m2, dentro de um terreno de 160.000 m2. A sede, que está situada numa das maiores comunidades carentes de S. Paulo, atende actualmente 450 crianças e adolescentes, dando cursos de técnicas administrativas, computadores, reforçando o horário escolar com ginástica rítmica e artística, aulas de música etc. Todos os alunos, além de estudarem, alimentam-se enquanto ali permaneçam. Quando a construção estiver terminada, acolherá diariamente 1500 crianças, desde alimentação, cuidados médicos, ensino, desporto e formação dos pais. Farão parte do Instituto dois Centros de Saúde Infantil que atenderão menores carentes dos 0 aos 10 anos e que, actualmente, não possuem qualquer assistência médica. Manuel Moreira Giesteira foi, e é o incentivador e financiador, desde 2002, do coro dos Pequenos Cantores de Amorim e, posteriormente, dos coros Amorim & Laundos Ensemble, Coro Infantil de Amorim e coro de Câmara dos Pequenos Cantores de Amorim, bem como do Grupo de Sopros de Amorim. Actualmente, além de gerir a construção e o ensino do Instituto, participa do Conselho das seguintes empresas brasileiras: Brasil Telecom, Unipar União das Petroquimicas Brasileiras S.A., Duky EnergyParapanema Geração de Energia S.A., Tele Norte Celular S.A., entre outras. Fundado a 13 de Abril de 2002 na paróquia de Amorim, Povoa de Varzim, os Pequenos Cantores de Amorim (PCA) é coro formado por 35 crianças, adolescentes e jovens. Seleccionados aos seis anos de idade, integram, numa primeira etapa o Coro Infantil de Amorim e, de acordo com o desenvolvimento de cada um dos elementos, passam para o PCA, terminando no coro de jovens Amorim & Laundos Ensemble, projecto do qual faz parte o Grupo de Sopros da mesma freguesia. As despesas com a formação musical são suportadas por Manuel Moreira Giesteira. Esta formação tem como principais objectivos o despertar para a arte e beleza da música coral, bem como potenciar uma participação com arte e com alma na vida da igreja. International Choir Competition, no qual obtiveram o diploma de Grau Prata. De destacar as actuações em conjunto com o coral Ensemble Vocal Pro Musica, o grupo Vozes da Rádio, a Orquestra do Norte e a Orquestra Sinfónica da Povoa de Varzim. Marcaram presença nos programas "Portugal no Coração" e "Praça da Alegria" da RTP. Em Dezembro de 2007 os PCA, em conjunto com o Coro Infantil de Amorim e o Grupo de Sopros de Amorim, gravaram as músicas de Natal usadas naquela quadra pela TV Porto Canal. O coro é orientado e dirigido pelo pianista Pedro Nuno, responsável pela formação musical. Trabalham técnica vocal com a professora Liliana Coelho. É um coro formado por idades muito jovens, ligado desde o seu nascimento à música sacra, e que procura "sair" da igreja com alguma frequência, abrindo-se aos mais variados tipos de música. Os Pequenos Cantores de Amorim apresentaram-se um pouco por todo o país, nomeadamente na Sé Catedral e Mosteiro de Tibães, em Braga, na Sé Catedral e Lapa, no Porto, no Mosteiro de S. Torcato, em Guimarães, na Misericórdia de Penafiel, Matriz da Trofa e no Sagrado Coração de Jesus e São José, na Póvoa de Varzim. Marcaram ainda presença no Auditório Municipal, Pavilhão Municipal, Diana Bar e na Praça de Touros da Póvoa de Varzim, na Casa das Artes de Famalicão, no Centro Paulo VI em Fátima, em Fralães, Barcelos e na Faculdade de Teologia, em Braga. A nível internacional estiverem presentes em Santa Maria de Oia, em Pontevedra e, em Abril de 2006, participaram, em Itália, no 9º Riva del Garda 34 35 Coro Juvenil do Conservatório de Música do Porto Coro Júnior Silva Monteiro O Coro Juvenil do Conservatório de Música do Porto é constituído por cerca de 60 alunos dos cursos básicos de instrumento, com idades compreendidas entre os 10 e os 14 anos. O Coro Júnior Silva Monteiro foi criado em 1995 para responder às necessidades curriculares do Curso de Música Silva Monteiro, uma das escolas do ensino vocacional de Música mais antigas de Portugal (a comemorar 80 anos de existência em 2008). Participa com regularidade em projectos individuais, e integra os concertos com outras classes corais e orquestrais do Conservatório, como por exemplo os Concertos de Reis. Neste momento participa no Requiem de Fauré e prepara o concerto de Final de Ano agendado para o Dia Mundial da Criança. É um grupo formado por jovens dos 8 aos 14 anos, inscritos na disciplina de Classe de Conjunto Coro da referida escola e que, desde a sua criação, tem participado em diversos eventos promovidos no âmbito do projecto Escola-Comunidade “Ensemble Vocal Pro Musica”, fundado pelo Prof. José Manuel Pinheiro. 36 37 Conservatório Calouste Gulbenkian de Braga Schola Cantorum Pastorinhos de Fátima O Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga foi criado em 7 de Novembro de 1961, por iniciativa da Professora Maria Adelina Caravana. É uma escola secundária artística pública, especializada no ensino da música desde o básico ao secundário, cabendo-lhe proporcionar formação especializada de elevado nível técnico, artístico e cultural nessa área da Música. Teve o seu inicio no ano lectivo de 2003-2004, e é constituído por 50 crianças entre os 5 e os 13 anos de idade. O Conservatório lecciona planos curriculares próprios, estruturados em regime de ensino integrado e organizados com autonomia em relação aos definidos para a generalidade dos ensinos básico e secundário, devendo integrar, progressiva e gradativamente, um núcleo cada vez mais alargado das disciplinas de formação vocacional e específica. A Escola tem como princípios fundamentadores do seu projecto educativo a promoção de uma educação integral das crianças e dos jovens alunos, conjugando a sua vertente artística com outros saberes e linguagens culturais, científicas, tecnológicas e éticas ao longo de todo um percurso escolar. Trata-se de um coro infantil que tem como principal objectivo a animação musical das celebrações do Santuário de Fátima, especialmente dedicadas a crianças. Nos seus primeiros dois anos de actividade manteve uma estreita relação com o Agrupamento de Escolas de Fátima, em cujos jardins-de-infância e escolas de primeiro ciclo os seus maestros davam aulas de música. Inicialmente constituído para animar a Peregrinação Nacional de Crianças ao Santuário, tem vindo a realizar outras celebrações como terços e missas marcadamente infantis. Para além do repertório litúrgico que prepara regularmente para os momentos celebrativos, tem participado em concertos com um repertório muito diversificado. É seu fundador e maestro titular Paulo Lameiro. 38 39 Liliana Coelho Bruno Pereira SOPRANO BARÍTONO Nasceu em Braga em 1980. Frequentou o Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga desde os 10 anos de idade, nas classes de canto da Professora Manuela Bigail, de piano com o professor Filipe Silvestre e de violoncelo com a Professora Paula Almeida. Licenciou-se com distinção em Canto na ESMAE, nas classes dos professores José de Oliveira Lopes, Rui Taveira e Norma Silvestre. Foi orientada na técnica e interpretação vocal pelos Professores: Peter Harrison, Galina Pisarenko, António Salgado, Isabel Malaguerra, Jeff Cohen, Jill Feldman, Muriel Coradini, Graziela Calvani, Jaime Mota, Philip Langridge, Tara Harrison, Marieke Spaans, Lada Valesova, Eugene Asti, Ingrid Kremling, Enza Ferrari, Laura Sarti, entre outros; e dirigida pelos Maestros: Pierre-Andre Valades, Peter Bergamin, Martin André, Laurence Cummings, William Lacey, Luís Carvalho, António Saiote, António Sérgio, entre outros. Frequenta o último ano do Mestrado de Canto em Interpretação na Universidade de Aveiro sob orientação do Professor António Salgado. Estreou-se em ópera com o papel de Cousinière em «O rouxinol» de Stravinsky, entretanto interpretou a Fúria de «L' ivrogne corrigé» de Gluck, «La Voix Humaine» de Poulenc, Hoodpeecker em «A raposinha matreira» Janacek, Vespina em «La Spinalba» de Francisco António de Almeida, Duquesa em «A bela adormecida» de Respighi e mais recentemente na personagem Lucy da Opera Dreigroschenoper de Kurt Weill sob direcção do Maestro António Saiote e direcção Cénica de Marcos Barbosa. Interpretou em repertório de oratória: Chichester Psalms de Leonard Bernstein, Gloria de Vivaldi, La Giuditta de Francisco António de Almeida, Gloria a 7 voci de Monteverdi, no final de 2007 interpretou o Magnificat de J. S. Bach, o Gloria de A. Vivaldi e o Te Deum de Charpentier. Em Junho de 2007, foi solista na 4ª Sinfonia de Mahler com Orquestra Nacional do Porto e Josep CaballeDomenech, e será novamente solista com a ONP em 2008 na 3ª Sinfonia de Carl Nielsen sob direcção de Hannu Lintu. Fez parte do projecto Estúdio de Opera da Casa da Musica do Porto onde se apresentava em recital mensalmente (de 2000 até 2006) com reportório variado. Em recital fez a estreia absoluta do ciclo “Os frutos dos Anjos” de Nuno Corte Real. Apresenta-se em recital regularmente com o pianista David Baptista Ferreira. Faz parte do corpo docente da Academia de Musica de Barcelos, do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga e é preparadora vocal do Coro dos Pequenos Cantores de Amorim desde 2007. Nascido em Vila Nova de Gaia iniciou os seus estudos musicais aos oito anos de idade na Academia de Música de Vilar do Paraíso. É licenciado em Produção e Tecnologias da Música pela Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo do Porto e pós-graduado em Gestão Cultural. É diplomado em Canto Teatral pelo Conservatório Superior de Música de Gaia, na classe da Prof. Fernanda Correia. Realizou cursos de aperfeiçoamento vocal com Hilde Zadek, Laura Sarti, Elsa Saque, Charles Spencer, Mara Zampieri, Pat MacMahon, Manuel Cid, Enza Ferrari e Susan McCulloch. Trabalha regularmente com António Salgado. Interpretou o baixo do Messias de Handel, Requiem, Missa da Coroação e Missas em SolM, FaM, DoM e ReM de Mozart, Cantata nº4 de J.S. Bach, Te Deum de Charpentier e Requiem de G. Donizetti. No campo operático desempenhou o papel de Sarastro na ópera A Flauta Mágica e D. Alfonso em Cosi fan tutte de Mozart. Interpretou Colas na ópera Bastien und Bastienne, Bártolo nas Bodas de Fígaro e Buff no Empresário de Mozart. Interpretou ainda Baltazar na ópera Amahl e os visitantes da noite de G. Menotti, Noé na ópera A Arca de Noé de B. Britten; Jimmy na ópera Mahagonny Songspiel de Kurt Weil e Mãe na ópera Os sete pecados capitais do mesmo compositor; Fiorello e Oficial na ópera O Barbeiro de Sevilha de Rossini; Zuniga em Carmen de Bizet; interpretou ainda, em estreia absoluta a personagem de João Espergueiro morto na ópera João Espergueiro de Eduardo Patriarca. Cantou sob a direcção dos maestros Mário Mateus, Manuel Ivo Cruz, Cesário Costa, Roberto Perez, António Saiote, Niksa Bareza, Marc Tardue, Richard Brunner, Filipe Veríssimo e Pedro Amaral com a Orquestra do Conservatório Regional de Gaia, Orquestra do Norte, Orquestra Filarmonia das Beiras, Orquestra ARTAVE, Orquestra Nacional do Porto, Orquestra Clássica de Espinho, Orquestra Sinfonieta da ESMAE, Orquestra Sine Nomine e Orquestra Metropolitana de Lisboa. É professor na Academia Contemporânea do Espectáculo e na Academia de Música de Vilar do Paraíso. 40 41 Daniel Ribeiro José Manuel Pinheiro ÓRGÃO DIRECÇÃO Nasceu na cidade de Paredes, Porto, em 1982, e iniciou os seus estudos musicais em 1998 com Pe. João Carrapa. Em 1999 ingressou no Conservatório de Música do Porto onde frequentou o curso de piano na classe da Prof. Anne Marie Soares, tendo ainda a oportunidade de trabalhar com os Profs. Fausto Neves (Piano) e Fernando C. Lapa (Analise e Técnicas de Composição). Nessa data iniciou também os seus estudos em órgão sob a orientação da Prof. Rosa Amorim. Em 2004 ingressou na Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa, tendo estudado Órgão e Improvisação com Giampaolo Di Rosa, Composição com Eugénio Amorim, Musica de Câmara com Cesário Costa, e Direcção Coral com Barbara Francke. Actualmente frequenta o primeiro ano de Mestrado em Musica Sacra, especialização em Órgão, na Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa, na classe do Prof. Giampaolo di Rosa. Participou em cursos orientados pelos Profs. Graham Barber, Stefan Baier e Hans Ola Ericsson. È organista na paróquia de Parada de Todeia, tendo já realizado vários concertos na diocese do Porto. Realizou, após o restauro, a inauguração do órgão da Igreja Misericórdia de Barcelos. Participou no Festival Internacional de Órgão “Ottobre Organistico Apriliano 2007” em Aprilia, Roma, e no Ciclo Buxtehude, organizado pela AMPO - Associação Musical Pro Organo. Nasceu em S. Mamede de Infesta, Matosinhos. Concluiu no Conservatório Nacional o Curso Superior de Composição com elevada classificação, e frequentou no Conservatório de Música do Porto o Curso Superior de Piano e parte do Curso Geral de Violino e Canto. Obteve o grau de licenciatura em Música na Universidade de Aveiro, e concluiu com distinção o mestrado em Choral Education (Music Education) na Roehampton University, Londres. Na área da música e da pedagogia frequentou, a convite da Yamaha Music Foundation e de outras instituições musicais, cursos em Espanha, Inglaterra, Holanda e Áustria. A sua actividade dominante incide sobre a pedagogia, educação e animação cultural - musical. Tem orientado por todo o país acções de formação na área da Expressão Musical para professores do Ensino Básico. Lecciona no Conservatório de Música do Porto a disciplina de Acústica Musical e Organologia e no Curso de Música Silva Monteiro a disciplina de Classes de Conjunto - Coro. Trabalhou direcção de coro e orquestra com os maestros Colin Durrant, Denis Dupays, Gregory Roses, Matti Hyökki (Academia Sibelius Finlândia), Mike Brewer (National Youth Choir of Great Britain), Peter Erdei, Ralph Allwood (Eton College - National Youth Choir of Wales) e Wassil Arnaudov. 42 43 Ana Paula Russo Ana Calheiros SOPRANO MEZZO-SOPRANO Nasceu em Beja. Completou o Curso Superior de Canto do Conservatório Nacional, estudou em Salzburg e Luzern com Elisabeth Grümmer e H. Diez e trabalhou com Gino Becchi, C. Thiolass, Regine Resnick e Marimi del Pozo. Licenciou-se em Canto pela Esc. Superior de Música de Lisboa. Como solista tem actuado em inúmeros concertos de “Lied”, ópera e oratória, quer em Portugal, quer no estrangeiro (Espanha, França, Bélgica, País de Gales, Itália, Macau, Canadá, Estados Unidos). Destacam-se, nomeadamente, trabalhos para a Fund. Gulbenkian, RTP, RDP, a Europália-91 (em Bruxelas), espectáculos no âmbito de Lisboa 94 Capital da Cultura e a participação, entre outros, nos Festivais de Música dos Capuchos, Leiria, Estoril, Algarve, P. de Varzim, F. da Foz, Ischia e no Festival Internacional de Macau. Dos muitos concertos e recitais destacam-se obras como “O Livro dos Jardins Suspensos” de A. Schönberg, “Les Noces” de Stravinsky, “Les Illuminations” de Britten, a Cantata op.29 de Webern, obras de A. Chagas Rosa, os “Carmina Burana” de Orff e as Operetas “Monsieur Choufleuri…” e “Bataclan”de Offenbach. Em 1988 obteve o 1º prémio de Canto no concurso da Juventude Musical Portuguesa e no Concurso Olga Violante; no mesmo ano, em Barcelona foi finalista no Concurso F. Viñas. Em 1990 foi laureada nos Concursos Internacionais de Oviedo e “Luisa Todi”. Gravou em CD uma colectânea de canções de Natal para canto e guitarra e um programa de peças musicais relacionadas com o Palácio da Ajuda. Em 1996 foi a soprano-solista das gravações para CD da obra “Matutino dei Morti” de J. D. Bomtempo. Em 1999, integrou o elenco que gravou para CD a ópera de M. Portugal “Le Donne Cambiate”, no papel de “Condessa Ernesta”. No Festival de Macau de 1992 interpretou, com grande sucesso, o papel de “Rosina” em “O Barbeiro de Sevilha” de Rossini. A sua carreira tem tido um destaque especial no âmbito da ópera e música cénica podendo ser referidos os papéis de : “Oscar” (“O Baile de Máscaras”), “Marie” (“A Filha do Regimento”), “Ninette” (“O Amor das Três Laranjas”), “Musetta” (“La Bohéme”), “Adele” (“O Morcego”), “Clorinda” (“La Cenerentola”), “Condessa Ernesta” (“As Damas Trocadas”), “Hanna” (“A Viúva Alegre”), “Najade” (“Ariadne auf Naxos”), “Cunegonde“ (“Candide”), “Vespetta” (“Pimpinone”), “Eurydice” (“Orfeu nos Infernos”), “Rouxinol” (na ópera homónima de Stravinsky), “The English Cat” (Henze), “D. Anna” (D. Giovanni), entre muitos outros. Em Abril de '98 integrou o elenco que fez a estreia mundial da ópera “Os Dias Levantados” de A. Pinho Vargas, gravada posteriormente em CD para a EMI. Foi escolhida para desempenhar um dos papéis principais da ópera “Corvo Branco” de Philip Glass, levada à cena na Expo '98 e no Teatro Real de Madrid e, em Julho de 2001, no New York State Theatre (Lincoln Center Nova Iorque). Em 2004, no 10º aniversário da morte do compositor, interpretou o soprano solista do Requiem de Fernando Lopes-Graça, versão recentemente editada em cd (2006). Em 2005, em conjunto com o guitarrista Carlos Gutkin, lançou o cd “Melodia Sentimental”, um percurso musical ibero-americano, que tem obtido grande exito em concertos em Portugal e Espanha. Ana Calheiros nasceu na cidade de Braga. Ingressou aos dez anos no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian da mesma cidade, iniciando os estudos musicais em flauta de bisel contralto, piano e mais tarde em canto na classe da professora Maria José Carvalho. O seu percurso na área do canto começou no Conservatório, cantando a solo algumas obras com a Orquestra e Coro do mesmo. Actualmente, frequenta o último ano do curso de Canto na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo do Porto, na classe do Professor José de Oliveira Lopes. Nesta mesma Escola já trabalhou com os professores Luís Filipe Sá, Rui Taveira, entre outros. Paralelamente, assumiu uma colaboração com a Igreja da Lapa Porto, integrando o Coro de Câmara Portogalante Ensemble, colaborando com o Coro Polifónico da Lapa e desempenhando, essencialmente, funções de solista, sob a direcção do maestro Filipe Veríssimo. No âmbito da Ópera desempenhou o papel de Dido na Ópera "Dido e Eneias" de Purcell e Marcellina na Ópera "As Bodas de Fígaro" de W.A.Mozart. Com o Coro da Orquestra do Norte já participou na Óperas: "O Trovador" de Verdi, “La Traviata” de Verdi, “Tosca” de Puccini, “Fidelio” de Beethoven e ainda na Cantata “Carmina Burana” de Carl Orff. Como conclusão de seminários realizados com a professora Norma Silvestre destaca-se o papel de Orfeu na Ópera "Orfeu e Euridice" de Gluck e alguns excertos da Terceira Dama na Ópera "A Flauta Mágica" de W.A.Mozart. Trabalhou com os maestros José Ferreira Lobo, Filipe Veríssimo, António Saiote, António Baptista, Álvaro Cassuto, Jorge Matta e com o maestro belga Erik van Nevel num estágio de Música Renascentista Portuguesa.. Participou em alguns cursos realizados pelos professores José de Oliveira Lopes, Liliane Bizineche, Jose Antonio Campo. No campo da oratória foi solista em obras como "Requiem" de Mozart, "Magnificat" e "Missa em Sol Maior" de J.S.Bach. No âmbito da comemoração dos 250 anos do nascimento de Mozart, foi solista em todas as suas missas breves e ainda na "Missa da Coroação", “Missa do Grande Credo”, "Missa Waisenhaus", "Missa Dominicus", "Missa Orgelsolo”, "Spatzenmesse", entre outras. Como membro do Coro da Orquestra do Norte já interpretou o "Requiem" de W.A.Mozart. Com o Coro Polifónico da Lapa interpretou a “Grande Missa em Dó menor” e o “Requiem” e W.A.Mozart. Destaca-se também, como aluna da ESMAE, a participação em "Ein Deutsches Requiem" de Brahms dirigido pela maestrina Barbara Francke. 44 45 José de Oliveira Lopes José Manuel Araújo BARÍTONO TENOR Tem uma intensa carreira artística que o tem levado aos mais importantes centros musicais da Europa, América do Sul, África, Ásia, Estados Unidos e Canadá. Destacam-se as participações em todos os Festivais de Música em Portugal bem como no Festival de Música Religiosa de Cuenca (Espanha), Comemorações Ravel de Bruges (Bélgica), Festival de Bydgosz (Polónia), Art et Musique de Biarritz (França), Comemorações Brahms (Japão), Celebrações Mozart em Detroit (USA), Campos do Jordão (Brasil), Festival de Macau (China), Primavera 2001 de Moscovo (Rússia), International Arts Festival 2007 (África). Para além da sua actividade como cantor de Lied e Oratória, representou em palco cerca de quarenta personagens de Ópera, podendo destacar-se interpretações como Don Alfonso (Così fan tutte), Conde Almaviva (Le nozze di Fígaro), Albert (Werther), Sharpless (Madama Butterfly), Scarpia (Tosca), Bártolo (Il barbiere di Siviglia), Orpheo (Orpheo ed Euridice), Colline (La Bohème), Escamillo (Carmen), Mago Tcelio (L'amour des trois oranges), Musiklehrer (Ariadne auf Naxos). Foi também figura principal em óperas portuguesas: Arsénio (Spinalba), Rei (Variedades de Proteu), e Prisioneiro (Em nome da Paz). Tem uma passagem pelo cinema, onde desempenhou, como cantor e actor, o papel de Apresentador do filme-ópera “Os Canibais” de Manoel de Oliveira/João Paes. Interpretou as partes cantadas de Frohlo e Arcebispo na versão portuguesa do filme “O Corcunda de Notre Dame”, para as produções Walt Disney. Tem sido solista convidado das principais orquestras portuguesas e ainda da Manchester Camerata, Filarmónica de Pequim, Orquestra da Câmara de Annapolis, Filarmónica de Moscovo, Sinfónica de Denver, Sinfónicas de São Paulo e do Rio de Janeiro, Orquestra de Cordas de Lucerna, Filarmónica de Bogotá, Westvlaams Orkest, entre outras. Entre os Maestros com quem actuou, salientam-se os nomes de Michel Corboz, Rudolf Baumgartner, Fritz Rieger, Oliviero di Fabritis, Theodor Guschlbauer, John Eliot Gardiner, Maurice Gendron, Claudio Scimone, John Neshling, Philippe Entremont, Chen Zuo Huang, Dimitri Kitaenko, Jan Latham-Koenig, e dos Pianistas Sequeira Costa, Hermann Reutter, Helena Sá e Costa, Tania Achot, Jörg Demus, Jorge Moyano e Sergei Covalenko. Tem vários discos gravados em colaboração com os pianistas Fernando Azevedo, Takashi Yamasaki, Noël Lee, Filipe de Sousa, Adriano Jordão e com as Orquestras Gulbenkian, da Rádio Húngara e com a Sinfónica de Budapeste. Iniciou os estudos musicais no Conservatório de Música do Porto com Martha Amstad e posteriormente em Lisboa com Croner de Vasconcellos, diplomando-se em Canto com nota máxima. Frequentou quatro anos a Academia Superior de Música de Munique, sob a orientação de Hermann Reutter e mais tarde fez aperfeiçoamento artístico com Janine Micheau, Gino Bechi e Alfredo Kraus. Foi considerado, por unanimidade do Júri, como o melhor intérprete de Lieder, no XIX Concurso Internacional de Canto da Baviera, na Alemanha. É detentor do prémio da Casa da Imprensa Portuguesa. Idealizou e dirigiu artisticamente os Concursos Internacionais de Canto Luísa Todi, em Setúbal e Tomaz Alcaide, em Estremoz. Está citado na “História da Música Portuguesa” de Ferreira de Castro/Rui Vieira Nery, em”Cantores de Ópera Portugueses”, e “200 anos do Teatro Nacional de São Carlos” de M. Moreau, “Uma Vida em Concerto memórias de Helena Sá e Costa” de Filipe Pires e na edição Portuguesa da “Enciclopédia Larousse”. Frequentou a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde cursou Filologia Clássica, e o Conservatório Nacional, onde estudou Piano, Violoncelo, Composição, Cravo, Clavicórdio, Interpretação de Música Antiga e Canto, tendo terminado o curso superior desta disciplina com a máxima classificação, assim como a licenciatura em Canto, na Escola Superior de Música de Lisboa. Estudou com José de Oliveira Lopes, Lola Aragón, Gino Bechi, Ettore Campogallianni, Claude Thiolass, Marimi del Pozo, e, na Accademia Verdiana em Busseto, com Carlo Bergonzi. Foi cantor solista do Teatro Nacional de São Carlos. Cantou os papéis de Camille (A Viúva Alegre), Pollione (Norma), Uldino (Attila), Ismaele (Nabucco), Jim Mahoney (Ascensão e Queda da Cidade de Mahagónny), Steuermann (Der Fliegende Holländer), Léon (La Mère Coupable), O Conde (O Amor Industrioso), O Fidalgo (Triologia das Barcas), Lo Studente (Manon Lescaut), Wagner (Mefistofele), Helenus (Les Troyens), Moser (Die Meistersinger), Tamino (Die Zauberflöte), Alfredo, Gaston (La Traviata), Conde Almaviva (Il Barbiere di Siviglia), D. José (Carmen), Duque de Mântua (Rigoletto), Bedel Bamford (Sweeney Todd), Jasão (Os Encantos de Medeia), Dr. S. (The Man Who Mistook His Wife For A Hat), Cavaradossi (Tosca), Altoum (Turandot), Manrico (Il Trovatore). Leonardo de Barros, Michael Nyman, Fernando Fontes, Laszlo Heltay, Tadeusz Serafin, Roberto Perez, Renato Palumbo, Rengim Gökmen, Gabor Ötvös, Zoltán Peszko, Zsolt Hamar, Félix Carrasco. Cantou com a Orquestra do Teatro Nacional de S.Carlos, a Orquestra Sinfónica Portuguesa, a Orquestra Filarmónica de Moscovo, a Royal Philarmonic Orchestra, a Orquestra de Pequim, a Orquestra Sinfónica Juvenil, a Orquestra da RDP, a Orquestra do Norte, a Orquestra Sinfónica de Vallès, a Orquestra Angrense, a Orquestra Clássica da Madeira. É professor do Conservatório Nacional de Música de Lisboa e da Academia de Amadores de Música.. Do repertório de concerto, cantou a IX Sinfonia de Beethoven, a Missa da Coroação e o Requiem de Mozart, o Stabat Mater e a Petite Messe Solennelle, de Rossini, El Retablo de Maese Pedro, de Falla, o Requiem de Verdi, Die Schöpfung, de Haydn, L'Oratorio de Noël, de Saint-Saëns, o Stabat Mater, de Cimarosa. Foi dirigido pelos maestros John Neschling, Wolfgang Rennert, Daniel Nazareth, Armando Gatto, Franco Ferraris, Lathan Köenig, Frédéric Chaslin, Gregor Bühl, Dimitri Kitaenko, Silva Pereira, João Paulo Santos, Manuel Ivo Cruz, Gunther Arglebe, Ferreira Lobo, Rafael Montes, Ino Turturo, Cristopher Bochmann, 46 47 Orfeão de Vila Praia de Âncora Félix Carrasco DIRECÇÃO Foi em 17 de Março de 1958 que, pela vontade do Pe. José Pereira Lima, e de um grupo de Ancorenses, se criou o Orfeão. Colabora com instituições várias e estabelecimentos de ensino, procurando divulgar a música coral composta ao longo dos tempos. O Orfeão de Vila Praia de Âncora (colectividade já galardoada com a Medalha de Ouro do Concelho de Caminha, com Medalha de Honra da cidade PontaultCombault (França), com a Medalha de Mérito Cultural Dourada do Concelho de Caminha, declarada de Utilidade Pública, em Abril de 1980), alarga a sua actividade cultural nos mais variados campos. Assim, mantém em actividade o seu Grupo Coral a quatro vozes mistas, Secção De Teatro, o Grupo De Danças E Cantares Regionais (em fase de renovação) e a Escola De Música (em reestruturação). Prepara anualmente um Concerto de Natal com música sacra e canções de Natal. O Grupo Coral, sobejamente conhecido em todo o País através da rádio e da televisão, tem actuado em inúneras localidades, distinguindo especialmente audições efectuadas em Lisboa, Porto, Coimbra, Braga, Évora, Portalegre, Guimarães, Póvoa de Varzim, Viana do Castelo, Lagos, etc.. Actua, normalmente, em várias localidades de Espanha e fez diversas digressões artísticas pela França (em 1978 foi o representante Português no Festival "Carnaval dos Carnavais", um desfile em Paris organizado pela TF 1), actuando junto de associações de emigrantes portugueses ali radicados e, bem assim, perante público francês. Foi o organizador do I Encontro de Coros do Norte de Portugal, em 1971, tendo também organizado os IV e XIII Encontros nos anos de 1974 e 1983 respectivamente. Participa anualmente nos Encontros Internacionais de Corais da Ribeira do Baixo Minho, com corais Minhotos e Galegos, tendo já organizado o 2º., 6º. E 10º. Encontros. Desde 1958 teve como maestros: Padre José Pereira Lima, Prof.Laurentino Alves Monteiro, Dr. Francisco José Torres Sampaio e Francisco Emílio Fontaínha Presa. Félix Carrasco dirigiu com êxito mais de sessenta orquestras em todo o mundo. Entre os países que visitou como maestro convidado, encontram-se, na Europa, a Alemanha, Áustria, Hungria, Suíça, Grécia, Itália, Roménia, Letónia, Lituânia, Macedónia, Polónia, Portugal e a República Checa. O Chipre, Egipto, Kazaquistão, a Turquia e Taiwan fazem parte do grupo de países africanos e asiáticos onde dirigiu. Na América, actuou no Canada, na Colômbia, em Cuba, nos Estados Unidos, no México, na República Dominicana e na Venezuela. Realizou diversas tournées pela Europa como maestro convidado com as orquestras Sinfónica de Budapeste, Sinfónica de Szeged (Hungria), Filarmónica de Brasov (Roménia), Sinfónica Feminina da Áustria e Orquestra de Câmara de Tóquio. Christian David (composição), Harald Goertz (direcção de orquestra), e Guenther Theuring (direcção coral). Em 1995 foi-lhe atribuído o prémio das Artes da Universidade de Leon pelo trabalho realizado junto da Orquestra de Monterrey. Em 1997 foi premiado com a medalha de Mérito Cívico pelo Estado de Nuevo Leon pela sua contribuição no desenvolvimento cultural do Estado. Em Novembro de 2002 foi galardoado pela embaixada Austríaca no México, pelo Instituto Cultural Domecq, pelo Concelho Nacional para a Cultura e Artes e pelo Instituto Nacional de Belas Artes com a “Medalha de Ouro de Mozart, Capítulo de Excelência” pela promoção que realizou da música académica no México e pela sua trajectória artística além-fronteiras. Foi Director Artístico de diversas orquestras mexicanas e austríacas, entre as quais destacamos a primeira Orquestra de Câmara Austríaca Feminina (1982-1983), a Orquestra Pro Arte de Viena (19831985), a Orquestra de Câmara Queretaro (1986-1988), e a Orquestra da Sociedade Cultural Manuel Ponce (1987). Foi também, de 1986 a 1990, maestro assistente da mais famosa das orquestras mexicanas, a Filarmónica do Estado do México. Em 1991 foi nomeado Director Artístico da Orquestra Sinfónica de Monterrey. Em 1997 fundou a Orquestra de Câmara de Monterrey, onde ocupou também o cargo de director artístico. Como docente foi Professor em três universidades mexicanas: a Universidade de Nuevo Leon, a Universida de Coahuila, e a Universidade Nacional da Cidade do México. Felix Carrasco graduou-se com menção honrosa pela famosa escola vianense Hochschule für Musik onde estudou com Karl Österreicher (direcção), Thomas 48 49 Larissa Savchenko João Martins MEZZO-SOPRANO TENOR Nascida na Ucrânia, iniciou os estudos de Piano aos cinco anos de idade. Estudou no Conservatório Nacional de Kiev onde obteve o diploma de Canto Lírico. No teatro de Òpera de Kiev, interpretou os seguintes papeis: Madalena (Rigoletto), Siebel em Faust (Gounod), Olga (Eugeni Onegin), Duenia (Mosteiro Noivado) de Prokofiev, Marta (Iolanta) Tchaikovsky, Liubacha ( A Noiva do Czar) Rimsky-Korsakov, e LÉnfat et les sartiléges. Nascido em Junho de 1979 na Cidade de Ponta Delgada (Açores), João Cipriano Martins, iniciou os seus estudos de Técnica Vocal em 2000, no Conservatório Regional de Ponta Delgada. Actualmente é finalista do Curso de Ensino de Música - Área Vocacional de Canto da Universidade de Aveiro sob orientação da Soprano Isabel Alcobia.Trabalhou com Larissa Savchenko, Imaculada Pacheco, e João Lourenço.Participou em Master-Classes de Ópera, Lieder, Canto e Alexander Technique com Ralph Döring, Isabel Alcobia, Carleen Graham, Patrizia Morandini, Carla Lopes, Isobel Anderson, Laura SartiFGSM , Pat Mcmahon e Mário Alves. Foi solista nas seguintes obras: Requiem de W.Mozart, Stabat Mater de Rossini, Requiem de Verdi, tendo efectuando digressões pela Europa. Em 1997 foi convidada trabalhar como professora de Canto no Conservatório Regional da Ponta Delgada, na ilha de São Miguel dos Açores. Em 2001, ingressou como professora de Canto no Conservatório Nacional de Lisboa. Na temporada de 2001-2002 do Teatro Nacional de São Carlos cantou em Alexander Nevsky. Na presente temporada entregou o elenco de Charodeika de Tchaikovsky. Na temporada de 2002-2003 interpretou o papel de Catherine em Jeanne d`Arc au bûcher, de Artur Honegger. Em 2004 cantou Petitte Messe Solennelle de Rossini, Stabat Mater de A.Dvoâk, interpretou o papel da Suzuki de Madame Batterfly, Puccini. Integrou o elenco de Iolanta de P.Tchaikovsky no Teatro São Carlos em 2006. Trabalhou com os seguintes maestros: Volodymyr Gluchko, Zoltan Pesko, Jonatahn Webb, Cristopher Bochmann, José Ferreira Lobo, João Paulo Santos, Vladymyr Fedoseev. Em 2007 foi convidada a cantar no elenco de Iolanta de P.Tchaikovsky no Teatro da Arena di Verona, Itália, com o maestro Vladymyr Fedoseev. Em 2008 entrou no elenco da ópera Aleko de Rakhmaninov, com direcção do maestro Will Humburg, no Teatro Nacional de São Carlos. Adriano D´Arcy, Vasco Negreiros, Cesário Costa, César Nogueira, Jorge Matta, Jorge Rocha, Jean Sebastien Berrau, Paulo Martins e Vasco Pearce de Azevedo. Como solista Interpretou as obras: Folk Song - British Isles - de Benjamin Britten; Requiem, Litaniae, Vesperae Solenne de Confessore e várias missas de W.A. Mozart; Messa di Gloria de G. Puccini; Mass for mixed chorus de I. Stravinsky; Te Deum de Marcos Portugal; Te Deum de A. Bruckner; Missa brevis de Presb. Licinio Refice; “Evangelisten” em Historia von der Geburt Jesu Christi de H. Schütz; Membra Jesu Nostri de Buxtehude; Magnificat e Missa in Sol M de J.S.Bach; Missa in Sol M de F. Schubert; Missa em Sol M de Carlos Seixas; Miserere de Francisco Lopes de Macedo e Miserere de José Maurício; Messiah de G.F. Händel; Chorfantasie op.80 de L.V. Beethoven; como Lukas em Die Jahreszeiten de J.Haydn; como Tamino na Ópera Die Zauberflöte de W.A. Mozart e Herr Vogelsang no Singspiel Der Schauspieldirector também de W.A.Mozart, Don José na Ópera Carmen de G.Bizet e muito recentemente participou no elenco de Evil Machines, uma Fantasia Musical de Luís Tinoco e Terry Jones, em estreia Mundial. Trabalhou com as orquestras: Metropolitana de Lisboa; do Algarve; Sinfonieta de Lisboa; Filarmonia das Beiras; de câmara do Conservatório Regional de Ponta Delgada; Sinfónica de Jovens de Sta. Maria Feira, e sob a direcção dos Maestros: José Leite; Rui Massena; António Lourenço; António Saiote, António Mário Costa, 50 51 Ensemble Vocal Pro Musica Rui Silva BARÍTONO Nasceu em 1982 na Póvoa de Varzim. Iniciou os estudos musicais no Seminário de Nossa Senhora da Conceição - Braga. Ingressou, em 2002, na Fundação Conservatório Regional de Gaia na modalidade de canto. Actualmente frequenta o último ano da Licenciatura do Curso Superior de Canto Teatral, no Conservatório Superior de Música de Gaia, sob a orientação da professora Fernanda Correia. Tomou parte como solista nos Recitais de Canto organizados por este conservatório. Apresentou-se como solista nas seguintes Óperas: “L'Enfant et les Sortilèges” de Ravel no papel de Fauteuil; “La Serva Padrona” de Pergolesi como Uberto; “O Gato das Botas” de Montsalvatche no papel de Rei; “Bastien e Bastienne” de Mozart no papel de Colas; “A Flauta Mágica” de Mozart no papel de Sarastro; “Don Giovanni” de Mozart no papel de Leporello; “Carmen” de Bizet no papel de Morales, “Os Sete Pecados Mortais” de Kurt Weill no papel de Pai. No campo da oratória, foi solista na “Missa da Coroação” de Mozart, inserido no Festival de Música de Pontevedra. Participou ainda nas Óperas “Dido e Aeneas” de Purcell, “Amahl e os Visitantes da Noite” de Menotti e “As Bodas de Fígaro” de Mozart. Participou em diversas Galas de Ópera. Do repertório apresentado em concerto fazem parte obras de Ariel Ramirez, Bruckner, Barber, Bardós, Dureflé, Kodaly, Czerny, Otto Nicolai, Saint-Saens, Debussy, Poulenc, Ravel, Fauré, Haendel, Mozart, Bach, Beethoven, Fernando Lapa, Lopes-Graça, Manuel Faria, Schumann, Schubert, Brahms, Puccini, Verdi, entre outros. Cantou sob a direcção dos Maestros Mário Mateus, Lawrence Golan, Vassalo Lourenço, Jiri Málat, Ferreira dos Santos, Filipe Veríssimo, António Saiote, Miramontes Zapata, Azevedo Oliveira, Jairo Grossi, Nicola Giusti, Ferreira Lobo e Marc Tardue. Participou em cursos de aperfeiçoamento vocal e seminários com António Salgado, Antonie Denygrová, Fernanda Correia, Enza Ferrari, Mário Mateus, Mara Zampieri, Ettore Nova. Dos locais onde se apresentou publicamente destacam-se: Auditório Municipal de Gaia, Casa-Museu Teixeira Lopes - Gaia, Europarque - Santa Maria da Feira, Museu Nacional do Traje - Lisboa, Auditório Municipal do Barreiro, Auditório Municipal da Póvoa de Varzim, Ateneu Comercial do Porto, Fórum do Seixal, Fórum Luísa Todi - Setúbal, Teatro Garcia de Resende Évora, Coliseu do Porto. Integrou o Coro da Fundação Conservatório Regional de Gaia, Grupo de Música Vocal Contemporânea, Grupo de Câmara do Porto, Coro Polifónico da Lapa, Coro do Seminário de Nossa Senhora da Conceição coadjuvando a direcção, Coro do Seminário Conciliar de Braga, Orfeão da Universidade Católica Portuguesa Braga. Frequentou o curso de Teologia, Universidade Católica Portuguesa - Braga, e o curso de Direito, Universidade Lusíada - Porto.. O Ensemble Vocal Pró Musica é um projecto de interligação Escola-Comunidade, fundado na cidade do Porto, em 1991, pelo Prof. José Manuel Pinheiro e por alguns dos seus alunos. Inicialmente, integraram este projecto, elementos oriundos de vários grupos que partilhavam uma mesma direcção musical. Nos seus primeiros doze anos de existência teve como objectivos a promoção e realização de concertos corais mais participados, favorecendo um maior intercâmbio, interajuda e sociabilização entre agrupamentos com diferentes características. Realizou nesse período cerca de 80 concertos (acompanhados por alunos e/ou professores do Centro de Música da Valentim de Carvalho, pela Orquestra do Norte ou por Quintetos de Metais) em diversas Igrejas e Salas de Espectáculo de Portugal. A participação do grupo nestes concursos contribuiu para uma excepcional motivação e evolução musical (e artística) do grupo, pois permitiu o contacto com a realidade coral internacional e promoveu o convívio com grupos oriundos de vários continentes e com níveis artísticos muito elevados. Por ser um grupo jovem, procura dentro da sua actividade musical, explorar a componente lúdica, sem esquecer a componente educativa e por isso "viaja", no tempo e no espaço, fazendo música de diferentes tipos, estilos, países e épocas. Actualmente, tem como base um coro que foi criado no Curso de Música Silva Monteiro - uma das escolas do ensino vocacional de Música mais antigas de Portugal. A Direcção da escola entendeu como positiva a adesão deste grupo ao projecto que, a partir de Setembro de 2003 começa uma nova etapa passando a apostar numa formação de câmara. Com esta nova formação participou em Outubro de 2003 no 5º Concurso Internacional de Coros em Riva del Garda - Itália, onde obteve um diploma de prata na categoria de Jazz e Música Latina e participou em Novembro de 2004 nas Olimpíadas Corais - 10º Festival e 8º Concurso Internacional de Coros de Atenas - Grécia, onde obteve a Medalha de Bronze na categoria de Coros Mistos. Realizando na cerimónia de abertura deste último evento o seu centésimo concerto. Em Setembro de 2007, deslocou-se a Veneza Itália, para participar no 5º Festival Internacional e Concurso de Coros “Venezia in Musica”. Concorrendo em 2 categorias, Musica Sacra e Coros Mistos, obteve 2 diplomas de ouro, vencendo a categoria de Música Sacra e o Grande Prémio “Venezia in Musica”, este último disputado entre os vencedores das 6 categorias. 52 53 Nuno Costa João Almeida ORQUESTRAÇÃO APRESENTAÇÃO Natural de Cerva (Ribeira de Pena), nasceu em Novembro de 1986. Tendo iniciado os seus estudos musicais desde muito cedo, frequenta, neste momento, no Conservatório de Música do Porto o Curso Complementar de Piano na classe da professora Manuela Costa. Também é aluno do IPP - ESMAE, no curso de Composição. A par das actividades escolares tem dinamizado a actividade coral na sua terra natal. Dentro desta actividade tem participado em diversos encontros de coros com várias formações vocais. Promoveu alguns espectáculos na região de Basto, com o objectivo de divulgar a canção popular portuguesa. Tem desenvolvido um vasto trabalho na área da edição musical. Editou, para estreia absoluta, várias composições de Joaquim dos Santos. Ainda na área da edição musical, colabora regularmente com a associação portuense Atelier de Composição, na revisão de partituras. Desenvolve também um trabalho regular na área da composição. Estreou as suas primeiras peças para coro misto; piano solo; canto, violoncelo e piano durante o ano de 2006 e dirigiu o Coro do Conservatório de Música do Porto (classe da professora Magna Ferreira), na estreia do seu salmo 22, para barítono solo, coro a 8 vozes e órgão, na igreja de Cedofeita, Porto. Em Outubro de 2007 assumiu a direcção musical do Coral de Chaves, com o qual tem realizado vários concertos a capella e acompanhados por agrupamentos instrumentais. A convite do maestro José Manuel Pinheiro orquestrou para o Ciclo Coral-Sinfónico de Amorim o Ave Verum de Gabriel Fauré, sendo o original para órgão e coro. João Almeida nasceu em 1963 em Lisboa. Em criança frequentou o Curso de Solfejo da Academia de Amadores de Música e o Curso de Guitarra da Escola Duarte Costa. Após 9 anos de estudo na Escola Alemã de Lisboa, seguiu o Curso de Psicologia da Faculdade de Psicologia. Ao mesmo tempo prosseguiu a relação com a música, nomeadamente através do Curso de Guitarra Jazz do Hot Clube de Portugal. Pouco depois foi convidado, como autor/guitarrista, a colaborar com o Grupo Teatro Ibérico em "Auto da Índia" (Gil Vicente), sob a direcção de José Blanco Gil. Foi também autor/intérprete da música em "Cabaret", de Fernando Gomes, na Casa da Comédia. O mundo da rádio surgiu em 1987 ao concluir o 1º Curso de Jornalismo Radiofónico da TSF, sob a coordenação de Adelino Gomes, no final do qual foi convidado a integrar a equipa que fundou a TSF Rádio Jornal. Entre 1988 e 1999 João Almeida trabalhou como repórter na TSF, tendo executado, como enviado especial, a cobertura noticiosa de diversos eventos em cerca de 20 países, nomeadamente o derrube de Ceausescu na Roménia, a reunificação da Alemanha, o bi-centenário da morte de Mozart na Áustria, a Guerra do Golfo em 1991, a guerra em Angola, as eleições em Israel e nos Estados Unidos da América em 1992, os massacres no Ruanda (1994), a erupção do vulcão na Ilha do Fogo em Cabo Verde (1995), as tropas portuguesas na Bósnia (1996), e a cerimónia dos óscares em Los Angeles (EUA) em 1997. Em 1998 realizou para a TSF o programa “Toque” (divulgação de música clássica) e “Palco” (divulgação de espectáculos). Em 1999 executou as funções de editor da manhã da TSF e de apresentador do Fórum TSF. Em 2000 saiu da TSF para integrar os quadros da SIC e SIC Notícias onde trabalhou até 2004 como repórter televisivo na área cultural, colaborando de permeio com o “Jornal de Letras” e a revista “Visão” (editoria de cultura). A partir de 2005 foi convidado a integrar os quadros da RDP (Antena 2) tendo aí realizado os programas "Bilhete Postal", "Amanhecer", "Raízes", e “Linha do Horizonte”. Actualmente apresenta os programas "Quinta Essência" (entrevistas) e “Preto no Branco”, exercendo, ao mesmo tempo, o cargo de director-adjunto da Antena 2. Durante esse percurso, como jornalista de rádio, João Almeida recebeu uma Menção Honrosa na categoria de Revelação do Prémio Gazeta (1990), além do Prémio Gazeta de Reportagem Rádio (1991), e do Prémio de Reportagem Rádio do Clube Português de Imprensa (1992). 54 55 Orquestra do Norte José Ferreira Lobo DIRECTOR ARTÍSTICO José Ferreira Lobo iniciou a sua actividade profissional em 1979 como Maestro Director da Camerata do Porto, orquestra de câmara que fundou com Madalena Sá e Costa. Com a colaboração de solistas prestigiados internacionalmente, apresentou-se em inúmeros concertos, no país e no estrangeiro. Em 1992, funda a Associação Norte Cultural, sendo o seu projecto o vencedor do primeiro Concurso para criação de Orquestras Regionais, instituído pelo estado português. Neste contexto, cria a Orquestra do Norte, de que é o seu Maestro Titular e Director Artístico. Colaborou com artistas consagrados internacionalmente como Krisztof Penderecki, José Carreras, Júlia Hamari, Regis Pasquier, Katia Ricciarelli, Patrícia Kopatchinskaya, Michel Lethiec, Eteri Lamoris, António Rosado, Dame Moura Linpany, Svetla Vassileva, José de Oliveira Lopes, Vincenso Bello, Fiorenza Cossotto, entre outros. Da sua carreira internacional destaca-se a direcção de ópera e concerto na África do Sul, no Brasil, na Alemanha, China, no Chipre, em Espanha, nos Estados Unidos da América, no Egipto, em França, na Holanda, Inglaterra, Lituânia, Itália, Letónia, no México, na Polónia, Roménia, Rússia, Suíça, Turquia, Colômbia e na Venezuela, colaborando com orquestras de renome como Manchester Camerata, Orquestra Sinfónica Nacional da Lituânia, Orquestra de Cannes, Orquestra Sinfónica da Galiza, Orquestra Nacional de Izmir, Orquestra Sinfónica de Istambul, Orquestra CRR de Istambul, Orquestra da Rádio Televisão de Pequim, Orquestra Sinfónica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, Orquestra da Rádio Nacional de Holanda, Orquestra Sinfónica do Estado do México, Orquestra Sinfónica da Universidade de Nuevo Leon, Filarmónica Artur Rubinstein - Lodz, Orquestra Hermitage de St. Petersburg, Orquestra Sinfónica de Zurique Tonalle, Sinfonia Varsóvia e Orquestra Filarmónica de Montevideo. José Ferreira Lobo apresentou-se em algumas das mais importantes salas de espectáculo do mundo, nomeadamente na Filarmonia de Munique, Tonhale de Zurique, Ópera Nacional do Cairo, no Centro Cultural de Hong Kong, Centro Cultural de Pequim, Teatro Solis de Montevideo, na Filarmonia de Vilnius e no Hermitage de São Petersburgo. Interpretou ainda música sacra nas igrejas da Madelaine, em Paris, Catedral de Catânia (Festival Bellini) e Orsanmichele, em Florença. É regularmente convidado a integrar mesas de júri de prestigiados Concursos Internacionais. Dirigiu estreias mundiais de compositores franceses, portugueses, suíços e turcos. Possui um amplo repertório que abrange o clássico e o romântico, passando por trabalhos contemporâneos e trinta títulos de ópera. Gravou para a Rádio Televisão e Rádio Difusão Portuguesas e Rádio Suisse Romande. Com a Orquestra do Norte gravou nove CD's. É director artístico do Festival Internacional de Ópera de Portimão. A Orquestra do Norte concretiza, desde 1992, o projecto de descentralização da cultura musical, apresentado pela Associação Norte Cultural, vencedora do primeiro concurso nacional para a criação de orquestras regionais, instituído pelo Estado Português, nesse mesmo ano. Iniciadora de um trabalho verdadeiramente pioneiro e inédito, esta orquestra tem vindo a afirmar-se no panorama da música erudita, realizando os seus concertos de norte a sul de Portugal e também noutros países, como é o caso de Espanha e de França. A Orquestra do Norte integra profissionais de reconhecido mérito e tem, habitualmente, a colaboração de prestigiados Maestros, Solistas e Coros nacionais e estrangeiros, que permitem a interpretação de um repertório variado, que inclui concertos sinfónicos, didáctico-pedagógicos, ópera, música de bailado e música de câmara. Ao longo dos dezasseis anos de actividade realizou mais de dois mil concertos com uma assistência média de cinquenta mil espectadores / ano, o que revela a sua capacidade de resposta aos diferentes tipos de público e o especial cuidado com a formação dos jovens, através dos concertos pedagógicos que são orientados e executados numa perspectiva didáctica. A Orquestra do Norte conta com o apoio do Ministério da Cultura e do Instituto Politécnico do Porto e tem colaborado com setenta e uma autarquias, fundações, empresas patrocinadoras e diversas instituições culturais. O Maestro Titular e Director Musical é, desde a sua fundação, José Ferreira Lobo. 56 57 Orquestra do Norte - Elenco José Ferreira Lobo - Maestro Titular Gunther Arglebe Maestro Adjunto I Violinos Emanuel Salvador Jadwiga Korzen Anne-Louise Cantori Kinga Switaj Flávio Azevedo Joana Kruszynska Gaspar Santos II Violinos Pedro Carneiro Tatiana Raleva Malgorzata Szymanska Jaroslaw Biesarz Melanie Fernandes Vania Rodet Violas Liliana Fernandes Michael Korpak Driton Islami Katarzyna Baczewska Noémi Santos Violoncelos Yoël Cantori Adrienne Taylor Carina Albuquerque Beata Checinska Lucie Kucharova Monika Mats Contrabaixos Ulrich Charlé Rui Leal Maurício Garcia Harpa Elzbieta Baklarz Flautas Ana de la Vega Ana Catarina Oboés Russel Tyler Pedro Leal Clarinetes Nuno Madureira Gaspar Lima Fagotes Joaquim Teixeira Adam Odonj Trompas Rebecca Holsinger Mário Reis Roberto Sousa Nelson Silva Trompetes Ângelo Fernandes Flávio Silva Trombones José Pereira Pedro Mendes Jorge Freitas Tímpanos e Percussão Kazuko Osada Vítor Brandão Rui Tavares organização coro infantil de amorim pequenos cantores de amorim amorim & laundos ensemble grupo de sopros de amorim quatro grupos únicos um grande projecto por um sonho antigo Associação Norte Cultural - Orquestra Norte Associação Norte Cultural - Orquestra dodo Norte Morada Cine Teatro Monte da Eira, Cepelos - 4600 Amarante Cine Teatro Monte da Eira, Cepelos - 4600 Telefone (+351) 255 410 470 Amarante 470255 (+351) Telefone (+351) 255 Fax410 Fax410 (+351) 479255 410 479 on@orquestradonorte.com E-mail E-mail on@orquestradonorte.com Web www.orquestradonorte.com www.orquestradonorte.com mecenas ouro Uma entidade sem fins lucrativos, destinada a criar um mundo melhor. mecenas prata Pub lipor apoio Pub tecniforma Apoio APDL Administração dos Portos do Douro e Leixões, SA. A. F. Costa, Jardinagem Agência Funerária de Beiriz Agrupamento nº 440 - Amorim Casa dos Anjos Cena, Equipamentos Teatrais e Cinematográficos Churrascaria Corcovado Energie - Energia Solar Termodinâmica Electro Amorim / Euronics Farmácia de Amorim Ferreira & Novo José Pereira Novais, Construção Civíl Junta de Freguesia de Amorim Manjar das Francesas M. J. Vendeiro Móveis Dias Novotel Vermar Petisqueira Barca Restaurante Firmino Serralharia Irmãos Rego Tecniforma, Oficinas Gráficas Apoio à divulgação Antena 2 Diário do Minho Póvoa Semanário Rádio-Mar Rádio Renascença Ficha Técnica direcção técnica e produção Paróquia de Amorim Associação Norte Cultural/Orquestra do Norte direcção artística José Ferreira Lobo coordenação geral Guilherme Peixoto coordenação coral José Manuel Pinheiro comunicação Câmara Municipal da Póvoa de Varzim Associação Norte Cultural/Orquestra do Norte relações públicas colaboradores paróquia de amorim Artur Martins Eduarda Viana Elói Alves Hélder Amorim João Paulo Moreira José Claro Marta Santos Pedro Alves Pedro Costa Renato Neiva Rúben Alves Teresa Costa colaboradores orquestra do norte Mónica Magalhães secretariado notas de programa Cristina Santos Mónica Magalhães contabilidade design Paula Brás Typeface | design, comunicação e multimédia técnico de palco fotografia Daniel Santos Mário Santos arquivo decoração da igreja Liane Dias Costa Pedro Mendes Vânia Rodet Notas