ORIENTAÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS Autor: Manoel de Souza Miranda PARA A OBRA: “A CRIANÇA CONSTRUINDO SUA BÍBLIA” Autor: Michael Landgraf Tradutora: Euzi Rodrigues de Moraes A) AGRADECIMENTOS: 1- Agradecemos ao Pastor Frank Biebinger, da Palatina, Alemanha, à Sociedade Bíblica da Alemanha, a Michael Landgraf, autor do livro que, juntos, numa combinação de grande interesse por nós, além de ofertas generosas, fizeram a concessão dos direitos autorais para a Igreja Presbiteriana Unida do Brasil - IPU, numa primeira edição em Português do Brasil, e tornaram possível entregar às nossas igrejas, para a educação infantil, o livro: “A Criança Construindo sua Bíblia”. 2- Agradecemos de forma especial à Professora Euzi Rodrigues de Moraes – PhD em Linguística, e a suas assessoras Sonia Maria Rodrigues de Moraes e Maria Augusta dos Santos Barbosa, pela tradução da obra de sua versão em inglês, com esmero, sempre na busca de melhor chegar ao espírito do texto e colocá-lo no entendimento de crianças na faixa pertinente. 3- Agradecemos aos editores da Gráfica Santo Antônio Ltda. – GSA, que compreenderam o espírito não mercantilista da obra, e ajudaram a baixar os custos de sua produção. 4- Agradecemos ao Presbitério de Vitória – PVTR, e à Primeira Igreja Presbiteriana de Vitória por terem adquirido 100 volumes da obra antecipadamente, de forma a completar os valores de sua edição. Espero que haja êxito neste nosso trabalho de prover um bom material de Escola dominical para as crianças entre 5-6 a 10-11 anos. Contudo, sem o trabalho local, intenso e amoroso dos professores e professoras e pastores e demais pessoas interessadas no bom desenvolvimento deste grande recurso das igrejas, seria pequeno e quase inútil ter um livro e ter orientações pedagógicas. Felizmente todos sabem disso, e podem trabalhar para que o desejado aconteça, com a Graça de Deus. Cremos que Deus orientará o bom uso desta obra. Trabalhamos para isso sob seu cuidado e orientação. A Ele toda honra e toda a glória. OBSERVAÇÃO: Estas ‘Orientações’ estarão disponíveis gratuitamente nos sites da Primeira Igreja Presbiteriana de Vitória: www.primeiraigrejaipu.org.br e no site da IPU: www.ipu.org.br B) Introdução: A obra “A Criança Construindo sua Bíblia” é muito especial porque se propõe um trabalho efetivo de crianças entre 5/6 a 10/11 anos na criação de sua própria bíblia, por meio de orientação responsável, constante e segura de todos os agentes de sua educação cristã: pais, pastores, presbíteros e professores da Escola Dominical que, por trabalharem com crianças, se preparam adequadamente e com mais intensidade ainda. Esta obra exige vários cuidados para atingir seus objetivos: 01- O livro deve ser mantido arquivado na igreja, e só usado na aula da Escola Dominical. Não é material para levar para casa, pois a criança pode querer avançar individualmente nas lições sem a devida orientação e participação coletiva. 02- Cada criança precisa ter o seu próprio livro, com o nome e arquivo adequados. 03- O professor precisa orientar eficazmente e manter a atenção para a lição do dia, senão a criança passa para a página seguinte fora da hora, como brincadeira de colorir. 04- A preparação das lições antecipadamente é imprescindível. Só é possível um efetivo aprendizado quando, na semana que precede uma determinada lição, as crianças e suas famílias já vão para casa sabendo das atividades exigidas da próxima lição e tomem as providências necessárias. Por isso, os professores sempre devem preparar as lições com dois domingos de antecedência, no mínimo, o que se transformará em rotina. Se for preparar no sábado anterior imediato, ficarão surpresos por não poderem fazer o que foi sugerido, pois já não dá tempo. 05- Ao final de um grupo de lições, os professores podem fazer uma exposição e convidar os pais e toda a igreja para visitar e conhecer o trabalho desenvolvido, considerando-se o fato de que os pais são sempre envolvidos durante todo o processo. 06- Paralelamente, os professores leem na sua bíblia os textos correlatos à lição e incentivam as crianças a lerem em casa e com a família. Minha sugestão é que cada família tenha pelo menos uma bíblia da Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH), da Sociedade Bíblica do Brasil, o que facilitará muito a compreensão das crianças. A grande finalidade é o amor pela Palavra de Deus infundido no coração e mente das crianças desde cedo. Certamente esta prática fará da Bíblia uma leitura constante na família. OBS.: A Primeira Igreja Presbiteriana de Vitória mandou fazer uma edição especial da Bíblia NTLH, comemorativa de seu aniversário de 80 anos, e há exemplares disponíveis ao preço unitário de R$20,00, fora os custos do correio. Pedidos pelo telefone: (27) 3223-5271; e-mail: secretaria@primeiraigrejaipu.org.br 07- IMPORTANTÍSSIMO: as aulas nunca podem se limitar a fazer desenhos nas folhas. Os desenhos devem refletir a compreensão e um modo de criação sobre envolvimentos vários das crianças dentro e fora da sala de aula. 08- O autor destas ‘orientações’ ficará muito agradecido se receber críticas sobre o funcionamento delas, contribuições de atividades novas e relevantes no processo de conhecimento e construção da Bíblia pelas crianças das várias igrejas envolvidas. Endereço: pastormanoelmiranda@gmail.com C) Necessidades Gerais: Para a execução dos trabalhos solicitados por estas sugestões pedagógicas, as classes precisam ter materiais em quantidades e variedades suficientes para servir bem a todas as crianças matriculadas e também aos visitantes eventuais: 01- lápis de cor 02- massa de modelar 03- tesouras de ponta redonda 04- uma tesoura maior de uso do professor 05- papel celofane de várias cores 06- cola à base de água anti-alérgica, da comum e das coloridas 07- Cartolinas de várias cores 08- uma caixa com muita sucata limpa, lavável, de tamanho pequeno (muito cuidado com as crianças menores), revistas para recortar com os mais diferentes motivos 09- salas adequadas, decoração agradável, mobiliário confortável e próprio às idades, um aparelho de som (CD) simples para cada classe, uma TV para passar filmes pertinentes (doações – há sempre alguém trocando esses aparelhos em casa, sem que estejam estragados - e investir nas crianças é fundamental, intransferível e urgente) 10- outros materiais típicos de cada lição, solicitados sempre antecipadamente e uma lembrança: os recortes feitos em classe não devem ser considerados lixo, pois devem e podem ser reaproveitados 11- muita criatividade, imaginação, alegria, entusiasmo, partilha etc. 12- se a Igreja tiver uma sala disponível, ela pode ser usada como almoxarifado de materiais didáticos. Onde houver lojas de R$1,99 podem-se comprar objetos duráveis e úteis, por baixo custo. Lembrar sempre de lavar os materiais antes do uso pelas crianças. D) ORIENTAÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS GERAIS Estas orientações não pretendem substituir a capacidade pessoal e grupal de cada igreja, nem engessar os professores, que conhecem bem a sua própria realidade. Podem ajudar como alternativas e despertar toda a capacidade local na evolução do trabalho valioso de ensinar e aprender, e ensinar a aprender sempre, como condição de melhorar muito a identidade da igreja na sua tarefa de mostrar Jesus Cristo às crianças em todo o seu desenvolvimento. IMPORTANTÍSSIMO: a) ensinar às crianças formas de participação, tendo como base: falar sempre um de cada vez; esperar a sua vez de falar enquanto escuta a palavra do colega; manifestar-se inicialmente com o braço levantado; aprender a ter motivos para discordar e concordar; aprender que discordar é diferente de não gostar do outro. b) Todo o material sugerido para as lições e atividades extra-classe com as famílias precisam de planejamento antecipado de, pelo menos, dois domingos. Improvisar nunca é o melhor caminho quando se trata de educação. Há um mapa antes da lição 1, para informações sobre o Antigo Testamento, e outro antes da lição 80, sobre o Novo Testamento. Um mapa é instrumento rico em informações e orientações. Ajuda a criança a se posicionar no espaço e reconhecer o que está a sua esquerda, direita, adiante, atrás, acima, abaixo. As equipes de trabalho podem solicitar a ajuda de um professor de Geografia da cidade para orientar na confecção de mapas e de sua leitura adequada. Cada classe deve ter mapas semelhantes ao indicado em tamanho grande (ampliar em Xerox), fixados permanentemente na sala, para as constantes consultas. Para a aprendizagem de mapas, de acordo com as idades e escolaridade, as crianças montam e desmontam mapas com seus próprios movimentos dentro da sala e/ou em ambientes maiores internos e externos, em brincadeiras planejadas para esse fim. É importante compreender desde cedo os pontos cardeais. Esta aprendizagem de mapas deve ser sempre repetida nas necessidades. Há crianças que já aprenderam a usar mapas nas suas aulas da escola. Elas podem ajudar muito. c) Várias lições do livro podem ocupar mais de um domingo, considerando todas as variáveis a serem aprendidas, comunicadas, representadas etc. d) A Bíblia deve ser lida sempre pelas crianças em todas as aulas, e incentivadas a ler em casa o texto bíblico relativo à lição seguinte. Os textos, no livro, estão indicados no índice. Nestas Orientações estão indicados em cada lição, com o título correspondente. A construção da Bíblia pelas crianças não deve se limitar ao texto da lição. A lembrança de uma passagem anterior ou posterior, que seja pertinente, é uma forma de integração de toda a Bíblia. Essa prática terá excelentes frutos ao longo do tempo. e) Cada lição deve ser iniciada e terminada com uma oração. Caso as crianças ainda não orem, elas devem repetir as orações dos professores, e incentivadas a orar. Em algumas lições há pequenas orações sugeridas. Agora, vamos ao trabalho de construção da Bíblia. Lição 1 – Gênesis 1 – No Princípio 1- As crianças fazem desenhos a partir do texto. Usam lápis de cor diferente para o desenho da terra, para a presença da água ao redor da terra, para a luz de um lado e escuridão do outro. É possível o mesmo efeito com colagens. Nesse caso é preciso providenciar antes material suficiente para todas as crianças e para visitantes. 2- Outra coisa que pode ser feita, e é muito útil: providenciar uma vasilha com água e uma bola de madeira ou de barro queimado (molhar a terra, dar-lhe forma redonda, achatada nos dois lados opostos, colocá-la no forno enquanto se assa qualquer outra coisa – colocar a bola dentro da água para mostrar que a terra está cercada de água por todos os lados e que há muito mais água que terra. Com uma lanterna, pode-se iluminar a bola de um lado – luz -, enquanto o outro permanece mais escuro – escuridão. 3- Em seguida, as crianças comentam o que significam para elas o dia e a noite, a terra e a água. Devem falar de rios e mares, sempre com a fala de todos e a insistência no ensinar a aprender a ouvir e a falar cada um na sua vez, também em casa, na escola, nas brincadeiras. Será interessante um filme que mostre a terra e as águas. Juntas, elas podem montar numa cartolina os mesmos motivos da lição e apresentar na abertura (domingo seguinte) ou encerramento da Escola Dominical (mesmo dia). A lição: Deus criou estas coisas lindas e necessárias e viu que elas eram uma coisa muito boa. É importante não antecipar a lição seguinte. Mas é importante criar expectativas. Lição 2 – Gênesis 1 – Deus cria as plantas e os animais 1- Os materiais são específicos: Esta lição é muito rica em vários sentidos. É preciso ter material abundante para que todas as crianças possam utilizar. É a criação das plantas e dos animais da terra, do ar e do mar. 2- Providenciar pequenos galhos de variadas plantas. Providenciar figuras dos mais variados bichos, aves e peixes. Pequenos brinquedos de plástico podem ajudar (muito cuidado na sua manipulação por crianças pequenas). Preparar uma mesa coberta com terra e areia, pelo menos com dois centímetros de profundidade. Convocar as crianças para plantar e dar nome às árvores (dentre os nomes que elas conhecem de árvores frutíferas e não frutíferas). Preparar uma bacia com água até o meio. As crianças vão colocar dentro dela os mais variados peixes e bichos aquáticos, já disponíveis, solicitados dos pais nos domingos anteriores. Preparar figuras de pássaros e prendê-las na sala como móbiles. Um grupo de jovens e adultos se reúne antes para preparar tudo isso. Será uma festa colaborar. Grupos também podem mobilizar-se para arranjar todo o material necessário para que as crianças construam a “criação das plantas, animais e pássaros”. Na página do livro, as crianças desenham a terra, a água, o ar (espaço em branco). E desenham ou colam figuras, enquanto falam do que estão fazendo. Aliás, sempre devem falar da sua “criação”, como ajudantes de Deus. Esta lição deve proporcionar uma visita ao parque da cidade, ou a uma pequena floresta no campo com alguém que conheça bem o meio ambiente; talvez um(a) professor(a) de ciências da escola de uma das crianças, para mostrar as árvores com seus nomes. Uma bela salada de frutas pode encerrar a segunda aula. Se houver na cidade um aquário municipal, os pais devem planejar nesta semana levar lá os seus filhos e filhas e, sendo cristãos, que falem da beleza da diversidade de peixes e também de animais dentro da criação de Deus. A proteção das espécies, o cuidado com o verde, com a água e com a terra são interessantes assuntos a entrar na composição desta lição. Pode-se planejar também construir na igreja um pequeno jardim, a ser plantado e cuidado pelas crianças o ano todo. Adultos com experiência podem orientá-las em como criar, cuidar e manter toda essa beleza. Lição 3 – Gênesis 1 e 2 – Deus cria os humanos 1- Esta é a lição mais importante: a criação dos seres humanos. Para esta lição os professores devem se preparar bastante, pois também aqui há muita diversidade e riqueza. Aliás, foi esta lição que me encantou ao ponto de eu desejar que este livro estivesse nas mãos de todas as crianças de nossas igrejas. Aqui o trabalho maior será de colagem. Devem estar disponíveis figuras de cada espécie humana para uso de cada criança e de visitantes: figuras de negros, índios, brancos, asiáticos, mulatos, esquimós, gente diferente, homens e mulheres de todas as idades, das mais variadas etnias, de todos os continentes e ilhas conhecidas. 2- As crianças devem entender que Deus criou todas estas pessoas diferentes, e devem falar de quantos tipos humanos conhecem, se estão representados ali na sala de aula para elas, e que elas podem ajudar a fazer as etnias mais diferentes se tornarem unidas, amigas, irmãs. O principal trabalho de criação das crianças é esse: fazer todas as espécies serem amigas, irmãs. Não usar a expressão: raças diferentes, pois há somente uma raça humana. Uma canção de amizade pode ser preparada e cantada; cenas de ajuda podem ser mostradas na TV da sala; Introduzir conceitos suaves de ecumenismo. 3- Os pais em casa, na rua, nos passeios com seus filhos podem mostrar pessoas diferentes que devem ser respeitadas e amadas, porque todos são filhos e filhas de Deus, e se há uma coisa de que Deus não gosta mesmo é quando discriminamos alguém. 4- As crianças podem preparar um lanche e chamar outras crianças, aquelas que não vêm à igreja e oferecer a elas. As famílias, em casa, com a participação efetiva das crianças, também podem chamar crianças, aquelas geralmente nunca convidadas, e oferecer este lanche de reconhecimento e amizade. Esta lição pode durar três domingos, além de ser motivo constante em quase todas as lições daqui para frente. As crianças devem dar-se as mãos para uma oração assim: “Querido Papai do céu, muito obrigado(a) pelas pessoas serem tão diferentes e bonitas; obrigado(a) porque podemos viver todos bem unidos, em amizade e alegria. Abençoa as crianças que sofrem só porque são diferentes das outras. Perdoa as maldades que às vezes fazemos com os amiguinhos e amiguinhas; ensina-nos a amar todas as pessoas. Em nome de Jesus. Amém!” Lição 4 – Gênesis 2 – No Jardim do Éden 1- Esta lição é para ensinar às crianças a cuidar bem de toda a natureza. Pode-se usar de novo a mesa com terra e areia, e as crianças trazerem variados tipos de flores e criarem ali um jardim muito bonito e harmonioso. Os pais precisam saber antecipadamente para ajudá-las nas providências. (Sempre que uma criança esquecer ou não tiver o material solicitado, convidá-la a participar de todas as atividades com outra criança que não esqueceu, e ensinar a importância de se lembrar e trazer tudo o que for preciso, do mesmo modo que devem sempre levar para a sua escola todos os deveres prontos. Jamais castigar uma criança por ter esquecido algo, por exemplo, impedindo-a de participar. As famílias devem ser comunicadas sempre que isso acontecer). 2- Elas devem sugerir a melhor forma de fazer esta montagem. Também podem trazer sementes variadas para plantar em vasos, sob orientação de quem bem entende do assunto na comunidade. No meio do jardim, e também da página, as crianças plantam e desenham uma árvore maior que as outras, para ser a árvore da vida (pode-se ensinar que as árvores são muito importantes para todo tipo de vida e que se não formos obedientes e cuidarmos delas como Deus mandou, seremos muito prejudicados na qualidade de nossa vida). Aquela árvore era tão especial que os seres humanos não podiam tirar nada dela, nem mesmo o seu fruto. Se desobedecessem, não poderiam mais viver naquele jardim. Mas podiam aproveitar bem os frutos de todas as outras árvores. 3- Desenhar um homem e uma mulher cuidando do jardim. A noção de “cuidado” no sentido de proteger deve ser uma constante. As crianças também podem aprender a cuidar umas das outras, a partilhar, a ajudar-se mutuamente. Isto é uma aprendizagem muito valiosa. Se os professores quiserem, as crianças podem trazer de casa pequenos vasos com plantas já crescidas e apresentar no encerramento ou abertura da Escola Dominical. Lição 5 – Gênesis 3 – Os humanos são expulsos do Éden 1- Para esta lição é preciso criar um pouco de suspense. “Na próxima lição vai acontecer uma coisa muito perigosa para todo mundo”. Lembrar que as crianças não levam o livro para casa. 2- É preciso explicar bem todas as conseqüências da desobediência (citar fatos reais, sem moralizá-los, isto é, sem considerar que tudo que foge à regra é pecado, que tudo o que contraria a vontade de alguém seja desobediência. A grande desobediência que o texto nos mostra é que o ser humano quer ter o mesmo poder de Deus, quer saber tudo como Deus sabe, quer ser igual a Deus e não só semelhante. Isso é o significado de comer o fruto da árvore da vida. 3- As crianças desenham o homem brigando com a mulher, um acusando o outro, e também acusando a cobra. Como aqui fica um pouco abstrato, os professores devem providenciar situações de pessoas em confusão, com a aparência de se acharem superiores a outras, e situações em que aparecem fora do jardim, talvez num deserto, trabalhando no sol quente, porque a desobediência é também destruição da harmonia da natureza. Mostrar cenas de queimadas, de terra sem chuva. Deixar as crianças falarem do que sabem a respeito disso. 4- Escrever pequenas orações de confissão: “Querido Papai do Céu, me perdoa porque deixo a água correr da torneira muito mais do que preciso. Ajuda-me a não fazer mais isso. Amém!” “Querido Papai do céu, me perdoa porque às vezes faço coisas erradas e ponho a culpa nos outros. Ajuda-me a não fazer mais isso, em nome de Jesus. Amém!” Lição 6 – Gênesis 4 - Caim e Abel Esta lição deve proporcionar muitas discussões entre as crianças sobre a violência tão presente na realidade nossa de cada dia. Aprender a identificar a violência é a principal base para evitá-la como sujeito e como objeto. Este será um momento de envolver toda a Igreja na discussão e nas providências para eliminar a possibilidade de violência eclesial, familiar e escolar. Minhas sugestões: a) observar várias brincadeiras que contêm violência e/ou que as crianças são violentas ao brincarem; b) mostrar desenhos da tv de que as crianças gostam e avaliar seu grau de violência; c) mostrar cenas de violência por palavras, atos e gestos; d) mostrar brinquedos que incitam à violência: revólveres, espadas, super-herois totalmente armados e outros; e) encenar situações familiares, escolares, sociais e de outros âmbitos que são violentas; f) fotomontagem de cenas de violência retiradas de revistas e jornais; g) nestas e em outras, chamar a atenção para a identificação da violência e os males decorrentes; h) promover uma “passeata” pela paz e a não violência nos corredores do templo, com faixas feitas pelas crianças e outros instrumentos pertinentes, para ensinar a participação efetiva em todas as lutas legítimas da sociedade. i) Observação pertinente: distinguir violência de agressividade, sabendo que o ser humano, mesmo em ambientes não hostis, precisa de certa dose de agressividade para realizar-se. O espírito de agressividade impulsiona o ser humano na conquista de seus objetivos, para a frente, para o alto e que não são, necessariamente, objetivos violentos. Será bom se as crianças aprenderem a criar mecanismos de não violência nas mais variadas situações da vida delas: lar, escola, igreja, brincadeiras, alimentação. Lembrar que a não violência não é a mesma coisa que deixar os violentos fazerem o que bem entendem. A orientação e a punição devem ser recursos nunca descartáveis. Quanto ao relato bíblico de Caim e Abel, afirmar com segurança os males da inveja e da cobiça nas estruturas sociais relacionadas com as crianças. Certamente o tema produzirá muitas outras boas situações de aprender, e sempre reafirmar que Deus dá oportunidade às pessoas para abandonarem a prática da violência., mas é preciso que as pessoas queiram. Lições 7, 8, 9 e 10 – Gênesis 6 a 9 (um mês de trabalho, pelo menos) – preparação bem antecipada. Ler todas as orientações a seguir para decidir quais serão ou não utilizadas, e para planejar outras bem interessantes. Lição 7 – Gênesis 6 - Noé e a arca * as crianças constroem a arca sobre a mesa; * colocam dentro dela os animais que trouxeram de casa (bichos de plástico, madeira, massa etc); * desenham na folha o complemento da arca e desenham dentro dela os bichos e seres humanos. 1- Esta história prova que o ser humano gosta mais do mal do que do bem, mesmo sabendo que o mal pode destruir todas as pessoas; prova que Deus pune os maus que não se arrependem e providencia a continuidade da vida humana sobre a terra. 2- E mostra que Deus impõe um limite à maldade humana. Assim também a família deve aprender a colocar limites no comportamento geral dos filhos. É uma boa oportunidade de reafirmar a importância dos seres da natureza, sua preservação adequada, sua importância para a própria sobrevivência humana. É assunto “quente” porque as crianças ouvem muito sobre isso na sua escola. A Arca deve ser vista como instrumento de preservação da vida vegetal e animal, e Noé, como pessoa obediente e consciente da situação ambiental de sua época. Pedir às crianças que tragam a opinião de seus pais ou responsáveis sobre o assunto. Na lição 8 – Gênesis 6-8 - O dilúvio: 1- Colocar a arca construída pelas crianças dentro de uma bacia bem grande e enchê-la de água. A bola usada na criação do mundo deve estar também dentro da bacia. Atenção: a arca deve ser de material à prova d’água e com amplitude para vários animais; 2- encher até cobrir a terra, enquanto a arca flutua; 3- se possível, mostrar filmes e vídeos preparados com antecedência, em que um navio (ou barco) é batido pelas ondas; 4- os desenhos na folha devem mostrar a arca flutuando sobre as ondas, sem que a terra seja vista. 5- Contar histórias de enchentes. Chamar pessoas mais idosas da igreja e de fora para falar com as crianças sobre a força da natureza e as causas de muitas tragédias. Causas de enchentes, dentre elas a falta de cuidado adequado com o lixo. Na lição 9 – Gênesis 8 - Um raminho de árvore traz esperança 1- fazer um desenho de Noé soltando pássaros, e outro de Noé recebendo de volta os pássaros que trazem ramos nos bicos; 2- desenhar as pessoas se abraçando, felizes; 3- mostrar vídeos ou fotos de regiões brasileiras durante a seca e depois, quando a chuva chega. 4- Alguém da Igreja ou da cidade pode falar sobre a situação do nordeste brasileiro, e de como a terra rejuvenesce logo que a chuva cai, mesmo depois de longa estiagem. Na lição 10 – Gênesis 9 – O arco-íris 1- desenhar a arca de novo em terra firme, e os bichos e gente saindo dela; 2- desenhar um arco-íris envolvendo toda a página – sinal da promessa de Deus de que não destruiria mais a terra; 3- desenhar Noé dando louvores a Deus. 4- Colagens, músicas e teatro podem muito ajudar no aprofundamento destas lições. É uma boa oportunidade de haver entre as igrejas um entrosamento para a partilha das experiências a partir destas sugestões e das ricas proposições locais. Analisar as próprias experiências das crianças sobre chuvas fortes e alagamentos na sua cidade, ruas, casas, e explicar para elas quais são as principais causas. Lembrar sempre de dizer às crianças que Deus pede aos seres humanos que protejam a terra, os rios, as matas, os animais, porque, senão, as tempestades podem vir e destruir tudo. Lição 11 – Gênesis 11 – A torre de Babel A Torre de Babel é uma explicação a respeito da diversidade de línguas faladas no mundo conhecido da época. Há línguas parecidas entre si porque nascem de uma mesma língua original, como o português, o francês, o espanhol e o italiano que nascem do latim. Mas, as línguas, na sua maioria, são muito diferentes umas das outras, de forma que uma pessoa não consegue entender o que a outra fala ou escreve. Sugestões: 1- Copiar frases bem simples de línguas diversas e deixá-las disponíveis para as crianças lerem umas para as outras. Elas devem ler do jeito que entenderem, e também devem tentar descobrir o seu significado. No Google é possível encontrar uma infinidade de línguas e copiar parte de cada uma para as crianças verem as diferenças. 2- Num segundo momento, todas devem tentar ler ao mesmo tempo em voz alta. Se a criança ainda não lê, ela pode falar frases aleatórias, como num teatro. A experiência é para ser criticada pelas crianças quanto a: a) alguém entendeu alguma coisa? Por que não entenderam? Foi só porque falaram ao mesmo tempo? b) As crianças devem tomar conhecimento de que podem aprender outras línguas além da que falam, e que a linguagem é um dom de Deus para a melhor comunicação entre as pessoas. Ensaiar falas em ritmos variados, em alturas variadas, sempre sob a crítica das crianças, visando ao entendimento da fala do outro. É uma boa oportunidade de reforçar a importância de aprender bastante a própria língua, tanta na fala quanto na escrita. c) Informar sobre variadas formas de comunicação e criar oportunidades para as crianças se expressarem por meio de desenhos sem palavras, teatro, canto, mímica, gestos. d) As crianças devem chegar a algumas conclusões importantes sobre esse assunto: falar mais alto que os outros não dá razão a ninguém; falar ao mesmo tempo atrapalha a comunicação e provoca brigas; não falar o que sente, ou o que pensa faz a pessoa querer ser inferior às outras; falar o tempo todo, sem respeitar o direito dos outros é muita falta de educação, e ninguém gosta de gente assim etc. 3- Interessante e até importante: as crianças pesquisarem o nome de línguas que são faladas em vários países do mundo, atualmente, de países vizinhos até de outros mais distantes. Dá uma boa gincana e envolve toda a família. Se houver falantes de outras línguas disponíveis, será interessante para as crianças ouvi-los na sua sala de “Construindo sua Bíblia”. 4- Os desenhos desta lição devem apresentar homens construindo a torre, cenas da confusão das línguas e a interrupção da construção. Lição 12 – Gênesis 12 – Abraão e Sara 1- Um homem de nome Abrão, com 75 anos recebe um chamado de Deus para sair de sua terra com a sua mulher e ir para outra onde formariam uma grande família. Abrão leva com ele seu sobrinho Ló, e tudo o que possuíam. 2- Fazer uma análise dos problemas que enfrentam os migrantes e imigrantes, e também os refugiados. Chamar pessoas da igreja ou da cidade que tenham sido migrantes e imigrantes para contarem sua experiência às crianças. As perguntas devem ser estimuladas. 3- Os desenhos desta lição devem mostrar Abrão com Sara e Ló saindo de Harã, e indo na direção de Canaã (mostrar no mapa da sala). Com eles vão os empregados e os seus rebanhos de ovelhas, cabras e gado. 4- As crianças devem fazer uma pesquisa sobre a idade que tinham as pessoas conhecidas da família e da igreja quando seus filhos caçulas nasceram. E devem também descobrir casais mais idosos conhecidos que não tiveram filhos por qualquer motivo. Esta pesquisa tem o objetivo de mostrar às crianças que ter filhos é mais natural dentro de uma determinada faixa de idade, e que é muito raro quando o casal ultrapassa demais a idade limite. Isso tem muito valor social, além de despertar respeito pelos mais idosos da família e da comunidade em geral. Essa pesquisa precisa ser comunicada às famílias das crianças para que a realizem antes da lição nº 14. Não esquecer. Lição 13 – Gênesis 13 – Não devemos brigar 1- Explicar que Abrão tinha saído de sua terra, mas que levou um sobrinho de nome Ló com ele. E que ambos tinham muito gado e muitos empregados e que estavam todos juntos, viajando e trabalhando. É importante explicar como os animais são alimentados nos pastos, e certas dificuldades inerentes a isso. 2- As crianças podem demonstrar o problema tentando todas entrar ao mesmo tempo num lugar pequeno, que só cabem algumas delas. Preparar este lugar. 3- Com desenhos também as crianças demonstram o problema principal desta lição. 4- Dar oportunidade a todas as crianças de falar sobre a solução dada por Abrão, e se ela foi acertada para a conquista da paz entre eles. Propor às crianças que solucionem alguns dos problemas que aparecem entre elas como o desejo de se sentar no mesmo lugar de outra, de ter o mesmo objeto da outra etc, e que isso pode provocar brigas e separação entre eles. Um bom assunto para partilhar com a toda a igreja, principalmente quando são as próprias igrejas que ficam disputando espaço e se agredindo. Excelente oportunidade de se falar sobre o Ecumenismo, que nos ajuda a respeitar a crença e o modo de crer dos outros. As crianças são muito sensíveis à idéia de respeito. 5- As crianças podem também falar de seus irmãos e irmãs que, ao se casarem, deixaram a casa dos pais para terem a sua própria casa, e que isso é bom e não significa abandonar os pais, nem os pais os filhos. Lição 14 – Gênesis 15 – Tão numerosos quanto as estrelas do céu 1- As crianças devem ouvir a história de Abrão e de Sara e comparar a idade deles com a idade das pessoas conhecidas na pesquisa. Devem concluir que é muito diferente e que o casal da Bíblia estava fora da faixa etária possível. Aqui há um conceito difícil de entender pelos adultos: Deus pode todas as coisas, mas Ele somente realiza aquelas coisas que estão nos seus planos e não nos nossos. É por isso que Ele promete a Abrão e Sara que eles formação uma grande família, mesmo que estivessem fora da idade possível. Aquela família estava nos planos de Deus. Deus precisava deles. As crianças podem perguntar por que os casais mais idosos da comunidade não têm mais filhos, ou nunca tiveram. É possível explicar que partes do nosso corpo envelhecem e param de funcionar, ou que há algum problema que a família não soube ou não pode resolver. Dar exemplos da vovozinha que só anda amparada, ou de cadeiras de roda, ou só fica deitada. Ou de pessoas que nunca puderam ouvir, ou ver, ou andar. As crianças sempre conhecem alguém. E que isso acontece e vai acontecer com as pessoas. Incentivar o respeito às pessoas com necessidades especiais. 2- As crianças podem desenhar as estrelas do céu para exemplificar a quantidade de filhos que Deus tinha prometido a Abrão e Sara, e que eles tinham confiança na promessa de Deus. 3- É interessante se as crianças imaginarem como seria recebido um bebê numa casa de gente mais idosa. Lição 15 – Gênesis 18 e 21 – Abraão e Sara têm um filho 1- Esta lição pode constituir-se num excelente exercício de preparar as crianças para a chegada de um irmãozinho ou irmãzinha. Será ótimo se houver boa participação da comunidade, toda à espera da chegada do filho de Abraão e Sara. Mães podem mostrar o que fazem enquanto esperam pela chegada de um filho. Um pediatra com boa didática pode ser convidado para explicar como nasce uma criança. 2- As crianças preparam o ambiente da classe. Desenham Sara grávida e ela e o marido muito felizes. É bom envolver mães com bebês ainda bem novos na participação da chegado do filho de Sara e Abraão. 3- A experiência pode multiplicar-se com os relatos das crianças sobre nascimentos que compartilharam na família, na igreja, na escola. 4- Com as crianças de 8 a 10anos é já possível comunicar que há também limites importantes para a chegada de um bebê quando as pessoas são ainda muito jovens, e que, quando isso acontece, sempre há prejuízos sérios para todos os envolvidos diretos e para a sociedade toda. Mas que as pessoas não podem ser abandonadas por causa disso. 5- Comparar a lição 12 com esta para as crianças identificarem o cumprimento da promessa de Deus, e alimentar nelas a confiança em tudo de bom que Deus quer para os seus filhos e filhas. Lições 16 – Gênesis 24 – Uma esposa para Isaque 1- Pesquisa das crianças: entrevistar pessoas mais idosas (avós, bisavós) da igreja ou da comunidade para saber como era a escolha do marido e da esposa no tempo deles, ou no tempo dos pais e avós deles. É possível que haja experiências parecidas com a de Isaque. Será uma aula de muita conversa nesse sentido. As crianças inclusive ‘inventam’ histórias. É importante não impedir que isso ocorra. É possível encontrar grupos no Brasil que têm essa prática. Informar sobre outros povos que também fazem isso. Orientar as crianças que esses costumes diferentes não tornam um povo inferior ou superior ao outro. 2- As crianças podem desenhar o trajeto do servo de Abraão. Providenciar um mapa. Boa oportunidade para rever leitura de mapas com as crianças. 3- Uma dramatização auxiliada pelos adolescentes sobre a chegada, abordagem e escolha de Rebeca vai ajudar muito. Lição 17 – Gênesis 24 – Isaque e Rebeca 1- Introduzir noções sobre o casamento. Explicar que no tempo de Isaque não havia casamento civil, mas os filhos recebiam a bênção dos pais quando se casavam. A Bíblia dá importância a que cada um tenha um só parceiro ou parceira. 2- Orientar que o melhor lugar para as crianças nascerem é dentro da família e que todos, desde pequenos, devem se esforçar para que isso aconteça. 3- Na parte superior da folha, as crianças podem desenhar Rebeca grávida de gêmeos, tendo Isaque ao seu lado como cuidador e protetor. Explicar por que a mulher grávida precisa de cuidados especiais. Lembrar das mães das crianças. Nesse dia é bom ter na classe mães de gêmeos da igreja ou da comunidade para falar sobre sua experiência, desde que não seja traumática a ponto de assustar as crianças. Mulheres grávidas também podem visitar a classe. Deixar as crianças acariciar sua barriga e explicar que isso faz bem ao bebê. Na parte de baixo da folha, desenhar os gêmeos já nascidos e dar os nomes a eles. Orientar as crianças a conversar em casa com a família de tudo o que aconteceu na classe, sempre. Orientar as famílias a procurar os professores se alguma informação as deixou assustadas seja pelo conteúdo, seja por distorções do ato de ‘contar’ o que viu e ouviu. É muito importante que a família não contradiga os professores antes de ouvi-los e saber dos motivos e orientações dadas. 4- A classe pode preparar uma homenagem às mães, mesmo que não seja o 2º domingo de maio. Representação, leituras, mimos vão alegrar as mães e avós da igreja e da comunidade. OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Sempre buscar formas de incluir pessoas de fora da igreja, seja para a evangelização séria, centrada em Cristo, seja para a compreensão de que a igreja ali está para servir toda a comunidade humana, pelo menos a que está a sua volta. O aprendizado na Escola Dominical não pode ser alienado, isto é, como se a igreja e a comunidade fossem corpos estranhos um para o outro, e deve ser sempre útil nos outros ambientes de freqüência regular da criança. 5- A sala pode ser decorada por figuras lembrando a maternidade Lição 18 – Gênesis 25 - Esaú e Jacó 1- Abrir a conversa com a pergunta: o que você é capaz de fazer quando está com fome? O perigo da fome crônica; problemas de nossa cidade? 2- Esaú estava com fome, mas era fome de um dia só. Como não tinha controle, aceitou a proposta do seu irmão. Explicar que todos os direitos de herança na cultura israelita desta época pertencem ao filho mais velho. Explicar a intenção de Jacó. 3- Os desenhos da folha devem representar os dois irmãos em duas situações: a primeira mostra Jacó oferecendo a comida para seu irmão. A segunda mostra Esaú devorando a comida. Lição 19 - Gênesis 27 - Isaque deseja que Esaú seja seu herdeiro 1- Explicar e pedir que as crianças falem sobre o assunto: as dificuldades gerais dos anciãos: ver, ouvir, andar, perceber as coisas. Para essas lições será interessante uma palestra prévia para toda a igreja e convidados da comunidade, alertando os pais sobre o problema de filhos preferidos em detrimento dos outros. Rebeca preferia Jacó e Isaque preferia Esaú. O(A) psicólogo(a) da escola, ou da igreja, ou da comunidade pode ajudar muito nisso. 2- O plano de enganar Isaque é elaborado pela esposa, Rebeca. A cena deve ser montada e representada. Jacó vai cobrir seu braço com uma pele de animal para parecer o braço peludo de Esaú, e vai tentar mudar a voz também para enganar o pai cego. 3- Os desenhos devem mostrar o plano de Rebeca para que seu filho Jacó seja o abençoado por Isaque. 4- As crianças podem pedir às mães que preparem uma comidinha bem gostosa para esse dia, ou um lanche para antes do almoço. Os professores precisam ler com muita atenção os textos bíblicos referidos na lição, sempre. 5- O conceito de enganar os outros deve ser tratado aqui. As crianças conhecem muitos casos. É bom que elas contem o que sabem disso e depois reflitam sobre este problema. É também interessante que elas falem em casa sobre esse assunto e ouçam os conceitos familiares. Lição 20 – Gênesis 27 - Jacó é abençoado por Isaque 1- A bênção é como um testamento (explicar bem o que seja um testamento). Mesmo enganando, Jacó recebe a herança. Procurar saber como as crianças cumprimentam seus pais, tios e avós; se lhes pedem a bênção. Explicar o sentido profundo desse modelo de ralação entre as gerações e incentivar seu uso. 2- O trabalho da folha é agora enriquecido com situações familiares. Convidar pessoa idosa para falar sobre a bênção que os filhos e filhas pediam aos pais e aos mais velhos antigamente, e como isso era importante. 3- As crianças colam fotos pequenas na folha, ilustrativas da história, além dos desenhos. Lição 21 – Gênesis 27 – Jacó foge e tem um sonho 1- Realçar as consequências dos atos de Jacó (seu nome significa o enganador). Mesmo recebendo a bênção de Isaque, por causa do plano de Deus, o ato de Jacó de enganar o irmão e o pai deve ser criticado com ênfase pelos professores da Escola Dominical e pelas famílias cristãs. Lembrar que não são só cristãos que ensinam e praticam a honestidade. É um valor universal, praticado por qualquer religião e por quem não tem nenhuma. É muito importante aprender a praticar a verdade e não colocar a culpa de algo nos outros. Também é importante aprender a defender inocentes. Noções práticas de justiça podem ser bem percebidas e sentidas pelas crianças. Importante: As crianças devem ser orientadas a conversar sobre a justiça na igreja, em casa, na escola, na rua, entre elas e nos seus relacionamentos gerais. 2- A folha sugere desenhos bem interessantes. Uma escada de abrir, bem segura, pode ser levada para a sala, e as crianças, bem protegidas, sobem e descem, simulando o que é sugerido pelo texto. Uma foto das crianças ao lado da escada pode ser feita e depois cada uma delas ter uma cópia para colar nesta folha. Será uma boa memória futura. Importante: realçar a promessa que Deus faz a Jacó de aquele lugar onde ele estava um dia pertenceria a ele e a sua família. Lição 22 – Gênesis 29 – Jacó casa-se com Lia e Raquel 1- Nesta lição, as crianças vão deparar-se com a poligamia. Eram costumes, hábitos e culturas muito antigos e bem diferentes dos nossos, na atualidade. O texto bíblico registra com fidelidade o que ocorria, sem fazer um julgamento de certo ou errado. O Novo Testamento, que é a história da Igreja Cristã, é que vai defender as mulheres e a monogamia como é o desejo de Deus. 2- De novo, o problema da falsidade, agora contra Jacó. Os desenhos podem mostrar Jacó trabalhando com o gado de Labão, enquanto ele sonha com Raquel. Uma outra figura pode mostrar Labão pensando em dar a Jacó a outra filha, Lia. Sendo desenhos pequenos, é possível, em outra parte da folha, o desenho de Jacó trabalhando mais sete anos para casar-se com Raquel. 3- Um soneto famoso de Camões pode ilustrar, e até ser decorado pelas crianças: Jacó e Raquel (Luís de Camões) Sete anos de pastor Jacob servia Labão, pai de Raquel, serrana bela; Mas não servia ao pai, servia a ela, E a ela só por prêmio pretendia. Os dias, na esperança de um só dia Passava, contentando-se com vê-la Porém o pai, usando de cautela, Em lugar de Raquel lhe dava Lia. Vendo o triste pastor que com enganos Lhe fora assim negada a sua pastora Como se a não tivera merecida; Começa de servir outros sete anos, Dizendo: - Mais servira, se não fora Para tão longo amor tão curta a vida. Lição 23 – Gênesis 33 – Jacó e Esaú voltam a ser amigos 1- Deve-se explorar bastante o valor da amizade e da reconciliação. Nessa lição, as crianças devem se abraçar e até trocar alguns presentinhos simples, iguais para todos: um lápis diferente, um apontador etc. Também é um bom dia para o lanche da amizade. Para isso as crianças devem levar muitos amiguinhos da sua faixa etária. Prevenir com material suficiente para os visitantes e também os presentinhos, e a quantidade do lanche. 2- Um adulto da igreja pode ir contar uma bela história de amizade que viveu e/ou ainda vive. No encerramento desta lição, as crianças, de mãos dadas, podem fazer pequenas orações parecidas com essa: “Querido Pai, obrigado(a) pelos bons amigos que tenho. Eu também quero ser sempre bom(boa) amigo(a), e peço a ajuda do Senhor para isso. Em nome do melhor amigo, Jesus. Amém!” 3- Os desenhos serão muito ricos em demonstração de amizade. Lição 24 – Gênesis 37 – A túnica de José 1- Um desenho no lado direito, mais no alto da folha, com Jacó, as quatro mulheres e 10 filhos ao redor deles. O filho mais novo, José, fica ao lado, dentro da túnica. Explicar que o filho mais novo, Benjamim, ainda não tinha nascido. 2- De novo o problema da preferência maior por um dos filhos, já referido nas lições 18 a 20. Aqui, o filho preferido, José, gosta de contar vantagens, os sonhos, de que ele é superior aos irmãos. As crianças têm muito a contar sobre isso: de casa, da escola, da rua. Orientar para a igualdade das pessoas, desde pequenas, é muito importante. Novamente noções de justiça devem aparecer, mas sem conotações ideológicas, pois a ideologia cria revolta e ódio Nessa fase é importante desenvolver conceitos de direitos humanos: boas escolas para todas as crianças, boa saúde, boa moradia, direito a uma família amorosa. Itens do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) podem ser trabalhados também. É uma boa hora do pastor ou pastora da igreja, ou presbítero(a) orientar a criançada a estudar bastante para aprender de verdade, e tomar consciência da qualidade das escolas que servem seus filhos no bairro, na cidade, na região. Lição 25 – Gênesis 37 – José é vendido 1- O perigo do ciúme/inveja: vingança, desejo de matar. As crianças podem entender bem isso. É o sentimento delas quando um irmão ou amigo ganha um presente melhor que o seu. Realçar que cada criança tem valor próprio, que é só dela. A classe pode produzir uma faixa para colocar no mural da igreja: “Papai, Mamãe, não nos comparem com outras Crianças. Cada uma de nós tem o seu próprio valor”. 2- Vários desenhos podem ilustrar esta página: um poço, uma caravana de camelos, a túnica manchada de sangue sendo entregue ao pai de José. Jacó chorando muito. Ouvir o sentimento e opinião de todas as crianças diante do texto. 3- Introduzir noções da História do Brasil: os irmãos da África sendo arrancados de suas famílias para serem escravos aqui no Brasil. O respeito, a admiração e o amor por todas as etnias humanas, e a beleza de sua diversidade. Importante: lembrar da lição da criação dos seres humanos. Deus criou todas as formas diferentes e belas de seres humanos. As crianças podem se admirar, havendo entre elas estas variáveis, e reforçar a plena aceitação, e rejeitar toda discriminação na classe, na igreja, em casa, na escola, na rua. Lição 26 – Gênesis 39 – José e Potifar 1- Realçar que José se tornou um escravo muito importante no Egito. O dono dele, Potifar, o colocou como chefe dos outros. 2- O problema da mulher de Potifar. Explicar que naquela época o homem era dono da mulher. José sabia que não podia namorar a mulher de outro homem, por isso a rejeitou Ela, então, se vingou de José, e fingiu ser atacada por ele. Potifar acreditou na sua mulher e mandou José para a cadeia. 3- O desenho da página pode apresentar a mulher com a capa na mão, gritando e/ou o desenho de José tentando fugir dela. Lição 27 – Gênesis 39-40 – José na prisão 1- José tem dois companheiros na prisão que contam seus sonhos para ele. 2- Os desenhos devem mostrar um dos prisioneiros muito feliz e o outro muito triste, considerando a interpretação que José dá aos seus sonhos. Lição 28 – Gênesis 41 – Os sonhos de Faraó 1- A sugestão do desenho está bem explícita. Vacas gordas e vacas magras devem ocupar os espaços do pensamento de faraó. José pode aparecer em dois planos: um, sendo tirado da prisão; noutro, de braços abertos, explicando os sonhos de faraó. Lembrar que a capacidade de José interpretar sonhos é um dom de Deus a ele e que nem todos têm esse dom. 2- Lembrar que José deve ter agradecido ao garçom por ter-se lembrado dele, quando foi perdoado por faraó. Lição 29 – Gênesis 41 – José assume um posto de responsabilidade 1- A situação do Egito será crítica por causa da seca que vai durar sete anos. Utilizar o mapa da sala para mostrar que há fartura de alimentos em toda aquela região, mas que só Egito sabe que após sete anos, tudo vai ficar muito seco e as plantas vão morrer. Assim, com a supervisão de José, o Egito começa a economizar e armazenar alimentos bem depressa, enquanto os outros povos continuam a gastar tudo o que colhem. Mostrar figuras, filmes, cenas de grandes plantações com pessoas trabalhando. 2- Os desenhos sugerem que a economia de alimentos é forçada pelos soldados egípcios, porque o povo também não sabe do que vai acontecer. Outros soldados podem ser desenhados tirando as plantações dos pobres, por ordem de faraó. 3- Trabalhar a economia familiar e o não desperdício de alimentos, e também incentivar as crianças a ampliar a variedade de alimentos, sempre incluindo verduras, legumes, frutas. Lição 30 – Gênesis 42 – Os irmãos de José vêm ao Egito 1- Na parte superior da folha, em desenhos pequenos, mostrar a terra seca, sem plantas. Agora são os sete anos de fome na terra. 2- Na parte do meio, em desenhos pequenos, mostrar gente indo na direção do Egito para comprar comida, pois só lá havia alimentos. Mostrar no mapa de onde eles saíram. 3- Na parte inferior da folha, mostrar a chegada dos irmãos de José, que vieram de Canaã para comprar comida. Explicar que os irmãos não reconheceram José, pois já tinham passado muitos anos desde que o venderam aos mercadores, na lição 25. Ouvir as crianças na memória deste fato. Lembrar também que as pessoas mudam muito na sua aparência com o passar do tempo. É possível mostrar isso às crianças por meio de fotos antigas, inclusive delas mesmas, solicitadas das famílias com boa antecedência. Elas podem tentar adivinhar de quem são as fotos antigas. É uma boa brincadeira e ótima oportunidade para fazer uma nova foto da turma toda para enfeitar a sala. 4- Registrar de forma bem nítida que José acusa seus irmãos de espiões com a intenção de descobrir tudo sobre a sua família, e não por vingança. Lição 31 – Gênesis 43-44 – José testa seus irmãos 1- Lembrar que José exigiu que lhe trouxessem Benjamim, seu irmão caçula. 2- As crianças desenham José escondendo uma taça na sacola de Benjamim, com a intenção de segurá-lo no Egito. Os soldados acham a taça e prendem os irmãos de José. 3- As crianças devem refletir sobre as maldades que algumas pessoas costumam fazer com outras. A Bíblia chama essas maldades de pecado. Lição 32 – Gênesis 45 – José revela quem ele é 1- O 1º desenho deve mostrar Benjamim sendo preso, e os seus irmãos em desespero por causa do pai, Jacó. 2- Um outro, mostra José se revelando aos irmãos. 3- Um terceiro desenho deve mostrar uma festa com todos os 12 irmãos reunidos. 4- As crianças podem criar uma pequena peça teatral destas cenas e apresentá-la antes ou depois da Escola Dominical. Lição 33 – Gênesis 45-46 – Jacó vem ao Egito 1- As crianças ilustram esta história com uma caravana descendo de Canaã para o Egito. 2- A segunda ilustração deve mostrar a grande recepção que faraó e José preparam para Jacó e toda a sua família, ao lado das pirâmides, e o abraço do pai no filho que julgava morto (lembrar a história com as crianças. Deixar que elas recordem e falem). 3- Lembrar de histórias de familiares que foram morar em outros países e que voltaram depois de muitos anos. As próprias crianças têm histórias destas para contar. Ouvi-las, lembrando da forma correta de participação. 4- Uma oração parecida com esta pode ser feita na ocasião: “Pai do céu, estamos contentes porque sempre tem gente voltando para casa e reencontrando sua família, que fica muito feliz. Tem gente que pensa que o filho, ou o pai até já morreu. Mas não, só estava sem dar notícia muito tempo. Agora, a alegria é muito grande. Obrigado, Pai do céu, por esta felicidade. Em nome de Jesus, que também um dia ficou longe do seu pai e de sua mãe, mas foi achado. Amém! Lição 34 – Êxodo 1 – Tempos difíceis para os israelitas 1- As crianças precisam entender o que significa a passagem do tempo. As fotos de seus pais quando pequenos e agora podem mostrar isso. Orientar, por exemplo, que uma pessoa que conheceu o avô da criança, não a conhece. Foi isso que aconteceu entre o outro Faraó e José. Explicar também como cresce uma família com o passar do tempo. Pode ser que entre as crianças haja famílias bem grandes, ou em outras famílias da igreja. Usar como exemplos para a multiplicação dos israelitas no Egito. Explicar que esse Faraó agora era mau, por isso obrigou os israelitas a trabalhar como escravos. 2- Desenhos de gente trabalhando e sendo chicoteada. Outros carregam tijolos nos ombros para a construção das pirâmides e das cidades. As pirâmides podem ser desenhadas também nesta página. O sol deve estar bem brilhante para indicar em quê condições os israelitas trabalhavam. Lição 35 – Êxodo 2 – Uma criança em perigo 1- A maldade provoca muita dor nas pessoas. Em vez de melhorar a vida do povo, Faraó decide matar. O recurso das mães israelitas. Falar sobre as parteiras. Explicar o que é uma parteira. Lembrar das parteiras conhecidas da igreja e da comunidade. 2- Uma palestra de um representante da Secretaria do Bem Estar Social pode dar informações sobre o cuidado do Município com as crianças sem lar existentes na comunidade. A igreja deve cobrar e participar de ações urgentes, eficazes e amorosas das autoridades locais. 3- Os desenhos: a mãe do menino, e o menino dentro do cesto. Explicar que aquela mãe não foi irresponsável nem com a decisão, nem com o meio que ela usou. O cesto estava protegido da água pelo lado de fora – betume, matéria orgânica parecida com o piche ou asfalto. As crianças devem entender e expressar no desenho da mãe o grande sofrimento dela. Como deveria ela se sentir ao despedir-se de seu bebê? Lição 36 – Êxodo 2 – Moisés é resgatado 1- Os desenhos agora incluem a filha de Faraó, a irmã do bebê e o bebê dentro do cesto. A história deve ser contada com muita alegria, porque a crianças volta aos braços de sua verdadeira mãe. Gravar bem o nome do menino. Perguntar às crianças se elas conhecem alguém com esse nome. 2- Um desenho pode ser acrescentado, mostrando o bebê de novo no colo de sua mãe, e ela agora muito feliz. 3- A essa história, os professores podem juntar histórias felizes de crianças que foram adotadas. As crianças podem ajudar muito no esforço de adoção dentro da igreja e na comunidade. Um bom assunto para elas levarem para as escolas onde estudam. 4- As crianças devem ser orientadas que existem na sociedade forças políticas, judiciais e policiais para defender os mais fracos nos seus direitos, e que os mais fracos devem lutar desde cedo por esses direitos. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) deve ser lembrado. Lição 37 – Êxodo 2 – Moisés cresce como príncipe 1- Um desenho mostra a mãe do menino, agora maior, entre 6 e 8 anos, entregando o filho à filha de Faraó. Gravar bem o significado do nome do menino. Perguntar às crianças se elas conhecem alguém com esse nome. 2- Outro desenho mostra Moisés vendo seus irmãos israelitas trabalhando duro como escravos de Faraó. Importante explicar que Moisés teve a sua primeira educação na casa de sua mãe, e lá ele aprendeu que era israelita e que os escravos eram seus irmãos. 3- Um adolescente ou um jovem da igreja pode vestir-se como um príncipe egípcio e passear pela nave do templo, antes ou depois da ED, enquanto uma das crianças da classe lê em voz alta: “_ Vejam como cresceu e se tornou um príncipe aquele menino que foi salvo do rio Nilo. Ele foi educado para ser um egípcio, mas ele sabia que era israelita, e que os escravos eram seus irmãos”. Lição 38 – Êxodo 2 – Moisés tem de fugir 1- O primeiro desenho deve mostrar Moisés vendo um egípcio bater num israelita. 2- O segundo desenho mostra Moisés batendo no egípcio, e um terceiro desenho mostra Moisés fugindo. As crianças devem olhar no mapa da sala a localização de Mídia. 3- É muito importante realçar que Moisés era um homem violento e que agiu errado ao matar o egípcio, porque podia defender o israelita com sua autoridade de príncipe. Explicar para as crianças os perigos da ira, e os benefícios do auto-controle desde cedo. Lição 39 – Êxodo 2-3 – Moisés em Midiã 1- A cena em que Moisés defende as jovens pode ser representada para toda a igreja. Moisés era um homem muito forte e foi educado para a guerra. Sua atitude agora não foi a de matar, mas somente a de defender as moças. Os desenhos podem ser bem sugestivos desta defesa. 2- O outro desenho deve incluir Moisés sendo recebido pelo pai das moças. E ainda outro desenho que mostra Moisés com a sua esposa. 3- As crianças devem ser orientadas que existem na sociedade forças políticas, judiciais e policiais para defender os mais fracos nos seus direitos, e que os mais fracos devem lutar desde cedo por esses direitos. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) deve ser lembrado. Frases podem ser escritas em letras grandes e mostradas para toda a igreja pelas crianças, ou afixadas no quadro de avisos, ou nas paredes. Lição 40 – Êxodo 3 – Deus aparece a Moisés 1- Os desenhos devem mostrar o arbusto em chamas, cor vermelha, e Moisés olhando espantado, e suas sandálias ao lado dos pés. Das nuvens deve sair ilustração de vozes. Sugestão: o desenho de um auto-falante com )))))) saindo dele. 2- É possível e interessante preparar um jogral com frases simples do texto bíblico, sempre na linguagem de hoje, do diálogo de Deus com Moisés. Lembrar da ordem de Deus a Moisés. Mais um material a ser apresentado à igreja, sempre em momentos rápidos para permitir às outras classes também apresentar o seu trabalho. Lição 41 – Êxodo 5 – Moisés vai a Faraó 1- Desenho de Moisés e de Arão na presença de Faraó. Observar que Moisés e Arão não ficam abaixo, mas no mesmo nível de Faraó. O desenho deve indicar Moisés com o braço estendido para cima, indicando de onde vem a ordem a que ele obedece. O desenho de Faraó deve indicar que ele só obedece a sua própria ordem, batendo no peito. 2- Outro desenho pode indicar Faraó expulsando os dois irmãos de sua presença. 3- As crianças podem aprender cânticos e salmos que falam da submissão a Deus de reis do mundo inteiro, por exemplo, o cântico: “Leão da Tribo de Judá”, e os salmos 102: 15-16; 138: 4-6, e outros. Lição 42 – Êxodo 7-12 – Deus manda pragas ao Egito 1- Quando uma pessoa é muito ruim e ela tem poder sobre um povo, como é o caso de Faraó, essa pessoa faz muito mal à nação toda. Faraó não aceitou deixar o povo de Israel livre, por isso provocou castigos terríveis sobre o Egito e sobre ele mesmo. É muito importante as crianças saberem o que significa a escravidão. Um conceito simples para elas é: “escravidão é ser obrigado a trabalhar contra a vontade e sem receber salário, ou só receber o que o dono quiser pagar”. Uma faixa pode ser produzida com esta, ou outras frases, e mostrada para toda a igreja. 2- Os desenhos desta página devem ilustrar as várias pragas que se abateram contra o Egito. Lembrar que quando as pessoas praticam o mal contra o seu próximo certamente serão castigadas pela Justiça de Deus. 3- Outro desenho ilustra as famílias de Israel livres das pragas. As crianças sempre devem explicar seus desenhos para que os professores saibam se os conceitos foram aprendidos de acordo com a intenção do texto bíblico. É verdade que as crianças podem e devem ter pensamentos diversos e manifestá-los por palavras e desenhos. Todavia, sua explicação dos desenhos indicará se entenderam ou não a leitura e explicação do texto da lição. Uma lembrança séria e indispensável: Nós, professores e pastores das igrejas, nunca devemos forçar o texto bíblico a concordar com as nossas próprias idéias. Presunção e preconceitos são inimigos da Fé Cristã e da liberdade que ela produz em nós. Lição 43 – Êxodo 12-13 – Os israelitas são libertados 1- Um desenho pequeno pode mostrar correntes arrebentadas. Um desenho maior mostra uma grande multidão, incluindo crianças, caminhando para fora do Egito. É o povo que foi libertado por Deus. Devem aparecer alguns animais - bois,cavalos, ovelhas - andando junto com o povo. São presentes dados pelos egípcios, que agora querem que os israelitas vão embora bem depressa. 2- Mostrar no mapa de sala que os israelitas saíram na direção leste, indo para o deserto do Sinai, e não na direção norte, onde se localiza Canaã. Observar as lições seguintes para não antecipar o que as crianças farão. 3- Um desenho menor deve ilustrar Faraó mandando seus soldados perseguir o povo para escravizá-lo de novo. A ilustração do fogo mostra como Deus protegia o povo de Israel. Lição 44 – Êxodo 14 – O mar é dividido 1-Deus ajuda o povo a fugir da perseguição de Faraó e abre o Mar Vermelho (faixa esquerda da base do mapa) para o povo poder passar, e depois fecha. Assim os egípcios não podem mais persegui-los. A grande onda ilustra a separação das águas no lugar onde o povo passa. 2- No desenho, orientar as crianças a fazerem a passagem do meio para baixo do Mar Vermelho, e não lá mais acima. O povo entrará no deserto do Sinai bem ao sul. A compreensão geográfica é muito útil, por isso não se acanhe o professor de pedir ajuda se tiver alguma dificuldade na leitura de mapas. Mas faça isso sempre com antecedência. 3- É oportunidade para informas às crianças sobre rios, mares e oceanos, sua grande extensão e profundidade. Lembrar a ilustração da criação quando a terra foi colocada dentro de uma bacia com água – lição 1. Crianças do litoral podem trazer boas informações de sua própria experiência com o mar, e também de suas escolas. As crianças do interior têm mais experiências com rios, represas e devem tirar dali a maioria de suas informações. Toda a igreja pode planejar uma viagem às praias mais próximas para proporcionar conhecimento a muitas pessoas que nunca tiveram esta oportunidade. Lição 45 – Êxodo 15 – Canção de Miriam 1- Muitos desenhos bem coloridos para ilustrar esta lição. É a celebração da liberdade. 2- Preparar e ensinar canções alegres às crianças. 3- Combinar bem antes com o pastor da igreja e com a equipe de liturgia, um culto sobre a libertação do povo de Israel no dia desta lição. Tudo deve ser de grande alegria. As crianças desta classe devem ter participação direta na direção do culto, além da participação geral de todas as crianças da igreja, de adolescentes, de jovens, de adultos e de anciãos, pois a libertação é para todos. Será muito bom registrar tudo com filmes, fotos, escritos e depois divulgar no Presbitério e também para a igreja em todo o Brasil. Neste dia, boa oportunidade dos pais irem às salas de aula da Escola Dominical para conhecerem os trabalhos de seus filhos e filhas. Lição 46 – Êxodo 16-17 – Resgatados no deserto 1- Os israelitas estão dentro do deserto do Sinai. Ali, andarão em círculos durante 40 anos. Haverá muitas dificuldades e muita desobediência e vontade de voltar para o Egito e ser escravos de novo. Lembrar às crianças que muita gente pensa que Deus é culpado de suas dificuldades. Aí preferem abandonar Deus e seguir seu próprio caminho. 2- Um desenho deve mostrar a terra rachada pela seca do deserto, sem plantas, sem água, e gente muito magra pedindo água a Moisés, e outros com raiva. 3- Lembrar que Deus cuida do seu povo, e manda alimento e água. O desenho deve atender as ilustrações sugeridas. À esquerda, pássaros como alimento, à direita, uma rocha de onde Moisés tira água, sob a ordem de Deus. 4- Há um cântico próprio, que deve ser cantado todo na classe e na liturgia deste domingo: Povo de Deus. A primeira estrofe e o primeiro coro dizem assim: O povo de Deus no deserto andava, mas, à sua frente alguém caminhava. O povo de Deus era rico de nada, só tinha esperança e o pó da estrada. Também sou teu povo, Senhor, e estou nessa estrada. Somente a tua graça me basta e mais nada. Lição 47 – Êxodo 19 – No Monte Sinai 1- O Monte Sinai é muito importante na história do povo de Israel. 2- Um desenho deve mostrar nuvens ao redor do monte, e Moisés subindo sozinho. 3- Outro desenho mostra Moisés recebendo as pedras da Lei. A ilustração quer mostrar o rosto de Deus, mas as crianças devem ocultá-lo, porque ninguém pode ver o rosto de Deus, só ouvir a sua voz. Lição 48 – Êxodo 20 – Os Dez Mandamentos 1- As crianças devem decorar os Dez Mandamentos, compreendendo bem cada um deles. Estes mandamentos estabelecem uma ética permanente para todas as idades e em todos os lugares. Ensinar os Dez Mandamentos e orientar sua prática são um grande serviço da igreja à sociedade humana toda. Mas ninguém deve ficar orgulhoso porque cumpre os mandamentos, pois é Deus quem ajuda a cada um a cumpri-los. Também ninguém deve acusar o outro se não cumpriu este ou aquele mandamento. Para acusar e julgar existe o poder Judiciário (explicar para as crianças o que significa isso), e Deus. 2- As crianças podem desenhar com a cor azul os mandamentos que acham mais fácil de cumprir, e com vermelho, os mandamentos mais difíceis. Cada uma deve explicar as suas razões, e ser respeitada por isso, mas também lembradas que nossas opiniões podem mudar de vez em quando. Lição 49 – Êxodo 32 – O bezerro de ouro 1- Os israelitas não cumprem o mandamento mais importante, que é o de adorar somente o Deus que os libertou da escravidão. A desobediência a este mandamento provoca a desobediência a todos os outros. 2- Desenho de um bezerro de ouro sobre o pedestal, com os israelitas ajoelhados ao Redor. Lembrar que o ouro de que foi feito o bezerro também foi presente dos egípcios para que o povo saísse bem depressa Egito por causa das pragas. 3- Outro desenho deve mostrar Moisés jogando o bezerro de ouro no fogo, e pedindo perdão a Deus em favor do povo. Lição 50 – Números 13 – Dando uma olhada na terra prometida 1- Mostrar no mapa a terra de Canaã, que no passado tinha sido prometida e pertencido a Abraão, Isaque e Jacó (Israel). Lembrar que Jacó morava ali quando aconteceram os sete anos de fome, e que, por causa disso, ele e toda a sua família foram para o Egito a convite de José e do Faraó amigo de José. 2- Um desenho deve mostrar os espiões atravessando a montanha. Outro desenho mostra o seu retorno com frutas muito grandes, e também um medo muito grande por causa da força dos habitantes atuais da terra de Canaã. Mas a ordem de Deus é que o povo retome a terra que lhe pertencia por promessa e direito. Com cuidado, para evitar ideologias, falar para as crianças que o povo tem direito à terra de onde pode tirar seu sustento, e que é contra a vontade de Deus umas poucas pessoas serem donas sozinhas da maior parte da terra. Será bom procurar saber em cada região, quem é dono das grandes propriedades e se houve, ou há ainda muito êxodo rural para as grandes cidades, provocando o surgimento e crescimento das favelas e condições subumanas de vida. Muitas crianças e suas famílias da igreja vivem hoje situações assim, ao lado de milhares de outras famílias. Lembrar o 8º e o 10º mandamentos da Lei Deus. Lição 51 – Deuteronômio 31-34 – Josué assume no lugar de Moisés 1- Um desenho mostra Moisés bem velhinho, olhando a nova terra do alto de um monte. Ele tem agora 120 anos. Ao lado dele está um jovem forte, de nome Josué. 2- Outro desenho mostra a morte de Moisés e Josué, de pé, abrindo os braços para o alto, submetendo-se a Deus, para continuar a caminhada com o povo de Israel para a terra de Canaã. 3- Lembrar às crianças que muitos dos nossos sonhos só serão realizados por nossos filhos e netos, e que isso é normal na vida humana. Assim também os filhos e os netos terão sonhos que só serão realizados pelos filhos e netos deles, e que é importante eles conversarem em casa com seus pais e avós para confirmar esta verdade. Lição 52 – Josué 6 – Os muros de Jericó 1- Os muros de Jericó devem ser desenhados como muros fortes. 2- Ao redor do muro, desenhar os israelitas com trombetas na boca, fazendo-as soar bem alto. 3- Outro desenho mostra os muros derrubados, e o povo de Israel entrando e conquistando a cidade, com Josué à frente. Ao lado, acima, deve estar uma casa com uma faixa vermelha. Esta casa não é derrubada. Explicar às crianças o motivo. Lição 53 – Rute 1 – Rute e Noemi 1- É necessário explicar às crianças que Josué conquistou Canaã e que lá ficaram os doze filhos de Jacó (Israel) e formaram doze tribos. Depois da morte de Josué, estas tribos foram governadas por juízes. Cada vez que o povo não queria obedecer a Deus ficava fraco e era dominado por outros povos. O povo se arrependia e então surgiam líderes (juízes) para libertar o povo de Israel. 2- O livro de Rute conta uma história triste, mas muito bonita. Este livro deve ser bem lido pelos professores antes do dia desta lição. 3- Os desenhos devem indicar três homens mortos e três mulheres chorando por eles: são o marido de Noemi e os seus dois filhos. Assim ficaram três viúvas. Na comunidade deve haver viúvas. Explicar às crianças a situação das viúvas na Bíblia quando não tinham filhos homens. Elas ficavam sem apoio, sem recursos, pois não herdavam os bens que a família possuísse. Assim também muitas viúvas pobres do tempo presente ficam sem recursos. 4- Um outro desenho deve mostrar Noemi voltando para a sua terra sendo acompanhada por Rute. Esta nora se torna como filha para a sua sogra. 5- Pedir ao pastor ou pastora da igreja para fazer um estudo ou mensagem sobre as boas relações que devem ter entre si as famílias cujos filhos se casam. Lição 54 – Rute 2-4 – Rute e Boaz 1- Os desenhos estão bem sugeridos aqui. Agora a história entra na sua parte bonita. Um desenho mostra Rute colhendo espigas na beira do caminho. Isso era permitido. As plantações da beira das estradas eram para os pobres colherem seu alimento. Isso era ensinado desde os antigos que foram libertados da terra do Egito. 2- Outro desenho deve mostrar Rute sendo recebida em casamento por Boaz, primo de Noemi. Lembrar de frisar que Boaz e Rute serão os bisavós de Davi, o famoso rei de Israel. Não antecipar a história, só criar a expectativa. Lição 55 – 1Samuel 8-11 – Saul torna-se rei 1- Contar a história de Samuel (1Sm 1:19-28). As crianças podem fazer um coro falado, ou jogral com a oração de Ana, mãe de Samuel, e apresentar para a igreja reunida. Há também uma canção com esta oração que pode ser ensinada e cantada: Cântico de Ana O meu coração se regozija no Senhor! // O meu poder está exaltado no Senhor! A minha boca se abrirá em glorificação, // Porque me alegro na Sua salvação! Não há santo como o Senhor! Não há outro além de Ti! Rocha inabalável é o nosso Deus! O Senhor é o que tira a vida e a dá // E a seus santos eternamente guardará. Ele exaltará do seu ungido o poder, // Porque o Senhor é o nosso Deus. 2- Desenho mostrando vários homens e Saul sendo o mais alto deles. Samuel o escolhe para ser rei de Israel. 3- Outro desenho mostrando Saul sentado no seu trono, com seus súditos ajoelhados em frente. Lembrar que Saul não foi obediente a Deus. Sempre que os governos querem fazer a sua própria vontade, o povo que governam vai pagar caro. A vontade de Deus para os governantes se torna conhecida nas grandes necessidades do povo: educação, saúde, trabalho, habitação, segurança, justiça e paz. Lição 56 - 1Samuel 16 – Samuel e Davi 1- Esta lição pode ser um bom teatro para as classes. Um dos meninos maiores representa Samuel, e o menor de todos representa Davi. Cabe aos professores criar as cenas e o suspense correspondente ao texto bíblico, que deve ser lido pelos professores na íntegra. 2- É muito importante as crianças saberem que as escolhas de Deus não têm a intenção de favorecer particularmente uma pessoa, por exemplo: alguém ser escolhido para ter muita riqueza. Quando Deus escolhe alguém é para que sirva os outros. 3- Os desenhos devem acompanhar os modelos da encenação, com ênfase na escolha de Davi. Lição 57 - 1Samuel 17 – Davi e Golias 1- Esta é uma das mais famosas histórias da Bíblia. O pequeno Davi vence o gigante Golias. A ênfase deve ser: um povo zomba do outro e também do seu Deus. Deus socorre o povo fraco e levanta um campeão para lutar em nome do povo. Não importa o tamanho ou a força do campeão: Deus está com ele porque ele está a serviço do povo. Então ele é vencedor. Explicar que os povos antigos tinham o costume de mandar um representante lutar em seu nome. O vencedor determinava o destino da guerra. Hoje, os países usam seus embaixadores. Se não houver acordo, cada país manda os seus exércitos para lutar, matar e morrer. Enfatizar os horrores das guerras, principalmente com as crianças, os idosos, os doentes e os que têm alguma dificuldade física. 2- As crianças devem compreender que exercer poder sobre os outros é uma forma de matar. Que é preciso aprender a conviver com igualdade. A classe pode pedir ao pastor da igreja que prepare uma mensagem sobre quem é o maior no Reino de Deus, bem adaptada para as crianças de todas as idades. Há o problema do exercício do poder dentro de casa pelos maiores, pelo sexo masculino, e na rua, no bairro, na escola, na igreja, sempre por quem é mais forte fisicamente, ou por quem tem mais dinheiro, ou mais poder de persuasão. O perigo da formação de gangues de qualquer origem e com quaisquer intenções. Gangues são diferentes de grupos de amigos. 3- Os desenhos devem mostrar Davi agradecendo sua vitória sobre Golias a Deus. Lição 58 - 1Samuel 16-18 – Davi vai a Saul 1- Um desenho deve mostrar Davi tocando a sua harpa, e ao lado, o Rei Saul dormindo. O professor deve explicar que Saul sofria de uma perturbação mental e que a música podia acalmá-lo. Excelente ocasião para orientação sobre a música na igreja, e a música em geral. As crianças devem ser despertadas para isso, e a igreja deve incentivar que estudem música, que formem bandinhas, que cantem em solos, duetos, trios, quartetos, conjuntos. 2- Um outro desenho na mesma página deve mostrar o rei Saul atirando sua lança contra Davi, agora por ciúme, porque o povo elogia muito o garoto. É importante explicar por que Davi não reage contra o rei Saul. As duas lições seguintes ajudarão a compreender isso. Lição 59 - 1Samuel 19-20 – Davi e Jônatas 1- Explicar que Jônatas não é um traidor do seu pai, Saul, porque avisa ao amigo Davi do perigo que corre. Um filho, uma filha deve proteger o seu pai, mas deve também impedir que façam maldades com os outros. Quando os pais têm maus hábitos, os filhos não devem imitá-los; devem, sim, educá-los. 2- Os desenhos devem mostrar Saul perseguindo Davi, que foge para longe com muitos amigos. Lição 60 - 1Samuel 24 – Davi poupa a vida de Saul 1- Agora as crianças devem aprender que Davi podia ter matado Saul, seu inimigo, mas não o matou porque ele era um ungido de Deus. Lembrar que Samuel ungiu o rei Saul em nome de Deus. O desenho desta página deve mostrar Davi diante de Saul com um pedaço de sua capa na mão, e Saul surpreso e envergonhado (cabeça baixa), prometendo não mais perseguir Davi. 2-Um outro desenho pode mostrar os dois se abraçando, reconciliados. 3- O respeito às autoridades constituídas deve ser ensinado e incentivado. Mostrar a diferença entre o respeito legítimo e a aceitação de leis e atos governamentais sem críticas ou oposição. Davi se defendeu de Saul, mas não investiu contra a vida do rei. Lição 61 - 2Samuel 5 – Davi torna-se rei 1- Davi é coroado rei. O desenho desta página deve mostrar o povo muito feliz porque ele era orei que todos queriam. 2- Interessante orientar as crianças sobre governo popular e governo populista, como uso do poder em favor do povo (governo sempre transitório), e uso do povo em favor do poder (governo com intenções permanentes). Uma boa preparação do tema entre os professores das várias classes será muito útil para a sua apresentação às crianças. Lição 62 – Salmo 8 – Quem somos nós? 1- Esta é uma das oportunidades, dentre várias outras, para as crianças decorarem um salmo, fazerem jogral, recitarem diante da igreja na abertura ou encerramento da Escola Dominical e ainda nas liturgias dos cultos. Alguém pode compor uma música para o salmo. Incentivar as crianças a fazer composições. Lembrar que Davi era músico e que compôs muitos salmos. Ele tocava um instrumento chamado harpa. Se houver alguém na cidade que toque harpa, é interessante convidá-la para tocar na igreja e assim as crianças podem conhecer esse instrumento. 2- Os desenhos devem mostrar pessoas louvando a Deus. As crianças podem fazer molduras para o texto. 3- As crianças devem compreender que Deus é o criador de todas as pessoas (lembrar a lição 3), e que Ele tem cuidado de todos. Explicar que “pequeninos” quer dizer os mais frágeis: criancinhas, doentes, idosos, empobrecidos, vítimas de guerras, abandonados etc, e que o cuidado de Deus é exercido por meio de pessoas humildes e prontas para servir. Mostrar exemplos dentro da própria comunidade e também de fora. Lição 63 – Salmo 23 – O Senhor é meu pastor 1- Este é salmo do cuidado de Deus por excelência. Deus é o grande Pastor. O salmo deve ser explorado ao máximo: decorar, cantar, representar e, sobretudo, entender. 2- Os desenhos devem mostrar um pastor com seu cajado cuidando de muitas ovelhas. O cajado tem a parte superior curva; serve para pegar ovelhas que caem em buracos ou despenhadeiros e também para dirigir o movimento das ovelhas na direção desejada pelo pastor. Molduras também podem ser feitas. 3- As crianças devem entender que o cuidado de Deus por elas é exercido pelos pais, o pastor da igreja, professores da igreja e de fora, parentes, outros adultos. Os cuidados são exercidos na sua alimentação, higiene, nas orientações gerais, na sua educação, quando estão doentes ou com medo, com carinho e firmeza, porque há muitos perigos pela frente. 4- O salmo termina com um desejo: morar na casa de Deus. O salmista tinha em mente o templo. As crianças devem entender a igreja reunida em todas as suas atividades, e também o universo inteiro como a casa de Deus. Reiterar que devemos cuidar muito bem dessa casa: lugar onde moramos, a comunidade eclesial, a cidade, o país, a terra toda e o universo, pois todos esses lugares e também o coração humano são habitação de Deus. Lição 64 – Salmo 104 – A alegria na criação de Deus 1- Além de decorar este salmo, as crianças podem preparar uma liturgia com ele e dirigi-la no culto em ação de graças pela vida das crianças na igreja. O pastor prepara uma mensagem bem alegre, cheia de gratidão a Deus. Muitos cânticos apropriados para as crianças. 2- Nesse dia muitas crianças conhecidas ou não são convidadas e apresentadas à igreja e recebem uma lembrança. Depois é servido um lanche para a criançada toda, também como ação de graças. 3- Os desenhos devem mostrar seres humanos, animais, plantas, rios e astros. Além de molduras para o texto. 4- Essa liturgia e um relatório do que aconteceu devem ser feitos e enviados para as outras igrejas e presbitérios. Será uma partilha muito bem aceita. Lição 65 – 1Reis 3 – Salomão, o rei sábio 1- Este texto é um dos mais conhecidos do Antigo Testamento. A história completa deve ser lida e compreendida. Uma questão importante deve ser levantada: muita gente reivindica a guarda de crianças por causa das vantagens e não por amor. Dentro da sociedade há muitas pessoas que são capazes de doar a própria vida em favor dos outros, mesmo que não sejam de sua família. Seria interessante uma palavra pastoral sobre adoção, ou de pessoa competente ligada aos procedimentos de adoção da cidade. 2- Um desenho deve mostrar as duas mães exigindo ficar com a criança, e outro desenho mostrar a mãe verdadeira recebendo seu filho entregue por Salomão. As crianças podem fazer fotomontagem com crianças em situação de risco e visitar com seus pais e/ou professores orfanatos, bairros pobres, praças e analisar a situação em que vivem as crianças abandonadas de seu município e disso tirar lições de vida, de luta e solidariedade. ATENÇÃO: PLANEJAR COM ANTECEDÊNCIA E DAR RESPOSTAS ÀS PERGUNTAS DAS CRIANÇAS, E SEMPRE AJUDÁ-LAS A FORMULAR AS SUAS PERGUNTAS. 3- Uma outra questão social pertinente é: quem reivindica a guarda de crianças abandonadas? Quem luta sem desanimar em defesa das crianças? Quais os recursos do município para proteger e salvar estas crianças do abandono, da miséria e logo mais da marginalidade? Este assunto deve envolver toda a igreja, sendo a proposta da Classe: “A Criança Construindo Sua Bíblia”. Lembrar do Estatuto da Criança e do Adolescente. Reafirmar que construir a Bíblia é trabalhar pela construção de uma sociedade justa e pacífica para a totalidade dos seres humanos. Isso é cooperar na construção do Reino de Deus. Lição 66 – Eclesiastes 3 – Um tempo certo para cada coisa 1- Essa lição é muito importante, desde que seja aplicada à realidade das crianças, prioritariamente. São orientações da Sabedoria quanto ao uso do tempo. Seria interessante promover uma pesquisa na igreja para saber como as pessoas usam o tempo, e se esse uso tem sido vantajoso para si e para os outros que dependem dele. Por exemplo: uma criança passa a maior parte do tempo livre assistindo televisão. Isso é vantajoso para essa criança? Enquanto isso, seu irmãozinho ou irmãzinha fica apelando para que ela brinque de correr, de esconder, de jogar bola. Assim, ambas ficam prejudicadas em variados aspectos. 2- O texto pode ser reescrito a partir das atividades que as crianças possuem relativas à escola, lazer, deveres, seguindo o mesmo esquema: “tempo para isso e tempo para aquilo”. 3- Os desenhos devem ilustrar de um lado “isso”, e de outro, “aquilo”. Os ciclos de uma flor são ilustração boa para as crianças compreenderem que toda a natureza também obedece ao “tempo para cada coisa”. 4- Oportunidade significativa para ajudar as famílias a organizar melhor seu tempo em casa, no trabalho, na escola, na igreja e no lazer. Essa organização levará progresso para todos. Esse é o plano, o desejo e a ordem de Deus. Lição 67 – 1Reis 16-17 – O profeta Elias 1- O profeta é uma pessoa que recebe uma mensagem e uma ordem para entregá-la. Se a mensagem que ele recebeu é desagradável, e ele é um profeta fiel e obediente, ele não pode mudá-la para agradar a ninguém, nem ao povo, nem aos seus governantes. Elias era um profeta assim. 2- O principal erro do rei Acabe era não querer saber do Deus verdadeiro. Quando isso acontece, as pessoas procuram outros deuses para sua própria satisfação. Assim, por exemplo, destroem as matas para ganhar muito dinheiro, porque já não têm compromisso como o Criador e Senhor da natureza. A terra fica vazia de árvores e para de chover. Outras pessoas, que não amam o Deus verdadeiro, sujam os rios, as ruas, as praias, porque não querem ter o compromisso social de reciclar o lixo de suas casas ou empresas. Essas pessoas escolhem outros deuses, sendo um deles o dinheiro a qualquer custo. Quando Deus proíbe o seu povo de ter e adorar outros deuses, é para proteger o povo, fazê-lo ser feliz, justo, trabalhador, próspero e solidário para dentro e para fora de sua própria casa. 3- Os desenhos podem mostrar o rei e o povo adorando uma imagem, enquanto o profeta aponta para cima, indicando o verdadeiro Deus. Há várias outras possibilidades. Lição 68 - 1Reis 17 – Elias hospeda-se com uma viúva em Sarepta 1- Deus abençoa a solidariedade. As crianças precisam aprender a partilhar brinquedos, alegrias, alimentos, roupas, tempo. As famílias devem ser avisadas do conteúdo desta lição para evitar contradições na cabeça da criança, partindo das pessoas que ela ama e aprender a avaliar as contradições sociais maiores. Essa é uma história bonita que as crianças devem decorar para contar em casa e conversarem entre si. Lembrar que se trata do mesmo profeta da lição 67, e que ele está fugindo do rei Acabe. 2- Os desenhos são sugestivos e devem nascer da criatividade de cada criança em ilustrar a história narrada. Lição 69 – 1Reis 17 – Elias cura o filho da viúva 1- As crianças devem saber da fragilidade humana e que podemos morrer em qualquer idade. Por causa disso, devemos ter sempre muito cuidado com a nossa saúde e segurança, para o bem de todos. Explicar que essa é a condição humana, e quase sempre é por causa dos nossos próprios erros. Explicar que os humanos seguem o mesmo ciclo de vida dos outros seres vivos, plantas e animais, e que, mesmo havendo muito sofrimento com a morte, Deus tem uma promessa maravilhosa para nós: assim com Jesus ressuscitou, nós também vamos ressuscitar para nunca mais morrer. 2- Um desenho deve mostrar Elias com a criança nos braços, orando a Deus, e outro, a mãe feliz, com o seu filho vivo de novo. Lição 70 – 1Reis 19 – Elias no deserto 1- O profeta fiel quase sempre é perseguido, porque a sua mensagem desagrada quem tem poder nas mãos, como é o caso do rei Acabe. Mas, ainda que haja grandes dificuldades, Deus toma conta dos seus servos. 2- Os desenhos devem ilustrar o profeta se alimentado e dando graças a Deus. Lembrar que a gratidão deve estar presente em quaisquer situações de nossa vida, boas ou ruins. Lição 71 – Amós 5 –“Isso é injusto”, diz Amós 1- Outro profeta falando o que os poderosos não gostam de ouvir. Amós fala sobre a justiça, trabalho digno, salário justo. Não importa a origem socioeconômica dos alunos da classe. A ordem de Justiça é do Deus verdadeiro. Lembrar o perigo de outros deuses como o dinheiro a qualquer custo, a fama, o poder. Devemos adorar só o Deus verdadeiro, porque assim temos compromisso de justiça uns com os outros. 2- Os desenhos da folha podem indicar situações injustas e o dedo acusador do profeta condenando estas práticas, que as crianças devem também aprender a condenar na sua vida diária. Lição 72 – Daniel 1 – Daniel na Babilônia 1- Quando o povo de Israel desobedecia a Deus, ficava fraco. Desobedecer a Deus é adorar outros deuses, maltratar o próximo e o mais fraco, praticar violência, o roubo, e outras coisas más que as pessoas egoístas praticam. Então um outro povo vinha e dominava os israelitas. Foi o caso dos babilônios. Muitos jovens foram levados escravos, inclusive Daniel e alguns amigos dele. Só que Daniel e estes amigos eram obedientes a Deus e o rei da Babilônia os chamou para ajudar na administração do país. 2- Os desenhos ilustram o rei dando autoridade aos jovens, enquanto um outro grupo de babilônios fica num canto de cara feia. Lição 73 – Daniel 3 – Os amigos de Daniel no meio do fogo 1- No canto esquerdo da página, as crianças desenham uma estátua com pessoas ajoelhadas diante dela. Na parte de cima do canto direito, o desenho dos amigos de Daniel de pé, pois eles só adoram ao Deus verdadeiro. Em volta da chama, as crianças desenham os amigos de Daniel louvando a Deus. O rei compreendeu que o Deus daqueles jovens fieis era muito maior que ele e mudou a ordem anterior. 2- A ênfase do texto não deve ser a fornalha acesa, mas a fidelidade dos jovens a Deus, que fez o rei voltar atrás e mudar de opinião. Lição 74 – Daniel 6 – Daniel na cova dos leões 1- É o mesmo tema da lição anterior: Daniel é fiel a Deus e não adora o rei. Seu castigo por isso é ser despedaçado pelos leões, Mas Deus o livra. O rei manda todos adorarem o Deus de Daniel. Os desenhos obedecem à imaginação das crianças. 2- De novo, a ênfase é a fidelidade e o resultado dela. Observar aqui, considerando todo o texto, que há pessoas maldosas, ciumentas e invejosas que são capazes de práticas horríveis contra outras pessoas. As pessoas que adoram o Deus verdadeiro amam as outras e querem que elas sejam felizes e bem realizadas na vida. Destacar o perigo da inveja e do ciúme, que podem levar as pessoas ao crime. As crianças devem refletir sobre isso, e orientadas a discutir o assunto em casa e na escola. Lição 75 – Jonas 1 – Jonas foge 1- A história de Jonas é uma ilustração de que Deus ama também os outros povos, e não só os israelitas. Às vezes os israelitas ficavam com ciúme por causa disso. Para acabar com esse ciúme é que Deus manda o profeta levar a mensagem à cidade de Nínive, mas o profeta desobedece e foge de navio para outra cidade. 2- Os desenhos devem completar o navio e desenhar Jonas dormindo dentro dele, e os marinheiros apavorados. A criatividade das crianças deve ser incentivada sempre. Lição 76 – Jonas 2 – Jonas dentro do peixe 1- Os desenhos, num dos cantos da página, mostram Jonas sendo lançado ao mar, e em seguida, o profeta dentro do peixe. O tempo que Jonas ficou dentro do peixe vai ilustrar mais tarde o tempo que Jesus ficou sepultado. 2- Na parte inferior direita da página, as crianças podem desenhar Jonas na praia, depois de ter sido cuspido pelo grande peixe. 3- Se as crianças perguntarem como é possível alguém ficar três dias dentro de um peixe e dentro do mar sem morrer, lembrar que esta é uma parábola profética para provar ao povo israelita que Deus ama o mundo todo, e que o autor do livro de Jonas se utiliza de recursos literários em que pessoas, animais e vegetais interagem em benefício do projeto de Deus. ATENÇÃO: somente se as crianças perguntarem. Quando damos informações sem as perguntas, nós impedimos a curiosidade, esta que produz perguntas pertinentes. Numa situação como esta de Jonas, nunca se deve responder simplesmente: “foi Deus que quis assim”. Lição 77 – Jonas 3 – Jonas vai para Nínive 1- Um desenho deve mostrar Jonas pregando em Nínive, e o povo ajoelhado no chão arrependido dos seus pecados. Um outro, mais abaixo, deve mostrar Jonas zangado com Deus porque Deus perdoou a população da cidade. 2- Importante realçar que Jonas representa o povo de Israel, ou parte do povo que desejava a destruição de todos os que fossem inimigos deles. Lição 78 – Jonas 4 – Deus ama a todos 1- Um desenho mostra Jonas deitado debaixo da planta. A planta morre e Jonas fica muito zangado. Um outro desenho deve mostrar Jonas com a cara feliz, porque agora compreendeu que Deus ama todas as pessoas do mundo, e não só os israelitas. 2- Esta é uma oportunidade para mostrar o valor do ECUMENISMO, que é compreender o outro, valorizar o outro, e não pensar que nós somos mais importantes que eles. Lembrar de toda a bela diversidade da criação dos seres humanos da lição 3. A aula pode terminar com uma oração assim: “Senhor Jesus, nós te agradecemos porque tu amas e recebes todas as crianças do mundo. Ajuda-nos a praticar e ensinar esta verdade em nossa casa, na escola e quando estamos brincando, todos os dias. Amém!” Lição 79 – Isaías 9 e 11 – Esperança para o povo 1- Este é a última lição do Antigo Testamento. O profeta Isaías, inspirado por Deus, fala de uma grande esperança e descreve algumas formas de vida desse novo tempo que há de chegar. A aula pode ser ilustrada ricamente com troncos secos brotando de novo, com animais, geralmente inimigos, agora companheiros e amigos, com mananciais brotando de terra seca, com pessoas de várias origens se abraçando. Um gostoso lanche que as crianças trazem de casa para partilhar pode fazer parte da aula como ilustração da amizade. O lanche pode acontecer durante a aula, como algo que é constante na vida. Mas lembrar que é partilhado uns com os outros. Ver o que é possível cada família preparar, o melhor possível de cada uma, e todas as crianças devem partilhar de tudo como sinal de amizade e acolhimento. As famílias das crianças também devem ser orientadas com antecedência quanto a essa partilha. 2- As cenas descritas no texto podem ser desenhadas pelas crianças na página do livro. 3- Criar expectativa para a entrada no Novo Testamento, quando será cumprida a promessa de Isaías 9 e 11. HISTÓRIAS DO NOVO TESTAMENTO Jesus Cristo é o centro das lições Usar uma aula para: 1- fixar o mapa ampliado na classe 2- estudar o mapa com as crianças 3- ao mostrar as regiões, ilustrar com uma rápida história de Jesus que tenha se passado ali, por exemplo: Rio Jordão – onde Jesus foi batizado por João Batista; Jericó – onde Zaqueu conheceu Jesus – etc. Lições de 80 a 88– Lucas 1 e 2 Estas lições correspondem ao período do Natal. A cada ano podem ser repetidas no mês de dezembro, sempre com variedade de propostas e vasta participação das crianças da própria classe e das outras também. No planejamento do Natal pela igreja, a cada ano, deve ser feito o aproveitamento da aprendizagem desta classe. Um adequado registro do que foi feito num ano impede repetições nos anos seguintes. Lição 80 – Lucas 1 – Isabel e Zacarias 1- Houve um período bem longo, aproximadamente 400 anos, entre os escritos dos dois testamentos, e João Batista é como uma ponte a ligar o Antigo e o Novo, daí a grande importância que ele recebe desde o anúncio de seu nascimento. Lembrar da promessa de Deus a Abraão e Sara, também idosos quando nasceu Isaque, que foi pai de Jacó, também chamado de Israel, nome do povo de Deus. 2- Os desenhos devem mostrar Isabel e Zacarias mais velhos e ela grávida. Verificar se há na comunidade eclesial ou na cidade casais que tiveram filhos em idade mais avançada. Observar com respeito e não com preconceito. Importante as crianças conversarem e darem sua opinião sobre isso. Lição 81 – Lucas 1 – Um anjo dá a notícia do nascimento de Jesus 1- Maria é ainda uma adolescente e está prometida para casar-se com José, um carpinteiro da vila de Nazaré, na região da Galileia. Comentar que naquele tempo era costume e também interesse das famílias as meninas se casarem muito cedo, geralmente com homens bem mais velhos que elas. Lembrar que isso é ainda costume em muitos países, principalmente entre as famílias mais pobres e mais numerosas. Mas que não é bom para a s meninas casar tão cedo. 2- Acontece algo estranho com Maria. Ela fica grávida antes de casar-se com José, sem jamais tê-lo traído. Lucas nos explica que um anjo fala para Maria que a sua gravidez era plano de Deus, porque ela iria gerar Jesus, o Filho de Deus, mesmo sendo uma virgem. Maria então concorda. 3- Desenhos podem ilustrar o anjo falando com Maria, e ela submissa. 4- IMPORTANTE: por ocasião desta lição, as crianças, alunas desta classe, já estão com idade entre 8 e 11 anos e têm informações abundantes sobre gravidez na adolescência, de problemas ligados à pedofilia, de sexualidade precoce, informações motivadas pela televisão e pela internet, principalmente quando ficam sem orientação e cuidado familiar. Por isso, é momento oportuno de sugerir às lideranças da igreja que promovam palestras adequadas para as famílias quanto ao uso da internet nos canais de pornografia, quanto à ausência de ética sadia nos programas de televisão a qualquer hora do dia, quanto à exposição e venda da nudez nas bancas de jornal e nas praias. Muitas crianças já estão viciadas em pornografia, o que, certamente, vai interferir numa visão sadia da sexualidade daí para frente. A sexualidade precoce, consentida ou não pode e deve ser tratada na classe com firmeza, clareza e amor, como desvios contrários ao projeto de Deus para a felicidade humana. Realçar que as mulheres já não precisam casar-se tão jovens, e que a liberdade é um bem a ser usado para a realização plena do ser humano, e que os homens, desde cedo, são igualmente responsáveis pelo que fazem em favor do bem ou do mal. É preciso quebrar o conceito de que menino pode tudo e menina não pode. Ambos podem fazer o que é justo e digno e que há tempo certo para tudo. Lembrar da lição 66, Eclesiastes 3. Lição 82 – Lucas 1 – Nasce João 1- Um desenho é o nome de João dentro da tábua. Quem escreve é Zacarias. Repetir que ele escreveu porque estava mudo por não ter crido na promessa de Deus de que teria um filho, mesmo sendo velho e também a sua esposa, Isabel. Outro desenho é o de Isabel com João no colo. 2- Estabelecer desafios para as crianças em 1. 68-79; a) decorar a canção de Zacarias; b) algum compositor da igreja colocar música no texto para as crianças cantarem; c) fazer um jogral bem bonito do texto e apresentar para toda a igreja. d) incentivar as crianças a se lembrar de casos semelhantes ao de Zacarias e Isabel no Antigo Testamento, sempre com base na promessa de Deus. Lição 83 – Lucas 2 – Maria e José vão a Belém 1- Desenhar José e Maria, que está grávida, se dirigindo para Belém, ao lado de muitas outras pessoas que também vão para lá. Maria está montada de lado num jumentinho e José conduz o animal. Crianças também podem ser desenhadas aí. 2- Desenhar outros caminhos, de onde sai mais gente. É para transmitir a ideia de multidão. 3- Realçar que o bebê de Maria já está quase na hora de nascer. Não adiantar a lição seguinte. Lição 84 – Lucas 2 – Nasce Jesus 1- Os desenhos devem ilustrar bem a história. Apesar de não haver lugar para eles na pensão, a alegria nas cores deve estar bem presente. 2- Tempo de bastante reflexão sobre crianças abandonadas no seu município. Um importante trabalho de doações de roupas, brinquedos e alimentos pode ser encabeçado pela classe. Planejar visitas a casas que acolhem estas crianças e levar alegria para elas. Em outra ocasião, ou na mesma, planejar também coisa semelhante para as pessoas idosas abandonadas pelas ruas e asilos. Uma oração pode ser esta: “Querido Papai do Céu: ajuda quem está precisando de roupas, comida, brinquedos e um lugar seguro para morar. Nós também queremos ajudar. Vamos falar com nossos pais, com nossos professores na escola, e também com o prefeito e com os vereadores de nosso município sobre este sério problema. Queremos partilhar a nossa alegria com quem não tem alegria. Sabemos que isso agrada a Jesus, que vai com a gente. Amém! 3- Incluir um dos hinos natalinos para a turma cantar Lição 85 – Lucas 2 – Os pastores no campo 1- Os pastores tinham a esperança de que nasceria uma criança que seria muito importante para eles. Por isso, ao verem um grande brilho dentro da noite, eles correm para o lugar indicado. Realçar a esperança que está no coração das pessoas humildes, dos trabalhadores, das crianças. 2- Os desenhos devem mostrar os pastores em movimento na direção do brilho. 3- A frase que escutam dos anjos deve ser realçada, decorada, cantada. Lição 86 – Lucas 2 – Os pastores visitam Jesus 1- Os desenhos devem mostrar os pastores ajoelhados diante do cocho de capim onde está Jesus, e com os braços para cima, em sinal de louvor. 2- Outros desenhos mostram os pastores retornando aos campos. Lição 87 – Mateus 2 – A estrela 1- Recordar que todo o ambiente das lições de 80 a 88 é do Natal. 2- Agora é uma estrela que conduz alguns homens na direção de Belém. Então vão para lá. Lembrar de reforçar que os sábios procuram primeiro o rei Herodes, e que Herodes tinha más intenções. Lembrar também das profecias a respeito do nascimento do Messias. 3- Os desenhos devem mostrar, num plano, os sábios acompanhando a estrela; num outro, sua conversa com Herodes. Lição 88 – Mateus 2 – Homens sábios encontram Jesus 1- Enfatizar que todo o conhecimento e sabedoria dos seres humanos são inferiores ao conhecimento e sabedoria de Jesus; por isso os sábios se ajoelham diante dele e lhe dão presentes. Ouro, incenso e mirra simbolizam os presentes que devem ser dados a um rei, pois eles reconhecem que Jesus era o rei dos judeus. 2- Os desenhos podem ser bem criativos. A cena pode ser representada na igreja em qualquer época. Lembrar que os sábios não dão a Herodes as informações que ele queria. As lições do ciclo do Natal se encerram. Lição 89 – Mateus 2 – José, Maria e Jesus têm de fugir 1- Um rei decide matar todos os meninos de 2 anos para baixo em Belém e vizinhanças. Se houvesse outro rei, tinha de ser um filho dele, e não um desconhecido. Avisados, os pais de Jesus fogem para o Egito e só voltam depois da morte de Herodes. 2- Realçar o problema da violência nas ruas e nos bairros das grandes cidades. Lembrar das guerras em que morrem muitas crianças. Lembrar da 2ª guerra, da matança dos judeus adultos e crianças por Hitler. Motivar as crianças a refletir sobre a paz, sobre o amor, sobre a importância da vida humana, vegetal e animal. 3- Os desenhos devem mostrar os soldados de Herodes com lanças na mão, atacando as casas. Num ponto da página, os pais de Jesus fogem com ele para o Egito. Num outro ponto, abaixo, voltam para casa, em Nazaré. Lição 90 – Lucas 2 – Jesus no templo aos 12 anos 1- Lembrar de realçar o verso 40. 2- Lembrar o que se disse na lição 88, nº 1. 3- Desenhar os pais de Jesus voltando para casa sem ele. 3- Desenhar Jesus no meio dos sábios judeus, dentro do templo. Ele, de pé, ensinando. Os sábios ficam assentados. Estão muito admirados da sabedoria de Jesus. Ainda desenhar os pais encontrando Jesus no templo de Jerusalém. 4- Explicar que todos os anos Jesus e sua família iam a Jerusalém para a festa da Páscoa. Lembrar da lição 43 – Êxodo 12 e 13. Lição 91 – Lucas 3 – João batiza Jesus 1- Lembrar que João Batista é primo de Jesus e que foi dedicado a Deus por seus pais Zacarias e Isabel. Quando os pais levam seus filhos para serem batizados, também os dedicam a Deus. Na igreja cristã, isso significa que as crianças passam a pertencer à igreja e que os pais desejam que os seus filhos sigam Jesus. 2- O povo não tinha bons líderes no tempo de João Batista, por isso muita gente procurava João no deserto para ouvir a mensagem de Deus, e a mensagem era para o povo se arrepender, isto é, mudar de vida e então seria perdoado e receberia o batismo de perdão (3. 10-14). 3- Jesus procura João e pede para ser batizado também. Ver o que João disse de Jesus em Lc 3.16. Jesus não precisava se arrepender de nada, pois não pecava. Jesus tinha total aprovação de Deus. 4- Fazer desenhos de João vestido de peles, de João batizando o povo, de João batizando Jesus no Rio Jordão (mostrar no mapa onde fica o rio). Lição 92 – Lucas 5 – Jesus encontra Simão 1- Mostrar no mapa o lago de Genezaré. 2- Jesus manda Simão jogar as redes e ele e seus companheiros pescam uma grande quantidade de peixes. 3- Jesus convida Simão para segui-lo e se tornar agora pescador de gente (o que significa isso?). Além de Simão, o seu irmão André e mais dois pescadores, os irmãos Tiago e João, também seguem Jesus. 4- Desenhar Jesus no barco com Simão e depois Jesus chamando Simão para segui-lo. Lembrar que Jesus estava começando a formar o grupo dos doze apóstolos. Lição 93 – Lucas 8 e Marcos 1) – Muita gente segue a Jesus 1- Jesus forma uma equipe de trabalho composta de 12 homens. Chama Simão de Pedro. 2- Orientar que a Classe da Escola Dominical também é uma equipe. Se trabalhar unida, vai crescer muito. Uma família também pode ser uma equipe. As crianças podem discutir situações em que só em equipe é possível realizar boas coisas: times de esportes coletivos vários, construção civil, atendimento a pessoas quando há enchentes ou desabamentos... 3- As crianças podem aprender cânticos que falam da unidade da igreja. 4- Pedir ao pastor para pregar sobre a importância do trabalho em equipe na igreja. 5- Lembrar que muitas mulheres se uniram aos doze apóstolos e seguiram Jesus com fidelidade e excelentes serviços, como ocorre até hoje nas igrejas. Importante que as crianças observem isso e reconheçam o papel feminino na igreja em todos os seus ministérios. 5- Desenhar Jesus e os doze ao redor de uma mesa. Se possível, mostrar o quadro da Santa Ceia, pintado por Leonardo da Vinci. Acrescentar ao desenho mulheres em volta da mesa. Lição 94 – Lucas 10 – Maria e Marta 1- Analisar com a classe como acontece a divisão do trabalho doméstico nas suas casas. Se cada um tem tarefas específicas e se as cumpre adequadamente, e se as crianças acham que isso é importante para a vida de todos. Analisar quando todas as tarefas ficam sobre uma ou duas pessoas apenas. 2- Jesus visita a casa das irmãs Marta e Maria. Elas ficam muito contentes. Marta se ocupa em arranjar a casa e fazer a comida, enquanto Maria se ocupa de Jesus. Marta reclama que Maria não a ajuda. Então Jesus diz para ela que Maria está certa em ocupar o seu tempo em ouvir o que Ele tina a dizer. 3- As crianças devem analisar também o que significa trabalho ou ocupação prioritária. Fazer uma visita à lição 66. 4- Os desenhos devem ilustrar duas cenas: a de Maria sorridente aos pés de Jesus, ouvindo-o, e a de Marta, atrapalhada na cozinha e com o rosto triste. Enfatizar que escolher Jesus é sempre escolher o melhor. Lição 95 – Lucas 19 – Zaqueu em cima de uma árvore 1- As crianças devem conhecer histórias em que os mais fortes obrigam o povo a pagar impostos pesados, ou quando são obrigados a trabalhar como escravos, caso do povo de Israel no Egito (lição 34). Orientar quanto à importância de pagar impostos na sociedade contemporânea: saúde (hospitais, postos, médicos), educação (boas escolas, bons professores), estradas, combate à violência, habitações decentes, boa alimentação para todos, homens e mulheres do serviço público. Os impostos devem ser usados para promover o desenvolvimento geral do país, o bem estar de todos. Obs.: nessa fase não se discutem problemas de impostos abusivos e mal utilizados pelos governos. 2- Explicar que Zaqueu era um traidor de sua pátria porque cobrava impostos do seu povo para um povo estrangeiro, o império romano. Explicar que ele cobrava ainda mais do que era mandado, pois ele queria ficar com mais dinheiro ainda e roubava a diferença. Por isso ninguém gostava dele. 3- Explicar que Zaqueu queria muito ver Jesus, e porque ele era baixinho, não conseguia. Por isso decidiu correr à frente, por onde Jesus tinha de passar, e subiu na árvore. Jesus então olha para ele. 4- Um desenho pode mostrar Zaqueu cobrando impostos e afastando dele as pessoas; outro pode mostrar Zaqueu correndo à frente ou tentando ver Jesus, mas impedido pela multidão; outro desenho mostra Zaqueu em cima da árvore e Jesus olhando para ele. Lição 96 – Lucas 19 – Zaqueu, um homem transformado 1- Jesus convida Zaqueu a recebê-lo na sua casa. Zaqueu fica muito contente e recebe Jesus. Muitas pessoas criticam Jesus por isso. A vida de Zaqueu é então transformada e ele decide devolver tudo o que roubou 4 vezes mais, além de dar a metade dos seus bens aos pobres da sua cidade, Jericó. 2- Desenhar Jesus na casa de Zaqueu. Um outro desenho pode mostrar Zaqueu agora devolvendo o que roubou. Jesus diz: “A salvação entrou nesta casa”. Explicar que a vida das pessoas muda quando decidem seguir Jesus. Quem mentia, não mente mais; quem vivia brigando, não briga mais; que falava palavrão, não fala mais; quem batia nos outros, não bate mais e muitas outras transformações. Lição 97 – João 8 – Jesus e a mulher enganadora 1- Importante orientar as crianças que a mulher sabia que estava errada, e os homens a quem ela namorava também sabia que estavam errados. Informar que a traição ao marido era pecado tão grave que a punição era morrer por meio de pedradas. Informar ainda que ela foi levada sozinha à presença de Jesus. Deveria ter sido levado junto com o homem com quem ela estava. Explicar que a intenção dos homens principais da cidade era contra Jesus e cumprir aquela lei antiga já não era do interesse deles. 2- Explicar que Jesus sabia qual era a intenção deles ao dizer que jogasse a primeira pedra quem não tivesse pecados. Jesus atingiu a maldade deles e eles entenderam que Jesus os conhecia muito bem, por isso cada deles foi embora dali. 3- Valorizar o perdão de Jesus. A mulher foi perdoada, mas não devia trair mais o seu marido. As crianças devem compreender que pedir perdão ou desculpas significa arrependimento verdadeiro, e que os erros não serão cometidos de novo. Além disso, o perdão não exclui a punição na vida diária das pessoas. Se somos perdoados por Deus, é porque Jesus recebeu a punição no nosso lugar. 4- Desenhar na parte superior esquerda uma mulher no chão, rodeada de muitos homens em pé apontando o dedo para ela, enquanto Jesus fica abaixado, escrevendo no chão com o dedo. E desenhar na base direita da folha, Jesus despedindo a mulher, agora perdoada. Lição 98 – Marcos 2 – Jesus e o sábado 1- Explicar que Deus criou o sábado para o benefício dos seres humanos. Era um dia de descanso depois de seis dias de trabalho pesado. No meio dos cristãos, o dia de descanso passou a ser o domingo, em homenagem à ressurreição de Jesus, e também por ser o dia em que as comunidades primitivas se reuniam para ouvir a Palavra de Deus e celebrar a Santa Ceia. 2- Explicar que a intenção de Deus não era proibir atividades no sábado, mas impedir que as pessoas morressem de tanto trabalhar. Por isso, se alguém está com fome no dia de sábado, é justo procurar a sua alimentação, colher espigas de trigo, no caso dos discípulos de Jesus, que afirma que as pessoas são mais importantes que o sábado. No mundo contemporâneo, movido pelo dinheiro e pelo lucro, quase tudo funciona 24 horas por dia e sete dias na semana. Isso obriga os trabalhadores a fazerem escalas de descanso em todos os dias da semana. Em alguns municípios brasileiros, os supermercados fizeram acordos e não abrem mais aos domingos. Pode ser que essa tendência seja ampliada para outras atividades também. Seria interessante ver a opinião das pessoas de todas as faixas etárias da igreja sobre isso. 3- Desenhar homens colhendo as espigas e outros apontando o dedo e culpando Jesus pela quebra do sábado. Lição 99 – Marcos 10 – Jesus e as crianças 1- Esta lição é muito importante para as crianças e para toda a igreja. Jesus Cristo, o Senhor da Igreja, dá privilégios às crianças, manda que sejam bem cuidadas e protegidas, que sejam levadas a ele, que sejam educadas no caminho dele. Diz mesmo que elas são exemplares e que todos que quiserem o Reino de Deus, devem ser como são as crianças. 2- Convocar toda a administração da igreja, a começar do pastor, para ver como são cuidadas as crianças na igreja, na rua, na escola, no bairro e na sua cidade. Se elas são mesmo a prioridade. Verificar se as salas que ocupam na igreja são boas e adequadas para elas, se são confortáveis, bem iluminadas, bem aparelhadas ao fim a que se destinam. Se não, trabalhar imediatamente para reverter a situação a partir da igreja, estendendo as providências para toda a cidade. Que belíssimo testemunho, que será ainda mais efetivo se for ecumênico: a igreja local convocando as demais, católicas e evangélicas e protestantes, e aceitando com alegria a partilha de todos os demais grupos religiosos ou não que tenham a mesma intenção sobre o tratamento prioritário às crianças, filhas de todos os segmentos sociais e religiosos da cidade. Muitas outras ações ecumênicas podem e devem ser planejadas e executadas em benefício de todas as crianças ao alcance da igreja local. Fiscalizar o cumprimento de promessas políticas também é excelente exercício do testemunho cristão. 3- As crianças podem fazer vários desenhos para ilustrar o cuidado de Jesus por elas, e também desenhos do cuidado da igreja. 4- Hora de boas canções ligadas às crianças, de festas comunitárias para as crianças de famílias que não podem comemorar aniversários tanto da igreja como de fora. Jesus chama a si todas as crianças, de todas as etnias, de todas as culturas, de todas as religiões ou credos, de todas as famílias do mundo crente ou não. Lição 100 – Marcos 1 – Jesus cura um homem com uma doença de pele 1- Jesus quebra todo tipo de preconceito, de discriminação. Para ele todas as pessoas são importantes a ponto de defendê-las e morrer por elas uma a uma. Jesus não tem medo porque ele ama as pessoas. É o medo que afasta as pessoas umas das outras (ver 1 João 4.18). Jesus não só colocou suas mãos no homem leproso, mas também o curou e abençoou. 2- As crianças devem ser bem orientadas quanto a isso. Na sua simplicidade e inocência podem entender só literalmente o ato de Jesus, e não se prevenirem de doenças infectocontagiosas. Medidas cuidadosas de higiene – bem diferentes de nojo – sempre são muito úteis às crianças, que aprendem e ajudam a educar adultos incautos. A igreja também ensina a higiene como fator de boa educação e boa saúde, isto é, de vida abundante e sempre proveitosa. 3- Explicar que Deus cura as pessoas e se utiliza de todos os recursos humanos para isso: médicos, remédios, hospitais. 4- Explicar que quando uma pessoa sofre uma doença, um acidente ou morre, não foi Deus que praticou as ações de adoecer, acidentar ou matar a pessoa, mesmo que esta pessoa seja muito má. Todos os seres vivos estão sujeitos à doença, à dor e à morte, em qualquer tempo da sua vida. O que Deus deseja é que todas as pessoas amem umas às outras e sigam Jesus. Quem faz isso é vitorioso mesmo doente, mesmo acidentado, mesmo tendo morrido jovem, pois somos de Deus e permaneceremos com Deus para sempre. Explicar que é muito certo pedir a ajuda de Deus para a nossa vida e para a vida de outras pessoas, orar sem parar, mas que a nossa vontade deve estar sempre subordinada à vontade de Deus, e a ele devemos entregar todas as nossas dores e lutar com todas as nossas forças pelo bem da vida. 5- Um desenho pode mostrar Jesus com a mão na cabeça do homem, e outro, mostrar o homem se despedindo de Jesus, com aparência bem feliz. Lição 101 – Marcos 2 – O homem que não pode andar 1- Jornais e revistas mostram todos os dias muita gente doente e sem atendimento adequado. É obrigação do Estado (Município, Estado e Nação) usar os impostos para cuidar da saúde do povo. No tempo de Jesus a situação era ainda pior em todos os sentidos: quase não havia médicos, não havia hospitais. O conhecimento da medicina era o conhecimento popular, e os doentes não tinham para onde ir no caso de doença mais grave. Nem mesmo os que eram ricos, embora estes tivessem seus médicos particulares. Essa era uma das causas de grande mortalidade, e poucas pessoas passavam dos 50 anos. Eram os curandeiros os mais procurados pela população pobre. Jesus pode ter sido confundido com estes curandeiros. Só que Jesus curava mesmo de verdade. Além disso, Jesus perdoava pecados e anunciava a presença do Reino de Deus. 2- As crianças devem analisar a grande dificuldade encontrada pelos quatro homens para levar o doente até Jesus. E a outra dificuldade para descê-lo pelo telhado da casa (explicar o tipo de casa que era aquela). Podem analisar as dificuldades das pessoas doentes que moram muito distante dos hospitais, nos morros das grandes cidades, nas favelas. Podem narrar situações que sua própria família já viveu. 3- Os desenhos desta lição devem mostrar o homem na maca, e muita gente impedindo a entrada na casa. Uma casa também deve aparecer. Lição 102 – Marcos 2 – Jesus cura o homem 1- Nesta lição acontece algo muito importante: perdão e cura; a cura é para provar que Jesus tem poder para perdoar pecados. As crianças já podem entender que há pessoas que vivem doentes porque são incapazes de perdoar. Quem guarda rancor no coração não se abre para ser feliz, vive reclamando de tudo, e até inventa doenças. Quem é capaz de perdoar pode ser feliz até mesmo quando está doente. 2- Fazer um levantamento de pessoas enfermas da igreja e/ou das famílias das crianças e/ou de conhecidos. Promover visitas quando forem permitidas. O processo de cura não é somente pela medicação. É também pelo carinho que o doente recebe, pelo cuidado constante, pela companhia das pessoas amadas e ajuda em caso de necessidades gerais fora do alcance da família do enfermo. Um bom trabalho com os Diáconos e Diaconisas da igreja será muito útil. 3- Jesus liberta aquele homem da opressão da doença e da opressão dos pecados. Agora ele é um homem salvo. 4- Os desenhos podem mostrar o homem assentado na cama e em seguida, carregando a cama nos ombros. As outras pessoas ficam muito felizes, e ao mesmo tempo, espantadas. Lição 103 – Marcos 5 – Jesus e a filha de Jairo 1- As crianças devem saber que muita gente morre ainda jovem por várias causas: doenças, vícios, assassinatos, acidentes. Elas devem falar sobre casos que conheceram. 2- Devem saber que não é por culpa de Deus que as pessoas morrem. Às vezes, não é por culpa de ninguém. Elas podem relacionar muitas mortes assim. Importante deixá-las falar sem preconceito sobre a morte. Quase toda criança sabe da morte de um avô, avó, tio... Sabe também que muita gente chora por causa disso. Mas devem saber também que há muita morte que podia ter sido evitada. Lembrar os acidentes de trânsito. Mostrar filmes do DETRAN. Pedir que observem como as pessoas dirigem nas estradas e dentro das cidades. Todo ser vivo morre. O plano de Deus para os humanos é a ressurreição e a vida eterna. Foi para isso que Cristo veio ao mundo. 3- Destacar que Jesus atendeu o pedido de Jairo, mas quando chegou, a menina já tinha morrido. Jesus então decide ressuscitá-la para que as pessoas glorifiquem a Deus 4- Os desenhos devem mostrar: Jesus chegando à casa de Jairo e várias pessoas chorando do lado de fora; Jesus pegando na mão da menina; todos dando louvores a Deus. 5- Se possível, informar sobre doenças transmissíveis, os cuidados para evitá-las, e os cuidados para não transmiti-la. Observar principalmente as doenças mais comuns na região onde está a criança. Importante saber onde as crianças moram, se há saneamento, água encanada, postos de saúde bem aparelhados. Cobrar das autoridades essas coisas que são devidas à população. Lição 104 – Marcos 10 – O cego Bartimeu 1- Mostrar às crianças que às vezes é preciso gritar para conseguir alguma coisa. Assim faz o bebê quando está com fome, com sede ou dor, porque ele ainda não sabe falar. Assim devem fazer as pessoas sempre que se sentirem prejudicadas em seus legítimos direitos. As crianças podem dar exemplos quando isso acontece. É sempre muito importante que elas descubram os exemplos a partir de sua própria experiência ou de sua família. Como não queriam deixar o cego se aproximar de Jesus, ele começou a gritar o mais alto que pôde. As crianças devem falar também sobre pessoas cegas que conhecem. Analisar as grandes dificuldades delas. Ver também como conseguem superar obstáculos às vezes maiores que os enfrentados pelos que enxergam normalmente. 2- Discutir formas de facilitar a vidas das pessoas cegas. Conseguir textos em Braile para mostrar e deixar as crianças manusear livremente. Fazer com as crianças, com os olhos bem vendados, testes auditivos, táteis, gustativos, olfativos e também de locomoção para que identifiquem de quê se trata. É uma forma de perceberem as dificuldades que quem não enxerga, e das providências que precisam ser tomadas para ajudá-las naquilo que for impossível para elas. As crianças têm muito o que falar. De forma ordenada, é importante que falem. 3- Se houver na região alguma pessoa cega, convidá-la a ir à classe falar com as crianças de suas experiências e superações. De preferência alguém que tenha ficado cego mais jovem. 3- Desenhar um homem gritando o nome de Jesus, e desenhar outros homens tentando tapar a boca dele. Não adiantar a lição seguinte. Lição 105 – Marcos 10 – Jesus faz Bartimeu enxergar de novo 1- De tanto gritar, o cego Bartimeu foi ouvido por Jesus. Se ele não tivesse muita vontade mesmo de que Jesus o visse, teria desistido e parado de gritar. Muita gente chama por Deus, mas logo desiste ou porque não precisa ou porque não crê. Jesus vai dizer ao cego que ele ficou curado porque teve fé. Isso é muito importante: a fé dá forças, coragem, esperança. A fé faz as pessoas confiarem em Deus plenamente, e fazerem o que Deus quer que façam. Importante: não devemos dizer para as crianças que Deus vai fazer isso ou aquilo para elas, como dar presentes no natal, no aniversário; que vai trazer de novo o pai ou a mãe falecidos ou que foram embora. Como é isso que a criança quer, ela acredita no que lhe dizemos; mais tarde, sua raiva será contra Deus, que não lhe fez estas promessas. Devemos dizer para as crianças que Deus cuidará delas por nosso intermédio, e nós não podemos mentir para uma criança; além do mais, é isso mesmo que Deus faz: envia-nos às crianças perdidas. Aí a fé se fortalece e Deus é honrado. 2- Lembrar às crianças que Deus quer que nós sejamos os olhos dos cegos. Isso é uma forma de ser cristão. Mostrar também as outras formas de cegueira, como não saber ler, não querer aceitar o amor de Deus, escolher caminhos do mal. Ensinar o hino famoso: “Oh! Que cego eu andei”, nº 269 do Hinário Evangélico e explicar outras cegueiras, como o analfabetismo, o desconhecimento dos direitos etc. 3- Jesus cura o cego. Desenhar o cego chegando perto de Jesus; Jesus pondo as mãos sobre seus olhos e o cego dando gritos de alegria, porque podia agora ver árvores, o céu etc. Lição 106 – Marcos 4 – Jesus na tempestade no lago 1- Desenhar Jesus dormindo dentro de um barco, e o barco no meio de ondas agitadas, e os discípulos apavorados e gritando. 2- Desenhar Jesus com a mão levantada, mandando as ondas se acalmarem. 3- Convidar uma senhora da Igreja para contar histórias de crianças que ficam apavoradas com a tempestade, filhas ou não e que correm para o colo da mãe ou do pai, e ali se acalmam. Há muitas histórias assim. O pavor some com a presença do pai ou da mãe. Mostrar às crianças que Deus é assim conosco: um Pai amoroso, cuidadoso, presente na hora do perigo, e que deseja que nós o procuremos e o deixemos cuidar de nós. Os discípulos passariam por muitas outras tempestades na vida, mas agora já sabiam bem quem era Jesus, e que Jesus cuidava deles. As crianças podem relatar casos em que têm medo, ou que tiveram. Sempre ouvi-las com atenção e uma de cada vez. Reforçar o respeito no ouvir e no falar, sempre que essa regra estiver sendo quebrada. Lição 107 – Marcos 6 – Jesus alimenta uma multidão de pessoas 1- Esta é uma das mais ricas lições para crianças, por causa de sua grande sensibilidade com os dramas humanos. É preciso realçar que a fome daquela multidão não é a fome que leva à morte; era a fome de um dia, embora saibamos que há pessoas, mesmo sem terem hipoglicemia, ficam muito irritadas com atrasos na sua alimentação, de minutos que sejam. Será bom verificar com as crianças se elas são assim em casa ou fora. 2- Destacar que Jesus não faz o que os seus discípulos podem fazer, por isso ele manda que eles alimentem a multidão. Há coisas que são nossas obrigações, e que ficamos pedindo a Deus que faça por nós, como tirar boa nota na escola. Jesus pede aos discípulos os pães e os peixes deles. Era pouca coisa, para três ou quatro pessoas apenas, e não para mais de cinco mil pessoas. Observar com muita atenção que Jesus dá graças a Deus pelo alimento. Isso quer dizer que o alimento é propriedade de Deus, e que Ele nos dá o alimento por meio do trabalho de nossos pais ou de outras pessoas responsáveis por nós. Por isso devemos dar graças mesmo que o alimento não seja aquele de que mais gostamos. 3- Trabalhar com as crianças a questão do desperdício – forma de roubar alimento de quem não tem. Lembrar que toda casa que tem abundância de comida deve ser solidária com a casa onde a comida é insuficiente. As crianças precisam ter consciência disso. Uma visita à casa de uma criança pobre pode bem mostrar como devemos demonstrar amor e ser solidários. Distinguir esmola de ajuda consistente. 4- Destacar que a partilha do alimento é a causa de sua multiplicação. Jesus usa o amor para realizar o milagre, muito mais que o poder. O pastor da igreja pode ajudar explicando bem o sentido da Santa Ceia – Jesus, o Pão da Vida, João 6. 5- Ricos e sugestivos desenhos podem encher esta página, as crianças sabendo que elas estão construindo a Bíblia, ajudando a construir relações fraternas e solidárias. Lição 108 – João 2 – O casamento em Caná 1- Todo mundo gosta de festa de casamento, ou de aniversário. As crianças ficam esperando a hora do brigadeiro, de salgadinhos deliciosos, de sucos bem gostosos, de bolos recheados com leite condensado. Imagine que você foi convidado junto com mais outras pessoas para um casamento, mas havia muita gente que não havia sido convidada também presente. Na hora de partir o bolo, a família descobre que só dá para vinte pessoas, mesmo partindo um pedaço pequeno para cada. Todos ficam desesperados e sabem que os convidados vão falar mal deles. Imagine agora que um dos convidados, percebendo a situação, sai de fininho e compra outro bolo grande e deixa lá na cozinha sem os donos da festa saberem e manda o empregado levar um pedaço para eles, e distribuir pedaços grandes para todo mundo. A família que dá a festa ficará muito agradecida, pois não será envergonhada por ninguém. 2- Jesus faz isso na festa de casamento para a qual ele, sua família e seus discípulos foram convidados. Lá faltou vinho. Sem vinho a festa acabava e o nome da família ficaria mal falado em toda a região. Jesus usou o trabalho dos servos da casa, os jarros da casa e a água da casa e fez o melhor dos vinhos, e todos gostaram mais desse do que do anterior, que tinha acabado. 3- Destacar que Jesus valoriza o casamento e que participa da festa com alegria. 4- Os desenhos sugeridos são: alguém arrancando os cabelos por causa da falta de vinho. Os empregados levando vinho para ele, e ele agora sorrindo de alegria. Lições 109 a 114 – são textos bíblicos, muito bons para decorar e/ou fazer jogral e apresentar à igreja no início ou fim da Escola Dominical, ou nos cultos. Boa oportunidade para as crianças participarem dos cultos. Como há pouco espaço nestas lições para os desenhos, as crianças podem fazer molduras para os textos, molduras para os versículos; podem destacar o versículo de que mais gostam e decorá-lo etc. Lição 109 - Mateus 5 - Jesus conforta as pessoas 1- Jesus ensina de forma carinhosa e com toda a autoridade: os pobres de espírito são os humildes, mesmo aqueles muito inteligentes; são também aqueles com reais dificuldades de aprender e humildes. O contrário são os arrogantes, inteligentes ou não. 2- Jesus chama de felizes os que choram pela paz, pela justiça, pela prática do amor e também os que choram por estarem abandonados, com fome, sede, frio, nudez, aprisionados, por serem crianças, marginalizados e perseguidos por causa da maldade humana. Não se trata do choro da manha, da pirraça, da simulação, da inveja, do ódio. 3- Os que têm fome e sede de justiça são os que lutam sempre contra todo tipo de injustiça contra as crianças, contras as mulheres, contra todos os marginalizados. São os que promovem a justiça na sua própria casa, empresa, município, estado e país, e também no mundo todo. 4- Os misericordiosos são os que dão a sua vida pelo bem estar dos doentes e sofredores da casa, rua, bairro, hospitais etc. 5- Os que trabalham pela paz são os que não brigam, não batem nos outros, não andam armados e nem têm armas em casa. São os que falam bem dos seus colegas e amigos e também dos inimigos se houver. São os que separam brigas, que não espalham fofocas, que não mentem para se proteger de algo errado que tenham feito. São os sinceros de coração. São os que fazem amizades e não inimizades. 6- As crianças sempre têm muito o que falar sobre estes temas. Por isso devem contar suas experiências e debater a validade do ensino de Jesus para as circunstâncias gerais em que vivem. Seria interessante elas prepararem cartazes ou faixas com palavras de ordem nesse sentido e apresentarem para toda a igreja: paz em casa, na rua, na escola, no trabalho, na diversão; justiça em todos esses lugares; humildade também. Lembrar: humildade é ausência de presunção e orgulho; não é ficar caladinho num canto, só de cabeça baixa, sem lutar pelo direito. Humildade é respeitar a opinião dos outros, mesmo quando precisam ser combatidas. Lição 110 – Mateus 5 – Jesus anima as pessoas 1- Jesus diz coisas para ser e fazer: ser sal; importante as crianças fazerem uma pesquisa sobre as utilidades do sal. Informar de onde vem o sal, como ele é preparado. Explicar os problemas que o sal e o seu excesso podem produzir na saúde. Se houver um médico cardiologista ou endocrinologista (outros) que possa falar para as crianças sobre os benefícios e perigos do sal, e também de outros condimentos, será muito produtivo. O que significa alguém ser como sal no meio das outras pessoas? 2- Jesus diz para as pessoas serem luz. Explicar as vantagens da luz. Como as casas eram iluminadas antes da energia elétrica, para que serve uma lâmpada acesa. Falar da economia de energia em função da escassez de água e do preço. O que significa alguém ser luz para outras pessoas. Lembrar do Salmo 119.105. Lição 111 – Mateus 5-7 – Como tratar os outros 1- Este ensino de Jesus não é fácil. Explicar bem o que acontece quando fazemos o contrário do que Jesus ensina. Quais são as conseqüências da inimizade, da maldade, do desprezo? Do julgamento e condenação dos outros? Será que o esforço de fazer o que Jesus ensina não vale a pena? 2- Contar histórias de famílias que foram destruídas por não se perdoarem mutuamente. Observar brincadeiras de mau gosto que as crianças praticam umas contra as outras (bullying) como apelidos, empurrões, socos, objetos escondidos, mentiras ou ofensas, tanto em casa quanto na escola e nas brincadeiras. Mais uma vez as crianças devem falar bastante sobre estas práticas e aprender a se posicionar contra elas na sua vida diária. Lembrar: apanhar dos outros sem reagir também é errado. O que é importante é aprender a reagir eficazmente sem utilizar o mesmo sistema dos agressores. Alguns pais ensinam seus filhos e filhas a reagir com a mesma violência que praticaram contra eles. Como há os mais fortes e os mais fracos fisicamente, as conseqüências serão sempre as piores para os mais fracos e daí surgem os esquemas de vingança, surgem as gangues, as quadrilhas, os crimes, a morte. Lição 112 – Mateus 6 – Como orar 1- As crianças devem observar bem o que Jesus ensina nesta oração que os cristãos fazem em todo o mundo. Por exemplo: uso de “nós” e não de “eu”; a importância de se fazer a vontade de Deus e não a nossa própria vontade; o perigo do desperdício de alimentos, do acúmulo indevido e injusto de uns em detrimento de outros; o pedido da vinda do Reino de Deus e o que isso significa em relação ao ensino de Jesus nas lições 109, 110 e 111. 2- As crianças devem entender a justiça de Deus quando se fala em perdão: Deus nos perdoa, então devemos perdoar também. 3- Explicar que as outras orações que fazemos devem se subordinar a esta, que é a principal. 3- Há belas canções sobre o Pai Nosso que as crianças podem aprender e cantar na igreja. Lição 113 – Mateus 6 – Jesus diz às pessoas que não se preocupem 1- A preocupação ocupa um tempo precioso de nossa vida e não resolve nada. Ninguém aprende a lição da escola porque ficou preocupado, mas aprende se estudar; ninguém tem comida com fartura na sua casa se ficar muito preocupado com isso, mas tem o que precisa se trabalhar bem todos mos dias. Preocupar-se é isso: Ah! Meu Deus, o que vou comer amanhã? Acho que vou ficar reprovado na escola; que roupa vou vestir? Veja com é diferente: Bem, amanhã vou precisar de comida de novo, então vou trabalhar e economizar hoje. Vou tratar de estudar imediatamente e todos os dias para aprender e fazer bem todas as provas. Vou vestir as roupas que já tenho; se precisar, vou consertálas, lavar e passar. É nesse ambiente que Deus cuida de nós, como cuida dos passarinhos e das flores. E se não acontecer exatamente o que esperamos, Deus nos dá sempre uma nova oportunidade e nova orientação. 2- Preocupar-se é ficar ansioso e paralisado. Deus nos manda planejar e trabalhar. Lição 114 – João 8, 10, 14 e 15 – Quem é Jesus? 1- Com estes textos bíblicos, os professores comunicam às crianças quem é Jesus e falam da salvação pela fé em Cristo. A noção da dependência de Deus é fundamental. Por exemplo: o que faz uma criança quando está com fome, ou com frio, ou perdida? Ela grita pela mãe ou pelo pai porque depende deles para a sua alimentação e segurança. As crianças devem também entender porque ficam perdidas às vezes. É porque tiram os olhos dos pais, porque falam mentira, porque erram o caminho, porque seguem pessoas estranhas ou os conselhos destas pessoas, porque se escondem quando sabem que fizeram coisas erradas etc. 2- Grande oportunidade para as crianças falarem de suas experiências nesse sentido e compreenderem que a Bíblia chama os nossos erros propositais de pecado, e quando não nos importamos com isso, vamos ficando cada vez mais errados, mais distantes dos olhos dos pais e já não queremos ser achados por Deus. Jesus é o bom pastor que vai atrás das pessoas perdidas para levá-las de volta para o lugar seguro (salvação). Lição 115 – Marcos 4 – Jesus conta a história de um agricultor 1- As crianças podem desenhar os diversos tipos de terreno aonde as sementes foram lançadas com as respectivas conseqüências. É bom manter sempre o mesmo semeador. 2- Fazer um levantamento dos vários conselhos que as crianças recebem dos pais, dos professores e da Bíblia. Comparar as sementes da história que Jesus contou com os conselhos, e os vários tipos de terreno com a mente e o coração das crianças. As crianças podem analisar se elas dão os frutos, isto é, se atendem de verdade todos os conselhos, a maioria, só alguns, ou nenhum. Lembrar de relacionar o agricultor com Jesus, as sementes com o Evangelho, e os terrenos com todos os seres humanos. 3- Será importante se alguém da comunidade puder explicar bem o significado da semeadura e lembrar que na Palestina primeiro se jogavam as sementes na terra e depois é que passavam o arado para revolver a terra e cobrir as sementes. O nosso costume é diferente. Lição 116 – Lucas 10 – Jesus conta a história de um samaritano que gosta de ajudar 1- A lição vai falar de três regiões: Jerusalém, Jericó e Samaria. Importante mostrar onde se localizam estas regiões no mapa da sala. 2- A Bíblia ensina coisas simples e práticas. Nada é muito complicado, e mesmo que seja difícil, não é impossível. É aí que vem a pergunta: o que Deus quer da gente? 3- As crianças devem falar bastante sobre o que pensam da pergunta. Quais as suas respostas e quais são as outras perguntas que elas têm sobre “o que Deus quer da gente”. 4- Os professores podem incluir perguntas do tipo: será que Deus quer que a gente passe fome, ou sede, ou fique doente, ou pobre? Será que Deus decide que uns vão ser ricos e os outros vão ser pobres? Lembrar que as crianças já podem entender que são os homens que fazem coisas erradas uns contra os outros, e não Deus; que alguns homens são capazes de dominar os outros e escravizá-los mesmo contra a vontade de Deus; que Deus nos ensina o bem, mas não nos obriga a praticá-lo. Lembrar de Caim e Abel, do dilúvio, da Torre de Babel, que nos explicam a presença da maldade no coração dos seres humanos. 5- Os desenhos desta página devem mostrar: no canto superior esquerdo, Jesus e o homem que lhe faz perguntas; embaixo, onde está a carinha, o homem caído sob a violência dos ladrões. Lição 117 – Lucas 10 – O samaritano ajuda um homem ferido 1- Nesta parábola, as crianças serão envolvidas novamente com a violência. Elas devem identificar as pessoas envolvidas após a leitura do texto da lição e da leitura da parábola na Bíblia. Há quatro tipos de pessoas envolvidas: a) o agredido e roubado; b) os agressores e ladrões, c) os indiferentes, d) aquele que salva o agredido. Estes quatro tipos devem ser escritos no quadro de giz da sala para constante visualização durante esta lição. As crianças devem refletir que existem todos estes tipos na sociedade e que cada um de nós pode ser um deles, ou mais de um, dependendo da situação. As crianças devem se manifestar com qual dos tipos elas querem parecer. È importante avaliarem que a violência também está presente nos indiferentes, e que são estes, com muita frequência, os principais responsáveis pelo aumento da violência. 2- Os desenhos ilustram, principalmente, o zelo do samaritano em cuidar do homem ferido. O jumento e a pensão devem aparecer nos desenhos também. 3- Lembrar que os judeus e os samaritanos não se davam bem por causa de brigas muito antigas, de gerações passadas, e que os samaritanos eram desprezados pelos judeus. Há outros tipos de desprezo que Jesus condena: ilustrar com a parábola do Fariseu e do Publicano (cobrador de impostos), em Lucas 18. 9-14. 4- Realçar a resposta que o homem deu a Jesus e o que Jesus mandou que ele fizesse. Isso é o que Jesus nos manda fazer hoje. 5- Algo importante: as crianças devem observar bem tudo o que o samaritano fez para ajudar o homem assaltado e ferido pelos ladrões. Ele dá ajuda completa e ainda paga por isso. Isso quer dizer que o ser humano é mais importante que o tempo, o trabalho e o dinheiro. Lição 118 – Lucas 15 – Jesus conta a história de uma ovelha perdida. 1- Esta é uma das três histórias de Lucas 15. A próxima é a história do filho que abandonou o lar, e que será bastante trabalhada. Há também a história da mulher que perdeu sua moeda de prata. É importante lembrar que as três histórias têm uma só finalidade: Jesus deseja mostrar o grande amor de Deus pelas pessoas. 2- Uma ovelha se perde das outras quando encontra um capim mais viçoso e fica ali, distraída, comendo devagar. O rebanho anda e o pastor não percebe que uma ficou para trás. A ovelha também pode cair num buraco, ficar agarrada num espinheiro por causa de sua lã. Um pastor cuidadoso, mais tarde, vai descobrir que falta uma ovelha e logo sai para procurá-la e logo que a encontra, coloca-a nos ombros e fica muito contente, e chega a festejar com os outros pastores e com a sua família. 3- As crianças podem fazer os mais variados desenhos: ovelha caída num buraco, presa num espinheiro, distanciada das outras. Pastor cuidando do rebanho, pastor procurando a ovelha perdida, pastor com a ovelha nos ombros e a festa por ter encontrado a ovelha perdida, dentre outras opções e criatividade. 4- Comparar a ovelha perdida com pessoas que vivem abandonadas nas ruas, nas roças, nos asilos etc, e o papel da igreja que, como pastor, vai resgatá-las da dor e da miséria. Verificar se a comunidade local tem algum tipo de trabalho assim. Se tiver, é importante a participação das crianças; se não tiver, abrir perspectivas para que tenha programas de resgate de pessoas espiritual e materialmente na sua região. Partilhar de programas de outras igrejas ou associações nesse sentido. É um belo testemunho ecumênico, e nosso Senhor tem prazer nisso. Lição 119 – Lucas 15 – Jesus conta a história de um pai generoso 1- Esta história tem três lições. É preciso planejá-las, tendo uma visão de conjunto, mesmo sendo desenvolvidas em três ou mais oportunidades. No meio do povo judeu, nenhum filho deveria receber herança antes da morte do seu pai. Explicar às crianças que a herança toda pertencia ao filho (homem) mais velho para administrar e conduzir a família após a morte do pai. Explicar também como funciona hoje no Brasil, o significado do testamento, quais os direitos da viúva e dos demais filhos e filhas. Pedir ajuda de alguém que saiba explicar bem tudo isso; será interessante se as crianças fizerem uma pesquisa sobre o assunto. Na história que Jesus conta, acontece uma coisa difícil de acreditar: um dos dois filhos, o mais novo, pede ao pai a sua herança, pois já não quer mais viver com a sua família. (As crianças devem ser induzidas a refletir na contradição com a prática normal do povo judeu naquela época). Ele pega sua herança e vai embora e, em pouco tempo, gasta tudo, porque gastar é muito mais fácil do que ganhar com o trabalho. E todo dinheiro que ganharmos, deve ser por meio do trabalho honesto e competente. Só assim aprenderemos a servir bem a Deus e ao próximo com o dinheiro. As crianças devem refletir sobre a importância de estudar para terem boas condições de trabalhar e viver bem, e ainda poderem ajudar outras pessoas. 2- Realçar a generosidade do pai, que atende o filho mesmo fora da prática normal. 3- Os desenhos mostram os dois irmãos com a família, e mostram o filho mais novo indo embora, para uma terra distante. Lição 120 – Lucas 15 – O filho está em dificuldade 1- desenhos devem mostrar o filho gastando seu dinheiro com muitos amigos e amigas. Mostram também quando o dinheiro acaba e os amigos vão embora. Finalmente, mostram o filho, agora faminto, cuidando dos porcos. Uma atividade humilhante para os judeus. As crianças devem refletir sobre a facilidade para se gastar o dinheiro e o trabalho que dá para ganhá-lo honestamente. Devem ser orientadas sempre no sentido do trabalho honesto e competente. Também os pais devem conversar sobre isso em casa com seus filhos. 2- É muito importante que as crianças percebam o sentido que possui a nova decisão do rapaz. Ele pensa em voltar para casa não mais como filho, mas como empregado, porque ele rompeu a relação familiar ao pedir a herança e partir com o pai ainda vivo. Ele não tem mais nenhum direito. Lição 121 – Lucas 15 – O filho volta para casa 1- As crianças desenham a volta do filho, a festa que o pai manda fazer. O pai abraçando o seu filho e o recebendo de volta. Ler bem o texto de Lucas 15 com as crianças. 2- Esta lição é uma bela demonstração da Graça de Deus. Aquele pai que recebe de volta seu filho e o reconhece de novo como filho representa Deus no seu grande amor por nós, sem nenhum merecimento de nossa parte. Mostrar isso para as crianças. Lembrar a elas, também, que elas têm direito ao carinho da família, à educação firme, à roupa quentinha, à comida gostosa e nutritiva, à casa para morar em segurança, a brinquedos próprios para a sua idade. Todas as crianças têm esse direito. Mas as crianças começam a ter algumas obrigações importantes a partir de uma certa idade, e precisam cumpri-las, como aprender a guardar os brinquedos, a guardar suas roupas no lugar certo, a arrumar sua cama de manhã, logo que levantar, a estudar nas horas determinadas. Essas coisas fazem muito bem à criança de qualquer classe econômica. As crianças devem saber ainda que há coisas que não podem exigir dos seus pais, como sair sozinhas, usar brinquedos de adultos, ver programas de adultos, dormir muito tarde, comer só na hora que querem etc. É bem pertinente o ensino de Provérbios 22. 6. Lição 122 – Mateus 20 – Jesus conta a história de alguns trabalhadores em uma vinha 1- Esta lição e a próxima têm como pano de fundo o trabalho na roça, numa plantação de uvas. Se possível, mostrar a elas fotos ou filmes de vinhedos, não tão comuns no Brasil. Na época da colheita, os fazendeiros contratam muitos trabalhadores. Esta é uma das razões de haver muitas migrações no país. Esta história de Jesus tem algumas coisas comuns e outras bem interessantes. Uma coisa comum é a contratação de empregados bem cedo pelo salário da época: uma moeda de prata, que era suficiente para as despesas diárias de uma família. As coisas interessantes é que o fazendeiro sai outras vezes durante o dia, encontra trabalhadores sem serviço e os contrata a preço justo, sem dizer qual. Mais interessante ainda é que ele contrata trabalhadores quando o dia já está terminando. As crianças podem simular as situações. Importante ter um relógio na sala, bem visível para as crianças e ir marcando as horas que o fazendeiro sai para fazer os contratos, sendo a primeira às 06:00h e a última, às 17:00h, faltando apenas uma para encerrar o trabalho do dia. 2- Os desenhos são aqui indicadores das várias contratações, de preferência a primeira e a última. É preciso realçar com as crianças que o pagamento de uma moeda de prata por um dia de trabalho só foi combinado com os contratados primeiro, e que, aos demais, o fazendeiro só disse que pagaria o que fosse justo. Lição 123 – Mateus 20 – Os trabalhadores da vinha recebem o seu dinheiro 1- Ao final do dia, o fazendeiro manda pagar uma moeda de prata para todos, a começar dos últimos. Importante aqui é as crianças analisarem toda a situação e chegarem as suas conclusões. O primeiro julgamento que todos nós fazemos é que o fazendeiro foi injusto com os que trabalharam mais. Entretanto, ele argumenta que pagou aos primeiros o que foi contratado, e com os outros ele decidiu ser generoso, e que isso não era injustiça nenhuma. Esta é outra história que mostra a Graça de Deus, e deve ser bem realçada nesse sentido por duas razões: Deus nos dá a salvação em Jesus Cristo sem que ninguém mereça é a primeira. A segunda é o ensino de Jesus para nós: mais do que praticar o que é justo, devemos nos lembrar das necessidades dos outros e supri-las. Se os últimos trabalhadores só recebessem o que era justo, isto é, uma fração da moeda de prata, não teriam como levar comida para seus filhos em casa. Então a misericórdia deve ser maior que a justiça. Aquele fazendeiro também é figura de Deus. 2- As crianças devem refletir bem sobre as duas razões acima expostas para uma boa compreensão da Graça de Deus, e devem também levar o assunto para a família, onde a reflexão será ampliada pelos pais. Havendo desacordo com a interpretação acima, os professores devem pedir ajuda do pastor da igreja para uma orientação geral sobre o sentido da Graça também para os adultos da igreja. 3- Os desenhos mostram trabalhadores recebendo o seu salário. Uns estão muito felizes e surpresos, e outros, muitos zangados. Um terceiro desenho mostra as mãos abertas do fazendeiro, indicando a Graça de Deus. Lição 124 – Lucas 14 – O jantar especial 1- Mais uma vez estamos diante da Graça de Deus. Jesus aceita um convite para jantar na casa de um homem importante e um deles fala que o convite mais importante de todos é o de Deus. Isso é verdade. Lembrar aqui que somos convidados para festas de aniversário, de casamento e que quase sempre atendemos a estes convites, mesmo que sejam à noite e longe de nossa casa. E que isso não acontece com freqüência quando somos convidados para atividades como visitar hospitais, levar alimentos para famílias carentes, ir a uma praça cantar e pregar o Evangelho, que são convites de Deus para nós. 2- Jesus conta uma história que parece impossível de acontecer: um homem convida pessoas importantes para um jantar especial e todos se negam a ir, dando desculpas várias. Então o homem decide convidar para o seu jantar quem nunca é convidado para nenhuma festa: todo tipo de pobre. E o homem toma outra decisão: aqueles que foram convidados primeiro não serão mais convidados. 3- Jesus está fazendo uma crítica aos judeus que não querem ouvir seu convite para se arrependerem e se voltarem para o Reino de Deus. E também está mostrando que o Reino de Deus pertence a todos que o receberem. É a Graça abundante de Deus. 4- Esta é uma boa hora de conversar com as crianças sobre o hino: “Que estou fazendo se sou cristão”, de autoria do Rev. João Dias de Araújo (letra) e de Décio E. Lauretti (música). Analisar bem a letra e cantar vão fazer muita diferença na compreensão das crianças. 5- Os desenhos mostram uns rejeitando o convite, e outros, aceitando. E mais a criatividade sempre presente da criançada. Lição 125 – Marcos 11 - Jesus vai para Jerusalém 1- Este é um assunto geralmente tratado no Domingo de Ramos, mas a lição pode ser feita em qualquer época do ano, e retomada de acordo com o calendário cristão. É uma data muito festiva na Igreja e, quase sempre, a entrada de Jesus em Jerusalém é retratada como num teatro. É possível e desejável planejar antecipada e criativamente este evento bíblico em cooperação com as demais classes da Escola Dominical. 2- Jesus entra como Senhor, mas montado num jumentinho e não num cavalo de guerra. É um Senhor que entra para servir. Se possível, passar filmes antigos que mostram os generais e reis entrando nas cidades triunfalmente, como senhores do povo, e contrastar com o modo de Jesus. As crianças devem compreender o significado de um Senhor da Paz, e considerar a participação efetiva das crianças no texto bíblico. 3- Os desenhos são bem sugestivos: Jesus montado num jumentinho, antecipado e seguido por muita gente. Os que vão à frente entendem suas capas e folhas de palmeiras no caminho de Jesus. Lição 126 – Marcos 11 – Jesus impede que as pessoas de vendam coisas no templo 1- O templo de Jerusalém era muito famoso. Todos os anos vinham pessoas das mais variadas partes do país para as festas realizadas ali, sendo a Páscoa a mais importante de todas. Lembrar às crianças a respeito da páscoa e sua instituição no Antigo Testamento (Êxodo 12. 21-28). Mas o povo humilde não tinha permissão para entrar em todos os lugares do templo, por causa de várias leis inventadas contra o povo. Jesus sabia que a finalidade do templo era ajuntar o povo para adorar o Deus verdadeiro,o Deus libertador, e que ali não era lugar para a instalação de comerciantes e de cambistas. 2- Explicar para as crianças que a ira de Jesus é zelo pela casa de oração. Também devemos ter muito carinho com os nossos templos, onde nos reunimos para cantar, orar e ouvir a Palavra de Deus. Explicar que a atitude de Jesus revoltou os donos dos comércios e os donos do dinheiro, e que eles pensaram em matar Jesus porque estavam perdendo dinheiro por causa do que ele fez. 3- Explicar também que muitas mercadorias vendidas ali eram para os sacrifícios ainda exigidos para pagar os pecados das pessoas, e que Jesus vai mudar essa história de uma vez por todas. 4- Os desenhos sugeridos devem mostrar as bancas cheias de animais e as bancas onde se fazia a troca de dinheiro; devem mostrar também Jesus com um chicote nas mãos, expulsando todos dali. É pombo voando para todo lado e moedas rolando pelo chão. Lição 127 – Marcos 14 – A Última Ceia 1- O relato é contado com muita singeleza e pode ser representado na classe. O ensino da partilha é muito importante. Jesus partilhou o pão e o vinho (suco de uvas para as crianças) com os seus amigos, chamados discípulos, ou alunos. Mas Jesus falou uma coisa que eles não poderiam jamais esquecer: era que sempre que se reunissem para comer o pão e beber o suco de uvas, se lembrassem dele, pois ele estaria presente naqueles alimentos. 2- Lembrar às crianças que Jesus estava comemorando a páscoa, que era a festa da lembrança da libertação do povo de Israel da escravidão no Egito. 3- Os professores devem saber se as crianças que freqüentam sua classe já foram batizadas, quando e onde. A Igreja Presbiteriana Unida do Brasil – IPU, que é ecumênica, aceita o batismo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, realizado por uma igreja reconhecida, tanto na infância quanto na idade adulta, seja por aspersão, como fazem a IPU, a Igreja Luterana, a Igreja Metodista, a Igreja Católica, e as cristãs de rito oriental, ou imersão como fazem a Igreja Batista e a Igreja Assembléia de Deus, por exemplo. Orientar também que na IPU, de acordo com os Princípios de Fé e Ordem, as crianças batizadas podem participar com seus pais da Ceia do Senhor no templo. Havendo dúvidas quanto a isso, pedir ao pastor para fazer uma explicação para toda a igreja e, especialmente, também para as crianças. 4- Os desenhos podem mostrar a mesa com Jesus no centro, distribuindo pão e vinho para os seus discípulos. Explicar por que é a última ceia ou a última páscoa de Jesus com os discípulos, sem adiantar as lições seguintes. As crianças também podem desenhar uma mesa rodeada de crianças, com Jesus no centro. Lição 128 – João 13 – Jesus lava os pés dos discípulos 1- Esta lição é muito prática. Tomar o exemplo de Jesus para muitas outras formas de servir em casa, na igreja, na escola, na rua, em todos os lugares. As crianças podem falar sobre como servir nesses vários lugares, e se é difícil para elas fazer isso naturalmente e constantemente. Explicar que o serviço que Jesus manda fazer não é uma tarefa isolada, mas passa a ser um estilo de vida, um jeito de viver. 2- Jesus quer mostrar aos seus discípulos, e a nós, que onde as pessoas estão dispostas a servir umas às outras há sempre paz e alegria para todos. A violência vai embora e não volta mais, e ninguém passa necessidade de comida, de roupa, de remédios, de casa, de ternura. E todos são muito agradecidos a Deus por isso. Explicar que há pessoas voluntárias (que trabalham sem o interesse de ganhar dinheiro) nos hospitais públicos, nas creches, em lugares onde há pessoas carentes, que servem do jeito que Jesus mandou, e elas são muito felizes por fazerem isso (exemplos não faltam). 3- Os desenhos serão bem ilustrativos do gesto de Jesus, e devem mostrar a ordem dele para que os lavados também lavem outros necessitados. A cena pode ser representada pelas crianças. Lição 129 – Marcos 14 – No jardim do Getsêmani 1- A lição pertence à Semana Santa. Na época própria do Calendário Cristão pode e deve ser retomada, sempre com o lucro da boa repetição e mais criatividade. 2- A lição deve ser contada com emoção, mas sem a intenção de fazer as crianças sofrerem. Explicar que Jesus sabia que as pessoas poderosas da época queriam matá-lo, e que ele não podia fugir, pois não era covarde e tinha uma missão a cumprir mandada por Deus, o Seu Pai. Ele pede aos discípulos para ficarem acordados e orar com ele, mas os discípulos não conseguem ficar acordados, e Jesus fica sozinho, e pede a Deus para livrá-lo, mas que ele está disposto a obedecer até o fim. 3- Os desenhos mostram Jesus orando sozinho, enquanto os discípulos dormem. Mostrar às crianças muitas situações em que precisamos ficar acordados mesmo com o maior sono. Lembrar das mães, das pessoas em plantão nos hospitais, nos guardas noturnos... As crianças têm muito o que falar sobre isso, e devem falar. É bom fazer referência aos hábitos atuais de ficar acordado até tarde da noite, e na manhã seguinte não conseguir acordar para ir à escola, trabalhar. São hábitos muito ruins para a saúde. Lição 130 – Marcos 14 – Jesus é preso 1- Explicar que a prisão de Jesus é por causa do que aconteceu no templo, quando ele expulsou os comerciantes; é também por que Jesus não obedecia as regras que os poderosos impunham ao povo, como, por exemplo, não fazer coisa alguma no sábado, mesmo sendo necessário, só com fins religiosos, ou só comer depois de lavar as mãos dentro de um ritual. Jesus curava as pessoas no dia de sábado, e os seus discípulos comiam sem lavar as mãos. Um dia Jesus ensinou que o ser humano fica contaminado com o que sai de sua boca, e não com o que entra. Os seus inimigos ficavam com muita raiva dele, por isso decidiram matá-lo, e então foram prendê-lo naquele jardim onde ele orava. 2- Explicar que Jesus não andava armado, mas os soldados pensavam que ele era perigoso e foram com paus e espadas. Lembrar às crianças que foi um dos amigos de Jesus quem o mostrou aos soldados, e fez isso com um beijo na face de Jesus. 3- Explicar que de novo Jesus ficou sozinho, pois seus discípulos fugiram de medo. 4- Os desenhos devem mostrar Jesus sendo preso e amarrado pelos soldados romanos. É bom que mostrem também os discípulos fugindo. Lição 131 – Marcos 14 – Pedro não quer mais que saibam que ele conhece Jesus 1- Esta lição deve mostrar às crianças que não devemos fazer promessas aos outros sem saber se podemos cumpri-las. Pedro fez isso, e os outros discípulos também. Ver Marcos 14. 27-31. Explicar bem por que Pedro negou que conhecia Jesus, e também por que ele chorou de tristeza depois. Explicar o significado do arrependimento sincero, o sentido de pedir desculpas às pessoas a quem a gente ofende ou machuca dentro e fora de nossa casa. 2- As crianças podem comentar situações parecidas e que acontecem com elas. Por exemplo: diante de um novo amigo julgado mais importante, uma criança finge que não conhece um amigo mais antigo, só porque lhe parece menos importante; às vezes até abandona o amigo antigo. É uma boa hora de trabalhar as crianças para a boa amizade, o companheirismo, encontros de todos fora do horário da Escola Dominical. E, o mais importante: reafirmar que Jesus é o verdadeiro amigo das crianças, que ele deseja que sejam amadas e protegidas e que cresçam fortes, sadias e amorosas com todos, e que se alguém perguntar quem é o seu melhor amigo, elas podem dizer com certeza: “é Jesus”. 3- Os desenhos podem mostrar Pedro se aquecendo perto da fogueira e afirmando que não conhece Jesus. Lição 132 – Marcos 15 – Jesus tem que morrer 1- Contar para as crianças o caminho do “julgamento” de Jesus a partir de sua prisão em Marcos 14. 43, até Marcos 15. 1-20. Explicar como o povo foi enganado pelas autoridades e ajudaram a condenar Jesus, que era completamente inocente. 2- Explicar para as crianças o perigo que existe quando uma religião acha que pode matar quem não concorda com ela. O sacerdote judeu disse: “Jesus tem que morrer”, porque ele disse que era Filho de Deus (14. 61-64). Repetir conceitos ecumênicos de respeito à religião dos outros, mesmo quando não concordamos com ela, e o direito que as pessoas têm em nosso país de praticar a sua religião com liberdade. Repetir também o direito à manifestação do pensamento e que rejeitar um pensamento ou uma idéia de alguém não significa rejeitar ou discriminar a pessoa que teve o pensamento ou a idéia. Jesus defende as pessoas, mesmo que não concorde com o que elas dizem ou fazem, principalmente aquelas que não sabem ou não podem se defender. Devemos imitar Jesus. 3- Explicar por que os líderes judeus levaram Jesus ao governador romano Pôncio Pilatos, e que Pilatos não viu nada em Jesus que merecesse a morte. 4- Os desenhos podem mostrar Jesus sendo levado ao sacerdote principal e depois levado a Pilatos, sempre pelos soldados romanos, seguidos pela multidão. Lição 133 – Marcos 15 – Jesus morre numa cruz 1- Ler com as crianças o que acontece de 15. 16-41, com emoção, mas sem amedrontálas. Explicar que Jesus quer a paz entre as pessoas para que ninguém morra por causa da violência, que todos se amem e vivam felizes na terra, e que temos de aprender a fazer isso, mesmo que não façam a mesma coisa conosco. Ouvir as opiniões das crianças. Jesus estava sendo morto por vingança dos líderes judeus, porque Jesus condenava os seus erros, e eles perdiam a autoridade diante do povo. Mas havia um outro motivo, o mais importante de todos, para a morte de Jesus. Por ser inocente, Jesus quis morrer para pagar os pecados de todos nós, que não somos inocentes. É por isso que falamos que Jesus é o nosso Salvador. É também por isso que oramos a Deus dizendo que é em nome de Jesus, porque Jesus é quem nos representa diante do Pai. Ele é o nosso advogado. 2- Os desenhos aqui não devem ser sugeridos. As crianças desenham o seu sentimento diante do que lhes é contado, conforme item anterior, e conforme a criatividade dos professores. Lição 134 – Marcos 16 – O túmulo vazio 1- É o domingo da páscoa. O dia mais feliz da Igreja de Jesus Cristo. Ler com as crianças o capítulo 16 de Marcos, de 1 a 7. Lembrar a elas as várias vezes que Jesus disse aos seus discípulos que ele seria morto, mas que iria ressuscitar (Mc 14. 28; 10. 34; 9. 31; 8. 31, e os textos correlatos de Mateus e Lucas). 2- Explicar que Jesus foi aceito por Deus como aquele que pagou os pecados de todos nós, por isso não ficou morto. A ressurreição de Jesus foi a recompensa de sua total obediência, e é por isso que nós também vamos ressuscitar, por causa de Jesus e do seu amor por nós. 3- Os desenhos devem ser muito alegres e representar a ausência de Jesus dentro do túmulo. Jesus não está mais ali. Lição 135 – Lucas 24 – No caminho de Emaús 1- Lembrar que são duas lições sobre esse assunto. Esta primeira é importante porque demonstra que às vezes nós não entendemos Jesus, mas por causa de nós e não dele. Lemos a Bíblia, ouvimos suas histórias, mas continuamos sem querer ver ou ouvir, principalmente quando estamos muito tristes. É o que acontece com dois discípulos que viajavam a pé para a vila de Emaús, no domingo da ressurreição de Jesus. As crianças podem dar exemplos de como ficam em dúvida sobre a aparência de alguém que não veem há muito tempo, ou como não enxergam direito quando estão chorando muito. 2- Os desenhos mostram dois discípulos pelo caminho e logo em seguida Jesus se junta a eles. A leitura do texto correspondente ajudará as crianças na compreensão da história. Lição 136 – Lucas 24 – Os discípulos reconhecem Jesus 1- Os discípulos aprenderem uma importante lição quando Jesus estava com eles: a prática da hospitalidade. Por isso, convidam o estranho a ficar com eles e Jesus aceita. 2- Na hora da refeição, quando Jesus parte o pão, eles o reconhecem, mas Jesus desaparece da presença deles. Lembrar aqui a lição 127 – A Última Ceia. Jesus está presente quando nos reunimos para partilhar o pão e o vinho (suco de uvas para as crianças. Agora os discípulos têm certeza de que Jesus está vivo e saem correndo de volta a Jerusalém para contar a todos essa grande novidade: “Jesus está vivo!” 3- Os desenhos podem ser surpreendentes aqui, à semelhança do túmulo vazio. Lição 137 – Lucas 24 – Jesus aparece aos seus discípulos em Jerusalém 1- Os dois discípulos contam aos outros a grande novidade e Jesus aparece para todos eles ali e lhe dá a sua paz. Eles ficam muito felizes porque Jesus está vivo e está com eles. As crianças podem contar experiências da família quando alguém ficou doente no hospital e a alegria quando voltou para casa, ou quando alguém viajou por muito tempo e depois voltou. É uma alegria muito grande, mas ainda menor do que a volta de Jesus à vida. Lembrar com eles a história do filho mais novo que foi embora e depois voltou, nas lições 119 1 121, e a alegria do pai pela volta do filho, como se tivesse ressuscitado do jeito de Jesus. 2- Os desenhos devem mostrar a presença de Jesus e a grande alegria dos seus discípulos por causa disso. Lição 138 – Mateus 28 – Jesus envia seus discípulos pelo mundo 1- Fazer desenhos de Jesus num plano mais alto, dando a ordem aos discípulos para irem pelo mundo. Os desenhos devem mostrar os discípulos saindo em várias direções. 2- O texto deve ser decorado pelas crianças. Se possível, alguém da Igreja pode colocar música para ser cantado também. Aqui deve ser lembrado o texto de João 3. 16. 3- Explicar para as crianças que todas as pessoas da Igreja, as crianças também, têm o dever de obedecer esta mesma ordem de Jesus nos dias de hoje: contar para todo mundo que Jesus é o Filho de Deus, nosso Salvador, que Ele está vivo, e que nos chama para fazer parte da sua família. Lição 139 – Atos 1 – Jesus vai para o Pai 1- Explicar às crianças que Jesus vai embora para junto de Deus, mas que não deixará os seus discípulos sozinhos. Ele promete enviar o Espírito Santo para consolá-los e ajudá-los na missão de anunciar a todo o mundo quem Jesus é, e o que Ele veio fazer aqui na terra. O Espírito Santo é invisível, mas é Ele quem nos explica o que a Bíblia nos diz, nos ensina e nos ajuda a ser obedientes a Jesus. Por isso os discípulos precisam esperar em Jerusalém até que isso aconteça. Quando nós oramos ao Pai é o Espírito Santo quem nos ajuda.O Espírito Santo é a presença invisível de Deus e Jesus junto do seu povo. 2- Jesus desaparece no céu. Ele prometeu que vai voltar, mas ninguém sabe o dia, nem a hora. Enquanto esperamos, devemos ser obedientes a Ele e fazer o que ele mandou. 3- Os desenhos mostram Jesus subindo, e os discípulos olhando para cima, com os braços levantados. Mostram também dois homens de branco perto dos discípulos. Lição 140 – Atos 2 – O Espírito Santo vem aos discípulos 1- Jesus cumpre a promessa e envia o Espírito Santo sobre os discípulos. Então o medo deles acaba, e saem do lugar onde estavam e começam a contar quem é Jesus, o que Ele fez, e que está vivo. 2- Os desenhos devem acompanhar as sugestões. Outras línguas de fogo podem ser desenhadas sobre os discípulos. Lição 141 – Atos 2 – Todos entendem o que os discípulos falam 1- Havia gente de muitos países naquele dia em Jerusalém, e cada um falava na língua própria do seu país. Muita gente acha que os discípulos estão bêbados. Mas aconteceu que todos entenderam o que os discípulos estavam falando, como se falassem na língua própria deles. Lembrar aqui da lição 11, sobre a torre de Babel. Nessa lição todos falavam a mesma língua, mas não queriam escutar e obedecer a Deus. Por isso ninguém mais se entendeu e pararam de construir a torre. Agora, mesmo falando línguas diferentes, os ouvintes entendem tudo. Esse é o poder do Espírito Santo. 2- As pessoas que agora creem que Jesus é o Filho de Deus e que está mesmo vivo, e que morreu para pagar os seus pecados, querem ser batizados e também querem seguir e obedecer Jesus,, junto com os discípulos. É nesse dia que a Igreja de Jesus começa, e que nós hoje continuamos, se formos obedientes. 3- Os desenhos podem mostrar pessoas ajoelhadas, outras batendo no peito, arrependidas de terem ajudado a crucificar Jesus, outras saltando de alegria porque agora podem crer. Lição 142 – Atos 2 – Os primeiros cristãos se reúnem 1- Os desenhos mostram várias pessoas ao redor da mesa tomando suas refeições, e muito agradecidas a Deus pela bênção de Jesus. 2- Estas pessoas que agora seguem Jesus algumas são ricas, outras são pobres e outras muito pobres, mas ninguém mais se importa de estar junto, porque todos estão unidos com Jesus Cristo. Quem tem alguma coisa de valor vende e partilha com quem não tem nada e assim ninguém passa necessidade. Eles formam uma comunidade, onde o amor é a coisa mais importante para ser praticada. Fazendo isso, eles estão obedecendo a ordem de Jesus. 3- Os discípulos que ficaram mais tempo com Jesus são agora chamados de apóstolos, que dizer, são os emissários de Jesus, aqueles que vão levar o nome de Jesus aonde forem. Depois destes, Paulo também será chamado de apóstolo. E nós não devemos querer este título, que pertence por direito somente aos primeiros seguidores de Jesus, embora devemos fazer o mesmo que eles fizeram: contar para todo mundo quem é Jesus. Lição 143 – Atos 8 – Felipe encontra um oficial africano 1- Este Felipe aparece a primeira vez em Atos 6.5. Sua função era servir as mesas de refeição para os pobres. Mas Felipe queria servir mais ainda, por isso ele saía pregando o Evangelho, isto é, falando sobre Jesus. É o que ele vai fazer com o oficial da Etiópia. 2- Explicar às crianças que o oficial não entendia o que lia porque ele não era do povo de Israel, e não conhecia a história de Jesus. E não havia ainda ninguém que pudesse lhe explicar. 3- Os desenhos podem mostrar Felipe correndo atrás da carruagem, e depois assentado ao lado do oficial. Lição 144 – Atos 8 – O oficial é batizado 1- Felipe contou ao oficial a história que estava no livro do Profeta Isaías 53. 7 em diante, e que essa história era a respeito de Jesus. Então o oficial creu em Jesus e quis ser batizado, isto é quis pertencer ao povo de Cristo. E foi isso que aconteceu. Ele seguiu sua viagem, cheio de alegria, como um filho que retorna ao Pai e é recebido com uma festa. 2- Explicar às crianças que é isso mesmo que acontece quando alguém crê em Jesus e entrega a sua vida a Ele. É alguém que estava perdido e foi achado. As crianças podem contar experiências que tiveram quando se sentiram perdidas em algum lugar, e logo depois foram encontradas por seus pais. Alegria e alívio! 3- Desenhos nesse sentido, por exemplo: alguém sendo tirado de um buraco, outro sendo levantado do chão, outro resgatado do mar ou do rio. Lição 145 – Atos 9 – Paulo encontra Jesus 1- Paulo, antes se chamava Saulo, era um judeu que tinha cidadania romana porque nasceu em Tarso, que era província do Império Romano, perseguia os cristãos com muita ferocidade: batia, prendia e até mandava matar. 2- Um dia ele viajava para Damasco, que hoje é a capital do Iraque, para prender cristãos e aconteceu que ele ouviu uma voz forte, sem ele saber de onde, que lhe perguntava por que estava perseguindo os cristãos. Quando Paulo pergunta quem é, ouve: “Eu sou Jesus, a quem você persegue”. E Paulo fica cego com a luz brilhante. 3- Os desenhos são característicos: um homem seguido de soldados, recebe no rosto uma forte luz, enquanto ouve uma voz sem rosto. Lição 146 – Atos 9 – Paulo torna-se seguidor de Jesus 1- Os soldados pegam Paulo pela mão e o conduzem até Damasco e o deixam numa casa. Ele fica ali três dias sem comer nem beber. Deus lhe envia um profeta chamado Ananias, que ora com Paulo, leva-o para sua casa até que ele recupere a visão. Ananias fala para ele quem é Jesus e Paulo quer se tornar seguidor de Jesus. Logo é batizado. 2- Explicar às crianças que às vezes muita gente só começa a crer em Jesus depois que sofre um acidente grave, ou passa por problemas muito sérios. É importante crer em Jesus bem depressa, enquanto ainda criança. Explicar também que Deus não manda desgraça para ninguém, nem bom nem mau. Deus manda chuva ou sol sobre todos. Nós cremos em Deus quando compreendemos que Ele nos ama a ponto de morrer em nosso lugar,como fez Jesus. 3- Os desenhos são aqui para representar um novo Paulo, recebendo o Batismo e sendo muito feliz por isso. Lição 147 – Atos 16 – Paulo fala de Jesus às pessoas 1- Esta lição nos mostra o Evangelho vindo em direção à Europa, pois Paulo se dirige para a Grécia. Importante ter mapas das viagens de Paulo e mostrar às crianças os trajetos. Ter o auxílio de um professor de geografia fará muita diferença. 2- As crianças precisam saber do força do Evangelho, o que o Evangelho fez com Paulo e com muitas pessoas da comunidade. Será bom pedir ao pastor da que mande pessoas da Igreja para dar testemunho para as crianças do que Jesus fez na vida deles. É necessário que sejam pessoas bem integradas na Igreja, consideradas bem equilibradas e bem seguras da fé em Jesus. 3- É importante que as crianças saibam que Jesus n os chama para também chamarmos outras pessoas para crer nele e segui-lo. 4- Os desenhos devem mostrar alguém chamando Paulo, e depois Paulo saindo em viagem para a Europa. Lembrar que as crianças devem ver no mapa os dois continentes: a Ásia e a Europa, mesmo que seja em mapas contemporâneos. Lição 148 – Atos 16 – Paulo na prisão 1- Agora Paulo está em Filipos (muitas edições da Bíblia trazem mapas – é importante mostrar os locais das viagens de Paulo. Mais tarde ele escreve uma bonita carta aos cristãos dessa cidade – Filipenses. Filipos pertence ao continente europeu. Ele está preso na cadeia dessa cidade, juntamente com Silas, seu companheiro de viagem e missão, porque curou uma escrava que adivinhava o futuro. Os donos dela acusaram Paulo e Silas de fazer tumulto na cidade. 2- à noite houve um terremoto que derrubou as paredes da cadeia, mas Paulo e Silas não fugiram. Eles impediram o carcereiro de se matar, e falaram de Jesus para ele. Então toda a família do carcereiro creu em Jesus e foi batizada. 3- Mais uma vez será interessante ter alguém que já tenha sofrido algum tipo de perseguição por causa de Cristo. Muito critério de novo, porque tem gente que é perseguida, não por causa de Cristo, mas por sua própria causa: faz muito barulho na sua igreja, não paga as contas que deve, é mau marido ou esposa, bate nos filhos etc. Identificar com clareza a real perseguição 4- Os desenhos devem mostrar Paulo e Silas na prisão e depois livres, falando com o carcereiro e sua família sobre Jesus. Lição 149 – Atos 27-28 – Paulo vai para Roma 1- Paulo nasceu numa cidade chamada Társis – Tarso, que pertencia ao Império Romano, por isso, além de ser judeus por causa dos seus pais, era também romano. Paulo tinha dupla nacionalidade. Explicar para as crianças o que é isso. Elas podem até conhecer quem tenha. Em Atos 25.11, Paulo apela para o julgamento do Imperador de Roma e, sendo romano, ele tinha o direito de fazer isso. 2- Paulo faz sua defesa diante de governadores, conta a sua conversão e prega para eles: 26. 26-32. Importante reafirmar a coragem de Paulo em anunciar o nome de Jesus. Finalmente ele viaja para Roma e o navio afunda no mar, mas Paulo e os demais tripulantes escapam e vão na direção de uma ilha chamada Malta. 3- Os desenhos devem mostrar Paulo fazendo a sua defesa, e também o naufrágio do navio. Lição 150 – Romanos 8; I Coríntios 13 – Paulo escreve sobre o amor 1- Explicar para as crianças que Paulo tinha outro jeito de anunciar o nome de Jesus: era escrevendo. Deixar as crianças folhear as cartas; geralmente as traduções trazem o nome de Paulo como autor de várias delas. Pedir ajuda ao pastor da igreja, e pedir às crianças que prestem atenção quando alguém pregar sobre uma destas cartas. Elas já sabem que foi Paulo quem escreveu. 2- Escolher previamente versículos do cap. 8 de Romanos, e todo o capítulo 13 de I Coríntios para as crianças decorarem e apresentarem diante da Igreja. É possível também encenar enquanto alguém narra. Reforçar o amor ágape: a comunhão entre os irmãos da Igreja, entre os familiares, entre os colegas da escola. O cuidado em ser sempre um bom amigo, uma boa amiga, mas sem ensinar ou aprender maldades, palavrões, mentiras e outras coisas ruins. 3- Os desenhos devem ser uma moldura para ao texto, com belas cores e muita criatividade. Lição 151- Apocalipse 21 – O mundo novo de Deus 1- Este é um livro muito especial na Bíblia. As igrejas eram muito perseguidas nessa época porque pregavam que havia outro Senhor que não era o imperador romano. Por isso o imperador mandava perseguir, prender e até matar os cristãos. Muitos abandonavam a fé cristã para não serem mortos, mas havia muitos que continuavam fiéis a Jesus. Neste livro há uma linguagem diferente, que não deve ser lida e entendida ao pé da letra. O autor usou uma linguagem cifrada, que só os cristãos da época podiam entender. Assim eles se comunicavam e animavam uns aos outros na fé 2- Para manter a esperança do povo, o autor do livro fala de uma nova cidade, onde não haveria mais sofrimento. As árvores davam frutas que podiam curar as doenças, as ruas eram de ouro e brilhavam. Isso era para afirmar que Deus é que será o vencedor e não o imperador de Roma. 3- Há muito hinos que falam desta cidade. Será bom se as crianças aprenderem a cantar alguns deles. 4- Os desenhos devem mostrar as pessoas cantando de contentes dentro da nova cidade, agora cheia de paz. As crianças devem saber que os cristãos foram convidados por Deus para ajudar a construir essa cidade em todos os lugares do mundo. Isso deve começar em casa. Lição 152 – Apocalipse 21 – Deus habita com o seu povo 1- Jesus promete que não deixará nenhum dos seus seguidores ficar morto. Ele vai ressuscitar todos. E todos vão morar junto de Deus. Aí, quem chorava por motivos verdadeiros não vai chorar mais, pois Deus enxugará todas as lágrimas. Haverá felicidade para crianças, adolescentes, jovens, adultos e pessoas bem velhinhas. Todos seremos novos e nunca mais morreremos. Jesus conquistou esse direito para nós quando morreu na cruz. 2- Reafirmar para as crianças que é o amor de Deus que vai trazer essa nova felicidade para nós, e que, desde já, podemos começar a ser felizes assim; é só amar também as outras pessoas todos os dias, em todos os lugares. Deus gosta demais disso. 3- Os desenhos desta última lição podem lembrar a cruz de Cristo, só a cruz, o túmulo de Jesus aberto e Jesus vivo, muitas cruzes lembrando as perseguições e um jardim, onde crianças brincam felizes, perto de animais que antes eram perigosos, como leões. OBSERVAÇÕES FINAIS: 1- O livro terminado deve ser entregue a cada criança em um momento solene do culto da Igreja. As crianças que completaram o livro vão arquivá-lo em casa como a bíblia que cada um construiu. É como um prêmio que recebem pelo trabalho feito com carinho e dedicação; além disso, muito aprenderam, e agora elas têm uma visão panorâmica da bíblia que poucas outras crianças têm, e se tornam grandes incentivadoras para as demais crianças da Igreja que logo começarão a construção de sua própria bíblia, ao chegarem à idade de 6 anos. 2- O Conselho da Igreja pode também preparar um diploma para entregar a cada criança nesse mesmo dia. Será um incentivo para as crianças mais novas. 3- Outras solenidades podem e devem ser realizadas, sempre valorizando o estudo da Bíblia, o conhecimento de Jesus Cristo, a vida cristã e o que Deus deseja de nós agora. 4- Espero que tenha havido êxito neste nosso esforço em prover um bom material de Escola Dominical para as crianças entre 5-6 a 10-11 anos de nossas igrejas. Com carinho, Manoel